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SUPLEMENTO

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELO www.escmelo.web.pt

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PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL * ANO 19 * ABRIL 2010

Escola: Espaço(s) de Saber(es)

A Magia do 7

Ficha Técnica: Propriedade da Escola Secundária Campos Melo - Covilhã; Colaboração dos Membros da Comunidade Educativa; Redacção e Coordenação do Clube do Jornal; Paginação de Elsa Duarte e Sandra Gamboa; Fotos: do Clube do Jornal e de José Nuno Gaspar; Tiragem: 6.000 exemplares; Impressão/ Distribuição: Diário do Minho e Notícias da Covilhã

Preparando o Futuro

Projectos

125 Anos

Novas Oportunidades

Viagens na Nossa Terra

A Escola e o Meio

Amanhã à noite, 30 de Abril30 de Abril30 de Abril30 de Abril30 de Abril, a Campos Melo vai estar, em peso, no Teatro-CineTeatro-CineTeatro-CineTeatro-CineTeatro-Cine da Covilhã para assistir ao XIV SarauXIV SarauXIV SarauXIV SarauXIV Sarau CulturalCulturalCulturalCulturalCultural, este ano subordinado ao tema «A Magia do 7».

Com início marcado para as 21h e 30m21h e 30m21h e 30m21h e 30m21h e 30m, o espectáculo promete ser, mais do que nunca, Mágico.

Lá estaremos!

As actividades do Dia da Escola e do Dia dos Departamentos, de que este número do FIOFIOFIOFIOFIO dá conta nas foto-reportagens das páginas centrais, são fruto do trabalho diário de professores e alunos da Campos Melo, ao longo do ano lectivo, e até de vários anos lectivos.

No entanto, o dinamismo da ESCM não se restringe a uma data. O dia-a-dia da nossa escola é enriquecido por uma diversidade de experiências que vão dos projectos aos concursos e encontros, das conferências aos workshops, das visitas de estudo aos espectáculos, sempre na perspectiva de fazer da EscolaEscolaEscolaEscolaEscola um Espaço de Saberesum Espaço de Saberesum Espaço de Saberesum Espaço de Saberesum Espaço de Saberes.

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II 29 ABRIL 2010 www.escmelo.web.pt

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A equipa responsável pelo Clube do Jornal Profas. Ana Maria Moura, Elsa Duarte e Maria do Carmo Abrantes

Da mesa da redacção Editorial A DIRECTORA - ISABEL FAEL

PREPARANDO O FUTURO

No âmbito das actividades da Biblioteca Escolar da Escola Campos Melo, no mês de Fevereiro decorreu a iniciativa “Esta é a minha Terra”, cujo objectivo é divulgar as freguesias do Concelho da Covilhã, de onde são oriundos os nossos alunos. Esta é, também, uma ocasião para cada freguesia promover a qualidade do seu património cultural.

No espaço da Biblioteca, esteve patente, uma exposição sobre a freguesia das Cortes do Meio que suscitou a curiosidade da comunidade escolar e esteve aberta à cidade. Nela, foi possível tomar contacto com as origens, lendas, locais de interesse, gastronomia, artesanato, entre outros, da localidade.

No dia 24 de Fevereiro, a Junta de Freguesia das Cortes quis dar a conhecer algumas das suas iguarias. Para o efeito, instalaram uma banca no átrio principal e ofereceram a todos pão de centeio, broa de milho, enchidos, bolos da festa, filhós e papas de carolo, fazendo as delícias daqueles que tiveram a oportunidade de as degustar.

A Biblioteca agradece a disponibilidade e o empenho demonstrados pela Junta de Freguesia das Cortes do Meio, nomeadamente nas pessoas dos seus Presidente, o Sr. Paulo Jorge Alves Rodrigues e Secretário, Sr. David Bizarro que, desde o início abraçaram com entusiasmo esta nossa iniciativa.

“Esta é a Minha Terra ”

Formação Interna: Workshops em TIC

A integração das tecno- logias da informação e comu- nicação (TIC) nos currículos disciplinares e nos vários procedimentos das escolas ocorreu de forma gradual e sequencial e implicou, por parte dos docentes, uma constante formação e actua- lização de conhecimentos nesta área.

A ESCM esteve sempre atenta a esta necessidade de formação e, a par da formação promovida pelos Centros de Formação, foi, ao longo dos anos, dinamizando interna- mente sessões de formação e workshops que viessem col- matar algumas necessidades específicas de formação.

Neste ano lectivo foram promovidas várias sessões de

PROF. LUÍS LOPES - COORDENADOR DO PTE

A EQUIPA DA BIBLIOTECA ESCOLAR

formação sobre aplicações informáticas de adminis- tração e gestão escolares e também sobre a plataforma Moodle, quadros interactivos e software ActivInspire e o portal Escola Virtual, estando previstas outras ao longo do ano.

À semelhança do que tem ocorrido nos últimos anos foi dinamizado no início do ano uma sessão de esclarecimento sobre algumas aplicações informáticas usadas na esco- la, nomeadamente o módulo de Sumários e o portal Gato para requisição de espaços e equipamentos. Ainda durante o primeiro período decor- reram sessões de formação sobre a plataforma de e- learning Moodle. Esta, sofreu

este ano uma reestruturação na sua organização de conteú- dos de modo e tornar a sua utilização mais fácil e intuitiva e as sessões de formação visaram, não só mostrar esta reorganização, como demons- trar todas as potencialidades deste tipo de plataformas de e-learning, nomeadamente na valorização do trabalho colabo- rativo.

Durante os meses de Janeiro e Fevereiro decorre- ram várias sessões de forma- ção sobre os quadros inte- ractivos recebidos pela escola no âmbito do PTE com o objectivo de mostrar a sua utilização em contexto de sala de aula e a produção e par- tilha de conteúdos com recur- so ao software ActivInspire.

Em Março foram dinami- zadas, por um formador da Porto Editora, sessões de formação do portal Escola Virtual, no âmbito do contrato de aquisição de licenças por parte de escola.

É indispensável ter pre- sente que a formação em TIC na educação, deve visar um horizonte de actuação dos professores que não se limite à simples melhoria da eficácia do ensino tradicional ou à mera utilização tecnológica dos meios informáticos, mas permita também uma me- lhor compreensão do mundo em que vivemos, enrique- cendo o conhecimento, pelo que, continuaremos a dina- mizar este tipo de formação interna.

O Concurso Nacional de Jornais Escolares, que se realiza anualmente, pretende estimular o aparecimento das publicações escolares e o aperfeiçoamento das existentes, cumprindo assim um dos primordiais objectivos do “PÚBLICO na Escola”.

Este ano, “O PÚBLICO na Escola” associa-se às comemorações do primeiro centenário da implantação da República em Portugal, que se assinala em 5 de Outubro de 2010, sugerindo que a efeméride seja objecto de um tratamento privilegiado na imprensa escolar. O centenário da República pode ser aproveitado para promover ou aprofundar a participação na vida pública, particularmente, dos alunos do ensino básico e secundário, instando-os a um envolvimento mais activo na feitura de jornais e de revistas escolares que tragam uma nova energia cívica à vida dos estabelecimentos de ensino e das comunidades em que se inserem.

O que é uma República? As respostas vão ser dadas pelos jornais escolares.

Os nossos jornaisOs nossos jornaisOs nossos jornaisOs nossos jornaisOs nossos jornais, BREVES_ONLINE e Fio Condutor , estão inscritosestão inscritosestão inscritosestão inscritosestão inscritos nestes Concursosnestes Concursosnestes Concursosnestes Concursosnestes Concursos.

Portanto, fica aqui o desafio: vamos pensar,vamos pensar,vamos pensar,vamos pensar,vamos pensar, debater, pesquisar edebater, pesquisar edebater, pesquisar edebater, pesquisar edebater, pesquisar e escreverescreverescreverescreverescrever sobre O que é uma REPÚBLICA? - até porque centenário só viveremos este! - ou sobre qualquer outro assunto do vosso interesse.

Concurso Nacional de Jornais Escolares

In Concuso Nacional de Jornais Escolares 2009/10

Depois de um primeiro número exíguo, nascido à sombra da Revista Comemorativa dos 125 anos da ESCM, aqui temos um FioFioFioFioFio mais robusto e variado.

Queremos agradecer a todos os colaboradores, em especial aos que, respondendo ao nosso apelo, incentivaram os alunos a escrever e a participar nos nossos jornais escolares.

Feitos os agradecimentos, encurtamos esta mesa para dar destaque aos projectos em que o Clube do Jornal está envolvido, e que constituem um desafio à nossa comunidade escolar, em particular aos alunos da Campos Melo.

Esperamos que a onda de participação continue alta...Esperamos que a onda de participação continue alta...Esperamos que a onda de participação continue alta...Esperamos que a onda de participação continue alta...Esperamos que a onda de participação continue alta...

[email protected]@[email protected]@[email protected] http://brevescamposmelo.blogspot.comhttp://brevescamposmelo.blogspot.comhttp://brevescamposmelo.blogspot.comhttp://brevescamposmelo.blogspot.comhttp://brevescamposmelo.blogspot.com

http://sites.google.com/site/escmclubedojornal/http://sites.google.com/site/escmclubedojornal/http://sites.google.com/site/escmclubedojornal/http://sites.google.com/site/escmclubedojornal/http://sites.google.com/site/escmclubedojornal/

O Prémio Jovens Repórteres «é um evento de carácter educativo e jornalístico, inserido no âmbito da Educação para os Média, destinado a premiar os jornais escolares produzidos nas escolas abrangidas pelo projecto “Educação para os Média no Distrito de Castelo Branco”».

Organizado pela equipa do Projecto «em colaboração com Youth Press Portugal, o Instituto Politécnico de Castelo Branco, Universidade da Beira Interior e Jornal Reconquista, o Prémio tem como objectivos: estimular a produção de conteúdos de carácter jornalístico para publicação no jornal escolar, em suporte papel e on-line; consciencializar os estudantes do seu papel na comunidade; contribuir para que os jovens devenham progressivamente receptores críticos e produtores reflexivos de mensagens média; fomentar os valores jornalísticos nos estudantes».

A selecção dos premiados obedece aos seguintes critérios: «mais de metade dos artigos do jornal devem ser produzidos e assinados por alunos; será valorizada a diversidade de géneros jornalísticos presentes em cada edição; será valorizada a diversificação de fontes; será valorizada a diversidade de temas, incluindo assuntos do agrado dos jovens (desporto, cinema, tecnologia, música, ambiente…)».

Prémio Jovens Repórteres

Fonte: Regulamento do Prémio Jovens Repórteres

Mãos à escrita!

Aproxima-se mais um momento alto da vida da nossa comunidade educativa: o XIV Sarau Cultural, que levará ao palco do Teatro-Cine mais de 200 artistas, no próximo dia 30.

Envolvendo professores, alunos, funcionários e encarregados de educação e fruto de um intenso trabalho coordenado pelas responsáveis dos Clubes de Teatro e Criar Laços, esta Festa da ESCM é, por excelência, uma forma de expressão da criatividade e da alegria de viver, de ensinar e aprender, numa Escola que surpreende em cada ano pela qualidade e variedade das performances apresentadas. O excelente ambiente que se vive nos bastidores e as relações interpessoais que, ao longo dos preparativos, se fortalecem, contribuirá, certamente, para que a maior sala de espectáculos da cidade se torne pequena para acolher todos aqueles que desejariam apreciar e aplaudir o trabalho realizado.

O empenho dos professores e alunos da área de Artes Visuais, que desenvolvem e executam os projectos para cenários, adereços, cartazes e convites, adquirindo competências que lhes serão fundamentais no futuro, e o apoio dos patrocinadores, de que haverá que destacar a cedência do espaço pela Câmara Municipal, contribuem, indubitavelmente, para o êxito deste evento.

Parafraseando alguns dos testemunhos incluídos na Revista Comemorativa do 125º aniversário da ESCM, poder-se-á afirmar que a realização do Sarau Cultural, a par de uma multiplicidade de actividades de enriquecimento curricular desenvolvidas, evidencia uma cultura de escola que cuida da formação integral dos seus alunos, proporcionando-lhes vivências pessoais, sociais e artísticas profundamente enriquecedoras e que permanecerão para sempre na sua memória afectiva.

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PROJECTOS

Festival Nacional de Robótica 2010

No dia 26 de Março, a equipa ESCM Roboteam, representada pelos alunos André Rodrigues, Ricardo Santos e Rúben Nasci- mento, do 9ºA , e pelo pro- fessor José Barbosa, foram à Batalha para concorrer no Festival Nacional de Robótica, realizado na Exposalão Batalha.

De início as coisas não correram lá muito bem. Um dos primeiros proble- mas com que a equipa se defrontou foi que, no segun- do piso da pista onde o robô actua, tinha de ser levan- tada uma lata e metida numa plataforma. Esta manobra só apareceu no regulamento a meio do ano lectivo, pelo que a ESCM Roboteam e muitas outras equipas foram apanhadas de surpresa, quando lá

RÚBEN NASCIMENTO - 9º ARÚBEN NASCIMENTO - 9º ARÚBEN NASCIMENTO - 9º ARÚBEN NASCIMENTO - 9º ARÚBEN NASCIMENTO - 9º A

chegaram. Mas as coisas ainda iam piorar, pois não havia vítimas para detectar.

As vítimas são bonecos de papel, verde ou prateado, colocados na trajectória do robô.

Mas se as coisas estavam a correr mal, depressa come- çaram a correr bem, pois as equipas que tinham come- çado a prova na sexta-feira, para ser sincero, pelas suas pontuações via-se que não estavam lá muito bem.

Além disso, o nosso robô, tirando a questão da lata, fazia o percurso às mil maravilhas. Prova disso foi o resultado da 1º manga, onde o robô se classificou em 5º lugar, a 40 pontos do 1º. Se tivesse manobrado a lata teria ficado mesmo em 1º lugar, com 10 pontos de avanço do 2º classificado.

Passámos a tarde toda a improvisar uma alterna- tiva para a manobra da lata, numa luta contra o tempo. Mas, na segunda manga, a equipa achou que o me- lhor era não pôr o robô a apanhá-la, pois o código ainda não funcionava bem.

Já no final da 2ª manga, quando tudo indicava que a ESCM Roboteam iria estar no Domingo na fase final, o robô pregou-nos uma parti- da e fez uma prova do piorzinho que pode haver, um bocado também por culpa das más condições da pista, tendo ficado em 17º lugar na geral da 1ª fase, entre 46 participantes, não conseguindo, consequen- temente, a passagem à fase final.

No final do dia, ainda houve tempo para a equipa fazer uns testes ao robô

para ver o que falhou e pode- se dizer que foi mesmo devido ao facto de a pista estar coberta com painéis quadrados, muito mal fixos, que o robô passava a vida a escorregar e a encalhar nas falhas.

A equipa decidiu ficar para ver, no domingo, a fase final, esperando tirar ideias para melhorar o robô, tanto esteticamente como a nível da afinação do código para aperfeiçoar a sua prestação.

Duma forma geral a equipa está algo desiludida com a classificação final, pois sentiu que podia ter ido muito mais longe neste concurso. No fundo há uma lição a tirar disto: cada vez que alguém entrar num concurso , tem de ler sempre muito bem o regulamento para não ter surpresas desagradáveis.

PES da ESCM no Fórum Nacional da Saúde

Electrotecnia

Pensávamos nós que no dia 25 de Fevereiro iríamos ter uma aula normal, quan- do a professora Regina Conceição nos paralisou com uma surpreendente notícia: a nossa Escola tinha sido convidada, pela coor- denadora da Educação para a Saúde da DREC, a apre- sentar um poster no 3º Fórum Nacional da Saúde, sobre uma boa prática na Área da Saúde. O nosso trabalho de formação de pares aos alunos de 7.º ano, ligado à Educação para a Sexualidade, no âmbito da disciplina de Biologia de 12º ano e do Projecto de Edu- cação para a Saúde (PES), foi o escolhido.

No momento não disse- mos nada! Minutos depois, já não havia volta a dar, porque agarrámos o desafio

e começámos a trabalhar na realização do poster do nosso projecto.

O entusiasmo foi bas- tante, mas o trabalho não lhe ficou atrás: no prazo de uma semana, tínhamos que concluir e enviar o poster e também treinar a apresen- tação, para o caso de sermos seleccionados para o defen- der. Por isso, força, decisão, poder, trabalho, empenho e, claro, diversão, estive- ram ao rubro nessa sema- na, quer em tempo lectivo quer não lectivo, como foi o caso de termos trabalhado num dia de greve da função pública, com a Escola mais deserta do que em época de férias.

O nosso poster foi selec- cionado para apresentação e defesa no 3º Fórum Nacio- nal de Saúde e lá rumámos

nós para a capital, jun- tamente com a Escola Secundária do Fundão.

Fomos recebidos pela organização, após o que interagimos com outros alunos e aprendemos tam- bém com eles e os seus projectos, que o saber não ocupa lugar.

Seguiu-se o almoço, ofe- recido pela organização, que nos agradou bastante.

Em relação à apresen- tação: a primeira impressão que tivemos, quando en- trámos num auditório com cerca de 1700 pessoas (entre médicos, membros do minis- tério, professores, alunos,...) foi assustadora e só pensá- vamos: “Onde é que nos viemos meter? Eu não vou fazer isto! Vamos mas é embora daqui! ...”

Contudo, os nervos dis- persaram-se quando já estávamos a apresentar, pois foi com muito orgulho e entusiasmo, por repre- sentar a nossa escola, que apresentámos o nosso pro- jecto a todos os presentes, que ficaram a conhecer um trabalho que exigiu com- promisso e paixão.

Apesar de terem surgi- do alguns contratempos no decurso da apresentação e de alguns posters não te- rem respeitado os requisi- tos exigidos, fazemos um balanço positivo desta nova experiência, enriquecedora em muitas vertentes, que contribuiu fortemente para o nosso futuro desempenho académico e, claro, para a promoção da Saúde dos jovens.

ALUNOS DE BIOLOGIA - 12º CALUNOS DE BIOLOGIA - 12º CALUNOS DE BIOLOGIA - 12º CALUNOS DE BIOLOGIA - 12º CALUNOS DE BIOLOGIA - 12º C

Concurso Rali Solar

Palestras

Projecto Twist

PROF. VÍTOR SOARES

Os Alunos do Curso profissional Técnico de Energias Renováveis e o grupo 540 – Electrotecnia, participam desde o início do ano lectivo no projecto Twist. Este projecto consiste na estudo da eficiência energética dos edifícios da escola e na sensibilização para a poupança energética, através da participação e realização de alguns eventos/provas, tendo-se já realizado a deslocação a um workshop em Torredeita – Viseu e a elaboração do estudo da eficiência energética do edifício.

As próximas acções previstas são: uma campanha de troca de lâmpadas incandescentes por lâmpadas economizadoras, uma palestra debate sobre eficiência energética e a realização de um inquérito na escola sobre hábitos de consumo de energia.

A campanha de troca de lâmpadas realizar-se-á na escola e também em alguns pontos estratégicos da cidade, como centros comerciais, hipermercados e outros.

Os professores do grupo de Electrotecnia, em colaboração com a Profª. Helena Morão, vai participar no concurso Rali Solar, em conjunto com os alunos do curso Profissional Técnico de Energias Renováveis.

O concurso Rali Solar visa contribuir para o desenvolvimento da cultura científica e empreendedorismo dos jovens na área do aproveitamento da energia solar através da realização de actividades experimentais. A iniciativa surge na sequência do concurso solar Padre Himalaya, que promoveu o uso das energias renováveis em contexto escolar, com a participação de centenas de alunos e professores nas três edições do concurso.

O concurso propõe um conjunto de desafios para a apresentação de protótipos na área da energia solar que envolvam a conversão fotovoltaica, o aproveitamento térmico ou a produção de biocombustíveis.

As provas Intermédias e finais, irão decorrer nos dias 14 e 15 de Maio de 2010.

Os professores envolvidos neste projecto participaram num workshop realizado pela Ciência Viva, no centro de Ciência Viva de Proença – a – Nova.

O grupo 540 – Electrotecnia tem vindo a realizar na escola uma série de palestras sobre tecnologias. Estas palestras encontram-se programadas no PAA, tendo já sido realizada uma sobre Solidworks, em que esteve presente o Engº Rui Alexandre da Squédio, outra sobre Energias Renováveis, onde esteve presente o Engº Nuno Mota, da ENAT, e por último, uma Palestra sobre Energia Solar e outra sobre Biocombustíveis, onde estiveram presentes os Investigadores do INETI Engº David Loureiro e Drª Isabel Paula.

Para este período, ainda estão previstas mais uma ou duas palestras, aguardando-se a confirmação da data.

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IV 29 ABRIL 2010 www.escmelo.web.pt

Fio Condutor

De 25 a 28 de Março, decorreu em Évora a Final Nacional das XXVIII Olimpíadas Portuguesas da Matemática.

Depois de passar as duas primeiras fases das Olimpíadas, na Categoria A (8º e 9º), em que partici- pei pela primeira vez, foi com grande satisfação que soube ter sido apurada para a Final Nacional.

Ao fim da tarde do dia 25 de Março, fomos re- cebidos, com uma pequena cerimónia, no Hotel D. Fernando, pela organi- zação do evento e por um grupo de alunos univer- sitários que nos acom- panhou durante todo o tempo que estivemos em Évora. Instalados confor- tavelmente no hotel, deitámo-nos cedo, pois no dia seguinte tínhamos a primeira prova logo após o

DIANA TABORDA - 8º ADIANA TABORDA - 8º ADIANA TABORDA - 8º ADIANA TABORDA - 8º ADIANA TABORDA - 8º A

XXVIII Olimpíadas Portuguesas da Matemática

Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos

Doze de Março: final- mente chegou o grande dia para os nossos alunos Alexandre Carvalho, Artur Vieira, Diana Taborda, José Miguel Almeida, e Ricardo Rabasquinho.

Nestas actividades acontecem imprevistos e o aluno do Secundário seleccionado para Hex, Francisco Brito, não pôde comparecer assim como André Venâncio, do “Avanço”. Mas para este último jogo ainda conse- guimos arranjar quem o substituísse: o Artur Vieira do 10º I.

Pelas seis da manhã, as duas professoras de Matemática e os cinco seleccionados apanharam o autocarro que, em conjunto com mais seis escolas da região, rumou a Santarém para o Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas.

PROFPROFPROFPROFPROFASASASASAS. ISAURA MENDES E ILDA SANTOS. ISAURA MENDES E ILDA SANTOS. ISAURA MENDES E ILDA SANTOS. ISAURA MENDES E ILDA SANTOS. ISAURA MENDES E ILDA SANTOS

No passado dia 24 de Março, os alunos do 7º, 8º e 9º anos receberam os pais, irmãos e tios para uma sessão sobre Matemática, com o lema “Matemática – Uma Ciência para Todos”. Foram os próprios alunos que orientaram os trabalhos e envolvendo de forma entusiástica os participantes, mostraram a arte dos origamis, sempre surpreendentes nas formas; usaram as novas tecnologias; estudaram quebra-cabeças envolvendo as três dimensões; apresentaram e jogaram jogos tradicionais do mundo que envolvem estratégias assentes na Matemática, tais como o Ouri ou jogos criados por matemáticos, o hex e o rastros; fizeram estimativas com posteriores cálculos comprovativos; entre muitas outras actividades.

Os pais aderiram de forma empenhada, mostrando interesse em que tais sessões se venham a repetir. Para os alunos foi “o máximo”, puderam falar para pequenos públicos, coordenar ideias, procedimentos e raciocínios matemáticos e expô-los de forma clara. Apesar de se realizar ao fim de tarde, os pais não arredaram pé enquanto não percorreram todos os “stands” pelo que a sessão só terminou pelas 20 horas.

PROF. PAULO LOPESPROF. PAULO LOPESPROF. PAULO LOPESPROF. PAULO LOPESPROF. PAULO LOPES

Os alunos ensinam Matemática aos pais

No dia 3 de Março realizou-se o Campeonato de Jogos Matemáticos a nível de escola, a fim de seleccionar os repre- sentantes da ESCM para o Campeonato Nacional.

Inscreveram-se 69 alunos do 3º Ciclo e 17 do Ensino Secundário e, à hora marcada, o átrio junto à cantina encheu-se de alunos, que foram distribuídos pelas mesas consoante o jogo em que participavam. O entu- siasmo era muito e as expectativas também!

Depois de lhe ser atribuído um número, cada aluno jogou três vezes com adversários diferentes, atribuídos de

acordo com a pontuação que iam obtendo.

O campeonato decor- reu com alegria e entu- siasmo, embora no final houvesse algum desapon-

tamento, pois só um podia ser seleccionado.

No final, estavam apu- rados os seis represen- tantes e todos os partici- pantes tiveram um lanche

oferecido pela escola. Os vencedores foram:

Jogo do Hex: 3º Ciclo, Diana Taborda do 8º A; Secundário, Francisco Brito do 12º I.

Jogo do Rastros: 3º Ciclo, José Almeida do 9ºA; Secundário,Ricardo Rabasquinho do 10º I

Jogo do Ouri: 3º Ciclo, Alexandre Carvalho do 92D.

Jogo do Avanço: Secundário: André Venâncio do 10º F.

Aos vencedores os nossos parabéns, mas também a todos os que participaram, com a certeza de que para o ano há mais e quem sabe se não serás tu o vencedor!

Na recepção, os alunos receberam uma camisola de acordo com o jogo em que cada um iria participar.

Em seguida, foram enca- minhados para uma enor- me sala onde se reali- zaram os jogos.

Da plateia só conse- guíamos ver “a nossa menina”, que lá nos ia fazendo sinais de que o jogo lhe estava a correr bem. Mas na recta final o adversário venceu.

Depois do almoço fo- mos observar os jogos dos apurados.

Não trouxemos pré- mios, mas trouxemos entusiasmo e perspec- tivas de organizarmos um campeonato regional.

Este convívio também proporcionou intercâmbio entre professores e alu- nos de outras escolas. Ponderou-se a hipótese de, mensalmente, os nos- sos alunos poderem jogar com os de outras escolas, nomeadamente com a Secundária do Fundão. Uma ideia bastante bem recebida pelos nossos alunos, a concretizar-se talvez no próximo ano.

o pequeno-almoço, mar- cado para as 7:30.

Na escola E.B.2/3 de Santa Clara, iniciámos a primeira prova, que durou três horas. Seguiu-se o almoço onde, em pequenos grupos, trocámos ideias sobre as questões da prova, e tivemos opor- tunidade de fazer novas amizades. No resto do dia, entre uma visita ao maior

Recinto Megalítico da Península Ibérica, o jantar e um pequeno concerto, ocorreram agradáveis momentos de convívio.

No Sábado de manhã realizámos a segunda prova. À tarde participá- mos num programa social que incluiu um roteiro turístico pelo centro his- tórico de Évora, seguido da palestra “Medir o Mundo com Imaginação e Geometria”, pelo orador Professor Doutor Nuno Crato. Após o jantar assis- timos à peça de teatro “Ir à Índia sem sair do Palco”, no Palácio D. Manuel.

No Domingo de manhã decorreu a cerimónia de entrega dos prémios, no Teatro Garcia de Resende, que contou com a presença da Ministra da Educação, onde tivemos ainda opor- tunidade de ouvir o Eng.

Paulo Rosado falar sobre “A Estrada do Sucesso”.

Na Final das Olimpía- das foram atribuídas12 medalhas em cada cate- goria, (entre os 60 participantes, 30 da categoria A e 30 da categoria B). Apesar de não ter ficado classificada num dos 3 primeiros lugares, considero que este foi para mim um grande desafio, onde, para além de me divertir, ganhei novos amigos e vivi uma experiência Matemática muito enriquecedora, que me levou a criar ainda mais gosto pela disciplina.

O almoço final decorreu com grande animação e ao mesmo tempo com uma sensação de saudade, pois estava a terminar esta aventura.

A despedida fez-se com um “Até pró ano!”.

MATEMÁTICA

Quanto mede a minha mão? E o meu braço? A relação entre as duas medidas é igual nos meus colegas? Quantos feijões estão naquele frasco? E porque é que o avião de papel que eu fiz é tão rápido a voar?

A estas e muitas outras questões tiveram oportunidade de responder os visitantes do laboratório de Matemática na Escola Campos Melo, na quinta-feira, 25 de Março. E os visitantes foram muitos, vindos sobretudo dos infantários da cidade e da Escola Pêro da Covilhã, muito curiosos em conhecerem a sua futura escola. As mãos estavam cheias de figuras em origamis, de rebuçados ganhos nos jogos matemáticos e os olhos ainda mais cheios de tanta coisa nova. Fizeram medições, estimativas, recortes, dobragens, os olhos brilhavam quando de uma folha de papel surgia um cisne colorido e com todo o trabalho orientado pelos colegas mais velhos, os da Campos Melo.

À saída, os seus rostos sorridentes, porque tinham sido parceiros na construção de coisas matemáticas era a melhor recompensa para os que ficavam, alunos e professores que tinham preparado esta festa em que se mostrou que a Matemática é divertida, às vezes surpreendente e sobretudo cativante.

Um dia no laboratório de Matemática

PROF. PAULO LOPESPROF. PAULO LOPESPROF. PAULO LOPESPROF. PAULO LOPESPROF. PAULO LOPES

Final Nacional

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29 ABRIL 2010 V www.escmelo.web.pt

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LÍNGUAS E LETRAS

Noite de Teatro no Porto

No passado dia 26 de Fevereiro, nós (os alunos de Inglês do 12º ano) fomos ao Porto assistir à peça de teatro “A Canção do Vale”, previamente estudada na aula. A interpretação foi da responsabilidade dos actores José Peixoto e Carla Galvão.

Partimos por volta das 14horas, chegámos ao Porto cerca das 17h e 30m e... não estava a chover! Por isso, pudemos passear pela rua de Santa Catarina e admirar o célebre café Majestic. Também fizemos algumas compras no Shopping Via Catarina onde jantámos.

Então, seguimos a pé para o Teatro Carlos Alberto. Estávamos a ver que não o encontrávamos! A sessão teve início às 21h e 30m e, graças à nossa teacher, Ana Maria Moura, tivemos direito a lugares privilegiados nas primeiras filas. Estávamos praticamente em cima do palco!

Depois de assistirmos a um desempenho extraordinário, tivemos ainda a oportunidade de conversar com os actores. Foi uma conversa muito interessante, pois pudemos contar com a simpatia e a simplicidade dos mesmos a quem, desde já, deixamos o nosso sincero agradecimento pela forma afável como nos receberam.

Carla Galvão e José Peixoto pertencem à companhia “Teatro dos Aloés” a quem lançámos um convite para uma visita à nossa Escola e...ao Teatro Cine na Covilhã.

Chegámos tarde mas valeu a pena! Foi uma experiência inesquecível.

ALUNOS DE INGLÊS - 12º ANOALUNOS DE INGLÊS - 12º ANOALUNOS DE INGLÊS - 12º ANOALUNOS DE INGLÊS - 12º ANOALUNOS DE INGLÊS - 12º ANO

English Corner

Na Campos Melo a Língua Inglesa está sempre “à vista” no English Corner.

Os trabalhos expostos têm sido de vários temas. Desde o 7º ao 12º ano, os alunos têm-nos mostrado a sua criatividade e o que vão aprendendo na aula de Inglês.

Ao longo deste ano lectivo, já foram expostos trabalhos dos 11ºs anos sobre O Ambiente, dos 12ºs anos sobre Os Direitos Humanos e dos 7ºs anos sobre Os Adjectivos.

Para o dia de S.Valentim, os alunos dos 7ºs anos fizeram cartões alusivos ao tema.

Foi muito gratificante ver como os nossos alunos são criativos e habilidosos!!

Também no Dia dos Departamentos, mais uma vez, os alunos dos 7ºs anos nos brindaram com a exposição de provérbios Ingleses. Este trabalho envolveu pesquisa cuidada, desenho e colagem. Tudo isto pudemos admirar… no sítio do costume: The English Corner.

Continuem a aprender, a trabalhar e a.....expor!! Nós... gostamos de ver!!

PROFPROFPROFPROFPROFAAAAA. ANA MARIA MOURA. ANA MARIA MOURA. ANA MARIA MOURA. ANA MARIA MOURA. ANA MARIA MOURA REPRESENTANTE DO GRUPO DE INGLÊSREPRESENTANTE DO GRUPO DE INGLÊSREPRESENTANTE DO GRUPO DE INGLÊSREPRESENTANTE DO GRUPO DE INGLÊSREPRESENTANTE DO GRUPO DE INGLÊS

À Descoberta de “Os Maias”

No dia 29 de Janeiro, as turmas de 11º ano tive- ram o prazer de assistir a uma palestra que excedeu as expectativas, não só ao nível de conteúdo, como também ao nível organi- zacional. Este evento, que teve lugar no auditório da nossa escola, realizado no âmbito da disciplina de Português, incidiu sobre a obra “Os Maias”, de Eça de Queirós. O colóquio foi orientado pelo Prof. Dr. Gabriel Magalhães, a con- vite das professoras estagi- árias de Português/Espa- nhol. Foi uma experiência enriquecedora, na medida em que não se cingiu apenas a uma decomposi- ção do romance de Eça de Queirós, como veremos.

Gabriel Magalhães é professor de Literatura na Universidade da Beira Interior, tendo também leccionado aulas em Espanha – país onde viveu muitos anos e onde fez o seu doutoramento. Escre- ve contos e romances e publicou recentemente o livro “Não Tenhas Medo do Escuro”.

Depois das apresen- tações, o Professor iniciou a sua dissertação sobre a obra e os seus persona- gens e, com a finalidade de as organizarmos esquema- ticamente, pediu a colabo- ração de alguns alunos presentes para uma “figuração estática”, tendo estes ocupado lugares em cadeiras posicionadas de acordo com as relações estabelecidas entre as personagens principais na história.

Mas esta conferência não se ficou só pelo resu- mo da obra. Depois de sermos guiados pelos caminhos românticos d’ “Os Maias” foi feita uma análise, não só à história em si, mas também ao contexto em que, ao tempo, Portugal vivia a nível político, económico e social. Assim, a obra de

Eça de Queirós foi en- quadrada num Portugal recentemente industria- lizado, com uma pers- pectiva muito derrotista, muito pessimista. Tirando a natureza (o Tejo, Sintra, Santa Olávia…), é tudo uma «choldra ignóbil». Predomina uma visão de estrangeirado, de quem só valoriza as «civilizações superiores» – da França e Inglaterra, principal- mente

Eça juntou, na sua obra-prima, as qualidades e os defeitos da sociedade portuguesa, que ainda hoje se verificam, o que é apanágio deste nobre escritor. De um lado, temos a família Maia, representada em três gerações: Afonso da Maia, o patriarca; Pedro da Maia, seu filho e Carlos da Maia, o protagonista, filho de Pedro e neto de Afonso. Estes três primeiros representam uma li- nhagem de homens cujo dinamismo era uma carac- terística, sendo que todos apoiavam a ideia de que aquele Portugal necessi- tava de uma forte renova- ção; e ainda João da Ega, o amigo inseparável de Carlos da Maia, progres-

JOÃO CALHEIROS DE MOURA - 11º CJOÃO CALHEIROS DE MOURA - 11º CJOÃO CALHEIROS DE MOURA - 11º CJOÃO CALHEIROS DE MOURA - 11º CJOÃO CALHEIROS DE MOURA - 11º C

sista e crítico, sarcástico do Portugal Constitucio- nal, considerado também como a projecção literária do próprio escritor. Por outro lado, Dâmaso Salcede, nascido na burguesia, arvorava-se ares de chique e conquistador, mostrando a sua face mais repugnante ao sentir-se rejeitado pela personagem principal, Carlos da Maia. Sendo que, nesta última personagem o escritor projecta o que de pior podia haver na bur- guesia daquele Portugal. Todas estas figuras têm relações amorosas instá- veis ou até mesmo casamentos falhados, o que é um dos temas centrais desta história, para além do tão propalado incesto entre Carlos da Maia e Maria Eduarda.

Mais do que uma crí- tica de costumes, a obra mostra-nos um país que se dissolve, incapaz de se regenerar. Apesar de toda esta visão derrotista, pode ver-se que subsiste ainda alguma esperança implíci- ta em certas passagens.

A ideia que se tenta transmitir n’ “Os Maias” é antagónica àquela que tende a “saltar à vista”: a

de um Portugal demasiado ferido para cicatrizar, em que todas as estruturas capazes de o fazer se en- contram apáticas. A con- cepção principal é, como o Professor soube muito bem explorar, que a aptidão para a nossa nação se reorganizar reside nos jovens. É neles (em nós) que está a chama do futu- ro, um futuro sustentável, que só será conseguido se todos formos empreende- dores, exigentes connosco mesmos, dinâmicos, acti- vos e independentes. Será este o trilho para que se consiga compor uma socie- dade capaz, com todas as ferramentas necessárias para reedificar a glória e o orgulho do “peito ilustre lusitano”, de que falava o Poeta, para que sejamos um dos grandes. Exemplos desta nossa idoneidade são todos os trabalhos, pes- quisas e desenvolvimen- tos, em todas as áreas do saber, que temos vindo a empreender desde há mui- to e que são premiados todos os anos a nível internacional. Nada é impossível para nós, nada é impossível para os Portugueses, ...“Nobre Povo, Nação Valente”.

A 6 de Janeiro, realizou-se pelo quarto ano consecutivo o Concurso Nacional de Leitura.

Aderiram a esta iniciativa vinte e cinco candidatos: onze do Terceiro Ciclo (sete alunos do 7º A e quatro do 8ª B), e catorze do Secundário (dez do 10º A e quatro do 10ºC).

Para o Terceiro Ciclo, as obras a concurso eram os contos «O Retrato», de Manuel da Fonseca, e «Uma esplanada sobre o mar», de Vergílio Ferreira; para o Ensino Secundário, os romances «Inês de Portugal», de João Aguiar, e «O Leitor», de Bernhard Schlink.

Ficaram apuradas para a segunda fase (distrital) três candidatas do 7º A - Mariana Almeida, Madalena Baía e Margarida Barbosa - e duas do 10º ano: a Telma Vicente, do 10ºC e a Mariana Gomes, do 10º A. A Mariana Gomes é, aliás, uma repetente nestas andanças.

A todas as concorrentes muitos parabéns e desejos de uma excelente prestação na próxima fase do concurso.

A EQUIPA DA BIBLIOTECA ESCOLARA EQUIPA DA BIBLIOTECA ESCOLARA EQUIPA DA BIBLIOTECA ESCOLARA EQUIPA DA BIBLIOTECA ESCOLARA EQUIPA DA BIBLIOTECA ESCOLAR

Concurso Nacional de Leitura

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OFICINA DE ESCRITA

Seria bom viver numa sociedade sem regras?*

DANIELA SILVA - 10º DDANIELA SILVA - 10º DDANIELA SILVA - 10º DDANIELA SILVA - 10º DDANIELA SILVA - 10º D

Imaginemos que nos era dada a possibilidade de deixarmos de viver na sociedade actual, passando a viver numa sociedade sem regras; seria possível viver dessa forma? Quais seriam as vantagens e as desvantagens?

Na sociedade em que vivemos, o ser humano para agir tem de ter em conta determinadas normas e regras, que nem sempre lhe permitem fazer aquilo que deseja. O indivíduo deve agir de forma moralmente correcta, distinguindo o bem e o mal, mostrando uma preocupação pelos seus semelhantes, que nunca devem ser usados como instrumentos para satisfazer interesses pessoais. Só neste contexto é que é possível o ser humano desenvolver-se física, intelectual, emocional e moralmente, sendo auxiliado pelas instituições e os outros, que não só contribuem para o bem de todos, mas também para a vivência de situações de conflito, devido ao facto de ser necessário cumprir regras (Dimensão Social da Ética).

Ao viver sem regras, seria impossível viver numa sociedade, pois cada pessoa só se iria preocupar consigo própria, não pensando nas consequências das suas acções, podendo prejudicar os outros. Deixaria de existir respeito, quer pelas pessoas que o rodeiam, quer pelo mundo à sua volta. Além disto, os actos de vandalismo e criminalidade iriam aumentar, tornando o nosso mundo ainda mais perigoso, onde ninguém se sentiria seguro. É certo que existiria mais liberdade individual, pois as pessoas faziam aquilo que desejavam sem nunca serem punidas, mas nem sempre podemos considerar isso algo positivo.

Concluindo, ao viver sem regras, seria impossível conciliar a dimensão pessoal e social da ética, pois não existiriam certos valores fundamentais numa vida em sociedade. Seria o caos social e, com certeza, o fim da Humanidade. É por isso que acredito que devemos viver numa sociedade com regras, como a actual, para garantir o bem comum, estipulando os direitos e deveres de cada indivíduo.

Na primeira luz, no primeiro grito e choro. Onde tudo é desconhecido. Onde não há palavras e os gestos são questionados. Onde a inocência perdura. A brancura embainhada do lenço, presente. O pensar é inexistente. O jardim é coberto de cores e o ar é seda. Esta nostalgia...de um bem perdido.

A saudade está perto e o passado longe. O pensamento presente e a dor acompanha. O desejo de ser inconsciente e estar consciente. As fontes não são mais fidedignas e a realidade é fria. Tudo é ouvido e escutado. O silêncio. Derrama em nós, a escolha entre o abismo e o vencer. A corrente. Conheço-me e não sou eu. Esta dor que consome. Pensar.

O vento corre em nossa busca. O bombardeamento do céu negro. Onde o ar é vermelho e a cor, ausente. O olhar langue, na farda ensanguentada. Onde o lenço não é mais branco e o corpo é trespassado. Onde a escolha foi feita, para vencer!... para apodrecer.

INÊS PAIS - 12º EINÊS PAIS - 12º EINÊS PAIS - 12º EINÊS PAIS - 12º EINÊS PAIS - 12º E

Inspiração em Pessoa*

Mas essa segunda- feira nunca mais acabava, durou penosos anos… os contínuos cujas fardas parecia serem, sempre, feitas para outros, não eram propriamente simpáticos (fruto das fardas trocadas? ): o Sr. Sousa ralhava, o Sr. Silva teimava em não nos dar o guarda-chuva fichado no bengaleiro, o Sr. Estevão preparava-se para, escondido nas casas de banho, nos confiscar as cheringas carnavalescas, o Sr. Augusto (Chocolate) tinha, para nós, nascido com a escola, era velho e sorumbático, e deveria ser companheiro do director Melo e Castro. Bom, ao director ainda vimos um ou outro sorriso, muito tenuemente!

Num momento de rara descompressão, no pátio de baixo, empurrei o Durval e ele em desequilíbrio partiu um vidro fosco. Fugimos!

NoNoNoNoNo LUCY, NoNoNoNoNo SKY, NoNoNoNoNo DIAMONDS

PROF. ESPÍRITO SANTO SILVA

Memórias da Escola de Outros Tempos

REFLEXÃO FILOSÓFICAREFLEXÃO FILOSÓFICAREFLEXÃO FILOSÓFICAREFLEXÃO FILOSÓFICAREFLEXÃO FILOSÓFICA

Durante praticamente todas as noites daquele Verão, uma jarra saltava do seu pedestal de Exame de Admissão e perseguia-me, por entre cadeiras, folhas e aflições e quase me alcançou, numa madrugada de segunda-feira, de um princípio de Outubro, de um fim dos anos sessenta.

Nessas férias grandes, entre a 4ª classe e perto da entrada para a Escola Industrial, alguém falou numas actividades desagradáveis que os mais velhos praticavam nos mais novos, cortes de cabelo, idas ao pau-da-bandeira e, sobre tudo isto, a chacota dos inúmeros envolventes, à procura de carniça.

O quadro, ainda recordo, não era animador: lembranças de derrotas nas artes visuais, misturadas com forçados e violentos cortes de cabelo, não auguravam uma motivadora e idílica integração escolar. Por sorte o Jaime, por especial favor ao meu pai, teve dispensa no escritório e acompanhou-me para tirar o horário. A esta distância vejo-me aturdido, fragi- lizado, medroso, envolvido numa medonha e inabitual algazarra. O Jaime, feliz- mente estava ali ao lado, no primeiro dia!

Dizia-se que este professor atemorizava os alunos com franja à bitle, prendendo-a, durante horas, nos tornos de madeira. Não sei se era verdade, sei que ele tinha uma postura física e comportamental absoluta- mente marcial, uns dentes negros de Português Suave e foi o responsável pela reprovação, por excesso de faltas, do Albino. O temor que a presença do Professor despertava justificou as primeiras faltas e criou dependência generalizada.

Durante a expiação disciplinar, o Zé Gregório que era meu vizinho, me emprestava livros de cóbois e que andava no último ano respondeu ao meu choro de raiva e de impotência pondo em fuga dois velhos para mim e não tão velhos para ele, que queriam à viva força

que eu beijasse o anel de um deles. O Granada, com palavras de simpatia procurou apaziguar a minha raiva e circulámos por corredores cheios de letreiros que impunham: NÂO ESTACIONE NOS CORREDORES; CIRCULE SEMPRE PELA DIREITA!!

E havia sábados que eram perfeitos prolonga- mentos de segunda-feira: depois da manhã de aulas, a tarde de todos eles era passada no terraço por cima das oficinas:

UM;DOIS; ESQUERDA, DIREITA...HUM, UM; DOIS;ESQUERDA, DIREITA, SENTIIIIDO!

DESCANSAAAAR! SENTIIIIIDO!EM FRENTE …AAARCHE!UM; DOIS…….

E o jacto das três horas lá passava, lá no alto, dei- tando par trás e para baixo, uma nuvem de sonhos e evasão.

Eu sabia que a segunda-feira iria con- tinuar irremediavelmente nos dias seguintes, quando fosse, ainda na escuridão da manhã, esperar a carreira meia hora antes do horário, na esperança de conseguir um lugar, vendo passar operárias carregadas de sono e de cortes enquanto, lá no alto, junto ao depósito de água do Tortosendo, circulavam erráticas luzes que procuravam amparar esgotados operários das Cortes e da Bouça. E quando se conseguia um assento entre lancheiras, gente sonolenta, car- rancuda e aos berros, também tinha que se suportar a selecção musical das emissoras nacionais e do chófer, a canção: Tres Cosas hay en la vida dos espanhóis Los Stop e uma pouco conseguida Obladi Oblada dos Beatles, com uma sisifica cadência diária, compunham, na perfeição, o bouquet…

Logo a seguir entrou por uma aula a dentro o Sr. Pereira Nina.

- O aluno José, número novecentos e tal, partiu um vidro e tem que o pagar durante esta semana!

Para azar não se abriu ali nenhum buraco e sempre estranhei os meus pais não terem estranhado o aumento explosivo de consumo de folhas por aqueles dias!

…O contínuo do piso mandou-nos entrar enquanto o professor de Trabalhos Manuais não chegava. Deitámos mãos à caixa de madeira que desajeitadamente produzíamos e o Neves resolveu aceder ao maravilhoso cheiro que eu dizia exalar de uma lata de betume. O Professor resolveu entrar quando o Neves lavava a cara. Saímos os dois com falta disciplinar!

* Textos elaborados em sala de aula

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El miércoles 27 de marzo, por la tarde, estuvieron en nuestra escuela un grupo de actores, aunque casi todas eran actrices, y el director del Aula de Teatro de la Universidade de Santiago de Compostela.

A propósito del “XIV Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior” y de la pieza “As Cuñadas”, del canadiense M. Trembay, que presentarían ese mismo día por la noche en el Teatro-Cine de nuestra ciudad, hablaron durante una hora con los alumnos y profesores que acudieron al auditorio de la escuela para escucharlos.

Roberto Salgueiro, director de escena y escritor con varios premios en su currículum, habló del teatro en general pero sobre todo de As Cuñadas, en una lengua a la que los portugueses, incluso los que estudiamos español, no estamos acostumbrados: el gallego.

Algunos de los actores contaron también sus experiencias teatrales y, sin que nadie lo esperase, nos presentaron una pequeña escena, ¡cantada!, de la pieza.

En fin, fue toda una experiencia.

P. D. –Y por la noche, la representación -¡fenomenal!- volvió a sorprendernos a todos los que pudimos ir a verla.

Teatro Universitário de Compostela:

“As Cuñadas” PROF. RUI DIASPROF. RUI DIASPROF. RUI DIASPROF. RUI DIASPROF. RUI DIAS

El 2 de marzo el auditorio del instituto se llenó de alumnos y profesores que vinieron a oír la profesora Iolanda Ogando, profesora del Departamento de Letras de la Universidad de Extremadura que fue invitada a visitarnos por el núcleo de prácticas de Español.

Su venida a nuestra escuela tenía como objetivo no sólo motivar a los alumnos a estudiar español como también a ayudarlos a reconocer imágenes de la identidad y la alteridad en las relaciones luso-españolas.

Tomando como punto de partida el eslogan turístico de la década de los 60 – Spain is different – la profesora, siempre muy dinámica, nos habló de imágenes y estereotipos del país vecino recorriendo a imágenes y videos, que mucho ha gustado a todos los presentes.

Al final de la palestra, los alumnos tuvieron la oportunidad de hacer algunas preguntas a la profesora y fueron repartidos certificados de presencia a todos los oyentes.

Spain is different, ¿¿¿¿¿no? Imágenes y estereotipos del país vecino

PROFPROFPROFPROFPROFAAAAA. SANDRA ESPÍRITO SANTO. SANDRA ESPÍRITO SANTO. SANDRA ESPÍRITO SANTO. SANDRA ESPÍRITO SANTO. SANDRA ESPÍRITO SANTO

Día de Reys

MADALENA BAÍA, MARIANA ALMEIDA E PAULA RIBEIRO - 7º AMADALENA BAÍA, MARIANA ALMEIDA E PAULA RIBEIRO - 7º AMADALENA BAÍA, MARIANA ALMEIDA E PAULA RIBEIRO - 7º AMADALENA BAÍA, MARIANA ALMEIDA E PAULA RIBEIRO - 7º AMADALENA BAÍA, MARIANA ALMEIDA E PAULA RIBEIRO - 7º A

El 6 de enero de 2010, los grupos 11.º D y 12.ºCD, fueron a la residencia de mayores “Lar de S. José” representar una obra de teatro a los ancianos.

La obra se llamaba “A camino de Belén”, que cuenta el camino que los Reyes Magos hicieron hasta llegar a Belén.

En mi opinión, a todas las personas que participaron les gustó mucho representar esta pequeña pieza de teatro para un público especial y para mí fue muy bueno, porque muchos de los mayores que estaban allí no podían recibir visitas y nosotros fuimos su compañía en ese día especial.

El día 26 de febrero, los grupos de 7.º, 8.º y 9.º cursos de la escuela Campos Melo han ido en viaje de estudio a Mérida, España.

Hemos salido de Covilhã y nos hemos hecho a la carretera. Hemos parado en el área de descanso de Castelo Branco y después en Portalegre para desay- unar.

Cuando hemos llegado a Mérida, lo primero que hemos ido a ver ha sido el Museo Nacional de Arte Romano.

JOANA GABINETE - 11º DJOANA GABINETE - 11º DJOANA GABINETE - 11º DJOANA GABINETE - 11º DJOANA GABINETE - 11º D

Visita a Mérida

Creo que deberíamos repetir más estas actividades porque hicimos felices a personas que no tienen la misma atención, cariño o amor que nosotros y por otro lado estábamos felices al ver que hacíamos felices a personas que normalmente no lo están.

Hemos almorzado en un restaurante en el que hemos estado todos juntos conviviendo.

Después hemos ido a ver el Teatro y el Anfi- teatro Romano y, final- mente, la Basílica de Santa Eulalia.

Hemos regresado alre- dedor de las 17:30, tras pasear un poco por el centro de la ciudad y com- prar los imprescindibles regalos. Después de haber parado otra vez en Portalegre para comer algo, hemos llegado a Covilhã sobre las 22:30 h.

RINCÓN ESPAÑOL

Fotos de José Antunes, 8º A, e do Professor Rui Dias

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OS DIAS DA CAMPOS MELO

Aquando do encerramento do centésimo vigésimo quinto aniversário da nossa escola, no passado dia 8 de Janeiro, realizou-se um “Peddy-paper” organizado pela associação de estudantes com o apoio da direcção da escola.

Nesta actividade participaram quinze equipas, que tinham como tarefa responder a um questionário sobre a História da Escola. A equipa constituída por alunos do 8ºano das turmas A e B: Alícia Brasil, Fábio Guerra, José Antunes e Samuel Corono foi a vencedora.

Para eles os nossos parabéns!

125 Anos - Encerramento das Comemorações

O Grupo de Jograis também nos brindou com a sua voz, dando eco à história da nossa escola ao longo destes 125 anos. Após os testemunhos da Professora Carma Maria, presidente da Associação de Antigos Alunos, Professores e Funcionários da Escola Secundária Campos Melo, e da Professora

Albertina Matos, recém aposentada e membro dirigente daquela Associação, houve lugar para a apresentação e lançamento da Revista Comemorativa dos 125 anos da nossa escola. Seguiu-se a entrega dos diplomas dos quadros de excelência, valor e mérito, relativos ao ano lectivo de 2008/2009, e a entrega de certificados aos Formandos do CNO, merecendo

referência especial o senhor Júlio Santos, por ser o mais velho do País, com 88 anos cumpridos dois dias antes.

Peddy-Paper 8º A

O dia 8 de Janeiro foi o culminar de uma série de actividades levadas a cabo no âmbito das comemorações dos 125 anos da nossa Escola que contaram com a participação de individualidades ligadas ao ensino, antigos professores, alunos e funcionários, representantes dos órgãos autárquicos e outras associações.

O dia iniciou com um peddy-paper destinado aos alunos que tiveram a oportunidade de percorrer os vários espaços da escola, dando provas do conhecimento da história desta instituição secular.

Mais tarde, efectuou-se a inauguração da exposição «125 Anos, 125 Fotografias», que ficou patente ao público na Biblioteca da ESCM. Na cerimónia estiveram presentes o Professor Doutor Luís Capucha, Director da ANQ, a Dr.ª Cristina Lopes Dias, Directora Regional-adjunta da DREC, Carlos Pinto, Presidente da Câmara da Covilhã, D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, representantes da Associação de Professores, Alunos e Funcionários da Escola Campos Melo (APAE), do Estabelecimento Prisional da Covilhã e da Associação de Encarregados de Educação, para além de actuais e antigos professores e alunos da nossa escola.

A sessão de encerramento, propriamente dita, teve lugar no auditório e aí tomaram a palavra a Senhora Directora, os Ex.mos representantes da ANQ, da DREC e o Senhor Presidente da Câmara Municipal, tendo centrado os seus discursos na importância desta Escola secular no desenvolvimento da cidade e da região e nas constantes adaptações aos desafios que os tempos têm vindo a impor, elogiando a nossa escola que, por isso, se orgulha do seu passado, reflecte sobre o presente e vai construindo o futuro.

As comemorações prosseguiram com uma vista ao Museu Educativo, a actuação do Grupo de Danças Regionais e terminaram com um Porto de Honra.

Em fim de festa, participou um grupo de cantares e adufes, que integra a itinerância do Paul.

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OS DIAS DA CAMPOS MELO

Jantando com Eça

Escola: Espaço(s) de Saber(es)Escola: Espaço(s) de Saber(es)Escola: Espaço(s) de Saber(es)Escola: Espaço(s) de Saber(es)Escola: Espaço(s) de Saber(es) Dia dos Departamentos

O dia 25 de Março foi dedicado aos departamentos. Alunos e professores envolveram-se nas várias

actividades programadas para este dia: projecção de filmes; jogos matemáticos; actividades laboratoriais de Química, Física, Biologia e Geologia; exposições de fotografias e dos trabalhos dos alunos de Artes.

Viajámos ainda pelo mundo da Electricidade, da Informática e da Geografia, reflectimos no vazio com a Filosofia e relaxámos fazendo História.

Houve também oportunidade para apreciar o trabalho dos Cursos de Gestão Ambiental que recuperam, de forma espantosa, os mais diversos materiais.

Foi um dia em grande!

A terminar o Dia dos Departamentos, fomos “jantar com Eça”.

Promovido pelo Núcleo de Estágio de Português, com a colaboração das Professoras Mª Celeste Alves, Mª José Soares e Susel Fonseca, o jantar literário no qual desfilaram figuras ecianas, decorreu com todo o rigor da época e com bastante animação. Desde o menu, até à carta dos vinhos, tudo era alusivo à obra de Eça de Queirós - Os Maias.

Houve prémios para os melhores trajes e, no final, assistimos a uma representação dos alunos que interpretaram o passeio final de Carlos e Ega pelas ruas da capital.

Foi “Chic a valer!”

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X 29 ABRIL 2010 www.escmelo.web.pt

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PROJECTOS

Workshop

Quando o carteiro chegou à Escola no dia 16, 3ª feira, foi surpreendido com uma recepção especial - a turma do 10º G do Curso Profissional de T. Secretariado.

O objectivo era a observação do circuito da correspondência, tema que estávamos a tratar nas aulas de Técnicas de Secretariado com as professoras M. Lourdes Faria e Ana Paula Fernandes.

O circuito da correspondência é o percurso de toda a documentação que dá entrada numa organização até chegar ao seu destino final, sendo constituído pelas seguintes fases: recepção, triagem, registo, e distribuição da correspondência.

Já nos Serviços Administrativos, e através das claras explicações da Sr.ª D. Celeste, pudemos observar o desenvolvimento completo deste processo e concluir que se trata de uma actividade muito importante para o bom funcionamento de qualquer organização.

Agradecemos à Direcção da nossa Escola e aos Serviços Administrativos o tempo e a atenção que mais uma vez nos disponibilizaram.

Curso Profissional de Técnico de Secretariado

No âmbito da disciplina de Técnicas de Secretariado, as professoras Mª de Lourdes Faria e Ana Paula Fernandes organizaram um Workshop que teve lugar no dia 29 de Janeiro, na sala 30 da nossa escola, intitulado “Protocolo e Imagem”.

Objectivo geral desta actividade: Conhecer e aplicar noções básicas de etiqueta e protocolo.

Para a dinamização deste evento foi convidada a Profª Albertina Matos.

O evento teve início às 8h30m e desenvolveu-se em dois momentos. Na 1ª fase a convidada começou por abordar a importância do protocolo como instrumento de comunicação e de aperfeiçoamento de comportamentos que contribuam para uma boa imagem pessoal e profissional. Na sequência desta abordagem, apresentou- nos e demonstrou regras fundamentais de etiqueta empresarial: postura, indumentaria, hábitos e costumes em eventos, comportamento à mesa, pôr a mesa correctamente e distribuição dos convidados. A encerrar a 1ª parte do evento, a Profª Albertina Matos exemplificou com uma demonstração prática a forma de pôr a mesa correctamente.

Na 2ª fase do evento teve lugar a simulação da inauguração das empresas previamente organizadas por nós. Este foi o momento em que tivemos a honra de receber os nossos convidados, entre os quais destacamos a Directora da Escola Drª Isabel Fael e os elementos da Direcção, alguns professores e funcionários, tendo sido servido um cocktail de boas vindas.

A todos os intervenientes agradecemos a disponibilidade e colaboração.

10º G10º G10º G10º G10º G

Inscreve-te junto do teuInscreve-te junto do teuInscreve-te junto do teuInscreve-te junto do teuInscreve-te junto do teu Professor de Educação Física.Professor de Educação Física.Professor de Educação Física.Professor de Educação Física.Professor de Educação Física.

Desporto Escolar PROF. JOÃO FERREIRA - COORDENADOR DO DESPORTO ESCOLAR

Realizou-se, ainda, o Corta-Mato Escolar, no complexo desportivo, em conjunto com a Escola Secundária Frei Heitor Pinto, em que participaram 90 alunos da nossa Escola, tendo sido apurados 31 para o corta Mato Distrital e dos quais tivemos um classificado para o corta Mato Nacional.

Estão também a decorrer as competições dos diferentes grupos equipas sendo que o Grupo/equipa de Basquetebol já disputou 2 jogos e o Grupo/equipa de Natação já participou em duas concentrações sendo organizador numa delas.

Pratica Desporto!

O Clube do Desporto Escolar (Vertente Externa) está a desenvolver actividades em diversas áreas, abrangendo um total de 50 alunos inscritos, assim distribuídos: natação (20), basquetebol (20) e Ginástica (10). No que se refere à Vertente Interna, foram realizadas várias actividades, nomeadamente torneios de Voleibol (55 alunos), Projecto “MegaSprinter”(fase de turma, todas as turmas), Projecto “Compal 3x3” (fase de escola, 120 alunos).

Chegou o Carteiro Junta-te ao Desporto Escolar!Junta-te ao Desporto Escolar!Junta-te ao Desporto Escolar!Junta-te ao Desporto Escolar!Junta-te ao Desporto Escolar!

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29 ABRIL 2010 XI www.escmelo.web.pt

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ARTES

No dia 10 de Março, participámos mais uma vez nos XIV Colóquios Juvenis de Artes, que este ano se realizaram em Beja.

O ambiente agradável em que decorreram os trabalhos, que vão desde as apresen- tações das várias escolas participantes, aos workshops organizados para o evento – Banda Desenhada, Teatro, Ilustração e Gravura, consti- tuíram um grande motivo de interesse destes colóquios.

Em simultâneo, os parti- cipantes, divididos em gru- pos, realizaram um périplo pelos locais de interesse da cidade – Núcleos Museo- lógicos, Igrejas, Ermidas, Pousada, Castelo e outros.

No final do primeiro dia ainda houve tempo para assistir a um Festival de Bandas do secundário.

No segundo dia, assis- timos a uma apresentação do investigador Florival Baiôa, sobre azulejaria de S. João Baptista. Em seguida foram feitas as apresentações das escolas, em que pudemos apreciar o trabalho desenvol-

vido pelos alunos do 12º I, do Curso Profissional de Design – variante de Equipamento, que recebeu uma valente salva de palmas.

Durante a tarde, tivemos visitas guiadas à Zona Histórica da cidade e pudemos apreciar as exposições dos trabalhos participantes nos colóquios, que estiveram patentes na Escola Secundária de Diogo de Gouveia, a escola anfitriã.

No último dia, assistimos à palestra do Mestre António Inverno, “…emoções artís- ticas”, sem dúvida um mo- mento alto destes colóquios. O mestre soube transmitir o panorama vivido nas artes em Portugal antes, durante e depois do 25 de Abril - a liberdade da liberdade do (s) artista (s).

À tarde, fez-se o balanço dos três dias das actividades concluindo-se que a quali-

dade dos trabalhos realizados tinha sido muito boa. Desta forma, saímos todos com forte sentido de missão cumprida. Foram ainda entregues lembranças e certificados de participação.

A escola que irá organi- zar os XV’s Colóquios Juvenis de Artes será a Secundária Santa Maria Maior de Viana do Castelo, onde, com toda a certeza, a nossa escola irá estar mais uma vez presente.

Visita das Artes em Madrid/Cáceres LUCIANA TEODÓZIO - 12º - DESENHO ALUCIANA TEODÓZIO - 12º - DESENHO ALUCIANA TEODÓZIO - 12º - DESENHO ALUCIANA TEODÓZIO - 12º - DESENHO ALUCIANA TEODÓZIO - 12º - DESENHO A

XIV Colóquios Juvenis de Arte PROFPROFPROFPROFPROFSSSSS. ANA FIDALGO, JOÃO BOLÉO E JOSÉ MANUEL PEREIRA. ANA FIDALGO, JOÃO BOLÉO E JOSÉ MANUEL PEREIRA. ANA FIDALGO, JOÃO BOLÉO E JOSÉ MANUEL PEREIRA. ANA FIDALGO, JOÃO BOLÉO E JOSÉ MANUEL PEREIRA. ANA FIDALGO, JOÃO BOLÉO E JOSÉ MANUEL PEREIRA

Nos dias 18, 19 e 20 de Fevereiro, os alunos do curso de Artes Visuais da Escola Secundária Campos Melo descolaram-se a Madrid e a Cáceres a fim de visitar o Museu Rainha Sofia, a Feira Internacional de Arte Contemporânea (ARCO) em Madrid e, o Museu Vostell Malpartida em Cáceres.

Assim que chegámos a Madrid, o primeiro lugar a visitar foi o Museu Rainha Sofia. Apesar de em 2009 já o termos visitado, hoje em dia, os museus são “vivos”, pois as obras mudam de lugar, novas peças são adquiridas, as exposições temporárias mudam, etc. Portanto, sempre iremos encontrar um museu de “cara nova”. Para não dizer que há obras que não vemos à primeira, e que a nossa

maturidade e capacidade de interpretação mudam com o tempo.

Estavam presentes as seguintes exposições tem- porárias: Joëlle Tuerlinckx - Crystal Times. Reflexión sin sol / Proyecciones sin objeto; Francesco Lo Savio; Georges Vantongerloo - Un anhelo de infinito; León Ferrari y Mira Schendel: El alfabeto enfurecido; Francis Alÿs: Fabiola; Thomas Schütte: Retrospección; Francisco López; Mario García Torres - ¿Alguna vez has visto la nieve caer?;

Apesar de não conse- guirmos ver todas, contem- plámos as que nos chama- ram mais a atenção. Além destas exposições, vimos também as permanentes, com obras adquiridas desde 2009, e a “master-piece”: Guernica de Picasso.

Após longas horas re- cheadas de arte, cultura e criatividade, tivemos o gosto de apreciar a arquitectura da cidade. Como bons turis- tas, ainda apreciámos a noite de Madrid e passámos bons momentos no Hard Rock Café.

No dia 19, a maior parte do dia foi destinada à ARCO 2010. Desta vez menor mas, pessoalmente, mais concen- trada em termos de quali- dade. Pela primeira vez, nesta décima edição, foi convidada uma cidade e não um país – Los Angeles. Pudemos apreciar as novas tendências da arte contem- porânea e descobrir inú- meras técnicas de pintura e expressão plástica – o que para mim é dos pontos mais fortes da ARCO. Nesta feira, encontram-se expostas

obras das mais variadas e conceituadas galerias de todo o mundo.

No fim da tarde segui- mos viagem até Cáceres.

No dia 20, logo após o pequeno-almoço, fomos ao Museu Vostell Malpartida, surpreendente e inovador, inserido numa bela paisa- gem. Wolf Vostell, fundador do museu, foi o descobridor da técnica Dé-coll/age, pai do Happening na Europa e iniciador do movimento Fluxus e do videoarte.

O museu é constituído por três colecções: Colecção Wolf e Mercedes Vostell, Colecção Fluxus – Doação Dino Di Maggio e, a Colecção de Artistas Conceptuais.

É de confessar que a reacção dos alunos quando chegaram à entrada do museu foi de indiferença pois ninguém tinha conhe- cimento do conteúdo. Assim, quando se abriram as portas, a primeira sensação foi a de um arrepio ao ver tamanha extra- vagância das instalações e pinturas que lá se encontram. Penso que este museu foi a surpresa da viagem.

O conhecimento não tem limites, e estes três dias permitiram-nos abrir a mente para novas ideias, alimentar a nossa criativi- dade e o nosso amor pela arte.

Foi também uma opor- tunidade para enriquecer o convívio entre aluno/aluno e aluno/professor.

Concurso Rotundas

No âmbito da organização do Carnaval da Neve - 2010, a Banda da Covilhã em parceria com a Associação Cultural Desertuna e o Clube Nacional de Montanhismo, com o apoio da Câmara Municipal, lançaram o Concurso Rotunda-2010.

Aqui fica uma imagem da representação da ESCM.

Exposição na “Tinturaria”

Durante o mês de Março esteve patente ao público na TINTURARIA a exposição de trabalhos dos alunos de Artes da nossa Escola.

A senhora Directora e o senhor Vereador da Cultura presidiram à cerimónia de inauguração, onde estiveram presentes professores, encarregados de educação e alunos da ESCM, representantes da autarquia, entre outras individualidades que quiseram estar presentes no evento.

A exposição recebeu os mais rasgados elogios da parte dos visitantes que puderam apreciar as obras de arte realizadas pelos nossos alunos.

Arte é na Campos Melo

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XII 29 ABRIL 2010 www.escmelo.web.pt

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CENTRO NOVAS OPORTUNIDADES

CNO da Campos Melo: Experiências que contam LEOPOLDO RODRIGUES - AVALIADOR EXTERNOLEOPOLDO RODRIGUES - AVALIADOR EXTERNOLEOPOLDO RODRIGUES - AVALIADOR EXTERNOLEOPOLDO RODRIGUES - AVALIADOR EXTERNOLEOPOLDO RODRIGUES - AVALIADOR EXTERNO

Durante o último ano e meio tivemos o privilégio de participar em várias sessões de júri de certificação no Centro Novas Oportunidades (CNO) da Escola Campos Melo.

Aqui encontrámos uma equipa motivada, empenhada e profissional. Liderada pela sua coordenadora, Dra. Rosa Macedo, esta equipa tudo faz para que o processo de cada adulto seja um caso de sucesso.

Ao longo de meses, a equipa do CNO acompanha, orienta, incentiva, dá formação complementar e valida as competências dos adultos candidatos a uma certificação.

Após muitos anos afastados da escola, são cada vez em maior número, aqueles que aceitam o desafio das Novas Oportunidades. Organizam portefólios, realizam actividades, recebem formação, escrevem e reflectem sobre as suas experiências para assim validarem as suas competências. Quando terminam o processo estão mais cultos, mais conscientes do seu valor e das suas competências. Estão melhor preparados para enfrentar os desafios profissionais, mais capazes de darem um contributo positivo à sociedade onde se inserem.

Na conclusão da minha apresentação, na sessão de certificação, achei importante destacar três tópicos que, penso eu, naturalmente se entrelaçam: Agradecimentos; Alvos futuros; O valor destas “Novas Oportunidades”

Não posso deixar de referir que, desde há muito, notei no que lia e escutava, que o programa das Novas Oportunidades não gerava opiniões consensuais. Afinal, como tudo na vida. Essa razão, confesso, fez aumentar a dose de expectativa que sentia ao inscrever-me nele.

Ao assistir às primeiras sessões notei que nas suas linhas orientadoras existe, implicitamente, o valorizar a experiência de vida, o puxar para a escola quem dela já saíu há muito, o estimular o gosto de estudar e analisar criticamente o que nos rodeia.

De acordo com as pesquisas que tenho feito, observo opiniões diversas. Por exemplo, a certa altura, na leitura de um blogue, deparei-me com este texto: “Sabemos como estas novas oportunidades se destinam a comprar as pessoas. Não lhes

trazem mais pão, nem mais luz. Trazem-lhes a mentira. A fuga ao olhar sobre o passado, e como se deitaram por terra oportunidades. Agora seria preciso conquistá-las. Com trabalho e determinação. Não com promessas preguiçosas e mentirosas.”

O sucesso destes adultos está intimamente ligado ao trabalho realizado pela equipa do CNO. Juntos formam uma equipa e por aquilo que conheço, uma equipa de sucesso.

Para terminar deixo os meus parabéns à Escola Campos Melo, pelos seus 125 anos, e à sua Direcção, professores, formadores e funcionários pelo excelente trabalho que efectuam na educação de jovens e adultos.

Novas Oportunidades a Ler+

Testemunho de um Formando EMANUEL AMARALEMANUEL AMARALEMANUEL AMARALEMANUEL AMARALEMANUEL AMARAL

Não podia ficar indi- ferente, especialmente agora ao ter terminado o meu percurso neste programa.

Realmente sei que o facilitismo se infiltra em todas as actividades humanas. Quando existe um trabalho a ser feito, uma avaliação necessária ou um patamar de exigência requerido, há quem demonstre hones- tamente empenho no caminho e quem, por outro lado, siga o atalho da preguiça, da cunha, enfim, da obtenção imerecida do resultado.

Se a pessoa que escre- veu este texto ficou desapontada por, em alguma altura, ter obser- vado injustiça na avaliação e certificação de qualifi- cações a algum adulto, isso não é um exclusivo das Novas Oportunidades. Encontramos essa indese- jável tendência em muitas situações. Infelizmente.

Mas, devido a isso, apelidar globalmente este método de avaliação como um antro de “promessas preguiçosas e mentirosas”, parece-me, em si, um erro. Dizer que os alunos são “comprados” parece-me um tal dislate, que nem o recurso a uma hipérbole justificaria.

Nesta iniciativa é de realçar também a feliz cooperação entre turmas de ciclos diferentes pois uma é de Secundário enquanto a outra é de Terceiro Ciclo.

Outras actividades houve na escola no âmbito deste projecto: visita à Biblioteca, requisições de Livros, apresentação de obras lidas… todas atingindo os objectivos propostos.

O projecto Ler+ tem sido um sucesso nos cursos EFA do Estabelecimento Prisional, onde a nossa escola/CNO tem duas turmas a funcionar.

Previstas inicialmente apenas duas sessões, já vamos em oito e com mais em preparação devido à participação e solicitação dos formandos.

Metade das sessões foram exclusivamente realizadas pelos formandos que partilharam as suas leituras e debateram os temas, nelas abordados, com os colegas. Nas restantes sessões trataram-se temas do seu interesse, apresentados pelas formadoras mas debatidos, por vezes acaloradamente, pelos formandos.

PROFPROFPROFPROFPROFAAAAA. ROSA CRUZ. ROSA CRUZ. ROSA CRUZ. ROSA CRUZ. ROSA CRUZ

Os agradecimentos que faço visam dar o meu testemunho nesta questão.

Primeiro tenho que agradecer aos meus cole- gas. Vi trabalho e esforço. Vi adultos presentes numa sala de aula, depois de um dia de trabalho, com família, e mais trabalho em casa, à sua espera. Nessas condições vi homens e mulheres que estavam atentamente a escutar, a fazer perguntas aos professores e a dialogar com os colegas. Vi esses meus colegas a irem para casa com a intenção de, após terminada a lida caseira, colocarem-se em frente ao computador e fazerem os seus trabalhos de casa. Vi-os receberem comentários sobre o que tinham feito e, quando necessário, voltarem a reescreverem-no ou a pes- quisar novas informações.

Se isto não é “trabalho e determinação”, não sei o que poderá ser.

Agradecer aos profes- sores. Dar aulas a adultos não é o mesmo que as dar a jovens. Usando uma expressão popular, “a cabeça já não é o que era”, já não temos a agilidade que caracterizam os anos juvenis. E o que o cérebro vai conseguindo fazer,

ocupamo-lo com a ansie- dade dos dias. Igualmente voltar a encarar toda a estrutura da escola, de uma sala de aula, de um professor à nossa frente, de uma avaliação, dá-nos uns arrepios na espinha. Temos a tendência de achar que o tempo que passou, desde que deixá- mos a escola, fragilizou- nos, imersos que ficamos na rotina do dia-a-dia, e que, por isso, vamos fazer fraca figura. Olhamos para os mais jovens com aquele receio de parecermos ridículos, confesso. Por isso os professores tiveram - e fizeram muito bem! - que adaptar-se a um tipo diferente de alunos. Demonstraram paciência, apoio e flexibilidade.

“Mentira”,” preguiça”? Só pode ser dito por quem nunca entrou aqui.

Falando do futuro: escolhi para o tema do meu trabalho um verso do grande poeta andaluz, António Machado: “Se hace camino al andar.” Isso porque esta ocasião serviu para reflectir no meu percurso de vida, o caminho que já fiz. As Novas Oportunidades fo- ram uma revisão do continuar a aprender. No que faço, manter-me

actualizado. Seja por um caminho mais autodi- dacta, seja por um ensino mais formal, com as possibilidades do horário pós-laboral, ou do uso das novas tecnologias no ensino on-line. Este processo deu-me confiança e incentivo para tal.

Para dar uma espécie de resposta a quem chama as novas oportunidades de “nomes feios”, eu usaria uma outra citação: “Por meio de uma propaganda inteligente e constante, pode-se fazer crer que o céu é inferno e, inversamente, que a vida mais miserável é um verdadeiro paraíso.” - Adolf Hitler, Mein Kampf (Eu sei que o autor destas palavras não foi grande coisa, mas não deixa de ter certa razão nesta frase.)

Não é por se repetir insistentemente que as novas oportunidades não são um projecto sério, que isso se torna verdade.

A verdade consiste em entender o espírito de um projecto, de um programa, vivê-lo com seriedade, observar a motivação e o empenho dos demais, e então, tirar conclusões.

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EFA no Museu

Na sequência dos primeiros contactos estabelecidos entre o Sindicato dos Jogadores de Profissionais de Futebol e os clubes do distrito, José Carlos, antigo defesa do Vitória de Guimarães e do Sport Lisboa e Benfica, visitou o Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária Campos Melo na passada 3ª feira dia 30 de Março.

A visita do agora dirigente visava uma auscultação dos resultados obtidos após uma promoção da iniciativa junto de clubes como Sporting da Covilhã, o Unhais da Serra, a Atalaia do Campo e a Adep.

O feedback dos jogadores e dos demais elementos da equipa técnico-pedagógica foram os mais positivos como demonstra os resultados apresentados. Até ao momento foram vários os atletas que se certificaram dos quais se destacam, entre outros, Nuno Morais (guarda-redes do Penalva do Castelo) ou Rute Duarte (jogadora de futsal da Estação).

De acordo com a Dr.ª Rosa Macedo, coordenadora do CNO da Campos Melo na origem deste sucesso está a qualidade e a disponibilidade de toda a sua equipa. Segundo a Vera Pereira, profissional RVC, “temos de ter uma flexibilidade de horários e compreensão maiores para estes formandos pois, a grande maioria dos jogadores, têm os seus trabalhos, um mínimo de dois treinos semanais e ainda o jogo ao fim-de- semana. Pelo meio ainda têm de arranjar tempo para a família e para os estudos.” Já Sérgio Mendes, outro profissional do CNO, referiu que “o importante é manter os adultos motivados” algo que nem sempre é fácil atendendo que os “atletas podem pertencer aos quadros do mesmo clube e, no ano seguinte, dispersarem por várias colectividades”. A solução passa por nunca perder o seu contacto e procurar sugerir a “demonstração de competências que remetam para a sua

carreira desportiva.” A valorização das aprendizagens adquiridas no contexto desportivo tem, de algum modo, atraído atletas que actuam em clubes filiados em várias associações de futebol que não a de Castelo Branco. Marisa Borrego, técnica de encaminhamento e diagnóstico, informa que estão inscritos no CNO da Campos Melo atletas que actuam em clubes como o Sabugal (AF Guarda) ou o Pampilhosa da Serra (AF Coimbra)

Ricardo Quelhas, que ainda esta época já actuou no Alcains, e Sidico Queta, antigo massagista do Estrela de Unhais da Serra confirmam as afirmações

dos profissionais explicando que “tudo parece fácil pois apenas temos de explicar de modo crítico como superámos algumas etapas da vida.”

Alegre, antigo jogador do Sertanense e do Vitória de Sernache e actual treinador do Pampilhosa, e Sérgio Rebordão, atleta do ADEP, referiram a enorme dificuldade em gerir o pouco tempo disponível para se dedicarem ao processo, embora concordem que esta é uma oportunidade que não querem desperdiçar. Só têm de arranjar “um espacinho, normalmente o dia de folga”, para irem à formação.

O antigo internacional português ficou agradado

com a força de vontade destes jogadores. Conforme reconheceu “há atletas que têm dificuldade entrar na escola passados tantos anos”. Depois há ainda os jogadores profissionais, “que se dedicam 100% à sua actividade e que alegam não ter tempo para irem à escola”. Perante estes factos é de louvar o esforço destes jogadores amadores.

No futuro a Drª Rosa Macedo confidenciou que está agendada até final do ano a realização de uma sessão de certificação para jogadores de futebol para a qual será convidado o Sindicado dos Jogadores de Futebol Profissional.

Sindicato dos Jogadores visita Centro Novas Oportunidades da ESCM

EFA no Teatro

Nós, formandos da turma A do Curso de Educação e Formação de Adultos - Secundário (EFA) visitámos o Museu Educativo da nossa escola, no dia 26 de Março, no âmbito da área de Cultura, Língua e Comunicação (CLC).

Uma vez que o núcleo gerador que estamos a trabalhar incide sobre o valor cultural dos equipamentos e sistemas técnicos, o objectivo desta visita era conhecermos um exemplar de equipamento cultural e, através dele, um pouco da história da Escola Campos Melo. De igual modo, pretendia- se perceber o valor do “nosso” museu na comunidade em que está inserido, e até no país.

Acompanhados da docente Elsa Duarte, fomos recebidos e guiados pelas professoras responsáveis do Clube do Museu, que nos prestaram informações acerca do acervo museológico.

O Sr. Fernando, assistente operacional da ESCM, para além de nos dar muitas informações sobre a área têxtil também fez uma demonstração do funcionamento de um dos antigos teares que se encontram no Museu.

92P - EFA/A92P - EFA/A92P - EFA/A92P - EFA/A92P - EFA/A

A turma EFA A assistiu, no passado dia 12 de Março, a uma sessão de teatro no auditório da Escola Campos Melo.

A peça denominada “sabes dizer não?”, que abordava temas relacionados com os comportamentos de risco dos jovens e adolescentes, fazendo referência às saídas nocturnas, ao consumo de álcool, tabaco e de algumas drogas ilegais, realizou-se no âmbito do projecto “Abraça a Escola”, da Associação Beira Serra, e foi produzida pelo gabinete Prevenção das Toxicodependências (GTOX) de Cascais.

Após a sessão, gerou-se um animado debate entre a assistência e os actores e animadores dos projectos.

Equipamentos e Cultura

SÉRGIO MENDES - PROFISSIONAL DE RVCCSÉRGIO MENDES - PROFISSIONAL DE RVCCSÉRGIO MENDES - PROFISSIONAL DE RVCCSÉRGIO MENDES - PROFISSIONAL DE RVCCSÉRGIO MENDES - PROFISSIONAL DE RVCC

CENTRO NOVAS OPORTUNIDADES

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XIV 29 ABRIL 2010 www.escmelo.web.pt

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A turma 91K realizou, no dia 24 de Fevereiro, uma visita de estudo à Resistrela, onde recolheu informação sobre o funcionamento da Central de Triagem do Aterro Sanitário, da ETAL (Estação de Tratamento de águas lixiviadas), e soube que está em fase de implantação o novo projecto de uma nova Central de Compostagem.

Visitámos também a ETA da Capinha, onde o operador demonstrava um grande conhecimento dos processos de tratamento de água, dada a sua larga experiência no assunto.

Visitámos, ainda, a ETAR do Fundão onde nos foi mostrado o sistema de telegestão, pelo qual os operadores podem controlar e gerir todos os processos de uma ETAR através do computador, seguindo-se a visita guiada, mas desta vez mais prática, a todas as fases de tratamento.

Foi um dia enriquecedor para todos nós, pois ficámos a dominar melhor todos os assuntos abordados devido a todas as explicações que tivemos oportunidade de recolher.

Por fim, um obrigado a todos os responsáveis pela visita, face a toda a dedicação.

JORGE E LUÍS, LARA SILVA E INÊS ALEXANDREJORGE E LUÍS, LARA SILVA E INÊS ALEXANDREJORGE E LUÍS, LARA SILVA E INÊS ALEXANDREJORGE E LUÍS, LARA SILVA E INÊS ALEXANDREJORGE E LUÍS, LARA SILVA E INÊS ALEXANDRE 91K - CEF TÉCNICO DE GESTÃO AMBIENTAL91K - CEF TÉCNICO DE GESTÃO AMBIENTAL91K - CEF TÉCNICO DE GESTÃO AMBIENTAL91K - CEF TÉCNICO DE GESTÃO AMBIENTAL91K - CEF TÉCNICO DE GESTÃO AMBIENTAL

ETAL, ETA, ETAR e Resistrela Registos da Tradição

No dia 11 de Março de 2010, os alunos das turmas 92E e 92C do Curso de Educação e Formação Operador de Fotografia deslocaram-se à Vila de Oleiros, numa Visita de Estudo organizada pelo professor Alexandre Saraiva e dinamizada pelos professores Fátima Jacinto e Fernando Santos.

Esta visita teve como objectivo o registo fotográfico do património edificado, bem como dos costumes agrícolas e das “gentes” do concelho de Oleiros e a reflexão do equilíbrio entre as características naturais e o tipo de actividades humanas desenvolvidas. Através destes registos fotográficos pretende-se a participação no IV

PROFPROFPROFPROFPROFAAAAA. FÁTIMA JACINTO. FÁTIMA JACINTO. FÁTIMA JACINTO. FÁTIMA JACINTO. FÁTIMA JACINTO

Concurso de Fotografia Ambiental: “Ruralidades – Traços de uma Identidade”, promovido pelo Gabinete Técnico Florestal do Município de Oleiros.

Em Oleiros, dirigimo- nos ao Posto de Turismo da Vila, para que um funcionário nos acompanhasse à Aldeia de Álvaro, situada nos meandros do rio Zêzere, classificada como Aldeia de Xisto e parte integrante do Geopark Naturtejo Museta Meridianal, classificada pela Unesco. A aldeia é conhecida pelo seu património histórico e natural e pelas suas paisagens deslumbrantes. No percurso pedestre pela aldeia, orientado pelo Guia Turístico, os alunos mostraram bastante interesse e empenho e

fizeram registos fotográficos, aplicando os conhecimentos adquiridos nas disciplinas técnicas do curso.

A aldeia de Álvaro é dotada de um património histórico valioso, do qual sobressaem os edifícios religiosos. Visitámos duas Igrejas e foram fotografados alguns pedaços da história da freguesia. Fomos ainda encontrando, pelo caminho, algumas “Alaminhas”. Contemplámos a bela paisagem envolvente, com uma vista magnífica para a albufeira do rio Zêzere, onde se encontra uma piscina fluvial. Percorremos o “Caminho de Xisto de Álvaro”, que nos leva pelas encostas junto à aldeia, num passeio tranquilo, sob o

olhar da natureza e de algumas manifestações humanas mais antigas, nomeadamente caminhos, muros e pontes romanas. Ao longo do percurso vislumbraram-se algumas quedas de água, compondo ainda mais este cenário idílico.

Findo o almoço na cantina da Escola Secundária de Oleiros, era tempo de conhecer um pouco esta vila, que tão bem nos acolheu. Destacou-se a praia fluvial, junto ao parque de campismo, envolta numa paisagem fantástica.

Visitámos ainda o exterior do Santuário do Cristo Rei, situado no Alto das Sesmarias, uma obra em pedra de granito, propriedade da Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Oleiros.

No âmbito da disciplina de Técnicas de Secretariado, os alunos do 10º G deslocaram-se, no dia 25 de Janeiro, a Lisboa, juntamente com a turma 12ºJ para visitarem a Fábrica Bavidro – Venda Nova – Amadora e os monumentos da zona de Belém. Acompanharam-nos os professores José Manuel Rodrigues, Mª de Lourdes Faria e Ana Paula Fernandes.

Na fábrica fomos recebidos por uma representante da Empresa que fez uma breve apresentação do Grupo Bavidro. A visita continuou nas linhas de produção, nas quais nos foi explicado o processo de cada fase e esclarecidas as questões que colocámos.

Na 2ª parte da visita, de âmbito cultural, tivemos oportunidade de passear e observar o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, o Padrão dos Descobrimentos e o Centro Cultural de Belém.

O dia esteve bonito e para terminar a visita os mais gulosos não resistiram aos famosos pastéis de Belém.

Esta actividade foi muito interessante e contribuiu para o nosso enriquecimento profissional, cultural e social.

Da Amadora a Belém

10º G10º G10º G10º G10º G PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE SECRETARIADOPROFISSIONAL DE TÉCNICO DE SECRETARIADOPROFISSIONAL DE TÉCNICO DE SECRETARIADOPROFISSIONAL DE TÉCNICO DE SECRETARIADOPROFISSIONAL DE TÉCNICO DE SECRETARIADO

Visita a Constância PROFPROFPROFPROFPROFSSSSS. CRISTINA LOURENÇO, ROSA SIMÕES E JOSÉ BARBOSA. CRISTINA LOURENÇO, ROSA SIMÕES E JOSÉ BARBOSA. CRISTINA LOURENÇO, ROSA SIMÕES E JOSÉ BARBOSA. CRISTINA LOURENÇO, ROSA SIMÕES E JOSÉ BARBOSA. CRISTINA LOURENÇO, ROSA SIMÕES E JOSÉ BARBOSA

As turmas de 11º visitaram, no passado dia 11 de Março, a unidade industrial Renova, uma empresa portuguesa que fabrica produtos de papel, e o Centro de Ciência Viva de Constância.

A Renova é uma das marcas mais conhecidas dentro e fora do país. Os seus produtos são vendidos

em países como Japão, Espanha, Estados Unidos, França ou Bélgica. A empresa é constituída por duas unidades fabris, situadas na localidade de Zibreira - Torres Novas, entre as Serras de Aire e Candeeiro, e aposta na evolução dos seus processos de transfor- mação de matérias-primas

e fabrico de novos produtos.

Compreender as etapas principais do processo, observar uma unidade industrial em laboração, tomar cons- ciência dos papéis dos diversos elementos da organização, identificar funções laborais e formações específicas,

bem como, reconhecer a importância de normas que garantam saúde e segurança no trabalho, para além de, direccionar a atenção para aspectos específicos dos seus planos curriculares, foram os objectivos contemplados na realização desta visita.

O Centro de Ciência Viva de Constância, com parte considerável dos equipamentos instalados ao ar livre, num ambiente de intensa arborização, permitiu o convívio com a ciência, em simultâneo com um pleno contacto com a natureza.

O bom relacio- namento entre todos reinou durante a visita, sendo o resultado da mesma, muito positivo, quer a nível pedagógico quer a nível de convivência!

VIAGENS NA NOSSA TERRA

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Aliado à riqueza geológica, em Arouca, existe um extraordinário património biológico. Os cumes e as encostas agrestes abrigam algumas relíquias da flora portuguesa. Por entre os castanheiros, carvalhos e bétulas aparece por vezes o azevinho. Foi este o destino, que levou as turmas de 10º ano do Curso Ciências e Tecnologias, a empre- ender uma viagem no seio da disciplina de Geologia e Biologia, ao Geopark Arouca, no dia 19 de Fevereiro de 2010.

No distrito de Aveiro, este encontra-se a cerca de 50 km dos grandes centros urbanos do Porto e Aveiro, cujos limites correspondem aos limites do concelho de Arouca. Ocupa uma área de 328 km², com 41 geossítios e encontra-se sob os auspícios da UNESCO.

De manhã visitámos o Centro de Interpretação Geológica. Aí pudemos reforçar os nossos conhecimentos sobre a fauna paleozóica, principalmente as trilobites, crustáceos marinhos que dominaram a fauna do planeta durante a era Paleozóica. Encontram- se em Canelas - Arouca

A escola vai ao Geoparque

Os alunos do 12º de Biologia das turmas A e B marcaram presença nos dias da UBI, na Faculdade de Ciências da Saúde.

Para além de conhecerem alguns dos laboratórios e salas de aprendizagem, experimentaram actividades organizadas pelos alunos dos cursos de Medicina, Ciências Farmacêuticas e Ciências Biomédicas.

Os alunos observaram a morfologia interna de um rato dissecado, determinaram o grupo sanguíneo no sistema ABO e efectuaram um check-up bastante completo, com os futuros médicos, que incluiu a medição da tensão arterial, os níveis de glicémia, medição do perímetro abdominal, entre outros parâmetros. No final, a consulta terminou com alguns conselhos para a promoção de um estilo de vida saudável.

12º A e B nos “Dias da UBI”

ANA CAROLINA RODRIGUES E CATARINA RAMOS - 10º BANA CAROLINA RODRIGUES E CATARINA RAMOS - 10º BANA CAROLINA RODRIGUES E CATARINA RAMOS - 10º BANA CAROLINA RODRIGUES E CATARINA RAMOS - 10º BANA CAROLINA RODRIGUES E CATARINA RAMOS - 10º B

Uma Viagem pelo Sistema Solar foi o que os alunos do 7º ano experimentaram através da Visita de Estudo que realizaram, em 12 de Fevereiro, ao Centro de Ciência Viva de Constância.

A visita incluiu uma sessão de planetário, onde foi observada, através de simulação, a abóbada celeste à noite, uma visita ao parque exterior com observação de modelos explicativos da rotação e translação dos planetas principais e secundários do Sistema Solar e, no final, a construção de relógios solares, uma das formas utilizadas pelos antigos, para conhecerem as horas, através do movimento aparente do Sol.

A visita faz parte do Plano Anual de Actividades e foi organizada pelas disciplinas de Ciências Físico-Químicas e Naturais.

Viagem pelo Sistema Solar PROF. STEVEN CASTELEIROPROF. STEVEN CASTELEIROPROF. STEVEN CASTELEIROPROF. STEVEN CASTELEIROPROF. STEVEN CASTELEIRO

Um banho de Cultura

As turmas do 11º F e 11º G – Técnico de Apoio Psicossocial e os professores de Área de Expressões, realizaram uma visita de estudo a Lisboa, nos dias 18 e 19 de Fevereiro.

Visitámos a Cinemateca, o Museu Berardo, o Chapitô, o Museu da Marioneta e o Museu do Teatro. Foram dois dias de intensas actividades, muita emoção, surpresas e vivências únicas nas áreas dramática e plástica.

PROFPROFPROFPROFPROFAAAAA. PAULA ROCHA. PAULA ROCHA. PAULA ROCHA. PAULA ROCHA. PAULA ROCHA

algumas das maiores e mais raras e até únicas espécies no mundo. Estes fósseis são da maior importância, mesmo a nível internacional, para estudo da origem e evolução da vida na Terra. Estes animais, que viviam em águas profundas ou em águas superficiais, extinguiram-se rapidamente há cerca de 230 milhões de anos. Podemos encontrá-los fossilizados nas ardósias, fruto de exploração da “Pedreira do Valério”.

Pela tarde, reunimo- nos no Parque de Campismo do Merujal, para então darmos início ao nosso roteiro, solicitando a ajuda de uma guia, na Serra da Freita. Localizada na zona sul do concelho de Arouca, a urze e a carqueja contrastavam com os xistos, grauvaques e granitos. Aqui tivemos a oportunidade de conhecer

quatro geossítios: Miradouro da Frecha de Mizarela, Contacto Geológico da Mizarela, Marmitas de Gigante no Rio Caima e Pedras Parideiras.

A primeira paragem foi o Miradouro da Frecha da Mizarela, um geossítio de interesse geomorfológico. Como o granito é mais resistente à erosão fluvial do rio Caima, do que a generalidade dos xistos e grauvaques, ao longo do tempo formou-se um assinalável desnível, superior a 70 metros, tendo-se originado assim a Frecha da Mizarela.

O contacto nítido entre os metassedimentos ante- Ordovícicos e o granito da Serra da Freita ( originado a 300 M.a. em profundidade a partir da solidificação de um magma), segundo uma direcção aproximada NW- SE e sub-verticalizado, é o

primeiro aspecto a salientar no Contacto Litológico da Mizarela. Estas rochas xistentas metamorfizaram a partir de rochas sedimentares e apresentam foliação devido à re-orientação dos minerais que as constituem. Às rochas formadas entre o contacto com o xisto e o granito dá- se o nome de migmatito.

Mais à frente pudemos observar um fenómeno muito interessante, de depressões circulares ou elípticas escavadas na rocha, com origem no redemoinhar dos seixos e blocos por acção de fortes correntes sazonais. São designadas por Marmitas de Gigante no Rio Caima.

Encerrámos esta nossa visita nas Pedras Parideiras. Este corpo granítico é diferenciável dos restantes pela presença de nódulos, que lhe conferem características únicas em Portugal e, tanto quanto se conhece, em qualquer outra parte do mundo. O agente mais importante da meteorização física no destaque dos nódulos é a termoclastia/crioclastia. Estas pedras estão-se a reduzir e muito em número, porque todos os turistas que ali passam, têm tendência a levar uma, acreditando nos seus poderes de fertilidade.

PROF. STEVEN CASTELEIROPROF. STEVEN CASTELEIROPROF. STEVEN CASTELEIROPROF. STEVEN CASTELEIROPROF. STEVEN CASTELEIRO

VIAGENS NA NOSSA TERRA

Page 16: 2009-2010 Fio Condutor Nº 2

XVI 29 ABRIL 2010 www.escmelo.web.pt

Fio Condutor

A ESCOLA E O MEIO

Escola Secundária José Falcão, de Coimbra

“Limpar Portugal”

12º F - CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE ANÁLISE LABORATORIAL12º F - CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE ANÁLISE LABORATORIAL12º F - CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE ANÁLISE LABORATORIAL12º F - CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE ANÁLISE LABORATORIAL12º F - CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE ANÁLISE LABORATORIAL

Campos Melo parceira na Futurália 2010

A 11 de Março, os alunos do Curso Profissional Técnico de Análise Laboratorial deslocaram-se à Futurália, que se realizou na FIL (Feira Internacional de Lisboa). Este grupo de alunos aceitou o convite que lhes foi feito, com a finalidade de dignificar a escola e o seu curso.

À chegada à feira, os alunos tomaram conhecimento do local onde seria feita a demonstração de actividades laboratoriais e a apresentação do Curso. De seguida, deslocaram-se a um restaurante onde a organização do evento ofereceu uma refeição que foi bastante diversificada e acolhedora.

À tarde os alunos apresentaram as suas experiências na praça “Trabalhar com a Tecnologia”, no segundo pavilhão da feira. Durante a apresentação realizaram várias actividades tais como: “Pega-monstros”, “Sangue do Diabo”, “Ovo na garrafa”, “Balão Mágico”, entre outras. Os visitantes manifestaram entusiasmo e curiosidade pelas actividades desenvolvidas.

Queremos agradecer a simpatia e a disponibilidade de todos os que colaboraram para que esta participação tivesse sido possível, em especial, à professora da disciplina de Análises Químicas.

Todos os dias produzimos imenso lixo, poluímos o meio ambiente onde vivemos conscientemente ou inconscientemente.

No dia 20 de Março realizou-se o Movimento Nacional Ambiental denominado “Limpar Portugal”, abrangendo as várias freguesias da Covilhã. Como alunos do curso de GESTÃO AMBIENTAL da Escola Secundária Campos Melo decidimos participar e dar o nosso contributo para o meio ambiente, pelo que a nossa turma, 91K, fez parte do grupo da Boidobra. Ajuda a preservar o ambiente, para um futuro melhor para ti e para os que mais amas!

PROFPROFPROFPROFPROFASASASASAS. ANA PAULA FERNANDES. ANA PAULA FERNANDES. ANA PAULA FERNANDES. ANA PAULA FERNANDES. ANA PAULA FERNANDES E ME ME ME ME MA A A A A DE LOURDES FARIADE LOURDES FARIADE LOURDES FARIADE LOURDES FARIADE LOURDES FARIA

Visitas no Museu

Decorreu na nossa escola, entre os dias 19 de Janeiro a 8 de Fevereiro, a recolha de equipamentos eléctricos e electrónicos para o Ponto Electrão.

Durante duas semanas informámos várias lojas de electrodomésticos da Covilhã, bem como toda a comunidade escolar (alunos, professores e funcionários), distribuindo pelas turmas, alguns materiais (folhetos e livros de passatempos), encaminhados pela empresa responsável pelo projecto.

As pessoas aderiram e foram simpáticas ao cederem- nos muitos equipamentos, já usados, para o Ponto Electrão.

Na contagem final conseguimos reunir 3,5 toneladas de equipamentos eléctricos e electrónicos, que foram encaminhados para reciclagem.

Projecto Electrão

MARLI GOMES E CATARINA SANTOS - 91KMARLI GOMES E CATARINA SANTOS - 91KMARLI GOMES E CATARINA SANTOS - 91KMARLI GOMES E CATARINA SANTOS - 91KMARLI GOMES E CATARINA SANTOS - 91K

JORGE PINHEIRO, JOANA RAMOS, JOANA RIBEIRO E SOFIA BELO - 91KJORGE PINHEIRO, JOANA RAMOS, JOANA RIBEIRO E SOFIA BELO - 91KJORGE PINHEIRO, JOANA RAMOS, JOANA RIBEIRO E SOFIA BELO - 91KJORGE PINHEIRO, JOANA RAMOS, JOANA RIBEIRO E SOFIA BELO - 91KJORGE PINHEIRO, JOANA RAMOS, JOANA RIBEIRO E SOFIA BELO - 91K

Concurso FrutArte

O Museu Educativo da nossa Escola tem recebido, diversas visitas integradas no concurso “A Matemática e os Têxteis”.

É uma iniciativa conjunta da Delegação Regional Centro da Sociedade Portuguesa de Matemática (DRC-SPM) e da Universidade da Beira Interior (UBI), com a colaboração do Museu de Lanifícios da UBI e do Museu Educativo da Escola Secundária Campos Melo, e visa fomentar a participação de alunos, de todos os níveis de ensino não superior, na concepção e elaboração de trabalhos que explorem um ou mais temas do programa de Matemática do ensino básico e secundário através de uma exposição sobre o tema: “A Matemática e os Têxteis”.

Os grupos inscritos têm a possibilidade de visitar gratuitamente o Museu de Lanifícios da UBI e o Museu Educativo da Campos Melo, com a finalidade de recolher motivos inspiradores para o trabalho a desenvolver ao longo do ano lectivo 2009/2010.

As visitas têm decorrido com grande entusiasmo, pois os visitantes apreciaram com muito interesse as peças expostas e manifestaram curiosidade pela história da nossa Escola.

Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, de LeiriaEscola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, de LeiriaEscola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, de LeiriaEscola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, de LeiriaEscola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, de Leiria

A Directora Regional de Educação do Centro manifestou o seu reconhecimento e admiração pela parceria da ESCM no Projecto Futurália 2010 e, em particular, pela participação dos alunos deste curso na “Vila das Profissões”.

O Curso Profissional de Técnico de Análise Laboratorial, acompanhados da professora Guida Silva,

no seu stand na Futurália 2010.

A Campos Melo foi uma das trinta escolas da Beira Interior participantes no concurso FrutArt, uma iniciativa da Escola Superior Agrária e do Instituto Politécnico de Castelo Branco, realizada em paralelo com o 2.º Simpósio Nacional de Fruticultura, que se efectuou naquela cidade nos dias 4 e 5 de Fevereiro passado.

Pretendendo alertar a população para o consumo da fruta enquanto alimento saudável e para a criação de riqueza e de desenvolvimento da região que a fruticultura pode traduzir, o desafio lançado aos alunos do 9º ano e dos cursos de artes do ensino secundário consistia em transformar os modelos cerâmicos, em forma de frutos, em mensagens que tornassem a fruta mais apetecível ao consumo dos jovens.

Os nossos artistas participaram com empenho e criatividade, como o demonstram as imagens abaixo, captadas a partir do vídeo da BeiraTV.

Quem é quem?

No âmbito do “Dia dos Departamentos”, o Clube do Museu organizou esta actividade, que consistiu na identificação de professores e funcionários quando eram adolescentes, nas fotografias expostas na sala de professores.

Foi seleccionada também, a fotografia considerada “a mais interessante” cujo titular foi o Professor José Augusto Espírito Santo.

Formandos/formadores do Sindicato dos Trabalha- dores Têxteis, Lanifícios e Vestuário do Centro


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