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O JORNAL PARA O

CAMINHONEIROAMIGOwww.chicodaboleia.com.br

Orgulho de ser caminhoneiro

EDIÇÃO NACIONAL

A nona etapa do GP Petrobras de Fórmula Truck esquentou, literalmente, a cidade de Londrina. Realizada no domingo 2 de no-vembro, a corrida levou ao grid doze para-naenses entre os vinte e seis competidores.

Ano 03 - Edição 35 - Novembro de 2014

Felipe Giaffone vence em Londri-na leva decisão do Campeonato

Brasileiro para Goiânia

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O 8º Encontro Empresarial do Programa Na Mão Certa aconteceu dia 12 em São Paulo, no auditório (SETCESP) e contou com a presença de mais de 150 pessoas.

8º Encontro Empresarial do Pro-grama Na Mão Certa

No último dia 20 de novembro, a Agên-cia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), publicou uma determinação no Diário Oficial da União que prorrogou a validade dos certificados do Registro Na-cional do Transporte Rodoviário de Cargas (RNTRC).

ANTT prorroga prazo de validade dos certificados do RNTRC

Movimento sindical e greve: o que isso significa?Greve do Caminhoneiro 2012 - Rodovia Presidente Dutra Foto: Nelson Antoine/Fotoarena/AE

Conheça mais sobre a história das mobilizações sindicais no Brasil e no mundo e saiba porque elas são tão importantes.

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Sede: Rua José Ravetta, 07 - Itapira-SP, CEP 13977-150 Fone:(19) 3843-5778

Tiragem:

50.000 exemplares Nacional, 10.000 exem-plares Baixa Mogiana e 10.000 exemplares Grande Ribeirão Preto

Diretora-Presidente: Wanda Jacheta

Diretor-Geral / Editor: Chico da Boleia

Coordenação / Revisão / Fotógrafa

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Diagramação / Fotógrafa

Pamela Souza

Suporte TécnicoMatheus A. Moraes

Video Maker / FotógrafoMurilo Abreu

Conselho Editorial:Albino Castro (Jornalista) Dra. Virgínia Laira (Advogada e coordenado-ra do Departamento Jurídico da Fenacat) Roberto Videira (Presidente da APROCAM Brasil) José Araújo “China“ (Presidente da UNICAM Brasil)

Responsabilidade social:ViraVidaLigue 100Na mão certa

02 EDITORIAL

ExpedienteRessaca Eleitoral

É isso mesmo, companheiros e companhe i r a s , por incrível que pareça ainda exis-te um rescaldo eleitoral no ar. Os que perderam não conseguem engo-lir mais esta der-

rota e ficam procurando pelo em ovo para tentar um terceiro, quarto ou sabe-se lá um quinto turno. Tenho lido cada absurdo, que fico a pensar até onde estas pessoas podem chegar.

Vem-me à memória um jornal lá da Euro-pa com mais de 100 anos que fechou por causa de corrupção, fraude, escutas ilegais e coisas do gênero. É interessante quando certos veículos de comunicação começam uma matéria ou reportagem com o seguinte preâmbulo “tivemos acesso a informações confidenciais”. Mas, se é confidencial, como teve acesso? Se é sigilo de Justiça, como teve acesso?

Para não sair chutando o balde, vamos di-zer que, no mínimo, é estranho. Outra coisa curiosa é a capacidade de criar manchetes do nada, literalmente do nada, pois ensi-na o bom jornalismo que a manchete traz em síntese e a matéria principal descreve. Porem, ao longo de suas últimas edições, certas revistas tem se dado ao desserviço de comportar-se como imprensa marrom. É

preciso estar atento.Mas vamos ao que nos interessa que é falar do trecho, ainda que nos últimos dias essa questão política tenha feito parte constante da nossa rotina diária.

Novembro veio com cheiro de retomada! Notícias de bastidores dão conta que no ano de 2015 terá inicio de forma objetiva um programa de renovação de frota de ca-minhões. Que seja bem vindo e que seja em todo território nacional.

Tendo em vista a adequação das exigências para ter o RNTRC (Registro Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas), a ANTT prorrogou o prazo de validade dos certifi-cados. Basta entrar no site www.chicoda-boleia.com.br e ver as novas datas. Nesta edição também trazemos uma matéria para esclarecer as dúvidas.

Quanto aos eventos, o mês de novembro esteve recheado deles. No Rio de Janeiro, durante a Fetransrio, debateu-se o cenário econômico e político no pós-eleição. A Ir-mãos Davoli promoveu evento para apre-sentar novidades e especificidades do mo-delo Sprinter da Mercedes-Benz.

Também trazemos uma matéria sobre a Expo ABCD, último evento do mês de no-vembro. Na ocasião, o Deputado Orlando Morando, deu suas opiniões sobre a Lei 12.619 em entrevista exclusiva.

A Fórmula Truck promete esquentar a eta-pa de Goiânia, que acontece no primeiro fi-nal de semana de dezembro, já que a vitória

Todos os anúncios são de responsabilidade dos

respectivos anunciantes.

Todas as matérias assinadas por colunistas são

de inteira responsabilidade de seus produtores.

Termo de responsabilidade

de Felipe Giaffone em Londrina postergou a decisão do campeonato brasileiro.

Quero deixar registrado meu agradecimen-to pelo convite que recebi para participar do encontro promovido pelo Programa Na Mão Certa. Na ocasião, foram discutidas estratégias para inibir exploração sexual de crianças e adolescentes em pontos de para-da que agora são obrigatórios nas estradas. E nesta edição contamos com uma consul-toria do nosso amigo dentista, Dr. Sartoret-to que orienta sobre higiene bucal.

Por último, em novembro, mais precisa-mente dia 21, meu irmão do meio o Airton Francisco completou 55 primaveras. Um designer de mão cheia! Que esta data lhe traga muita saúde, alegria, amor e paz. Seja muito feliz, senhor Airton.

Acompanhe nosso boletim diário de se-gunda a sábado às 05h50min da manhã no Momento das Estradas, pela 102,9 Radio Municipal de Amparo, ou pelo site www.chicodaboleia.com.br

Por hoje é sóBoa leitura e até a próxima ediçãoChico da Boleia sempre com Orgulho de ser Caminhoneiro.

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CHICO DA BOLEIA

te. Eu me lembro que muitos companhei-ros perdiam tempo nos caixas do Posto de Combustíveis esperando o pessoal aprovar o recebimento da carta frete. Agora o custo que nós pagávamos a mais no diesel ou na refeição por pagar com carta frete mudou de lado. Ou seja, eles reclamam que vão perder tempo e registrar a operação no sis-tema, ou que vão gastar com as empresas habilitadas em operar o PEF Pagamento Eletrônico do Frete. Este é o problema para alguns: quando o custo era nosso tudo bem, agora que mudou de lado tem gente recla-mando. Mas lembre-se que operar com a Carta Frete agora é crime e se você sofrer com isso ou souber de alguém que não con-siga receber pela PEF, denuncie!

Chico da Boleia respondeLuiz Claudio Moreira de Osório (RS) - Chico por que a largada da Formula Truck é em movimento?

Chico da Boleia – Meu caro Luiz esta for-ma de largada é puramente por segurança. Veja você quanto pesa o cavalo como nós conhecemos ou no nome técnico caminhão trator? Pesa em média quatro toneladas. Pense da seguinte forma: se a largada fosse parada e o segundo caminhão da fila não sai, fica parado, você pensou o que pode ocorrer ou o tamanho da colisão de outro que vem acelerando tudo? Então, segundo apuramos, o fato da largada ser em movi-mento se dá pela segurança. Natanael Oliveira de Extrema (MG) - Chico da Boleia porque o fim da carta frete não é aceito por certas empresas?

Chico da Boleia – Natanael, a resposta pa-rece simples, mas devemos analisar! Como você mesmo disse são certas empresas que não aceitam, pois a grande maioria esta aceitando sem problemas, Existe quem ainda reclame do fim da carta frete porque agora estamos dentro da legalidade e não temos mais custo para receber nosso fre-

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CHICO DA BOLEIAPAPO DE BOLEIA 03

No último dia 20 de novembro, a Agên-cia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), publicou uma determinação no Diário Oficial da União que prorrogou a validade dos certificados do Registro Na-cional do Transporte Rodoviário de Cargas (RNTRC).

A Resolução nº 4.490, visa estender o prazo de validade dos certificados, que expiraria em 15 de novembro deste ano, até a data que ainda será definida por um cronogra-

ma. De acordo com a ANTT o novo prazo deverá ser divulgado em breve, em suporte eletrônico no site da Agência reguladora.

Em comunicado, a NTC&Logística, tam-bém ressaltou que a resolução não causa prejuízo ao exercício da atividade de trans-porte rodoviário de cargas. Os caminho-neiros e transportadoras deverão, portanto, ficar atentos às próximas deliberações da ANTT.

Confira o texto da resolução na íntegra:

DOU de 20/11/2014 (nº 225, Seção 1, pág. 85).

Prorroga o prazo de validade dos Certifi-cados de Registro Nacional de Transporta-dores Rodoviários de Cargas e, dá outras providências.

A Diretoria da Agência Nacional de Trans-portes Terrestres – ANTT, no uso de suas atribuições, fundamentada no Voto DCN – 187, de 19 de novembro de 2014, no que consta do Processo nº 50500.206084 /2014-34;considerando que todos os trans-portadores cadastrados até 15 de maio de 2009 foram obrigados a fazer um recadas-tro junto à ANTT para adequação às novas regras determinadas pela Resolução ANTT nº 3.056, de 12 de março de 2009; e con-siderando que a validade dos Certificados de Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas prorrogada pela Re-solução ANTT nº 4.330, de 7 de maio de 2014, expira a partir de novembro de 2014, resolve:

Art. 1º – Prorrogar a validade dos Certifi-cados de Registro Nacional de Transporta-dores Rodoviários de Cargas (CRNTRC) vencidos a partir de 15 de novembro de

ANTT prorroga prazo de validade dos certificados do RNTRC 2014, previstos na Resolução nº 4.330, de 7 de maio de 2014, até a data definida no cronograma para recadastramento a ser pu-blicado pela ANTT.

Art. 2º – O cronograma para recadastra-mento será divulgado no sítio eletrônico da ANTT quando da publicação da nova re-solução do RNTRC, sem prejuízo ao exer-cício da atividade de transporte rodoviário remunerado de cargas.

Art. 3º – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Mais informações acesse: www.antt.gov.br

Redação Chico da Boleia

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CHICO DA BOLEIA04 FIQUE POR DENTRO O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

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A 10ª edição da Fetransrio, evento conjunto com a 16ª Etransport, inaugurou suas ati-vidades na quarta-feira (5 de novembro) e apresentou todas as novidades do setor de transporte de passageiros durante três dias. Os expositores estiveram distribuídos entre os pavilhões 3 e 5 do Rio Centro, na cidade do Rio de Janeiro.

Além das novidades em serviços e produ-tos, o público pode conferir palestras e de-bates sobre os mais variados temas como segurança no trânsito, mobilidade e sus-tentabilidade. No primeiro dia de evento, discutiu-se a prevenção de acidentes envol-vendo ciclistas, motociclistas e pedestres, além do uso de álcool e drogas no trânsito e os níveis de acidentes causados por tal realidade.

A principal palestra do dia foi ministrada por Carlos Alberto Sardenberg, jornalis-ta da Tv Globo e da rádio CBN. Com a apresentação “Brasil, como chegamos até aqui? Como voltamos a crescer?”, o pales-trante iniciou sua fala frisando que a atual situação política e econômica exige dos re-presentantes políticos “muita imaginação” para buscar alternativas e restabelecer os níveis de crescimento experimentados nos últimos anos.

Sardenberg também falou sobre o contexto no qual o Brasil atingiu seu ápice econô-mico e político. Para ele, esse momento abarca os anos de 1994 a 2006 e algumas questões resolutivas fundamentais na po-lítica econômica do país. “Tivemos nesse período a estabilização macroeconômica, reformas microeconômicas, salário míni-mo e programas sociais, além de um bônus demográfico. Essas reformas de 1994 até

o final do primeiro mandato do Lula fo-ram reformas notáveis que transformaram o Brasil em um país sério e confiante aos olhos de investidores internacionais”, fri-sou.

Ganhos em termos de investimento externo no Brasil, regime de metas da inflação com Banco Central independente, responsabili-dade fiscal, câmbio flutuante, privatizações dos bancos estaduais seguido de reforma do sistema financeiro, reformas microeco-nômicas, programas sociais e política de incremento do salário mínimo, foram algu-mas das caraterísticas fundamentais desse período, de acordo com o palestrante.

O segundo fator que beneficiou o grande crescimento da economia brasileira nos últimos anos foi a influência causada pelo crescimento da China. “Se no início dos anos 2000 a gente exportava 1 bilhão em média para a China, hoje exportamos mais de 40 bilhões, sendo que os preços dos itens também subiram no período”.

Sardenberg explicou que isso se deu, basi-camente, pelo fato de que a China passou a ser um dos maiores exportadores de bens industrializados do mundo, o que acarretou uma “inversão dos termos de troca”. Ele explica o fenômeno pelo fato de que as ex-portações de commodities e minérios cres-ceram grandiosamente nos últimos anos.

“Hoje, a China é o maior importador da América Latina, porque é daqui que saem bens como carne, matérias primas como cobre, etc. O aumento no valor das exporta-ções fez com que nossa reserva aumentasse em detrimento da dívida pública externa”, explicou Sardenberg que também salientou que esse crescimento foi acompanhado de

uma série de medidas le-gislativas sobre crédito, investimento, obras públi-

cas, entre outros.

O palestrante também falou sobre a crise mundial de 2008/2009, salientado que ela foi, em grande medida, causada pelo se-tor financeiro. “Alguns bancos grandes do mundo inteiro só não fecharam porque o governo deu um suporte. As famílias, as empresas e os bancos estavam endividados devido à quantidade de empréstimos. Na-quele momento, esse endividamento cau-sou uma explosão da bolha”, ressaltou.

O momento posterior a essa explosão da dívida de alguns países foi sucedido por um momento de reajuste de contas. “No Brasil, no entanto, não sentimos os grandes efeitos da crise, já que havíamos aumenta-do nossas reservas. Tanto o Brasil quanto outros países emergentes como Chile, por exemplo, foram os menos afetados por essa crise”.

No entanto, Sardenberg aponta que o mo-delo econômico adotado pelo Brasil vive um esgotamento. “Não podíamos mais apostar na ideia de que se resolve a crise aumentando o crédito, o consumo e o gasto público”, analisou. De acordo com o pa-lestrante, essa opção foi errada porque o governo tentou soltar o dólar, aumentar o crédito e o investimento, o que causou in-flação e déficit público. “A um determinado momento o salto do crédito funciona, mas isso tem um limite, porque causa endivida-mento público”, completou.

“É impossível continuar crescendo como estávamos. A opção por continuar a es-timular o crédito decresceu a economia. Ao tentar controlar tudo ao mesmo tempo (crédito, dólar e juros) desequilibramos o sistema”, explicou.

No entanto, outros economistas e observa-dores consideram que o endividamento pú-blico é, na verdade, investimento em áreas fundamentais da sociedade como a consoli-dação de empresas públicas, a saúde, trans-porte, educação, entre outros.

O momento atual deverá mostrar uma dis-cussão para se definir qual política econô-mica será adotada daqui pra frente. Para Sardenberg, existem duas possibilidades. A primeira delas é que seja adotada a mes-ma estratégia do primeiro mandato de Luís Inácio Lula da Silva que nomeou Henrique Meirelles, ex-presidente mundial do Bank Boston como presidente do Banco Central e lhe deu autonomia de atuação.

Na época, Meirelles adotou uma série de medidas ortodoxas em relação à economia, como a aplicação de juros mais altos para controlar a inflação e a redução de gasto público.

No entanto, as promessas de campanha da presidenta reeleita Dilma Rousseff mos-tram que outro caminho pode ser adotado, já que ela se propôs a continuar investindo em áreas como saúde, educação, programas sociais, infraestrutura e transporte, o que tende a aumentar os gastos públicos. Além disso, Dilma quer uma política mais cen-tralizadora que, do ponto de vista social e político, pode significar maiores benefícios para áreas fundamentais para a população e o fortalecimento do setor público.

Sardenberg ainda disse que existe um con-senso: “Precisamos lidar seriamente com a inflação e com as contas públicas”. De acordo com o palestrante o melhor jeito de fazer isso, para não jogar o país na reces-são, é aumentar o gasto no setor privado. “Temos que aumentar investimentos, au-mentar exportação e reduzir os gastos para produção, para que se produza e se venda mais do que se importe. Temos que refor-mar o sistema tributário, facilitar a vida dos empresários e fazer um monte de privatiza-ções. Está provado que quando os governos se metem a fazer esse tipo de obra sai caro, demorado e roubado”, opinou.

As opiniões do jornalista atestam o que todo mundo já sabia, ou seja, é urgente que sejam tomadas medidas para impulsionar a economia, reduzir os juros e a inflação. Mas optar por favorecer o setor privado em detrimento do setor público, quer dizer, os empresários em detrimento da população em geral, pode ser uma falácia do ponto de vista social e, consequentemente, econômi-co, já que, por mais que queiram os gran-des empresários e banqueiros, um fator não está descolado do outro. Afinal, a econo-mia busca números objetivos, mas alguns dos fatores que influenciam na sua queda ou crescimento são totalmente subjetivos como bem estar social, confiança no mer-cado e intenções de compra/investimento.

Talvez seja o momento do Brasil investir ainda mais em serviços públicos, controlar com mais seriedade as privatizações e pen-sar qual a melhor opção para impulsionar a industrialização buscando um equilíbrio entre a participação pública e as concessões de benefícios ao setor privado.

Redação Chico da Boleia

16º Etransport e 10ª Fetransrio | Foto: Bianca Pimenta

Fetransrio debate cenário econômico e político no pós-eleicão

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CHICO DA BOLEIADE BOA NA BOLEIA 05

Organizado pelo Instituto Besc, o III Semi-nário Internacional Frotas & Fretes Verdes aconteceu no Rio de Janeiro entre os dias 27 e 28 de novembro. O objetivo foi propor e discutir as melhores técnicas para aumen-tar a eficiência no uso de combustíveis por Frotistas e Fretistas, visando reduzir custos nos transportes de cargas e de passageiros e emissões de gases ambientalmente noci-vos.

A motivação para a criação do Seminário é a Política Nacional de Mudanças Climáti-cas – PNMC (Lei 12.187 de 29/12/2009), que incentiva a economia de baixo carbo-no, e a Política Energética Nacional (Lei 12.490, de 16/09/de 2011). Assim, o Semi-nário Frotas & Fretes Verdes busca reunir especialistas para encontrarem soluções para um transporte cada vez mais susten-tável.

Os principais focos do evento são o em-prego de práticas e procedimentos econo-micamente atrativos junto às frotas contra-tadoras de frete na busca de uma logística sustentável, comprometida com a redução de emissões e custos.

Neste ano, dentre os palestrantes, estiveram especialistas e pesquisadores na área de transporte e sustentabilidade. Um dos pai-néis do primeiro dia discutiu as “Tendên-cias da sustentabilidade nas frotas”. Mode-rado por Maria Virgínia Telles Barreto Lins Serfaty, gerente de Segurança e Sustentabi-lidade Ambiental da Petrobras Distribuido-ra, as palestras falaram sobre inventário de emissões, crédito de carbono, eficiência da frota como meio de redução das emissões e direção consciente: impactos econômicos, sociais e ambientais.

Os palestrantes convidados para este pai-nel foram Sergio Monteiro, diretor Insti-tucional e Sustentabilidade do Ecofrotas, Lauro Marins, gerente de Supply Chain do Carbon Disclosure Project, Rejane Arinos Vasco, diretora de Projetos e Inovação da Patrus, José Ramalho, diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária (OSCIP) e Sandro Azevedo, diretor comer-cial da Zatix.

Outro debate importante foi o que discutiu “Gestão Sustentável nas Operações Lo-gísticas”. Ao lado do moderador Per-Olov Svedlund, presidente da Scania, estiveram os seguintes palestrantes: Jayme Buarque de Hollanda, diretor geral do INEE, Ricar-do Ruiz, diretor de logística do Magazine Luiza, Markenson Marques, diretor presi-

dente da Cargolift, Simone Maria Barreto Oliveira, assessora do Departamento de Distribuição dos Correios, Anna Barbosa, B+ Equipament e Fernando Camejo, geren-te de Estratégia e Marketing de Produtos da Ticket Car.

Os assuntos debatidos foram: Gestão de frotas, uso eficiente da capacidade de trans-porte, sincronização da cadeia logística e telemetria.

O Evento

Em 2012, a partir do alto interesse de-monstrado pelos Correios e pelo BIRD para que o Brasil es-timule uma maior efici-ência nos transportes, foi idealizado, com o importante apoio do CONPET e de diversas empresas do segmento, o primeiro Seminá-rio Internacional Frotas & Fretes Ver-des.

Após uma segunda edição em 2013, que contou com a par-ticipação de lideranças nacionais e inter-nacionais do setor, o evento parte para a sua terceira edição em 2014, afirmando-se como um ambiente muito importante para a discussão de inovações tecnológicas, necessidade de reformas estruturais e de-senvolvimento de novas políticas públicas e empresariais para o setor de transportes nacional.

O F&FV 2014 buscou estudar ações foca-das na redução do consumo e das carências do transporte rodoviário brasileiro, discu-tindo, dentre outros temas: o uso adequa-do de modais; a coordenação de transpor-tes, para propiciar a obtenção de fretes de retorno; a melhoria da aerodinâmica dos veículos; o incentivo ao uso de pneus com menor resistência de rolamento; o emprego de novos materiais que reduzem o peso dos veículos; o monitoramento do desempenho dos veículos e o treinamento de motoristas.

Troféu Frotas & Fretes Verdes

O Troféu Frotas & Fretes Verdes foi lança-do neste ano pelo Instituto Besc

de Humanidades e Econo-mia para premiar inicia-

tivas que priorizem o uso eficiente de com-bustíveis, materiais e melhores práticas no transporte de cargas e de passageiros.

A escolha dos cases vencedores coube a uma

comissão julgadora forma-da por integrantes do Conselho

Técnico e Empresarial do Seminário Frotas & Fretes Verdes 2014. Foram se-lecionados cases nas categorias “Empre-sa com sustentabilidade em processos” e “Empresa com sustentabilidade em pro-dutos”, além de “Personalidade pública do ano”.

A personalidade pública premiada foi Sérgio Besserman Vianna, Presidente da

" Os principais focos do evento são o emprego de

práticas e procedimentos econo-micamente atrativos junto às frotas contratadoras de frete na busca de uma logística sustentável, compro-

metida com a redução de emis-sões e custos "

Câmara Técnica de Sustentabilidade da Cidade do Rio de Janeiro. Besserman é professor do Departamento de Economia da PUC-RJ, economista e ecologista, desde 1992 estuda as consequências econômicas e sociais das mudanças climáticas globais. Participou do Executive Program on Cli-mate Change & Development da Harvard University. Comentarista de cidade da Rá-dio CBN, fez carreira no BNDES, onde exerceu a Diretoria de Planejamento. Tam-bém já presidiu o IBGE e, no Rio de Janei-ro, presidiu o Grupo de Trabalho da cidade para a conferência Rio + 20.

Na categoria sustentabilidade em processos o Grupo DSR – Soluções Logísticas foi o contemplado com o prêmio. “Estrada com Araucárias” foi o case apresentado, cuja ca-racterística principal é o sequestro de dióxi-do de carbono da atmosfera e sua conver-são em biomassa florestal. Com uma frota de 950 equipamentos, incluindo 740 se-mirreboques, a empresa, de Curitiba (PR), fez seu inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e propôs alternativa para compensá-las, por meio do plantio de pinheiro araucária.

O plantio é feito por pequenos produtores rurais, que recebem incentivo financeiro do Grupo DSR. Como resultado, 20 mil árvo-res já foram plantadas em 65 propriedades participantes, compensando perto de 2 mil toneladas de CO2 emitidos pela frota da empresa.

Por fim, a Metra – Sistema Metropolitano de Transporte foi a empresa contemplada na categoria Sustentabilidade em produto. Com o projeto “Nossa Frota Verde”, a em-presa que faz parte do grupo Auto Viação ABC, opera com uma frota de 260 veícu-los em 45 km de corredores exclusivos que atendem as cidades de São Paulo, Mauá, Santo André, São Bernardo e Diadema.

Entre os veículos da empresa estão os tró-lebus poluição zero, totalmente livres da emissão de CO2, e o E-Bus, primeiro ôni-bus articulado elétrico, movido somente por baterias. A empresa também conta com uma Estação de Tratamento e Reuso de água, economizando cerca de 10 milhões de litros de água por ano com a lavagem da frota.

Redação Chico da Boleia

Informações:http://www.frotasefretesverdes.com.br/

Seminário Internacional Frotas & Fretes Verdes discute soluções em sustentabilidade na área logística

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CHICO DA BOLEIA06 FIQUE POR DENTRO

Irmãos Davoli promove evento para apresentar especificidades do modelo Sprinter

Nos dias 20 e 22, a Irmãos Davoli pro-moveu eventos em Porto Ferreira e Mogi--Mirim para apresentar a linha Sprinter, da Mercedes-Benz. O objetivo foi reunir ami-gos, parceiros e clientes, além de pessoal especializado para apresentar as especifici-dades técnicas do veículo e sanar possíveis dúvidas.

O evento contou com a presença de Ro-gerio Lauriano de Campos, Consultor de Vendas Vans Brasil da Mercedes Benz. Ele frisou que as novidades da Sprinter fazem dela um dos modelos preferidos do merca-do.

“Estamos apresentando algumas novida-des aqui hoje, como na área de segurança. Esse carro da Sprinter tem um mecanismo chamado SP adaptativo, que conjuga todo o sistema de carro, por exemplo o ABS, impedindo que o veiculo patine em terre-no de baixa aderência. Também temos um sistema que faz uma leitura de risco de ca-potamento. Caso isso seja constatado pelo sistema, o dispositivo aciona outros meca-nismos do carro e corrige o problema, evi-tando acidentes”, explicou.

André Etsuo Takamiya, responsável pelo setor de vendas do modelo Sprinter na Ir-mãos Davoli, acompanhou o evento e se disse satisfeito com o comparecimento dos clientes e parceiros. “Essa oportunidade é boa para criar um laço com o cliente e apro-ximar nossa relação com ele”, explicou Takamiya que ainda frisou que a procura pelos modelos são altos na Irmãos Davoli.

Marco Vieira é gerente de vendas do Con-sórcio Mercabenco, forma de crédito atra-vés do qual o cliente pode adquirir veículos modelos Sprinter, e também esteve presen-te. Vieira explicou que o Consórcio funcio-na com um prazo de 60 a 100 para o paga-mento, com parcelas flexíveis.

De acordo com o gerente, o Consórcio é um mecanismo que torna a taxa de juros mais atrativa e facilita o pagamento. “O sistema dá uma condição melhor para o cliente fi-nal, para aquele que precisa do veículo no trabalho, no dia a dia, é a melhor forma de pagamento”, explicou.

Sprinter

Com um amplo portfólio de mais de 50 mo-delos – que também inclui vans para trans-porte de passageiros – a família de veículos comerciais leves Sprinter é formada pelas versões 311 CDI Street (PBT de 3,50 tone-ladas), 415 CDI (3,88 toneladas) e 515 CDI (5 toneladas).

A oferta de furgões Sprinter abrange diver-sas opções de capacidade volumétrica de carga, que vão de 7,5 m³ a 15,5 m³. A maior porta lateral corrediça da categoria, com até 182 cm de altura e 130 cm de largura, per-mite o fácil carregamento de um palete pela lateral do veículo, o que também pode ser feito pela porta traseira, agilizando e oti-mizando a operação logística. Esta é uma vantagem essencial para a movimentação de cargas e produtos em supermercados e nas centrais de distribuição.

A abertura de 270 graus da porta traseira

e a exclusiva versão com portas corrediças nas duas laterais do veículo ampliam as possibilidades de carga e descarga em lo-cais estreitos e de difícil acesso, como no setor de supermercados. Com duas opções de alturas internas (1,65 e 1,94 m) e qua-tro comprimentos (5.245 / 5.910 / 6.945 / 7.345 mm), a linha de furgões assegura múltiplas escolhas e maior produtividade aos transportadores.

Robusto e resistente, o chassi Sprinter está apto para a implementação de vários tipos de carroçarias e equipamentos. Para o caso de baús, forte aplicação do veículo, permi-te capacidade volumétrica de carga até 22 m³ e, principalmente, o aproveitamento de 100% desta capacidade.

Sprinter Street pode circular livre-mente em zonas de restrição

O furgão e o chassi Sprinter 311 CDI Stre-et são registrados como caminhonetes e podem ser conduzidos por motoristas com carteira de habilitação da categoria B. Estes veículos podem circular livremente pelas vias das grandes cidades, mesmo em zonas de restrição.

Graças a esse diferencial, os proprietários podem utilizar a Sprinter Street para o tra-balho a qualquer hora do dia e em qualquer área da cidade, respeitando apenas regras de circulação municipais, tais como o ro-dízio de placas na cidade de São Paulo. Isso resulta em mais disponibilidade para o transporte e, consequentemente, maior lu-cratividade para o cliente e mais vantagens logísticas para o segmento.

Irmãos Davoli

No mercado há quase 7 décadas, a Conces-sionária Irmãos Davoli ganhou notoriedade e respeito entre as revendas de caminhões Mercedes-Benz no país, recebendo prê-mios e certificações de qualidade e figu-rando como um das mais antigas conces-sionárias da marca no país. Atualmente, a empresa está em Mogi-Mirim, Porto Fer-reira, Amparo e Jaú, totalizando uma área de abrangência de 50 municípios do inte-rior paulista.

Pelo oitavo ano consecutivo a Irmãos Da-voli teve seu trabalho reconhecido pela Mercedes-Benz que lhe concedeu mais um Prêmio Star Class Certificação Ouro de Qualidade. A certificação representa o ín-dice máximo de qualificação dos serviços prestados aos clientes.

Ao longo da implantação desse programa de capacitação de qualidade da Mercedes--Benz do Brasil, isto é, desde 2006, a Ir-mãos Davoli tem se destacado e conquis-tado essa posição, colocando-a junto com apenas mais 10 concessões da marca com esse título em todo o Brasil.

Porém, as conquistas não acabam ai. Em 2013 a Empresa também recebeu pelo segundo ano consecutivo, a qualificação “Ouro” em veículos comerciais Sprinter. Mais uma demonstração de seu comprome-timento com a satisfação dos clientes.

Havaia Comunicação

Assessoria de Imprensa - Com informações técnicas da Mercedes-Benz Caminhões

Evento Sprinter, Porto Ferreira | Foto: Pamela Souza

Evento Sprinter Irmãos Davoli , Porto Ferreira | Foto: Pamela Souza

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CHICO DA BOLEIA 07GALERIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA

Evento Sprinter Irmãos Davoli , Porto Ferreira | Foto: Pamela Souza

Evento Sprinter Irmãos Davoli , Porto Ferreira | Foto: Pamela Souza Evento Sprinter Irmãos Davoli , Porto Ferreira | Foto: Pamela Souza Evento Sprinter Irmãos Davoli , Porto Ferreira | Foto: Pamela Souza

Evento Sprinter Irmãos Davoli , Porto Ferreira | Foto: Pamela Souza Claudinei Pelegrini e Pedro Davoli Junior | Foto: Pamela Souza Evento Sprinter Irmãos Davoli , Porto Ferreira | Foto: Pamela Souza

Evento Sprinter Irmãos Davoli , Porto Ferreira | Foto: Pamela Souza Evento Sprinter Irmãos Davoli , Porto Ferreira | Foto: Pamela Souza Evento Sprinter Irmãos Davoli , Porto Ferreira | Foto: Pamela Souza

Evento Sprinter Irmãos Davoli , Porto Ferreira | Foto: Pamela Souza Evento Sprinter Irmãos Davoli , Porto Ferreira | Foto: Pamela Souza Evento Sprinter Irmãos Davoli , Porto Ferreira | Foto: Pamela Souza

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O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA08 REPORTAGEM

Algumas pessoas devem estar perguntando o porquê deste titulo. É simples! Dias atrás correu um boato virtual sobre uma possí-vel greve dos caminhoneiros convocada para meados do mês de novembro. O texto, publicado no site da advogada Gloria Jean (http://www.gloriajean.com.br/caminho-neiros-param/), foi irresponsavelmente re-percutido por veículos de comunicação do segmento que sequer atestaram a confiabi-lidade das informações.

A publicação apresenta uma convocação de origem bastante duvidosa dirigida aos caminhoneiros para que participassem de uma suposta greve no último dia 13 de no-vembro. Em uma breve busca na internet, não é possível encontrar a origem de publi-cação do documento.

O texto também circula em algumas pu-blicações pela rede social Facebook. Essas publicações estão linkadas em “hashtags” como #‎ImpeachmentJá! e #‎MorteAosPe-tralhas. Todas as publicações partem de apenas um usuário chamado Douglas Bol-drini que, aparentemente, não tem nenhuma relação com sindicatos ou caminhoneiros.

De acordo com a notícia veiculada no site da advogada Gloria Jean, o texto é assina-do pela União Nacional dos Caminhonei-ros (Unicam), a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) e a Confederação Brasileira de Transportes de Cargas. No entanto, a suposta convocação não possui o logo nem a assinatura dos representantes das entidades supostamente signatárias da

carta, tampouco está publicada no site des-sas entidades representativas. Vale ressaltar que também não existe uma entidade cha-mada Confederação Brasileira de Trans-portes de Cargas.

Nem é preciso dizer que a motivação da greve é também bastante duvidosa, já que aponta para uma suposta fraude nas elei-ções, fazendo uso de um linguajar inapropriado e tendencioso. Além disso, a carta pede a organiza-ção dos trabalhadores para o Impeachment da presidente reeleita democraticamente, Dilma Rousseff.

Em entrevista com Chico da Boleia no domingo (9), Claudinei Pelegri-ni, presidente da As-sociação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) e da Fede-ração dos Caminho-neiros Autônomos do Estado de São Paulo (Fecam-SP), desmentiu qualquer ligação das enti-dades com esse documento e com a convocação da greve.

“Isso é um absurdo! Inclusive estão usan-do erroneamente o nome da Abcam. Eu nunca apoiei essa greve, a Abcam não está apoiando nenhum movimento de greve, esse não é o momento. O momento agora é de discussão, de sentar e tentar negociar.

Essa greve não tem motivação definida e só vai favorecer os interesses que são alheios aos dos caminhoneiros”, explicou.

O presidente da Abcam ainda afirmou que em nenhum momento a Associação foi consultada, tampouco participou de reuni-ões para uma suposta convocação de gre-ve. “Se fosse necessário uma paralização e se ela atendesse de fato as necessidades

dos caminhoneiros, provavelmente nós iriamos apoia-la. Mas o mo-

mento não é propício para isso e nós sequer fomos consulta-dos sobre essa carta que está circulando por aí. As entida-des estão negociando com

o governo e tentado resolver algumas questões. Nós não

podemos, em nenhum momento, ser usados

dessa forma; ter o nome da Abcam, que é uma entidade com mais de trinta anos, usado de for-ma tão absurda por

pessoas oportunis-tas”, expressou.

A Unicam também já publi-cou uma nota expondo que tal notí-

cia é falsa e que a entidade não tem nenhu-ma relação com essa suposta convocação de greve. O texto, assinado pelo presidente da entidade, José Araújo “China”, afirma: “A Unicam repudia com veemência mais essa manifestação criminosa cujo único objetivo é prejudicar os trabalhadores com

notícias alarmantes e desprovidas de ve-racidade. A entidade reitera que já tomou providências para que os autores da nota, tão logo sejam identificados, respondam na Justiça por esse ato irresponsável”.

Mas, o que de fato representa uma mobili-zação sindical séria? Vamos voltar no tem-po e entender algumas coisas com o auxilio do Antonio Carlos Dias [1]. A palavra sin-dicato tem raízes no latim e no grego. No latim, “sindicus” denominava o “procura-dor escolhido para defender os direitos de uma corporação”; no grego, “syn-dicos” é aquele que defende a justiça.

De acordo com o autor, “o Sindicato está sempre associado à noção de defesa com justiça de uma determinada coletividade. É uma associação estável e permanente de trabalhadores que se unem a partir da cons-tatação e resolução de problemas e necessi-dades comuns”.

A matriz histórica da organização sindical atual surgiu sintonizada com o desenvolvi-mento industrial, que tem por base a “Re-volução Industrial” na Inglaterra, ocorrida no final do século XVIII e começo do sécu-lo XIX. Ali nascia o capitalismo atual, ali nasceu o sindicalismo. Mas se o berço do sindicalismo é industrial, isso não foi limi-tação à sua expansão para outros setores da economia. Pode-se dizer que o sindicalismo é o sistema de organização político-social dos trabalhadores, tanto urbano-industrial como rurais e de serviços[2].

“Os sindicatos representaram, nos pri-

" Estão usando erroneamente o nome da Abcam. Eu nunca apoiei

essa greve, a Abcam não está apoiando nenhum movimento de greve, esse não

é o momento. O momento agora é de discussão, de sentar e tentar

negociar".

- Claudinei Pelegrini

Movimento sindical e greve: o que isso significa?

Greve do Caminhoneiro 2012 - Rodovia Presidente Dutra Foto: Nelson Antoine/Fotoarena/AE

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O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 09REPORTAGEM

notícias alarmantes e desprovidas de ve-racidade. A entidade reitera que já tomou providências para que os autores da nota, tão logo sejam identificados, respondam na Justiça por esse ato irresponsável”.

Mas, o que de fato representa uma mobili-zação sindical séria? Vamos voltar no tem-po e entender algumas coisas com o auxilio do Antonio Carlos Dias [1]. A palavra sin-dicato tem raízes no latim e no grego. No latim, “sindicus” denominava o “procura-dor escolhido para defender os direitos de uma corporação”; no grego, “syn-dicos” é aquele que defende a justiça.

De acordo com o autor, “o Sindicato está sempre associado à noção de defesa com justiça de uma determinada coletividade. É uma associação estável e permanente de trabalhadores que se unem a partir da cons-tatação e resolução de problemas e necessi-dades comuns”.

A matriz histórica da organização sindical atual surgiu sintonizada com o desenvolvi-mento industrial, que tem por base a “Re-volução Industrial” na Inglaterra, ocorrida no final do século XVIII e começo do sécu-lo XIX. Ali nascia o capitalismo atual, ali nasceu o sindicalismo. Mas se o berço do sindicalismo é industrial, isso não foi limi-tação à sua expansão para outros setores da economia. Pode-se dizer que o sindicalismo é o sistema de organização político-social dos trabalhadores, tanto urbano-industrial como rurais e de serviços[2].

“Os sindicatos representaram, nos pri-

Movimento sindical e greve: o que isso significa?meiros tempos do desenvolvimento do capitalismo, um progresso gigantesco da classe operária, pois propiciaram a pas-sagem da dispersão e da impotência dos operários aos rudimentos da união de classe.” (Lênin).

No Brasil, o movimento sindical remonta ao final do século XIX e início do século XX, influenciado principalmente pelas concepções anarco-sindicalistas dos imi-grantes que trabalhavam nas fábricas de grandes cidades brasileiras, como São Pau-lo. A exemplo dessa tendência, temos como marco histórico a grande greve de 1917, que paralisou inúmeros trabalhadores das principais fábricas da capital paulista.

Durante o Estado Novo de Getúlio Vargas, com as diversas concessões trabalhistas e com o programa político de um governo populista, buscou-se atribuir direitos aos trabalhadores ao mesmo tempo em que se cooptava e reprimia as lideranças sindicais, como a perseguição sofrida pelo Partido Comunista e seus membros.

Ainda que tenham sofrido inúmeras reta-liações, os movimentos sindicais foram fundamentais na conquista dos principais direitos trabalhistas. No final da década de 1970 e durante a transição da ditadura para a democracia atual, os movimentos sindicais tiveram um papel significativa na conformação de uma nova ordem política, ainda que ela mantenha, hoje, grande parte da herança repressiva dos anos de chumbo.

Notamos, então, a partir da historia do sin-dicalismo, que o direito de greve foi con-quistado a duras penas pelo engajamento dos trabalhadores ao longo de décadas. Não é possível que ele seja usado de maneira ir-responsável e leviana por pessoas que nada tem haver com a categoria em questão.A greve é o ultimo instrumento, a última ferramenta em um processo de negocia-ção entre o capital e a força de trabalho. Quando existe um impasse onde o capital torna-se irredutível é lançada mão do uso da greve.

Um movimento grevista é construído com o acumulo das experiências durante as negociações, deve ser um processo extre-mamente organizado e não uma corrida de “vacas loucas”.

Nos últimos anos temos visto inúmeras ve-zes tentativas de envolver nossa categoria em movimentos de paralisação onde algum suposto iluminado chama a greve sem ao menos realizar uma discussão ou ouvir a parte mais interessada: os trabalhadores.

Essa atitude cria uma baita confusão na ca-tegoria, como ocorreu neste mês de novem-bro. Ou seja, alguém que não tem nada a ver com o setor escreveu sobre uma possí-vel greve, mas caiu por terra, pois a convo-cação estava calcada em mentiras.

Isso nos leva a falar sobre organização sin-dical, organização dos trabalhadores. Nos-sa categoria, que é de grande importância para economia do país, não tem uma orga-nização substantiva. Temos algumas pes-soas no cenário nacional que se intitulam lideres da categoria. No entanto, raras são as vezes em que é possível ver o tal “líder” no trecho conversando com os caminhonei-ros ou carreteiros e discutindo os assuntos do momento. Por outro lado, basta ocorrer uma discussão em Brasília e todas essas pessoas correm para fazer coro ao que quer que seja.

Atualmente temos a Lei 12.619 em pauta e passando por alterações no Congresso Na-cional. O companheiro que agora esta len-do este texto na beira da estrada, participou de alguma discussão, participou de alguma audiência publica sobre o tema? Pois é! Não se vê o companheiro que está no tre-cho participar destas discussões, mas tem um monte de gente falando em seu nome.

Infelizmente existe um monte de sindica-tos sustentados com o dinheiro do imposto sindical que nós pagamos anualmente para poder ter o RNTRC, que não fazem nada, nada de nada. É incrível você notar que tem sindicato estadual que nunca esteve na sua cidade, na sua região, mas ele esta lá rece-bendo a parte do Imposto Sindical.

E o pior: falando como liderança da cate-goria. Por isso é necessário que aqueles trabalhadores que não se sintam representa-dos que busquem uma alternativa, para que possam fazer valer seus direitos. É preciso também estar sempre atento as nossas obri-

gações trabalhistas. Além de cumprir as re-gras é preciso fazer alta a voz das reivindi-cações. O caminhoneiro deve se interessar mais pelas questões que dizem respeito ao seu dia a dia e participar mais das discus-sões e resoluções trabalhistas que o afetam. Só assim é possível construir um movimen-to sindical com força o suficiente para fazer valer as nossas demandas.

[1] Antonio Carlos Dias, Bacharel em Ad-ministração e Direito pela Pontifícia Uni-versidade Católica de Brasília e aluno de pós-graduação em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho da Pontifícia Uni-versidade Católica de Goiás. Autor do tex-to: "A história das organizacões sindicais" que serviu de base para esta matéria e que está disponível no link: http://www.arcos.org.br/artigos/a-historia-das-organizacoes--sindicais/

[2] - Ricardo C. Antunes – Primeiros Passos.18ª ed., São Paulo: Editora Brasi-liense, 1991 (Coleção Primeiros Passos, 3). P.5

[3] Ricardo C. Antunes – Primeiros Passos.18ª ed., São Paulo: Editora Brasi-liense, 1991 (Coleção Primeiros Passos, 3). P.7

[4] Cavalcanti, Lara Tapety Pontes. Jorna-lista (MTE/AL 1340) / Relações Públicas. 06/05/2011 – Publicações SINTSEP – Ala-goas.

[5] - Cavalcanti, Lara Tapety Pontes. Jor-nalista (MTE/AL 1340) / Relações Públi-cas. 06/05/2011 – Publicações SINTSEP – Alagoas.

[6] - Fonte: Texto retirado do site do SINT-SEF.

[7] - Fonte: Texto retirado do site do SINT-SEF.

[8] RUSSOMANO, Mozart Victor. Princí-pios Gerais de Direito Sindical. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p. 34

SINDICAM é fundado em Amparo

Caminhoneiros e representantes de outros sindicatos se reuniram em uma Assembleia para fundar a nova entidade do estado de São Paulo: o Sindicato dos Transportado-res Rodoviários Autônomos de Bens e dos Transportadores Rodoviários de Cargas em Geral de Amparo e região (Sindicam--Amparo).

A reunião, realizada em 9 de novembro, na cidade de Amparo, contou com a presença de Claudinei Pelegrini, também conhecido como “Pico” e presidente da Abcam (Asso-ciação Brasileira dos Caminhoneiros) e da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Estado de São Paulo (Fecam-SP).

Para o representante, os caminhoneiros carecem de boa representatividade e os sindicatos devem estar atentos as suas rei-vindicações. “Sou a favor, inclusive, de que os sindicatos sejam municipais, pois preci-samos que eles atendam com urgência as necessidades dos trabalhadores do setor”, explicou.

Sobre a criação do Sindicam-Amparo, Pe-legrini ressaltou: “Esta é mais uma entida-de que já nasce forte, que esta do lado dos caminhoneiros atendendo as suas neces-sidades. O importante é isso, que o cami-nhoneiro tenha uma entidade cada vez mais próxima dele, que é pra dar assistência, atender seus pedidos. Existem representa-ções que ficam tão longe do caminhoneiro que ele mal sabe quem é seu presidente”, afirmou.

Roberto Videira, quem possui longa traje-tória no setor, foi eleito por unanimidade o secretário do Sindicam-Amparo. Para ele, é importantíssimo que a região tenha um sindicato. “Aqui nós podemos discutir e realizar tudo o que a categoria precisa de forma direcionada. Os problemas que te-mos aqui nessa região atualmente podem ser diferentes dos que acontecem em outras cidades, porque existem especificidades de contexto”, ressaltou.

O Sindicam-Amparo irá atender 14 cidades da região: Águas de Lindoia, Amparo, Bra-gança Paulista, Joanópolis, Lindoia, Monte Alegre do Sul, Morungaba, Pedra Bela, Pi-nhalzinho, Piracaia, Serra Negra, Socorro, Tuiuti e Vargem.

Redação Chico da Boleia

Assembleia de Fundação, Sindicam Amaparo | Foto: Murilo Abreu

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CHICO DA BOLEIA10 ESPORTE

F-Truck. Felipe Giaffone vence em Londrina leva decisão do Campeonato Brasileiro para Goiânia

A nona etapa do GP Petrobras de Fórmula Truck esquentou, literalmente, a cidade de Londrina. Realizada no domingo 2 de no-vembro, a corrida levou ao grid doze para-naenses entre os vinte e seis competidores. O sol brilhou forte o dia todo, elevando a temperatura da pista e esquentando o âni-mo do público que compareceu em peso.

Durante o final de semana só deu Felipe Giaffone. O piloto da RM Competições fez bons tempos durante os treinos livres. No sábado, durante o treino classificatório, o paulista cravou exatamente o mesmo tem-po que o pernambucano Beto Monteiro, da Scuderia Iveco, mostrando o alto nível de competitividade dos pilotos e da disputa.

Durante o Top Qualifying, Giaffone fez o melhor tempo e garantiu a pole position. Desde a largada – que também foi marca-

da por uma batida de Paulo Salustiano, da ABF Racing Team – o piloto sofreu muitas pressões e a primeira delas veio de Montei-ro, quem tentou por muitas vezes assumir a ponta.

Como já era de se esperar, Leandro Totti, também da RM Competições, conseguiu saltar da 12a posição para a segunda em pouco menos da metade da corrida. Alguns metros bastaram para o piloto ultrapassar Monteiro, encostar e pressionar Giaffone por várias voltas. No entanto, Totti passou acima na velocidade permitida no radar e teve que pagar uma penalização pelos bo-xes.

Ao final, o “Marvado” conseguiu terminar a corrida na terceira colocação e agora soma 203 pontos no Campeonato Brasileiro. O paranaense natural de Londrina, dono da “casa”, esperava um resultado mais positi-vo, mas vai ter que aguardar e se preparar

Pódio | Foto: Larissa J. Riberti

para a decisão do campeonato na próxima etapa, que será realizada em Goiânia. “Esse terceiro lugar é muito importante. Eu errei na classificação no sábado e hoje resolvi arriscar tudo para tentar recuperar as posições. Apesar de eu ter conseguido fazer ultrapassagens, queimei o radar e fui lá pra traz de novo. Mas é importante isso porque eu não posso me deixar abalar pela pressão do campeonato, estar no pódio é muito bom”, frisou Totti que agora precisa de apenas 10 pontos para vencer o Cam-peonato.

Com Totti queimando o radar e Beto Mon-teiro fora da disputa por uma quebra da turbina, a segunda colocação ficou com Wellington Cirino, da ABF Santos Desen-volvimento, que havia largado na quinta posição.

“Na verdade eu achei que tinha um cami-nhão mais competitivo do que no classi-ficatório de ontem, mas foi difícil manter um ritmo forte na corrida. Apesar de tudo, acho que estamos fazendo um bom traba-lho, só precisamos corrigir alguns erros e continuar apostando no bom desempenho”, explicou o piloto que agora soma 142 pon-tos e ocupa a terceira colocação na tabela do campeonato. Roberval Andrade, da Ticket Car Corin-thians, venceu a etapa passada, em Gua-poré. Neste final de semana ele conseguiu manter um desempenho satisfatório e ter-minou a corrida na quarta colocação. De acordo com o piloto, o final de semana foi trabalhoso para conseguir ajustar algumas questões do caminhão. “No desfile dos pi-lotos hoje eu percebi um barulho no motor e eu sabia que eu precisava poupar meu equipamento durante a corrida. Mas foi um resultado muito satisfatório e estar no pó-dio é sempre uma consagração muito boa”, finalizou.

Completando o pódio em quinto lugar este-ve Geraldo Piquet, da ABF Santos Desen-volvimento. Apesar de largar uma posição a frente, o piloto não conseguiu manter um ritmo muito forte. Por outro lado, o brasi-liense se disse satisfeito com o resultado. “A classificação foi boa, mas a minha lar-gada não. Não consegui manter o mesmo ritmo e a temperatura do caminhão estava muito alta. No final eu achei que foi uma boa corrida e gostaria de agradecer à equipe e também à Mercedes.”, concluiu o piloto. Completando as dez primeiras colocações estiveram André Marques, Diogo Pachenki, Jansen Bueno, Gustavo Magnabosco e Da-

vid Muffato. Vale ressaltar o desempenho de João Maistro, da Copacol Clay Racing. Apesar de não conseguir terminar a corrida, o piloto largou entre os oito primeiros do Grid. Maistro é um dos pilotos mais queri-dos da competição, vive sorrindo e arrasta uma legião de admiradores.

A próxima corrida será realizada na cidade de Goiânia no dia 7 de dezembro e prome-te ser muito disputada. Leandro Totti corre pela sexta colocação, já que acumula uma diferença de pontos substancial em relação ao vice-líder, Giaffone. Não percam nossa cobertura através do site www.chicodabo-leia.com.br e da fan page www.facebook.com/chicodaboleia.

Foto: Larissa J. Riberti

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CHICO DA BOLEIAGALERIA TRUCK 11

F-Truck. Felipe Giaffone vence em Londrina leva decisão do Campeonato Brasileiro para Goiâniavid Muffato. Vale ressaltar o desempenho de João Maistro, da Copacol Clay Racing. Apesar de não conseguir terminar a corrida, o piloto largou entre os oito primeiros do Grid. Maistro é um dos pilotos mais queri-dos da competição, vive sorrindo e arrasta uma legião de admiradores.

A próxima corrida será realizada na cidade de Goiânia no dia 7 de dezembro e prome-te ser muito disputada. Leandro Totti corre pela sexta colocação, já que acumula uma diferença de pontos substancial em relação ao vice-líder, Giaffone. Não percam nossa cobertura através do site www.chicodabo-leia.com.br e da fan page www.facebook.com/chicodaboleia.

FÓRMULA TRUCK 2014 - LONDRINA - PR

GALERIA DE FOTOS

Foto: Larissa J. Riberti Foto: Larissa J. Riberti

Foto: Larissa J. Riberti Foto: Larissa J. Riberti Foto: Larissa J. Riberti

Foto: Larissa J. Riberti Foto: Larissa J. Riberti Foto: Larissa J. Riberti

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CHICO DA BOLEIA12 DE BOA NA BOLEIA

Encerrando o mês de novembro, a 17ª edição da Expo de Transportes do ABCD aconteceu entre os dias 27 e 29 de novem-bro, no Pavilhão Vera Cruz. Cerca de 40 expositores participam do evento que se tornou uma tradição na cidade de São Ber-nardo do Campo (SP) por gerar grandes negócios.

No ano passado, o volume negociado foi de quase R$ 190 milhões. Muitos empre-sários aguardam a exposição para renovar e até mesmo ampliar sua frota. Por isso, os participantes promovem ações especiais para alavancar suas vendas.

Ao mesmo tempo em que atrai homens de negócios, a exposição também desperta o interesse de pessoas que gostam de ficar por dentro das novidades do setor de trans-portes. A expectativa dos organizadores é de que cerca de 30 mil visitantes percorram os corredores do pavilhão nos três dias de

exposição. Entre os expositores destacam-se a Mer-cedes-Benz, Scania, Volvo, Ford, Iveco e DAF (montadoras de caminhões), Auto-port, Brazul, Tegma, Transzero e Transauto (transportadoras), Bercamp e Rodoceg (fa-bricantes de carretas), Rialan, Uni Freios, CBA e Pneus Tep (autopeças), Bradesco e Caixa Econômica (bancos), entre outros.

O evento é organizado pelo Sindicato Na-cional dos Cegonheiros, cujo presidente é José Ronaldo Marques da Silva, também conhecido como “boizinho”. “Estamos dando continuidade ao nosso evento, já são 17 anos. Ano passado rendemos em torno de 190 milhões e esse ano a expectativa é manter o mesmo patamar”, frisou.

Chico da Boleia esteve presente no segun-do dia (28) do evento e acompanhou lança-mentos e a movimentação dos expositores

Expo do ABCD fecha o mês de novembro com negócios para o setor

Durante a Expo de Transportes do ABCD, Chico da Boleia também conversou com o Deputado Estadual Orlando Morando (PSDB), que prestigiou o evento. Ambos falaram sobre a Feira, a situação econômi-ca da região do ABC e de outros assuntos como a Lei do Motorista. Confira a entre-vista na íntegra.

Chico da Boleia: Deputado, qual a impor-tância de um evento como este para a re-gião?

Orlando Morando: Primeiro é uma alegria mais uma vez receber uma edição desse evento de logística e transporte focado e produzido pelo Sindicato Nacional de Ce-gonheiros, até porque a cidade é símbolo da produção de caminhões, é símbolo de pro-dução automobilista, então isso é um con-junto. Segundo que isso traz divisas positi-vas para nossa cidade, além de movimentar o comércio, a rede hoteleira, restaurantes,

emprega gente no evento e fortalece todo o setor de transporte de automóveis e o trans-porte de cargas, até porque o evento é reali-zado pelo Sindicato dos Cegonheiros, mas ele não é limitado, muito menos restrito. Então toda a estrutura logística da cidade ganha com isso. Todos os bons eventos que acontecem no grande ABC e em São Ber-nardo naturalmente nós temos obrigação, como homem público, de incentivar e, den-tro do possível, prestigiar. É o que nos traz mais uma vez aqui, cumprimentando toda a diretoria que mais uma vez promove esse bonito evento na cidade de São Bernardo.

Chico da Boleia: Aproveitando o ensejo, já que estamos falando dos caminhoneiros, como é que o senhor vê a questão da Lei 12.619 que está aguardando na Câmara a votação de alguns pontos para possíveis al-terações? A gente sabe que é uma lei que movimenta toda a categoria, já que exis-tem pessoas contrárias e favoráveis a Lei.

Deputado Orlando Morando fala sobre a Lei 12.619

e do público. Pelo Pavilhão de exposição também circulavam membros do legisla-tivo local, dentre eles Tarcisio Secoli, Se-cretário Municipal da Prefeitura de São Bernardo do Campo que concedeu uma entrevista exclusiva para Chico da Boleia. Para o secretário, o evento é fundamental para incrementar ainda mais os negócios em torno do caminhão.

“São Bernardo produz hoje cerca de 55% dos caminhões de todo o Brasil. Nós esta-mos aqui com a fábrica da Ford, da Scania e da Mercedes-Benz, e isso faz com que nós sejamos uma referência na área da pro-dução. Fazer um evento desse com o Sin-dicato dos Cegonheiros para nós é muito

importante porque explora essa economia local tão forte”, frisou.

Quem também esteve presente na feira foi Neusa Navarro, presidente da categoria au-tomobilística mais popular da América La-tina, a Fórmula Truck. Para ela, é sempre bom participar e prestigiar eventos como a Expo de Transportes do ABCD.

“Eu sempre sou convidada para vir nessa feira e nunca consegui vir. Esse ano resolvi vir e estou gostando muito, essa categoria dos cegonheiros merece todo o nosso res-peito. Eu já estou combinando aqui de fazer uma área vip exclusiva para os cegonheiros nas etapas da Truck”, adiantou.

José Ronaldo Marques da Silva “boizinho” | Foto: Pamela Souza

Deputado Estadual Orlando Morando (PSDB) | Foto: Pamela Souza

Foto: Pamela Souza Foto: Pamela Souza

Foto: Pamela Souza Foto: Pamela Souza

Como é que o senhor vê isso?

Orlando Morando: A Lei teve na sua es-sência, na construção feita pelo legislativo um sentido muito positivo, em trazer mais segurança nas estradas, em permitir um tra-balho mais justo para os motoristas. Mas ela foi mal elaborada. Na íntegra nós temos que ter regras mais claras, não dá pra con-viver num país rodoviário, no qual a grande maioria do transporte daquilo que se pro-duz no país é feito através da locomoção rodoviária, o transporte sobre trilhos no país é fraco, é tímido. Agora a Lei que era para ajudar acabou punindo. Está punindo o motorista, está punindo a transportadora e, da forma como ela está, vai acabar pu-nindo também o consumidor final, porque vai elevar custo e quem paga o custo é o consumidor. Quem paga a conta é sempre o consumidor final. Então se fazem necessá-rios alguns ajustes na Lei, não podemos re-troagir e simplesmente rasgar essa realida-de dizendo “vamos voltar tudo como estava antes”. Isso também não defendemos e não queremos, mas da forma como a Lei está colocada, ela se tornou impraticável. Para que se tenha uma ideia, um motorista que já viajou quatro horas e falta apenas uma hora para ele chegar ao seu destino, obriga-toriamente tem que parar e ficar meia hora esperando. Outro problema é que não exis-tem pontos de paradas nem nas rodovias e nem dentro das cidades. Então antes de você aplicar uma lei, você tem que produzir uma estrutura necessária para que a Lei seja aplicada. Hoje já se criou um problema gra-víssimo, hoje você tem aí discussões para

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CHICO DA BOLEIA 13DE BOA NA BOLEIA

Expo do ABCD fecha o mês de novembro com negócios para o setor

emprega gente no evento e fortalece todo o setor de transporte de automóveis e o trans-porte de cargas, até porque o evento é reali-zado pelo Sindicato dos Cegonheiros, mas ele não é limitado, muito menos restrito. Então toda a estrutura logística da cidade ganha com isso. Todos os bons eventos que acontecem no grande ABC e em São Ber-nardo naturalmente nós temos obrigação, como homem público, de incentivar e, den-tro do possível, prestigiar. É o que nos traz mais uma vez aqui, cumprimentando toda a diretoria que mais uma vez promove esse bonito evento na cidade de São Bernardo.

Chico da Boleia: Aproveitando o ensejo, já que estamos falando dos caminhoneiros, como é que o senhor vê a questão da Lei 12.619 que está aguardando na Câmara a votação de alguns pontos para possíveis al-terações? A gente sabe que é uma lei que movimenta toda a categoria, já que exis-tem pessoas contrárias e favoráveis a Lei.

Deputado Orlando Morando fala sobre a Lei 12.619

importante porque explora essa economia local tão forte”, frisou.

Quem também esteve presente na feira foi Neusa Navarro, presidente da categoria au-tomobilística mais popular da América La-tina, a Fórmula Truck. Para ela, é sempre bom participar e prestigiar eventos como a Expo de Transportes do ABCD.

“Eu sempre sou convidada para vir nessa feira e nunca consegui vir. Esse ano resolvi vir e estou gostando muito, essa categoria dos cegonheiros merece todo o nosso res-peito. Eu já estou combinando aqui de fazer uma área vip exclusiva para os cegonheiros nas etapas da Truck”, adiantou.

Deputado Estadual Orlando Morando (PSDB) | Foto: Pamela Souza

Como é que o senhor vê isso?

Orlando Morando: A Lei teve na sua es-sência, na construção feita pelo legislativo um sentido muito positivo, em trazer mais segurança nas estradas, em permitir um tra-balho mais justo para os motoristas. Mas ela foi mal elaborada. Na íntegra nós temos que ter regras mais claras, não dá pra con-viver num país rodoviário, no qual a grande maioria do transporte daquilo que se pro-duz no país é feito através da locomoção rodoviária, o transporte sobre trilhos no país é fraco, é tímido. Agora a Lei que era para ajudar acabou punindo. Está punindo o motorista, está punindo a transportadora e, da forma como ela está, vai acabar pu-nindo também o consumidor final, porque vai elevar custo e quem paga o custo é o consumidor. Quem paga a conta é sempre o consumidor final. Então se fazem necessá-rios alguns ajustes na Lei, não podemos re-troagir e simplesmente rasgar essa realida-de dizendo “vamos voltar tudo como estava antes”. Isso também não defendemos e não queremos, mas da forma como a Lei está colocada, ela se tornou impraticável. Para que se tenha uma ideia, um motorista que já viajou quatro horas e falta apenas uma hora para ele chegar ao seu destino, obriga-toriamente tem que parar e ficar meia hora esperando. Outro problema é que não exis-tem pontos de paradas nem nas rodovias e nem dentro das cidades. Então antes de você aplicar uma lei, você tem que produzir uma estrutura necessária para que a Lei seja aplicada. Hoje já se criou um problema gra-víssimo, hoje você tem aí discussões para

que o caminhão possa ter dois motoristas e o que na verdade não leva o descanso para o motorista, porque ele vai mudar a cama, o legislador queria que ele ficasse em casa, ele vai acabar ficando ainda mais tempo no caminhão. Então eu não tenho dúvidas de que se fazem extremamente necessárias alterações para que possamos aprimorar, transformar esse transporte mais seguro, poupar, prevenir e assegurar novos direitos aos motoristas. Mas a gente não pode traba-lhar com a possibilidade de novos custos.

Chico da Boleia: A gente sabe que o assun-to é tema do governo federal, mas em ter-mos de governo estadual, não seria possí-vel que o governo do estado pudesse fazer uma gestão com as rodovias já pedagiadas, já concedidas, no sentido de implantar as áreas de descanso?

Orlando Morando: O Brasil é um país que cumpre contrato. Os contratos com as concessionárias, por exemplo, o estado de São Paulo, das dez melhores rodovias do país, as dez estão em São Paulo. O modelo de concessão é aprovado pela sociedade e é copiado pelo governo federal, porém as concessões não previam a construção de pátios. Você como concessionário terá que aditivar (sic) os contratos, isso significa dar mais prazo de concessão. As primeiras concessões se fossem novamente licitadas, o preço do pedágio seria inferior, porque essas licitações foram feitas numa época em que não havia segurança jurídica, esta-bilidade econômica. Então hoje tudo o que alguns concessionários querem é aditivar

(sic) seus contratos. Na verdade, a Lei veio do governo federal sem o anteparo do im-pacto que ela causaria. Então são esses os ajustes que tem que ser feitos. Impor agora novos custos aos concessionários, natural-mente ele não vai aceitar sem ele ter uma contrapartida do governo, e este não pode pagar uma conta que não foi ele quem fez. É por isso que a Lei tem que ter alterações.

Chico da Boleia: Salvo algum engano da minha memória, nós temos a Rodovia Ade-mar de Barros, ali na região de campinas, que é concessionária Renovias e tem uma área de descanso que na época do contrato foi obrigação dela fazer. E também existe uma área de descanso na Castello Branco chegando em São Paulo que se não me en-gano foi exigida em contrato. Porque essa exigência existe em algumas circunstâncias e em outras não?

Orlando Morando: Cada concessão tem uma regra, cada concessão tem um mode-lo. Nós temos concessões que foram feitas com outorga onerosa, ou seja, a concessio-nária pagou para ter a rodovia. Tem con-cessões que o sujeito não pagou nada, mas ficou com a obrigação de fazer uma nova rodovia que é o caso da SP Mark que ga-nhou o trecho sul com a obrigação de fazer um trecho leste. A EcoRodovias ganhou a concessão do sistema Anchieta Imigrantes com a obrigação de fazer uma nova rodo-via. Então cada concessão tem um modelo. As concessões que já existiam pátios, na-turalmente foram mantidas, agora as que não tinham essa cláusula, até porque na

época em que foram assinadas não se tinha nem a discussão de ter uma legislação que obrigasse essa parada. Então hoje, quem tem que arcar com essa responsabilidade é o governo, se ele quer ou não transferir ao concessionário é outro fato. Fato este que você não pode impor no contrato. O Brasil cumpre contrato.

Chico da Boleia: Deputado, sem querer lhe colocar em saia justa, mas já colocando, vamos falar do eixo suspenso. Essa foi uma determinação do governo do estado de São Paulo, quando houve a discussão dos pro-testos no começo do ano e entrou a questão do pedágio. Qual a possibilidade da gente voltar a não cobrar pelo eixo suspenso?

Orlando Morando: Nenhuma saia justa, você fez uma presunção por conta própria (risos). Eu participei de uma audiência pú-blica e me posicionei contra e sou contra a cobrança do eixo suspenso, até porque o contrato de concessão é duro em relação a esse aspecto e não faz nenhum sentido que-rer impor uma nova prática. Mais uma vez, eu não serei incoerente, transferir a respon-sabilidade do custo para a transportadora, porque aumentando o custo quem vai pagar por isso é o consumidor final. Então eu te-nho uma posição clara em relação a isso, sou do PSDB, sou membro da Comissão de Transporte e sou contra a cobrança do eixo suspenso.

Entrevista realizada em 28 de novembro de 2014Redação Chico da Boleia

Page 14: 35ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA14 ONDE ESTÁ O CHICO DA BOLEIA

O 8º Encontro Empresarial do Programa Na Mão Certa aconteceu dia 12 em São Paulo, no auditório do Sindicato das Em-presas de Transporte Rodoviário de Cargas de São Paulo e Região (SETCESP) e con-tou com a presença de mais de 150 pessoas.

O Programa é uma iniciativa da Childhood Brasil para enfrentar a exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias brasileiras e tornou-se referência nacional no enfrentamento do problema. O seu re-conhecimento no cenário da responsabili-dade social empresarial foi mais uma vez confirmado diante de um auditório lotado, atento, participativo e que se mobilizou para debater, como tema central, a relação da Lei 12.619/12, conhecida como a Lei do Descanso do Caminhoneiro, com o comba-te a exploração sexual de crianças e ado-lescentes. A Lei do Descanso é um instrumento fun-damental para melhorar as condições de vida do caminhoneiro e visa garantir ao motorista um trabalho mais digno, com respeito aos seus direitos e valorização da profissão. A Lei 12619 regula diversos as-pectos da profissão, sendo o principal deles o direito a um tempo determinado de des-canso, tanto durante à noite quanto durante o dia, com paradas programadas.

Durante o Encontro Empresarial, em diver-sas ocasiões a Lei do Descanso foi relacio-nada como um instrumento que tem muito a contribuir para o enfrentamento da explo-ração sexual de crianças e adolescentes nas estradas. “O caminhoneiro só vai exercer seu papel, de agente de proteção dos direi-tos da infância, na medida em que seus pró-prios direitos humanos forem respeitados”, disse a Coordenadora do Grupo Especial de Fiscalização do Trabalho em Transpor-tes (GETRAC), do Ministério do Trabalho e Emprego, Renata Namekata, uma das pa-lestrantes.

A atenção aos direitos dos motoristas, a valorização da profissão, o reconhecimen-to do seu papel transformador e o respeito aos seus direitos sempre foram bandeiras do Programa na Mão Certa e das empresas que trabalham dentro dos critérios que bali-zam a responsabilidade social empresarial. A Lei do Descanso referenda uma questão que há muito tempo era cobrada por parte dos caminhoneiros e do empresariado.

“O Programa nasceu em 2006 com a tese de que o caminhoneiro pode se tornar um agente de proteção dos direitos de crian-ças e adolescentes”, disse a Diretora Exe-cutiva da Childhood Brasil, Ana Maria Drummond, que abriu os trabalhos do 8º Encontro Empresarial. “O caminhoneiro é consciente do seu papel, mas ele precisa de atenção, para poder apoiar a causa e se engajar”, comentou Ana Maria.

Junto de Ana Maria estavam outros colaboradores, como o representante da presi-dência do SETCESP e anfitrião do evento, Tayguara Helou; o representante da Confederação Na-cional dos Trans-portadores Autô-nomos, Alziro da Motta Santos Filho; o Diretor Executi-vo da JSL S/A, Fábio Velloso, que, na oportu-nidade, representou todas as empresas participantes do Programa Na Mão Certa.

Não pôde comparecer, por problemas de saúde, o Secretário Executivo da Associa-ção Brasileira de Concessionárias de Rodo-vias, Carlos Alberto Felizola. Chico da Boleia também foi convidado para participar do evento e realizou uma

entrevista exclusiva com Itamar Gonçal-ves, gerente de projetos da Childhood Bra-sil, que atua em projetos juntamente com o Programa Na Mão Certa. Confira a entre-vista na íntegra.

Chico da Boleia: Itamar, do primei-ro ao oitavo encontro empresarial,

qual a evolução do movimento?

Itamar Gonçalves: Olha Chi-co, este oitavo encontro tem uma diferença bastante signifi-cativa, porque aqui a gente está

tratando da Lei 12.619 que ainda está em discussão.

Mas a ideia é falar dos pontos de apoio e de parada para os pro-fissionais que estão usando as estradas brasileiras, princi-

palmente no setor do transporte. Nós come-

çamos este trabalho den-tro da Childhood através do

Programa Na Mão Certa, tentan-do engajar as empresas, sensibilizar princi-palmente o setor privado, portanto toda a cadeia produtiva de empresas que utilizam o transporte para escoar suas mercadorias ou para receber a matéria prima, no sentido de garantir que essas rodovias fossem tam-bém um espaço de proteção de crianças e adolescentes. Então, do primeiro ao sétimo encontro empresarial o foco sempre foi no

engajamento do setor privado para trazer para essa temática que, convenhamos não é fácil: você cruzar a questão exploração se-xual de crianças e adolescentes e o papel de proteção transferido e compartilhado com o setor privado.

Chico da Boleia: Bom, então pelo que você disse do primeiro até o sétimo encontro o engajamento pelo setor privado era um mo-vimento gravitacional para se chegar até os motoristas. Hoje no encontro a gente já vê a presença do Presidente da CNTA, que é uma das entidades que reúne os caminho-neiros autônomos e a gente percebe que se começa já a abordar essa base da pirâmi-de. Vocês pensam em realizar um trabalho mais intenso junto aos autônomos?

Itamar Gonçalves: A gente mediu um sal-to muito significativo até 2010 de engaja-mento tanto do setor privado, mas priori-tariamente dos profissionais, aumentando a consciência. Isso a gente percebe quando esse profissional, ao ver uma irregularida-de na estrada, faz uma denúncia. Então ele passa a ter um papel como agente produti-vo. A gente vai fazer uma pesquisa agora no ano de 2015 para ver se continuamos neste ritmo. Acreditamos que sim. Agora, como foi dito, a Lei também é uma possibilidade da gente reunir esses diversos grupos. Nós estamos falando aqui com os trabalhado-res, com quem emprega, quem tem o seu próprio caminhão. Então ainda é um desa-fio pra gente identificar quem é esse pro-fissional que atua. Agora, na nossa última pesquisa nós medimos que conseguimos al-cançar cerca de 1 milhão de trabalhadores nas estradas. Então com uma parcela des-ses trabalhadores autônomos nós também conseguimos conversar. E é uma questão de mudança de estratégia. Hoje, além de a gente ter essa pauta comum, com relação aos pontos de apoios e paradas, conseguir construir critérios para que nesse espaço não se tenha apenas saúde, momentos de boa alimentação, sanitários adequados e espaço de lazer que atenda, de fato, o que seria digno para um profissional da estrada, nós estamos trazendo essa temática há 15 anos e, desde 2006, através do Programa Na Mão Certa. Então hoje nós vamos tam-bém reconhecer não só os trabalhadores, mas também as empresas que estão engaja-das nos programas. É isso que vai acontecer aqui hoje após o debate da Lei e dos pontos de apoio. O que queremos é tentar ter um hall de critérios para que a gente tenha uma

Encontro promovido pelo Programa Na Mão Certa discute estratégias para inibir exploração sexual de crianças e adolescentes em pontos de parada

" A gente mediu um salto de enga-jamento tanto do setor privado, mas prioritariamente dos profissionais e

isso a gente percebe quando esse pro-fissional, ao ver uma irregularidade na

estrada, faz uma denúncia "

- Itamar Gonçalves

Itamar Gonçalves , gerente de projetos da Childhood Brasil | Foto: Pamela Souza

Page 15: 35ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 15ONDE ESTÁ O CHICO DA BOLEIA

Encontro promovido pelo Programa Na Mão Certa discute estratégias para inibir exploração sexual de crianças e adolescentes em pontos de parada

incidência nas concessões desses espaços e na construção deles de forma adequada e para inibir qualquer tipo de exploração de crianças e adolescentes.

Chico da Boleia: Você acredita que ao longo desses últimos encontros empresa-riais foi possível notar alguma evolução na conscientização e na diminuição da violên-cia?

Itamar Gonçalves: Os números estão mos-trando que sim, principalmente em relação à exploração. E é muito interessante isso, porque quando você vai pra um mapea-mento – nós somos também parceiros da Polícia Rodoviária Federal – os números

eles são os mesmos nesses anos todos que a gente vem medindo. Mas quando você percebe as pessoas, por exemplo, aquele que admite ter sexo com crianças e adoles-centes, você percebe que esse número foi caindo. Por isso que nós vamos fazer no-vamente a pesquisa “Perfil dos Caminho-neiros”, que é um trabalho que a gente faz na estrada, atingindo todos os profissionais: quem está em frota, quem é o autônomo, quem só utiliza esse serviço como embar-cador, etc. Isso é exatamente pra ver se esse movimento continua. O que a gente perce-beu, pelo menos até 2010, quando a gente realizou a última pesquisa, foi que, primei-ro, ele tinha acesso à informação, sabia que essa prática contra crianças e adolescentes

é crime. E nossa ideia não é causar um pâ-nico social, mas, de fato, dar dignidade as crianças e aos adolescentes e permitir que elas se desenvolvam de maneira natural, como deve ser. E a gente nessas medições vem percebendo que o caminhoneiro já viu informações sobre o Programa através de trabalhos como os que vocês fazem, divul-gando as questões, principalmente relativo à infância, etc. Então a gente percebe que a informação está chegando, seja através dos nossos parceiros, como a PRF, seja através da mídia qualificada, mas funda-mentalmente através das empresas que se engajaram. Nós tivemos um depoimento aqui pela parte da manhã de um grupo que falou sobre o processo de formação de seus profissionais e, inclusive, da aplicação se-mestral, da sensibilização dos seus profis-

sionais e de todos aqueles que entram na empresa e com campanhas pontuais. Então é isso que vai multiplicando e levando essa causa para mais gente, garantindo a prote-ção, de fato, do maior número de crianças e adolescentes. O desafio ainda é grande, temos muito que fazer, mas acho que esta-mos avançando muito. Hoje é uma prova disso, tanto é que nós mudamos o foco do engajamento para a discussão dos critérios de construção e manutenção dos pontos de parada em rodovias.

Entrevista realizada por Chico da Boleia em 12 de novembro de 2014Mais informações sobre o projeto acesse: http://www.namaocerta.org.br/

Redação Chico da Boleia

Tayguara Helou, SETCESP | Foto: Romero Cruz

Renata Namekata, Ministério do Trabalho e Emprego - GETRAC | Foto: Romero Cruz

Adauto Bentivegna Filho, SETCESP | Foto: Romero Cruz

Paulo Douglas Almeida de Moraes, Procurador do Tra-balho| Foto: Romero Cruz

Mesa de Abertura | Foto: Pamela Souza

Page 16: 35ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia
Page 17: 35ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 17SAÚDE NO TRECHO

Com a rotina muitas vezes desgastante de trabalho, nos esquecemos de manter os há-bitos de higiene bucal e de cuidar de nossa saúde. É por isso que é sempre bom ficar por dentro das dicas para evitar cáries, mau hálito e outras doenças que afetam nossa arcada dentária. O Doutor José Sartoret-to gentilmente nos enviou esse texto com as informações relevantes que precisamos para manter uma boca saudável. Confiram.

Hoje em dia quem é que não quer ter uma saúde bucal excelente? Mas para isso, de-

vemos realizar alguns procedi-mentos diários. Prestem muita atenção nas dicas mais neces-sárias para se obter o resultado esperado.

A pergunta mais freqüente que costumo ouvir no consultório é sobre a quantidade de vezes ao dia que devemos escovar os dentes. O correto é escovar os dentes logo quando acordamos, após o almoço e a noite antes de dormir, lembrando sempre que

a escovação noturna é a mais importante, e a cada vez que escovamos os dentes é ne-cessário o uso do fio dental.

Muitas pessoas pensam que se não almo-çarem não é necessário realizarem a esco-vação. Isso é um mito, pois, na verdade, a escovação não está ligada totalmente a ali-mentação, mas também está ligada com o tempo que os microorganismos levam para se desenvolverem e se organizarem sobre o formato de colônia.Uma escova de dente tem a durabilidade de

no máximo de trinta dias, isso se for usada de forma correta. A troca é recomendada mesmo que na embalagem esteja escrito para trocar de três em três meses. Quanto ao tipo de escova a mais indicada são as es-covas com cerdas macias e uniformes, com a cabeça pequena e com o cabo liso, pois o cabo emborrachado retém muita bactéria. Quanto à pasta de dente, existe um tipo es-pecífico para cada problema, portanto esco-lha aquela mais adequada para o seu caso ou pergunte ao seu dentista.

O enxaguatório bucal adequado é aquele que não contém álcool em sua composição.

Esclareça suas dúvidas sobre higiene bucalNa embalagem está escrito sem álcool ou alcohol free. Utilize o enxaguatório somen-te uma vez ao dia, pois ele destrói também as bactérias da microbiota bucal, ou seja, as bactérias que ajudam na nossa defesa e fazem parte também da nossa digestão.

Seguindo esses conselhos você estará com sua saúde bucal em boas condições evitan-do assim problemas mais sérios. E lembre--se sempre de comparecer ao seu dentista de seis em seis meses ou em caso do apare-cimento de algum problema mais relevante o comparecimento deverá ser antecipado.

Por José Sartoretto

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O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA18 CULTURA E EDUCAÇÃO

Com aplicativo ‘Eu-Vi’ usuários poderão monitorar rodovias em tempo real

Com o objetivo de melhorar cada vez mais a qualidade das rodovias do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, a ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) lança o aplicativo “Eu-Vi”. A ferramenta permite que moto-ristas e passageiros fiscalizem, em tempo real, as condições das rodovias, comuni-cando a Agência sobre os problemas cons-tatados durante viagens ou sugerindo me-lhorias. É o poder do usuário das rodovias na palma da mão.

O programa abrange os 6,4 mil quilômetros de pistas sob concessão em todas as regi-ões do Estado – o que inclui rodovias de importância nacional como a Bandeirantes, Raposo Tavares, Anhanguera, Rodoanel, Castelo Branco, Anchieta, Imigrantes, en-tre outras. O “Eu-Vi” está disponível para os sistemas iOS (iPhone) e Android.

Com o aplicativo, os usuários das rodovias paulistas poderão fazer fotos ou vídeos de 10 segundos que serão georeferenciados para registrar diversas situações como bu-raco no asfalto ou placas danificadas (veja lista completa abaixo). Em seguida, ele poderá fazer um comentário relatando a ocorrência ou sugestão. O registro será en-viado diretamente para a ARTESP, que irá acionar a concessionária responsável pela rodovia para responder e solucionar o pro-blema.

Pelo contrato de concessão, as empresas têm prazos estipulados para dar solução a cada tipo de problema que apareça na ro-dovia sob sua administração. Se este prazo for desrespeitado, está prevista punição, que varia de autuação, multa e até mesmo perda da concessão. Já para o usuário, as concessionárias terão prazo de até 10 dias para enviar resposta.

O que o motorista/passageiro pode mostrar por meio do "Eu-Vi", e o prazo que o pro-blema tem para ser solucionado:

1. Conservação de barreiras de concreto – solução em uma semana;

2. Defensas metálicas e cercas – solução em uma semana;

3. Mato alto ao longo da pista – acionamen-to das equipes de imediato;

4. Pichação ao longo da estrada – solução em uma semana;

5. Limpeza de canaletas e bueiros – solução em um mês;

6. Iluminação de passarelas – solução em uma semana;

7. Conservação de ponto de ônibus – solu-ção em uma semana;

8. Conservação de pontes, viadutos e túneis – solução em uma semana;

9. Conservação de sinalização (placas, fai-xas) – repintura em uma semana/limpeza em um mês;

10. Buraco no asfalto – solução em um dia;11. Lixo na estrada – solução em uma se-mana;

12. Queimada/fumaça – acionamento das equipes de imediato;13. Animais na estrada – solução em um dia.

Como usar?

Com uma interface de simples navegação,

o usuário poderá tirar uma foto ou fazer um vídeo da situação que pretende relatar – um buraco na rodovia, por exemplo. A mídia será georeferenciada, marcando a localiza-ção da ocorrência. O usuário poderá, ainda, acrescentar um relato sobre o problema. Feito isso, por meio do App "Eu-Vi", ele encaminhará este registro automaticamen-te para a concessionária responsável pelo trecho (para verificação e solução do pro-blema) e para a ARTESP (para acompanha-mento e fiscalização). O status da manifes-tação poderá ser acompanhado na sessão histórico de registros. Os status existentes no aplicativo são: enviada (em vermelho), em andamento (em amarelo) e atendida (em verde).

As manifestações serão validadas através do reconhecimento do sinal GPS do smar-tphone, por isso é importante que o sistema do aparelho esteja ligado e com conexão ativa de internet. Se o sinal de internet es-tiver fraco, o aplicativo guarda o registro e o usuário poderá enviá-lo assim que houver sinal ou conseguir acessar uma rede de wi--fi. Não serão atendidas as manifestações de locais fora da malha rodoviária sob con-cessão (por exemplo, um local de dentro da cidade), ou que estejam fora da área de atuação da ARTESP.

A segurança dos usuários nas rodovias é prioridade e o aplicativo respeita a legisla-ção vigente. Ao abrir o “Eu-Vi” o usuário

será avisado que somente o carona ou outro passageiro pode utilizar o aplicativo com o veículo em movimento. O motorista nunca deverá utilizar o celular dirigindo, devendo procurar um local seguro e fora da via para relatar a ocorrência. Ao usar o aplicativo o motorista não deve se envolver em situa-ções de risco que possam comprometer a sua vida e a dos demais motoristas e usuá-rios da rodovia.

A ARTESP orienta que os usuários do apli-cativo sempre atentem às recomendações:- Nunca dirija usando o celular. Além de colocar vidas em risco, o ato é considerado infração média (4 pontos) e pode resultar em multa (R$ 85,13);

- Quando identificar um problema na rodo-via oriente o carona a realizar as imagens e/ou operar o celular, ou busque um local seguro fora da via (por exemplo, postos de serviço) para realizar o registro.

Se o usuário encontrar alguma inconsistên-cia no aplicativo, mau funcionamento, ou bug, ele pode ajudar a melhorar a ferramen-ta. Para isso, basta descrever o problema e comunicar a ARTESP por meio do botão “Sugestões”. O app passou por período de testes desde fevereiro em todas as rodovias sob concessão no Estado de São Paulo.

ARTESP - Assessoria de Imprensa(11) 3465-2104 / 2105 / [email protected]

Atenção. Quebra de asa – manobra que custa caroQuem vive na estrada já viu algum co-lega de profissão fazer a “quebra de asa”. A manobra consiste em balançar a carro-ceria de um lado para o outro, tirando as rodas da pista e contorcendo o implemento. A questão é que esta brincadeira pode sair caro para muita gente.

O movimento de balanço pode fazer com que o caminhão sofra danos estruturais. Como a carreta se projeta além da capaci-dade sobre a quinta roda, isso pode trincar o pino-rei, além de causar desalinhamento. Quando a carreta levanta e volta para sua posição correta, o impacto gerado pode causar sérios danos na suspensão, assim como desgaste extremo das laterais dos pneus.

Motoristas que realizam a “quebra de asa” podem responder pelo crime de direção perigosa, podendo até provocar algum aci-dente com outro veículo. Se houver mais de

um caminhão fazendo disputa de manobras na estrada, a punição aumenta por ser con-siderado envolvimento em racha. A pena pode variar de seis meses a dois anos de prisão.

Outro risco provocado pelas manobras ar-riscadas é a capotagem do bruto. O movi-mento de chicote da carroceria pode ser mais forte que a manobra, e o veículo tom-bar no meio do trecho.

Há também os fãs de caminhões que, na beira da estrada, pedem para os motoristas fazerem a quebra de asa só para poderem gravar no celular e publicar na internet. Uma manobra mal-sucedida pode colocar a vida deles em risco.

Em caso de direção perigosa, avise a Polí-cia Rodoviária Federal pelo número 191.

Fonte: Volvo na estrada

Foto: Divulgação

Page 19: 35ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 19PASSATEMPOO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

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Formade vendade linhasde pipa

(?) degravação, atração desites de TV

"É (?) oupara co-

mer?", pia-da natalina

"Não hácrime sem(?)" (dito)

Rezaram; suplicaram

Menino queleva as

alianças nocasamento

Eventoesportivo de Torontoem 2015

Misturausada emobras dealvenaria

Voracida-de; garra

Sedede três

impériosafricanos

"Fica, vai(?) bolo!",meme dainternet

Diz-se doamigo fiel

"Contra",em "anti-abortivo"

Letra que,dobrada,

formadígrafo

Eros Ra-mazzotti,

cantoritaliano

Grito de touradas

O primeirodo bebê éo choroResíduo

Caneta,em inglês

Venda,em inglês

Frase delíderes eidealistas

Classifica-ção dehotéis

Defeitosfísicos ou

morais (fig.)

Área deatuação

do progra-mador desistemas

Dalai Lama, JohnLennon ou Gandhi

Atriz brasileira ovacio-nada em N. York (2013)

Em (?): na moda(p. ext.)

(?) entre nós:em segredo

A índole da heroínaTrabalha-

dor na"corrida do ouro"de SerraPelada

(?) acadêmico,trabalhodo alunode Letras

Forte, eminglês

2/on. 3/pen. 4/eire — sale. 6/eleven — strong. 15/mensalão mineiro.

CruzadasDica. Recomendações para uma viagem segura

Uma viagem segura começa ainda nos pre-parativos. É importante verificar freios, amortecedores, luzes, óleo, pneus, docu-mentos e equipamentos obrigatórios. O veículo deve estar em perfeito estado, a fim de garantir uma viagem tranquila.

ANTES DE VIAJAR

• Descanse antes de iniciar a viagem. O motorista deve estar descansado, pois o sono é insuperável ? e um grande fator de acidentes.

• Faça um planejamento da viagem inclu-indo paradas para descanso;

• Ao pegar a estrada não tenha pressa de chegar;

• Não sobrecarregue o veículo;

• Verifique se todas as pessoas no veículo estão utilizando cinto de segurança.

NA RODOVIA

• Trafegue sempre com o farol aceso, mes-mo de dia;

• Mantenha-se atento a velocid-ade regulamentada e não ultra-passe os limites estabelecidos, 30% ? dos acidentes nas rodo-vias concedidas são do tipo Choque, possivelmente por perda do controle ? do veículo;

• Nunca circule pelo acosta-mento;

• As estradas vão estar car-regadas, mantenha distancia segura do veículo que vai a frente, quanto? maior a sua velocidade maior a distancia do veículo da frente, 24 % dos acidentes e 20% das? mortes nas rodovias concedidas são por colisão traseira;• Fique atento à rodovia e aos veículos que vão a frente;

• Em condições de chuva redobre a atenção e reduza a velocidade;

• Dê passagem quando solicitado;

• Nunca dirija após ingerir bebida alcoóli-ca;

• Ultrapasse somente com segurança.

No seu retorno procure descansar antes de iniciar a viagem e lembre-se das reco-mendações anteriores.

O Serviço de Atendimento ao Usuário está equipado com guinchos, ambulâncias e telefones de emergência 0800 para atender às necessidades dos usuários.

BOA VIAGEM!!

Fonte: Artesp

Foto: Divulgação

Page 20: 35ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

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