Download - 3 Maio - PÚBLICO
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Série Ípsilon: 9.º vol. Louise-Michel, de Benoît Delépine e Gustave Kerven Hoje Por+ 1,99€n HHHHHo++++ 1
Horário de trabalho na função pública e idade da reforma aumentamPassos Coelho adiou para hoje anúncio de cortes estruturais na despesa pública. Revisão da estrutura salarial do Estado vai estar no terreno em 2014 e mobilidade especial terá um limite temporal Destaque, 2/3
Quase 70% dos concelhos do país pagaram mais no ano passado p10/11
Presidente do Conselho Europeu apoia Governo e ideias defendidas pelo PS p6
Analistas acreditam que medida não chega para resolver a crise p18/19
Mais próxima do custo real, factura da água subiu 8,4%
Rompuy elogia Portugal e dá razãoa Passos e a Seguro
‘Frustrado’, BCE baixa taxas de juro para animar economia
LIGA EUROPABENFICA DEU “BANHO TURCO”NA LUZ Desporto, 42/43
HUGO CORREIA/REUTERS
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SEX 3 MAI 2013EDIÇÃO LISBOA
Ano XXIV | n.º 8423 | 1,60€ | Directora: Bárbara Reis | Directores adjuntos: Nuno Pacheco, Manuel Carvalho, Miguel Gaspar | Directora executiva Online: Simone Duarte | Directora de Arte: Sónia Matos
VIAGEM DE FINALISTAS: OSNOVOS KIDS DE HARMONY KORINECINEMA
ípsilon
OPINIÃO
“Ainda alguém leva a sério Passos?”Mário Soares, p49
gio
49
TissotClassic Dream
159
2 | DESTAQUE | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
MAIS AUSTERIDADE
Função pública, pensionistas e beneficiários de apoios sociais são alvo principal
Variação da despesacom salários
Fonte: DEO
Em milhões de euros
-1200
-1000
-800
-600
-400
-200
0
200
2017201620152014
Aumento do horário de traba-
lho para 40 horas semanais,
limite temporal na mobi-
lidade especial, rescisões
amigáveis, revisão da estru-
tura salarial, aumento da
idade da reforma e mais descontos
para a ADSE (o subsistema de saúde
dos funcionários públicos). Estas são
algumas das medidas que o primeiro-
ministro, Pedro Passos Coelho, anun-
ciará esta noite aos portugueses e que
irão contribuir para o corte estrutural
da despesa do Estado na ordem dos
4700 milhões de euros até 2017.
Parte destas medidas terá efeitos
orçamentais já este ano; outras só a
partir de 2014. Os funcionários pú-
blicos, os pensionistas e os benefi ci-
ários de prestações sociais serão os
principais visados pelas medidas que
serão anunciadas hoje às 20h pelo
primeiro-ministro, pois grande parte
do corte será feito à custa dos salários
e das prestações sociais.
Depois de vários Conselhos de Mi-
nistros para decidir os cortes na des-
pesa estrutural, o Governo fechou
ontem o dossier e Passos apresenta
hoje as medidas. A comunicação ao
país chegou a estar marcada para
ontem, mas foi adiada no próprio
dia por causa da agenda carregada
de Passos (teve mais uma reunião
de Conselho de Ministros e almo-
çou com Herman von Rompoy, pre-
sidente do Conselho Europeu), mas
também porque o primeiro-ministro
quis mais tempo para ponderar o que
considera ser um discurso importan-
te e complexo, no qual há peças do
contexto interno e externo a juntar e
que exige explicações claras.
O pacote poderá não estar 100%
fechado. Ontem no fi nal do Conse-
lho de Ministros, o Governo voltou a
mostrar abertura para negociar com
os parceiros sociais e os partidos. “Da
parte do Governo há toda essa dispo-
nibilidade”, sublinhou o ministro da
Presidência, Luís Marques Guedes,
acrescentando que algumas medidas
poderão ser substituídas por outras
“com a mesma dimensão e impacto”.
A função pública estará na linha
da frente dos cortes na despesa,
que começam a ser discutidos com
os sindicatos na segunda-feira. No
Documento de Estratégia Orçamen-
tal, o Governo prevê um corte de
2000 milhões até 2017 na factura
salarial do Estado. O maior esforço
será feito em 2014, ano em que a
factura deverá reduzir-se em 858 mi-
lhões, e em 2015, quando se prevê
um corte de 928 milhões. A massa
salarial estabilizará apenas em 2017.
Sendo o salário médio mensal
entre os funcionários públicos de
1405,3 euros — e assumindo como
hipótese que toda a redução de des-
pesa seria feita através da diminuição
de efectivos —, em 2014 teria de haver
uma saída líquida de cerca de 43 mil
funcionários. Em 2015, esse número
subiria para 47 mil. Estas saídas po-
derão ser conseguidas à custa da não
renovação de contratos a termo, apo-
sentações e despedimentos, seja por
rescisões amigáveis ou por licenças
sem vencimento compulsivas.
Mas as medidas serão mais abran-
gentes e terão impactos já em 2013. O
Governo prevê que as despesas ainda
aumentem este ano, infl uenciadas
pela obrigatoriedade de repor os
subsídios de férias e de Natal. Mas
o aumento do horário de trabalho
para as 40 horas, o aumento das
contribuições para a ADSE — que
deverão passar de 1,5% para 2,25%
— ou a reformulação da mobilidade
especial permitirão cortes na despe-
sa já este ano. Segundo a TSF estas
medidas poderão contribuir com
200 milhões.
O PÚBLICO apurou que o horário
de trabalho vai mesmo subir das 35
para as 40 horas já este ano, permi-
tindo poupanças ao nível do trabalho
extraordinário e das novas contrata-
ções. A medida já tinha sido discutida
com a troika durante a sexta avalia-
ção e avança agora, igualando o horá-
rio praticado no sector privado.
Ontem o Governo aprovou dois
diplomas que também irão con-
tribuir para a redução da factura
salarial do Estado: o novo mo-
delo da mobilidade especial e o
programa de rescisões amigáveis.
O actual sistema de mobilidade
especial será reestruturado e os tra-
balhadores excedentários terão um
limite de permanência nessa situação
e um corte na subvenção. Marques
Guedes reconheceu que o modelo
criado pelo anterior Governo foi um
“insucesso” e “já faz pouco sentido”
na realidade actual. Por isso, será
substituído por outro, assente na
“requalifi cação dos trabalhadores”.
Ao contrário do que acontece ago-
ra, em que os funcionários exceden-
tários podem fi car em mobilidade a
receber metade do salário até chega-
rem à reforma, passará a haver um
limite de permanência de 18 meses,
como avançou ontem o Económico.
Já a subvenção, passa a ser de 66% do
salário nos primeiros seis meses, cai
para 50% nos seis meses seguinte e
fi ca nos 33% até chegar aos 18 meses.
Passado este tempo e caso não en-
contrem lugar nos serviços públicos,
os funcionários terão duas hipóteses:
pedir uma rescisão amigável ou pas-
sar a licença sem vencimento.
Os cerca de 1000 funcionários que
estão na mobilidade serão abrangi-
dos pelas novas regras e logo que
o diploma entre em vigor — o que
deverá acontecer ainda este ano —
terão mais 18 meses de mobilidade.
Depois disso terão que abandonar o
sistema. As rescisões amigáveis, tam-
bém aprovadas ontem, dirigem-se
aos assistentes técnicos e operacio-
nais. Apenas se sabe que o Governo
está disposto a oferecer 1,5 salários
por cada ano de antiguidade, sem
limite. A intenção é que o programa
arranque no segundo semestre deste
ano. com Bárbara Reis
Passos Coelho anuncia hoje às 20h novos cortes, depois do chumbo do Tribunal Constitucional. Primeiro-ministro adiou comunicação para ponderar discurso
Raquel Martinse Sérgio Aníbal
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | DESTAQUE | 3
DANIEL ROCHAPassos ontem no Palácio de São Bento. Hoje às 20h, o primeiro-ministro anuncia as novas medidas de austeridade
Idade da reforma
Aumento será progressivo
A idade da reforma vai mesmo aumentar, mas só hoje o primeiro-ministro irá
desvendar exactamente como. Uma coisa parece certa: qualquer que seja o aumento, será progressivo e continuará a depender da “sustentabilidade”.
Ontem, o Governo escusou-se a comentar as medidas que têm vindo a ser avançadas, como o aumento da idade da reforma, que, segundo o Diário Económico, passará a depender obrigatoriamente do factor de sustentabilidade (criado em 2008), sem que os trabalhadores possam reformar-se aos 65 com penalização, como acontece agora.
Apesar de ainda não terem sido apresentadas quaisquer medidas oficialmente, o Documento de Estratégia Orçamental mostra que as prestações sociais – compostas maioritariamente pelas pensões – serão um dos principais alvos do programa que irá ser conhecido hoje. O executivo prevê uma redução da despesa de 1300 milhões de euros só em 2014. A concretizar-se, será o maior corte alguma vez registado desde 1977 nas prestações sociais em Portugal.
A dimensão das medidas a aplicar ganha ainda maior volume se considerarmos que a Contribuição Extraordinária de Solidariedade é temporária e deverá ser substituída por outra de valor idêntico.
O Governo terá de avançar com medidas noutras áreas ou optar por uma taxa social única sobre as pensões. O estudo sobre a reforma do Estado feito com o FMI recomenda um tecto máximo para as prestações sociais pagas a cada família e novos cortes na duração e valor do subsídio de desemprego. R.M. e S.A.
No início do próximo ano,
o Governo conta ter já no
terreno uma nova estrutu-
ra das remunerações dos
funcionários e trabalhado-
res do Estado. O Conselho
de Ministros deu ontem luz verde
ao diploma que obriga todos os
organismos públicos a prestarem
informação sobre remunerações,
suplementos e outras componentes
remuneratórias.
A aprovação do diploma “marca o
início do processo de revisão global
dos suplementos remuneratórios e
outras regalias ou benefícios suple-
mentares aplicados por entidades
públicas”, que deverá estar conclu-
ída “o mais tardar” em Janeiro de
2014, anunciou ontem o ministro da
Presidência, Luís Marques Guedes.
Este levantamento será também fun-
damental para uma possível revisão
das tabelas salariais do Estado, de
forma a permitir que os cortes efec-
tuados entre 2011 e hoje possam, de
alguma forma, ser mantidos.
Além dos serviços públicos, ga-
binetes de ministro, autarquias, re-
guladores e fundações, também as
empresas públicas serão obrigadas
a divulgar todas as remunerações
pagas aos trabalhadores, nomeada-
mente o salário-base, suplementos,
horas extraordinárias, pagamentos
em espécie ou o uso de cartões de
crédito.
Marques Guedes destacou que
a medida tem como intenção pro-
mover os entendimentos sociais e
políticos necessários para que se
obtenham “soluções estáveis e du-
radouras que possam ser mantidas
além de uma legislatura”. Para já, o
diploma será discutido com os sindi-
catos na função pública na próxima
segunda-feira.
Mal a lei seja publicada, os ser-
viços terão 30 dias para preencher
um inquérito disponibilizado pelo
Ministério das Finanças na Internet
e os dirigentes que não o fi zerem
serão sancionados. Depois, o Go-
verno tem 90 dias para apresentar
uma proposta de lei para a revisão
do sistema remuneratório do Esta-
do. O objectivo, precisou Marques
Revisão da estrutura salarial do Estado no terreno em 2014
Guedes, é concluir a revisão do sis-
tema remuneratório “o mais tardar”
até 1 de Janeiro de 2014, altura em
que o novo sistema deverá estar no
terreno.
A revisão dos suplementos es-
tá prevista desde 2008, mas não
foi totalmente concretizada. Estas
componentes pesam 15% na massa
salarial do Estado, mas o Governo
decidiu ir mais longe e ordenar um
levantamento de todas as remunera-
ções pagas, seja a que título for.
No preâmbulo de uma versão ini-
cial do diploma, enviado aos sindi-
catos há duas semanas, o executivo
reconhece que há “lacunas relevan-
tes de informação” que inviabilizam
quaisquer medidas no sistema re-
muneratório da função pública. As
Finanças desconhecem a totalidade
dos suplementos pagos, pois mui-
tos estão previstos em regulamen-
tos internos dos serviços e não há
qualquer controlo. Os dirigentes que
não prestem a informação ou que
não insiram todos os dados no siste-
ma correm o risco de ver cessada a
comissão de serviço ou o mandato.
As Finanças poderão ainda travar
pedidos de abertura de concursos
nos serviços que não divulguem os
dados sobre remunerações.
Já durante a quinta avaliação do
memorando de entendimento, a
troika tinha sinalizado a necessidade
de reduzir o peso dos suplementos
nas remunerações. Na sétima avalia-
ção, os técnicos voltaram a insistir
neste mesmo ponto.
Raquel Martins
Selassie em Abril, durante a sétima avaliação da troika
4 | PORTUGAL | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
Consenso, essa ideia “arriscada” e de “utilidade questionável”
Enquanto os cientistas sociais apontaram as fragilidades dos consensos em democracia, Poiares Maduro insistiu na sua necessidade e o PS descartou a hipótese e pediu debate no Parlamento
MIGUEL MANSO
Miguel Poiares Maduro insistiu na negociação para “procurar as melhores soluções”
Os consensos e as coligações têm uti-
lidade questionável, comportam ris-
cos para os partidos e a evolução do
sistema político português seguiu ao
longo dos anos o sentido contrário. É
esta a principal ideia deixada ontem
por cientistas sociais no debate Con-
sensos Políticos em Tempos de Crise,
ontem promovido pelo Instituto de
Ciências Sociais, em Lisboa. Dois po-
líticos no activo estiveram presentes
mas com outras mensagens. Tanto
o líder parlamentar do PS, Carlos
Zorrinho, como o ministro adjunto,
Poiares Maduro, pouco trouxeram
à discussão. O primeiro defi niu as
condições do PS para o diálogo e
por que é que este não iria aconte-
cer. E o recém-nomeado governante
defendeu as vantagens da procura
do consenso, manifestando abertura
para o acordo.
Mas o tom das intervenções dos es-
pecialistas, no entanto, foi diferente.
Quem os ouviu — Zorrinho saiu logo
após a sua intervenção, na abertura,
e Poiares Maduro chegou já o segun-
do painel decorria — percebeu que
se impunha pôr água na fervura à
defesa de governos alargados.
Numa análise ao caso português,
Marina Costa Lobo explicou por que
é que a actual conjuntura era adversa
a esses acordos. Primeiro identifi cou
os tipos de democracia existentes:
a adversarial — onde existiam dois
partidos principais, com posiciona-
mentos claros cujo combate político
se fazia na escolha entre dois primei-
ros-ministros — e a consensual, que
dava primazia às alianças entre parti-
dos por necessidade de inclusão para
assim legitimar a comunidade.
Foi depois da contextualização que
rematou que Portugal sofreu “mu-
danças” ao passar de um “modelo
consensual” para a “bipartidariza-
ção”. Uma “evolução” em sentido
exactamente contrário à coligação
governamental, uma vez que, no pro-
cesso, “o PS e o PSD perderam capa-
cidade de consenso e negociação”.
Depois havia os riscos e a utilidade.
Para os quais António Costa Pinto e
Andres Malamud e Riccardo Marchi
alertaram. Costa Pinto lembrou que a
“erosão do sistema partidário” não ti-
nha chegado a níveis sufi cientes que
justifi cassem esse tipo de soluções. E
purrando este para outsiders.
Nem de propósito, Riccardo Mar-
chi falou de Itália. Para dizer que os
governos “técnicos” de iniciativa pre-
sidencial e apoiados pelos grandes
partidos — como o anterior de Mario
Monti —, se tinham a utilidade de ser-
vir como “salvação para os partidos
para tomar decisões impopulares”,
não tinham “resolvido os problemas
institucionais ou económicos” com
que se defrontavam.
As cartas, Zorrinho e MaduroO único dos políticos que escutou,
em parte, o cenário retratado admi-
tiu não ter gostado do que ouvira.
Mesmo assim, Poiares Maduro em-
punhou a sua bandeira com orgulho.
Anunciou desde logo com humor que
usaria palavra “consenso” 49 vezes.
E sustentou que o consenso não im-
plicava “identidade total”, apesar de
ser “útil” por obrigar a “ouvir o outro
lado” e a negociação para “ajudar a
chegar mais próximo das melhores
soluções”. Zorrinho, por seu turno,
até defendeu o consenso a “médio
prazo”. Mas para temas diferentes
dos propostos: energia, políticas de
terceira idade e a ideia de Portugal
enquanto “país-conceito”. Sobre o
presente, avisou que não faz “sentido
continuar a alimentar ilusões”.
Debate Nuno Sá Lourenço
disse mesmo que, “do ponto de vis-
ta da qualidade da democracia”, era
preferível que o PS dissesse “não” ao
apelo do consenso. Devia, rematou,
fazer “pactos” em algumas áreas, ao
mesmo tempo que tentava canalizar
o descontentamento do eleitorado.
Andres Malamud explicou porquê.
“Os consensos, por vezes, são conser-
vadores e inefi cientes”, começou por
dizer. E depois alertou para o risco.
“Se [uma coligação PS/PSD] não fosse
bem sucedida, colocaria em causa o
sistema partidário”, uma vez que a
inclusão dos dois grandes partidos no
mesmo Governo fechava a percepção
de alternativas para o eleitorado, em-
Orçamento
Maduro quer uma “Europa diferente”
Foi no debate sobre o consenso que Poiares Maduro se aproximou do PS do discurso socialista
a propósito da Europa. O ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional defendeu ontem que “Portugal necessita de uma Europa diferente”.
“A flexibilização do nosso processo de ajustamento passa, em grande medida, pela alteração das condições políticas e económicas na Europa”, lançou o governante.
Falou de “solidariedade europeia” e de “partilha de risco” para concretizar a defesa de “recursos genuinamente próprios” para a UE. À disciplina orçamental, acrescentou, tinha que corresponder “capacidade orçamental” para se atingir a “estabilização financeira da Europa e possibilitar o crescimento”.
E Maduro depois acrescentou que, para exigir essa “Europa diferente”, Portugal necessitava de duas condições: “Um largo consenso interno sobre essas matérias”, além do trunfo de “estar a cumprir o seu ajustamento”. N.S.L.
Posição que se manifestou na res-
posta do PS à carta de Maduro ape-
lando ao diálogo sobre propostas
para o crescimento. O debate sobre
o tema deve ocorrer na comissão
parlamentar de Economia e Obras
Públicas, resumiu o PS, através do
porta-voz, João Ribeiro. Mas, se esse
debate existir e o Governo insistir,
o PS aceita reunir com o executivo.
E frisou: “O Governo sabe que este
convite surge 22 meses após a sua
posse e depois de ter fechado as
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6 | PORTUGAL | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
Rompuy veio dar razão à austeridade de Passos e ao crescimento de Seguro
Presidente do Conselho Europeu esteve ontem em Portugal. Aplaudiu a estratégia cumpridora do Governo, mas avisou que é preciso também trabalhar desde já no crescimento e no emprego
DANIEL ROCHA
RUI GAUDÊNCIO
Herman Van Rompuy almoçou com Passos e encontrou-se com Seguro nas Conferências do Estoril
Herman Van Rompuy é economista,
mas ontem veio a Lisboa e ao Esto-
ril vestindo o fato de engenheiro. De
pontes. O presidente do Conselho
Europeu deu razão a Pedro Passos
Coelho por não se querer desviar um
milímetro do rumo traçado com os
credores internacionais. Mas também
apoiou as reivindicações de António
José Seguro quando defendeu que se
deve neste momento enveredar por
uma estratégia de crescimento eco-
nómico e fomento do emprego.
Do primeiro-ministro, o respon-
sável europeu recebeu a promessa
de que o plano de médio prazo que
está a preparar vai procurar aliar a
consolidação orçamental com uma
política de crescimento e emprego.
Do líder da oposição, Rompuy ou-
viu que é imprescindível que a zona
euro assuma uma “dimensão eco-
nómica e política” sufi cientemente
forte que lhe permita enfrentar as
consequências da crise económica
e fi nanceira que a assola. Seguro de-
fendeu a “necessidade de o BCE po-
der emitir moeda, a criação de um
fundo de mutualização da parte da
dívida dos Estados superior a 60%”,
a possibilidade de Portugal “benefi -
ciar de rácios bancários semelhantes
à Espanha ou Alemanha”. Portugal
precisa de “estabilizar a economia,
de criar condições de fi nanciamento
para as empresas” e de criar empre-
go, afi rmou Seguro à saída do en-
contro de meia hora que teve, a seu
pedido, com Van Rompuy à margem
das Conferências do Estoril, onde o
responsável europeu foi orador. Na
conferência estava também prevista
a intervenção de Paulo Portas, mas
esta foi cancelada duas horas antes,
devido ao Conselho de Ministros
Rompuy elogiou o comportamento
de Portugal nos últimos dois anos. O
país é “um bom exemplo” pelos re-
sultados alcançados no “trabalho que
tem sido feito nas fi nanças públicas e
na implementação de reformas”, dis-
se. “O mais importante é mantermos
o nosso rumo”, vincou, defendendo
mesmo que isso é “imprescindível
para a credibilidade” externa dos pa-
íses. Até porque, “se formos bem-su-
cedidos, a crise acabará por nos tor-
nar mais fortes”. Foi, aliás, esse bom
comportamento que permitiu que os
credores internacionais alargassem
o prazo para o pagamento da dívida
portuguesa há algumas semanas,
fez questão de vincar o presidente
do Conselho Europeu. E também por
isso aligeiraram o cumprimento das
metas do défi ce, no ano passado.
Porém, há ainda um longo cami-
nho a percorrer – os “ajustamentos
são difíceis, demoram muito tempo
até parecerem fazer efeito” e é pre-
ciso “coragem política”, avisou, mes-
mo que as sondagens mostrem que o
Governo é cada vez menos querido
pela população. Essa é, aliás, uma
situação que Rompuy desvaloriza.
“É tempo de coragem política e
muitos líderes, tal como os do vosso
país, mostram coragem. Estão con-
vencidos de que têm que agir como
agem. E é assim que tem que ser.”
“Hoje em dia, tanto a nível nacio-
nal como europeu, temos que nos
concentrar em medidas que tenham
um impacto imediato e directo no
combate ao desemprego”, disse,
avisando que é preciso estimular a
confi ança empresarial e interligar
a acção a vários níveis. A uma eco-
nomia resiliente e fi nanças públicas
sólidas é necessário somar medidas
para o crescimento e o emprego,
assim como uma maior competi-
tividade e, ao nível europeu, uma
união económica e monetária forte.
“Portugal seguirá um caminho
que procura conciliar o objectivo de
consolidação orçamental (...) com a
atitude mais pró-activa relativamen-
te ao crescimento e ao emprego”,
prometeu Passos Coelho. Ao lado
de Rompuy, em São Bento, antes de
um almoço conjunto, numa declara-
ção sem direito a perguntas, Passos
referiu-se ainda à decisão do BCE de
baixar a taxa de juro para um míni-
mo histórico de 0,5% e de reforçar
as operações não-convencionais de
política monetária. “É um sinal im-
portante, nomeadamente para a cor-
recção da grande fragmentação que
temos vindo a constatar dos merca-
dos fi nanceiros na Europa, e de que
Portugal tem sido uma vítima maior”.
Perante Passos, Rompuy destacou
a “forte credibilidade” alcançada por
Portugal e considerou que os investi-
dores estão “gradualmente” a regres-
sar. Mas reconheceu que isso ainda
não se refl ectiu no emprego e disse
estar consciente do efeito de pobreza
causado pela austeridade.
Governo Maria Lopese Sofia Rodrigues
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | PORTUGAL | 7
Conselho Europeu
Mais apoio para políticas de emprego
Os países submersos na crise “estão cansados das reformas”, admite o presidente do Conselho
Europeu. Mas sair dessa crise não está apenas nas mãos dos Estados-membros, ainda que a sua performance seja essencial para o caminho do sucesso. A Europa também tem que fazer o seu papel, defendeu Herman Van Rompuy na sua intervenção nas Conferências do Estoril, sobretudo nas políticas de emprego. Porque a crise, está provado, não se contém com as fronteiras geográficas. Às instâncias europeias compete também mostrar trabalho. Por isso, o presidente promete fazer a sua parte na cimeira de Junho, onde irá apresentar propostas e reforçar orçamentos para combater o desemprego jovem. Serão mais seis mil milhões de euros recanalizados dos fundos europeus que não foram utilizados. Portugal, avisou Rompuy, também irá beneficiar desses apoios, agora que relançou o Impulso Jovem. “O desemprego está a atingir níveis chocantes e inimagináveis. Temos que ser mais imaginativos. Peço a todos que sejam criativos, que coloquem as diferenças de parte. Esta é a prioridade máxima para todos os membros do Conselho Europeu”, assegurou Herman Van Rompuy.
Acerca de uma eventual saída do euro como solução para a crise que afecta vários países como Portugal, o presidente do Conselho Europeu é claro: “Seria dramático [qualquer país deixar o euro] para qualquer economia, incluindo as fortes. Seria um desastre.” E citou a chanceler Angela Merkel para defender que “o euro e a zona euro estão no coração da União Europeia. O colapso do euro seria o colapso da zona euro e da Europa.” M.L.
O Tribunal Administrativo e Fiscal
do Funchal (TAFF) determinou que
“o Município do Funchal se abste-
nha de publicar no Jornal da Ma-
deira (JM) as deliberações dos seus
órgãos, bem como as decisões dos
Tribunal proíbe Câmara do Funchal de fazer publicidade no Jornal da Madeira
em Diário da República, em edital,
no boletim da autarquia e nos jor-
nais regionais editados na área do
município, desde que, entre outros
pressupostos, “não sejam distribuí-
dos a título gratuito”.
Na sentença, em que dá como
provado que o Jornal da Madeira “é
distribuído gratuitamente”, o juiz do
TAFF constata, “no próprio dia da
audiência e momentos antes da rea-
lização da mesma, a sua distribuição
à população na rua adjacente ao tri-
bunal, sem qualquer contrapartida”.
Contra a concorrência “desleal” da
EJM, empresa pública declarada pelo
Tribunal de Contas “tecnicamente
respectivos titulares, destinadas a ter
efi cácia externa”. A decisão tomada
na terça-feira surge na sequência de
uma acção administrativa especial in-
terposta por dirigentes regionais do
PND. O tribunal deu como provado
que o JM, apesar de afi xar um preço
de capa de 10 cêntimos, é distribuí-
do gratuitamente em toda a região,
concluindo assim que a inserção de
publicidade da câmara contraria a
lei das autarquias locais.
A Lei n.º 169/99 determina que as
deliberações dos órgãos autárquicos
bem como as decisões dos respecti-
vos titulares, destinadas a ter efi cá-
cia externa, só devem ser publicadas
Autonomias Tolentino de Nóbrega
Publicação oficial do Governo regional é distribuída gratuitamente, o que torna ilegal a publicidade autárquica
falida”, incorrem acções judiciais, na
ERC e na Autoridade da Concorrên-
cia, interpostas pelo Diário de Notí-
cias, do Funchal.
Antes de formar Governo, Passos
Coelho defendeu a privatização do
Jornal da Madeira, contra a vontade
de Jardim. Em 2007, o Governo de
José Sócrates aprovou um diploma
que proibia as entidades públicas,
incluindo as regiões autónomas, de
terem meios de comunicação social,
mas foi vetada pelo Presidente da Re-
pública. Idêntica iniciativa faz parte
do pacote de leis para o sector que o
novo ministro Miguel Poiares Madu-
ro herdou de Miguel Relvas.
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8 | PORTUGAL | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
Guilherme Aguiar anunciou ontem a
candidatura independente à Câmara
de Gaia, no mesmo dia em que se
desvinculou do PSD, garantindo que
foi o “candidato escolhido” pelo ac-
tual presidente, Luís Filipe Menezes,
cuja decisão foi impedida por uma
“minoria”.
Ex-vice-presidente da Câmara de
Gaia, Guilherme Aguiar chegou a ser
escolhido como candidato a esta au-
tarquia num confronto com o verea-
dor do PSD Firmino Pereira. A esco-
lha não foi, no entanto, consensual,
acabando o partido por candidatar o
deputado Carlos Abreu Amorim.
Ontem, em Miramar, freguesia de
Arcozelo – da qual foi presidente da
junta – o vereador eleito pelo PSD,
em 2009, à Câmara de Matosinhos
anunciou a sua candidatura indepen-
dente à autarquia de Gaia porque a
isso o “obriga a herança dos man-
datos de Luís Filipe Menezes”, cuja
dimensão fez questão de enaltecer.
“Sou candidato a presidente da Câ-
mara de Gaia porque a isso me obriga
o facto de ter sido o candidato esco-
lhido pelo ainda presidente da câma-
ra, numa decisão que, tendo frus-
trado uma minoria que a impediu,
gerou uma expectativa que, depois,
me vi impedido de travar”, explicou.
Guilherme Aguiar anunciou-se
como independente “com um senti-
mento misto”, que é, por um lado, de
“desilusão”, que resulta de não avan-
çar pelo “partido de sempre”, o PSD,
do qual se desvinculou ontem. “E de
expectativa, por reconhecer que este
estatuto permite, pela ausência de al-
gumas limitações a que as estruturas
partidárias sempre obrigam, fazer
novo e fazer diferente”, acrescentou.
O independente adiantou ainda
que vai também apresentar lista à
assembleia municipal, mas não às
juntas de freguesia, onde reconhece
“haver excelentes autarcas” que po-
derá apoiar “caso a caso”, avançan-
do ainda a possibilidade de “apoiar
de igual forma listas de cidadãos” às
freguesias, logo que o programa não
colida com as ideias que defende.
“Farei novo e farei diferente, ao in-
centivar comissões políticas de fre-
guesia, a quem competirá indicar os
nomes para a lista à assembleia mu-
nicipal, depois dos cinco primeiros
lugares, que reservo para indicação
de mim próprio”, disse.
O PS candidata em Gaia Eduardo
Vítor, a CDU concorre com Jorge Sa-
rabando e o Bloco de Esquerda apos-
tou em Eduardo Pereira.
PSD: ex-“vice” avança contra o próprio partido
Câmara de Gaia
PEDRO CUNHA/ARQUIVO
Oposição unânime nas críticas ao Documento de Estratégia Orçamental
A maioria PSD/CDS mas também o
PS rejeitaram ontem uma resolução
dos comunistas que defendia uma
alternativa para “resgatar o país do
declínio económico e social” e uma
demarcação do memorando da troi-
ka. A resolução teve os votos a favor
do BE e do PEV, além do PCP.
O debate arrancou com o deputa-
do comunista Francisco Lopes, que
defendeu a renegociação da dívida
pública e a rejeição do memorando
de ajuda externa. Uma solução que
o deputado do PSD Jorge Oliveira re-
jeitou, lembrando que “não são os
devedores que defi nem a regra do
jogo independentemente da vontade
dos credores”.
“O povo tem o direito de dizer
‘não’ a uma dívida ilegítima”, res-
pondeu Francisco Lopes, frisando
que a proposta do PCP para a rene-
gociação da dívida “não é inédita” e
foi aplicada à Alemanha a seguir à
II Guerra Mundial, sendo o “único
caminho realista a seguir”.
A proposta passa pela “defi nição
de moratórias e outras condições de
PSD/CDS e PS chumbam resolução do PCP que defendia rejeição do memorando da troika
pagamento compatíveis com o cresci-
mento económico e as necessidades
sociais, designadamente indexando
o serviço da dívida a uma percenta-
gem das exportações”.
No debate, a oposição parlamentar
afi rmou que as medidas previstas no
Documento de Estratégia Orçamen-
tal (DEO) “matam” qualquer políti-
ca para o crescimento e o emprego
e mostram uma predominância do
ministro das Finanças no Governo.
“Com estas metas e este discurso
aqui na Assembleia da República, o
ministro das Finanças reduziu à insig-
nifi cância política o discurso do mi-
nistro Paulo Portas, de Álvaro Santos
Pereira e do PSD, mas valha a verdade
que isto já é um clássico neste Gover-
no”, disse o deputado socialista Rui
Paulo Figueiredo. E considerou que
“o caminho seguido pelo Governo
nos últimos dois anos tem sido um
desastre” em toda a linha, apesar de
estar “a ir ao bolso dos portugueses
de todas as formas”. “O Governo não
acerta uma previsão e não atinge uma
única das suas metas, já nem no seio
do Governo se acredita no ministro
das Finanças e com este documento
de estratégia orçamental o Governo
acena com a bancarrota”, afi rmou.
O deputado do PS referiu que as no-
vas medidas de austeridade relegam
o ministro dos Negócios Estrangeiros,
Paulo Portas, à “irrelevância política”.
O deputado socialista defendeu co-
mo medidas prioritárias “o aumen-
to do salário mínimo nacional e das
pensões mais baixas através da con-
certação social”, além do prolonga-
mento do subsídio social de desem-
prego em mais seis meses.
Pelo BE, a deputada Mariana Aive-
ca afi rmou que o DEO “matou qual-
quer estratégia de crescimento”,
assinalando que “o desemprego em
2016 estará em 17,5%”.
Já o deputado do PCP João Olivei-
ra acusou o Governo de “fazer um
saque do dinheiro público para sa-
tisfazer as necessidades do capital”
e de enganar os contribuintes com “a
patranha do ‘não há dinheiro’” para
aumentar salários e pensões.
O social-democrata Afonso Oliveira
advogou que a oposição faz propos-
tas “fora do quadro do possível” e
defende “o incumprimento” do me-
morando acordado com a troika. “O
PS tem enormes responsabilidades
no estado das contas públicas e não
assume os erros do passado, até tem
orgulho no seu passado recente, que
foi um desastre”, criticou.
No mesmo tom, o centrista Mi-
chael Seufert acusou o PS de estar
“numa posição muito confortável do
toca e foge” e defendeu que é preciso
diferenciar “entre propostas e inten-
ções”. “O PS negociou as metas e as
maturidades, as bases do programa
de ajustamento, e agora a grande so-
lução é um novo Governo. Ainda nos
lembramos bem do último Governo
do PS...”, ironizou.
Parlamento
Oposição duvida do discurso do Governo que concilia consolidação orçamental com crescimento económico
Breves
Serviço público
Associação da Transparência
Jornalistas da RDP e da RTP recusam fusão das redacções
Crise deve-se à corrupção e não aos excessos na despesa
Os jornalistas da RDP e da RTP recusaram ontem formalmente a fusão das duas redacções do serviço público, justificando que isso coloca em causa “o pluralismo e a diversidade”, assim como a qualidade do trabalho produzido, e também por ser contra a lei laboral.Afirmando-se “favoráveis à evolução e à transformação do serviço público de rádio e TV”, os jornalistas opõem-se, no entanto, “à alteração unilateral dos pressupostos de trabalho” de que nem sequer foram consultados e sem existirem estudos prévios “que comprovem as suas vantagens e exequibilidade”, diz um comunicado à redacção, a que o PÚBLICO teve acesso. A redacção da rádio marcou um referendo sobre o assunto para dia 8 deste mês. M.L.
O vice-presidente da Associação de Integridade e Transparência, Paulo Morais, garantiu ontem que a crise económica em Portugal não se deve ao facto de os portugueses terem vivido acima das suas possibilidades, mas aos fenómenos de corrupção. “Há duas mentiras que têm sido repetidas na sociedade portuguesa: que os portugueses andaram a gastar acima das suas possibilidades e que não há alternativa à austeridade para expiarem os pecados (que não cometeram)”, disse. Segundo Paulo Morais, “grande parte da divida pública e privada é fruto da corrupção e não dos alegados excessos dos portugueses”. E destacou o peso do caso BPN e das parcerias público-privadas (PPP), entre outros.
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 9
A Entidade Reguladora para a Co-
municação Social (ERC) entregou
ontem à presidente da Assembleia
da República, Assunção Esteves,
uma proposta para A “clarifi cação”
e “melhoria” da legislação, de forma
a viabilizar a realização de debates
televisivos entre os candidatos às
próximas eleições autárquicas, no
Outono. A proposta, explicou ao
PÚBLICO o presidente do órgão re-
gulador, Carlos Magno, assenta na
defesa do conceito de “liberdade
editorial”.
Os operadores de televisão já ti-
nham comunicado à ERC a inten-
ção de não realizarem debates, por
considerarem serem impraticáveis
as regras impostas pela lei, que os
obrigariam a realizar encontros en-
tre todos os candidatos. “Os opera-
dores não queriam fazer debates
e nós colocamo-nos do lado dos
operadores”, frisou Carlos Magno,
lembrando que as estações deram
à ERC um “voto de confi ança” para
encontrar uma solução.
Sem querer adiantar pormenores
da proposta entregue a Assunção Es-
teves, Carlos Magno, que defendeu
a importância de ter em conta os
interesses dos pequenos partidos,
argumentou que os debates devem
ser feitos para “esclarecimento do
público” e que “os jornalistas é que
sabem, dentro dos seus critérios edi-
toriais” como deve esse objectivo
ser alcançado.
O responsável acrescentou que
a solução proposta pretende tam-
bém proteger os órgãos de comu-
nicação social de eventuais penali-
zações fi nanceiras ou providências
cautelares interpostas por partidos
ou candidatos descontentes com
a actuação dos operadores. A este
propósito, adiantou a possibilidade
de formação de uma entidade inde-
pendente para lidar com “as difi cul-
dades” que possam surgir.
Nas últimas eleições legislativas,
em 2011, tanto o MEP — Movimento
Esperança Portugal como o PCTP/
MRPP interpuseram providências
cautelares para que as televisões fos-
sem obrigadas a fazer debates entre
estes partidos e todos os outros. A
realização dos debates acabou por
ser imposta judicialmente, mas o lí-
der do PCTP/MRPP não compareceu
nos confrontos e, das forças políti-
cas com presença no Parlamento,
apenas a CDU aceitou participar.
Notando que a lei em causa re-
monta a 1975, o presidente da ERC
considerou haver “na sociedade
portuguesa, uma dinâmica de mo-
vimentos cívicos que põe em cau-
sa algumas das práticas até agora
exercidas”.
A presidente da Assembleia da
República acolheu a proposta com
“simpatia”, notou o responsável da
ERC.
À saída do encontro com Assun-
ção Esteves, Carlos Magno afi rmou
também, citado pela agência Lu-
sa, que a entidade reguladora vai
acompanhar o processo de fusão
das redacções da televisão e da rá-
dio da RTP, que tem estado a ser
contestado pelos jornalistas dos
dois meios.
Comunicação socialJoão Pedro Pereira
Televisões afirmam não ser possível realização de debates entre todos os candidatos nas eleições autárquicas
Carlos Magno entregou no Parlamento proposta para debates na TV
DANIEL ROCHA
Entidade reguladora propõe “clarificação” da lei para viabilizar debates televisivos
10 | PORTUGAL | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
Factura da água, saneamento e resíduos subiu 8,4% em 2012
Os portugueses pagaram, em média,
mais 8,4% na factura da água, sanea-
mento e tratamento de lixo em 2012
do que no ano anterior. Dados da
Entidade Reguladora dos Serviços de
Águas e Resíduos (ERSAR) mostram
que a maioria dos concelhos conti-
nua a aumentar os preços, mas esta
evolução é vista como positiva, por
aproximar as tarifas dos serviços ao
que os mesmos realmente custam
aos cofres das autarquias.
Dos 281 sistemas de abasteci-
mento e tratamento de resíduos
dos 278 municípios do territó-
rio continental abrangidos
por esta nova avaliação da
ERSAR sobre os encargos
dos serviços incluídos na
factura da água, pouco
mais de dois terços (68%)
praticaram, em 2012, ta-
rifas mais elevadas do que
em 2011. Com isso, o valor
médio de uma factura para
um consumo mensal de dez me-
tros cúbicos de água (10.000 li-
tros) chegou aos 20,72 euros, mais
1,61 euros do que no ano anterior.
Os aumentos são muito variados
e, nalguns casos, chegam a mais de
100%. Em Castro Marim, que tinha
a água mais barata do Algarve, a
factura de 2012 foi o triplo da de
2011. O presidente da câmara, Jo-
sé Fernandes Estevens, diz que a
principal razão foi a inclusão dos
custos do saneamento no total a co-
brar aos munícipes. “Conseguimos
durante algum tempo manter os pre-
ços mais baixos da região. Tornou-
se insustentável, até por imposições
da Lei de Finanças Locais”, explica
o autarca. As famílias do concelho
pagam agora 22 euros, em média,
por dez metros cúbicos de consumo,
contra 7,46 euros em 2011.
O exemplo de Castro Marim é um
dos que ilustram como as autarquias
têm vindo a alterar, gradualmente, a
tradição de suportar parte dos custos
dos serviços de água, saneamento e
resíduos, sem os cobrar integralmen-
te aos munícipes. Foi isto o que fez
com que Sousel, no Alentejo, tivesse
o segundo maior aumento percen-
tual destes serviços. O valor médio
era de 9,54 euros e saltou para 24,55
euros (mais 157%).
A subida refl ecte, aqui também,
uma adequação do preço aos custos.
No ano passado, os esgotos do con-
celho passaram a ser geridos pela
Águas do Norte Alentejano — um sis-
tema multimunicipal detido maio-
ritariamente pelo Estado, através
das Águas de Portugal, e ao qual os
municípios, que também são sócios,
têm de pagar por cada tonelada tra-
tada de águas residuais. Nos resídu-
os, as tarifas também se ajustaram
em função dos custos da recolha. E
no abastecimento de água, houve in-
vestimentos signifi cativos na rede do
concelho, que têm de ser pagos.
“A análise que temos de fazer
não é qual concelho aumentou
mais, mas os preços que podemos
praticar”, afi rma Armando Varela,
presidente da autarquia. Segundo
Armando Varela, as tarifas pratica-
das já cobrem 95% dos custos do
saneamento, 70% no caso dos lixos
e 60% na água.
“Temos dois caminhos: o mais fá-
cil é subir as tarifas, o mais difícil é
reduzir as despesas”, diz o presiden-
te da câmara. Em linha com a segun-
da alternativa, o município defende
um reajustamento dos preços que
paga para que os seus lixos sejam
tratados pela Valnor — outro siste-
ma multimunicipal para a área dos
resíduos. A empresa, diz Armando
Varela, tem dois milhões de euros
de lucro por ano. “O lixo não é para
ganhar dinheiro”, defende.
A integração das despesas com
os resíduos e o saneamento na fac-
tura é, segundo a ERSAR, o princi-
pal factor por detrás da subida dos
preços. Em 2011, 17 municípios não
cobravam nada pelo tratamento de
esgotos e 15 não o faziam para os
lixos. Agora são 12 e 14.
Nos demais municípios, tem havi-
do uma aproximação do que era co-
brado ao custo real. “No nosso con-
celho, os custos todos são cobertos
pelos consumidores”, afi rma Pedro
Mendes, vice-presidente da Câmara
Municipal de Paredes, onde a factu-
ra total dos três serviços ronda os 29
euros mensais.
Embora ainda haja uma grande
desproporção entre a maior e me-
nor factura do país (ver infografi a),
tem havido uma harmonização pro-
gressiva dos preços. “Há uma maior
convergência, tudo tem vindo a me-
lhorar, embora a circunstância actu-
al não permita que o seja num ritmo
Mais de dois terços dos municípios do território continental praticaram no ano passado preços mais elevados do que em 2011. Os dados são da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos
AmbienteRicardo Garcia
Fonte: ERSAR Célia Rodrigues, Joaquim Guerreiro e Ricardo Garcia
2,53€até 8€
16€
24€
32€
21
31
92105
110143
103106
40
44
31
8
3
1
Factura total para 10m3 de águapor mês
Terras de BouroFactura mais barata
Água
Saneamento
Resíduos
2009
2011
2012
Municípios quemenos pagam
Municípios quemais pagam
8,25€
MonchiqueNão cobra resíduosnem saneamento
22€
Castro MarimMaior aumentoem 2012
31,43€
Póvoa de VarzimResíduos maiscaros
3%
40,71€
Loulé (Vale do Lobo eQuinta do Lago)Factura mais cara
Var. 2012/2011
1,5€
1,03€
0€
7,25€
4,75€
0,5% 1,4%Vale do Lobo Quinta do Lago
195%
0%
0%
8,25€
10€
8,52€
13,12€
9,79€
21,04€
6,42€
13,25€
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 11
tão rápido quanto queríamos”, afi r-
ma Jaime Melo Baptista, presidente
da ERSAR.
Das capitais de distrito, Aveiro
tem a factura mais cara, com 33,39
euros, seguida de Vila Real (30,73),
Beja (26,82), Guarda (26,65) e Por-
talegre (24,80). No Porto, o valor é
de 20,51 euros, em Coimbra 20,23
euros e em Faro 23,04 euros. Lisboa
é um entre cerca de duas dezenas de
concelhos que não entregaram à ER-
SAR os dados completos dos preços
cobrados aos munícipes. Não é por
isso possível saber qual é a factu-
ra total paga pelos seus munícipes,
mas apenas a do abastecimento de
água – em média, 8,23 euros por dez
metros cúbicos mensais, um valor
que está a meio da tabela.
A factura da água, esgotos e lixos
mais cara em todo o país permanece
em Loulé, Algarve, mas apenas no
Vale do Lobo e na Quinta do Lago,
que são servidos por sistemas autó-
nomos para estes serviços. O valor
— 40,71 euros em ambos os casos
— é infl uenciado pela parte fi xa da
tarifa, independente do consumo,
e que é elevada para compensar a
sazonalidade da população naque-
les locais. Nas partes do concelho
servidas directamente pela câmara
municipal, o valor desce para quase
a metade (22,30 euros).
A subida no preço dos serviços de
água, saneamento e resíduos não de-
ve parar por aqui. Um regulamento
da ERSAR sugere, sem força vincu-
lativa, não só a norma de aproxima-
ção do preço aos custos, como uma
harmonização das tarifas – que ainda
são muito diferentes concelho a con-
celho. Por exemplo, a ERSAR sugere
que as tarifas se dividam em apenas
quatro escalões de consumo.
A voz da ERSAR provavelmente
terá uma força bem maior com a re-
visão da legislação sobre esta e outras
entidades reguladores, que está em
discussão no Parlamento. O regula-
mento tarifário da ERSAR pode trans-
formar-se em norma obrigatória, e
a entidade poderá vir a ter poderes
para verifi car se as câmaras o estão
a cumprir e, caso não estejam, exigir
uma correcção aos preços.
Jaime Melo Baptista diz que não
está nada defi nido, dado que a pro-
posta de lei já apresentada pelo Go-
verno tem ainda de ser discutida e
aprovada. Mas o resultado poderá
ser um ritmo mais acelerado para a
convergência dos preços que os por-
tugueses pagam pela água e outros
serviços. “De um ano para o outro,
pode dar-se um salto enorme”, diz
Melo Baptista.
68%dos 278 concelhos em que está dividido o território continental praticaram no ano passado tarifas mais elevadas do que em 2011.
8,32euros é quanto paga um munícipe lisboeta por dez metros cúbicos mensais, um valor que está a meio da tabela. Mas este valor diz apenas respeito à água, deixando de fora saneamento e lixos.
17Em 2011, 17 municípios não cobravam nada pelo tratamento de esgotos e 15 não o faziam para os lixos. Agora são 12 e 14.
Média nacional
Fonte: ERSAR
201220112009
Resíduos
Saneamento
Água
20,7219,11
12,79
4,01
Em euros
10,29
6,42
3,62
9,80
5,69
2,50
7,27
3,02
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12 | PORTUGAL | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
Breves
Jogo
Saúde 1
Saúde 2
Novas regras para os mediadores de jogos sociais do Estado
Portugueses poupam 21 milhões de euros na farmácia
Misericórdias podem assumir pacote de hospitais públicos
As regras para seleccionar os mediadores dos jogos sociais do Estado mudaram e entram em vigor no final de Maio. Os mediadores vão passar a ser escolhidos por concurso e segundo critérios como ter o estabelecimento aberto pelo menos oito horas diárias, durante toda a semana e ao sábado de manhã. Ter acesso à Internet, um endereço electrónico e estar aberto 50 semanas por ano são outras das novas exigências.
Em Janeiro e Fevereiro desteano, os portugueses gastarammenos 21 milhões de euros nas farmácias com remédios comparticipados do que em igual período de 2012, revela um relatório do Infarmed. A factura total com a compra destes remédios ascendeu, nesse período, a 107,8 milhões de euros. A quebra continuada do preço dos medicamentos, que tem vindo a ser imposta pelo Governo, é apontada como o motivo da poupança.
A União das Misericórdias Portuguesas (UMA) está em “negociações” com o Governo para assumir “um primeiro pacote” de cerca de dez hospitais nacionalizados no pós-25 de Abril, afirma o presidente da UMA. Em causa estão três hospitais no Centro, um no Alentejo e “dois ou três” no Norte. O Hospital de Santo António, no Porto, não está neste pacote de devolução de hospitais do Estado.
PAULO PIMENTA
Segundo a Polícia Judiciária, não é, para já, possível determinar o valor da arte sacra furtada
O falso padre de Barcelos acusado de
furto de obras de arte e bens cultu-
rais religiosos, burla, falsifi cação de
documentos e usurpação de funções,
foi detido ontem pela Polícia Judiciá-
ria. O homem, de 40 anos, que conta
já com outras detenções por se fazer
passar por sacerdote e pela prática
de burlas, teria regressado recente-
mente a estes crimes, tendo mesmo
motivado a emissão de um alerta pe-
la arquidiocese de Braga.
Na última sexta-feira, o vigário-ge-
ral da arquidiocese de Braga alertou
num comunicado que o falso padre
Agostinho Coutinho Caridade tinha
regressado às igrejas do distrito e
furtado “objectos valiosos”. Numa
das igrejas, a de Senhora-a-Branca,
em Braga, apresentou-se como Ví-
tor, mas a arquidiocese admitiu que
poderia “apresentar outro nome
qualquer”. Aos paroquianos, era
recordado que o homem em causa
já tinha sido acusado e condenado
por “burlar dezenas de pessoas, atra-
vés da realização indevida de várias
Polícia Judiciária detém falso padre suspeito de roubos em igrejas
cerimónias religiosas nas dioceses
do Porto e de Braga”. Entre essas
cerimónias estiveram casamentos e
baptizados.
Agostinho Caridade tem um lon-
go percurso de crimes de usurpação
de funções e de burla. Chegou a ser
condenado em pelo menos duas si-
tuações, em Janeiro de 2010, a três
anos e seis meses de prisão por burla
qualifi cada continuada, depois de ter
burlado um casal de idosos de San-
tão, Felgueiras, e em Outubro de
2011, a dois anos e seis meses de pri-
são, com pena suspensa, no Tribunal
Judicial de Santo Tirso, também por
ter burlado uma idosa.
Desde 1999 que são conhecidas
actividades criminosas ao homem,
natural de Aguiar, Barcelos, que dei-
xou um rasto de mentiras, falsas pro-
messas e furtos em igrejas de Lisboa,
Braga, Valença, Viana do Castelo e
Aveiro. Foi agora detido em Lisboa,
confi rmou ao PÚBLICO João Oliveira,
coordenador de investigação crimi-
nal da Polícia Judiciária.
Várias identidadesNão é, para já, possível determinar
o valor total dos bens culturais e re-
ligiosos furtados por Agostinho Ca-
ridade, nem as quantias angariadas
através de falsos peditórios e falsifi -
cação de assinaturas em cheques. No
caso dos objectos furtados em igre-
jas, “estamos a falar de bens cultu-
rais cujo valor pecuniário nunca foi
calculado”, explicou João Oliveira. O
investigador admite ainda que algu-
mas paróquias só tomaram conheci-
mento de furtos depois de terem sido
contactadas pelas autoridades du-
rante as investigações e que outras,
agora, com a detenção, verifi quem
se perderam alguma peça.
Nessas investigações, que decor-
rem “há alguns meses”, a PJ confi r-
mou que o homem assumiu “várias
falsas qualidades e identidades, de
entre as quais a de padre católico,
introduziu-se em diversas igrejas” e
furtou “dezenas de bens e objectos
afectos ao culto religioso, os quais,
posteriormente, transaccionou, em
maioria no mercado ilícito”.
Através de relações de proximidade
com as futuras vítimas, entre padres
e paroquianos, Agostinho Caridade
criou condições para realizar falsos
peditórios. Um deles tinha como ob-
jectivo levar uma criança defi ciente
a um tratamento em Cuba, o que lhe
terá rendido alguns milhares de eu-
ros. Outro dos crimes de que é sus-
peito é a falsifi cação de cheques para
adquirir bens que depois revendeu.
“Trata-se de uma pessoa com
uma vida errante, sem morada co-
nhecida, que anda à deriva, o que
difi cultou a sua localização”, conta
João Oliveira.
Ouvido ontem à tarde no Tribu-
nal de Instrução Criminal de Lisboa,
Agostinho Caridade fi cou em prisão
preventiva.
Justiça Cláudia Bancaleiro
Desde 1999 que Agostinho Caridade começou a criar um longo caminho de burlas e falsificações e a apresentar-se como padre
Um homem de 43 anos é suspeito
de ter agredido mortalmente a sua
companheira, de 39 anos, e de se
ter suicidado em seguida, na habi-
tação da urbanização de Vila Ver-
de, em que viviam na vila de Mari-
nhais, no concelho de Salvaterra
de Magos.
Na casa encontrava-se a fi lha do
casal, uma menina de 3 anos, que
pode ter assistido às agressões que
terão originado a morte da mãe.
O PÚBLICO sabe que a mulher já
apresentara duas queixas na GNR
por alegada violência doméstica e
que a situação da família estava a
ser, por isso, acompanhada pela Co-
missão de Protecção de Crianças e
Jovens do concelho de Salvaterra
de Magos.
A situação foi detectada depois
de colegas de trabalho terem es-
tranhado a ausência do homem na
empresa da freguesia ribatejana de
Marinhais onde trabalhava e o fac-
to de não responder aos sucessivos
contactos telefónicos.
Alertados, os familiares acabaram
por se aperceber dos contornos de
toda a situação e solicitaram, cerca
das 10h00 de ontem, a presença da
GNR e dos Bombeiros de Salvaterra.
O corpo da mulher estava na casa
de banho, com sinais de uma forte
contusão na cabeça, que lhe terá
originado a morte.
O homem foi encontrado enfor-
cado na garagem da casa. Não fo-
ram detectados outros sinais de vio-
lência com armas de fogo ou armas
brancas e as autoridades procuram
ainda perceber que tipo de objecto
terá sido usado na suposta agressão
sobre a mulher.
A menina estava no quarto e foi,
para já, acolhida por familiares, ca-
bendo depois ao Tribunal de Meno-
res determinar quem fi cará com a
sua tutela.
No local estiveram bombeiros da
corporação de Salvaterra de Magos,
uma equipa do Instituto Nacional
de Emergência Médica, elementos
da GNR de Marinhais e uma equi-
pa da Polícia Judiciária, que fi cará
responsável pela investigação do
caso.
PJ investiga alegado caso de homicídioe suicídio
CrimeJorge Talixa
Casal com queixas de violência doméstica aparece morto em Marinhais, no concelho de Salvaterra de Magos
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 13
Autarca ainda está detido na cadeia anexa à Judiciária
O presidente da Câmara de Oeiras
(CMO), Isaltino Morais, que está pre-
so na cadeia anexa da Polícia Judici-
ária de Lisboa há mais de uma sema-
na, será transferido para a prisão da
Carregueira, em Sintra, até à manhã
da próxima segunda-feira. A garan-
tia foi dada ao PÚBLICO por fonte da
Direcção-Geral da Reinserção e dos
Serviços Prisionais (DGRSP).
Será na Carregueira, depois de ter
interposto 48 recursos das decisões
judiciais, que irá cumprir a conde-
nação de dois anos de prisão, mas
poderá sair mais cedo. A lei prevê
a atribuição de liberdade condicio-
nal para os reclusos que já tenham
cumprido metade da pena e reve-
lem bom comportamento.
A mesma fonte da DGRSP admi-
tiu a possibilidade de o autarca ser
transferido ainda hoje, mas salien-
tou que tal será “muito difícil por
questões logísticas”. A DGRSP asse-
gurou ainda que a ordem de transfe-
rência foi dada no dia da detenção
e apenas não foi cumprida “devido
à greve dos guardas prisionais” que
terminou anteontem.
Isaltino não tem recebido visitas.
Segundo o PÚBLICO apurou, terá
sido alvo de uma primeira avaliação
de técnicos de reinserção social. A
greve dos guardas não admite, entre
os serviços mínimos obrigatórios, o
acompanhamento dos presos nas
Isaltino Morais vai mudar de prisão até segunda-feira
visitas. Só os advogados puderam
levar-lhe medicamentos. E mesmo
os charutos, de que é conhecido
apreciador, tiveram de aguardar
outros dias. Apenas pôde comprar
os cigarros que são vendidos na pri-
são, enquanto a greve durou.
O vice-presidente da CMO, Paulo
Vistas, já sublinhou ter assumido to-
dos os pelouros e competências do
presidente. “Todos os assuntos da
câmara são despachados por mim”,
disse, acrescentando que Isaltino
está “incontactável” desde o dia em
que foi detido. O PÚBLICO tentou,
sem sucesso, contactar o advogado
do autarca, que tem ainda um re-
curso pendente no Tribunal Cons-
titucional.
Isaltino foi detido a 24 de Abril pa-
ra cumprir dois anos de prisão efec-
tiva por branqueamento de capitais
e fraude fi scal. A detenção ocorreu
após o Supremo Tribunal de Justiça
ter rejeitado um recurso extraordi-
nário. A sua defesa alegava existir
uma “oposição de poderes” na Re-
lação de Lisboa. Nesse âmbito, uma
conferência de juízes-conselheiros
teria de decidir se a prisão poderia
ser decretada por despacho da juíza
titular do processo. Em causa, esta-
va saber se a decisão da instância
anterior tinha ou não transitado em
julgado mesmo enquanto o processo
aguardava a decisão da Relação.
Em 2009, o Tribunal de Oeiras
condenou o autarca a sete anos de
prisão efectiva por fraude fi scal,
abuso de poder, corrupção passiva
para acto ilícito e branqueamento
de capitais. A decisão implicava ain-
da a perda de mandato na autarquia
e o pagamento de 463 mil euros ao
Estado. A Relação veio mais tarde a
reduzir a pena. Também a multa foi
reduzida para 197 mil euros.
NUNO FERREIRA SANTOS
Justiça Pedro Sales Dias
Greve dos guardas prisionais atrasou mudança do autarca de Oeiras para a prisão da Carregueira, onde irá cumprir pena
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O EURO NAHORADA VERDADE
ESTÚ
DIO J
OÃO C
AMPO
SEm simultâneo com a apresentação em Bruxelas deum ambicioso plano para o futuro da moeda única europeia, que será acompanhada em direto, alguns especialistas nacionais irão discutir as vias que se abrem a Portugal para resolver a sua relação com o euro. Deveremos sair ou ficar? Se sairmos,em que condições? Ficando,o que temos de fazer? Nuncaa encruzilhada monetária foi tão complexa para nós.Soluções, precisam-se!
Inscrições: [email protected]ções: 213626460 / 916967893
PARCERIA
8H30 — Abertura
8H45 / 10H45 — Transmissão da conferênciaThe Blueprint for a deep and genuine EMU: Debating the future economic, monetary, banking and political union
8H45 — Boas-vindas de Jean-Claude Thibaud, diretor-geral do Gabinete dos Conselheiros em Política Europeia (BEPA) da Comissão Europeia
9H00 — Discurso de José Manuel Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia
9H30 — Mesa-redonda sobre o futuro da UEM com Olli Rehn, Vice-Presidente da Comissão Europeia responsável pelas questões económicas e monetárias, Jeroen Dijsselbloem, Presidente do Eurogrupo e Ministro das Finanças dos Países Baixos, e Vítor Gaspar, Ministro das Finanças de Portugal, moderado por Stephen Fidler, chefe do bureau do Wall Street Journal em Bruxelas
11H00 / 13H00 — Debate sobre o futuro da UEM e do Euro com João Borges de Assunção, Professor da Universidade Católica Portuguesa, João Ferreira do Amaral, Economista,José Pena do Amaral, Administrador do Banco BPI, José Silva Lopes, Economista,e Vítor Bento,Economista, moderado por Nicolau Santos e Helena Garrido
13H00 — Almoço volante
14H00 / 16H00 — Continuação da transmissão da conferência The Blueprint for a deep and genuine EMU: Debating the future economic, monetary, banking and political union
CONFERÊNCIA PARA JORNALISTAS
14 | LOCAL | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
Vestígios achados em Beja revelam parceria público-privada do séc. XVI
Escavação confi rma fundição e cunhagem de moeda, a cargo de um particular, num edifício cuja construção aproveitou os alicerces de uma casa árabe e as fundações de um templo romano descoberto em 2012
DR
A Casa da Moeda foi achada sob o edifício dos arcos. Em baixo, moedas aí encontradas
O subsolo do centro histórico de Be-
ja continua a revelar-se uma caixa
de surpresas no que diz respeito aos
valores arqueológicos que preserva.
Qualquer movimento de terras colo-
ca a descoberto novos dados sobre
o passado histórico da cidade, que
entre o século I e II depois de Cristo
foi capital do Conventus Pacensis (cir-
cunscrição administrativa com sede
na actual Beja), a partir do qual era
administrada uma das regiões que
constituíam a Lusitânia.
A descrição científi ca desse passa-
do conheceu na última década im-
portantes contributos, na sequência
dos trabalhos coordenados por Con-
ceição Lopes, do Centro de Estudos
Arqueológicos das Universidades de
Coimbra e do Porto. Esses trabalhos
conduziram à localização em 2012,
ao fi m de mais de 400 anos de tenta-
tivas, do fórum romano de Beja.
Foi quando procedia à identifi ca-
ção do espaço envolvente do templo
romano, para aprofundar a análise
interpretativa, que a arqueóloga
descobriu — sem lugar a qualquer
dúvida — vestígios quase intactos e
muito pormenorizados de uma casa
da moeda que remonta ao reinado
de D. João III e ao ano de 1525.
Até Agosto passado, quando os
primeiros indícios dessa estrutura
foram identifi cados pelos arqueólo-
gos, sempre se duvidou da sua exis-
tência, dada a escassa informação
até então produzida, embora o local
se situe na Rua da Moeda. No rés-
do-chão de um edifício camarário,
que já foi centro de formação pro-
fi ssional e foi construído no fi nal do
século XIX, junto a um logradouro
interior onde foi localizado o templo
romano de Beja, a equipa de arque-
ólogos coordenada por Conceição
Lopes, identifi cou então um conjun-
to de elementos que associou clara-
mente a uma casa da moeda.
À medida que os trabalhos de-
corriam, no fi nal do ano passado,
foram surgindo materiais e moedas,
“umas preparadas para a cunhagem
e outras já cunhadas”, bem como
cadinhos usados na fundição do
cobre, descreve a arqueóloga, ao
mesmo tempo que aponta um es-
paço aberto entre os alicerces do
edifício, onde foram descobertos
Universidade de Coimbra. A sua lo-
calização permitia-lhe vigiar todas
as operações, desde a fundição até
à cunhagem das moedas, evitando
assim os furtos de ceitis (moedas
de cobre) que não eram feitos com
moldes, mas sim cunhados em pe-
daços de metal cortados à tesoura,
apresentando-se mais quadrangu-
lares do que redondos.
A dimensão e a importância do
achado já suscitaram o interesse
de arqueólogos espanhóis envolvi-
dos nas escavações de uma casa da
moeda em Valência, que solicitaram
aos colegas portugueses partes de
alguns cadinhos para um estudo que
está a decorrer numa instituição in-
glesa. Margarida Ortigão revelou ao
PÚBLICO o seu interesse pelo acha-
do, lembrando que existem docu-
mentos na Casa da Moeda de Lisboa
que fazem referência a Ruy Lopes,
vedor (administrador na corte) de
D. João III e ao seu projecto da casa
da moeda em Beja.
Parceria público-privadaOs ceitis de Beja poderão consti-
tuir um bom exemplo da produção
de moeda atribuída a privados. Os
especialistas admitem que tenha
sido caso único, pois não é co-
nhecida experiência semelhante.
Conceição Lopes identifi ca na
concessão feita a Ruy Lopes todos
os contornos de uma parceria públi-
co-privada, com uma diferença: “Os
capitais eram totalmente privados”.
Um documento arquivado na Torre
do Tombo confi rma que o vedor do
rei piedoso (fi lho de D. Manuel I) ti-
nha obtido licença para “descobrir
minas de azougue [mercúrio] e co-
bre na cidade de Beja e seu termo,
e, como a exploração destas minas
lhe acarretaria grande despesa, el-
rei lhe concedeu que ele, do cobre
que tivesse, pudesse mandar lavrar
[cunhar] moeda de ceitis em uma
casa que mandaria fazer de muros
adentro daquela cidade.”
As condições da concessão atribu-
ída por diploma assinado em Évora
a 8 de Setembro de 1524 defi niam
que “ele [Ruy Lopes] não pagaria,
em sua vida, nenhum direito da
moeda que lavrasse; que os ofi ciais
empregados neste mister seriam
equiparados aos da Casa da Moeda
de Lisboa; que a mercê seria só du-
rante a vida de Ruy Lopes, e que,
por seu falecimento, el-rei tomaria
conta da casa, com todos os apare-
lhos, pagando tudo aos herdeiros
pelo preço que valesse” ao tempo
da avaliação.
Do acervo arqueológico já recolhi-
do sobre a história da cidade de Beja
do período romano, muçulmano,
medieval e moderno, e descoberto
no perímetro onde foi localizado o
fórum romano, será feita, em breve,
uma exposição pública nas montras
de 25 estabelecimentos comerciais
da cidade. Conceição Lopes justifi ca
a iniciativa com a necessidade de fa-
zer da população o “fi el depositário”
do espólio recolhido.
“Faz-se o que é possível”, argu-
menta a arqueóloga, lamentando a
paragem forçada na pesquisa, tan-
to nos vestígios do fórum romano
como na casa da moeda. O espaço
não está contemplado no projecto
do futuro Centro de Arqueologia e
Artes de Beja, que a Câmara local
vai candidatar no próximo ano aos
fundos comunitários, e não há verba
para continuar os trabalhos.
“Vamos nós tentar obter mais fi -
nanciamento”, adianta Conceição
Lopes, criticando o facto de o espa-
ço que está a ser pesquisado há mais
de uma década ser apenas conside-
rado “reserva arqueológica”.
Arqueologia Carlos Dias
“vários quilos de moedas de cobre”.
O sítio do martelo, ou martele-
te, que cunhava a moeda mesmo
ao lado da fundição e por de cima
de uma casa árabe, completam a
identifi cação dos “vestígios [deste
género] mais completos existentes
em Portugal”, salienta Margarida Or-
tigão Paes Leme, responsável pelo
Arquivo da Casa da Moeda de Lis-
boa, suportando a sua posição na
informações que lhe foram presta-
dos por Conceição Lopes.
Num rectângulo com cerca de 1,5
metros por 70 centímetros, que ain-
da se encontra bem defi nido, “sen-
tava-se o administrador que fazia a
gestão de todo o dinheiro” cunhado
no local, assinala a arqueóloga da
Conceição Lopes identifi ca na concessão feita a Ruy Lopes todos os contornos de uma parceria público-privada, com uma diferença: “Os capitais eram totalmente privados”
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 15
Os vereadores da Mobilidade da
Área Metropolitana de Lisboa vão
apresentar uma proposta de altera-
ção do zonamento tarifário do sis-
tema de transportes, em alternativa
àquela que foi sugerida pela Autori-
dade Metropolitana de Transportes
aos operadores e aos municípios du-
rante o mês passado.
Aquilo que a autoridade propôs
foi um sistema com oito coroas, o
que representa um acréscimo face
às quatro hoje existentes, coroas es-
sas que seriam divididas em oito sec-
tores. Com isto, o passe intermodal
seria alargado até Palmela e Montijo,
a sul, e até Mafra, a norte, e passaria
a incluir a quase totalidade dos ope-
radores de transporte público.
Numa reunião que se realizou on-
tem, os vereadores da Mobilidade
e dos Transportes manifestaram
a sua concordância com a “visão”
subjacente à proposta da Autorida-
de Metropolitana de Transportes de
Lisboa (AMTL), mas defenderam a
necessidade de promover a sua
“simplifi cação”. “Há um exagero no
número de coroas e de sectores”, diz
o coordenador do grupo de autar-
cas. Joaquim Santos acrescenta que,
se for aplicado o modelo proposto,
haverá um agravamento de custos
para alguns dos actuais utilizado-
res, possibilidade que o vereador do
Seixal rejeita. “A chave do sucesso
para nós é o custo para os utentes
não aumentar”, sublinha.
Desde que essa condição se veri-
fi que, entende o autarca, o alarga-
mento da cobertura geográfi ca do
passe intermodal permitirá “trazer
muitos milhares de utentes para o
sistema público de transportes e au-
mentar as suas receitas”. Isso, frisa,
representaria “o inverter de um ci-
clo de perda com 30 anos”.
Quanto a uma outra proposta
apresentada pela AMTL, que prevê
que a repartição das receitas dos
passes pelos operadores passe a
ser feita “de acordo com a utilização
efectiva” (apurada a partir do siste-
ma de bilhética sem contacto), os ve-
readores estão “completamente de
acordo” e pedem que seja aplicada
“o mais urgentemente possível”.
Vereadores querem mudanças nos passes
TransportesInês Boaventura
Autarcas da região de Lisboa defendem simplificação da proposta da Autoridade Metroplitana de Transportes
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A Câmara das Caldas da Rainha che-
gou a acordo com o Ministério da
Saúde para custear e executar as
obras necessárias à reabertura do
Hospital Termal, anunciou ontem o
presidente da autarquia, Fernando
Costa (PSD). “Chegámos a acordo e
o Governo aceitou que se façam as
obras para que o Hospital Termal re-
abra o mais rapidamente possível”,
afi rmou Fernando Costa, no fi nal de
uma reunião com o secretário de Es-
tado da Saúde, Manuel Teixeira. De
acordo com o autarca, o governante
“aceitou a disponibilidade da câma-
Câmara das Caldas vai fazer obras no Hospital Termal
ra para custear as obras” — um in-
vestimento de cerca de meio milhão
de euros na modernização da cana-
lização que transporta a água desde
as captações até ao hospital.
A unidade de saúde suspendeu
mais uma vez os tratamentos em
Março, devido à presença de uma
bactéria que faz com que os parâ-
metros microbiológicos da água mi-
neral não cumpram os requisitos
legais e cujo surgimento se pren-
de com a antiguidade das canali-
zações.
Uma notifi cação do Delegado de
Saúde Regional de Lisboa e Vale do
Tejo, António Tavares, determinou
que os tratamentos não pudessem
ser retomados sem que fosse feita
“a requalifi cação estrutural de to-
do o sistema de aduções e canaliza-
ções”. O Governo quer concessionar
o hospital à autarquia, que por sua
vez poderá entregar a sua gestão a
privados.
Saúde
Governo aceita que o município faça as obras, por forma a que o estabelecimento possa reabrir rapidamente
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16 | ECONOMIA | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
Governo tenta reduzir perdas de 500 milhões nos swaps de três bancos
Prazo para chegar a acordo com Deutsche Bank, BNP e Goldman, que venderam produtos tóxicos com perdas potenciais de 500 milhões, terminaria hoje, mas as negociações podem estender-se até segunda-feira
NUNO FERREIRA SANTOS
A secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, está a liderar a renegociação com os bancos envolvidos no caso dos swaps
Alcançado um acordo com três ban-
cos que venderam swaps tóxicos a
seis empresas públicas e fracas-
sadas as negociações com outros
dois (Santander e JP Morgan), o
Governo tentará chegar hoje a um
entendimento com as três institui-
ções fi nanceiras que pediram uma
extensão do prazo negocial: Deut-
she Bank, BPN Paribas e Goldman
Sachs. Estes três bancos foram res-
ponsáveis pela comercialização de
produtos especulativos que acumu-
lam perdas potenciais superiores a
500 milhões de euros.
Até ontem, não havia ainda um
acordo entre as partes, admitindo-se
a possibilidade de o prazo, que foi
estendido por uma semana (depois
de a primeira ronda negocial ter ter-
foram consideradas especulativas
(os chamados swaps tradicionais,
contratados apenas para cobrir o
risco de variação da taxa de juro) de
cerca de 140 milhões de euros.
42 swaps tóxicos activosO acordo alcançado na semana pas-
sada permitiu reduzir de 56 para 42
o número de operações tóxicas de-
tectadas por uma auditoria da Agên-
cia de Gestão da Tesouraria e da Dívi-
da Pública (IGCP) em seis empresas
públicas: Metro de Lisboa, Metro do
Porto, Carris, STCP, CP e Egrep. Mas
os 14 swaps liquidados até aqui per-
tenciam todos ao Metro de Lisboa e
à Metro do Porto, como o PÚBLICO
noticiou na quarta-feira.
A redução de cerca de 500 mi-
lhões de euros (400 milhões em pro-
dutos especulativos e 140 milhões
em swaps tradicionais) abateu direc-
tamente as perdas potenciais de três
mil milhões que o Governo estima
estarem associadas às 120 operações
contratadas pelas seis empresas en-
tre 2003 e 2011.
Destes três mil milhões, 2600
milhões dizem respeito a produtos
especulativos, como avançou o PÚ-
BLICO na semana passada. Assim,
as perdas associadas a swaps tóxicos
rondam agora os 2200 milhões de
euros, com o desconto de 400 mi-
lhões conseguido com o Barclays, o
Crédit Suisse e o Nomura.
Retirando os 500 milhões que
são da responsabilidade das três
instituições fi nanceiras com que o
Governo está prestes a encerrar as
negociações, sobram cerca de 1700
milhões que correspondem às per-
das potenciais geradas pelos deriva-
dos comercializados pelo Santander
e o JP Morgan — os bancos que o
executivo decidiu processar judicial-
mente, por não se vislumbrar um
acordo entre as partes.
O Diário Económico noticiou esta
semana que estes dois últimos ban-
cos estariam interessados em vol-
tar à mesa de negociações, mas o
PÚBLICO sabe que não houve mais
contactos desde que o Santander e
o JP Morgan entregaram, na passa-
da sexta-feira, a última proposta de
descontos sobre as perdas poten-
ciais dos produtos que venderam,
que não satisfez o executivo.
Nesse mesmo dia, o Governo en-
viou à Procuradoria-Geral da Repú-
blica todos os elementos para avan-
çar com uma acção judicial contra
as duas instituições fi nanceiras. A in-
formação enviada integra ainda um
relatório e documentos recolhidos
pela Inspecção-Geral de Finanças,
sobre o contexto em que foram subs-
critos estes produtos, no sentido de
apurar responsabilidades políticas
e dos gestores que estavam à frente
das seis empresas públicas.
O caso dos swaps levou, até agora,
à saída de dois secretários de Estado
do actual Governo: Paulo Braga Lino
(Defesa) e Juvenal da Silva Peneda
(adjunto do ministro da Administra-
ção Interna), que estiveram envol-
vidos na contratação de produtos
especulativos na Metro do Porto e na
STCP. O PSD e o CDS anunciaram a
criação de uma comissão parlamen-
tar de inquérito na semana passada,
mas o texto da proposta ainda não
foi apresentado, apesar de o PS já
se ter pronunciado a favor.
Empresas públicasRaquel Almeida Correia
minado a 27 de Abril), só acabar na
próxima segunda-feira. O PÚBLICO
sabe que o executivo não irá opor-
se a um adiamento deste tipo, se tal
permitir concluir com sucesso as
conversações, liquidando contratos
considerados ruinosos com perdas
menores do que as estimadas.
No caso de conseguir chegar a
acordo com os três bancos e num
cenário ideal, o Governo poderá
reduzir as perdas potenciais asso-
ciadas a swaps tóxicos em mais de
500 milhões de euros, já que é este
o valor que corresponde aos produ-
tos especulativos comercializados
pelas três instituições fi nanceiras.
Mas o montante a recuperar deverá
ser inferior, tendo em conta que os
descontos que estão a ser feitos aos
prejuízos rondam, nos casos mais
graves, os 70%.
A redução que for alcançada por
via das negociações com o Deuts-
che Bank, o BNP Paribas e o Gold-
man Sachs vai somar-se ao corte já
garantido de cerca de 400 milhões
de euros nas perdas potenciais dos
swaps tóxicos vendidos por outros
três bancos com os quais o Gover-
no chegou a um entendimento na
semana passada: Barclays, Crédit
Suisse e Nomura.
Durante as negociações com es-
tas três últimas instituições fi nan-
ceiras, conseguiu-se também um
desconto nas operações que não
2600Milhões é o valor das perdas potenciais associadas aos swaps tóxicos subscritos por seis empresas públicas, dos quais 400 milhões foram já reduzidos
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | ECONOMIA | 17
As viagens dos turistas portugueses
aumentaram 12,4% no último trimes-
tre de 2012, em termos homólogos,
com “aumentos signifi cativos” das
visitas a familiares e amigos e à que-
da das deslocações por lazer.
No relatório sobre a procura tu-
rística dos residentes no quarto tri-
mestre do ano passado, o Instituto
Nacional de Estatísticas (INE) reve-
la que os portugueses efectuaram
quatro milhões de viagens turísticas,
ou seja, mais 12,4% do que em igual
período de 2011.
A subida fi cou a dever-se “aos au-
mentos signifi cativos” das viagens
de visita a familiares e amigos, que
cresceram 22,5%, e de profi ssionais
e de negócios, que subiram 21,1%,
em contraste com as deslocações
de lazer, recreio ou férias que ca-
Portugueses recorrem mais a casa de familiares para passarem férias
íram 5,9% nos últimos três meses
de 2012.
Face aos resultados de 2012 (pro-
visórios), o motivo mais expressivo
passou a ser a visita a familiares ou
amigos, que reuniu 46% do total
de viagens realizadas durante 2012
(42,7% em 2011), seguido pelo lazer,
recreio ou férias, de 42,1% (45,6% em
2011) e pelas viagens profi ssionais ou
de negócios que concentraram 7,2%
do total de 2012 (6,5% em 2011).
“Estes resultados revelam uma as-
sinalável alteração de estrutura na
motivação dos residentes para viajar
face aos anos anteriores, em que o
lazer, recreio ou férias constituía a
principal motivação para viajar”, as-
sinala o INE. Agora, esse movimento
foi substituído “pela maior impor-
tância dada a visitas a familiares ou
amigos, a que não será alheia a ac-
tual conjuntura económica”, frisa o
instituto. Lusa
Turismo
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DANIEL ROCHA
O Continente fica com 17 supermercados e mantém os trabalhadores dos nove agora adquiridos
A Autoridade da Concorrência deu
ontem luz verde à execução do con-
trato celebrado pela Sonae MC com
o grupo Sá para o trespasse de nove
lojas localizadas na ilha da Madeira.
A decisão, que viabiliza a expansão
da cadeia de supermercados Mo-
delo Continente na ilha, surge na
sequência da aprovação do Plano
Especial de Revitalização (PER) da
empresa madeirense pela maioria
dos credores.
A Autoridade da Concorrência
“adoptou uma decisão de não opo-
sição na operação de concentração”,
por considerar que a compra, por
meio de trespasse, de nove hipermer-
cados Jorge Sá pela Modelo Continen-
te Hipermercados SA, “não é suscep-
tível de criar entraves signifi cativos
à concorrência efectiva no mercado
retalhista de base alimentar nos for-
matos hipermercado, supermercado
e lojas discount” na Madeira.
O Plano Especial de Revitalização
da empresa madeirense detentora da
rede de supermercados Sá foi apro-
vado pela necessária maioria quali-
Concorrência dá luz verde para a Sonae ficar com os “hipers” do grupo Sá
fi cada de dois terços dos credores.
“Do total de votos expressos, 71% dos
credores votaram a favor e 29% con-
tra”, revelou o administrador judicial
Napoleão Duarte.
Votaram cerca de 86% dos 1270
credores reconhecidos que recla-
mam créditos na ordem dos 110 mi-
lhões de euros. A generalidade dos
trabalhadores votou a favor deste
plano, assim como os bancos, a Se-
gurança Social e o Estado, adiantou
o administrador judicial nomeado
pelo Tribunal do Funchal.
Só depois da homologação do PER,
se não ocorrerem impugnações den-
tro do prazo legal previsto, é que o
plano será homologado e poderá ser
formalizada a compra, por trespasse,
de nove lojas da sociedade Jorge Sá
pela Modelo Continente, que tam-
bém estava dependente da não opo-
sição da Autoridade da Concorrência
à operação de concentração.
Ao notifi car a Autoridade da Con-
corrência, em Março passado, a So-
nae MC, dona dos supermercados
Continente, informou que vai asse-
gurar os cerca de 500 postos de tra-
balho nos nove estabelecimentos a
trespassar e reforçar a sua posição
no mercado regional, onde dos ac-
tuais oito estabelecimentos comer-
ciais passa assim para 17 unidades. As
nove lojas distribuem-se pelos con-
celhos do Funchal (Santo António,
São Martinho e Seminário), Ribeira
Brava, Câmara de Lobos (Estreito
de Câmara de Lobos), Santa Cruz
(Camacha e Santa Cruz), Machico e
Santana. Na posse da Jorge Sá conti-
nuarão 14 lojas, de pequena e média
dimensão.
O PER propõe um plano de esca-
lonamento e renegociação da dívida
e respectivos juros, num horizonte
até 2028. Defi ne as condições para o
pagamento dos créditos, num total
de 109,5 milhões de euros, nomea-
damente a redução em 35% do ca-
pital total em dívida. Fixa também
a consignação de um terço do valor
das rendas a receber mensalmente
da empresa Modelo/Continente para
pagamento de capital e juros vincen-
dos, a partir do ano de 2014. E ainda
o pagamento de 36,1% do capital em
dívida em 60 prestações trimestrais,
crescentes e sucessivas, até 2028.
Do valor de 10 milhões da opera-
ção de trespasse, o PER preconiza
o pagamento de 8,5 milhões na da-
ta de entrega das lojas e a retenção
dos restantes 1,5 milhões como ga-
rantia do cumprimento das diversas
obrigações decorrentes do contrato,
nomeadamente o pagamento dos va-
lores em dívida aos trabalhadores.
Dos 8,5 milhões não retidos, 6,2 mi-
lhões serão destinados directamente
ao pagamento a trabalhadores e ao
Estado; 2,3 milhões serão alocados
para amortização de capital em dívi-
da à banca e fornecedores, de acor-
do com o respectivo peso no total de
créditos. As instituições de crédito e
fi nanceiras são os principais credores
do grupo Sá, com 64% da dívida.
DistribuiçãoTolentino de Nóbrega
Maioria do credores, que reclamam um total de 110 milhões de euros, aprovaram o plano especial de revitalização do grupo
18 | ECONOMIA | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
Depois de baixar taxas, BCE já prepara entrada em território desconhecido
“Frustrado”, é como Mario Draghi
reconhece que se está a sentir, ao
ver o crédito a não chegar com fa-
cilidade às famílias e às empresas
apesar de as taxas de juro do BCE
estarem a mínimos históricos. E,
ontem, talvez para combater essa
frustração, anunciou, passados dez
meses, mais uma descida da taxa
de juro que o banco central aplica
nas operações de fi nanciamento aos
bancos, que passou de 0,75% para
0,5%. Será que isso chega para re-
solver o problema? A maior parte
dos analistas diz que não e está já
a olhar para os próximos passos do
BCE, que se pode ver forçado a en-
trar em território desconhecido.
O próximo passo, todos apos-
tam, deverá ser mais uma descida
da taxa de juro das operações de
refi nanciamento em 0,25 pontos
percentuais. Esta taxa é aquela
que é cobrada aos bancos quando
acedem aos empréstimos do BCE.
Na conferência de imprensa ontem
realizada em Bratislava, Draghi deu
todos os sinais de que isso poderá
acontecer: disse que iria “monitori-
zar muito atentamente a situação”
e que “o BCE está preparado para
agir, caso seja necessário”. Além
disso, revelou que, embora haja
quem não concorde com os cortes
de taxas de juro, a maioria concor-
da, havendo mesmo quem quisesse
mais. “Existiu uma maioria muito
forte com a opinião de que deveria
existir um corte e, dentro destes,
houve uma maioria muito forte
com a opinião de que o corte seria
apenas de 0,25 pontos percentu-
ais”, afi rmou Draghi.
O problema, mais uma vez, é sa-
ber se só isso chega para convencer
os bancos, principalmente os das
economias periféricas, como Por-
tugal, a emprestar dinheiro às em-
presas e às famílias, principalmente
num cenário em que estas, perante
a conjuntura, também têm poucas
motivações para se endividarem.
Ontem, Mario Draghi defendeu
que a descida de taxas, combinada
com um prolongamento até pelo
menos Julho de 2014 dos emprés-
timos do BCE a taxa fi xa (que per-
mitem aos bancos, caso tenham
colaterais para apresentar, aceder
de forma ilimitada ao crédito da
autoridade monetária), terá agora
muito mais impacto na economia
real “do que teria há uns meses”. E
afi rmou que com as medidas agora
tomadas “não é a falta de fi nancia-
mento que pode servir de desculpa
[aos bancos] para não emprestar
dinheiro”.
Ainda assim, a acompanhar uma
futura descida da taxa de juro de
fi nanciamento, o BCE poderá ter de
dar um passo para terrenos que ain-
da não pisou desde que foi criado.
A sua taxa de depósito (aquilo que
paga em juros aos bancos que depo-
sitam os seus excedentes de tesoura-
ria no BCE) está actualmente a zero
e poderá passar a ser negativa, o que
signifi caria que o bancos poderiam
ter de passar a pagar para deixarem
Draghi diz que os bancos não têm razões para não emprestar
Juros mais próximos de zero, taxas de depósito negativas e compra aos bancos de pacotes de créditos concedidos a PME: com as taxas a 0,5%, Mario Draghi tenta estimular a economia
Política monetáriaSérgio Aníbal
O impacto das taxas do BCE na Euribor
Fonte: Banco de Portugal e BCE
A 6 meses (%)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
AMFJDNOSAJJMAMFJDNOSAJJMAM2011 2012 2013
0,5
0,324
Euribor 6 meses
Taxa de refinanciamentodo BCE
o dinheiro no banco central. Este
seria um grande incentivo para que
as instituições fi nanceiras colocas-
sem o dinheiro noutro lugar, talvez
mesmo emprestar mais fundos às
empresas e famílias, mas há quem
tema que o que pode acontecer é
os bancos cobrarem mais pelos de-
pósitos dos seus clientes, conduzin-
do a uma maior fuga de capitais do
euro. Seja como for, Mario Draghi,
ao contrário do que aconteceu em
momento anteriores, mostrou que
o BCE se está a preparar para esse
cenário. “Há várias consequência
indesejáveis que podem surgir des-
sa medida. Nós vamos encarar e re-
solver essas consequências se de-
cidirmos agir”, disse. Os mercados
interpretaram essas palavras como
uma clara intenção de o BCE colocar
a taxa de depósito abaixo de zero,
e o euro caiu de forma signifi cativa
face ao dólar.
Mas não é só aqui que o BCE se
está a preparar para mais inovações.
Embora de forma muito prudente
e garantindo sempre que se estava
ainda numa fase de análise muito
inicial, Mario Draghi abriu a porta a
uma política mais agressiva por par-
te do BCE de compra de activos aos
bancos, uma forma mais directa de
injectar liquidez na economia.
O presidente do BCE anunciou
que a autoridade monetária iria
iniciar consultas com outras entida-
des “para promover um mercado de
títulos baseados em activos (asset-
backed securities) que funcione”.
Os ABS fi caram conhecidos recen-
temente como os produtos fi nancei-
ros que provocaram grande parte da
crise fi nanceira internacional. Era
através deles que várias instituições
fi nanceiras norte-americanas junta-
vam créditos subprime que depois
vendiam em pacote (e com rating
AAA) a outras entidades.
O que o BCE pretende agora, ex-
plicou Draghi, é que, de uma forma
mais transparente, os bancos eu-
ropeus possam juntar em pacotes
os créditos que concedem às PME
e depois vendê-los ao BCE. Desta
forma, o banco central poderia,
não fugindo às suas regras, dar um
passo em frente no estímulo à eco-
nomia, aproximando-se daquilo que
está a ser feito por outros bancos
centrais.
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | ECONOMIA | 19
SAMUEL KUBANI/AFP
0,25O Banco Central Europeu, na reunião de ontem, cortou 0,25 pontos percentuais à sua taxa de referência, que estava nos 0,75%
0,313A taxa Euribor a seis meses estabeleceu ontem novo mínimo, nos 0,313%. Nos prazos de três meses, o indicador está nos 0,207%
Pressionado pelos outros bancos centrais
Fed, Banco de Inglaterra e Banco do Japão estão a injectar liquidez nas economia a um ritmo alto
Éuma pergunta a que Mario Draghi tem de responder em todas as conferências de imprensa que faz: por que
é que o Banco Central Europeu não actua de uma forma mais agressiva no estímulo à economia e no combate aos riscos de deflação, tal como o fazem os outros grandes bancos centrais mundiais.
A resposta é sempre a mesma, mas ontem, num dia em que foram dados sinais de que o banco quer, de facto, ser um pouco mais agressivo, a explicação foi mais completa. Draghi, fazendo a comparação especialmente com a Reserva Federal norte-americana, começou por lembrar que o mandato do BCE é diferente, mais limitado. Em Frankfurt, a única preocupação é com a estabilidade de preços, definida como uma taxa de inflação abaixo mas próxima de 2%. Uma intervenção para evitar uma contracção da economia só surge na medida em que possa haver uma ameaça de deflação.
Depois, o BCE não pode, pelas regras dos tratados europeus, financiar os Estados directamente, o que limita aquilo que pode fazer num cenário de crise orçamental grave como a actual em muitos países da zona euro.
Por fim, as empresas financiam-se de forma muito diferente nos EUA e na Europa. Nos EUA, 80% do financiamento vem dos mercados, o que facilita a vida da Reserva Federal quando quer injectar liquidez na economia. Na Europa, 80% do financiamento é feito através dos empréstimos bancários, o que leva o BCE a ter de estudar formas de intervir, comprando títulos em que os bancos agregam os empréstimos que fazem (ver texto ao lado).
Seja quais forem as explicações, a verdade é que aquilo que outros bancos — como a reserva federal norte-americana, o Banco de Inglaterra ou o Banco do
Japão — estão a fazer é, neste momento, muito diferente da acção do BCE, com injecções directas de liquidez na economia muito significativas. Isto coloca uma pressão muito significativa sobre o BCE, quanto mais não seja porque as diferenças de actuação podem fazer o euro apreciar-se face às outras divisas, tornando ainda mais difícil a retoma da economia na zona euro.
A comparação entre a actuação dos outros bancos e a do BCE é impressionante. A Reserva Federal continua a comprar 85 mil milhões de títulos do tesouro e de outros títulos todos os meses.
O Banco de Inglaterra anunciou uma extensão do seu programa de compra de activos recentemente, apesar de se pensar que apenas se vive uma fase de espera enquanto não entra o novo governador proveniente do Canadá, e de quem se espera uma acção ainda mais decidida na injecção de liquidez na economia.
O Banco do Japão, depois das instruções dadas pelo novo Governo, está a utilizar o máximo de artilharia que seria possível imaginar contra a deflação. O programa de compra de obrigações lançado no início do ano equivale a 19% do PIB japonês, o que significa que o banco central irá de forma muito rápida duplicar o seu balanço.
Até agora, para além de descer taxas, o BCE já assumiu acções que poucos julgavam possíveis e contra a vontade do Bundesbank. Mas, no futuro, terá provavelmente de ir mais longe. Sérgio Aníbal
A decisão de corte de juros por par-
te do Banco Central Europeu (BCE)
é uma boa notícia para as famílias.
As reduções nos custos dos emprés-
timos serão ligeiras, mas constituem
uma garantia de que as taxas Euri-
bor vão manter-se em níveis baixos,
possivelmente até ao fi nal de 2014.
Em termos imediatos, a decisão de
ontem terá um impacto reduzido,
porque as taxas Euribor, a que es-
tão associados os empréstimos das
famílias e das empresas, já estão em
níveis muito baixos.
A decisão do BCE também já está
parcialmente incorporada nos valo-
res actuais das taxas Euribor, que
são fi xadas no mercado monetário,
a partir das intenções de emprésti-
mos a realizar entre um conjunto
alargado de bancos. Habitualmen-
te, as taxas Euribor antecipam os
movimentos de descida e de subi-
da das taxas de referência do banco
central.
Em queda desde a chegada de
Mario Draghi à liderança do Banco
Central Europeu, em Outubro de
2011, as taxas Euribor atingiram, na
sessão de ontem, 0,313%, no prazo
a seis meses, o que representa um
Prestação da casa continuará baixa por longos meses
novo mínimo histórico. Nos prazos
de três meses, o indicador está nos
0,207%. Estes prazos, os mais utili-
zados nos empréstimos à habitação
e às empresas, estão cada vez mais
longe dos mais de 5% que atingiram
no Verão de 2008.
Pelo facto de estarem muito bai-
xas, ”a margem para novas desci-
das [das taxas] é reduzida”, admitiu
Paula Carvalho, economista-chefe
do BPI, ao PÚBLICO. A perspectiva
do banco para 2013 é de que a taxa
a seis meses se mantenha nos 0,35%
e a de três meses entre os 0,18% e
0,20%.
Nas declarações após a reunião
do conselho de governadores do
BCE, Mario Draghi não excluiu a
possibilidade de novo corte de ta-
xas: “Vamos olhar para todos os da-
dos e observar com atenção todos
os desenvolvimentos e estamos pre-
parados para actuar, se necessário”,
afi rmou.
Com esta declaração, e perante a
espiral recessiva na zona euro, um
cenário de inversão de política mo-
netária, ou seja, de subida de taxas
de juro, fi ca cada vez mais afastado
no tempo.
Os efeitos da recente descida de
taxas de juro são maiores nos em-
préstimos à habitação contratados
antes de 2008, cujas prestações já
caíram para cerca de metade.
A partir de agora, as quedas são
menores, porque em muitos em-
préstimos o spread ou margem co-
mercial do banco já é mais elevado
do que a taxa de juro. Por outro la-
do, sempre que os juros descem,
a componente de amortização au-
menta. Ou seja, as famílias estão a
amortizar capital a um ritmo maior,
o que é positivo, porque num cená-
rio de subida das taxas de juro, o
montante em dívida será menor.
Neste momento, os spreads míni-
mos praticados pelos bancos estão
acima dos 2% e os máximos chegam
a superar os 6%. A descida das taxas
de juro é negativa para quem tem
poupanças associadas às taxas Eu-
ribor e para as empresas com con-
tratos de protecção de taxas de ju-
ro especulativos, os denominados
swaps de taxas de juro, cujos encar-
gos aumentam signifi cativamente
quando as taxas descem.
Rosa Soares
Com as taxas em queda, as famílias amortizam mais capital
20 | ECONOMIA | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
Bolsas
PSI-20 Última Sessão Performance (%)Nome da Empresa Var% Fecho Volume Abertura Máximo Mínimo 5 dias 2013
PSI-20 INDEX -0,21 6235,090 195118183 6229,670 6279,600 6202,830 3,66 10,26ALTRI SGPS SA -0,2 1,961 238760 1,965 1,975 1,930 1,55 23,49BANIF SA -1,667 0,118 76716 0,118 0,119 0,118 2,56 -19,18BPI 1,01 1,101 1269703 1,095 1,115 1,083 5,11 16,76BCP 0 0,105 159896318 0,105 0,106 0,104 0,96 40,00BES 1,27 0,880 17921927 0,856 0,894 0,856 4,83 -1,68COFINA SGPS -0,2 0,498 210940 0,500 0,500 0,481 0,6 -15,45EDP 0 2,610 3547625 2,610 2,622 2,578 2,35 13,97EDP RENOVÁVEIS -0,66 3,925 2176599 4,000 4,009 3,903 4,36 -1,73GALP ENERGIA -0,62 12,095 1198287 12,175 12,175 11,980 3,05 2,85J MARTINS SGPS -0,66 17,965 634623 18,100 18,145 17,905 6,7 23,05MOTA-ENGIL -2,76 2,042 438083 2,060 2,150 2,020 6,87 30,31NOVABASE SGPS -1,406 2,805 52808 2,855 2,860 2,775 2,45 21,96PT -0,91 3,925 5367678 3,950 3,953 3,900 2,62 4,69PORTUCEL 0,51 2,771 192537 2,757 2,779 2,733 2,64 21,54REN 0,22 2,319 73344 2,301 2,319 2,301 3,4 12,85SEMAPA -0,71 7,129 15085 7,151 7,205 7,129 3,55 25,29SONAECOM SGPS 0,9 1,794 144735 1,780 1,794 1,770 5,33 21,13SONAE INDÚSTRIA 1,11 0,548 78927 0,549 0,549 0,543 0,74 12,07SONAE -0,54 0,734 1366708 0,738 0,740 0,728 5,28 6,84ZON MULTIMÉDIA 0,29 3,420 216780 3,379 3,430 3,379 3,52 15,15
O DIA NOS MERCADOS
Acções
Divisas Valor por euro
Diário de bolsa
Dinheiro, activos e dívida
Preço do barril de petróleo e da onça, em dólares
MercadoriasPetróleoOuro
ObrigaçõesOT 2 anosOT 10 anos
Taxas de juro Euribor 3 mesesEuribor 6 meses
Euribor 6 meses
Portugal PSI20
Últimos 3 meses
Últimos 3 meses
Obrigações 10 anos
Mais Transaccionadas Volume
Variação
Variação
Melhores
Piores
Últimos 3 meses
Últimos 3 meses
Europa Euro Stoxx 50
BCP 159.896.318BES 17.921.927PT 5.367.678EDP 3.547.625EDP Renováveis 2.176.599
BES 1,27%Sonae Indústria 1,11%BPI 1,01%
Mota Engil -2,76%Banif SA -1,667%Novabase SGPS -1,406%
Euro/DólarEuro/LibraEuro/IeneEuro/RealEuro/Franco Suíço
5,70
5,95
6,20
6,45
6,70
1,30650,8408128,052,62871,2212
0,207%0,313%
100,871466,35
3,412%5,734%
PSI20Euro Stoxx 50Dow Jones
Variação dos índices face à sessão anterior
2500
2575
2650
2725
2800
5500
5750
6000
6250
6500
0,300
0,325
0,350
0,375
0,43
-0,21%0,26%0,80%
O Sindicato dos Pilotos da Aviação
Civil (SPAC) rejeitou ontem que os
interesses dos pilotos da TAP sejam
lesados e disse ir lutar “até às últi-
mas consequências” pelo direito de
participação no capital da empresa
privatizada.
Na sequência do parecer do con-
selho consultivo da Procuradoria-
Geral da República (PGR) publica-
do na terça-feira, segundo o qual
os pilotos da TAP não têm direito
a uma participação no capital da
companhia aérea no âmbito da sua
privatização, porque o acordo que
lhes dá esse direito foi estabelecido
fora da lei, o SPAC reagiu lembran-
do que o parecer da PGR não é vin-
culativo e inclui “lacunas nos seus
pressupostos”.
O acordo entre empresa e pilotos
data de 1999 e prevê a “atribuição de
uma participação até 20% no capi-
tal da empresa privatizada”, tendo
resultado “de um processo de nego-
ciação entre as partes que teve como
pressuposto a decisão favorável ob-
tida pelos pilotos junto do Tribunal
Arbitral e que não pode ser agora
ignorada num Estado de Direito”,
acrescenta o SPAC.
“Os pilotos, tal como a TAP e o Go-
verno bem sabem, aderiram a esse
processo de negociação de boa-fé,
procurando não só salvaguardar os
seus direitos, como também garan-
tir a sustentabilidade fi nanceira da
TAP, motivo pelo qual acordaram
renunciar à produção dos efeitos da
decisão do Tribunal Arbitral, tendo
como contrapartida a participação
no futuro capital privatizado da
TAP”, realça o sindicato.
O SPAC sublinha que “o parecer
não toma em conta a posição assu-
mida pelo Governo aquando da as-
sinatura do acordo, pelo que a tese
sustentada de que o Estado não se
vinculou ou ignorava o documento
não só não é real, como nem sequer
é minimamente plausível em face do
objecto do acordo”.
A decisão do conselho consulti-
vo da PGR, publicada no Diário da
República, resulta de um pedido de
parecer do secretário de Estado das
Obras públicas, Transportes e Co-
municações. Lusa
Pilotos prometem lutar pelos 20% da TAP
Aviação
Procuradoria-Geral da República diz que os pilotos não têm direito a posição no capital da companhia, mas o sindicato contestaGrupo público tem quota de mercado de 29,3%
O Conselho de Ministros aprovou
ontem a venda das três empresas
da Caixa Geral de Depósitos (CGD)
que operam na área dos seguros.
Em causa está a alienação das parti-
cipações na Fidelidade, Multicare e
Cares, uma operação que terá lugar
ao longo deste ano.
As três seguradoras deverão ser
alienadas em conjunto, “um modelo
que assegura a preservação da unida-
de estratégica do grupo segurador”.
Luís Marques Guedes, ministro da
Presidência, adiantou que a venda
poderá ser feita “de forma directa ou
indirecta” a “investidores de referên-
cia nacionais ou estrangeiros”.
O entendimento do Governo é que
haverá vantagens em fazer a aliena-
ção do conjunto das seguradoras,
precisou o ministro da Presidência,
acrescentado que essa via encerra
em si “uma mais-valia global” para
a operação. O ministro vincou, no
entanto, a ideia de que “não é de des-
cartar” outra solução. “Depende da
receptividade dos investidores e do
mercado”, justifi cou.
Marques Guedes destacou ainda
que o processo deverá iniciar-se “no
início do mês de Junho” e que o ob-
jectivo é que esteja concluído antes
do fi nal do ano.
“Consagra-se ainda a alienação de
um máximo de 5% de acções a traba-
lhadores das empresas seguradoras
Governo aprova venda da área de seguros da CGD
do grupo Caixa Geral de Depósitos,
bem como a possibilidade de se pro-
ceder à alienação de participações
minoritárias mediante oferta pública
de venda, que pode ser combinada
com venda directa institucional”, re-
fere o comunicado emitido após a
reunião do Conselho de Ministros.
Em Março, o vice-presidente do
banco público, Norberto Rosa, ti-
nha dito à agência Lusa que a priva-
tização da venda da área seguradora
poderia ser apenas parcial, manten-
do a Caixa Geral de Depósitos uma
participação ainda que minoritária
no grupo segurador.
A área seguradora da Caixa Ge-
ral de Depósitos é constituída pe-
la empresas Fidelidade, Multicare
e Cares, que garantem a liderança
do mercado com uma quota con-
junta de 29,3%, no fi nal de 2012 —
31% no ramo vida e 26,4% no ramo
não vida.
No ano passado, este grupo de
companhias apresentou um resul-
tado líquido de 96 milhões de euros
e um rácio de solvência correspon-
dente a 215% do mínimo legalmente
exigível.
A Caixa Geral de Depósitos já ven-
deu o grupo HPP à brasileira Amil,
por um saldo positivo de 40 milhões
de euros, marcando assim o fi nal da
relação do grupo público com o ra-
mo da saúde. com J.M.R.
GONCALO PORTUGUES
Empresas públicasRaquel Martins
As três seguradoras detidas pelo grupo público deverão ser vendidas em conjunto para garantir a sua unidade estratégica
40A área seguradora será a segunda alienação da Caixa Geral de Depósitos, depois de ter vendido o negócio da saúde por 40 milhões de euros
22 | MUNDO | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
JUAN BARRETO/AFP
Capriles assume ruptura total e impugna resultados eleitorais
Maduro disse a Capriles: “Você não passa de um burguesinho chorão e fascista”
O governador do estado de Miranda
e candidato derrotado nas presiden-
ciais da Venezuela, Henrique Capri-
les, assumiu ontem a ruptura total
com o Presidente Nicolás Maduro e
a bancada chavista na Assembleia
Nacional, e avançou com um pro-
cesso de impugnação dos resultados
eleitorais junto do Tribunal Supre-
mo de Justiça.
Tal como aconteceu com o seu
pedido de recontagem dos votos,
que a Comissão Nacional Eleitoral
(CNE) declinou, Henrique Capriles
não espera que a sua iniciativa alte-
re o estado das coisas na Venezuela
— o candidato “oficialista” Nicolás
Maduro, o delfim do falecido Presi-
dente Hugo Chávez, foi declarado o
vencedor da votação de 14 de Abril e
tomou posse com pompa e circuns-
tância antes de avançar o processo
de “auditoria cidadã” aos 46% dos
boletins de voto que não foram au-
tomaticamente certificados no dia
da eleição.
“Apresentamos a impugnação,
ainda que saibamos qual é a rea-
lidade”, explicou Capriles, que se
apresentou aos venezuelanos como
a alternativa ao homem do chavis-
mo em nome da coligação Mesa
da Unidade Democrática. “Vamos
esgotar todos os canais nacionais,
porque não temos dúvidas de que
isto ainda vai terminar nas instân-
cias internacionais”, acrescentou,
durante uma marcha pelo trabalho
do dia 1 de Maio.
O recurso ao Supremo tornara-se
inevitável perante a acumulação de
“episódios” de alta tensão política,
que, depois da campanha eleitoral,
degeneraram para confrontos e vio-
lência entre as hostes “oficialistas” e
a oposição — e que culminaram com
uma inédita cena de pugilato na As-
sembleia Nacional, que deixou onze
deputados feridos (sete da oposição
e quatro do Partido Socialista Unido
da Venezuela, do Presidente Madu-
ro), na noite de terça-feira.
“Como muitos me têm pergunta-
do, deixem-me informar-vos do meu
estado físico”, escreveu ontem a de-
putada independente María Corina
Machado, que se senta na bancada
da oposição. “Tenho quatro frac-
turas ósseas no nariz com desloca-
mento do septo nasal que requer
uma operação imediata. Também
tenho uma lesão na coluna verte-
bral, por ter batido com a cabeça
contra o chão”, descreveu.
O Presidente Nicolás Maduro refe-
riu-se às agressões sofridas pelo de-
putado e líder do partido Primeiro
Justicia, Julio Borges, lamentando a
violência na Assembleia Nacional.
Mas, na mesma frase, acusou o seu
adversário político de se “fazer de
palhaço” e “armar um show” para as
câmaras televisivas. “Queremos paz
neste país, acabem com a violência”,
disse, dizendo ter na sua posse pro-
vas de que os membros da oposição
usaram “gás paralisante” contra os
deputados da maioria.
Naturalmente, as duas banca-
das opositoras ofereceram versões
contrárias sobre os acontecimentos,
responsabilizando o outro lado por
actos que todos descreveram como
lamentáveis. A Mesa da Unidade
Democrática deplorou, em comu-
nicado, o que descreveu como um
“golpe de Estado virtual” contra o
parlamento, acusando o chavismo
de usar a violência para “consolidar
o desvio do resultado eleitoral”.
A oposição, que não reconhece os
resultados oficiais das presidenciais,
excluiu-se de participar na audito-
ria cidadã aos 46% dos boletins de
voto — a solução de compromisso
encontrada pela CNE para atender
às reclamações de transparência
de Henrique Capriles. O processo
arrancou na segunda-feira, mas,
segundo os consultores da Mesa da
Unidade Democrática, ao excluir a
comparação dos votos com a infor-
mação dos cadernos eleitorais, não
permitirá investigar as alegadas frau-
des e irregularidades denunciadas
pela oposição. Os dois candidatos
ficaram separados por uma curta
diferença de 1,5% de votos.
“Aceite a derrota”, aconselhou Ni-
colás Maduro na sua declaração de
1.º de Maio, transmitida pelos canais
estatais de rádio e televisão. “Deixe
de espernear e de se lamentar, você
não passa de um burguesinho cho-
rão e fascista”, acusou, vociferando
contra “o pequeno grupo que tomou
conta da oposição venezuelana para
impor um projecto fascista, os radi-
cais de extrema-direita, os velhos
burgueses, antigos donos das plan-
tações”, enumerou, perante uma
multidão.
O líder da oposição nunca reconheceu a vitória de Nicolás Maduro e oficializou o pedido de impugnação dos resultados das presidenciais de 14 de Abril. Presidente desvaloriza a iniciativa
Venezuela Rita Siza
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | MUNDO | 23
MICHAEL S. WILLIAMSON/THE WASHINGTON POST
Os mais novos testam a facilidade de utilização, a segurança e o “factor cool”
Há revistas dedicadas aos “atirado-
res mais novos”, sites chamados “a
minha primeira espingarda”, testes
de armas feitos por miúdos de 11 a 14
anos em que estes avaliam caracte-
rísticas da arma, incluindo o “factor
cool”. Nos Estados Unidos da Amé-
rica, todos têm direito a ter armas,
mesmo que sejam menores.
Nas páginas de uma destas revis-
tas, um anúncio mostra uma menina
com óculos e um alvo de tiro, uma
pistola em pano de fundo: “Faz in-
veja ao teu pai! Por menos de 300
dólares [220 euros] podes ter uma
reprodução de uma .22 LR e passar
o dia a disparar”. Mas há artigos so-
bre armas maiores: “Mostra ao teu
pai! Quem sabe? Talvez encontres
uma Bushmaster AR-15 debaixo da
tua árvore uma manhã gelada de
Natal!”.
As armas não são brinquedos: são
verdadeiras, embora em versão “jú-
nior” (até há umas espingardas cor-
de-rosa para as meninas).
A questão do acesso de meno-
Fabricantes de armas tentam cada vez mais chegar a jovens e crianças
res a armas de fogo surgiu de novo
com um incidente em Cumberland,
Kentucky: a morte de uma menina
de dois anos, atingida pela arma do
irmão de cinco anos que a tinha re-
cebido de presente no aniversário.
Os pais não se tinham apercebido de
que a arma tinha fi cado a um canto,
carregada. O médico legista comen-
tou que se tratou de “um acidente
estúpido como tantos outros”.
As armas só podem ser compra-
das por adultos, mas nada proíbe o
acesso e a posse por crianças, que
podem frequentar clubes de tiro
desde que com supervisão de adul-
tos. Algumas actividades, como a ca-
ça, têm idades mínimas estabeleci-
das, mas estas têm vindo a baixar ou
mesmo a ser abolidas: no Wisconsin
passou de 12 para dez anos em 2009,
em 2011, no Michigan, deixou de ha-
ver idade mínima.
A “grande tradição”Tudo isto, segundo uma investiga-
ção publicada no início deste ano
pelo diário The New York Times, será
fruto de uma operação agressiva das
empresas de venda de armas que
estão a focar-se em renovar os seus
clientes, temendo pela sua sobrevi-
vência devido a uma baixa da parti-
cipação em desportos de tiro.
Estudos encomendados por asso-
ciações dizem que a resposta está
em recrutar crianças e adolescentes
entre os oito e 17 anos. Poderiam co-
meçar por paintball e a seguir dis-
parar armas reais.
A vantagem de treinar as crianças
para “o uso responsável de armas”
aparece ligado à promoção de va-
lores como responsabilidade, ética
e cidadania, e da continuação de
“uma grande tradição americana”.
O perigo? Não é tão grande como
parece, argumentam as associações
ligadas aos fabricantes, apontando
para estatísticas que mostram um
risco maior nas coreografi as das che-
erleaders ou no softball.
Há revistas especializadas, como
a Junior Shooter, ou não-especializa-
das, como a Outdoor Life, com tes-
tes de armas em que alguns miúdos
de 11 a 14 anos testam espingardas
e avaliam características como a fa-
cilidade de utilização, segurança e
“factor cool”.
O perigo é uma questão de per-
cepção, defende Andy Fink, editor
da revista Junior Shooter, em decla-
rações ao NYTimes. As armas se-
miautomáticas, por exemplo, não
são necessariamente armas, a não
ser que alguém decida magoar ou-
tra pessoa com elas, defendeu. “São
uma ferramenta, tal como um carro
ou um taco de basebol.”
A apoiar as palavras vem o fi nan-
ciamento. Clubes de jovens e grupos
de escuteiros têm recebido milhares
de dólares das associações de armas
para actividades relacionadas com
tiro.
Estados UnidosMaria João Guimarães
Testes para revistas são feitos por atiradores de 11 a 14 anos. Relatórios de fabricantes aconselham começar aos oito
Os amigos levaram uma mochila e um computador de Dzhokhar
Pouco depois de o FBI ter divulgado
as primeiras imagens dos suspeitos
do ataque na maratona de Boston,
na tarde de 18 de Abril, o jovem Dias
Kadyrbayev, nascido no Cazaquis-
tão, recebia um telefonema de um
amigo enquanto conduzia o seu
BMW numa viagem entre Boston
e New Bedford, no estado do Mas-
sachusetts. Do outro lado da linha,
Robel Phillipos pedia-lhe que ligasse
o televisor mal chegasse a casa: um
dos suspeitos era muito parecido
com um amigo comum, chamado
Dzhokhar Tsarnaev. Este foi o mo-
mento que deu início a uma sequên-
cia de eventos que pode revelar-se
dramática para Kadyrbayev, Philli-
pos e Azamat Tazhayakov, os três
amigos de Dzhokhar Tsarnaev acu-
sados pelo FBI de conspirarem para
obstruir a justiça e prestarem falsas
declarações durante a investigação
de um acto de terrorismo.
Ainda ao volante do seu carro,
Kadyrbayev, que reside nos Estados
Unidos com visto de estudante, en-
viou uma mensagem de texto a Tsar-
naev, mas as respostas que recebeu
foram interpretadas como “brinca-
deiras”, de acordo com o seu depoi-
mento nos interrogatórios do FBI.
“Lol” e “É melhor não me enviares
mensagens” foram duas delas, mas
Dzhokhar Tsarnaev escreveu tam-
Amigos de Dzhokhar Tsarnaev “entraram em pânico” e estão a caminho da prisão
bém: “Vai ao meu quarto e leva o
que quiseres.”
Quando se convenceram de que o
seu amigo estava envolvido no ata-
que na maratona de Boston, os três
jovens combinaram encontrar-se
à porta do quarto de Tsarnaev, no
campus da Universidade de Massa-
chusetts-Dartmouth. Lá dentro, en-
contraram uma mochila carregada
com “aproximadamente sete tubos
de fogo-de-artifício”, já sem pólvo-
ra, que decidiram levar, juntamen-
te com um computador portátil. De
acordo com o testemunho de Robel
Phillipos, os seus dois amigos nas-
cidos no Cazaquistão “entraram em
pânico” quando se aperceberam do
possível envolvimento de Dzhokhar
Tsarnaev no ataque em Boston e ti-
veram uma discussão “em russo”.
Mais tarde, todos concordaram que
o melhor a fazer era deitar a mochila
num caixote do lixo, que viria a ser
recuperada pelos agentes da polícia
federal norte-americana.
As autoridades dizem não ter in-
dícios de que os três amigos estives-
sem ao corrente de qualquer plano
com vista a um ataque na maratona
de Boston, mas Dias Kadyrbayev e o
seu compatriota Azamat Tazhayakov
foram acusados de conspirarem pa-
ra obstruir a justiça. Se forem a jul-
gamento, podem ser condenados a
cinco anos de prisão e a uma multa
de 250 mil dólares (190 mil euros)
cada um. O terceiro, Robel Philli-
pos, cidadão norte-americano, foi
acusado de prestar falsas declara-
ções durante a investigação a um
acto de terrorismo – só ao quarto
depoimento admitiu ter entrado no
apartamento de Dzhokhar Tsarnaev.
Se for a julgamento, pode ser conde-
nado a oito anos de prisão e a uma
multa de 250 mil dólares.
Na primeira audiência em tribu-
nal, que decorreu na quarta-feira,
todos alegaram que não tiveram a
mínima participação no ataque na
maratona de Boston e negaram as
acusações de obstrução à justiça. O
advogado de Kadyrbayev afi rma que
o seu cliente “lamenta muito o que
aconteceu em Boston”, mas frisa
que ele não sabia que a mochila e
o portátil podiam constituir provas
para as equipas de investigação. Já o
advogado de Tazhayakov disse que
o jovem ese sentiu “terrivelmente
mal” e “chocado” quando se aper-
cebeu de que um dos seus amigos
era suspeito do ataque na maratona
e frisou que “considera uma honra
estudar nos Estados Unidos”. A se-
gunda audiência está marcada para
a próxima quarta-feira, dia 14.
EUAAlexandre Martins
Jovens entraram no quarto do suspeito do ataque na maratona de Boston e levaram mochila que o poderia incriminar
24 | MUNDO | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
Itália pede estratégia europeia contra o “pesadelo” do desemprego jovem
“Os cidadãos europeus devem ver a Europa como um instrumento de resposta positivo e não como um instrumento negativo”, disse o primeiro-ministro italiano ao lado de Durão Barroso
FRANÇOIS LENOIR/REUTERS
Letta quer que os líderes europeus dêem “sinais importantes para relançar a esperança”
Enrico Letta, o novo primeiro-mi-
nistro italiano, terminou ontem três
dias de um périplo europeu em que
foi pregar a Berlim, Paris e Bruxelas
a necessidade de lançamento urgen-
te de uma estratégia europeia de luta
contra o “pesadelo” do desemprego
jovem.
Letta, cuja nomeação na semana
passada encerrou mais de dois meses
de impasse na terceira maior econo-
mia da zona euro depois das eleições
legislativas de Fevereiro, encontrou-
se com Angela Merkel, chanceler
alemã, na terça-feira em Berlim, a
que se seguiu o Presidente francês,
François Hollande, na quarta-feira,
em Paris, e ao fi m do dia, já em Bru-
xelas, o primeiro-ministro belga, Elio
Di Rupo, e o presidente do Conselho
Europeu, Herman Van Rompuy.
Ontem de manhã, foi a vez de Du-
rão Barroso, presidente da Comis-
são Europeia, receber o novo chefe
do Governo italiano, que viajará na
segunda-feira até Madrid para reunir
com o primeiro-ministro espanhol,
Mariano Rajoy.
Em cada uma destas etapas euro-
peias, Letta defendeu que a estraté-
gia de saída da actual crise econó-
mica e social que afecta sobretudo
os países do Sul praticamente desde
a crise fi nanceira de 2008, terá de
ser europeia e não cada país por si.
Nesse contexto, os líderes da UE
deverão emitir na cimeira europeia
de Junho “sinais importantes para
relançar a esperança” na Europa
através de estímulos ao crescimento
económico e ao emprego, defendeu
ontem, considerando que “os cida-
dãos europeus devem ver a Europa
como um instrumento de resposta
positivo e não como um instrumen-
to negativo”.
Mesmo se Durão Barroso apoiou
o seu apelo, nenhum dos dois res-
ponsáveis avançou qualquer ideia
concreta sobre a forma de resolver
o velho dilema entre a austeridade a
todo o vapor – acusada de cavar uma
profunda recessão económica nos
países periféricos – e o crescimento
económico e o emprego com que a
UE se debate há anos.
Aliás, no seu périplo pelas princi-
pais capitais europeias, Letta segue
de alguns bancos europeus e evitar
que sejam os orçamentos de Estado
a pagar os seus excessos.
Precisamente para evitar entrar
em confronto com Berlim, Letta
teve aliás a preocupação de aliar o
seu apelo a medidas de estímulo ao
crescimento económico com a rea-
fi rmação da sua intenção de cumprir
a meta de redução do défi ce orça-
mental italiano para 2,9% do PIB este
ano assumida pelo seu antecessor.
Este compromisso obrigará o novo
Governo a realizar economias de pe-
lo menos 10.000 milhões de euros,
nomeadamente para compensar a
suspensão de uma controversa taxa
imobiliária lançada por Monti para,
precisamente, poder cumprir a meta
orçamental.
A tarefa do novo primeiro-minis-
tro anuncia-se, no entanto, ainda
mais árdua do que o previsto: mal
regressou a Roma, foi confrontado
com a publicação de um relatório da
OCDE sobre a economia italiana que
pinta um quadro mais negro do que
o previsto: a contracção do PIB (a
produção de riqueza) será este ano
de 1,5% em vez do valor previsto de
1%, em resultado, nomeadamente
da política de austeridade adopta-
da precisamente para assegurar a
redução do défi ce das contas públi-
cas. Pior: em vez dos 2,9% do PIB
previstos, o défi ce orçamental será
este ano de 3,3%, e continuará a su-
bir para 3,8% do PIB em 2014. Do
mesmo modo, a dívida pública, que
deveria começar a descer este ano,
continuará a aumentar para uns as-
tronómicos 131,5% do PIB e mesmo
134,2% em 2014.
Com estas previsões, Letta, que
esperava um alívio do ritmo da aus-
teridade para poder relançar a eco-
nomia e o emprego, está em risco de
ter de apertar ainda mais o cinto.
União EuropeiaIsabel Arriaga e Cunha, Bruxelas
as pisadas do seu antecessor, Mario
Monti, que assumiu exactamente o
mesmo discurso de conciliação en-
tre austeridade e crescimento, igual-
mente partilhado pelo Presidente
francês. Os esforços dos dois respon-
sáveis desembocaram, há um ano,
num tímido “pacto de crescimen-
to” europeu praticamente limitado
à reafectação para acções contra o
desemprego de parte dos fundos es-
truturais comunitários de apoio às
regiões mais desfavorecidas que já
estavam atribuídos aos países da UE.
Em contrapartida, sobre o alívio do
ritmo da austeridade que era espe-
rado em Paris, Madrid e Roma, nem
uma palavra.
Hoje, tal como há um ano, o gran-
de obstáculo a uma calibragem das
prioridades parte da Alemanha,
cujos responsáveis acreditam que o
crescimento económico e o emprego
serão o resultado quase automático
da correcção dos desequilíbrios or-
çamentais e estruturais dos países
mais frágeis. Em vésperas das elei-
ções legislativas de Setembro, Angela
Merkel não está disposta a mudar
de discurso.
As mesmas resistências alemãs
pendem sobre a “união bancária”
que Letta, em conjunto com a maior
parte dos líderes dos países mais frá-
geis, quer pôr rapidamente de pé
para resolver de vez a fragilidade
Um relatório da OCDE sobre a economia italiana divulgado ontem pinta um quadro mais negro do que o previsto
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | MUNDO | 25
Bento XVI vai viver num mosteiro, mas não em reclusão
Dois meses depois da renúncia, Ben-
to XVI regressou ontem ao Vaticano,
dando início a um período inédito na
história da Igreja Católica, em que
um antigo Papa viverá na vizinhan-
ça do seu sucessor naquele que é o
mais pequeno Estado do mundo –
uma convivência que ambos dizem
será tranquila, mas que continua a
suscitar algumas interrogações.
Joseph Ratzinger, que adoptou o
título de Papa emérito, regressou
ao Vaticano da mesma forma que
partiu. A meio da tarde viajou de
helicóptero desde Castel Gandolfo,
a residência de Verão papal, onde
se recolheu após a formalização da
renúncia, a 28 de Fevereiro.
À sua espera no mosteiro que lhe
servirá agora de residência, Bento
XVI tinha o seu sucessor, o Papa
Francisco, numa repetição do históri-
co encontro de 23 de Março, quando
o antigo e o actual Papas se reuniram
pela primeira vez. O Vaticano não
divulgou imagens da reunião, que
garantiu ter sido de “uma grande e
fraternal cordialidade”, adiantando
apenas que os dois rezaram juntos
na capela do mosteiro.
O regresso acontece depois de con-
cluídas as obras de remodelação do
mosteiro Mater Ecclesiae, um edifí-
cio nos jardins do Vaticano, com vista
privilegiada sobre a cúpula da Basí-
lica de São Pedro e que albergou até
há pouco tempo sucessivas ordens
contemplativas. Na nova residência,
Bento XVI vai ter a companhia do seu
secretário pessoal, o arcebispo Georg
Ganswein, e das quatro leigas consa-
gradas que estavam já ao seu serviço
durante o pontifi cado.
Quando, ainda antes da eleição do
Papa Francisco, Bento XVI anunciou
que pretendia passar o resto dos seus
dias no Vaticano, muitos questiona-
ram se a proximidade não seria cons-
trangedora para o seu sucessor. Uma
dúvida que ganhou força ao saber-se
que Ganswein iria permanecer como
secretário de Bento XVI, dividindo o
seu tempo entre o mosteiro e as suas
funções de chefe da Casa Pontifícia,
com a responsabilidade de gerir a
agenda do Papa Francisco. Sabe-se
também que Bento XVI não vai fi car
em clausura e não só vai receber vi-
Bento XVI voltou ao Vaticano para convivência inéditacom o Papa Francisco
sitas como poderá passear-se pelos
jardins do Vaticano.
Ontem, o jornal norte-americano
USA Today escrevia que Ratzinger,
um conservador em termos morais e
doutrinários, poderia servir de porto
de abrigo aos descontentes com as
reformas promovidas por Francis-
co – o Papa nomeou recentemente
uma comissão de oito cardeais para
o aconselharem sobre mudanças a
fazer na estrutura da Cúria, abalada
no último ano por uma sequência de
escândalos, e admite-se que as reco-
mendações possam estender-se a ou-
tras áreas do governo da Igreja.
O Papa emérito procurou afastar
os receios, garantindo que pretende
dedicar-se à oração e ao estudo, “vi-
vendo escondido do mundo”. Uma
promessa que cumpriu nos dois me-
ses que passou em Castel Gandolfo,
recordou a AFP, acrescentando que
as pessoas que lhe são próximas asse-
guram que ele está “muito aliviado”
por ter passado as responsabilidades
a um homem mais novo. Por outro
lado, e apesar dos estilos distintos –
Bento XVI é apegado aos ritos, Fran-
cisco tem inovado pela simplicidade
–, os dois homens são teologicamente
próximos.
O novo Papa não mostra também
ter medo de comparações e disse
publicamente que é um privilégio
contar com o conselho e as orações
de Bento XVI. Além do encontro de
Março, quando rezou lado a lado
com o antecessor, Francisco falou
várias vezes com ele ao telefone e já
o convidou para passar temporadas
em Castel Gandolfo.
O facto de não terem sido divulga-
das imagens do seu regresso poderá
reforçar os rumores sobre a saúde do
Papa emérito, de 86 anos, que em
Março aparentava estar mais magro
e debilitado. O porta-voz do Vatica-
no garantiu, contudo, que Bento
XVI “não sofre de nenhuma doen-
ça”, estando apenas “enfraquecido
pela idade”.
A Coreia do Norte reacendeu a polé-
mica com os Estados Unidos ao con-
denar um cidadão norte-americano
a 15 anos de prisão com trabalhos
pesados.
O cidadão de 44 anos, que tam-
bém tem nacionalidade coreana, e
que tem sido identifi cado tanto como
Kenneth Bae como por Pae Jun-ho,
foi condenado por ter cometido ac-
tos contra o Governo daquele país,
com o objectivo de derrotar o regime
comunista liderado por Kim Jong-un.
Bae é um operador turístico.
O New York Times explica que Ken-
neth Bae foi detido em Novembro de
2012, na cidade de Rason, no Nordes-
te da Coreia do Norte, juntamente
com outros cinco turistas vindos da
China. Foram considerados suspeitos
de praticarem ou planearem actos
Coreia do Norte condena americano a 15 anos de prisão com trabalhos pesados
contra Pyongyang. A BBC, citando
órgãos de comunicação norte-core-
anos, refere que Bae teria confessa-
do “crimes contra a Coreia do Norte,
incluindo a tentativa de derrube do
Governo”.
A condenação surge na mesma se-
mana em que o porta-voz do Depar-
tamento de Estado dos EUA, Patrick
Ventrell, tinha apelado à “libertação
imediata” do suspeito, invocando
“razões humanitárias”. Também em
Janeiro, o embaixador norte-ameri-
cano na ONU, Bill Richardson, enviou
uma carta ao Governo de Kim Jong-
un, mas as autoridades daquele país
não permitiram uma reunião.
Este caso também está a ser visto
pelos observadores como uma for-
ma de Pyongyang conseguir atingir
alguns objectivos. Isto porque desde
Abril que o país tem vindo a impor
condições para retomar o diálogo
com Seul e Washington.
ReligiãoAna Fonseca Pereira
Península Coreana
Pela primeira vez na história, o Vaticano alberga dois Papas. Ambos dizem que tal não será problema
FILIPPO MONTEFORTE/AFP
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OM
G: Ó
timo
na M
inha
Gar
agem
.
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | CIÊNCIA | 27
ENRIC VIVES-RUBIO
Híbridos dos vírus de gripes aviária e humana transmissíveis em mamíferos
Receia-se que os vírus da gripe das aves e o da gripe humana possam um dia combinar-se nos porcos
A revista Science publica hoje dois
estudos sobre manipulações genéti-
cas do vírus da gripe das aves H5N1.
Num deles — talvez o mais preocu-
pante —, os autores mostram que
basta realizar um número sufi cien-
te de misturas diferentes dos genes
de um vírus desta gripe aviária e dos
genes de uma gripe humana para
que alguns dos vírus resultantes se
tornem uma potencial ameaça glo-
bal para a nossa saúde. No outro,
uma outra equipa desvenda algumas
das alterações de estrutura, ao nível
de uma das proteínas do vírus, que
poderão facilitar a entrada, nas cé-
lulas das vias respiratórias humanas,
de um vírus H5N1 mutante, criado
no laboratório e transmissível entre
mamíferos por via aérea.
Ambos os estudos são assinados
por cientistas chineses, país que
tem estado debaixo dos holofotes
das autoridades de saúde interna-
cionais por causa do mais recente
vírus de gripe aviária, o H7N9, sur-
gido há pouco mais de um mês. E a
sua publicação acontece após o fi m
da moratória (auto-imposta pelos
próprios cientistas do mundo in-
teiro envolvidos em manipulações
genéticas do H5N1) que pesava sobre
a criação de mutantes do H5N1 com
uma “preferência” pelos mamíferos
(ver Especialistas retomam investiga-
ção com vírus mutantes da gripe das
aves, PÚBLICO de 24/01/2013).
Diga-se já agora que, apesar de a
moratória ter acabado numa série de
países (entre os quais a China e vá-
rios países europeus), a questão não
está resolvida. Em particular, os EUA
ainda não permitem o fi nanciamen-
to deste tipo de investigações com
dinheiros públicos. E também não é
um assunto pacífi co, com muitos bi-
ólogos a criticar essas experiências,
argumentando que o vírus H5N1 é
altamente letal (mata 60% dos do-
entes) e que é portanto irresponsá-
vel arriscar uma fuga acidental de
vírus mutantes para o ambiente. A
isto, os defensores das controversas
pesquisas respondem que é indis-
pensável fazer este tipo de estudos
para perceber, antes que seja tarde
de mais, em que condições poderá,
um dia, vir a surgir um vírus H5N1
com potencial pandémico.
Todavia, não há por enquanto
qualquer sinal de que este vírus —
transmitido apenas por contactos
entre aves e pessoas — já tenha so-
frido “rearranjos” genéticos na na-
tureza que o tornem mais susceptí-
vel de saltar directamente de uma
pessoa para outra. Mas é um facto
que as pandemias de gripe humana
costumam surgir na sequência de
“rearranjos” de vírus distintos num
hospedeiro comum: o porco. Ora,
como explica a Science, existem indí-
cios de que o H5N1 é capaz de infec-
tar os porcos; e sabe-se que o vírus
H1N1 da gripe humana de 2009 veio
dos porcos. Pergunta: seria possível
que uma mistura desses dois tipos
de vírus se tornasse transmissível
por via aérea entre mamíferos?
À procura de respostas, Ying
Zhang e colegas, da Academia Chi-
nesa de Ciências Agrícolas, criaram
127 “rearranjos” de um vírus H5N1
vindo dos patos e do vírus H1N1 cau-
sador da pandemia de gripe humana
de 2009. E descobriram que alguns
deles eram transmissíveis, pelos es-
pirros, entre porquinhos-da-índia.
Isso não signifi ca que exista um
perigo iminente. Os rearranjos de
genes virais demoram muito mais
a acontecer espontaneamente do
que no laboratório; e os porquinhos-
da-índia não são um bom modelo
para estudar a gripe humana, por
que são mais facilmente infectáveis
pelos vírus naturais da gripe aviária
do que outros mamíferos.
No segundo estudo hoje publica-
do, Wei Zhang, da Academia Chinesa
das Ciências, e colegas, estudaram
por cristalografi a de raios-X a estru-
tura molecular da proteína viral HA,
que estabelece o primeiro contacto
dos vírus da gripe com os tecidos
respiratórios das suas vítimas po-
tenciais. Queriam detectar diferen-
ças entre a proteína HA do H5N1 das
aves e a de um vírus H5N1 mutante,
criado por cientistas na Holanda e
transmissível entre furões por via
aérea (um dos trabalhos, aliás, que
esteve na origem, em 2012, da gran-
de controvérsia que culminou na já
referida moratória). Agora, os cien-
tistas chineses descobriram de facto
diferenças na orientação dos átomos
das duas versões da proteína — um
resultado que, concluem, fornece
pistas para perceber melhor o quão
facilmente um vírus das aves pode-
ria vir a ameaçar a nossa espécie.
Misturem-se de muitas maneiras os genes do temível vírus H5N1 das aves e do vírus H1N1 causador da pandemia de gripe humana de 2009... e alguns desses “rearranjos” poderão ser mesmo perigosos para nós
Manipulações genéticasAna Gerschenfeld
28 | MUNDO | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
Eric Frattini“Francisco é chefe do Estado do Vaticano. O que é que ele pode fazer?”O novo Papa é um homem que vem de fora da Cúria, do fi m do mundo, mas os primeiros sinais políticos “não são bons”. É muito difícil fazer mudanças, como se viu com Ratzinger, principalmente no banco do Vaticano. Por Sofi a Lorena
Já trabalhou para
jornais e foi
correspondente em
Jerusalém; agora
divide-se entre
as investigações
para os livros e
as conferências
sobre segurança
e terrorismo. Já
escreveu sobre a Mossad, a máfi a
siciliana, a CIA e Osama bin
Laden. Um dia tropeçou num
dossier sobre os serviços secretos
do Vaticano na biblioteca do
quartel-general da CIA, escreveu
a Santa Aliança e nunca mais
parou: “O Vaticano daria para
uns 15 volumes.” O espanhol Eric
Frattini veio a Lisboa para lançar
a edição portuguesa de Os Abutres
do Vaticano (Bertrand), que
escreveu depois de ter recebido 47
cartas do Papa, parte dos milhares
de documentos do escândalo
conhecido como Vatileaks.
Tinha imaginado que o
Vaticano seria um dos seus
temas de trabalho?
Eu já tinha lido muito sobre
o Vaticano. Até João Paulo
II, o enterro de um pontífi ce
era secreto, os leitores que se
interessam sobre o tema, os
católicos, não sabiam que um
Papa estava doente, que tinha
cancro, que lhe doía o estômago.
Um Papa também morre, mas
quando chegava a notícia era uma
grande surpresa. Para o Vaticano,
tudo o que não é sagrado é secreto.
E isso é que me despertou a
curiosidade. Comecei a investigar e
encontrei muitíssimos documentos.
Quais são as diferenças entre os
serviços secretos do Vaticano
e as agências dos países
convencionais?
Os do Vaticano são os mais antigos
e os que têm a maior rede de
informadores. Da Mossad diz-se
que cada judeu é um informador,
agora imagine que cada religioso
colocado em qualquer selva no
mundo… Dizem que o seu lema
não ofi cial é “da Amazónia ao
deserto, do deserto a Nova Iorque,
de Nova Iorque ao Vaticano”.
São mais efi cientes?
Simon Wiesenthal, o famoso caça-
nazis, disse que eram os serviços
secretos mais bem informados.
Mas ocupam-se das mesmas
actividades. Já apoiaram golpes
de Estado, ditaduras.
Claro, vendem armas a ditadores,
têm sociedades fi nanceiras em
paraísos fi scais. A mim acusam-
me de ser anticatólico, o que é
um disparate, não sou crente mas
anticatólico também não. Eu não
falo de religião, os meus livros são
sobre política do Vaticano.
Para mim é igual. Em relação
ao Vaticano, as críticas vêm dos
meios de comunicação católicos
e dos vaticanistas retrógrados.
Ficaram lixados por eu ter escrito
em Outubro que o Papa poderia
renunciar, entraram em histeria, foi
de morrer a rir. Disseram “um Papa
não renuncia, um Papa morre… o
último que renunciou foi Celestino
V”. E eu, “sim, um Papa morre,
morremos todos, mas este está a
dar sinais de que pode renunciar”.
É Francisco que vai reformar o
Governo do Vaticano, a Cúria?
Eu não espero nada.
Porquê?
Por causa do comité [nomeado
pelo Papa para o aconselhar
sobre a reforma], que é presidido
por Giuseppe Bertello [chefe
da Comissão Pontifícia para o
Estado da Cidade do Vaticano].
Em Dezembro de 2010, o Papa
lançou uma lei a dizer que todos
os departamentos fi nanceiros
tinham de abrir os dossiers aos
auditores do Conselho da Europa.
Misteriosamente, em Abril de
2011, o senhor Bertello emitiu um
decreto a determinar que só alguns
livros de contas seriam abertos.
Bertello representa a Cúria no
comité, mas há nomeados muito
diferentes. Acredita que ele vai
controlar o trabalho do comité?
Sim, mas não é só isso. No comité
também está um senhor que
se chama [Francisco Javier]
Errázuriz [Ossa], que encobriu
casos de pedofi lia no Chile. É
este senhor que vai falar de
reforma da Cúria? No comité
está um senhor que se chama
[Oscar Rodríguez] Maradiaga, o
arcebispo de Tegucigalpa, que é
um senhor sodanista [seguidor do
ex-secretário de Estado e actual
decano do Colégio Cardinalício
Angelo Sodano] até ao tutano, só
faz o que lhe diz Sodano.
Francisco é argentino. Disse
várias vezes que só um Papa
italiano poderia realmente
reformar a Cúria. A inclusão
desses nomes não pode fazer
parte das cedências que o Papa
tem de fazer para conseguir
mudar seja o que for? Afi nal,
ele vem do fi m do mundo.
Sim, quando ele disse que vinha
do fi m do mundo não estava a falar
da Argentina, estava a dizer que
vinha de muito longe da Cúria.
Efectivamente, é um homem que
vem de fora da Cúria.
Entrevista
Se ele suspender o banco, se afastar toda a cúpula de Angelo Sodano ou de Tarcisio Bertone, aí sim, vou acreditar
É isso que o Vatileaks mostra,
que o Vaticano é um Estado
como os outros.
Claro, com a sua corrupção, as suas
coisas boas e as suas coisas más, os
seus políticos. São todos políticos.
A diferença é que em Portugal há
milhões de eleitores e ali votam
115 [número de cardeais no
conclave que elegeu Francisco]. As
campanhas são iguais, a diferença
é que os políticos portugueses
gastam em cartazes enquanto eles
passam o tempo em negociações
no pré-conclave. “Tu apoias-me
se eu te apoiar para secretário de
Estado?” As congregações são isso.
É mais fácil lidar com as
críticas quando em causa
está um país qualquer ou o
Vaticano?
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | MUNDO | 29
Não pode ser uma estratégia?
Não sei, a reverência com que se
apresenta aos crentes, a pedir-lhes
que o abençoem, é um enorme
sinal de humildade. Mas os sinais
políticos não são bons. Este comité
não é um bom começo.
E é possível mexer no IOR, o
banco do Vaticano? Ratzinger
deixou o seu secretário de
Estado, Tarcisio Bertone,
protagonista do Vatileaks, com
quase todo o poder.
O poder está na AIF, a Autoridade
de Informação Financeira, que
controla tudo, e na mesma semana
em que saiu Bento XVI confi rmou
todo o conselho regulador da AIF,
onde está Bertello, Bertone, e
Attilio Nicora. Assim que assumiu
o cargo de presidente, Bertone
afastou Nicora, nomeando para o
seu lugar Domenico Calcagno, que
é um homem seu, é o presidente
da APSA [Administração do
Património da Santa Sé].
Como é que se explica que
Ratzinger tenha dado esse
poder a Bertone?
Era uma jogada. Ele sabia que
Bertone se reforma em 2014 e
contava que Nicora passaria a
controlar a AIF. Mas Bertone
garantiu que quando isso
acontecer será Calcagno a assumir
o seu lugar.
Sempre que alguém tentou
denunciar os problemas do IOR
foi afastado.
Sim, esperemos que este Papa
não caia no banho, nem tome café
adulterado. Vamos ver. Ele já fez
duas declarações públicas que são
muito complicadas para um Papa.
Disse “Jesus Cristo não precisou
de nenhum banco” e depois
perguntou porque é que o Vaticano
precisa de um banco se pode
trabalhar com bancos italianos.
Francisco tem alguma hipótese
contra Bertone, se realmente
quiser reformar o banco?
O conselho de administração
está dominado pelos homens
de Bertone, [o novo presidente]
Ernst von Freyberg é um homem
chefe do Estado do Vaticano, o que
é que ele pode fazer?
O pouco poder de Ratzinger
é o mais surpreendente nos
documentos?
Sim, o pouco poder e a sua solidão
enquanto tentava fazer reformas.
Eu sou um anti-Ratzinger, mas sou
um apoiante de Bento XVI, penso
que fi cará na História como um
revolucionário. Falhou, porque os
acontecimentos o ultrapassaram
ou porque a pressão da imprensa
com os casos de pedofi lia foi
demasiada. João Paulo II encobriu
tudo, o campesino polaco, como
eu lhe chamava, todos recordamos
a bênção que deu a Marcial Maciel
[acusado de inúmeros crimes de
pedofi lia]. Claro, é fundador dos
Legionários de Cristo, que têm
poder e muito dinheiro. João Paulo
II pensou “o que é que me importa
mais, o dinheiro que me dão os
Legionários ou as 5000 crianças
violadas por padres?”. Teve de vir
Ratzinger para condenar e afastar
Maciel.
BRUNO SIMÕES CASTANHEIRA
Não é um vaticanista. Gianluigi Nuzzi, autor de um livro a partir de centenas de documentos
do Papa, também não é. Os livros que expõem os segredos nunca vêm de vaticanistas.Isso acontece em todos os Estados. O melhor livro sobre corrupção política em Portugal não poderia ser escrito por alguém próximo dos socialistas ou dos sociais-democratas, faz mais sentido que seja escrito por alguém distante, que olha com a mesma frieza para uns e para outros.Mas não são só pessoas que vêm de fora, são jornalistas mais acostumados a investigar corrupção financeira, como Nuzzi, ou, no seu caso, a máfia italiana ou o terrorismo. Para quem está de fora, é sempre mais cómodo. Eu vim de fora, no sentido em que não sou um vaticanista, e continuo fora. É o que me acontece com o próximo livro, o meu próximo livro vai ser uma bomba atómica em Portugal. Sai em Março de 2014, estou a escrevê-lo a meias com o Luís Miguel Rocha, vai ser uma bomba, um choque para os portugueses.Porquê?Por causa das revelações que contém. É um livro de mais de 600 páginas só sobre Portugal. Vai ser um choque para os portugueses, quando descobrirem as coisas que revelamos, e vai ser um problema para os portugueses.Mas de que temas trata?De todos os temas, da política, essencialmente.E ocupa-se de um período específico?De 1943 a Dezembro de 2012. Não digo mais porque a Bertrand não me deixa. Mas vai ser dez vezes a bomba de Hiroxima em Portugal. Vai ser muito problemático para os políticos portugueses e vai ser um choque para os cidadãos de Portugal. Formamos uma grande equipa. Rocha é português e a investigação afecta-o mais. Eu vou notando isso, ele sente-se mais afectado, eu vejo tudo com muito mais distância, eu parei no Mário Soares, nem sequer sigo de perto a política portuguesa. Por isso, trato os acontecimentos mais friamente, o que é normal.
“Vamos publicar uma bombasobre Portugal”
de Bertone e amigo de Domenico
Calcagno. São estas pessoas que
vão regular o banco? Em 2009,
uma senhora com muito poder,
Hillary Clinton, disse ao Papa,
“Santidade, se vocês não resolvem
as coisas vamos ter de incluir
o banco numa lista negra do
Departamento do Tesouro, vocês
não cumprem nenhuma das 46
normativas que exige a legislação
internacional contra fraude,
branqueamento de capitais e
fi nanciamento do terrorismo”. Foi
depois disso que ele aprovou a tal
lei, mas ninguém lhe fez caso.
Faltam os actos, mas todo
o discurso do Papa sobre a
pobreza faz pensar numa
vontade de mudança.
Eu sou velho e pessimista. Se ele
suspender o banco, afastar toda a
cúpula de Sodano ou de Bertone…
aí sim, vou acreditar. Este Papa
é diferente, usa os seus sapatos
velhos, recusa carros blindados,
vai pagar a conta do alojamento
ao centro de Roma. Mas também é
30 | CULTURA | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
O cinema do futuro já chegou e desenha-se dia a dia nas nossas mãos
A cultura cinematográfi ca atravessa
um período dramático de transfor-
mação. A convergência dos forma-
tos fi lme e vídeo para o digital está a
modifi car o nosso entendimento do
cinema: por exemplo, a morte anun-
ciada do formato analógico.
O museu (de cinema ou de arte con-
temporânea) torna-se o último redu-
to da película e de um tipo de cultu-
ra cinéfi la. O festival de Oberhausen
propõe-se fazer até dia 7 de Maio
uma discussão eclética das questões
actuais do cinema. À semelhança
de outros eventos culturais como a
dOCUMENTA, este festival de curtas-
-metragens, que nasceu em 1954 no
contexto do pós-guerra europeu e se
inseriu numa política de renovação
cultural da Alemanha, é hoje um dos
mais importantes eventos dedicados
à curta-metragem, apresentando to-
dos os anos uma programação que
cruza as linguagens do cinema expe-
rimental com trabalhos em fi lme e
vídeo produzidos por artistas.
Esta capacidade de incorporar lin-
guagens e de resistir à possibilida-
de de se tornar um mega-evento —
o festival dura apenas cinco dias e
ocupa um único cinema — ajudou a
cimentar o seu culto. Atrai um pú-
blico fi el constituído por curadores
e programadores de galerias, centros
culturais, museus e festivais, e, por
isso, tem infl uência no panorama
internacional da imagem em movi-
mento. Para além das competições,
onde, por exemplo, Miguel Gomes
ganhou um dos seus primeiros pré-
mios (Entretanto, em 2000) e onde
Sandro Aguilar também já foi galar-
doado (SA Mercúrio, 2011), apresenta
todos os anos um programa temático
considerado premente pelo comité
do evento.
Se 2012 foi dedicado ao 50º aniver-
sário do manifesto de Oberhausen,
movimento que na década de 1950
possibilitou o aparecimento do Novo
Cinema Alemão (Fassbinder, Werner
Herzog ou Wim Wenders), este ano
observa-se o presente e tenta-se ima-
ginar possibilidades de futuro para a
imagem em movimento.
No interior da indústria, o digital
torna-se sinónimo de avanços tecno-
lógicos como o renovado 3D e a alta-
defi nição, modelos visuais cuja hiper-
realidade, paradoxalmente, torna as
imagens menos reais, mais abstractas
e distantes da vida quotidiana.
A este contexto junta-se a multipli-
cação de plataformas, exponencian-
do questões levantadas no passado
pela introdução do vídeo domésti-
co relativamente ao monopólio do
auditório como espaço privilegiado
de recepção. A novidade, agora, é o
acesso a softwares de edição (Final
Cut ou Adobe Premiere) e instru-
mentos multifunções de captação
e recepção (câmaras, telemóveis,
computadores ou tablets), que, em
simultâneo, possibilitam um acesso
móvel às imagens.
O desenvolvimento da Internet ex-
pande o impacto destas inovações,
possibilita uma troca e acesso que
estimulam uma gramática visual leve
e de fraca qualidade — por exemplo,
o YouTube. Estas imagens “pobres”,
resultado de processos de reconver-
são e disseminação, são também uma
reacção à excelência técnica da alta-
defi nição e do 3D que caracteriza a
cultura visual contemporânea e o
segmento dominante da produção
cinematográfi ca actual.
Que pistas para o futuro?A transformação é estrutural e en-
volve todo o circuito: produção, dis-
seminação/transmissão e consumo.
Somos testemunhas de uma profu-
são de diferentes modelos visuais que
produzem uma nova cultura com ten-
dências divergentes onde se incluem
objectos de fraca qualidade e grandes
produções de estúdio. As imagens são
hoje distribuídas por canais de maior
ou menor alcance, consumidas co-
lectivamente em auditórios e em pe-
quenos ecrãs individuais, projectadas
em grandes dimensões e recebidas
via streaming no caminho para casa.
Esta multiplicação de possibilidades
de consumo alterou o nosso relacio-
namento com a imagem em movi-
mento. O programa de Oberhausen
mergulha nesta coexistência eclética
em busca de pistas para o futuro.
DR DR
Este ano no Festival de Oberhausen, na Alemanha, observa-se o presente e tenta-se imaginar possibilidades de futuro para a imagem em movimento na era da Internet e das redes sociais
Cinema João Laia
A ideia que serve como fi o condu-
tor é Flatness, palavra ambígua que
se pode querer referir à qualidade
daquilo que é “linear”, “plano” ou
“comprimido”. A curadora Shama
Khanna utiliza-a como característica
da gramática visual contemporânea,
já que reúne o lado abstracto da al-
ta-defi nição e a fraca qualidade dos
produtos web. Flat remete imediata-
Monologue,de Laure Provost (2009) e o cartaz do Festival de Oberhausen 2013 (à esquerda).
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | CULTURA | 31
mente para o facto de a imagem se ter
transformado em qualquer coisa de
material, uma superfície táctil, o que
é utilizado por diversos artistas que
repensam a imagem em movimen-
to como objecto, materializando-a
através de diversas estratégias rela-
cionadas com o ruído visual onde a
pixelização ou o glitch ( a falha) são
procedimentos habituais.
No contexto do programa, Fla-
tness torna-se também uma ideia
que permite pensar a nossa reacção
mais distanciada, menos atenta ou
mais plana com as imagens. O título
sublinha a dialéctica entre o primei-
ro plano/superfície (foreground) e o
fundo/cenário/representação (back-
ground) da imagem: a sua fraca qua-
lidade (em resultado de manipulação
ou compressão) ou a sua crescente
abstracção (através da referida hi-
per-realidade que diminui a carga
representacional) possibilitam uma
refl exão sobre o contexto da imagem.
Esta pesquisa redirecciona a nossa
atenção para elementos presentes na
imagem, mas que normalmente pas-
sam despercebidos e também para
etapas habitualmente excluídas do
produto fi nal.
Desta forma, Flatness apresenta se-
melhanças com a metodologia de um
cineasta como Robert Bresson (1901-
1999), caracterizada por um ascetis-
mo emocional, uma contenção dos
sentimentos das personagens, o que
expõe o sistema de valores utilizado
durante o acto de olhar: o espaço dei-
xado em aberto pela contenção nar-
rativa e emocional passa a ser preen-
chido pela especulação da audiência
sobre o contexto interno e externo da
imagem e sobre a situação social e cul-
tural em que se encontra. Esta forma
de interacção sublinha a importância
das condições de visionamento, en-
fatizando a diferença entre a experi-
ência colectiva do auditório e os mo-
delos individuais multiplicados pelas
recentes inovações tecnológicas.
Flatness dá importância extrema
ao contexto de recepção, utilizando
o formato colectivo do festival como
forma de oposição à recente indivi-
dualização do consumo de cinema.
Strike, de Hito Steyerl (2010) passa no festival onde há também espaço para performances e conversas, debates e conferências
DRNeste sentido, o programa, concebi-
do em colaboração com os artistas
Ed Atkins, Anthea Hamilton e Oliver
Laric, pode ser incluído na tendência
em curso na arte contemporânea, e
em termos mais gerais no campo so-
cial como um todo, de um regresso
a formas de organização e produção
assentes em formatos cooperativos.
Entre os fi lmes apresentados des-
tacam-se Versions (2012), de Oliver
Laric, que analisa a questão seminal
da originalidade no interior da cultura
visual contemporânea, ou Stopover in
Dubai (2011), de Chris Marker, feito a
partir de gravações das câmaras de
segurança de um hotel no Dubai e re-
tratando os movimentos de um grupo
de assassinos políticos nas horas que
antecedem a morte do comandante
do Hamas Mahmoud Al-Mabhouh.
São ainda exibidos trabalhos de Ga-
briel Abrantes, Martin Arnold, Karl
Holmkvist, Takeshi Murata, Rachel
Reupke, Eric Rohmer, John Smith
ou Stan Vanderbeek. Em paralelo
são apresentados cinco programas
dedicados ao trabalho de um reali-
zador/artista, casos de Laure Provost
e Luther Price, que são exemplos do
ecletismo da produção actual. Há
também espaço para performances e
conversas, debates e conferências que
estendem as questões levantadas na
sala do cinema e pretendem activar o
potencial colectivo das sessões.
Não é a primeira vez que o festi-
val refl ecte sobre o presente e futuro
do cinema. Em 2007, sob a direcção
de Ian White e em colaboração com
Achim Borchardt-Hume, AA Bronson,
Mary Kelly, Mark Leckey e Emily Pe-
thick, o programa Kinomuseum (algo
como Cinemamuseu) propunha um
novo formato de exibição resultan-
te da fusão entre cinema e museu,
refl ectindo o movimento actual de
incorporação de uma parte da cultu-
ra cinematográfi ca na esfera da arte
contemporânea.
Flatness continua esta perspectiva
de especulação, adicionando toda a
parafernália de aparelhos móveis e
as suas consequências em termos
da forma como as imagens são (re)
produzidas e interpretadas. Funciona
como um instrumento para repensar
a imagem em movimento, de olhos
postos no futuro mas com bases só-
lidas no passado, que é aqui reinter-
pretado à luz de desenvolvimentos
actuais. O extenso programa apresen-
ta uma coexistência temporal, temáti-
ca e formal que refl ecte a pluralidade
da cultura visual contemporânea. O
cinema do futuro na realidade já che-
gou e continua a desenhar-se todos
os dias nas nossas mãos.
O misógino, o polémico, o grande
provocador Lars von Trier lançou
nesta semana mais uma acha para a
fogueira em que parece querer trans-
formar o seu iminente Nymphoma-
niac: um poster com dois parêntesis
apenas, encimado pela frase “esque-
ça o amor”, para o novo fi lme com
Charlotte Gainsbourg e Shia LaBeouf.
Nymphomaniac é um dos títulos que
mais expectativa estão a gerar este
ano. O plano do realizador dinamar-
quês é que este seja um projecto em
duas partes – duas longas-metragens
em torno da ninfomaníaca Joe.
Duas semanas antes de começar o
Festival de Cannes, surge a imagem
do que pode ser entendido como
uma alusão gráfi ca à vagina num car-
taz promocional. O fi lme tem estreia
agendada para 30 de Maio na Dina-
marca e, nos meses seguintes, para
os mercados sueco, francês, holan-
dês, brasileiro, alemão e russo. Mas
segundo o site Indiewire, o poster e
a sombra dos parêntesis que evocam
a anatomia feminina poderão andar
por Cannes. Como anuncia o até ago-
ra parco site do fi lme, haverá novida-
des sobre Nymphomaniac, a crónica
na primeira pessoa da vida sexual
da protagonista (Gainsbourg) desde
a infância até aos 50 anos, a 16 de
Maio — o segundo dia do Festival de
Cannes. Talvez um primeiro trailer
de uma campanha que a Zentropa,
a produtora de Von Trier e de Peter
Aalbæk Jensen, prevê que dure oito
meses, segundo a revista Hollywood
Reporter. A ideia dos criadores da
campanha, Maria Biilmann e Phillip
Einstein Lipski, foi “destilar a intimi-
dade e a obscenidade do fi lme até à
sua forma mais simples”. E prome-
tem libertar, citados pela Hollywood
Reporter, “uma peça de arte gráfi ca
sexy de cada vez”.
Lars von Trier e a vagina entre parêntesis
CinemaJoana Amaral Cardoso
Breves
Dança
Prémios
Feira
Companhia de Pina Bausch com nova direcção
Bienal de Veneza premeia música e teatro
Recorde de vendas no Pavilhão de Portugal em Bogotá
Lutz Förster assumirá a direcção da companhia, após o pedido de renúncia do filho da coreógrafa Robert Sturm e do bailarino Dominique Mercy, seu assistente em algumas peças, que haviam assumido a direcção após a morte de Bausch em 2009. A nova direcção apresentará, já em Junho, o programa que celebra os 40 anos da companhia e promete novas criações para a temporada 2015/2016.
A compositora russa Sofia Gubaidulina e o encenador italiano Romeo Castellucci irão receber o Leão de Ouro de carreira. Pelo inconformismo das suas escolhas estéticas, a compositora que definiu a sua música como “irresponsável”, é homenageada pelo modo como lutou contra o poder político na antiga URSS. Castellucci será celebrado por ter “criado estados oníricos em representações de excelência”.
A livraria do Pavilhão de Portugal durante a Feira Internacional do Livro de Bogotá (FILBo) vendeu mais de 10.500 livros de autores portugueses e segundo a organização “bateu todos os recordes de vendas nos 26 anos de FILBo” (o Brasil em 2012 vendeu 8 mil). Entre os mais vendidos: Saramago, seguido de Pessoa, Afonso Cruz e do catálogo da exposição Como as Cerejas.
32 PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013CLASSIFICADOS Tel. 21 011 10 10/20 Fax 21 011 10 30De seg a sex das 09H às 19HSábado 11H às 17H
Edif. Diogo Cão, Doca de Alcântara Norte,1350-352 Lisboa
Mensagens
OBJECTIVO E FUNDAMENTO DA CITAÇÃONos termos e para os efeitos do disposto no art.º 248.º e ss. do Código de Processo Civil (CPC), correm éditos de 30 (trinta) dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citan-do Luís Correia Pereira e Rosa Maria Pinheiro, com domicílio conhecido na 5 Rue Dr. Menard, 93160 Noisy-Le-Grand, França, para no prazo de 30 (trinta) dias, fi nda a dilação de 30, decorrido que seja o dos éditos, querendo, deduzir oposição ao inventário, impugnar a legitimidade dos interessados citados ou alegar a existência de outros, impugnar a competên-cia do cabeça-de-casal ou as indicações constantes das suas declarações.A cópia dos documentos encontram-se à disposição dos citandos na Secretaria do Tribunal de Torres Novas.Seguindo junta a relação de bens, pode ainda, no mesmo prazo, reclamar da mesma.Ficam advertidos de que só é obrigatória a consti-tuição de advogado caso se suscitem ou discutam questões de direito e ainda em sede de recurso.
A Agente de Execução - Cristina FerreiraRua Engenheiro Duarte Pacheco, n.º 157, 2380 Vila MoreiraTelf. 249 822 158 - Fax 249 811 082 - [email protected]
Público, 03/05/2013 - 2.ª Pub.
CRISTINA FERREIRAAgente de Execução
Cédula 3488
TRIBUNAL JUDICIAL DE TORRES NOVAS
EDITAL DE CITAÇÃOA CITAR: Luís Correia Pereira e Rosa Maria Pinheiro
Processo de InventárioProcesso N.º 760/10.0TBTNV
Requerente: Luís Pereira VieiraInteressados: Luís Correia Pereira e
Rosa Maria Pinheiro
Constrangimentosde trânsito na A24
Lanço: Lamego - Bigorne
KM 104+350 a KM 104+600 (Sul-Norte)
de 06-05-2013 a 31-05-2013
A Norscut informa que o tráfego estará condicionado
no troço e data acima indicados.
Os trabalhos estarão devidamente sinalizados no
local.
Agradecemos a compreensão dos utentes por
eventuais transtornos causados no decorrer dos
trabalhos.
Número de Apoio ao utente: 808 24 00 24
MOMENTSCENTRO MASSAG.P/cavalheiro bom gosto.Amb. clim. Novidades.Tel.: 92 442 50 94 21 354 52 49
MASSG. ANTI-STRESS - Modeladora,atend. domic/ gab. pró-prio. Linha Cascais.Telm: 91 285 55 68 91 700 63 22
PEDRO ACOMP. LUXOAtend mulheres, casais,ap. luxo. Fotos:www.classificadosx.netTelm: 92 732 41 52
DE: PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA GERALPARA: TODOS OS ASSOCIADOS
Sindicato
Nacional do
Pessoal de
Voo da
Aviação
Civil
Convocatória n.º 05
Dando cumprimento aos Estatutos, nomeadamente no que diz respeito aos Artigos 42º, 43º e alínea a) do Artigo 44º, convoco os Associados do SNPVAC para se reunirem em ASSEMBLEIA GERAL ESPECIAL, no próximo dia 20 DE MAIO, pelas 14H00 no HOTEL VIP EXECUTIVE ZURIQUE, na Rua Ivone Silva, 18, em LISBOA (Junto à 5 de Outubro).
ORDEM DE TRABALHOS
PONTO 1 - Discussão e votação na especialidade dos artigos 72, 74 e 75,
correspondentes às propostas A e B e que não obtiveram consenso pela
Comissão de Redacção.
PONTO 2 - Ratificação dos artigos da proposta de alteração dos Estatutos
redigida e aprovada pela Comissão de Redacção, em conformidade com a
deliberação da AG Especial de 18/07/2012.
DOCUMENTO EM ANEXO
NOTA: Esta Assembleia reunirá no dia e hora designada de acordo com o ponto
2 do Artigo 43º ou uma hora depois em conformidade com o ponto 4 do mesmo
artigo.
A Presidente da Mesa da Assembleia GeralIsabel Maria dos Santos Dente
13.04.22
Publicado em 3 Jornais diários
TRIBUNAL DE FAMÍLIA E MENORES E DE
COMARCA DE CASCAIS1.º Juízo Cível
Processo: 5169/11.6TBCSC
ANÚNCIOAção de Processo OrdinárioAutora: Isabel ManuelRéu: António Paes do AmaralNos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, conta-dos da data da segunda e última publicação do anúncio, citando:Réu: António Paes do Amaral, esta-do civil: solteiro, NIF - 207964041, domicílio: Prt. Moçambique Lt. 15, R/c Dt.º, Alcabideche, 2645-270 Alcabideche, com última residên-cia conhecida na(s) morada(s) indicada(s) para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos édi-tos, contestar, querendo, a ação, cujos factos articulados pelo(s) autor(es) consistem na dissolução da união de facto entre autora e réu; ser atribuída à autora a casa de morada de família, decidindo a favor da mesma o direito ao arrendamento do imóvel, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais.Fica advertido de que é obrigató-ria a constituição de mandatário judicial.N/ Referência: 11222325Cascais, 09-04-2013.
A Juíza de DireitoDr.ª Emília Palma
A Ofi cial de JustiçaPaula Teixeira
Público, 03/05/2013 - 2.ª Pub.
JOVEM MASSAGISTA27A. Bonita, simpática,sensual. Mass. oriental/body. Apto. discreto.Hoteis 11/22h. 7Rios.Telm.: 916 142 861
JUÍZOS CÍVEIS DE LISBOA (1.º A 5.º)
3.º Juízo CívelProcesso: 4112/12.0TJLSB
ANÚNCIOAção de Processo SumárioAutor: Urban Science Us, Unipes-soal, LdaRéu: Luís Augusto Marques PaisNos autos acima identifi cados, cor-rem éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publica-ção deste anúncio, citando:Réu: Luís Augusto Marques Pais, NIF - 197724205, domicílio: Rua dos Açores, n.º 1, 1000-001 Lisboa com última residência conhecida na morada indicada para, no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a ação, com a cominação de que a falta de contestação importa a confi ssão dos factos articulados pela autora e que em substância o pedido consiste na condena-ção do réu ao pagamento de € 7.716,85, tudo como melhor cons-ta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais.Fica advertido de que é obrigató-ria a constituição de mandatário judicial.
N/ Referência: 13140326
Lisboa, 11-04-2013.
O Juiz de DireitoDr. Carlos Colaço Ferreira
A Ofi cial de JustiçaMaria Amélia Gonçalves Dias
Público, 03/05/2013 - 2.ª Pub.
ANA FONSECA,LICENCIADA - 36 anos,bonita, meiga, convivec/ cavalheiro de nível.Telm: 93 656 90 94
Odalt, Investimentos Imobiliários, Lda.Processo 9183/12.6YYLSB
Bens móveis que se encontram no armazém, sito em Rua dasFazendas Novas, Quinta Verde, Lote 8, Fração C, Benavente.
Verba 1 - Um lote composto por máquina encadernadora CB600DL, má-quina “UNIBINDYS”, ar condicionado “Samsung” (cor branca), 10 mesas com tampo em fórmica branca (formato trapézio), 7 cadeiras forradas a azul, 1 cavalete, 1 cesto plástico para lixo, 1 ventoinha de computador “Intel” (componente), 2 caixas de papel com vários frascos de vidro e embalagens/garrafas plásticas.Verba 2 - Um lote composto por estabilizador de corrente (UPS), máquina de calcular com rolo, 3 quadros de parede, 1 quadro eléctrico, 1 monitor “Samsung”, 1 teclado, rato, 1 secretária, 1 cadeira.Verba 3 - Um lote composto por 15 estantes tipo handy com 4 prateleiras e com centenas de pastas de arquivo, 6 motores de ar condicionado “Sa-msung”, caixa de computador LG (sem alguns componentes), 2 monitores “LG”, impressora “Epson”.Verba 4 - Um lote composto por bengaleiro metálico, 3 estabilizadores de corrente (UPS) “Netway”, 3 computadores “LG”, impressora Epson DFX5000+, 19 secretárias com 2 gavetas, 15 cadeiras com rodízios forradas a azul, 1 cadeira com rodízios forrada a pele preta, 6 módulos metálicos com 5 prateleiras, 6 cestos metálicos, monitor “Videoseven”, 2 monitores “Sam-sung”, 2 monitores “LG”, 2 monitores “Belinea”, 8 teclados, 6 telefones, 6 ratos, 1 calculadora “Casio” com rolo, 8 cestos plásticos para o lixo, bloco com 3 gavetas, bloco plástico com 5 gavetas, aparelho “Nanocolor 400D”, 2 computadores portáteis “Acer” (avariados) com mala, impressora multi-funções HP Laserjet 4345, impressora HP 4250N, 2 fax’s marca “Brother”, diversos livros técnicos/Catálogos, Cd’s, 3 ar condicionados “Samsung” cor branca (incrustados no tecto).Verba 5 - Um lote composto por impressora HP Laserjet 4250, impressora HP Laserjet P2015DN, móvel de apoio, estante metálica com 4 prateleiras, estante metálica com 5 prateleiras, ar condicionado “Samsung” cor branca, 2 secretárias, 2 cadeiras com rodízios, 2 blocos com 3 gavetas, máquina de etiquetas “Dymo”, 2 cestos plásticos, monitor “Flatron”, telefone, rato, teclado, computador “LG”.Serão aceites propostas superiores a 85% do valor-base de 3.305,89€ (três mil, trezentos e cinco euros e oitenta e nove cêntimos).As propostas deverão ser apresentadas junto da fi rma encarregada de ven-da ODALT, Lda, com sede na Praça dos Pescadores, n.º 55-B, Fonte da Telha, 2825-278 Costa da Caparica. Telf/Fax: 212550407. E-mail: [email protected] eventuais interessados na apresentação de propostas e para qualquer assunto relacionado com a anunciada venda, deverá ser contactado o fi el depositário, Dr. Jorge Pinto, com domicílio profi ssional na Av.ª 5 de Outu-bro, n.º 175, 12.º, Lisboa. Telf. 217807940, que a pedido os deve mostrar.
INSOLVÊNCIA DE “João Ricardo & Irmãos – Produtos Agrícolas, Lda”
Tribunal Judicial de Peniche2.º Juízo Competência Cível
Processo de Insolvência nº 57/12.1TBPNI
Vai a Exm.ª Sr.ª Administradora da Insolvência, no supra-referenciado processo, proceder à venda nos termos que abaixo se explanam, do prédio que adiante se especifi ca e que é o seguinte: 1 - Prédio misto composto por armazém de rés-do-chão amplo e terra de cultura arvense, vinha e árvores de fruto, com a área coberta de 800m2 e descoberta de 11720m2, sito em Courela à Boa Vista ou Casal da Boa Vista, na freguesia de Ferrel, concelho de Peniche, des-crito na Conservatória do Registo Predial de Peniche sob o n.º 844 da dita freguesia e inscrito na matriz urba-na sob o art.º 2337.º da freguesia de Ferrel e rústica sob o art.º 29.º secção N da freguesia de Atouguia da Baleia. Valor mínimo: € 172.100,00.Qualquer interessado que pretenda visitar o identifi cado prédio, poderá contactar, para o efeito, a Sra. Administra-dora da Insolvência, telf. 21 446 70 77/8. As propostas de-verão ser formuladas por escrito, em carta registada dirigi-da a “João Ricardo & Irmãos - Produtos Agrícolas, Lda”, Rua Quinta das Palmeiras, n.º 28, 2780-145 Oeiras, até ao dia 17 de Maio de 2013 e deverão conter a identifi cação completa do proponente, acompanhadas de fotocópias do bilhete de identidade, cartão de contribuinte fi scal e/ou cer-tidão comercial da empresa.A Exma. Sra. Administradora da Insolvência e a Comissão de Credores, no dia 20 de Maio de 2013, pelas 15 horas e na indicada morada, apreciarão as ofertas apresentadas, reservando-se o direito de não aceitar as propostas rece-bidas que não atinjam os indicados valores mínimos. Caso existam propostas de igual valor será aberta licitação entre os proponentes.
Nos autos acima identifi cados, foi designado o dia 16-05-2013, pelas 13h45, naquele Tribunal, para abertura de propos-tas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem:Tipo de bem: Imóvel.Descrição: Fracção Autónoma designada pela letra Q, que corresponde ao terceiro andar esquerdo do prédio urbano, constituído em regime de propriedade horizontal, sito Quinta do Amparo, Iote 3, Portimão, freguesia e concelho de Porti-mão, inscrito na respectiva matriz sob o art.º 6627-Q, descrito na Conservatória do Registo Predial de Portimão sob o n.º 04131/040592-Q, com o valor tributário de 66.140,00 euros.Valor-base: 90.600,00 Euros (noventa mil e seiscentos euros).Só serão aceites propostas de melhor preço igual ou superior a 63.420,00 Euros, correspondente a 70% do valor-base.Deve ser junto à proposta um cheque visado à ordem da Agente de Execução, correspondente a 20% do valor-base do bem.É fi el depositário, que o deverá mostrar a pedido, o executa-do Ricardo Manuel Pinto Brissos, solteiro, maior, residente na Quinta do Amparo, Lote n.º 3 - 3.º esq.º, 8500-000 Portimão.
A Agente de Execução - Crisante Vieira LuzParque Empresarial Algarve Bloco 2B, 8400-431 Lagoa
Público, 03/05/2013 - 1.ª Pub.
ANÚNCIO
CRISANTE VIEIRA LUZAgente de Execução
Cédula n.º 2411
Processo n.º 3554/06.4TBPTMEXECUÇÃO COMUM
Exequente: Caixa de Crédito AgrícolaMútuo do Algarve, Crl
Executados: José Manuel Vilhana Brissos, Ricardo Manuel Pinto Brissos e Sulfl orestal -
Sociedade de Exploração Florestal, Lda.Valor: 107.860,27 €
Ref. Int.: PE - 79-2006 ptm
TRIBUNAL DE FAMÍLIA E MENORESE DE COMARCA DE PORTIMÃO
1.º Juízo Cível
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Évora - José Manuel Rebocho RicoRua do Raimundo, 4, 7000-508 - Tel. 266 705 629
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LEILÃOCCP - CASA DE CRÉDITO POPULAR, S.A., irá efetuar na Rua Arco Marquês do Alegrete, n.º 6-A, 1100-034 Lisboa, no dia 27 de maio de 2013, pelas 10H30, leilão de penhores sobre ouro, pratas, jóias e objetos diversos, ao abrigo do art.º 19.º do Decreto-Lei n.º 365/99 de 17 de setembro de 1999.
Os penhores dizem respeito às Agências da CCP - CASA DE CRÉDITO POPULAR, S.A., cujos contratos à data tiverem os juros vencidos e não pagos há mais de três meses.
É facultado ao público o exame dos objetos a leiloar no dito local durante as duas horas que antecedem o leilão.
Os objetos são arrematados no local e no estado em que se encontram.
Após cada licitação, caso o arrematante não liquide a totalidade do lote, ser-lhe-á exigido de imediato um sinal (em dinheiro ou cheque visado) nunca inferior a 40%, no ato da adjudicação.
Os lotes arrematados que não forem totalmente pagos no ato do leilão deverão ser levantados até 24 horas a partir da data do leilão, sob pena de ser anulada a venda com a perda do sinal.
Não serão aceites reclamações após a adjudicação dos lotes.
Lisboa, 29 de abril de 2013
A Administração
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Lote 142 – JORGE VIEIRA – 1922-1998“Sem título”escultura em terracota,assinada e datada de Julho de 1971Dim.: 31 cm
Leilão 148 – 6 de Maio de 2013 – 19h30Exposição - 1, 2, 3, 4 e 5 Maio 1 e 2: 10h-20h; 3 e 4: 10h-24h; 5: 15h-20hEntrada livre • Catálogos online e disponíveis na leiloeira
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CABRALMONCADALEILÕES
VARAS CÍVEISDE LISBOA
2.ª Vara CívelProcesso: 7404/03.5TVLSB
ANÚNCIOExecução Ordinária A Mm.ª Juíza de Direito Dr.ª Cristina Isabel Santos Coelho, da 2.ª Vara Cível - Varas Cíveis de Lisboa:Faz saber que correm éditos de 20 dias para citação dos credo-res desconhecidos que gozem de garantia real sobre os bens penhorados ao(s) executado(s) abaixo indicados, para recla-marem o pagamento dos res-petivos créditos pelo produto de tais bens, no prazo de 15 dias, fi ndo o dos éditos, que se começará a contar da data da afi xação do presente edital.Bens penhorados:TIPO DE BEM: VeículoMATRÍCULA: 83-02-QUDESCRIÇÃO: Volkswagen PassatPENHORADO EM: 23-05-2011 00:00:00PENHORADO A EXECUTADA: Teresa Luís Mateus Rainho Dourado. Estado civil: casada. Documentos de identifi cação: BI - 10800024, NIF - 210298677. Endereço: Quinta das Courelas, 20 - Pátio, 2685-000 Camarate.N/ Referência: 18541164Lisboa, 11-04-2013.
A Juíza de DireitoDr.ª Cristina Isabel Santos
CoelhoA Ofi cial de Justiça
Helena SilvaPúblico, 03/05/2013 - 2.ª Pub.
TRIBUNAL JUDICIALDE ELVAS
1.º JuízoProcesso: 232/12.9TBELV
Ação de Processo Ordinário
ANÚNCIOAutor: José Manuel Martins MirandaRéu: Fundo de Garantia Automóvel e outros.Fernando Taínhas, Mm.º Juiz de Direi-to do 1.º Juízo do Tribunal de Elvas:Faz saber que nos autos acima iden-tifi cados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação deste anúncio, citando o réu Francisco Bento Rita de Sousa, nascido em 27-09-1952, freguesia de Alvaiade (Santiago do Cacém), NIF - 166223549, BI - 02214707, com última residência conhecida na Rua 8, n.º 28, Ermidas, 7565-228 Ermidas - Sado - Santiago do Cacém, para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a ação, acima indicada, com a cominação de que a falta de contestação importa a confi ssão dos factos articulados pelo autor e que em substância o pedido consiste no pagamento ao autor da quantia de €: 125.250,00, acrescida de juros de mora, à taxa legal, a partir da citação e até integral pagamento, tudo como melhor consta do duplica-do da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais.Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.N/Referência: 2097792Elvas, 15/04/2013
O Juiz de DireitoFernando Taínhas
A Ofi cial de JustiçaM.ª Anunciação Castanheira
Público, 03/05/2013 - 2.ª Pub.
VENDA POR NEGOCIAÇÃO PARTICULARMEDIANTE PROPOSTAS EM CARTA FECHADA
Insolvência de: CLAUDINA MARIA CORREIA ALEXANDRE FARIA MOURATOProc. N.º 1389/12.4TBCLD – 3.º Juízo do Tribunal Judicial de Caldas da RainhaNo processo acima identifi cado foi designado o dia 13 de Junho de 2013, pelas 10.00 horas, no escritório da Administradora de Insolvência nomeada nos Autos supra iden-tifi cados, para a abertura de propostas que sejam recebidas até esse momento, pelos interessados na compra do seguinte Bem Imóvel:
BEM IMÓVELPrédio Urbano, composto de Edifício de 3 pisos, com 4 divisões em cada piso, com área total de 45m², sito na Rua do Arsário - Santa Maria da Devesa, freguesia de Santa Maria da Devesa, confrontando a Norte e Nascente com António do Carmo Dias, Po-ente com Rua do Arçário e a Sul com Largo da Fonte da Vila, descrito na Conservatória do Registo Predial Castelo de Vide sob o n.º 871/19961114, da freguesia de Santa Maria da Devesa, concelho de Castelo de Vide, e inscrito na respectiva matriz urbana sob o art.º n.º 808, com o valor patrimonial atual de 27.460,00€ determinado no ano de 2012, pelo valor-base de 27.460,00€ [vinte e sete mil quatrocentos e sessenta euros]. NOTAS:O bem pode ser visto mediante prévia marcação, a efectuar ao longo do dia 5 de Junho de 2013, entre as 15:00h e as 17.00h para o telefone 961395718.Não serão aceites propostas inferiores a 85% do valor indicado.As propostas deverão ser enviadas em sobrescrito fechado e lacrado com a indicação do Processo de Insolvência n.º 1389/12.4TBCLD do 3.º Juízo do Tribunal Judicial de Caldas da Rainha, à Administradora de Insolvência do Processo [Rua Conselheiro Luís de Magalhães, n.º 64, 4.º, AJ, 3800 – 239 Aveiro]. As propostas deverão ser recebidas até às 10.00 horas do dia 13 de Junho de 2013 e devem ser acompanhadas de cheque endereçado à ordem da massa insolvente de Claudina Maria Correia Alexandre Faria Mourato, no montante correspondente a 5% do valor-base anunciado, ou garantia ban-cária no mesmo valor. As propostas serão apreciadas pela Comissão de Credores e pelos Credores Hipotecários e, aceite alguma proposta, é o proponente ou preferente notifi cado para, no prazo de 15 dias, depositar a totalidade do preço em falta, sob a cominação de, não o fazendo, ser promovido perante o Juiz o arresto em bens sufi -cientes para garantir o valor em falta, acrescido das custas e despesas, sem prejuízo de procedimento criminal, sendo o proponente ou preferente, simultaneamente, exe-cutado naquele processo para pagamento daquele valor e acréscimos.
A Administradora de Insolvência - Alexina Vila Maior
INSOLVÊNCIA DE “CONSTRUÇÕES MP FREIRE e FILHOS, LDA.”
Tribunal da Comarca da Grande Lisboa-Noroeste SintraJuízo do Comércio
Processo n.º 16962/12.2T2SNT
Vai a Exma. Sra. Administradora da Insolvência, no su-pra referenciado processo, proceder à rectifi cação do anúncio de venda que foi publicado neste jornal, no dia 26 de Abril de 2013, no sentido de dar sem efeito a publicidade da venda referente à verba n.º 6 daquele anúncio que, por lapso, foi anunciada e que por enquan-to não pode ser objecto de venda, correspondendo à seguinte descrição:Fracção autónoma designada pela letra I, para habi-tação do prédio urbano em regime de propriedade horizontal, sito na Av. do Ultramar, lote 14, freguesia de Mina, concelho de Amadora, descrito na Conser-vatória do Registo Predial de Amadora sob o n.º 2611 da dita freguesia e inscrito na respectiva matriz sob o n.º 6231.ºAssim, fi cam avisados todos os interessados de que a fracção supra-identifi cada não é objecto de venda.
TRIBUNAL JUDICIAL DE SETÚBAL
3.º Juízo CívelProcesso: 1754/13.0TBSTB
ANÚNCIOInterdição / InabilitaçãoRequerente: Ministério Pú-blicoRequerida: Joaquina Mar-tins FernandesFaz-se saber que foi distri-buída neste tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em que é requerida Joa-quina Martins Fernandes, com residência em domicí-lio: Av.ª D. Pedro V, N.º 9, 7.º Dt.º, 2900-546 Setúbal, para efeito de ser decre-tada a sua interdição por anomalia psíquica.
N/ Referência: 12095292
Setúbal, 29-04-2013.
A Juíza de DireitoDr.ª Marina Branco Paulino
A Ofi cial de JustiçaMaria Dulce Esteveira
Teixeira
Público, 03/05/2013
TRIBUNAL DE FAMÍLIA E MENORES E DE
COMARCA DO SEIXAL3.º Juízo Cível
Processo: 2332/13.9TBSXL
ANÚNCIOInterdição / InabilitaçãoRequerente: Ministério Pú-blico do SeixalRequerido: Nelson Alexandre da Silva RosadoFaz-se saber que foi distribu-ída neste tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em que é requerido Nelson Alexandre da Silva Rosado, com residên-cia em domicílio: Rua Prof. Bento Jesus Caraça, Lote 13, 1.º Dt.º, Paio Pires, 2840-111 Seixal, para efeito de ser de-cretada a sua interdição por ANOMALIA PSÍQUICA.
N/ Referência: 10377616
Seixal, 02-05-2013.
A Juíza de DireitoDr.ª Laura Maria Dias
Godinho RaçõesO Ofi cial de Justiça
Cláudio Nuno Correia Barradas
Público, 03/05/2013
ABERTURA DO PERÍODO DE DISCUSSÃO PÚBLICA DA UNIDADE DE EXECUÇÃODO MONTE DE CAPARICA
A Câmara Municipal de Almada deliberou na Reunião de Câmara de 03/04/2013, aprovar dar início ao procedimento de delimitação da Unidade de Execução do Monte de Caparica e proce-der à abertura de um período de discussão pública da proposta de Unidade de Execução.
Assim nos termos dos n.ºs 3 e 4 do artigo 77.º, conjugado com o n.º 4 do artigo 120.º do Decreto-Lei n.º 380/99 de 22 de setembro (Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Ter-ritorial), com a redação conferida pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20/02, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 181/2009, de 07/08, e ainda pelo Decreto-Lei n.º 2/2011, de 06/01, dá-se início ao PERÍODO DE DISCUSSÃO PÚBLICA da Unidade de Execução do Monte de Caparica, de 30 dias contados 10 dias a partir da data de publicação do Aviso n.º 5338/2013 em Diário da República, 2.ª Série - n.º 77, de 19 de abril de 2013, com divulgação na comunica-ção social e na Internet da Câmara Municipal, encontrando-se os documentos disponíveis para consulta nos seguintes locais:
• Nas instalações da Direção Municipal de Planeamento, Administração do Território e Obras (DMPATO) – Avenida D. Nuno Álvares Pereira 67 – 2800-181 Almada, no horário compreen-dido entre as 8h30 e as 15h00;
• Na Junta de Freguesia da Caparica, sita no Largo da Torre, Monte de Caparica, 2829-503 Caparica, no horário das 9h - 12h00 e das 14h - 17h.
A formulação de reclamações, observações ou sugestões deverão ser feitas mediante reque-rimento dirigido à Sr.ª Presidente da Câmara Municipal de Almada, onde deverá constar a identifi cação do assunto, do subscritor, a identifi cação do local acompanhada de planta de localização e o objeto da exposição, até ao termo do referido período.
Nos autos acima identifi cados, foi designado o dia 13 de Maio de 2013 pelas 09H:30 horas naquele tribunal, para venda por abertura de propostas em carta fechada que sejam entregues até esse momento na secretaria, pelos interessa-dos na compra dos seguintes bens: Tipo de bens: Móveis. Verba 1 – 1 Plasma de marca Samsung constituído por 4 colunas, com comandos. O bem será ad-judicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 1.500,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 1.050,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por che-que visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 2 – Conjunto de 3 sofás em pele, com 2 cadeirões, 1 sofá de 2 lugares com os pés de metal. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 1.500,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 1.050,00 euros, correspon-dente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 3 – Mesa de sala de jantar em madeira de castanho com 6 cadeiras. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 500,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 350,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 4 – 1 Aparador em madeira de castanho com 2 portas, 4 gavetas com puxadores de metal. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 600,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 420,00 euros, corres-pondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 5 – 2 móveis bar em madeira de castanho com portas de vidro e puxado-res de metal com prateleiras de vidro. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 500,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 350,00 euros, correspon-dente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 6 – 1 móvel de sala de jantar constituído por portas de vidro e de madeira, puxadores de metal, 2 gavetas com cerca de 1.70 m largura e 1.95m de altura. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 800,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 560,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 7 – 1 móvel de sala de jantar em madeira de castanho, constituído por 2 colunas com portas de vidros e portas de madeira com cerca de 1.95 m de altura e 2m de largura, com o batente da porta de vidro partido. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 800,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 560,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompa-nhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 8 – 1 leitor de DVD de marca Pioneer com colunas com fi os de ligação. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 250,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 175,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 9 – 1 móvel de tv em madeira de castanho com 2 portas, 2 gavetas e com puxadores de metal. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fecha-da acima do valor-base de 300,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 210,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompa-nhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 10 – 1 mesa de apoio quadrada em madeira com 2 tampos em vidro. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 150,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 105,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 11 – 1 mesa de centro em madeira com tampa de vidro duplo. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 200,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 140,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à or-dem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 12 – 1 camiseiro em madeira de castanho com cerca de 1.10 m de altura e 1.20m de largura com 2 portas 5 gavetas com puxadores de metal e com rebordo frontal em metal. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 250,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 175,00 euros, correspondente a 70% do va-lor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 13 – 1 computa-dor de linha branca constituído por monitor de marca LG 900 teclado de marca LOGITECH, rato da mesma marca, gravador de DVD de marca IOMEGE e web-cam de marca CREATIVE. O bem será adjudicado a quem melhor preço ofere-cer em carta fechada acima do valor-base de 900,00 euros. Será aceite a pro-posta de melhor preço acima do valor de 630,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 14 – 1 impres-sora multifunções de marca HP modelo PSC 2210 de cor cinza. O bem será adju-dicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 300,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 210,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 15 – 1 impressora de marca EPSON modelo R300, para impressão de fotográfi cas. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 350,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 245,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no mon-tante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 16 – 1 televisão de marca WOR-TEN com cerca de 55 cm de diâmetro. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 150,00 euros. Será acei-te a proposta de melhor preço acima do valor de 105,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 17 – 1 leitor de DVD de marca MESCOM. O bem será adjudicado a quem melhor preço
oferecer em carta fechada acima do valor-base de 60,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 42,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 18 – 1 máquina fotográfi ca de marca CANON com tripé pequeno, 2 objetivas com cerca de 28-80mm e 58 mm. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 250,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 175,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 19 – 1 máquina fotográfi ca de marca FUJIFILM modelo INTEX 200. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 100,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 70,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 20 – 1 televisor de marca PHILIPS com co-mando. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fecha-da acima do valor-base de 50,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 35,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompa-nhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 21 – 1 leitor de DVD de marca BEST BUY. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 25,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 17,50 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompa-nhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 22 – 1 máquina de fazer comida BIMBY marca VOEWERK. O bem será adjudicado a quem melhor preço ofere-cer em carta fechada acima do valor-base de 300,00 euros. Será aceite a pro-posta de melhor preço acima do valor de 210,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 23 – 1 bate-deira de marca PHILIPS com copo de vidro. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 15,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 10,50 euros, corres-pondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 24 – 1 máquina de café marca KRUPS de cor creme. O bem será adjudi-cado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 90,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 63,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visa-do à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 25 - 1 caixa de madeira com 2 gavetas e com o tampo em vi-dro, a 1.ª gaveta com 16 canetas e a 2 gaveta com 15 canetas de várias cores e formatos. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 200,00 euros. Será aceite a proposta de me-lhor preço acima do valor de 140,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 26 – 1 caixa de madei-ra com 1 gaveta com o tampo em vidro, com 12 canetas de várias cores e for-matos. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 150,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 105,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acom-panhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montan-te de 5% do valor anunciado da venda. Verba 27 – 1 conjunto de 51 relógios de bolso de vários formatos e cores. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 200,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 140,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 28 – 1 sofá cama de cor laranja de 3 lugares. O bem será adjudicado a quem me-lhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 200,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 140,00 euros, corres-pondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 29 – 1 caixa de madeira com tampo em vidro com 2 gavetas com 15 canetas cada uma de vários formatos e cores. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 200,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 140,00 euros, corres-pondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 30 – 1 conjunto de 3 quadros grandes, 2 médios e 3 três de pequenas dimensões, com diversos motivos e cores. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 200,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 140,00 euros, corres-pondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 31 – 1 aparador com 6 gavetas em madeira com puxadores em madeira com 1.5 m de largura e 0.50 m de altura. O bem será adjudicado a quem me-lhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 400,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 280,00 euros, corres-pondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 32 – veículo automóvel de marca e modelo CITROËN C2 com a matrícu-la 65-35-XG com 032016 km de cor Bordeaux de 3 portas com o n.º de chassis VF7DMHFXB97084910 de 1100 cc de cilindrada. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer em carta fechada acima do valor-base de 10.000,00 euros. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 7.000,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado à ordem de Manuel Vaz de São Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. As propostas devem ser entregues em carta opaca e fechada na secretaria do Tribunal supra-identifi cado.É fi el depositário o Sr. Jorge Jesus, o qual deverá mostrar os bens móveis mediante marcação prévia, os mesmos encontram-se na Quinta dos Estrangeiros Pavilhão 110 – Venda do Pinheiro, Malveira.
O Solicitador de ExecuçãoManuel Vaz de São Payo
Público, 01/05/2013 - 1.ª Pub.
Manuel Vaz de São PayoAgente de Execução
Cédula n.º 3611
TRIBUNAL DE FAMÍLIA E MENORES E DE COMARCA DE LOURES2.ª VARA DE COMPETÊNCIA MISTA
Palácio da Justiça, LouresProc.: 3839/06.0TALRS-C - Execução Comum
Exequente: SAINT GOBAIN SEKURIT PORTUGAL - VIDRO AUTOMOVÉL SAExecutados: RUI MANUEL DA SILVA COIMBRA E OUTRO(S) …
ANÚNCIO
34 | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
FICAR
CINEMAMuniqueTítulo original: MunichDe: Steven SpielbergCom: Eric Bana, Daniel Craig e Ciarán HindsEUA, 2005, 164 minHollywood, 23h15Em Setembro de 1972, um ataque
terrorista sem precedentes
desenrola-se perante 900 milhões
de telespectadores por todo
o mundo. Decorre a segunda
semana dos Jogos Olímpicos de
Verão, em Munique, na Alemanha
Ocidental – apelidados Jogos
da Paz e da Alegria – quando,
sem aviso, um grupo extremista
palestiniano, Setembro Negro,
invade a Aldeia Olímpica,
matando dois membros da equipa
israelita e capturando nove
elementos como reféns. A tensa
espera e o trágico massacre que
se segue são transmitidos pela
televisão perante uma audiência
internacional. Em “Munique”,
Steven Spielberg fala não só
dos trágicos acontecimentos de
72, mas também da retaliação
israelita que se seguiu, designada
como Operação Ira de Deus.
Avner é um jovem patriota
israelita, ofi cial dos serviços
secretos, que é contactado
por um ofi cial da Mossad.
É convidado a abandonar a
mulher grávida, abdicar da sua
identidade e embarcar como
infi ltrado numa missão que visa
perseguir e matar os 11 homens
acusados pela secreta israelita de
terem arquitectado o ataque em
Munique.
O Fantástico Homem-Aranha [The Amazing Spider-Man]TVC1, 21h30Peter Parker (Andrew Garfi eld)
é um adolescente inteligente
mas introvertido que iniciou há
pouco uma relação com Gwen
Stacy (Emma Stone), uma colega
de turma que, ao contrário de si,
é alegre e popular. Desde muito
cedo a viver em Nova Iorque,
com os tios May e Ben (Sally Field
e Martin Sheen), Peter cresceu
com o estigma do abandono dos
seus pais, que sente nunca ter
sido sufi cientemente explicado.
Certo dia, encontra uma mala
misteriosa que pertenceu ao
progenitor. Decidido a descobrir
tudo o que se possa relacionar
com o passado da sua família, o
jovem procura o Dr. Curt Connors
(Rhys Ifans), que terá sido
parceiro do pai no laboratório
Oscorp. Porém, essa viagem
ao passado terá o seu preço: o
perigoso confronto com Lagarto,
o terrível alter ego de Connors, e a
descoberta de segredos que mais
valeriam ter fi cado na sombra.
Quarto fi lme da saga Homem-
Aranha pela Columbia Pictures
e o primeiro a não ser realizado
por Sam Raimi, um reboot que nos
chega pelas mãos de Marc Webb
[(500) Days of Summer].
A Calúnia [Absence of Malice]AXN WHITE, 21h50Uma ambiciosa jornalista (Sally
Field) escreve um artigo sobre
Michael Gallagher (Paul Newman),
fi lho de um contrabandista
da máfi a, acusando-o de ser
responsável pelo desaparecimento
de um líder sindical. Gallagher é
um homem honrado, dedicado
a um negócio de importação de
bebidas alcoólicas, mas o poder
da imprensa é muito forte e as
coisas complicam-se... Um fi lme
de Sydney Pollack, com guião de
Kurt Luedtke (vencedor de um
Óscar pelo argumento de África
Minha, em 1986).
Os Noivos Sangrentos [Badlands]RTP2, 22h30Na sua primeira longa-metragem,
Terrence Malick inspirou-se num
caso verídico que ocorreu nos
EUA, nos anos 50. Kit (Martin
Sheen) é um jovem que trabalha
na recolha do lixo e namora
com Holly (Sissy Spacek), uma
adolescente de quinze anos.
O comportamento de Kit não
é propriamente exemplar e,
naturalmente, o pai da rapariga
(Warren Oates) opõe-se à relação
entre os jovens. Kit remove
facilmente esse impedimento,
matando o pai da rapariga,
perante o olhar impávido e sereno
desta. Depois, ambos iniciam
uma fuga de automóvel por vários
estados dos EUA. A história é
narrada parcialmente por Holly,
de forma desapaixonada.
Querido Frankie [Dear Frankie]TVC3, 22h30Para proteger o seu fi lho Frankie,
de nove anos, Lizzie inventou
uma história sobre o seu pai. Para
lhe apaziguar a curiosidade, conta
ao fi lho que o pai trabalha a bordo
de um navio e escreve-lhe cartas
em seu nome. No entanto, chega
fi nalmente o dia em que Lizzie
já não consegue fugir e terá de
escolher entre contar a verdade a
Frankie sobre o pai ou encontrar
o homem perfeito para assumir
esse papel. Realizado por Shona
Auerbach, com Emily Mortimer,
Jack McElhone e Mary Riggans.
SÉRIES
Diário de um Jovem MédicoTV Séries, 22h45Estreia. A vida de um jovem
médico (Daniel Radcliff e) numa
pequena vila na Rússia, em 1917.
A personagem contracena com
o seu eu mais velho ( Jon Hamm)
numa turbulenta viagem que
oscila entre a ingenuidade e a
voz da experiência. Obrigado a
lidar com pacientes demasiado
supersticiosos, o jovem médico
questiona a sua competência
e debate-se com o fardo da
responsabilidade. Com algum
humor e nostalgia, a sua
versão mais velha tenta guiá-
lo e aconselhá-lo no seu início
turbulento. Mas a medicina
mudou muito ao longo dos anos.
A série é baseada nas histórias de
Mikhail Bulgakov, que abandonou
Munique
Os mais vistos da TVQuarta-feira, 01
FONTE: CAEM
SICTVITVISICSIC
17,717,414,913,713,3
Aud.% Share
34,232,530,333,226,8
RTP1
2:
SICTVI
Cabo 32,0
Dancin' DaysBig Brother Vip: DiárioDestinos CruzadosAvenida BrasilJornal da Noite
11,2%%
2,3
23,4
22,7
30,7
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 35
a medicina para se dedicar à
escrita.
The Mob DoctorAXN, 20h36As inúmeras aventuras de Grace
( Jordana Spiro), dividida entre
a medicina e a máfi a. Desta vez,
a conhecida cirurgiã é arrastada
para uma discussão entre
Constantine (William Forsythe)
e o polícia à paisana, Franco
( James Carpinello), depois de
um mafi oso exilado regressar a
Chicago.
Roma CriminalAXN Black, 20h40Baseada no sucesso Romanzo
Criminale, a série narra a
ascensão e queda de um
grupo de jovens delinquentes
que dominam o mundo do
narcotráfi co em Roma, no fi nal
dos anos 70. Neste episódio,
Freddo acaba novamente na
prisão, após ser acusado de
roubar, e Libanês é o único que
acredita na sua inocência. Na
tentativa de descobrir a verdade,
pede ajuda a Nero. Freddo é
posto em liberdade e o grupo
ganha um novo aliado.
INFANTIL
Esquadrão da MonstromáticaPanda, 19h30Não tenham medo, o esquadrão
da Monstromática chegou. Max,
Lily e Goo são três adoráveis
monstrinhos apaixonados pela
matemática. Adoram tudo o que
está relacionado com números,
medições, formas e padrões e
gostam de usar as suas aptidões
matemáticas de monstros para
vencer qualquer obstáculo e
ajudar os amigos.
Phineas e FerbDisney, 21h50É dia de festa! No dia do Festival
de Rolo de Carne de Danville, a
mãe prepara-se para decidir qual
é o melhor e o mais
saboroso. O rufi a
Buford estraga o
insufl ável da feira,
mas
os
incansáveis Phineas e Ferb
conseguem construir um
insufl ável gigante para o
substituir. Entretanto, o Dr.
Doofenshmirtz constrói um
“apodrece-inator” para sabotar os
outros concorrentes.
ENTRETENIMENTO
5 Para a Meia-NoiteRTP1, 00h15Directo. Numa noite dominada
pelo verbo desencravar, Nilton
convida Helena Sacadura Cabral,
economista, jornalista, escritora e
mãe de Miguel e Paulo Portas.
DOCUMENTÁRIOS
Expedição à Nova GuinéOdisseia, 16h44
Estreia. Um documentário
com o selo da BBC que mostra
a variedade de espécies vivas
existentes na Nova Guiné. Os
segredos desta ilha, outrora
inatingível, são revelados por
especialistas em espeleologia e
pela experiência de tribos locais.
Cruzando o rio Sepik, paraíso de
crocodilos, entrando nas suas
profundezas e explorando os seus
labirínticos rios subterrâneos,
esta equipa está determinada
a conhecer a verdadeira Nova
Guiné.
DESPORTO
Futebol: I LigaSPTV1, 20h00Directo. Arranca a 28.ª jornada
do campeonato nacional de
futebol com o encontro entre o
Moreirense e o SC Braga. A três
jornadas do fi m do campeonato,
os bracarenses vão a Moreira de
Cónegos num jogo pressionado
pela conquista urgente de pontos:
o Moreirense é 15.º classifi cado
com 21 pontos e o Sporting de
Braga está em 4.º com 46 pontos.
RTP16.30 Bom Dia Portugal 10.00 Praça da Alegria 13.00 Jornal da Tarde 14.15 Windeck - O Preço da Ambição 15.04 Éramos Seis 15.44 Portugal no Coração 18.00 Portugal em Directo 19.08 O Preço Certo 20.00 Telejornal - Inclui 360º 20.55 A Semana de Nuno Morais Sarmento - Directo 21.20 Sexta às 9 21.57 AntiCrise 22.20 Sinais de Vida 23.22 Portugueses Pelo Mundo - Belfast 0.15 5 Para a Meia-Noite 1.37 True Justice 2.19 Californication - 4.ª série 2.51 Vidas em Jogo - 2 episódios
RTP27.00 Zig Zag 13.00 As Cobras mais Venenosas da Índia 13.51 Iniciativa 13.55 Ténis: Portugal Open 18.30 A Fé dos Homens 19.02 Consigo 19.29 Iniciativa 19.32 A Entrevista de Maria Flor Pedroso 20.08 Zig Zag 21.03 Como Funciona a Natureza 21.56 24 - Sumário 22.00 Código de Bairro 22.30 Cinco Noites, Cinco Filmes - Os Noivos Sangrentos 0.00 24 Horas - Directo 1.07 Teatro em Casa 1.53 A Entrevista de Maria Flor Pedroso 2.29 Euronews
SIC7.00 Edição da Manhã 8.40 A Vida nas Cartas - O Dilema 10.15 Querida Júlia - Sextas Mágicas 13.00 Primeiro Jornal 14.25 Querida Júlia - Sextas Mágicas 19.10 Cheias de Charme 20.00 Jornal da Noite 21.55 Dancin´ Days 22.55 Avenida Brasil 23.55 Páginas da Vida 1.00 Mentes Criminosas - 8.ª série 1.40 C.S.I. Miami - 9.ª série 2.50 Volante 3.10 Podia Acabar o Mundo
TVI 6.30 Diário da Manhã 10.07 Você na TV! - Directo 13.00 Jornal da Uma 14.42 Ninguém Como Tu 16.00 A Tarde é Sua - Directo 18.14 Doce Fugitiva 19.13 Doida Por Ti 20.00 Jornal das 8 21.36 Euromilhões 21.53 Big Brother Vip - Diário 22.28 Destinos Cruzados 23.30 Mundo ao Contrário 0.35 Big Brother Vip - Extra 2.00 Filme: Stop-Loss - Negócio de Sangue 3.52 Amanhecer 4.58 É a Vida Alvim!
TVC1 10.40 Império do Sol 13.10 O Ditador 14.35 Bad Ass 16.05 TT Ilha de Man - No Limite 17.50 Coriolano 19.55 Gone - 12 Horas Para Viver 21.30 O Fantástico Homem-Aranha 23.50 Enterrado 1.25 Bad Ass
FOX MOVIES10.41 Maverick 12.45 Levity - Redenção 15.23 A Verdadeira História de Jack, o Estripador 17.22 Pânico a Bordo 18.58 Scooby Doo 2 - Monstros à Solta 20.28 Admitido 22.00 Virgem aos 40 Anos 23.54 Espia... Como Puderes! 1.15 Belas Criaturas
HOLLYWOOD11.10 Enquanto Estiveres Aí 12.45 Parque Jurássico 14.50 O Caso do Colar 16.45 Caos 18.30 Espião Acidental 19.55 Taxi 4 21.30 Estreia da Semana 23.15 Munique 1.55 Assassino Virtual
AXN18.06 Mentes Criminosas 18.56 Jogo de Audazes 19.46 Inesquecível 20.36 The Mob Doctor 21.30 Era Uma Vez 22.26 Castle 23.20 Jogo de Audazes 0.15 MemphisBeat 1.10 Alerta Cobra
AXN BLACK14.25 Filme: Bem-Vindo a Casa Roscoe Jenkins 16.18 Torchwood 17.12 Chuck 18.46 Torchwood 19.40 Sangue Fresco 20.40 Roma Criminal 21.35 A Rainha das Sombras 22.24 Filme: Os Reis de Dogtown 0.13 A Rainha das Sombras 1.02 Sangue Fresco
AXN WHITE15.00 Melissa e Joey 15.46 Filme: Dança Feroz 17.51 As Ginastas 18.38 Gossip Girl 19.25 Las Vegas 20.12 Melissa e Joey 21.00 Descobrindo Nina 21.50 Filme: A Calúnia 23.46 Descobrindo Nina 0.33 Medium 1.20 Melissa e Joey
FOX 14.10 Family Guy 14.35 Os Simpson 15.20 Foi Assim Que Aconteceu 16.10 Ossos 17.40 Lei e Ordem: Los Angeles 19.15 Family Guy 20.00 Os Simpson 20.50 Foi Assim Que Aconteceu 21.20 Casos Arquivados 22.20 Em Contacto 1.50 Dexter
FOX LIFE 14.10 90210 14.57 Um Homem Entre Mulheres 15.20 Um Homem Entre Mulheres 15.43 Body of Proof 16.25 No Meio do Nada 16.50 Uma Família Muito Moderna 17.34 Um Homem Entre Mulheres 18.17 90210 19.01 Masterchef
USA 19.47 Masterchef USA 20.31 O Sexo e a Cidade 21.25 Filme: Don Juan DeMarco 23.15 O Sexo e a Cidade 0.13 Body of Proof 0.57 Medium 1.43 Glee
DISNEY15.20 Casper – O Fantasminha 15.45 Rekkit Rabbit 16.10 Timon e Pumba 17.00 Phineas e Ferb 17.50 Monster High 17.52 Minnie & You 17.55 Lab Rats 18.45 Shake It Up 19.10 Jessie 19.35 O Meu Cão Tem Um Blog 20.00 Camp Rock
DISCOVERY18.20 O Segredo das Coisas 19.10 Titãs Mecânicos: World’s Top 5 - Mega Carros 20.05 Ed Staff ord: Sozinho na Ilha 21.00 Amish Mafia: Fogo de Deus 22.00 Destiladores Ilegais: Caça ao Tesouro 22.55 Impérios Fora-da-Lei: Máfia Italiana 23.45 Fanáticos por Armas 0.35 Negócio Fechado
HISTÓRIA 16.00 O Preço da História: Uma Chave Que Dispara 16.25 O Preço da História: A Máquina de Pinball 16.50 Piri Reis 17.45 Monstros Lendários: O Ladrão dos Pântanos 18.35 Caçadores do Pântano: A Aposta de Troy 19.25 O Preço da História: Uma Chave Que Dispara 19.50 O Preço da História: A Máquina de Pinball 20.15 O Preço da História: Tatuagens 20.35 O Preço da História: O Helicóptero 21.00 A História da Electricidade: Luz e Energia 22.00 Sliced: Golfe 22.25 Sliced: Carro de Espião 22.50 O Preço da História: Material de Altos Voos 23.15 Loucos por Carros: em Busca do Soul 23.40 Loucos por Carros: Ponto de Ebulição 0.05 O Preço da História: Dispara! 0.30 O Preço da História: Tatuagens
ODISSEIA15.47 Mundos de Água: Um Mundo de Água 16.16 Mundos de Água: A Água Viajante 16.44 Expedição a Nova Guiné: Ep.1 17.37 Odisseia Tribal: Os Dinka do Sudão 18.28 Ligação Selvagem: Pontes entre Dois Mundos 19.20 O Desejo pelo Desejo 20.11 A Maquinaria da Terra: Terra 21.02 1000 Formas de Morrer 22.05 A Origem da Humanidade. A Odisseia da Espécie: Ep.1 22.54 Hobbit, o Homem de Flores 23.50 1000 Formas de Morrer
Televisã[email protected]
AXN White, 20.12Melissa e Joey,
saboroso. O rufi a
Buford estraga o
insufl ável da feira,
mas
os
36 | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
SAIR
CINEMALisboa CinemaCity Campo PequenoC. Lazer do Campo Pequeno. T. 217981420Homem de Ferro 3 M12. Sala 1 - 13h30, 16h10, 18h50, 21h40, 00h20 (3D) ; O Grande Dia M12. Sala 2 - 13h40, 15h45, 17h35, 19h25, 21h45, 23h50; Gladiadores M6. Sala 3 - 13h35, 15h35 (V.Port.) ; Fogo Contra Fogo M12. Sala 3 - 17h40, 19h35, 21h30, 23h55; Homem de Ferro 3 M12. Sala 4 - 17h50, 21h20, 24h; Fogo Contra Fogo M12. Sala 4 - 13h50, 15h50; Homem de Ferro 3 M12. Sala 5 - 13h20, 19h20; Transe M16. Sala 5 - 16h, 22h, 00h05; Esquecido Sala 6 - 21h35, 00h10; Gladiadores M6. Sala 6 - 13h25, 15h25, 17h30 (V.Port./3D), 19h35 (V.Port.) ; Comboio Nocturno Para Lisboa M12. Sala 7 - 21h25; Os Amantes Passageiros M16. Sala 7 - 19h30; Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. Sala 7 - 13h25, 23h45; Homem de Ferro 3 M12. Sala 7 - 15h35; Esquecido Sala 8 - 13h20; Os Amantes Passageiros M16. Sala 8 - 15h40; Nome de Código Paulette M12. Sala 8 - 17h45, 21h50, 23h40; O Caçador: Último Tigre da Tasmânia M12. Sala 8 - 19h50 CinemaCity Classic AlvaladeAvª de Roma, nº 100, Lisboa . T. 218413045Comboio Nocturno Para Lisboa M12. Sala 1 - 15h30, 17h40; Os Amantes Passageiros M16. Sala 1 - 13h30, 19h50, 21h40, 23h30; Não Sala 2 - 13h20, 15h40, 23h40; Sinais de Serenidade Por Coisas Sem Sentido + As Ondas + Solo M12. Sala 2 - 19h, 21h30; O Capital M12. Sala 3 - 13h10, 15h20, 17h30, 19h40, 21h50, 00h05; Não Sala 4 - 18h35, 21h35; Regra de Silêncio M12. Sala 4 - 13h25, 16h, 23h55 Cinemateca PortuguesaR. Barata Salgueiro, 39 . T. 213596200O Beijo da Mulher Aranha Sala Félix Ribeiro - 15h30; Drácula, Príncipe das Trevas Sala Félix Ribeiro - 21h30; Os Amantes de Ilha do Diabo Sala Félix Ribeiro - 15h30; O Diabo São Elas / Cinco Lobitos Sala Luís de Pina - 19h30; O Amor Não Se Vende Sala Luís de Pina - 22h Medeia Fonte NovaEst. Benfica, 503. T. 217145088O Grande Dia M12. Sala 1 - 14h10, 16h30, 19h, 21h30; Os Amantes Passageiros M16. Sala 2 - 17h, 19h30; Nome de Código Paulette M12. Sala 2 - 14h30, 22h; Homem de Ferro 3 M12. Sala 3 - 14h20, 16h45, 19h15, 21h45 Medeia MonumentalAv. Praia da Vitória, 72. T. 213142223Viagem de Finalistas M16. Sala 4 - Cine Teatro - 14h, 16h, 18h, 20h, 22h, 00h30; O Grande Dia M12. Sala 1 - 13h40, 15h45, 17h45, 19h45, 21h45, 00h15; Fintar o AmorM12. Sala 2 - 13h20; Os Amantes PassageirosM16. Sala 2 - 15h30, 17h30, 21h30, 24h;Professor Lazhar M12. Sala 2 - 19h30;Não Sala 3 - 13h50, 16h30, 21h30, 24h;Nome de Código Paulette M12. Sala 3 - 19h NimasAv. 5 Outubro, 42B. T. 213574362Fausto M12. Sala 1 - 15h30, 18h30, 21h30 UCI Cinemas - El Corte InglésAv. Ant. Aug. Aguiar, 31. T. 707232221A Noite dos Mortos-Vivos M18. Sala 1 - 14h20, 16h45, 19h15, 21h50, 00h15; Transe M16. Sala 2 - 14h10, 16h30, 21h35, 00h05; A Melhor Oferta M12. Sala 2 - 18h50; Comboio Nocturno Para Lisboa M12. Sala 3 - 21h40, 00h10; Gladiadores M6. Sala 3 - 14h15, 18h35 (V.Port./2D), 16h25 (V.Port./3D); Taxi Driver M16. Sala 4 - 19h15; Fintar o Amor M12. Sala 4 -
14h15, 16h50, 21h45, 00h15; Viagem de Finalistas M16. Sala 5 - 14h10, 16h35, 19h15, 21h50, 00h10; Esquecido Sala 6 - 14h05, 16h40, 19h15, 21h55, 00h30; Um Homem a Abater M16. Sala 7 - 00h25; É o Amor M16. Sala 7 - 15h, 18h15, 21h30; Não Sala 8 - 14h05, 16h40, 19h15, 21h50, 00h25; Homem de Ferro 3 M12. Sala 9 - 14h, 19h15, 00h30 (2D), 16h35, 21h50 (3D) ; Os Amantes Passageiros M16. Sala 10 - 19h, 21h40, 23h55; Professor Lazhar M12. Sala 10 - 14h05, 16h30; Dou-lhes Um Ano M12. Sala 11 - 18h55; Nome de Código Paulette M12. Sala 11 - 14h20, 16h30, 21h30, 23h40; O Capital M12. Sala 12 - 14h15, 16h45, 19h15, 21h45, 00h20; O Grande Dia M12. Sala 13 - 14h15, 16h45, 19h05, 21h40, 00h05; Regra de Silêncio M12. Sala 14 - 14h, 16h35, 19h10, 21h45, 00h20 ZON Lusomundo AlvaláxiaEstádio José Alvalade. T. 16996Nome de Código Paulette M12. 15h20, 17h30, 19h40, 21h50, 00h10; O Grande Dia M12. 16h20, 18h30, 21h30, 23h50; Homem de Ferro 3 M12. 16h, 18h50, 21h40, 00h30; Fintar o Amor M12. 21h45, 00h10; Os Croods M6. 15h40, 18h10 (V.Port.); Esquecido 15h50, 18h40, 21h20, 00h05; Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. 17h; Um Homem a Abater M16. 21h35, 00h25; Gladiadores M6. 16h10, 18h20 (V.Port.); Homem de Ferro 3 M12. 16h50, 21h, 24h (3D); Transe M16. 16h25, 19h, 21h25, 23h55; Viagem de Finalistas M16. 16h40, 19h, 21h10, 23h30; Fogo Contra Fogo M12. 16h30, 18h55, 21h20, 23h40; A Noite dos Mortos-Vivos M18. 15h30, 18h, 22h, 00h15 ZON Lusomundo AmoreirasAv. Eng. Duarte Pacheco. T. 16996Homem de Ferro 3 M12. 12h50, 15h40, 18h30, 21h20, 00h15 (3D) ; Um Pedacinho do Paraíso 13h15, 15h40, 21h50, 00h20; A Oportunidade da Minha Vida M12. 13h45, 16h10, 18h30; Os Amantes Passageiros M16. 20h50, 23h30; O Frágil Som do Meu Motor 18h; Gladiadores M6. 13h30, 15h55, 18h15 (V.Port.) ; Transe M16. 21h30, 00h05; O Capital M12. 12h55, 15h25, 18h45, 21h10, 23h45 ZON Lusomundo ColomboAv. Lusíada. T. 16996Nome de Código Paulette M12. 13h10, 15h45, 18h, 21h, 23h35; Gladiadores M6. 13h20, 15h50, 18h10 (V.Port.) ; Transe M16. 21h15, 00h05; Fogo Contra Fogo M12. 13h30, 16h, 18h20, 21h10, 23h45; Fintar o Amor M12. 18h45 ; Esquecido 12h50, 15h40, 21h40, 00h30; Homem de Ferro 3 M12. 12h40, 15h30, 18h25 (2D), 21h30, 00h25 (3D) ; O Grande Dia M12. 13h, 15h20, 17h50, 21h20, 23h55; Viagem de Finalistas M16. 12h55, 16h20, 18h40, 21h50, 00h15; A Noite dos Mortos-Vivos M18. 13h25, 16h10, 18h30, 21h25, 00h10 ZON Lusomundo Vasco da GamaParque das Nações. T. 16996Nome de Código Paulette M12. 13h20, 15h50,18h20, 21h10, 23h40; Gladiadores M6. 13h10, 15h20, 17h30, 19h40 (V.Port.);Homem de Ferro 3 M12. 12h40, 15h40, 18h30, 21h20, 00h10 (3D); Transe M16. 22h, 00h30; O Grande Dia M12. 13h, 15h30, 17h40, 19h50, 21h50, 24h; Viagem de Finalistas M16. 12h50, 15h10, 17h20, 19h30, 21h40, 23h50; A Noite dos Mortos-Vivos M18. 13h30, 16h, 18h40, 21h30, 00h20
Almada ZON Lusomundo Almada FórumEstr. Caminho Municipal. T. 16996Homem de Ferro 3 M12. 12h25, 15h15, 18h10, 21h05, 24h (3D) ; O Grande Dia M12. 13h, 15h45, 18h, 21h15, 23h45; Viagem de
Viagem de FinalistasDe Harmony Korine. Com Vanessa Hudgens, Selena Gomez, Ashley Benson. EUA. 2012. 94m. Comédia, Thriller. M16. Para fi nanciar a viagem de fi nalistas
e viver a aventura das suas vidas,
quatro raparigas decidem assaltar
um pequeno restaurante da
zona. Após conseguirem dinheiro
sufi ciente para concretizar os
seus planos, seguem para Miami,
onde, depois de uma noite de
farra, são apanhadas pela polícia
e apresentadas perante um juiz.
É então que descobrem que a sua
fi ança foi paga por um criminoso
local que, em troca de momentos
de adrenalina, as inicia numa vida
de crime, droga e todo o género de
perversidade.
Fogo Contra FogoDe David Barrett. Com Josh Duhamel, Bruce Willis, Rosario Dawson, 50 Cent, Vincent D’Onofrio. EUA. 2012. 97m. Drama, Crime. M12. Jeremy Coleman, bombeiro
de profi ssão, presencia um
crime brutal numa loja de
conveniência. Como única
testemunha, é convencido a
depor contra Neil Hagan, o
autor dos disparos. Quando a
sua vida é ameaçada, Jeremy
é colocado sob o programa de
protecção de testemunhas.
Porém, enquanto se esforça por
recomeçar a sua vida sob outra
identidade, um erro judicial põe
Hagan de novo em liberdade.
Revoltado e cheio de desejo de
vingança, o assassino apenas
deseja encontrar o homem que
testemunhou contra si...
O Grande DiaDe Justin Zackham. Com Robert De Niro, Diane Keaton, Katherine Heigl. EUA. 2012. 90m. Comédia. M12. Já há muitos anos que Don e
Ellie decidiram divorciar-se.
Essa circunstância parecia
perfeitamente ultrapassada até ao
dia em que Jared, o fi lho adoptivo
de ambos, decide casar e convidar
a sua mãe biológica. De forma a
manter as aparências e provar
àquela mãe que foram a escolha
acertada para cuidar do seu fi lho,
Don e Ellie resolvem fi ngir que,
durante todos esses anos, a família
nada mais foi do que um grande
exemplo de união e felicidade.
Porém, parece que nada vai
acontecer como esperado...
Sinais de Serenidade Por Coisas Sem Sentido + As Ondas + SoloDe Sandro Aguilar, Miguel Fonseca, Mariana Gaivão. POR. 2013. m. M12. O Som e Fúria apresenta três
curtas-metragens de três
realizadores distintos: Sinais
de Serenidade por Coisas Sem
Sentido, de Sandro Aguilar, As
Ondas, de Miguel Fonseca e
“Solo“, de Mariana Gaivão.
Um Pedacinho do ParaísoDe Nicole Kassell. Com Kate Hudson, Gael García Bernal, Kathy Bates. EUA. 2011. 106m. Comédia Romântica. Apesar da sua alegria de viver,
Marley sempre optou por
relações que não implicassem
grande proximidade emocional.
Um dia, é-lhe diagnosticado um
cancro no colo do útero em fase
terminal. Consciente do fi m que
se aproxima, a jovem decide
aproveitar os meses que lhe restam
da maneira mais intensa possível,
fazendo tudo o que que nunca
teve tempo, ou coragem, de fazer.
É com esse espírito que Marley se
liga emocionalmente ao Dr. Julian
Goldstein, o seu ginecologista, que
se apaixona pela sua personalidade
alegre e pela forma digna e cheia
de humor com que ela aceita a sua
condição. Juntos vão viver uma
grande história de amor.
Em [email protected]@publico.pt O Grande Dia
Finalistas M16. 13h15, 15h50, 18h20, 21h40, 00h10; Os Croods M6. 13h35, 16h10, 18h40 (V.Port.) ; Esquecido 12h35, 15h20, 18h15, 21h15, 00h10; Homem de Ferro 3 M12. 12h40, 15h35, 18h30, 21h30, 00h25 (2D) ; Um Pedacinho do Paraíso 13h05, 15h50, 18h30, 21h15, 23h50; Fintar o Amor M12. 12h50, 15h25, 21h10, 23h55; Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. 12h55, 15h10, 17h20, 19h35, 21h45, 00h20; Um Homem a Abater M16. 21h20, 00h15; Nome de Código Paulette M12. 13h, 15h30, 18h40, 21h20, 00h15; O Frágil Som do Meu Motor 18h05; Gladiadores M6. 13h25, 15h50, 18h45 (V.Port.) ; Transe M16. 21h, 23h45; Fogo Contra Fogo M12. 12h50, 15h20, 18h, 21h05, 23h50; O Capital M12. 12h55, 15h40, 18h25, 21h25, 00h10; A Noite dos Mortos-Vivos M18. 13h05, 15h55, 18h15, 21h, 23h30
Amadora CinemaCity Alegro AlfragideC.C. Alegro Alfragide. T. 214221030O Grande Dia M12. Cinemax - 13h35, 17h20, 19h10, 21h40, 23h50; Homem de Ferro 3 M12. Sala 2 - 17h45, 21h20, 24h; Viagem de Finalistas M16. Sala 2 - 13h45, 15h50; Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. Sala 3 - 16h10; Homem de Ferro 3 M12. Sala 3 - 13h30; Viagem de Finalistas M16. Sala 3 - 17h55, 19h50, 21h45, 00h05; Os Amantes Passageiros M16. Sala 4 - 21h35; Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. Sala 4 - 19h45; O Caçador: Último Tigre da Tasmânia M12. Sala 4 - 23h40; Gladiadores M6. Sala 4 - 13h35, 15h40, 17h45 (V.Port./3D) ; A Noite dos Mortos Vivos Sala 5 - 13h50, 15h35, 17h30, 19h30, 21h35, 00h10; Esquecido Sala 6 - 17h25, 21h50, 00h25; Gladiadores M6. Sala 6 - 13h20, 15h20, 19h45 (V.Port.) ; Homem de Ferro 3 M12. Sala 7 - 13h20, 16h, 18h40, 21h40, 00h20 (3D) ; O Capital M12. Sala 8 - 13h45, 15h55, 18h30, 21h30, 23h45; Dou-lhes Um Ano M12. Sala 9 - 23h55; Homem de Ferro 3 M12. Sala 9 - 15h45; Transe M16. Sala 9 - 13h40, 19h35, 21h55; Os Croods M6. Sala 10 - 13h40, 15h45, 19h55 (V.Port.) ; Um Homem a Abater M16. Sala 10 - 17h50, 22h05, 00h30 UCI Dolce Vita TejoC.C. da Amadora, EN 249/1. T. 707232221Os Croods M6. Sala 1 - 14h, 16h35 (V.Port.); Um Homem a Abater M16. Sala 1 - 19h15, 21h45, 00h25; Homem de Ferro 3 M12. Sala 2 - 13h45, 16h20, 19h, 21h40, 00h20; Um Refúgio para a Vida M12. Sala 3 - 21h55, 00h25; Gladiadores M6. Sala 3 - 13h45, 17h50 (V.Port./2D), 15h45, 19h55 (V.Port./3D); Fogo Contra Fogo M12. Sala 4 - 14h15, 16h25, 19h05, 21h25, 23h50; Fintar o Amor M12. Sala 5 - 13h50, 16h15, 18h55, 21h25, 23h55; Transe M16. Sala 6 - 14h, 16h30, 19h05, 21h35, 00h10; Esquecido Sala 7 - 14h05, 16h35, 19h10, 21h45, 00h25; Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. Sala 8 - 14h20, 16h45, 19h20, 21h50, 23h50; A Noite dos Mortos-Vivos M18. Sala 9 - 13h50, 16h15, 18h55, 21h25, 23h55; O Grande Dia M12. Sala 10 - 14h, 16h30, 19h05, 21h35, 00h10; Nome de Código Paulette M12. Sala 11 - 13h55, 16h25, 18h55, 21h35, 24h
Barreiro Castello Lopes - Fórum BarreiroCampo das Cordoarias. T. 760789789Homem de Ferro 3 M12. Sala 1 - 15h30 (2D), 18h30, 21h20, 23h50 (3D); Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. Sala 2 - 21h40, 23h55; Gladiadores M6.
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 37
A decorrer até ao dia 11, esta mostra não competitiva dá a conhecer diversos documentários de origem nacional. Na rubrica Percursos no Documentário Português, o PANORAMA revisita momentos cruciais da cinematografia portuguesa, centrando-se no tema Documentário no Cinema Novo e na produção documental da década de
1960 e inícios de 1970. Este ano, a programação inclui ainda um espaço denominado Lisboa, que dá visibilidade aos vários olhares sobre as componentes sociais, culturais e arquitectónicas da capital. As sessões decorrem no São Jorge, Cinemateca Portuguesa e Teatro do Bairro. Bilhetes: 3€ (normal), 1,5 € (estudantes), 6€ (diário).
PANORAMA
AS ESTRELAS DO PÚBLICO
JorgeMourinha
Luís M. Oliveira
Vasco Câmara
a Mau mmmmm Medíocre mmmmm Razoável mmmmm Bom mmmmm Muito Bom mmmmm Excelente
Os Amantes Passageiros mmmmm – mmmmm
O Capital mmmmm – –Cativos mmmmm mmmmm mmmmm
É o Amor mmmmm mmmmm mmmmm
Fausto mmmmm mmmmm mmmmm
O Frágil Som do Meu Motor mmmmm – –Não mmmmm mmmmm mmmmm
Professor Lazhar – – mmmmm
A Rapariga de Parte Nenhuma – mmmmm –Transe mmmmm – –
Sala 2 - 15h10, 17h20, 19h30 (V.Port.); Gladiadores M6. Sala 2 - 17h20 (V.Port.); Dou-lhes Um Ano M12. Sala 3 - 15h20, 18h10, 21h10, 23h40; O Grande Dia M12. Sala 4 - 15h40, 18h20, 21h30, 23h45
Cascais ZON Lusomundo CascaiShoppingEN 9, Alcabideche. T. 16996Fintar o Amor M12. 21h45, 24h; Esquecido12h35, 15h10, 17h50, 21h05, 00h10; Nome de Código Paulette M12. 12h40, 15h20, 18h10, 21h10, 23h20; Gladiadores M6. 13h20, 16h, 18h (V.Port./3D) ; Homem de Ferro 3 M12. 12h30, 15h30, 18h30, 21h30, 00h20 (3D) ; O Grande Dia M12. 13h, 15h50, 18h40, 21h, 23h30; Viagem de Finalistas M16. 12h50, 15h40, 18h20, 21h20, 23h40; A Noite dos Mortos-Vivos M18. 13h10, 16h10, 18h50, 21h40, 23h50
Caldas da Rainha Vivacine - Caldas da RainhaC.C. Vivaci. T. 262840197Comboio Nocturno Para Lisboa M12. Sala 1 - 21h15, 23h45; Gladiadores M6. Sala 1 - 15h25, 18h (V.Port.); Nome de Código Paulette M12. Sala 2 - 15h20, 18h, 21h30, 23h40; Homem de Ferro 3 M12. Sala 3 - 15h25, 18h15, 21h05, 00h10; O Grande Dia M12. Sala 4 - 15h40, 18h20, 21h25, 23h50; Esquecido Sala 5 - 15h30, 18h10, 21h20, 23h55
Carcavelos Atlântida-CineCentro Comercial Carcavelos. T. 214565653Professor Lazhar M12. Sala 1 - 15h30, 21h30; Comboio Nocturno Para Lisboa M12. Sala 2 - 15h45, 21h45
Montijo ZON Lusomundo Fórum MontijoC. C. Fórum Montijo. T. 16996Gladiadores M6. 15h50, 18h10 (V.Port.); Homem de Ferro 3 M12. 15h30, 18h20 (2D), 21h10, 00h05 (3D); Transe M16. 21h, 23h40; Esquecido 15h40, 18h30, 21h15, 24h; Viagem de Finalistas M16. 16h, 18h15, 21h20, 23h50; A Noite dos Mortos-Vivos M18. 16h20, 18h40, 21h40, 00h10; Nome de Código Paulette M12. 16h10, 18h50, 21h30, 23h45
Sintra CinemaCity Beloura ShoppingEst. Nac. nº 9 - Quinta Beloura. T. 219247643Homem de Ferro 3 M12. Cinemax - 17h40, 21h20, 24h; O Grande Dia M12. Cinemax - 15h50; Esquecido Sala 1 - 21h45, 00h25; Homem de Ferro 3 M12. Sala 1 - 15h40, 19h; Gladiadores M6. Sala 2 - 15h30 (V.Port.); O Grande Dia M12. Sala 2 - 17h35, 19h25, 21h30, 23h35; Fogo Contra Fogo M12. Sala 3 - 15h35, 17h30, 19h35, 21h35, 23h40; Homem de Ferro 3 M12. Sala 4 - 16h05, 18h45, 21h40, 00h20 (3D) ; Dou-lhes Um Ano M12. Sala 5 - 15h45, 21h55, 23h50; Gladiadores M6. Sala 5 - 17h45, 19h50 (V.Port.) ; Nome de Código Paulette M12. Sala 6 - 15h25, 17h30, 19h40, 21h25, 23h30; Comboio Nocturno Para Lisboa M12. Sala 7 - 15h20, 17h25, 19h30, 21h50, 00h15 Castello Lopes - Fórum SintraLoja 2.21 - Alto do Forte. T. 760789789Nome de Código Paulette M12. Sala 1 - 21h35, 00h10; Gladiadores M6. Sala 1 - 15h, 17h10, 19h20 (V.Port.); Homem de
Ferro 3 M12. Sala 2 - 15h40, 18h30, 21h30, 23h40; A Noite dos Mortos-Vivos M18. Sala 3 - 15h10, 17h20, 19h30, 21h30, 00h15; O Grande Dia M12. Sala 4 - 15h20, 17h30, 19h35, 21h40, 23h50; Esquecido Sala 5 - 15h30, 18h10, 21h, 24h; Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. Sala 6 - 18h40; Transe M16. Sala 6 - 15h50, 21h10, 23h20; Viagem de Finalistas M16. Sala 7 - 16h, 18h50, 21h50, 00h05
Leiria CinemaCity LeiriaR. Dr. Virgílio Vieira da Cunha. T. 244845071Homem de Ferro 3 M12. Sala 1 - 16h10, 19h, 21h40, 00h20 (3D) ; Esquecido Sala 2 - 21h50, 00h25; Gladiadores M6. Sala 2 - 15h35, 17h40, 19h45 (V.Port./3D) ; O Grande Dia M12. Sala 3 - 15h40, 17h40, 19h40, 21h35, 23h50; Homem de Ferro 3 M12. Sala 4 - 15h50, 18h40, 21h30, 00h10; G. I. Joe Retaliação M12. Sala 5 - 00h05; Os Croods M6. Sala 5 - 15h25 (V.Port.) ; Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. Sala 5 - 17h35, 19h30; Um Homem a Abater M16. Sala 5 - 21h35; A Noite dos Mortos Vivos Sala 6 - 15h55, 17h55, 19h55, 21h55, 24h;
Odivelas ZON Lusomundo Odivelas ParqueC. C. Odivelasparque. T. 16996Esquecido 15h40, 18h15, 21h, 23h45; Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. 21h35, 23h50; Nome de Código Paulette M12. 16h, 18h30, 21h30, 23h30; Gladiadores M6. 15h50, 18h10 (V.Port.); Homem de Ferro 3 M12. 15h30, 18h20, 21h10, 24h; O Grande Dia M12. 15h20, 18h, 21h20, 23h40
Oeiras ZON Lusomundo Oeiras ParqueC. C. Oeirashopping. T. 16996Homem de Ferro 3 M12. 12h40, 15h30, 21h30, 00h25 (2D), 18h30 (3D) ; O Capital M12. 12h55, 15h45, 18h25, 21h05, 23h55; Esquecido 12h50, 15h50, 21h40, 00h30; Nome de Código Paulette M12. 13h, 15h15, 17h25, 19h40, 21h50, 00h10; O Frágil Som do Meu Motor 18h40; Gladiadores M6. 13h05, 15h20, 18h10 (V.Port.) ; Transe M16. 21h20, 24h; O Grande Dia M12. 13h10, 15h40, 18h15, 21h10, 23h50; Viagem de Finalistas M16. 13h15, 16h, 18h20, 21h45, 00h15
Miraflores ZON Lusomundo Dolce Vita MirafloresAv. das Túlipas. T. 707 CINEMAOs Croods M6. 15h, 18h (V.Port.); Comboio Nocturno Para Lisboa M12. 21h, 24h; Esquecido 21h10, 00h10; Nome de Código Paulette M12. 15h30, 18h30, 21h30, 00h30; Gladiadores M6. 15h10, 18h10 (V.Port.); Homem de Ferro 3 M12. 15h20, 18h20, 21h20, 00h20
Torres Vedras ZON Lusomundo Torres VedrasC.C. Arena Shopping. T. 16996Homem de Ferro 3 M12. 15h30, 18h30 (2D), 21h25, 00h20 (3D); O Grande Dia M12. 16h, 18h15, 21h, 23h20; Esquecido 21h10, 24h; Nome de Código Paulette M12. 15h10, 17h15, 19h20, 21h40, 23h50; Gladiadores M6. 16h15, 18h45 (V.Port.); A Noite dos Mortos-Vivos M18. 15h45, 18h, 21h50, 00h10
Torres Novas
Castello Lopes - TorreShoppingBairro Nicho - Ponte Nova. T. 707220220Homem de Ferro 3 M12. Sala 1 - 12h50, 15h20 (2D), 18h10, 21h10, 23h50 (3D); Um Refúgio para a Vida M12. Sala 2 - 13h, 15h40, 18h30, 21h30, 00h10; Esquecido Sala 3 - 21h20, 24h; Gladiadores M6. Sala 3 - 12h40, 15h, 17h05, 19h10 (V.Port.)
Santarém Castello Lopes - SantarémLargo Cândido dos Reis. T. 760789789Nómada M12. Sala 1 - 16h, 18h40, 21h15, 23h50; Dou-lhes Um Ano M12. Sala 2 - 16h10, 18h50, 21h, 23h40; Homem de Ferro 3 M12. Sala 3 - 15h50, 18h35, 21h20, 24h; Esquecido Sala 4 - 21h40, 00h20; Gladiadores M6. Sala 4 - 15h10, 17h20, 19h30 (V.Port.); G. I. Joe Retaliação M12. Sala 5 - 15h40, 18h20, 21h50, 00h10; O Grande Dia M12. Sala 6 - 15h, 17h10, 19h15, 21h30, 00h30
Setúbal Auditório CharlotAv. Dr. Ant. Manuel Gamito, 11. T. 265522446A Rapariga de Parte Nenhuma M12. Sala 1 - 21h30
Tomar Cine-Teatro Paraíso - TomarRua Infantaria, 15. T. 249329190Nómada M12. Sala 1 - 21h30
Faro SBC-International CinemasC. C. Fórum Algarve. T. 289887212Esquecido Sala 1 - 13h15, 16h, 18h40, 21h20, 24h; Um Homem a Abater M16. Sala 2 - 13h40, 16h15, 18h50, 21h30, 00h10; Homem de Ferro 3 M12. Sala 3 - 15h30, 18h15, 21h, 23h45; Gladiadores M6. Sala 4 - 13h20, 15h30, 17h40 (V.Port.); Viagem de Finalistas M16. Sala 4 - 19h50, 22h, 00h15; Homem de Ferro 3 M12. Sala 5 - 13h25, 16h10, 18h55, 21h40, 00h25 (3D); A Noite dos Mortos-Vivos M18. Sala 6 - 13h50, 15h55, 18h, 20h05, 22h10, 00h20; O Grande Dia M12. Sala 7 - 14h35, 16h40, 19h05, 21h10, 23h20; O Expatriado M12. Sala 8 - 19h40; Scary Movie 5: Um Mítico Susto
de Filme M12. Sala 8 - 15h40, 17h40, 21h55, 23h55; G. I. Joe Retaliação M12. Sala 9 - 14h40, 17h05, 21h45, 00h10; Dou-lhes Um Ano M12. Sala 9 - 19h30
Olhão Algarcine - Cinemas de OlhãoC.C. Ria Shopping. T. 289703332Homem de Ferro 3 M12. Sala 1 - 15h30, 18h30, 21h30, 23h45; Sangue Quente M12. Sala 2 - 15h20, 18h30, 21h30, 23h45; Snitch - Infiltrado Sala 3 - 15h15, 18h15, 21h15
Portimão Algarcine - Cinemas de PortimãoAv. Miguel Bombarda. T. 282411888Homem de Ferro 3 M12. Sala 1 - 15h, 17h30, 19h30, 21h30, 24h; As Fantásticas Aventuras de Tad M6. Sala 2 - 14h (V.Port.); Fogo Contra Fogo M12. Sala 2 - 15h45, 18h, 21h45, 24h
Tavira Zon Lusomundo TaviraR. Almirante Cândido dos Reis. T. 16996Nome de Código Paulette M12. 15h35, 18h20, 21h10, 23h55; Homem de Ferro 3 M12. 15h35, 18h20, 21h10, 23h55; Esquecido 15h45, 18h30, 21h15, 23h55; Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. 21h40, 23h45; Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. 15h15, 17h20, 19h20, 21h25, 23h35; Gladiadores M6. 17h20, 19h30 (V.Port.); O Grande Dia M12. 15h05, 17h10, 19h25, 21h20, 23h30
TEATROLisboaBiblioteca Municipal Orlando RibeiroEstrada de Telheiras, 146. T. 217549030 A Fanfarra Grupo: TeatroÀParte. Enc. Sandra Faleiro. De 3/5 a 11/5. 6ª e Sáb às 21h30. Informações: 926440574. Casa da GalhetaBeco da Galheta. T. 929422513 Manifesto Antropófago Teatro Alardiário. Enc. Ricardo Bargão. De 3/5 a 31/5. 6ª às 21h.Casa de GoaCalçada do Livramento, 17. T. 213930078 Colaboracionistas De John Hodge. De 3/5 a 23/5. 6ª e Sáb às 19h19 (inclui jantar).
Casa do Artista - Teatro Armando CortezEstrada da Pontinha, 7. T. 217110890 A Curva da Felicidade Grupo: Centro de Artes Dramáticas de Oeiras. De 2/5 a 8/6. 5ª e 6ª às 21h30. Sáb às 16h e 21h30. M/12.Casino LisboaParque das Nações. T. 218929000 Guru Enc. José Pedro Gomes. A partir de 2/5. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 16h. M/12. Centro Cultural de BelémPraça do Império. T. 213612400 A Estalajadeira Enc. Jorge Silva Melo. De 26/4 a 4/5. 2ª, 3ª, 5ª, 6ª e Sáb às 21h. Dom às 16h.Estrela HallRua da Estrela, 10. T. 213961946 When Were You Happiest Enc. Robert Clowes. De 3/5 a 5/5. 6ª e Sáb às 21h. Dom às 16h.Mini Teatro da CalçadaCalçada do Combro, 147. Auricolérica e Teleufórica Com Alexandra Freudenthal, Susana Palmerston. De 2/5 a 27/7. 5ª a Sáb às 21h30. Teatro do BairroR. Luz Soriano, 63 (Bairro Alto). T. 213473358 Pequenas Comédias Enc. António Pires. De 10/4 a 19/5. 4ª a Sáb às 21h30. Dom às 17h. Teatro RápidoRua Serpa Pinto, 14. T. 213479138 A-Bor-Todas! Enc. Alberto Sogorb Jover. De 2/5 a 31/5. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom às 18h20, 18h50, 19h20, 19h50 e 20h25 (na Sala 4). M/12. Duração: 15m. Debaixo de Água Enc. Eduardo Frazão. De 2/5 a 31/5. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom às 18h, 18h30, 19h, 19h30 e 20h (na Sala 1). M/16. Duração: 15m. Gisberta Enc. Eduardo Gaspar. De 2/5 a 31/5. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom às 18h15, 18h45, 19h15, 19h45 e 20h15 (na Sala 3). M/12. Duração: 15m. Nana (Canção de Embalar) Enc. Silvina Pereira. De 2/5 a 31/5. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom às 18h05, 18h35, 19h05, 19h35 e 20h05 (na Sala 2).Teatro Tivoli BBVAAvenida da Liberdade, 182. T. 213572025 TOC TOC Enc. António Pires. A partir de 13/3. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 17h. M/16. Teatro TurimEstrada de Benfica, 723A. T. 217606666 TimeLine Com Cecília Henriques, Raimundo Cosme, Carlos Gomez, Joaquin Mendez. De 25/4 a 5/5. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 17h. M/16. Teatro VillaretAv.Fontes Pereira Melo, 30A. T. 213538586 Isto É Que Me Dói! Enc. Francisco Nicholson. De 2/5 a 19/5. 5ª e 6ª às 21h30. Dom às 16h. M/12. Teatro-Estúdio Mário Viegas Largo do Picadeiro. T. 213257641 No Escuro Damos as Mãos Enc. Juvenal Garcês. A partir de 18/4. 5ª e 6ª às 21h30.
AlmadaTeatro Municipal Joaquim BeniteAvenida Professor Egas Moniz. T. 212739360 A Elegante Melancolia do Crepúsculo Enc. Luísa Pinto. Dia 3/5 às 21h30. M/12.
BejaTeatro Municipal Pax-JúliaLargo de São João. T. 284315090 Vamos lá então perceber as mulheres. Só um bocadinho... Enc. Sofia Bernardo. Com Marta Gautier. Dia 3/5 às 21h30.
CascaisTeatro Maria Helena TorradoRua Freitas Reis, 25. T. 913439938 Broad What? Broadway!! Enc. Pessoa Júnior. De 3/5 a 18/5. 6ª e Sáb às 21h30. Teatro Municipal Mirita CasimiroAvenida Fausto Figueiredo. T. 214670320
38 | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
SAIRViagem à Roda da Parvónia Grupo: Teatro Experimental de Cascais. Enc. Carlos Avilez. De 13/4 a 26/5. 4ª a Sáb às 21h30. Dom às 16h.
FaroTeatro LethesRua de Portugal, 59. T. 289820300 Um Dia os Réus Serão Vocês: O Julgamento de Álvaro Cunhal Comp. de Teatro de Almada. Enc. Rodrigo Francisco. De 1/5 a 4/5. 4ª a Sáb às 21h30. M/12. Duração: 60m.
Olival BastoCentro Cultural da MalapostaRua Angola. T. 219383100 Felizmente há Luar! Enc. Jorge Estreia. De 1/3 a 5/5. 6ª e Sáb às 21h30. Dom às 16h. Os Maias Enc. Jorge Estreia. De 12/4 a 5/5. 6ª e Sáb às 21h. Dom às 16h. M/12.
SintraCentro Cultural Olga CadavalPraça Dr. Francisco Sá Carneiro. T. 219107110 Chico em Pessoa Enc. Carlos Paulo. Com Valéria Carvalho. Dia 3/5 às 22h. M/12.
EXPOSIÇÕESLisboa3 + 1 Arte ContemporâneaRua António Maria Cardoso, 31. T. 210170765 What You Had and What You Lost De Anthony Arrobo. De 22/3 a 11/5. 3ª a Sáb das 14h às 20h. Pintura. Alecrim 50R. do Alecrim, 48-50. T. 213465258 O Teatro De Luís Silveirinha. De 2/5 a 29/6. 3ª a 6ª das 11h às 19h. Sáb das 11h às 14h.Appleton SquareRua Acácio Paiva, 27 - r/c. T. 210993660 Um Dia de Chuva De João Seguro. De 4/4 a 4/5. 3ª a Sáb das 15h às 20h. Arquivo FotográficoRua da Palma, 246. T. 218844060 Imagem entre Imagens De Alberto Carlos Lima, António Júlio Duarte, Daniel Antunes Pinheiro, Daniel Blaufuks, Eurico Lino do Vale, Paulo Catrica, entre outros. De 14/3 a 11/5. 2ª a Sáb das 10h às 19h. Fotografia. Atelier-Museu Júlio PomarRua do Vale, 7. T. 218172111 Em torno do Acervo De Júlio Pomar. De 5/4 a 29/9. 3ª a Dom das 10h às 18h.Baginski Galeria/ProjectosR. Capitão Leitão, 51/53. T. 213970719 2013 Rebuild_01 [Projecto Convidado] De Tomaz Hipólito. De 17/4 a 15/5. 3ª a Sáb às 14h. LPS (La Place du Spectateur #2) De Carlos Correia. De 17/4 a 15/5. 3ª a Sáb às 14h.BES Arte & FinançaPraça Marquês Pombal, 3-B. T. 213508975 BES Revelação 2012 De Diana Carvalho, Joana Escoval, Tiago Casanova, Mariana Calé + Francisco Queimadela. De 19/4 a 31/5. 2ª a 6ª das 09h às 19h. Fotografia. Biblioteca Nacional de PortugalCampo Grande, 83. T. 217982000 Dos Céus ao Universo De 2/5 a 26/7. 2ª a 6ª das 09h30 às 19h30. Sáb das 09h30 às 17h30. Documental. Bloco103 Contemporary ArtR. Rodrigues da Fonseca, 103B. T. 213823131 Paisagens Improváveis De Ana Tecedeiro, Tiago Mourão. De 21/3 a 12/5. 3ª a 6ª das 13h às 19h30. Sáb das 15h às 19h.Caixa de Crédito AgrícolaR. do Castilho, 233. T. 213805510 International Surrealism Now De
Horizon De Matt Keegan. De 12/4 a 1/6. 3ª a 6ª das 10h às 13h30 e das 14h30 às 19h. Sáb das 14h30 às 19h. Fotografia, Outros. Galeria Quadrado Azul - LisboaR. Reinaldo Ferreira, 20-A. T. 213476280 Gloom De Paulo Nozolino. De 4/4 a 25/5. 3ª a Sáb das 13h às 20h. Fotografia. Galeria QuadrumR. Alberto Oliveira, 52. T. 218170534 Ciclo Budapeste: Diogo Evangelista De 23/4 a 5/5. 3ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb e Dom das 14h às 18h.Galeria RattonR. Academia das Ciências, 2C. T. 213460948 Que Procura Vmê De Júlio Pomar. De 7/3 a 3/5. 2ª a 6ª das 10h às 13h30 e das 15h às 19h30.GiefarteRua Arrábida, 54B. T. 213880381 We May Not Be Perfect But Heaven Knows We Try De Manuel Caldeira. De 19/3 a 17/5. 2ª a 6ª das 11h às 14h e das 15h às 20h.Jardim Botânico de LisboaRua da Escola Politécnica, 58. T. 213921800 Adaptações Botânicas De 22/10 a 31/12. Todos os dias das 09h às 20h. As Plantas do Tempo dos Dinossáurios A partir de 23/11. Todos os dias das 09h às 20h. Kunsthalle LissabonAv. da Liberdade, 211 - 1º. T. 912045650 I dreamt the work of another artist De Mona Vatamanu, Florin Tudor. De 27/3 a 1/6. 5ª a Sáb das 15h às 19h.Lagartagis - BorboletárioRua Escola Politécnica, 54-56. T. 210443510 Lagartagis - Exposição de Borboletas Vivas Todos os dias das 10h às 17h. Lisboa Story Centre Terreiro do Paço. T. 916440827 Memórias da Cidade A partir de 11/9. Todos os dias das 10h às 20h (última admissão às 19h). Documental, Interactivo, Outros. Livraria Sá da CostaRua Garrett, 100. T. 213460702 Ilha De Bárbara Assís Pacheco, Cláudia Varejão, Edvinas Grin, Frauke Frech, Joana Linda, José Miguel Vitorino, Lara Torres + Diogo Melo, Miguel Bonneville, Sara Pazos, Sofia Arriscado, Sónia Baptista, Vicky Sabourin. De 20/4 a 18/5. 2ª a Sáb das 15h às 19h. Lumiar CitéR. Tomás del Negro, 8-A. T. 213521155 Labour in a Single Shot De Antje Ehmann e Harun Farocki. De 2/5 a 16/6. 4ª a Dom das 15h às 19h.MNAC - Museu do ChiadoRua Serpa Pinto, 4. T. 213432148 Arte Portuguesa 1850-1975 De João Cristino da Silva, Columbano Bordalo Pinheiro, João Marques de Oliveira, António Carneiro, Amadeo de Souza-Cardoso, Eduardo Viana, Mário Eloy, entre outros. De 20/2 a 31/12. 3ª a Dom das 10h às 18h. Hetero Q.B. De Ana Bezelga, Ana Pérez-Quiroga + Patrícia Guerreiro, Carla Cruz, Elisabetta di Sopra, Lilibeth Cuenca Rasmussen, Mare Tralla, Oreet Ashery, Rachel Korman, Roberta Lima, Zanele Muholi, entre outros. De 9/4 a 30/6. 3ª a Dom das 10h às 18h (última admissão às 17h30).Módulo - Centro Difusor de ArteCalçada dos Mestres, 34A/B. T. 213885570 Tito Mouraz De 23/3 a 11/5. 2ª a Sáb das 15h às 20h. Fotografia. MUDE - Museu do Design e da ModaRua Augusta, 24. T. 218886117
Percursos. Barro Negro/ Castanho/Ferro/ Granito De Linde Burkhardt. De 11/4 a 18/8. 3ª a Dom às 10h (últ. admissão às 17h45). Único e Múltiplo. 2 Séculos de Design A partir de 27/5. 3ª a Dom das 10h às 20h. Museu Colecção BerardoPraça do Império - CCB. T. 213612878 BES Photo 2013 De Albano Silva Pereira, Filipe Branquinho, Pedro Motta, Sofia Borges. De 17/4 a 2/6. Todos os dias das 10h às 19h. Exposição Permanente do Museu Colecção Berardo (1960-2010) De Vito Acconci, Carl Andre, Alan Charlton, Louise Bourgeois, José Pedro Croft, Antony Gormley, Jeff Koons, Allan McCollum, William Wegman, entre outros. A partir de 9/11. Todos os dias das 10h às 19h (última admissão às 18h30).Museu da CervejaTerreiro do Paço. T. 210987656 Contos Murais De Júlio Pomar. A partir de 3/4. Todos os dias das 12h às 23h.Museu da Cidade de LisboaCampo Grande, 245. T. 217513200 Lisboa 1755. A Cidade à Beira do Terramoto - Reconstituição virtual da Lisboa pré-pombalina A partir de 25/11. 3ª a Dom das 10h às 13h e das 14h às 18h. Pedra, Papel ou Tesoura De Belén Uriel. De 16/3 a 19/5. 3ª a Dom das 10h às 13h e das 14h às 18h.Museu da ElectricidadeAv. Brasília - Edif. Central Tejo. T. 210028190 Coração Aventuroso De Inez Teixeira. De 21/2 a 26/5. 3ª a Dom das 10h às 18h. World Press Photo 13 De vários autores. De 2/5 a 26/5. 3ª a 5ª das 10h às 18h. 6ª, Sáb e Dom das 10h às 00h. Fotografia. Museu da MarionetaRua da Esperança, 146. T. 213942810 Marionetas A partir de 7/11. 3ª a Dom das 10h às 13h e das 14h às 18h (última admissão às 12h30 e 17h30).Museu das ComunicaçõesRua do Instituto Industrial, 16. T. 213935000 Casa do Futuro A partir de 1/3. 2ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb às 16h. Mala Posta A partir de 1/12. 2ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb das 14h às 18h. Vencer a Distância - Cinco Séculos de Comunicações em Portugal A partir de 2/5. 2ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb das 14h às 18h.Museu de Artes Decorativas PortuguesasLargo das Portas do Sol, 2 (Palácio Azurara). T. 218814600 i em pessoa De Teresa Gonçalves Lobo. De 13/3 a 24/6. 2ª, 4ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom das 10h às 17h. Desenho, Objectos, Outros. Museu de São RoqueLargo Trindade Coelho. T. 213235065 Exposição Permanente A partir de 20/12. 3ª, 4ª, 6ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. 5ª das 14h às 21h.Museu do CombatenteForte do Bom Sucesso. T. 213017225 A História da Aviação Militar A partir de 16/10. Todos os dias das 10h às 17h. Engenharia e Tecnologia Militar na Antiguidade: Catapultas e Máquinas de Cerco De 1/3 a 30/1. Todos os dias das 10h às 18h. Guerra do Ultramar - 50 anos depois A partir de 11/2. 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, Sáb, Dom e feriados das 10h às 17h. O Combatente Português do Século XX A partir de 10/12. Todos os dias das 10h às 17h. Museu do FadoLargo do Chafariz de Dentro, 1. T. 218823470 Acordem as Guitarras De Ana Vidigal, Siza Vieira, Catarina Pestana, Alexandre Farto aka VHILS, entre outros. De 19/4 a 31/5. 3ª a Dom das 10h às 18h. Museu do Fado (1998-2008) De José Malhoa, Rafael Bordalo Pinheiro, Constantino Fernandes, Cândido da Costa Pinto, Arnaldo Louro de Almeida, João Vieira, Júlio Pomar, entre outros. A partir de 2/10. 3ª a Dom das 10h às 18h.
SAIRAlexander Varganov, Andrew Nekrasov, Egill Eibsen, Héctor Pineda, Steve Smith, Vu Huyen Thuong, entre outros. De 10/4 a 6/5. 2ª a 6ª das 09h às 19h30. Caroline Pagès GalleryR. Ten. Ferreira Durão, 12 - 1Dto. T. 213873376 Pulsar De Jesus Alberto Benitez. De 18/4 a 15/6. 2ª a Sáb das 15h às 18h. Carpe Diem Arte e PesquisaR. de O Século, 79. T. 211924175 Colectiva De Gabriela Albergaria, Irit Batsry, João Pedro Vale + Nuno Alexandre Ferreira, Nelson Leirner, Valter Ventura, Alex Gabassi. De 9/3 a 25/5. Todos os dias.Casa da América LatinaAvenida 24 de Julho, 118B. O Lugar das Cores De Flávio Caporali, Inês Correia, Jorge Costa, Jorge Filipe Teixeira, Judith Klein, Rita Portugal Lima, Saíra Fátima Kleinhans Inoue. De 10/4 a 28/6. Todos os dias das 09h30 às 13h e das 14h às 18h30.Casa Museu Dr. Anastácio GonçalvesAvenida 5 de Outubro, 6/8. T. 213540823 Nuno Sousa Vieira: Sala de Exposição De 5/4 a 18/5. 3ª das 14h às 18h. 4ª a Dom das 10h às 18h.Casa-Museu da Fundação António Medeiros e AlmeidaRua Rosa Araújo, 41. T. 213547892 Intromissões De Eduardo Nery. De 2/4 a 4/5. 2ª a 6ª das 13h às 17h. Sáb das 10h às 17h30. Peças com história... A partir de 25/3. 2ª a 6ª das 13h às 17h30. Sáb das 10h às 17h30. Centro Cultural de BelémPraça do Império. T. 213612400 ARX Arquivo/Archive De Nuno Mateus + José Mateus. De 21/3 a 21/7. 3ª a Dom das 10h às 18h.Centro de Arte Moderna - José de Azeredo PerdigãoRua Dr. Nicolau Bettencourt. T. 217823474 A obra perdida de Emmerico Nunes De Emmerico Nunes. De 19/4 a 7/7. 3ª a Dom das 10h às 18h. Galápagos De Paulo Catrica, Kaffe Matthews, Jyll Bradley, Jeremy Deller, Dorothy Cross, Alison Turnbull, Filipa César. De 19/4 a 7/7. 3ª a Dom das 10h às 18h. Razões Imprevistas - Retrospectiva de Fernando de Azevedo De 19/4 a 7/7. 3ª a Dom das 10h às 18h.Chiado 8 - Arte ContemporâneaLargo do Chiado, 8. T. 213237335 Vraum De Gonçalo Barreiros. De 1/3 a 10/5. 2ª a 6ª das 12h às 20h.Cristina Guerra - Contemporary ArtR. Santo António à Estrela, 33. T. 213959559 Duet De Julião Sarmento e Salma Cheddadi, Jaime Pitarch e Rui Toscano, Filipa César e Lisa Tan, Eric Baudelaire e Pablo Pijnappel, Duncan Campbell e Raphaël Zarka. De 23/4 a 11/5. 3ª a 6ª das 12h às 20h. Sáb das 15h às 20h. CulturgestRua Arco do Cego - CGD. T. 217905155 Esculturas Sonoras 1994-2013 De Rui Toscano. De 8/2 a 19/5. 2ª, 4ª, 5ª e 6ª das 11h às 19h. Sáb, Dom e feriados das 14h às 20h. Retrato de Michel Auder De Michel Auder. De 8/2 a 19/5. 2ª, 4ª, 5ª e 6ª das 11h às 19h. Sáb, Dom e feriados das 14h às 20h. Ermida de Nossa Senhora da ConceiçãoTravessa do Marta Pinto, 12. T. 213637700 As Far As I Can See De Rui Calçada Bastos. De 13/4 a 26/5. 3ª a 6ª das 11h às 17h. Sáb e Dom das 14h às 18h. Vídeo. Espaço Tranquilidade - Projectos EspeciaisR. Rodrigues Sampaio, 95. T. 213503500 Instructions De Ramiro Guerreiro. De 7/3 a 3/5. 3ª a 6ª das 12h30 às 19h.Fundação Arpad Szenes - Vieira da SilvaPraça das Amoreiras, 56. T. 213880044 Estes e Outros Encontros: Obras da Colecção Fundação Luso-Americana e Fundação Arpad Szenes - Vieira da
Silva Com Ana Hatherly, Vieira da Silva. De Helena Almeida, Lourdes Castro, Rui Chafes, Ana Jotta, Vítor Pomar, António Poppe, Rui Sanches. De 18/4 a 14/7. 4ª a Dom das 10h às 18h. Vieira da Silva, Agora De 14/3 a 16/6. 4ª a Dom das 10h às 18h (grátis ao Dom das 10h às 14h). Pintura. Fundação e Museu Calouste GulbenkianAvenida de Berna, 45A. T. 217823000 360º Ciência Descoberta De 2/3 a 2/6. 3ª a Dom das 10h às 18h. Clarice Lispector - A Hora da Estrela De 4/4 a 23/6. 3ª a Dom das 10h às 18h. Ocupações Temporárias De 11/4 a 26/5. 3ª a Dom das 10h às 18h. Galeria 36Rua S. Filipe Nery, 36. T. 918972966 Quadricula Versátil De Pedro Noronha. De 18/4 a 25/5. 2ª a Sáb das 16h às 19h30.Galeria Belo-GalstererR. Castilho 71, RC, Esq. T. 213815891 Juliane Solmsdorf + Mário Macilau De 11/4 a 25/5. 3ª a 6ª das 12h às 19h. Sáb das 14h às 19h.Galeria Bessa Pereira - Design Séc. XXR. Luz Soriano, 15/17. T. 935167270 José Espinho: A diversidade no fazer De 5/4 a 6/6. 3ª a Sáb das 14h30 às 19h30.Galeria BoavistaR. da Boavista, 50. T. 213476335 Mansilla/Tuñón Madrid De Luis M. Mansilla, Emilio Tuñón Alvarez. De 11/4 a 31/5. 3ª a Dom das 15h às 18h. Arquitectura, Outros. Galeria das SalgadeirasRua das Salgadeiras, 24. T. 213460881 Luz De Lucília Monteiro. De 23/3 a 18/5. 4ª, 5ª e 6ª das 17h às 21h. Sáb das 16h às 21h.Galeria de Arte UrbanaCalçada da Glória. T. 213227000 Almada por Se7e De Fidel Évora, João Samina, Mário Belém, Miguel Januário, Pantónio, Pedro Batista, Tamara Alves. De 7/4 a 30/9. Todos os dias (24h).Galeria DiferençaRua São Filipe Neri, 42 - Cave. T. 213832193 Suspensa e leve no horizonte, passava De José Barrias. De 2/5 a 29/6. 3ª a 6ª das 14h às 19h. Sáb das 15h às 20h. Galeria Filomena SoaresRua da Manutenção, 80. T. 218624122 The Sorrows of Electricity De António Olaio. De 14/3 a 25/5. 3ª a Sáb das 10h às 20h. Tranquila ferida do sim, faca do não De Rui Chafes. De 14/3 a 25/5. 3ª a Sáb das 10h às 20h. Escultura. Galeria Graça BrandãoR. Caetanos, 26A (Bairro Alto). T. 213469183 Nuno Sousa Vieira: Sala de Exposição De 5/4 a 18/5. 3ª das 14h às 18h. 4ª a Dom das 10h às 18h.Galeria MillenniumRua Augusta. Baixa em Tempo Real De 2/2 a 24/5. 2ª a Sáb das 10h às 13h e das 14h às 17h.Galeria MøblerR. Nova da Piedade, 49. Rui Gaiola De 2/5 a 2/6. 4ª, 5ª e 6ª às 14h. Sáb às 11h. Fotografia. Galeria Novo SéculoRua do Século, 23A/B. T. 213427712 Pinturas no Atelier De Carlos Barroco, Heitor Figueiredo, Júlio Pomar, Jorge Varanda, Manuel João Vieira, entre outros. De 4/4 a 4/5. 3ª a Sáb das 14h às 19h. Galeria Pedro CeraRua do Patrocínio, 67E. T. 218162032
Chico em Pessoa, com Valéria Carvalho
MARIIS CAPELA
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 39
SAIRMuseu do OrienteAv. Brasília. T. 213585200 Cartazes de Propaganda Chinesa - A Arte ao Serviço da Política De 25/1 a 27/10. 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. 6ª das 10h às 22h (entrada gratuita a partir das 18h). Deuses da Ásia A partir de 9/5. 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h (última admissão 17h30). 6ª das 10h às 22h (última admissão 21h30) (gratuito 18h às 22h). Do Vasto e Belo Porto de Lisboa De 1/3 a 27/5. 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. 6ª das 10h às 22h (entrada gratuita a partir das 18h). Macau. Memórias a Tinta-da-China De Charles Chauderlot. De 1/2 a 30/6. 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. 6ª das 10h às 22h (entrada gratuita a partir das 18h). Presença Portuguesa na Ásia. O Coleccionismo de arte do Extremo Oriente A partir de 9/5. 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h (última admissão 17h30). 6ª das 10h às 22h (última admissão 21h30) (gratuito das 18h às 22h). Museu Nacional de ArqueologiaPraça do Império. T. 213620000 Antiguidades Egípcias A partir de 18/4. 3ª a Dom das 10h às 18h. Tesouros da Arqueologia Portuguesa A partir de 1/1. 3ª a Dom das 10h às 18h.Museu Nacional de Arte AntigaRua das Janelas Verdes, 1249. T. 213912800 Deambulações. Desenhadores Franceses em Portugal nos séculos XVIII e XIX De 28/2 a 5/5. 3ª das 14h às 18h. 4ª a Dom das 10h às 18h. Ilusionismos - Os Tectos Pintados do Palácio Alvor De 8/3 a 26/5. 3ª das 14h às 17h30. 4ª a Dom das 10h às 17h30. Pintura e Artes Decorativas do Século XII ao XIX A partir de 16/12. 3ª das 14h às 18h. 4ª a Dom das 10h às 18h. Museu Nacional de História Natural e da CiênciaRua Escola Politécnica, 58/60. T. 213921800 A Aventura da Terra: um Planeta em Evolução A partir de 19/11. 3ª a 6ª das 10h às 17h (última admissão às 16h). Sáb e Dom das 11h às 18h (última admissão às 17h). Allosaurus: Um Dinossáurio, Dois Continentes? De 6/2 a 31/12. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h. Azul De Sofia Areal. De 2/5 a 2/6. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h. Jóias da Terra - O Minério da Panasqueira A partir de 1/8. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h.
MusicBoxRua Nova do Carvalho, 24. T. 213430107 Coldfinger Dia 3/5 às 23h30.Onda JazzArco de Jesus, 7. T. 919184867 Paulo de Carvalho De 3/5 a 4/5. 6ª e Sáb às 22h30. Teatro Municipal de S. LuizR. António Maria Cardoso, 38. T. 213257650 Hélder Moutinho Dia 3/5 às 21h. Teatro Nacional de São CarlosLargo de São Carlos, 17. T. 213253045 Rigoletto Orq. Sinfónica Portuguesa. Enc. Francesco Esposito. De 3/5 a 11/5. 5ª a Sáb às 20h (dias 3, 9 e 11). Dom às 16h.Universidade Nova de LisboaCampus de Campolide. T. 213715600 Orquestra Metropolitana de Lisboa Dia 3/5 às 21h.
Caldas da RainhaCentro Cultural e CongressosRua Dr. Leonel Sotto Mayor. T. 262889650 Kaki King & Frankie Chavez Dia 3/5 às 21h30.
FaroCampo do Complexo Desportivo da PenhaFaro. T. 289807293 XXVIII Semana Académica do Algarve De 2/5 a 11/5. Todos os dias às 20h. Dia 3: Ricardo Sousa, Melomeno-Rítmica, DJ Daniel D, Oscar L, DJ Chus. Inf: 289818606. Teatro Municipal de FaroHorta das Figuras (EN 125). T. 289888110 Luísa Sobral Dia 3/5 às 21h30 (M/3).
LagoaAuditório Municipal de LagoaUrbanização Lagoa Sol. T. 282380452 Orquestra do Algarve Dia 3/5 às 21h30.
Leiria
Teatro José Lúcio da SilvaAvenida Heróis de Angola. T. 244834117 Julie & The Carjackers Dia 3/5 às 21h30.
SintraPalácio Nacional de SintraLargo da Rainha Dona Amélia. T. 219106840 Divino Sospiro Dia 3/5 às 21h.
Torres VedrasTeatro-Cine de Torres VedrasAvenida Tenente Valadim, 19. T. 261338131 Patricia Barber Dia 3/5 às 21h30 (M/12).
Valado dos FradesBiblioteca de Instrução e RecreioR. Prof. Xavier Coelho. T. 262577302 Daerr + Bica + Stick Dia 3/5 às 22h (16.º Festival de Jazz de Valado dos Frades).
DANÇALisboaTeatro CamõesParque das Nações. T. 218923470 Dance Bailarina Dance Coreog. Clara Andermatt. De 26/4 a 5/5. 6ª, Sáb e 2ª às 21h. Dom às 16h. M/3.
LeiriaTeatro Miguel Franco (C. C. de Leiria)Largo de Santana. T. 244839680 Burlesque Urbano Coreog. Ana do Vale, Emma Sabria, Célia Portela, Cecília Soares, Gael Duarte, Chilitéki Crew, Nellys Ferreira. Dia 3/5 às 21h30.
Olival BastoCentro Cultural da MalapostaRua Angola. T. 219383100 Krishna ou O Amante Divino Paulo Sousa (sitarista), Tarikavalli. Dia 3/5 às 21h30. M/6.
SAIRMemória da Politécnica: Quatro Séculos de Educação, Ciência e Cultura De 17/4 a 31/12. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h. Memórias da Politécnica - Quatro séculos de Educação, Ciência e Cultura De 16/2 a 31/12. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h. Zoom - Uma Planta, Três Olhares De 18/4 a 20/10. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h.Museu Nacional do TrajeLargo Júlio Castilho. T. 217567620 Pele sobre Pele De 24/2 a 30/5. 3ª das 14h às 18h. 4ª a Dom das 10h às 18h.Museu Nacional dos CochesPraça Afonso de Albuquerque. T. 213610850 Exposição Permanente de Coches Reais A partir de 1/1. 3ª a Dom das 10h às 18h (última admissão às 17h30). Objectos, Documental. Museu Rafael Bordalo PinheiroCampo Grande, 382. T. 218170667 Através do Traço - Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro De 19/4 a 20/9. 3ª a Sáb das 10h às 18h.Oceanário de LisboaDoca dos Olivais. T. 218917002 Tartarugas Marinhas. A Viagem A partir de 7/4. Todos os dias das 10h às 19h. Padrão dos DescobrimentosAv. Brasília . T. 213031950 Fotógrafos do Mundo Português 1940 De Mário e Horácio Novais, Eduardo Portugal, Paulo Guedes, Kurt Pinto, António Passaporte, Casimiro Vinagre, entre outros. De 24/2 a 26/5. Todos os dias das 10h às 19h. Palácio Nacional da AjudaLargo da Ajuda. T. 213637095 Joana Vasconcelos - Palácio Nacional da Ajuda De 22/3 a 25/8. 2ª, 3ª, 5ª, 6ª e Dom das 10h às 19h. Sáb das 10h às 21h.Páteo da Galé Praça do Comércio (Terreiro do Paço). Vida, pensamento e luta: exemplo que se projecta na actualidade e no futuro De 27/4 a 2/6. 3ª a 5ª das 10h às 20h. 6ª e Sáb das 10h às 22h. Dom das 10h às 20h.Picadeiro do Antigo Colégio dos NobresR. Escola Politécnica, 60. The Devil’s Breath - Parte I De Pedro Valdez Cardoso. De 21/3 a 27/4. 5ª a Sáb das 14h às 19h.Vera Cortês - Agência de ArteAvenida 24 de Julho, 54 - 1ºE. T. 213950177 If I were you I’d paint it pink and place a chair upside down De Joana Bastos. De 22/3 a 4/5. 3ª a Sáb das 14h às 19h.
MÚSICALisboaColiseu dos RecreiosR. Portas de Santo Antão, 96. T. 213240580 Deolinda Dia 3/5 às 21h30 (M/3).Espaço Brasil (Lx Factory)Rua Rodrigues de Faria, 103. T. 213143399 Eduardo Gallotti & Luís Filipe de Lima + Casuarina Dia 3/5 às 22h. Fábrica do Braço de PrataR. Fábrica Material Guerra, 1. T. 965518068 Jazz Solidário Com Selma Uamusse, Elisa Rodrigues, Júlio Resende, Daniel Hewson, Cicero Lee, Mick Trovoada, Manu Teixeira, Tiago Oliveira. Dia 3/5 às 22h.Fundação e Museu Calouste GulbenkianAvenida de Berna, 45A. T. 217823000 Paul Lewis e Orquestra Gulbenkian Com Paul Lewis (piano). De 2/5 a 3/5. 6ª às 19h. Hot Clube de PortugalPraça da Alegria, 48. T. 213619740 Bruno Santos Quinteto De 2/5 a 4/5. 5ª a Sáb às 22h30. Jardim do Príncipe RealPríncipe Real. Meo Out Jazz 2013 Dia 3/5 às 18h (com Metamorfose + Nery). Inf: 213421546. Lux FrágilAv. Infante D. Henrique. T. 218820890 Hard Ass Sessions (Addison Groove + Branko + Rastronaut + Surfing Lions) + Yen Sung + Tiago Dia 3/5 às 23h. Museu do OrienteAv. Brasília. T. 213585200 Rhythm Yatra Dia 3/5 às 21h30 (M/3). Museu Nacional do AzulejoRua Madre de Deus, 4. T. 218100340 Quarteto Colonial Dia 3/5 às 18h30 (Festival de Música Clássica Brasileira).
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FARMÁCIAS
LisboaServiço PermanenteCartaxo (Alvalade) - Av. da Igreja, 21 - C - Tel. 218470726 Castro Fonseca (Campo de Ourique) - Rua 4 de Infantaria, 28 - A - Tel. 213888857 Figueiras (Avenidas Novas) - Av. Conde Valbom, 29 A - Tel. 213560223 Lusitana (Areeiro) - Av. de Roma, 18 - A - Tel. 218485443 Onilda (João XXI) - Av. João Xxi, 13 - A - Tel. 218486848 Nova dos Olivais (Santa Maria dos Olivais) - Rua de Manhiça, Lote 469-A - Tel. 218516402
Outras LocalidadesServiço PermanenteAbrantes - Ondalux Alandroal - Santiago Maior, Alandroalense Albufeira - Santos Pinto Alcácer do Sal - Alcacerense Alcanena - Ramalho Alcobaça - Campeão, Alves (Benedita), Nova (Benedita) Alcochete - Cavaquinha, Póvoas (Samouco) Alenquer - Cuco, Matos Coelho Aljustrel - Pereira Almada - Nita (Charneca de Caparica), Cerqueira (Cova da Piedade), Tovar Chaves (Feijó), Pepo (Vila Nova da Caparica) Almeirim - Mendonça
Almodôvar - Ramos Alpiarça - Leitão Alter do Chão - Alter, Portugal (Chança) Alvaiázere - Ferreira da Gama, Castro Machado (Alvorge), Pacheco Pereira (Cabaços), Anubis (Maçãs D. Maria) Alvito - Nobre Sobrinho Amadora - Damaia, Melo, Tavares Matos Ansião - Teixeira Botelho, Medeiros (Avelar), Rego (Chão de Couce), Pires (Santiago da Guarda) Arraiolos - Vieira Arronches - Batista, Esperança (Esperança/Arronches) Arruda dos Vinhos - Da Misericórdia Avis - Nova de Aviz Azambuja - Dias da Silva, Nova Barrancos - Barranquense Barreiro - Piçarra Batalha - Ferraz, Silva Fernandes (Golpilheira) Beja - J. A. Pacheco Belmonte - Costa, Central (Caria) Benavente - Miguens, Martins (Samora Correia) Bombarral - Miguel Borba - Carvalho Cortes Cadaval - Misericórdia, Figueiros (Figueiros Cadaval (Jan,Mar,Maio)), Luso (Fev,Abr,Jun) (Vilar Cadaval (Fev,Abr,Jun)) Caldas da Rainha - Caldense Campo Maior - Campo Maior Cartaxo - Abílio Guerra Cascais - Carvalho (Alcabideche), Cascais, do Junqueiro (Parede) Castanheira de Pera
- Dinis Carvalho (Castanheira) Castelo Branco - Ferrer Castelo de Vide - Roque Castro Verde - Alentejana Chamusca - S. José Constância - Carrasqueira (Montalvo) Coruche - Frazão Covilhã - São Cosme Crato - Misericórdia Cuba - Da Misericórdia Entroncamento - Carlos Pereira Lucas Estremoz - Grijó Évora - Central Faro - Higiene Ferreira do Alentejo - Salgado Ferreira do Zêzere - Moderna (Frazoeira/Ferreira do Zezere) Figueiró dos Vinhos - Campos (Aguda), Vidigal Fronteira - Vaz (Cabeço de Vide) Fundão - Taborda Gavião - Gavionense, Pimentel Golegã - Salgado Grândola - Costa Idanha-a-Nova - Andrade (Idanha A Nova), Serrasqueiro Cabral (Ladoeiro), Freitas (Zebreira) Lagoa - José Maceta Lagos - Neves Leiria - Central Loulé - Chagas, Algarve (Quarteira), Paula (Salir) Loures - Fátima, Lourenço (Sacavém), Pedro Santos (Vale Figueira) Lourinhã - Correia Mendes (Moita dos Ferreiros), Leal (Rio Tinto) Mação - Catarino Mafra - Marques (Azueira), Costa Maximiano (Sobreiro) Marinha Grande - Roldão
Marvão - Roque Pinto Mértola - Pancada Moita - Gusmão (Alhos Vedros) Monchique - Moderna Monforte - Jardim Montemor-o-Novo - Novalentejo Montijo - Borges da Cruz Mora - Canelas Pais (Cabeção), Falcão, Central (Pavia) Moura - Rodrigues Mourão - Central Nazaré - Silvério, Maria Orlanda (Sitio da Nazaré) Nisa - Ferreira Pinto Odemira - Confiança Odivelas - Serra, Tanara Oeiras - Branco, Lealdade, Seixas Martins Oleiros - Martins Gonçalves (Estreito - Oleiros), Garcia Guerra, Xavier Gomes (Orvalho-Oleiros) Olhão - Nobre Sousa Ourém - Fonseca (Atouguia), Moderna Ourique - Nova (Garvão), Ouriquense Palmela - Tavares de Matos (Pinhal Novo) Pedrógão Grande - Baeta Rebelo Penamacor - Melo Peniche - Proença Pombal - Vilhena Ponte de Sor - Cruz Bucho Portalegre - Esteves Abreu Lda Portel - Misericordia Portimão - Pedra Mourinha Porto de Mós - Lopes Proença-a-Nova - Roda, Daniel de Matos (Sobreira Formosa) Redondo - Xavier da Cunha Reguengos de Monsaraz - Moderna Rio Maior - Ferraria Paulino Salvaterra
de Magos - Martins Santarém - Vitorino Santiago do Cacém - Corte Real Sardoal - Passarinho Seixal - Nova de Corroios Serpa - Oliveira Carrasco Sertã - Lima da Silva, Farinha (Cernache do Bonjardim), Confiança (Pedrogão Pequeno) Sesimbra - Bio-Latina, Leão Setúbal - Marques, Monte Belo Silves - Dias Neves, Ass. Soc. Mutuos João de Deus Sines - Monteiro Telhada (Porto Covo), Central Sintra - O´Neill Pedrosa, Vitor Manuel, Silva Duarte (Cacém), De Colares (Colares), Correia (Queluz), Serra Das Minas (Rio de Mouro) Sobral Monte Agraço - Costa Sousel - Mendes Dordio (Cano), Andrade Tavira - Maria Aboim Tomar - Dos Olivais Torres Novas - Aliança (Lamarosa/Torres Novas) Torres Vedras - Calquinha (Carvoeiro-Runa) Vendas Novas - Ribeiro Viana do Alentejo - Nova Vidigueira - Pulido Suc. Vila de Rei - Silva Domingos Vila Franca de Xira - Botto e Sousa, Do Forte, Mercado (Alverca), Roldão Vila Nova da Barquinha - Carvalho (Praia do Ribatejo) Vila Real de Santo António - Carrilho Vila Velha de Rodão - Pinto Vila Viçosa - Torrinha
40 | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
JOGOSCRUZADAS 8423
BRIDGE SUDOKU
TEMPO PARA HOJE
A M A N H Ã
Açores
Madeira
Lua
NascentePoente
Marés
Preia-mar
Leixões Cascais Faro
Baixa-mar
Fonte: www.AccuWeather.com
PontaDelgada
Funchal
Sol
16º
Viana do Castelo
Braga9º 24º
Porto11º 22º
Vila Real6º 19º
9º 22º
Bragança3º 18º
Guarda4º 16º
Penhas Douradas3º 14º
Viseu8º 20º
Aveiro10º 22º
Coimbra10º 24º
Leiria8º 24º
Santarém10º 25º
Portalegre12º 21º
Lisboa13º 24º
Setúbal11º 25º Évora
9º 23º
Beja12º 24º
Castelo Branco10º 22º
Sines12º 22º
Sagres13º 22º
Faro13º 22º
Corvo
Graciosa
FaialPico
S. Jorge
S. Miguel
Porto Santo
Sta Maria
15º 18º
15º 18º
Flores
Terceira15º 18º
14º 19º
14º 21º
15º 18º
15º
17º
06h37
Nova
20h31
1h2810 Maio
0,5-1m
1-2m
16º
2m
19º0,5-1m
18º2-2,5m
10h37 2,823h01 3,0
04h14 1,116h42 1,2
10h12 2,822h37 3,0
03h52 1,216h18 1,4
10h10 2,722h38 2,9
03h41 1,116h07 1,3
1,5-2m
1,5-2m
2m
13º
15º
Horizontais 1. Vento brando. Parte da pele subjacente à epiderme. 2. Diz-se do terreno em que existe talco. 3. Pedir socorro. Por a. 4. O tio dos americanos. Palavra que designa o número, a ordem numa série ou a proporcionalidade nu-mérica. 5. Elas. Submeter à acção do lume (substâncias que estão dentro de um líquido). Nome da letra grega cor-respondente a n. 6. Cinco mais um. Não religioso. 7. Divindade. Fora de tempo. 8. Autores (abrev.). Ter por costume (ant.). Rio suíço. 9. Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de nervo. Prefixo (repetição). 10. Acrescentar. Nocivo. 11. Colocar-se em posição con-veniente para ser pintado ou fotografa-do. Martelo sem unhas nem orelhas.
Verticais: 1. Carvão incandescente. Contracção da prep. “de” com o pron. dem. “a”. Armada Portuguesa (sigla). 2. Percorrendo devagar. 3. Parcela. A minha pessoa. Aqui está. 4. Cloreto de sódio. Fenda natural na superfí-cie de certos órgãos. 5. Bárbaros da Sarmácia que no século V invadiram e dominaram a Gália e a Península Ibérica. Sufixo (agente). 6. O sinal do cristão. Texto ou conteúdo de um escrito. 7. República Dominicana (domínio de Internet). Adoçar com mel. A unidade. 8. Aguardar. Caminho. 9. Ratar. Viagem. Mililitro (abrev.). 10. Ferir com lança. 11. Aprecio o merecimento de. Digo ora-ções.
Depois do problema resolvido encon-tre o título de uma obra de Mário de Carvalho (7 palavras).
Solução do problema anterior:Horizontais: 1. Pavio. Vagem. 2. Cuia. Libelo. 3. Teteia. Lat. 4. HOMENS. Re. 5. Aro. FAZEM. 6. Ser. Eno. 7. El. Neblina. 8. Rasga. Erica. 9. Touro. Anel. 10. Dial. Carola. 11. Erros. Rasar. Verticais: 1. PC. Haver. DE. 2. Autor. Latir. 3. Viemos. Soar. 4. Iate. Engulo. 5. Enfrear. 6. Lisa. Oc. 7. Via. Zele. Ar. 8. Ab. SE. Irara. 9. Gel. MENINOS. 10. Elar. Nacela. 11. Motejo. Alar.Provérbio:De meninos se fazem homens.
Oeste Norte Este Sul1♠ passo passo 3♥
passo 4♥ Todos passam
Leilão: Qualquer forma de Bridge.
Carteio: Saída: A♠. O jogador em Este assiste com o 3 de espadas. Qual o seu plano de jogo?
Solução: A voz de 3 copas de Sul, em posição de reabertura, promete uma boa abertura e seis boas cartas de co-pas. Na realidade Sul tem um naipe mais comprido do que o esperado e um pon-to ou dois a menos do que seria normal, tudo se equilibra.Agora, o carteio. O declarante tem du-as perdentes a espadas e duas a ouros. O 3 de espadas de Este diz-nos que as espadas deverão estar 5-3, portanto a Dama de espadas poderá ser a chave do jogo, a vaza que permitirá a balda de um dos ouros perdentes da mão. Mas, se a defesa atacar ouros logo à segunda va-za as coisas podem complicar-se. Mas, ainda assim é possível cumprir. Como? Se Oeste tiver exatamente duas cartas
Dador: OesteVul: Todos
Problema 4834 Dificuldade: fácil
Problema 4835 Dificuldade: muito difícil
Solução do problema 4832
Solução do problema 4833
NORTE♠ Q86♥ Q8♦ A954♣ Q654
SUL♠ 42♥ AKJ10763♦ 762♣ A
OESTE♠ AKJ109♥ 92♦ QJ♣ KJ97
ESTE♠ 753♥ 54♦ K1083♣ 10832
João Fanha/Luís A.Teixeira ([email protected]) © Alastair Chisholm 2008 and www.indigopuzzles.com
de ouros (ou o Rei seco) podemos ainda cumprir a nossa missão, desde que re-cuemos uma vez o Ás de ouros. Quando jogarmos outra espada, preservando a Dama de trunfo no morto como entrada, se Oeste não tiver outro ouro para jogar tudo acabará em bem.No entanto, existe um pormenor im-portante. Se na primeira vaza do jogo ocultarmos o 2 de espadas, jogando o 4, o jogador em Oeste irá ter muitas dú-vidas quanto ao que jogar de seguida, pois pode achar que o seu parceiro tem exatamente 32 de espadas e que está a mostrar um doubleton, poderá com isso ser dissuadido a bater o Rei de espadas à segunda vaza, o que facilitará e muito a nossa tarefa!Tome nota: esconder a carta mais baixa do declarante, sobre a vaza de saída, po-de dificultar a vida à defesa.
Oeste Norte Este Sul 1♥ 2ST* passo?*- Bicolor menor
O que marca com a seguinte mão?♠AJ74 ♥J832 ♦K852 ♣3
Resposta: Um fit de 9 cartas é sempre uma mais-valia, sobretudo quando te-mos também um singleton no segundo naipe do parceiro. Se a intervenção do parceiro tiver sido feita estando o nosso campo vulnerável, considere o salto pa-ra partida, pois será de certeza uma óti-ma aposta. Mas, se a intervenção for não vulnerável não deve ser tão otimista, um salto para 4 ouros será o mais apropria-do, o parceiro fechará em partida se ti-ver uma boa mão. A boa voz: 4 ouros não vulnerável; 5 ouros vulnerável.
MeteorologiaVer mais emwww.publico.pt
42 | DESPORTO | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
Oscar Cardozo festeja com André Almeida um dos dois golos apontados a
Defi nição de “banho turco”: tipo
de banho que consiste em perma-
necer num ambiente quente e hú-
mido, cheio de vapor. Após algum
tempo nesse ambiente, o banhista
mergulha em água fria. O procedi-
mento pode repetir-se várias vezes
mas não é aconselhável a quem te-
nha tensão alta ou sofra de doenças
cardíacas.
Ora, foi precisamente um delicio-
so banho turco que o Benfi ca soube
tomar na segunda mão da meia-fi nal
da Liga Europa, frente ao Fener-
bahçe. Os “encarnados” começa-
ram por sentir os vapores quentes
de um golo marcado cedo, depois
arrepiaram-se com a água fria do
empate turco, mas não se deixaram
congelar e ligaram a tempo a água
quente, saindo reconfortados.
O Benfi ca entrou um nadinha ner-
voso. O ambiente que se vivia na
Luz no arranque da partida pareceu
intimidar até os jogadores da casa.
Mas foi o Fenerbahçe, sem alguns
dos seus habituais titulares devido
a lesão ou castigo (Meireles e Topal,
por exemplo), que mais se ressen-
tiu. A disputar a sua primeira meia-
fi nal da história, o Fenerbahçe co-
meçou cedo a perceber como seria
o resto da sua noite na Luz.
Não tinham ainda passado dez
minutos e Gaitán igualava a elimi-
natória. Veloz e prático, o argentino
desviou para a baliza um cruzamen-
to de Lima, incendiando ainda mais
o estádio.
O mais difícil estava feito. Estava-
se na parte do banho em que o am-
biente estava escaldante e a pele
parecia ferver. A sensação era a de
que bastava esperar mais um pouco
e surgiria o golo que colocaria o Ben-
fi ca em vantagem na eliminatória.
Só que, de repente, veio a parte
da água fria. Um penálti assinala-
do por mão de Garay, num lance
que parecia controlado pela defesa
“encarnada”, deu a Kuyt a hipótese
de igualar o marcador e recolocar a
equipa turca em Amesterdão.
O Benfi ca sentiu a diferença de
temperatura. Ainda teve um cala-
frio numa iniciativa de Moussa Sow.
Foi nesta altura que os benfi quistas
Crónica de jogoJorge Miguel Matias
A delícia de um bBenfi ca está na fi nal da Liga Europa após vencer o Fenerbahçe no Estádio da Luz por 3-1, dando a volta a uma derrota fora de 1-0. Em Amesterdão, dia 15 de Maio, terá pela frente o Chelsea
Positivo/Negativo
Jogo no Estádio da Luz, em Lisboa
Assistência 55402 espectadores
Benfica Artur; M. Pereira a 29’, Garay, Luisão, A. Almeida; Salvio, Matic, E. Peréz a 33’, Gaitán (Roderick, 90’); Lima e Cardozo (Urreta, 88’). Treinador Jorge Jesus
Fenerbahçe, Demirel; Gonul (Bekir, 61’), Korkmaz, Yobo (Stoch, 75’), Ziegler; Sahin (Topuz, 45’), Baroni a 31’, Uçan; Kuyt, Sow e Erkin a 85’. Treinador Aykut Kocaman
Golos Gaitán 9’, Kuyt 23’ (g.p.), Cardozo 35’ e 66’.
Árbitro Stéphane Lannoy (França)
LimaFoi um dos mais movimentados na frente de ataque do Benfica. Desta vez ficou em branco, mas foi fundamental a dar dinamismo à equipa.
GaitánMarcou com um toque de classe o primeiro golo da partida, que tirou as dúvidas sobre as hipóteses de o Benfica dar a volta à eliminatória. E esteve imparável até ao intervalo.
Maxi PereiraEstá uma sombra do jogador que foi noutras épocas. Lento e faltoso. Viu cartão amarelo e não jogará a final.
SalvioCostuma ser um dos jogadores mais desequilibradores da equipa, mas esteve muito apagado.
BENFICA FENERBAHÇE
3 1tornaram o árbitro o seu principal
adversário em campo. Muitos pro-
testos, alguns deles com razão, mas,
acima de tudo, a novela só servia
para desviar as atenções do que
precisavam fazer.
Foi preciso Cardozo “abrir a tor-
neira da água quente” e recentrar o
foco na baliza de Demirel, aprovei-
tando uma falta marcada com rapi-
dez. O paraguaio voltou aos golos na
Liga Europa e colocou o Benfi ca na
frente do resultado mas ainda fora
da fi nal da Liga Europa (na Turquia
o Fenerbahçe tinha ganho por 1-0 e
fazia valer o golo que Kuyt marcara
na Luz).
Mas o Benfi ca voltava à sala de
vapores. O ambiente aquecia mais
uma vez e a segunda parte foi uma
imersão completa. Os “encarnados”
recomeçaram a partida com “fogo
no rabo”. Benefi ciando ainda das
saídas, devido a lesão, de Sahin e
Gonul, a segunda parte manteve
o ascendente do clube da casa. E
a temperatura atingiu o máximo
quando Cardozo benefi ciou de um
ressalto de bola e fez o 3-1. Estava
consumada a reviravolta na elimina-
tória e o Benfi ca garantia a sua nona
fi nal de uma competição europeia,
regressando a um jogo decisivo 23
anos depois da última vez e após de
ter estado muito perto de o conse-
guir há apenas dois anos, quando
perdeu na meia-fi nal com o Spor-
ting de Braga.
Até ao último apito do árbitro,
o Fenerbahçe ainda tentou reagir,
mas não havia ânimo na equipa tur-
ca, que foi assumindo a derrota e a
eliminação com resignação.
No fi nal, a festa no meio do relva-
do com Jorge Jesus aos saltos com os
jogadores foi de arromba. O treina-
dor português, com o bilhete na mão
para a fi nal da Liga Europa, também
tem um motivo muito especial pa-
ra festejar, pois torna-se o treinador
português com mais jogos europeus
à frente de uma equipa portuguesa,
ultrapassando Pedroto. Já os jogado-
res tiveram direito a volta de honra,
uma espécie de aperitivo para o que
os “encarnados” esperam que seja o
resto da época. Para já, duas fi nais
estão garantidas (à da Liga Europa
junta-se a da Taça de Portugal) e foi
dado mais um passo para a época de
sonho que o técnico prometeu.
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | DESPORTO | 43
o Fenerbahçe
FRANCISCO LEONG/AFP
A FIGURA DO JOGOCardozoAntes do encontro tinha afirmado que este era o jogo da sua vida e o avançado paraguaio fez por se tornar a figura da partida. Marcou dois
golos decisivos e elevou para seis o número de remates certeiros que soma nesta edição da Liga Europa. Muitas
vezes incompreendido por alguns adeptos do Benfica, que o acusam de ser muito perdulário e lento para avançado, Cardozo continua a responder às críticas que, de quando em vez, surgem com golos. Só esta época já soma 31 em todas as provas. Há seis temporadas no clube, ciclicamente surgem dúvidas quanto à continuidade de Cardozo. Mas a marcar assim, é difícil encontrar argumentos para que o número 7 não seja mimado na Luz. É como diz a letra: “Tenham cuidado, ele é perigoso, é o Oscar ‘Tacuara’ Cardozo.”
banho turco
Vinte e três anos depois, o Benfi ca
está na fi nal de uma competição eu-
ropeia. A última vez havia sido em
1990, ano em que foi derrotado pelo
AC Milan em Viena, por 1-0, no jo-
go decisivo da Taça dos Campeões
Europeus. O jogo de Amesterdão a
15 de Maio frente ao Chelsea será a
nona presença dos “encarnados”
em fi nais europeias (sete na Taça
dos Campeões, uma na Taça UEFA
e uma na Liga Europa) e a primeira
de Jorge Jesus, que consegue lá che-
gar à segunda tentativa, depois de
ter sido eliminado pelo Sporting de
Braga há dois anos.
Será a segunda vez que o Benfi ca
encontra uma equipa inglesa numa
fi nal. A primeira não foi de boa me-
mória para os “encarnados”. A 29 de
Maio de 1968, o Benfi ca orientado
por Otto Glória encontrou-se com o
Manchester United, em Londres, e,
depois de ter aguentado o empate
(1-1) no tempo regulamentar - Bobby
Charlton marcou para o United aos
53’, Jaime Graça empatou aos 79’ –,
não conseguiu resistir aos red de-
vils no prolongamento, perdendo
por 4-1, com golos de Best, Kidd e
Charlton, naquele que foi o primeiro
título de campeão europeu para os
britânicos.
Os anos 1960 foram de ouro pa-
ra o Benfi ca, com cinco presenças
em fi nais. As duas primeiras resul-
taram em triunfos, que quebraram
o domínio, até então total do Real
Madrid. Primeiro, a 31 de Maio de
1961, os “encarnados” derrotaram
o Barcelona em Berna, por 3-2, com
golos de Águas, Coluna e um autogo-
lo de Ramallets. Na época seguinte,
em Amesterdão, o Benfi ca, já com
Eusébio, conquistou o seu segundo
título europeu frente ao Real Madrid,
triunfando por 5-3. Os merengues es-
tiveram a vencer por 2-0, com dois
golos de Puskas, permitiram o em-
pate, por Águas e Cavém, ainda re-
cuperaram o comando do jogo, de
novo por Puskas, mas Coluna nive-
lou o resultado e, depois, o “Pantera
Negra” entrou em acção, marcando
os dois golos do triunfo na capital
holandesa.
Esse foi o último título europeu do
A primeira final europeia de Jorge Jesus será a nona para o Benfica
Benfi ca. Os lisboetas voltam à fi nal no
ano seguinte, mas são derrotados pe-
lo AC Milan em Wembley por 2-1. Em
1965, o Inter de Milão é o carrasco dos
“encarnados”, triunfando por 1-0 em
San Siro, seguindo-se, depois, a der-
rota em 1968 com o Manchester Uni-
ted. Depois disto, o Benfi ca regressa
às fi nais na edição de 1983 da Taça
UEFA, com triunfo do Anderlecht
no conjunto das duas mãos – vitória
belga por 1-0 em Bruxelas e empate
1-1 na Luz. Em 1988, o Benfi ca só caiu
nos penáltis frente ao PSV Eindoven
em Estugarda e, em 1990, um golo de
Rijkaard deu o título ao AC Milan.
Marco Vaza
REACÇÕES
Os jogadores tinham de estar serenos e confiantes porque os golos iam aparecer. A dinâmica foi forte e o adversário não teve argumentos
Estamos em três frentes e queremos ganhar as três. Tudo me correu bem. Estamos na final e estamos tranquilos. Mas temos de pensar já no campeonato
Jorge Jesus
Oscar Cardozo
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As finais
TCE: Taça dos Campeões Europeus
Nota: a vermelho finais ganhas pelo Benfica
1961 BARCELONA 3-2 Berna TCE1962 REAL MADRID 5-3 Amesterdão TCE1963 AC MILAN 1-2 Londres TCE1965 INTER 1-0 Milão TCE1968 MAN. UNITED 4-1 Londres TCE1983 ANDERLECHT 1-0 Bruxelas UEFA ANDERLECHT 1-1 Lisboa UEFA1988 PSV 0-0 Estugarda TCE (6-5 nos penáltis)1990 AC MILAN 1-0 Viena TCE
o o
tos
JOÃOGALAMBA
FRANCISCOMENDES DA SILVA
SEM MODERAÇÃOSEM SENADORES, SEM PANOS QUENTES
O CANAL 15 DA SUA TELEVISÃO
44 | DESPORTO | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
David Luiz marcou um dos golos do Chelsea em Londres
O Chelsea já disputou duas fi nais
da extinta Taça das Taças e depois
duas fi nais da Liga dos Campeões,
mas agora vai estrear-se no jogo do
título da Liga Europa. Será também
a primeira fi nal dos blues contra
uma equipa portuguesa. No dia 25,
o clube de Londres vai perder o seu
reinado de campeão europeu, mas
pelo menos ontem colocou-se em
posição de vencer outra prova da
UEFA, depois de voltar a derrotar
o Basileia, desta vez em casa e por
3-1. Mas terá de ultrapassar o Benfi ca
para o conseguir.
Victor Moses e o ex-benfi quista
David Luiz, autores dos golos do
triunfo na Suíça na primeira mão
(1-2 ), voltaram a facturar, já depois
de Fernando Torres ter anulado a
vantagem do Basileia, que tinha
inaugurado o marcador através do
egípcio Mohamed Salah no fi nal da
primeira metade.
Apesar do resultado agregado fa-
vorável de 5-2 na meia-fi nal, a elimi-
natória chegou a estar lançada du-
rante uma parte do jogo em Stamford
Bridge, em Londres. O campeão su-
íço entrou melhor no encontro e lo-
go aos 51 segundos o capitão Marco
Streller fi cou em posição de colocar
os visitantes na frente, mas chutou
precipitadamente quando poderia
preparar melhor o remate.
As equipas dividiram as oportuni-
O ainda campeão europeu regressa a uma final
dades no primeiro tempo, embora o
único lucro tenha sido do Basileia.
Aos 9’, Torres assistiu Frank Lam-
pard, mas o internacional inglês
acertou no poste da baliza defendi-
da por Yann Sommer.
Depois foi o próprio espanhol
que, após uma boa combinação
com o belga Eden Hazard, rema-
tou para uma boa intervenção do
guarda-redes suíço. Streller, na
sequência de um cruzamento de
Markus Steinhöfer, disparou forte
de primeira, com a bola a sair um
pouco ao lado. E aos 30’, na área
visitante, foi Ramires, outro jogador
que vai reencontrar o Benfi ca, quem
desperdiçou um lance que começou
com um toque de calcanhar soberbo
de Hazard.
Depois o perigo passou para a ba-
liza de Petr Cech, que aos 39’ teve
de se aplicar perante Salah. O egíp-
cio, contudo, não falhou na próxima
oportunidade: servido por Valentin
Stocker, atirou a contar nos descon-
tos (45+1’).
O Basileia tinha de marcar pelo
menos mais uma vez, mas a forma-
ção de Rafa Benítez, que já disputou
(e ganhou) uma fi nal da Taça UEFA
em 2003-04 ao serviço do Valência,
valeu-se de uma entrada forte após o
intervalo para evitar surpresas. Tor-
res, aos 50’ e numa recarga depois
de um remate de Lampard, marcou
pela sétima vez nos últimos seis jogos
europeus. Dois minutos depois, foi
Moses que aproveitou um primeiro
remate de Torres para bater Sommer.
E não muito depois (57’) surgiu a me-
lhor fi nalização da noite: David Luiz
rematou de fora da área com o pé
esquerdo e fez um grande golo.
O Chelsea tornou-se o primeiro
campeão europeu em título a apu-
rar-se para a fi nal da Liga Europa.
STEFAN WERMUTH/REUTERS
Liga EuropaManuel Assunção
O Chelsea voltou a bater os suíços do Basileia e vai disputar a final da Liga Europa com o Benfica, em Amesterdão
Breves
Espanha
Inglaterra
Irão
Suspeita após goleada ofende técnico do Deportivo
Villas-Boas satisfeito com possível regresso de Mourinho
Toni admite abandonar o Tractor no final desta época
O treinador do Deportivo da Corunha, Fernando Vásquez, disse ontem que o “‘deportivismo’ está ofendido” perante as suspeitas levantadas na goleada de 4-0 ao Levante, cujo jogo estará sob investigação da Liga de futebol. “Não fizemos nada de especial”, referiu o treinador da equipa galega, na qual jogam os portugueses Pizzi, Bruno Gama, Sílvio, Nélson Oliveira, André Santos, Diogo Salomão e Zé Castro.
O português André Villas-Boas, treinador do Tottenham, defendeu ontem que “seria espectacular” o regresso a Inglaterra de José Mourinho, actual técnico do Real Madrid, lembrando que o compatriota tem “uma história fantástica” neste campeonato britânico. “Tê-lo de volta seria espectacular e uma grande aquisição para a Premier League, onde tem uma história fantástica”, sustentou Villas-Boas.
Toni, treinador português do Tractor, deverá abandonar o clube iraniano no final da época, depois de ter praticamente assegurado o terceiro lugar no campeonato e a qualificação para a Liga dos Campeões asiática de futebol. Ontem, o técnico admitiu à Lusa antecipar o regresso a Portugal, apesar de sublinhar que ainda não recebeu qualquer carta de despedimento.
Vítor Pereira acredita que o título já não irá escapar ao rival Benfica
Continuam as trocas de golpes en-
tre FC Porto e Benfi ca. Ontem, na
conferência de imprensa de Vítor
Pereira para a antevisão do jogo
com o Nacional, que se disputará
amanhã, os temas dominantes vol-
taram a ser o Benfi ca-Sporting de
há duas semanas e as arbitragens.
“Gostava que fosse limpinho, lim-
pinho, limpinho, mas é um campe-
onato que fi ca manchado e passa a
sujinho, sujinho, sujinho, por um
jogo inadmissível há duas jornadas
atrás”, referiu o técnico portista, ci-
tado pela agência Lusa.
Pelo meio, Vítor Pereira atirou a
toalha ao chão e considerou que o
título já não escapará ao rival Benfi -
ca. O FC Porto já não depende de si
próprio e o seu treinador sugere que
as “águias” não perderão pontos nas
recepções a Estoril e Moreirense. “O
Estoril pode exibir-se num grande
nível, mas de uma forma ou de outra
os três pontos vão lá fi car”, referiu
Vítor Pereira.
O que o treinador reconheceu foi
que FC Porto e Benfi ca se destacam
dos restantes 14 clubes da Liga “em
termos de resultados, regularidade
e qualidade de jogo”. “Há duas jor-
nadas, diria, com legitimidade, que
o título ia ser discutido até ao fi m,
mas, neste momento, e depois das
duas últimas rondas, já não acredi-
to nisso.”
Vítor Pereira atira a toalha ao chão e fala em campeonato “sujinho, sujinho”
Vítor Pereira pode não ser favorito
para revalidar o título, mas mostrou-
se orgulhoso com o seu trabalho e
com o estilo da equipa. “Há gente
que gosta de muitos golos e desde
que marque mais golos do que o ad-
versário não se importa de sofrer
muitos. Eu não sou assim. Gosto de
um futebol de domínio com bola,
não gosto que a minha equipa pas-
se a maior parte do tempo a correr
atrás da bola e isso é uma identidade
deste FC Porto: domina o adversá-
rio, domina com bola e retira-lhe a
iniciativa.”
E Vítor Pereira prosseguiu nos
méritos da qualidade do seu plan-
tel: “Muitos golos marcados, mui-
tos poucos golos sofridos e muito
mais posse de bola do que os ad-
versários.”
Amanhã, os “azuis e brancos”
deslocam-se ao Funchal, onde só
um triunfo lhes interessa na pers-
pectiva de manter possibilidades de
chegar ao tricampeonato. Se, pelo
contrário, não somarem qualquer
ponto, deixam o título à mercê do
Benfi ca já nesta 28.ª jornada.
Pereira realça a difi culdade que
os clubes visitantes costumam en-
contrar no Estádio da Madeira, casa
do Nacional. “Vamos encontrar um
adversário difícil, num campo difí-
cil, que possui jogadores de qualida-
de, mas vamos para honrar o nosso
trabalho, a nossa qualidade de jo-
go e conquistar os três pontos. De
outro modo, não seria admissível”,
sublinhou.
Alex Sandro é a grande dúvida dos
portistas para esta deslocação à Ma-
deira. No treino de ontem, o lateral
esquerdo brasileiro, que teve de ser
substituído no intervalo do jogo do
FC Porto com o Vitória de Setúbal,
não trabalhou a 100%.
FutebolManuel Assunção
Treinador do FC Porto não acredita que o título escape ao Benfica e volta a falar de arbitragens antes da viagem ao Funchal
JOSÉ MANUEL RIBEIRO/REUTERS
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 45
Ricardo Santos começou a sua par-
ticipação no Volvo China Open em
bom plano, com uma volta inaugu-
ral de 70 pancadas ao campo Binhai
Golf Club (Par 72), em Tianjin, 130
quilómetros a sudeste de Pequim. O
que lhe deu o 11.º lugar, empatado
com 14 jogadores. Quatro panca-
das separam-no do líder isolado – o
holandês Robert-Jan Derksen (66)
– e apenas duas do trio de segun-
dos classifi cados, composto pelo
tailandês Kiradech Aphibarnrat,
o francês Raphaël Jacquelin e o
australiano Brett Rumford, todos
com 68.
O português, que ocupa a 31.ª po-
sição na Corrida ao Dubai, a ordem
de mérito do European Tour, pro-
cura regressar aos bons resultados
depois de ter falhado o cut nos seus
últimos três torneios – em Nova Deli,
Malásia e Valência. A volta de on-
tem é um primeiro passado nesse
sentido.
A jogar as duas primeiras voltas
num grupo com o australiano Ma-
rk Brown (75 a abrir) e o chinês Yi
Cao (78), Santos teve um bom iní-
cio, com birdies nos buracos 2, 3 e
6 que o deixaram com 3 abaixo do
par. No entanto, jogou o resto do
percurso em 1 acima do par, com
dois bogeys (no 9 e no 13) contra só
mais um birdie (18).
Robert-Jan Derksen, o coman-
dante, não consegue nenhum top
10 há mais de dois anos e não vence
há mais de oito, ele que soma dois
triunfos no circuito europeu – Du-
bai Desert Classic de 2003 e Open
da Madeira de 2005. No seu encal-
ço directo, Raphaël Jaquelin e Brett
Rumford mostram-se em grande
forma, tendo o primeiro vencido o
Open de Espanha há duas semanas
e o segundo o Ballantine’s Cham-
pionship (Coreia do Sul) domingo
passado.
Uma das atracções do Volvo Chi-
na Open é o chinês Wo-cheng Ye,
que, com 12 anos e 242 dias, tornou-
se ontem o mais novo de sempre a
competir numa prova do European
Tour, superando assim o seu compa-
triota Tianlang Guan, com 13 anos
e 177 dias.
Ricardo Santos estreia-se em 11.º na China
Golfe Rodrigo Cordoeiro
Português esteve em bom plano no primeiro dia, com uma volta inaugural de 70 pancadas no Volvo China Open
Gastão Elias vai agora defrontar o suíço Stanislas Wawrinka
João Cunha Silva (em 1992), Nuno
Marques (1995), Frederico Gil (2006,
2008 e 2010), Rui Machado (2010),
João Sousa (2012) e Gastão Elias.
O tenista nascido há 22 anos nas
Caldas da Rainha é o sexto tenista
português a atingir os quartos-de-
fi nal do Portugal Open. Ao obter a
segunda vitória consecutiva sobre
um top 50 no Jamor, Elias confi rmou
igualmente o estatuto de número
um português no próximo ranking
ATP; no torneio luso, ainda quer
mais.
“Sem dúvida que é um orgulho
muito grande fazer parte desse le-
que de portugueses a chegar aos
‘quartos’. Tenho de aproveitar a
onda e tentar ir mais longe”, frisou
Elias (113.º ATP) após eliminar o uz-
beque Denis Istomin (50.º), por 3-6,
6-1 e 6-4, em pouco menos de duas
horas. Após um primeiro set domi-
nado por Istomin, o tenista portu-
guês aproveitou o maior número de
apoiantes nas bancadas para reagir
e soltar o seu ténis. Tudo estava bem
encaminhado quando, no terceiro
set, liderou por 4-3, cometeu duas
duplas-faltas e sofreu o break, mas
emendou de imediato e serviu para
fechar.
“Comecei um pouco nervoso, não
tão agressivo, ao contrário do Denis.
No segundo set, o primeiro jogo foi
muito importante, pois recuperei
Elias também é quarto-finalistano Portugal Open
de 0-40 e esse talvez tenha sido o
ponto de viragem. A partir daí, tive o
controlo dos pontos e do jogo. Mes-
mo quando perdi o serviço no fi nal
do set, estive confi ante porque sabia
que tinha o ascendente no encon-
tro”, esclareceu Elias, para quem os
recentes resultados estão assentes
na melhoria do seu jogo defensivo.
“Saía dos pontos muito rapidamente
e como estou mais forte fi sicamente,
aguento-me mais tempo no ponto”,
explicou.
Hoje, às 13h50, Elias defronta o
segundo jogador mais cotado do
torneio, o suíço Stanislas Wawrinka
(16.º) que se estreou ontem no Por-
tugal Open – fi cou isento da ronda
inicial – com uma dura vitória sobre
o espanhol Albert Ramos (57.º), só
concretizada ao fi m de uma hora e
45 minutos: 1-6, 6-3 e 6-4.
“Vamos ver se é desta que ele pa-
ga um jantar. É um pouco forreta”,
brincou Pedro Sousa. Nem o núme-
ro três português nem Frederico Gil
puderam acompanhar a exibição do
compatriota, pois estavam a discutir
um lugar nas meias-fi nais de pares
com Fabio Fognini e Daniele Brac-
ciali. Mas Fognini desequilibrou o
encontro a favor dos italianos, que
venceram, por 6-3, 6-4.
A fechar a jornada, o número três
da lista de favoritos, o italiano An-
dreas Seppi (18.º) ganhou o primei-
ro encontro no Jamor, derrotando o
colombiano Alejandro Falla (65.º),
por 6-4, 6-0.
No torneio feminino, Anastasia
Pavlyuchenkova (19.ª) deu um pas-
so importante rumo à fi nal ao ven-
cer a também russa Elena Vesnina
(28.ª), por 6-3, 6-7 (3/7) e 7-6 (7/3). A
adversária de hoje (10h25) da pupila
de Martina Hingis é a suíça Romina
Oprandi (53.ª).
JOSÉ SARMENTO MATOS
TénisPedro Keul
Jogador português eliminou o uzbeque Denis Istomin, 50.º do ranking mundial, em pouco menos de duas horas
fugas.publico.pt
Disponível em formato digital
Publico.pt/digital/assinaturas
Capa
Passeio
Dormir
Epic Sana Algarve
Um épico na natureza
algarvia
Vila Velha do Ródão Portas e varandas do Tejo
Animação turística Lisboa e Porto como nunca as tínhamos visto antes
SÁBADO
46 | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
ESPAÇOPÚBLICO
EDITORIAL
Bons exemplos, contas amargas
Écomo se os líderes europeus tivessem
aderido a uma nova religião: a
do crescimento e do combate ao
desemprego. A homilia faz-se ouvir
em todos os horizontes do continente.
Em Bruxelas, o novo primeiro-ministro
italiano, Enrico Letta, ouviu uma resposta
meramente consoladora do presidente da
Comissão Europeia, Durão Barroso, aos
seus apelos para uma estratégia europeia
contra o pesadelo do “desemprego jovem”.
Em Lisboa, o presidente do Conselho
Europeu, Herman Van Rompuy, honrou
a sua reputação de homem de diálogo ao
aplaudir ao mesmo tempo a austeridade de
Passos Coelho e a defesa do crescimento
de António José Seguro. Somos o “bom
exemplo”, disse Rompuy. Na próxima
fase todos teremos que pensar mais no
A Europa continua presa no labirinto da sua indecisão e a evitar estratégias consequentes
crescimento e no emprego, acrescentou.
Onde fi ca a próxima fase? Ninguém sabe.
Porque as belas frases parecem colidir
continuamente na barreira das contas
amargas. Letta regressou a Roma para
encontrar um relatório preocupante da
OCDE sobre a economia italiana. Passos
Coelho prepara-se para apresentar hoje
mais cortes. E aos belos gestos parece
estar reservado um destino idêntico. Mario
Draghi, presidente do BCE, anunciou a
descida para um novo mínimo histórico
das taxas de juro. Mas o próprio Draghi
teme que a medida não venha a ter efeitos
reais na economia. Tal como os apelos
ao crescimento que não se traduzem em
estratégias efectivas, também esta mexida
nas taxas de juro não chega para reanimar
a economia. E a pergunta continua a ser
a mesma: por que não segue o BCE o
exemplo de outros bancos centrais, como a
Reserva Federal norte-americana? Noutra
dimensão, poder-se-ia perguntar: por que
é que uma preocupação comum com o
desemprego não se traduz em políticas
concretas? E por quanto tempo poderá a
Europa permanecer bloqueada no labirinto
das suas indecisões?
Nos EUA a loucura das armas continua
Uma menina foi morta a tiro pelo
irmão, em Cumberland, Kentucky.
Não foi nenhuma vingança nem um
ajuste de contas, porque a menina
tinha dois anos e o rapaz cinco (ver
pág. 23). Foi aquilo a que o médico legista
resolveu chamar “um acidente estúpido
como tantos outros”. Mas o médico
legista não escolheu bem as palavras. Se
o menino tivesse recebido de presente
uma bicicleta ou mesmo uma arma de
plástico, a irmã estaria viva. Mas recebeu
uma arma verdadeira. E estava carregada.
E ele, naturalmente, quis experimentá-la.
É mais um episódio inominável na velha
saga americana da posse de armas a todo o
custo. Mesmo com “acidentes” destes, os
americanos continuam a incentivar a posse
de armas a menores. Há até espingardas
cor-de-rosa para as meninas e nada garante
que uma qualquer delas não sirva para
matar, certamente noutro “acidente
estúpido”, mais crianças. Abrirão algum
dia os olhos os fanáticos do armamento?
Os artigos publicados nesta secção respeitam a norma ortográfica escolhida pelos autores
CARTAS À DIRECTORA
O PÚBLICO ERROU
Fátima Felgueiras???
Fiquei indignado, confesso, quando
soube que o PS convidou Fátima
Felgueiras para ser candidata à
Assembleia Municipal de Felgueiras
para as eleições autarquicas de
2013. Não há dúvida de que para
o PS, como para os outros, a
honestidade, a rectidão, o carácter,
o amor à verdade, a existência de
escrúpulos, o ser incorruptível e
a não-fuga à justiça (não esquecer
que Fátima Felgueiras fugiu para
o Brasil) são valores que nada
valem. Fátima Felgueiras até já
foi expulsa do PS, mas para o
PS, como agora se vê, a lógica da
política é igual á do futebol mais
mesquinho, isto é, o importante é
ganhar, sem levar em consideração
os métodos utilizados. Como é que
a pensar desta forma será possível
ao PS, uma vez governo, valorizar
os valores das pessoas e colocar
Portugal a ser governado por
As cartas destinadas a esta secção
devem indicar o nome e a morada
do autor, bem como um número
telefónico de contacto. O PÚBLICO
reserva-se o direito de seleccionar
e eventualmente reduzir os textos
não solicitados e não prestará
informação postal sobre eles.
Email: [email protected]
Contactos do provedor do Leitor
Email: [email protected]
Telefone: 210 111 000
pessoas honestas e tecnicamente
capazes? Pobre Portugal!
Infelizmente, não tens ninguém
que seja capaz de te governar com
verticalidade. Os que o seriam
não têm coragem nem estão
dispostos para tal, ou por medo ou,
principalmente, porque a politica
tem estado entregue, há vários
anos, aos incompetentes e, por tal
facto, não querem comparações.
Manuel Morato Gomes
Senhora da Hora
Finórios
Gostaria imenso de contar aqui
uma habilidade que ouvi há muitos
anos e que resumidamente, pois
não me consigo lembrar com
exactidão mas tratava-se de
um indivíduo que entrava num
estabelecimento e no acto de
pagamento dava uma nota ao
comerciante, recebia o troco,
voltava a devolver o artigo, recebia
a nota, devolvia o troco e isto
repetido e executado com tal
mestria que no fi m abandonava o
estabelecimento com o artigo e com
mais dinheiro com que entrara.
Não pensem que o meu lamento é
não vos poder ensinar a habilidade,
pois apesar de atravessarmos
uma época de necessidades, sei
que quem me lê seria incapaz de
cometer tal desonestidade. O que
me fez recordar tal habilidade
é simplesmente a situação que
pensionistas e funcionários
públicos estarem sujeitos a uma
safadeza semelhante. É que o
Governo, em tão pouco tempo,
inventou o subsídio de Natal em
duodécimos e logo de seguida
converteu-o em duodécimos mas
de férias. Como se não bastasse,
são as mudanças contínuas no
calendário de acordos concertados
e as ameaças de alterações com
efeitos retroactivos em direitos
adquiridos, fazendo-me temer
o pior. Ou seja, tal como o
comerciante do início desta carta,
antevejo que no fi m, e com as
contas já fechadas, o mais certo
será sermos também vítimas de
tanta trapalhice. Será que esta
gente tem prazer em castigar quem
não merece?
Jorge Morais, Porto
No trabalho publicado ontem com
o título “Enfermeiros querem ser
os primeiros a avaliar utentes nos
centros de saúde”, o actual rácio
é de um enfermeiro e meio por
cada médico em Portugal (como
está no gráfi co) e não cinco, como
se refere no artigo, por erro. Além
disso, a localidade dos Açores onde
arrancou uma experiência-piloto
de criação de fi gura de enfermeiro
de família é Vila Franca do Campo e
não Vila do Campo.
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 47
“Desaparece, idiota”, disse Sarkozy...
Estávamos em Fevereiro de
2008. Nicolas Sarkozy era
Presidente da República
Francesa e estava numa visita
ofi cial ao Salão da Agricultura.
Como todos os políticos que
se prezam, ia distribuindo
sorrisos e apertos de mão. Um
dos visitantes recusou apertar-
lhe a mãe e disse-lhe: “Não me
toques. Sujas-me!” (“Ne me touche pas, tu
me salis!”). Sarkozy rosnou: “Desaparece,
idiota !” (“Casse-toi alors, pauvre con!”).
Este curto diálogo político entre
governante e governado foi fi lmado e
correu mundo na altura. Passados cinco
anos, ganhou, de novo, actualidade, graças
ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos
(TEDH), que se debruçou, no passado dia
14 de Março, sobre esta réplica de Sarkozy
na sua decisão no caso Eon c. França.
Hervé Eon era um cidadão francês que,
cerca de seis meses depois da breve troca
de palavras referida, decidiu aproveitar
a ida de Sarkozy a Laval para exibir um
pequeno cartaz à sua passagem com a
mesma expressão: “Casse toi pov’con!”.
Foi imediatamente interpelado por
polícias e, posteriormente, levado a
julgamento pelo Ministério Público,
pelo crime de ofensa ao Presidente da
República. Foi julgado pelo Tribunal
de Grande Instância de Laval que, na
sentença, fez as seguintes considerações:
“(...) No dia da visita do Presidente (...)
Eon ( ... ) achou uma boa ideia exibir um
cartaz em que estava escrita uma cópia,
servida a frio, de uma célebre réplica e
inspirada por uma afronta imediata. Se o
réu não tivesse tido a intenção de ofender,
mas apenas a intenção de dar uma lição
de boa educação incongruente, não teria
deixado de, no cartaz, fazer preceder
a frase “Desaparece, idiota!” por uma
fórmula do tipo “Não se diz:”.
E acrescentou o tribunal de Laval: “Ao
fazer estritamente sua a réplica, o réu
não pode validamente sustentar que não
tinha a intenção de ofender. A questão de
dois pesos, duas medidas, evidentemente
subjacente, não se coloca, já que a
lei protege a função de Presidente da
República e o senhor Eon não pode ter a
pretensão, como simples cidadão, de ser
tratado de igual para igual. O crime de
ofensa ao Presidente da República está
assim perfeitamente caracterizado”.
E Eon, dados os seus 450 euros de
rendimento mensal, foi condenado numa
pena de multa de 30 euros, suspensa na
sua aplicação.
Nem Eon nem o Ministério Público
fi caram contentes, tendo ambos recorrido
para o Tribunal de 2.ª Instância de Angers,
que, no entanto, confi rmou a sentença
da 1.ª instância. Para este tribunal de
recurso, dúvidas não existiam do carácter
ofensivo da expressão em causa, sendo
certo que Eon não podia invocar qualquer
boa-fé, já que era um militante socialista
de longa data que tinha perdido, dias
antes, a luta que travara em defesa de
uma família turca que se encontrava
em França em situação irregular e que
acabara por ser expulsa. No entender
do tribunal de recurso, estes factos e a
própria natureza da expressão utilizada
no cartaz revelavam uma premeditação
incompatível com a falta de intenção de
ofender ou qualquer boa-fé. Acrescia,
ainda, o facto de Eon se ter recusado a
pedir desculpas.
O caso foi parar ao TEDH. Eon queixou-
se de ter sido violada a sua liberdade de
expressão consagrada na Convenção
Europeia dos Direitos Humanos (CEDH).
O Estado francês, pelo seu lado, defendeu
a justeza da condenação de Eon, já que
ofendera o Presidente da República com
expressões que em nada contribuíam
para um debate de interesse público e
a condenação tinha sido extremamente
moderada.
O TEDH considerou que a condenação
de Eon constituía uma interferência na sua
liberdade de expressão, mas que estava
prevista na lei e era legítima, já que visava
proteger a reputação de terceiro, pelo que
só havia que apurar se tal interferência
era “necessária numa sociedade
democrática”.
E para o TEDH aquilo que para as
instâncias nacionais francesas constituía a
prova da “culpabilidade” de Eon – o facto
de ser um militante político que dias antes
fora derrotado na sua luta em defesa de
uma família turca – era, pelo contrário, a
prova do carácter político da expressão
utilizada e da
desnecessidade
da sua supressão
numa sociedade
democrática.
Sendo certo que
Eon ao utilizar
a expressão em
causa tinha optado
por exprimir a
sua crítica sob
a forma de uma
“impertinência
satírica”; e a sátira,
como forma de
comentário social
e de expressão
artística, dada
a deformação e
o exagero que a
caracterizam, visa exactamente “provocar
e agitar”, pelo que qualquer interferência
na mesma deve ser analisada com especial
cuidado, de forma a evitar “um efeito
dissuasor” sobre tais intervenções que
podem ter um importante papel numa
sociedade democrática.
E, assim, o TEDH considerou que a
condenação penal de Eon, embora numa
pequena multa, constituía uma violação
da liberdade de expressão consagrada na
CEDH.
Advogado. Escreve à [email protected]
O debate politico também inclui a sátira e a provocação
Francisco Teixeira da MotaEscrever direito
Quem conta um conto
Começaram ontem a circular
as novas notas de cinco
euros. Vêm mesmo a calhar.
Estávamos todos fartos das
velhas, a que antigamente
chamávamos notas de um
conto de réis. Simpaticamente,
o Banco de Portugal emitiu
um PDF aliciante chamado
“Fique a conhecer a nova nota
de 5 euros”. Pouparam-nos um ponto de
exclamação, graças à contenção.
Gastou-se uma fortuna não só a desenhar
como a imprimir as novas notas de conto.
Parece que se está a falar de um papel
erótico: “Toque e sinta a nota. O papel é
fi rme e ligeiramente sonoro”. Ou de uma
obra de arte: “Observe a nota contra a luz.
Torna-se visível uma imagem esbatida, que
apresenta os algarismos representativos
do valor da nota e uma janela”. Note-se
que estas dez últimas palavras reduzem-se
a um único carácter: 5. Nos “Elementos
novos” gaba-se que “no fi lete de segurança
da nova nota vê-se o símbolo do euro (€),
ao passo que no fi lete de segurança das
notas da primeira série fi gura a palavra
‘EURO’”. Vejam só, que selvagens e literais
que nós éramos. E não só: “Na nova nota,
o holograma inclui também um retrato da
Europa e uma janela”. É lindo.
Mais: “O número brilhante no canto
inferior esquerdo apresenta um efeito
luminoso de movimento ascendente e
descendente. Dependendo do ângulo de
observação, o número também muda de
cor, passando de verde-esmeralda a azul-
escuro”. É como o mar, descrito por um
mau crítico de arte, a nova nota de conto.
Só é pena não dar para comer um bitoque.
Miguel Esteves CardosoAinda ontem
BARTOON LUÍS AFONSO
48 | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
Nem consenso, nem dissenso, isto é mais “sonsenso”
Não se preocupem. Afi nal estamos
todos de acordo. O que é preciso
é dar prioridade ao crescimento
e ao emprego. A austeridade é
uma coisa do passado, ou quase
do passado. Não fossem alguns
teimosos — a Merkel, o Gaspar
— e já estaríamos de novo no
paraíso. Até o Cavaco voltaria a
ser bem-amado.
Numa altura em que tanto se fala de
“consenso”, este é o consenso vigente. Basta
ler os jornais e olhar para as televisões.
Só não se percebe é por que continuam
todos a gritar uns com os outros, a trocar
cartas de amor e desamor e a dar murros
na mesa. Talvez porque as aparências
iludem, e porque todo este discurso sobre
o “consenso” não passa de uma ilusão.
De uma dupla ilusão. Primeiro, a de que
sabemos do que falamos quando falamos de
“crescimento e emprego”. Depois, a de que o
melhor da política é a convergência, a união,
o sermos todos muito amigos e estarmos
todos de mãos dadas.
UM DOS PRIMEIROS alçapões do
“consenso” sobre o crescimento e o emprego
é a ideia de que se houver mais crédito
na economia haverá mais investimento
e mais desenvolvimento. É esse o ponto
comum entre as propostas do ministro da
Economia e as apresentadas no Congresso
do PS. É um “consenso” simpático, não
magoa ninguém, mas que esbarra em duas
difi culdades. Por um lado, Portugal teve
crédito abundantíssimo durante os dez anos
sem crescimento que antecederam a crise.
Nessa altura não foi por falta de dinheiro que
não houve bons investimentos, antes foi por
abundância de dinheiro que se realizaram
investimentos desastrosos e se estimulou o
consumo até níveis que levaram aos actuais
níveis de endividamento público e privado.
Por outro lado, os bancos, cujo negócio é
emprestarem dinheiro, têm referido que
faltam é boas propostas de investimento, e
ainda não os vi serem desmentidos.
Ou seja, há “consensos” que pouco nos
adiantam, pois seguem o caminho fácil de
tentar agradar a todos. São consensos moles
que não levam a parte alguma, ou então
levam de regresso aos hábitos desastrados
das últimas décadas. São consensos que não
nos servem.
HÁ UM OUTRO TIPO de “consenso” que
também tem vindo a fazer o seu caminho.
É o que coloca a resolução de boa parte dos
nossos problemas não em Lisboa, mas em
Berlim e em Bruxelas. É o consenso que
diz que não está nas nossas mãos a solução
dos problemas que enfrentamos, mas
sim nas mãos daqueles com quem temos
de renegociar os nossos compromissos.
Se olharmos para as propostas saídas do
congresso do PS, verifi camos que a maioria
delas depende ou da boa vontade dos
nossos credores ou de mudanças radicais
e pouco prováveis de políticas europeias.
Uma parte do discurso do Presidente no
25 de Abril também foi por esse caminho
e o PS até o teria aplaudido se não tivesse
reagido de forma tão sobreexcitada à
reafi rmação por Cavaco daquilo que devia
ser uma evidência para todos os actores
políticos: que ele não interromperá a
legislatura enquanto houver um governo
com maioria parlamentar.
Esta forma de criar consensos e fazer
política não deixa de ser curiosa. Face
às agruras do presente, promete-se um
amanhã radioso que não depende de nós
mas de quem nos empresta o dinheiro de
que continuamos a necessitar para salários
e pensões. Tudo sem sequer tentar perceber
se Berlim ou Bruxelas mostram a mais
pequena vontade de nos fazer a vontade. É
um consenso fácil, sem custos políticos.
MAS O MAIS ANGUSTIANTE em todo este
debate sobre o “consenso” é que ninguém
parece preocupado com o facto de não
existirem sequer bases para construir esses
desejados consensos. Nem para o consenso
sobre o “crescimento e o emprego”,
reivindicado pelo
PS, nem para o
consenso sobre
a “reforma do
Estado”, pedido
pela maioria.
Não existem bases
para os desejados
“consensos”
porque, na
verdade, nem
sequer conhecemos
os pontos de
partida, isso é,
as plataformas
negociais do
Governo e das
oposições. No
domínio das
políticas de
crescimento, por
exemplo, de um
lado e do outro
parece existir
acordo em que
não será possível
baixar os impostos
num horizonte
temporal curto, quando o acordo devia
ser exactamente o contrário, ou seja, que
sem baixa da carga fi scal será sempre
difícil estimular o crescimento económico,
pelo que a discussão devia ser sobre como
tornar possível a descida de impostos.
Mas não: com base na esperança de que o
crescimento permita aumentar as receitas
e, depois, diminuir os impostos, não se
tomam as únicas medidas capazes de
possibilitar esse mesmo crescimento. Isto
sim é uma espiral recessiva.
MAIS SIGNIFICATIVO é o que se passa com
o tema da reforma do Estado. Na retórica,
todos estão de acordo. Governo e oposição.
Colunistas e “senadores” de todos os
matizes. Mas muito poucos, ou nenhuns,
dizem o que entendem por “reforma do
Estado”. Apenas cruzam acusações sobre o
“Estado mínimo” e o “Estado social”.
Em Portugal (mas não só, não só)
há a ideia de que tudo é um problema
tecnocrático ou, então, um problema de
abusos. De que os problemas dos sistemas
de ensino ou de saúde se resolvem com
uma melhor gestão ou com o fi m dos
privilégios. À esquerda ou à direita poucos
põem em causa os modelos existentes e
quase ninguém diz aquilo que devia ser
óbvio: sem questionarmos esses modelos
não seremos capazes de realizar os “cortes
estruturais na despesa” que todos parecem
reclamar – até mesmo os que barafustam
contra o “fi m do Estado social”.
QUANDO FALAMOS de questionar
os modelos existentes falamos de
discutir o actual equilíbrio entre o
que é responsabilidade do Estado e o
que é responsabilidade dos cidadãos e
das famílias. No nosso modelo actual
existe a ideia subjacente de que tudo é
responsabilidade do Estado. E o que ainda
não é (como a compra de medicamentos
Alguém conhece as propostas sobre a reforma do Estado do PS, do PSD ou do CDS? Então querem consensualizar o quê?
ou de livros escolares), um dia há-de ser.
Não custa a perceber que assim a despesa
pública em funções sociais só pode
continuar a subir de forma exponencial.
Mesmo os melhores gestores do mundo só
conseguiriam conter esse crescimento, não
invertê-lo.
Reformar o Estado tem pois de passar por
saber que peso e função deve ter o Estado
em todas as áreas sociais. E onde deve haver
um maior envolvimento dos cidadãos e das
famílias. Quer através de mais liberdade
de escolha, quer de novos sistemas de
fi nanciamento das funções sociais. No
entanto, qual é a posição do PSD sobre,
por exemplo, a liberdade de escolha na
Educação? E a do PS? E o que pensam esses
partidos de seguros de saúde inspirados
no modelo da ADSE? Nada. Quando
muito pensam o que pensa o responsável
do momento para essa área. O mesmo
podemos dizer de 99% dos comentadores
que enxameiam o espaço público. Todos
pedem a “reforma do Estado”, ninguém
diz o que entende por isso. Por medo, por
ignorância ou por conformismo.
NUMA DEMOCRACIA menos histérica
do que a nossa não estaríamos a discutir
o “consenso”. Ou pelo menos não
discutiríamos o consenso pelo consenso.
Estaríamos, isso sim, a negociar e a tentar
chegar a acordos equilibrados. Os partidos
negociariam a partir de posições que
lhe conheceríamos com antecedência.
Cederiam numas coisas, ganhariam
noutras. Fariam compromissos algures a
meio caminho porque conheceriam o seu
ponto de partida. Mas não. O único ponto
de partida dos partidos portugueses é o de
agradarem ao maior número possível de
eleitores, por isso tudo o que aceitarem em
tempos difíceis será para eles uma perda.
De votos. E depois de lugares.
Neste quadro, o “consenso” acaba
facilmente por se transformar na razão
de dissenso. Basta pensar no discurso do
Presidente. Antes de começar a falar, as
bancadas da maioria tremiam de ansiedade;
quando começou a falar, percebeu-se
que, sempre que dava uma no cravo,
acrescentava outra na ferradura, mas só
estas eram recebidas com palmas; no fi nal,
as palmas de uma maioria antes ansiosa
tinham irritado a tal ponto o PS que este
decretou o fi m do “consenso” exactamente
quando o Presidente o tentava. E este, que
enviara recados em todas as direcções,
ainda não deve ter percebido bem o que lhe
aconteceu.
Tudo isto mostra até que ponto a retórica
do “consenso” é antes de tudo o mais
fruto de tempos que mais propriamente
poderíamos chamar de “sonsenso”. Ou de
sonsice.
Jornalista. Escreve à [email protected]
DANIEL ROCHA
Em Portugal procuram-se acordos sem querer discutir nada de essencial. Talvez porque não se sabe o que é mesmo essencial
José Manuel FernandesExtremo Ocidental
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 49
DANIEL ROCHA
O Dia do Trabalhador
Foi, realmente, o dia dos
desempregados. Porque é
provável que, nas manifestações
da UGT e da Intersindical,
houvesse mais desempregados,
que vivem nas maiores
difi culdades e muitas vezes com
fome, do que trabalhadores. E
isto não só em Lisboa mas por
todo o país.
A insensibilidade moral deste malfadado
Governo, cada vez mais indiferente ao
povo, cujos ministros, agarrados ao poder,
como as lapas às rochas, não podem sair
à rua, apesar de rodeados de seguranças,
sem serem vaiados, é uma situação
verdadeiramente alarmante, intolerável e a
que nunca tínhamos assistido antes.
Que pensam o primeiro-ministro e os
ministros e secretários de Estado quanto ao
futuro? Certamente julgam que vão poder
fugir para o estrangeiro, porventura bem
providos com o dinheiro que amealharam,
enquanto o tiraram ao povo? Ao mesmo
tempo, foram conscientemente destruindo
a classe média.
O Paulinho das feiras pensará que é
tão responsável ou mais do que os outros
ministros do Governo a que pertence, que
pode voltar a dar beijinhos às peixeiras
e a fazer-lhes promessas? Julgará que as
mulheres dos mercados e das feiras são
parvas? E que continuarão a acreditar
nele, quando aceitou todas as humilhações
que o primeiro-ministro lhe fez e nunca
teve coragem para se demitir do Governo?
Porque as ameaças são palavras. Não são
actos, e, esses, nunca teve coragem de os
praticar...
No dia em que os desempregados e os
trabalhadores se manifestaram em nome
das duas centrais sindicais, o primeiro-
ministro, com a desfaçatez absoluta que
o caracteriza, falava à televisão, acusando
os seus adversários de demagogia. Ele, o
grande demagogo, que cada vez que fala
diz coisas diferentes e que tem prometido
tudo e o seu contrário, ignorando os
milhares de portugueses — mulheres
e homens — que têm fome e alguns,
infelizmente, são obrigados a ir buscar
alimentos aos caixotes do lixo e outros
a emigrarem, em busca de trabalho, as
crianças que têm fome, quando não vão às
escolas, os doentes que não têm dinheiro
para chegar aos hospitais que restam e
para pagarem o que agora lhes impõem?
Em que país vive este homem que ignora
as pessoas, só sabe — e mal — falar de
dinheiro e só diz aos portugueses coisas
contraditórias em que já ninguém de bom
senso acredita?
Será que, sendo assim, ainda algum
responsável o pode respeitar ou sequer
tomar a sério quanto ao que diz? Não é
provável. Faça o que lhe gritou o povo:
“Está na hora, está na hora, de o Governo
se ir embora”. Enquanto é tempo. Tenha
vergonha! A única
pessoa que lhe disse
para fi car — e ao
seu desacreditado
ministro das
Finanças — foi
o Presidente da
República — que
nunca gostou de si,
nem o Senhor dele,
como toda a gente
sabe...
Não ignora,
seguramente, que
o seu partido, na
sua esmagadora
maioria, não gosta
de si e não esquece
isso, porque
muitos o dizem
continuamente e
sem medo.
Os seus ministros
não se entendem
entre si, como
se tem visto
ultimamente.
Começam alguns
a dizer isso,
abertamente, e sem
medo. Sabem que
o Senhor não tem
ninguém, com um
mínimo de crédito,
É provável que, nas manifestações da UGT e da Intersindical, houvesse mais desempregados, que vivem nas maiores dificuldades e muitas vezes com fome, do que trabalhadores
para os substituir. Por isso só foi capaz
de mudar alguns secretários de Estado,
porque pensam que o título lhes dará
algum prestígio. São jovens e ingénuos.
É o contrário que os vai marcar, com um
ferrete ignóbil...
O Governo está paralisado há muito
tempo. Não tem rumo nem sabe o que quer
e o que faz. Passos Coelho, agora, diz que
a alternativa é abandonar o euro. Quem
tal diria? O ministro das Finanças, Vítor
Gaspar, prepara-se para destruir mais 208
mil empregos até ao próximo ano. Para
quê? Ao que parece, para agradar à troika,
da qual depende.
Ao que diz o jornal PÚBLICO, “o Governo
prepara-se para lançar em 2014 o maior
corte na despesa social de que há registo”.
Debate 1.º de MaioMário Soares
É de loucos. E há quem pense que este
Governo, anticonstitucional, está a destruir
o país, o Estado social e a democracia,
como é evidente, é legítimo porque foi
eleito. Esquecerá, essa luminária, que
Hitler e Mussolini também foram eleitos e
isso não os impediu de produzir os estragos
que são conhecidos?
Como gritou o povo no dia do
desemprego: “Está na hora de o Governo se
ir embora”. E nesse dia, que espero, para
bem de todos, que não tarde, haverá uma
explosão de alegria pacífi ca como sucedeu
com a Revolução dos Cravos. Se assim
não for, rapidamente, estamos mal... E o
Governo, pior.
Presidente da República de 1986 a 1996
50 | INICIATIVAS | PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013
Dizia Tony Bennett, que “os artistas
americanos são os melhores artistas
do mundo”. A afi rmação está longe
de ser imparcial, uma vez que o can-
tor é norte-americano – a que é de-
dicado o quinto volume da colecção
Grandes Vozes Americanas – é bem
conhecida, mas o certo é que de fac-
to, no início do século passado os
Estados Unidos, serviram de berço
a um conjunto de cantores que con-
quistaram um lugar de destaque na
história da música e cuja voz pode
ser quase considerada património
de humanidade.
A colecção, que o PÚBLICO agora
edita, presta pois homenagem a 16
desses artistas. Cada volume da co-
lecção é composto por um booklet
com textos de jornalistas e críticos
de música que relembram episó-
dios da vida pessoal e profi ssional
de cada intérprete, refl ectindo so-
bre as infl uências musicais que os
ajudaram a compor sua obra, bem
como por um CD que recupera al-
Colecção Grandes Vozes Americanas. Dos EUA para o mundo
O PÚBLICO presta homenagem a 16 dos mais famosos artistas americanos de sempre, cujas vozes podiam ser consideradas património da humanidade
Louis ArmstrongVolume 1 Terça-feira, 14 de MaioPor apenas + 3,90 €
Felps é um agricultor que está em-
penhado em ver crescer vegetais
nas suas terras. Cass Casey é um
criador de gado que se entretém
a conduzir as suas manadas atra-
vés dos campos cultivados. É a luta
aberta entre ganadeiros e agricul-
tores pela hegemonia da terra no
Oeste americano.
Furioso, Felps pede a Lucky
Luke que o proteja do seu adversá-
rio. Entretanto, o confl ito sobe de
tom quando decide erguer arame
Ganadeiros e agricultores incendeiam a pradaria
Banda Desenhada
Arame Farpado na Pradaria14º álbum da colecção Lucky LukeQuarta-feira, 8 de MaioPor apenas + 4,95 €
Música
AGENDA
Sábado, 4Geração 25 Abril, 3º vol, ep. 5 e 610 artistas nascidos depois do 25 de Abril, em 5 livros/DVD inéditos
Quarta, 814.º vol., Arame Farpado na PradariaColecção Lucky Luke15 álbuns das primeiras e mais emblemáticas aventuras do herói.
Sexta, 1010.º DVD, Os Famosos e os Duendes da Morte, por Esmir FilhoColecção Ípsilon, Novos Talentos da Realização10 DVD com grandes filmes de uma nova geração de realizadores.
Lojas PÚBLICOLisboaEdifício Diogo Cão – Doca de Alcântara-norte1350-352 Lisboa (Junto ao Museu do Oriente)horário: Seg. a Sex., das 9h às 19h, sáb., das 11h às 17hTelf: 210 111 010Centro Comercial ColomboPiso zero. Horário: seg. a dom., das 10h às 24hAvenida das Índias, junto à Praça Central
Mulembeira IICentro Comercial Portela, Lj 33, 2685
Loja online http://loja.Publico.Pt/
PONTOS DE VENDA
////////////
Sem as parvoíces dos Dalton,
a estupidez de Rantanplan e as
confusões provocadas pe-
los índios, poderia
pensar-se que esta
aventura estaria
condenada a
ser um episódio
menor na histó-
ria da série. Para mais, as
situações, sempre có-
guns dos maiores sucessos de cada
artista, extraídos dos seus álbuns
mais emblemáticos.
Louis Armstrong, o “Sr. Jazz”,
intérprete de temas como What a
Wonderful World, Stardust e La Vie
en Rose, foi o músico escolhido pa-
ra inaugurar a colecção mas nesta
“dream team” seleccionada pelo
PÚBLICO não poderiam faltar ainda
artistas como Tony Benett, Fred As-
taire, Bing Crosby, Nat King Cole e
os membros do famoso “Rat Pack”:
Dean Martin, Sammy Davis, Jr. e,
é claro, Frank Sinatra, o homem a
que a imprensa denominou como
“The Voice”.
Mas não só de vozes masculinas
se faz esta colecção. A “Sassy” Sarah
Vaughan é a primeira cantora “cha-
mada ao palco” no terceiro volume
da colecção mas todas as grandes
senhoras do jazz e da canção ame-
ricana marcam presença no seu
ç ,
O ÁLBUMNascido em Nova Orleães, em 1901, Louis Armstrong é considerado como um dos artistas mais influentes em termos musicais no início do século XX. A sua voz única, o seu carisma em palco e, sobretudo, a forma como tocava o trompete, o seu instrumento de eleição, fizeram com que se tornasse num figura incontornável não só do jazz mas da música popular a nível mundial. No primeiro volume da colecção pode recordar temas como
Dream A Little Dream Of Me, La Vie En Rose, When The Saints Go Marching In ou Mack The Knife.
micas e trepidantes, passadas nos
saloons, estão também ausentes —
de facto, só quando a série transita
das Éditions Dupuis (editora mais
conservadora) para a Dargaud
(passando a ser publicada na ir-
reverente revista Pilote) é que os
autores terão mão livre para
as incluir no enredo das his-
tórias.
Sem esses recursos, a du-
pla Goscinny-Morris optou por
desenvolver uma série de situ-
ações divertidas ou dramáticas
que mantêm a dinâmica narra-
tiva da primeira à última
pranchas. Arame Farpado
na Pradaria revela-se, as-
sim, uma pequena obra-
prima da BD de humor,
cuja leitura será um pra-
zer para todos.
farpado em torno das suas terras,
um gesto que é considerado como
a suprema provocação pelos cria-
dores de gado e vaqueiros. O clima
é de guerra aberta entre as duas
facções e o herói terá de usar toda
a sua diplomacia para reconciliar
os dois bandos.
Arame Farpado na Pradaria,
com argumento de René Gos-
cinny e desenho de Morris, é o
14º álbum da colecção
Lucky Luke, que esta-
rá à venda na próxima
semana. Esta história
surgiu pela primeira
vez na revista Spirou
no ano de 1965, ten-
do sido publicada
em álbum no ano
imediatamente a
seguir.
alinhamento desde Billie Holiday
a Judy Garland, passando por Nina
Simone, Etta James, Anita O’Day, Di-
nah Washington ou Ella Fitzgerald,
“the First Lady of Song”.
A colecção Grandes Vozes Ameri-
canas é, pois, uma compilação úni-
ca que passeia pela vida e obra dos
grandes artistas clássicos america-
nos, que com sua voz, sensibilida-
de e talento ajudaram a redefi nir a
história da música.
© LUCKY COMICS 2013
DR
PÚBLICO, SEX 3 MAI 2013 | INICIATIVAS | 51
Foi no Dia da Mulher, 8 de Março,
que Márcia apresentou a primeira
amostra do seu novo álbum Casulo.
“Em forma de celebração”, disse na
altura, “uma mão cheia de coisas
que deixei nesta canção”. Deixa-me
ir foi o nome do single e o álbum
está pronto a sair nestes primeiros
dias de Maio. Com a ajuda do PÚ-
BLICO.
Primeiro, não pode perder o
artigo de hoje no Ípsilon nem es-
quecer-se de ouvir em streaming
todas as músicas do novo álbum
Casulo que estão exclusivamente
no site do seu jornal. Paralelamen-
Compre o novo álbum de Márcia com desconto e oiça o Streaming em ípsilon.pt
Casulo, de MárciaNovidade mês de Maio
Um jovem de 16 anos, residente nu-
ma pequena cidade rural do sul do
Brasil, relaciona-se com o resto do
mundo através da Internet. Fã de
Bob Dylan, refugia-se em blogs e sa-
las de chat, mas a chegada à cidade
de um misterioso rapaz que se asse-
melha ao seu ídolo fá-lo mergulhar
Se a colecção Geração 25 de Abril,
que o PÚBLICO agora edita, pro-
curou reunir 10 olhares diferentes
sobre a vida e a arte de 10 artistas
nacionais nascidos depois da “revo-
lução dos cravos”, o olhar tem tam-
bém um papel central na obra de
Filipa César, uma das artistas cujo
trabalho está em destaque no ter-
ceiro volume da colecção.
Natural do Porto, cidade onde ini-
ciou os estudos de Belas Artes, Fili-
A adolescência no décimo volume da colecção Novos Talentos da Realização
O olhar de uma geração, no terceiro volume da colecção Geração 25 de Abril
Documentário
Música
Os Famosos e os Duendes da Morte, por Esmir Filho10.º DVDSexta-feira, 10 de MaioPor apenas + €1,99
Filipa César e João Onofre 3.º Volume – Episódios 5 e 6Sábado, 4 de MaioPor apenas + 4,90 €
te, visite o Facebook do PÚBLICO
e habilite-se a ganhar CDs autogra-
fados e bilhetes para o concerto de
apresentação que acontecerá no
Cinema S. Jorge, em Lisboa, no dia
que mais a assustava, disse certa vez
em entrevista ao jornal i. “Acho que
não me livro facilmente da timidez;
aquela pressão de sentir toda a gente
a olhar para mim”, explicou. “Ainda
assim, acalmo-me imenso com a mi-
nha voz, devo ter começado a cantar
por causa disso”.
O primeiro EP a solo chegou em
2010, lançado pela Optimus Discos.
Numa das faixas do disco faz um
dueto com JP Simões — A Pele Que
Há Em Mim (Quando o Dia Entarte-
ceu) — que rapidamente se tornou
num sucesso de vendas digitais e no
YouTube, ultrapassado rapidamente
a barreira do meio milhão de visu-
alizações. O álbum surgiu no ano
seguindo. Em Dá, Márcia deu tudo
mas também recebeu de volta, in-
cluindo uma nova versão d’A Pele
Que Há Em Mim.
em lembranças e num mundo para
além da realidade.
Realizado por Esmil Filho, Os Fa-
mosos e os Duendes da Morte baseia-
CinemaVera Monteiro
Esmir Filhos três prémios artísticos
em festivais da América do Sul, tendo
ainda integrado a Selecção Ofi cial de
Berlim, Locarno, São Paulo, Buenos
Aires e Rio de Janeiro.
Natural de São Paulo, Esmir Filho
é um bem sucedido realizador de
curtas-metragens. A sua curta-metra-
gem Alguma Coisa Assim conquistou
o prémio para Melhor Argumento no
Festival de Cannes em 2004 e ganhou
o prémio para Melhor Filme no Festi-
val de Biarritz. A sua curta-metragem
mais recente, Saliva, foi seleccionada
para a Semana Internacional da Crí-
tica do Festival de Cannes, em 2007.
Os Famosos e os Duendes da Morte é a
sua primeira longa-metragem.
pa César cedo descobriu no cinema
um meio fundamental para o seu
trabalho. Nos últimos anos concen-
trou grande parte da sua pesquisa
na relação entre a fi cção e o docu-
mentário, explorando as afi nidades
e limites de ambas. “É através do
cinema que aborda a relação entre
observador e observado, por vezes
atendendo à dimensão comporta-
mental no espaço público, por ve-
zes questionando o ecrã-fronteira”,
afi rma o guionista Alexandre Melo
no booklet do volume.
O que são e signifi cam os olhares?
Qual é o ponto de vista certo? São
algumas das perguntas levantadas
pela artista que nos obriga “a saber
que somos responsáveis pelo uso do
nosso olhar e que a realidade que
vemos e em que vivemos é o produ-
to do trabalho realizado pela nossa
imaginação, a partir daquilo que lhe
oferecemos”, conclui o guionista.
Perante o percurso de João Ono-
fre, cuja obra é também explorada
no terceiro volume da Geração 25 de
Abril, em particular no episódio Ver
a Escuridão, é fácil também surgi-
rem perguntas. A primeira: como é
que com apenas 25 anos, conseguiu
realizar a sua primeira exposição in-
dividual numa galeria em Chelsea,
Nova Iorque?
O documentário Ver na Es-
curidão apresenta algumas
obras mais marcantes de
Onofre, explorando o seus
locais e metodologias de
trabalho. Ressalta também
a importância que o vídeo
assume na sua obra, bem co-
mo o cruzamento com uma
dimensão performativa, que testa
frequentemente os limites físicos e
emocionais dos intervenientes.
14 de Maio pelas 21 horas. Se não
quiser perder tempo, pode ainda re-
servar o seu CD na loja online, por
um preço promocional de 9,99 €.
Nascida Márcia Santos, a cantora
perdeu o apelido no nome artístico
quando encontrou João Paulo Feli-
ciano e começou a cantar nos Real
Combo Lisbonense. Ex-estudante de
pintura, deixou os pincéis para trás e
cimentou os conhecimentos de mú-
sica com os outros músicos. Na al-
tura, subir para cima do palco era o
se no livro homónimo de Ismael Ca-
neppele. “Quando o li pela primeira
vez, a poesia e a sensibilidade do
texto me fascinaram”, explica Es-
mir Filho. “A história era incrível e
mostrou-me o verdadeiro sentimento
de ser um adolescente nos dias de
hoje com o mundo virtual”. Repleto
de factos autobiográfi cos do escritor,
o fi lme desenrola-se no Sul do Brasil,
durante o Inverno austral. “Fui à ci-
dade natal [de Cane-
pple] e aí tu-
do se tornou
realidade”,
acrescenta o
realizador.
As perso-
nagens fortes
e a estética do
filme acaba-
ram por valer a
dade nata
p
do
re
acr
rea
A
nag
e a e
film
ram p
DR
DR
DR
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ESCRITO NA PEDRA
“O que tem sido acreditado por todos, e sempre, e em toda a parte, tem toda a probabilidade de ser falso” Paul Valery (1871-1945), poeta e ensaísta francês
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SEX 3 MAI 2013
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Casa da Moeda descoberta em Beja é um antepassado das modernas PPP Local
Em entrevista, Eric Frattini diz que os primeiros sinais “não são bons” p28/29
Uma parceria público-privada do século XVI
O Inimigo PúblicoPara passar a nova nota de 5 euros a escudos basta pôr no micro-ondas
E se o Papa Francisco não conseguir mudar o Vaticano?
SOBE E DESCEOscar Cardozo
Ao marcar o segundo e o terceiro golos do Benfica na Luz, o avançado
paraguaio abriu caminho à nona presença dos “encarnados” numa final europeia. Cardozo foi decisivo primeiro ao desfazer a igualdade no jogo, após o penalty convertido pelo Fenerbahçe, e depois ao colocar o Benfica na frente da eliminatória. Foi o instrumento da reacção da equipa de Jorge Jesus que a conduziu a um mais do que merecido apuramento. (Pág. 42/43)
Gastão Elias
O tenista das Caldas da Rainha juntou-se ontem ao clube restrito dos
portugueses que já conseguiram chegar aos quartos-de-final do Estoril Open, onde figuram
nomes como Cunha Silva, Nuno Marques ou Frederico Gil. Após derrotar o uzbeque Denis Istomin (50.º do ranking
mundial), o tenista português enfrenta hoje uma das principais figuras do torneio, Stanislas Wawrinka. Chegar às meias-finais já é um triunfo para Gastão Elias, que quer contrariar o favoritismo do suíço. (Pág. 45)
Mario Draghi
Numa Europa sem respostas para a crise, o presidente do Banco
Central Europeu continua a remar contra a maré. A decisão de baixar as taxas de juro para um novo mínimo histórico é um testemunho dessa determinação, mas tudo indica que será insuficiente. Ao BCE pedem-se medidas mais fortes. Draghi terá que demonstrar que está disposto a cumprir a promessa de agir. (Pág. 18/19)
Herman Van Rompuy
O presidente do Conselho Europeu é conhecido como
um excelente construtor de consensos. Provou-o nesta visita a Portugal, ao encontrar pontes entre as posições de Passos e de Seguro. Mas essa capacidade de ligar o que parece antagónico tem um reverso. Se bem que Herman Van Rompuy tenha feito a defesa do crescimento e anunciado políticas para o emprego, não descola um milímetro do discurso da austeridade e mantém uma posição ambígua. (Pág. 6)
OPINIÃO
Como de costume
Não há ninguém em
Portugal que não peça
“crescimento”: da direita
à esquerda e à extrema-
esquerda. Mas, desde o
fi m do século XVIII até
hoje, e tirando uns 15 anos no
fi m da Ditadura, a economia
não cresceu ou não cresceu
tanto como se esperava e era
preciso. O público informado
atribuía geralmente a culpa desse
perpétuo fracasso à organização
política do país. Basta ler o que
se escreveu sobre o assunto de
1820 para diante para constatar
Vasco Pulido Valente
o desespero que o nosso
melancólico “atraso” inspirava a
toda a gente e a fúria com que se
tratavam os sucessivos partidos
do liberalismo. Isto levou
primeiro à República e, a seguir,
a Salazar. Infelizmente, nada
mudou substancialmente com a
experiência. A República preferiu
fazer uma guerra inútil contra
a Alemanha e Salazar achava a
pobreza um dom do Altíssimo.
Qual é a razão última desta
desgraça? O simples facto de que
Portugal não tinha, e não tem,
capital e um mercado doméstico
capaz de absorver e fundar
uma expansão a sério. Mesmo o
progresso superfi cial da segunda
metade do século XIX (estradas,
comboios, algum melhoramento
dos portos) foi pago pela
Inglaterra e a França e criou uma
dívida colossal, que iria explodir
em 1891-92. Resultado: a indústria
portuguesa acabou por se refugiar
em cantinhos protegidos pelo
desinteresse internacional:
tecidos de má qualidade, como
por exemplo a chita, a construção
civil e, em muito menor escala,
as conservas de Setúbal. E na
agricultura, fora os cereais que o
Estado indirectamente subsidiava
e, como de costume, o vinho,
a miséria continuava. Nenhum
destes negócios (e a mercearia
por grosso) chegava infelizmente
para sustentar aventuras de outra
dimensão.
Em 2013, a situação básica
permanece. Falta o capital no
Estado, na banca e também na
esmagadora maioria de empresas,
que a custo sobreviveram à
crise. O mercado interno está na
agonia, por causa do programa de
“austeridade” que o Governo nos
resolveu aplicar. E, como se isto
não bastasse, a dívida aumenta
e os juros são excessivamente
altos. Coisa que não impede os
peritos de recomendar, como
aliás sempre se recomendou,
que se recorra à putativa ajuda,
aos fundos da “Europa”, ao
BEI e, de quando em quando, à
mãozinha caridosa do BCE. Não
se percebe que fruto trarão estas
patéticas manigâncias, excepto o
de alimentar fraudulentamente
a esperança dos portugueses.
Depois do som e da fúria da
democracia, da sua enésima
“modernização”, Portugal voltou
ao seu velho e lúgubre destino.
MIGUEL MANSO
Negociações com três bancos podem estender-se até segunda-feira p16
Governo quer reduzir perdas de 500 milhões em swaps
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