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Page 1: 2010 - Volume 1 - Caderno do Aluno - Ensino Médio - 1ª Série - Química

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Caro Professor,

Em 2009 os Cadernos do Aluno foram editados e distribuídos a todos os estudantes da rede estadual de ensino. Eles serviram de apoio ao trabalho dos professores ao longo de todo o ano e foram usados, testados, analisados e revisados para a nova edição a partir de 2010.

As alterações foram apontadas pelos autores, que analisaram novamente o material, por leitores especializados nas disciplinas e, sobretudo, pelos próprios professores, que postaram suas sugestões e contribuíram para o aperfeiçoamento dos Cadernos. Note também que alguns dados foram atualizados em função do lançamento de publicações mais recentes.

Quando você receber a nova edição do Caderno do Aluno, veja o que mudou e analise as diferenças, para estar sempre bem preparado para suas aulas.

Na primeira parte deste documento, você encontra as respostas das atividades propostas no Caderno do Aluno. Como os Cadernos do Professor não serão editados em 2010, utilize as informações e os ajustes que estão na segunda parte deste documento.

Bom trabalho!

Equipe São Paulo faz escola.

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GABARITO

Caderno do Aluno de Química – 1ª série – Volume 1

Respostas às questões

Professor, as respostas aqui apresentadas são indicações de expectativas de aprendizagem. De

maneira nenhuma são “gabaritos” para ser seguidos em eventuais correções de tarefas ou

discussões em sala de aula. Lembre-se de que foi utilizada uma linguagem que envolve termos

científicos de maneira adequada, o que, certamente, não corresponde ao modo como os alunos

se expressam. Muitas vezes, eles expressam ideias pertinentes, porém sem a devida apropriação

da terminologia química.

Bom trabalho!

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Páginas 3 - 4

A leitura de textos é um dos recursos que auxiliam na construção de significados

atribuídos a determinado objeto de ensino. No momento, pretende-se utilizá-la como

desencadeadora e motivadora para a aprendizagem das transformações químicas com

base no estudo da produção da cal.

1. A matéria-prima necessária para a produção da cal é o calcário, e os materiais que

podem ser formados são a cal viva e o gás carbônico.

2. A diminuição da quantidade de material na calcinação do calcário pode ser explicada

pela saída, do forno, do gás carbônico formado nesse processo. O aumento da

quantidade de material na hidratação da cal viva deve-se à adição de água, necessária

para que o processo ocorra.

Observação: Talvez os alunos demonstrem dificuldades em relacionar a diminuição

de massa que ocorre na calcinação do calcário com a saída de gás carbônico pelo fato

de apresentarem a concepção alternativa de que gases não têm massa.

3. Na indústria, geralmente, busca-se diminuir o tempo de produção para aumentar os

lucros. No dia a dia, às vezes, é mais interessante que as transformações ocorram

mais rapidamente (por exemplo, no cozimento de alimentos) para minimizar os

custos com energia. Em outros casos, é ideal que as transformações ocorram

lentamente para aumentar a durabilidade de um produto, como na decomposição de

alimentos ou na corrosão de um portão de ferro.

4. Os fatores que os alunos podem citar, com base na leitura do texto, são: energia

necessária e tipos de calcários. Outros fatores que poderiam surgir durante a

discussão do texto seriam: consumo de combustíveis, disponibilidade de matérias-

primas, mercado consumidor, rendimento do processo, impactos ambientais etc.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

PRODUÇÃO E USO DA CAL

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Página 5

1. Possíveis materiais que podem ser citados pelos alunos: cimento, barro (tijolos e

telhas), areia, pedras de construção, cerâmicas, amianto (telhas e caixas-d’água),

PVC (canos), cobre (fios e canos), água, tintas, ferro (barras, pregos, canos, portas e

janelas), vidros, alumínio (portas e janelas), madeira (portas e janelas), mármore e

granito (pisos e pias) etc.

2. Entre os materiais citados na resposta anterior (os alunos podem ter citados outros),

os que foram obtidos a partir do desenvolvimento científico e tecnológico são:

cimento, PVC e alumínio. Os materiais utilizados desde a Antiguidade são: barro,

areia, pedras, cerâmicas, amianto, cobre, água, tintas, ferro, vidros, madeira,

mármore e granito. Entretanto, os processos de produção de alguns desses materiais

também foram se alterando com o desenvolvimento científico e tecnológico.

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Atividade 1 – Transformações químicas

Exercícios em sala de aula

Páginas 6 - 8

1.

MMaatteerriiaaiiss oobbttiiddooss ddiirreettaammeennttee ddaa nnaattuurreezzaa

MMaatteerriiaaiiss oobbttiiddooss ppoorr ttrraannssffoorrmmaaççõõeess ddee mmaattéérriiaass--pprriimmaass

Ouro Cal

Madeira, areia, água, mármore, oxigênio. Plásticos, cimento, ferro, alumínio, álcool.

2. A discussão pode tratar de assuntos como a importância para o ser humano em

realizar e controlar algumas transformações nos materiais retirados da natureza para

obter melhores condições de moradia, segurança, conforto e bem-estar. Essas

transformações podem levar à formação de novas substâncias e são chamadas de

transformações químicas. Os alunos podem mencionar os termos reagentes e os

produtos e dizer que a energia tem um papel importante nessas transformações.

3.

a) segurança: dominar o fogo ajudou o ser humano a afugentar animais perigosos e

a manter suas habitações um pouco mais seguras durante a noite.

b) alimentação: o domínio do fogo possibilitou ao ser humano cozinhar e defumar

os alimentos, principalmente carnes, tornando-os mais macios e mantendo-os

conservados por mais tempo.

c) conforto: com o fogo, os ambientes puderam ser aquecidos durante as épocas de

frio, aumentando o conforto para o ser humano.

4.

a) Queima do gás de cozinha: é uma transformação química em que o gás reage

com oxigênio, e não uma simples mudança de estado físico. Os materiais formados

também são gases, ou seja, existem transformações químicas que ocorrem sem que

haja mudança de estado físico dos materiais envolvidos.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

INTERAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES

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b) Evaporação do álcool em contato com a pele: nesse fenômeno não ocorre

transformação química, apenas uma mudança de estado físico em que o álcool

líquido se torna álcool gasoso.

5.

a) Não, pois existem transformações químicas que ocorrem com um único

reagente, como a decomposição do calcário.

b) A análise desses casos confirma a ideia de que podem ocorrer transformações

com apenas uma substância, pois todos eles são transformações químicas que

ocorrem tendo um único reagente.

Observação: Espera-se que os alunos, ao final dessa atividade, tenham ampliado sua

visão sobre a importância das transformações químicas para a sobrevivência e o

desenvolvimento da humanidade. Eles também deverão compreender e aplicar os

conceitos de transformação química, reagente e produto na análise de diversos

fenômenos. Com base na discussão das questões 4 e 5, espera-se que os alunos

possam superar as ideias de “transformação química como sendo um processo de

mudança de estado físico” e que “nas transformações químicas são sempre

necessários dois ou mais reagentes”. Essas concepções foram discutidas no Caderno

do Professor e podem aparecer nas declarações de alguns alunos, devendo ser

reencaminhadas para continuidade dos estudos.

Páginas 8 - 11

As questões propostas têm como objetivo auxiliar os alunos a reconhecer as

transformações químicas por meio de evidências observáveis. É importante ressaltar

que, assim como nem toda transformação química possui evidência perceptível, nem

toda evidência garante que ocorreu uma transformação química.

O preenchimento da tabela após a realização do experimento não precisa apresentar

um padrão pois, geralmente, os alunos expressam-se de maneira coloquial, não

utilizando linguagem científica. Deve-se destacar o reconhecimento das evidências e

relacioná-las com a ocorrência de transformação química.

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Questões para análise do experimento

Página 12

1. Em todas as interações observadas houve a formação de novas substâncias.

2. Todas as interações realizadas no experimento são transformações químicas, pois em

todas elas houve a formação de novas substâncias.

Páginas 12 - 13

1.

a) Evidência de interação: descoramento do tecido. É uma transformação química.

b) Evidência de interação: formação de bolhas de gás e sua liberação. Não é uma

transformação química.

c) Evidência de interação: diminuição da quantidade de líquido e formação de um

sólido branco e cristalino. Não é uma transformação química.

d) Evidência de interação: aparecimento de uma crosta de cor avermelhada,

aparecimento de alguns buracos onde havia ferro, mudança da cor de cinza para

vermelho-tijolo, diminuição da resistência e corrosão. É uma transformação química.

e) Evidência de interação: mudança de sabor, textura, cor e cheiro. É uma

transformação química.

f) Evidência de interação: “desaparecimento” do líquido. Não é uma transformação

química.

2.

(x) explosão de uma bombinha de pólvora;

(x) corrosão de um cano de cobre;

(x) apodrecimento de um pedaço de madeira;

(x) corrosão de uma pia de mármore pelo vinagre;

(x) queima de uma vela.

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Exercícios em sala de aula

Páginas 14 - 15

1.

TTrraannssffoorrmmaaççããoo qquuíímmiiccaa CCllaassssiiffiiccaaççããoo SSiinnaaiiss ppeerrcceeppttíívveeiiss

CCaallcciinnaaççããoo ddoo ccaallccáárriioo Não instantânea Aparentemente, nenhum sinal

perceptível

IInntteerraaççããoo eennttrree ccaarrbboonnaattoo ddee ccáállcciioo ee

áácciiddoo cclloorrííddrriiccoo

Instantânea Efervescência (formação de

gás)

QQuueeiimmaa ddoo áállccooooll Instantânea Liberação de energia térmica

e luminosa

AAppooddrreecciimmeennttoo ddee uummaa ffrruuttaa Não instantânea Mudança de textura, cor, odor

e sabor

FFoorrmmaaççããoo ddee ssóólliiddoo ggeellaattiinnoossoo ((hhiiddrróóxxiiddoo ddee ccoobbrree)) nnaa iinntteerraaççããoo eennttrree ssoolluuççõõeess ddee ssuullffaattoo

ddee ccoobbrree ee hhiiddrróóxxiiddoo ddee ssóóddiioo

Instantânea Formação de sólido

(precipitado)

EEnnffeerrrruujjaammeennttoo ddee uumm ppoorrttããoo ddee ffeerrrroo Não instantânea Mudança de cor e textura

CCoozziimmeennttoo ddee uumm oovvoo Não instantânea Mudança de cor e textura

2. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno se lembre de dizer que na natureza existem

transformações que ocorrem rapidamente e outras, lentamente, e que se pode

controlar ou modificar o tempo envolvido em algumas dessas transformações (na

produção industrial, por exemplo, a diminuição do tempo envolvido na obtenção de

um material é importante; na conservação de alimentos, procura-se retardar o

apodrecimento). Foi mencionado no texto que a produção de cal, que demorava dias,

passou a ser realizada em algumas horas.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

FATORES QUE PODEM SER ANALISADOS NAS INTERAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS

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Exercício em sala de aula

Página 15

Nesta atividade, deve-se ajudar o aluno a reconhecer a absorção e a liberação de

energia nas transformações químicas apenas no nível macroscópico, pois o nível

microscópico será abordado na 2a série. Os estudantes, muitas vezes, entendem de

maneira equivocada o aquecimento do recipiente no qual está ocorrendo a

transformação como sendo uma transformação endotérmica; outra concepção errônea

que pode aparecer é o entendimento de que, ao resfriar o recipiente, há perda de energia

e a transformação é exotérmica.

As transformações que envolvem a liberação de energia térmica são chamadas de

exotérmicas e as que envolvem o consumo de energia térmica são chamadas de

endotérmicas.

Páginas 16 - 17

1. Sim, pois ocorre mudança de cor, consumo de energia térmica e pode-se perceber a

saída de um vapor que se condensa na parede do béquer ou tubo de ensaio e que,

possivelmente, deve ser água. O reagente seria o sulfato de cobre pentaidratado e os

produtos, o sulfato de cobre anidro e água.

2. Ocorre mudança de cor (branco para azul) e houve aquecimento. Esses fatos indicam

que ocorreu uma transformação química e que esse processo de hidratação do sulfato

de cobre envolve liberação de energia térmica.

3. Sim, pois percebe-se algumas evidências que indicam que o material no início

(reagente) é diferente do material no final (produtos) do experimento. Os reagentes

são o sulfato de cobre anidro a e água e o produto, o sulfato de cobre pentaidratado.

4. O aquecimento é um fenômeno endotérmico e a hidratação, exotérmico.

5.

a) As representações indicam que, na calcinação, o sulfato de cobre pentaidratado

interage com a energia, formando sulfato de cobre anidro e água; portanto, a

transformação é endotérmica. Na hidratação, o sulfato de cobre anidro interage com

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água, formando sulfato de cobre pentaidratado e liberando energia térmica; portanto,

a transformação é exotérmica.

b) CuSO4 . 5 H2O + energia CuSO4 + H2O (desidratação)

CuSO4 + H2O CuSO4 . 5 H2O + energia (hidratação)

Observação: não foi considerada a estequiometria (ou o balanceamento) da reação

uma vez que esse assunto ainda não foi introduzido. Entretanto, pode haver alunos

que percebam a necessidade de representar as cinco partículas de água nas duas

situações, o que pode ser uma boa oportunidade para problematizar a questão, sem a

pretensão de desenvolver o conteúdo, que será abordado posteriormente.

Exercícios em sala de aula

Página 18

Espera-se que os alunos, nesta atividade, compreendam que algumas interações

podem ser revertidas, havendo a recuperação dos materiais de partida, e que outras

interações e transformações são definitivas, não havendo a possibilidade de reverter o

processo senão pela adição de outros materiais e outros procedimentos.

1. A resposta do aluno deve dar a ideia de que os processos nos quais se pode

facilmente recuperar os reagentes sem a adição de novos materiais são considerados

revertíveis.

2. Espera-se que o aluno indique que os processos nos quais não se consegue recuperar

os reagentes são chamados de irrevertíveis.

3.

FFeennôômmeennoo CCllaassssiiffiiccaaççããoo

QQuueeiimmaa ddee uummaa vveellaa Irrevertível

AAmmaadduurreecciimmeennttoo ddee lleegguummeess Irrevertível

HHiiddrraattaaççããoo ddaa ccaall vviivvaa Revertível

CCoorrrroossããoo ddoo mmaaggnnééssiioo oouu zziinnccoo ppoorr áácciiddoo Irrevertível

CCoozziimmeennttoo ddee uumm oovvoo Irrevertível

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Páginas 18 - 19

1. Alguns exemplos de transformações possivelmente citados pelos alunos:

Instantâneas: queima de diversos materiais, explosão de fogos de artifício,

efervescência de água oxigenada em contato com uma ferida.

Não instantâneas: corrosão de estátuas de mármore, apodrecimento de alimentos,

cozimento de alimentos.

2.

EEttaappaa FFoorrmmaass ddee eenneerrggiiaa eennvvoollvviiddaass

CCllaassssiiffiiccaaççããoo ÉÉ uummaa ttrraannssffoorrmmaaççããoo qquuíímmiiccaa??

QQuueeiimmaa ddoo ccaarrvvããoo Térmica e luminosa Exotérmica Sim

SSeeccaaggeemm ddoo ccaallccáárriioo Térmica Endotérmica Não

AAqquueecciimmeennttoo ddoo ccaallccáárriioo Térmica Endotérmica Depende da temperatura

de aquecimento*

DDeeccoommppoossiiççããoo ddoo ccaallccáárriioo Térmica Endotérmica Sim

HHiiddrraattaaççããoo ddaa ccaall Térmica Exotérmica Sim

* O aquecimento pode causar a transformação química, pois acima de 900 ºC ocorre a

decomposição do calcário.

3. O processo irrevertível é a queima do carvão. Os outros processos podem ser

considerados revertíveis.

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Página 21 - 22

1.

Texto – Fermentação alcoólica na produção do etanol: as ideias principais

apresentadas no texto dizem respeito à produção de álcool no Brasil a partir da cana-

de-açúcar, sua importância, o método de obtenção de álcool com diferentes graus

alcoólicos (mistura água–álcool em diferentes proporções), a obtenção de álcool puro

e as transformações químicas envolvidas nesses processos.

Texto – A produção do ferro nas siderúrgicas: o texto apresenta a importância do

ferro na sociedade atual devido a suas propriedades e acessibilidade, seus minérios

de origem e sua abundância no Brasil, bem como o processo de obtenção do ferro a

partir de seus minérios, enfatizando as transformações químicas que ocorrem no

processo industrial (siderúrgica).

A escolha dos pormenores vai depender da avaliação do aluno, de sua história e de

seus conhecimentos, e não é tão relevante o que ele citar.

2. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno, ao elaborar o texto relativo à discussão das

ideias apresentadas, inicie uma apropriação da linguagem científica e também dos

conteúdos tratados. Não é necessário que os alunos usem fórmulas ou equações

químicas em seus textos, mas que eles consigam produzir um resumo coerente com

as ideias principais de cada texto.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

A PRODUÇÃO DO ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E DO FERRO

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Reconhecendo a formação da cal

Páginas 23 - 24

1. Características semelhantes: são sólidos brancos. Características diferentes:

comportamento quando são submetidos a mudanças de temperatura; massa de 1 cm3

da substância; massa capaz de se dissolver totalmente em 100 mL de água à

temperatura ambiente.

2. É possível diferenciar uma amostra de cal de uma amostra de calcário medindo a

quantidade de sólido que pode ser dissolvida em 100 mL de água, observando o

comportamento dos sólidos quando aquecidos e medindo a massa de um mesmo

volume de cada sólido.

3. Ocorreu transformação química, pois houve formação de gás e o sólido obtido no

processo possui características diferentes do calcário.

Observação: O objetivo principal da discussão dessas questões é que os alunos

possam compreender que, em alguns casos, as evidências observadas diretamente

(por exemplo, mudança de cor do material) não são suficientes para identificar

materiais e para concluir se houve transformação química ou não e que, nesses casos,

é necessário recorrer à análise das propriedades características de cada substância.

Atividade 1 – Temperatura de ebulição e de fusão: pode-se identificar

uma substância pura por suas temperaturas de ebulição e de fusão?

Páginas 24 - 25

É importante estar atento às dificuldades apresentadas pelos alunos na construção e

interpretação de tabelas e gráficos. Em relação aos gráficos, os alunos podem apresentar

algumas dificuldades, como não saber escolher e utilizar adequadamente uma escala e

tender a ligar todos os pontos em vez de traçar retas médias. Portanto, é recomendável o

acompanhamento durante essa construção dos gráficos, principalmente no sentido de

levá-los a identificar as duas tendências de comportamento linear dos dados, dando a

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5

COMO RECONHECER QUE HOUVE UMA TRANSFORMAÇÃO QUÍMICA QUANDO NÃO HÁ EVIDÊNCIAS?

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possibilidade de se traçar dois segmentos de retas médias, um com os dados anteriores à

ebulição e outro após seu início. É provável que eles nunca tenham analisado dados

reais como os que são apresentados nessa atividade ou traçado dois segmentos de retas

médias em um mesmo conjunto de dados.

Estado sólido estado líquido: fusão

Estado líquido estado gasoso: vaporização (evaporação ou ebulição)

Questões para análise do experimento

Páginas 25 - 27

1. Pode-se considerar que a temperatura não variou, pois a variação de 1 ºC está dentro

da incerteza do termômetro.

2.

O gráfico apresentado foi elaborado com os dados fornecidos no Caderno do

Professor. Caso os alunos tenham feito o experimento, a curva obtida provavelmente

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terá a mesma forma, porém os pontos poderão ter outros valores, isto é, aos intervalos

de tempo poderão corresponder outros valores de temperatura.

a) A água começa a ferver após 7 min, a uma temperatura de 97 ºC (resposta

baseada na curva apresentada).

b) A água continua fervendo, evaporando, e a temperatura se mantém constante.

c) A temperatura de ebulição da água no local medido é de 97 ºC, pois esse valor

mantém-se constante durante o aquecimento. No gráfico, percebe-se uma reta

paralela à abscissa, ou seja, a temperatura não se modifica.

d) Será de 97 ºC, pois a temperatura de ebulição não varia com a quantidade da

substância aquecida.

3. Esse gráfico fornece a informação de como varia a temperatura da água no decorrer

do tempo de aquecimento. A vantagem do uso desse tipo de gráfico é poder observar

a tendência da variação entre dados inter-relacionados, ou seja, como varia a

temperatura no decorrer do tempo, e poder obter temperaturas da água em momentos

diferentes daqueles em que elas foram medidas para a construção do gráfico.

Exercícios em sala de aula

Páginas 27 - 29

1. A temperatura de ebulição dessa mistura varia, pois à medida que a água evapora, a

concentração de sal na mistura aumenta e a temperatura também aumenta.

2. Não são similares, pois a temperatura de ebulição de uma substância é constante em

pressões constantes e a temperatura de ebulição de uma mistura varia de acordo com

sua composição.

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3.

a)

NNaaffttaalleennoo EEnnxxooffrree EEssttaannhhoo CChhuummbboo

II Átemperatura de 70 °C

Sólido Sólido Sólido Sólido

IIII Após 30 minutos de aquecimento

Parte no estado

líquido e parte

no sólido

Sólido Sólido Sólido

IIIIII Após 55 minutos de aquecimento

Não é possível

saber pelos

dados do

gráfico

Não é

possível

saber

pelos

dados do

gráfico

Parte no

estado

líquido e

parte no

sólido

Sólido

b) Valores aproximados: naftaleno – entre 20 °C e 35 °C; enxofre – entre 35 °C e

50 °C; estanho – entre 50 °C e 70 °C; chumbo – entre 63 °C e 80 °C.

c) As temperaturas de fusão são: naftaleno – 80 °C; enxofre – 112 °C; estanho –

232 °C; chumbo – 328 °C. Essas informações foram obtidas no gráfico a partir do

momento em que a temperatura permanece constante mediante o aquecimento.

4. A substância cuja temperatura de fusão é de 232 °C pode ser o estanho e a substância

cuja temperatura de fusão é de 180 °C não deve ser nenhuma das mostradas no

gráfico, pois, nessa temperatura, nenhuma das substâncias apresenta temperatura

constante durante determinado intervalo de tempo de aquecimento.

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Páginas 29 - 31

1.

Comparando os dois gráficos, pode-se perceber que, naquele que representa a

mistura de água e sal, a temperatura do início da ebulição é maior e, durante a ebulição,

ela aumenta com o decorrer do tempo, o que difere da substância, na qual a temperatura

permanece constante durante a ebulição. Os alunos podem fazer outras comparações,

como as temperaturas iniciais, as temperaturas para um dado intervalo de tempo etc.

2.

a) Para identificar os líquidos, pode-se aquecê-los separadamente e medir a

temperatura ao longo do tempo até que entrem em ebulição, identificando o valor da

temperatura. O líquido que entra em ebulição a 34,5 ºC é o éter; a acetona entrará em

ebulição a 56,2 ºC; o etanol a 78,5 ºC; e a água a 100 ºC.

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b)

ÁÁgguuaa OOxxiiggêênniioo FFeerrrroo ÉÉtteerr EEnnxxooffrree

55 °°CC Líquido Gasoso Sólido Líquido Sólido

5500 °°CC Líquido Gasoso Sólido Gasoso Sólido

115500 °°CC Gasoso Gasoso Sólido Gasoso Líquido

3.

a) As amostras estão sendo aquecidas, pois, como se pode observar pelo gráfico, a

temperatura aumenta no decorrer do tempo.

b) As amostras A e B são do mesmo material, pois ambas possuem temperatura de

ebulição igual a 80 °C.

c) A frase 1 está correta, pois quanto maior a massa de um mesmo material, mais

energia vai ser necessária para fundir toda a amostra, o que envolve um tempo maior

de aquecimento. A frase 2 também está correta, pois se a intensidade da fonte de

aquecimento for maior na amostra A, mais energia será fornecida, e ela fundirá mais

rapidamente. No entanto, as temperaturas de ebulição das amostras A e B não

mudam.

Observação: Muitos alunos tendem a achar que, se for usada uma fonte de energia

mais intensa, a temperatura de ebulição de uma substância será maior.

Exercícios em sala de aula

Páginas 31- 32

1.

a)

SSuubbssttâânncciiaa ÁÁgguuaa ÁÁllccooooll AAlluummíínniioo

MMaassssaa ((gg)) 27 80 8 16 27 54

VVoolluummee ((ccmm³³)) oouu mmLL 27 80 10 20 10 20

MMaassssaa ccoonnttiiddaa eemm 11 ccmm³³ ((gg)) 1,0 1,0 0,8 0,8 2,7 2,7

b) dágua = 1,0 g/cm3; dálcool = 0,8 g/cm3; dalumínio = 2,7 g/cm3.

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c) Como a densidade desse líquido é 0,8 g/cm3 (48/60), trata-se de álcool, e não de

água, já que a densidade é uma propriedade das substâncias.

d) O aluno pode se expressar de diversas maneiras, mas o importante é que

reconheça que a densidade mostra a relação entre a massa de um material e o volume

que tal massa ocupa a uma dada temperatura.

Observação: A questão proposta tem a intenção de auxiliar o aluno a compreender o

conceito de densidade, e não apenas interpretá-lo matematicamente, ou seja, perceber

que para determinada substância, mantidas as mesmas condições de temperatura e

pressão, há uma relação constante entre massa e volume.

Exercícios em sala de aula

Páginas 32 - 33

1. Resposta pessoal. É importante que o aluno reconheça que a solubilidade é a massa

de determinada substância capaz de dissolver-se totalmente em uma quantidade fixa

de solvente, geralmente 100 g de água.

2.

a) Sim, a solubilidade do sal de cozinha depende da temperatura, pois, com o

aumento da temperatura, a solubilidade aumenta, mesmo que pouco.

b) Em uma solução de água e sal, o solvente é a água (está em maior quantidade) e

o soluto é o sal.

3. Soluto é a substância presente em menor quantidade em uma solução; solvente é a

que está presente em maior quantidade. Mistura homogênea é uma solução, pois o

soluto dissolve-se totalmente no solvente. Já na mistura heterogênea, o soluto não se

dissolve completamente no solvente, apresentando duas fases. Os alunos podem

responder com outras palavras, o importante é a ideia em si.

Page 20: 2010 - Volume 1 - Caderno do Aluno - Ensino Médio - 1ª Série - Química

20

Páginas 33 - 34

1.

a) Sim, pois quando se eleva a temperatura, maior quantidade de KNO3 se dissolve

em 100 g de água.

b)

Assim como na construção dos gráficos de temperatura de ebulição da água e da

água com sal, é necessário lembrar aos alunos que se deve traçar o gráfico tomando o

cuidado de usar, neste caso, a curva média (no caso anterior, utilizou-se a reta média);

cabe recordar que a solubilidade de muitas substâncias não tem uma relação linear com

a temperatura.

c) 90 g.

d) Sim, projetando o traçado do gráfico até 70 °C, pois ele mostra a tendência entre

dados correlacionados; no caso, a solubilidade e a temperatura.

Page 21: 2010 - Volume 1 - Caderno do Aluno - Ensino Médio - 1ª Série - Química

21

Página 36 - 37

1. Teremos 14 mL de álcool.

2. Teremos 96 mL de álcool e 4 mL de água.

3. Não, pois esse líquido teria somente 14 mL de álcool a cada 100 mL medidos.

4. A propriedade que permite a separação é a temperatura de ebulição diferente para

água e álcool, e o processo utilizado é a destilação.

5. As propriedades consideradas foram a solubilidade (baixa) da cal hidratada tanto no

álcool quanto na água, assim como as temperaturas de ebulição desses materiais. O

processo utilizado para separar a cal hidratada do álcool foi a destilação.

6. Sim, a transformação da cal virgem (CaO) em cal hidratada – Ca(OH)2 – pela reação

com a água.

CaO + H2O Ca(OH)2

Página 38 - 39

Separa-se por decantação, sendo o ferro retirado na parte inferior do alto-forno. Essa

separação é possível, pois escória e ferro apresentam baixa miscibilidade e a escória é

menos densa do que o ferro.

Observação: Na correção desta questão, pode ser analisado o desenho do alto-forno e

enfatizado que tanto processos quanto equipamentos industriais são projetados e

desenvolvidos levando-se em conta as diferentes propriedades dos materiais e suas

reatividades, entre outros aspectos.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6

NECESSIDADE DE SEPARAR MISTURAS E SUA IMPORTÂNCIA PARA O SISTEMA PRODUTIVO

Page 22: 2010 - Volume 1 - Caderno do Aluno - Ensino Médio - 1ª Série - Química

22

Página 39

1. Primeiramente, pode-se adicionar água quente à mistura, separando-se o AgCl

(insolúvel) por decantação ou filtração a quente. No líquido restante estão

dissolvidos o NaCl e o PbCl2. Deixando-o esfriar, o NaCl permanece dissolvido, mas

o PbCl2 não. Assim, filtra-se a mistura e separa-se o PbCl2 sólido do filtrado, que

poderá ser evaporado para se obter o NaCl.

Outra possibilidade de resposta é adicionar inicialmente água fria, dissolvendo

apenas o NaCl, o qual pode ser obtido após filtração da mistura e evaporação da água

do filtrado. Ao resíduo sólido formado por PbCl2 e AgCl pode-se adicionar água

quente até a dissolução completa do PbCl2, que pode ser separado do AgCl por uma

filtração a quente e posterior evaporação da água do filtrado.

Observação: Na correção desta questão, pode-se construir um fluxograma que

facilita a visualização e compreensão do processo. Sugere-se que essa construção

seja feita com os alunos. Depois, pode ser solicitado a eles que construam outro

fluxograma para a outra possibilidade de resposta.

Mistura + água quente

Filtração

Sólido insolúvel (precipitado)

Líquido quente

AgCl (cloreto de prata)

Estarão dissolvidos o NaCl (cloreto de sódio) e o PbCl2 (cloreto de chumbo II)

Sólido insolúvel (precipitado) Líquido frio

PbCl2 (cloreto de chumbo II)

Estará dissolvido o NaCl (cloreto de sódio)

Deixar esfriar e filtrar

Page 23: 2010 - Volume 1 - Caderno do Aluno - Ensino Médio - 1ª Série - Química

23

Página 40

Alguns exemplos são apresentados a seguir. Os alunos podem encontrar outros

processos, como o de flotação, peneiração, extração etc.

PPrroocceessssoo ddee sseeppaarraaççããoo ddee

mmiissttuurraass

DDeessccrriiççããoo ddoo pprroocceessssoo//PPrroopprriieeddaaddeess eennvvoollvviiddaass EExxeemmppllooss ddee aapplliiccaaççããoo

DDeessttiillaaççããoo Separação de misturas de substâncias que apresentam

temperaturas de ebulição diferentes: aquece-se a

mistura, e a substância que tiver menor temperatura de

ebulição será vaporizada; seu vapor passa por um

sistema de resfriamento e é recolhido em outro

recipiente.

Obtenção de

Água

destilada.

FFiillttrraaççããoo Separação de misturas de sólidos que não são solúveis em

líquidos: a mistura passa por um sistema poroso (filtro)

que retém o sólido e deixa passar o líquido.

Água filtrada;

coar café.

DDeeccaannttaaççããoo Separação de misturas de substâncias com solubilidade e

densidade diferentes: quando a mistura apresenta um

sólido e um líquido, espera-se a separação dos dois e

retira-se o líquido; quando a mistura é formada por dois

líquidos, utiliza-se o funil de separação, também

chamado de funil de decantação.

Separação dos

Componentes

da mistura de

água e óleo e

da mistura de

água e areia.

CCrriissttaalliizzaaççããoo Separação de misturas de substâncias com diferentes

temperaturas de ebulição: geralmente utilizado para uma

solução na qual o líquido vaporiza-se, separando-se do

sólido.

Obtenção de

sal nas

salinas.

Page 24: 2010 - Volume 1 - Caderno do Aluno - Ensino Médio - 1ª Série - Química

24

Páginas 42 - 46

1.

TTrraannssffoorrmmaaççããoo qquuíímmiiccaa

EEvviiddêênncciiaass oobbsseerrvváávveeiiss

IInnssttaannttâânneeaa oouu nnããoo iinnssttaannttâânneeaa??

FFoorrmmaass ddee eenneerrggiiaa

eennvvoollvviiddaa

RReevveerrttíívveell oouu iirrrreevveerrttíívveell??

QQuueeiimmaa ddee ccaarrvvããoo Formação de gás,

emissão de luz

e liberação de

energia térmica

Não instantânea Energia térmica e

luminosa

Irrevertível

CCaallcciinnaaççããoo ddoo ccaallccáárriioo

Sem evidências Não instantânea Energia térmica Revertível

HHiiddrraattaaççããoo ddoo ssuullffaattoo ddee ccoobbrree

Mudança de cor

e liberação de

energia térmica

Instantânea Energia térmica Revertível

2. Alternativas (c), (d), (f), (g) e (h).

3.

a) A mistura I. O resíduo era areia.

b) A mistura III. O resíduo era o sal de cozinha.

4.

a)

SSóólliiddooss DDeennssiiddaaddeess ((gg//ccmm33)) TTeemmppeerraattuurraass ddee ffuussããoo ((ººCC))

AA 11,3 327

BB 8,9 –

CC 11,1 328

DD 7,3 232

EE 7,2 –

Page 25: 2010 - Volume 1 - Caderno do Aluno - Ensino Médio - 1ª Série - Química

25

b) Os sólidos A e C podem ser do mesmo material. As diferenças entre os valores

de densidade e de temperatura podem ser atribuídas a erros experimentais de

medidas. Para ter certeza, seriam necessárias outras análises.

c) Com base nos dados fornecidos, conclui-se que as amostras A e C são de

chumbo, a amostra B é de cobre, a D é de estanho e a E é de zinco.

5.

a) Certa. A curva apresenta a mesma forma e o mesmo patamar (a 35 ºC). O tempo

de aquecimento pode ser maior, caso a mesma fonte de aquecimento seja usada, pois

a massa é maior.

b) Errada. Para uma mesma substância pura, sua temperatura de fusão é igual à

temperatura de solidificação (no caso, é de 35 ºC).

c) Errada. A temperatura deve estar acima de 35 ºC para que a substância seja

líquida. Na temperatura de 25 ºC, a substância estaria no estado sólido.

6. Alternativa c.

AJUSTES

Caderno do Professor de Química – 1ª série – Volume 1

Professor, a seguir você poderá conferir alguns ajustes. Eles estão sinalizados a cada

página.

Page 26: 2010 - Volume 1 - Caderno do Aluno - Ensino Médio - 1ª Série - Química

9

Química – 1a série, 1o bimestre

Na vivência das Situações de Aprendiza-

gem e realização das atividades, espera-se que

os alunos desenvolvam as seguintes compe-

tências e habilidades:

1. Dominar a linguagem científica empregada

na descrição de fenômenos naturais do co-

tidiano e do sistema produtivo: empregar

corretamente termos como produtos, rea-

gentes, transformações químicas, mudança

de estado físico, densidade, temperatura de

fusão e de ebulição.

2. Construir e aplicar conceitos das várias

áreas do conhecimento para compreender

as transformações químicas que ocorrem

no dia-a-dia e no sistema produtivo, em es-

pecial na produção e usos da cal, do etanol

e do ferro, e para compreender as proprie-

dades específicas necessárias à identifica-

ção e separação de substâncias.

3. Selecionar, organizar, relacionar e interpre-

tar dados e informações representados em

textos, tabelas e gráficos referentes às trans-

formações químicas e às propriedades espe-

cíficas das substâncias para tomar decisões

e enfrentar as diversas situações-problema.

4. Relacionar informações, como dados de

observações diretas, textos descritivos e da-

dos de propriedades específicas, para cons-

truir argumentações consistentes.

5. Recorrer aos conhecimentos sobre as

transformações químicas e as propriedades

específicas dos materiais para propor inter-

venções na realidade da comunidade esco-

lar tendo em vista a melhoria da qualidade

de vida.

Para o desenvolvimento dessas compe-

tências e habilidades, foram sugeridas estra-

tégias diversificadas: experimentos, leituras

de textos, atividades de papel e lápis, uso da

lousa e de aulas expositivas dialógicas, etc.

Acreditamos no potencial dos professores de

Química do Estado de São Paulo para que

as devidas adaptações às condições de cada

escola e de cada turma possam ser feitas sem

perder de vista as habilidades que se pretende

alcançar nas atividades aqui propostas.

O resultado do produto dos alunos ao lon-

go do bimestre e das avaliações finais deve ser

examinado tendo em vista as expectativas de

aprendizagem dos conhecimentos essenciais

não só para o prosseguimento dos estudos

nas etapas subsequentes, mas especialmente

para a compreensão do mundo físico que os

cerca. Estes conhecimentos serão discutidos

em cada uma das Situações de Aprendizagem

deste Caderno.

“Ao iniciar o estudo da Química por trans-

formações químicas, o professor pode recorrer

aos conhecimentos e saberes que os alunos já

têm, e que muitas vezes não relacionam à Quí-

mica, e promover, assim, uma aproximação

entre o conhecimento científico e a vivência de

seus alunos” (PEC – Programa de Educação

Continuada. Módulo 1. 2002, p. 13).

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Oval
Page 27: 2010 - Volume 1 - Caderno do Aluno - Ensino Médio - 1ª Série - Química

17

Química – 1a série, 1o bimestre

Na discussão deste exercício, podem-se

destacar as ideias a seguir:

Desde o princípio, o ser humano tem busca- f

do modificar o ambiente que o cerca, quer

seja por necessidade de proteção e seguran-

ça, obtenção de alimentos ou por fatores

estéticos. Independentemente dos motivos,

o ser humano desde cedo aprendeu a trans-

formar a matéria disponível, de modo que

esta passasse a suprir seus anseios e necessi-

dades, das mais básicas às mais supérfluas.

Quase sempre essa modificação da matéria f

envolve a formação de substâncias diferen-

tes daquelas que já existiam. Outras vezes

busca-se, ao contrário, impedir a ocorrên-

cia de transformações na matéria.

As transformações da matéria, na maioria f

das vezes, envolvem a interação entre dife-

rentes materiais ou entre materiais e alguma

forma de energia. Assim, vale a pena con-

siderar o importante papel desempenhado

pelo domínio da produção e manutenção

do fogo pelo ser humano desde os tempos

mais remotos, nas mais diversas áreas da

vida: alimentação, segurança, conforto etc.

Nem toda interação entre a energia e a ma- f

téria promove a formação de novas substân-

cias. Pode ser que o estado físico do material

sofra alterações sem que isso implique a for-

mação de outro material. É o que ocorre, por

exemplo, quando um artesão derrete parafina

para a confecção de velas decorativas. A bar-

ra de parafina é aquecida em uma panela até

passar do estado sólido para o líquido a fim

de ser moldada na produção da vela. No de-

curso da confecção da vela, a parafina líquida

volta a ser sólida. Pode-se propor aos alunos

o seguinte questionamento: A parafina nes-

te processo sofreu alguma mudança em sua

composição ou apenas em seu estado físico

e sua aparência? Esse exemplo é diferente do

que ocorre quando a mesma vela é queimada.

Nesse processo, a parafina e o oxigênio do ar

são transformados em gás carbônico, vapor

de água e fuligem, e esse processo é acompa-

nhado pela liberação de energia térmica e lu-

minosa. Assim, no caso do derretimento da

parafina, a interação não gera uma transfor-

mação na composição química da parafina.

Isto é bem diferente do que ocorre no caso da

queima, na qual a interação gera uma trans-

formação na composição química dos mate-

riais de partida.

As interações que geram transformações f

na composição química dos materiais de

partida são chamadas transformações quí-micas. Os materiais de partida, necessários

para esta transformação, são chamados

reagentes, e aqueles que são formados no

fim do processo são chamados produtos da

transformação química. Em outras pala-

vras, pode-se dizer que nas transformações químicas ocorre a formação de novas subs-tâncias, diferentes dos reagentes em sua

composição e suas propriedades.

É importante lembrar que os alunos ain-

da não têm em mente um modelo corpuscu-

lar da matéria (modelos atômicos de Dalton,

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Page 28: 2010 - Volume 1 - Caderno do Aluno - Ensino Médio - 1ª Série - Química

22

Esses alertas devem ser feitos antes de toda

e qualquer atividade experimental, pois os

alunos tendem a esquecê-los.

Outra orientação importante, embora

pareça óbvia, é que todo experimento deve

ser testado com antecedência, bem como

a forma como será executado pelos alunos

ou com eles. Nunca realize com os alunos

um experimento que não tenha sido pre-

viamente testado. É muito comum ocorrer

imprevistos com os materiais e reagentes

empregados, mesmo com os professores

mais experientes.

Roteiro de experimentação

Materiais e reagentes

5 tubos de ensaio; f

2 béqueres de 100 mL ou 250 mL ou copos f

de vidro;

1 canudinho de refrigerante; f

1 bastão de vidro ou colher de plástico; f

1 espátula ou palito de sorvete; f

1 pisseta com água; f

sulfato de cobre pentaidratado; f

hidróxido de sódio; f

água de cal ou solução de hidróxido de cálcio f

filtrada (prepare antecipadamente);

raspa de magnésio ou zinco; f

palha de aço (½ esponja); f

solução de ácido clorídrico (aproximada- f

mente 1 mol/L) ou vinagre;

carbonato de cálcio (ou mármore triturado ou f

qualquer carbonato ou hidrogenocarbonato

(bicarbonato).

Preparo da água de cal: adicione 1 colher

(café) de cal em 100 mL de água, agite a mistura

e filtre.

Procedimento experimental

1a parte: Solução de ácido clorídrico (ou vinagre)

e carbonato de cálcio

1. Coloque cerca de 2 mL (orientar aos alunos

que 2 mL correspondem a aproximadamente

2 cm de altura) da solução de ácido clorídrico

(HCl(aq)) em um tubo de ensaio.

2. Adicione uma quantidade de carbonato de

cálcio (CaCO3) equivalente a um grão de fei-

jão (uma ponta de espátula) no tubo conten-

do a solução ácida.

3. Observe e anote o que está sendo solicitado

na tabela que se encontra no final deste ro-

teiro.

2a parte: Solução de sulfato de cobre e solução de

hidróxido de sódio

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Page 29: 2010 - Volume 1 - Caderno do Aluno - Ensino Médio - 1ª Série - Química

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3. Envolva o tubo de ensaio com uma das mãos.

4. Observe e anote o que está sendo solicitado na

tabela que se encontra no final deste roteiro.

6a parte: Gás carbônico e água de cal

1. Coloque água de cal filtrada no outro béquer

até metade de sua capacidade.

2. Com o canudinho, sopre vigorosamente na

água de cal de modo a fazer bolhas de ar.

Faça isso por cerca de um minuto.

3. Observe e anote o que está sendo solicitado na

tabela que se encontra no final deste roteiro.

Atenção: na coluna “Estado inicial”, descreva

os aspectos gerais das substâncias presentes no

sistema antes da interação; na coluna “Estado

final”, os aspectos gerais das substâncias depois

da interação; em “Evidências de transformações

químicas”, descreva os sinais observados nas

transformações.

SistemaEstado inicial

Estado final

Evidências de transformações químicas

Ácido clorídrico (ou vinagre) e carbonato de cálcio

Solução de sulfato de cobre e solução de hidróxido de sódio

Solução de sulfato de cobre e palha de aço

Ácido clorídrico e magnésio ou zinco

Ácido clorídrico e hidróxido de sódio

Gás carbônico e água de cal

Caso a experiência seja realizada de forma

demonstrativa, esta tabela pode ser completa-

da na lousa no decorrer do experimento. Dois

ou mais alunos podem participar deste pro-

cesso, ao realizar partes do experimento sob

a orientação do professor e preencher a tabela

na lousa.

Sugestão de questões para a interpretação dos dados do experimento

1. Ao analisar as anotações da tabela de re-

gistro de observações do experimento, em

quais das interações você considera que

houve a formação de novas substâncias?

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Page 30: 2010 - Volume 1 - Caderno do Aluno - Ensino Médio - 1ª Série - Química

25

Química – 1a série, 1o bimestre

2. Quais das interações realizadas no experi-

mento você considera que são transforma-

ções químicas? Explique.

3. Considere os fenômenos a seguir, cite as

evidências de interações e diga se são trans-

formações químicas ou não:

a) água sanitária em roupa colorida;

b) ferver água;

c) obtenção de sal a partir da água do mar;

d) enferrujamento de um portão de ferro;

e) amadurecimento de uma fruta;

f) evaporação da acetona.

Grade de avaliação da Atividade 2

Espera-se que nesta atividade experimental

sejam observadas as seguintes evidências de

transformações químicas:

Sistema EvidênciasÉ transformação

química?

Ácido clorídrico e carbonato de cálcio

Desprendimento de gás Sim

Sulfato de cobre pentaidrata-do, água e hidróxido de sódio

Formação de um sólido gelatinoso (hi-dróxido de cobre)

Sim

Sulfato de cobre pentaidrata-do, água e palha de aço (ferro)

Descoramento da solução e formação de um sólido vermelho-escuro (cor de cobre)

Sim

Ácido clorídrico e magnésio ou zinco

Desprendimento de gás, corrosão do metal e liberação de energia térmica

Sim

Ácido clorídrico e hidróxido de sódio

Liberação de energia térmica Sim

Gás carbônico e água de cal Formação de um sólido branco em pó Sim

Espera-se que os estudantes possam iden-

tificar as transformações químicas a partir da

análise das evidências das transformações.

Antes de discutir a Questão 3, é interes-

sante chamar a atenção para o fato de que na

dissolução do hidróxido de sódio (2a Parte)

houve liberação de energia térmica, mas as

dissoluções geralmente não são consideradas

transformações químicas, pois a solução não

é uma nova substância, e sim uma mistura

de substâncias. Ao aquecer essa mistura até

evaporar toda a água, obtém-se novamen-

te o hidróxido de sódio sólido. Entretanto,

na interação entre hidróxido de sódio e áci-

do clorídrico houve também a liberação de

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Page 31: 2010 - Volume 1 - Caderno do Aluno - Ensino Médio - 1ª Série - Química

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Grade de avaliação da Atividade 1

Nesta atividade da Situação de Aprendizagem

3, os estudantes devem compreender a importân-

cia do fator tempo nas transformações químicas e

saber identificar as que ocorrem instantaneamen-

te ou não, de acordo com o critério estabelecido

na atividade. Entre as transformações químicas

apresentadas no exercício, espera-se que os estu-

dantes identifiquem como instantâneas apenas a

interação entre carbonato de cálcio e ácido clorí-

drico, a queima do álcool e a formação do hidró-

xido de cobre.

Atividade 2 – O fator energia nas interações e transformações químicas

Outro aspecto importante das transforma-

ções químicas está relacionado ao processo de

absorção e liberação de energia. Essa energia

pode ou não ser percebida pelo ser humano

e depende das condições em que ocorrem as

transformações e do balanço energético envolvi-

do. Este tópico será aprofundado na 2a série do

Ensino Médio, ao se discutir a energia de liga-

ção. Entretanto, neste bimestre, é suficiente que

os alunos compreendam que algumas transfor-

mações químicas vão liberar energia, comumen-

te na forma de energia térmica, ao passo que

outras vão absorvê-la. Você pode discutir essas

ideias apenas no nível macroscópico das trans-

formações químicas. Podem ser citados exem-

plos de transformações que liberam energia

térmica, como a queima da madeira, e de outras

que a absorvem, como o cozimento de um ovo.

Na discussão deste exercício, as seguintes

ideias podem ser destacadas:

Um dos fatores importantes em relação às f

interações, sejam transformações químicas

(processos que resultam na formação de

novas substâncias) ou não, é o tempo ne-

cessário para que elas ocorram.

Avaliar o tempo em que as transformações f

ocorrem é especialmente relevante no sis-

tema produtivo em seus mais diversos se-

tores: indústria, agropecuária e serviços.

Vamos considerar, por exemplo, o caso da

produção da cal. Os processos de calcina-

ção usados durante o período colonial em

alguns países apresentavam eficiência mui-

to baixa, pois eram necessários cerca de

três dias para completar a transformação

do calcário em gás carbônico e cal viva.

Atualmente, com a modernização dos for-

nos, diminuiu-se o tempo de produção para

apenas algumas horas.

Além dos contextos industriais, o fator f

tempo também é importante no dia-a-dia

do cidadão comum. Como exemplos,

pode-se pensar na importância de se re-

duzir o tempo de cozimento dos alimen-

tos e de se aumentar o tempo envolvido

na deterioração dos mantimentos. Esses

exemplos mostram que, algumas vezes,

precisa-se diminuir o tempo em que as

transformações químicas ocorrem e, em

outros, é desejável que esse tempo seja o

maior possível.

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Page 32: 2010 - Volume 1 - Caderno do Aluno - Ensino Médio - 1ª Série - Química

30

sulfato de cobre pentaidratado + energia térmica → sulfato de cobre anidro + água (desidratação)

(sólido azul) (sólido branco)

sulfato de cobre anidro + água → sulfato de cobre pentaidratado + energia térmica (hidratação)

(sólido branco) (sólido azul)

a) Explique o que estas representações signifi-

cam.

b) Reescreva estas representações substituindo

os nomes das substâncias pelas suas respecti-

vas fórmulas químicas (sulfato de cobre pen-

taidratado = CuSO4 . 5H2O; sulfato de cobre

anidro = CuSO4; água = H2O).

6. Complete a tabela a seguir.

3. Aqueça o sulfato de cobre pentaidratado

sobre a chama da lamparina misturando-o

com a espátula de madeira até que a trans-

formação observada seja completada. Se

necessário, segure o béquer com a pinça de

madeira.

4. Apague o fogo, anote suas observações e dei-

xe o béquer esfriar por alguns minutos.

5. Depois que o béquer estiver frio, coloque-o so-

bre a palma de uma das mãos e solicite a um co-

lega que adicione algumas gotas de água sobre

o sólido do béquer até que este fique úmido.

6. Observe e anote suas observações.

Questões sobre o experimento e ampliação dos

conceitos de transformação química e energia

1. Analisando o aspecto do sulfato de cobre

pentaidratado antes e depois do aquecimen-

to, você considera que houve uma transfor-

mação química? Explique sua resposta e, em

caso afirmativo, quais materiais seriam rea-

gentes e produtos?

2. Como você explica essa observação? O que

você observou ao adicionar água ao sólido

contido no béquer?

3. A interação da água com o sólido do béquer

pode ser considerada uma transformação

química? Explique sua resposta e, em caso

afirmativo, quais materiais seriam reagentes

e quais seriam produtos?

4. Classifique o aquecimento do sulfato de co-

bre pentaidratado e a hidratação do sólido

resultante desse aquecimento como fenôme-

nos endo ou exotérmicos.

5. Os fenômenos observados neste experimento

podem ser representados da seguinte forma:

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35

Química – 1a série, 1o bimestre

Texto 2 – Fermentação alcoólica na produção do etanol

O Brasil é um dos poucos países do mundo

que utiliza álcool (etanol) como combustível au-

tomotivo. Esse fato lhe garante não apenas a po-

sição de um dos maiores produtores do mundo,

mas também de detentor da melhor tecnologia

de produção de álcool a partir da cana-de-açú-

car. Mas você sabe como é produzido o álcool a

partir da cana-de-açúcar?

A cana-de-açúcar é a principal matéria-prima

usada na produção de álcool no Brasil. Em 1 ha

(um hectare, ou seja, 10 000 m2) de plantação

pode-se obter cerca de 3 mil litros de etanol. A

cana-de-açúcar passa inicialmente pelo proces-

so de moagem, no qual o suco da cana, a gara-

pa, é separado do bagaço, que pode ser queima-

do como combustível ou usado na alimentação

do gado. Em seguida, a garapa é aquecida até

que boa parte da água evapore e se forme um

líquido viscoso e rico em açúcares, chamado

melaço. Este material é acidificado para que

esteja em condições ideais ao desenvolvimento

das leveduras (micro-organismos que possuem

substâncias denominadas enzimas, capazes de

transformar açúcares em álcool e gás carbôni-

co). É na presença das leveduras que o melaço

vai passar pelo processo de fermentação alco-

ólica, que dura cerca de 50 horas, ocorrendo a

formação do etanol.

A mistura obtida na fermentação apresenta

cerca de 14% em volume de álcool, mas após

o processo de destilação obtém-se álcool com

96 oGL (4% de água e 96% de etanol). Para obter

etanol puro (100%) pode-se adicionar cal viva ao

álcool 96 oGL. Nesse caso, haverá interação en-

tre a cal e a água formando um composto pouco

solúvel em água e em etanol, o hidróxido de cál-

cio ou cal extinta, conforme as representações a

seguir:

óxido de cálcio + água → hidróxido de cálcio + energia

CaO(s) + H2O(l) → Ca(OH)2(s) + energia térmica

Embora tenhamos tratado aqui da produção

do álcool a partir da cana-de-açúcar, esta não é a

única matéria-prima da qual se pode obtê-lo. Tam-

pouco o uso do álcool etanol se restringe ao mer-

cado de combustíveis, pois ele apresenta inúmeras

outras aplicações na indústria e no dia a dia*.

Sacarose + água enzimas glicose + frutose

C12H22O11(aq) + H2O(l) enzimas C6H12O6(aq) + C6H12O6(aq)

glicose ou frutose enzimas etanol + gás carbônico + energia

C6H12O6(aq) enzimas C2H5OH(aq) + CO2(g) + energia térmica

* O teor alcoólico do álcool comercial é atualmente expresso em ºINPM (porcentagem em massa de álcool).

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Page 34: 2010 - Volume 1 - Caderno do Aluno - Ensino Médio - 1ª Série - Química

41

Química – 1a série, 1o bimestre

a que estão acostumados. Portanto, é reco-

mendável que você os acompanhe durante

essa atividade. Este gráfico pode ser traçado

na lousa.

Durante a construção do gráfico, você

pode fazer algumas questões:

Deve-se unir todos os pontos para cons- f

truir esse gráfico?

Depois de quanto tempo a água começa a fer- f

ver, ou seja, depois de quanto tempo a água

entra em ebulição? Qual é essa temperatura?

Depois desse tempo, o que ocorre com a f

água? E com a temperatura?

Com base nesses dados, qual você diria que f

é a temperatura de ebulição da água?

Como você pode observar esse dado no grá- f

fico?

Se após meia hora de aquecimento, toda f

a água não tiver evaporado, qual seria sua

temperatura? Por quê?

Imagine que estamos aquecendo água f

com sal em uma chaleira e, ao fazer isso,

obtivemos os dados mostrados na tabela

a seguir:

Aquecimento da mistura de água e salTempo (minutos)

(± 0,1min)Temperatura (ºC)

(± 1 ºC)

0 24

1,0 29

2,0 45

3,0 60

4,0 78

5,0 92

6,0 99 (início da ebulição)

7,0 102

8,0 103

9,0 105

10,0 106

Ao observar esses dados, qual você diria f

que é a temperatura de ebulição dessa mis-

tura de água e sal?

Trace um gráfico semelhante ao que você tra- f

çou para a água. Eles são iguais? Por quê?

60

100

50

90

40

80

30

70

2010

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 t (min)

T (ºC)

anaomi
Retângulo
Page 35: 2010 - Volume 1 - Caderno do Aluno - Ensino Médio - 1ª Série - Química

45

Química – 1a série, 1o bimestre

Pretende-se, com esses gráficos, discutir

com os alunos que as amostras A e B devem

ser da mesma substância, pois têm a mesma

temperatura durante a mudança de estado.

Para alcançar esse propósito, pode-se propor

aos alunos questões como as seguintes:

De acordo com esse esboço, as amostras f A

e B estão sendo aquecidas ou resfriadas?

Justifique sua resposta.

As amostras f A e B são de materiais diferen-

tes ou do mesmo material? Por quê?

No tempo de 10 minutos, a amostra f B está

no estado sólido ou líquido? Explique.

Quais fatores podem ter contribuído para f

que a amostra B demore 10 minutos a mais

que a amostra A para fundir?

Questões como estas auxiliam os alunos a

compreender que a massa do material e a in-

tensidade da fonte de calor (ou a taxa de per-

da de calor no caso de resfriamentos) podem

mudar o tempo que as substâncias levam para

atingir as temperaturas de fusão e ebulição,

mas não seus valores, pois estes são caracte-

rísticos de cada substância.

Atividade 2 – Densidade: pode-se identificar uma substância pura por sua densidade?

Pode-se iniciar a atividade com a seguinte

pergunta: “Um quilograma de ferro pesa mais

que um quilograma de algodão? Esses mate-

riais ocupam o mesmo volume?”.

De modo geral, os alunos respondem que

o ferro é mais pesado que o algodão. Isso por-

que associam ao ferro a ideia de “peso” e ao

algodão a ideia de “leveza”. Em 1 kg de ferro e

em 1 kg de algodão a quantidade de material,

ou seja, a massa, é a mesma. A diferença está

no volume ocupado por eles. Assim, 1 kg de

algodão ocupa um volume muito maior que

1 kg de ferro.

A propriedade que relaciona massa (m) e

volume (V) de um dado material é a densidade.

Matematicamente, essa relação se expres-

sa como d = m/V. Se a massa for expressa em

gramas (g) ou em kg e o volume em cm3 ou

dm3, a densidade pode ser expressa em g/cm3

ou em kg/dm3.

A densidade de uma substância, como

toda propriedade característica, é constante a

determinada temperatura e pressão e não de-

pende da quantidade, o que permite sua iden-

tificação.

39

Química – 1ª série, 1º bimestre

os alunos que as amostras A e B devem ser da mesma substância, pois têm a mesma tempera-tura durante a mudança de estado. Para alcan-çar este propósito o professor pode propor aos alunos questões como as seguintes:

De acordo com esse esboço, as amos-φ—tras A e B estão sendo aquecidas ou

As amostras A e B são de materiais dife-φ—rentes ou do mesmo material? Por quê?

Caso existam dúvidas, o professor deve dei-xar a classe discuti-las. Pode ajudar com per-guntas como: O que pode estar acontecendo?

No tempo de 10 minutos, a amostra φ—B esta no estado sólido ou líquido? Explique.Que fatores podem ter contribuído para φ—que a amostra B demore 10 minutos a mais que a amostra A para fundir?

vel apresentada por alunos é a de que quanto mais material é aquecido, maior é a tempera-tura de fusão ou de ebulição.

co como mostrado a seguir podem evitar e mesmo acabar com essas idéias indesejáveis. Pode-se apresentar o exercício dizendo que

aquecimento de duas amostras puras.

Questões como essas podem auxiliar os alunos a compreender que a massa do ma-terial e a intensidade da fonte de calor (ou a taxa de perda de calor no caso de resfriamen-tos) podem mudar o tempo que as substâncias demoram a atingir as temperaturas de fusão e ebulição, mas não seus valores, pois estes são característicos de cada substância.

substância pura por sua densidade?

Pode-se iniciar a atividade fazendo a se-guinte pergunta: “Um quilograma de ferro pesa mais que um quilograma de algodão? Es-ses materiais ocupam o mesmo volume?”

De um modo geral, os alunos respondem que o ferro é mais pesado que o algodão. Isso porque associam ao ferro a idéia de “pesado” e ao algodão a idéia de “leve”. Em 1 kg de ferro e em 1 kg de algodão a quantidade de material, ou seja, a massa, é a mesma. A dife-rença está no volume ocupado pelas amostras. Assim, 1 kg de algodão ocupa um volume muito maior do que 1 kg de ferro.

T(ºC)

80

A

Bsólido

sólido

líquido + sólidolíquido + sólido

25

10 20 t(min)

Con

exão

Edi

tori

al

anaomi
Oval
anaomi
Oval

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