Download - 2 Principaes Linguas Da India - Perry
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riafrenrierge, V
PRI MEIR A PARTE
@@@3@l3&
SOBRE A DISTRIBUIQKO GEOGRAPHIOA
nas Plivcrnans Lineu/is DA INDIA
POR SIR ERSKINE PERRY,
EX-CHIEF-JUSTICE DE BOMBAIM.
4eme-
_ INDIA segundo a conta menos exaggerada (a),
g contmpouco mais ou menos 151 milhes de ha-
_ bitantes, os quaes pelos geographos naturaes so
distribuidos por 5'7, ou como outros escrevem, por 84 Pro-A
vincias, cada qual com sua lingua particular. (b) A
Posto que esta enumera1;'0- das differentes linguas seja,
como/10g0' veremos, excessivamente subida, no ha Ialii
duvida que he mui grande a diversidade dellas; e a dif-
culdade, que dahi provm livre eornmunicao, e .
diffuso dasideas derivadas de uma auetoridade central,
' he assaz obvia, para carecer de ser demonstrada.
) Impressa pela Il) vez no Journal' of' Ille Bombay Branch of'
the Royal Asiatic Soviet;/, em Janeiro de 1853 ,1 e reimpressa .no
livrinho do mesmo auctor intitulado :A Bird's-eye view,q/India:
publicado em Londres em 1855;. e agora vertida em portuguez
pelo editor desta Grammatica. ` "
A Para esclarecimento do leitor, que e precisar, pomos em Ap-I
penso depois desta Memoria um Summario geographico da India.
. _ Nota de Traductor.
(a) Elphnstone, India, vol. l pag. .
(b) Vid. Colebrooke, nas As. Bes. vol . -XXIIL pag. 220; porm
estes numeros so mythicos. ' I
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No estado presente de nossos conhecimentos, nenhuma.
descripo dos lirnites das principaes linguas da India po-
de passar alm de uma approximao verdade; nem he
de presumir que ainda daqui a muito tempo se possa
construir um exacto mappa das mesmas linguas. Porque
em [primeiro logar os limites de duas linguas visinhas
muitas vezes caem em tractos de territorio incultos, inex.
plorados, e despovoados, o que obsta a traar-se uma exa-
cta linha de demarcao; e em segundo logar tem havido
to frequentes vicissitudes entre as raas hinds domi-
nantes, cada uma das quaes vai extendendo por seu tur-
no a sua lingua pelo territorio dos visinhos , que isso tem
creado em muitas partes uma complicada mescla de lin-
guas, que requeriam para serem destrinadas mais mi-
nuciosa averiguao, e mais especial estudo das loca-
lidades, do que um Europeo est habilitado a emprehen-
den-Assim, no paiz chamado na nomenclatura hind
Kamtaka Dsa, ou alto plat sobre os Gates occidentaes
c orientaes da Peninsula, a que os Inglezes chamam,
com no muita exactido, o Deccan (a), Territorio Ma-
ratha do Sul, e Mysore , as dynastias Camar, e Maratha
Se succederam alternadamente entre si, e ambas foram
destruidas por foras invasoras, procedentes da costa de
Coromandel no sul; de sorte que as linguas Canar, Ma-
Iatha, e Tamil tem penetrado comprofundo vestigio na
regio das linguas de seus visinhos. Por isso viajando eu
em Janeiro ultimo pelo Satar, achei a lingua Canar fal-
lada muito lao norte dos limites, que lhe so assignados
pelas melhores auctoridades, chegando at proximo de
.Pandarpun Por outra parte a lingua Maratha extende-se
muito para 0 sul de Pandarpur, e encontram-se aldeas
Canars e Marathas alternando entre si nestes districtos,
exactamente como Johannes 'von Mller descreve certas
-aldeas na Suissa, onde de um lado da rua se falla o
francez, e de outro o allemo.
() Os antigos geographos Hindus deram o nome de Dales/rina, ou
Sul, a toda a India ao sul do Narbadda.: os Mahoxnletanos limitam
este nome ao paiz ao sul do Krishna; em quanto os Inglezes o ap-
plicam em sentido diverso de um e outro, e parece que o limitam
ao plat situado entre Kandsh e o Krishna.
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Comtudo nfo obstante as numerosas linguas , que pelos
Bramanes so contadas na India, elles mesmos conhe
ceram desde os mais remotos que dellas se podia
fazer uma classicao simples; e determinaram uma di-
viso binaria, dependente principalmente de considera-
es geographicas, na qual diviso cinco linguas do norte
formam uma classe, e cinco linguas do sul outra, sob as
denominaes, que nos so familiares na India, de Panch
Gam' e ]; Dravid.
Segundo a enumerao dos panditas Bramanes, que Co-
lebrooke cita (), a seguinte he a distribuio usualmente
acceita; apenas he necessario advertir, que em quanto
o nome de Gam', ou Bengala, se extende a todo onorte
da India, ou Indosto; o nome de , que propria-
>niente signicaa parte da costa. de Coromandel entre 0 12.
e 13. paralello de latitude norte, se applica a toda a Pe-
ninsnlaz
! (cinco) Gams: Panch (cinco) Dracds:
1. Sarasvati (extincta). 1. Tamil, ou Tamul.
2. Kanoji. 2. Marathi ou Maratha.
3. Gaul', ou Bengali. . Carntica, ou Karntaca.
4. Maithila, ou Tirhuti. 4. Telinga, ou Telugu.
5. Orissa, ou Urya. . Gujarati, ou Guzerate.
Mr. Elphinstone fb) d uma diviso um pouco diversa,
assignando 0 Guzerate ao grupo do norte, e o Urya ao
grupo do sul; e os Bramanes , Canar, do uma
terceira lista das Dravids, eiccluindo, (cousa assaz estra-
nhal), o territorio da, costa de Malabar, onde elles pro-
prios so domiciliados _ '
Porm desnecessario he examinar mais estas divises
brahamanicas, porque so fundadas em principio scienti-
fico, ministram pouco exactas informaes; posto que,
por accidental coincidencia, a diviso binaria ou mechanica,
que a. geographia, ou talvez uma noo caprichosa de
symmetria,:parece ter suggerido, heamesma que os afhan-
tados conhecimentos de philologia no dia de hoje nos levam
Y(a) Vid. Colebrooke, As. Rcs. vol. XXIII. p. 219.
() India, vol. I. p. 278.
() F. Buchanans Mysorc, vol. lll. p. 90.
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a adoptar.-'-Seri'a com tudo injusto no accrescentar' que
a Ilarigfuezt
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ravel gro de cultura. lInduloitavelrnente a evidencia desta.
vasta diffuso da lingua, que eu (para evitaritheorias)
chamo Tamiloide, he 'mui forte, e cada dia se refora.
Assim 'MIL Reeve nos indica no Prefacio do seu Diccio-
nario Carrara, que a afnidacle entre o Telugu e Karna-
'taca he to grande, que frequentemente basta ,trocar uma
inicial, ou uma inexo, para fazer a correspondencia com-
pleta. ,, Porm Ellis, como j vimos, mostra que ambas
estas linguas Iso lcognattats com o Tamil. Ainda mais, os
habitantes da Costa Ade Coromandel, que fallam Tamil,
fazem-se' entender nos distrietos 'da costa opposta da Pe-
ninsula, aonde o Malayalam he a lingua vernacula Assim a lingua 'de Tulava' (na costa do Canar) tem gran-
de semelhana com a de Malayal (b), ainda que, segun-
do collro dos naturaes da costa do Malabar, que fallam
Tulu, e que 'tenho encontrado em Bombaim, lno po-
dem entender seus visinhos Malayalam. Pormnio he
somente nas ferteis terras baixas junto ao mar dc um e
outro lado daPeninsula, e nos plaines facilmente transi-
taveis do plat, que as linguas da farnilia Tarnil se en-
contram. Apreciosa colleco de manuscriptos accumu-
lada pelo 'Coronel Mackenzie, e as inscripes colligitlas
com grandes despezas e trabalho por Mr. Walter Elliot (d)
nos do a evidencia de que estas vastas provincias foram
dominadas por dynastiasTamil e Canard em epoclras llis-
toricas, e daqui se explica a diuso destas linguas. He
somente quando ns penetramos nas mais remotas ein-
cultas localidades da India, no Nil Gir-is, aque Ritter
() F. Buchanan's Mysore, vol. Il. pag. 346.
(b) Ibid. vol. lll. pau. 90. . I
(C) Centenares destes homens (que a si proprios se chamam
flous mil) se encontram em Bombaim como ltamles, e portarlo-res
de palanquim; porem a casta de portadores de palanquixu mais
commum emBombim, chamados Cumdttes, e os de cima.
dos Gates no Deccan, que tambem conduzem palanquins', so
de Tellnghana. Os Camutles de Bombaim esto alli estabelecidos
desde remoto tempo , porem conservam lsus linguagem Telugu, e
Segundo o ultimo recenseamento parece que o bairro da cidade,
que elles occupam, contm mais de onze mil almas.
(d) Vid. o artigo sobre as Inscripes Hiuds, -/em. Roy. Ar.
Soc. vol. . paOnS.
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X'chama ilha 'de linguas, e aonde se diz que cinco diver;
sas linguas so vernaculas; nos desertos de Gondwana;
nas montanhas da India central, e do Sinde, que atten-
tos evidencia dos vestigios, que alli se descobrem de
uma linguaiuTarniloide, nos convencemos dc sua vasta.
e antiga diffuso. O Capito Harkness, que foi o primeiro
erudito, que examinou de perto a linguagem fallada pela
notavel raa dos Todas no Nil Giris, declara ser estreita-
mente alliada do Tamil (a); as subsequentes investi.
gaes dos Missionarios Allemas conrmam esta conclu-
so. (b) Os habitantes das montanhas de Corga, que em
seu porte independente, boa presena, e em todos os si.
gnaes exteriores de bem-estar so amais na raa, que
eu tenho visto na India, fallam uma lingua chamada Ko.
(, que Mr. Ellis nos informa ser dialecto do Tulu (c).
Na crista daquella elevada e romantica serrana, que se
extende de Cochim ao Cabo Comorim, e que alcana at
oito ou nove mil ps 'acima do mar, Francis Buchanan
acha que as tribus rudes fallam um dialecto , que somente
differe do Tamil no accento (d). Demais disso, Mr. El-
lis nos indica que a lingua dos montanhezes de Rajma-
hal, que divide Bengala de Bahar, abunda em termos
communs ao Tamil e T.elinga; e-Mr. Hodgson, que tem
applicado particular atteno a este assumpto, depois de
comparar os vocabularies de sete linguas, ora falladas
pelas tribus rudes na India central, affirme. que todaseellas
pertencem ao Tamil (e); e os Brahui, sobre as montanhas
do Sinde, diz-Se terem uma linguagem mui semelhante
dos Todas. E na verdade as interessantes averiguaes,
a que nosso collega Dr.- Stevenson se est agora appli-
cando cerca da estructura'grammatical das linguas in-
\
(a) Dest-ripu deuma singular raa aborigene ge. pelo Capito
l-Iarkness. Londres. I832. "
gb) Vid. Memaria pelo Dr. Stevenson, no Bom/my Journal, vol.
l_ pag. l; e uma |0 Dr. Schmid, ibid. vol. lll. pag. 84.
(c) Grnnunulii-a Telugu de Campbell. Porm diz-me o Rev. Nir.
lllilgling :le Mangalor que ella he mais proxima do Tamil e Ma.
layalam, do que do Tulu.
(d) Jlysorc, vol. ll. p. 338. _
(c) Jh/noritl lida perante a Sociedade Asiatica de Calcutt, Dezem.
bro _de 1848.
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dianas, no tornam impossivel que se venha a descobrir
que uma lingua Tamiloide constituira a original raiz de
todas as linguas da India., posto que haja sido offuscada,
e em alguns casos, semelhana do Celtico pelo Anglo-
Saxonio, completamente apagada pela preponderancia do
elemento Ariano importado do norte. .
Seja porm como for, no estado actual de nossos co.
nhecimentos, j podemos asseverar que uma familia de
linguas estreitamente alliadas se extende sobre toda a In-
dia do sul, subindo s mais altas serras da India central,
e s montanhas occidentaes, e talvez tambem attingindo
at s vertentes meridionaes dos Himalayas. Segundo Rask,
que com grande prociencia das linguas, examinou a de
Ceylo na propria localidade, 0 Chingal tambem, contra
a opinio recebida, pertence a esta familia (a), e Lassen
assevera que as linguas das Laccadivas, e das Maldivas,
entram na mesma cathegoria
Caminhando para 0 norte vamos encontrando linguas
de familia differente, da qual o Maratha, ou seu dialecto
o Konkani, he o representante mais meridional; e segun.
do as provas, que Lassen com grande industria colligio,
parece que uma raa originaria da Asia central, entran-
do na India pelo noroeste (c), se derramou, e com ella a
sua lingua, religio, e distincces brahamanicas, pelas
planicies da India numa epocha anterior ao principio da
verdadeira historia. Ainda hoje se descobrem vestigios,
que recordam o modo, porque, em uma epocha compara-
tivamente mais recente, a raa sacerdotal se insinuou do
norte no sul da India. Em um manuscripto da lingua
Malayalam, escripto em folha de palmeira (la), e que
(a) Prefacio . Grammatica Chingolo' (Singalesisk Skriftlaere)
Colombo , I821; citado por Lassen, no Estudo das antiguidades
Indianas (Indische Alterthumskunde), I. pag. l99.
lb) O Missionario Weigle attribue a lingua destas Ilhas familia
Malaya, porm claramente sem raa-Jornal du Sociedade orienta- I
lista de Alemanha (Zeitschrift der Deutschen M orgenlandischen Gesel-
lschaft ), 1848, pag. 258. _
(c) Estudo (las antigidades Indianas (Indische Alterthumsklin-
de), I. pag. 400, e seg.O Dr. Weber comtudo,l sustenta que os_
Arianos entraram na India pelo n0rte.\-Vid. Estudos Indianos (In-
dische Studien), pag. 165. Leipsic, 1849.
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XII
forma: parte da colleco do Coronel Mackenzie, est.
uma relao da introduced-o dos Brarnanes do norte, que
parece conter alguns vislum-bres de- verdadeira historia.
Depois de descrever a elevaco da terra sobre- a costa de
Malabar pelo poder de Parasu Rama ( tradio, que pela
sua repetio debaixoV desta ou' daquella forma ao longo-
de toda a costa, e pela evidencia geologica., poder pro
vavelrne-n-te envolver um facto physico verdadeiro, a ele-
vao geral da costa) diz ,, fez afastar o oceano, e Kerla
foi creado. ,T Rama pois ,, trouxe os Bramanes de muitos
pontos, e os eolloeori no Kerlam, porm elles no
Iperm:rrleeeiuiiri alli.. Depois tendo considerado, trouxe os
Branra-nes Arya de Umm Bhufmi' (terra do norte), e os=
cstabeleceo ahi. Os Bramanes Arya continuaram a residir
com permanencia em Malayalam.. Sendo isto. ouvido pelos
que tiri-iram vindo primeiro, tornaram novamente para aquel-l
le sitio, e foram alli chamados Pattan Talawar; mas tendo-
originalmente vindo. de differentes localidades, e_ de diffe-4
rentes tribus, os Pattan Talawar [ainda usam diferentes-
lingiragens.. Depois vieram para. alli muitos Tamuler, eV
entre os Brarnanes Tamuler, que vieram de novo, e os.
Brama-ncs, que l estavam, se levantaram contendas-
qerca de- qruteirnarrl os .corpos dos mortos &e..&c. Porm
como elles se zeram Tamuler, e de' que parte esteja a.
verdade, e como o Brahma; Uatg/a,, que tinha. incorrido-
em 1enlpa,.foi separado delles, s Iswar osabe. ,, (a)X
Como geral concluso por tanto diremos que toda a In-
dia pode serA dividida entre duas classes de linguagens-
a linguagem. dos intrusos Arrianos, ou Sanskritoide, ao
norte; e a linguagem de uma raa civilisada ao sul da
India, representada pelo seu ramo mais cultivado, o Ta,-
mil.. Do mesmo modo queV inaior e mais civilisada par-
te da- Europa serdiviclicla entre duas distinctes fa--
milias de linguagens; -a Teutonica, e a Romanesea.
Segundo. esta diviso pois as prineipaes linguas da. Int
dia 'sero- ordenadas pelo modoseguinte :_
-_-_-- .- -_|-_
() Collecgio de Maiokenzie , vol. 1I. pag. 83.
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Familia Ariana, Sanskritoide, ou do Norte:
11., Hindi
a Hisdustani, ou Urdu. 2. Kashmiri,
b_ Brij Bslia. S. Bcngli.
c Rangri Bsha (la). a Tirhuti.
.d Panjabi.. 4. Gujarati.
e Multlli. a Kahi (b),
f Jtaki.- 5. Marathi.
g' Sindhi. 6. Konkani
h Marwdi. I'7. Urya.
Familia Turaniana, Tamiloide, ou do Sul:
1. Telugu, ou Telinga, 4. Malayalam.
2. Karnataka. 1.5.4 Tulu.
. Tamil.. 16, Gondwani 'II
Fallando geralmente* toda a India superior, inclusiva-
mente Panjab, desde a serrana do Himalaya at a Vin-
dhya, exceptuando s Bengala, pode-se dizer' dominada
por uma s lingua, _ oHindL E no lie s nos plainos do
Indosto que' ella se encontra. Na vertente' meridional dos
Himalayas, no Kumo, Gelli-Wal, Mr. 'Fril nos infor-
ma que a- lingua usada he 0 puro' Hindi (c); e em geral
ao longo da serrana sub-Himalayana at ao- rio Gogra,
o dialecto Hindi impuro, introduzido pelos Gorkhas das
planicies, parece tr ido extfirpando ars linguas vernaculas
Thibetanas dos montanhezes aborigenes (d). Ainda alm
dos lmites atraz mencionados parece que prevalece 0 ge-
nio desta mesma lingua, pois M-r. Masson acha que com
o Hindi se faria intelligivel' por todoo Kohistan (e). .
Quando se usa da palavra Hindi nov-se-'entenda que
ella denota uma lingua de caracteres xos, como 0 Fran-
cez, ou Latim; ou ainda como o Bengali-fe Maratha; o
termo he somente usado para' comprehender debaixo de
-..i'm-nau *____.-
__..,_....
(a) Collecio deI Mackenzie., vol. II pag. 88-.
(b) , ou lingua de teria- sido provavelmente melhor
classicada como dialecto Hindi.-
(c) [Matorins Ociaay sobre o Kumo, publicados por ordem do
Tenente-Governador (Lieutenant-Governor). Agra. I848-
(d) Mr. Hodgson, As. Res. vol. XVI. pag. 4I5.
(e) Massons Journey, Ir pag. lbid. vol.- IIa. pi\g.-27-7.
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FX1?
uma desiiao coimurn os'v'a'1'ios dale'c'los`-'de nia, lin-
gua, unica na sua essencia, mas que nio tem )
grande cultura em-alguma de suas formas. Segundo os
Panditas Bramanes de Benars, ha centena1es de diale-
ctos, aos quaes igualmente competeI aquelle nome Brj Bsha (ou Bhkha, como lse pronunciaY junto ao
Ganges), e 0 Panjbi so as Suas duas variedades mais
cultivadas (); porm 0 Panjbi passa ao Multni, o qual
um bom philologo tem mostrado ser uma forma corrupta
do Panjbi; ao mesmo tempo que Jtaki, mais ao sul,
he ainda _uma forma corrupta do Multn ; e 0 sindhi
e Hindi, na opino de um excellente erudito nestaZsma
tcrias, so meras variedades provinciaes ((1). Cdmtudo 0
Sndhi, segundo o Tenente Burton, que estudou cuida-
dosamenteY na propria localidade, he directamente deiva-
.do de Sanslirto, e he dialecto perfeitamente distincto. (e).
Quando os Marthas extenderam Suas conquistas ao In-
dosto, aoharam 0 Hindi prevalecendoY em toda a parte
desde os limites do deserto at s fronteiras do Bundel-
; - differente de sua propria lingua, cha-
.Inaram~lhe por desprezo, Rangi Bzsha, como quem diz,
llnguagem' defbarbaros, (barbarous jafrgon) (f). Sir John
.Malcolm extende 0 Rangri Bhkha para occidente at
.R0 Indo, e para oriente at fronteira do Bundelcund,
: aonde segundo Ritter (fg) comea alingua Bengali; porm
aqui ha.erro, porque no Bundelcund, bem como ein to-
do paiz desde as fronteras occidentaes de Bengala at
.ao Indo, prevalecem os dialectos Hindi ( Marwdi,
'0Ut1oS dialectos do Rjputna d`1z~sete1'em Ponca affl-
nldade entre s; pogrm he claro que elles so variedades do
Hindi, introduzidas pelas raas invasoras; e viajan-
do pelo Rjputna, torna-Se `palpaVel ao menos attento ob-
.._~._..._-_
_,_-_
(a) Relatoro of Bombay Board of Education, lS4S, pag. .
(b) Colebrooke nas As. Res. "". pag. 230. _
(c) Lieut. Burton, Bombay Journal, vol. III. p~..84.
(d) James Prinsep ,Beng. As. Jour. Maio, |837.
{e}-Burtons Sindh, raas que lxabtam, p. 69. Londres
(f) Malcolms ! India, vol. ll, pag. 191.
(g) Asien, vol, VI. pag. 708. A
{ia} Vid. Hamiltoxfs Hindoslaln, vol. I. p.2l8.
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servadgr quo, pequeno: elemento constituem na populao,
Qsdominantes Rajpitt. ' _ I
_ Hindi, segundo . Colebrooke, e os traductores da
Biblia em Serainpor, deve nove decimos de seus vocabu-
' los araizes sanskritas. Quando he fallado pelos Musul-.
mallas, e se tem__enr_iquecido de raizes Persas e Arabicas,
torna-se Urdu ou Hindustani, sob a qual forma, observa.
Garcin de Tassy, he empregado .por todos os _reformadq-_
res, on innovadores religiosos Hindus; mas esta observa-A
( 'parece mais applicavel ao Hindi propriamente dito,
do que ao Hindustani. Quando o Hindi he ,fallado pelos
Hindus, e toma do Sanslrrito riqueza ,ou elegancia, he en-
to que mais propriamente merece, e tem o nome de Hin-
di; mas este termo he usado to vagamente por toda a In-I
dia para denotar a linguagem vernacula do paiz, que no
he facil attribuir-llie uma mui exacta signicao.
O Bengali, por seus bem assignalados limites ge0gra-_
para o occidente, norte, e oriente, que coincidem com
os da provincia de Bengala; por ser a linguagem de trin-
ta milhes de almas pelo menos; e pela cultura que tem
recebido, bem merece o nome de linguagem distincta,
posto que suas relaes com o Sanskrito no sejam talvez
diversas das que notamos no chamado Hi_ndi.-Segundo
Colebrooke (a) poucas palavras ha no Bengali, que no
sejam derivadas do Sanskrito; e o mesmo escriptor obser-
A va .que o Tirhuti no extremo nord'este , tem grande ai-
nidade com o Bengali.
I ,No lie talvez fora de proposito observar que no presente
estado de nossos conhecimentos no estamos habilitados
para determinar se todas as linguas pertencentes classe
Ariana so desenvolvimentos de uma mesma lingua, de
que o Sanskrito seja o representante culto, e de Vque o
.ZlIag-adhi ou Pali, na era de Asoka e da introduco do
Buddhismo em Ceilo, era a forma fallada; ou se o Sans-
krito tem sido sobre-posto a alguma lingua aborigene,
como se tem demonstrado, posto que em muito menor pon-
to, acerca das lnguas Tamiloides do sul; e assim como o
Francez foi introduzido no AngIo-Saxonio. Certo he que
() As. Res. vol. XXIII. pag. 224..
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em todasas linguas Afianas se acha um consideravel, e
apparentemente primitivo elemento (no Gujarati est a'
vcriguado ser um tero de toda a lingua) que no tem
vestigios do Sanskrito.
Descendo para o sul achamos o Gujarati numa forma
sucientemente compacta e caracteristica *para constituir
uma lingua; e devendo esta unidade de caracter, sem
duvida, semelhante ao Bengali, Urya, Marathi, Canar,
e Tamil, a uma antiga e poderosa dynastia., que dominouI
o paiz onde a mesma lingua se falla, do que temos amplos
vestigios na historia.--Os dialectos e Sindhi so
completamente intelligiveis a. nossos interpretes Guzara-
t'es no Supremo Tribunal; porm o Kachi parece ser um
dialecto de transio entre o Sindhi e 0 Gujarati (); .
intilligibil-idade destas linguas he provavelmente .devida
commum relao de todas ellas com o Hindi; posto que
occasionalmente os habitantes destes paizes usem um pa-
tois, que he absolutamente irieomprefltensivel aos naturaes
do Guzerate. Isto comtudo no-he mais do que aquillo
que acontece entre os habitantes de dierentes provincias
de Europa, taes como 'Italia e Frana, onde a lingua he
realmente uma.
O Gujarati he limitado pelo Marwdi um pouco ao norte
de Deesa; pela parte do norte e oriente pelo Hindi ou
Rarigri B-shaI de Malcolmtb) no Rjpiitna e Malwa res-
pectivamente; e da parte do sul eiitrelaa-sefeom o Ma;
mihi nos valles do Narbadda e Tapti, terminando emq
Iftimp, no primeiro daquellesrios, e correndo at Nando-
sobre o ultimo. X
' O Marathi, como j atraz observamos, extends-se mais ao
sul flo que qualquer outro membro da, familia das linguas
do riorte; e tem uma ritrtavel particularidade, que hc, serI
H unica lingua (la costa occidental, qual a natural but-'
n-im dos Gattesuoccideritacs no tem opposto olstat-,ulo a
(liliimdlr-se de ambas os lados da montanha; o que sc de-
w attribuir a que os hilttraflias foram Originalmente ixniial
m (lO fllfltaulrezes, residentes na crista dos Gattes, se:
gundo se (liz em: B/iglzt, e cultivando os fcrteis valles,
_qy
_.
; Vid. Burton's Simlh. pag/UQ:
kb _\hlcuhns ! India, vol. ll. pag. l9l.
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ou Mwals , que correm para oriente; -e bem assim os sitiosl I
baixos do Konco, que lhes cavam a occidente. Sendo,
com tudo uma raa bellicosa, as montanhas isoladas, que
se appresentam favoraveis defeza na regio mais alta e
escabrosa, deviam incita-lios a descer os precipitados an-
.cos das serras Saihdri, ea occupar o Konco.-O ;
chamado Mahrshtra, quelle 0 primeiro mencionado no '
Mahwnso, obteve provavelmente .este'nome, e 4recebeo
uma linguagem distincte. por efeito da existencia de uma.
dynastia Maratha, em epocha no lembrada na historia
Porm em data comparativamente recente, segundo en-I
tendo, claramente resulta das inscripes trasladadas por
Walter Elliot que os , que tomaram Devagiri ou
Daulatabd, no anno de Christo 1294, quando os Mus-
sulmanos -invadiram o sul com mo armada, eram Mara-
thas e no Rjputs (a). Os limites do Maratha ao nor-
te sobre a costa acham-se nos montes Kolwan, ouI
paiz dos Koles, junto ao estabelecimento Portuguez de
Damo; e extende-se sobre os Gattes em _V direco de'
nord'este ao longo de serrana Slpura, parallella ao _Nar- l
badda (b). Junto a Naudobr. nos asperosfvalles do''f_[''ftptiA
intermedia com o Gujarati. A Deste seus limites no tem..
sido xados, porm falla-se no Brarke na parte aberta
dos territorios de Ngpur: e em toda asuagextremidade
oriental teca no paiz e lingua dos Gonds. Dos' territorios
de Ngpur 0 Maratha tende para sudbeste , tocando avan-
te junto a Bzjapur e Shmzkashwar (c),e daqui tende na di-"
reco de sudloeste para a costa do mar em Sirlashagltur;
ao longo de linha traadapelo Coronel Wilkse Mr. Walter'
Elliot como limite occidental da lingua Canari-De Da-'
mo no Konco do norte o Marathi corre pelacosta por baixo
e por cima dos Gattes at s vilsinllanas de Goa, onde en-
contra a lingua, .que Lassen, seguindo as auctoridades de*
Mackenzie e Ellis, chama 'Konkani (d); e a qual lingua'
I(al Vid. Elliot no _laurm Rog/alis. Solc. voLfIV. p. 28-30,'e-
Brigg: , sol. lll. ` ' ' ' o
l' .(b) Dr. Wilsomno Oriental Christian Spectator. 1848. w,
lo) Dr. Wilson, ut lvupra. " ' w. '
' (d) Estudo das antiguidades Indianas (indische Allesthulnshunde)
vol. l. pag. 360. ' ' 'i - f
--_.___
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c>1_re,'; Ellot- am jrmzo de Maugalor
(): ompndo pelo`s- Rriajantesfnamaes, e pelos lV{.ssion'a,ros-V
1llfn'es_'ef1"l\Irfll"sbinfformardo que os limites du
sl 'desf iial,`ctf`>" mxt0` '$"elacham em uma aldea:
rilhas ao 41'1'1tf db Up; ou-Oocapee (Udpo) junto a~um-,
d`p't,"ant' d"1l1}1,. ou lingua do Can:-ir .
Est =a' razo allegzrcla- he contra-
p'1o
-
r`h'" e'Hto , fquaanm eu e ,f *`_m5bvirai1guma Vparte da
I ` I
te pelos Shems, 'porem na_b'oec`:a,da commum_ popula-
dl' I ` 4 ~ |
"I1d'ra,`. IEstges, -taes-vocabulo so ponrncrados puramen-
9)
3!
o christ,-naturabde Goa,r-ndam corruptos. Assim os
, termos vulgares para significar aguz',"'vor,e,.e erw sin
Sanskrtos; pronuriciados -pelos Shenvie `soarrlr1f"(lac,
M/csh, trn; pronunciados pompe11sP christos natu-
, raes soam udk, wich, lan. -_''A'>t 'aq'i'~Mr. Muaphy. ()
assumpto comtudo requer mais attenta-Airlvestigao
philologica, do que at ago`ratem recebido; sou infor-
m'
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,XX
pletamente- d-istin-cta do Marathi, posto que com ella te;
nha anidade; que igualmente ha della grammatica.
composta em separado. Seus limites extendem-se de Goa
at abaixo dos Gattes, ,- alda acima mencionada, ao nor-
te de Upi (Udipo). .
Uma linha diagonal, que corra desta parte' da, costa do
' Canar do Norte em direco de nord'este para ,
marca os limites entre o Marathi, e a lingua Canar (a),
. e esta ultima se extende ao menos at sobre os Gattes..
Nas serranas de Beder diz-se encontrarem.-se todas as tres
linguas do , 011 plat, asaber, Telinga, Mara-
thi, e- Canar (b),
A lingua de Orissa llevo ultimo membro da famlia. riar
na ou- Hindi, que exige ser mencionado. A sde original
da tribu Or, ou Odra,I parece ter tido mui estreitos limites,
*isto he, ao longo da costa desde ovio Rkvsilafwliag- juntos.
Gnjam, para: a parte do norte ate' ao ri Banskanfs, junto-
a Soro', na latitude deI 21"." IO; porm no progresso da.
' migrao conquista sob a dynastia' Kesrz', e mais espe-l
cialmente sob- a de Ganga Vaasa', os limites do Orissa
Or-dsa se extenderam atlMidnaporc e Hooghly (Ugh-
ly) ao norte, eI at Rajahmrlndry sobre o Godavery ao sul.
O Orissa he limitado- pelo occidente por umas serras de
granito, de 300 at 2.0007 ps de altura., que se elevam '
ainda mais nas desertas pouco exploradas regies- de
A' Gondwana, mais' a: oeste. p destas nrontanhas-o Kon--
co, ou planicie entre ellas e 0 mar, he dividido em duas-
pores distinctas. Na primeira camadas de laterite de-
consideravelprofundidade correm emleves undulaes at
planicie, na qual nem uma pedrinha,I de -tamanho de um
.pequeno seixo da praia ,.' se encontra entre a terminao
da laterite e o oceano. Este districto: he alm dissollimita-
do por uma zona pa-ntanosa e coberta: dearvoredo ao lon-
go d'a costa, variando em largura de cinco a vinte milhas,
e semelhante' ao 'Delta (Sunderbuns ) d'o Ganges enr-suas-
innumeraveis e tortuosaslcorrentes, paf1es,'tigrcs,.e jaca-
rso Na outra poro leste Konco, formado de' terms-
() CgronelMackenaje nas As. Res'. vol. VII. . Elloit, novo--
um.. of' Royal Sc. vol; ". . 30. j
~ ' (.b)'C0r0nelW1Ik5 .Historical Resean-hes in- Mysore
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cmprativamente -fertei"s,- no* districto- centraljchamado
llfogalhandi, he onde a civilisao e grandeza de raztU
rya se tem desenvolvido. v _- , .
A lingua, segundo Stirling, he um dialecto (Bsha)
sorivelmente puro do Bengali (a). Na direco de Bengala'
segue a costa at s divises' de Hijelee e Tumlook sobre o;
Hooghly (Ugoly).Do lado occidental do dstrictode Midna '
pore infermedeia com o Bengali', junto do rio Subcmrelclta.
Para occidente as linguas Gond Urya .se confundem entre'
si; e' 0 Raja de Sonnapur infor-moua lVILfSti-rling que metade
do seu povo falla uma destas linguas, e metade aoutra. (b
' Junto a Gawjam, na costa, he onde se encontram os
primeirosvestigios do Te1inga.- Comtudo o Urya ainda pre-
7valece Cincoenta' e cinco milhas ao Stil de' Garjam' nas ter-
ras baixas borda domar, alm des quaes o-Telinga comea
a predominar. Em Cicaeole he este 0- dialecto predominan-
te; e em' Vizagapatarn o- Telingaa s se falla no- raso, e
oUrya; sobre as montanhas corre rrruitro*printerA 0 sul:~ (o). _
' Acerca da lingua Goudi, o Professor Lassen, escreveu
do em 1843, dizque nada absolutamente- sabe della (d )
O Capito Blunt,I cujo interessante relatorio da jornada
que fez em' 1'795' de Benars a Rajahmundry nos d quasi
todas 'as' informaes, que possuimos sobre muitosv pontos
do interior, observa que esta lingua he totalmente diversa
detodas as 'suas visinhasf Telinga', Marathi, Urya (e );
porm', como reecte Ritter', aquella observao he de um'
mero viajante, e no de um philologo. Comtudo depois
'do que escreveo Lassen, a confrontao do vocabulario dos
Gondes com as linguas" do* sul parece deixar pouca duvi-
da a' odermos com se uran aclassi-car o-Gondi entre os
P
membros de familia Tamiloide., (f
_--
- (a)ReIaton'o-sabre Orissa. As. : XV.
(b) .
-. (c) Stirling; As. Res-. vol. XV. p 206; _
I (d) Estudadas antiguidades indianasfndiscbe Altertliumskunde)
vol .1. p. 375.
(e) Narrao (le uma viagem d'a' Chunargur a Yertnagoodum, g;
A's. Res. vol. Vll. ; 57. ' (f) Vid. .Memm-in de Mr'. Walter Elliot, no Journ. g', As, 80.-. qf
Bengal, Nov. 18-47.Dita,por Mr. Hodgson sobre as sete lingual
das Tribusfda India central. lbid. Dez. 1848. A
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E como ainda agora as montanhas e charnecas de Gon-
dwana compreliendem um to largo tracto de territorio
inexplorado, que formam um verdadeiro oasis em nossos
mappas; e como as linguas Bengali, Marathi, Urya, e
Telinga, todas vo terminar naquelle paiz desconhecido,
he impossivel traar suas respectivas linhas de demarca-
o exactamente.
Concluindoo que temosadizer sobre as linguas do nor-
te, observaremos que sua distribuio, e acquisico de
seusq caracteres distinctivos parece ser devida aduas cau-
sas; primeira feiogeologica do paiz, sobre que se ex-
tendem; segunda ao accidente de dynastias independentes
e poderosas, que tem estabelecido 0 seu dominio em cer-
tas localidades. Assim, se a raa Ariana entrou na India
pelo nor-oeste ou norte, e se estabeleceo, como todas as
tradies indicam, no Panjab, e na direco do valle do
Ganges; as vastas planicies do Indosto, sobre as quaes
se pode derramar um enxame de homens na estao secca
distancia de mil milhas em todas as direces, sem ca-
recer de abrir estradas, no apresentaria obstaculo a (illnes-I
quer raas civilisadas, taes como as que encontrou Alexan-
dre, e descreve Megasthenes, diliundirem por toda a parte
sua civilisaco, e sua linguagem. O invasor Ariano, ou
fosse conquistador, ou aventureiro, descendo para o sul,
acharia particularidades phyxsicas no , que o attra-
hiriam a permanecer ahi, ou diflicultariam a tornada para
traz. Desta maneira os que transpozessem as estereis al-
turas, que separam Bahar de Bengala, dar-se-hiam to
bem com a riqueza alluvial dos bem regados campos, que
se lhes apresentavam, que no cogitaram de voltar para
traz; e uma favoravel combinao de circunstancias erigiria
logo o Garzrern reino, e o Bengali em lingua nacionalf-s
mesmo complexo de circunstancias obrando sobre a-
quelles, que occuparam as ferteis terras do Guzerate,
depois de deixarem o ,triste Marwar, e sacudirem o p de
Iseu deserto occidental, os indusiria logo a converter suas
tendasfem casas; e a antiga existencia de seu reino em
Guzerate plenamente explica o aperfeioamento e distri-
'buico desua lingua. Por outra parte aquelles que subiram
ao plat de Bundelcund, ou penetraram nos logares fortes
.le Rjputna, deviam car -sufcientemente satisfeitos
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cbm afacil dominao, que obtiiiham sobre os rudes in-
digenas., Bhs Menas, para no entacin tomar posse
das mais ferteis Campinas do paix inerioi'. Porm como
taes localidades no offereciam enscjo para extenso impe-
rio; a linguagem Hindi, que conisigo haviam trazido,
nunca chegou a Iser uma lingua distincta; somente fi-
cou em forma de patois, diffeiindo do Hindi das planicies.
) pudo ainda chegar a determinar ao certo se os
de Ryjl-wina e os da Serrana Satpum; os Kelis (a) dos
Gottes occidentaes, outras tribus das monanhas na Pre-
sidencia de Bombam, tem conservado alguns vestigios
de uma lingua aborigcnc; comtudo 0 facto he ousadamen-
te aflirmado por Sir John Malcolm, posto que seja,`
mprovavel que soffra correco.
Os Marathas, semclhana. dos Gugires, poderam p1o
vavelrnente, como j mencionei, chegar a estabelecer um
extenso imperio em epocha mui remota; ainda que disso
no tenhamos authenticas relaes, como temos da dy
nastia estabelecida em Anlialwar Paton, no Guzerate;
_lporm no he improvavel que a cidade de Tgam, men-
cionada em Periplo, fosse uma capital Ma1atha Ora,
como estas dnas dynastas tiveram seu ponto de contacto
no Golfo de Cambaya, he instructivo observar ponto,
onde as linguas Gujarati Marathi se dividem. Lanan-
do os olhos para o mappa, he dificil compreliender por-
que 0 Guzerate torncou a poma. do Golfo dc Cambaya.,
ou em todo caso, o porque desceo pela costa, atra-
vessou os riosV Narbadda Tapti. Porm visitando o paiz,
as feices physicas do terreno, e os caracteres das dnas
explicam logo phenomeno. Os Gugres so excel?-
lentes cultivadores (b), 0 paiz, que elles habitam, he
-____-
() Os Ramuss dos Galles de Bombaim emigraram de Telnga
na cm um periodo recente; e ainda que ellesV tem adoptado a lin'
gua Marathi, conservam alguna termos de seu original Telinga
com applicao aos crimes Snc., Vid. Lapito Mackintosh , Relao
dus ! Bombaim 1833.
) Esta raa no be conhecida por este nome no Guzerate;
mas os individuos bem conlxenidos como os melliorcs cultiva-
dores nas Provincias de Nonoeste, Vid. a ester~speitoa obra de
Sir Henry El|iot=Glossary qflndau Terms=mu inslructi-va acerca
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um puro plano de vilodo "a`lluv'1al, ern muitas partes de
quarenta ps de profundidade, e ainda que formado de
Ygranitos da Serrania~A-ravalli, dequartzo dos ~monfres'-de
Merwar, de saibro e do plat de Malwag a,t0 pe~
quenas parcellas se acham Ieduzidas estas rochas em toda.
a alluvio pelo successivo transporte, que sel`reramdesde
as . montanhas, quie, semelhana do Aeine acontece no
.Mogalhandi .de Orissa, no se encontra um seixinho
ern todo 0 paiz. Por lado os Marathas so esseneal
monte montanhezes, pastores , fre- soldados; mas no culti-
vadores. Pertanto assm .comp o solo negro do (ruzerate
desee pelacosta at 1Dam0~n'as'raizes dos montes Xolwam,
aonde os Koles ainda tem sua corte' rust-ica, >assim os
Gugires naturalmente seguem 0 Ierlrso do terreno, que elles
sabem tlobem-crrltivar, em quanto os Marathas no lar-
gam as montanlias, que mais se-conformarn eem sua indole.I
V- Agora se. nos aproximamos `-das Ilingaas Tamiloides do
I sul, acharemos que semelliantes causas geelogicas, ef'in
luencias-dynastoas regularamsua eisfrribuo. ' '
Tomanrlo 0 ponto na c0sta'domar, onde deixmos asY
Iaas, q\1e~falta'm Uryafpextendendose para sul, a Vlim-
gua Telinga comea nas serranias- de .Ganja,m, ainda que
0 Urya pareceI ex-tender-se `para@ sul.` Em Vizagapatarn,
que est 12C)milhas*1nais paravo sul, assevera Mr. :Stirling
que se .falla,exclu;s_ivarneni 0 Teinga.' Ariigamete es -li
.desta'f;ling.uaa0'longo da costa pare-ce terem-Se -
Ytendido .mais-para `0 norte?, eno sul chegarcIn- visinhan#
a do llago Paliacate jun~t a lV.[adrastJ.."l\Iesta costa exis'-
Jtiram ahtigamente -dnas nronareliias T-elingas, a Amlhra
I e a Kalz'fr.ga~.~('a) ambas de r-aals empreirencledoras,
povo n.avegante_, posto que piedosos-Hnds. conquista-
.dor Hin
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XXV
, que, depoiside viver nos rnattos de Lada (), casou
corn um leo (Singh), e foi ultimamente av de Vzjaya.
-A dynastia Kalinga `parece ter subsequentemente ganha
do grandes dominios no plat de cima dos Gattes; ena.
epocha da Aconquista'Mahome1;a'na, Warangol, setenta mi-
has ao nordeste de Hydrabad, era considerada como ca.-
pital do , ; que os Musulmanos chamam Telingana.
.Grande parte dos dorninios do Nzan, 'os districtos de -Cud-
dapah e Bellary, `e a linha daeosta, que atraz deserevi,
zso oceupados por povo, que falla Telugu Para a par-
inferior do curso do Godavery., 0 Capito Blunt acha.
que he este rio a Iinha-'de dernarcao entre as linguas
Goud Telinga . _
A lingua Tamil, segundo Hamilton (), falla-se prin-
palmente no tracto deterritorio, -que corre do sul de -
lingana at' ao Cabo Comorim, e da costa de Coromandel
ate Serrana das grandes montarhas, ineluindo grande
,parte do Bararnahal, Salern, e 0 territorio at Coimbatore.
Comtudo esta descripo 'he muito-vaga, e no ,se percebe
fse 0 autor Vfalla das nlomanhas _o1'entaes, .occiden-
aes. ~E*Segundo o- testimunho do Coronel Mackensie,_e
'M1'. Elliot, que so as duasrnelhores auetoridades soge
a lingua Canar, parece que esta estbern arra.-igadaem
Coimbatore. Tamil foi a linguagem das tres dynas>tiaf>I
Hinds, de que memorias ;" os Cllolas de Tanjr e
Cornbuconam, quefinlram assento nos rios Caverie
Coleroon, ou junto 4dellea, que derarn seu nome 'costa
de Coromandel, `ou'Cholornandel ( d); os Pandyans, Ielija.
capital lle hoje oeeupada pelos liabitarltesde llladur;
os Cherans, que ~dorninararn ern na costa do Mala.-
bat. SegundoIl Mr. Taylor fo-i cultivado na sua
maior pureza no amigoV reino Pandyarr, e na opinioY duif
q"uellernui 'cornpetente juiz oresultado de um prouesse,
;I`ro,__rfr1u'iI diverso (laquelle, que os antigos SaXonios"prar'i>
aram ,"(is,to he, copiosa infusio dc uma lingua estranllaj-
(a),_Harn_jlto1rs lvol. ll.,pag. l'.l.
`lb) . Res. rol., VH. pag.57. _ I I
() , / . \g'Ol. ll, pag, 238.
irl) Carnrelia Paolini diz Clzo]a,manda[u -com sgnicao de
paix central; maisuxnuitos' _eruditos_' interp.retarn=paz'z' dos'(,wlu.f.;_=
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'XXVI
Itornou a linguagem Tamil , semelhana do 'nosso ingle:
Itrernaoulo, uma das mais copiosas, apuradas, e polidas
Hnguas, que homens fallam (a).- O exame de um bom:
mappa explicar a. facil diffuso do Tamil pelo rico delta.
'do Cveri, e pelas terras baixas dofundo. da Peninsula at
-I-
(a) Prefacio ao Diccionario Tamil de Rattler. (") _
) No devemos levar a mal aos Inglezes que lulguem tio fa-
voravelmente a sua lingna.--Se Mr. Taylor reputa uma das mais.
copiosas, apuradas. e polidas, linguas, que homens. failam; 'se
0 Marquez de- Hastings. atrrna que ella sobrepuja a todas as outras.
em correco, e difciflmente ser excedido, ou iguaiada por al-.
na riqueza, fora da expresso; . ErskinePe:ry, o
auctor da Memoria , que irnos traduzindo , tem para si (' no Cap.
XLI do mesmo livrinho=A Bird's-eye view of Indie-) que he-ella x
mais apta para formar uma lingtmjranra na India. E o tio celebre
Em Inglaterra, Roberto. Owen, sectario socialista, que pretende'
transformar o mundo por um novo Systema social, a que chamou- Mil.
lenium,. acaba de convocar na sua Mii/enza! urn- grande- e uni-
versal congresso. dos espiritos progressistas /1;-fadvanced minds/erin
Londres, que devia corneqaremS. Martin's Hall ao meio dia de quin'-
'ta feira- 14 de Maio deste anno de tSI ;. e nesse congresso promette
'wo apostolo millenaria demostrar que, se o mundo. quizer seguiro-
J Systema , haveraurna. snaio, itms-povo, um: s governo, um
s codigo de- leis, uma s religio, e- uma so lingua, a qual ser. a
'Anglo-Saxonia., hoje tio. extensamente derramada sobre aterra.
(Vid. T/ze Bombay Gazette, de 30 de lilfaro 1851.),
Dando. pois a competente desculpa s prevebes de nacionali-
dade , accrescentaremos ns, (talvez caindo. no ntes-mo defeito, que
nos outros notamos) duas palavras sobre problema de achar uma
lmguu_/'1-uncana. India. Parece-nos que este problema est> resol-I
'vido ou pelo menos, proximo de sua resoluo desde muito tern-
po; e que linguafrancu adoptada he-a Portugueza-r Esta
falla-se, e he vulgar desde o Guzerate- atkaot Calm Comorim. Nio
-he desconhecida na Costa de Coromandel at Bengala. Ele-com-
mum, com maior ou rnenor pure-za, em Ceilo, no. Archipelago. Ma-
, ena China. Entende-se em Sio., e em. varios. grupos- dos
Archipeiagos Oceanicos, Sie. &c.-Nio duvidamos de que, como
diz Sir. Erskine Perry, (loc. .) seja. o Inglez a lingua, em que no
dia de hoje um natural bem educado, chegando. da India Superior,
de Bengala, ou- de llfladrasta, se- faa etttendertfoutro; natural' bed:
educado. em Bombaim; que- seja o. ingle-z a. unic-a lingua, que-o mes.
ino natural bem eduardo use para escrever de Bomhaiura seus amigos
Bengali de (Jalcuttrit,A ou Tamil de Mftdrasta r mas he ao rnesmotem-
po certo que em todas as classes. da populao nio s6_d0 Continente
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II' f'
onde comeam os- estupendos Gattes occidentaes, que vo
terminar no Cabo Camorim; e ainda sobre 0 seu mais alto
cume na serrana Am-llfalaya; e a gradual elevao dos
Gattes orientaes desde a costa de Coromandel explica fa-
cilmente como os conquistadores, que fallassem Tamil,
subiram daquella costa ao plat, onde, semelhana de
seus visinhos septemttionaes de Kalinga, implantaram
permanentemente sua raa e sua lingua. Os Tarnuliarlos.
so de raca vigorosa e ernprehendedora, e segundo ao pre-
sente se v, a lingua Tamil parece tender a extirpar a.
Malayalam. Estas duas linguas entrelaam-se sem se con-
fundir nas terras baixas da grande abertura dos Gattes oc-
cidentaes; e acha-se outrosim 0 Tamil ao occidente do Ca-
bo Comorim sobre a costa, como por exemplo em Travan-
cor, antiga capital dos Rajs.
Os limites da lingua Canar so os mais distinctes de-
baixo das relaes geologicas, do que os de qualquer outra
lingua atraz mencionada. He essencialmente lingua do,-
plat6._ O antigo vocabulo hind Kamtaca comprehendia
todo o alto plat do sul 'da India sobre os Gattes orientaes
e occidentaes; porm, por uma estranha fatalidade, como
observa Hamilton (a), este paiz no s perdeo sua propria
designao , mas esta foi transferida ao Carnat, na costa
oriental, e ao Canar na occidental, sem que em nenhum
destes paizes seja strictamente vernaculaa lingua Canar.
Sernelhantemente as dynastias Carnticas, tanto quanto
se sabe pela historia, ou antes perlas insoripes, nunca
tiveram domnio abaixo dos Gattes. A descripo geral,
dada por Hamilton, dos limites da. lingua Carrara parece
ser assaz correcta. Os caracteres e linguagem vulgar Ca-
__---_-- --_=_-_-~
_un-h-
__..____....l
indiano, mas dos Archipelagos , e territorios acima. mencionados,
ainda _mesmo naquellas classes, que nio passam por mais illustra-
das, haver quem saiba. comprehendere exprimir o Portugues; e
sem duvida uma carta escripta em Portuguez ser entendida no,
lugar de seu destino em todas aquellas vastas regies.
' Ora o que nisto ha, he que os Inglezes so assaz fortes na India.
para obrigarem 'a gente principal a aprender Inglez, e dispensar-se
si proprios de aprenderem Portuguez: por isso nio admira que
elles no queiram reconhecer um facto, que alis he notorio, e pas
rente a todos. ` (Nota do Traduclvnj
- (c) Hindustan, vol. II. pag. 247
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XXVIII
narKarntaca`. 1o\ usadas pelos naturaes de'st`e's ;
dsde Coimbatore para norte at Balrky, junto de Bder
e >dentro do parallello dos Gottes orlentaes- at aos occil-fI
dentztes (a).. Mr. W. Elliot, que algurrs annos residio'
em Dl1a.1\var, ( esta dernarca-o ( occidente .
por uma linhadesde Sadashgrlla costado Mal-abar pass
sando ao occidente de Dl1a.1War, Belgo-,4 e Hrkairi,
Kagal Ku1'andWar, passandoI entre- Kelingo Ie 'Pa,nde.fA
go, Brahmapuri sobre , Sholapr; e daquif
para orierltewat vilsinhana d'e_ lider. De Sadashigor,
soguindo os l-im-ites meri-donaes de' Stmda, at ao
Gattes occdentaes, comprehende' todo o Mysore; at G0.;
mbatr e lnha dos Gottes orentaes, incluindogrande
parte dos inos Bella, e'an'datK Samu'.
(, capital deste ultimo, que nunon; foi tomada pelos Cha.'I
1t1lyas (isto he, dynastia Carmttca cle Kalyani). Comtudo j atrztz' rnostxe que lingua. Canar se exten,-
depara muito alm toslimites indicados por E1'._V
. Esta lingua era usada, entre os'home`ns de negocio~
em Bjapur sob dynastia Adil-`SiaL'y, que 'a ntrod-
zio com excluso do Persiano', que era lingua _da corte
(); he vernacula todaI a' extenso dos Coll'ecto'ra.ds`
de Belgo e Dha1wr, aindaqu'e," (Vcousa as`saz estrar1ha!)'
por occaso do;estabeleem'en1:0"d`as `eSchoYa 'pelo G`over
I~1o (; Bombarrr naquelle () em 1840", popnlao
Canar resistio obstinadamente' que foss" dada a seus'
f1lhosa nstruco na sua propria, lingua materna, pu-
Vgrxzvva, -pela Marathi (di): NoSul t`a'mbem`para a`parte.d}:
___-
_-___-_-.___-_-_-u
(al Ibid'. 'A _
'() Journ. Royal /Is. Sc. vol. 3, 4.
' () Bri`gg"s Ferislzla, vol. llf. V
(d) Este'sentirnent0 pode flzrse qtte era daquellls, que criavam~
seus flhos para os.` cargos publlcos,'porqne Marathi, debaixqdo.
Governo do Peshwa ea a lingua dos negocios publicos; porm esta;
foi substituida pelo Governo Britannico emY |836 pela Cxlarf. C_0m~
tldo aquella( mesmo senttnento era igualnente forte os homns
negocio Lmgayut, que"so mui mllmerososnsltas partes. :
isso o Superintendente das _Eshols , Assistente Professox Ba`l
S-/tr.str referia em 1845 de uma lscholajilnto algio que;=alguma`s
criangas Lngayat, queV no entontiem _uma _ pplavra de_Ma.rathi, aind. Y
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Coimbatore, tenho noticia que o Tamil se entrelaa intrin-f
cadamente com a lingua Canar, como acontece ao Mara-
thi ao norte, e ao Telinga ao nordleste. Acho em um re-'
latorio do Collector de Coimbatore ao Governo de Madras-
ta, que ha S46 escholas naquelle Collectorado, nas quaes
as crianas aprendem Tamil, Teloogoo, Hindivee (Canard),
e outras linguas naturaes (a).-
Pelo que toca s linguas lllalaylam e Tulu pouco te-h
:nho a dizer, e apenas que cada: uma dellas me parece'
estar caminhando gradualmente para sua carctinco,A Ellas
so liliguas essencialmente Kolcanis, se me he li-cito usar
deste termo (de que muito se carece em Geographia). para.
designar um paiz que jaz nas faldas de umavcadea de
montanhas, que correm parallellas ao mar intercepta-j
do entre esses dous li1nites,de que o Konco de Bombaim
he bom typo.-A lingua lllalaylam extende-se desde o Ca-
bo Comorim at ao rio-Chandagiri - oulmai-s rigorosamen-'
fe, talvez, at Niles11war(NiIeswma ), onde antigamente
reinou um., Raja Naire, conquistado depois por .Hyder
(Aidar-Ali-Kan); (b). Temos visto que um rude dialecto
Tamil se falla sobre os topes dos Gattes oceidentaes, desde a
sua grande abertura at ao Cabo Comorim; e esta lingua
parece ir ganhando terreno, e extirpando o Malaylarn, as-
sim parao norte, como para o sul.l O-Tamil pois avanan-
do do occidente por aquella singular quebradura das monT
tanhas, e no-encontrando obstaculos physicos, v-so ir
extendendoseu caminho para diante at ao occidente de
Palghat; e a propria= Palghat' he mais uma cidade Tamil
que MalayalamI Os Malayalis passam por ser, a raa,
que mais evita o contacto com os estrangeiros,I ainda sen-
do gente de" sua propria casta pemquanto que os 'lf-amu-l
lianos so os menos escrupulosos de todos os Hindus. Da.-
qui procede que os Malayalis se arredam das estradas
reales, das cidades e dos bazares com o mesmo fervor, com
que o Tamil concorre quelles logares; 0 acliar-se- aquel-I
---
leimam em no aprender outra cousa renie a ier e escrever .
1.
lingua=Muitos esclarecimentos sobre este objecto se achat-lo
Relator-ins do Conselho de Iristrucio / Board o/Eduralton j,-
() Madras-Almanac para . Appendix, pug, W ,
' (b) F. Buchanans'M_z/sore, vol, lll. p, l2.,_ . .
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XXX l
la raa isolada com suas familias em seispafmb eeri
dos de altos muros, ainda em sitios, onde as linhas e ceri-
tros de communicao esto inteiramenteI occupaelos pot
seus visinhos orientaes mais emprehntledores. (a)
A lingua 'Tulu falla-se em mui limitado districto, que
se extende desde os limites septetntrionaes do Malaylam
no rio Nileswara, lat. 12'o 10' N., at ao rio Bhahvrai
quatro -millras ao norte de Upi (), 135' 30'. He inter-
captada por muitas linguas, tanto ao norte, 'como ao sul,
e' parece estar em estado de progressiva decadencia. Para
com as classes inferiores em Mangaloi', 'e dentro dos limi-
tes deseriptos, os Missionarios Allemes acham-que he
esta a unica lingua, em yque se podem fazer intellegiveis;
ainda que pregam em Canar s elasses superiores, e j
vimos que ella sobe em forma de arco at ao tope das
montanhas de Gorga, 'que tem 6000 ps de altura. He tam-I
bem cousa averiguada que em muitas partes 'do Canar
he vernacula 'a lingua 'do mesmo nome (b) ; 'e 0 Rev. H.
Mgling, que, com seus collegas da Misso de Basilea.
(Basle Mission) tem applicado muita atteno a 'esta lin-
gua, me informa que ella pode ser consid-eradavernacula.
desde Cunderpore (Kundapura) at Honor (Honuveru),
onde o Konkani comea. Porm eu inclino-me a 'duvidar
se a lingua 'Canar he rigorosamente vernacula 'ein algu*
ma parte ao longo da 'costa, 'excepto entre 'os immigram
tes. He lingua materna, por exemplo, dos Bramanes Haia
ga, cuja principal sde he em Caliampl-(Kalinpura
aldea quatro milhas ao norte 'de Upi ; ainda 'que pela
casta elles pertenam aos Bramanes do Norte, ou Gum; e j _
no anno de 1803 F. Buchanan ach-ou quejtodos os natu
raes das classes superiores a fallavam, porisso que o paix
tinha estado sujeito por seculos a principes de 'cima dos
Gattes A lingua Canar he hoje tambem a lingua
'gem official do Governo Britannico na mesma Provincia;
e porisso maior impulso se d 'a sua diilso, e pode-se
prever que ella vir a ser a lingua 'vernaoula em tempo
no mui distante.
. . i
(a) Informao manuscripta dos Missionarios Allemies.
(b) Paolini, Viaggio alle Indie rorientai, pag. 462'.
(c) Mysore, VOL lll; pag; N34
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Lanando agora um olhar de despedida sobre a Costa
do Malabar, ou Costa dos Piratas, ou Costa da Pimenta,
como alternadamente tem sido charnada, paiz do Samorirn,
proezas de Vasco da Gama, dos esforos ainda mais
heroicos de S50 Francisco Xavier; paia aonde os mais
ricos dons da uatureza espontanear-nente brotam, e aonde
hsques prirnitivos, povoados de bravios elephantes,.e de
raas de homens, quasi to bravias, ainda. pbstruem a ter-
; paiz de formao physica singular, habitado por no
guapos singulares raas, Naires, Bunte, Mophals, ,
._I_ud_eos negros, Christos Nestoranos; todos os quaes sus-
citam muitos puntos de interesse ao Europeo: notaremos,
como eousa pertencente ao presente estudo , que desde o
Golfo de Cambaya at ao Cabo Comorim, na estreita. tir.
de terra entre as rnontanhas _e o mar, so vulgares as
guintes linguas'. Gujarati, Marthi, Hisdustani (entre os
Musulmanes Konkanis) , Konkani, Canar, Tulu, Malas
ylam, e Tamil. Tanta iniiuencia tem aspecto physico
do- paia sobre a. lnguagem?
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