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O JORNAL PARA O

CAMINHONEIROAMIGOwww.chicodaboleia.com.br

Orgulho de ser caminhoneiro

EDIÇÃO NACIONAL

Desde o dia 1º de janeiro, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) voltou a ser cobrado integralmente para carros. Os ca-minhões seguem com alíquota 0 em 2015.

Ano 04 - Edição 37 - Janeiro de 2015

Caminhões continuam isentos de IPI em 2015

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O número de multas por excesso de velo-cidade cresceu 50% nas rodovias estaduais de São Paulo em 2014, em comparação com o ano anterior.

Multas por velocidade

cresceram 50% em 2014

A Concessionária Irmãos Davoli de Mogi--Mirim, uma das mais antigas revende-doras de caminhões e Sprinters da marca Mercedes-Benz no Brasil, foi contemplada com o prêmio Star Class na categoria Ouro.

Irmãos Davoli recebe Prêmio Star Class Ouro pela nona vez

ANTT realiza audiência pública para revisão das regras do RNTRCEvento realizado na última segunda-feira de janeiro buscou debater novas regras do RNTRC

Foto: ANTT

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Diagramação / Fotógrafa

Pamela Souza

Suporte TécnicoMatheus A. Moraes

Video Maker / FotógrafoMurilo Abreu

Conselho Editorial:Albino Castro (Jornalista) Dra. Virgínia Laira (Advogada e coordenado-ra do Departamento Jurídico da Fenacat) Roberto Videira (Presidente da APROCAM Brasil) José Araújo “China“ (Presidente da UNICAM Brasil)

Responsabilidade social:ViraVidaLigue 100Na mão certa

02 EDITORIAL

Expediente2015: ANO NOVO, VELHOS PROBLEMAS

Companheiros do trecho! Começa-mos o ano e ainda tem gente falando de 2014. Ainda tem gente que, de todo modo, quer mudar o resultado das urnas. Já que não deu no voto vão tentar no ta-

petão!

Tenho 50 anos nas costas e não me lembro de ter visto nada parecido com que eu vejo agora na grande imprensa ou como diria Paulo Henrique Amorim, o pessoal do Pig “Partido da imprensa golpista”, a cada dia que passa, fica mais raivoso, sem limites. Já tem gente dizendo que há base para im-peachment da Presidenta e por aí vai.

O fato concreto é que a Presidenta Dilma tomou posse em 1 de janeiro e, ao invés dos setores midiáticos auxiliarem na detecção dos problemas e na sua resolução, monta--se um circo para deslegitimar até mesmo as tentativas de crescimento da economia. Esses setores estão tentando atacar a Presi-denta a qualquer preço, nem que seja para quebrar o Brasil como um todo. Isso tudo simplesmente é revoltante.

É incrível como para o PIG só exista uma sigla na política, só se fala no pessoal da estrela. O pessoal da plumagem, mais co-

nhecidos como tucanos, passa ao largo de qualquer denuncia, ninguém fala do Azere-do, do Metroduto entre outros casos de cor-rupção. Mas vamos em frente, pois nosso setor não para!

A nossa Lei continua esperando entrar na pauta para resolver possíveis mudanças se é que elas vão existir. Quando digo “nossa Lei” me refiro a Lei 12.619, mais conheci-da como Lei do Motorista ou do Descanso como preferem alguns.

Também adentramos o ano com o fim da carta frete decretado, mas certos setores continuam a usá-la, mesmo sendo crime. Além disso, alterações nas regras para ob-ter o RNTRC continuam no forno por pelo menos mais dois meses.

Daqui a pouco entramos em Fevereiro e alguém vai lembrar “Ops! Já é carnaval!” e todas essas resoluções necessárias para o setor continuarão esperando. Quem sabe após o carnaval as coisas comecem a andar de fato.

Quero aproveitar o espaço e pedir licença aos amigos para comemorar o aniversário de minha filha, que no próximo dia 15 de Fevereiro irá completar 19 primaveras. Linda como o Pai, já está no segundo ano de Psicologia. Parabéns para você, Victo-ria! Muita saúde muita alegria e muita paz do seu Pai que te ama muito!

Companheiros! Para quem quiser mais no-ticias e informações, basta acessar o site

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www.chicodaboleia.com.br ou as redes sociais. E não se esqueçam de que temos nosso boletim diário na Radio Cultura Municipal de Amparo FM 102,9 sempre as 05h50min da manhã e que você pode acompanhar no site também no mesmo ho-rário.

Caso você tenha alguma idéia ou sugestão escreva para nosso e-mail que é [email protected]

Até a próxima edição e um grande abraçoChico da Boleia sempre com orgulho e ser caminhoneiro.

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empresas. O caminhoneiro autônomo sem-pre acaba deixando de participar, de se in-formar e de lutar por seus direitos. Muitos acham que o sindicato está ali só pra dar clube de campo, um espaço de lazer, mas, pelo contrário, o sindicato existe para lutar pelos direitos dos caminhoneiros. Portanto, participe do sindicato da sua região, se in-forme sobre os serviços e ações prestados, compareça sempre que possível e veja se estão realmente lutando pelos seus direitos. Fiscalize seu sindicato e, acima de tudo, não deixe que os outros decidam por você! Para ajudá-lo temos em nosso site uma re-lação com os sindicatos dos quatro cantos do Brasil. Dê uma conferida lá e se infor-me. Caso conheça algum sindicato que não esteja lá em nossa relação, por favor, entre em contato. E caso tenha qualquer denún-cia sobre alguma entidade desonesta ou que atue de má índole, envie um e-mail para [email protected] que tentaremos entrar em contato e averiguar a situação.

Um abraço, Chico da Boleia Orgulho de ser Caminhoneiro!

Chico da Boleia responde

Olha Chico, sou caminhoneiro há quase 20 anos e estou cansando de ver como o ca-minhoneiro é injustiçado, ninguém leva a gente a sério! Levamos esse país nas costas e ninguém nos respeita!

Fora todas as exigências que estão fazen-do em relação a nossa documentação isso sem falar das restrições de nossa circulação nas cidades. Eu acho tudo isso um absur-do! Não é só por nossa causa que o trânsito está como está. A prova tá ai! Mesmo com toda essa história de restrição o trânsito das grandes cidades continua a mesma porca-ria, o mesmo caos. Chico eu gostaria de saber como a gente poderia agir ou sei lá o que pra tentar virar esse jogo.

Abraço do leitor Antônio Mario de Olivei-ra.

Chico da Boleia: Olha Antônio, para vi-rar esse jogo o pessoal tinha que ser mais unido. Veja como exemplo: Eu rodo pelo país afora e já conversei com diversos sin-dicatos de autônomos e de empresas de transportes. E a grande realidade é que nos sindicatos de autônomos não há tanta par-ticipação das partes quanto no sindicato de

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CHICO DA BOLEIAPAPO DE BOLEIA 03

A Concessionária Irmãos Davoli de Mogi--Mirim, uma das mais antigas revende-doras de caminhões e Sprinters da marca Mercedes-Benz no Brasil, foi contemplada com o prêmio Star Class na categoria Ouro. Esse é o nono título recebido pela empresa que possui quase setenta anos de história.

No ano de 2006 a Mercedes-Benz lançou o Programa StarClass com o objetivo de realinhamento das estratégias entre ela e

sua rede de Concessionários de Veículos Comerciais e Automóveis. O programa é um conjunto de atividades desenvolvidas com o objetivo de atestar oficialmente que determinado produto, processo ou serviço está em conformidade com os requisitos es-pecificados nas regras de um Programa de Certificação.

As atividades de certificação envolvem análise de documentos e auditorias na em-

presa, com o objetivo de avaliar a conformidade e sua manuten-ção. A ação visa disseminar um

modelo de excelência e a melhoria contínua dos principais processos administrativos e operacionais da Rede de Concessionários, capacitando-os para oferecer ao mercado um padrão único de excelência em atendi-mento e qualidade de produtos.

O concessionário é avaliado através de um sistema de pontuação que lhe confere a classificação Ouro, Prata ou Bronze. E não é a toa que a Irmãos Davoli de Mogi-Mirim recebeu o mais alto nível da certificação pela nona vez. João Davoli, Diretor Execu-tivo da empresa, acredita que a qualidade é primordial no mundo dos negócios e não abre mão dela.

“Na nossa empresa a política de recruta-mento e treinamento é essencial, eu acho que é absolutamente impossível tocar uma empresa hoje em dia sem uma equipe mui-to qualificada. A atividade demanda esse tipo de gabarito dos profissionais em to-dos os setores”, frisou Davoli, comentan-do também que a Comercial Davoli de Jaú concorreu à certificação pela primeira vez e já foi contemplada com a categoria Ouro.

Irmãos Davoli recebe Prêmio Star Class Ouro pela nona vez Luiz Fernando Maicutti é gerente de Re-cursos Humanos da empresa há 27 anos. Segundo ele, a seleção dos colaboradores é seguida de um plano de treinamento traça-do não só dentro da fábrica, como também em parceria com outros institutos de capa-citação. “O diferencial aqui é que todos os colaboradores são treinados dentro de cada uma das funções o que delimita a formação e direciona a mão de obra conforme suas habilidades”, explicou.

Desejamos os parabéns a Irmãos Davoli, a Comercial de Davoli de Jaú e a toda a equipe pelo excelente desempenho em seus negócios.

Havaia ComunicaçãoFoto: Pamela Souza

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CHICO DA BOLEIA04 FIQUE POR DENTRO O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

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Desde o dia 1º de janeiro, o Imposto so-bre Produtos Industrializados (IPI) voltou a ser cobrado integralmente para carros. O tributo tinha desconto para modelos com motor até 2.0 e teve significativa importân-cia como medida do governo federal para conter a baixa nas vendas. A ação de redu-ção teve início em 2012 e contou com um

retorno gradual do imposto em 2013 e que chegou aos patamares originais neste início de ano. Segundo o Sincodiv/Fenabrave-RS o retorno da alíquota cheia do IPI deverá fazer o preço dos carros subir, em média, 4,5%. Os caminhões seguem com alíquota 0 em 2015.

Caminhões continuam isentos de IPI em 2015 Mantida redução de tarifa para eixo suspenso em pedágios de São Paulo

A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão do Tri-bunal de Justiça de São Paulo (TJSP) que possibilitou a fixação de tarifas de pedágio menores para caminhões que trafegam em rodovias estaduais com eixos auxiliares suspensos.

No dia 10 de dezembro, o colegiado havia dado provimento a um recurso especial da concessionária Autovias S/A para permitir a cobrança por eixo suspenso, já que esse tem sido o entendimento adotado pelo STJ em outros processos.

No entanto, ao analisar novo recurso, dessa vez interposto pelo Departamento de Es-tradas de Rodagem (DER) de São Paulo, a Segunda Turma retificou a decisão anterior ao considerar que a uniformização da in-terpretação da legislação federal – razão de ser do recurso especial – não poderia ser invocada no caso. É que a jurisprudência do STJ diz respeito a rodovias federais, en-quanto o caso julgado se refere ao pedágio em rodovias estaduais, sujeito à legislação local.

Com a decisão, prevalece o julgamento do TJSP que validou a cobrança de tarifas di-ferenciadas para os veículos de carga com eixos suspensos.

PrecedentesA Autovias entrou na Justiça contra ato ad-ministrativo que proibiu a cobrança de tari-fa com base em todos os eixos do veículo, inclusive os que estivessem suspensos, sem tocar o asfalto. A empresa afirmou que con-siderou a cobrança dos eixos suspensos na elaboração de seus projetos de exploração das rodovias e que a aplicação desse des-conto “inviabilizaria a administração, com importantes perdas não programadas”.Tanto a sentença de primeiro grau quanto

o acórdão do TJSP negaram a pretensão da concessionária. Para o TJSP, o fato de os eixos auxiliares estarem levantados impõe a redução do valor do pedágio, pois, não havendo contato do eixo com o solo, o des-gaste da pista é menor.

A concessionária recorreu ao STJ, mas o ministro Herman Benjamin, relator, re-jeitou o apelo em decisão monocrática. Posteriormente, ao analisar recurso contra essa decisão, a Segunda Turma deu razão à Autovias, levando em conta precedentes do STJ segundo os quais a opção do mo-torista pela suspensão do eixo auxiliar, no momento de passar pelo pedágio, não pode alterar o critério de tarifação.

AlinhamentoDe acordo com esses precedentes, a sus-pensão do eixo não representa necessaria-mente menor peso e menor desgaste do pavimento, cuja manutenção cabe à con-cessionária. Assim, para alinhar a solução do caso à jurisprudência, o colegiado deu provimento ao pedido da empresa.

Em embargos de declaração, o DER alegou que o recurso da Autovias era incabível, já que não havia conflito entre a decisão do TJSP e a interpretação aplicada pelo STJ a casos semelhantes, pois esses últimos foram resolvidos com base na legislação federal. Os ministros do colegiado aco-lheram o argumento. Como a pretensão da Autovias exigiria o reexame de provas do processo e de cláusulas do edital de licita-ção das rodovias, além da interpretação da legislação estadual – o que não é admitido em recurso especial –, a Segunda Turma reformou a decisão anterior para rejeitar o recurso da concessionária.

Fonte: STJ

Foto: Divulgação

Foto: Mercedes-Benz

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CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIADE BOA NA BOLEIA 05

Estopim das manifestações de junho de 2013, o problema da mobilidade urbana – ou seja, a capacidade de as pessoas irem de um lugar para outro dentro das cidades – permanece como desafio do poder público. No Congresso Nacional, diversos projetos de lei propõem sugestões para resolver pro-blemas como: transporte público de baixa qualidade; ruas engarrafadas; poucas ci-clovias; e falta de calçadas para o pedestre. Em outubro de 2014, o tema foi discutido, na Câmara dos Deputados, por diversos es-pecialistas, durante o 2º Seminário Interna-cional Mobilidade e Transportes.

Segundo o consultor legislativo Eduardo Fernandes Silva, autor do livro "Meio Am-biente e Mobilidade Urbana”, um dos pon-tos fundamentais para se melhorar a mobi-lidade é organizar a maneira como a cidade cresce. “É importante que os bairros, as regiões onde as pessoas moram, sejam completos, para que elas possam trabalhar, estudar, ir ao médico, ir ao cinema, a pé, ou de bicicleta, rapidamente, com pouco gasto de energia”, explica. Para ele, é preciso evi-tar ao máximo “a queima de combustíveis fósseis”, prejudicial ao meio ambiente e à saúde das pessoas.

O consultor destaca que Rio de Janeiro e São Paulo estão hoje entre as dez cidades mais congestionadas do mundo. Conforme dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 20% dos trabalhadores das regiões metropolitanas brasileiras gastam mais de uma hora por dia no deslocamento de casa para o trabalho.

Integrante da Comissão de Desenvolvi-mento Urbano da Câmara, o deputado Izal-ci (PSDB-DF) ressalta que a maioria dos municípios do País não tem nenhum pla-nejamento para a área. Ele defende inves-timentos em planejamento estratégico para as cidades brasileiras. “As pessoas estão perdendo a qualidade de vida", disse.

Bicicletas e transporte público

A Câmara analisa algumas propostas que visam estimular o uso de bicicletas como meio de transporte nas cidades. Entre elas, o Projeto de Lei 6474/09, do deputado Jai-me Martins (PSD-MG), que cria o Progra-ma Bicicleta Brasil nos municípios com mais de 20 mil habitantes. A proposta des-tina 15% do valor arrecadado com multas

de trânsito para financiar, por exemplo, a construção de bicicletários públicos e ci-clovias.

Porém, a prioridade ao transporte não mo-torizado (a pé ou de bicicleta) sobre o motorizado e do transporte coletivo sobre o individual já é lei. Esse é um dos princí-pios contidos na Po-lítica Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/12), aprovada pelo Con-gresso em dezembro de 2011.

Segundo o professor da Universidade de Brasília (UnB) Paulo César Marques da Silva, que par-ticipou do seminário, é essencial que esse princípio seja colocado em prática: “O principal princípio para resolver os proble-mas de mobilidade é priorizar o transpor-te coletivo sobre o transporte individual e priorizar as pessoas sobre os veículos em termos do deslocamento.”

Qualidade das calçadas

Outros projetos de lei em análise na Casa tentam resolver o problema da baixa qua-

lidade das calçadas brasileiras, que afeta especialmente idosos e pessoas

com deficiência. A relatora da proposta de Estatuto

da Pessoa com Defici-ência (PL 7699/06), deputada Mara Ga-brilli (PSDB-SP), deixa claro no texto que é das prefei-turas e não do pro-

prietário do imóvel a responsabilidade pela

manutenção das calça-das em boas condições de

circulação. O projeto aguarda votação no Plenário da Câmara.

Já o PL 7968/14, em análise na Comissão de Desenvolvimento Urbano, estabelece regras para a ocupação de calçadas por estabelecimentos comercias: eles deverão ocupar, no máximo, 30% do comprimento da calçada, podendo utilizar apenas objetos

" O principal princípio para resolver os problemas de mo-

bilidade é priorizar o transporte coletivo sobre o transporte individu-al e priorizar as pessoas sobre os veí-culos em termos do deslocamento."

- Paulo César Marques

Professor da UNB

removíveis.A íntegra das propostas pode ser consultada em: http://www2.camara.leg.br/

Reportagem – Lara HajeEdição – Marcos RossiFonte: Assessoria de imprensa Câmara dos Deputados.

Estopim dos protestos de 2013, transporte permanece um desafioA Política Nacional de Mobilidade Urbana já determina prioridade ao transporte não motorizado e ao transporte coletivo, mas ainda falta planeja-mento nas cidades brasileiras; diversos projetos de lei apresentam medidas para solucionar o problema de mobilidade

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CHICO DA BOLEIA06 FIQUE POR DENTROMultas por velocidade cresceram 50% em 2014

O número de multas por excesso de veloci-dade cresceu 50% nas rodovias estaduais de São Paulo em 2014, em comparação com o ano anterior. Foram aplicadas 3.153.266 autuações de janeiro a dezembro, contra 2.140.134 em igual período de 2013, se-gundo dados do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), órgão da Secretaria de Logística e Transportes do Estado. O nú-mero não inclui as rodovias federais, nem as multas aplicadas no trânsito urbano.

Em parte, o aumento de mais de um mi-lhão de multas de um ano para o outro nas estradas pode ser atribuído à intensificação na fiscalização, segundo o DER. Em 2014, foram instalados 144 radares fixos e está-ticos na malha viária estadual, elevando o número de equipamentos de 213 para 357. Os novos radares foram dispostos em ro-dovias que antes não tinham esse tipo de fiscalização. O número de 100 radares por-táteis, operados por policiais rodoviários, permaneceu inalterado.

Extensão

A malha rodoviária estadual é de 22 mil quilômetros, dos quais 6,4 mil concedi-dos à iniciativa privada. De acordo com o DER, o número de veículos circulando nas rodovias também cresceu. Em dezem-bro de 2013, o Estado de São Paulo tinha frota de 25,5 milhões de veículos, número que subiu para 26,7 milhões em dezembro do ano passado, aumento de 1,2 milhão de unidades.

De acordo com a Polícia Rodoviária Es-tadual, o excesso de velocidade ainda é a infração de trânsito mais cometida nas vias estaduais.

Com o recurso da fiscalização remota,

através dos centros operacionais das con-cessionárias, cresceu também o número de multas por outras infrações, como dirigir falando ao celular, não usar cinto de se-gurança, ultrapassar pela direita e transitar pelo acostamento. Nesse caso, policiais registram as infrações usando imagens em tempo real captadas pelas câmeras de mo-nitoramento das rodovias.

Fonte: Jornal do Comércio – RJ

NTC divulga estudo sobre restrições ao trânsito de ca-minhões nas capitais brasi-leiras

Segundo a pesquisa mais de 100 municí-pios já adotam algum tipo de medida res-tritiva

A movimentação de cargas nos centros ur-banos é fundamental para a economia do país e o abastecimento da população. No entanto, os grandes centros brasileiros es-tão com dificuldades em conciliar o trânsito de pessoas e cargas no mesmo espaço, já que apresentam crescimento desordenado, falta de planejamento, baixo investimento em transporte coletivo de passageiros, falta de infraestrutura e crescente adensamento

populacional. Para resolver o problema, essas grandes cidades estão adotando me-didas restritivas ao trânsito de caminhões.

De acordo com o levantamento realizado pela NTC&Logística, mais de 100 municí-pios brasileiros já possuem algum tipo de restrição, entre eles: São Paulo, São Luiz, Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Natal, Manaus, Maceió, Macapá, Goiânia, Fortaleza, Florianópolis, Curi-tiba, Cuiabá, Campo Grande, Boa Vista, Belo Horizonte, Belém e Aracaju. Segundo as avaliações da consultoria ILOS, as prin-cipais medidas adotadas são: áreas ou vias de restrição de circulação e de carga e des-carga; horários de restrição de circulação para carga e descarga; rodízio de placas; ta-manho e peso dos veículos e impacto sobre os custos.

Neuto Gonçalves dos Reis, diretor técnico da NTC&Logística e coordenador do estu-do, acredita que não há necessidade de res-trições maiores. “Os caminhões represen-tam uma parcela muito pequena do trânsito nas grandes cidades. Apenas essa medida não resolverá o problema, além de preju-dicar a circulação do transporte de cargas”. Impacto sobre os custos

O estudo mostra também os impactos das restrições sobre os custos para o setor de transporte de cargas. Com a substitui-ção da frota de Veículo Urbano de Carga (VUC) por Utilitários os custos aumenta-ram 19,7%, a ampliação do turno de traba-lho de motoristas e ajudantes representou elevação de 18% e a da operação noturna, 16,5%.

Segundo Reis, essas medidas causam uma grande perda de produtividade. “Isso é um problema sério que as empresas de trans-porte vêm enfrentando. Um veículo de coleta e entrega que atua em uma cidade como São Paulo ou Rio de Janeiro, por exemplo, há 10 ou 15 anos atrás, conseguia executar em um dia cerca de 40 coletas e entregas. Hoje, este mesmo veículo faz em média 16 ”, afirma.

“De acordo com José Helio Fernandes, presidente da NTC, uma das soluções que já está sendo colocada em prática, em São Paulo, por exemplo, é a experiência de en-tregas noturnas. “A NTC está trabalhando para encontrar opções de adequar a loco-moção de pessoas e cargas nas metrópoles do país, de forma a minimizar o prejuízo do setor”, finaliza Fernandes.

Fonte: NTC

Motorista que esquecer car-teira de habilitação poderá não ser multado

Projeto de Lei que impede a aplicação de multa e a retenção do veículo está em aná-lise na Câmara dos Deputados.

De acordo com informações da Agên-cia Câmara Notícias, está em análise na Câmara dos Deputados o PL (Projeto de Lei)8022/14 que impede a aplicação de multa e a retenção do veículo se o motoris-ta não estiver com os documentos exigidos pela lei.

Conforme o PL, a multa só deixaria de ser aplicada caso os documentos possam ser verificados pelos agentes de trânsito em equipamentos capazes de consultar, em tempo real, a situação dos documentos obrigatórios, como licenciamento anual e habilitação do condutor.

Ainda segundo a proposta, até mesmo o auto de infração será cancelado, caso o condutor apresente, em até 30 dias, o do-cumento ao órgão de trânsito responsável pela autuação. Assim, o motorista não terá três pontos computados em sua carteira, re-ferentes à infração leve.

O projeto altera a Lei 9.503/97, que institui o Código de Trânsito Brasileiro. Pela regra atual, quem dirigir sem portar o licencia-mento e a carteira de motorista poderá ser multado e ter seu veículo retido até a apre-sentação do documento. A infração é consi-derada leve e o motorista recebe multa de R$ 53,20 e mais três pontos na carteira.Tramitação

O projeto será arquivado pela Mesa Direto-ra no dia 31 de janeiro, por causa do fim da legislatura. Porém, como a deputada Kei-ko Ota (PSB-SP), uma das proponentes do PL, foi reeleita, ela poderá desarquivá-lo. Nesse caso, o texto será analisado em ca-ráter conclusivo pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência CNT de Notícias

Foto: Divulgação

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CHICO DA BOLEIA 07FIQUE POR DENTROO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

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NTC&Logística divulga índice de variação de custo do TRC durante evento em Salvador1º CONET & Intersindical de 2015 terá um dia inteiro de debates com principais líderes e especialistas do TRC

Tendo em vista a importância das tarifas no setor de transporte rodoviário de car-gas (TRC) e o impacto que estas trazem para as empresas e a economia do país, a NTC&Logística realizará no próximo mês, em Salvador, o primeiro CONET & Inter-sindical de 2015. O Conselho Nacional de Estudos em Trans-porte, Custos, Tarifas e Mercado – CONET – tem como principal objetivo o debate de itens como: Defasagem do Custo do Fre-te, INCT-F e INCT-L (Índice Nacional do

Custo do Transporte de Carga – Fraciona-da e Lotação), entre outros números, todos eles baseados em pesquisa realizadas pela entidade. Para o diretor técnico da NTC e coordena-dor do DECOPE (Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Eco-nômicos da NTC), Neuto Gonçalves dos Reis, o momento econômico pelo qual as empresas de transporte passam hoje é mui-to peculiar.

“As empresas vêm sofrendo uma enor-me pressão financeira. Uma hora é a lei 12.619/2012, que reduziu drasticamente a produtividade do setor. Outra hora é a in-trodução da norma Euro 5, que aumentou os preços dos veículos a diesel e criou a necessidade do uso do Arla 32. Isso, para não falar nos sucessivos reajustes do preço do óleo diesel, dos salários e dos encargos sociais, das crescentes restrições de trânsito nas grandes e médias cidades, das defici-ências das rodovias, além do aumento dos roubos de carga”, explica. Ainda segundo Reis, o quadro fica pior com as dificuldades econômicas observadas no último ano, que vêm reduzindo o volume de carga e acirrando a concorrência. “Dian-te de tudo isso, é fundamental que o setor busque a necessária recomposição das tari-fas e o repasse das defasagens tarifárias. É uma discussão que o setor precisa travar de modo a balizar a decisão individual de cada empresa”, explica o diretor técnico. No segundo momento do dia, durante a

Intersindical, a NTC promoverá o debate e a proposição de soluções para temas como: Lei 12.619 (Lei do Descanso), Roubo de Cargas, Terceirização de Mão de Obra e Arla 32 / Euro 5.

“Para esses debates, a presença de empre-sários do setor, líderes sindicais, técnicos e economistas é fundamental, para pro-porcionar uma troca de informações rica e capaz de definir mudanças que atendam à real necessidade do TRC”, acrescenta José Hélio Fernandes, presidente da NTC.

Serviço

CONET & IntersindicalData: 26 de fevereiro de 2015Local: Av. Antônio Carlos Magalhães, 711/741 – Hotel Fiesta / Salvador (BA)Horário: a partir das 8h30Inscrições: gratuito

Mais informações em: www. http://www.portalntc.org.br/Fonte: NTC

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CHICO DA BOLEIA08 REPORTAGEM

A Agência Nacional de Transportes Ter-restres realizou na última segunda-feira do mês de janeiro (26) uma audiência públi-ca para discutir, entre outras questões, as regras do RNTRC (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas). De acordo com a agência reguladora, o ob-jetivo do evento foi receber contribuições para a revisão da Resolução nº 3.056/2009, que regulamenta os procedimentos para inscrição e manutenção do registro.

Para elaboração da nova proposta, foram levados em consideração estudos da área técnica, recomendações de outros órgãos governamentais e demandas do próprio setor. A nova minuta em discussão busca dar continuidade ao aprimoramento regula-tório do setor, trazendo mais benefícios ao transportador, aos usuários do serviço e à sociedade.

Chico da Boleia esteve presente no evento e conversou com Thais Vilela, especialista em regulação, que atuou como Presidente da audiência pública realizada. A especia-lista confirmou as expectativas em relação ao evento. “Depois do que foi discutido aqui em relação à Resolução, nós vamos publicar um relatório sobre a audiência, dando prosseguimento a discussão sobre o RNTRC”.

Vilela ainda explicou que antes da divulga-ção das novas regras tangentes ao Registro, é preciso ocorrer a publicação da resolução revista, o que deve demorar alguns meses

até a decisão final dos especialistas.

Quem também acompanhou o evento foi Noboru Ofuji, que já ocupou o cargo de Di-retor da ANTT. Para o especialista no setor de TRC, existe a necessidade de se fazerem alguns ajustes na resolução para definir me-lhor os critérios do Registro.

“Nós temos casos de transportadores autô-nomos que tem registrado na Agência mais de cinquenta veículos, isso contraria toda e qualquer discussão sobre a questão do autônomo. Então a discussão que se propôs aqui foi para aprimorar as formas de controle, caso contrário nós vamos continuar lidando com empresas travestidas de autô-nomos e piorando a com-petitividade do setor”, frisou Ofuji.

Um dos pontos dis-cutidos durante a audiência foi a pos-sibilidade de imple-mentar uma identifi-cação eletrônica para os motoristas e caminhões. Para Noboru, existem muitos aspectos a serem considerados, como, por exemplo, a agilidade que tal me-canismo pode proporcionar na hora de or-ganizar a carga/descarga em portos e arma-zéns. Além disso, a identificação eletrônica permite o acompanhamento da carga desde

sua origem até o seu destino. Outro ponto positivo desse mecanismo seria a agilidade na transferência de um caminhão agregado entre uma empresa e outra.

Noboru Ofuji é hoje um dos maiores conhe-cedores em transporte internacional de car-gas no Brasil. Chico da Boleia conversou com ele sobre a possibilidade de unificar o padrão de placas de veículos do transpor-te rodoviário de cargas no Mercosul. Para

Ofuji a estratégia, que já existe em outras partes do mundo, é extre-

mamente plausível e possível no caso da nossa região.

“Coincidentemente eu fui o coordenador do grupo bra-sileiro que estudou essa

possibilidade desse me-canismo, e nós chega-

mos a um denomi-nador comum sobre o assunto. No ano passado, no âmbito do Mercosul, foi aprovado o novo

modelo que serve para conferir mais se-

gurança no transporte, do ponto de vista de rou-

bos e sequestros. Para isso, é preciso ter um sistema integrado entre os países que permita uma checagem online sobre a regularidade daquele veículo. Mas já começamos a caminhar sobre o assunto e eu espero que avancemos na estratégia de

coibir assaltos e melhorar a fiscalização a nível internacional”, explicou.

Carlos Alberto Litti Dahmer representou o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga do Rio Grande do Sul (Sinditac--RS). Para o Presidente da entidade, os fó-runs que são promovidos pela ANTT são de extrema importância para reunir experi-ências do setor.

“Reunir as opiniões é essencial para resol-ver algumas questões que foram largadas pela ANTT, como, por exemplo, a questão do transportador autônomo de cargas poder ter apenas um veículo”, ressaltou. Dahmer acredita que, caso aprovado, tal ponto pode significar o fim do TAC já que ele não teria, ainda que com mais caminhões, possibili-dades de competir com grandes transporta-doras no mercado. Sobre o assunto, o Sin-ditac-RS apresentou a proposta de manter o limite de caminhões dos transportadores autônomos de carga, sem retroagir e respei-tando a categoria.

Um dos pontos de maior discussão entre os presentes foi a questão da territorialidade do RNTRC. De acordo com esse princípio, cada caminhoneiro ou empresa de transpor-te deve realizar as alterações, inclusões ou renovações do registro na base territorial do seu sindicato. A aplicação ou não desse principio dividiu as opiniões entre os parti-cipantes da audiência.

Para Carlos Alberto, o principio da territo-

"A discussão que se propôs aqui foi para aprimorar as formas de controle, caso contrário nós vamos continuar

lidando com empresas travestidas de autônomos e piorando a competitividde do setor"

- Noboru Ofuji

ANTT realiza audiência pública para revisão das regras do RNTRC

Auditório ANTT | Foto: Chico da Boleia

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CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 09REPORTAGEM

coibir assaltos e melhorar a fiscalização a nível internacional”, explicou.

Carlos Alberto Litti Dahmer representou o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga do Rio Grande do Sul (Sinditac--RS). Para o Presidente da entidade, os fó-runs que são promovidos pela ANTT são de extrema importância para reunir experi-ências do setor.

“Reunir as opiniões é essencial para resol-ver algumas questões que foram largadas pela ANTT, como, por exemplo, a questão do transportador autônomo de cargas poder ter apenas um veículo”, ressaltou. Dahmer acredita que, caso aprovado, tal ponto pode significar o fim do TAC já que ele não teria, ainda que com mais caminhões, possibili-dades de competir com grandes transporta-doras no mercado. Sobre o assunto, o Sin-ditac-RS apresentou a proposta de manter o limite de caminhões dos transportadores autônomos de carga, sem retroagir e respei-tando a categoria.

Um dos pontos de maior discussão entre os presentes foi a questão da territorialidade do RNTRC. De acordo com esse princípio, cada caminhoneiro ou empresa de transpor-te deve realizar as alterações, inclusões ou renovações do registro na base territorial do seu sindicato. A aplicação ou não desse principio dividiu as opiniões entre os parti-cipantes da audiência.

Para Carlos Alberto, o principio da territo-

rialidade deve ser aplicado para que cada sindicato atue em uma base determinada. “Com isso, os sindicatos podem controlar melhor seus afiliados. Na medida que entra a territorialidade, fortalecemos a base do sindicato”, opinou.

Ao todo, participaram do evento 112 pes-soas que registraram 37 contribuições orais. Eventuais sugestões ainda podem ser enviadas até às 18h do dia 30/1/2015, no horário de Brasília, por meio de Formulá-rio disponibilizado no site da Agência ou por via postal para o endereço da sede da ANTT em Brasília (SCES – Trecho 03 – Lote 10/Polo 08 do Projeto Orla – CEP 70.200-003).

Opinião

Durante o evento, Chico da Boleia pediu a palavra e expos algumas de suas opini-ões sobre o RNTRC e a audiência pública. De acordo com o comunicador, o evento realizado em Brasília tinha como objetivo principal debater os requisitos para o re-cadastramento do RNTRC. No entanto, os assuntos levantados pelas lideranças sin-dicais foram as mais diversas e, por isso, trouxeram à público assuntos que tangen-ciaram o objetivo da audiência.

A razão para levantamento de tantos temas, dentre outras razões, a forte presença das lideranças sindicais e a necessidade de se abrirem maiores espaços para discussões que tenham a ver com o setor.

Por isso, o debate sobre o tema principal mostrou que os caminhoneiros ainda deve-rão esperar cerca de dois meses para sabe-rem exatamente que critérios serão utiliza-dos no recadastramento do RNTRC. Tudo aquilo que foi debatido na audiência deve ainda ser sistematizado e organizado em um documento para dizer o que vai preva-lecer ou não sobre o assunto.

“A minha opinião é de que não se deve al-terar muita coisa. Por exemplo, a exigência que querem incluir do tacógrafo eletrônico. Isso não deve acontecer. É uma sugestão da Agência e também de algumas entidades, mas devido ao custo da implementação desse aparelho para o usuário, é inviável a exigência do mesmo. Para aqueles que têm um caminhão, a utilização do tacógrafo ele-trônico é até factível, mas imaginem para aqueles que possuem uma frota muito gran-de? Como arcar com esse custo?”

Chico da Boleia também ressaltou o deba-te em torno dos cursos para os iniciantes da profissão de motorista. Tal assunto foi

Conheça alguns pontos da resolu-ção 3.056/2009 debatida durante a audiência pública.

De acordo com o texto publicado no Diá-rio Oficial da União em 2009, a resolução “Dispõe sobre o exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas por con-ta de terceiros e mediante remuneração, estabelece procedimentos para inscrição e manutenção no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas -RNTRC e dá outras providências”.

Um dos pontos importantes da Resolução é o que se refere às condições para se obter e manter o RNTRC. De acordo com a nor-ma, para os transportadores autônomos de

cargas solicitarem o registro, é necessário:a) possuir Cadastro de Pessoas Físicas - CPF ativo;

b) possuir documento oficial de identidade;

c) ter sido aprovado em curso específico ou ter ao menos três anos de experiência naatividade;

d) estar em dia com sua contribuição sin-dical;

e) ser proprietário, co-proprietário ou ar-rendatário de, no mínimo, um veículo ou uma combinação de veículos de tração e de cargas com Capacidade de Carga Útil - CCU, igual ou superior a quinhentos qui-los, registrados em seu nome no órgão de trânsito como de categoria “aluguel”, na forma regulamentada pelo Conselho Na-cional de Trânsito – CONTRAN.

Já no caso das Empresas de Transporte Ro-doviário de Cargas , algumas das exigên-cias são:

a) possuir Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas - CNPJ ativo;

b) estar constituída como Pessoa Jurídica por qualquer forma prevista em Lei, tendo no transporte rodoviário de cargas a sua ati-vidade principal;

d) ter sócios, diretores e responsáveis le-gais idôneos e com CPF ativo;

e) ter Responsável Técnico idôneo e com CPF ativo com, pelo menos, três anos na atividade, ou aprovado em curso específi-co;

f) estar em dia com sua contribuição sin-dical; e

g) ser proprietário ou arrendatário de, no mínimo, um veículo ou uma combinação de veículos de tração e de cargas com Ca-pacidade de Carga Útil - CCU, igual ou su-perior a quinhentos quilos, registrados em seu nome no órgão de trânsito como de ca-tegoria “aluguel”, na forma regulamentada pelo CONTRAN.

No que tange à comprovação da experiên-cia, a ANTT determinou naquela época que “Será considerado para a comprovação da experiência do TAC na atividade detrans-porte rodoviário de cargas: I - ter desenvol-vido atividades equivalentes às previstas para os códigos: 3423 – Técnico em Trans-porte Rodoviário; 3421 – Logística em Transporte Multimodal; 1416 – Gerente de

motivo de desacordo entre os presentes e a maioria inclinou-se por retirar a exigência da presença dos alunos em tais cursos de profissionalização e também da comprova-ção de no mínimo 70% de conhecimento na área.

Na opinião do comunicador a decisão foi um erro, pois, caso isso seja, de fato, publi-cado na nova resolução, qualquer empresa ficará apta a ministrar o curso. “A gen-te sabe que a profissão do motorista é de suma importância e responsabilidade e esses cursos deveriam ter um controle maior”, frisou Chico da Boleia.

Quanto a questão da territorialidade do RNTRC, a opinião de Chico da Boleia diverge de algumas representações sindi-cais. Com o objetivo de fortalecer suas bases, muitos sindicatos se esque-cem de que o dia a dia dos ca-minhoneiros é na estrada, por isso, exi-gir que eles retornem a sua base para fazer qualquer alteração poderia implicar dificul-dades para o autônomo e, sobretudo, para as transportadoras.

“A grande maioria dos caminhoneiros roda todo o Brasil. De repente o caminhoneiro está lá na Bahia e precisa fazer um recadas-tro ou alguma alteração no seu registro, e ele é de outro estado. Se ele não puder fazer isso na Bahia, terá que voltar para seu lo-cal de origem para respeitar o tal principio da territorialidade e fazer as alterações que necessita. Isso será de um custo e de uma dificuldade muito grande para quem está no dia a dia nas estradas”, opinou Chico da Boleia.

Ao final o comunicador percebeu que gran-de parte dos assuntos debatidos não condi-zia com o tema proposto pela audiência, e sim com outras demandas da categoria. “O tema especifico do RNTRC ainda vai ser fortemente debatido, os companheiros da estrada precisam participar mais e ficarem mais atentos com as audiências e discus-sões que estão sendo promovidas”.

Para aqueles que quiserem acompanhar mais sobre o assunto, acessem: www.chi-

codaboleia.com.br

E também quem tiver dú-vidas, sugestões ou opi-

niões sobre o RNTRC, envie um email para: [email protected]

Redação Chico da Boleia com informa-

ções da Assessoria de Imprensa ANTT.

" O tema especifico do RNTRC ainda vai ser fortemente

debatido, os companheiros da estra-da precisam participar mais e ficarem mais atentos com as audiências e dis-

cussões que estão sendo promovidas ”.

- Chico da Boleia

Chico da Boleia | Foto: ANTT

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CHICO DA BOLEIA10 REPORTAGEM

Audiência Pública | Foto: Chico da Boleia

Operações; 1226 – Diretor de Operações; e 7825 – Motorista Profissional de Veícu-lo Rodoviário de Cargas; da Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego; RESOLUÇÃO Nº 3056/09, DE 12 DE MARÇO DE 2009.”

O artigo 15 da Resolução dispõe que “A ETC deverá possuir 1 (um) Responsável Técnico, o qual responderá pelo cumpri-mento das normas que disciplinam a ativi-dade de transporte perante os seus clientes, terceiros e órgãos públicos.”. Tal respon-sável “ responde solidariamente com a empresa pela adequação e manutenção de veículos, equipamentos e instalações, bem como pela qualificação e treinamento pro-fissional de seus funcionários de operação e prestadores de serviço”.

O documento ainda estabelece as condi-ções para aplicação do curso de formação do responsável técnico e as condições para a comprovação de experiência, no caso dos transportadores autônomos de cargas.

“O curso específico para o TAC ou para o Responsável Técnico deverá ser ministrado por instituição de ensino credenciada junto às Secretarias Estaduais de Educação ou em cursos ministrados pelo Serviço Nacional

de Aprendizagem em Transporte, Sistema “S”, nos quais a estrutura curricular pro-porcione conhecimentos, no mínimo, das matérias que compõem a ementa apresen-tada nos Anexos III e IV, respectivamente.

§ 1º Considerar-se-á aprovado o aluno que obtiver aproveitamento superior a setenta por cento da nota máxima em prova de co-nhecimento e não tenha deixado de cursar mais do que quinze por cento das aulas.§ 2º As instituições de ensino referidas no caput devem informar à ANTT o cadastro

atualizado dos alunos quando da aprovação nos respectivos cursos, para registro, con-forme orientação disponibilizada no ende-reço eletrônico da Agência.

§ 3º O candidato à obtenção de certifica-do de conclusão do curso específico de que trata o caput, poderá optar, em substituição ao curso específico, pela realização de exa-me constituído de prova convencional ou eletrônica, a ser aplicada por entidade pú-blica ou privada devidamente credenciada pela ANTT, sobre o conteúdo programáti-co indicado nos Anexos III e IV, devendo

obter, no mínimo, 70% (setenta por cento) de aproveitamento na prova. (Incluído pela Resolução nº 3.745, de 7.12.11).

No entanto, a norma já foi debatida em outras ocasiões e, desde 2009, foi alterada quatro vezes pelas seguintes resoluções: 3745 de 07/12/2011, 3196 de 16/07/2009, 3861 de 10/07/2012 e 3658 de 19/04/2011.

A discussão sobre as normas do RNTRC não devem acabar tão cedo e até que tudo esteja resolvido, convidamos os compa-nheiros da estrada a se manterem informa-dos sobre o assunto. Tais resoluções podem ser consultadas no site da ANTT: www.antt.gov.br e qualquer sugestão, dúvida ou opinião sobre o assunto dever ser encami-nhada a Ouvidoria da Agência ou debatida no Sindicato ao qual o caminhoneiro está filiado.

A participação dos trabalhadores nessa dis-cussão é de extrema importância para que as leis que dizem respeito ao setor repre-sentem, de fato, a vontade e as necessida-des da maioria.

Redação Chico da Boleia

Audiência Pública | Foto: Chico da Boleia Audiência Pública | Foto: Chico da Boleia

Audiência Pública | Foto: Chico da Boleia Audiência Pública | Foto: Chico da Boleia Audiência Pública | Foto: Chico da Boleia

Audiência Pública | Foto: ANTT

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CHICO DA BOLEIAESPORTE 11

F-Truck. Fórmula Truck completa 20 anos e trará novidades para as pistas

A categoria automobilística mais popular da América Latina, a Fórmula Truck, com-pleta 20 anos de existência em 2015 e pro-mete acelerar ainda mais os corações dos apaixonados por velocidade.

Em nota, a Presidente Neusa Navarro Fé-lix, no comando da categoria desde o fa-lecimento do esposo e fundador, Aurélio Batista Félix, antecipou algumas das no-vidades que vem por aí. De acordo com ela, “Um dos fatos novos é a possibilidade de fazermos a primeira corrida noturna da história. Por o autódromo de Londrina ficar numa área urbana, fica mais fácil instalar toda a iluminação, além de agilizar vários outros fatores que devem ser levados em consideração nesse tipo de prova”.

Outro destaque é o retorno de Campo Grande ao calendário. “A capital do Mato Grosso do Sul sempre recebeu muito bem a Fórmula Truck, mas por vários motivos estamos fora de lá desde 2010 e queremos fazer mais um grande espetáculo para os fanáticos torcedores”, escreveu Neusa.

Os amigos estrangeiros terão que esperar até 2016 para rever as emoções da Fórmu-la Truck em algum país da América do Sul que não o Brasil. Neusa anunciou uma pau-sa na realização do campeonato sul-ameri-cano, mas com a garantia de que ele irá vol-tar proximamente. Além disso, a presidente anunciou a possibilidade de realizar uma única corrida ou em Buenos Aires, primeira cidade a receber a categoria fora do Brasil,

ou em outro local da América Latina. “Entre as novidades do lado de fora dos autódromos, vamos apresentar aos fãs, pi-lotos, equipes e imprensa nosso novo site. O visual será mais moderno, mais quente e ligado à velocidade, emoção, enfim tudo ligado diretamente à Fórmula Truck. Des-taque especial para os nossos patrocinado-res, que sempre estiveram ao nosso lado, apoiando, participando, como deve ser uma grande família”, escreveu Neusa.

Dentre as modificações em termos de estru-tura externa, a Fórmula Truck agora conta com novo assessor de imprensa, o jorna-lista Milton Alves que assumiu em janeiro o cargo. A primeira corrida da temporada acontecerá em 01 de março, na acolhedo-ra cidade de Caruaru, Pernambuco. Até lá, ficamos no aguardo de mais novidades da categoria.

RAIJAN MASCARELLO MANTIDO NA DF MOTORSPORTS

Raijan Mascarello continua como piloto do Ford da DF Motorsport na temporada 2015 do Campeonato Brasileiro de Fórmula Tru-ck. A outra vaga na escuderia ainda está in-definida. Djalma Fogaça, dono da equipe, assegurou que nesta temporada ele terá so-mente dois caminhões (em 2014 teve três) para dar mais atenção a todos os detalhes, e disse o que o levou a renovar com Raijan.

“Ele entrou na categoria quase na metade

de 2013, mas estávamos estreando eletrô-nica nova e tivemos muitos problemas. Na verdade o Raijan estreou mesmo na quin-ta etapa e eu digo sempre que é preciso pelo menos um ano para pegar a mão do caminhão. Ano passado erramos ao ter três caminhões, pois não temos estrutura para isso. Agora, com dois novamente, quere-mos dar mais condições, pois também con-tratamos gente nova para o grupo”, disse Fogaça.

O piloto Raijan Mascarello também se dis-se contente em continuar na escuderia que tem sede em Sorocaba, interior paulista.

"A categoria é extraordinária. Dá uma grande visibilidade para o piloto e os pa-trocinadores. Conversei com a família, com alguns amigos, e decidimos que era melhor continuar aqui", conta Raijan, que chegou

a receber convites de duas categorias de carros.

O outro cockpit da DF Motorsport será de-finido até o final do mês. Fogaça tem con-tato com outro piloto, mas, se não acertar, ele mesmo continua correndo. O experiente piloto demonstra empolgação com as novi-dades da Fórmula Truck para esta história temporada, quando a categoria que leva mais público aos autódromos do Brasil completa 20 anos.

“Esse novo formato do classificatório vai ajudar muito o evento, pois no Q1 teremos dois grupos (A e B) de onde sairão os cinco mais rápidos de cada um nos 15 minutos do treino. Depois, no Q2, entram os 10 na pista para brigar pela pole position. Isso vai auxiliar muito também as equipes meno-res”, completou.

Fonte: Fórmula Truck

Foto: Larissa J. Riberti

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CHICO DA BOLEIA12 GALERIA - F-TRUCK

MELHORES MOMENTOS FÓRMULA TRUCK 2014

GALERIA DE FOTOS

Foto: Larissa J. Riberti Foto: Larissa J. Riberti

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CHICO DA BOLEIA 13DE BOA NA BOLEIA

Está pronto para ser examinado pelo Ple-nário da Câmara dos Deputados em 2015, o projeto (PL 4246/12) que altera a regula-mentação da profissão de caminhoneiro. Os deputados já aprovaram, em julho do ano passado, texto-base que aumenta o tem-po máximo ao volante desse motorista de quatro para cinco horas e meia contínuas e muda a forma de aproveitamento do des-canso obrigatório. Agora, os parlamentares precisam votar os destaques apresentados, que podem reincluir ou retirar emendas.

O substitutivo aprovado, de autoria do de-putado Jovair Arantes (PTB-GO), modifica a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-Lei 5.452/43) para permitir que o caminheiro dirija por até cinco horas e meia seguidas. Pela proposta, a cada seis horas de trabalho, o motorista deverá des-cansar 30 minutos, mas esse tempo poderá ser fracionado, assim como o de direção, desde que esse último seja limitado às cin-co horas e meia consecutivas.

Atualmente, a CLT prevê descanso de uma hora a cada seis trabalhadas e permite, no máximo, a realização de duas horas extras.

Já o projeto flexibiliza esses horários para que o motorista chegue a algum local onde terá segurança e poderá repousar – pelo substitutivo, a jornada do caminheiro con-tinua a ser de oito horas, com duas extras, mas convenção ou acordo coletivo poderá prever até quatro horas extras.

Segurança

Relator da proposta na Comissão de Viação e Transporte, o deputado Diego Andrade (PSD-MG) destaca a importância de garan-tir locais seguros de descanso para os pro-

fissionais. “O Brasil precisa avan-çar na questão de infraestrutura para que o caminhoneiro consiga cumprir o descanso obrigatório. Hoje o que temos, na prática, são motoristas rodando tempo muito maior do que doze horas. Então, está sendo tratada essa possibili-dade excepcional de ter até quatro horas extras.”

O projeto permite ao motorista estender o período máximo de condução contínua pelo “tempo necessário” para chegar a um lu-

gar que ofereça segurança e atendimento. Na lei atual, essa prorrogação é de uma hora.

Longa distância

Nas viagens de longa distância com dura-ção maior que sete dias, a proposta concede repouso semanal de 35 horas, contra as 36 horas atuais, permitindo seu fracionamento em dois e o acúmulo de até três períodos de repouso seguidos, que poderão ser usufruí-dos no retorno da viagem.

No caso do empregado em regime de com-

Câmara pode concluir votação de mais tempo de caminhoneiro ao volante neste anopensação, que trabalha 12 horas seguidas e descansa por 36 horas, o texto retira a ne-cessidade de a convenção ou acordo cole-tivo que prever esse regime justificá-lo em razão de especificidade, de sazonalidade ou de característica do transporte.

Penalidades

A penalidade que poderá ser aplicada pela polícia rodoviária ao caminhoneiro por descumprir os períodos de repouso passa de grave para média, embora permaneça a retenção do veículo para cumprimento do tempo de descanso.Entretanto, o substitutivo determina a con-versão da penalidade para grave se o mo-torista cometeu outra infração igual nos últimos 12 meses.

Destaques

O parecer aprovado em julho retirou do texto anterior artigos que isentam de pedá-gio o eixo suspenso de caminhão vazio e o

reboque e semirreboque.

Entretanto, esses dispositivos podem ser reincluídos por meio de destaques.

Outro ponto que pode permanecer no texto, se for aprovado um destaque, aumenta de 5% para 10% a tolerância admitida sobre os limites de peso bruto do caminhão por eixo para rodagem nas estradas brasileirasA proposta prevê também a realização de exames toxicológicos para os motoristas profissionais. Uma das emendas apresen-tadas em Plenário prevê que esses exames sejam realizados em laboratórios com cer-tificado de qualidade (ISO17025) e creden-ciados pelo Contran.

Já outra emenda determina que o valor das tarifas de pedágio nas rodovias municipais e estaduais não seja maior que as praticadas nas estradas federais.

Fonte: Câmara dos Deputados / Caminhões e Carretas

Foto: Divulgação

Foto: Larissa J. Riberti

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CHICO DA BOLEIA14 CULTURA E EDUCAÇÃO

Exame toxicológico para motoristas profissionais será obrigatório a partir de abril

A partir do dia 30 de abril, motoristas que irão adicionar ou renovar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) para as categorias C, D ou E terão que se submeter a exame toxicológico. O prazo foi novamente adi-ado por meio da resolução 517/2015 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) publicada nesta sexta-feira (30), no DOU (Diário Oficial da União).

Antes da nova decisão, o prazo limite era 1º de março de 2015. De acordo com a res-olução, o Denatran (Departamento Nacio-nal de Trânsito) deverá credenciar os labo-ratórios que estejam aptos para realizar as análises laboratoriais toxicológicas.

O exame tem o objetivo de identificar o uso de substâncias psicoativas no organismo do motorista e oferecer mais segurança no trânsito em relação ao transporte de cargas e vidas. O custo varia de R$ 270 a R$ 290.A análise clínica poderá ser realizada pelo fio de cabelo ou pelas unhas para detectar diversos tipos de drogas e seus deriva-dos, como a cocaína, maconha, morfina, heroína, ecstasy, ópio, codeína, anfetamina e metanfetamina (rebite). O exame é ca-paz de detectar substâncias usadas em um período de tempo de três meses.

O Contran destaca que a constatação da substância psicoativa não significa, ne-cessariamente, o uso ilícito ou dependên-cia química por parte do condutor, já que existem medicamentos que têm, na com-posição, substâncias que são detectadas pelo exame. Por esta razão, a quantidade e a duração do uso identificadas no exame

Veja algumas determinações

da nova Resolução do Contran

§ 1º A constatação do uso ilícito de sub-stância psicoativa é atribuição do médico credenciado, que considerará, além dos níveis da substância detectada no exame, o uso de medicamento prescrito, devidam-ente comprovado, que possua em sua for-mulação algum dos elementos constantes do Anexo XXII desta Resolução.

§ 2º O candidato que deixar de apresentar o exame toxicológico de larga janela de de-tecção será considerado inapto temporário e inabilitado.

Art. 32. No caso de o candidato ser con-siderado inapto temporário, na forma pre-vista no caput do art. 31, é facultado a este realizar novo exame toxicológico de larga janela de detecção, o qual, se apontar re-sultado negativo, permitirá que o candi-dato seja considerado apto.

Art. 33. Independentemente do resultado apurado, todos os exames toxicológicos de larga janela de detecção realizados com base nesta Resolução serão utilizados, de forma anônima e com fins estatísticos, para a formação de Banco de Dados para análise da saúde dos motoristas, com vis-tas à implementação de políticas públicas de saúde.

Parágrafo único. As informações arma-zenadas, contendo o resultado dos exames toxicológicos de larga janela de detecção, poderão ser disponibilizadas mediante determinação judicial para instrução de processos relativos a acidentes e crimes de trânsito.

Para isso, a Resolução acrescenta em seu anexo: “3.1. As entidades prestadoras de serviços laboratoriais credenciadas de-verão fornecer ao DENATRAN dados es-tatísticos, on line, em tempo real dos exam-es negativos e positivos segmentados por município. Nos exames positivos, deverão ser informadas as drogas detectadas, bem como a quantidade estimada de consumo. Tais dados estatísticos deverão ser anôni-mos a fim de se resguardar a intimidade e a privacidade do doador e o caráter sigiloso do exame”

deverão ser submetidas à avaliação médica em clínica credenciada, que emitirá um lau-do final de aptidão do candidato a condutor.Na realização do exame, é garantido ao motorista o anonimato, o conhecimento an-tecipado do resultado e sua decisão sobre a continuidade ou não dos procedimentos de habilitação profissional.

Com informações do Ministério das CidadesNatália Pianegonda - Agência CNT de Notícias

No anexo do documento também consta que:

1. Exames

1.1. Os exames toxicológicos deverão ser do tipo de "larga janela de detecção", os quais acusam o uso de substâncias psi-coativas ilícitas ou licitas.

1.2. Os exames deverão testar, no mínimo, a presença das seguintes substâncias: ma-conha e derivados, cocaína e derivados incluindo crack e merla, opiáceos inclu-indo codeína, morfina e heroína; "ecstasy" (MDMA e MDA), anfetamina e metanfet-amina.

1.3. Os exames deverão apresentar resul-tados negativos para um período mínimo de 90 (noventa) dias, retroativos à data da coleta.

1.4. O material biológico a ser coletado poderá - a critério do coletor - ser cabelos ou pelos; na ausência destes, unhas.

Para consultar a Resolução na íntegra, acesse: http://www.denatran.gov.br/resolu-coes.htm

Redação Chico da Boleia

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Nove, eminglês

Acusado injusta-

mente dealgo

Requisitopara o alu-guel de imó-veis (fem.)

Área ro-chosa que

avançapara o mar

Publicitáriode campa-

nhaspolíticas

(?) de pouso:é vital na

decolagemdo avião

FernandaTakai,

cantora a-mapaense

Suprimen-to do trajedo astro-

nauta

Ideiacentral doBudismo

Cidade ita-liana fa-mosa porsua torre

Pop (?): foi imortaliza-da por Andy

WarholFlor no

brasão doPapa

Francisco

Fielmestre dearmas de007 (Cin.)

Sossega; tranquiliza

(?) de jarras:pessoascom rou-pas iguais

Cartunista cofunda-dor de "OPasquim"

As de ca-misas derock são

chamativas

(?) Dele-vingne,

top modelbritânica

Letra-símbolo dotamanhopequeno

Grupotípico docampo

esotérico

Esdras do Nascimen-to, escritorbrasileiro

Post-(?),adesivo

pararecados

(?) os trapos: casar (pop.)

"(?) Save the Queen",canção dos Sex Pistols

Categoria de esporteA da ema é atrofiada

Passado,em inglês

Certosindivíduos

Triste, em inglêsNome da4a letra

Um (?):bastanteA BCG é a primeiratomada pelo bebê

A dieta dopós-cirúrgico de quem

reduziu o estômago

Carro-(?):transporta

água

Ação filantrópica na qual se ajuda criançafinanceiramente carente, através

de umainstituiçãoFazer bom

uso de(algo)

Indivíduo da primeiraetnia escravizada na

Américaespanhola

Prerrogativa do calu-niado de se defenderno meio que o criticou

Irmão da mãe

Empresa cuja força detrabalho é compostaprincipalmente por

robôs, no Brasil

Aí estáPorco de

ChicoBento (HQ)

"National",em NasaBraço,

em inglês

AS

A

3/arm — art — god — sad. 4/nine — past — pisa. 5/carma — nardo. 6/jaguar.

CruzadasDica. Dicas de economia para o cotidiano dos caminhoneiros

Aliar desempenho, rentabilidade e econo-mia é o grande desafio do profissional que utiliza o caminhão no seu cotidiano. Para ter bons resultados, há uma série de itens que devem ser observados no momento de comprar ou trocar seu veículo de carga.

Abaixo, algumas dicas:

- Escolha o caminhão mais adequado para o tipo de trabalho que você irá realizar le-vando em consideração a carga, a potência do motor, número de marchas e o consumo de combustível.

- Procure um bom concessionário e conver-se com colegas antes de fechar negócio e adquirir um novo caminhão.

- Por mais que utilizar um motor potente seja prazeroso, nunca exceda o limite de velocidade estipulado. Uma maior veloci-dade se traduz em mais riscos de acidente e aumento no consumo do combustível, além de emitir mais gases poluentes na atmos-fera.

- Observe o que o conta-giros do motor in-

forma. Quando o veículo atinge a faixa ver-de mostrada pelo equipamento, isso quer dizer que o torque do motor e o consumo estão em equilíbrio.

- No momento de abastecer, sempre des-confie do diesel vendido a um preço muito abaixo do praticado pela maioria dos pos-tos. Há grande risco do óleo estar "bati-zado", o que vai aumentar o consumo e a poluição.

- Mantenha os pneus na calibragem ide-al, pois, quando murchos, eles aumentam o consumo de diesel e se deterioram com maior rapidez; assim como, quando muito cheios, aumentam os riscos de corte.

Estas e outras dicas de economia, seguran-ça e ecologia ao dirigir você pode encontrar em uma cartilha produzida pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Au-tomotores (Anfavea) clicando aqui: http://www.anfavea.com.br/documentos/Projeto-Diesel.pdf

Fonte: Blog do Caminhão Mercedes-Benz


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