Técnicas de Relaxamento e Autocontrolo Emocional
Métodos de Intervenção em Saúde Mental
MEDICAÇÃO
PSICOTERAPIA
EXERCÍCIO
TERAPIADE GRUPO TREINO DE
COMPETÊNCIAS
RELAXAMENTO
Posicionamento das Técnicas de Relaxamento e autocontrolo Emocional
Métodos PsicológicosMétodos Físicos
OS MÉTODOS DE RELAXAMENTO
Deitado Sentado Recostado Cocheiro Lótus
Métodos Físicos
Relaxamento progressivo
Treino de relaxamento progressivo
Treino de tensão-distensão
Relaxamento muscular passivo
Respiração abdominal
Métodos Psicológicos
Treino Autogénico
Consciencialização
Imagens mentais (ideação)
Meditação
Po
siçõ
es
Recomendado DesaconselhadoTolerado
Relaxamento Progressivo
(Jacobson)
Treino de Relaxamento Progressivo
(Bernstein & Berkovec)
Exercício de Tensão-Distensão
(Madders)
Relaxamento Muscular Passivo
(Everly & Rosenfeld)
Respiração Abdominal (diafragmática)
(Slonim & Hamilton)
Métodos Físicos
Treino Autogénico
(Schultz)
Consciencialização
(Stevans & Burnard)
Imagens Mentais (Imagética)
(Achterberg)
Meditação
(Hindu, Taoista, Budista)
Métodos Psicológicos
Apresentação
Explicação do método, das suas características e resultados previstos
Explicação dos procedimentos específicos
Aplicação dos procedimentos
Monitorização
Avaliação
RACIONAL
Relaxamento Progressivo
(Edmund Jacobson) Método Físico (primeiro método a ser usado) Autonomia do Sujeito (percepção das sensações) Centrado na distensão (libertação) Foco na eliminação do tónus muscular Libertação de tensão
Posição de sentado, recostado ou deitado
Aplicado por grupos musculares em sequências(Tensão = 5/10s e Distensão = 30/40s)
Distribuído em 50 sessões (48 grupos musculares)
Avaliado pelo electromiograma (EMG)
Variante: “Tensões em decrescendo”
Resultados positivos comprovados:Ansiedade, insónia, asma, epilepsia, dispneia, doençascrónicas e reumáticas …
Treino de RP
(Bernestein & Berkovec)Método Físico (derivado do RP Jacobson) Treino dirigido / orientado(intensidade controlada pelo facilitador) Centrado na variação entre tensão e distensão Evolui para “relaxamento por pensamento” Usa a totalidade dos grupos musculares p/sessão
Posição de recostado
Aplicado por grupos musculares de forma global(Fase A: 16 grupos; Fase B: 7 grupos; Fase C:4 grupos)
Pode ser concluído em 5 sessões
Avaliado por inquérito e auto-monitorizado
Variantes: numerosas
Resultados positivos comprovados:Ansiedade, insónia, asma, epilepsia, dispneia, doençascrónicas e reumáticas, perturbações do sono …
1ª Fase16 Grupos Musculares
2ª Fase7 Grupos Musculares
3ª Fase4 Grupos Musculares
Mão e antebraço direitosMão e antebraço direitos + braço direito Mão e antebraço direitos +
braço direito + mão e antebraço esquerdos + braço esquerdo
Braço direito
Mão e antebraço esquerdos Mão e antebraço esquerdos + braço esquerdo
Braço esquerdo
Testa e parte superior da faceTesta e parte superior da face + parte central da face + parte inferior da face
Testa e parte superior da face + parte central da face + parte inferior da face + pescoço
Parte central da face
Parte inferior da face
Pescoço Pescoço
Peito, ombros e parte superior das costasPeito, ombros e parte superior das costas + abdómen
Peito, ombros e parte superior das costas + abdómen
Abdómen
Coxa direita
Coxa direita + barriga da perna direita + pé direito
Coxa direita + barriga da perna direita + pé direito + coxa esquerda + barriga da esquerda direita + pé esquerdo
Barriga da perna direita
Pé direito
Coxa esquerda
Coxa esquerda + barriga da esquerda direita + pé esquerdo
Barriga da perna esquerda
Pé esquerdo
Modelo Global de Intervenção do Treino de Relaxamento Progressivo (mínimo = 5 sessões)
Comparação entre o Relaxamento Progressivo e o Treino de Relaxamento Progressivo
variáveisRelaxamento progressivo
RPTreino de relaxamento progressivo
TRP
Posição de relaxamento Deitado ou sentado Reclinado
Nº total de grupos musculares trabalhados
48 16 (evolui para 7 e depois para 4)
Nº de novos grupos musculares trabalhados numa sessão
1 ou 2Todos os grupos
Objectivo da técnica Libertação da tensão"Produção" de relaxamento através de ciclos de tensão-libertação
Valor dado à sensação de contracção
Alertar o indivíduo para a sensação de tensão
Tornar cada componente do relaxamento mais profunda. ao proporcionar um "ponto de partida"; uma forte contracção leva a um relaxamento profundo
Papel da sugestão
Nenhum: a técnica consiste puramente numa competência muscular
São utilizadas sugestões indirectas de forma a aumentar o efeito
Utilização de cassetes áudio / MP3
Não são utilizadas Desaconselhado
Nº de sessões necessárias
50 ou mais Cerca de 6
(Madders)
Tensão-Distensão
Resultados positivos comprovados:Ansiedade, insónia, asma, epilepsia, stress, dispneia, doençascrónicas e reumáticas, perturbações do sono …
Método Físico Variação entre a percepção das sensaçõesdesagradáveis (T) e agradáveis (D) Inclui a Respiração no processo
Aplicável em 6 sessões
Usa a sugestão e pode ser aplicado de olhos abertos
(Everly & Rosenfeld)
Relaxamento Muscular Passivo
Resultados positivos comprovados:Ansiedade, insónia, asma, epilepsia, stress, dispneia, doenças crónicas e reumáticas …
Método Físico Aplica apenas a distensão Exige o conhecimento anterior de outro método
Variantes: “Onda de relaxamento de Priest” e“técnica de perscrutação de Kermani”
(Slonim & Hamilton)
Respiração Abdominal (Diafragmática)
Resultados positivos comprovados:Ansiedade, insónia, asma, epilepsia, stress, dispneia, doenças crónicas e reumáticas …
Método Físico (componente fundamental para todosOs métodos – físicos ou psicológicos de relaxamento) Processo respiratório Visa directamente o Sistema Nervoso Autónomo
Variantes: “calma”, “profunda”, “de meditação”
Situações de Intervenção Relaxamento Progressivo
Treino de Relaxamento Progressivo
Treino de Tensão-
Distensão
Relaxamento Muscular Passivo
Respiração Abdominal
Anestesia dos membros superiores/inferiores
Ansiedade
Apneia / Ataques de pânico
Aumento da atenção e concentração
Aumento da consciência e sensibilidade
Depressão
Dor e fadiga crónica / Cefaleias
Fobias
Gastrite
Hipertensão arterial
Insónia e perturbações do sono
Mudanças repentinas do humor / irritabilidade
Obsessões/compulsões
Stress
Taquicardia/arritmia
Treino Autogénico
(Schultz) Método Psicológico
Aceitação acrítica próxima da auto-hipnose
Exige uma total ausência de estímulos exteriores
Usa a concentração, auto-sugestão e ideação
Exige a aplicação de 18 exercícios
Resultados positivos comprovados:Ansiedade, insónia, asma, depressão, dispneia, doençascrónicas e reumáticas, perturbações do sono …
Posição de deitado, recostado ou cocheiro
Aplicado em sequências de 30 segundos
Momentos de concentração de 30/35 segundos
Autogénico = auto - gerado
Consciencialização
(Stevens & Burnard)
Método Psicológico
Centrado na tomada de consciência e na resoluçãode problemas (insight)
Inclui no procedimento relaxamento por imaginação
Recorre a imagens mentais
Aplica o treino assertivo
Resultados positivos comprovados:Ansiedade, depressão, dispneia, doenças crónicas eReumáticas, perturbações do sono …
Inclui:Tomada de consciência dos problemas
Forma de expressão e controlo espontâneo
Partilha de sentimentos e a catarse para evoluir
Promove a consciencialização sensorial (visão,Som, cheio, sabor e tacto)
Pode levar o sujeito a padrões narcisistas dePode levar o sujeito a padrões narcisistas decomportamentocomportamento
Imagens Mentais
(Achterberg) Método Psicológico
Constitui a componente imaginativa dos outrosMétodos
Processo criativo / imaginativo para criação deImagens
Promove o conceito de guia interno
Resultados positivos comprovados:Ansiedade, depressão, dispneia, doenças crónicas ereumáticas …
Permite:Auto-desenvolvimento e a mudança psicológica
Relaxamento (procedimento de Zahourek)
Funciona como distractor(aplica-se na paragem de pensamento)
Exige um estado profundo de relaxamento
Explora os sentidos
Meditação
(Hindu, Yoga, Zen)Método Psicológico
Promove o estado de tranquilidade interior
Aplica o relaxamento muscular passivo (RMP) nafase inicial (fase de desprendimento)
Varia entre 5 minutos e 15-25 minutos (seniores)
É seguido de uma fase de tomada de consciência
Resultados positivos comprovados:Ansiedade, depressão, dispneia, doenças crónicas eReumáticas, perturbações do sono …
A aplicação distribui-se por uma série de estímulosExteriores (objectos, sons …)
Inclui procedimentos respiratórios (passivos),Objectos visuais (círculo, mandala, vela, vaso)
É passível de ser aplicado em qualquer momento eapresenta uma qualidade rítmica (SN Autónomo)
Situações de Intervenção Treino Autogénico
Consciencia-lização
Imagens Mentais
Meditação
Anestesia dos membros superiores/inferiores
Ansiedade
Apneia / Ataqueis de pânico
Aumento da atenção e concentração
Aumento da consciência e sensibilidade
Depressão
Dor e fadiga crónica / Cefaleias
Fobias
Gastrite
Hipertensão arterial
Insónia e perturbações do sono
Mudanças repentinas do humor / irritabilidade
Obsessões/compulsões
Stress
Taquicardia/arritmia
Limites e Condições de Aplicação
RISCOS DAS ABORDAGENS MUSCULARES
1. Não deve nunca ser substituta de um tratamento;
2. Pode elevar a tensão arterial;
3. Pode induzir arritmias;
4. Não devem ser usadas na fase terminal da gravidez;
5. A excessiva contracção pode provocar dor aguda;
6. Pode ocorrer medo e ansiedade generalizados;
7. Podem irritar os doentes (sugerindo nervosismo);
8. A concentração no corpo pode provocar dor aguda;
9. A aplicação deve ser suave e progressiva;
10. A respiração pode provocar hiperventilação;
11. Devem ser tidos em linha de conta as limitações impostaspelos exercícios psicológicos em exercícios físicos queincluam a imaginação.
RISCOS DAS ABORDAGENS PSICOLÓGICAS
• A indução de calor abdominal (TA) pode ser perigosaem pacientes com inflamação abdominal;
• Estes métodos não se aplicam a crianças;
• Promover junto do sujeito uma expectativa realistaquanto aos resultados esperados com o método;
• A excessiva introspecção pode levar a uma elevadaconcentração do sujeito no EU (narcisismo);
• O autoconhecimento pode ser doloroso;
AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO
• Usar uma ficha de monitorização para acompanhara evolução ta técnica;
• Ensinar o sujeito a usar a ficha de monitorizaçãopara relatar com a maior precisão possível a evoluçãodo processo.
Intervenção Psicológica em Grupos
ICONSTITUIÇÃO DO GRUPO
IICONFLITO
IIICOESÃO
IVEXECUÇÃO
Formação e Desenvolvimento de um Grupo
Avaliar a viabilidade da facilitação e acordar o
processo
Definir o propósito e os objectivos da intervenção
Preparar a logística
Negociar a agenda e preparar as técnicas e os
recursos a utilizar
Pesquisar sobre os conteúdos da intervenção
Proceder à análise de stakeholders e construir o
grupo
IPREPARAÇÃO
IIINTERVENÇÃO
Preparar a chegada das pessoas
Proceder às pausas necessárias
Analisar e debater o(s) tópico (s) e proceder à intervenção principal
Definir a regras de funcionamento do grupo
Acordo definido na preparação, os objectivos, a
ordem e o timing.
Proceder às apresentações (“quebrar o gelo”)
Arrumar a sala, recolher os materiais, etc.
Avaliar e encerrar o processo de intervenção
Tomar decisões, construir subgrupos, delegar responsabilidades
IIIPOS-INTERVENÇÃO
Programar que produtos elaborar
Programar quem informar
Fases do processode facilitação
Os participantes devem conhecer-se e sentir-seà vontade na companhia uns dos outros;
Os objectivos devem ser claramente definidos;
Os participantes devem ser levados a experimentar e a aprender com aquilo que acontece;
Devem desenvolver-se técnicas de análise de experiências e de critica de resultados;
Deve ajudar-se os participantes a planear como é que poderão integrar o que aprenderam no processo.
Principais aspectos para assegurar o êxito das actividades:
ASPECTOS IMPORTANTES DO PROCESSO DE FACILITAÇÃO
criar planos de contingência;
planear cuidadosamente o tempo;
identificar os desperdícios de tempo;
utilizar indicadores de stress e monitorizá-lo.
PRINCÍPIOS A ADOPTAR
Antecipar problemas e conflitos;Reconhecer os contributos de todos os participantes;Controlar o ritmo e o tempo;Manter-se concentrado;Pensar no colectivo;Ser um espelho, não um íman;Estar presente;Criar segurança e uma zona de conforto;Monitorizar comportamentos difíceis;Ver o grupo como um todo;Não permitir conflitos improdutivos.
FIM
(2006) Eduardo Pimpão / José Paulo Mota