Download - 2005 a 2012.1
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS COLEGIADO DE GEOLOGIA
RESUMO DAS MONOGRAFIAS DE
GRAUAÇÃO DO CURSO DE GEOLOGIA DA
UFBA – PERÍODO: 2005 a 2012.1
SALVADOR-2012
SALVADOR-2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
COLEGIADO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA
RESUMO DAS MONOGRAFIAS DO
CURSO DE GEOLOGIA
2005 a 2012.1
VOLUME 2
SALVADOR/ 2012
Reitora
Profa. Dora Leal Rosa
Vice Reitor
Prof. Luiz Rogério Bastos Leal
Pró-Reitor de Graduação
Prof. Maerbal Bittencourt Marinho
Diretor do Instituto de Geociências
Prof. Ronaldo Montenegro Barbosa
Vice-Diretora
Profa. Olívia Maria Cordeiro de Oliveira
Colegiado de Graduação em Geologia
Coordenador: Prof. Osmário Rezende Leite
Vice-Coordenador: Prof. Hailton Melo
Coordenação do Trabalho Final de Graduação
Prof. Osmário Rezende Leite
Profa. Olívia Maria Cordeiro de Oliveira
XXXXX
Ramilla Vieira de Assunção
Vanderlúcia dos Anjos Cruz
Maria Isabel dos Santos Barros
APRESENTAÇÃO
O colegiado de graduação do curso de Geologia da Universidade Federal da Bahia
apresenta aos interessados este segundo volume dos resumos das Monografias de Final
de Curso, referente ao período de 2005 a 2012.1. A versão completa dos trabalhos
poderá ser consultada através da página
<http://www.twiki.ufba.br/twiki/bin/view/IGeo/MonoGeologia>
Esta iniciativa objetiva dar ampla divulgação e apresentar os resultados alcançados a
partir de pesquisas e projetos desenvolvidos pelos alunos concluintes e seus
orientadores, completado assim, uma importante etapa do ciclo de formação profissional
dos futuros geólogos.
A edição deste volume especial foi possível a partir da colaboração dos alunos,
professores e servidores do Instituto de Geociências da UFBA e apoio financeiro da
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação da UFBA, através do Programa de Apoio ao
Ensino de Graduação (PROENSINO) – Edital PROGRAD
Osmário Rezende Leite
Coordenadora do Colegiado do Curso de Graduação em Geologia
Olívia Maria Cordeiro de Oliveira
Coordenador do componete curricular Trabalho Final de Graduação
SUMÁRIO
MONOGRAFIAS DE 2005
CARACTERIZAÇÃO SEDIMENTALÓGICA E ESTRUTURAL DA
FORMAÇÃO SÃO SEBASTIÃO NO AFLORAMETO DO KM 15 DA
RODOVIA CANAL DE TRÁFEGO, BACIA DO RECÔNCAVO-ABA-
ALBERTO SANTOS MOREIRA JUNIOR
21
APLICAÇÃO DO MÉTODO DE CONTINUAÇÃO DE VELOCIDADE NA
ANÁLISE DA VELOCIDADE DE MIGRAÇÃO - FERNANDO AUGUSTO
SILVA CEZAR
22
REPRESENTAÇÃO DE DADOS ELETROMAGNÉTICOS MULTI-
FREQUÊNCIA OBTIDOS EM UM CAMPO DE PETRÓLEO (2005) -
JOELSON DA CONÇEIÇÃO BATISTA
23
ASPECTOS GEOLÓGICOS, PETROGRÁFICOS E GEOQUÍMICOS DO
STOCK NEFELINA SIENÍTICO SERRA DA GRUTA, SUL DA BAHIA -
JOSEMAR ARAGÃO DE OLIVEIRA
24
PETROGRAFIA DA INTRUSÃO GRANÍTICA DO COMPLEXO
ALCALINO FLORES AZUL, SUL DO ESTADO DA BAHIA - MARÍLIA
ROCHA LIMA NUNES
25
AVALIAÇÃO AMBIENTAL PRELIMINAR DA SITUAÇÃO DA
DISPOSIÇÃO FINAL DO RESÍDUO SÓLIDO DOMÉSTICO NA CIDADE
DE CACHOEIRA / BAHIA - ROSENILDA DE JESUS DA SILVA
26
MONOGRAFIAS DE 2007
CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL MULTIESCOLAR DO
TONALITO-GRANODIORITO UMBAÚBA, CACULÉ, BAHIA - ALEX
MOURA GOMES
28
ASPECTOS GEOLÓGICOS E HIDROGEOLÓGICOS DAS SUB-BACIAS
DO RIO ARROJADO E FORMOSO - BACIAS SEDIMENTARES DO
URUCUIA, OESTE DA BAHIA - ALOÍSIO DA SILVA PIRES
29
MISTURA DE MAGMAS NO COMPLEXO ALCALINO FLORESTA
AZUL, SUL DO ESTADO DA BAHIA - ANA CARLA MONTEIRO
SALINAS
30
HERANÇA DE ESTRUTURAS DO EMBASAMENTO EM BACIAS
SEDIMENTARES TECTÔNICAS INVESTIGADAS COM USO DE
IMAGENS GEOREFERENCIADAS E DADOS DE CAMPO BACIAS
RECÔNCAVO SUL E CAMAMU – BAHIA/BRASIL - BRUNO MOREIRA
GUIMARÃES
31
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL E CARACTERIZAÇÃO DA EVOLUÇÃO
DO USO DE OCUPAÇÃO DA BACIA DO RIO COBRE-BA DE 1965 A
2007 COM UTILIZAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÕES
GEOGRÁFICAS (SIG) - CARLOS EDUARDO LIBÓRIO DE LIMA
32
SEDIMENTAÇÃO HOLOCÊNICA NA PLATAFORMA CONTINENTAL
ENTRE SERRA GRANDE E OLIVENÇA COSTA CENTRAL DA BAHIA
(COSTA DO CACAU) - CAROLINE ALVES VIEIRA
33
GEOLOGIA E ARCABOUÇO ESTRUTURAL DA REGIÃO À
SULDOESTE DA MINA FAZENDA BRASILEIRO COM ÊNFASE NA
MINERALIZAÇÃO AURÍFERA GREENSTONE BELT DO RIO
ITAPICURU – BARROCAS/BA - CRISTIANO RICARDO DE SALES
MULLER
34
O USO DA AEROGAMESPECTROMETRIA E DE IMAGEM DE RADAR
(SRTM) CONTRIBUINDO PARA O MAPEAMENTO GEOLÓGICO E
IDENTIFICAÇÃO DE ALVOS PARA PESQUISA MINERAL NA REGIÃO
ENTRE CACULÉ E IBITIRA, BAHIA - IGOR ARAÚJO PIMENTEL
BARBOSA
35
ASPECTOS PETROGRÁFICOS E GEOQUÍMICOS COM DIQUES DO
BATÓLITOS SIENÍTICO ITARANTIM, SUL DO ESTADO DA BAHIA -
JAYME DE AZEVEDO LOPES NETO.
36
INTERAÇÃO ENTRE ÁGUAS MINERAIS DE ITAPARICA E O
AQUÍFERO PERIFÉRICO - MIKE HENDERSO SANTANA BATISTA.
37
CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO GEOLÓGICO DO
COMPLEXO MÁFICO-ULTRMÁFICO DE CAMPO ALEGRE DE
LOURDES, BAHIA. (ENFOQUE ESPECIAL A
PETROGEOQUÍMICADOS ELEMENTO TRAÇOS) - MARCELO BAHIA
CARVALHO DOS SANTOS
38
GEOLOGIA E GEMOLOGIA DAS AMETISTAS DE BREJINHO DAS
AMETISTAS, BAHIA - MÔNICA CORREA 39
ASPECTOS PETROGRÁFICOS E LITOGEOQUÍMICOS DAS ROCHAS
ALCALINAS DA SERRA DAS PALMEIRAS, SUL DA BAHIA - MURILO
DE ARAÚJO SANTIAGO
40
ESTUDO DA COMPOSIÇÃO DOS CLASTOS DO CONGLOMERADO
DO MEMBRO LAVRAS NA REGIÃO DE LENÇÓIS, CHAPADA
DIAMANTINA, BAHIA - NARA GOMES DE ARAÚJO GÓES
41
CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA E GEOQUÍMICA DOS FOID
SIENITOS DA PORÇÃO NORTE DO STOCK NEFELINA-SIENÍTICO
RIO PARDO, REGIÃO DE PALMARES, SUL DO ESTADO DA BAHIA -
NILO PESTANA QUADROS
42
PETROGRAFIA DE NEFELINA E SODALITA SIENITOS DA
INTRUSÃO SIENÍTICA DO COMPLEXO ALCALINO FLORESTA
AZUL, SUL DO ESTADO DA BAHIA - NOELINDA RIBEIO SATOS
43
PETROGRAFIA LITOGEOQUÍMICA DOS GRANULITOS
SHOSHONÍTICOS DA PARTE SUL DO ORÓGENO ITABUNA-
SALVADOR-CURAÇÁ, BAHIA - NYEMER PIVETTA COSTA..
44
TERMÔMETROS GEOLÓGICOS EM CORAIS: O COMPORTAMENTO
DA RAZÃO SR/CA NO ESQUELETO DE MUSSISMILIA
BRAZILIENSIS - PRISCILA MORTINS GONÇALVES
45
HIDROQUÍMICA E QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS AQUÍFEROS
CÁRTSICOS DA REGIÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS
VERDE, JACARÉ E SALITRE – BAHIA - REJANE LIMA LUCIANO
46
CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO GEOLÓGICO DO
COMPLEXO MÁFICO-ULTRAMÁFICO DE CAMPO ALEGRE DE
LOURDES, BAHIA. ENFOQUE ESPECIAL A PETROGEOQUÍMICA
DOS ELEMENTOS MAIORES - TIAGO ALMEIDA BARBOSA
47
MONOGRAFIAS DE 2008.1
A SEDIMENTAÇÃO NA PLATAFORMA CONTINENTAL DO
MUNICÍPIO DE CONDE (LITORAL NORTE DA BAHIA) DESDE O
ÚLTIMO MÁXIMO GLACIAL: INTEGRAÇÃO DE DADOS
SEDIMENTOLÓGICOS E GEOFÍSICOS - ELISA NUNES SANTOS DA
SILVA
49
PADRÕES DE DISPERSÃO DE SEDIMENTOS AO LONGO DO
LITORAL NORTE DO ESTADO DA BAHIA: SUBSÍDIOS PARA O
GERENCIAMENTO COSTEIRO - FABIANO CRUZ DO LIVRAMENTO
50
MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA ÁREA DO FAROL DA BARRA,
SALVADOR-BAHIA, BRASIL - JAILMA SANTOS DE SOUZA 51
MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTURAL DA
PORÇÃO CENTRAL DO CINTURÃO DE DOBRAMENTOS E
CAVALGAMENTOS DA SERRA DO ESPINHAÇO SETENTRIONAL,
CAETITÉ, BAHIA - JOSÉ ELVIR SOARES ALVES
52
CARACTERÍSTICAS PETROGRÁFICAS E ASPECTOS
METALOGENÉTICOS DO CORPO C-59, MINA FAZENDA
BRASILEIRO, BAHIA - LISÁLVARO LUCAS CHAVES COSTA
53
MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS EM ÁREAS DE
DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: O CASO DO ATERRO
METROPOLITANO CENTRO - SALVADOR – BAHIA - LUCIANO
AUGUSTO CRUZ DOS SANTOS
54
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DOS
SODALITA NEFELINA SIENITOS DA PEDREIRA BANANEIRA, SUL
DO ESTADO DA BAHIA - MANOEL TEXEIRA DE QUEIROZ NETO
55
ESTUDOS SOBRE AS POTENCIALIDADES E ESPECIALIZAÇÕES
METALOGENÉTICAS DOS GRANITÓIDES PALEOPROTEROZÓICOS
DA REGIÃO CENTRO-NORTE DA SERRA DE JACOBINA/BAHIA,
COMPREENDENDO OS CORPOS DE CAMPO FORMOSO,
CARNAÍBA, JAGUARARI E FLAMENGO - PATRÍA CAMPINHO DIAS
PASSOS
56
GEOLOGIA E LITOGEOQUÍMICA DO SILL DO RIO JACARÉ -
RAMILLE DANIELE PINTO RAIMUNDO 57
MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTUAL
MULTIESCALAR DA PORÇÃO SUL DO DOMO DE SALGADÁLIA,
GREENSTONE BELT DO RIO ITAPICURU, BAHIA - RODRIGO
MARTINS MENEZES
58
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DO
COMPLEXO ITAPETINGA, NOS MUNICÍPIOS DE POTIRAGUÁ E
ITARANTIM, SUL DO ESTADO DA BAHIA - ROSENILDA CERQUEIRA
DA PAIXÃO
59
ASPECTOS PETROGRÁFICOS E LITOGEOQUÍMICA DO COMPLEXO
IBICUÍ-IPIAÚ NA REGIÃO DE POTIRAGUÁ, SUL DO ESTADO DA
BAHIA - SÂMIA DE OLIVEIRA SILVA
60
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DAS
ROCHAS GRANULÍTICAS DO COMPLEXO IBICARAÍ, NO
MUNICÍPIO DE POTIRAGUÁ, SUL DA BAHIA - TIAGO SATANA
COSTA
61
ESTUDOS GEOQUÍMICOS E EM CONCENTRADOS DE BATEIA NA
REGIÃO DO GRANITO DE CAMPO FORMOSO, BAHIA - TIAGO
XIMENES CABRAL DUTRA
62
OS CORPOS DE PEGMATITOS DE CASTRO ALVES, ESTADO DA
BAHIA, E SUAS RELAÇÕES COM AS ROCHAS ENCAIXANTES -
UYARA CABRAL MAHADO
63
MONOGRAFIAS DE 2008.2
GEOLOGIA, PETROGRAFIA E EVOLUÇÃO METAMÓRFICA DAS
ROCHAS META-KOMATIÍTICAS DA UNIDADE INFERIOR DO
GREENSTONE BELT DE UMBURANAS, BAHIA, BRASIL - ANDRE
LUIZ DIAS SANTOS
65
QUÍMICA MINERAL E PETROGRAFIA DO STOCK DO RIO PARDO,
SUL DO ESTADO DA BAHIA - CARLITO NEVES SANTOS 66
ESTUDOS SOBRE AS POTENCIALIDADES E ESPECIALIZAÇÕES
METALOGENÉTICAS DOS GRANITÓIDES PALEOPROTEROZÓICOS
DA REGIÃO CENTRO-SUL DA SERRA DE JACOBINA-BA,
GRANITÓIDES DE MIGUEL CALMON E MIRANGABA - CARLOS
EMANOEL T. DE SANTANA
67
OCORRÊNCIA DE BARITA NO GRUPO BARREIRAS - LITORAL
NORTE DO ESTADO DA BAHIA - CRISTIANE MACIEL DE LIMA 68
BANCO DE DADOS GEORREFERENCIADOS DO SEGMENTO
ONSHORE DE PETRÓLEO E GÁS DA BAHIA - DENIS ALVES FARIA 69
ESTUDO LITOFACIOLÓGICO DA FORMAÇÃO SALVADOR EM
MONT SERRAT - AFLORAMENTO DA BACIA DO RECÔNCAVO –
BAHIA - FERNANDA GUIMARÃES ARAÚJO
70
GEOLOGIA DA PORÇÃO SUL DO COMPLEXO LAGOA REAL,
CAETITÉ, BAHIA - GILCIMAR DOS SANTOS MACHADO 71
GEOLOGIA DO DISTRITO MANGANESÍFERO DE URANDI - LICÍNIO
DE ALMEIDA: RESULTADOS PRELIMINARES - JOFRE DE OLIVEIRA
BORGES
72
GEOLOGIA, PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA PRELIMINAR DAS
ROCHAS META-VULCÂNICAS MÁFICAS DA UNIDADE
INTERMEDIÁRIA DO GREENSTONE BELT DE RIACHO DE
SANTANA, BAHIA, BRASIL - JOILMA PRAZARES SANTOS
73
INFLUÊNCIA DAS ESTRUTURAS E DA PLUVIOMETRIA NA
CONCENTRAÇÃO DE URÂNIO EM AQÜÍFERO FISSURAL NO
ENTORNO DAS INSTALAÇÕES DAS INDÚSTRIAS NUCLEARES DO
BRASIL-CAETITÉ/BAHIA - VINICIUS DE GUSMÃO BARRETO
74
GEOQUÍMICA DAS ROCHAS DO GREENSTONE BELT DO RIO
ITAPICURU, MINA DE OURO MARIA PRETA, BAHIA - ZILDA GOMES
PENA
75
MONOGRAFIAS DE 2009.1
O VULCANISMO CÁLCIO-ALCALINO DA BORDA NORDESTE DA
SEQUÊNCIA VULCANOSSEDIMENTAR CONTENDAS-MIRANTE -
BRUNO PINTO RIBEIRO
77
MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTURAL DA
SEQUÊNCIA METAVULCANOSSEDIMENTAR URANDI, BAHIA -
BRUNO SANTOS FIGUEIREDO
78
SISTEMAS DEPOSICIONAIS NAS FORMAÇÕES TOMBADOR E
GUINÉ NOS ARREDORES DO MORRO DO PAI INÁCIO, CHAPADA
DIAMANTINA – BA - CARLOS VICTOR RIOS DA SILVA
79
MAPEAMENTO MULTI-ESCALAR DE ESTRUTURAS DA ÁREA DE
INFLUÊNCIA DA PORÇÃO SUL DA FALHA DE SALVADOR, BAHIA -
EDUARDO ANTONIO ABRAHÃO FILHO
80
CARACTERIZAÇÃO GEOAMBIENTAL DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
DO PARQUE TECNOLÓGICO DE SALVADOR - BAHIA
(TECNOBAHIA) - MARIA ARAÚJO SALES
81
AMBIENTES SEDIMENTARES EM TORNO DA DISCORDÂNCIA
ENTRE AS FORMAÇÕES TOMBADOR E GUINÉ, CHAPADA
DIAMANTINA, BAHIA - MATEUS OLIVEIRA ARAGÃO
82
ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS DE ALTA RESOLUÇÃO DA BASE
DA FORMAÇÃO TOMBADOR, NOS ARREDORES DE LENÇÓIS,
CHAPADA DIAMANTINA-BA - RAFAEL OLIVEIRA SANTANA
83
MONOGRAFIAS DE 2009.2
ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DA MICROFAUNA DE
FORAMINÍFEROS DO SEDIMENTO DE SUBSUPERFÍCIE DO
TALUDE CONTINENTAL DO COMPLEXO RECIFAL DE ABROLHOS,
SUL DA BAHIA - ADELINO DA SILA RIBEIRO NETO
85
CARACTERIZAÇÃO DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS DO
GREENSTONE BELT DE UMBURANAS - ADRIANO CAETANO
MOREIRA COSTA
86
ESTUDO LITOGEOQUÍMICO COMPARATIVO DOS CORPOS
MÁFICO-ULTRAMÁFICOS-GABRO-ANORTOSÍTICOS DA PARTE
SUL DO ESTADO DA BAHIA - AGNALDO BARBOSA BARRETO
87
GEOLOGIA E PETROGRAFIA DOS DIQUES MÁFICOS DE ITAPÉ-
BAHIA - ANA CAROLINA OLIVEIRA PINHEIRO 88
PALEOTECTÔNICA DAS ÁREAS DE PROVENIÊNCIA DA
FORMAÇÃO SALOBRO, BACIA DO RIO DO PARDO – BAHIA - ANA
LUIZA SILVA XAVIER
89
PROPOSIÇÃO DE VALORES DE REFERÊNCIA PARA METAIS
TRAÇOS EM SEDIMENTOS DE MANGUEZAL, NA REGIÃO
ESTUARINA DO RIO ITAPICURU, LITORAL NORTE DO ESTADO DA
90
BAHIA - ANA MARIA MACIEL A. DA SILVA
INCERTEZAS DOS ATRIBUTOS GEOLÓGICOS EM UM MODELO
TRIDIMENSIONAL DE RESERVATÓRIOS PETROLÍFEROS -
EXEMPLO NA BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA - CARLOS HENRIQUE
RABELLO BALOGH
91
ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DAS FORMAÇÕES GUINÉ-
TOMBADOR, CHAPADA DIAMANTINA, BAHIA - CLEISON DAS
MERCÊS SANTOS
92
ESPECTRORRADIOMETRIA EM DEPÓSITOS DE FOSFATO
SEDIMENTOGÊNICOS: UMA APLICAÇÃO NA BACIA DE IRECÊ -
CLEITON DA CRUZ DOS SANTOS
93
DIQUES GRANÍTICOS DA ORLA DE SALVADOR: PETROGRAFIA,
LITOGEOQUÍMICA E ESTRUTURAL - ERISSON TIANO GONÇALVES
DOS SANTOS
94
GEOLOGIA E PETROGRAFIA DOS DIQUES MÁFICOS DA PORÇÃO
LESTE DA FOLHA CAETITÉ (SD.23-Z-B-III), ESCALA 1:100.000 -
GISELE CHAGAS DAMASCENO
95
ESTRUTURAS ASSOCIADAS COM FLUXOS GRAVITACIONAIS DO
TIPO SLUMP DA FORMAÇÃO MARACANGALHA, NA ILHA DE
MARÉ, BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA - GUILHERME FREITAS
BARBOSA
96
ESTUDOS DE ANÁLOGOS DE RESERVATÓRIO PARA MODELAGEM
3D - EXEMPLO NA BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA - JOEL DOS
SANTOS NAZÁRIO
97
ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA E PETROGRÁFICA DA FORMAÇÃO
SERGI PRÓXIMO A FALHA DE MARAGOJIPE - DISTRITO DE SÃO
ROQUE DO PARAGUAÇU - LEIDIANE SAMPAIO E SILVA
98
PETROGRAFIA E LITOGEOQUÍMICA PRELIMINAR DOS AUGEN-
CHARNOCKITOS DAS REGIÕES DE NOVA ITARANA, IRAJUBA E
ITAQUARA, BAHIA - LEILA TATIANE LOPES SANTOS
99
INTERPRETAÇÃO SÍSMICA 2D NA ÁREA DE ESPIGÃO, BACIA DE
BARRERINHAS, MUNICÍPIO DE SANTO AMARO – MA - LUIZ
EDUARDO C. L. ANDRADE
100
HIDROGEOLOGIA DO AQUÍFERO CÁRSTICO DA REGIÃO DE
IRECÊ, BAHIA - MOISÉIS SILVA LIMA 101
ESPECTRORRADIOMETRIA EM DEPÓSITO DE FOSFATO
MAGMATOGÊNICO: APLICAÇÃO PARA O DEPÓSITO DE CATALÃO
I – GO - NÍVIA PINA D SOUZA
102
CARACTERIZAÇÃO DOS SEDIMENTOS SUPERFICIAIS DE FUNDO
DA PORÇÃO CENTRO-NORTE DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS,
BAHIA-BRASIL - PAULA CAMPOS FREIRE
103
CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS, PETROGRÁFICAS E
GEOQUÍMICAS DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS DO GREENSTONE
BELT MUNDO NOVO - TATIANA MORENO DA SILVA NASCIMENTO
104
ELABORAÇÃO DE UM MODELO DE FÁCIES PARA MODELAGEM
GEOLÓGICA 3D DE RESERVATÓRIOS PETROLÍFEROS - EXEMPLO
DE UM CAMPO NA BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA - ULISSES
COSTA SOARES
105
MONOGRAFIAS DE 2010.1
ANÁLISE ESTRUTURAL, HIDROGEOLÓGICA E HIDROQUÍMICA DO
MANANCIAL SUBTERRÂNEO POÇO VERDE, MUNICÍPIO DE
OUROLÂNDIA, BAHIA - ADRIANO SALES BELITARDO
107
O DELTA DO SÃO FRANCISCO: USO DA COMPOSIÇÃO
DO SEDIMENTO NA RECONSTRUÇÃO HOLOCÊNICA DA
SEDIMENTAÇÃO DELTAICA - ALITA DE SOUZA PAIXÃO ALVES
108
ESTUDO COMPARATIVO DOS DIQUES MÁFICOS DA CHAPADA
DIAMANTINA E DO BLOCO GAVIÃO (REGIÕES DE CAETITÉ E
BRUMADO), ESTADO DA BAHIA, BRASIL - AMANDA DULTRA
BANDEIRA
109
O MAGMATISMO GRANÍTICO NO NÚCLEO SERRINHA:
GEOLOGIA, PETROGRAFIA E LITOGEOQUÍMICA DO MACIÇO
PEDRA VERMELHA- ANA FÁBIA MATTOS
110
ESTUDO PETROGRÁFICO DOS GRANULITOS DA REGIÃO DE NOVA
ITARANA, BAHIA - EDNIE RAFAEL MOREIRA DE CARVALHO
FERNANDES
111
ESTRUTURAS ASSOCIADAS A FLUXOS GRAVITACIONAIS DA
FORMAÇÃO MARACANGALHA NA ILHA DOS FRADES, BACIA DO
RENCÔNCAVO, BAHIA - FELIPE SEIBERT MOREIRA
112
ESTUDO PETROGRÁFICO DAS UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS
DA PARTE CENTRAL DO GREENSTONE BELT DO RIO CAPIM,
BAHIA, BRASIL - GILMA ALVES PIRES
113
FORMAÇÕES FERRÍFERAS DA SEQÜENCIA CONTENDAS-
MIRANTE, BAHIA: CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS,
PETROGRÁFICAS E GEOQUÍMICAS - JANAINA ALMEIDA DE
OLIVEIRA
114
ESTRUTURAS E TECTÔNICA DA ZONA DE TRANSIÇÃO ENTRE OS
BLOCOS JEQUIÉ E ITABUNA-SALVADOR-CURAÇÁ, REGIÃO DE
ITATIM, BAHIA, BRASIL - JUDIRON SANTOS SANTIAGO
115
ASPECTOS HIDROQUÍMICO E HIDROGEOLÓGICO DA BACIA
CARBONÁTICA DE IRECÊ NO MUNICÍPIO DE IRAGUARA-BAHIA -
KARLOS GOUTHIER MOREIRA SANTOS
116
MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA PORÇÃO NORTE DO DOMO DE
SALGADÁLIA, GREENSTONE BELT DO RIO ITAPICURU, BAHIA -
LUCAS PHILADELPHO ROSÁRIO
117
MINERALIZAÇÕES DE CORÍNDON DA REGIÃO DE MUNDO NOVO -
BA: CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA E PETROGRÁFICA - TATIANA
SILVA RIBEIRO
118
ESTUDO PETROGRÁFICO DOS LITOTIPOS DO MORRO DO CRISTO,
SALVADOR-BAHIA, BRASIL - THIAGO LEAL DE OLIVEIRA 119
ANÁLISE DA DEFORMAÇÃO RÚPTIL NA PORÇÃO SUL DA SERRA
DE JACOBINA - WILSON LOPES OLIVEIRA NETO 120
MONOGRAFIAS DE 2010.2
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E LITOGEOQUÍMICA DAS
ROCHAS ENCAIXANTES E DO MINÉRIO DE FERRO DA REGIÃO DE
CURRAL NOVO, PIAUÍ - ÁDILA FERNANDES COSTA
122
MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTURAL DO
AFLORAMENTO DA PRAIA DO HOSPITAL ESPANHOL, SALVADOR,
BAHIA - ANDRE LUIZ DE SOUZA E SOUSA
123
ESTUDOS GEOQUÍMICOS DE SEDIMENTOS SUPERFICIAIS DA BAÍA
DE CAMAMU-BA - CARLA MELO SILVA 124
INVESTIGAÇÃO DA INTERAÇÃO DE ÓLEO-MINERAL AGREGADOS
(OMA) EM AMBIENTES COSTEIROS SOB DIFERENTES
SALINIDADES: SUBSÍDIO A PROCEDIMENTOS DE REMEDIAÇÃO
DE DERRAMES DE PETRÓLEO - DANILO RIBEIRO DOS SANTOS
125
PETROGRAFIA DO GRANITÓIDE BROCO: EVIDÊNCIA DE FUSÃO
CRUSTAL NO GREENSTONE BELT IBITIRA-UBIRAÇABA, 126
IBIASSUCÊ, BAHIA - DANTE DA SILVA PALMEIRA
SEDIMENTOLOGIA E ESTRATIGRAFIA DA SEQUÊNCIA "TAIPUS-
MIRIM" NA PORÇÃO ONSHORE NA BACIA DE CAMAMU-BA -
DEIVSON LUCAS DA SILVA
127
QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NO DISTRITO DE MONTE
GORDO - MUNICÍPIO DE CAMAÇARI-BAHIA - FABIANO DE JESUS
SENA
128
GEOSSÍTIOS NA REGIÃO DE NORDESTINA, BAHIA: UMA
ALTERNATIVA PARA O GEOTURISMO E PARA O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - IVANARA PEREIRA LOPES
DOS SANTOS
129
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE RECREACIONAL DAS PRAIAS DO
MUNICÍPIO DE CAMAÇARI A PARTIR DE PARÂMETROS
GEOAMBIENTAIS E DE INFRAESTRUTURA - JOSÉ PORTUGAL DE
JESUS JUNIOR
130
MAPEAMENTO GEOLÓGICO MULTIESPECTRAL DA BACIA
CARBONÁTICA DE UTINGA - BA E DAS MINERALIZAÇÕES DE PB
ASSOCIADAS - MICHEL BRUM COUTINHO
131
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA
PRELIMINAR DOS DIQUES MÁFICOS DA REGIÃO DE CAMACAN,
BAHIA, BRASIL - MICHELE CÁSSIA PINTO SANTOS
132
CARACTERIZAÇÃO GEOAMBIENTAL DO ENTORNO DO
CEMITÉRIO SÃO MIGUEL - MUNICÍPIO DE SIMÕES FILHO, BAHIA - THAÍZA OLIVEIRA CARVALHO
133
PROJETO CARVÃO NO ALTO SOLIMÕES: UMA EXPERIÊNCIA DE
DADOS ANALÓGICOS DE SONDAGENS EXPLORATÓRIAS PARA
CARVÃO EM UMA BASE DE DADOS DIGITAIS - THIENE DOS
SANTOS SERRA
134
GEOSSÍTIO CÂNION DO RIO SERGI (SANTO AMARO, BAHIA):
VALORES E AMEAÇAS - VANESSA MARIA DOS SANTOS FUEZI 135
MONOGRAFIAS 2011.1
CARACTERIZAÇÃO DE AGREGADOS DE ÓLEO-PARTÍCULA
MINERAL: PROCEDIMENTOS PARA ACELERAÇÃO DA
REMEDIAÇÃO DE DERRAMES DE PETRÓLEO EM AMBIENTES
COSTEIROS - ANTÔNIO JORGE DA CRUZ RODRIGUES
137
ANÁLISE GEOMÉTRICA E CINEMÁTICA DOS ELEMENTOS
LITOESTRUTURAIS DAS FORMAÇÕES AÇURUÁ, TOMBADOR E
CABOCLO NA REGIÃO NORTE DE LENÇÓES - CHAPADA
DIAMANTINA, BA - ASAFE DOS SANTOS SANTANA
138
CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL, GEOMÉTRICA E CINEMÁTICA,
DAS FORMAÇÕES TOMBADOR E AÇURUÁ, NA REGIÃO AO SUL DE
LENÇÓES - CHAPADA DIAMANTINA, BA - CAIO MULLER MAIA
139
FOLHELHOS COM GÁS DA FORMAÇÃO BARNETT, TEXAS, EUA -
UM EXEMPLO DE RESERVATÓRIO NÃO CONVENCIONAL -
GILDEGLEICE BARCELAR DAS VIRGENS
140
CARACTERÍSTICAS PETROGRÁFICAS, GEOQUÍMICAS E
METALOGENÉTICAS DOS FLOGOPITITOS DE CARNAÍBA E
SOCOTÓ, BAHIA - LEONARDO NÁPRAVNIK PIRES
141
ESTUDO DOS PADRÕES DE ORIENTAÇÃO DE ESTRUTURAS
DEFORMACIONAIS RÚPTEIS E DE CAMPPOS DE TENSÃO EM
AFLORAMENTOS DA FORMAÇÃO MARACANGALHA
(EOCRETÁCEO) EM BOM DESPACHO, NNE DA ILHA DE
ITAPARICA, BAHIA, BRASIL - LUCAS NERY RAMOS
142
APLICABILIDADE DO MÉTODO GEOFÍSICO DE
ELETRORESISTIVIDADE NA PESQUISA DE ÁGUA SUBTERRÂNEA
EM ROCHAS CRISTALINAS NA REGIÃO DE CONCEIÇÃO DO
COITÉ-BA - MURILO ALVES SILVA DE OLIVEIRA
143
DETERMINAÇÃO DO SENTIDO DE FLUXOS GRAVITACIONAIS DA
FORMAÇÃO MARACANGALHA (EOCRETÁCEO) ATRAVÉS DE
ESTRUTURAS ASSOCIADA - ILHA DE ITAPARICA, BAHIA, BRASIL -
NELIZE LIMA DOS SANTOS
144
SISTEMAS DEPOSICIONAIS NA FORMAÇÃO AÇURUÁ NOS
ARREDORES DE GUINÉ, CHAPADA DIAMANTINA, BA - PAULO
RICARDO SANTOS
145
ANÁLISE COMPARATIVA DE DADOS GEOLÓGICOS,
LITOGEOQUÍMICOS E GEOFÍSICOS DAS FORMAÇÕES
FERRÍFERAS DO COMPLEXO BOQUIRA E SUPERGRUPO
ESPINHAÇO NA REGIÃO DE BOQUIRA, BA - PEDRO MACIEL DE
PAULA GARCIA
146
ANÁLISE GEOQUÍMICA DOS SEDIMENTOS DE FUNDO DO SETOR
NOROESTE DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS – BA - RICARDO
LACERDA GOMES
147
ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS NA FORMAÇÃO AÇURUÁ NAS
PROXIMIDADES DE GUINÉ, CHAPADA DIAMANTINA, BA - VALTER
OLIVEIRA REBOUÇAS
148
MONOGRAFIAS DE 2011.2
ANÁLISE ESTRUTURAL GEOMÉTRICA E CINEMÁTICA DAS
FORMAÇÕES AÇURUÁ, TOMBADOR E CABOCLO NO ENTORNO DA
CIDADE DE ANDARAÍ, REGIÃO DA CHAPADA DIAMANTINA – BA -
ALEXANDRE DE OLIVEIRA MOITINHO
150
FÁCIES CARBONÁTICAS E POTENCIAL RESERVATÓRIO DA
FORMAÇÃO SALITRE NEOPROTEROZÓICA, NA BACIA DE IRECÊ-
BAHIA, BRASIL - ANDRÉ LYRIO DE CARVALHO FIGUEIREDO
151
ESTUDOS DE METAIS PESADOS EM SEDIMENTOS SUPERFICIAIS E
DE FUNDO NO ESTUÁRIO DO JACUÍPE, CAMAÇARI – BAHIA –
BRASIL - ANTONIA DE ANDRADE SANTOS
152
PETROGRAFIA DOS GNAISSES E MIGMATITOS DO COMPLEXO
UAUÁ REGIÃO DE EUCLIDES DA CUNHA, BAHIA - DANILO DE
SOUZA SANTOS
153
ROCHAS GERADORAS E SEUS BIOMARCADORES: UMA REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA COM ÊNFASE NAS BACIAS DA COSTA LESTE
BRASILEIRA - EULA ANDRADE NASCIMENTO DA SILVA
154
A PRESENÇA DO FLÚOR NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DA
FORMAÇÃO SERGI (JURÁSSICO SUPERIOR) DA BACIA DO
RECÔNCAVO NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL - GLEIDE MENDES
SEABRA
155
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE METAIS TRAÇO NO MUNICÍPIO
DE MADRE DE DEUS – BA - HENRIQUE CÉSAR PEREIRA ASSUMPÇÃO 156
SISTEMA DEPOSICIONAL DAS FORMAÇÕES AÇURUÁ E
TOMBADOR NAS IMEDIAÇÕES DA CIDADE DE BARRA DA ESTIVA,
BAHIA - JAIME PEREIRA DE SOUZA JUNIOR
157
ANÁLISE CINEMÁTICA E DINÂMICA DAS ESTRUTURAS DAS
FORMAÇÕES TOMBADOR E AÇURUÁ NA PORÇÃO SUL DA SERRA
DO SINCORÁ, NOS ARREDORES DAS CIDADES DE BARRA DA
ESTIVA E IBICOARA / CHAPADA DIAMANTINA, BAHIA - JOSAFÁ DA
SILVA SANTOS
158
ESTUDO PETROGRÁFICO COMPARATIVO ENTRE A FORMAÇÃO
MORRO DO CHAVES DA BACIA (SE/AL) E O GRUPO LAGOA FEIA
DA BACIA DE CAMPOS E O SEU POTENCIAL COMO
RESERVATÓRIO DE HIDROCARBONETOS - LUANA SILVA CASTRO
159
ESTUDO DE MECANISMOS E PROCESSOS DE SEDIMENTAÇÃO EM
FLUXOS GRAVITACIONAIS DE SEDIMENTO DA FORMAÇÃO
MARACANGALHA, MEMBRO CARUAÇU. APLICAÇÃO DA
METODOLOGIA DE ESTUDO ROCHA X PERFIL NA PREDIÇÃO DA
QUALIDADE DOS RESERVATÓRIOS - LUCAS FIGUEIREDO GONTIJO
160
INTERPRETAÇÃO SISMOESTRATIGRÁFICA DO NORTE DA BACIA
DE PELOTAS - LUCIANO VAGNER MATA CRUZ 161
CARACTERIZAÇÃO FACIOLÓGICA DA FORMAÇÃO TAQUIPE,
AFLORAMENTO DA PRAIA DE INEMA, SALVADOR - BAHIA -
MARCELO ABBEHUSEN MAGALHÃES
162
MAPEAMENTO GEOAMBIENTAL DA ZONA COSTEIRA DA REGIÃO
ENTRE A FOZ DO RIO POJUCA E A PRAIA DE IMBASSAÍ, MATA DE
SÃO JOÃO – BAHIA - MARCUS VINICIUS COSTA ALMEIDA JUNIOR
163
ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA E QUALIDADE DAS ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS DO GRUPO BARREIRAS NA REGIÃO DE
PORTO SEGURO – BAHIA - MARIANA CAYRES SAMPAIO
164
COMPORTAMENTO DE PARÂMETROS GEOCOMPOSICIONAIS DO
SISTEMA PETROLÍFERO IRATI-PIRAMBÓIA, BACIA DO PARANÁ,
BRASIL - MILENA ROCHA DE OLIVEIRA
165
ESTUDO DE MECANISMOS E PROCESSOS DE SEDIMENTAÇÃO EM
FLUXOS GRAVITACIONAIS DE MASSA DA FORMAÇÃO
MARACANGALHA, MEMBRO CARUAÇU. APLICAÇÃO DA
METODOLOGIA DE ESTUDO ROCHA X PERFIL NA PREDIÇÃO DA
QUALIDADE DOS RESERVATÓRIOS - MURIEL NASCIMENTO DE
FIGUEIREDO
166
INFLUÊNCIA DA DOLOMITIZAÇÃO COMO MECANISMO
RESPONSÁVEL PELA CRIAÇÃO DA POROSIDADE NOS
CALCARENITOS OOLÍTICOS/ONCOLÍTICOS DO MEMBRO
MARUIM DA FORMAÇÃO RIACHUELO DE IDADE ALBIANA DA
BACIA SERGIPE-ALAGOAS - PRISCILA PASSOS BARRETO COSTA
167
PETROGRAFIA E ANÁLISE MICROESTRUTURAL DA ZONA DE
ALTERAÇÃO HIDROTERMAL NA SEQUÊNCIA
METAVULCANOSSEDIMENTAR URANDI: METAMORFISMO,
EVOLUÇÃO TECTÔNICA E IMPLICAÇÕES
METALOGENÉTICAS - SILVANDIRA DOS SANTOS GÓES PEREIRA DE
JESUS
168
MAPEAMENTO GEOLÓGICO, PETROGRAFIA, ASPECTOS
LITOGEOQUÍMICOS E GEOFÍSICOS DOS GRANULITOS DA REGIÃO
DE LAJEDO DO TABOCAL: UMA CONTRIBUIÇÃO A GEOLOGIA DA
FOLHA MARACÁS (SD.24-V-D-I), BAHIA - THIAGO DRUMOND
ASSIS DE QUEIROZ
169
MONOGRAFIAS DE 2012.1
ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DAS FORMAÇÕES GUINÉ E
TOMBADOR NAS PROXIMIDADES DE BARRA DA ESTIVA, 171
CHAPADA DIAMANTINA – BAHIA – ACÁCIO JOSÉ SILVA ARAÚJO
CARACTERIZAÇÃO SEDIMENTOLÓGICA E ESTRATIGRÁFICA DE
TESTEMUNHOS DO MEMBRO BOIPEBA/ FORMAÇÃO ALIANÇA, NO
CAMPO DE ARAÇÁS, BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA –
ALEXANDRE PORTELA SANTANA
172
ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS NAS BACIAS RIFTE: UMA NOVA
ABORDAGEM PARA O ENTENDIMENTO DA VARIAÇÃO DO NÍVEL
DE BASE NA REGIÃO NORDESTE DA BACIA DO RECÔNCAVO –
BRUNO HUOYA MENDONÇA
173
A UTILIZAÇÃO DE DATALOGGERS NO PROJETO RIMAS (REDE
INTEGRADA DE MONITORAMENTO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
NO AQUÍFERO URUCUIA NO OESTE DA BAHIA – BRUNO
SCHINDLER SAMPAIO ROCHA
174
CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS E HIDROGEOLÓGICAS DE UMA
ÁREA DE CONFORMAÇÃO DÔMICA, EM ROCHAS SEDIMENTARES
DA PORÇÃO ORIENTAL DA BACIA DO RECÔNCAVO NORTE, DIAS
D'ÁVILA, BA – CARLOS ANTÔNIO SÃO PEDRO CRUZ JÚNIOR
175
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA, GEOQUÍMICA E GEOFÍSICA
DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS DA REGIÃO IBICUÍ-IGUAÍ – BAHIA
– DIEGO MELO FERNANDES
176
ESTUDO DAS OCORRÊNCIAS DE TITANOMAGNETITA EM GABRO-
ANORTOSITOS E DAS FOMAÇÕES FERRÍFERAS DOS GRANULITOS
DA REGIÃO DE BAIXÃO DE IPIÚNA, JAGUAQUARA, BAHIA –
EDUARDO CARDOSO VIEIRA FILHO
177
ESTUDOS GEOLÓGICO, GEOFÍSICO E HIDROGEOLÓGICO DA
FAZENDA EXPERIMENTAL DA UFBA, MUNICÍPIO DE ENTRE RIOS –
BA – FABIANE FERREIRA NATIVIDADE DOS SANTOS
178
ESTUDO DAS OCORRÊNCIAS DE TITANO MAGNETITA EM GABRO-
ANORTOSITOS NA REGIÃO DO MUNICÍPIO DE TANCREDO NEVES-
BA – GUSTAVO DE AGUIAR MARTINS
179
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA DAS SEQUÊNCIAS
CARBONÁTICAS DA SUB-BACIA DE UNA-UTINGA COM A SUB-
BACIA DE IRECÊ – ÍTALA GABRIELA DIAS DE ARAÚJO
180
ASPECTO HIDROGEOQUÍMICO DO FERRO TOTAL NO SISTEMA
AQUÍFERO SÃO SEBASTIÃO DA NA ÁREA DO PÓLO INDUSTRIAL
DE CAMAÇARI – BAHIA – JAMILLE EVANGELISTA ALVES
181
ESTUDOS COMPARATIVOS DE ÁREAS COM ANOMALIAS
GEOFÍSICAS NA REGIÃO DA FAZENDA MIRABEL, SUL DA BAHIA – 182
LILA COSTA QUEIROZ
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E ASPECTOS GEOFÍSICOS
DOS METAMORFITOS GRANULÍTICOS DA PORÇÃO SUDOESTE DA
FOLHA MARACÁS, BAHIA – LUCAS TEIXEIRA DE SOUZA
183
ANÁLISE QUANTITATIVA DAS ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA
HIDROGRÁFICA DO RIO JACUÍPE NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL -
MARCOS DE OLIVEIRA DIAS
184
ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA E SEDIMENTOLÓGICA, COM BASE
NOS PERFIS E AMOSTRA DE CALHA DO CAMPO BELA VISTA - FM.
ÁGUA GRANDE/SERGI (BACIA DO RECÔNCAVO) – MATEUS PIRES
FERREIRA
185
ANÁLISE DA VULNERABILIDADE NATURAL À EROSÃO DA
MICROBACIA DO RIO BRUMADO (BA) COM EMPREGO DE
GEOTECNOLOGIAS – NATALI DE OLIVEIRA DIAS
186
SISTEMAS DEPOSICIONAIS DOMINADOS POR AÇÃO DE ONDAS E
MARÉS: EXEMPLO NA SERRA DO ESPINHAÇO SETENTRIONAL –
BOQUIRA/BA – PRISCILA DE FERREIRA FREITAS
187
CARACTERIZAÇÃO SEDIMENTOLÓGICA E ESTRATIGRÁFICA DE
TESTEMUNHOS DA FORMAÇÃO SERGI, CAMPO DOM JOÃO,
BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA, BRASIL – REBECA SANTOS DE
ALMEIDA SANTOS
188
CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA, PETROGRÁFICA, GEOQUÍMICA
E POTENCIALIDADES METALOGENÉTICAS DA FORMAÇÃO ÁGUA
PRETA, BACIA DO RIO PARDO - BAHIA – RODOLFO SANTOS
GASSER
189
UTILIZAÇÃO DE LWD NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO – TASSIANE
RABELO SAMPAIO 190
MODELAGEM POR LÓGICA FUZZY: APLICAÇÃO ÀS MINERAÇÕES
AURÍFERAS DO CINTURÃO GURUPI, FOLHA CENTRO NOVO DO
MARANHÃO, MA/PA – THIAGO REIS RODRIGUES
191
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E LITOGEOQUÍMICA DAS
FORMAÇÕES FERRÍFERAS DO GREENSTONE BELT IBITIRA-
UBIRAÇABA, REGIÃO DE BRUMADO, BAHIA – VINICIUS
BENEVIDES SCHIRMER
192
MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2005
CARACTERIZAÇÃO SEDIMENTALÓGICA E ESTRUTURAL DA
FORMAÇÃO SÃO SEBASTIÃO NO AFLORAMETO DO KM 15 DA RODOVIA
CANAL DE TRÁFEGO, BACIA DO RECÔNCAVO-ABA
ALBERTO SANTOS MOREIRA JUNIOR
ORIENTADORES: MSC. ROBERTO ROSA DA SILVA (UFBA-PETROBRAS)
DR. LUÍZ CÉSAR CORRÊA-GOMES (UFBA)
RESUMO
Algumas formações da bacia do recôncavo sofrem interferências estruturais ocasionadas
por eventos diapíricos, de forma que, nas exposições existentes na Rodovia Canal de
tráfego ocorrem algumas complicações de ordem estratigráfica e estrutural,
constituindo-se num excelente laboratório para a aplicação dos conhecimentos
adquiridos ao longo do curso de graduação em geologia. O afloramento estudado
constitui uma seção da formação São Sebastião e está situado na porção central da Bacia
do Recôncavo-Ba, no Km 15 da Rodovia Canal de Tráfego, posicionando-se ao lado
direito da pista no sentido Camaçari, onde foram desenvolvidas as seguintes atividades:
(i) Descrição de nove perfis litológicos, (ii) Levantamento de dados estruturais, (iii)
Confecção de um fotomosaico vertical, com a porção estudada do afloramento. Os
principais critérios utilizados para esta caracterização foram a granulometria, estruturas
sedimentares presentes, natureza dos contatos, grau de seleção e maturidade textural.
Foramm reconhecidas seis principais fáceis no afloramento: (i) Sf – arenito fluidizado,
(ii) Fc – folhelho carbonoso, (iii) Anm – arenito médio com estratificações cuzadas
acanaladas, (iv) Ancl – arenito grosso, cíclico com estratificações cruzadas acanaladas,
(v) Agr – argilito róseo maciço, (vi) Anfm – arenito maciço. A partir da caracterização
faciológica foram identificados os procssos responsáveis pela deposição da fáceis e
respectivos ambientais deposicionais, de forma que tornou-se possível a proposição de
um modelo deposicional fluvio-lacustre, no qual ocorre uma progradação do sistema
fluvial provavelmente entrelaçado sobre uma ambiente lacustrino. Após analise
estrutural do afloramento, foram caracterizadas duas fases de deformação rúptil que
poderiam estar relacionadas a migração de corpos diapíricos argilosos, o que pode ser
reforçado pelo complexo padrão deformacional induzido por processos diapíricos
observado a partir da análise de seções sísmica da região.
Palavras-chaves: argilocinese, eventos diapíricos.
APLICAÇÃO DO MÉTODO DE CONTINUAÇÃO DE VELOCIDADE NA
ANÁLISE DA VELOCIDADE DE MIGRAÇÃO
FERNANDO AUGUSTO SILVA CEZAR
ORIENTADOR: DR. REYNAM DA CRUZ PESTANA (UFBA)
RESUMO
Neste trabalho implementamos e aplicamos o método de continuação de velocidade
proposto por Fomel (2003a) para estimar o campo de velocidade de dados sísmicos e
mapear a seção sísmica migrada em tempo. Esse método transforma seções de
afastamento constante migradas no tempo antes do empilhamento de acordo com
mudanças na velocidade de migração o empilhamento das seções de afastamento
constante é acompanhado de medidas de ocorrência semblance, gerando dois volumes
de dados, um cubo de seções sísmicas empilhadas com velocidades constantes de
migração e o outro cubo de medidas semblance. Ele é usado para extrair as seções
sísmicas migradas em tempo do cubo de seções empilhadas e migradas. Este tratamento
foi aplicado com sucesso nos dados sísmicos sintéticos do modelo de velocidade
constate e do modelo do domo. Alem de mostrar os campos de velocidade estimados e
as seções sísmicas migradas em tempo mapeadas nestes dois casos, verificou-se o
funcionamento adequado do operador de continuação de velocidade em famílias CRP`s
e seções de afastamento constante. A continuação de velocidade foi aplicada a um dado
sísmico do Golfo do Méxicoe o campo de velocidade estimado foi usado para correção
de NMO. A seção empilhada resultante apresenta-se com qualidade comparável a outras
duas seções empilhadas, uma associada a um campo de velocidade estimado por análise
de NMO convencional e outra associada a um campo de velocidade rms convertido de
um modelo em profundidade. Em geral, os resultados atestam a aplicablidade do
método de continuação de velocidade no processo de estimativa do campo de
velocidade, bem como na etapa de imageamento sísmico.
REPRESENTAÇÃO DE DADOS ELETROMAGNÉTICOS MULTI-
FREQUÊNCIA OBTIDOS EM UM CAMPO DE PETRÓLEO
JOELSON DA CONÇEIÇÃO BATISTA
ORIENTADOR: DR. HÉDISON KIUITY SATO (UFBA-CPGG)
RESUMO
O presente trabalho é parte do projeto de aquisição, processamento e interpretação de
dados eletromagnéticos e multi-frequência para mapear resistividade e polarização
elétrica induzida em subsuperfície em uma área teste de interesse da Petrobras no
Estado da Bahia. Neste contexto, analisa-se o esquema de interpretação, desenvolvido
por Sato (1979), que natureza qualitativa, para construir pseudo-seções de resistividade
versus profundidade verdadeira. Desta forma, produziu-se algumas pseudo-seções de
resistividade aparente a partir de dados eletromagnéticos teóricos para modelo de suas,
três e quatro camadas horizontais, ou melhor, a partir da inpedância mútua entre um
transmissor dipolar magnético vertical e um receptor cujo eixo é simultaneamente
horizontal e radial em relação à posição do transmissor. As pseudo-seções mostraram
que o sistema proposto por Sato (1979) produz imagens que se afatam geometricamente
do modelo de camadas correspondente, ou seja, as curvas de contorno e
isorresistividade divergem do padrão paralelo e horizontal, desejável quando o modelo é
formado por camadas horizontais. O padrão de deformação observado sugere sua
correlação com um trecho curvo da função entre o número de onda aparente e a razão
entre a distância Tz-Rx e o “skin-depht” de Sato (1979). A partir desta reavaliação,
então, sugere-se substituir a função adotada por Sato (1979) por uma outra que, aplicada
aos mesmos dados teóricos, produziu novas imagens de pseu-seções mais condizentes
com seus respectivos modelos, mais que ainda sugerem a necessidade de outros
aperfeiçoamentos. Para complementar, aplicou-se os dois esquemas aos dados
eletromagnéticos de campo obtidos ao longo de uma das linhas de levantamento EM na
área teste citada. Os dados trabalhados referem-se a quatro posições do transmissor
localizadas nas extremidades das linhas, sendo dois no lado direito, deslocados 500 m
entre si, e dois no lado esquerdo, deslocados também da mesma forma. Por hipótese,
esse arranjo de levantamentos permite enxergar sob quatro perspectivas, as partes da
região intermediária da linha. Estas características são importante, pois a região possui
variação lateral de natureza geológica, e ela, por conseguinte, deve aparecer nas quatro
pseudo-seções associadas a cada posição do transmissor. De fato, as variações laterais
ficaram, geometricamente, melhor reproduzidas nas pseu-seções criadas com o novo
processo interpretativo, permitindo uma melhor interpretação geológica.
ASPECTOS GEOLÓGICOS, PETROGRÁFICOS E GEOQUÍMICOS DO
STOCK NEFELINA SIENÍTICO SERRA DA GRUTA, SUL DA BAHIA
JOSEMAR ARAGÃO DE OLIVEIRA
ORIENTADORA: DRª. MARIA DE LOURDES DA SILVA ROSA (UFBA-UFS)
RESUMO
O Stock Nefelina-Sienítico Serra da Gruta (SSG) situa-se no município de Potiraguá, sul
do estado, localizado a aproximadamente 615 km da cidade de Salvador. Ele apresenta
forma elipsóie, ocupa área em torno e 4 km² e encontra-se encaixado em terrenos
grnulíticos do Cinturão Itabuna. Este stock é um dos diversos corpos intrusivos que
constitui a Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia (PASEBA) de idade
neoproterozóica. O SSG é constituído predominantemente por rochas sieníticas com
feldspatóide, leucocráticas, faneríticas média a grossa e isotrópicas. Os estudos
petrográficos permitiram identificar cinco grupos litológicos: nefelina sienito, cancrinita
nefelina sienito, cancrinita sodalita nefelita sienito, nefelina biotita sienito e álcali-
feldspato sienito. A mineralogia essencial é formada por feldspato pertítico, efelina,
sodalita e cancrinita, tendo como minerais máficos biotita, aegirina, ribequita. Os
principais acessórios são zircão, apatita, titanita, minerais opacos e calcita. Os dados
químicos mostram um fracionamento, marcado pelo decréscimo de Si, controlado por
feldspato alcalino hipersolvus e minerais máficos. A evolução identificada em
diagramas do tipo Harker é similar à descrita para corpos nefelina-seiníticos da
PASEBA e se marca por crescimento unicamente em de forma moderada. Esta
tendência evolucional revela, ao contrário dos dados modais, que houve importante
participação de minerais máficos e apatita na diferenciação das rochas do SSG. A
tendência da diferenciação identificada através de dados petrográficos e geoquímicos do
magma Serra da Gruta, explica convenientemente o seu enriquecimento em sódio e
alumínio, com aumento das atividades de cloreto (sodalita) e (cancrinita e calcita).
PETROGRAFIA DA INTRUSÃO GRANÍTICA DO COMPLEXO ALCALINO
FLORES AZUL, SUL DO ESTADO DA BAHIA
MARÍLIA ROCHA LIMA NUNES
ORIENTADOR: DR. HERBET CONCEIÇÃO (UFBA)
RESUMO
O batólito floresta Azul, com cerca de 200 km², está situado na porção sul do Estado da
Bahia, cerca de 8,7 km a oeste da cidade de Ibicaraí. Neste estudo, o batólito foi
organizado em duas grandes subdivisões faciológicas: uma granítica e outra sienítica. A
fácies granítica corresponde a uma suíte alcalina composta por sienogranitos, monzo-
granitos, graodioritos e quartzo-mozonitos e contendo por vezes alguns enclaves de
rochas dioríticas. Apresenta textura fenerítica média a grossa, com mineralogia essencial
composta de feldspato alcalino, quartzo e oligoclásio, e tendo biotita e anfibólio como
minerais predominantes. Possui ainda apatita prismática opacos, titanita, allanita e
zircão como acessórios. Este fáceis é rico em enclaves dioríticos. A fácies diorítica
diferencia-se da granítica pelo seu padrão textural porfirítico com Mariz de granulação
fanerítica média a fina. Estas rochas correspondem principalmente a quartzo-dioritos,
monzodioritos e dioritos, as quais ocorrem inclusas na fáceis granítica, na forma de
enclaves e diques sin-plutônicos. São freqüentes os xenocristais de feldspatos. A
mineralogia predominante é oligoclásio, quartzo, anfibólio, piroxênio e biotita. Os
minerais acessórios são os mesmos da fáceis granítica. A ocorrência freqüente de
enclaves microgranulares e diques sin-plutônicos descontínuos no batólito, aliada às
outras feições texturais (xenocristais do granito no diorito, relações de campo, etc)
observadas, sugerem um contribuição importante dos processos de mistura de magmas
na geração deste corpo.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL PRELIMINAR DA SITUAÇÃO DA
DISPOSIÇÃO FINAL DO RESÍDUO SÓLIDO DOMÉSTICO
NA CIDADE DE CACHOEIRA / BAHIA
ROSENILDA DE JESUS DA SILVA
ORIENTADOR: DR. MANOEL JERÔNIMO MOREIRA CRUZ (UFBA)
RESUMO
A disposição final dos resíduos domésticos é de extrema importância tanto para o meio
ambiente como para a saúde do ser humano. Este trabalho tem como objetivo realizar
estudos sobre recipientes ou locais para armazenamento temporário e disposição final
do lixo doméstico na sede do município de Cachoeira, assim como suas interferências
na rede de drenagem. A sede do município de Cachoeira localiza-se na margem do Rio
Paraguaçu, a cerca de 110 Km de Salvador, capital do Estado da Bahia, no leste do
Estado. De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia
(SEI), o município faz parte da região econômica do Recôncavo Sul. Possui como
fontes de renda a pecuária de bovino, caprino e a agricultura de subsistência, além do
turismo relacionado a festas religiosas e outras. O município apresenta um grande
potencial turístico devido a vários fatores. Entre eles, destaca - se as paisagens naturais,
a rede de drenagem, sua localização na margem do Rio Paraguaçu, a Represa de Pedra
do Cavalo, e seus edifícios arquitetônicos no estilo Barroco. O trabalho foi
desenvolvido em três etapas: 1 - Etapa Pré – campo, na qual foi realizado estudo,
levantamento bibliográfico da área e planejamento da fase de campo; 2 - Etapa de
Campo, nesta foram realizadas visitas de campo à área de estudo e coleta de
informações necessárias; 3 - Etapa de escritório, que compreendeu a análise dos dados e
elaboração da Monografia. Na etapa de campo foram cadastrados 34 pontos de
armazenamento temporário de resíduos sólidos. Na maioria destes pontos os resíduos
encontram-se em recipientes plásticos, porém em 02 os resíduos estão na calçada, em 05
nas margens de afluentes e em 07 sobre a superfície, sem qualquer proteção. A coleta na
sede do município é realizada por oito funcionários municipais com o auxílio de dois
carros compactadores. Não existe um sistema de coleta seletiva. Apesar de possuir uma
coleta de lixo que pode ser considerada como razoável para a sede do município, a
disposição temporária dos resíduos sólidos ocorre de forma irregular em algumas partes
da cidade, principalmente na periferia, pois ocorre disposição temporária do lixo gerado
em diversos locais não apropriados como, por exemplo, nas ruas, nas encostas, e
principalmente nas margens dos afluentes.
MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2007
CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL MULTIESCOLAR DO
TONALITO-GRANODIORITO UMBAÚBA, CACULÉ, BAHIA
ALEX MOURA GOMES
ORIENTADOR: DR. LUÍS ROGÉRIO BASTOS LEAL (UFBA)
RESUMO
O granitóide Umbaúba localiza-se no Bloco Gavião, porção central do Cráton do São
Francisco, no Estado da Bahia. Este trabalho tem como objetivo a análise estrutural
multiescalar de um expressivo corpo granitóide localizado na porção sudoeste do Bloco
Gavião, entre as cidades de Ibitira e Caculé, denominado de Granitóide Umbaúba. Para
atingir o objetivo proposto, foi selecionada uma área de 180 Km² onde foram realizados
levantamento bibliográfico, fotointerpretação, levantamentos de campo e petrologia
estrutural. Duas tectonofácies foram identificadas no granitóide Umbaúba, denominada
de granitóide Umbaúba foliado e granitóide Umbaúba gnaissificado. A diferença entre
elas é a intensidade de deformação. A primeira, pode ser caracterizado como rocha
protomilonítica e a segunda varia entre termos miloníticos e ultramiloníticos. Texturas
sugerem a presença de um fluido hidrotermal em condições pós-magmáticas/pós-
gnaissificação. A foliação impressa nessas rochas sugere uma evolução continua da
trama desde condições magmáticas até o estado sólido, com desenvolvimento de feições
de deformação e recristalização sin-colocação do plúton. O conjunto de estruturas
deformacionais sugere campo de tensão principal segundo SSE-NNW, em regime
transpressional sinistral A distribuição dos elementos da trama sugerem que a
deformação do granitóide Umbaúba ocorreu em condições sin-colocação magmática,
tendo a sua evolução ligada à presença de zonas de cisalhamento sinistrais, de âmbito
regional.
ASPECTOS GEOLÓGICOS E HIDROGEOLÓGICOS DAS SUB-BACIAS
DO RIO ARROJADO E FORMOSO - BACIAS SEDIMENTARES
DO URUCUIA, OESTE DA BAHIA.
ALOÍSIO DA SILVA PIRES
ORIENTADOR: DR. OLIVAR ANTÔNIO LIMA DE LIMA (UFBA)
RESUMO
Este trabalho tem como principais objetivos a caracterização geológica e
hidrogeografica do Aqüífero Urucuia nas sub-bacias dos rios Arrojado e Formoso,
localizada no oeste do Estado da Bahia. a área de estudo compreende 15.500 Km2,
sendo
5.588Km2 relativos à bacia do rio Arrojado e 9.970Km
2 relativos à bacia do rio
Formoso. A geologia das sub-bacias é representada pelo grupo Urucuia e seuas duas
formações: Posse e Serra das Araras, além do embasamento neoproterozóico,
constituídos pelos carbonatos do Grupo Bambuí e pelo complexo gnáissico
polideformado de idade arqueano-paleoprotozóica. A formação Posse é uma unidade
basal do Grupo Urucuia constituída por arenitos rosas e avermelhados ( redbed) finos à
médio. Seu contato com a Formação Serra das Araras se dá por uma superfície erosiva e
angular. A Formação Serra das Araras corresponde a unidade de topo do Grupo Urucuia
constituída por arenitos esbaranquiçados a amarelado, finos à médio, com grãos
grossos, eventualmente conglumeráticos na base, grão sub-angulares a sub-
arredondados, esfericidade moderada baixa, mal selecionados, normalmente com
intensa cimentação por sílica. Do ponto de vista hidrogeológico, o Grupo Urucuia nas
sub-bacias supracitadas, é representado por um aqüífero do tipo livre e as duas
formações representam dois tipos de reservatórios, sendo a Formação Posse a mais
importante devido às características texturais mais homogênea com porosidade
intergranular de 18%. Os estudos geofísicos, através de sondagem elétrica, indicam que
a zona saturada pode alcançar até 500m enquanto a espessura do Grupo Urucuia, pode
alcançar 1.500m. Ensaios de bombeamento demonstraram que a vazão oscila entre 396
e 402m3/h, com média de 399m
3/h e condutividade hidráulica de 4,3m/s. O fluxo
preferência das águas subterrâneas se dá de sudoeste (SW) para nordeste (NE), com
pequena variações locais, com velocidade aproximadamente de 46,5m/ano. As sub-
bacias estudadas possuem uma reserva água estimada de 601.000x106m
3, e estas
apresentam como características pouco mineralizadas, em que as análises de alguns
parâmetros se encontram abaixo do limite de detecção. São águas doces sulfatadas
sódicas a cálcicas, apresentando baixo risco de salinização. Com relação às
características isotópicas, as águas subterrâneas e superficiais tem uma composição
isotópica bastante parecida indicando a existência de conexão entre elas.
MISTURA DE MAGMAS NO COMPLEXO
ALCALINO FLORESTA AZUL, SUL DO ESTADO DA BAHIA
ANA CARLA MONTEIRO SALINAS
CO-ORIENTADORA: DRª. MARIA DE LOURDES DA SILVA ROSA (UFBA_UFS)
RESUMO
O complexo Alcalino Floresta Azul (CAFA), localizado na porção sul do Estado da
Bahia, tem 20 Km2 de área aflorante, e constitui uma das intrusões da Província
Alcalina do Sul do Estado da Bahia. Esta província instalou-se durante o Cryogeniano
(630-850 Ma) e tem sido interpretada expressão do sistema rifte deste período. O CAFA
é um corpo ígneo, com forma alongada na direção NE-SW, sendo constituído por uma
intrusão granítica, posicionada a leste e outra sienítica situada a oeste, em contato por
falha. Neste trabalho, o batólito foi dividido em duas fácies: uma granítica e outra
diorítica. A fácies Graníticas consiste em uma suíte alcalina, de textura fanerítica,
granulação media a grossa, composta por monzo-granitos, granodioritos, sieno-granitos
e quartzo-monzonitos, ricos em enclaves dioríticos, de formas e tamanhos variados. A
mineralogia essencial é composta de quartzo, feldspato alcalino, oligoclásio, e como
minerais máficos predominantes apresenta biotita e anfibólio. Como minerais acessórios
possui a apatita prismática, titanita, allanita, zircão e minerais opacos. A fácies
Dioríticas é constituída por qurtzo-dioritos, monzodioritos e dioritos, que encontram-se
inclusos na fácies graníticas por apresentar padrão textural porfirítico, com granulação
fina a media. A mineralogia prismática é composta por oligoclásio, biotita, anfibólio,
quartzo, piroxênio. Ela apresenta, como minerais acessórios, os mesmo minerais
encontrados na fácies granítica. A geração deste corpo ígneo pode estar relacionada a
processos de mistura de magmas, visto que são freqüentes os enclaves máficos
microgranulares, diques sin-plutônicos descontínuos, a ocorrência de feições texturais
características como fenocristais do granito no diorito, relações de campo, dentre outros.
HERANÇA DE ESTRUTURAS DO EMBASAMENTO EM BACIAS
SEDIMENTARES TECTÔNICAS INVESTIGADAS COM USO DE IMAGENS
GEOREFERENCIADAS E DADOS DE CAMPO BACIAS RECÔNCAVO SUL E
CAMAMU – BAHIA/BRASIL
BRUNO MOREIRA GUIMARÃES
ORIENTTADOR: DR. LUIZ CÉSAR CORRÊA-GOMES (UFBA)
RESUMO
Estes trabalho inal de graduação temm como objetivo o estudo da herança estrutural do
embasameto nas bacias tectônicas do Recôncavo Sul (RS) e de Camamu (BC) através
da análise de lineametos estruturais extraídos do processameto de imagens de satélite
LANDSAT 5 e 7 dos sensores ETM e ETM+ e imagens de MDE ( Modelo Digital de
Elevação) do Projeto SRTM. Esses dados foram comparados cm dados estruturais
coletados em campo do Projeto Neotectônica do SSE. A análise foi feita a partir da
plotagem em diagrama de rosáceas com frequências de direção e comprimento
acumulados. Os dadosanalisados foram estudados através dos valores totais de
frequências de direção e comprimento acumulado e depois com os dados separados do
embasamento e bacia e coberturas mesozóicas. A comparação foi feita através do
resultados obtidos de cada imagem e depois comparados com os dados de campo. A
área abrange a osta centro sul da Baha e compreende o entorno da Bahia de Todos os
Santos e a bacia d Camamu, perfazendo um total de 10.400 km². Está inserida dentro do
Cráton São Francisco e é compreendida regionalmente por rochas arqueanas e
paleoproterozóicas tonaliticas/trondhjemiticas do Orógeno Itabuna – Salvador – Curacá,
por granulitos de fáceis anfibolito alto a granulito do Orógeno Salvador – Esplanada,
rochas sedimentares de idades mesozoicas representas pelas bacias ectônicas do
Recôncavo Sul e Camamu e corbturas sedimentares de idade tércio - quaternárias
formadas principalmente peo Grupo Barreiras. A utilização de imagens de satélite e de
RADAR georeferenciadas dados estruturais coletados em campo contribuiram para o
mapeamento das principais estruturas regionais relacionadas ao embasamento e a bacia,
ajudam o entendimento da evolução geodinâmica e as relações com o processo de sua
formação.
Palavras-Chaves: Lineamentos estruturais, Recôncavo Sul – Camamu,
Processamentos, LANDSAT, RADAR, dados estruturais de campo.
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL E CARACTERIZAÇÃO DA EVOLUÇÃO DO
USO DE OCUPAÇÃO DA BACIA DO RIO COBRE-BA DE 1965 A 2007 COM
UTILIZAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG)
CARLOS EDUARDO LIBÓRIO DE LIMA
ORIENTADOR: MSC. MARIO JORGE DE SOUZA GONÇALVES (UFBA)
RESUMO
Existe uma preocupação mundial com a escassez de água doce, tanto para o consumo
quanto para geração de energia. Notadamente, em algumas regiões, a não
disponibilidade deste recurso é causada pela degradação dos recursos naturais
renováveis. Para analisar e conter tal problema com eficácia é de suma importância o
estudo do meio físico para diagnosticar a situação real em que se encontram os recursos
em um dado espaço geográfico. As Bacias Hidrográficas representam uma perfeita
unidade hidrológica, pois são terras drenadas por um rio principal (seus afluentes e
subafluentes) compreendidas entre divisão de água, ou seja, partes mais altas de
montanhas, morros ou ladeiras, onde existe um sistema de drenagem superficial que
concentra suas águas, o qual está ligado ao mar, a um lago ou a outro rio maior. Sendo
assim, integram vários parâmetros importantes para ciência ambiental e, através dos
seus limites são definidos estudos físicos, biológicos e socioeconômicos visando uma
maior integração de informações para minimizar a degradação do meio ambiente. O
objeto de estudo deste trabalho é a caracterização da Bacia Hidrográfica do rio Cobre
através de mapas temáticos (geológicos, geomorfológicos, pedológicos,
hidrogeológicos, de vegetação, entre outros), assim como o estudo da evolução do Uso
e Ocupação do Solo em 1965 e 2007, para externar quais parâmetros físicos e
antrópicos influenciam nesta bacia, ou seja, área a serem protegidas que ainda estejam
relativamente preservadas ou que passam por processo de degradação, que possam
comprometer a qualidade da água e a sua disponibilidade. Essa caracterização será feita
por meio de um Sistema de Informação Geográfico (SIG), com Software Arcview com a
qual será criado um banco de dados georreferenciados (medidos ou compilados) com
intuito de realizar uma integração das informações da bacia e representação por meio de
mapas, com intuito de auxiliar na preservação e gestão da Bacia.
SEDIMENTAÇÃO HOLOCÊNICA NA PLATAFORMA CONTINENTAL
ENTRE SERRA GRANDE E OLIVENÇA COSTA CENTRAL DA BAHIA
(COSTA DO CACAU)
CAROLINE ALVES VIEIRA
ORIENTADOR: DR JOSÉ MARIA LANDIM DOMINGUEZ (UFBA)
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo a caracterização do sedimento superficial de fundo da
plataforma continental, a partir da análise de 103 amostras coletadas desde a linha de
costa à plataforma externa, entre as localidades de Serra Grande e Olivença, porção
central do Estado da Bahia (Figura 01). A sedimentação na área de estudo é
predominantemente biogênica tendo como principais componentes os fragmentos de
alga coralina, foraminífero e Bivalvos. Os sedimentos terrígenos são representados
essencialmente pelo quartzo, e estão restritos às vizinhanças imediatas da linha de costa
e na plataforma interna. Do ponto de vista textural predominam na plataforma media e
externa sedimentos areno-cascalhosos à exceção da região do cânion de Almeida onde a
sedimentação é essencialmente lamosa. A faixa que bordeja a linha de costa é
constituída essencialmente de sedimentos arenosos. Como resultados deste trabalho
foram gerados mapas temáticos mostrando a distribuição espacial dos principais
componentes do sedimento assim como um mapa de fácies sedimentares e um mapa de
uso potenciais da plataforma continental. Esses mapas terão aplicação imediata em uma
grande variedade de atividades humanas tais como: seleção de áreas de descarte para
materiais dragados no porto de Ilhéus, avaliação dos recursos minerais da plataforma
continental, estudos ambientais, estudos das comunidades bentônicas e recursos
pesqueiros, avaliação de riscos ambientais e outros.
GEOLOGIA E ARCABOUÇO ESTRUTURAL DA REGIÃO À SULDOESTE DA
MINA FAZENDA BRASILEIRO COM ÊNFASE NA MINERALIZAÇÃO
AURÍFERA GREENSTONE BELT DO RIO ITAPICURU – BARROCAS/BA
CRISTIANO RICARDO DE SALES MULLER
ORIENTADORA: DRª. ÂNGELA BEATRIZ DE MENEZES LEAL (UFBA)
RESUMO
O Greenstone Belt do Itapicuru representa uma seqüência vulcanossedimentar
paleoproterozóica que está situado no Bloco Serrinha, na porção nordeste do Cráton do
São Francisco. Esta megaestrutura aloja um dos mais importantes depósitos de ouro do
Estado d a Bahia. O objetivo deste Trabalho foi realizar integrações de dados geológico,
geofísico e geoquímico com vistas a selecionar áreas favoráveis para a pesquisa de
detalhe para ouro. Como metodologia, foram realizadas interpretações de dados
geofísicos, geoquímicos e de sensoriamento remoto, estudos bibliográficos, trabalhos de
campo e estudos petrológicos. Os levantamentos realizados levou à identificação de
rochas relacionadas a quatro domínios litológicos: metavulcânicas máficas,
metavulcânicas félsicas, metassedimentos e granitóide . De uma maneira geral, as
unidades vulcanossedimentares apresentam-se intensamente de formadas, dificultando o
reconhecimento do protólito ígneo. O arcabouço estrutural levantado revelou a
existência de duas famílias de estruturas, compressional e distensional. A família
compressional é marcada por estruturas das fases Fn - 1, Fn e Fn+1. As duas primeiras
estão marcadas por foliações miloníticas, lineações de estiramento e indicadores
cinemáticos, que, em conjunto, sugerem movimentos de SE para NW. Na fase Fn+1, um
corredor transpressional sinistral a sinistral reverso é gerado, sendo este responsável
pela rotação de elementos da trama Fn. As tensões principais máximas posicionaram-se
segundo N-S. A família distensional é marcada por lineações de crenulação e falhas
normais. As paragêneses minerais sugerema existência de um evento metamórfico as
sociado com alteração hidrotermal (clorita, quartzo, actinolita, carbonato, epidoto).
Metamorfismo dínamotermal também foi interpretado, com paragênes e mineral
constituída por quartzo e biotita. As integrações geológico-geoquímica-geofísica
sugerem uma área localizada na parte central da área como favorável para a acumulação
d e ouro. Os indícios geológicos identificados sugerem que as estruturas Fn - 1 / / Fn
foram as principais acumuladores de ouro na área de trabalho.
O USO DA AEROGAMESPECTROMETRIA E DE IMAGEM DE RADAR
(SRTM) CONTRIBUINDO PARA O MAPEAMENTO GEOLÓGICO E
IDENTIFICAÇÃO DE ALVOS PARA PESQUISA MINERAL NA REGIÃO
ENTRE CACULÉ E IBITIRA, BAHIA
IGOR ARAÚJO PIMENTEL BARBOSA
ORIENTADORA: DRª. SIMONE CERQUEIRA PEREIRA CUZ (UFBA)
RESUMO
O bloco Gavião está inserido na porção not do Cráton do São Francisco e abriga um
conjunto de gnasses e sequências supracustais de idade arqueana-paleoproterozóica. Em
seu interior, uma faixa de sedimentos com orientação NS corresponde ao Aulacógeno do
Paramiim, que abarca um conjunto de rochas metassedimentares de idade meso a
neoproterozóica. Recentemente, a área compreendida entre as cidades de Caculé e
Ibitira foi submetida ao mapeamento geológico na escala 1:100.000, tento sido
verificada a preseça de um conjunto de gnaisses, anfiboliticos, rochas tonalítica-
granodiorítica, constituindo o Domo de Caculé; granitos, sequenciais supracrustais
representadas por xistos, quartzitos, mármores, anfibolitos e diabásios. O objetivo geral
da monografia ora apresentada é a realização da integração geológico-geofísica e do uso
de imagens de radar para contribuir no mapeamento geológico da região compreendida
entre as cidades Ibitira e Caculé / Bahia bem como na definição de alvos para pesquisa
mineral de detalhe. Para se atingir os objetivos propostos, realizaram-se o estudo
bibliográfico, trabalhos de campo, sensoriamento remoto, interpretação de dados
geofísicos e integração de dados geológico-geofísico. As análises em imagem de radar
sugerem a presença de estruturas lineares posicionadas segundo NE/SW e NW/SE que,
em campo, correspondem ás zonas e fratras de cisalhamento destrais reversas e
sisinistrais, respectivamente. O conjunto de dados aerogamaespecteométricos
demostrou a presença de uma região com elevado valores em potássio, urânio e tório,
que corresponde à área de ocorrêcia do Complexo Lagoa Real. Domínios com baixos
valores em radionuclíeos foram verificados e cartografados como domínio do Domo de
Caculé. Entretanto, sugere-se que essas áreas sejam revisitadas, uma vez que possuem
assinatura compatível com rochas máficas-ultramáficas. Do ponto de vista
metalogenético, podem ser sugeridas duas áreas para pesquisa de dtalhe. A primeira,
relaciona-se com o domínio do Complexo Lagoa Real, que hospeda uma importante
mineralização d urânio. A segunda corresponde a uma região situada nas porções oeste e
sudoeste do Domo de Caculé, para a pesquisa de sulfetos.
ASPECTOS PETROGRÁFICOS E GEOQUÍMICOS COM DIQUES DO
BATÓLITOS SIENÍTICO ITARANTIM, SUL DO ESTADO DA BAHIA
JAYME DE AZEVEDO LOPES NETO.
ORIENTADOR: DRª. MARILDA SANTOS PINTO MIEDEMA (UEFS)
RESUMO
Esta pesquisa foi voltada à obtenção de dados petrográficos e geoquímicos de diques
existentes no Batólito Sienítico Itarantim(BSI), que constitui um dos mais expressivos
corpos da Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia. Esta província brasiliana aloja-
se em geossutura alinhada NE-SW, é interpretada como produto de rifteamento
neoproterozóico. A pesquisa iniciou-se com a reunião de dados bibliográficos, seguida
da realização de missões de campo, preparação de amostras para análises petrográficas e
químicas e, por fim, tratamento e integração dos dados. Os diques estudados foram
coletados nas duas fácies ígneas do BSI, a fácies da Serra do Felíssimo (FSF) e Serra do
Rancho Queimado (FRQ). Os diques da FRQ são essencialmente álcalis feldspato
sienito com nefelina, biotita e anfibólio, ocorrendo, nestas rochas, cristalizações
precoces de zircão, apatita e minerais opacos. Já aqueles diques da FSF apresentam
maiores quantidades de feldspatóides, ocorrendo além da nefelina, sodalita que não se
faz presentes na FRQ, sendo o carbonato também encontrado aqui em maior quantidade
modal. Os resultados geoquímicos destas rochas ao serem lançados no diagrama TAS,
revelam que estas se concentram essencialmente no campo do fóide sienito.
Comparando-se estes dados com aqueles das rochas encaixantes sieníticas, em ambas as
fácies do BSI, constata se que as amostras dos diques seguem a tendência evolucional
do batólito, apresentando, entretanto, maiores conteúdos de Na2O? (até 12%) e Al2O3?
(até 24%), ocupando, assim, extremo fortemente fracionado da evolução. Os dados
obtidos permitem, portanto, inferir que os diques de sienito estudados representam o
produto do processo de cristalização fracionada do magma fonolítico responsável pela
geração dos sienitos do Batólito Sienítico Itarantim.
INTERAÇÃO ENTRE ÁGUAS MINERAIS DE ITAPARICA E O AQUÍFERO
PERIFÉRICO
MIKE HENDERSO SANTANA BATISTA
ORIENTADOR: DR. MANOEL JERÔNIMO MOREIRA CRUZ (UFBA)
RESUMO
O presente trabalho faz parte do conjunto de atividades da disciplina GEO-064 e resume
os avanços obtidos para obtenção do grau de Bacharel em Geologia . o escopo das
pesquisas teve por alvo estudar os efeitos de interação entre as águas minerais da Fonte
da Bica (Itaparica) e o aqüífero periférico ao jazimento desta água mineral,
geologicamente localizada no compartimento sul da Bacia do Recôncavo, no município
de Itaparica Bahia-Brasil. A estratégia de pesquisa seguiu a metodologia clássica de
estudos geológicos sendo executados levantamentos de campo, amostragens, analises,
interpretação dos dado obtidos e redação do manuscrito final. Concluiu-se que a zona do
aqüífero periférico distante da linha de praia apresenta semelhanças nas características
hidroquímicas com as águas da Fonte da Bica. Verificou-se, também, que a zona
próximo à linha de praia apresenta forte influencia da cunha de água do mar e a
composição é nitidamente diferente em teores de sais, em comparação a Fonte da Bica.
Os parâmetros Microbiológicos apontaram para necessidade de tratamento da água para
o consumo humano em todos os pontos de coletas. Encontrou-se valores que atingiram
700UFC/100mL de coliformes totais, sendo que o limite máximo aceitável é da ordem
de < 1,0 UFC/100mL segundo a resolução 54/2000 do Código das Águas Minerais.
CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO GEOLÓGICO DO COMPLEXO
MÁFICO-ULTRMÁFICO DE CAMPO ALEGRE DE LOURDES, BAHIA.
(ENFOQUE ESPECIAL A PETROGEOQUÍMICADOS ELEMENTO TRAÇOS)
MARCELO BAHIA CARVALHO DOS SANTOS
ORIENTADOR: DR. MANOEL JERÔNIMO MOREIRA CRUZ (UFBA)
RESUMO
A investigação estratigráfica de dados sísmicos é uma importante ferramenta na
pesquisa de reservatórios de hidocarbonetos. Cada vez mais, técnicas avançadas têm
sido utilizadas pela industria para promover uma exploração bem sucedida em novas
reservatórios de petróleo, assim como o desenolvimento de campos existentes em áreas
maduras. O objetivo deste trabalho é apresentar os aspectos da interpretação
estratigráfica de dados sísmicos 3D, utilizando um conjunto de metodologias e técnicas,
como análises espectrais e volumétricas, para realças áreas de interesse, visualizar
subconjuntos do dado original e extrair geometrias como superfícies e feições
sismoestratigráficas representando sistemas deposicionais. O trabalho começa com uma
descrição de métodos de investigação sismoestratigráfica. Depois, a execução das
metodologias é detalhada, mostrando, assim suas aplicações. Por fim, são
apresentadados alguns resultados e análises em dados reais com suas respectivas
conclusões finais. O presente trabalho tem abordagem principalmente empírica,
exigindo um amplo condicionamento e prévia análise de dados até a execução final em
dados reais. Foram utilizados dados sísmicos processados e reprocessados, dados de
poços e horizontes previamente interpretados. Todos os dados e recursos utilizados são
da PETROBRAS S.A e para efeito de preservação da confidecalidade dos dados, não
foram identificados durante a conclusão desta esquisa.
GEOLOGIA E GEMOLOGIA DAS AMETISTAS DE BREJINHO DAS
AMETISTAS, BAHIA
MÔNICA CORREA
ORIENTADOR: DR. VILTON FERNANDES DE JESUS (UFBA)
RESUMO
A Bahia tem sido juntamente com Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul, destaque
na produção de pedras preciosas naturais do Brasil, pais que detém grande parte das
reservas mundiais desses bens minerais, com produção de gemas de qualidade
reconhecidas internacionalmente. Os controles estatísticos registram a presença de mais
de trinta variedades gemológicas em território baiano, com destaque para esmeralda,
água-marinha, citrino, crisoberilo, cristal de rocha e ametista (Tavares ET AL, 1998).
Com relação a essa ultima, o distrito de Brejinho das Ametistas vem se consolidando
como um importante produtor no cenário estadual. Apesar da importância da
mineralização, existe uma carência de estudos científicos que abordem questões
relacionadas com a evolução dos depósitos, com o controle geológico da mineralização
em Brejinho das Ametistas, e com os tratamentos que são realizados para melhorar a
qualidade das ametistas de potencial gemológico, da região estudada. A realização desse
estudo representa um passo significativo no entendimento da evolução metalogenética,
desse que é o principal distrito de ametistas do estado da Bahia. O distrito em questão
situa-se na porção sul da Província Metalogenética do Paramirim (Misi ET AL. 2006),
na feição tectônica denominada de Cinturão de Dobramentos e Cavalgamentos da Serra
do Espinhaço Setentrional. Este cinturão corresponde ao limite ocidental do corredor do
Paramirim. O objetivo geral desse trabalho foi contribuir com o estudo geológico e
gemológico do Distrito de Brejinho das Ametistas, Bahia, alem de enriquecer o
conhecimento desse potencial geológico do território baiano, bem como dos critérios de
classificação e avaliação técnica das gemas e tratamento e beneficiamento das mesmas.
Como métodos de trabalho, foram realizadas pesquisa bibliográfica, trabalhos de
campo, análises químicas de amostras, caracterização gemológicas e tratamento de
dados estruturais. A partir dos dados levantados, pôde-se verificar que a mineralização
de ametista esta posicionada sobre fraturas de tração de baixo ângulo, estando estas
encaixadas nos metarenitos da formação Salto (Supergrupo Espinhaço. Tais fraturas
estão associadas com rampas de empurrão que se desenvolveram durante as
deformações que culminaram com a estruturação do cinturão de dobramentos e
cavalgamentos em questão. Desta forma, conclui-se que a mineralização possui um
controle estrutural. Quimicamente as amostras coletadas demonstraram altos teores de
sódio e ferro. Os resultados obtidos, aliados a presença de crostas ferruginosas
associadas com as fraturas sugerem que a causa da coloração da ametista é devido a
impurezas derivadas da família do ferro (FeO4? )-4.
Tal fato pode ser corroborado pela
associação espacial entre os depósitos de ferro e ametistas. Uma interação complexa
entre ferro e alumínio pode também ser responsável pela coloração, desde que notado
um elevado percentual de Al, presente na carapaça ferruginosa estudada. As
características gamológicas encontradas demonstram que as ametistas apresentam um
elevado potencial comercial, baseado nos Quatro C's (critério de avaliação). Para o
futuro sugere-se trabalhos de levantamentos Geológicos e Pesquisa Mineral, desde que
a exploração das ametistas vem apresentando significativas reduções e limitações nas
suas atividades minero-industriais, seja pela parcial exaustão das reservas conhecidas,
ou pela necessidade de ampliá-las e , assim, incentivar novos investimento.
ASPECTOS PETROGRÁFICOS E LITOGEOQUÍMICOS DAS ROCHAS
ALCALINAS DA SERRA DAS PALMEIRAS, SUL DA BAHIA
MURILO DE ARAÚJO SANTIAGO
ORIENTADORA: DRª. MARIA DE LOURDES DA SILVA ROSA (UFBA)
RESUMO
A Serra das Palmeiras está localizada nas proximidades do rio Pardo, possui forma
elíptica e situa-se poucos quilômetros do município de Potiraguá, sul o estado da Bahia.
É composto de rochas sieníticas, está inserida no stock Rio Pardo e encontra-se de
forma intrusiva nos gnaisses granulíticos Paleoproterozóico do cinturão Itabuna. Ambos
pertencem à Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia (PASEBA), de idade
neoproterozóica. Os sienitos são isotrópicos, faneríticos mésio a grossos, subsaturados
em sílica, com presença de feldspatóides como nefelina, cancrinita e sodalita. Possui
ainda em sua composição mineralógica feldspato alcalino pertitico, biotita, titanita,
albita, minerais opacos, pirita, apatita, hornblenda, carbonato e zircão. A partir do estudo
petrográfico, dividiu-se os sienitos em três faciologias: álcali feldspato sienito, nefelina
sienito e sodalita sienito. A fácies sodalita sienito está sempre associada as nefelina
sienito. A grnde maioria dos feldspatos alcalinos encontradas nas faciologias estudadas
exibem a textura de exsolução do tipo pertita, evidenciando, assim, o caráter
hipersolvus. Texturas de substituições são comuns em laminas, como a cancrinita e
sodalita substituindo a nefelina e sodalita à cancrinita. O estudo geoquímico relevou o
caráter peralcalino do magmatismo, além do enriquecimento dos óxidos de alumínio e
sódio, e do empobrecimento dos óxidos de ferro e potássio, à medida que ocorre o
empobrecimento em sílica, ou seja, o fracionamento magmático. Os elementos traços
mostram que as nefelina sienitos possuem elevados teores de cromo, zircônio, estrôncio
e zinco, enquanto que os sodalita sienitos e sodalititos apresentam as mais baixas
concentrações. Os elementos terras raras demonstraram o caráter cogenético entre as
faciologias.
ESTUDO DA COMPOSIÇÃO DOS CLASTOS DO CONGLOMERADO DO
MEMBRO LAVRAS NA REGIÃO DE LENÇÓIS, CHAPADA DIAMANTINA,
BAHIA
NARA GOMES DE ARAÚJO GÓES
ORIENTADOR: DR. ANTÔNIO CAMPOS MAGALHÃES (PETROBRAS-UO/BA)
RESUMO
A área de estudo localiza-se na Chapada Diamantina na porção central do Estado da
Bahia, no entorno da cidade de Lençóis, que por vez, está inserida no Cráton São
Francisco (CSF; Almeida,1977). O CSF representa a parte em que o substrato de rochas
cristalinas com idade superior a 1.8 Ga, não foram envolvidas nas deformações do Ciclo
Brasiliano. A cidade de Lençóis foi fundada em 1845, em conseqüência da descoberta
dos diamantes que foi de brande importância econômica no século passado, hoje em
declínio, com a queda da produção, mas que ainda dura nos dias atuais. No entanto, o
forte da economia da cidade hoje é o turismo oferecendo belas cachoeiras, paisagens e
trilhas para seus visitantes. O membro Lavras objeto de estudo desse trabalho, ocorre no
topo da Formação Tombador, sendo representado por depósitos de leques aluviais e é
considerado o depósito do tipo secundário das mineralizações diamantíferas. Este
estudo objetiva analisar e representar o percentual da composição dos clastos do
Membro Lavras, classificando-os em extraclastos (oriundos da Cordilheira
Jacobina/Contendas-Mirante) e intraclastos provenientes da própria bacia. O estudo foi
realizado com a descrição e contagem dos clastos em 25 afloramentos ao longo do Rio
Lençóis. Cada ponto amostrado foi fotografado e levantadas as suas coordenadas e
altitude. O caminhamento foi realizado de forma a amostrar pontos do topo para a base
na estratigrafia das camadas de conglomerado. Através dos resultados obtidos com a
descrição da composição dos clastos foi possível traçar uma curva de tendência da
freqüência dos intraclastos, comprovando-se que existe a tendência de aumento da
quantidade dos intraclastos na madida em que se desce na estratigrafia. Desta forma
fortalece-se a hipótese do avanço da fonte dos conglomerados no sentido leste para
oeste, o que pode evidenciar um avanço de uma orogênese no mesmo sentido.
CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA E GEOQUÍMICA DOS FOID SIENITOS
DA PORÇÃO NORTE DO STOCK NEFELINA-SIENÍTICO RIO PARDO,
REGIÃO DE PALMARES, SUL DO ESTADO DA BAHIA
NILO PESTANA QUADROS
ORIENTADORA: DRª. MARIA DE LOURDES DA SILVA ROSA (UFBA)
RESUMO
Os Foids sienitos da porção norte do stock nefelina-sienítico do Rio Pardo, sul do
Estado da Bahia, ocupam morros elipsoidais, em uma área total de cerca de 18Km². Este
stock encontra-se encaixados nos terrenos granulíticos do Cinturão Itabuna, e representa
um dos diversos corpos intrusivos alinhados da Província Alcalina do Sul do Estado da
Bahia - PASEBA, com idade neoproterozóica. As rochas alcalinas estudadas são
leucocráticas, faneríticas média a grossa, isotrópicas, compreendendo essencialmente
litotipos sieníticos com feldspatóides. Os estudos petrográficos permitiram a
identificação de três grupos litológicos, sendo eles: álcali-feldspato-sienitos, nefelina-
sienitos e sodalita-álcali-feldspato-sienitos. Sua mineralogia básica é formada por
plagioclásio sódico, ortoclásio e nefelina, e tendo como minerais assessórios: biotita,
cancrinita, carbonatos, titanita, minerais opacos, apatita, fluorita e zircão. Os estudos
litogeoquímicos apontam para um fracionamento marcado pela diminuição de sílica,
controlado por feldspato alcalino hipersolvus e minerais máficos. A evolução
identificada nos diagramas de tipo Harker é semelhante à encontrada para outros foids
sienitos da PASEBA, marcada pelo crescimento moderado em Na2O e Al2O3, com a
diminuição de sílica. A tendência da diferenciação das rochas alcalinas da região em
estudo, através de dados petrográficos e geoquímicos do magma, explica o seu
enriquecimento em sódio e alumínio, com aumento das atividades de cloreto (sodalita) e
gás carbônico (cancrinita e calcita).
PETROGRAFIA DE NEFELINA E SODALITA SIENITOS DA INTRUSÃO
SIENÍTICA DO COMPLEXO ALCALINO FLORESTA AZUL, SUL DO
ESTADO DA BAHIA
NOELINDA RIBEIO SATOS
ORIENTADOR: DR. HERBERT CONCEIÇÃO (UFBA)
RESUMO
Na região centro-norte da Província Alcalina do Sul do estado da Bahia, encontra-se o
Complexo Alcalino Floresta Azul, que é um corpo ígneo de 200Km² alongado NE-SW,
constituído por uma intrusão sienítica e outra granítica, que estão em contato por falha.
Este batólito é intrusivo em granulitos arqueano-paleoproterozóicos do Cinturão
Itabuna. A Intrusão Sienítica localiza-se na parte sul do Complexo. Ela possui 45Km², é
constituída por sienitos com ou sem feldspatóides, cerca de 85% deste corpo. Esta
intrusão hospeda uma mineralização importante de sienitos azul (sodalita sienito) em
uma porção central, sendo circundada por nefelina sienito e sienito. Este estudo
investiga as relações geológicas e petrográficas entre os diferentes tipos de sienitos, com
o objetivo de compreender a evolução de suas cristalizações. Os dados obtidos até o
momento permitem identificar que os sodalitas sienitos ocorrem como faixas ou balões
pegmatíticos encaixados em nefelina sienitos, que são as rochas mais abundantes da
Intrusão. As relações destas rochas com sienitos encaixantes são complexas e sugerem
que a cristalização da sodalita se processa sob ação de forte pressão de fluidos. As
relações entre os minerais, observados ao microscópio, revelam que a cristalização dos
feldespatóides cancrinita e sodalita é normalmente acompanhada pela formação de
calcita, óxidos e zircão e pela desestabilização da nefelina e feldspato alcalino. Diante
do estudo realizado, foi observado que os cristais de sodalita e cancrinita desenvolvem-
se às custas da nefelina. A cinética do processo indica trata-se de fenômenos
metassomático, provavelmente envolvido em enriquecimento de cloreto de CO2. Foi
verificado que os tipos de sienitos da intrusão e as mudanças em sua mineralogia sejam
influenciadas pela assimilação das rochas do embasamento, na periferia, e o aumento de
feldspatóide indica que a assimilação foi limitada.
PETROGRAFIA LITOGEOQUÍMICA DOS GRANULITOS SHOSHONÍTICOS
DA PARTE SUL DO ORÓGENO ITABUNA-SALVADOR-CURAÇÁ, BAHIA
NYEMER PIVETTA COSTA
ORIENTADOR: DR. JOHILDO FIGUEIREDO BARBOSA (UFBA)
RESUMO
O Orógeno Itabuna-Salvados-Curaçá, no sul do estado da Bahia possui quatro maciços
com filiação shoshonítica, metamorfisados no fácies granulito. Eles exibem uma
coloração cinza esverdeado e com textura porfiroblástica, por vezes granoblásticas a
lepidoblásticas, variando de média a grossa. A petrografia permitiu separar em três
litotipos distintos e toda extensão do maciço: (i) granulitos quartzo-monzoníticos, (ii)
granulito monzoníticos e (iii) granulitos monzodioríticos. Do ponto de vista petrográfico
essas amostras são constituídas principalmente de plagioclásio, k-feldspato,
ortopiroxênio, clinopiroxênio, quartzo e de minerais opacos. A litogequímica
corroborou a separação dos três litotipo identificados na petrografia. As análises
químicas mostram À natureza alcalina e a filiação shoshonítica para os granulitos
monzoníticos e monzodioríticos, enquanto que os granulitos quartzo-monzoníticos
confirmam uma tendência subalcalina de filiação cálcio alcalino de alto-K. As rochas
shoshoníticas estudadas nesta monografia são parecidas com rochas shoshoníticas de
outras partes do mundo, fato que pode ser identificado, tanto nos estudos petrográficos
quanto nos litogeoquímicos realizados.
TERMÔMETROS GEOLÓGICOS EM CORAIS: O COMPORTAMENTO DA
RAZÃO SR/CA NO ESQUELETO DE MUSSISMILIA BRAZILIENSIS
PRISCILA MORTINS GONÇALVES
ORIENTADOR: DR. RUY KENJI PAPA DE KIKUCHI (UFBA)
ORIENTADORA: DRª TÂNIA MARIA FONSECA ARAÚJO (UFBA)
RESUMO
A aplicação dos princípios estratigráficos permite o estudo dos esqueletos coralinos
como termômetros geológicos. Tais esqueletos são construicos por acresção de
aragonita em camadas subseqüentes controladas pela densidade, as quais registram o
crescimento do organismo. Esta superposição cronológica de camadas de aragonita - um
principio essencial da estratigrafia - aliada ao conhecimento da taxa de crescimento
oferece a base para o desenvolvimento dos estudos dos corais como geotérmicos,
incluindo-se o presente estudado. Os esqueletos dos corais oferecem um rico arquivo da
variabilidade climática pretérita nos oceanos tropicais, onde as informações são
limitadas e onde nosso conhecimento da sensibilidade climatológica é incompleta. O
debate mundial sobre as mudanças climáticas renovou o interesse nos corais, já que os
seus esqueletos são arquivos naturais que registram informações sobre as condições
ambientais ao longo da sua construção. Estudos anteriormente conduzidos propõem que
a temperatura da superfície do mar (TSM) desempenhe um papel de controle na
incorporação, pelo esqueleto coralino, de elementos químicos como o Estrôncio (Sr) -
os quais substituem uma pequena proporção de cálcio(Ca) na estrutura da aragonita. O
objetivo desse estudo foi calibrar a razão Sr/Ca no coral Mussismilia braziliensis (Verril
1868), espécie que apresentou grande potencial como geotermômetro. As oitentas e seis
amostras do estudo foram retiradas de um testemunho de uma bioconstrução de corais
coletado na região de Abrolhos, Brasil, em novembro de 2003.
HIDROQUÍMICA E QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS AQUÍFEROS
CÁRTSICOS DA REGIÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS
VERDE, JACARÉ E SALITRE – BAHIA
REJANE LIMA LUCIANO
ORIENTAOR: DR. LUIZ ROGÉRIO BASTOS LEAL (UFBA)
RESUMO
A área de estudo está localizada na região das bacias hidrográficas dos rios Verde, acaré
e Salitre, na porção centro-norte do Estado da Bahia, semi-árido. As características
idroquímicas e a qualidade das águas subterrâneas dos domínios aqüíferos cársticos
desta área, cujo déficit hídrico é superior a 1.500mm/ano, são os objetivos deste
trabalho. Estes aqüíferos cársticos têm caráter heterogêneos e anisotrópicos. O fluxo de
água em sub-superfície está relacionado à falhas, fraturas e ao grau de carstificação dos
aqüíferos. A recarga sofre contribuição das águas da chuva e do aqüífero fissural
metassedimentar relacionados às rochas do Grupo Chapada Diamantina. A elevada
espessura do pacote de rocha carbonática para a as bacias dos rios Verde e Jacaré
(atingindo até 5-7km) juntamente com o tempo de percolação prolongado possibilita um
padrão de evolução hidroquímico de cloretada cálcica para bicarbonatada cálcica,
enquanto a menor espessura do pacote de rocha carbonática para a bacia do rio Salitre
(até 290m) somado ao menor tempo de percolação destas águas, em relação as duas
anteriores, possibilita um padrão de evolução hidroquímico de cloretada mista para
bicarbonatada mista. Os mapas de isoteores mostram que nas regiões onde a
condutividade elétrica é elevada as concentrações de sódio, potássio, cálcio, magnésio,
cloretos e sulfatos também são altas. De forma geral, as concentrações de carbonatos
estão associadas ao fluxo subterrâneo (aumenta para jusante) e as concentrações de
bicarbonato estão associadas a proximidade com as zonas de recarga. Os valores de
sódio, cloreto e potássio encontram-se acima do valor máximo permitido para consumo
humano segundo a Portaria no 518/2004 do Ministério da Saúde. Assim, de acordo com
estes parâmetros, estas águas podem ser consideradas impróprias para o consumo
humano.
CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO GEOLÓGICO DO COMPLEXO
MÁFICO-ULTRAMÁFICO DE CAMPO ALEGRE DE LOURDES, BAHIA.
ENFOQUE ESPECIAL A PETROGEOQUÍMICA DOS ELEMENTOS MAIORES
TIAGO ALMIDA BARBOSA
ORIENTADOR: DR. MANOEL JERÔNIMO MOREIRA CRUZ (UFBA)
RESUMO
O complexo máfico-ultramáfico de Campo Alegre de Lourdes é um corpo máfico-
ultramáfico diferenciado, intrudido em rochas metamórficas de alto grau do Complexo
Gnaisses e Migmatitico, situado no extremo noroeste da Bahia. Estudos
petrogeoquímico através da aplicação do método CIPW permitiu caracterizar as rochas
genericamente denominadas Rochas Gabróicas pelos verdadeiros tipos líticos tais como:
Gabros, Granodioritos, Quartzo Monzogranito, sendo que na área as rochas foram
denominadas através das análises de campo como gabros, os outros nomes de rochas
foram classificadas através da aplicação do método CIPW. O estudo geoquímico dos
elementos maiores, sobretudo os elementos Fe, Mg, e Al permitiu caracterizar o
magmatismo formado do corpo ígneo como do tipo sub-alcalino, toleítico evoluído em
condições intracratônicas. O processo de acumulação magmática por efeitos gravitativos
permitiu o desenvolvimento de cumulatos bipartites ricos em Fe, que desenvolveu o
minério de rochas ricas em Fe-Ti (V) e por outra parte rico em Al, onde existem rochas
com tendências anortosíticas.
MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2008.1
A SEDIMENTAÇÃO NA PLATAFORMA CONTINENTAL DO MUNICÍPIO DE
CONDE (LITORAL NORTE DA BAHIA) DESDE O ÚLTIMO MÁXIMO
GLACIAL: INTEGRAÇÃO DE DADOS SEDIMENTOLÓGICOS E
GEOFÍSICOS
ELISA NUNES SANTOS DA SILVA
ORIENTADOR: DR. JOSÉ MARIA LANDIM DOMINGUEZ (UFBA)
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo principal caracterizar a sedimentação na
plataforma continental do município de Conde (Litoral Norte da Bahia) desde o Último
Máximo Glacial (16.000-20.000 anos AP), a partir da integração de dados
sedimentológicos e geofísicos (sonar de varredura lateral e perfilador de sub-fundo).
Com esta finalidade, foram confeccionados o mapa de isópacas dos sedimentos
holocênicos e os mapas de fácies texturais e de composição dos sedimentos superficiais
de fundo. Estes dados foram integrados a batimetria, sendo também traçada a evolução
da inundação da plataforma continental do município de Conde e calculada as taxas de
sedimentação. As áreas de maior acúmulo de sedimentos correspondem à feição
denominada vale inciso do rio Itapicuru e aos paleocanais existentes na área, onde foi
possível perceber a geometria dos seus depósitos no mapa de isópacas. Os sedimentos
superficiais da plataforma continental do município de Conde são predominantemente
arenosos e cascalhosos, sendo encontrada lama apenas em frente à desembocadura do
rio Itapicuru e em depressões presente na plataforma em frente aos rios Itariri e
Itapicuru. São predominantemente bioclásticos, com altos teores de alga coralina. Sua
inundação após o Último Máximo Glacial (16.000 - 20.000 anos AP) teve início em
11.300 anos AP, sendo completamente afogada em 7.500 anos AP. As maiores taxas de
sedimentação foram atribuídas ao vale do rio Itapicuru e aos paleocanais. Para o melhor
detalhamento do estudo da sedimentação holocênica na plataforma continental do
município de Conde, recomenda-se a coleta de testemunhos, a fim de se estudar a
evolução estratigráfica da área. Para um aprofundamento no estudo do Vale Inciso do
Rio Itapicuru, é necessário o mapeamento de sua porção continental, com a realização
de furos de sondagem. Assim, poderá ser feita a integração da evolução quaternária da
zona costeira e plataforma continental adjacente.
Palavras-chave: Plataforma Continental; Município de Conde; Sedimentação
Holocênica; Sonar de Varredura Lateral; Perfilador de Sub-fundo; Vale Inciso do Rio
Itapicuru.
PADRÕES DE DISPERSÃO DE SEDIMENTOS AO LONGO DO LITORAL
NORTE DO ESTADO DA BAHIA: SUBSÍDIOS PARA O GERENCIAMENTO
COSTEIRO
FABIANO CRUZ DO LIVRAMENTO
ORIENTADOR: DR. ABÍLIO CARLOS DA SILVA P. BITTENCOURT (UFBA)
RESUMO
O presente trabalho tem como foco definir os padrões de dispersão de sedimentos ao
longo do litoral norte do Estado da Bahia, numa escala de aproximação três vezes maior
do que a utilização por Bittencourt et al. (2000), na tentativa de explicar os trechos
costeiros sob erosão aí existentes e de oferecer subsídios para os planos de
gerenciamento costeiro deste litoral. A estratégia metodológica constituem em: pesquisa
bibliográfica, fotointerpretação, definição do modelo de clima de ondas obtido apartir
de diagramas de refração de onda; modelagem numérica para o cálculo da derivada
efetiva; utilização dos dados relacionados ao comportamento deste litoral quanto a
evidencia de erosão, progadação ou equilíbrio; e viagem de reconhecimento de campo.
Como resultado da modelagem numérica, foi possível confirmar o padrão geral de
deriva litorânea efetiva definido por Bittencourt et al.(2000), caracterizado por uma
zona de divergência em que, aproximadamente, a metade norte do trecho costeiro
apresenta um sentido de derivada de SW para NE e, a metade sul, de NE para SW. Além
disso, o presente trabalho conseguiu discriminar 14 células de deriva, contra apenas
quatro definidas por aquelas autores, bem como localizar o ponto de divergência a cerca
de 16 Km abaixo do anteriormente definido por Bittencourt et al. (2000). O trecho
costeiro entre Barra do Itariri e Porto e Sauípe apresenta evidêcias de erosão contínuas
ao longo da linha da costa atual e corresponde à zona de divergência no sentido da
deriva efetiva, que é uma zona de déficit de sedimentos. Neste mesmo trecho, o
quaternário costeiro é praticamente inexistente, o que pode indicar que este segmento
tem uma tendência crônica a déficit de sedimentos. Desta forma, sugere-se políticas de
gerenciamento específicas para esta porção do litoral.
MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA ÁREA DO FAROL DA BARRA,
SALVADOR-BAHIA, BRASIL
JAILMA SANTOS DE SOUZA
ORIENTADOR: DR. LUIZ CÉSAR CORRÊA-GOMES (UFBA)
RESUMO
A região que compreende o Farol da Barra, na cidade de Salvador, estado da Bahia, está
inserida no Cinturão Salvador-Esplanada, uma unidade tectônica alongada na direção
N45°, que apresenta uma história evolutiva complexa, com uma grande diversidade de
litotipos metamórficos de alto e médio grau, extremamente deformados em modo
polifásico. Na área de estudo foram identificados os seguintes litotipos: (i) rochas
ultramáficas e máficas granulitizadas, (ii) granulitos paraderivados, onde estão incluídos
os granulitos aluminosos, granitos granadíferos e os quartzitos com granada, (iii) as
rochas ortoderivadas representadas pelos granulitos tonalíticos (iv) os diques máficos, e
(v) os corpos e veios monzo-sienograníticos. As rochas encontram-se polideformadas no
estado dúctil apresentando, pelo menos, três fases deformacionais, onde primeira fase
deformou os litotipos presentes na área, estruturando uma foliação (Sn) paralela ao
bandamento gnáissico, onde as rochas mais competentes foram boudinadas, com
lineações de estiramento mineral, predominantemente, strike-slip e cinemática ora
dextral a dextral-reversa, ora sinistral-reversa. A segunda fase é caracterizada por zonas
de cisalhamento subverticais que ora se paralelizam, ora transectam os corpos
boudinformes, com lineações de estiramento mineral, de maneira geral, strike-slip e
cinemática predominantemente dextral. A terceira fase, de caráter menos penetrativo,
gerou uma foliação com alto ângulo de mergulho e lineação de estiramento mineral dip-
slip e cinemática reversa. Através do estudo das estruturas rúpteis obtiveram-se vários
conjuntos principais de falhas e fraturas, sendo que a Falha de Salvador está relacionada
ao sistema de fraturas N20º- N30º, a Falha da Barra ao conjunto de fraturas N80º- N90º
e o sistema N120º- N130º é paralelo às falhas transferentes da Bacia do Recôncavo.v
MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTURAL DA PORÇÃO
CENTRAL DO CINTURÃO DE DOBRAMENTOS E CAVALGAMENTOS DA
SERRA DO ESPINHAÇO SETENTRIONAL, CAETITÉ, BAHIA
JOSÉ ELVIR SOARES ALVES
ORIENTADORA: DRª. SIMONE CERQUEIRA PEREIRA CRUZ (UFBA)
RESUMO
O cinturão de dobramentos e cavalgamentos do Espinhaço Setentrional envolve as
unidades do supergrupo Espinhaço, de idade paleo-mesoproterozóica, plutônicas do
Complexo Lagoa Real, de idade 1.75 Ga e o embasamento do Bloco Gavião. O objetivo
geral desta monografia é proceder ao mapeamento geológico das cercanias da cidade de
Caetité, com ênfase na caracterização do arcabouço estrutural e estudo do
metamorfismo nas unidades da Formação Mosquito. Neste contexto, as unidades
mapeadas foram: i) metarenitos e metaconglomerados da Formação Salto; ii) augen -
gnaisses e sienitos do Complexo Lagoa Real; iii) associação de formação ferrífera,
rochas cálcio-silicáticas, quartzitos e xistos da Formação Mosquito. A paragênese
mineral metamórfica progressiva sin a tardi -tectônica observados na Formação
Mosquito é marcada por: estaurolita, anfibólio, cianita, biotita verde, quartzo, opacos,
calcita, quartzo, sugerindo condições de fáceis anfibolito em intervalo entre 520 e
660ºC, na zona da estaurolita. Por outro lado, a paragênese retrograda tardi -tectônica é
marcada por calcita, clorita, quartzo, anfibólio (actinolita) sugerindo condições de fácies
xisto verde com intervalos 300 e 400ºC, na zona de clorita. Nas unidades da Formação
Salto, a presença da sericita fina sugere condições de metamorfismo de fácies xisto
verde a subxisto-verde. Neste sentido, o metamorfismo diminui de leste para oeste. O
levantamento estrutural revelou a existência de três fases deformacionais. A primeira
fase (Fn-1) é marcada por foliação milonítica. Segunda fase (Fn) foi dividida em dois
estágios, o primeiro, Fn', é marcado por rampas de empurrão com vergência para W,
boudins de quartzos, dobras intrafoliais e de arrastos; o segundo, Fn'', está representado
por dobras regionais que estão associadas a zona de cisalhamento, em modelo clássico
de cinturões de dobramentos e cavalgamentos. A última fase, Fn+1, é marcada por
dobras em kinkbands e de crenulaçao, com desenvolvimento de clivagem. A assimetria
das primeiras sugerem vergência para leste. A evolução deformacional da área está
relacionada com regimes compressivos e distensivos que se sucederam, em que o
embasamento esteve envolvido na deformação da cobertura metassedimentar.
Palavras-chave: Formação Mosquito, metamorfismo e rampas de empurrão.
CARACTERÍSTICAS PETROGRÁFICAS E ASPECTOS
METALOGENÉTICOS DO CORPO C-59, MINA FAZENDA BRASILEIRO,
BAHIA
LISÁLVARO LUCAS CHAVES COSTA
ORIENTADOR: DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)
RESUMO
A mina Fazenda Brasileiro está localizada na região nordeste do Estado da Bahia,
porção sul do Greenstone Belt do Rio Itapicuru, mais precisamente na Faixa Weber.
Essa faixa corresponde a uma zona de cisalhamento com mais de 8 km de extensão,
orientada segundo E-W, mergulhando cerca de 45° para sul. Trata-se de um dos mais
importantes depósitos de ouro orogênico do Brasil. O Corpo C-59 encontra-se a uma
profundidade de 590 m da superfície, apresentando recursos lavráveis da ordem de
69.252,6 t de minério, com o teor médio de 5,26 g Au\t. Situase entre as rochas das
seqüências Fazenda Canto (MPV) e Fazenda Brasileiro (CLX). Durante o mapeamento
geológico foram identificados dois tipos de veios mineralizados: (i) veios paralelos a
subparalelos a foliação e (ii) veios discordantes, apresentando composição mineral e
teores de ouro, fortemente controlados pelas encaixantes, evidenciando o papel das
encaixantes no processo mineralizador, resultante da interação fluido\rocha. Os estudos
petrográficos mostraram que o ouro encontra-se como partículas finas variando de 5 μm
a 200 μm, apresentando-se incluso nas bordas e preenchendo microfraturas nas
arsenopiritas, além de ocorrer partículas livres nos veios de quartzo. A paragênese de
alteração hidrotermal é formada por quartzo - clorita - sericita - sulfeto - carbonato -
albita ± biotita ± muscovita ± ilmenita ± rutilo resultantes de processos de cloritização,
silicificação, sericitização, sulfetação, carbonatação e albitização. Foram observadas
duas fases principais de mineralização, a primeira é caracterizada por apresentar ouro
incluso nas arsenopiritas, em paragênese com pirrotita, calcopirita e pirita
(remobilizadas), e nos veios concordantes de quartzo e quartzo-carbonato. E a segunda,
por apresentar partículas de ouro preenchendo microfraturas nas arsenopiritas e nos
veios. A nível de corpo de minério, outros controles podem ter influenciado nas
distribuições e concentrações de ouro, destacando-se: (i) controle mineralógico
relacionado, principalmente, à presença de arsenopirita; (ii) controle estrutural
associado às zonas de charneira das dobras de segunda fase (Fn'); e (iii) controle
associado às alterações hidrotermais (cloritização, silicificação, carbonatação,
sericitização).
Palavras-chave: Greenstone Belt do Rio Itapicuru, Mina Fazenda Brasileiro, Depósitos
de Ouro Orogênico.
MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS EM ÁREAS DE
DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: O CASO DO ATERRO
METROPOLITANO CENTRO - SALVADOR – BAHIA
LUCIANO AUGUSTO CRUZ DOS SANTOS
ORIENADOR: DR. LUIZ ROGÉRIO BASTOS LEAL (UFBA)
RESUMO
Em áreas de deposição final de resíduos sólidos existe uma grande preocupação com a
contaminação dos recursos hídricos por chorume proveniente do lixo. O monitoramento
contínuo das águas tanto superficiais quanto subterrâneas se faz necessário para a
identificação e prevenção de possíveis danos aos recursos hídricos e ao meio ambiente
em geral. O presente trabalho teve como principal objetivo avaliar as principais
metodologias e parâmetros usados para monitorar os recursos hídricos em áreas de
disposição de resíduos sólidos urbanos e possíveis danos ambientais causados pelo
vazamento de chorume ocorrido no dia 14 de janeiro de 2007 no Aterro Metropolitano
Centro (AMC) da cidade de salvador. O trabalho foi realizado na área do AMC
localizado na bacia hidrográfica do rio Ipitanga e que recebe todo lixo produzido pelos
municípios da Região Metropolitana de Salvador. A partir de análises físico-químicas e
microbiológicas das águas superficiais da área estudada (ex: Condutividade Elétrica,
DBO, DQO, OD, fenol, nitrato) foi possível observar que logo após o vazamento de
chorume houve alterações na composição das águas. Entretanto, após cerca de uma
semana do vazamento, as concentrações dos elementos voltaram aos valores normais
para a região dentro dos limites estabelecidos pela legislação vigente.
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DOS SODALITA
NEFELINA SIENITOS DA PEDREIRA BANANEIRA, SUL DO ESTADO DA
BAHIA
MANOEL TEXEIRA DE QUEIROZ NETO
ORIENTADORA: DRª. MARIA DE LOURDES DA SILVA ROSA (UFBA-UFS)
RESUMO
O Maciço Nefelina Sienítico Rio Pardo (732 Ma) localiza-se na porção sul da Província
Alcalina do Sul do Estado da Bahia (PASEBA), próximo à cidade de Potiraguá. Ele é
intrusivo em rochas metamórficas de alto grau, com contatos marcados por falhas. Este
corpo hospeda vários sítios mineralizados em sodalita sienito de cor azul e essa
monografia apresenta as características geológicas, petrográficas e litogeoquímicas da
Pedreira Bananeira, que se localiza na Serra de Anápolis, na região norte do maciço.
Três fácies petrográficas foram identificadas no sítio estudado: sienítica, nefelina
sienítica e sodalita sienítica. Estas rochas apresentam granulação média a grossa, são,
por vezes, inequigranulares com matriz (<8% do volume) constituída essencialmente
por albita e microclina. Apresentam-se normalmente isotrópicas, podendo algumas delas
exibir estruturas de fluxo magmático marcadas pelo alinhamento de minerais máficos
ou de prismas de feldspato. O feldspatóide dominante nos principais tipos de sienitos é a
nefelina que tem forma subédrica a anédrica, ocorrendo normalmente de forma
intersticial e que mostra-se usualmente transformada para cancrinita. A sodalita ocorre
anédrica e mostra feições indicativas de substituir a nefelina. Os feldspatos alcalinos são
microclina e albita, ambos podendo apresentar exsoluções. A biotita é o máfico
dominante, embora tenha-se identificado em algumas rochas riebequita, aegirina e
hornblenda. Os minerais acessórios nas rochas estudadas são titanita, minerais opacos,
carbonato e zircão. Os dados químicos permitiram identificar que os sienitos estudados
são rochas com elevado percentual de nefelina normativa e que tem o índice de Shand
variando de peralcalino a peraluminoso. A evolução química identificada é marcada
pelo decréscimo de sílica e o aumento importante de álcalis, particularmente do sódio, e
alumínio durante o fracionamento. Este padrão é usual nessa província alcalina.
Palavras-Chave: Sodalita, Nefelina, Sienitos, PASEBA
ESTUDOS SOBRE AS POTENCIALIDADES E ESPECIALIZAÇÕES
METALOGENÉTICAS DOS GRANITÓIDES PALEOPROTEROZÓICOS DA
REGIÃO CENTRO-NORTE DA SERRA DE JACOBINA/BAHIA,
COMPREENDENDO OS CORPOS DE CAMPO FORMOSO, CARNAÍBA,
JAGUARARI E FLAMENGO
PATRÍA CAMPINHO DIAS PASSOS
ORIENTADOR: DR. JOSÉ HAROLDO AS SILVA SÁ (UFBA)
RESUMO
Os plutões graníticos proterozóico da região da Serra de Jacobina, disposto em direção
aproximadamente o meridional, são interpretados como um magmatismo crustal,
produzido pela colisão de blocos continentais que estruturam o Cinturão Contendas-
Jacobina. Na parte norte deste cinturão foi possível identificar parâmetros
geotectônicos, petrográficos e geoquímicos para classificar e comparar o potencial
metalogênetico dos granitóides de Campo Formoso, Carnaíba, Jaguarari e Flamengo. Os
granitóides estudados apresentam composições mineralógicas semelhantes, destacando-
se basicamente os minerais de microclina, plagioclásio, quartzo, biotita, moscovita e
minerais opacos. Os estudos litogeoquímicos apontam que estes granitóides são do tipo
S, de origem sedimentar pelítica, de ambientes orogênicos transicionais, cálcio-
alcalinos. Baseado em critérios geoquímicos, mineralógicos e petrográficos, os
granitóides de Flamengo, Jaguarari e Campo Formoso não apresentam características
favoráveis para possíveis mineralizações, somente o granitóide de Carnaíba obtém um
alto potencial metalogênetico, caracterizado pelas mineralizações de esmeralda e
molibdenita.
GEOLOGIA E LITOGEOQUÍMICA DO SILL DO RIO JACARÉ
RAMILLE DANIELE PINTO RAIMUNDO
ORIENADOR: DR. JOHLIDO SALOMÃO F. BARBOSA (UFBA)
RESUMO
O Sill do Rio Jacaré, localizado no centro-leste do estado da Bahia, caracteriza-se como
uma intrusão máfica-ultramáfica acamadada. Faz contato a Leste com as rochas do
Bloco Jequié e a oeste com o Greenstone Belt de Contendas-Mirante. Foram estudadas
as rochas metamórficas encaixantes do Sill e o corpo máficoultramáfico propriamente
dito, sobretudo nos alvos Fazenda Gulçari A e Fazenda Novo Amparo, utilizado como
base, dados geoquímico de trabalhos anteriores e aqueles fornecidos pela Largo
Mineração LTDA. Os litotipos identificados no Sill foram, da base para o topo: meta-
piroxenito, meta-magnetita-piroxenito, metamagnetitito, meta-gabro de leste e meta-
anortosito. Com relação aos meta-gabros que ocorrem no lado oeste, a geologia de
campo e os dados geoquímicos, sobretudo ao Elementos Terras Raras sugerem que eles
não fazem parte do Sill. Todas estão deformadas segundo o “trend” regional N10ºE e
reequilíbradas na fácies anfibolito. Os meta-magnetititos do alvo Fazenda Gulçari A são
os portadores de importante reserva em teor médio de magnetita vanadífera do Sill. A
geoquímica demonstra que o magma que originou as litologias do Sill do Rio Jacaré, era
muito enriquecido em ferro e empobrecido em magnésio, tratando-se de um magma
toleiítico bastante diferenciado. Em comparação com as rochas da intrusão acamadada
de Skaegaard o Sill do Rio Jacaré apresentou trends similares.
MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTUAL MULTIESCALAR
DA PORÇÃO SUL DO DOMO DE SALGADÁLIA, GREENSTONE BELT DO
RIO ITAPICURU, BAHIA
RODRIGO MARTINS MENEZES
ORIENTADORA: DRª. SIMONE CERQUIERA PEREIRA CRUZ (UFBA)
RESUMO
O Greenstone Belt do Rio Itapicuru (GBRI) é uma seqüência metavulcanossedimentar
paleoproterozóica localizada no nordeste do Cráton do São Francisco (CSF). O trabalho
teve como objetivo o mapeamento geológico em escala de detalhe (1:10.000) da porção
sul do Domo de Salgadália. O método de trabalho envolveu pesquisa bibliográfica,
sensoriamento remoto, compilação de dados aerogeofísicos, mapeamento geológico
básico, petrografia (clássica e microestrutural) e análise estrutural multiescalar. O
embasamento da área é formado por gnaisses miloníticos e metapelitos miloníticos do
Complexo Santa Luz, sobrepostos às rochas supracrustais do GBRI: i) metabasaltos, ii)
metavulcânicas félsicas e iii) metassedimentos. Essa seqüência supracrustal foi intrudida
por um magnetita-biotita granodiorito que foi subdividido em três tectonofácies
relacionadas com a intensidade de deformação, são elas: granodiorito ultramilonítico,
granodiorito augen milonítico e granodiorito augen milonítico rico em biotita. Algumas
rochas de posicionamento duvidoso foram encontradas, quais sejam, migmatitos
inseridos nos Granodioritos Salgadália, enclaves anfibolíticos, tonalitos/thondjemitos
miloníticos e monzogranodioritos miloníticos. Tais migmatitos podem representar
xenólitos do embasamento relictos dos processos de fusão ou até regiões do corpo que
chegaram a migmatizar. Toda essa seqüência de rochas apresenta uma estruturação geral
meridiana antiformal dômica com dobras assimétricas com vergência centrípeta na qual
os granodioritos Salgadália encontram-se no eixo. O Domo de Salgadália está
posicionado na transição entre dois setores regionais distintos. O primeiro é marcado
por um conjunto de feições estruturais com orientação geral segundo ENE-WSW, com
movimentos, em geral, dextral-reverso a reverso-sinistral, ao passo que o segundo
compreende um conjunto de estruturas submeridianas, em que predominam movimento
sinistral-reverso. Tais domínios são cronocorrelatos e foram interpretados como
produtos de uma competição entre a tectônica regional do Orógeno Salvador-Curaçá e a
tectônica local de domos do GBRI. Três fases deformacionais foram identificadas,
denominadas Fn-1, marcada por uma superfície Sn-1, Fn, que representa a fase
deformacional dominante associada com a colocação do granodiorito e com a geração
de foliação milonítica, lineação de estiramento, duplexes, rampas de empurrão e veios
de quartzo e calcita. Esse conjunto de estruturas está associado com campo
compressional, cuja vergência é centrífuga em direção ao eixo do Domo de Salgadália.
O estudo petrológico permitiu verificar que o grau metamórfico diminui
centrifugamente a partir dos granodioritos Salgadália, desde a fácies anfibolito até xisto-
verde. Nos extremos oeste e sul o metamorfismo volta aumentar para anfibolito nas
rochas do Complexo Santa Luz. Este evento metamórfico principal está associado com
processos de recristalização de feldspatos, que necessitam de condições mínimas de
550oC. Por ultimo ocorreu um evento metamórfico-hidrotermal incipiente que afeta as
rochas da área formando reações de hidrólise dos feldspatos e cloritização das
hornblendas, biotitas e magnetitas.
Palavras-chave: Greenstone Belt do Rio Itapicuru, mapeamento geológico, análise
estrutural, Domo de Salgadália, geologia da Bahia.
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DO COMPLEXO
ITAPETINGA, NOS MUNICÍPIOS DE POTIRAGUÁ E ITARANTIM, SUL DO
ESTADO DA BAHIA
ROSENILDA CERQUEIRA DA PAIXÃO
ORIENTADORA: DRª. MARIA DE LOURDES DA SILVA ROSA (UFBA-UFS)
RESUMO
O Complexo Itapetinga localiza-se na Faixa de Dobramento Araçuaí, sul do estado
Bahia, na zona limítrofe com o Cráton São Francisco, nas proximidades dos municípios
de Potiraguá e Itarantim. É constituído por gnaisses, geralmente migmatizados, de
composição sieno-granítica, monzo-granítica e álcali-feldspato granítica, que compõem
o embasamento arqueano-paleoproterozóico da Província Alcalina do Sul do Estado da
Bahia (PASEBA). A partir dos estudos petrográficos as rochas foram classificadas em
rochas do Complexo Itapetinga em cinco litotipos: hornblenda biotita gnaisse, biotita
gnaisse, moscovita gnaisse, granito gnáissico e mármore calcítico. As rochas gnáissicas
do Complexo Itapetinga exibem estruturação em bandas, textura granoblástica e são
constituídos essencialmente por microclina, quartzo e oligoclásio. Os máficos
dominantes são hornblenda, biotita e encontram-se associados aos minerais opacos,
clorita e titanita. Moscovita, zircão, allanita e apatita ocorrem como acessórios. O
moscovita gnaisse mostra granulação fina e é constituído predominantemente por
moscovita e quartzo. O mármore calcítico exibe textura granoblástica grossa e contém
grão subidioblásticos de calcita e quartzo xenoblástico. As análises químicas revelam
que as rochas apresentam altos conteúdos de SiO2? (71-78%) e classificam-se como
granitos predominantemente, peraluminoso. Os elementos traços caracterizam-se por
elevados valores de Zr (9-150 ppm), Ba (13-998 ppm), Cr (3-143 ppm), La (10-642
ppm) e Ce (10 1156 ppm). Os dados litogeoquímicos apontam para um protólito ígneo
de afinidades cálcio-alcalina alto K ou alcalina.
Palavras-Chave: Complexo Itapetinga, PASEBA, petrografia, geoquímica.
ASPECTOS PETROGRÁFICOS E LITOGEOQUÍMICA DO COMPLEXO
IBICUÍ-IPIAÚ NA REGIÃO DE POTIRAGUÁ, SUL DO ESTADO DA BAHIA
SÂMIA DE OLIVEIRA SILVA
ORIENTADORA: DRª. MARIA DE LOURDES DA SILVA ROSA (UFBA-UFS)
RESUMO
As rochas arqueano-paleoproterozóicas do Complexo Ibicuí-Ipiaú que ocorrem no
município de Potiraguá pertencem ao Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá e representam
parte do embasamento da Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia. Elas são em
geral de coloração cinza esverdeados, bandadas, anisotrópicas de granulação média a
grossa. Os estudos petrográficos permitiram dividir estas rochas em três conjuntos:
biotita gnaisses, gnaisses e anfibolitos. Elas são predominantemente leucocráticas e de
composições monzograníticas e granodioríticas. Os gnaisses são compostos por quartzo,
andesina, feldspato alcalino pertítico, diopsídio, epídoto, clorita, carbonato, apatita,
titanita, minerais opacos e zircão. O anfibolito é composto essencialmente por
honblenda e, possui minerais opacos como acessórios, sendo denominado de
hornblendito. Os dados químicos mostram que estas rochas, de forma geral, apresentam
pouca variação nos conteúdos de SiO2? (62 a 67%), são metaluminosas e encontramse
distribuídas entre as séries toleítica, cálcio-alcalina e cálcio-alcalina alto K. O
horblendito tem os teores mais elevados de Cr (658 ppm), V (167 ppm) e Cu (555 ppm).
Os biotita gnaisses possuem os conteúdos elevados de Zr (122 ppm), Y (57 ppm), Sr
(811 ppm), Ba (2205 ppm) e Zn (129 ppm). O fácies gnaisse tem altos conteúdos de La
(229 ppm) e Ce (408 ppm).
Palavras-chave: Complexo Ibicuí-Ipiaú, Potiraguá, petrografia, litogeoquímica.
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DAS ROCHAS
GRANULÍTICAS DO COMPLEXO IBICARAÍ, NO MUNICÍPIO DE
POTIRAGUÁ, SUL DA BAHIA
TIAGO SATANA COSTA
ORIENTADORA: DRª MARIA DE LOURDES AS SILVA ROSA (UFBA-UFS)
RESUMO
As rochas arqueano-paleoproterozóicas do Complexo Ibicaraí que estão localizadas a
leste do município de Potiraguá pertencem ao Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá e
representam parte do embasamento da Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia.
Elas são em geral de coloração cinza esverdeados, por vezes bandadas, isotrópicas,
faneríticas e de granulação fina a média. A partir dos estudos petrográficos, dividiram-se
as rochas em três conjuntos: anfibolito gnaisse, granodiorito gnaisse gnaisses e rochas
alcalinas. Os anfibolitos gnaisse exibem coloração cinza acastanhado, textura fina a
média, sendo compostos principalmente por hornblenda, tremolita, epídoto, allanita,
plagioclásio, feldspato alcalino, biotita e quartzo. Os granodioritos gnaisse exibem
coloração acinzentada, possuem textura inequigranular, granulação média a grossa,
sendo constituído por quartzo, plagioclásio, feldspato alcalino, biotita e riebeckita. As
rochas alcalinas são traquito e sienito, exibem coloração clara, estrutura maciça, são
faneríticas finas, tendo como minerais principais feldspato alcalino, riebeckita, aegerina
e biotita Os dados litogeoquímicos mostram que os conjuntos gnaíssicos são
metaluminosos e predominantemente sub-alcalinos. Os anfibolitos têm composição
gabróica com altos teores de Cr e Ni. As rochas granodioríticas são de natureza cálcio-
alcalina e conteúdos elevados de Sr e Ba. As litologias alcalinas são peraluminosas a
peralcalinas e ricas em ETRL.
Palavras-chave: Complexo Ibicaraí, Potiraguá, petrografia, litogeoquímica.
ESTUDOS GEOQUÍMICOS E EM CONCENTRADOS DE BATEIA NA
REGIÃO DO GRANITO DE CAMPO FORMOSO, BAHIA
TIAGO XIMENES CABRAL DUTRA
ORIENTADOR: DR. JOSÉ HARLDO DA SILVA SÁ (UFBA)
RESUMO
Este trabalho apresenta os resultados de prospeccao geoquimica em sedimentos de
corrente e concentrados de bateia realizados na area de exposicao do granito de Campo
Formoso que, em principio, apresenta feicoes litologicas, estruturais e geotectonicas
favoraveis a existencia de mineralizacoes tipicas do magmatismo plutonico acido, alem
de registros anteriores que indicaram a presenca de wolframita no dominio espacial
deste granito. Os resultados geoquimicos e mineralogicos obtidos nao apresentam
valores significativos para os elementos pesquisados (W, Sn, Mo, Nb, Ta, Be),
indicando uma baixa potencialidade de mineralizacoes para o granito de Campo
Formoso. Entretanto em alguns pontos localizados restritamente, observam-se valores
relativamente elevados de estanho, zinco, chumbo, niobio e ouro que sao recomendados
para investigacoes mais detalhadas. A coerente correlacao verificada entre a geoquimica
e os concentrados de bateia com as litologias da area estudada possibilita a utilizacao
destes parametros como subsidio ao mapeamento geologico.
Palavras-chave: Sedimento de Corrente; Concentrados de Bateia; Granito de Campo
Formoso.
OS CORPOS DE PEGMATITOS DE CASTRO ALVES, ESTADO DA BAHIA, E
SUAS RELAÇÕES COM AS ROCHAS ENCAIXANTES
UYARA CABRAL MAHADO
ORIENTADORA: DRª: ÂNGELA BEATRIZ DE MENEZES LEAL (UFBA)
RESUMO
Nos arredores da cidade de Castro Alves, em terrenos de alto grau metamórfico do
denominado Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá situa-se a segunda mais potente distrito
de pegmatitos do Estado da Bahia. Desse corpos é extraída grande quantidade de
feldspato, utilizado na cerâmica e de quartzo leitoso, este último aproveitado em grande
escala para a siderúrgica. Embora importante do ponto de vista econômico, esse distrito
pegmatítico não foi ainda estudado em detalhe fato que mantêm ainda o seu contexto
geológico relativamente desconhecido do ponto de vista metalogenético. O presente
trabalho expõe dados preliminares de pesquisas que estão sendo realizadas nessas
províncias tendo o apoio da CBPM- Companhia Baianas de Pesquisa Mineral e da
UFBA - Universidade Federal da Bahia. Com base nos trabalhos realizados até o
momento, foi possível separar na área dois conjuntos de litologias, ambos separados por
importantes zonas de cisalhamento: (i) rochas enderbíticas-charno-enderbiticas (fácies
granulito), (ii) rochas charnockíticas, (iii) rochas ortogonássicas-migmatíticas (fácies
anfibolito alto) e (iv) rochas granitóides. No caso das rochas charnockíticas destacam-se
das outras em função de seus aspectos morfológicos visto que elas apresentam-se com
relevo acidentado, formando extensas serras e com boas exposição sob a forma de
lajedos. São rochas de coloração rósea a castanha, granulação média a grossa,
apresentam texturas granoblásticas a nematoblástica sendo constituídas por
mesopertita/microclina, quartzo, plagioclásio, hornblenda, minerais opacos,biotita e
traços de zircão, alanita e, subordinadamente, por hiperstênio, titanita e apatita. As
rochas enderbíticas-charnockíticas formam um relevo suavemente ondulado e, assim
como as anteriores estão também expostas em extensos lajedos. São de cor cinza claro a
esverdeado, de granulação média, por vezes com vênulas e veios qurtzo-feldspáticos,
apresentando textura granoblástica, com mesopertita/microclina, plagioclásio, quartzo,
hiperstênio, biotita e traços.
MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2008.2
GEOLOGIA, PETROGRAFIA E EVOLUÇÃO METAMÓRFICA DAS ROCHAS
META-KOMATIÍTICAS DA UNIDADE INFERIOR DO GREENSTONE BELT
DE UMBURANAS, BAHIA, BRASIL
ANDRE LUIZ DIAS SANTOS
ORIENTADORA: DRª. ÂNGELA BEATRIZ DE MENEZES LEAL (UFBA)
RESUMO
O objetivo deste estudo é a caracterização litofaciológica dos sedimentos da Formação
Salvador que afloram nas proximidades do Forte de Nossa Senhora de Mont Serrat, no
bairro da Ribeira em Salvador, na parte sul da Bacia do Recôncavo. Neste afloramento,
esta formação é constituída por intercalações de níveis de conglomerados, arenitos e
lamitos. Os conglomerados são polimíticos, formados basicamente por clastos de
constituintes do Alto de Salvador (mais velhos) e, por extraclastos de carbonatos da
Formação Estância (mais novos), com granulometrias que variam de grânulo a matacão.
Podem ser observados ortoconglomerados e paraconglomerados, com matriz areia
grossa e, em muitos é observada grano-decrescência ascendente em seus estratos. Em
lâmina os carbonatos da Formação Estância são classificados como:
Doloespatito/Microdoloespatito totalmente dolomitizados, Calcarenito espático
oncolítico neomorfizado e dolomitizado, e, Calcilutito peloidal neomorfizado. Os níveis
de arenitos ocorrem como camadas decimétricas a centimétricas, com S0 N125/30SE e
N164/20SE, apresentam coloração bege-amarelada, e exibem estruturas do tipo escape
de fluidos, tipo Dish, dobras convolutas, estruturas que revelam altas concentrações de
fluidos no seu ambiente deposicional. Como estruturas deformacionais, algumas
camadas exibem dois sistemas de fraturas contemporâneas, N100/85SW e N145/85SW.
Também foram observadas nos níveis de arenito, Shear Band s ou bandas de
deformação, onde em algumas foi encontrado possível óleo biodegradado.
Petrograficamente são classificados, segundo Folk (1970) como: sub-arcósio a sub-
arcósio calcítico. Níveis de lamito cinza-esverdeado ocorrem entre camadas de
conglomerado, geralmente apresentam-se bastante intemperizados, dificultando a
identificação de suas estruturas primárias. Na determinação das paleocorrentes, a partir
da medida do eixo menor dos clastos, eixo Z, observa-se que os conglomerados
constituídos por clastos do embasamento apresentam paleocorrente com orientação
sudoeste enquanto que, os conglomerados que apresentam clastos da Fm. Estância
indicam apresentam paleocorrentes com orientação sul e sudoeste. Essas informações
indicam que as fontes dos sedimentos estavam, respectivamente, a NE e a NNE da
posição atualmente ocupada pelos pacotes sedimentares.
QUÍMICA MINERAL E PETROGRAFIA DO STOCK DO RIO PARDO, SUL DO
ESTADO DA BAHIA
CARLITO NEVES SANTOS
ORIENTADOR: DR. HERBERT CONCEIÇÃO (UFBA-CPGG)
RESUMO
Esse estudo foca a química mineral e petrografia de rochas representativas do Stock
Nefelina Sienítico Rio Pardo, que constitui um dos corpos mais interessantes da
Província Alcalina do Sul da Bahia. O Stock Nefelina Sienítico Rio Pardo, de idade
neoproterozóica, é intrusivo em metamorfitos arqueano-paleoproterozóico, com área de
18 km2, mantém contatos por falha com essas rochas. Ele é essencialmente constituído
por sienitos com ou sem nefelina, nefelina sienitos, sodalita nefelina sienitos que são
cortados por diques alcalinos. Nesse estudo desenvolveu-se inicialmente levantamento
de dados bibliográficos, seguido de estudo petrográfico de quatro rochas representativas
deste corpo e o tratamento de dados químicos de minerais. Nesse contexto, foram
tratadas 45 análises no total dos seguintes minerais: feldspato alcalino, nefelina,
aegirina, magnetita, anfibólios, biotita e cancrinita. As relações texturais observadas
revelam que nessas rochas tem-se inicialmente cristalizado o feldspato alcalino, seguido
pelo anfibólio, biotita e nefelina. A sodalita, cancrinita, titanita e carbonato foram-se
pela interação de fluidos peralcalinos nos estágios finais da cristalização do magma
fonolítico. Os dados químicos evidenciam uma evolução dos piroxênios sódicos, de
aegirina augita para aegirina, revelando aumento de alcalinidade sódica. Os anfibólios
mostram evolução de ferropargasita e hastingsita para um anfibólio alcalino mais tardio,
a taramita. A biotita exibe evolução marcada pelo enriquecimento em ferro e alumínio,
tendo aumento na molécula de siderofilita. A nefelina apresenta composição compatível
com reequilibrio a baixas temperatusa (<500o C) sendo essas condições presentes no
feldspatos alcalinos que são praticamente puros (abita e ortoclásio).
ESTUDOS SOBRE AS POTENCIALIDADES E ESPECIALIZAÇÕES
METALOGENÉTICAS DOS GRANITÓIDES PALEOPROTEROZÓICOS DA
REGIÃO CENTRO-SUL DA SERRA DE JACOBINA-BA, GRANITÓIDES DE
MIGUEL CALMON E MIRANGABA
CARLOS EMANOEL T. DE SANTANA
ORIENTADOR: DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)
RESUMO
Os granitóides paleoproterózoicos em estudo localizam-se na porção centro-sul da Serra
de Jacobina, compreendendo os Granitóides de Miguel Calmon (GMC) e Mirangaba
(GMR). São corpos intrusivos no Complexo Mairi, estando associados ao Complexo
Itapicuru, Grupo Jacobina e a Formações Superficiais. Constituem-se de corpos
alongados, muito homogêneos, onde predominam granodioritos e monzonitos de
coloração rosa a cinza, em geral porfiríticos, sendo a paragênese principal constituída de
plagioclásio, quartzo, microclina, biotita, moscovita e minerais opacos. Os dados
geoquímicos posicionaram-nos como granitos pós-orogênicos, sendo o GMC tipo I e o
GMR do tipo S. São fracamente peraluminosos, do tipo subsolvs da serie cálcio-
alcalina. Através de parâmetros geológicos, petrográficos, geoquímicos e geotectônicos
foi possível classificar e comparar a especialização e o potencial metalogênetico dos
granitóides, onde o Granitóide de Miguel Calmon apresenta-se com baixo potencial
metalogenético, enquanto o Granitóide de Mirangaba classifica-se como de bom
potencial metalogenético, particularmente para mineralizações de wolfrâmio.
OCORRÊNCIA DE BARITA NO GRUPO BARREIRAS - LITORAL NORTE DO
ESTADO DA BAHIA
CRISTIANE MACIEL DE LIMA
ORIENTADOR: DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)
RESUMO
A ocorrência da Barita de Conde aflora num corte de estrada ao longo da BA-099
(Linha Verde), no km 142, no sentido Salvador Aracaju e esta inserida em uma lente de
argilito do grupo Barreiras. Esta ocorrência de barita no grupo Barreiras é um fato
inédito na metalogênese do Estado da Bahia, uma vez que nesta unidade geológica, até
então, não se conhecia a presença de barita, o que trouxe questionamentos quanto às
condições ambientas para a gênese desta ocorrência. O grupo Barreiras que já foi
estudado por diversos autores, que ao descreverem a estratigrafia das suas unidades
litológicas em diversos locais na costa do Brasil, observaram que seus ambientes de
sedimentação podem variar desde continental, fluvial e lacustrino até o ambiente
marinho. Além de acrescentar uma novidade à metalogênese do período Terciário no
Estado da Bahia, os resultados deste trabalho também contribuem para a caracterização
e evolução de parte dos ambientes geológicos durante a deposição do grupo Barreiras.
BANCO DE DADOS GEORREFERENCIADOS DO SEGMENTO ONSHORE
DE PETRÓLEO E GÁS DA BAHIA
DENIS ALVES FARIA
ORIENTADOR: DR. DONEIVAN F. FERREIRA (UFBA)
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo principal a criação da Ferramenta SIGPETRO-
BA, um banco de dados georeferenciado baseado no Sistema de Informação Geográfica
(SIG) para o Segmento Upstream Onshore do Estado da Bahia. O SIGPETRO-BA
pretende fornecer ao Setor de Petróleo e Gás (1) uma ferramenta computacional
dinâmica, possibilitando sua atualização e aperfeiçoamento constante, e (2) uma
ferramenta prática, possibilitando seu acesso rápido e "amigável" para usuários em
diversos níveis de conhecimento. Ao longo desse trabalho de graduação, foi
desenvolvida uma versão preliminar do SIGPETRO-BA. Essa versão será aprimorada,
ampliada e transformada em uma ferramenta on-line em uma etapa posterior. No
entanto, essa versão preliminar já é inteiramente funcional e constitui-se em uma
contribuição significativa para diversos atores do segmento upstream onshore do Estado
incluindo as seguintes categorias de informações sistematizadas ( layers): (1) os ring
fences em áreas de produção com acumulações marginais de petróleo e gás natural na
Bacia do Recôncavo (áreas sob concessão de pequenos operadores ou em posse da ANP
após terem sido devolvidas pela PETROBRAS); (2) os ring fences em áreas maduras;
(3) outras áreas de produção onshore; (4) fronteiras exploratórias (Blocos e Áreas
indicadas para os Leilões de Concessão); (5) o posicionamento georeferenciado e a
caracterização de todos os poços da Bahia; (6) a caracterização físico-química dos óleos
produzidos (Grau API); (7) a caracterização geológica das rochas aflorastes; (8) dados
sobre a infra-estrutura de escoamento e transporte da produção (dutos); e (9) dados
sobre a geografia política das áreas e suas respectivas infra-estruturas viárias; (10) dados
sobre a eletrificação local. O desenvolvimento do SIGPETRO-BA foi dividido em três
etapas: (1) o SIGPETRO-BA Versão BETA-1.0 (protótipo desenvolvido durante a
graduação para ser testado e aperfeiçoado na Academia); (2) o SIGPETRO-BA Versão
PRO-1.1, (ainda em desenvolvimento e destinado ao acesso restrito on-line de parceiros
do projeto); e (3) o SIGPETRO-BA Versão SERV-1.1 (em fase de planejamento e
direcionado a empresas e órgãos públicos como ferramenta para planejamento e
estabelecimento de infra-estrutura urbana ou rodoviária).
ESTUDO LITOFACIOLÓGICO DA FORMAÇÃO SALVADOR EM MONT
SERRAT - AFLORAMENTO DA BACIA DO RECÔNCAVO – BAHIA
FERNANDA GUIMARÃES ARAÚJO
ORIENTADOR: GEÓLOGO CÍCERO DA PAIXÃO PEREIRA (UFBA)
RESUMO
O objetivo deste estudo é a caracterização litofaciológica dos sedimentos da Formação
Salvador que afloram nas proximidades do Forte de Nossa Senhora de Mont Serrat, no
bairro da Ribeira em Salvador, na parte sul da Bacia do Recôncavo. Neste afloramento,
esta formação é constituída por intercalações de níveis de conglomerados, arenitos e
lamitos. Os conglomerados são polimíticos, formados basicamente por clastos de
constituintes do Alto de Salvador (mais velhos) e, por extraclastos de carbonatos da
Formação Estância (mais novos), com granulometrias que variam de grânulo a matacão.
Podem ser observados ortoconglomerados e paraconglomerados, com matriz areia
grossa e, em muitos é observada grano-decrescência ascendente em seus estratos. Em
lâmina os carbonatos da Formação Estância são classificados como:
Doloespatito/Microdoloespatito totalmente dolomitizados, Calcarenito espático
oncolítico neomorfizado e dolomitizado, e, Calcilutito peloidal neomorfizado. Os níveis
de arenitos ocorrem como camadas decimétricas a centimétricas, com S0 N125/30SE e
N164/20SE, apresentam coloração bege-amarelada, e exibem estruturas do tipo escape
de fluidos, tipo Dish, dobras convolutas, estruturas que revelam altas concentrações de
fluidos no seu ambiente deposicional. Como estruturas deformacionais, algumas
camadas exibem dois sistemas de fraturas contemporâneas, N100/85SW e N145/85SW.
Também foram observadas nos níveis de arenito, Shear Band s ou bandas de
deformação, onde em algumas foi encontrado possível óleo biodegradado.
Petrograficamente são classificados, segundo Folk (1970) como: sub-arcósio a sub-
arcósio calcítico. Níveis de lamito cinza-esverdeado ocorrem entre camadas de
conglomerado, geralmente apresentam-se bastante intemperizados, dificultando a
identificação de suas estruturas primárias. Na determinação das paleocorrentes, a partir
da medida do eixo menor dos clastos, eixo Z, observa-se que os conglomerados
constituídos por clastos do embasamento apresentam paleocorrente com orientação
sudoeste enquanto que, os conglomerados que apresentam clastos da Fm. Estância
indicam apresentam paleocorrentes com orientação sul e sudoeste. Essas informações
indicam que as fontes dos sedimentos estavam, respectivamente, a NE e a NNE da
posição atualmente ocupada pelos pacotes sedimentares.
GEOLOGIA DA PORÇÃO SUL DO COMPLEXO LAGOA REAL, CAETITÉ,
BAHIA
GILCIMAR DOS SANTOS MACHADO
ORIENTADORA: DRª. SIMONE CERQUEIRA PEREIRA CRUZ (UFBA)
RESUMO
A área de estudo está localizada geograficamente na região sudoeste do Estado da
Bahia. Do ponto de vista tectônico, está posicionada na porção centro-sul do Bloco
Gavião e no domínio meridional do Corredor do Paramirim, na zona de inversão do
Aulacógeno homônimo. O Contexto geológico regional é dominado por unidades do
embasamento arqueano-paleoproterozóico, por intrusivas ácidas e básicas e por um
conjunto de rochas metassedimentares de idades meso e neoproterozóica. O objetivo
deste trabalho foi realizar o mapeamento, a caracterização petrológica, estrutural
multiescalar e litogeoquímica de uma área selecionada na porção sul da área de
ocorrência do Complexo Lagoa Real. Este complexo, de idade 1,7 Ga, hospeda a Suíte
Intrusiva Lagoa Real e um conjunto de ortognaisses, anfibolitos, albititos, oligoclasitos,
microclinitos e enclaves de rochas charnoquíticas. Como metodologia adotou-se a
pesquisa bibliográfica, os trabalhos de campo, os estudos petrográficos e os
litogeoquímicos. Durante os trabalhos de campo foram descritos trinta afloramentos,
cujas características estruturais, especialmente às relacionadas com a intensidade de
deformação, permitiram identificar cinco tectonofácies, estas divididas em três grupos
de acordo com classificação de (Sibson, 1977): protomilonitos (granitóide com pouca
deformação e granitóide foliado), milonitos (augen-gnaisse e ortognaisses com foliação
descontínua) e ultramilonitos (ortognaisses com foliação contínua). Em termos modais,
essas tectonofácies são rochas de composição essencialmente sienítica. Os dados de
campo e petrográficos mostram que as rochas da Suíte Intrusiva Lagoa Real passaram
por processos deformacionais no estado sólido transformando-se em gnaisses. Tal
processo ocorreu em função da nucleação de um conjunto de zonas de cisalhamento
compressionais, de idade brasiliana. Associadas a essas zonas desenvolve-se uma
foliação milonítica (S'1) que está paralelizada ao bandamento composicional dos
gnaisses e posicionada, em geral, segundo N180/04 W. A lineação de estiramento
mineral é marcada pela biotita, anfibólio e aglomerados de quartzo e feldspatos
recristalizados e posiciona-se com máximo em 21p/225. Os indicadores de movimento
recuperados ma macro-escala revelam um contexto compressional para a deformação
F'1. Os estudos microestuturais sugerem a atuação de processos plásticos de deformação
associados esse estágio, com a recristalização sintectônica de feldspatos e quartzo,
levando à destruição da trama primária das rochas em condições de temperatura
supeiores aos 550º C. Truncando a trama gnáissica, um conjunto de fraturas de
cisalhamento ocorre e levaram à fragmentação dos feldspatos e a recristalização do
quartzo. Tais fraturas hospedam clorita e epidoto. A partir da análise microestrutural,
sugere-se temperaturas de deformação variando entre 300 e 500º C. Os dados
geoquímicos mostram que as rochas estudadas são alcalinas, metaluminosas, de alto a
muito alto potássio, com características de granitóides anorogênico, derivação crustal e
formadas ambientes intra-placa continental.
GEOLOGIA DO DISTRITO MANGANESÍFERO DE URANDI - LICÍNIO DE
ALMEIDA: RESULTADOS PRELIMINARES
JOFRE DE OLIVEIRA BORGES
ORIENTADORA: DRª. SIMONE CERQUEIRA PEREIRA CRUZ (UFBA)
RESUMO
O distrito ferro-manganesífero de Urandi-Licínio de Almeida hospeda as maiores
ocorrência de manganês do Estado da Bahia. O objetivo geral deste trabalho é contribuir
com o entendimento dos aspectos geológicos e metalogenéticos do Distrito em questão.
Desse modo, foram selecionadas três minas do sub-distrito Caetité-Licínio de Almeida,
quais sejam, Lagoa D'anta, Colônia e Riacho Comprido e Passagem, e uma mina do
sub-distrito de Urandi, denominada de Barreiro dos Campos. A mina de Lagoa D'anta
compreende a uma formação ferro-manganesífera com altos teores de Fe2O3? . O
proto-minério é do tipo óxido. As encaixantes imediatas são classificadas itabiritos e
xistos, sendo comum a paragênese grunerita-cummingtonita e quartzo. Na ocorrência de
Colônia e Riacho Comprido o minério manganesífero é da fácies silicato (Gondito),
marcado pela presença da espessartita. Na mina da Passagem o proto-minério também é
da fácieis silicato, estando encaixado em granada-cianita-anfibolito-biotita Xisto. No
sub-distrito de Urandi, o depósito de Barreiro dos Campos é da fácies carbonato,
marcado pela rodocrosita. Os estudos petrológicos permitiram a identificação das
paragêneses quartzo+grunerita-cummingtonita+granada, sugerindo condições
metamórficas de fácies anfibolito. A análise estrutural permitiu a identificação de duas
fases deformacionais. Na primeira, F1, foi subdivida em três estágios distintos. No
primeiro foi nucleada uma foliação milonítica S0 //S1', em contexto tectônico incerto.
No segundo rampas de empurrão e zonas de cisalhamento intraestratais levaram à
formação da foliação milonítica S0 //S1' // S1", cujos indicadores de movimento
sugerem transporte tectônico para NW. No terceiro estágio um conjunto de sinformes e
antiformes foram gerados, com vergência para NW. A segunda fase deformacional levou
à formação de um conjunto de fraturas de cisalhamento compressional. Segundo
consideração deste trabalho, os depósitos em questão depositaram-se numa bacia
marinha, em condições plataformais, com fonte primária destes metais de origem
hidrotermal. Entretanto, tais deduções são alvo de controvérsias, pois os eventos
tectono-metamorficos, ocorridos no Neoproterozóico, e ação da supergênese, no
Fanerozóico, podem ter remobilizado e reconcentrado os elementos, mascarando as sua
assinaturas originais.
GEOLOGIA, PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA PRELIMINAR DAS ROCHAS
META-VULCÂNICAS MÁFICAS DA UNIDADE INTERMEDIÁRIA DO
GREENSTONE BELT DE RIACHO DE SANTANA, BAHIA, BRASIL
JOILMA PRAZARES SANTOS
ORIENTADORA: DRª. ÂNGELA BEATRIZ DE MENEZES LEAL (UFBA)
RESUMO
O Greenstone Belt de Riacho de Santana (GBRS) está inserido na porção central do
Cráton do São Francisco, no Bloco Guanambi-Correntina e situa-se na porção sudoeste
do Estado da Bahia. O GBRS estende-se ao longo de uma faixa norte-sul, descontínua,
com aproximadamente 84 km de comprimento e largura média de 12 km, delineado
entre rochas intrusivas do Batólito Urandi-Guanambi e os terrenos graníticos-
gnaíssicos-migmatíticos arqueanos do embasamento. As paragêneses metamórficas
associadas às rochas do GBRS correspondem à fácies xisto verde, gradando para a
fácies anfibolito nas proximidades dos terrenos gnáissicos, na porção leste do GBRS.
Segundo Silveira & Garrido (2000) o GBRS apresenta um arranjo litoestratigráfico
disposto em três unidades geológicas principais: (i) Unidade Inferior, é composta por
metassedimentos químicos e detríticos associados a vulcanismo komatiítico
máfico/ultramáfico; (ii) Unidade Intermediária, constituída por meta-sedimentos
pelíticos e químicos, associados a vulcanismo máfico e correspondentes piroclásticos e
epiclásticos de natureza félsica e (iii) Unidade Superior, representada por uma sequência
sílico-carbonática (quartzitos e metacarbonatos) tipicamente de ambiente plataformal,
com intercalações de meta-basalto e meta-tufos. As rochas meta-vulcânicas máficas da
Unidade Intermediária do GBRS, objeto de estudo, ocorrem na porção noroeste da
cidade de Riacho de Santana. São corpos que se apresentam sob a forma de blocos
arredondados a subarredondados, de granulação fina a média e coloração variando de
verde a verde acinzentada. São rochas que se encontram altamente cisalhadas e foliadas,
ocorrendo tipos com estruturas isotrópicas e maciças. Raramente mostram à presença de
veios preenchidos por quartzo e plagioclásio. De uma forma geral, as rochas meta-
vulcânicas máficas foram classificadas como actinolita xistos. Predominam as texturas
granoblástica a nematoblástica, nas quais há um desenvolvimento da orientação dos
cristais de actinolita e são constituídas predominantemente por anfibólio (actinolita) e
plagioclásio, e em menor quantidade de quartzo, titanita, apatita e minerais opacos. O
zircão ocorre como mineral traço. Mais raramente ocorrem rochas de estrutura maciça,
com texturas ofíticas a subofíticas, constituída por actinolita, plagioclásio, titanita,
quartzo e minerais opacos. As rochas meta-vulcânicas máficas foram classificadas como
basaltos com afinidade toleítica. Com a evolução magmática observa-se
empobrecimento de Cr, Ni, CaO? e Al2O3? e enriquecimento de SiO2? , TiO2? , FeOt?
, K2O? , Na2O? e elementos incompatíveis. O comportamento geoquímico dos
elementos maiores sugere um forte controle dos minerais plagioclásio e clinopiroxênio
no fracionamento magmático.
INFLUÊNCIA DAS ESTRUTURAS E DA PLUVIOMETRIA NA
CONCENTRAÇÃO DE URÂNIO EM AQÜÍFERO FISSURAL NO ENTORNO
DAS INSTALAÇÕES DAS INDÚSTRIAS NUCLEARES DO BRASIL-
CAETITÉ/BAHIA
VINICIUS DE GUSMÃO BARRETO
ORIENTADORA: DRª. SIMONE CERQUEIRA CRUZ (UFBA)
RESUMO
Este trabalho trata da caracterização e avaliação hidrogeoquímica do aqüífero fissural
instalado nas rochas metamórficas do Complexo Lagoa Real no entorno das instalações
das industrias Nucleares do Brasil. A área está situada no centro-sul do Estado da Bahia,
próximo da cidade de Caetité, e está inserida no contexto geotectônico da porção
setentrional da Faixa Araçuaí. Apesar dos diversos trabalhos sobre os depósitos de
Urânio da Província Lagoa Real, pouco se sabe sobre os aqüíferos fissurais da região.
Nesse sentido este trabalho objetiva fazer uma avaliação hidrogeoquimica, com atenção
especial para a questão da concentração de Urânio. Para isso, os trabalhos foram
focados em dados de planialtimetria, geologia, estrutural, pluviometria e
hidrogeoquimica; chegando também a relação dos resultados dos valores encontrados
para urânio, com os dados de pluviometria e estrutural. A área é dominada por estruturas
de orientação predominantes NW-SE e SW-NE, relacionados aos eventos da orogênese
brasiliana, com uma sub-bacia apresentando forte controle estrutural. As águas
subterrânea são basicamente Bicarbonatadas Sódicas, e apresentavam valores de
concentração de urânio acima do valor de referencia da Organização Mundial de Saúde.
Sendo que aparentemente esse valores ocorrem naturalmente nesse aqüífero. Não foi
observada influência dos fatores analisdos em relação aos valores de urânio; com esses
valores ocorrendo devido unicamente ao fator litológico.
GEOQUÍMICA DAS ROCHAS DO GREENSTONE BELT DO RIO ITAPICURU,
MINA DE OURO MARIA PRETA, BAHIA
ZILDA GOMES PENA
ORIENTADORA: DRª. DÉBORA CORREIA RIOS (UFBA)
RESUMO
A área objeto de estudo deste Trabalho Final de Graduação (TFG) está situada na
porção nordeste do Cráton do São Francisco, no Núcleo Serrinha. Este núcleo arqueano
possui uma área aflorante de aproximadamente 21.000km, sendo constituído por três
conjuntos litoestratigráficos distintos: (i) o embasamento granítico-gnássico-
migmatitico arqueano, (ii) as seqüência vulcanossedimentares de Greenstone Belt do
Rio Itapicuru (GBRI) e do grupo capim (CG), e (iii) vários corpos graníticos. O objeto
deste estudo são as rochas vulcanossedimentares do GBRI, mais especificamente
aqueles que ocorrem na área da antiga Mina de Ouro Maria Preta (MMP), atualmente
explorada pela Yamana Gold Inc. Apesar da área ser explorada a mais de 20 anos,os
estudos geoquímicos disponíveis SAP aqueles apresentados nos anos 70 e 80, e
limitados a dados de elementos maiores e alguns poucos traços. Assim, no q se refere a
caracterização geoquímica, essencial para aprimorar o modelo metalogenético para a
ocorrência dos metais base, foram poucos os avanços. Por exemplo, ainda inexistem no
greenstone itapicuru dados que suportem a existência de magmas komateiíticos,
freqüentes na seqüência de greenstone arqueanas mineralizadas em ouro em todo o
mundo. As rochas estudadas permitiram individualizar duas séries magnéticas: (i)
toleítica, para as rochas metaluminosas da Unidade Vulcânica Mafica Bassal (UVM), de
natureza pré a sin colisional, e (ii) cálcio alcalino, para as rochas peraluminosas da
Unidade Vulcânica Félsica intermediaria (UVF), as quais apresentam natureza sin a pós-
colisional. Os estudos demostraram ainda a ocorrência de rochas ricas em magnésio, e
caracterizadas como boninitos (ams. 3027 e 3030). Os basaltos da UVM apresentam
várias características de rochas komateiticas, contudo eles possuem baixos teores de
magnésio (< 12%), o que impedem que sejam classificados como komateitos. São
necessários estudos mais detalhados para confirmar as relações petrogenéicas destas
rochas e a sua gênese. Adicionalmente, até o momento não se dispõe de dados
geocronológicos precisos que permitam discussões mais aprofundadas e/ou
modificações no modelo tectônico envolvido em sua geração.
MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2009.1
O VULCANISMO CÁLCIO-ALCALINO DA BORDA NORDESTE DA
SEQUÊNCIA VULCANOSSEDIMENTAR CONTENDAS-MIRANTE
BRUNO PINTO RIBEIRO
ORIENTADOR: DR. MOACYR MOURA MARINHO (UFBA)
RESUMO
A borda nordeste da seqüência Contentas-Mirantes abriga uma suíte metavulcânica
cálcio-alcalino de composição básica e intermediária. As rochas básicas são
representadas por metabasltos enquano as intermediárias por metandesitos além de
rochas anômalas com assembléia mineralógica peculiar. Essas litologias estão
distribuídas, em planta, na forma de três corpos principais, de formatos lineares a
vermiformes intercalados em xistos pelíticos da Fm. Mirantes ou em contato tectônico
com o Sill do Rio Jacaré, a leste. São reconhecidas as texturas
granonematoblástica, whisker, Microglomeroporfiroblástica, blastoporfirítica, e
blastoamigdaloidais. Geoquimicamente o caráter cálcio-alcalino desses termos é
confirmado pelos padrões de elementos terras-raras e por diagramas de variação para
elementos maiores, que ainda sugerem uma evolução química pelo processo de
cristalização fracionada. Em cinco amostras avaliadas se observa um quimismo
diferenciado, de caráter toleiítico, para quatro amostras classificadas como metabásicas
indivisas, e de caráter cálcio-alcalino para uma amostra de rocha metavulcânica ácida.
As relações dos elementos de baixa mobilidade utilizadas em diagramas geotectônicos
para os metavulcanitos estudados indicam que o mesmo foi provavelmente originado
em ambiente tectônico de margem continental ativa. A disposição dos elementos traços
no diagrama multi-elementar também ressalta a sua similaridade com contextos
modernos de arco continental, apresentando um nítido desajuste entre os LILE e os
HFSE. Os resultados analíticos da rocha metavulcânica ácida avaliada sugerem uma
gênese parecida, embora não se tenha segurança quanto a sua inclusão na suíte de
rochas estudadas, uma vez que os dados no diagrama ETR mostram-se contrários a uma
possível cogeneticidade entre elas. Esses corpos cálcio-alcalino estudados representam
episódios vulcânicos gerados em um contexto de margem continental ativa de idade
neoarqueana. Dentro do contexto regional, a formação das unidades vulcânicas marca
um período de fechamento da bacia Contentes-Mirantes.
MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTURAL DA SEQUÊNCIA
METAVULCANOSSEDIMENTAR URANDI, BAHIA
BRUNO SANTOS FIGUEIREDO
ORIENTADORA: DRª. SIMONE CERQUEIRA P. CRUZ (UFBA)
RESUMO
A Sequencia Metavulcanossedimentar Urandi - SMU encontra-se a SW do Estado da
Bahia associada com as rochas do Complexo Santa Isabel, pertencente ao Bloco Gavião,
no Cráton do São Francisco. O objetivo geral é apresentar o mapeamento geológico
básico e a construção de um modelo tridimensional geométrico para a SMU, tendo
como objetivos o mapeamento geológico de detalhe e o entendimento das relações
estruturais tridimensionais entre as formações ferríferas e as suas encaixantes imediatas
da sequencia supracitada. De oeste para leste, na área de estudo afloram gnaisses
ortoderivados intercalados com bandas anfibolíticas caracterizados como embasamento,
seguido pelas rochas da SMU constituída por formações ferríferas bandadas da fácies
oxido e silicato, quartzitos ferrruginosos, quartzitos micáceos, quartzo-biotita-xistos,
calcissilicáticas e rochas metabásicas. Apófises de granitóides são encontradas no setor
N e NW da área. O levantamento estrutural permitiu a identificação de três fases
deformacionais Fn, Fn +1 (esta divida em Fn + 1' e Fn + 1''), e Fn+2. Todas distintas e
aparentemente ligadas a no mínimo dois eventos deformacionais, verificadas nos
gnaisses do embasamento quanto nas rochas da SMU. A primeira fase, Fn, desenvolve
uma foliação milonítica Sn, cuja assinatura cinemática não foi identificada e que está
paralelizada com uma foliação anterior Sn - 1. Esta foliação possui direção NNE-SSW,
um bandamento composicional associado, lineação de estiramento com caimento geral
para ESE. A segunda delas, Fn + 1, com formação de dobras intrafoliais, transposição
do bandamento, desenvolvimento de boudins, dobras em bainha desenvolvem um
conjunto de dobras, desde abertas a fechadas, horizontais a recumbentes, e rampas de
empurrões reverso-sinistrais, que evoluem na fase Fn + 1'' para zonas de cisalhamento
compressionais. Ambas vergentes para NNW. A terceira fase deformacional Fn+2, com
maior componente rúptil-dúctil, foi responsável pela estruturação de falhas dextrais
reversas além de uma série de fraturas com direções principais E-W, N-S e NW-SE. Os
estudos sobre a relação das apófises com as fases de deformação verificadas deverão
avançar mais ao longo do tempo, mas as relações de campo sugerem injeções sin a
tardias às fases Fn + 1 e Fn + 2, pois aparentemente essas intrusões deformam as rochas
e estruturas pré-existentes. O modelamento estrutural realizado permitiu verificar que as
formações ferríferas da SMU ocupam calhas sinformais assimétricas e vergentes para
NW. O estudo das associações minerais permitiu identificar uma paragênese
metamórfica progressiva de fácies anfibolito médio, representado nas rochas máficas do
Complexo Santa Isabel e da SMU por hornblenda, biotita, granada, clinopiroxênio,
plagioclásio e quartzo, e nas rochas itabiríticas pela magnetita, hematita e grunerita-
cummingtonita. Essa paragênese está relacionada com as fases deformacionais Fn e
Fn+1. Uma paragênese retrograda é marcada pela calcita, mica branca, actinolita,
epidoto e quartzo e possivelmente está associada com a fase Fn+2.
SISTEMAS DEPOSICIONAIS NAS FORMAÇÕES TOMBADOR E GUINÉ NOS
ARREDORES DO MORRO DO PAI INÁCIO, CHAPADA DIAMANTINA - BA
CARLOS VICTOR RIOS DA SILVA
ORIENTADOR: GEÓLOGO JORGE MAGALHÃES (PETROBRAS)
RESUMO
Na região da Chapada Diamantina existem exposições de rochas metasedimentares
paleo-meso-neoproterozoicas de excelente continuidade lateral e vertical. Neste
domínio intracratônico estão presentes intervalos sedimentares que correspondem a uma
gama de sistemas deposicionais, principalmente siliciclásticos, com suas estruturas
sedimentares primarias bem preservadas. Trata-se, portanto, de uma área adequada para
a aplicação dos conceitos da estratigrafia de seqüências na escala de afloramento. Este
trabalho tem como objetivo o reconhecimento de fácies, associação de fácies e
interpretação de ambientes deposicionais a partir da descrição de afloramentos das
Formações Tombador e Guiné, localizados no parque nacional da Chapada Diamantina.
Na área de trabalho foi possível agrupar as fácies em 6 elementos arquiteturais
associados a três ambientes deposicionais: estuarino, eólico e deltaico. Os principais
desafios encontrados para a realização deste trabalho foram: a identificação de fácies,
definição dos elementosarquiteturais, correlações inter-afloramentos, reconhecimento de
superfícies chaves de caráter estratigráfico e identificação de ciclicidade nos
afloramentos. A metodologia utilizada na interpretação dos perfis basea-se na
estratigráfica de alta resolução adotada no curso da Petrobras (Savini & Raja Gabaglia,
1996). Com base em todas essas informações, o interprete está apto a construir o
modelo estratigráfico da alta resolução de caráter preditivo em qualquer bacia
sedimentar, fator fundamental para a identificação de prospectos e "plays" petrolíferos.
Inúmeros são os excelentes exemplos de incorporação de informações obtidas em
afloramentos ao processo interpretativo na indústria petrolífera, na exploração de água
subterrânea e depósitos minerais.
MAPEAMENTO MULTI-ESCALAR DE ESTRUTURAS DA ÁREA DE
INFLUÊNCIA DA PORÇÃO SUL DA FALHA DE SALVADOR, BAHIA
EDUARDO ANTONIO ABRAHÃO FILHO
ORIENTADOR: DR. LUIZ CÉSAR CORRÊA-GOMES (UFBA)
RESUMO
A Falha de Salvador (FS) tem aproximadamente 150 km de extensão, rejeito de 6000
metros e localiza-se na borda Leste da Bacia do Recôncavo. Sua história está inserida na
formação do Rifte Recôncavo-Tucano-Jatobá (nordeste do Brasil) durante a abertura do
Oceano Atlântico Sul no Eocretáceo (Magnavita et al., 2005). Apesar de sua
importância não existem trabalhos que a tenham como objeto principal de estudo.
Visando entender a geometria 3-D da FS, foram mapeadas estruturas na porção Sul do
Orógeno Salvador-Esplanada (OSE), de orientação regional N30o, e nos conglomerados
da Formação Salvador, com objetivos de: (i) verificar como e quais estruturas do OSE
influenciaram a nucleação e evolução da FS, (ii) definir como estão dispostas
espacialmente as estruturas rúpteis derivadas dos esforços geradores da FS, (iii)
entender a cinemática das estruturas relacionadas à FS e (iv) analisar se a FS é formada
por um plano simples de falha ou se por um sistema complexo de falhas. A FS é
representada em Salvador por uma escarpa de linha de falha onde inúmeras famílias
montaram suas moradias e, nas quais, sofrem constantes riscos de deslizamentos de
terra, realçando o caráter social desse estudo. No campo foram coletadas estruturas em
dezesseis afloramentos ao longo da escarpa da FS em Salvador, perfazendo um total de
mais de 2000 estruturas planares (falhas, fraturas e foliações) e lineares (estrias, degraus
e lineações de estiramento/crescimento mineral). Posteriormente foram gerados mapas
com interpretações de campo contendo diagramas de rosetas e de isodensidade polar e
mapa de lineamentos estruturais a partir de imagens de satélite. Como principias
resultados obtidos tem-se que: (i) quatro foliações foram definidas (Sn-1, Sn, Sn+1,
Sn+2), (ii) a estruturação geotectônica do OSE, as Sn+2 e as Lx foram às principais
estruturas do embasamento responsáveis pela orientação da FS. Quanto às estruturas
rúpteis conclui-se que: (i) a cinemática da FS não foi apenas normal, mas apresentou
também componente importante dextral, marcado por estrias e degraus diagonais aos
planos de falhas estudados e (ii) as principais famílias de fraturas e falhas foram N030º-
N040º, N090o-N100o, N120o-N130o e N150o-N160o. Os dados coletados em campo
foram corroborados pelas informações das imagens de satélite.
CARACTERIZAÇÃO GEOAMBIENTAL DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DO
PARQUE TECNOLÓGICO DE SALVADOR - BAHIA (TECNOBAHIA)
MARIA ARAÚJO SALES
ORIENTADOR: JOAQUIM XAVIER CERQUEIRA NETO (UFBA)
RESUMO
A atual conjuntura mundial, marcada por crises e grandes desafios exige da sociedade
ação visando à integração: Homem, Desenvolvimento e Meio Ambiente, áreas em que
muito contribui as Geociências, mostrando ao ser humano como se deve ajustar ao meio
ambiente para que ele possa garantir o desenvolvimento e retirar da terra seu sustento
sem destruí-la, em harmonia com todos os seres. Nesta linha preocupação destaca-se a
importância iniciativa do Governo do Estado da Bahia materializada no Projeto do
Parque Tecnológico de Salvador, ou TecnoBahia? , considerado um dos mais
importantes empreendimentos do país, e que tem como objetivo acomodar grandes
empresas de nível internacional detentoras de tecnologias e conhecimentos exigíveis nas
soluções de problemas, atuais e futuros, de nosso desenvolvimento; e que tenham
atuação nas áreas de biotecnologia, energia, tecnologia da informação e comunicação.
Este trabalho tem como objetivo a caracterização Geoambiental da área de Implantação
do TecnoBahia? e a implantação de um Sistema de Informações Geográficas específico
- o SIG_TecnoBahia-Geoambiental,cujas componentes temáticas englobam: a Geologia
e Geomorfologia, a Vegetação e Uso do Solo e, a Hidrografia. Sugere-se que o sistema
proposto seja uma componente de um sistema geral - o "SIG_TecnoBahia-Sistêmico",
constituído naturalmente de outras componentes, tais como o SIG_tecnoBahia-Infra-
Estrutura (Rede Elétrica, Água, Esgoto); - Empresas, etc. cartas com dados geotécnicos
em escala adequada ao estudo de Engenharia de fundações, e, dados adicionais de
análises físico-químicas, hidrobiológicas e bacteriológicas, etc., poderão ser
acrescentado a uma segunda versão do SIG_TecnoBahia-geoambiental aqui proposto a
título de referência. Assim, esses sistema construído dentro do rigor técnico-científico,
aliado à gestão adequada prevista no Projeto e aos estudos subseqüente têm o mérito de
colocar, a qualquer tempo, os gestores do Projeto doTecnoBahia? e as instituições
envolvidas em posição plenamente defensável em face de eventuais questionamento
pela Sociedade, órgãos de fiscalização ambiental, Ministério Público, ou organização
ambientalista.
AMBIENTES SEDIMENTARES EM TORNO DA DISCORDÂNCIA ENTRE AS
FORMAÇÕES TOMBADOR E GUINÉ, CHAPADA DIAMANTINA, BAHIA
MATEUS OLIVEIRA ARAGÃO
ORIENTADOR: GEÓLOGO JORGE MAGALHÃES (PETROBRAS)
RESUMO
O presente trabalho analisa três afloramentos das rochas sedimentares
mesoproterozóicas da Formação Guiné, unidade do Grupo Paraguaçu, e da Formação
Tombador, do Grupo Chapada Diamantina. Tem por objetivo reconhecer ambientes
deposicionais a partir de perfis granulométricos e descrição de estruturas caracterizando
fácies sedimentares. No afloramento da Trilha Cachoeira da Fumaça a Formação Guiné
foi depositada em um ambiente deltaico. Foram interpretados os sub-ambientes de
prodelta, frente deltaica e planície deltaica. No mesmo afloramento a Formação
Tombador foi depositada em um ambiente eólico na base e ambiente estuarino no topo
com respectivos sub-ambientes de lençol de areia e barras estuarinas. No afloramento
do Morrão, a Formação Guiné também de ambientes deltaico possui apenas os sub-
ambientes de frente deltaico e planície deltaica. A Formação Tombador é de ambiente
estuarinode caráter proximal. O critério para distinguir as duas formações foi a mudança
de direções das paleocorrentes, que aponta para leste, na Formação Guiné, e para
sudoeste para a Formação Tombador. No afloramento da Trilha Beco, o sub-ambiente de
planície deltaica foi interpretado para a Formação Guiné, a partir de estudos como
syneresis cracks e perfil granulométrico. Para a Formação Tombador, apenas o ambiente
eólico é observado, interpretando-se como sub-ambiente de lençol de areia. Conclui-se
que o ambiente estuarino da Formação Tombador ocorre de maneira restrita, o que é
explicado porque este ambiente é controlado pela fisiografia local. Outra conclusão é
que os depósitos eólicos têm caráter costeiro devido à intercalação com o ambiente
estuarino, o que denota que estava sujeito a oscilações de nível de base marinho.
ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS DE ALTA RESOLUÇÃO DA BASE DA
FORMAÇÃO TOMBADOR, NOS ARREDORES DE LENÇÓIS, CHAPADA
DIAMANTINA-BA
RAFAEL OLIVEIRA SANTANA
ORIENTADOR: GEÓLOGO JORGE MAGALHÃES (PETROBRAS)
RESUMO
A apresentação da Formação Guiné para a Formação Tombador é marcada por uma
discordância angular regional. Em termos de ambiente sedimentar ambas as formações
são representadas pela transição continente/oceano. A porção superior da Formação
Guiné é representado por um ambiente deltaico e a base da Formação Tombador por um
ambiente Estuarino. Tal contato é utilizado como referência no trabalho proposto, que se
baseia na estratigrafia de seqüências de alta resolução em escala de afloramento. Os
afloramentos foram selecionados para o trabalho após mapeamento geológico de área de
estudo. Ao todo foram 12 perfis de empilhamento verticais levantados ao longo da BR-
242 (do Morro do Pai Inácio até o restaurante Toca da Rita) e da trilha que liga o Morro
do Pai Inácio a Lençóis. Esse levantamento propiciou a interpretação de superfícies
estratigráficas, dos tratos de sistemas, em escala de afloramento, pontos chaves para a
caracterização do modelo da estratigráfica de alta resolução. A correlação entre os perfis
de empilhamento geram três seções estratigráficas. Na seção I foi utilizado além do
empilhamento de perfis no topo e na base do Morro do Pai Inácio, a fotointerpretação de
superfícies que se destacam ao longo deste morro. As outras duas seções (II E III) se
baseiam somente em descrição de afloramentos. Com os trabalhos de campo foi
possível interpretar 4 seqüências deposicionais de 3ª ordem na base da Formação
Tombador e inúmeras de 4ª ordem. Foi gerado também um diafragma esquemático de
correlação entre as 3 seções alem de um mapa de seqüência em escala de detalhe
(1:10.000) de área abrangendo as seções estratigráficas II E III.
MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2009.2
ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DA MICROFAUNA DE
FORAMINÍFEROS DO SEDIMENTO DE SUBSUPERFÍCIE DO TALUDE
CONTINENTAL DO COMPLEXO RECIFAL DE ABROLHOS, SUL DA BAHIA
ADELINO DA SILA RIBEIRO NETO
ORIENTADORA: DRª. TÂNIA MARIA F. ARAÚJO (UFBA)
RESUMO
Os recifes de coral apresentam uma grande biodiversidade, com muitas espécies
endêmicas. O Complexo Recifal de Abrolhos forma os maiores e mais ricos recifes de
corais do Brasil e a maior diversidade marinha do Atlântico Sul. Esse ambiente tem
sofrido grandes transformações, desde o Quartenário, devido a fatores naturais e,
atualmente, antropogênicos, que atingem o desenvolvimento de corais e dos organismos
associados a eles, como por exemplo, os foraminíferos. A comunidade de foraminífero é
estudada visando à classificação granulométrica e sistemática, correlação da distribuição
vertical das espécies através do tratamento de amostras de testemunho, além da
determinação de dados estatísticos como frequência relativa e absoluta, riqueza,
diversidade e equitatividade e as associações granulométricas e faunísticas. Através da
identificação de assembléias de foraminíferos ao longo do testemunho, é possível
identificar as condições paleoambientais relacionadas às mudanças climáticas e padrões
de sedimentação. Esses dados representam uma perspectiva de entendimento da história
evolutiva da plataforma continental do estado da Bahia, e fornecerá subsídios para
elaboração de projetos de monitoramentos ambiental.
Palavras-chave: Foraminíferos; Recifes de coral; Quartenário
CARACTERIZAÇÃO DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS DO GREENSTONE
BELT DE UMBURANAS
ADRIANO CAETANO MOREIRA COSTA
ORIETADOR: DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)
RESUMO
As Formações Ferríferas do Greenstone Belt de Umburanas, como todas as formações
ferríferas, dizem muito a respeito do seu ambiente de origem. Neste trabalho são
apresentados os resultados de estudos geológicos, geoquímicas, petrográficos e
mineralógicos realizados em cinco alvos com exposições de formação ferrífera no
âmbito do Greenstone Belt de Umburanas-GBU. Além dos objetivos acadêmicos destes
estudos, também foram abordados alguns aspectos econômicos dos alvos pesquisados.
Os BIFs do GBU apresentaram características da fácies óxido em 3 alvos, com
mineralogia composta predominantemente por magnetita, hematita e quartzo e 2 alvos
na fácies silicato, representado por bandas de grunerita e bandas de quartzo. Análises
químicas e petrográficas, sugerem um ambiente de deposição plataformal,
caracterizando as formações ferríferas do GBU como tipo Lago Superior. As formações
ferríferas do GBU estão estremamente deformadas e apresentam metamorfismo entre a
fácies xisto-verde e anfibolito-médio. Através dos estudos realizados foi possível a
definição de três alvos que apresentam anomalias de elementos economicamente
significativos.
Palavras-chave: Formações Ferríferas Bandadas (Bif); Greenstone.
ESTUDO LITOGEOQUÍMICO COMPARATIVO DOS CORPOS MÁFICO-
ULTRAMÁFICOS-GABRO-ANORTOSÍTICOS DA PARTE SUL DO ESTADO
DA BAHIA
AGNALDO BARBOSA BARRETO
ORIENTADOR: DR. JOHILDO SALOMÃO F. BARBOSA (UFBA)
RESUMO
Os quatro corpos máficos-ultramáficos e gabro-anortosíticos do sul do Estado da Bahia,
objeto deste trabalho de compilação bibliográfica, constituem os maciços do Rio Piau,
Samaritana/Carapussê, Mirabela e Palestina. Eles estão alinhados na direção
aproximadaN100E? e localizados entre os blocos Itabuna-Salvador-Curaçá e Jequié.
Usando como base, dados petrográficos e análises químicas de rocha total, de trabalhos
anteriores, esse TFG tenta verificar se eles foram ou não provenientes de uma mesma
fonte magmática. Os dados anteriores têm mostrado que esses corpos foram gerados por
magmas toleíticos, sendo interpretados como de idade paleoproterozóica. Os dois
primeiros (Rio Piau e Samaritana/Carapussê) são mineralizados em Fe, Ti e V, o terceiro
(Mirabela) em sulfetos de níquel e platinóides, e o quarto (Palestina), embora ainda não
tenha sido suficientemente pesquisado, ele se parece muito com o terceiro. Os diversos
litotipos, sobretudo aqueles de Mirabela variam desde as composições duníticas até as
composições gabróica-anortosíticas. Inclusive, o corpo de Mirabela possui a seqüência
típica de corpos máficos-ultramáficos acamadados, estudados mundialmente, ou seja:
dunito, peridotito, piroxenito, websteritos, gabro e por último anortosito. Os elementos
maiores e traços demonstraram que existem dois conjuntos cumuláticos toleíticos: um
relativo à Mirabela e Palestina e outro relativo ao Rio Piau e Samaritana/Carapussê.
Apesar de se tratarem de rochas cumuláticas, os pontos representativos das análises
químicas dos membros máficos-ultramáficos e gabro-anortosíticos, (Mirabela e
palestina) e membros gabro-anortosíticos (Rio Piau e Samaritana/Carapussê) se
organizam bem nos gráficos bidimensionais, ambos com tendência de acumulação
magmáticas característicos. Com exceção de Mirabela, trabalhos de mapeamento
geológico de detalhe serão necessários nos outros corpos, sobretudo no do Rio Piau e
Samaritana/Carapussê para verificar se neles serão encontrados os membros máficos-
ultramáficos. Ao lado disso, trabalhos de geocronologia e geologia isotópica, serão
também indispensáveis para se identificar as fontes desses corpos: se eles vieram de
uma ou de duas fontes magmáticas.
Palavras-chave: máficos-ultramáficos, gabro-anortosíticos, Rio Piau,
Samaritana/Carapussê, Mirabela, Palestina, Bahia, Brasil.
GEOLOGIA E PETROGRAFIA DOS DIQUES MÁFICOS DE ITAPÉ-BAHIA
ANA CAROLINA OLIVEIRA PINHEIRO
RESUMO
O magmatismo basáltico da região de Itapé, sudeste do Estado da Bahia, compreende
rochas de caráter intrusivo, sob a forma de diques. Este conjunto de rochas é parte
integrante do Orógeno Itabuna - Salvador - Curaçá, no Cráton do São Francisco e
intrudem terrenos granulíticos polideformados arqueanos e paleoproterozóicos do sul do
Estado da Bahia. O enxame de diques máficos de Itapé faz parte do magmatismo
fissural da Província Itabuna - Itaju do Colônia (PIIC), que está situada na Zona de
Cisalhamento Itabuna - Itaju do Colônia (ZCIIC). Os diques máficos do enxame de
Itapé apresentam-se de forma expressiva ao longo do leito do rio Colônia, com
dimensões variadas, aflorando como corpos tabulares quase sempre em cristas emersas,
mas também submersos. São subverticais a verticais e possuem trend preferencial na
direção NE-SW, embora também ocorram na direção NW-SE. A partir das
características texturais e mineralógicas, esses corpos máficos foram divididos em dois
grupos: basaltos e metabasaltos. Apresentam texturas ofítica, subofítica e intergranular,
e sua mineralogia essencial consiste de plagioclásio cálcico (labradorita), clinopiroxênio
(augita), ortopiroxênio (hiperstênio). Subordinadamente ocorrem anfibólio
(hornblenda), biotita, minerais opacos, apatita, zircão, titanita e quartzo e como produtos
de alteração observou-se clorita, sericita, calcita e epidoto. No contato entre o dique
máfico e a encaixante granulítica observou-se a formação de material vítreo, entretanto
à medida em que se afastava do contato, foi possível perceber o crescimento dos cristais
e formação de textura holocristalina suportando micro, macro e fenocristais de
plagioclásio, piroxênios e opacos. As condições de resfriamento gradativo do magma
gerou zoneamento dos plagioclásios e piroxênios.
Palavras-chave: Diques Máficos. Petrografia. Itapé.
PALEOTECTÔNICA DAS ÁREAS DE PROVENIÊNCIA DA FORMAÇÃO
SALOBRO, BACIA DO RIO DO PARDO – BAHIA
ANA LUIZA SILVA XAVIER
ORIENTADOR: DR. AUGUSTO JOSÉ PEDREIRA (CPRM)
RESUMO
A Bacia do Rio Pardo representa um dos registros mais importantes da evolucao do
Craton do Sao Francisco e das Faixas Moveis brasileiras, em especial, a Aracuai. Esta
localizada na porcao sudeste do estado da Bahia, encontra-se no limite entre o Craton do
Sao Francisco e a Faixa Aracuai. A Formacao Salobro, objeto de estudo deste trabalho,
esta situada no setor nordeste da Bacia do Rio Pardo e caracteriza-se por uma sucessao
de rochas metassedimentares clasticas, imaturas com metarenitos carbonaticos e
argilosos; metagrauvacas; metarcoseos finos e grossos; metassiltitos laminados; ardosias
e metaconglomerados polimiticos. Seus protolitos foram depositados em uma bacia do
tipo antepais ou foreland periferica. O estudo da tectonica das areas-fonte da Formacao
Salobro, objetivou a determinacao da relacao entre o tipo especifico de ambientes
tectonicos, suas areas-fonte e tambem os seus eventos deposicionais. A petrografia
permitiu a caracterizacao dos metarenitos como metarcoseos, com proporcoes de
feldspato superiores as de quartzo, seguidos de fragmentos liticos. A aplicacao do
metodo de Gazzi-Dickinson, utilizado para estudos de proveniencia em bacias
anerozoicas, mostrou que os sedimentos foram provenientes de um embasamento que
foi soerguido e posteriormente erodido, mas estes resultados podem estar
comprometidos, pois a bacia em questao e de idade Neoproterozoica e foi afetada por
metamorfismo de grau baixo a medio. Fontes multiplas a partir do embasamento
cratonico e orogenico sao indicadas pela composicao do arcabouco de alguns
metaconglomerados, que contem seixos de granulito, com clastos de metavulcanica;
carbonato, gnaisses, alem de fragmentos de metassiltito da propria bacia em algumas
amostras de metarenito. A facies metamorfica foi determinada a partir das parageneses
minerais encontradas, estando na interface Xisto Verde / Epidoto-Anfibolito, indicando
temperaturas entre 500 e 600 oC e pressoes entre 2 e 6 Kbar.
Palavras-chave: Bacia do Rio Pardo; Craton do Sao Francisco; Orogeno Aracuai;
metodo Gazzi-Dickinson; Xisto Verde / Epidoto-Anfibolito.
PROPOSIÇÃO DE VALORES DE REFERÊNCIA PARA METAIS TRAÇOS EM
SEDIMENTOS DE MANGUEZAL, NA REGIÃO ESTUARINA DO RIO
ITAPICURU, LITORAL NORTE DO ESTADO DA BAHIA
ANA MARIA MACIEL A. DA SILVA
ORIENTADORA: DRª. OLGA MARIA F. OTERO (UFBA)
RESUMO
A determinação de valores de referência de qualidade para metais pesados em
substratos/sedimentos é de extrema importância, pois além de servir como um indicador
de qualidade, pode também auxiliar estudos que dizem respeito à poluição inorgânica,
assim como estabelecer o nível atual, através das concentrações "naturais" dos metais
no substrato. O objetivo deste trabalho tem como base o desenvolvimento e a
proposição de uma lista orientadora, contendo valores de referência para metais traço
em sedimentos de manguezais, compatíveis com as condições geomorfológicas e
climáticas do litoral norte do Estado da Bahia, estabelecendo critérios e padrões para a
prevenção e controle da poluição antrópica. Os trabalhos de campo, com coleta de
amostras, e medições in situ foram realizados no estuário do rio Itapicurú, Município de
Conde, Litoral Norte do Estado da Bahia. A área de estudo está localizada dentro de
uma Área de Proteção Ambiental do Litoral Norte (APA), e foi escolhida por apresentar
um bom estado de conservação, além de uma grande diversidade biológica. As
amostragens, controladas e registradas por GPS, além de fotos aéreas, foram realizadas
em 5 estações, coletando-se 5 amostras por estação (perfil), em diferentes profundidades
(0-5 cm; 5-10 cm; 10-20 cm; 20-40 cm e 40-60 cm), totalizando 25 amostras. Elas
foram acondicionadas em sacos plásticos e preservadas dentro de uma caixa de isopor
com gelo. Nos locais de coletas, registrou-se (in situ) os parâmetros físico-químicos,
não conservativos, como pH, Eh, Salinidade, Oxigênio Dissolvido, Condutividade e
Temperatura da água. Após a fase de campo iniciaram-se as etapas de tratamento e
análises das amostras, com prétratamento das amostras para análise granulométrica;
digestão parcial das amostras (secas) em meio ácido, através do forno microondas,
determinando-se, posteriormente, os metais pesados, pelo Método Espectrométrico;
Além da determinação de Matéria Orgânica Total, pelo Método Walkey-Black; e do
Nitrogênio Total pelo Método Kjeldahl. Os valores encontrados para os metais
condizem com àqueles para resultados esperados, visto que suas concentrações são
baixas, exceto para ferro, o que é considerado comum em se tratando de substratos de
manguezal. Os valores mínimos e máximos verificados dos metais foram,
respectivamente: Cd (< Limite de detecção do método - LDM), Pb (1,806 e 11,931 mg.
kg-1 ), Fe (4870 e 36384 mg xiv kg-1), Mn (12,946 e 304,402 mg kg-1), Zn (4,408 e
38,481 mg kg-1), Cr (2,079 e 42,449 mg kg-1), Cu (4,143 e 20,499 mg kg-1), Co (2,846
e 9,426 mg kg-1), Ni (16,684 e 19,073 mg kg-1). O Nitrogênio verificado variou entre
0,067% e 0,322 %. A Matéria Orgânica encontrada variou entre 2,22% e 10,08%. O
Carbono Orgânico analisado variou entre 1,29% e 5,85%.
Palavras-chave: Metais Pesados, Valores Orientadores, Sedimentos de Manguezal.
INCERTEZAS DOS ATRIBUTOS GEOLÓGICOS EM UM MODELO
TRIDIMENSIONAL DE RESERVATÓRIOS PETROLÍFEROS - EXEMPLO NA
BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA
CARLOS HENRIQUE RABELLO BALOGH
ORIENTADORA: MSC. JACIARA B. DOS SANTOS (PETROBRAS)
RESUMO
Os reservatorios de petroleo possuem incertezas geologicas que influenciam
significativamente na recuperacao de oleo e gas. Essas incertezas podem ser reduzidas
pela obtencao e integracao de informacoes associadas aos modelos geologicos
tridimensionais. Esses modelos sao construidos por um procedimento definido e usado
como base para a avaliacao das incertezas. A Geoestatistica proporciona a modelagem
numerica da continuidade espacial, atraves das chamadas funcoes "estruturais", tais
como o semivariograma, gerando distribuicoes que representam a incerteza nos espacos
nao amostrados de atributos petrofisicos (dados de pocos) de reservatorios utilizando
dentre muitas tecnicas de analise de incertezas a simulacao probabilistica. A simulacao
dos atributos volumetricos de um reservatorio utiliza a simulacao geoestatistica gerando
a distribuicao de probabilidade do volume de hidrocarboneto in situ atraves do processo
de quantificacao das incertezas relacionadas com as variaveis dos atributos geologicos
do reservatorio. As incertezas da modelagem tridimensional estao associadas tanto para
os dados diretos quanto indiretos, e que sao inseridos no processo de modelagem. Dessa
maneira para que as incertezas sejam minimizadas torna-se necessario, durante o
processo de modelagem, o uso nao apenas de ferramentas geoestatisticas, mas tambem a
experiencia do geologo durante o tratamento de dados.
Palavras-Chaves: Incertezas, reservatorios petroliferos, modelagem tridimensional,
geoestatistica.
ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DAS FORMAÇÕES GUINÉ-TOMBADOR,
CHAPADA DIAMANTINA, BAHIA
CLEISON DAS MERCÊS SANTOS
ORIENTADOR: GEÓLOGO ANTONIO JORGE MAGALHÃES (PETROBRAS)
RESUMO
A área de estudo está situada no domínio fisiográfico da Chapada Diamantina, parte
central do Estado da Bahia da Província São Francisco. Devido a diferenças estruturais,
conforme Jardim de Sá et al.(1976) a Chapada Diamantina pode ser dividida nos
domínios Ocidental e Oriental . A área de trabalho está restrita ao domínio oriental em
metassedimentos pertencente ao Supergrupo Espinhaço, e compreende os grupos
Paraguaçu e Chapada Diamantina. O presente trabalho tem como objetivo realizar a
análise estratigráfica de seções geológicas, em rochas mesoproterozóicas das Formações
Guiné-Tombador, com base nos conceitos da Estratigrafia de Seqüências. A passagem
da Formação Guiné para Formação Tombador é marcada por uma superfície de
discordância subaérea. A parte superior da Formação Guiné é representada por depósitos
deltaicos. Acima da discordância subaérea, a Formação Tombador apresenta depósitos
eólicos que são cobertos por depósitos estuarinos transgressivos. A Formação Guiné
está inserida no grupo Paraguaçu e representa a fase pós-rifte da Bacia do Espinhaço
Oriental. A Formação Tombador, presente no grupo Chapada Diamantina representa a
fase sinéclise da Bacia do Espinhaço Oriental. Foram levantados perfis de
empilhamento verticais gerando três seções estratigráficas (Trilha da Cachoeira da
Fumaça, Morrão, Trilha do Beco). Esse levantamento propiciou a interpretação de
superfícies estratigráficas, tratos de sistemas e hierarquização das superfícies, em escala
de afloramentos.
Palavras-chaves: Formações Guiné-Tombador; Seções Estratigráficas; Superfícies
Estratigráficas; Tratos de Sistemas.
ESPECTRORRADIOMETRIA EM DEPÓSITOS DE FOSFATO
SEDIMENTOGÊNICOS: UMA APLICAÇÃO NA BACIA DE IRECÊ
CLEITON DA CRUZ DOS SANTOS
ORIENTADORA: MSC. MAISA BASTOS ABRAM (CPRM)
RESUMO
Fosfato e um termo utilizado para designar um grupo de minerais, depositos ou rochas
que tem como principal constituinte o elemento quimico fosforo (P). Este bem mineral
constitui um dos principais componentes de fertilizantes utilizados para a agricultura em
diversos paises. Os depositos de fosfato estao relacionados a tipologias distintas,
destacando-se os de origem sedimentar e os magmatogenicos. Os depositos de origem
sedimentar constituem a principal fonte de fosfato no mundo (cerca de 80% das reservas
mundiais de fosfato). Este trabalho tem como foco o estudo dos depositos de fosfato
sedimentogenico e a aplicacao do metodo espectrorradiometrico para a verificacao da
validade do uso desta ferramenta na prospeccao de depositos relacionados a esta
tipologia. A espectrorradiometria constitui uma importante tecnica do sensoriamento
remoto, que vem sendo aplicada em diversas areas de conhecimento da geologia,
destacando-se seu uso no mapeamento de zonas de alteracao hidrotermal associadas a
depositos minerais. Os depositos de fosfato sedimentogenico possuem parageneses
especificas, estando normalmente associados a niveis dolomiticos, intercalados em
pelitos ou em niveis margosos e quando intemperizados geram fosfatos aluminosos que
se espera poderem ser rastreados atraves de suas assinaturas espectrorradiometricas.
Para este estudo, foi escolhida uma area de deposito conhecido de fosfato
sedimentogenico na Bacia de Irece. Foram coletadas amostras de rocha e solo da zona
mineralizada nos municipios de Irece e Canarana e das encaixantes destes depositos, as
quais foram submetidas a estudos petrograficos, difratometria de raios-X e medidas
espectrorradiometricas em laboratorio. A partir deste estudo e das medidas realizadas foi
composta uma biblioteca espectral para o deposito e mapeamento multiespectral em
sensor ASTER das assinaturas espectrais encontradas no deposito.
Palavras-chave: Fosfato, espectrorradiometria, geologia, mapeamento, mineralizacao.
DIQUES GRANÍTICOS DA ORLA DE SALVADOR: PETROGRAFIA,
LITOGEOQUÍMICA E ESTRUTURAL
ERISSON TIANO GONÇALVES DOS SANTOS
ORIENTADORA: DRª. AMALVINA COSTA BARBOSA (UFBA)
RESUMO
Os diques félsicos que ocorrem na região da orla marítima da cidade de Salvador, estado
da Bahia, inseridos no Cráton São Francisco, especificamente no embasamento
granulítico do Orógeno Salvador-Esplanada, Esta é uma unidade tectônica alongada na
direção N45º, que apresenta uma história evolutiva complexa, destacando-se as diversas
rochas metamórficas de alto e médio grau do domínio Alto do Salvador (BARBOSA et
al. 2005). Os principais afloramentos destes diques encontram-se nas praias de Itapuã,
Jardim de Alah e Paciência (bairro Rio Vermelho). Os corpos intrusivos félsicos
apresentam-se completamente fraturados e intemperizados, de coloração rósea e
granulometria de média a grossa. São leucocráticos, isotrópicos, inequigranulares e tem
dimensões entre 0,4 a 3,0 metros de largura e de 1,0 a 31,0 metros de comprimento.
Estão colocados em duas direções preferenciais, no quadrante sudeste e sudoeste com
atitudes respectivamente de N115/75ºNE e N080º/86ºNW. Composicionalmente, os
diques foram classificados como sienogranitos e monzogranitos, cujos minerais
essenciais são: microclina, oligoclásio e quartzo. Associam-se a estes os minerais
varietais - biotita e muscovita e uma fase acessória, com magnetita, apatita e zircão,
apresentam texturas relacionadas à alteração fraca atribuída a circulações de soluções
aquosas Os cristais apresentam fraturas com preenchimento mineral de alteração,
evidenciando circulação de fluidos.
Palavras chaves: diques félsicos, petrografia, Salvador, Bahia.
GEOLOGIA E PETROGRAFIA DOS DIQUES MÁFICOS DA PORÇÃO LESTE
DA FOLHA CAETITÉ (SD.23-Z-B-III), ESCALA 1:100.000
GISELE CHAGAS DAMASCENO
RESUMO
Os diques máficos localizados na porção leste da folha Caetité, sudeste do Estado da
Bahia, encontram-se inseridos no Cráton do São Francisco, mais precisamente no
embasamento granítico-gnaissico-migmatítico, de idades Arqueana do Bloco Gavião.
De acordo com Barbosa et al. (2009, no prelo), os diques máficos estudados apresentam
posicionamento cronológico duvidoso, mas podem ser relacionados e associados aos
diques máficos da Chapada Diamantina de idade Mesoproterozóica (BRITO, 2005,
2008). Esses diques máficos encontram-se localizados tanto na porção interna quanto na
porção externa do "Domo Lagoa da Macambira" onde foram cartografadas rochas do
Complexo Gavião, tonalito a granodiorito Lagoa da Macambira e Santa Rita e rochas
vulcanossedimentares do Complexo Ibitira-Ubiraçaba, respectivamente. De modo geral,
os diques máficos se apresentam sob forma de lajedos, localizados em sua maioria em
margens e leitos de rios, apresentam granulometria entre fina a média, são maciços,
isotrópicos, possuem morfologia retilínea com pequenas sinuosidades, preenchendo
fraturas distensivas segundo orientação preferencial WNW-ESE, espessuras que variam
de poucos centímetros a dezenas de metros e extensões variáveis de até 3 km. Nos
locais onde os diques máficos fazem contato com a rocha encaixante é comum a
presença de fragmentos que variam de pequenos seixos a blocos com capas concêntricas
em torno do núcleo mais duro da rocha. Petrograficamente são equigranulares, possuem
granulação que varia de fina a média e texturas como ofítica, subofítica, intergranular e
poiquilítica. Apresentam ainda texturas como zoneamento, saussuritização,
sericitização, cloritização, uralitização e biotitização. A partir do estudo petrográfico
detalhado foi possível agrupá-los em dois grupos com características texturais distintas
reflexo do posicionamento dos diques máficos em relação ao "Domo Lagoa da
Macambira". Os diques máficos foram classificados como gabros com afinidade
toleítica. A partir do estudo geoquímico utilizando diagrama Harker e MgO? como
índice de variação notou-se que a evolução magmática gerou empobrecimento
de CaO? e Al2O3 e enriquecimento de SiO? 2, TiO? 2, FeO? t, K2O, Na2O e elementos
incompatíveis. O comportamento geoquímico dos elementos maiores sugere um forte
controle dos minerais plagioclásio e piroxênio no processo de cristalização fracionada
sofrido pelo magma. Fazendo uma comparação dos diques máficos estudados com os
diques máficos da região de Brumado é possível perceber as similaridades a partir do
comportamento geoquímico dos elementos maiores, traços e terras raras.
Palavras chaves: Petrografia, Geoquímica, Diques Máficos, Caetité.
ESTRUTURAS ASSOCIADAS COM FLUXOS GRAVITACIONAIS DO
TIPO SLUMP DA FORMAÇÃO MARACANGALHA, NA ILHA DE MARÉ,
BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA
GUILHERME FREITAS BARBOSA
ORIENTADOR: DR. LUIZ CÉSAR CORRÊA GOMES (UFBA)
RESUMO
A seção rifte das bacias sedimentares brasileiras representa o registro associado à
fragmentação do Gondwana e consequente separação entre o Brasil e a África, com a
abertura do Oceano Atlântico Sul, gerando os mais importantes sistemas petrolíferos do
país. A Formação Maracangalha (Eocretáceo ca. 140 Ma), faz parte da seção rifte da
Bacia do Recôncavo. Na Ilha de Maré os depósitos estão associados com fluxos
sedimentares gravitacionais subaquosos, em especial do tipo slump (escorregamento).
Estes depósitos são caracterizados pela perda parcial ou total de estrutura interna
durante evolução do fluxo, originando os pacotes arenosos com granulometria fina, por
vezes maciços, que constituem os membros Caruaçu e Pitanga. O objetivo principal
deste trabalho foi caracterizar as estruturas associadas com fluxos por slump na Ilha de
Maré e, com isso, sugerir os sentidos para a movimentação destes sedimentos, assim
como determinar os campos de tensão associados. Devido ao estado mecânico dos
sedimentos, eles apresentam uma grande variedade de estilos de deformação interna,
variando desde o estágio rúptil, até o altamente plástico. As estruturas foram
individualizadas de acordo com o processo de formação em três grupos; (i) associadas
ao estado plástico; (ii) de injeção (liquefação e fluidização), ambas relacionadas com
eventos cedo ou sin-sedimentação, e por fim (iii)associadas ao estado sólido, sendo esta
tardi ou após a sedimentação das camadas arenosas. No primeiro caso, verificou-se a
existência de uma superfície de slump (SS), onde, zonas de cisalhamentos aproveitam o
plano, resultando em estruturas S-C, além de laminações convolutas e dobras
intrafoliais. Relacionadas com as estruturas de injeção, ocorrem diques clásticos,
vulcões de areia ( blows) e estruturas de carga. No terceiro grupo entram as falhas de
grande amplitude pós-sedimentares, as bandas de deformação e as fraturas. Ao todo foi
coletado um total de 2.013 medidas planares e lineares. Como resultado foi verificado
que certas estruturas são confiáveis na determinação do sentido de movimento de
massa, obtendo fluxos que variam entre os quadrantes SW e SE, sugerindo um fluxo
parcialmente confinado. Fazendo uma integração dos dados entre os três setores, tem-se
como resultado que as falhas possuem duas direções principais; uma aproximadamente
N-S com mergulho para E, e outra N140°-N150° com mergulhos para NE e SW, que
podem estar associadas com a Falha de Mata-Catu (N140°) e com as falhas de borda da
bacia; Salvador (N30°) e Maragogipe (N10°). Os tensores principais (σ1) analisados
posicionam-se em três direções principais N60°-N70°, N90°-N100° e N150°- N160°,
obtidos através da análise dos pares conjugados de falhas. Os eixos de dobras cilíndricas
possuem direção preferencial N290°-N300°, sugerindo um fluxo aparente para N200°-
N210°.
ESTUDOS DE ANÁLOGOS DE RESERVATÓRIO PARA MODELAGEM 3D -
EXEMPLO NA BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA
JOEL DOS SANTOS NAZÁRIO
ORIENTADORA: MSC. JACIARA B. DOS SANTOS (PETROBRAS)
RESUMO
A presente monografia apresenta o resultado da pesquisa feita sobre a importância do
estudo de análogos de reservatório petrolífero para modelagem 3D, abordando as suas
utilizações tanto nas etapas dessa modelagem, quanto nos critérios utilizados para a
escolha de um análogo. Este reservatório está localizado no Campo de Araçás, na parte
central da Bacia do Recôncavo, Bahia. Sua rocha reservatório pertence ao Membro
Santiago da Formação Pojuca. Esta formação é uma unidade estratigráfica do Grupo
Ilhas de idade Hauteriviano a Barremiano (Cretáceo Superior) que engloba o Membro
Santiago, um dos principais reservatórios petrolíferos da Bacia do Recôncavo. A
caracterização geológica deste estudo se resume ao local onde se situa este reservatório.
O ambiente de deposição dos arenitos Santiago situa-se em uma área relativamente
restrita dentro da porção do sistema da planície deltáica da Bacia do Recôncavo,
correspondente a uma baía interdistributária que contém influxo de areias de
granulometria grossa que se acumularam através do rompimento de diques dos dois
canais de adução principais localizado ao norte e ao oeste do campo de Araçás. Os tipos
de depósitos possuem as características dos subambientes da barra de desembocadura
proximal e/ou distal, barra distal, barra/baía distal, prodelta e preenchimento de baía
( bay fill). Em relação à modelagem 3D, os análogos conhecidos podem ser utilizados
para incrementar os subsídios teóricos do modelo conceitual para um determinado
reservatório ou em hipóteses amplamente aceitas para a formação e estruturação do
reservatório. Os análogos podem também ser utilizados na configuração estrutural de
um reservatório independente da qualidade da sísmica ou quando não existe dado
sísmico, no arcabouço estratigráfico preenchendo lacunas provocadas por processos
naturais ocorridos durante a formação das rochas ou por programas computacionais, na
modelagem de fácies quando os dados poços não são suficientes, sendo utilizados como
dados de entrada para funções de correlação, e na modelagem petrofísica sendo
utilizados com a finalidade de suprir as carências em termos de dados de
permeabilidade e porosidade ou até mesmo enriquecer com informações tornando o
modelo mais ideal. Os critérios que foram escolhidos para a escolha de análogos de uma
área em estudo devem variar para cada situação específica. Utilizando-se alguns desses
critérios, três áreas geológicas foram escolhidas como análogos à Formação Pojuca,
sendo: a Formação Dunvegan (análogo antigo), porção basal da Formação Rio Bonito
(análogo antigo) e o delta do Rio Mississipi (análogo recente). Os análogos podem ser
utilizados em todas as etapas da modelagem tridimensional. E as formações Dunvegan e
Rio Bonito e o delta do Rio Mississipi podem subsidiar a modelagem geológica do
reservatório Santiago, através dos seus dados geológicos disponíveis
Palavras - chave: Análogos. Ambiente de deposição. Modelagem geológica.
ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA E PETROGRÁFICA DA FORMAÇÃO SERGI
PRÓXIMO A FALHA DE MARAGOJIPE - DISTRITO DE SÃO ROQUE DO
PARAGUAÇU
LEIDIANE SAMPAIO E SILVA
ORIENTADOR: DR. CARLSON DE MATOS MAIA LEITE (UFBA- PETRORAS)
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo a caracterização sedimentológica e petrológica da
Formação Sergi na borda oeste da Bacia do Recôncavo, avaliando os impactos dos
ambientes deposicionais, das condições diagenéticas e da tectônica rúptil sobre a
qualidade dos reservatórios constituídos pelos arenitos dessa formação. Foram
determinados os paleoambientes deposicionais da Formação Sergi na área de estudo,
com a utilização dos critérios que definem conceitos de fácies, litofácies e associação de
fácies, identificando as características litológicas e estruturas sedimentares. A área
estudada foi associada à seqüência I da Formação Sergi, caracterizada por depósitos
fluviais efêmeros associados a depósitos eólicos de frente de dunas e de interdunas. A
identificação dos eventos diagenéticos, aos quais os litotipos estudados foram
submetidos permitiu interpretar as diferentes condições de soterramento dos
reservatórios, que variaram desde a eodiagênese até a mesodiagênese profunda. Estudos
preliminares de proveniência, baseados somente na composição mineralógica,
concluíram que a principal fonte dos sedimentos locais estaria no Cráton do São
Francisco, posicionado a oeste da área estudada. A tectônica rúptil local, que foi
associada à fase rifte da Bacia do Recôncavo, promoveu o desenvolvimento de bandas
de cisalhamento e mobilização da sílica que cimentou os poros e substituiu os minerais
do arcabouço e da pseudomatriz dos reservatórios. No seu conjunto, os eventos
diagenéticos e a tectônica rúptil impressos nos reservatórios locais impactaram
diretamente na baixa qualidade dos mesmos.
Palavras-chave: Formação Sergi. Sedimentologia. Petrografia. Diagênese. Tectônica,
Reservatório.
PETROGRAFIA E LITOGEOQUÍMICA PRELIMINAR DOS AUGEN-
CHARNOCKITOS DAS REGIÕES DE NOVA ITARANA, IRAJUBA E
ITAQUARA, BAHIA
LEILA TATIANE LOPES SANTOS
ORIENTADOR: DR. JOHILDO SALOMÃO F. BARBOSA (UFBA)
RESUMO
As rochas alvo dessa pesquisa são os augen-charnockitos, mapeados na porção sudeste
da Bahia e que encontram-se metamorfizadas no fácies granulito. Estas rochas
ortoderivadas são constituídas predominantemente por mesopertita, quartzo,
plagioclásio, anfibólios, biotita e opacos e, em menor proporção, ortopiroxênio e
clinopiroxênio. A apatita, o zircão e a mirmequita ocorrem como acessórios. O aspecto
augen dessas rochas é dado por fenocristais de mesopertita, sendo que as deformações e
o metamorfismo que as atingiram ocorreram durante o Paleoproterozóico, este último,
tendo alcançado temperaturas de cerca de 850°C e pressões de 7 kbar. Os resultados
litogeoquímicos preliminares sugerem que os augen-charnockítos são provenientes de
uma suíte de composição essencialmente granítica, cálcioalcalina de médio K e sem
nenhuma afinidade geoquímica com os TTGs dessa época. Os diagramas de Harker
sugerem um comportamento compatível para os elementos
maiores TiO2? , CaO? , Al2O3? , Na2O? ,FeO? , MgO? , e P2O5? e elementos menores
e traços Ba, Sr, Zr e o Ni. Já os elementos incompatíveis são claramente o K2O? e o Rb
e menor o Na2O? . Pelos padrões dos elementos Terras Raras (ETR) é possível observar
um forte enriquecimento dos elementos Terras Raras Leves e uma depleção nos Terras
Raras Pesados.
INTERPRETAÇÃO SÍSMICA 2D NA ÁREA DE ESPIGÃO, BACIA DE
BARRERINHAS, MUNICÍPIO DE SANTO AMARO – MA
LUIZ EDUARDO C. L. ANDRADE
OIENTADOR: GEÓLOGO MARCO CESAR SCHINELLI (PETROBRAS)
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo interpretar três seções sísmicas da Área de Espigão,
localizada na Bacia de Barreirinhas, município de Santo Amaro, Maranhão. A
metodologia aplicada compreendeu o estudo prévio da geologia da Bacia de
Barreirinhas e da Área de Espigão, a correlação das informações de perfilagem sísmica
dos poços com as seções sísmicas através da construção de um sismograma sintético e
do gráfico de relação tempo x profundidade, o mapeamento de horizontes com indícios
de hidrocarbonetos, superfícies estratigráficas e estruturas geológicas. Como resultado
foi possível descrever a evolução da estratigrafia da área estudada, mapear e classificar
as estruturas geológicas e os reservatórios de gás natural. A Área de Espigão tem um
grande potencial para produção de gás natural, mas para uma melhor avaliação da
economicidade da área, torna-se necessária a aquisição de dados sísmicos, em maior
quantidade e melhor qualidade.
Palavras-chave: Interpretação Sísmica 2d; Bacia De Barreirinhas;Área De Espigão.
HIDROGEOLOGIA DO AQUÍFERO CÁRSTICO DA REGIÃO DE IRECÊ,
BAHIA
MOISÉIS SILVA LIMA
ORIENTADOR: DR. LUiIZ ROGÉRIO BASTOS LEAL (UFBA)
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo o estudo hidrogeológico do aquífero cárstico da região
de Irecê/BA , devido à necessidade de se compreender o funcionamento, processos que
controlam esse tipo de meio anisotrópico. No estudo e utilização dos aquíferos cársticos
é imprescindível a compreensão e entendimento das características desses tipos de
sistemas principalmente no que diz respeito às demarcações de rotas de fluxo da água
subterrânea e correlação de áreas de recarga e descarga. O aquífero cárstico da região de
Irecê está inserido no domínio das bacias hidrográficas dos rios Verde e Jacaré
(afluentes do rio São Francisco) e na porção sul na bacia do rio Santo Antônio (afluente
do rio Paraguaçu). Devido à interação dos fatores climatológicos, litológicos e
estruturais apresenta diferentes estágios evolutivos. No norte e centro exibe um estágio
juvenil com presença de dolinas rasas e de pequeno porte, poucos sumidouros,
constituindo um aquífero de natureza cárstico-fissural. No sul e nos contatos (bordas
leste e oeste) com as litologias do Grupo Chapada Diamantina, o carste apresenta-se
bem desenvolvido (dolinas de grande porte e profundas, sumidouros, vales cegos,
estruturas de desabamento, etc.) devido à maior disponibilidade de água proveniente das
precipitações e da circulação subterrânea associada aos fraturamentos e falhamentos de
contato. A construção do mapa potenciométrico da área estudada, possibilitou a
identificação do principal divisor de águas da região de Irecê. Este situa-se na região da
cidade de João Dourado (porção central do mapa), onde os fluxos apresentam um
movimento radial divergente em todos os sentidos. Na região da cidade de América
Dourada está localizada a principal zona de descarga do aquífero, onde os fluxos
convergem em direção ao rio Jacaré que se constitui no nível de base local. Nessa região
estão localizados os poços com as maiores vazões.
ESPECTRORRADIOMETRIA EM DEPÓSITO DE FOSFATO
MAGMATOGÊNICO: APLICAÇÃO PARA O DEPÓSITO DE CATALÃO I – GO
NÍVIA PINA D SOUZA
ORIENTADORA: MSC. MAISA BASTOS ABRAM-CPRM (CPRM)
RESUMO
O fosfato é uma substância mineral de grande interesse econômico para o Brasil. O
interesse por este bem mineral é alto, uma vez que constitui um dos principais
componentes dos fertilizantes, e não existe substituto para o fósforo na agricultura. A
produção brasileira de fosfato não atende a demanda nacional, sendo o fosfato crítico
para a economia do país, havendo necessidade de novas descobertas para suprir esta
deficiência. As rochas fosfatadas podem ocorrer na forma de depósitos de origem
magmática, depósitos sedimentares, depósitos fosfáticos residuais zoógenos (tipo ilha),
depósitos residuais meteóricos e depósitos metamorfizados. Neste trabalho será
estudado o depósito de fosfato de Catalão I que é de origem magmática, que está
associado aos complexos alcalino-carbonatíticos mesozóicos, relacionados ao
lineamento Az 125º, localizado na borda da Bacia do Paraná na Província Alcalina do
Alto Paranaíba. O objetivo deste trabalho foi verificar a aplicabilidade de técnicas de
prospecção de fosfato magmatogênico com o uso do sensoriamento remoto. Este
trabalho final de graduação (TFG) utilizou técnicas de sensoriamento remoto, através de
estudos de espectrorradiometria para reconhecer as respostas espectrais de um depósito
já conhecido de fosfato. Para tanto, foi utilizada técnica de mapeamento hiperespectral
aplicadas a imagens multiespectrais ASTER ( Advanced Spaceborne Thermal Emission
and Reflection Radiometer). Para embasar o estudo foi feita a caracterização
petrografica das amostras coletadas em campo, utilizadas na determinação
espectrorradiométrica do depósito alcalino-carbonatítico escolhido. Esta pesquisa
resultou em um mapa espectral a partir da técnica Spectral Angle Mapper (SAM) e
deverá dar suporte ao desenvolvimento de uma nova técnica de prospecção para
depósitos de fosfato magmatogênico. Na medida em que as paragêneses dos depósitos
de fosfato magmatogênico estudadas forem identificadas com o uso de sensores
remotos, novas áreas poderão ser identificadas, ampliando assim a perspectiva para
novos depósitos desta tipologia.
Palavras-chave: Sensoriamento remoto, espectrorradiometria, fosfato magmatogênico e
petrografia.
CARACTERIZAÇÃO DOS SEDIMENTOS SUPERFICIAIS DE FUNDO DA
PORÇÃO CENTRO-NORTE DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS, BAHIA-
BRASIL
PAULA CAMPOS FREIRE
ORIENTADOR: PROF. GERALDO MARCELO PEREIRA LIMA (UFBA)
RESUMO
A Baía de Todos os Santos (BTS), terceira maior reentrância costeira do Brasil,
representa um dos maiores depósitos de sedimentos carbonáticos em áreas confinadas
do país. As avaliações batimétricas, energia hidrodinâmica e diferentes áreas fonte de
sedimentos são os principais fatores que controlam a sedimentação nesta baía. Para o
presente trabalho foi coletado um total de 32 amostras de sedimento superficial de
fundo na porção centro-norte da Baía de Todos os Santos, com o auxílio de uma draga
tipo van Veen. Os estudos realizados permitiram identificar, a partir de análises
granulométricas e morfométricas, a origem dos sedimentos siliciclásticos, os grupos
formadores dos depósitos carbonáticos, as características texturais e proporções
composicionais dos grãos, estabelecendo as classes que possuem uma maior
predominância na área.
CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS, PETROGRÁFICAS E GEOQUÍMICAS
DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS DO GREENSTONE BELT MUNDO NOVO
TATIANA MORENO DA SILVA NASCIMENTO
ORIENTADOR: DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)
RESUMO
Formações ferríferas bandadas (BIFs) foram definidas por James (1954) como
sedimentos químicos, finamente bandados, contendo 15% ou mais de ferro, de origem
sedimentar, comumente, mas não necessariamente, contendo leitos de chert. Elas podem
ser classificadas na literatura pertinente quanto ao ambiente geológico/geotectônico
(Tipo Algoma,Lago Superior e Rapitan), quanto as fácies mineralógica (óxido,
carbonato, sílicato e sulfeto) e ambiente deposicional. No Greenstone Belt Mundo
(GBMN), Bahia afloram formações ferríferas bandadas, onde foram estudados cinco
alvos: Alvo Mundo Novo-AMN, Alvo Fazenda Sossego-AFS, Alvo Fazenda Jandaia-
AFJ, Alvo Lagoa da Onça-ALO e Alvo Jacobina-AJ Estes foram caracterizados,em
relação, a geologia, mineralogia, petrografia e geoquímica. O AMN é caracterizado por
uma associação vulcânica-grauvaca, possuindo presença de sedimentos exalativos como
chert, manganês e formações ferríferas bandadas. ALO ocorre rochas ultramáficas e
quartzíticas, encaixantes de formações ferríferas bandadas, associada a metachert.
Enquanto AFS foram encontrados fragmentos de rochas do tipo anfibolito e
calcissilicáticas, constituintes do dominio máfico inserido, possuindo formações
ferríferas exibindo laminações associada a metachert. O AFJ ocorre típicas BIFs, com
microbandas de metachert. AJ exibem formações ferríferas e manganesíferas, associada
a metachert, com presença também de andaluzitaxisto e quartzito. As fases
mineralógicas presentes em todos alvos são a hematita, magnetita, goethita e quartzo,
identificadas pela difratometria de raio-x ou petrografia microscopica, além da grunerita
presente apenas AFS. Ocorrem nos alvos, teores médios de Fe ( 9,52->15%),mostrando
gradação de metachertferruginoso para formação ferrífera propriamente dita. Os
resultados geoquímicos, nas formações ferríferas, revelaram teores médios baixos para
Mg = 0,03 %, Al=0,19%, Ca= 0,02%, Mn=0,46%, Na= 0,03%, P= 0,04%, K= 0,07% e
Ti = 0,01%. Para os elementos traços, ocorre teores altos, como, AMN (Zn e Ba), AFS
(Ba,Cr,), o AFJ (V,Cr,Zn), ALO (Cr), AJ (Ba,Co,Cr,Cu,Ni,Zn). Baseado na associação
de rochas vulcânicas nos alvos, características litológicas associadas e interpretação de
seu ambiente deposicional observase formações ferríferas bandadas semelhantes ao
Tipo Algoma. A fácies óxido (hematita e magnetita) é identificada em todos os alvos.
Em relação a origem, tem-se que os principais componentes, ferro e silício, das
formações ferríferas, foram derivado do oceano e não de uma fonte continental, a partir
da introdução direta de Fe+2 por exalação vulcânica ou hidrotermal (fumarolas pretas)
sobre o assoalho oceânico, verificado pelos padrões de terras raras, exibindo anomalias
positivas de Europio (Eu). A deposição do ferro foi controlada pelas condições de Eh e
pH, exibindo grande homogenidade química e a origem do bandeamento em BIFs,
possivelmente foi, pela floculação e assentamento diferencial entre sílica e ferro. As
BIFs podem auxiliar nos estudos de reconstrução do ambiente, auxiliado, por exemplo,
pelo registro da assinatura geoquímica ou como critério propesctivo na busca de
mineralizações próximas.
Palavras chaves: GBMN, formações ferríferas bandadas, origem
ELABORAÇÃO DE UM MODELO DE FÁCIES PARA MODELAGEM
GEOLÓGICA 3D DE RESERVATÓRIOS PETROLÍFEROS - EXEMPLO DE
UM CAMPO NA BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA
ULISSES COSTA SOARES
ORIENTADORA: MSC. JACIARA B. DOS SANTOS (PETROBRAS)
RESUMO
Este trabalho aborda a modelagem tridimensional de reservatório, realizado para o
Membro Santiago da Formação Pojuca em um campo de petróleo da Bacia do
Recôncavo, Estado da Bahia. O Membro Santiago é constituído por depósitos de origem
deltaica com direção de paleocorrente para noroeste. Um estudo realizado por Freitas
em 1969, dividiu-o em cinco intervalos reservatórios, definidos como: S-1, S-2, S-3, S-4
e S-5. A modelagem 3-D visa seguir as etapas básicas de uma modelagem com objetivo
de se obter um modelo de fácies. Para isso, fez-se uso de dados de 19 poços
disponibilizado pela Petrobras, os quais constam de perfis elétricos e dado de
testemunho. A análise do testemunho permitiu definir três fácies para o Membro
Santiago, sendo duas fácies areníticas e uma fácies folhelhos, os quais foram associados
aos elementos deposicionais deltaicos. Foram realizadas correlações dos poços a partir
das interpretações definidas a partir de testemunho, e assim determinaram-se os topos e
bases dos intervalos do Membro Santiago. A modelagem iniciou com a modelagem
estrutural, onde foi definido o modelo de falhas e o modelo de superfícies,
estabelecendo a arquitetura e a geometria externa do reservatório. Em seguida foi
construído o modelo estratigráfico onde se definiram as superfícies que limitam as
principais unidades dos reservatórios, bem como o número delayers estratigráficos. Por
fim gerou-se o modelo de fácies utilizando curvas de proporção vertical e variogramas,
de modo a representar, da melhor forma possível, as características das rochas
reservatórios e sua variação espacial. Como resultado obteve-se um modelo de fácies
definido em quatro intervalos: S-2, S-3, S-4a e S-4b, onde o intervalo S-3 mostra-se
como o melhor reservatório.
Palavras-chave: Modelagem Geológica 3d; Modelo De Fácies; Geoestatística.
MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2010.1
ANÁLISE ESTRUTURAL, HIDROGEOLÓGICA E HIDROQUÍMICA DO
MANANCIAL SUBTERRÂNEO POÇO VERDE, MUNICÍPIO DE
OUROLÂNDIA, BAHIA
ADRIANO SALES BELITARDO
ORIENTADOR: MSC. HAILTON MELLO DA SILVA (UFBA)
RESUMO
A área de estudo está inserida na bacia hidrográfica do rio Salitre a qual ocupa uma área
de cerca de 14.500 km2 na região centro-norte do Estado da Bahia, localizada na
margem direita do rio São Francisco. Esta bacia apresenta escassez das reservas hídricas
superficiais nos seus domínios cársticos, com precipitação pluviométrica média inferior
a 600 mm anuais, concentrada normalmente no período de dezembro à março. A bacia é
composta por rochas do Paleoproterozóico (Seqüências Vulcanossedimentares e
Terrenos Granítico-Gnáissico-Migmatíticos), rochas do Grupo Chapada Diamantina, de
idades Neo a Mesoproterozóica (metassedimentos siliciclásticos das formações
Tombador, Caboclo e Morro do Chapéu), rochas do Grupo Una, de idade
Neoproterozóica (formado pelas rochas carbonáticas presentes na Formação Salitre e
pelos diamictitos da Formação Bebedouro) e pelas Formações Superficiais Cenozóicas
(calcretes da Formação Caatinga e coberturas residuais siliciclásticas) até os depósitos
aluvionares mais recentes. Do ponto de vista hidrogeológico, a água subterrânea está
presente em aqüíferos complexos alojados nos metassedimentos dos grupos Chapada
Diamantina e Una. O Grupo Chapada Diamantina hospeda bons aqüíferos,
dominantemente de fissuras, relacionados ás zonas de falhas. As rochas carbonáticas
que compõem o Grupo Una (formações Salitre e Caatinga) comportam aqüíferos
cársticofissurais. Neles o armazenamento e a circulação de água se dá através de fendas
e canais de dissolução. Classificado como um manancial subterrâneo, o Poço Verde está
localizado a sudoeste do Município de Ourolândia distante 7 km da sede municipal,
onde se constitui como uma importante reserva hídrica. É uma estrutura cárstica
importante, em forma de dolina, desenvolvida por processos de carstificação dos
calcários do Grupo Una, onde se observa o lençol freático aflorante. As análises
estrutural, hidrogeológica e hidroquímica feitas neste trabalho serviram para demonstrar
os seguintes fatos, saber: a) a relação existente entre o fraturamento estrutural e a
carstificação; b) o caráter essencialmente bicarbonatado cálcico daquelas águas, muito
comum em aqüíferos cársticos; c) e que o Poço Verde, pode estar ameaçado de possíveis
contaminações da Barragem de Ourolândia, exigindo ações a serem encaminhadas para
que o quadro atual permaneça inalterado.
Palavra-chave: Hidrogeologia, Hidroquímica, Água subterrânea, Aquífero Cárstico
O DELTA DO SÃO FRANCISCO: USO DA COMPOSIÇÃO DO SEDIMENTO
NA RECONSTRUÇÃO HOLOCÊNICA DA SEDIMENTAÇÃO DELTAICA
ALITA DE SOUZA PAIXÃO ALVES
ORIENTADOR: DR. JOSÉ MARIA LANDIM DOMINGUEZ (UFBA)
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo fundamental propor uma divisão de fácies
sedimentares para a planície deltaica do rio São Francisco durante o Holoceno, com
base na análise composicional dos sedimentos de subsuperfície, visando reconhecer os
paleoambientes que existiram durante este período. Para isso, foram elaborados gráficos
com a composição dos sedimentos para os 15 furos de sondagem do tipo SPT (Standard
Penetration Test) realizados irregularmente na planície deltaica. Estes dados foram
analisados, individual e integralmente, a fim de observar e delimitar os padrões
composicionais de sedimentação que foram, posteriormente, agrupados em seis fácies
sedimentares, a saber: areia eólica, areia marinha, areia-cascalho fluvial, areia fluvial,
lama marinha e lama fluvial. Dentre os componentes identificados, a alga coralina, a
mica, o feldspato, o foraminífero e o fragmento de rocha se destacaram em alguns
padrões composicionais devido à abundância e distribuição com que ocorrem. Dessa
forma, a partir da composição dos sedimentos, na planície deltaica do rio São Francisco,
foi possível registrar, adequadamente, (a) as variações energéticas ao longo das
pretéritas linhas de costa, (b) as mudanças das fontes de edimentos, (c) a disponibilidade
de substratos duros e (d) a presença de antigas áreas protegidas. Este trabalho mostrou
preliminarmente a importância da análise composicional para a identificação de
mudanças ambientais deposicionais, contudo, não foi possível neste trabalho fazer a
correlação sistemática das fácies identificadas com um modelo evolutivo do delta, que é
uma sugestão para um trabalho posterior.
Palavras-chave: Delta do São Francisco; Planície Deltaica; Composição dos
Sedimentos; Fácies Sedimentares; Sondagem SPT.
ESTUDO COMPARATIVO DOS DIQUES MÁFICOS DA CHAPADA
DIAMANTINA E DO BLOCO GAVIÃO (REGIÕES DE CAETITÉ E
BRUMADO), ESTADO DA BAHIA, BRASIL
AMANDA DULTRA BANDEIRA
ORIENTADORA: DRª. ÂNGELA BEATRIZ DE MENEZES LEAL (UFBA)
RESUMO
Inseridos no contexto geotectônico do Cráton do São Francisco (CSF), os diques
máficos que ocorrem na região sudoeste da Chapada Diamantina (CHD) e nas cidades
de Caetité e Brumado, na porção sudeste do Bloco Gavião (BG), foram estudados de
forma mais detalhada por Brito (2008), Damasceno (2009) e Pereira (2007),
respectivamente, evidenciando principalmente as características petrográficas e
químicas destas rochas. Os corpos máficos da região da CHD estão associados,
principalmente, às rochas do Supergrupo Espinhaço, enquanto que os diques máficos
estudados do BG encontram-se totalmente encaixados nas rochas graníticas-gnáissicas-
migmatíticas. A partir da análise dos dados mais detalhados existentes na literatura dos
diques máficos da CHD e do BG, livres ou com pouca alteração metamórfica, foi
possível fazer a correlação dos dados de campo, além de caracterizar e comparar os
dados petrográficos e geoquímicos desses corpos. De forma geral, os diques máficos
estudados são maciços, de granulação fina a média, espessuras de 2 a 5 metros e
extensões variando de alguns centímetros a dezenas de metros. Todos os diques máficos
estudados no presente trabalho possuem uma orientação preferencial próxima a NW-SE
e, secundariamente, NE-SW. A mineralogia essencial perfaz cerca de 90% do volume
total da rocha, composta por andesina/labradorita e augita, podendo possuir cristais de
hornblenda nos corpos máficos da região de Caetité. Os aspectos geoquímicos dos
diques máficos estudados permitiram classificá-los, através de diagramas binários e
ternários, como basaltos de intraplaca, seguindo um trend toleítico. O comportamento
dos elementos maiores e traços evidenciam uma evolução muito semelhante entre os
corpos estudados, mostrando, porém, teores mais elevados
de SiO2? ,TiO2? , Na2O? , K2O? , P2O5? , Ba, Y e Zr e mais baixos
de CaO? e Al2O3? para os diques do BG. O padrão de ETR mostra uma distribuição
espacial bastante semelhante entre os diques estudados, típica de magmas toleíticos,
com um leve enriquecimento de ETR leves em relação aos ETR pesados, sugerindo uma
única fonte mantélica para os diques máficos da CHD e do BG, com porções mais ou
menos diferenciadas.
O MAGMATISMO GRANÍTICO NO NÚCLEO SERRINHA: GEOLOGIA,
PETROGRAFIA E LITOGEOQUÍMICA DO MACIÇO PEDRA VERMELHA
ANA FÁBIA MATTOS
ORIENTADORA: DRª. DÉBORA CORREIA RIOS (UFBA)
RESUMO
O Maciço Granítico Pedra Vermelha (MGPV) é um corpo intrusivo de formato circular,
com aproximadamente 30 Km2 e aflora nas proximidades do município de Monte
Santo, Bahia. Geologicamente o MGPV está situado na porção norte no Núcleo
Serrinha, um antigo bloco siálico constituído por um embasamento Arqueano
Paleoproterozóico sobre o qual se depositaram uma sequência vulcanossedimentar,
ambas intrundido por diversos corpos graníticos. Intrudindo rochas metabásicas, o
MGPV é o único corpo desta natureza que ocorre na porção norte do NSer. Com base na
disposição espacial das rochas, nas relações de campo, e na análise macrotextural,
individualizou-se, no MGPV, dois fácies: (i) fácies núcleo e (ii) fácies borda. O Fácies
de Núcleo (FN) representa um conjunto de rochas monótonas, sendo poucas às
variações texturais e/ou modais observadas. As rochas deste fácies são compostas por
biotita monzogranitos isotrópicos, hololecocrático a leucocrático, de coloração cinza
clara e/ou avermelhada, com textura fanerítica fina a média. O Fácies de Borda (FB) é
mais abundante no maciço, representando cerca de 60% do volume total do corpo. Esta
fácies apresenta-se circundando o núcleo isotrópico e suas rochas aparentam estar
gnaissificadas. Em campo, essas rochas apresentam feições texturais complexas, que se
assemelham às texturas migmatíticas do tipo dobradas e schilieren, e feições sugestivas
de mistura de magmas. Adicionalmente, avaliaram-se as rochas metabásicas da
encaixante imediata, classificadas com hornblenda-gabro melanocráticos, cuja
mineralogia principal é dada por hornblenda e plagioclásio. Os estudos litogeoquímicos
no MGPV, contudo, não permitiram individualizar diferenças significantes entre as
rochas dos dois fácies. Geoquimicamente, as amostras analisadas posicionam-se no
campo dos granitos e granodioritos, sub-alcalinos peraluminosos. Elas apresentam
dualidade potássico-sódica, indicativa de sua natureza shoshonítica. O padrão linear de
alguns elementos químicos em diagramas discriminantes tipo Harker, tais como feições
observadas em campo, sugerem a presença de mistura de magmas, contudo não há
dados suficientes para avaliar quem seriam os componentes desta mistura. Quanto às
encaixantes, apresentaram um padrão com tendências curvilíneas sugestivas de
cristalização fracionada. Os dados apresentados indicam o caráter shoshonítico das
rochas do MGPV, o que, aliado à idade de 2.07 Ga apresentada por Rios et al. (2005)
para as rochas do centro do MGPV, reforçam uma colocação tardi a pós tectônica deste
maciço.
Palavras-chave: Núcleo Serrinha, Granito, Shoshonítico.
ESTUDO PETROGRÁFICO DOS GRANULITOS DA REGIÃO DE NOVA
ITARANA, BAHIA
EDNIE RAFAEL MOREIRA DE CARVALHO FERNANDES
ORIENTADOR: DR. JOHILDO SALOMÃO F. BARBOSA (UFBA)
RESUMO
A área de estudo está localizada no centro-sul do Estado da Bahia, inserida no Cráton do
São Francisco, fazendo parte da Região Granulítica do Sul da Bahia e do Bloco Jequié.
Durante a colisão Paleoproterozóica, o Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá superpôs o
Bloco Jequié reequilibrando-o no fácies granulito. Os litotipos estudados foram
classificados em rochas paraderivadas, representadas pelos granulitos alumino-
magnesianos (kinzigitos), e ortoderivadas, divididas em: a) granulitos quartzo-dioríticos
com encraves e boudins de granulitos quartzo-gabronoríticos; b) granulitos quartzo-
monzodioríticos; c) granulitos tonalíticos-migmatíticos; d) augen -charnockitos. Estas
rochas apresentam uma história metamórfica complexa no fácies granulito e a presença
de textura simplectítica em alguns minerais sugere que elas sofreram rápida
descompressão durante o soerguimento orogenético.
ESTRUTURAS ASSOCIADAS A FLUXOS GRAVITACIONAIS DA
FORMAÇÃO MARACANGALHA NA ILHA DOS FRADES, BACIA DO
RENCÔNCAVO, BAHIA
FELIPE SEIBERT MOREIRA
ORIENTADOR: DR. LUIZ CÉSAR CORRÊA-GOMES (UFBA)
RESUMO
A Bacia do Recôncavo, localizada no nordeste do Brasil, no estado da Bahia, consiste
em uma bacia do tipo rifte que possui um dos mais importantes sistemas
petrolíferos onshore do país. Sua geração é associada à fragmentação do
supercontinente Gondwana, que resultou na separação entre a América do Sul e a África
e a abertura do Oceano Atlântico Sul. A Ilha dos Frades, inserida na Baía de Todos os
Santos é constituída por arenitos maciços e lamitos intercalados, com alguns níveis mais
grosseiros, pertencentes à formação Maracangalha, de idade Eocretácea (ca. 140 Ma), e
é subdividida nos membros Caruaçu e Pitanga. Esses litotipos estão relacionados à fase
rifte da evolução da bacia, sendo ligados à fluxos sedimentares gravitacionais na forma
de movimentos de massa subaquosos, podendo ocorrer como: (i) Slumps caracterizados
pela perda total da estrutura interna dos sedimentos ocasionado pela presença de água
durante a evolução do fluxo, o asionando o aumento da plasticidade dos sedimentos, e
(ii) Slides que ocorrem quando a estrutura interna dos sedimentos é preservada havendo
somente a rotação e basculamento do corpo deslocado. De cunho estratigráfico-
estrutural, este trabalho teve como objetivo: (i) identificar padrões de orientação de
estruturas rúpteis e plásticas, determinando os sentidos de movimentação desses fluxos
e definindo se os mesmos ocorreram de forma livre ou confinada e (ii) determinar os
campos de tensões associados às famílias de falhas locais. De acordo com o processo de
formação, as estruturas puderam ser subdividas em quatro grupos, sendo eles: a)
Estruturas pré-fluxo de massa (acamadamento e falhas em intraclastos); b) Estruturas
associadas ao estado plástico (marcas de carga, rampas frontais, dobras e
pseudoclastos); c) Estruturas de injeção (vulcões de areia, diques de arenito, e marcas de
escape de fluido); d) Estruturas associadas ao estado sólido (falhas e fraturas). Quanto á
deformação rúptil foram obtidas aproximadamente 3000 medidas de estruturas planares
e lineares ( slickensides e slickenlines) que foram tratadas com o
Software® StereoNet? versão 2.46, o que possibilitou a distinção das famílias das
estruturas rúpteis mais expressivas. O formato da Ilha dos Frades possui um controle
estrutural fortemente marcado em fotos aéreas ou imagens de satélite, concordando com
as falhas e fraturas encontradas com direções principais N30° e N110°, podendo estar
relacionadas às falhas de Salvador (N30°) e com as falhas de transferência da bacia. As
estruturas indicativas do transporte de massa indicam que os fluxos ocorreram em geral
para leste, havendo algumas variações para nordeste, sul e sudeste, indicando um
provável alto estrutural a oeste. As falhas evidenciaram a atuação de σ1 verticalizado
com extensão para NW-SE, o que vai de acordo com a segunda fase de rifteamento da
Bacia do Recôncavo-Tucano-Jatobá.
ESTUDO PETROGRÁFICO DAS UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS DA
PARTE CENTRAL DO GREENSTONE BELT DO RIO CAPIM, BAHIA,
BRASIL
GILMA ALVES PIRES
ORIENTADORA: DRª. ÂNGELA BEATRIZ DE MENEZES LEAL (UFBA)
RESUMO
O Greenstone Belt do Rio Capim (GBRC) está situado no Município de Uauá - Bahia,
no limite nordeste do Cráton do São Francisco, em terrenos granito - greenstone que
compõem o Bloco Serrinha. O GBRC compõe uma sequência de rochas metamorfisadas
com extensão de 130km2, dispostas em um sinclinório com forma sigmoidal alongada
em norte – sul e delimitado por falhas. O GBRC é constituído, da base para o topo, por
basaltos toleíticos de fundo oceânico, seguidas por lavas piroclásticas intermediárias a
ácidas, cálcioalcalina de arco de ilha e, finalmente, paragnaisses calciossilicático
intercalados a itabirito e metacherts ferruginoso ou turmaliníticos. De oeste para leste na
área de estudo afloram rochas de composição granítica-gnaissicas-migmatíticas cortadas
por diques máficos composta por plagioclásio, anfibólios, piroxênios e biotita,
caracterizadas como o embasamento da sequência. As rochas do GBRC, na área de
estudo, são constituída por rochas metabasalticas, anfibolíticas e tonalíticas. O estudo
das associações minerais permitiu identificar uma paragênese metamórfica de fácies
anfibolito, composta por hornblenda + plagioclásio representando nas rochas máficas da
Unidade Riacho das Pedras; fácies xisto verde referentes as rochas da Unidade Caratacá
compostas por plagioclásio, quartzo, biotita, carbonatos e cloritas; e fácies anfibolito da
unidade Coiqui, Gado Bravo e Caiada compostas por hornblenda, plagioclásio, biotita,
quartzo e piroxênios. As paragêneses calcita, mica branca e hornblenda parecem estar
relacionadas a alteração hidrotermal na área de estudo. O GBRC, de idade
paleoproterozóica, apresenta semelhança temporal e litoestratigráfico com o greenstone
belt do Rio Itapicuru, alojado também no Bloco Serrinha.
Palavras chaves: greenstone belt, Rio Capim.
FORMAÇÕES FERRÍFERAS DA SEQÜENCIA CONTENDAS-MIRANTE,
BAHIA: CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS, PETROGRÁFICAS E
GEOQUÍMICAS
JANAINA ALMEIDA DE OLIVEIRA
ORIENTADOR: DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)
RESUMO
Neste trabalho são apresentados os resultados de estudos geológicos,
petrográficos/mineralógicos e geoquímicos (ETRs, varredura 30 elementos e Au + Pt +
Pd), realizados emformações ferríferas em 9 alvos da Seqüência Contendas-Mirantes,
BA, onde 6 deles apresentam exposições dessas formações. De modo geral, as
formações ferríferas estudadas se concentram na porção leste da unidade Jurema-
Travesssão e tem como principal rocha encaixante os tremolititos e meta cherts. Elas
são constituídas por quartzo, magnetita, hematita, grunerita/cumingtonita e por vezes
tremolita, sendo classificada, portanto, como representantes da Fácies óxido/silicato. As
rochas dessa seqüência encontram-se intensamente deformadas e dobradas, orientadas
segundo a direção geral norte-sul com mergulho para leste. As análises químicas
mostram que os elementos Ni, Cr, Cu, Pb e Zn, apresentam concentrações relativamente
baixos, tanto nas formações ferríraras quanto nos tremolititos, e se aproximam das
concentrações de rochas de natureza sedimentar(folhelhos). A integração dos dados
geológicos, petrográficos e químicos sugere que as formações ferríferas estudadas
foram depositadas em ambiente marinho raso com alguma contribuição hidrotermal,
conforme os padrões obtidos para elementos terras - raras. Os processos hidrotermais
provavelmente fo ram responsáveis pelas mineralizações de sulfetos e ouro, presentes
em alguns pontos das formações ferríferas.
ESTRUTURAS E TECTÔNICA DA ZONA DE TRANSIÇÃO ENTRE OS
BLOCOS JEQUIÉ E ITABUNA-SALVADOR-CURAÇÁ, REGIÃO DE ITATIM,
BAHIA, BRASIL
JUDIRON SANTOS SANTIAGO
ORIENTADOR: DR. LUIZ CÉSAR CORRÊA-GOMES (UFBA)
RESUMO
A região de Itatim fica situada em uma mega-estrutura sigmoidal, em uma zona de
transição entre dois importantes segmentos crustais do estado de Bahia, o Bloco Jequié
e o Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, normalmente associado a um regime tectônico
regional sinistral. Apesar disso, muito pouco se sabe sobre como se estruturou essa faixa
de transição e a importância das estruturas regionais na modelagem do relevo local, uma
vez que, nesse local, se encontra uma dos maiores concentrações de inselbergs do
mundo, coincidentemente alinhados segundo o trend regional N120º. Os litotipos
metamórficos de alto e médio grau encontram-se polideformadas no estado dúctil,
interpretados em termo de evolução tectônica colisional em quatro fases deformacionais
progressivas. A primeira fase do estágio inicial da colisão possui movimentação
tectônica reversa, onde foi gerada uma foliação regional de baixo mergulho, de
orientação principal N030º e uma lineação de crescimento mineral dipslip, associada
com o fácies de granulito. A segunda fase representa um estágio mais avançado da
colisão, onde se desenvolveu uma foliação de alto ângulo de orientação N120º e um
sistema de zonas de cisalhamento transpressivo dextral, marcada pela presença de
grandes alinhamentos estruturais no relevo em escala regional. A terceira fase é
caracterizada por um par conjugado de cisalhamento transcorrente dúctil (N140º e
N010º). A quarta fase está associada ao colapso gravitacional do orógeno, onde foi
gerada uma foliação de baixo mergulho. Por fim, baseado no estudo de estruturas
dúcteis e indicadores de cinemáticos associados, usando métodos de inversão foram
possível adquirir a orientação 3-D dos campos remotos de paleotensão para cada fase da
evolução tectônica: (i) na fase inversa, σ1 foi orientado a N120º e σ3 a N317º; (ii) na
fase de transpressiva, σ1 N160º e σ3 N252º; (iii) na terceira fase, σ1 N000º e σ3 N090º
e; (iv) na fase de colapso, σ1 N041º e σ3 N082º. A combinação destes dados sugere uma
rotação do tensor principal de compressão (σ1) no sentido horário, durante a evolução
da colisão dextral, inserido em um cenário de evolutivo tectônico regional sinistral. Isso
pode ser explicado pela geometria de sigmoidal da zona de colisão, com orientação N-S
para um cenário sinistral e N120º para o cenário dextral de expressão local. Uma
observação interessante neste estudo é o controle tectônico-estrutural exercido na
evolução geomorfológica, cujos produtos constituem abruptas elevações de rochas
completamente isoladas na planície (inselbergs).
Palavras-chave: zona de colisão de blocos, rochas de alto grau metamórfico,
análiseestrutural, inselbergs, Itatim- Bahia.
ASPECTOS HIDROQUÍMICO E HIDROGEOLÓGICO DA BACIA
CARBONÁTICA DE IRECÊ NO MUNICÍPIO DE IRAGUARA-BAHIA
KARLOS GOUTHIER MOREIRA SANTOS
ORIENTADOR: DR. SERGIO AUGUSTO DE MORAIS NASCIMENTO (UFBA)
RESUMO
O presente trabalho concentra seus estudos no aqüífero Cástico do município de
Iraguara, Bacia Carbonática de Irecê, situado na região central do Estado da Bahia, no
domíio da Chapada Diamantina. Hidrograficamente o aqüífero Cástico do município de
Iraguara, está inserido no domínio das bacias hidrográficas do Rio Paraguaçu (alto do
Paraguaçu) com a bacia hidrográfica do Rio São Francisco. Devido à interação dos
fatores climatológicos, litológicos e estruturais apresenta diferentes estágios evolutivos
do carste, com grandes concentrações de grutas e cavernas à sul, região das localidades
de Lagoa Seca, Fazenda Pratinha, Lapa Doce e Torrinha onde há grutas homônimas.
Geomorfologicamente a área exibe feições inerentes ao Carste, com presença de dolinas
de porte variado, sumidouros, vales cegos, etc. No contato (bordas leste e oeste e a sul)
com as litologias do Grupo Chapada Diamantina, o Carste apresenta-se bem
desenvolvido (dolinas de grande porte e profundas, sumidouros, vales cegos, estruturas
de desabamento, etc.) devido à maior disponibilidade de água provenientes das
precipitações e da circulação subterrânea associada aos fraturamento e falhamentos de
contato. O estudo das características físico-química das águas subterrânea no município
de Iraguara foi realizado, através do tratamento e análise de ficha dos poços tubulares
CERB, distribuídos pela área de tal forma que pudesse representar bem os parâmetros,
tendo com objetivo principal a classificação das águas para irrigação e consumo
humano, através do software Qualigraf, procurando classificar as águas, em relação aos
íons dominantes. A construção do mapa potenciométrico propiciou uma análise do fluxo
do aqüífero no município, mostrando que o mesmo se da de forma convergente da
região da sede a sede municipal, convergindo geralmente em direção aos vales cegos.
Através do mapa e das analise foi possível identificar as zonas de contaminação com
elevado teor de , que chega a alguns locais até 60% a mais do que o permitido pela
portaria 518/2004 do ministério da saúde. Por fim, faz-se necessário um estudo mais
detalhado, com novas analise físico-químicas e bacteriológica nos poços das localidades
onde existe uma concentração de muito elevada, visto que, nessa área não há nessas
áreas evidencias de uso de agroquímicos e/ou fertilizantes, podendo o alto teor esta
associado à falta de saneamento básico (efluentes domestico), ou até mesmo a níveis
litológicos de sais de nitrato, característico de regiões calcárias, estando a população
local correndo sérios riscos, pois a mesma se abastece dessas águas.
Palavras chave: Hidrogeologia, Aqüífero Cárstico, Mapa Potenciométrico,
Contaminação, Iraquara.
MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA PORÇÃO NORTE DO DOMO DE
SALGADÁLIA, GREENSTONE BELT DO RIO ITAPICURU, BAHIA
LUCAS PHILADELPHO ROSÁRIO
ORIENTADORA: DRª. SIMONE CERQUEIRA PEREIRA CRUZ (UFBA)
RESUMO
O Domo de Salgadália (DS) localiza-se na porção sul do Greenstone Belt do Rio
Itapicuru (GBRI) e está inserido no Bloco Serrinha, na porção nordeste do Cráton do
São Francisco. O mapeamento da sua porção norte levou à identificação de:
Embasamento do Complexo Santa Luz; Unidades do Domínio Metavulcânico Máfico,
Domínio Metavulcânico Intermediário a Félsico, Domínio Metassedimentar do
Greenstone Belt do Rio Itapicuru; o conjunto de gnaisses Trondhjemíticos-Tonalíticos a
Granodioríticos Salgadália (TGS), Granitóides e Pegmatitos e rochas de posicionamento
duvidoso como Rocha Granodiorítica e Tonalitos a Granodioritos Miloníticos. Como
ferramentas para o mapeamento, em escala 1:25.000, foram utilizadas imagens
aerogeofísicas magnetométricas e gamaespectométricas em canais separados de tório,
potássio e urânio, imagem landsat®, petrografia, mapeamento de campo, levantamento
de dados estruturais, trabalhados em software steronet®. A geometria principal é um
antiforme regional nucleado pelos TGS que desenvolve-se sobre a foliação Sn. O
trondhjemito-granodiorito Salgadália possui formato ovalado e alongado na direção
NNE-SSW, fazendo contato tectônico com a unidade metassedimentar do GBRI, assim
como com todas outras unidades cartografadas. No setor norte do DS, em todas as
unidades cartografadas, uma superfície milonítica (Sp’) apresenta ampla distribuição
modal, compatível com a estrutura dômica. Sobre esse superfície tem-se a lineação de
estiramento mineral (Lxp´), que orienta-se preferencialmente segundo 17° para 093.
Indicadores de movimento, tais como estruturas S/C/C’ e boudins assimétricos, sugerem
transporte tectônico de NNE para SSW para a primeira fase de deformação identificada.
Essa foliação encontra-se dobrada por um estágio seguinte, Dp” e cortado por zonas de
cisalhamento Dp’”. A paragênese metamórfica é marcada por granada, biotita, quartzo e
cianita, sugerindo condições de metamorfismo compatível com fácies xisto verde
médio, com temperatura superior a 500ºC e pressões acima de 4 kb.
Palavras Chave: Greenstone Belt do Rio Itapicuru, Bloco Serrinha,
trondhjemitotonalito-granodiorito, Domo de Salgadália.
MINERALIZAÇÕES DE CORÍNDON DA REGIÃO DE MUNDO NOVO - BA:
CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA E PETROGRÁFICA
TATIANA SILVA RIBEIRO
ORIENTADOR: DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)
RESUMO
Neste trabalho são descritas e analisadas as características geológicas, petrográficas,
mineralógicas e geoquímicas das mineralizações de córindon da região de Mundo Novo.
Foram estudadas cinco ocorrências que estão inseridas em terreno arqueano do
complexo Mairi, embasamento do greenstone belt de Mundo Novo que, na área
pesquisada, apresenta-se estruturado como um antiforme. As ocorrências de córindon
estão distribuídas e alinhadas ao longo de aproximadamente 8 km, segundo o azimute
N170o, direção que coincide com o eixo daquele antiforme e de alguns falhamentos
regionais A zona mineralizada possui forma lenticular sendo constituída essencialmente
por clorita, córindon e quantidades menores de sillimanita, cordierira, cianita, biotita,
moscovita e rutilo, passando gradacionalmente para rocha encaixante, que é formada
basicamente pelos mesmos minerais da zona mineralizada, mas tendo o corindon em
quantidade acessória. O coríndon ocorre em cristais de dimensões milimétricas a
centimétricas de modo disseminado ou em forma de agregados localmente
concentrados. Duas gerações de coríndon foram identificadas, sendo a primeira formada
por cristais subidiomórficos, de cor rosa arroxeada e a outra por cristais idiomórficos, de
cor verde que, freqüentemente, envolvem os primeiros. Os estudos petrográficos
mostram uma intensa alteração hidrotermal, representada pela cloritização que afetou os
silicatos aluminosos e também o córindon. Os dados obtidos sobre as características
geológicas, petrográficas e geoquímicas das ocorrências estudadas são discutidos e
cotejados com os modelos genéticos para os depósitos de córindon. A interpretação dos
dados obtidos propõe que as mineralizações de córindon da área estudada foram
formadas pelo metamorfismo de médio a alto grau sobre sedimentos bastante
aluminosos.
ESTUDO PETROGRÁFICO DOS LITOTIPOS DO MORRO DO CRISTO,
SALVADOR-BAHIA, BRASIL
THIAGO LEAL DE OLIVEIRA
ORIENTADORA: MSC. JAILDA SANTOS DE SOUZA
RESUMO
O afloramento rochoso do Morro do Cristo, na Barra, bairro da cidade de Salvador-Ba,
encontra-se na parte sul da faixa móvel denominada de Faixa Salvador-Esplanada, que é
constituída por rochas metamórficas de alto a médio grau. No afloramento do Morro do
Cristo foram identificadas cinco unidades litotípicas: a) rochas ultramáficas
granulitizadas; b) granulitos ortoderivados, representados pelos tonalitos e pelos
quartzo-gabros granulitizados; c) dique máfico; d) corpos e veios sieno-graníticos; e)
conglomerados e; f) areia de praia. Os litotipos são polideformados, no estado dúctil,
além de serem cortados por diversas zonas de cisalhamento dúctil/rúptil e,
posteriormente, fraturados nas direções preferenciais N30/38SE a N40/38SE,
subparalelas à Falha de Salvador, correspondendo à formação da bacia do Recôncavo.
Percebeu-se, através das associações mineralógicas e revisão bibliográfica, que essas
rochas foram metamorfisados em alto grau, evidenciado pela presença de ortopiroxênio
nas principais associações minerais. Sabe-se também que a área sofreu
retrometamorfismo, devido à presença de bordas de reação nos piroxênios, associados a
plagioclásio e minerais opacos, formando biotita. As rochas ultramáficas granulitizadas
também apresentam biotita retrometamórfica e se comportam, em campo,
como boudins envolvidos pelos tonalitos granulitizados. Existem, pelo menos, duas
famílias de corpos e veios sieno-graníticos: uma mais antiga que se encontram
paralelizadas à foliação principal observados nos litotipos ortoderivados; e outra pós-
deformacional que trunca essa foliação e apresenta fenocristais de feldspato potássico,
sem orientação preferencial. O desenvolvimento do estudo petrográfico do afloramento
do Morro do Cristo contribuiu para o conhecimento geológico da região metropolitana
de Salvador, além de apresentar um mapa geológico contendo seus litotipos e principais
estruturas.
ANÁLISE DA DEFORMAÇÃO RÚPTIL NA PORÇÃO SUL DA SERRA DE
JACOBINA
WILSON LOPES OLIVEIRA NETO
ORIENTADOR: DR. LUIZ CÉSAR CORRÊA-GOMES (UFBA)
RESUMO
O cinturão Jacobina está inserido no Bloco Mairí, no setor centro-Norte do Cráton do
São Francisco, possuindo 170Km de extensão e em média 15Km de largura. O objetivo
desse trabalho é o entendimento da orientação, cinemática, campos de tensão e
ambiência tectônica associada à deformação rúptil na serra. Para atingir os objetivos
propostos foi realizada atualização do acervo bibliográfico, trabalhos de sensoriamento
remoto, trabalhos de campo e escritório. A partir do levantamento de falhas e seus
componentes cinemáticos (estrias e degraus), foram identificadas as orientações das
principais estruturas rúpteis, suas cinemáticas e o posicionamento dos campos de tensão
associados a estas. Foram identificadas três fases de deformações rúpteis: i) a primeira
reversa, com compressão NW-SE subhorizontal e distensão vertical, é responsável pela
nucleação de falhas de direção NW-SE e SW-NE ambas com cinemática dextral e
reversa; ii) Na posterior fase transcorrente, tem-se compressão NW-SE e tensor mínimo
(σ3) horizontalizado com direção NE-SW, esta fase é responsável pela reativação de
falhas com direção N-S com cinemática sinistral reversa e produção de falhas E-W
dextrais; e iii) Por fim com última fase da deformação rúptil do Cinturão Jacobina tem-
se a fase normal onde os tensores principais máximos (σ1) se encontram verticalizados
e os tensores mínimos (σ3) com orientação NE-SW. Esta fase é responsável pela
reativação de falhas com orientação N-S com cinemática normal sinistral e outras com
orientação NW-SE com cinemática normal dextral. Tais esforços SW-NE das fases
reservas e transcorrentes podem estar associadas a evolução do bloco Mairí durante a
colisão do Paleoproterozóico ou são correlacionáveis com o evento de colisão entre o
cinturão de dobramento Riacho do Pontal e o cráton do São Francisco a cerca de
230Km a NW do local de estudo durante o evento Brasiliano responsável também por
forte deformação na Chapada Diamantina. Por fim, tem-se campos de tensão máxima
verticalizados que são correlacionados a eventos de relaxamento que produziram
distensões perpendiculares e paralelas ao trend geral do Cinturão de Jacobina.
MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2010.2
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E LITOGEOQUÍMICA DAS ROCHAS
ENCAIXANTES E DO MINÉRIO DE FERRO DA REGIÃO DE CURRAL
NOVO, PIAUÍ
ÁDILA FERNANDES COSTA
ORIENTADORA: DRª. MARIA DA GLORIA DA SILVA (UFBA)
RESUMO
As mineralizações de ferro do Alvo Massapê-Manga Velha, Distrito Ferrífero de Curral
Novo, localizam-se na Província da Borborema, sudeste do Estado do Piauí, a norte do
Lineamento de Pernambuco, na Subprovíncia Setentrional.
Nessa área afloram rochas metamáficas de provável idade arqueana do Complexo
Granjeiro, cujos protólitos foram caracterizados como ígneos, de natureza gabróica e
basáltica, de afinidade toleítica compatível com ambiente de subducção (arco vulcânico
ou de bacia back-arc). Essas rochas encontram-se intrudidas por granitóides cedo, sin- e
pós tectônicos, em sua maioria de idade neoproterozóica. Os metagabros e metabasaltos
foram metamorfisados na fácies anfibolito e heterogeneamente afetados pela
deformação cisalhante neoproterozóica. As rochas mais intensamente deformadas foram
posteriormente modificadas por fluidos hidrotermais de provável assinatura granítica,
ricos em H2O? , CO2, K, Si, Fe, Zn, Ca, ETRL, Zr, Th, Ta, P, B, dentre outros, tendo
desenvolvido uma mineralogia hidrotermal rica em Ca-anfibólios, Fe-anfibólios, biotita,
quartzo, granada, carbonato, turmalina, apatita e allanita. Tais rochas foram
caracterizadas como Hidrotermalitos.
Os estudos de campo, petrográficos e litogeoquímicos mostram a existência de dois
tipos de minério de ferro na área: (i) Tipo I, uma Formação Ferrífera Bandada (BIF) do
tipo Algoma, que ocorre intercalada no pacote de metagabros e metabasaltos,
metamorfisada na fácies anfibolito, constituída por bandas de magnetita e bandas de
quartzo e anfibólio da série grunerita-cummingtonita; e (ii) Tipo II, tectono-controlado,
que ocorre disseminado, lenticular, laminado, venular, brechóide, associado aos
hidrotermalitos, ao longo de um trend de cerca de 30 km da zona de cisalhamento
dextral Itainzinho-Baixio. Esse minério, ao qual se associam sulfetos de Cu e teores
anômalos de Au, foi caracterizado como um Ironstone Hidrotermal.
O conjunto de dados, com destaque para a associação Fe-Cu-Au do minério Tipo II,
permite que se sugira para este minério um modelo do tipo IOCG (Iron Oxide Copper
Gold Deposits).
Palavras-chave: Província da Borborema, Complexo Granjeiro, Formações Ferríferas,
Metamáficas, Hidrotermalismo.
MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTURAL DO
AFLORAMENTO DA PRAIA DO HOSPITAL ESPANHOL, SALVADOR, BAHIA
ANDRE LUIZ DE SOUZA E SOUSA
ORIENTADORA: DRª. SIMONE CERQUEIRA PEREIRA CRUZ (UFBA)
RESUMO
Na orla da cidade de Salvador, Bahia, afloram rochas do Cinturão Metamórfico
paleoproterozóico Salvador-Esplanada, com trend preferencial segundo NE-SW. A
escassez de estudos de mapeamento de detalhe envolvendo esse cinturão motivou este
projeto, que visa levantar dados geológicos sobre a sua evolução tectônica através do
mapeamento na escala 1:300. A área de trabalho é um amplo lajedo em frente do
Hospital Espanhol, na praia da Barra, entre o Forte de Santa Maria e o Farol da Barra,
com uma variedade de rochas e estruturas deformacionais. O mapeamento levado a
efeito permitiu identificar rochas granulíticas, como tonalito granulítico, granada
monzogranito milonítico e granulito alumino-magnesiano. Além dessas unidades, foram
também identificados duas gerações de diques, sendo uma geração de rocha félsica, que
corresponde a sienogranito não deformado, e uma outra geração de rocha máfica,
representado por diabásio. Sedimentos neogênicos representados por conglomerados
com cimento carbonático e areias inconsolidadas completam o cenário litológico. O
registro estrutural levantado permitiu identificar um conjunto de estruturas dúcteis
associadas com a fase Dn de deformação, que foi subdividida em três estágios
evolutivos. O primeiro, Dn’, foi responsável pela geração da foliação Sn’, pela
paralelização dessa estrutura com a foliação Sn-1 e pela formação do bandamento
gnáissico. Dobras isoclinais, sem raiz e com plano axial paralelizado com a foliação Sn’
foram nucleadas. Além da foliação Sn’, lineação de estiramento (Lxn’), lineação
mineral (Lmn’), boudins e duplex foram nucleados nesse estágio de deformação. A
vergência geral do movimento é de NE para SW. A progressão da deformação Dn’ levou
a nucleação de dobras suaves a abertas com envoltória simétrica durante o estágio Dn”.
Em condições tardi Dn’’ houve a instalação dos diques félsicos, intrusivos nos
granulitos. Em seguida, zonas de cisalhamento rúptil-dúctil foram nucleadas (estágio
Dn’”) (Fase Dn+1?). Diques máficos foram colocados possivelmente relacionado com
extensão neoproterozóica. Truncando os diques um conjunto de zonas de cisalhamento
rúpteis e fraturas foram desenvolvidas (Dn+2?), com orientação preferencial segundo
N120°-N130°. Possivelmente, essa última fase deformacional está associada com a
abertura da Bacia do Recôncavo e do Oceano Atlântico Sul.
Palavras-chave: Cinturão metamórfico Paleoproterozóico; registro estrutural; boudin,
duplex.
ESTUDOS GEOQUÍMICOS DE SEDIMENTOS SUPERFICIAIS DA BAÍA DE
CAMAMU-BA
CARLA MELO SILVA
ORIENTADORA: DRª. OLGA MARIA FRAGUEIRO OTERO (UFBA)
RESUMO
A determinação de metais pesados em sedimentos de estuário constitui um dado
importante para o estabelecimento de critérios de qualidade e de controle da poluição.
Nos países industrializados, predominantemente em regiões temperadas, esse tipo de
estudo é bastante freqüente. O presente trabalho tem como objetivo avaliar
geoquimicamente os sedimentos de manguezais na Baía de Camamú, litoral sul do
Estado da Bahia, fornecendo estudos e subsídios que contribuam para o monitoramento
e preservação deste importante ecossistema costeiro. Foram escolhidas 9 (nove)
estações de amostragem em diferentes profundidades (0-5 cm; 5-10 cm; 10-20 cm; 20-
40 cm e 40-60 cm), totalizando 45 amostras, que foram acondicionadas em sacos
plásticos e preservadas dentro de uma caixa de isopor com gelo. Os parâmetros físico-
químicos, não conservativos, como pH, Eh, Salinidade, Oxigênio Dissolvido,
Condutividade e Temperatura da água foram registrado em in situ. Após a fase de
campo iniciaram-se as etapas de tratamento e análises das amostras, com pré-tratamento
das amostras para análise; digestão parcial das amostras (secas) em meio ácido, através
do forno microondas, determinando-se, posteriormente, os metais pesados, pelo Método
Espectrométrico; Além da determinação de Matéria Orgânica Total, pelo Método
Walkey-Black; e do Nitrogênio Total pelo Método Kjeldahl. Os resultados encontrados,
de uma maneira geral, demonstraram que os sedimentos de manguezais da baia de
Camamú não apresentam teores de metais elevados.
Palavras-chave: Metais Pesados, Sedimentos de Manguezal.
INVESTIGAÇÃO DA INTERAÇÃO DE ÓLEO-MINERAL AGREGADOS
(OMA) EM AMBIENTES COSTEIROS SOB DIFERENTES SALINIDADES:
SUBSÍDIO A PROCEDIMENTOS DE REMEDIAÇÃO DE DERRAMES DE
PETRÓLEO
DANILO RIBEIRO DOS SANTOS
ORIENTADORA: DRª. OLÍVIA MARIA CORDEIRO DE OLIVEIRA (UFBA)
RESUMO
Óleo-mineral agregados (OMA) são entidades microscópicas compostas de óleo e
minerais aglutinados, estáveis durante períodos de semanas em água salgada. Os
primeiros experimentos que reportaram a interação entre óleo derramado e sedimentos,
sugerem que os fatores que influenciaram a quantidade de óleo incorporado no
sedimento incluem: i) a característica do óleo; ii) o tipo de sedimento; iii) a energia da
área; e iv) a salinidade da água. Baseado em experimentos de laboratório com
sedimentos da zona costeira impregnados com óleo relatam que a interação entre o óleo
e o sedimento poderia ser um instrumento natural para auxiliar na “limpeza” destas
áreas contaminadas. Mostram ainda que a formação da OMA é inibida em água doce
(salinidade de 0-1), que por sua vez é aumentada em água salobra (salinidade acima de
10). Com o presente trabalho foi testado a nível laboratorial e de bancada a interação do
óleo bruto, proveniente da Bacia do Recôncavo, e sedimentos de manguezal da Baía de
Todos os Santos e de praia da orla de Salvador-Bahia, com o objetivo de observar e
quantificar a formação do OMA. Em laboratório foi utilizada água destilada e
adicionado sal marinho sintético para obter um intervalo de salinidade de 0-36. A
quantificação de óleo incorporado no sedimento formando OMA mostrou que o
ambiente estuarino é mais favorável que o marinho. Verificou-se que a sua formação
depende fortemente também de outros parâmetros, a exemplo da natureza do mineral
presente. Conclui-se que a degradação de óleo é favorecida pela formação de OMA e é
aplicável tanto às águas marinhas, quanto às estuarinas.
Palavras-chave: Interações de óleo e sedimento, OMA, Derramamento de óleo em
ambiente costeiro, Dispersão do óleo, Salinidade.
PETROGRAFIA DO GRANITÓIDE BROCO: EVIDÊNCIA DE FUSÃO
CRUSTAL NO GREENSTONE BELT IBITIRA-UBIRAÇABA, IBIASSUCÊ,
BAHIA
DANTE DA SILVA PALMEIRA
ORIENTADORA: DRª. SIMOE CERQUEIRA PEREIRA CRUZ (UFBA)
RESUMO
A área de estudo localiza-se nas cercanias da cidade de Ibiassuçê, na região centro-oeste
do Estado da Bahia. Do ponto de vista tectônico, posiciona-se no Bloco Gavião, na
porção nordeste do Cráton do São Francisco tendo como rocha encaixantes rochas
metapelíticas do Greenstone Belt Ibitira Ubiraçaba. Essas rochas estão truncadas pela
zona de cisalhamento Iguatemi, que é uma das estruturas arqueanas que foram
reativadas durante a evolução do Corredor do Paramirim. Nesta área foi encontrado
granitóide tipo S nunca antes relatado na literatura, cujas relações de campo sugerem
que se tratam de produtos da fusão de metassedimentos do greenstone citado, o qual foi
denominado de Granitóide Broco. O mapeamento geológico deste corpo e de suas
encaixantes imediatas, assim como a identificação da mineralogia, texturas e aspectos
deformacionais presentes nele são os objetivos deste trabalho. Como método de
trabalhou realizou-se o levantamento bibliográfico, visita de campo para aquisição de
dados e contextualização do corpo, além de um estudo petrográfico e microestrutural
para a identificação as suas características. O estudo feito determinou que o protólito
deste corpo é um sienogranito e identificou duas tectonofácies: (i) baixa deformação,
que é caracterizado pelo isotropismo e pela preservação das estruturas ígneas do
protólito; (ii) média à alta deformação, que se caracteriza pela presença de foliação e
pelo desenvolvimento expressivo de uma trama granoblástica, milonítica e
porfiroclástica. Em ambas as tectonofácies, a substituição do k-feldspato por mica
branca e do plagioclásio pela mica branca e epídoto sugerem a presença de reações
retrometamórficas. A evolução deste corpo esteve ligado a um processo de fusão dos
metapelitos, com a geração de uma rocha sienogranítica com granada e biotita que
posteriormente foi submetida à deformação na fácies anfibolito e em seguida em fácies
xisto verde (retrometamorfismo), neste caso marcado pela geração de mica branca e
epídoto.
Palavras-Chave: Granitos tipo-S, kinzigito, zona de cisalhamento, greenstone belt,
mapeamento, anatexia.
SEDIMENTOLOGIA E ESTRATIGRAFIA DA SEQUÊNCIA "TAIPUS-MIRIM"
NA PORÇÃO ONSHORE NA BACIA DE CAMAMU-BA
DEIVSON LUCAS DA SILVA
ORIENTADOR: DR. MICHAEL HOLZ (UFBA)
RESUMO
A Bacia de Camamu faz parte das bacias marginais brasileiras, está situada na faixa
costeira do estado da Bahia, entre os paralelos 13° e 14° S, com uma área de 12.929
Km². As lítologias presentes na área de estudo estão inseridas no Grupo Camamu, que é
subdividida nas formações Taipus-Mirim, que foi depositado durante o Aptiano e a
formação Algodões que foi depositado durante Albiano ao Cenoniano. Segundo Caixeta
(2007), a formação Taipus-Mirim, é constituída por evaporitos e clásticos grossos
(arenitos e conglomerados), e intercalações de folhelhos carbonáticos do Membro
Serinhaem e os calcários, folhelhos e halita do Membro Igrapiuna. A Bacia de Camamu
é dividida em trezes seqüências básicas (CAIXETA, 2007), tendo as seqüências que
correspondem a formação Taipus-Mirim, que foi detalhada nesse estudo, é limitada na
base pela discordância Pré-Alagoas e seu topo pela discordância correspondente a
Formação Algodões. As Ilhas de Pedra Furada e Ilha Grande estão inseridas na
formação Taipus-Mirim, e são compostas por cinco fácies sedimentares:
i) conglomerados matriz-suportado;
ii) arenito bioclastico;
iii) arenito com wavy;
iv) arenito médio a fino;
v) lamitos.
Todas as fácies são provenientes de canais fluvials e leques aluvias, que se depositaram
durante a fase de extensão da bacia (rifte), durante o cretáceo. O presente trabalho tem
por objetivo de apresentar os resultados da análise sedimentológica e estratigráfica da
formação Taipus-Mirim contribuindo assim para elaboração de modelo deposicional.
Palavras-chave: Sedimentologia, Estratigrafia de Seqüências, Discordâncias e Fácies.
QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NO DISTRITO DE MONTE GORDO
- MUNICÍPIO DE CAMAÇARI-BAHIA
FABIANO DE JESUS SENA
ORIENTADOR: DR. SÉRGIO AUGUSTO DE MORAIS NASCIMENTO (UFBA)
RESUMO
O objetivo principal deste estudo foi elaborar um diagnóstico sobre a qualidade da água
subterrânea no distrito de Monte Gordo - município de Camaçari, Bahia. Com o
aumento da população local, o consumo de água cresceu e a disponibilidade de recursos
hídricos superficiais e subterrâneos vem sofrendo cada vez mais com o problema dos
poluentes tais como: esgotos domésticos e urbanos e fossas sépticas. Assim o
abastecimento dessas comunidades fica prejudicado devido ao não gerenciamento
dessas águas que permitam manter seus padrões de qualidade para uso como fonte
alternativa. Os dados obtidos foram sistematizados, analisados e, posteriormente, após a
sua interpretação foi possível avaliar a qualidade das águas. Conclui-se assim que a
qualidade das águas subterrâneas da região de Monte Gordo encontra-se em alguns
casos fora dos padrões especificados pela Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde. Os
parâmetros físico-químicos e bacteriológicos analisados mostraram que as águas
subterrâneas encontram-se impróprias para consumo humano sem que ocorra antes um
tratamento convencional. Para esta ser consumida pela população local torna-se
recomendável à curto prazo a efetiva filtração e cloração para tratamento da mesma. À
médio prazo é necessário que a população local possa contar com água e saneamento
executado pela Empresa de Água e Saneamento da Bahia – Embasa.
Palavras-Chave: Recursos Hídricos. Monte Gordo. Qualidade da água. Abastecimento
de água.
GEOSSÍTIOS NA REGIÃO DE NORDESTINA, BAHIA: UMA ALTERNATIVA
PARA O GEOTURISMO E PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
IVANARA PEREIRA LOPES DOS SANTOS
ORIENTADORA: DRª. DÉBORA CORREIA RIOS (UFBA)
RESUMO
A preocupação com a biodiversidade vem sendo tema de muitos debates da atualidade,
na tentativa de minimizar os efeitos nocivos causados pela ação antropogênica. A
geodiversidade, apesar de estar subjacente nas discussões, atualmente vem obtendo
destaque, como um dos elementos do trinômio: Geodiversidade - Geoconservação -
Geoturismo. A região de Nordestina, estado da Bahia, objeto de estudo deste trabalho, é
detentora de uma riqueza natural diversificada, abrangendo importante conteúdo
geológico, paleontológico e meteorítico, além de flora (vegetação de caatinga) e fauna
típicas de clima semiárido. A área está inserida no Núcleo Serrinha, um dos três núcleos
arqueanos que integram os terrenos do embasamento do Cráton do São Francisco,
contendo um complexo gnáissico-migmatítico e bacias vulcanossedimentares
associadas ao plutonismo TTG, cálcio-alcalino e alcalino potássico-ultrapotássico. No
decorrer dos trabalhos foram cadastrados oito geossítios (Pillows Lavas Maria Preta,
Granito Café Royal, Lamprófiros do Morro do Afonso, Inselgebirg da Caraconha,
Castle Koppie do Lopes, Calcita Laranja, Stock Diorítico Quijingue, Pipe Nordestina),
utilizando o aplicativo “Cadastro de Geossítios” desenvolvido pela CPRM. Estes
geossítios são classificados como de relevância internacional (1), nacional (2) e regional
(5), sendo que pelo menos três deles possuem apelo turístico recreativo. O
prosseguimento dos trabalhos de cadastramento na região deverá revelar novos
geossítios de interesse geoturístico, os quais, agregados às atrações já conhecidas na
região (históricas: Guerra de Canudos, achado do primeiro meteorito do Brasil;
paleontológicas: macrofósseis; geológicas/metalogenéticas: maior produtor de ouro,
importante produtor de diamantes; meteoríticas: local de achado de dois dos cinco
meteoritos baianos), devem contribuir para ampliar e diversificar o quadro do potencial
turístico atual, principalmente no que se refere ao turismo didático e científico. Essa
possibilidade representa uma alternativa de desenvolvimento sustentável para a região
em foco, tendo em vista que cinco dos municípios abrangidos na área de estudo
apresentam baixos valores de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), quando
comparados com o índice estadual. A comunidade geológica tem o dever de proteger o
patrimônio geológico através de medidas de geoconservação e, paralelamente,
desenvolver esforços no sentido de conscientizar os demais segmentos da sociedade
sobre a importância dessa questão.
Palavras-chave: Nordestina, Geoturismo, Geossítio, Desenvolvimento Sustentável.
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE RECREACIONAL DAS PRAIAS DO
MUNICÍPIO DE CAMAÇARI A PARTIR DE PARÂMETROS
GEOAMBIENTAIS E DE INFRAESTRUTURA
JOSÉ PORTUGAL DE JESUS JUNIOR
ORIENTADORA: DRª. IRACEMA REIMÃO SILVA (UFBA)
RESUMO
O município de Camaçari está inserido no Litoral Norte do estado da Bahia, sendo um
dos maiores vetores de crescimento e desenvolvimento turístico do estado. A ocupação
desordenada da maior parte das praias deste município tem causado diversos problemas
ambientais e evidencia a necessidade urgente de uma gestão efetiva e integrada de suas
praias. Neste contexto, esta pesquisa teve o objetivo de avaliar a qualidade geoambiental
e de infraestrutura para uso recreacional das praias do município de Camaçari, gerando
informações para possíveis atuações no gerenciamento dessas praias. Para isso as praias
de Busca Vida, Jauá, Interlagos, Arembepe, Barra Jacuípe, Guarajuba e Itacimirim
foram caracterizadas em relação a 23 parâmetros geoambientais e a 15 parâmetros de
infraestrutura para uso. Estes parâmetros foram classificados em três categorias (1-
baixa; 2- média; 3- alta) e ponderados de acordo com o grau de importância atribuído a
cada um deles. De acordo com esta metodologia, as praias de Itacimirim, Guarajuba e
Barra do Jacuípe apresentam uma qualidade geoambiental mais elevada em relação às
outras praias do município, principalmente por apresentarem poucas construções no
pós-praia, ausência de estruturas antropogênicas que dificultem a circulação dos
usuários, inclinação moderada, a granulometria fina a média dos seus sedimentos e
vegetação localmente preservada. Em relação à avaliação da qualidade relacionada à
infraestrutura recreacional oferecida pelas praias, apesar de não haver grande variação
entre os resultados encontrados, as praias de Guarajuba e Barra do Jacuípe obtiveram
novamente os melhores valores, principalmente pela ausência de animais domésticos e
provisão de sanitários. A avaliação da qualidade recreacional, integrando estes dois
resultados, buscou evidenciar um conjunto de condições ideais para o uso das praias.
Assim, de acordo com a metodologia empregada, as praias de Busca Vida, Jauá,
Arembepe e Itacimirim apresentaram uma qualidade recreacional baixa e as praias de
Interlagos, Barra do Jacuípe e Guarajuba apresentaram uma qualidade média. A
avaliação da qualidade recreacional das praias, durante os meses de setembro e outubro
ao longo de caminhamento feito na faixa de praia do município, por meio de
indicadores geoambientais e de infraestrutura se mostrou adequada, contudo, esta
pesquisa precisa ser complementada em diferentes épocas do ano, identificando os
problemas ambientais e as potencialidades de cada praia.
Palavras-chave: gestão de praias; qualidade recreacional; indicadores geoambientais e
de Infraestrura; município de Camaçari.
MAPEAMENTO GEOLÓGICO MULTIESPECTRAL DA BACIA
CARBONÁTICA DE UTINGA - BA E DAS MINERALIZAÇÕES DE PB
ASSOCIADAS
MICHEL BRUM COUTINHO
ORIENTADOR: DR. WASHINGTON DE JESUS S. DA FRANÇA ROCHA (UEFS)
RESUMO
O sensoriamento remoto é uma ferramenta utilizada para se obter informações de um
objeto sem que haja a necessidade de um contato físico. Através dos sensores (satélites)
localizados na orbita terrestre podemos captar diversos tipos de informação, sejam de
zonas de impacto ambiental, queimadas, desastres da natureza, entre outros. O sensor
capta a parcela refletida da Radiação Eletromagnética (REM) que interage com os alvos
da paisagem (rochas, vegetação, solo etc.) transformando esses dados obtidos em
produtos como gráficos, tabelas e principalmente imagens. Neste trabalho estudaremos
as zonas mineralizadas de Pb-Zn na Bacia de Utinga - BA analisando as litofácies
contendo regiões sulfetadas onde se encontra a mineralização e a crosta ferruginosa
associada, além de caracterizar os principais métodos e técnicas de sensoriamento
remoto utilizados para mapear estas zonas. Este trabalho final de graduação (TFG)
utilizará as técnicas de sensoriamento remoto para mapear as zonas mineralizadas de
Pb-Zn na região de Nova Redenção - BA, com suporte em técnicas de classificação de
imagens de satélite LANDSAT sensor TM (Thematic Mapper), demonstrando os
benefícios de se utilizar o sensoriamento remoto como ferramenta para suporte à
prospecção mineral. Esta pesquisa poderá contribuir para o conhecimento sobre o
potencial deste tipo de mineralização na bacia estudada.
Palavras-chave: Sensoriamento remoto, zonas mineralizadas, mapeamento geológico,
informações e técnicas.
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA PRELIMINAR DOS
DIQUES MÁFICOS DA REGIÃO DE CAMACAN, BAHIA, BRASIL
MICHELE CÁSSIA PINTO SANTOS
ORIENTADORA: DRª. ÂNGELA BEATRIZ DE MENEZES LEAL (UFBA)
RESUMO
Os diques máficos da região de Camacan estão inseridos no contexto tectônico do
Cráton do São Francisco, intrudindo os terrenos granulíticos polideformados arqueanos
e paleoproterozóicos pertencentes ao Cinturão Itabuna – Salvador – Curaçá. Estes
diques máficos fazem parte da Província Litorânea dos Diques Máficos do Estado da
Bahia e têm como principais áreas de ocorrência os cortes de estrada dispostos entre as
cidades de Camacan e Santa Luzia e entre Santa Luzia e Arataca. De modo geral os
diques máficos preenchem fraturas distensivas na encaixante granulítica em variadas
direções e apresentam coloração cinza a preta, granulometria variando de muito fina a
grossa, são isotrópicos e maciços. Suas formas variam de reta, levemente sinuosas a
angulosas com espessuras predominantes variando de 5 a 31 cm. O estudo petrográfico
permitiu separar os diques máficos em 4 grupos: embasamento (Grupo 1),
granulometria média (Gabros - Grupo 2), granulometria fina (Basaltos - Grupo 3) e
contato (Grupo 4). Foram identificadas as texturas ofítica, subofítica e intergranular, e
mineralogicamente são compostos por andesina, clinopiroxênio (augita e diopsídio),
ortopiroxênio (hiperstênio) e subordinadamente têm-se hornblenda, biotita, minerais
opacos, apatita, esfeno/titanita, rutilo, quartzo e zircão. Processos de alteração como
saussuritização e sericitização (para os plagioclásios) e biotitização, uralitização e
cloritização (para os piroxênios), também estão presentes. Os diques máficos
apresentam, de forma geral, enriquecimento em FeOt?em relação ao MgO? (trend de
Fenner) e baixas razões sílica/álcalis características de suítes toleíticas, exceto a amostra
CA-01 que plotou no campo da suíte alcalina. Através do comportamento geoquímico
dos elementos maiores e traços foi constatada a importância das fases minerais
plagioclásio e clinopiroxênio no fracionamento magmático. Diagramas de ambiência
tectônica utilizando como parâmetros o Ti, Zr e Y sugerem que a colocação dos diques
máficos ocorreu em ambiente continental intracratônico.
Palavras-chave: Diques máficos, Camacan, petrografia, geoquímica
CARACTERIZAÇÃO GEOAMBIENTAL DO ENTORNO DO CEMITÉRIO
SÃO MIGUEL - MUNICÍPIO DE SIMÕES FILHO, BAHIA
THAÍZA OLIVEIRA CARVALHO
ORIENTADOR: DR. SÉRGIO AUGUSTO DE MORAIS NASCIMENTO (UFBA)
RESUMO
Esta pesquisa descreve os resultados das análises físico-químicas e bacteriológicas
realizadas nas águas subterrâneas do entorno do Cemitério Municipal São Miguel no
Município de Simões Filho, Bahia. Através de oito poços e cacimbas existentes no
Condomínio João Filgueiras, procurou-se classificar e avaliar a qualidade da água
subterrânea e sua relação com uma provável influência do cemitério São Miguel como
fonte de contaminação. Para tanto foram investigados alguns parâmetros físico-
químicos e bacteriológicos indicativos de contaminação das águas subterrâneas tendo
como fonte o citado cemitério. São enfatizados no trabalho os riscos de saúde pública
representados pela contaminação das águas subterrâneas de áreas de cemitérios. Os
resultados encontrados apresentam apenas indícios de contaminação, principalmente os
indicadores bacteriológicos.
PROJETO CARVÃO NO ALTO SOLIMÕES: UMA EXPERIÊNCIA DE DADOS
ANALÓGICOS DE SONDAGENS EXPLORATÓRIAS PARA CARVÃO EM
UMA BASE DE DADOS DIGITAIS
THIENE DOS SANTOS SERRA
ORIENTADOR: DR. RICARDO DA CUNHA LOPES (CPRM)
RESUMO
O carvão mineral é de grande importância econômica para o Brasil. Combustível fóssil
sólido, o carvão é formado por matéria orgânica vegetal depositada em bacias
sedimentares, onde sofreu ação da temperatura, pressão (por soterramento) e perda de
oxigênio, ocasionando um enriquecimento em carbono, este recurso energético,
constitui um bem mineral de grande interesse econômico, visto que a relação
tempo/custo para a instalação de uma usina termoelétrica é bem menor, comparando-se
os mesmos parâmetros, para a instalação de uma usina hidrelétrica. O carvão foi usado
como principal fonte energética por décadas, não somente forneceu a energia que
abasteceu toda a Revolução Industrial no século XIX, como também foi a mola
propulsora da era da eletricidade do século XX. Atualmente aproximadamente 28% da
eletricidade gerada mundialmente é produzida através do carvão mineral. Países da
América do Sul, Dinamarca, China, Grécia, Alemanha e Estados Unidos tem nesse
combustível uma importante fonte de energia. Na década de 70, o mundo passou pela
denominada "crise do petróleo", países da Organização dos Países Exportadores de
Petróleo (OPEP) aumentaram o preço dos barris, este aumento chegou a quatro vezes o
preço normal, e no Brasil autoridades políticas determinaram que os órgãos
responsáveis pela pesquisa mineral no país, Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e
Departamento Nacional de Produção Mineral DNPM, realizassem estudos de outras
fontes de energia viáveis, e campanhas por quase todo o país foram feitas no âmbito de
explorar os possíveis depósitos de carvão. Dentre os trabalhos desenvolvidos, está o
Projeto Carvão no Alto Solimões que foi executado nos anos de 1975 a 1977, no Alto
Solimões, região incluída em uma bacia paleozóica intracratônica, Bacia do Solimões,
que conta com cerca de 440.000 km2 de área total. Este trabalho de monografia final de
curso (TFG) utilizará dados do referido projeto, convertendo - os do meio analógico
para a plataforma digital, de forma que possam ser utilizados no meio geocientífico, já
que estes constam até então inéditos. Para tanto faremos a recuperação das imagens
Raster e/ou JPEG; Composição do mapa de localização; tabelamento dos dados
litoestratigráficos e litológicos de um acervo mínimo de 20 poços. Esta pesquisa deverá
dar subsídio a posteriores projetos de pesquisa na região, assim como auxiliar empresas
interessadas em pesquisa mineral, ampliando as possibilidades de utilização deste
material.
Palavras-chave: Carvão, energia, conversão de dados e perfilagens geofísicas.
GEOSSÍTIO CÂNION DO RIO SERGI (SANTO AMARO, BAHIA): VALORES
E AMEAÇAS
VANESSA MARIA DOS SANTOS FUEZI
ORIENTADOR: DR. AUGUSTO JOSÉ PEDREIRA (CPRM)
RESUMO
O Patrimônio Geológico consiste em um conjunto de sítios geológico (ou geossítios),
que está estreitamente relacionado com a geodiversidade, contudo, não se deve encarar
o patrimônio geológico como sinônimo de geodiversidade. A geodiversidade, de forma
simples, consiste em toda variedade de minerais, rochas, fósseis e paisagens que ocorre
no Planeta Terra. Já o patrimônio geológico é apenas uma pequena parcela da
gediversidade apresentando características especiais e que, por conseguinte deve ser
conservado. Geossítios são locais bem delimitados geograficamente, onde ocorrem um
ou mais elementos de geodiversidade com singular valor do ponto de vista cientifico,
pedagógico, cultural, turístico ou outro. O Brasil mostra um riquíssimo patrimônio
geológico ainda pouco conhecido. O município de Santo Amaro começou a ser estudado
geologicamente na primeira metade metade dos anos quarenta, a partir da exploração
petrolífera da Bacia do Reconcavo, desde quando as rochas que aí afloram eram o
principal reservatório de petróleo da Bacia (Lanzarini, 1996). Neste trabalho será
estudado o geossítio do cânion do rio Sergi com o objetivo de desenvolver uma proposta
de inventariacao sistemática do cânion do rio Sergi situado no município de Santo
Amaro - Bahia. Considerando-o como um geossítio e abordando-o sob o aspecto da
geoconservação. Com isso, pretende-se de acordo com a metodologia utilizada pelo
PROGEO (Brilha, 2005), cadastrar, quantificar e propor ações de geoconservação de
forma a incentivar o início deste processo em outros geossítios.
Palavras-chave: Cânion, patrimônio geológico, geoconservação, geossítios.
MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2011.1
CARACTERIZAÇÃO DE AGREGADOS DE ÓLEO-PARTÍCULA MINERAL:
PROCEDIMENTOS PARA ACELERAÇÃO DA REMEDIAÇÃO DE
DERRAMES DE PETRÓLEO EM AMBIENTES COSTEIROS
ANTÔNIO JORGE DA CRUZ RODRIGUES
ORIENTADORA: DR.ª. OLÍVIA MARIA CORDEIRO DE OLIVEIRA (UFBA)
RESUMO
Agregados de óleo-mineral (OMA) são entidades microscópicas formadas muito
facilmente no meio ambiente a partir da interação e aglutinação de partículas minerais
finas e petróleo, são estáveis durante períodos de semanas, em água salgada, podendo
ser positivamente ou negativamente flutuante. Os primeiros experimentos que
reportaram a interação entre óleo derramado e sedimentos, sugerem que os fatores que
influenciaram a quantidade de óleo incorporado no sedimento incluem: i) a
característica do óleo; ii) o tipo de sedimento; iii) a energia da área; e iv) a salinidade da
água. Experimentos de laboratório com sedimentos da zona costeira impregnados com
óleo relatam que a interação entre o óleo e o sedimento poderia ser um instrumento
natural para auxiliar na "limpeza" destas áreas contaminadas. O presente trabalho testou
a nível laboratorial a interação do óleo bruto, proveniente da Bacia do Recôncavo, e os
sedimentos de margens do Rio São Paulo e da praia da Base Naval de Aratu ambos da
Baía de Todos os Santos, com o objetivo de observar e quantificar a formação do OMA.
Em laboratório foi utilizada água destilada e frações granulométricas: a) areia, b) silte e
argila, ambas as frações foram retiradas dos dois ambientes em estudo. A quantificação
de óleo incorporado no sedimento formando OMA mostrou que o ambiente estuarino é
mais favorável para essa aglutinação que o marinho. Verificou-se que a sua formação
depende fortemente também de outros parâmetros, a exemplo da presença de
argilominerais associados. Conclui-se que a formação do OMA em ambientes tropicais
marinhos e estuarinos de características granulométricas areia, silte e argila poderá
favorecer a degradação de óleos derramados tanto em águas marinhas quanto em
estuarinas.
Palavras-chave: Interações de óleo e sedimento, OMA, Derramamento de óleo em
ambiente costeiro, Fração granulométrica, Limpeza de Ambiente Costeiro.
ANÁLISE GEOMÉTRICA E CINEMÁTICA DOS ELEMENTOS
LITOESTRUTURAIS DAS FORMAÇÕES AÇURUÁ, TOMBADOR E
CABOCLO NA REGIÃO NORTE DE LENÇÓES - CHAPADA DIAMANTINA,
BA
ASAFE DOS SANTOS SANTANA
ORIENTADOR: DR. CARLSON MATOS MAIA LEITE (UFBA-PETROBRAS)
RESUMO
A região à norte de Lençóis localizada na Chapada Diamantina, Bahia, é caracterizada
por mega-dobramentos suaves que definem o anticlinal da Serra do Sincorá. As
litologias são expostas a partir de uma janela erosional no meio do anticlinal, que
pertencem à Formação Açuruá, composta por metarenitos deltáicos; à Formação
Tombador, composta por metarenito fluviais, estuarinos, eólico e os metaconglomerados
de leques aluviais do Membro Lavras; e a Formação Cabloco, constituída por
metassíltitos e metarenitos finos de ambiente marinho raso. As análises dos lineamentos
estruturais de relevo adquiridos em feições lineares de drenagem e vales, permitiram
diferenciar três direções de falhas e fraturamento: NW-SE, N-S e W-E, agrupadas em
dois estágios deformacionais D1 e D2. O anticlinal da Serra do Sincorá foi a primeira
estrutura deformacional a ocorrer no estágio D1, formado a partir de um esforço E-W e,
concomitante à mesma, foram geradas as fraturas diagonais com as orientações nas
direções NE-SW e NW-SE. As estruturas quais foram geradas ao longo dos flancos do
mega-anticlinal que serve como rampa de cavalgamento, para o desenvolvimento das
dobras subsidiárias pelo mecanismo do tipo fault-propagationfold. O estágio D2
representa a fase transcorrente sinistral e transtrativa, de tensão principal NNW - SSE.
Este estágio favoreceu a geração da falha do Rio São João. O padrão das falhas
associadas segue o sistema de cisalhamentos Riedel, com zonas de cisalhamentos
sinistrais e dextrais bem marcadas, representando assim o R ( Riedel) marcado pela
direção N350 à N 300 e a R' ( Antiriedel) representadas pelas direções de
aproximadamente de N270 à N240. Intrusões básicas sob forma de diques cortam as
formações sedimentares, com orientação preferencial NW - SE.
Palavras-chave: Anticlinal da Serra do Sincorá, estágio D1, Estágio D2,
faultpropagation-fold, cisalhamento Riedel.
CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL, GEOMÉTRICA E CINEMÁTICA, DAS
FORMAÇÕES TOMBADOR E AÇURUÁ, NA REGIÃO AO SUL DE LENÇÓES
- CHAPADA DIAMANTINA, BA
CAIO MULLER MAIA
ORIENTADOR: DR. CARLSON MATOS MAIA LEITE (UFBA-PETROBRAS)
RESUMO
As formações Tombador e Açuruá englobam as sequências siliciclásticas de idade
mesoproterozóica do Supergrupo Espinhaço e estão localizadas no domínio oriental da
Chapada Diamantina, centro-oeste do Cráton do São Francisco. Este domínio apresenta
um relevo modelado por extensas cristas paralelas e vales estreitos que refletem a
ocorrência das estruturas rúpteis e rúpteis-dúcteis, de direção predominante NNW-SSE.
Além disso, hospeda ainda um trend de mega-dobramentos, definidos por amplos
anticlinais e sinclinais alternados. Na área de estudo, desenvolveu-se, como principal
estrutura, o Anticlinal do Pai Inácio. O objetivo geral deste trabalho foi aplicar a
ferramenta de análise estrutural, geométrica e cinemática, identificando, mapeando e
interpretando as estruturas de deformação sin-sedimentar e as de origem secundária,
essa última subdividida em dúcteis, rúpteis-dúcteis e rúpteis, além da elaboração de um
modelo de evolução deformacional simplificado. Desse modo, a análise estrutural foi
caracterizada a partir do estudo de diferentes tipos de estruturas, enfocando desde a
mega-escala, com observação de lineamentos estruturais, em imagens de satélite e
fotografias aéreas, até a escala de afloramento. A análise dos lineamentos estruturais
revelou quebras negativas de relevo, feições lineares de drenagens e vales, que
representam falhamentos direcionais, e foram agrupados em três classes: NW-SE, N-S e
W-E. Considerando a situação da área em relação ao contexto da bacia, bem como a
disposição das principais estruturas em relação à sua situação geotectônica, sugere-se
que a área de estudo tenha sido afetada por dois estágios deformacionais (D1 e D2)
incluídos em uma fase deformacional, durante o Neoproterozóico. O D1 compreende
um estágio de deformação compressional onde se nucleou o dobramento (D1),
correspondente ao Anticlinal do Sincorá, e uma série de estruturas localizadas nos
flancos dessa dobra, tais como: juntas associada ao dobramento, dobras subsidiárias,
dobras em kink e falhas de empurrão. As fraturas relacionadas a esse estágio
compreendem juntas de extensão que são representadas pelas fraturas longitudinais,
transversais e diagonais ao eixo do anticlinal do Pai Inácio. O D2 compreende um
estágio de deformação que é representado por uma transcorrência regional sinistral e
transtassiva. Pode ser vista como uma manifestação, no interior do Cráton do São
Francisco, dos processos geradores das faixas Rio Preto e Riacho do Pontal, a norte, que
estruturaram com falhas de empurrão e dobras com vergência para sul, os
metacarbonatos do Supergrupo São Francisco. Foi acomodado na forma de zonas de
cisalhamento rúpteis e regionais nas rochas metassedimentares do Supergrupo
Espinhaço. Observou-se neste trabalho a falha do Rio São João de movimento
transcorrente e cinemática sinistral que bordeja a norte a Serra do Sincorá, sendo
responsável pela estruturação da serra, principalmente com o desenvolvimento de
falhamentos de direção NNW-SSE. A partir do padrão de abertura dos vales e o sistema
de fraturas e/ou falhamentos com cinemáticas, pode-se sugerir uma tectônica rúptil de
cisalhamentos Riedel para a explicação da estruturação da Serra do Sincorá.
Palavras-chave: Formações Tombador e Açuruá; Análise Estrutural; Modelo de
Evolução Deformacional.
FOLHELHOS COM GÁS DA FORMAÇÃO BARNETT, TEXAS, EUA - UM
EXEMPLO DE RESERVATÓRIO NÃO CONVENCIONAL
GILDEGLEICE BARCELAR DAS VIRGENS
ORIENTADOR: MSC. ROBERTO ROSA DA SILVA (UFBA-PETROBRAS)
RESUMO
Diante da atual demanda energética no mundo, a busca por novos reservatórios de
petróleo e gás se estende até àqueles anteriormente considerados com economicamente
inviáveis. Esses denominados reservatórios não convencionais representam hoje em
muitos países o caminho para a independência energética. Os reservatórios não
convencionais possuem características petrofísicas particulares que impossibilitam o
hidrocarboneto acumulado de poder ser extraído por processos simples de recuperação,
necessitando assim de um estágio tecnológico de desenvolvimento avançado. Diante
deste desafio este trabalho propõe o entendimento dos fatores que afetam a distribuição
e desempenho da produção dos principais reservatórios não convencionais a exemplo
dos reservatórios de metano em camadas de carvão, arenitos com baixa permeabilidade,
hidratos de Metano, reservatórios de óleo pesado e de gás em folhelhos.
Com o foco principal de estudo na análise do reservatório de gás em folhelho da
Formação Barnett, localizado na bacia de Fort Worth no Texas, EUA, este trabalho
apresenta as principais características desse reservatório como seu contexto geológico,
características petrofísicas, geoquímicas e modelo de produção. Evidenciando a
viabilização e incorporação de novos recursos para a manutenção da cadeia
petrolífera/gaseífera depende da ampliação de pesquisas e desenvolvimento tecnológico
nessa área.
Palavras-chave: Reservatórios não convencionais, gás em folhelho, Formação Barnett.
CARACTERÍSTICAS PETROGRÁFICAS, GEOQUÍMICAS E
METALOGENÉTICAS DOS FLOGOPITITOS DE CARNAÍBA E SOCOTÓ,
BAHIA
LEONARDO NÁPRAVNIK PIRES
ORIENTADOR: DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)
RESUMO
Este trabalho apresenta os resultados obtidos na caracterização petrográfica, geoquímica
e metalogenética realizada para os flogopititos dos distritos garimpeiros de Carnaíba-
Pindobaçu e Socotó-Campo Formoso, localizados na porção centro-norte da Serra de
Jacobina, no estado da Bahia. Os flogopititos são rochas derivadas dos serpentinitos, em
decorrência da ação hidrotermal promovida pelos fluidos finais de corpos graníticos que
se colocaram no final do Paleoproterozóico. A petrografia apontou que os flogopititos
são constituídos, predominantemente, pela mica flogopita, acompanhada, em
quantidades variáveis, de anfibólio, quartzo, dolomita, fluorita, turmalina e berilo,
ocorrendo como acessórios a titanita, o espinélio e o zircão, além de minerais opacos.
Os serpentinitos encaixantes apresentaram, além da serpentinita que o caracteriza,
grande quantidade de talco e, subordinadamente, fluorita, quartzo, plagioclásio,
flogopita/clorita, dolomita e opacos. A caracterização geoquímica permitiu verificar que
houve o aporte dos elementos traço Ba, Be, Li, Sc, Sr, F, Cs e Rb nos flogopititos de
ambas as áreas estudadas, e uma depleção para os elementos Co, Cr, Ni e V. Em relação
aos elementos maiores, foi notado o acréscimo nos teores de Al2O3? , Fe2O3? , FeO? ,
K2O? , TiO2? e P2O5? e uma defasagem nos teores de MgO? , CaO? e Na2O? . Quanto
aos elementos escassos, somente três amostras do distrito de Carnaíba apresentaram
teores acima do background para o elemento Au, contudo não configurando anomalias
de grande expressão. A caracterização geoquímica permitiu verificar que houve o aporte
dos elementos traço Ba, Be, Li, Sc, Sr, F, Cs e Rb nos flogopititos de ambas as áreas
estudadas, e uma depleção para os elementos Co, Cr, Ni e V. Em relação aos elementos
maiores, foi notado o acréscimo nos teores de Al2O3? , Fe2O3? , FeO? , K2O? , TiO2?
e P2O5? e uma defasagem nos teores de MgO? , CaO? e Na2O? . Quanto aos elementos
escassos, somente três amostras do distrito de Carnaíba apresentaram teores acima do
background para o elemento Au, contudo não configurando anomalias de grande
expressão.
Palavras-chave: Flogopititos; Hidrotermalismo; Fontes Alternativas de Potássio
ESTUDO DOS PADRÕES DE ORIENTAÇÃO DE ESTRUTURAS
DEFORMACIONAIS RÚPTEIS E DE CAMPPOS DE TENSÃO EM
AFLORAMENTOS DA FORMAÇÃO MARACANGALHA (EOCRETÁCEO)
EM BOM DESPACHO, NNE DA ILHA DE ITAPARICA, BAHIA, BRASIL
LUCAS NERY RAMOS
ORIENTADOR: DR. LUIZ CÉSAR CORRÊA-GOMES (UFBA)
RESUMO
O estudo dos aspectos estruturais em bacias sedimentares do tipo rifte é de extrema
importância, pois nestas bacias podem estar registradas informações importantes a
respeito de um período singular no seu desenvolvimento: a sua faz inicial de abertura.
Na Bacia do Recôncavo a Formação Maracangalha representa uma parte do pacote
sedimentar depositado durante a fase rifte desta bacia, portanto, é de se esperar que nela
esteja registrados índices da fase de abertura ocorrida durante o período Eocretáceo (140
Ma). Na ilha de Itaparica, vastos afloramentos da Formação Maracangalha e seu
Membro Caruaçu estão presentes ao longo das praias que ligam Bom Despacho até a
vila de Amoreira. Estes depósitos estão relacionados a fluxos turbidíticos e hiperpicnitos
que adentraram a um lago em período de tectonismo ativo. Estes turbiditos tem a sua
gênese relacionada a colapsamentos de frentes detaicas devido a aumento de influxo
sedimentar que evoluem para slumps e slides alcançando as partes mais profundas com
fluxos turbulentos. O objetivo desta monografia é de relacionar estruturas rúpteis e de
injeção para determinar a interação destas com os campos de tensão geradores das
mesmas. Explorando os afloramentos a norte de Bom Despacho em busca de estruturas
deformacionais rúpteis e estruturas de injeção poderemos, com a densificação dos
dados, mapear o arcabouço estrutural na ilha de Itaparica e compará-lo ao arcabouço da
Bacia do Recôncavo. Para melhorar o entendimento da área a mesma foi dividida em 4
sub-áreas de acordo com intervalos de afloramento e estruturas deformacionais sendo as
estruturas agrupadas em (i) estruturas no plástico, representadas pelas superfícies
deposicionais primárias (); (ii) estruturas de injeção, representadas pelos diques
clásticos e (iii) estruturas no estado sólido, representada pelas falhas e fraturas.
Concluímos mostrando que as estruturas rúpteis obedecem ao arcabouço geral do rifte
Recôncavo-Tucano-Jatobá com principais grupos de falhas posionados N-S, N030º e
N130º representando as falhas de borda e de transferência do rifte. Que as falhas
normais, analisadas separadamente relevam dois eventos de abertura, o primeiro E-O e
o segundo NW-SE corroborando o modelo proposto por Magnavita et al., (2005) de
rifteamento duplo para a Bacia do Recôncavo. Que a análise de paleotensores evidencia
a condição cinemática dip-slip característica para bacias do tipo rifte, com rotação do
de E-O para NW-SE. E finalmente que as demais estruturas com falhas reversas,
transcorrentes e estruturas de injeção se relacionam geometricamente com a segunda
fase de abertura (NW-SE) nesta porção da Bacia e aos fluxos gravitacionais para SSW.
Palavras-chave: Bacias do tipo Rifte; Análise Estrutural; Campos de Tensão.
APLICABILIDADE DO MÉTODO GEOFÍSICO DE ELETRORESISTIVIDADE
NA PESQUISA DE ÁGUA SUBTERRÂNEA EM ROCHAS CRISTALINAS NA
REGIÃO DE CONCEIÇÃO DO COITÉ-BA
MURILO ALVES SILVA DE OLIVEIRA
ORIENTADORA: DRª. SUSANA SILVA CAVALCANTI (UFBA)
RESUMO
A área de estudo está situada no município de Conceição do Coité, Região Nordeste do
Estado da Bahia, inserida no polígono das secas. Geologicamente compreende duas
unidades de rochas metamórficas pertencentes ao embasamento do Cráton do São
Francisco. O domínio hidrogeológico é representado pelo aquífero fissural com a
ocorrência de água subterrânea condicionada a uma porosidade secundária, originando a
formação de reservatórios de pequena extensão. Neste trabalho, buscou-se caracterizar a
subsuperfície e mapear as fraturas e o solo de alteração. Inicialmente foi realizada uma
pesquisa bibliográfica cuidadosa sobre a geologia da região, em seguida foram
interpretados dados geofísicos de eletrorresistividade e realizada uma visita a área de
estudo. Os dados de 37 sondagens elétricas verticais (SEV), com arranjo Schlumberger
de eletrodos (AB/2 variando de 1,6 a 130m), foram processados e interpretados. As
SEVs foram executadas ao longo de dois perfis com direção perpendicular a uma zona
de falha. Os resultados dos levantamentos geofísicos permitiram identificar e separar as
rochas fraturadas do embasamento cristalino, áreas mais propícias para a locação de
poços, porém com potenciais hídricos pequenos e a cobertura sedimentar.
Palavras-chave: Aquíferos; Eletrorresistividade; Conceição do Coité.
DETERMINAÇÃO DO SENTIDO DE FLUXOS GRAVITACIONAIS DA
FORMAÇÃO MARACANGALHA (EOCRETÁCEO) ATRAVÉS DE
ESTRUTURAS ASSOCIADA - ILHA DE ITAPARICA, BAHIA, BRASIL
NELIZE LIMA DOS SANTOS
ORIENTADOR: DR. LUIZ CÉSAR CORRÊA-GOMES (UFBA)
RESUMO
A Bacia do Recôncavo está inserida no Sistema de Rifts Recôncavo-Tucano-Jatobá; cuja
origem está associada aos estágios precoces da abertura do Atlântico Sul e ruptura do
Gondwana. A Formação Maracangalha (~ 140 Ma), teve a sua deposição iniciada a
partir de um sistema lacustre durante a fase rift da Bacia do Recôncavo. Esta formação é
composta por folhelhos que acomodam dois membros cujas origens estão associadas à
fácies gravitacionais e deformacionais, os Membros Pitanga (fluxos gravitacionais de
massa) e Caruaçu (fluxos gravitacionais de massa e de sedimento).
A presente monografia tem como objetivo principal, interpretar os sentidos de fluxo
sedimentar gravitacional, nos depósitos arenosos da Formação Maracangalha, indicando
as suas áreas fontes. Desta forma foram analisadas as estruturas deformacionais
indicativas existentes na formação e os principais campos de tensão atuantes,
relacionados aos fluxos gravitacionais. O estado plástico dos sedimentos permitem
encontrar estruturas que apresentam-se tanto no estado rúptil quanto no altamente dúctil,
sendo possível encontrar estilos deformacionais diversos. Para realização deste estudo
foram coletados um total de 284 medidas planares e lineares em três sub-áreas distintas,
separadas de acordo com o seu grau de deformação. As estruturas encontradas foram
separadas em quatro grupos conforme com o seu processo de formação: i) estruturas
pré-deformacionais, acamadamento (S0); ii) estruturas no estado plástico, dobras
cilíndricas e cônicas; iii) estruturas de injeção (liquefação), diques clásticos; ambas
relacionadas com eventos cedo ou sin-sedimentação, e por fim iii) estruturas no estado
sólido, sendo estas tardi-sedimentação, falhas reversas originadas por dobras e os
duplex contracionais. Foi verificado que certas estruturas são bons indicadores do
sentido aparente do movimento de massa. Integrando os dados das 3 sub-áreas, temos
que as superfícies de acamadamento possuem direção preferencial N120°-N130°, com
mergulhos variáveis. Os eixos de dobras possuem direção preferencial N190°-N200°,
sugerindo um fluxo aparente para SW. A análise do campo de tensão, na área de
trabalho, indica um movimento compressivo para SSW, relacionado à movimentação de
massa.
Palavras-chave: Formação Maracangalha; Fluxos Gravitacionais; Estruturas
Deformacionais.
SISTEMAS DEPOSICIONAIS NA FORMAÇÃO AÇURUÁ NOS ARREDORES
DE GUINÉ, CHAPADA DIAMANTINA, BA
PAULO RICARDO SANTOS
CO-ORIENTADOR: GEOLÓGO CÍCERO DA PAIXÃO PEREIRA (UFBA)
RESUMO
Este trabalho final de graduação propôs a caracterização do sistema deposicional da
Formação Açuruá nos arredores de Guiné, sítio que possui bons análogos de
reservatórios de petróleo e água subterrânea, com o objetivo de ampliar o conhecimento
sobre sedimentologia e estratigrafia e suas aplicações nos afloramentos daquela
Formação, em particular na região da Serra do Sincorá. Para isso, a metodologia
utilizada baseou-se na interpretação dos elementos arquiteturais componentes do
sistema. Desta forma, foram caracterizadas treze litofácies e agrupadas em seis
elementos arquiteturais que integram o sistema deposicional deltaico dominado por rio,
da Formação Açuruá e o sistema fluvial efêmero atribuído a base da Formação
Tombador, estes são separados por uma superfície de discordância subaérea. Estas
interpretações diferem dos trabalhos anteriores, que atribuíram a influência de marés
para sistema deltaico e o sistema deposicional eólico para a base da Formação
Tombador. Contudo, qualitativamente, os sistemas deposicionais caracterizados foram
associados a um sistema petrolífero composto de rochas reservatório, selante e,
possível, geradora.
Palavras-chave: Fácies. Elementos arquiteturais. Sistema deposicional deltaico. Guiné.
ANÁLISE COMPARATIVA DE DADOS GEOLÓGICOS, LITOGEOQUÍMICOS
E GEOFÍSICOS DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS DO COMPLEXO
BOQUIRA E SUPERGRUPO ESPINHAÇO NA REGIÃO DE BOQUIRA, BA
PEDRO MACIEL DE PAULA GARCIA
ORIENTADOR: DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)
RESUMO
No município de Boquira, na região sudoeste da Bahia, afloram rochas de idade
Arqueana (complexos Paramirim e Boquira) a Paleoproterzóica (granitos de Boquira e
Veredinha e supergrupo Espinhaço) além de coberturas detríticas recentes. Duas destas
unidades, o complexo Boquira e o supergrupo Espinhaço, são portadoras de litotipos
ricos em ferro, objetos de análise comparativa do presente estudo. A comparação
baseou-se em dados geológicos, litogeoquímicos e aerogeofísicos. As rochas do
complexo Boquira são as únicas Formações Ferríferas (FF’s) autênticas na área de
estudo, derivadas de sedimentos químicos, com concentrações de ferro primárias. As
FF’s do complexo Boquira estão associadas a metassedimentos, foram originadas de
protólitos sedimentares (tipo Lago Superior), a partir de rochas das fácies silicato,
silicato-carbonato e óxido. Apresentam-se metamorfisadas nas fácies xisto verde a
anfibolito, estão polideformadas, e exibem evidências de atuação de fluidos
hidrotermais. As rochas ferruginosas do supergrupo Espinhaço foram originadas a
protólitos sedimentares térrígenos, comparáveis a red beds, onde muitas vezes as
concentrações de ferro se deram por enriquecimento intempérico. Exibem
metamorfismo em fácies xisto verde, e deformação predominantemente rúptil. Os
estudos litogeoquímicos evidenciaram um ambiente geoquímico mais aberto para as
rochas do complexo Boquira, que maior variação nos conteúdos de elemento traço e
ETR, além de maiores teores de Fe. As anomalias magnetométricas demonstraram
grande capacidade para delimitar os litotipos do complexo Boquira. As anomalias de K
e U apresentam relação direta com a ocorrência de ferro do supergrupo Espinhaço e do
complexo Boquira, respectivamente.
Palavras-chave: Formações Ferríferas (FF’s), depósitos de ferro, Boquira, complexo
Boquira, supergrupo Espinhaço, Arqueano, Paleoproterozóico.
ANÁLISE GEOQUÍMICA DOS SEDIMENTOS DE FUNDO DO SETOR
NOROESTE DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS – BA
RICARDO LACERDA GOMES
CO-ORIENTADORA: DRª. KARINA SANTOS GARCIA (UFBA)
RESUMO
A Baía de Todos os Santos, localizada no Recôncavo Baiano, é a maior baía navegável
do Brasil. As regiões também de manguezal que compõem essa baía assistiram à
implantação de indústrias e das primeiras unidades de exploração, produção e refino de
petróleo em território brasileiro. Como consequência desse pioneirismo, um grande
passivo ambiental se faz sentir pela biota local e está registrado nos sedimentos, sob a
forma de contaminação. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade do sedimento
de fundo da porção Noroeste da Baía de Todos os Santos. Para isso foram coletadas três
amostras em triplicata e determinou-se a distribuição espacial de Sulfetos Voláteis em
Ácidos (AVS) e Metais Extraídos (Cu, Ni, Zn, Cr, Fe e Mn) Simultaneamente (MES).
Também foram avaliados texturalmente a granulometria dos sedimentos. O AVS foi
extraído do sedimento anaeróbio com ácido clorídrico 6mol L-1
a frio, e os metais
bivalentes liberados durante este tratamento são referidos como metais extraídos
simultaneamente (SEM). Os resultados obtidos pela razão AVS/MES, foram
correlacionados com as frações granulométricas e os metais [ Ni (3,15 a 3,56 mg.K-1,
Cr ( 3,37 a 4,11 mg.K-1
), Cu (2,12 a 6,73 mg.K-1
), Zn (12,17 a 18,75 mg.K-1
), Mn ( 137
a 330 mg.K-1
), Fe ( 5340 a 6851 mg.K-1
)], para entender os processos referentes a
biodisponibilidade dos metais em associação com os sulfetos. Comparando-se esses
resultados com valores de referências internacionais (National Oceanic and Atmosferic
Administration – NOAA) e nacionais (Garcia, (2009) e Onofre, (2007), verificou-se
estarem abaixo do “background” ou valores estabelecidos, mesmo quando comparados
com aqueles encontrados em áreas diferentes do Brasil. Encontrou-se valores > 1 para a
relação [MES]/[AVS] em todas as estações. Indicando que os metais poderão estar
biodisponíveis, os sedimentos não apresentam necessariamente toxicidade. Com estes
resultados obtidos em níveis referenciados dos teores de metais em sedimento, pode-se
concluir que a região de coleta não apresenta efeitos adversos à biota.
Palavras-chave: sedimentos, Baía de Todos os Santos, Metais, Geoquímica.
ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS NA FORMAÇÃO AÇURUÁ NAS
PROXIMIDADES DE GUINÉ, CHAPADA DIAMANTINA, BA
VALTER OLIVEIRA REBOUÇAS
ORIENTADOR: MSC. ANTÔNIO JORGE CAMPOS MAGALHÃES (UFBA)
RESUMO
O objetivo deste trabalho é realizar a análise estratigráfica de seções geológicas na
Formação Açuruá, a partir do reconhecimento e delimitação de padrões de
empilhamento em afloramentos, bem como da identificação de superfícies
estratigráficas. A análise estratigráfica das seções geológicas foi realizada com base nos
conceitos da Estratigrafia de Sequências, interpretando superfícies estratigráficas e
tratos de sistemas em escala de afloramentos. Foram caracterizados também conjuntos
de parassequências e uma sequência estratigráfica genética. A Formação Açuruá foi
identificada como pertencente a um trato de sistemas de nível alto. Levantamentos com
esta abordagem e restrito a Formação Açuruá não foram realizados até então devido ao
fato destas rochas não conterem recursos minerais e energéticos que justifiquem maior
suporte e investimentos. Entretanto, o cunho científico deste trabalho é válido, pois tais
rochas podem ser consideradas análogas de reservatórios para exploração e explotação
de hidrocarbonetos, além de esclarecer mais sobre a sedimentação no Supergrupo
Espinhaço na região da Chapada Diamantina.
Palavras-chave: Superfícies Estratigráficas, Estratigrafia de Sequências, Formação
Açuruá.
MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2011.2
ANÁLISE ESTRUTURAL GEOMÉTRICA E CINEMÁTICA
DAS FORMAÇÕES AÇURUÁ, TOMBADOR E CABOCLO
NO ENTORNO DA CIDADE DE ANDARAÍ, REGIÃO DA
CHAPADA DIAMANTINA - BA
ALEXANDRE DE OLIVEIRA MOITINHO
ORIENTADOR: PROF. DR. CARLSON DE MATOS MAIA LEITE (UFBA)
RESUMO
A região de Andaraí, localizada no domínio da Chapada Diamantina, centro do Estado
da Bahia é caracterizada por um relevo modelado por uma alternância de sinclinais e
anticlinais dos quais se destaca a Serra do Sincorá onde repousam os litotipos do
Supergrupo Espinhaço que sofreram intensas deformações durante o Ciclo Brasiliano no
Neoproterozoico. A evolução dessas deformações resultaram em um conjunto de
estruturas das quais predominam aquelas orientadas na direção NNW-SSE incluindo- se
neste grupo o Anticlinal do Sincorá cujos flancos abrigam diferentes classes de
estruturas como Dobras kink, Falhas Inversas e Falhas transcorrentes com padrão
Riedel geradas por duas fases distintas de deformação: Fase Deformacional D1 e Fase
Deformacional D2. A primeira fase (D1), com características compressionais, foi
responsável pela nucleação de sistemas de dobramentos e empurrões com orientação
geral NNW-SSE a N-S que abrigam, em seus flancos, estruturas dúcteis-rúpteis a
rúpteis tais como dobras subsidiárias do tipo kink, geradas pelo mecanismo default
propagation fold, associadas a falhas de empurrão. A segunda fase (D2), interpretado
como reflexo do desenvolvimento das Faixas Rio Preto e Riacho do Pontal, possui
caráter transcorrente e transpressivo que nucleou um sistema de fraturas, falhas e zonas
de cisalhamento que evoluíram segundo o sistema de cisalhamento Riedel chamado de
Falha de São João. Este sistema é formado por um conjunto principal de falhas,
sintéticas à falha principal, com orientação NNW-SSE e cinemática sinistral, além de
um sistema de fraturas antitéticas em relação ao conjunto principal, com cinemática
dextral, orientado segundo WNW-ESE.
Palavras-chave: Serra do Sincorá, Andaraí, Fault propagation fold, Rampas de
Empurrão, Riedel.
FÁCIES CARBONÁTICAS E POTENCIAL RESERVATÓRIO
DA FORMAÇÃO SALITRE NEOPROTEROZÓICA, NA
BACIA DE IRECÊ-BAHIA, BRASIL
ANDRÉ LYRIO DE CARVALHO FIGUEIREDO
ORIENTADOR: PROF. DR. CÍCERO DA PAIXÃO PEREIRA (PETROBRÁS UFBA)
RESUMO
A Bacia de Irecê é composta por uma sequência sedimentar carbonática depositada no
contexto de um mar epicontinental em ambiente marinho raso. Esta sequência é
constituída pela Formação Salitre, de idade Proterozóica Superior, que é subdividida
neste trabalho em três unidades litofaciológicas informais: Nova América, Jussara e
Irecê. Estas foram estudadas em campanha de campo e caracterizadas
macroscopicamente e petrologicamente, com interpretação ambiental para cada uma
delas. Na Unidade Nova América, foram encontradas ocorrências de laminitos
microbias, calcarenitos e bioconstruções estromatolíticas. Já a Unidade Jussara foi
caracterizada predominantemente pela presença de calcarenitos oncolíticos
intraclásticos, além de bioconstruções trombolíticas, enquanto a Unidade Irecê,
comumente constituída por interestratificações de calcilutitos e margas, foi interpretada
como a sequência litofaciológica relativamente mais profunda da Formação Salitre.
Com o objetivo do estudo da potencialidade destas unidades litofaciológicas, em termos
de possíveis reservatórios para acumulação de hidrocarbonetos, enfatizando a
importância da porosidade e das feições diagenéticas nestas litologias, pode-se dizer que
as bioconstruções estromatolíticas da Unidade Nova América apresentam os valores
mais significativos em termos de porosidade. Já os calcarenitos das Unidades Nova
América, Fazenda Recife e Jussara, apesar de serem considerados um dos tipos mais
comuns de reservatórios, apresentam valores de porosidade baixos ou ausentes,
provavelmente devido a obliteração dos poros pelos processos diagenéticos. O mesmo
ocorre para as bioconstruções trombolíticas da Unidade Jussara. Apesar da baixa
porosidade da maioria destas litofácies carbonáticas, o que impulsiona esta pesquisa é o
fato de existirem bacias, no Brasil e no mundo, de idades semelhantes, que possuem
reservas comerciais de hidrocarbonetos.
Palavras-chave: Bacia de Irecê, Formação Salitre, unidades litofaciológicas,
reservatórios .
ESTUDOS DE METAIS PESADOS EM SEDIMENTOS
SUPERFICIAIS E DE FUNDO NO ESTUÁRIO DO
JACUÍPE, CAMAÇARI – BAHIA – BRASIL
ANTONIA DE ANDRADE SANTOS
ORIENTADOR: PROFA. DRA. KARINA SANTOS GARCIA (UFBA)
RESUMO
Para estabelecer critérios de avaliação, qualidade e controle de contaminação de metais
pesados em sedimentos de áreas estuarinas é necessário primeiro a determinação desses
elementos. Nos países industrializados, predominantemente em regiões temperadas,
esse tipo de estudo é bastante freqüente. Este trabalho propõe uma avaliação
geoquímica do estuário do Jacuípe, visando à averiguação da diminuição da
concentração de metais pesados, por influência da taxa de sedimentação relacionada
com a ação antrópica ou natural. Foram escolhidos 3 locais para retirada dos
testemunhos e estes foram fatiados do topo para a base de 5 em 5cm, sendo o último de
10cm, totalizando 07 amostras de cada testemunho com um total de 21 amostras
analisadas. Estas foram acondicionadas em sacos plásticos e preservadas dentro de uma
caixa de isopor com gelo. Após a fase de campo iniciaram-se as etapas de tratamento e
análises das amostras, com pré- tratamento das amostras para análise; digestão parcial
das amostras (secas) em meio ácido, através do forno microondas, determinando-se,
posteriormente, os íons metálicos, pelo Método Espectrométrico; Além da determinação
de Matéria Orgânica Total, pelo Método Walkey-Black; e do Nitrogênio Total pelo
Método Kjeldahl.Os resultados encontrados para os metais analisados em mg Kg-1 (Pb
4,48 a 24,83; Zn 6,45 a 22,18; Cu 0,50 a 5,18; Cr 2,94 a 15,83; Ni 2,55 a 6,67; Fe
3135,04 a 14835,81; Al 545,23 a 5032,45; Mn 15,11 a 71,49), de modo geral,
demonstraram que os sedimentos de manguezais do estuário do Jacuípe não apresentam
teores de metais elevados (exceto o Pb e Cr), comparados a estudos anteriores e com os
valores de referência do NOOA E CETESB. Esses resultados encontrados para metais
podem ter sofrido influência da taxa de sedimentação relacionada com a atividade
antropogênica na área de estudo.
Palavras-chave: Estuário do Jacuípe, Metais pesados, Sedimento, Manguezal.
PETROLOGIA DOS GNAISSES E MIGMATITOS DO
COMPLEXO UAUÁ NA REGIÃO DE EUCLIDES DA
CUNHA, BAHIA
DANILO DE SOUZA SANTOS
ORIENTADOR: DRA. DÉBORA C. RIOS (UFBA)
RESUMO
Este trabalho visa realizar o estudo petrográfico das rochas gnáissico- migmatíticas do
Complexo Uauá que afloram no município de Euclides da Cunha (NE do estado da
Bahia) de modo a contribuir para o entendimento da evolução geológica destas
litologias com o aporte de novas informações.
As rochas do Complexo Uauá foram anteriormente compartimentadas em duas unidades
distintas (Unidade Superior e Unidade Inferior). Os dados previamente obtidos por
outros pesquisadores indicam que estas rochas têm quimismo sub- alcalino com
tendência calcioalcalina, indicando um ambiente de formação do tipo arco magmático,
tendo obtido idades de 3,0 Ga para o metamorfismo, em datações U-Pb em monozircão
e idade de cristalização de 3,195 Ga.
As rochas gnáissico-migmatíticas do Complexo Uauá aqui estudadas foram aqui
classificadas como metagranodioritos, metagranitos, monzodioritos e tonalitos de
acordo com as características microscópicas e feições observadas em campo.
Palvras-chave: Núcleo, Embasamento, Magmatismo, Complexo, Geocronologia.
ROCHAS GERADORAS E SEUS BIOMARCADORES:
UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA COM ÊNFASE NAS
BACIAS DA COSTA LESTE BRASILEIRA
EULA ANDRADE NASCIMENTO DA SILVA
ORIENTADOR: PROF. MSC. ROBERTO ROSA DA SILVA (UFBA)
RESUMO
Existem semelhanças quanto a evolução tectônica e história do preenchimento
sedimentar entre as bacias marginais brasileiras, devido a gênese comum, resultado da
ruptura do Gondwana. A partir desta história evolutiva conclui-se que existem
semelhanças em termos de bacias sedimentares entre a Costa Oeste da África e o litoral
do Brasil. A região africana apresenta estruturas geológicas consideradas comparáveis
àquelas encontradas no Brasil e possui potencial para a descoberta de expressivos
volumes de petróleo em áreas localizadas de águas profundas. Este trabalho foi
desenvolvido através da revisão bibliográfica destacando a caracterização das rochas
geradoras através das técnicas geoquímicas de COT, Pirólise Rock- Eval, Reflectância
de Vitrinita, Índice de Alteração Térmica para avaliação do potencial gerador e
maturação da matéria orgânica, como também as técnicas utilizadas para determinação
dos biomarcadores. Complementando este trabalho, serão apresentadas as rochas
geradoras localizadas nas bacias da costa oeste africana a fim de correlacioná-las com as
bacias da costa leste brasileira, estabelecendo as possíveis relações entre as diferentes
rochas geradoras destas bacias hoje separadas pelo Oceano Atlântico.
Palavras-Chave: Rochas Geradoras; Técnicas Geoquímicas; Biomarcadores; Petróleo.
A PRESENÇA DO FLÚOR NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
DA FORMAÇÃO SERGI (JURÁSSICO SUPERIOR) DA
BACIA DO RECÔNCAVO NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL
GLEIDE MENDES SEABRA
ORIENTADOR: PROF. DR. AUGUSTO JOSÉ PEDREIRA (UFBA)
RESUMO
Neste trabalho foi desenvolvida a caracterização sedimentológica e petrológica da
Formação Sergi, que compreende uma seqüência siliciclástica depositada durante a fase
pré-rifte da Bacia Sedimentar do Recôncavo, situando-se na sua borda oeste. A
Formação Sergi é composta essencialmente por arenitos muito grossos
(conglomeráticos) a muito finos, por eventuais níveis de conglomerados granulosos,
excepcionalmente seixos, e raras camadas delgadas de lamitos arenosos. Do ponto de
vista hidrogeológico o aqüífero é constituído basicamente pelos arenitos dessa
Formação. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar a presença de Flúor na água
subterrânea e determinar a sua origem e distribuição.
Palavras-chave: Formação Sergi; Aquífero Sergi; Petrografia; Distribuição do Flúor.
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE METAIS TRAÇO NO MUNICÍPIO
DE MADRE DE DEUS - BA
HENRIQUE CÉSAR PEREIRA ASSUMPÇÃO
ORIENTADOR: PROFA. DRA. GISELE MARA HADLICH (UFBA)
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi representar espacialmente a distribuição de metais traço
em solos de encosta, apicum, manguezal e área urbana no município de Madre de Deus,
Norte da Baía de Todos os Santos (BTS), utilizando o método da geoestatística. A
escolha da Krigagem, como método geoestatístico aplicado ao trabalho, foi devido a
esse ser o método aconselhado para fazer estudo em áreas que existam dados com
variáveis que podem apresentar dependência espacial, como é o caso dos metais
pesados em manguezais. A metodologia utilizada para a realização desta pesquisa
envolveu além da revisão de literatura, a obtenção de dados de metais traço (Cu, Zn,
Mn, Fe e Cr), extraídos das amostras superficiais de solos e de sedimentos coletados em
campo, que foram determinados através da técnica de extração parcial. Também foram
determinados o ph, salinidade e nitrogênio total. Em todos os dados foi aplicada a
estatística descritiva seguido pela geoestatística, para análise da distribuição espacial
dos dados. Para cada variável foram geradas isolinhas sobre uma imagem do município
de Madre de Deus, facilitando assim a observação das concentrações dos elementos
analisados sobre a área de estudo. Os resultados mostraram que a salinidade é o
principal parâmetro para se diferenciar os ambientes manguezal, apicum e encosta,
sendo que as concentrações de metais traço não apresentam importantes diferenças entre
esses. A área urbana apresentou concentrações altas de fósforo. Através dos resultados,
também foi possível identificar a Fábrica de Asfalto como o provável responsável pela a
inserção de contaminantes na área oeste de Madre de Deus e comprovou-se que a
krigagem ordinária é muito eficaz na espacialização de dados geoquímicos em
diferentes ambientes e se mostrou bastante eficaz na identificação de alguns fatores que
contribuem para a concentração de metais traço na área de estudo.
Palavras-chave: Manguezal, Apicum, Geoestatística, Krigagem, Geoquímica Ambiental,
Metais Traço.
SISTEMA DEPOSICIONAL DAS FORMAÇÕES AÇURUÁ E TOMBADOR NAS
IMEDIAÇÕES DA CIDADE DE BARRA DA ESTIVA, BAHIA
JAIME PEREIRA DE SOUZA JUNIOR
ORIENTADOR: PROF. MSC. ANTONIO JORGE C. MAGALHÃES (UFBA)
RESUMO
O principal foco para a construção do presente trabalho foi uma feição geomorfológica
situada dentro da cidade de Barra da Estiva, localizada na porção sul da Chapada
Diamantina. Essa feição constitui o Morro da Torre e nela afloram as formações Açuruá
e Tombador, a primeira de idade Paleoproterozóica e a segunda Mesoproterozóica.
Essas se constituíram nos alvos para realização de um perfil de empilhamento vertical,
com o objetivo de caracterizar as fácies, associação das fáceis e estudo das formas
geométricas dos corpos para identificação dos elementos arquiteturais. Para
identificação dos sistemas deposicionais, nesse trabalho utilizou-se o agrupamento de
elementos arquiteturais presentes nas referidas formações. Em Ambas as formações
foram identificadas barras de marés e canais de maré, característicos de sistemas
estuarinos. Na base da Formação Açuruá foram encontrados sedimentos lamosos,
característicos de depósitos de planície de maré. Durante a descrição do perfil vertical
observou-se variações cíclicas de elementos arquiteturais, evidenciando variações do
nível de base seguido de ciclos de transgressões e regressões marinhas. Para a separação
dos elementos pertencentes a cada Formação utilizou-se como critério os sentidos das
paleocorrentes, sendo na Formação Açuruá predominantemente para leste e na
Formação Tombador para oeste.
Palavras-chave: Geologia – Barra da Estiva, Bahia. Estruturas sedimentares. Estuários.
ANÁLISE CINEMÁTICA E DINÂMICA DAS ESTRUTURAS DAS
FORMAÇÕES TOMBADOR E AÇURUÁ NA PORÇÃO SUL DA
SERRA DO SINCORÁ, NOS ARREDORES DAS CIDADES DE
BARRA DA ESTIVA E IBICOARA / CHAPADA DIAMANTINA, BAHIA
JOSAFÁ DA SILVA SANTOS
ORIENTADOR: PROF. DR. CARLSON DE MATOS MAIA LEITE (UFBA-
PETROBRAS)
RESUMO
A porção sul da Serra do Sincorá localizada no centro oeste do estado da Bahia,
contempla rochas metassedimentares do Proterozoico das Formações Açuruá e
Tombador. Estas formações são constituídas por metassiltitos e metalamitos estuarinos e
metarenitos e metaconglomerados, fluvio/eólicos e aluviais, que fazem parte da
cobertura plataformal do Cráton do São Francisco. Estas formações fazem parte do
Supergrupo Espinhaço na porção Oriental da Chapada Diamantina e foram submetidas
no Neoproterozoico à deformações progressiva de caráter dúctil-rúptil a transicional
rúptil, divididas em duas fases deformacionais D1 e D2 geradas por um evento
compressional à transpressional no Brasiliano. Na fase D1dois estágios progressivos
D1’ e D1”representam a deformação progressiva, com tensões de direção geral E-W e
condicionada a mecanismo de dobramento por deslizamento flexural. No estágio D1’
foram geradas dobras regionais de grande amplitude, representadas pelos anticlinais de
Campo Redondo e Mundo Novo, superfícies de cisalhamento intraestratal, bandas de
cisalhamento S/C e foliação plano axial S1. Aliada a geração destas grandes dobras
foram nucleadas num estágio D1”, estruturas fortemente condicionadas ao aumento da
taxa de encurtamento pelo mecanismo de deslizamento flexural com geração de dobras
subsidiárias de cisalhamento tipo Kink e rampas de cisalhamento de cinemática reversa
e componentes transcorrentes sinistrais e dextrais. Uma fase tardia D2 transpressional
gerada por tensões de direção NNW-SSE à N-S, nucleou estruturas rúpteis em padrão de
cisalhamento tipo Riedel com geração de um plano de fluxo N-S de cinemática sinistral.
Os estágios D1’ e D1” da fase D1 do evento E1 compressional frontal, teve como
gatilho geotectônico a inversão do Corredor de Deformação do Paramirim no
Neoproterozoico. Para a fase D2 tardia do evento E1 as estruturas das fases D1 foram
transpostas por falhas e fraturas de direção geral NNW e NW-SE nucleadas pela
propagação das tensões impostas à inversão da Bacia Irecê a Norte e Faixa Araçuaí a
Sul.
Palavras-chave: Deslizamento Flexural; Rampas de cisalhamento Intraestratal;
Deformação progressiva.
ESTUDO PETROGRÁFICO COMPARATIVO ENTRE A
FORMAÇÃO MORRO DO CHAVES DA BACIA (SE/AL) E
O GRUPO LAGOA FEIA DA BACIA DE CAMPOS E O
SEU POTENCIAL COMO RESERVATÓRIO DE
HIDROCARBONETOS
LUANA SILVA CASTRO
ORIENTADOR: PROF. CÍCERO DA PAIXÃO PEREIRA (PETROBRAS-UFBA)
RESUMO
A presente monografia tem como objetivo principal fazer um estudo petrográfico
comparativo entre as coquinas da Formação Morro do Chaves, pertencentes à Bacia de
Sergipe-Alagoas, e as coquinas do Grupo Lagoa Feia da Bacia de Campos. A
importância deste estudo petrográfico se fez devido à necessidade de se avaliar o
potencial da Formação Morro do Chaves como reservatório de hidrocarbonetos, por
essa Formação apresentar o mesmo tipo de constituinte bioclástico e intervalo de
deposição que o Grupo Lagoa Feia (que constitui um dos reservatórios carbonáticos da
Bacia de Campos). Verificou-se que, a partir dos estudos petrográficos, foi possível
reconhecer diversos aspectos dessas rochas tais como: os constituintes, o aspecto
textural, os tipos de porosidade e seu percentual, as feições diagenéticas presentes e o
seu ambiente deposicional. Com o suporte das descrições macroscópicas e da
caracterização petrográfica comparativa, foi possível interpretar que as coquinas da
Formação Morro do Chaves, em termos de valores de porosidade, possuem um
potencial para reservatório carbonático, apesar desta não ocorrer como rocha
reservatório na Bacia de Sergipe-Alagoas.
Palavras-chave: Bacia de Sergipe-Alagoas; Formação Morro do Chaves; Grupo Lagoa
Feia; Reservatório Carbonático; Coquinas .
ESTUDO DE MECANISMOS E PROCESSOS DE SEDIMENTAÇÃO
EM FLUXOS GRAVITACIONAIS DE SEDIMENTO DA FORMAÇÃO
MARACANGALHA, MEMBRO CARUAÇU. APLICAÇÃO DA
METODOLOGIA DE ESTUDO ROCHA X PERFIL NA PREDIÇÃO DA
QUALIDADE DOS RESERVATÓRIOS.
LUCAS FIGUEIREDO GONTIJO
ORIENTADOR: PROF. DR. CARLSON DE MATOS MAIA LEITE (UFBA-
PETROBRAS)
RESUMO
A seção rifte das bacias sedimentares brasileiras representa o registro associado à
fragmentação do Gondwana e consequente separação entre a América do Sul e a África,
com a abertura do Oceano Atlântico Sul, gerando os mais importantes sistemas
petrolíferos do país. A Formação Maracangalha (Eocretáceo ca. 140 Ma), faz parte da
seção rifte da Bacia do Recôncavo.
Este estudo buscou, inicialmente, uma descrição das fácies turbidíticas e lacustres do
Membro Caruaçu, Formação Maracangalha, em testemunhos de dois poços perfurados
pela Petrobras no Campo de Fazenda Boa Esperança (Bacia do Recôncavo), localizado
a aproximadamente 100 km a norte da cidade de Salvador, com o objetivo de agrupá-las
em associações de fácies, a partir das estruturas e litologias sedimentares presentes.
Posteriormente, integradas as associações de fácies e os dados petrofísicos de
porosidade e de permeabilidade aos perfis de radioatividade (GR), de potencial
espontâneo (SP), de resistividade (ILD) e de densidade (RHOB) dos poços
testemunhados. Os padrões de correlação foram utilizados em outros quatro poços não
testemunhados para que fossem analisados dados de perfis (logfácies) em intervalos
com potencial para reservatório de hidrocarbonetos. Foram também confeccionadas
duas seções geológicas (strike e dip) com o intuito de conhecer as extensões laterais das
associações de fácies de turbiditos com potencial para reservatório de hidrocarbonetos.
Com base nessas análises, concluiu-se que a associação de fácies turbidito distal - F8
(Mutti et. al., 1999) - reúne as melhores condições permoporosas, além de possuir boa
extensão lateral e maior espessura dentre as outras associações de fácies analisadas. Por
isso, é considerada a de maior potencial para acumulação de hidrocarbonetos, dentre as
fácies turbidíticas estudadas.
Palavras-chave: Membro Caruaçu, Fluxos gravitacionais de sedimento (Turbidito),
Seção geológica, Qualidade dos reservatórios.
INTERPRETAÇÃO SISMOESTRATIGRÁFICA DO NORTE
DA BACIA DE PELOTAS
LUCIANO VAGNER MATA CRUZ
ORIENTADOR: PROF. DR. MICHAEL HOLZ (UFBA)
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo o estudo estratigráfico-geológico da região norte da
Bacia de Pelotas a partir da análise sismoestratigráfica. A metodologia aplicada
compreendeu o estudo prévio baseado na literatura sobre a geologia da Bacia de Pelotas,
principalmente na sua porção norte por apresentar características distintas, a correlação
das informações das seções sísmicas através da construção do mapeamento de
horizontes, os padrões deposicionais, as superfícies estratigráficas, as terminações
estratais e estruturas geológicas tais como feições vulcânicas e falhas. Como resultado
foi possível descrever a evolução da estratigrafia de sequência da área estudada, mapear
e classificar as estruturas geológicas e entender como se deu a deposição relacionando-a
com a possível área fonte. A Bacia de Pelotas
possui distinções das demais Bacias do Leste Brasileiro, e esse estudo contribui para a
avaliação e o aprimoramento do conhecimento da evolução tectono-sedimentar da
bacia.
Palavras-chave: Interpretação sísmica 2D; Bacia de Pelotas; Sismoestratigrafia.
CARACTERIZAÇÃO FACIOLÓGICA DA FORMAÇÃO TAQUIPE,
AFLORAMENTO DA PRAIA DE INEMA, SALVADOR - BAHIA
MARCELO ABBEHUSEN MAGALHÃES
ORIENTADOR: PROF. MSC. ROBERTO ROSA DA SILVA (UFBA)
RESUMO
A Bacia do Recôncavo está inserida no Sistema de riftes Recôncavo-Tucano-Jatobá
(MAGNAVITA, 1996) e está localizada no Nordeste do Brasil, no estado da Bahia,
ocupando uma área aproximada de 11.500 km² (SILVA et al., 2007).
Dentre os vários sistemas petrolíferos encontrados na Bacia do Recôncavo, os turbiditos
da Formação Taquipe, objeto de estudo do presente trabalho, caracterizam o quinto mais
importante play da bacia (Roberto Rosa, informação verbal), com porosidade de 18 a
24% e permeabilidade de 30 a 300 md (ROSTIROLLA, 1997).
A presente monografia teve como principal objetivo a caracterização faciológica dos
ritmitos da Formação Taquipe, no afloramento da Praia de Inema, Base Naval de Aratu.
A partir deste estudo, pôde-se identificar os processos e ambientes deposicionais que
originaram as fácies e estruturas sedimentares observadas durante os trabalhos de
campo, sendo traçados paralelos com os dados e informações pretéritas obtidas acerca
desta Formação.
Utilizando critérios como, estruturas sedimentares, granulometria e geometria dos
corpos, individualizou-se quatro fácies sedimentares: (i) Folhelho com laminação plano-
paralela e intercalações de níveis arenosos à sílticos; (ii) Arenito fino à médio maciço ou
com estratificação plano-paralela; (iii) Arenito fino a médio com laminações cruzadas
cavalgantes (climbing ripples); (iv) Arenitos com intercalações de folhelhos.
O principal mecanismo de deposição interpretado para a presente Formação foi o de
correntes de turbidez, visto que as estruturas sedimentares encontradas nas fácies
sedimentares observadas representam os intervalos Ta – Tc/Td da Sequência de Bouma,
e dos intervalos F7, F8 e F9a, das fácies turbidíticas de Mutti.
Concluiu-se que as correntes de turbidez se propagaram em condições de regimes de
fluxo superior e inferior de baixa densidade, além da ocorrência de fluxos gravitacionais
de massa, que foram responsáveis por depósitos de slump.
O ambiente em que esta formação está inserida é o Cânion de Taquipe, em regime
subaquoso, lacustre e escavado sobre os deltas da Fm. Pojuca.
Palavras-chave: Taquipe, Turbiditos, Recôncavo, Fácies.
MAPEAMENTO GEOAMBIENTAL DA ZONA COSTEIRA DA
REGIÃO ENTRE A FOZ DO RIO POJUCA E A PRAIA DE
IMBASSAÍ, MATA DE SÃO JOÃO - BAHIA
MARCUS VINICIUS COSTA ALMEIDA JUNIOR
ORIENTADOR: PROF. DR. JOSÉ ANGELO S. ARAUJO DOS ANJOS (UFBA)
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar os dados da análise e avaliação
ambiental da área de estudo, na escala 1:25.000, a partir do mapeamento geoambiental
realizado na região compreendida entre a foz do rio Pojuca e a praia de Imbassaí,
situada entre as coordenadas 602.000 e 616.000 mE e 8606.000 e 8624.000 mN, com
área aproximada de 100km2, distando 60km da cidade do Salvador. O clima
predominante é o quente-úmido com precipitação média anual oscilando entre 1.600 a
1.800 mm. A principal bacia hidrográfica da região é a do Rio Pojuca, sendo o rio
homônimo presente na área de estudo, além de, na parte nordeste, a presença do rio
Imbassaí. Metodologicamente o trabalho consistiu em levantamento bibliográfico,
trabalhos de fotointerpretação, confecção de mapas preliminares, saídas de campo e
análise, avaliação e elaboração dos mapas e textos finais. Foram identificadas oito (8)
unidades geoambientais, da I a VIII, levando-se em consideração a geologia, padrões de
relevo, cobertura vegetal, uso e ocupação do solo, hidrografia/hidrogeologia e aspectos
voltados à parte ambiental, tais como riscos, danos e impactos ambientais, além de
vulnerabilidade ambiental. Por fim, foram realizadas recomendações com base na
avaliação geoambiental feita na área de estudo, a fim de preservar, conservar e
promover a utilização racional dos recursos naturais existentes na região.
ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA E QUALIDADE DAS ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS DO GRUPO BARREIRAS NA
REGIÃO DE PORTO SEGURO – BAHIA
MARIANA CAYRES SAMPAIO
ORIENTADOR: PROF. DR. ZOLTAN ROMERO CAVALCANTE RODRIGUES
(INEMA)
RESUMO
A área de estudo está situada no município de Porto Seguro, Região Sul do Estado da
Bahia, onde ocorrem unidades litológicas do Complexo Gnáissico-Granítico e Grupo
Macaúbas de idade pré-cambriana; sedimentos areno-argilosos do Grupo Barreiras do
Terciário e depósitos quaternários. O principal domínio hidrogeológico é representado
pelos aquíferos granulares do grupo supracitado, onde a água subterrânea encontra-se
acondicionada nos espaços intergranulares que se constituem em reservatórios de boa
potencialidade de grande importância para esta região. Este trabalho tem por objetivo,
caracterizar a estratigrafia do Grupo Barreiras e avaliar a qualidade de suas águas.
Inicialmente foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre a região, em seguida foram
feitas as interpretações dos perfis elétricos e radioativos. Utilizando dados geológicos e
perfilagens de três poços, foi construído um perfil estratigráfico paralelo à linha de
costa, com direção N- S, que permitiu entender o comportamento espacial das duas
fácies. Apesar da completação dos poços, com filtros nas duas seções, favorecer a
mistura das águas das duas unidades, foi possível identificar, por meio dos perfis de
resistividade, a variação vertical da salinidade; com águas mais doces na fácies superior,
com alta resistividade e mais salinas na fácies inferior, com resistividade mais baixa.
Utilizando os resultados das análises de água dos poços foram construídos diagramas de
Stiff e Piper que permitiram classificar e avaliar a distribuição espacial das águas
subterrâneas para tentar identificar os controles das ocorrências.
Palavras-chave: Análise Estratigráfica; Água Subterrânea; Grupo Barreiras; Perfilagens.
COMPORTAMENTO DE PARÂMETROS
GEOCOMPOSICIONAIS DO SISTEMA PETROLÍFERO
IRATI-PIRAMBÓIA, BACIA DO PARANÁ, BRASIL
MILENA ROCHA DE OLIVEIRA
ORIENTADOR: PROF. DRA OLÍVIA MARIA CORDEIRO DE OLIVEIRA (UFBA)
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo principal o estudo geoquímico por meio de parâmetros
geocomposicionais, dos óleos extraídos das camadas de folhelhos do Membro
Assistência (Fm. Irati) e dos arenitos asfálticos da Formação Pirambóia situadas na
Bacia do Paraná. Foram coletadas 3 amostras de rochas das Formações geológicas em
questão, aflorantes na superfície. As amostras foram submetidas à extração e o óleo
assim obtido a análises de cromatografia líquida em coluna aberta e cromatografia
gasosa acoplada com detector de ionização por chama (CG-DIC) em óleo total (whole-
oil). Os dados de cromatografia líquida revelaram o predomínio de compostos NSO,
seguidos pelos hidrocarbonetos aromáticos e alifáticos. A distribuição e abundâncias
relativas dos n-alcanos e isoprenóides indicam que o óleo presente nos nas camadas de
folhelhos da Fm. Irati possuem mesmo input de matéria orgânica e que tanto estes
folhelhos como os arenitos asfálticos possui um baixo grau de evolução térmica e níveis
moderados a severos de biodegradação. Os marcadores moleculares associados à
origem indicam que o óleo provém de matéria orgânica de caráter transicional
depositada num ambiente marinho evaporítico anóxico. Com base em parâmetros
moleculares observados não foi possível estabelecer uma boa correlação entre o betume
dos arenitos betuminosos da Formação Pirambóia e os extratos orgânicos da Formação
Irati em decorrência do elevado estágio degradacional do betume da Fm. Pirambóia.
Palavras-chave: Irati-Pirambóia, Geoquímica do petróleo, n-alcanos e isoprenóides.
ESTUDO DE MECANISMOS E PROCESSOS DE SEDIMENTAÇÃO
EM FLUXOS GRAVITACIONAIS DE MASSA DA FORMAÇÃO
MARACANGALHA, MEMBRO CARUAÇU. APLICAÇÃO DA
METODOLOGIA DE ESTUDO ROCHA X PERFIL NA PREDIÇÃO DA
QUALIDADE DOS RESERVATÓRIOS
MURIEL NASCIMENTO DE FIGUEIREDO
ORIENTADOR: PROF. DR. CARLSON DE MATOS MAIA LEITE (UFBA-
PETROBRAS)
RESUMO
Esta monografia é resultado do estudo faciológico sedimentar, sistemático, de 273
metros de testemunhos de dois poços perfurados pela Petrobras no Campo Fazenda Boa
Esperança (Bacia do Recôncavo), localizado a aproximadamente 100 km a norte da
cidade de Salvador. O trabalho consistiu da análise de testemunhos e de perfis de
radioatividade (GR), de potencial espontâneo (SP), de resistividade (ILD, RILD, SR) e
de densidade (RHOB) destes dois poços, com o objetivo de definir padrões de logfácies
características de associações de fácies de fluxos gravitacionais de massa ( slide e
slump). Foi possível a identificação de sete fácies sedimentares: arenitos maciços (AR-
ma), arenitos com laminações convolutas (ARlc), arenitos com intraclastos (AR-ic),
arenitos com laminação plano-paralela (ARpp), arenitos conglomeráticos (ARC),
conglomerados (CG) e lamitos (LM), os quais foram agrupadas nas associações de
fácies do tipo slide (AR-pp) e slump (AR-ma, AR-lc, AR-ic, ARC, ARC, CG e LM). A
correlação associação de fácies x perfis definindo padrões de logfácies foi reconhecida
em outros três poços não testemunhados para que fossem confeccionadas seções
geológicas longitudinais e transversais à orientação geral dos fluxos gravitacionais
presentes no campo e avaliadas as extensões laterais desses depósitos nos poços não
testemunhados. Esta correlação foi feita tendo-se em mente a característica dos slides
(pacote semiconsolidado que se desloca sobre o talude, ocorrendo deformação na base
do pacote e preservação das estruturas em sua parte central) e dos slumps (pacotes
inconsolidados, que sofrem fortes deformações durante seu processo de escorregamento
ao longo do talude). Os slumps constituíram 98% dos testemunhos descritos e os slides
2%, sendo que as melhores qualidades de reservatórios foram encontradas em pacotes
de slump associados a pacotes de turbiditos, enquanto os slumps intercalados com
folhelhos apresentaram, em geral, baixa qualidade permoporosa.
Palavras-chave: Membro Caruaçu, Fluxos gravitacionais de massa ( slide e slump),
seção geológica, qualidade dos reservatórios.
INFLUÊNCIA DA DOLOMITIZAÇÃO COMO MECANISMO RESPONSÁVEL
PELA CRIAÇÃO DA POROSIDADE NOS CALCARENITOS
OOLÍTICOS/ONCOLÍTICOS DO MEMBRO MARUIM DA FORMAÇÃO
RIACHUELO DE IDADE ALBIANA DA BACIA SERGIPE-ALAGOAS
PRISCILA PASSOS BARRETO COSTA
ORIENTADOR: PROF. CÍCERO DA PAIXÃO PEREIRA (PETROBRAS)
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo identificar e discutir as principais feições
diagenéticas observadas, principalmente a dolomitização nas rochas das Pedreiras Brejo
e Carapeba, que se constituem ótimos afloramentos do Membro Maruim na bacia de
Sergipe Alagoas. A partir das análises petrográficas, pôde-se formatar o modelo de
dolomitização mais adequado. Análises macroscópicas e estudos petrográficos
combinados revelaram que os principais litotipos encontrados nas Pedreiras Brejo e
Carapeba são Packstones, Grainstones e Doloespatitos, sendo os principais constituintes
os oncólitos, oólitos, bioclastos, peloides e intraclastos, além de romboedros de
dolomita.Tais estudos revelaram, também, que as rochas analisadas apresentam graus
diferentes de dolomitização, sendo o modelo que mais se adequa a estas rochas, a
mistura de águas ( Dorag), devido à quantidade de material terrígeno encontrado em
lâmina, bem como nenhuma outra evidência que justifique os outros modelos.
Constatou-se um acréscimo de porosidade dos Doloespatitos em detrimento dos demais
litotipos confirmando o que já e conhecido na literatura. Por fim, quanto à interpretação
ambiental associou-se os litotipos com presença de lama carbonática e oncólitos aos
ambientes de baixa energia, possivelmente um ambiente lagunar, ao passo que os
litotipos com cimento e oólitos, um ambiente de alta energia, possivelmente os bancos
carbonáticos de aguas rasas e patch reefs. Devido à promoção de porosidade em
Doloespatitos, sugere-se que tais rochas venham a ser alvo de estudos contínuos nas
bacias brasileiras, tanto pelo potencial conhecido na literatura, quanto pela quantidade
expressiva de reservatórios carbonáticos no mundo.
Palavras-chave: Petrografia; Processos Diagenéticos; Dolomitização; Porosidade.
PETROGRAFIA E ANÁLISE MICROESTRUTURAL DA
ZONA DE ALTERAÇÃO HIDROTERMAL NA
SEQUÊNCIA METAVULCANOSSEDIMENTAR URANDI:
METAMORFISMO, EVOLUÇÃO TECTÔNICA E IMPLICAÇÕES
METALOGENÉTICAS
SILVANDIRA DOS SANTOS GÓES PEREIRA DE JESUS
ORIENTADOR: PROFA. DRA. SIMONE CERQUEIRA PEREIRA CRUZ (UFBA)
RESUMO
A Sequência Metavulcanossedimentar Urandi-SMVU está localizada na zona de
transição entre o Cráton do São Francisco e o Orógeno Araçuaí, abrangendo o
município homônimo à sequência. Constitui-se uma sequência metavulcanossedimentar
pouco estudada que possui vocação metalogenética para ferro e é composta por rochas
metamáficas que se intercalam a rochas metapelíticas, formações ferríferas bandadas,
quartzitos e rochas calcissilicáticas, todas estas milonitizadas e metamorfizadas no
fáciesanfibolito. Essas rochas apresentam-se intrudidas por granitoides de idade
Riaciano-orosiriana que constituem o granito Santa Isabel e o Batólito Monzo-Sienítico
Guanambi-Urandi. A interação, provavelmente, com fluidos destes granitoides imprimiu
a estas rochas uma alteração hidrotermal em graus diferenciados. Rochas metamáficas,
metapelíticas, metagranitoides encontram-se desde preservadas até muito modificadas,
constituindo os denominados hidrotermalitos. Associado a esta alteração desenvolve-se
uma paragênese mineralógica sin-tectônica composta por microclina, plagioclásio e
biotita; e sin a tardi-tectônica composta por quartzo, anfibólios metassomáticos,
carbonato, turmalina, epidoto, mica branca, além de concentrações de hematita,
magnetita, pirita e calcopirita. Os estudos petrográficos realizados, além de permitir a
identificação desta paragênse mineral, possibilitou a classificação da mineralização da
SMVU em dois tipos principais, quais sejam: a) a mineralização do tipo I, de gênese
sedimentar, itabirítico, hematítico e com baixa intensidade de alteração hidrotermal,
assinalada pela presença de raros grãos de microclina, plagioclásio, turmalina e apatita;
b) a mineralização do tipo II, composto predominantemente por magnetita com
associações subordinadas e tardias de hematita, pirita e calcopirita associada às rochas
mais fortemente hidrotermalizadas. O conjunto de dados obtidos a partir dos estudos de
campo, petrográficos, microestruturais e microquímicos, que ainda precisam ser
aprofundados, permitiram elaborar um modelo genético preliminar para a área da
SMVU. A análise e interpretação destes dados indicam grandes similaridades que
enquadram esta sequência tanto na classificação dos depósitos do tipo Iron Oxide-
Copper-Gold -IOCG, quanto nos depósitos associados à orogenia.
Palavras-chave: Bloco Gavião, Sequência Metavulcanossedimentar Urandi-SMVU,
alteração hidrotermal.
MAPEAMENTO GEOLÓGICO, PETROGRAFIA,
ASPECTOS LITOGEOQUÍMICOS E GEOFÍSICOS DOS
GRANULITOS DA REGIÃO DE LAJEDO DO TABOCAL:
UMA CONTRIBUIÇÃO A GEOLOGIA DA FOLHA
MARACÁS (SD.24-V-D-I), BAHIA
THIAGO DRUMOND ASSIS DE QUEIROZ
ORIENTADOR: PROF. JOHILDO SALOMÃO FIGUEIREDO BARBOSA (UFBA)
RESUMO
O presente trabalho é o resultado do mapeamento geológico da porção leste da Folha
Maracás (SD.24-V-D-I), a qual está inserida na região granulítica do sulsudeste da
Bahia, e engloba, no seu contexto, rochas Arqueanas- Paleoproterozoicas de alto grau
metamórfico do Bloco Jequié. Neste trabalho foram identificadas seis unidades
geológicas, são elas: (i) granulitos heterogêneos paraderivados (SCG), composto por
paragnaisses com bandas básicas e félsicas quartzo-feldspáticas, quartzitos com ou sem
granada e granulitos aluminomagnesianos (kinzigitos); (ii) granulitos heterogêneos
migmatíticos (CH7), formados por rochas charnockíticas a charnoenderbíticas, com
protólitos de caráter peraluminoso, subalcalino com tendência cálcio alcalina de
intermediário potássio, cujas litogeoquímicas permitiram subdividi-las em três tipos;
(iii) granulitos heterogêneos ortoderivados (CHO), composto por rochas charnockíticas
e charnoenderbíticas com protólitos peralcalino e subalcalino; (iv) granulitos
enderbíticos-charnockíticos (CH1) representados por charnoenderbitos e charnockitos,
com protólitos peraluminosos a metaluminosos e subalcalino do tipo cálcio-alcalino de
médio K; (v) granulitos augen -charnoenderbíticos-charnockíticos (CH4) compostos por
rochas charnockíticas, com protólitos de caráter metaluminoso, subalcalino com um
trend cálcio-alcalino de médio potássio e; (vi) depósitos detríticos recentes (NQd),
correspondendo a sedimentos semiconsolidados mal selecionados. Análises
aerogeofísicas gamaespectrométricas e magnéticas permitiram a melhor identificação de
contatos litológicos e observações acerca das estruturas regionais e locais, cujas
conclusões foram advindas da individualização de três zonas gamaespectrométricas
(ZG) e seis zonas magnéticas (ZM).
Palavras-chave: Mapeamento geológico; petrografia; litogeoquímica; granulitos; Bloco
Jequié; Bahia.
MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2012.1
ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DAS FORMAÇÕES GUINÉ E TOMBADOR
NAS PROXIMIDADES DE BARRA DA ESTIVA, CHAPADA DIAMANTINA -
BAHIA
ACÁCIO JOSÉ SILVA ARAÚJO
ORIENTADOR: PROF. DR. RUY KENJI PAPA KIKUCHI (UFBA)
RESUMO
As formações Guiné e Tombador, objeto deste trabalho, afloram no domínio oriental do
Supergrupo Espinhaço e compreende os grupos Paraguaçu (Paleoproterozóico
/Mesoproterozóico) e Chapada Diamantina (Mesoproterozóico), localizados na região
da Sinclinal de Ituaçu, nas cercanias da cidade de Barra da Estiva inseridos na região
central do Estado da Bahia. Essa pesquisa aborda a análise estratigráfica de seções
geológicas nas Formações Guiné e Tombador a partir da descrição vertical de fácies e
interpretação de superfícies chaves da estratigrafia de sequências em escala de
afloramentos, com o intuito de caracterizar as litofácies, seus ambientes deposicionais e
as hierarquias dos eventos estratigráficos em diferentes ordens. Nas duas Formações os
elementos arquiteturais reconhecidos foram barras, planícies de maré, bandas de maré e
canais, onde são visíveis as estruturas de estratificação cruzada acanalada, tabular e
tangencial, marcas de onda, interlaminados sub-horizontais de silte e argila. As
superfícies estratigráficas mais frequentes nos afloramentos foram a superfície
regressiva máxima (SRM) e a superfície discordância subaérea. O nome da Formação
Guiné foi adotado neste trabalho devido a sua proximidade da localidade de Guiné e a
primeira citação sobre esta unidade ter sido feita por Montes (1977), que descreveu com
detalhes a seção tipo, espessura e litologias. E de acordo com Código de Nomenclatura
Estratigráfica o primeiro registro de uma Unidade prevalece sobre os seguintes.
Palavras-chave: Formações Guiné / Tombador, Estratigrafia de Sequências, Litofácies,
Ambientes Deposicionais e Bandas de Maré.
CARACTERIZAÇÃO SEDIMENTOLÓGICA E ESTRATIGRÁFICA DE
TESTEMUNHOS DO MEMBRO BOIPEBA/ FORMAÇÃO ALIANÇA, NO
CAMPO DE ARAÇÁS, BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA
ALEXANDRE PORTELA SANTANA
ORIENTADOR: PROF. DR. CARLSON DE MATOS MAIA LEITE (PETROBRAS-
UFBA)
RESUMO
Esta monografia resulta da análise sedimentológica e estratigráfica de uma seção
testemunhada correspondente ao Membro Boipeba, Formação Aliança em um poço do
Campo de Araçás, Bacia do Recôncavo. O estudo de 124 metros de testemunhos
compreendeu a análise das características texturais e genéticas com a finalidade de
definir fácies e associação de fácies. Os resultados desse estudo identificam ambientes
deposicionais fluviais, eólicos, lacustres e de leques aluviais que contextualizam os
ciclos flúvio-eólicolacustres característicos da fase pré-rifte/ proto-rifte da Bacia do
Recôncavo. Foram identificadas doze litofácies agrupadas em cinco associações,
denominadas: lacustre, flúviolacustre,fluvial efêmero, lençóis de areia eólicos e leques
aluviais. O padrão de empilhamento estratigráfico sugere o registro de três ciclos
progradantes, nos quais depósitos relacionados a sistemas fluviais, representados por
espessos estratos arenosos, progressivamente substituem depósitos com influência
lacustre. A presença de conglomerados estaria relacionada a sistemas de leques aluviais
que encerram os ciclos
progradacionais.
Palavras-chave: Testemunho, Ambiente fluvio-eólico-lacustre, Ambiente de leques
aluviais, Membro Boipeba, Bacia do Recôncavo.
CARACTERIZAÇÃO SEDIMENTOLÓGICA E ESTRATIGRÁFICA DE
TESTEMUNHOS DO MEMBRO BOIPEBA/ FORMAÇÃO ALIANÇA, NO
CAMPO DE ARAÇÁS, BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA
BRUNO HUOYA MENDONÇA
ORIENTADOR: PROF. DR. MICHAEL HOLZ (UFBA)
RESUMO
A Bacia do Recôncavo está localizada na região nordeste do Brasil, no estado da Bahia.
Desenvolvida sobre o Cráton do São Francisco e inserida no contexto do rifte
Recôncavo-Tucano-Jatobá, esta bacia foi formada durante a separação do
supercontinente Gondwana. A área de estudo está localizada na parte nordeste da bacia,
na região do Campo de Caracatu, próximo à Falha de Salvador, e bastante influenciada
pelos leques aluviais oriundos da mesma. O estudo do pacote sedimentar da área foi
feito se baseando nas definições e conceitos da estratigrafia de sequências, que como
método de análise estratigráfica possibilita um caráter preditivo bastante aplicável na
prospecção de hidrocarbonetos. A utilização dessa ferramenta em bacias do tipo rifte
divide o pacote sedimentar, depositado durante a formação da bacia, em três tratos
tectônicos: trato tectônico de início de rifte, trato tectônico de clímax de rifte e o trato
tectônico de final de rifte. Esses apresentam características sedimentares que refletem a
interação entre a tectõnica e o clima em cada parte da formação de uma bacia rifte, com
respostas específicas nos perfis geofísicos. A interpretação dos 9 perfis de poços
contidos dentro da área de estudo possibilitou a confecção de 5 seções estratigráficas, as
quais proveram informações sobre a arquitetura estratigráfica e a dinâmica deposicional
da bacia. Essas seções e modelos estratigráficos tridimensionais, construídos a partir
dessas, juntamente com as interpretações das 4 linhas sísmicas, possibilitaram a
confecção de 4 seções esquemáticas. Esses providenciaram dados para o melhor
entendimento da situação atual do arcabouço estrutural da área em estudo, assim como a
atual disposição dos pacotes sedimentares, ilustradas por 5 seções geológicas e por
modelos geológicos tridimensionais. Além de possibilitar um mapeamento
tridimensional da região nordeste da Bacia do Recôncavo, a análise e interpretação dos
dados de poços e sísmicos tornou possível uma melhor compreensão da variação do
nível de base, na área de estudo, durante a formação desse aulacógeno, culminando num
modelo que ilustra essa variação, assim como as taxas de variação do nível de base
durante a evolução dessa bacia.
Conclui-se que a formação do OMA em ambientes tropicais marinhos e estuarinos de
características granulométricas areia, silte e argila poderá favorecer a degradação de
óleos derramados tanto em águas marinhas quanto em estuarinas.
Palavras-chave: Interações de óleo e sedimento, OMA, Derramamento de óleo em
ambiente costeiro, Fração granulométrica, Limpeza de Ambiente Costeiro.
A UTILIZAÇÃO DE DATALOGGERS NO PROJETO RIMAS (REDE
INTEGRADA DE MONITORAMENTO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS) NO
AQUÍFERO URUCUIA NO OESTE DA BAHIA
BRUNO SCHINDLER SAMPAIO
ORIENTADOR: PROF. DR. CRISTOVALDO BISPO DOS SANTOS (UFBA)
RESUMO
A CPRM (Serviço Geológico do Brasil) propôs e definiu as bases para a implantação de
uma rede integrada de monitoramento de águas subterrâneas (RIMAS) nos principais
aquíferos do país. O projeto RIMAS no Aquífero Urucuia, no oeste do estado da Bahia,
necessita de um acompanhamento continuo com medições periódicas para que as
informações obtidas, assim como suas analises, sejam bem representativas. Desta forma
a instalação de Dataloggers viabiliza o monitoramento a distancia, não sendo
necessário, portanto, a medição diária do nível estático do aquífero em cada ponto
pessoalmente. São aparelhos que tomam medidas de nível periodicamente com um
intervalo de tempo escolhido de acordo com o propósito e a natureza da pesquisa e as
salvam em um banco de dados. Estes são capazes de armazenar milhares de medidas,
que posteriormente serão coletadas para que continue o monitoramento. Sendo assim
necessária uma visita para coleta dos dados a cada três meses ou mais. Devido à oferta
de diversas empresas que possuem aparelhos de monitoração de parâmetros, como
pressão, temperatura, ph dentre outros, cabe ao trabalho a analise dos aparelhos
escolhidos pela empresa (CPRM) a fim de determinar a melhor opção. Três Modelos
diferentes foram adquiridos e instalados nos 24 poços da rede de monitoramento, são
eles: DIPPERLOG HERON, ORPHIMEDES e THALIMEDES OTT. Deste modo
foram analisados e avaliados os três tipos de Loggers a fim de se escolher o melhor para
tal trabalho, visto que este deve obter dados consistentes e prover ao operador analises
coerentes de níveis estáticos dos poços de monitoramento. Em paralelo a este trabalho
foi confeccionado mapa potenciométrico e de profundidade de NE da área de estudo
com os dados obtidos com os aparelhos em questão. As águas subterrâneas representam
um dos mais importantes recursos naturais, visto que a sua importância para o
atendimento atual e futuro de diversas demandas de uso, como exemplo, o
abastecimento público e a agroindústria.
Palavras-chave: Dataloggers, Aquífero Urucuia, RIMAS.
CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICA E HIDROGEOLÓGICA DE UMA ÁREA
DE CONFORMAÇÃO DÔMICA, EM ROCHAS SEDIMENTARES DA PORÇÃO
ORIENTAL DA BACIA DO RECÔNCAVO NORTE, DIAS D'ÁVILA, BA
CARLOS ANTÔNIO SÃO PEDRO CRUZ JÚNIOR
ORIENTADOR: PROF. MSC. HAILTON MELLO DA SILVA (UFBA)
RESUMO
A demanda de água na Bacia Sedimentar do Recôncavo Norte tem se intensificado nos
últimos anos, tanto pelo aumento da população quanto pela necessidade das indústrias
ali instaladas. Isto tem levado os órgãos gestores da água naquela região à busca de
novos setores desta bacia que possam dar suporte à esta demanda crescente. A existência
de uma área de conformação dômica, no extremo leste da bacia, se configurou como um
possível alvo para exploração. No entanto, sua forma deixava dúvidas sobre a sua
potencialidade hídrica, pois poderia ser um diápiro de argila, comum nesta bacia,
tornando inviável a sua exploração para água subterrânea. Desta forma, nosso trabalho
se constituiu em, através de estudos geológico e hidrogeológico, definir a constituição
litológica desta área, caracterizando-a, ou não, como um possível aquifero produtor. Os
trabalhos de campo realizados foram decisivos para determinar que a forma dômica da
área se deve à uma série de falhamentos, de direção geral NE-SW, possivelmante
reativados durante a deposição da Formação São Sebastião, principal aquifero desta
bacia sedimentar, durante a subsidência no estágio sin-rift da bacia. Trabalhos geofísicos
anteriores realizados na área, definiram que, os arenitos do membro Rio Joanes da
Formação São Sebastião, apresentam uma espessura variável entre 200 e 400 metros,
até atingir uma expressiva camada de folhelhos desta mesma Formação, constituindo-se,
desta forma, em um importante aquifero livre. Do mesmo modo, um poço tubular
existente na área, com profundidade de 104 metros, produz água de qualidade, com uma
vazão de 18 m3/h. Esta água é suficiente para atender as necessidades da população
ribeirinha. Consideramos entretanto que, a maiores profundidades, poder-se-ia obter
maiores vazões. Estas evidências nos levam a concluir que, esta área se constitui em um
potencial reservatório livre de água subterrânea, dada à expessura média dos arenitos do
Membro Rio Joanes, sendo também uma possível área para exploração de um aquifero
confinado, abaixo da camada de argila detectada pelo método geofísico. Por outro lado
a existencia dos falhamentos que dão forma dômica à area, poderiam sugerir um
selamento do aquifero, aumentando o seu potencial hídrico.
Palavras-chave: Aquifero, Estrutura dômica, Abastecimento de água.
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA, GEOQUÍMICA E
GEOFÍSICA DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS DA REGIÃO DE
IBICUÍ-IGUAÍ – BAHIA
DIEGO MELO FERNANDES
ORIENTADOR: PROF. DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)
RESUMO
O presente trabalho é resultado dos estudos visando a caracterização das ormações
ferríferas da área de Ibicuí-Iguaí, região que geologicamente está inserida no
compartimento do Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá, e engloba rochas de alto grau
metamórfico.
As formações ferríferas foram estudadas do ponto de vista geológico, etrográfico e
quimico, além de estudo de imagens aerogeofísicas. As formações ferríferas estão
associadas à charnockitos, enderbitos, anfibolitos e kinzigitos.
As características das formações ferríferas estudadas refletem o grau de metamorfismo
em que as mesmas estão inseridas, desde escala macroscópica, como o tamanho dos
cristais de quartzo nos bandamentos reliquiares, até na geoquímica que ossui grandes
variações. A geoquímica dessas formações indica que elas foram depositadas em
ambientes com fontes variadas de material e sofreram interações com fluídos
hidrotermais.
Ao final dos trabalhos foi possível classificar essas formações como do tipo Lago
Superior com fontes mistas e variadas temperaturas de formação. Mineralogicamente
pode ser classificada como sendo do fácies óxido em transição para fácies silicato.
A interpretação aerogeofísica da área se mostrou uma importante ferramenta de
prospecção, principalmente se utilizado o mapa de primeira derivada magnética.
Palavras-chave: Formações Ferríficas, Geoquímica, Ibicaí-Iguaí
ESTUDO DAS OCORRÊNCIAS DE TITANOMAGNETITA EM GABRO-
ANORTOSITOS E DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS DOS GRANULITOS DA
REGIÃO DE BAIXÃO DE IPIÚNA, JAGUAQUARA, BAHIA
EDUARDO CARDOSO VIEIRA FILHO
ORIENTADOR: PROF. DR. JOHILDO SALOMÃO FIGUEIRÊDO BARBOSA
(UFBA)
RESUMO
As ocorrências de titânomagnetita associam-se às rochas gabro-anortosíticas, onde são
comagmaticas com suas encaixantes. Estes corpos estão localizados no Bloco Jequié,
próximo à interface Bloco Jequié/ Bloco ISC, tendo sido intrudidos relacionados à
colisão paleproterozóica que metamorfisou e deformou tais blocos. Os depósitos de
ferro ligado às rochas gabroanortosíticas têm sua gênese relacionada à cristalização
fracionada em sistema endomagmático, de um magma residual rico em ferro, derivado
de um magma silicatico. Tal processo de cristalização magmática formou a magnetita,
sendo que o elemento ferro é susceptível a ser substituído pelo elemento vanádio, por
afinidades geoquímicas. Ocorrências de titânomagnetita e formações ferríferas
localizadas no município de Jaguaquara, região de Baixão de Ipiúna foram estudadas no
presente trabalho.As formações ferríferas, diferentemente dos depósitos de
titânomagnetita, são depósitos de origem sedimentar química, por precipitação do ferro
em ambiente oxidante. Ambos os tipos de depósitos de ferro encontrados, estão com um
grau moderado a alto de oxidação e alteração supergênica, portanto estando
impreterivelmente associados a cangas ferruginosas compactas, formadas a partir de
alterações superficiais destes corpos de minério. Estudos petrográficos em microscopia
de luz refletida foram realizados para amostras dos dois tipos de minério. As
titânomagnetitas apresentaram assembleia mineral básica de magnetita e ilmenita, com
piroxênios residuais. Textura de agregados granulares cumuláticos foram
predominantes. As formações ferríferas contêm basicamente magnetita martitizada,
perfazendo cerca de 90% quando maciça. Quando intercalada com camadas de
quartzito, sua composição de ferro é aproximadamente cerca de 40%, em óxido. Tais
valores foram obtidos a partir de estudos litogeoquímicos, onde estudos composicionais
da titânomagnetita também foram possíveis de ser avaliados, através dos resultados de
química total, com teores de vanádio chegando a 1,5% em óxido. Foi, ainda, realizado
um mapa de ocorrências de depósitos de ferro da área de estudo de escala 1:60000, onde
está localizado as ocorrências de titânomagnetita, crosta ferruginosa compacta
associada, e as formações ferríferas.
Palavras-chave: Titânomagnetita, Formação ferrífera, Vanádio, Jaguaquara
ESTUDOS GEOLÓGICO, GEOFÍSICO E HIDROGEOLÓGICO DA FAZENDA
EXPERIMENTAL DA UFBA, MUNICÍPIO DE ENTRE RIOS- BA
FABIANE FERREIRA NATIVIDADE DOS SANTOS
ORIENTADOR: PROF. MSC. HAILTON MELLO DA SILVA (UFBA)
RESUMO
Neste trabalho desenvolveu-se um estudo multidisciplinar envolvendo dados geológico,
hidrogeológico, hidroquímico e geofísico da Formação Marizal e do Grupo Ilhas,
presentes na área de estudo, a Fazenda Experimental da UFBA, no município de Entre
Rios, Bahia. Tal estudo foi feito com o intuito de se avaliar a qualidade da água e o
potencial hídrico destas unidades geológicas, visando a locação de um poço tubular que
atendesse às demandas da fazenda em dessedentação animal, irrigação, consumo
humano e no uso para a apicultura. O reconhecimento de subsuperfície foi realizado
através de quatro sondagens elétricas verticais (SEV), possibilitando a confirmação das
características hidrogeológicas dos tipos litológicos da área, já obtidas em literatura. A
qualidade das águas, coletadas de dois poços locais, foi avaliada de acordo com os seus
parâmetros físico-químicos, tendo como base na Portaria do Ministério da Saúde no
2914/2011. Os resultados destes estudos permitiram avaliar preliminarmente o potencial
hídrico, a qualidade da água, bem como as espessuras e resistividades de cada unidade
presente. Deste modo, foi possível constatar-se a boa qualidade da água no aquífero da
Formação Marizal e a presença de sais no aquifero local do Grupo Ilhas. Entretanto,
verificou-se a necessidade de estudos adicionais para avaliar-se com precisão a
potencialidade do aqüífero da Formação Marizal, bem como a sua capacidade para
atender as demandas da Fazenda Experimental da UFBA.
Palavras-chave: Formação Marizal, Grupo Ilhas, Águas Subterrâneas.
ESTUDO DAS OCORRÊNCIAS DE TITANOMAGNETITA EM GABRO-
ANORTOSITOS NA REGIÃO DO MUNICÍPIO DE TANCREDO NEVES-BA
GUSTAVO DE AGUIAR MARTINS
ORIENTADOR: PROF. DR. JOHILDO SALOMÃO FIGUEIRÊDO BARBOSA
(UFBA)
RESUMO
As ocorrências de óxidos de Fe-Ti-V no município de Tancredo Neves no sul do Estado
da Bahia, objeto de estudo desta monografia, ocorrem associados à rochas da série
anortosítica intrusivas em terrenos próximos da zona de colisão paleoproterozóica entre
os Blocos arqueanos Jequié e Itabuna-Salvador-Curaçá. Este material foi formado pela
cristalização de um fundido muito rico em ferro a partir da cristalização de um magma
silicático, gerando corpos concordantes e discordantes com as rochas que o encaixam. O
vanádio, que é um elemento químico de caráter estratégico, pode substituir
geoquimicamente elementos, como o titânio, na estrutura de minerais como a
titanomagnetita. Na área de estudo, observou-se afloramentos de óxidos bastante
intemperizados e assim, associados á cangas ferruginosas decorrentes da alteração
supergênica do material. Estudos petrográficos foram executados a partir da
microscopia de reflexão sobre três seções polidas aonde foi possível determinar a
assembléia mineral (magnetita e ilmenita) assim como processos de exsolução entre
magnetita, ilmenita, ulvospinélio e hematita. A textura do material apresentado é
predominantemente cumulática. Pela litogeoquímica foi possível uma avaliação
composicional da titanomagnetita de Tancredo Neves através da análise dos diversos
elementos químicos assim como a possibilidade de comparação com o minério de Fe-
Ti-V presente em outros depósitos como, por exemplo, o localizado em Maracás-BA.
Nesse trabalho foi gerado um mapa de ocorrências de titanomagnetita de Tancredo
Neves, na escala de 1:5.000, aonde é exposta a localização das ocorrências do óxido
maciço e suas cangas ferruginosas associadas.
Palavras-chave: Titanomagnetita, Anortosito, Fe-Ti-V, Vanádio, Tancredo Neves
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA DAS SEQUÊNCIAS CARBONÁTICAS
DA SUB-BACIA UNA-UTINGA E CORRELAÇÕES COM A SUB-BACIA DE
IRECÊ
ÍTALA GABRIELA DIAS DE ARAÚJO
ORIENTADOR: PROF. CÍCERO DA PAIXÃO PEREIRA (PETROBRAS)
RESUMO
A sub-bacia de Una-Utinga é constituída por uma sequência sedimentar carbonática
depositada em um ambiente marinho epicontinental, tendo na base diamictitos
glaciogênicos da Formação Bebedouro. Esta sequência faz parte do Grupo Una,
classicamente subdividido em Formação Salitre (carbonatos, margas e pelitos) e
Formação Bebedouro (diamictitos glaciomarinhos), de idade neoproterozóica. As
sequências carbonáticas são portadoras de importantes registros de mineralizações de
sulfetos de Pb-Zn, além de rochas carbonáticas fosfátizadas (fosforito). Neste trabalho
foram identificadas três unidades litofaciológicas informais na sequência carbonática,
correlacionáveis às que foram previamente mapeadas na sub-bacia de Irecê, sendo da
base para o topo: Unidade C, Unidade B e Unidade B1. Na Unidade B1 são descritos
calcarenitos dolomitizados neomorfizados e bioconstruções estromatolíticas, formados
em ambientes de submaré/plataforma rasa. A Unidade B é constituída por
interestratificações de calcilutitos e margas, tendo sido interpretada como uma
associação litofaciológica de águas relativamente mais profundas, em ambiente de
talude/bacia. A Unidade C é constituída por calcários dolomíticos vermelhos e argilosos
depositados em ambiente inter/submaré raso, pós-glacial. Na sub-bacia de Una-Utinga,
rocha carbonática enriquecida em fosfato (fosforito) foi observada pela primeira vez nos
furos NR 03 e NR 04 (CPRM), redescritos detalhadamente neste trabalho. A rocha
fosfática encontra-se na forma de finas laminações (estromatolíticas?) na zona basal da
Unidade B1, na mesma posição estratigráfica dos estromatolítos colunares fosfatizados
de Irecê-Lapão, sub-bacia de Irecê. As mineralizações de Pb-Zn de Nova Redenção,
originalmente descritas em trabalhos da CPRM, mostram também um nítido controle
estratigráfico, além de estrutural (falhas com direção NW-SE). São constituídas
predominantemente por galena, esfalerita e pirita, ocorrendo principalmente de forma
disseminada, em bolsões e em veios. Nos furos estudados e nas áreas de ocorrência
(afloramentos) os sulfetos estão oxidados (cerussita e óxidos de Fe). As mineralizações
estão associadas aos calcarenitos/calcilutitos intraclásticos oncolitos dolomitizados da
porção superior da Unidade B1, na mesma posição estratigráfica das mineralizaçõs de
Pb-Zn da sub-bacia de Irecê.
Palavras-chave: sub-bacia de Una-Utinga, sub-bacia de Irecê, Formação Salitre, sulfetos
de Pb-Zn, fosfato.
ASPECTO HIDROGEOQUÍMICO DO FERRO TOTAL NO SISTEMA
AQUÍFERO SÃO SEBASTIÃO DA NA ÁREA DO PÓLO INDUSTRIAL DE
CAMAÇARI - BAHIA.
JAMILLE EVANGELISTA ALVES
ORIENTADOR: PROF. DR. SÉRGIO AUGUSTO DE MORAIS NASCIMENTO
(UFBA)
RESUMO
Na área da Bacia Sedimentar do Recôncavo Norte está inserido o segundo principal
aquífero da Bahia, o aquífero São Sebastião, detentor de água doce de boa qualidade e
vazão. A área do Polo Industrial de Camaçari, principal complexo petroquímico do
estado, está implantado sobre este aquífero. Este trabalho trata de um estudo
hidrogeoquímico do ferro total na área do Polo Industrial de Camaçari – Bahia onde foi
observado que o teor desse elemento nas águas subterrâneas do sistema aquífero São
Sebastião encontram-se, em alguns pontos, acima do recomendado pela Portaria
2914/2011 do Ministério da Saúde. Com o intuito de determinar a presença do ferro
total nestas águas, buscou-se dados de análises químicas para determinar a sua
qualidade, índice de saturação e a especiação. Procurou-se também estabelecer a sua
origem em função das rochas armazenadoras (aquífero) que compõem a Formação São
Sebastião.
Palavras-chave: Hidrogeoquímica, Água Subterrânea, Ferro, Índice de Saturação.
ESTUDOS DE FRATURAS E DIAGÊNESE EM FOLHELHOS PRODUTORES
DE HIDROCARBONETO DO MEMBRO GOMO DA FORMAÇÃO CANDEIAS,
BACIA DO RECÔNCAVO: CORRELAÇÃO TIPOS DE FRATURAS X
EVOLUÇÃO DIAGENÉTICA
LAURA SILVEIRA DE OLIVEIRA
ORIENTADOR: PROF. DR. CARLSON DE MATOS MAIA LEITE (UFBA-
PETROBRAS)
RESUMO
Este trabalho resulta de análises macro e microscópicas dos folhelhos fraturados do
Membro Gomo - Formação Candeias, Bacia do Recôncavo. A seção estudada
compreende aproximadamente 350m de testemunhos, dos quais foram confeccionadas
19 lâminas delgadas. Corresponde a uma zona de produção caracterizada por
reservatórios não convencionais da Formação Candeias, no campo homônimo. Foram
enfocadas as feições sedimentológicas e estruturais e a evolução diagenética dos
minerais visando relacioná-las aos diferentes tipos de fraturas. Desta forma, a
monografia objetiva possibilitar uma indicação de intervalos de interesse para produção
nesses reservatórios do Membro Gomo, no que se refere a espaços porosos
significativos. Os minerais eodiagenéticos identificados são esmectita, pirita e cimento
calcítico. Na mesodiagênese se formaram fosfato, ilita-esmectita, barita, ilita, dolomita e
quartzo, além da calcita que continuou cimentando a rocha. As fraturas também são
diagnósticas dessa fase. Foram identificados dois principais tipos de fraturas: as fraturas
abertas mineralizadas (veios e fraturas parcialmente mineralizadas), que cortam todo o
arcabouço; e as abertas não mineralizadas, tardias, que truncam as demais fraturas. As
fraturas abertas mineralizadas são preenchidas por calcita e barita fibrosas que,
localmente, podem apresentar substituição por dolomita ou calcita blocosa. Observou-se
também que as fraturas abertas e parcialmente mineralizadas são as mais favoráveis à
acumulação de fluidos, pois os minerais formados criam condições de retenção desses
fluidos nas paredes de seus cristais, além de representarem importantes espaços porosos.
Sua maior população foi então relacionada ao intervalo mesodiagenético profundo,
quando a dolomitização do cimento promoveu uma maior rigidez da rocha e propagação
de novas fraturas abertas.
Palavras-chave: Membro Gomo, Campo de Candeias, fraturas, diagênese, reservatórios
fraturados.
ESTUDOS COMPARATIVOS DE ÁREAS COM ANOMALIAS GEOFÍSICAS
NA REGIÃO DA FAZENDA MIRABEL, SUL DA BAHIA
LILA COSTA QUIEROZ
ORIENTADOR: PROF. DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)
RESUMO
O Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá é um importante segmento crustal de idade
arqueana, situado na porção setentrional do Cráton São Francisco, que tem sido alvo de
inúmeras investigações geológicas devido ao potencial metalogenético para
mineralizações de Ni, Cu, EGP, dentre outros. Essas mineralizações ocorrem em
intrusões máfica-ultramáficas indeformadas e encaixadas em terrenos metamórficos de
alto grau do embasamento.
Este trabalho apresenta o processamento, análise e a interpretação integrada de dados
geológicos e aerogeofísicos (magnéticos e gamaespectrométricos) que recobrem a Folha
Ipiaú, associados a trabalhos de campo e de petrografia. O uso destes dados permitiu
obter informações importantes sobre o arcabouço tectônico e unidades lito-estruturais da
área, visando mapear corpos circulares ou alongados, conhecidos por hospedar níquel
.Os produtos magnéticos gerados neste trabalho refletem a distribuição e segregação
metamórfica de minerais magnéticos, principalmente magnetita, no embasamento
rochoso da área de estudo. Os eventos deformacionais podem ser interpretados a partir
do alinhamento destes minerais, que na Folha Ipiaú produzem uma tendência geral
NNE-SSW, compatível com os esforços regionais gerados pela Orogenia
Paleoproterozóica. A partir da integração de dados multi-fontes foi delimitada uma
extensa faixa que segue o trend regional, a qual está inserida a mina de Santa Rita,
relacionada com um domínio magnético de paisagem movimentada, composto por
zonas anômalas bem definidas e por baixos teores de radioelementos, tornando-se
interessante sob ponto de vista prospectivo. Este domínio foi descrito petrograficamente
como composto por granulitos chanoquíticos.
Este estudo tem importância acadêmica e em trabalhos exploratórios desenvolvidos
pelas empresas de mineração, pois estabelece parâmetros geofísicos para os depósitos e
contribui para o entendimento da geologia regional do sul do estado da Bahia.
Palavras-chave: Itabua-Salvador-Curaçá, Magnetometria, Gamaespectrometria,
Granulito
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E ASPECTOS GEOFÍSICOS DOS
METAMORFITOS GRANULÍTICOS DA PORÇÃO SUDOESTE DA FOLHA
MARACÁS, BAHIA
LUCAS TEIXEIRA DE SOUZA
ORIENTADOR: JOHILDO SALOMÃO FUIGUEIRÊDO BARBOSA (UFBA)
RESUMO
Na região centro-sul do Estado da Bahia, nos arredores do município de Maracás,
ocorrem rochas metamórficas de alto grau, equilibradas no fácies granulito, pertencentes
ao Bloco Jequié, inserido no Cráton do São Francisco (CSF). Nessa região foi realizado
mapeamento geológico na escala 1:100.000 da porção sudoeste da Folha Maracás
(SD.24-V-D-I), resultando um polígono com dimensões aproximadas de 27,7 x 21,4 km,
perfazendo uma área total aproximada de 592 km2. Durante o mapeamento de campo
foram descritos um total de 37 afloramentos, sendo coletadas 20 amostras para a
confecção de lâminas delgadas e com isso, juntamente com as interpretações de
fotografias aéreas, mapas geofísicos e imagens diversas, pode-se confeccionar o mapa
geológico da área em foco. Assim, foram separadas na área de pesquisa cinco unidades
distintas: (i) granulitos heterogêneos migmatíticos (CH7), formado por rochas
charnockíticas a charnoenderbíticas; ii) granulitos augen-charnoenderbíticos-
charnockíticos (CH4) compostos por rochas charnockíticas, caracterizados por
apresentar textura augen com megacristais de mesopertita e/ou plagioclásio; (iii)
granulitos enderbíticos-charnockíticos (CH1), representados por charnoenderbitos e
charnockitos; (iv) granulitos heterogêneos paraderivados (SGC), composto por
paragnaisses e granulitos alumino-magnesianos (kinzigitos); e, (v) depósitos detríticos
recentes (NQd), correspondendo a sedimentos semiconsolidados mal selecionados,
coloração avermelhada, com contatos marcados por stonelines. As análises petrográficas
destes metamorfitos granulíticos corroboram a premissa de se tratar de um terreno
metamórfico de alto grau devido à ocorrência generalizada de ortopiroxênio nas rochas
estudadas. A geofísica ajudou na separação das unidades acima e permitiu que se
interpretassem os traços estruturais provocados pela tectônica paleoproterozoica que
atingiu a região.
Palavras-chave: Maracá, Bloco Jequé, Granulitos, Geofísica
ANÁLISE QUANTITATIVA DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS DA BACIA
HIDROGRÁFICA DO RIO JACUÍPE NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL.
MARCOS DE OLVEIRA DIAS
ORIENTADOR: PROF. PEDRO MACIEL DE PAULA GARCIA (UFBA)
RESUMO
A Bacia Hidrográfica do Rio Jacuípe - BHRJ, a maior e mais importante sub-bacia do
rio Paraguaçu está localizada na porção centro-leste do território do estado da Bahia e
possui a quase totalidade inserida no clima semiárido com uma população residente em
torno de 1.200.000 habitantes. A escassez dos recursos hídricos, aliada as ações
deletérias sobre este insumo essencial à manutenção da vida no planeta, tornou-se alvo
de inúmeras pesquisas, principalmente devido às interações ocorrentes entre os meios
físico, biótico e socioeconômico nessa célula. Este trabalho propôs a investigação
quantitativa das águas superficiais da BHRJ utilizando os dados históricos de
precipitação e de vazão da Agência Nacional das Águas - ANA, aplicando uma
metodologia inédita, onde se é atribuído o Fator Hidrológico como referência para anos
de seca, normal hidrológico e excedente hídrico, subsidiando uma previsão para
cenários futuros, auxiliando na gestão da bacia hidrográfica. Os produtos gráficos de
regionalização e vazão, aliados aos dados numéricos históricos propiciaram a
determinação do macro tempo de resposta das precipitações na calha do rio Jacuípe.
Para o período analisado ficou evidente que o rio não possui uma vazão regularizada,
com anos de seca e por vezes, com picos de cheia, que as barragens no rio Jacuípe estão
no ano de 2012 operando muito aquém de suas capacidades, com previsão de piora no
quadro e que os longos períodos de estiagem são recorrentes e fazem parte do histórico
da bacia, devendo então ser encarados com normalidade.
Palavras-chave: Gestão de bacia hidrográfica, Fator Hidrológico, Rio Jacuípe, Análise
Quantitativa.
ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA E SEDIMENTOLÓGICA, COM BASE NOS
PERFIS E AMOSTRA DE CALHA DO CAMPO BELA VISTA - FM. ÁGUA
GRANDE/SERGI (BACIA DO RECÔNCAVO)
MATEUS PIRES FERREIRA
ORIENTADOR: PROF. GERALDO GIRÃO NERY (UFBA)
RESUMO
Durante décadas as Formações Sergi e Água Grande, bacia do Recôncavo, foram alvo
de diversos estudos. A maior parte dos trabalhos científicos publicados foca
principalmente no estudo de afloramentos, fazendo com que formações pouco
aflorantes, caso da formação Água Grande na área de estudo, tenham escassez de
informação. Tendo sua área de estudo localizada no campo de Bela Vista (Campo
escola), porção nordeste da bacia, dentro do município de Esplanada, o presente
trabalho se propõe uma abordagem diferente no estudo estratigráfico e sedimentológico
das formações supracitadas, de tal forma que na construção desta monografia se utilizou
de informações adquiridas através de perfilagens e descrições das amostras de calha
realizadas nos poços 1-BLV-1-BA, 7-BLV-4-BA, 7-BLV-5-BA. Foram analisados neste
trabalho perfis de radioatividade (GR), de potencial espontâneo (SP), de resistividade
(ILD, SFLA), de densidade (RHOB) e neutrônico (NPHI), posteriormente foram feitas
correlações dos perfis com as descrições das amostras de calha com a finalidade de
compreender a estratigrafia, características sedimentológicas e a configuração externa
dos corpos areníticos das formações
estudadas, o que culminou com construção de três seções, feitas no programa Corel
Draw. No estudo local das formações Sergi e Água Grande, campo de Bela Vista,
detectou-se significativa variação faciológica e de espessura entre os poços avaliados,
variações estas que ocorrem em algumas centenas de metros de distância. Foram
também identificadas duas falhas locais, onde uma esta disposta entre o poço 7-BLV-5-
BA e os poços 1-BLV-1-BA, e 7-BLV-4-BA, e outra é responsável por omitir a Fm.
Sergi no ultimo poço.
Palavras-chave: Fm. Água Grande, Fm. Sergi, Estratigrafia, Perfis Geofísicos, Seções
Geológicas.
ANÁLISE DA VULNERABILIDADE NATURAL À EROSÃO DA MICROBACIA
DO RIO BRUMADO (BA) COM EMPREGO DE GEOTECNOLOGIAS
NATALI DE OLIVEIRA PASSOS
ORIENTADOR: PROF. MSC. DANILO HEITOR CAIRES TINOCO BISNETO
MELO (UFBA)
RESUMO
Apresenta-se os principais resultados obtidos na aplicação de uma metodologia, apoiada
em ferramentas de geoprocessamento, para a determinação do grau de suscetibilidade à
erosão da microbacia do alto curso do rio Brumado, situada na mesorregião Centro-sul
do estado da Bahia encerrando duas sedes municipais: Rio de Contas e Livramento de
Nossa Senhora. Tal metodologia, integralmente aplicada em ambiente SIG, consistiu na
delimitação da área da microbacia por meio de Modelo Numérico de Terreno (MNT); na
elaboração de planos de informação referentes à geologia, relevo, solo, vegetação e
clima com base em imagens de satélite, MNT e dados bibliográficos, com resolução
espacial de 30m e; na integração ddessas informações, por análise de multicritérios, que
permitiu estabelecer valores na escala de vulnerabilidade adotada para a área objeto
desta investigação. Como resultado, foram distinguidas oito unidades territoriais básicas
subdivididas em seis unidades de paisagem natural e dois polígonos de intervenção
antrópica. As unidades de paisagem natural I, II, V caracterizam-se como áreas
medianamente estáveis. Nas unidades III, IV e VI, além de setores medianamente
estáveis, foram identificados locais moderadamente vulneráveis. Dentro da escala
adotada, 1:150.000, os procedimentos aplicados alcançaram resultados bastante
coerentes com a realidade. Contudo, é importante lembrar que esta metodologia se
propõe a ser, apenas, uma primeira aproximação do objeto de interesse, não dispensando
posteriores trabalhos de campo e estudos de maior detalhe.
Palavras-chave: Suscetibilidade à erosão, Geotecnologias, Rio Brumado
SISTEMAS DEPOSICIONAIS DOMINADOS POR AÇÃO DE ONDAS E
MARÉS: EXEMPLO NA SERRA DO ESPINHAÇO SETENTRIONAL -
BOQUIRA/BA
PRISCILA FERREIRA FREITAS
ORIENTADOR: PROF. DR. MICHAEL HOLZ (UFBA)
RESUMO
Esta monografia refere-se ao trabalho realizado na cidade de Boquira, cujo objetivo foi
estudar as rochas metassedimentares mesoproterozoicas do Supergrupo espinhaço que
afloram na porção setentrional da serra homônima, sob o ponto de vista da
Sedimentologia e da Estratigrafia de Sequências. A descrição de afloramentos da Fm.
Mosquito permitiu a confecção de dois perfis estratigráficos,
PF12 e PF13, nos quais foram identificadas 11 fácies. Estas foram interpretadas e
permitiram a divisão em dois paleoambientes deposicionais: Planície Costeira e Planície
de Maré, que compõem o Sistema Costeiro e demonstram o domínio ora por ondas, ora
por correntes de maré. Esta variação pode estar associada à variação do nível de base X
Eustasia, e ocorreria durante o Trato de Sistemas de Nível Baixo (TSNB) e Trato de
Sistemas Transgressivo (TST), respectivamente. Além disto, este trabalho demonstrou
que, apesar da área ter sofrido deformação e metamorfismo durante o ciclo
neoproterozoico, as estruturas primárias foram preservadas e podem, facilmente, ser
reconhecidas em trabalhos de campo. Mesmo em locais onde não é possível a
identificação dos aspectos texturais, tais como arredondamento, esfericidade e
selecionamento, pode-se estimar a granulometria através de diagramas teóricos,
associados à própria análise de afloramento. Os trabalhos realizados em unidades
correlacionáveis na região da Chapada Diamantina também sugerem que a deposição
deste litotipo ocorreu sob condições variáveis de regressão e transgressão.
Palavras-chave: Boquira, Fm. Mosquito, Maré, Regressão, Transgressão.
SISTEMAS DEPOSICIONAIS DOMINADOS POR AÇÃO DE ONDAS E
MARÉS: EXEMPLO NA SERRA DO ESPINHAÇO SETENTRIONAL -
BOQUIRA/BA
PRISCILA FERREIRA FREITAS
BANCA: PROF. DR. MICHAEL HOLZ (UFBA)
RESUMO
Esta monografia refere-se ao trabalho realizado na cidade de Boquira, cujo objetivo foi
estudar as rochas metassedimentares mesoproterozoicas do Supergrupo espinhaço que
afloram na porção setentrional da serra homônima, sob o ponto de vista da
Sedimentologia e da Estratigrafia de Sequências. A descrição de afloramentos da Fm.
Mosquito permitiu a confecção de dois perfis estratigráficos,PF12 e PF13, nos quais
foram identificadas 11 fácies. Estas foram interpretadas e permitiram a divisão em dois
paleoambientes deposicionais: Planície Costeira e Planície de Maré, que compõem o
Sistema Costeiro e demonstram o domínio ora por ondas, ora por correntes de maré.
Esta variação pode estar associada à variação do nível de base X Eustasia, e ocorreria
durante o Trato de Sistemas de Nível Baixo (TSNB) e Trato de Sistemas Transgressivo
(TST), respectivamente. Além disto, este trabalho demonstrou que, apesar da área ter
sofrido deformação e metamorfismo durante o ciclo neoproterozoico, as estruturas
primárias foram preservadas e podem, facilmente, ser reconhecidas em trabalhos de
campo. Mesmo em locais onde não é possível a identificação dos aspectos texturais, tais
como arredondamento, esfericidade e selecionamento, pode-se estimar a granulometria
através de diagramas teóricos, associados à própria análise de afloramento. Os trabalhos
realizados em unidades correlacionáveis na região da Chapada Diamantina também
sugerem que a deposição deste litotipo ocorreu sob condições variáveis de regressão e
transgressão.
Palavras-chave: Boquira, Fm. Mosquito, Maré, Regressão, Transgressão.
CARACTERIZAÇÃO SEDIMENTOLÓGICA E ESTRATIGRÁFICA DE
TESTEMUNHOS DA FORMAÇÃO SERGI, CAMPO DOM JOÃO, BACIA DO
RECÔNCAVO, BAHIA, BRASIL
REBECA SANTOS DE ALMEIDA NASCIMENTO
BANCA: MSC. FLÁVIO MIRANDA DE OLIVEIRA (UFBA)
RESUMO
A Bacia do Recôncavo está inserida em um sistema de riftes intracontinentais,
denominado de Recôncavo-Tucano-Jatobá, originado no Eocretáceo. Está localizada no
centro-leste do Estado da Bahia e sua área é estimada em 11.500 km2. A arquitetura da
bacia mostra um meio gráben orientado segundo NE-SW. A sua evolução tectônica se
deu em três fases: pré-rifte, sin-rifte e pós-rifte. A Formação Sergi, tema deste estudo,
foi depositada na fase pré-rifte, ao final do Jurássico, e compreende depósitos de origem
flúvio-lacustre-eólico, englobando, essencialmente, arenitos finos a conglomeráticos. O
objetivo principal deste trabalho foi analisar 243 metros de testemunhos da Formação
Sergi amostrados em um poço locado no Campo de Dom João, compartimento sul da
Bacia do Recôncavo, a fim de identificar suas características texturais e genéticas,
sequências deposicionais e aspectos de reservatório. Como resultado da descrição,
foram identificadas 13 litofáces, que permitem estabelecer cinco associações de fácies
com caráter genético: flúvio-lacustre, fluvial efêmero, fluvial entrelaçado perene,
lençóis de areia eólicos e dunas eólicas. Os testemunhos descritos foram relacionados às
três sequências deposicionais da Formação Sergi propostas por outros autores:
sequência III, que ocorre na porção superior do intervalo estudado, caracterizada pelos
depósitos fluviais efêmeros; a sequência II, que compreende depósitos fluviais
entrelaçados perenes; e a sequência I, posicionada na base da Formação Sergi,
constituída por depósitos flúvio-lacustres, fluviais efêmeros, e eólicos. Foram
verificados, visualmente, significativos intervalos com boas condições permo-porosas,
corroborando com o potencial de reservatório de toda a unidade.
Palavras-chave: Testemunho, Formação Sergi, Campo Dom João, Bacia do Recôncavo.
CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA, PETROGRÁFICA, GEOQUÍMICA E
POTENCIALIDADES METALOGENÉTICAS DA FORMAÇÃO ÁGUA PRETA,
BACIA DO RIO PARDO - BAHIA
RODOLFO SANTOS GASSER
ORIENTADOR: PROF. DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)
RESUMO
Na bacia metassedimentar do Rio Pardo, sudeste da Bahia, afloram as rochas do Grupo
Rio Pardo, de idades Meso a neoproterozóica, ao qual pertence a Formação Água Preta,
objeto de estudo deste trabalho. O presente trabalho busca a caracterização da Formação
Água Preta, na procura de indícios de uma provável origem ou contribuição vulcânica,
na formação das litologias que compreende a referida formação geológica. Para isso
usou-se dados geológicos, petrográficos e geoquímicos. A Formação Água Preta é
composta por: (i) filitos, constituídos por quartzo, sericita e clorita, secundariamente por
moscovita e minerais opacos; (ii) metarenitos, divididos em três sublitolgias, de acordo
com sua composição: a) metarenito micáceo, constituídos por quartzo, sericita e clorita
como principais minerais, e plagioclásio e hematita como minerais acessórios; b)
metarenito arcoseano, constituídos por sericita, plagioclásio, quartzo e microclina, tendo
ortopiroxênio e hematita como minerais acessórios; c) metarenito quartzoso,
constituídos por quartzo; (iii) metacalcários e metadolomitos, constituídos por calcita e
dolomita, respectivamente e; (iv) metassiltitos, constituídos por quartzo e sericita. Seus
protólitos foram depositadas sob regime de fluxo de turbidez de baixa densidade, em
uma bacia de margem passiva, havendo um rápido soterramento, ocorrendo também a
presença de um ambiente marinho raso, que proporcionou a formação das camadas de
metacarbonatos, em elevações do substrato. Apresentam-se metamorfizadas nas fácies
xisto verde baixo e exibem evidências de atuação de fluidos hidrotermais. Os padrões
geoquímicos dos elementos maiores, traços e terras raras evidenciam que sua formação
de natureza essencialmente sedimentar. Atividades hidrotermais afetaram as rochas da
bacia do Rio Pardo, incluindo a Formação Água Preta, representados por sericitização e
veios de quartzo.
Palavras-chave: Formação Água Preta, Bacia do Rio Pardo, Filito, Metarenito.
UTILIZAÇÃO DO LWD NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO
TASSIANE RABELO SAMPAIO
ORIENTADOR: MSC. ROBERTO ROSA DA SILVA (PETROBRAS-UFBA)
RESUMO
O LWD (Logging While Drilling – Perfilagem Durante a Perfuração) corresponde à
técnica de perfilar poços durante a perfuração utilizando os mesmos perfis da
perfilagem a cabo, a diferença consiste no sistema de obtenção das informações destes
perfis. Enquanto na perfilagem a cabo os dados são enviados para a superfície após a
perfuração do poço, através de um cabo elétrico, na técnica do LWD estes dados são
obtidos pela telemetria de lama, permitindo, assim, a aquisição de perfis durante a
perfuração do poço. A telemetria consiste no envio dos dados para a superfície através
dos pulsos na lama, que pode ser realizado em tempo real ou durante as manobras para
troca de broca, seja em poços verticais, direcionais de alto ângulo ou horizontais. O
LWD vem sendo muito utilizado na perfilagem de poços horizontais, uma vez que a
perfilagem a cabo não consegue atingir o fundo do poço. Esta técnica trouxe diversos
avanços para a indústria petrolífera devido a otimização do tempo e a maior produção
de petróleo, pela possibilidade de realizar poços horizontais. Este trabalho visa difundir
a técnica de perfilagem de LWD, tecendo comparações com a perfilagem convencional.
Palavras-chave: LWD; Perfilagem; Perfuração.
MODELAGEM POR LÓGICA FUZZY: APLICAÇÃO ÀS MINERAÇÕES
AURÍFERAS DO CINTURÃO GURUPI, FOLHA CENTRO NOVO DO
MARANHÃO, MA/PA
THIAGO REIS RODRIGUES
ORIENTADOR: MSC. MAÍSA BASTOS ABRAM (CPRM)
RESUMO
Dentro do universo da modelagem geológica, a Análise Espacial de Dados constitui
uma ferramenta eficaz que permite avaliar e indicar áreas com diferentes graus de
favorabilidade para ocorrência de novos jazimentos minerais. Neste trabalho, a
indicação destas zonas potenciais foi fundamentada no conhecimento dos mecanismos
de controle das mineralizações (knowledge driven), com o emprego da Lógica Fuzzy, na
qual são atribuídos pesos entre 0 e 1 de acordo com a importância do tema analisado e
com o auxílio das ferramentas do Sistema de Informações Geográficas (SIG). Esta
metodologia foi aplicada às mineralizações auríferas da região do Gurupi, folha Centro
Novo do Maranhão, localizada na divisa entre os Estados do Maranhão e do Pará. Dois
domínios geotectônicos principais são representados nessa área: o Cráton São Luís e o
Cinturão Gurupi. O Cráton São Luís possui idade paleoproterozoica, sendo dominado
por sequências metavulcano-sedimentares e rochas calcioalcalinas juvenis formadas em
arcos de ilha intra-oceânicos. Já o Cinturão Gurupi é um cinturão metamórfico
polifásico, predominantemente neoproterozoico, composto de sequências
metassedimentares metavulcano-sedimentares, gnaisses, algumas gerações de
granitoides e rochas alcalinas. O limite entre estes dois domínios é marcado pela zona
de cisalhamento Tentugal, ao longo da qual se concentra a maior parte das ocorrências
auríferas da região. Estes depósitos podem ser classificados como “lode gold” ou tipo
orogênico e a entrada dos fluidos mineralizantes é tardia em relação à granitogênese,
metamorfismo e deformação.
Palavras-chave: Modelagem geológica; Lógica Fuzzy; Cinturão Gurupi.
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E LITOGEOQUÍMICA DAS
FORMAÇÕES FERRÍFERAS DO GREENSTONE BELT IBITIRA-
UBIRAÇABA, REGIÃO DE BRUMADO, BAHIA
VINICIUS BENEVIDES SCHIRMER
ORIENTADOR: PROF. DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)
RESUMO
Nesse trabalho são apresentados os resultados de estudos geológicos, petrográficos e
litogeoquimicos realizadas ns formações ferríferas da faixa Ibitira-Ubiraçaba, unidade
geotectônica do tipo “greenstone belt” de idade Neoarqueana/Paleoproterozoica. As
formações ferríferas estudadas apresentaram características da fácies óxido no alvo I,
com mineralogia predominante formada por magnetita e quartzo com pequena
contribuição da fácies silicato marcado pela presença de grunerita em pequena
quantidade; e características da fácies carbonato no alvo II, com predominância de
magnetita e Fe-carbonatos, apresentando quartzo e grunerita subordinadamente. Os
resultados das análises litogeoquimicas, sugerem um ambiente platarformal,
caracterizando as formações ferríferas como do tipo Lago Superior, praticamente sem
contribuição hidrotermal, conforme os padrões obtidos para elementos terras raras.
Palavras-chave: Formações Ferríferas, Greenstone Belt Ibitira-Ubiraçaba,
Litogeoquímica.
DISTRIBUÇÃO DOS TEMAS DAS MONOGRAFIAS POR ÁREA DE
ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO GEÓLOGO
PERÍODO 2005 A 2012.1
Geologia Ambiental.....................................16%
Recursos Minerais.......................................47%
Geologia do Petróleo....................................27%
Recursos Hídricos........................................10%