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SEMINÁRIO DE TEOLOGIA EL SHAMAH

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CURSO DECAPELANIA CRISTÃ

MATRIZ CURRICULAR

1 - INTRODUÇÃO À CAPELANIA2 – ATRIBUIÇÕES DO CAPELÃO CIRSTÃO3 - CAPELANIA HOSPITALAR – PATE I4 - CAPELANIA HOSPITALAR - PARTE II5 – CAPELANIA PRISIONAL6 - CAPELANIA ESCOLAR7 - ATUANDO A CAPELANIA EM VARIAS ÁREAS COMO8 - CAPELANIA MILITAR9 - CAPELANIA EMPRESARIAL10 - CAPELANIA ASSISTENCIAL11 - CÓDIGO DE ÉTICA DO CAPELÃO CRISTÃO

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1 - INTRODUÇÃO À CAPELANIA

O QUE É CAPELANIA?

Trata-se de uma assistência religiosa prestada por pessoa formada e preparada para o ministério de assistência religiosa garantida por lei em entidades civis e militares de internação coletiva como dispositivo previsto na Constituição Brasileira de 1988 nos seguintes termos: “é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva”. Nos termos da lei Federal de nº 9.982/00 de 14 de Julho de 2000, artigo 5º, incisos VI e VII, e no âmbito do Distrito Federal, lei de nº 8.212 de 24 de Julho de 1998 e da lei 3.216 de 05 de Novembro de 2003.

Capelania é uma atividade cuja missão é colaborar na formação integral do ser humano, oferecendo oportunidades de conhecimento, reflexão, desenvolvimento e aplicação dos valores e princípios ético-cristãos e da revelação de Deus para o exercício saudável da cidadania. Por exemplo: A Capelania Hospitalar é a responsável, junto aos hospitais, pela transmissão dos cuidados pastorais às pessoas que estão passando por crises. Através da Capelania tem-se a oportunidade de ministrar o evangelho, como também, de descobrir os meios de auxiliar as pessoas que estão com problemas, a enfrentar séria e realisticamente as suas frustrações, medos e desapontamentos. É um trabalho de assistência social com enfoque espiritual.

“O ministério de Capelania Hospitalar Evangélico é a prática do amor por Cristo e pelo próximo, vestido em roupas de trabalho.” É levar esperança aos aflitos, quando esses relatam suas dores e medo aos ouvidos atentos de quem os experimentou na pele a dor e a perda. É o agente de consolado preparado por Deus, que se dispõe a levar o consolo a outros. Um trabalho humanitário de solidariedade, uma tênue luz de esperança, confortando e ajudando o enfermo a lidar com a enfermidade, a engajar-se ao tratamento médico indicado, e até mesmo a preparar-se para enfrentar a morte, quando

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não há expectativas de cura e, essa situação os afligem sobremaneira, pois todos nós queremos continuar vivos. O capelão deve sempre recordar aos enfermos ou encarcerados a graça, a misericórdia e o amor de Deus, em Sua busca por amizade e comunhão com o ser humano através de Cristo, que nos oferece o perdão e a vida abundante e eterna.

É o exercício da função extra pastoral que visa à assistência espiritual, enfocando a pessoa do Senhor Jesus Cristo no contexto do Reino de Deus e não apenas de um grupo religioso. É levar a fé, a esperança e o amor (I Co 13:13); é aperfeiçoar sua fé com as obras (Tg 2:22); é ser ovelha de Jesus (Mt 25:35-36); é uma visão Bíblica. O termo Capelania vem da França, desde 1.700, em tempos de guerra, o Rei costumava mandar para os acampamentos militares, uma relíquia dentro de um oratório que recebia o nome de Capela, esta Capela ficava sob a responsabilidade do sacerdote, conselheiro dos militares. Em tempos de paz, a Capela voltava para o reino, sob a responsabilidade do sacerdote, que continuava como líder espiritual do Rei, e conhecido por Capelão e o serviço Capelania, já se estendia aos parlamentos, colégios, cemitérios e prisões.

MISSÃO DA CAPELANIA

A Capelania tem como missão atuar nos hospitais através de voluntários capacitados que levam amor, conforto e esperança aos pacientes, familiares e profissionais da saúde, vivendo a fé cristã através do atendimento espiritual, emocional, social, recreativo e educacional, sem distinção de credo, raça, sexo ou classe social, em busca contínua da excelência no ensino e no ministério de consolo e esperança eternos.

NO BRASIL

No Brasil o termo Capelania, passou a ser utilizado pelos evangélicos, já que a Igreja Católica usa o termo Pastoral, para os serviços desenvolvidos na sociedade. Em 1.944 foi criada a Capelania Militar, durante a segunda Guerra Mundial, para assegurar a presença dos capelães evangélicos na FEB, sendo que este serviço sempre se caracteriza como voluntário. No Estado de São Paulo a Capelania Hospitalar, foi oficializada em 1.952, dentro do Hospital das Clínicas.

COMO SURGIU?

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Capelania não é um termo moderno. É nome dado aos serviços religiosos prestados por oficiais treinados e teve origem nas forças armadas do exército em 1.776. Conta-se que na frança, um oficial Sgt. Martinho ao encontrar um homem abandonado na rua debaixo de chuva e frio, cortou sua capa e o cobriu num ato de solidariedade, humanismo, caridade, ajuda e amor ao próximo. Ao morrer, esta capa foi levada como uma relíquia para a igreja para ser venerada. Esta igreja recebeu o nome de “igreja da capa”. Daí as derivações capela, capelão e capelania.[1] Desde então, o serviço vem sendo implantado dentro dos hospitais, para fortalecer o lado espiritual do paciente.

O TERMO CAPELÃO

É um ministro religioso autorizado a prestar assistência religiosa e a realizar cultos religiosos em comunidades religiosas, conventos, colégios, universidades, hospitais, presídios, corporações militares e outras organizações. Ao longo da história, muitas cortes e famílias nobres tinham o seu capelão. [2]

O QUE FAZ UM CAPELÃO?

O capelão, integrante da equipe multidisciplinar de saúde, é uma pessoa capacitada e sensível às necessidades humanas, dispondo-se a darem ouvidos, confortar e encorajar, ajudando o enfermo a lutar pela vida com esperança em Deus e na medicina. Oferece aconselhamento espiritual e apoio emocional tanto ao paciente ou detentos e seus familiares, como aos profissionais da saúde. É importante elo com a comunidade local. Na sociedade deve portar-se com descrição, absoluto respeito e dignidade cristã; devem ter boa conduta, irrepreensíveis perante todos; deve amar o Brasil e se esforçarem para que todos quantos os cerquem amem a Pátria e observem as suas Leis. Devem zelar pelo bom nome dos seus colegas, não permitindo que, em qualquer situação, haja comentários desabonadores a respeitos dos mesmos. Igualmente, devem fazer tudo quanto estiver ao seu alcance para evitar que, quem quer que seja, use propaganda negativa contra os Capelães cristãos, através de imprensa escrita, falada e televisada, procurando o beneficio dos seus subalternos.

ÁREA DE ATUAÇÃO

CAPELANIA HOSPITALAR

1 - ESTA IGREJA RECEBEU O NOME DE “IGREJA DA CAPA”. DAÍ AS DERIVAÇÕES CAPELA, CAPELÃO E CAPELANIA.2 - WIKIPÉDIA – ENCICLOPÉDIA LIVRE

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O que é Capelania? Qual a função de um capelão? O ambiente e como me portar em cada um deles. Que palavra levar? Quais as regras a serem obedecidas? Como estabelecer a Capelania nestes lugares?

CAPELANIA ESCOLAR

Como funciona o ambiente escolar e o que pode ser feito? O enfoque desta Capelania esta no atendimento a todos que atuam no sistema nos mais variados níveis do processo educativo, discentes, docentes e outros.

CAPELANIA PRISIONAL

Mt 25:36 - “Porque estive preso e fostes me ver”. Este texto refere-se além da evangelização dos detentos o acompanhamento e discipulado dos novos conversos que ali se encontram. Aprenderemos o que a lei nos diz sobre recomendações básicas do que falar e o que fazer.

DIREITO À ASSISTÊNCIA RELIGIOSA

Em nossa Constituição Federal está garantido o direito à assistência religiosa aos cidadãos que estiverem em locais de internação coletiva, conforme podemos ler no artigo 5º, inciso VII: “é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva”. Há uma lei federal nº 9.982, de 14 de julho de 2000, que dispõe sobre esse inciso constitucional. Segundo a Lei 9.982/2000, artigo 1º, a assistência religiosa constitucionalmente prevista, compreende o seguinte: “Aos religiosos de todas as confissões assegura-se o acesso aos hospitais da rede pública ou privada, bem como aos estabelecimentos prisionais civis e militares, para dar atendimento religioso aos internados, desde que em comum acordo com estes, ou com familiares em caso de doentes que não mais estejam no gozo de suas faculdades mentais”. Diz, ainda, em seu artigo 2º que “Os religiosos chamados a prestar assistência nas entidades definidas no art. 1º deverão, em suas atividades, acatar as determinações legais e normas internas de cada instituição hospitalar ou penal, a fim de não por em risco as condições dos pacientes ou a segurança do ambiente hospitalar ou prisional”. Com a elaboração da Lei 3.216 de 05/11/2000, onde regulariza a atividade voluntária de auxílio ao aflito nas entidades de internação coletivas hospitalares e carcerárias a capelania evangélica ficou mais forte e atuante.

OBJETIVOS

Atender a deficiência e necessidade de mais pessoas ajudarem no ministério pastoral de visitação na Capelania e proporcionar uma formação espiritual, emocional para o trabalho de visitação e atendimento hospitalar à pacientes e seus familiares que enfrentam crises em função da doença. Destina-se a cristãos que desejam se preparar melhor para esse ministério e desejam ser

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voluntário do trabalho de Capelania. A atividade do Capelão Cristão consiste em dar assistência espiritual cristã em hospitais, presídios, orfanatos, asilos, creches, albergues, escolas, áreas militares, empresas e instituições governamentais, sendo necessária à autorização de competência das Instituições mencionadas, em caso de serviço voluntário.

PROJETO DE LEI Nº 2134/2001

Art. 1º - Fica assegurado aos religiosos de todas as confissões o acesso às entidades hospitalares públicas e privadas, bem como nos estabelecimentos prisionais civis ou militares, sanatórios, quartéis das forças armadas e auxiliares, para dar atendimento religioso e espiritual aos internados, desde que em comum acordo com estes, ou com seus familiares no caso de doentes que já não estejam no gozo de suas faculdades mentais, extensivo aos servidores públicos ou privados que o desejarem, respeitando sua individualidade e liberdade de crença e convicção religiosa.

Art. 2º - O serviço religioso será prestado por capelão-titular e capelães-auxiliares credenciados por sua igreja com a aprovação da organização que esteja coordenando os serviços de capelania, com diploma conferido pela instituição religiosa devidamente reconhecida, que não atendem contra a moral, à disciplina e às leis vigentes e atenda aos critérios de boa conduta social, à disciplina, à moral e às leias vigentes no país. O capelão deve ser aprovado e devidamente credenciado por sua igreja e contar com a aprovação da organização que esteja coordenando os serviços de capelania.

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2 – ATRIBUIÇÕES DO CAPELÃO CIRSTÃO

AO CAPELÃO CRISTÃO

I – SÃO ATRIBUIÇÕES DO CAPELÃO:

A) coordenar todo o serviço de Capelania Evangélica, respondendo diretamente junto às entidades hospitalares públicas e privadas, estabelecimentos prisionais civis ou militares, sanatórios, quartéis das forças armadas e auxiliares;B) designar os capelães-auxiliares no atendimento á pacientes e a funcionários;C) dirigir e coordenar os serviços dos capelães-auxiliares;D) organizar as atividades da capelania;E) aprovar todo material impresso a ser distribuído;F) estabelecer praxes acerca dos deveres e direitos dos pastores e leigos visitadores;G) empreender conferências hospitalares e comunitárias, cabendo-lhe a seleção de conferencistas de fora;H) observar o cumprimento dos regulamentos da capelania, zelando pelo bom convívio com outros religiosos e pessoal da equipe de saúde;I) escrever ou aprovar artigos para publicação e boletins do hospital ou da capelania;J) dirigir ofícios fúnebres a pedido da família do paciente ou do hospital;K) convocar reuniões com a equipe da capelania;

II – SÃO ATRIBUIÇÕES DO CAPELÃO-AUXILIAR:

A) trabalhar sob a supervisão do capelão-titular;B) participar da visitação leito-a-leito dos internados;C) participar dos cultos, coordenando as equipes eclesiásticas e também pregando;D) suprir a capelania hospitalar de literatura religiosa para uso no hospital;E) distribuir literaturas aos internados e servidores;F) informar ao capelão-titular os casos de pacientes mais graves;G) providenciar o discipulado de pacientes e internados que venham a se converter no hospital;

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H) incentivar e ajudar as equipes eclesiásticas;I) recebimento e encaminhamento de correspondências da capelania;J) suprir os capelães com aquilo que precisam para o bom desempenho de seus ministérios;K) suprir os capelães, encaminhando-lhes relação dos pacientes clínicos, fornecendo-lhes literatura evangélica disponível e aprovada pelo capelão-titular;L) manter a sala da capelania aberta durante o período estipulado pelo capelão-titular, para ajudar àqueles que venham a recorrer aos serviços de capelania.

PARÁGRAFO ÚNICO – Será privado do exercício de capelão-titular ou capelão-auxiliar, aquele que incidir em crime com trânsito em julgado ou que venha denegrir o exercício de sua função.

Art. 3º - A capelania hospitalar é uma prestação de serviço de caráter filantrópico ou não, devendo o capelão reverter em benefício da mesma, toda e qualquer colaboração financeira eventualmente recebida. Para sua manutenção, a capelania hospitalar, poderá receber ofertas voluntárias, doação e verbas liberadas pelas instituições.

Art. 4º - O Ministério de Capelania tem como objetivo junto às entidades hospitalares públicas e privadas, estabelecimentos prisionais civis ou militares, sanatórios, quartéis da forças armadas e auxiliares, prestar aos internados:

A) Atendimento diário diuturnamente leito a leito;B) Cultos com pacientes e familiares e servidores;C) Aconselhamento bíblico e estudos bíblicos;D) Atendimento psicológico aos familiares;E) Aconselhamento aos pacientes terminais;F) Programação especial em datas comemorativas;G) Palestras para profissionais de saúde e servidores que voluntariamente manifestarem o desejo de estudar a bíblia, gratuitamente.

PARÁGRAFO ÚNICO – Será assegurado aos capelães nos hospitais, estabelecimentos prisionais, sanatórios e quartéis, um ambiente reservado que funcione vinte e quatro horas em sistema do rodízio, sob a sua responsabilidade administrativa e de fácil acesso para o trabalho de capelania, que servirá para reuniões, palestras e cursos.

Art. 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 05 de abril de 2001.

JUSTIFICATIVA

A capelania é a organização responsável, junto aos hospitais, pela transmissão dos cuidados pastorais às pessoas que estão em crises. Através da capelania temos a oportunidade de ministrar o evangelho, como também,

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de descobrir os meios de auxiliar as pessoas que estão com problemas, a enfrentar séria e realisticamente as suas frustrações, medos e desapontamentos. O Capelão com a habilidade que tem de transmitir o evangelho, tem como função primária completar o atendimento dispensado ao indivíduo por parte dos médicos e enfermeiros. O capelão pode incutir nos familiares o senso de tranqüilidade e confiança, preparando-a psicologicamente, para o tratamento que se seguirá. Esses familiares precisam de amizade, compreensão e amor, e elas esperam encontrar tudo isso no capelão. É assegurado nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva (lei Federal de nº 9.982/00 de 14 de Julho de 2000, artigo 5º, incisos VI e VII, e no âmbito do Distrito Federal, lei de nº 8.212 de 24 de Julho de 1998 e da lei 3.216 de 05 de Novembro de 2003).[3] Para fins de dar assistência religiosa, foi assegurado na constituição vigente tal direito substanciado no serviço de capelania, que poderão funcionar dentro do próprio hospital. A capelania legalmente constituída, representada por capelães preparados para tal função, usando-se o princípio do bom senso, a maneira de trajar-se, a maneira no trato pessoal, a boa formação acadêmica e, sobretudo, espiritual e respeitadas as normas próprias de cada instituição, é assegurado o direito de entrar e sair a qualquer hora. Levara conforto e apresentar o plano da salvação aos aflitos e necessitados. É um ministério de evangelização e consolo, trabalhando junto aos médicos, psicólogos, psiquiatras, enfermeiros, visando um atendimento às pessoas que sofrem levando-os conforto em hora de aflição e transmitindo ensinos bíblicos de que cada pessoa que passe pelo hospital tenha um encontro pessoal com Jesus Cristo. Nos hospitais o trabalho é realizado com os pacientes internados (leito a leito), seus familiares, e também com os funcionários, ajudando-os a encontrar o caminho, Jesus Cristo. Lembramos a importância que Jesus deu à visitação a enfermos quando disse... estava enfermo e me visitastes... Mat. 25:36. A enfermidade torna o homem, sensível, levando-o a pensar em Deus, buscando comunhão profunda e íntima com o Senhor, abrindo o seu coração e a sua mente para ouvir sobre o amor de Jesus.

AUTOR - DEPUTADO JOSÉ DIVINO

OBS: ALGUNS ASSUNTOS APARECERÃO, COMO SENDO REPETIÇÕES, TODAVIA, É APENAS AMPLIAÇÃO DO CURSO DE

CAPELANIA, PARA MAIOR COMPREENSÃO DA MATÉRIA.

3 - GRIFO MEU

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3 - CAPELANIA HOSPITALAR – PATE I

INTRODUÇÃO

Ao visitarmos um enfermo no hospital, estamos visitando o próprio Senhor Jesus, que disse: "...

Estive enfermo e, me visitastes;... sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes"[4] O sofrimento, a dor, a enfermidade e o momento de crise destes pequeninos irmãos, justificam a presença do cuidado pastoral no campo da saúde e solicita como um facho de luz. Como amigo e irmão nas mesmas estradas da vida, como companheiro do momento da dúvida e da necessidade, como Cristo, que na estrada de Emaús, enquanto os discípulos “conversavam sobre aquilo que havia acontecido... juntou-se a eles e pôs-se a acompanhá-los”. Visitar é, portanto, o ato de juntar-se a uma pessoa em crise com o objetivo de fortalecê-la, consolá-la e acompanhá-la no momento difícil.Encontramos exemplo de "visitação" já no Jardim do Éden, quando Deus passeava e visitava a Adão e Eva[5].

Assim sendo, "visitar" foi uma ação que começou com nosso Deus, o qual também visitou a Israel varias vezes de forma direta: Abrão[6], Sara[7], Moisés[8], Josué[9], Gideão[10], Samuel[11], Isaías, Jeremias[12]. A visita divina ao seu povo se tornou completa com a vinda de Jesus Cristo na plenitude do tempo[13]. No Evangelho de Mateus lemos: “Eis que a virgem conceberá, e dará á luz um filho, e chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, que traduzido é: Deus é Conosco“[14]. No Evangelho de João temos o relato da visita quando “o verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e

4 - MATEUS 25:36,40.5 - GÊNESIS 3: 8.6 - GÊNESIS. 12:1, 15: 1 A 21, 17: 1 A 22, 18: 1, 22:1.7 - GÊNESIS. 21:1.8 - ÊXODO 3:1 A 5, 3:16, 6:1 A 3.9 - JOSUÉ 1:1 A 9.10 - JUÍZES 6:11.11 - I SAMUEL 3:4, 15:10 E 11.12 - JEREMIAS 1: 4 A 10 ; 33: 6.13 - JOÃO 3:16 E 17.14 - MATEUS 1:23.

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vimos a sua glória, como a glória do unigênito filho de Deus.” [15]. Este Verbo divino nos disse que não veio para os sãos, mas para os doentes[16] e ainda nos diz “ eu irei e lhe darei saúde”[17]. Então, a visita de Deus através de Jesus Cristo é fundamental para toda a humanidade porque através dela temos a saúde eterna. O Senhor Jesus também treinou seus discípulos para que visitassem[18] e deu seu exemplo quando foi a casa de Zaqueu[19], quando visitou com Tiago a casa de Pedro[20]. E logo, saindo da sinagoga, foram à casa de Simão e de André com Tiago e João.

E a sogra de Simão estava deitada com febre; e logo lhe falaram Dela. Então, chegando-se a ela, tomou-a pela mão, e levantou-a; e imediatamente a febre a deixou, e servi-os e mesmo quando visitou a casa do principal da sinagoga[21].

Convém também lembrarmos que o primeiro milagre foi numa casa, quando o Mestre transformou a água em vinho[22]. Por todas estas evidências percebemos que Jesus dava enorme importância à visitação dos enfermos, fato provado quando ele disse: “estava enfermo e me visitaste...”[23]. Este ato cristão de "visitar" também era percebido na Igreja Primitiva, Paulo foi convidado a ir a casa de Lídia [24], Paulo e Silas foram a casa do carcereiro [25], Pedro foi visitar a casa do centurião Cornélio por ordem divina[26]. Precisamos como Igreja do Senhor, levar uma palavra de paz para as pessoas que vivem enfermas, sobrecarregadas e oprimidas. Precisamos anunciar o amor e o zelo de Deus pelas suas vidas. Imitando a Jesus Cristo que sempre ouvia o clamor dos enfermos[27]. O amor que moveu Jesus a morrer por nós, será o principal elemento a mover-nos neste ministério de apoio e consolação aos enfermos.

PORTANTO, VISITAR E CONFORTAR SÃO:

A) Empatizar com os que sofrem; B) Levar uma palavra de esperança aos desesperados; C) Dizer que vale a pena viver apesar das dificuldades existentes na vida; D) Amar a Deus e ao próximo; E) Levar alguém a ter alegria de aceitar o que é e, se conformar, com o quetem; F) Fazer uma vida feliz e ser feliz também; G) Compartilhar o amor, a paz e a realização que Deus nos dá; H) Excluir da nossa vida as palavras: Derrota e Desesperança; I) Levar aos pés de Cristo, toda causa dos oprimidos, amargurados, desesperançosos;

15 - JOÃO 1:14.16 - MARCOS 2:17.17 - MATEUS 8:7.18 - MATEUS 10: 6;19 - MATEUS 9:3520 - LUCAS 19:5.21 - MARCOS 1:29 E 3122 - MARCOS 5 38 A 43.23 - JOÃO 2:1 A 9.24 - MATEUS 25:36.25 - MATEUS 25:36,40.26 - ATOS 16:31 A 33.27 - ATOS 10:1-20.

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J) Compartilhar com alguém, que o sofrimento, as dificuldades da vida é um meio pelo qual crescemos em direção Deus, do próximo, e de nós mesmos. K) A importância do Ministério da Visitação está ligada diretamente ao número de pessoas que passa pelos hospitais em todo o mundo, que é bem maior que pelas igrejas. No hospital, a mente e o coração estão geralmente abertos à mensagem do evangelho. L) Hoje, a ciência médica reconhece que a paz espiritual do paciente pode contribuir muito para sua recuperação física. M) Raramente o visitador achará as pessoas tão despidas de máscaras e vaidade quanto numa enfermidade. Através de conversas, encorajamento e oração, o servo de Deus se torna um agente do poder curativo na crise.

NINGUÉM É POUPADO DA DOENÇA.E a saúde tampouco é a única razão da felicidade. Uma pessoa que aprendeu a conviver com a sua enfermidade, pode ser uma pessoa muito feliz e uma fonte de alegria para aqueles que cruzam o seu caminho. Na Bíblia, a doença faz parte da vida. Ela sinaliza para os nossos limites, para a nossa transitoriedade, para a nossa natureza humana. A importância do Ministério da Visitação Hospitalar está ligada diretamente ao número de pessoas que passa pelos hospitais em todo o mundo, que é bem maior que pelas igrejas. No hospital, a mente e o coração estão geralmente abertos a mensagem do evangelho. Quando o Senhor Jesus aqui viveu o seu ministério era total (corpo, alma e espírito) não podemos deixar de seguir seus passos. Hoje, a ciência médica reconhecer que a paz espiritual do paciente, pode contribuir muito para sua recuperação física. Raramente o visitador achará as pessoas tão despidas de máscaras e vaidade quanto numa enfermidade.

Através de conversas, encorajamento e oração, o servo de Deus se torna um agente do poder curativo na crise de enfermidade. O sofrimento físico nos leva a reconhecer que cada um de nós vai encontrar-se com a própria morte. Pessoas enfermas e com sofrimento físico começam a levantar uma série de perguntas: Por que isto está acontecendo comigo? Por que está acontecendo agora? O que fiz para merecer isto? Vou ficar bom? Onde está Deus nesta situação? Será que alguém vai cuidar de mim? Uma enfermidade pode ser acompanhada por dúvidas; emoções de zanga, solidão, desespero, confusão, ira, culpa; e magoas. Com esta realidade o visitador cristão, o apoio da comunidade de fé, e a ajuda prática em circunstâncias de enfermidade são desafios para os membros da igreja de Cristo.

TEORIA X PRÁTICA

Este curso para Voluntários da Capelania Hospitalar representa o aprendizado da teoria que foi confirmada e ampliada na prática. Cada experiência de Capelania Hospitalar ou cada visita aos enfermos são experiências distintas. Porém, os princípios, os valores, as regras, e as normas são semelhantes e válidos para todos os casos.

O QUE VOCÊ DEVE FAZER:

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A) Identificar-se apropriadamente; B) Reconhecer que o paciente pode apresentar muita dor, ansiedade, culpa, frustrações, desespero, ou outros problemas emocionais e religiosos. Seja preparado para enfrentar estas circunstâncias. C) Usar os recursos da vida Cristã que são: oração, Bíblia; palavras de apoio, esperança, e encorajamento; e a comunhão da igreja. Se orar, seja breve e objetivo. É melhor sugerir que a oração seja feita. D) Uma oração deve depender da liderança do Espírito Santo, levando em consideração as circunstâncias do momento, as condições do paciente, o nível espiritual do paciente, as pessoas presentes, e as necessidades citadas. E) Deixar material devocional para leitura: folheto, Evangelho de João, Novo Testamento, etc. F) Visitar obedecendo às normas da Instituição ou pedir de antemão, se uma visita no lar é possível e o horário conveniente. G) Dar liberdade para o paciente falar. Ele tem suas necessidades que devem tornar-se as prioridades para sua visita.H) Demonstrar amor, carinho, segurança, confiança, conforto, esperança, bondade, e interesse na pessoa.I) Ficar numa posição onde o paciente possa lhe olhar bem. Isto vai facilitar o diálogo. J) Dar prioridade ao tratamento médico e também respeitar o horário das refeições. K) Saber que os efeitos da dor ou dos remédios podem alterar o comportamento ou a receptividade do paciente a qualquer momento. L) Tomar as precauções para evitar contato com uma doença contagiosa, sem ofender ou distanciar-se do paciente. M) Aproveitar a capela (Ou lugar reservado) do hospital para fazer um culto. N) Se fizer um culto numa enfermaria pode atrapalhar o atendimento médico de outros pacientes ou incomodá-los. Deve ficar sensível aos sentimentos e direitos dos outros. O) Avaliar cada visita para melhorar sua atuação.

O QUE VOCÊ NÃO DEVE FAZER:

A) Visitar se você estiver doente. B) Falar de suas doenças ou suas experiências hospitalares. Você não é o paciente. C) As vestes devem ser apropriadas ao ambiente de visita. As mulheres devem observar se suas roupas estão apropriadas para o local. E as normas das Entidades quanto ao vestir. D) Criticar ou questionar a Instituição, o tratamento médico e o diagnóstico. E) Sentar-se no leito do paciente ou buscar apoio de alguma forma no leito. F) Falar num tom alto ou cochichar. Fale num tom normal para não chamar atenção para si mesmo. G) Ao orar tomar cuidado para não expor a pessoa ao ridículo. H) Espalhar detalhes ou informação íntima do Enfermo. I) Tomar decisões para a família ou o paciente. Pode orientá-los, mas deixe-os tomarem as decisões cabíveis.

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J) Forçar o paciente falar ou se sentir alegre, e nem desanime o paciente. Seja natural no falar e agir. Deixe o paciente à vontade.

A VISITA, SUAS REGRAS E SUA PRÁTICA

Sugestões a serem consideradas ao visitar alguém. A privacidade e a modéstia são considerações importantes que precisam ser respeitadas. Lembre-se de que durante toda a hospitalização, o quarto do paciente é o seu local de dormir. Este espaço deve ser tratado com o mesmo respeito que a sua casa. Não hesite em perguntar se não estiver certo do que é apropriado ou do que pode perturbar o paciente. Não sente na cama, a não ser que seja convidada a isso. Mesmo assim, tenha cuidado para não interferir com qualquer tratamento ou exigências de isolamento, Lembre-se de que uma infecção que você nem notou pode ser fatal ao paciente que tiver imunodeficiência. Seja amável com a equipe da Instituição e respeite as normas estabelecidas. Peça sugestões se tiver dúvidas.

A simples disposição de passar tempo com alguém é um dom precioso. A duração de sua visita deve ser apropriada à situação do Enfermo. Não demore demais. Várias visitas podem ser menos cansativas para alguém que está muito doente. Pergunte ao paciente ou um membro da família qual a melhor hora para uma visita. Você talvez possa fazer companhia a ele num horário em que os membros da família não tenham condições de fazê-lo. Desse modo estará ministrando tanto ao paciente como aos que cuidam dele. Presença silenciosa e ouvir em silêncio são maneiras poderosas de apoiar alguém que está doente. Procure observar seus sinais de fadiga ou desconforto. As atividades podem tornar-se diversões esplêndidas. Uma festa de aniversário no saguão ou auditório pode reanimar o Enfermo. Quer seja uma ocasião particular compartilhada com a família ou um convite aberto para todo andar, certifique-se de informar a equipe da Instituição sobre todos os preparativos. Manter contato com a família e os amigos é importante para os pacientes. Se possível leve o paciente para uma visita fora do hospital. Sol e ar fresco podem ser terapêuticos. Isso ajudará os doentes a longo tempo a manterem contato com a natureza e o mundo fora do hospital. Ajude alguém do hospital nos dias de eleição. Cédulas para confirmar a ausência podem ser obtidas na cidade de origem do paciente.

O CUIDADO COM A FAMÍLIA DO PACIENTE

CUIDANDO DAS FAMÍLIAS

Freqüentemente os familiares sofrem angústia semelhante ou mais intensa que os que estão Internos.

Em alguns estudos, pacientes indicaram que as funções da Capelania mais importantes são aquelas que estão ajudando os seus familiares com os sentimentos associados com doença e a prisão. Em um estudo, 56 % das famílias identificaram a religião como o fator mais importante para ajudar a enfrentar a doença de um ente querido deles. Outro estudo indicou que os familiares queriam o cuidado espiritual dos capelães mais que os pacientes.

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BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO DE CAPELANIA

OS BENEFÍCIOS: AO PACIENTE E SUA FAMÍLIA, AO HOSPITAL E ACOMUNIDADE.A visita hospitalar e o cuidado espiritual oferecem benefícios distintos para os pacientes e seus familiares, o pessoal de cuidado médico profissional, a próprio hospital, e a comunidade dentro os quais reside. Estes benefícios crescentemente são demonstrados através de estudos de pesquisa.

1. OS BENEFÍCIOS PARA OS PACIENTES E SUA FAMÍLIA. Seis áreas de pesquisa estão resumidas aqui, que descreve os benefícios de atenção à espiritualidade de pacientes e seus familiares.

1.1. APOIO ESPIRITUAL E SUA PRÁTICA.

Um corpo crescente de pesquisa demonstra os benefícios da saúde relacionados à religião, a fé e sua prática. Um estudo foi publicado com cerca de 42 mortalidades envolvendo aproximadamente 126.000 participantes e demonstrou que as pessoas que foram ajudadas e tiveram envolvimentos religiosos freqüentes foram significativamente provado viver mais tempo comparado á pessoas que não eram freqüentemente envolvidas com religiosidade.[28] Em um estudo de quase 600 pacientes idosos, severamente doentes e hospitalizados, que buscaram um envolvimento com o amor de Deus, como também apoio de pastores, voluntários e visitantes membros da igreja, estava menos deprimido e com qualidade de vida melhor, até mesmo depois de saber da severidade da doença deles[29]. No estudo de 1.600 pacientes de câncer, a contribuição espiritual ao paciente que tinha boa qualidade de vida era semelhante ao seu bem estar físico. Entre pacientes com sintomas significantes como fadiga e dor, esses com vida espiritual atuante é tido com uma qualidade significativamente mais alta de vida.[30] Estes e outros estudos demonstram que a fé traz impacto de bem estar prático emocional e físico. Capelães, pastores e voluntários fazem um papel integrante de apoio e fortalecimento destes recursos religiosos e espirituais.

CONCLUSÃO:

Os pacientes e seus familiares estão freqüentemente atentos as suas necessidades espirituais durante hospitalização, desejam a atenção espiritual profissional a essas necessidades, e respondem positivamente quando recebem atenção - influenciando na sua recomendação do hospital a outros.

1.2. A IMPORTÂNCIA DO CUIDADO ESPIRITUAL PARA ENFRENTARA DOENÇA.

28 - MCCULLOUGH, HOYT, LARSON, KOENIG & THORESEN, 2000.29 - KOENIG, PARGAMENT, & NIELSEN, 1998.30 - BRADY, PETERMAN, FITCHETT, MO, & CELLA, 1999.

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Um estudo de adultos mais velhos achou que mais da metade informou que a religião deles era o recurso mais importante que os ajudou na luta com doença. Em outro estudo, 44 % dos pacientes informaram que a religião era o fator mais importante que os ajudou na luta contra a doença deles ou hospitalização. Em um estudo de mulheres com câncer de peito, 88 % informaram que a religião era importante para elas e 85 % indicaram que a religião ajudou a enfrentar a doença. Semelhantemente, 93 % das mulheres em um estudo de pacientes de câncer ginecológicos informaram que a religião aumentou a sua esperança. Um estudo com pacientes de câncer de peito informou que 76 % tinham orado sobre a situação deles como um modo para enfrentar o diagnostico. Estudos demonstram que estar bem espiritualmente ajuda as pessoas a moderar os sentimentos dolorosos que acompanham a doença: ansiedade, desesperança, e isolamento. O estudioso Paragment cita muitos estudos adicionais que demonstram a importância do cuidado espiritual na luta das pessoas que lidam com doença. As pessoas procuram cuidados espirituais durante doença e em outras experiências dolorosas. Muitos pacientes esperam que os capelães e voluntários os ajudem com tais sentimentos infelizes.

O estudioso Paragment cita muitos estudos adicionais que demonstram a importância do cuidado espiritual na luta das pessoas que lidam com das enfermidades e inúmeras doença que podem causar até a morte.

1.3. RESPONDENDO A ANGÚSTIA ESPIRITUAL

Estudos apontam à importância de angústia espiritual, quer dizer, conflitos religiosos ou espirituais não resolvidos e dúvidas. Esta angústia é associada com a perda de saúde, recuperação, e ajuste com a doença. Capelães e visitantes tem um papel especialmente importante identificando os pacientes em angústia espiritual e os ajudando solucionar os problemas religiosos ou espirituais deles, enquanto melhorando a saúde deles e ajustando assim.

1.4. AUMENTANDO ESTRATÉGIAS PARA ENFRENTAR A DOENÇAEstudos demonstram que estar bem espiritualmente ajuda as pessoas a moderar os sentimentos dolorosos que acompanham a doença: ansiedade, desesperança, e isolamento. Muitos pacientes esperam que os capelães e voluntários os ajudem com tais sentimentos infelizes. As pessoas querem cuidados espirituais durante doença e outras experiências dolorosas, procurando ajuda.

CONCLUSÃO:

Capelães e visitantes tem um papel especialmente importante identificando os pacientes em angústia espiritual e os ajudando solucionar os problemas religiosos ou espirituais deles, enquanto melhorando a saúde deles e ajustando e, sendo assim, os capelães e voluntários devem estar preparados para dar ajuda espiritual na luta com estes sentimentos.

1.5. CUIDANDO DAS FAMÍLIAS

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Freqüentemente os familiares sofrem angústia semelhante ou mais intensa que os que estão hospitalizados. Em alguns estudos, pacientes indicaram que as funções da Capelania mais importantes são aquelas que estão ajudando os seus familiares com os sentimentos associados com doença e hospitalização. Em um estudo, 56 % das famílias identificaram a religião como o fator mais importante para ajudar a enfrentar a doença de um ente querido deles. Outro estudo indicou que os familiares queriam o cuidado espiritual dos capelães mais que os pacientes. Comparado a esses, os familiares dos pacientes de Alzheimer que adoravam a Deus regularmente e que sentia as necessidades espirituais satisfeitas informaram que diminuíram a tensão. Famílias confiam em religiosos e recursos espirituais para enfrentar com os níveis altos de angústia durante a doença de um querido. O cuidado de um capelão e voluntários para os familiares tem um impacto positivo.

CONCLUSÃO:Famílias confiam em religiosos e recursos espirituais para enfrentar com os níveis altos de angústia durante a doença de um querido. O cuidado de um capelão e voluntários para os familiares tem um impacto positivo.

1.6. A SATISFAÇÃO DO PACIENTE E SUA FAMÍLIA COM O CUIDADOESPIRITUAL PROVIDA POR CAPELÃES.

Estudos indicam que 70 % dos pacientes estão atentos às necessidades espirituais relacionados à doença deles. Estudos de pacientes em hospitais de cuidado agudos indicam que entre um terço e dois terços de todos os pacientes queira receber cuidado espiritual. Quando os capelães ajudam a família de um paciente, o mais provável é que o paciente vai escolher aquela instituição novamente para hospitalização futura[31].

Um grande estudo de Vande Creek e Lyon mostrou a satisfação dos pacientes e familiares com as atividades dos capelães: A maioria dos pacientes estava satisfeita com o cuidado espiritual provido por capelães[32]. A satisfação com a assistência da Capelania pelos familiares dos enfermos era até mais alta do que informado pelos pacientes. As visitas do capelão "fizeram a hospitalização mais fácil" porque a visita proveu "conforto" e ajudou para o paciente a relaxar. O capelão ajudou para os pacientes "a melhorar rápido" e aumentou a prontidão dos pacientes para voltar para casa porque as visitas lhes ajudaram a sentir mais esperançoso.

2. OS BENEFÍCIOS PARA O HOSPITAL E COMUNIDADE.

2.1. PARA OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Profissionais da Saúde, inclusive os médicos e enfermeiras, às vezes experimentam tensão ao trabalhar com os pacientes e familiares. Esta

31 - GIBBONS, THOMAS, VANDECREEK, & JESSEN, 1991.32 - VANDECREEK & LYON, 1997.

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tensão aumentou recentemente porque mudanças econômicas conduziram a menos profissionais que provêem cuidado pelos pacientes seriamente doentes. Capelães podem prover cuidado espiritual sensíveis, encorajador a estes pacientes e as suas famílias por períodos de tempo estendidos, permitindo assim para outros profissionais prestar atenção a outros deveres. Capelães fazem um papel importante ajudando profissionais de saúde a enfrentar os seus problemas pessoais. A palavra encorajadora pode aumentar a moral e bom senso do pessoal. Um estudo relata que 73 % de médicos de UTI[33] e enfermeiras acreditam que prover conforto a eles é um papel importante do capelão, e 32 % acreditam que os capelães deveriam estar disponíveis ajudar pessoal com problemas pessoais. [34]

2.2. PARA OS HOSPITAIS

Os serviços de capelães e voluntários beneficiam hospitais pelo menos em 9 meios. Os capelães e voluntários ajudam hospitais a satisfazer as expectativas dos pacientes com serviços de cuidado espirituais competentes, compassivos, enquanto melhoram assim a imagem do hospital. Em uma época de medicamento de alta tecnologia, hospitalizações breves, e breves contatos com os médicos e outros profissionais de saúde, os capelães e voluntários oferecem um das poucas oportunidades para os pacientes discutirem as suas preocupações pessoais e espirituais. Os capelães e voluntários que especializaram na área de Capelania por organizações profissionais. Podem oferecer curso de visitação a voluntários das igrejas. Desde participantes em programas, podem ter vários voluntários prestando cuidado espiritual ao hospital sem custo para a instituição. Os capelães e voluntários estabelecem e mantêm relações importantes com os pastores da comunidade. Os capelães e voluntários fazem um papel importante abrandando situações de descontentamento de pacientes e seus familiares que envolvem com o hospital. Quando pacientes se tornam nervosos e impacientes, os capelães podem mediar estes intensos sentimentos de modos que conservam valiosos recursos organizacionais. A presença deles pode servir como um veículo por reduzir risco. Os capelães e voluntários podem reduzir e podem prevenir abuso espiritual, agindo como guarda para proteger os pacientes de proselitismo. Códigos de éticas profissionais estipulam que os capelães eles têm que respeitar as convicções de fé e práticas de pacientes e famílias.

Os capelães e voluntários ajudam para os pacientes e seus familiares a identificar os seus valores relativos a escolhas de tratamento no fim da vida e comunicam esta informação ao pessoal de saúde. Os capelães e voluntários ajudam os hospitais a desenvolver a sua missão, valor, e declarações de justiça sociais que promovem curando para o corpo, mente e espírito. Especialmente para hospitais que sãos suportados por igrejas, eles promovem consciência de missão. Os capelães e voluntários ajudam hospitais cumprirem uma variedade de cuidado espiritual e apoio para os pacientes e seus familiares. É de muito valor o cuidado espiritual provido por capelães eficientes.

33 - UNIDADFE DE TERAPIA INTENSIVA

34 - SHARP, 1991.

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Um estudo do custo de Capelania foi publicado informando que os serviços de capelães profissionais variam entre US$ 2,71 e US$ 6,43 por visita de paciente. Adicionalmente, aproximadamente três quartos de executivos de HMO informaram em uma pesquisa que a espiritualidade (expressou pela oração pessoal, meditação espiritual e religiosa) pode ter um impacto no bem estar, então pode ajudar no impacto do custo.

2.3. PARA A COMUNIDADE

Hospitais são crescentemente sensíveis sobre a sua relação para com a comunidade e os capelães fazem contribuições sem igual provendo muitos serviços da comunidade. Estes incluem: Liderança e participação em programas de sociais da comunidade. Liderança de grupos de apoio para ajudar para os membros da comunidade a enfrentar a perda ou crise e viver com a doença. Liderança e participação na comunidade em respostas as crises, desastre, pobreza. Participação do cuidado espiritual que enfatiza conexões a pastores locais e igrejas. Orientação e apoio para programas das igrejas e da comunidade como ajuda a alcoólatras, drogados. Programas educacionais estabelecendo voluntários das igrejas que se ocuparão de visitação espiritual nas casas e a igrejas. Relações ativas mantendo com associações evangélicas locais. Comunidade provendo seminários educacionais em tópicos de espiritualidade, perda e doença, e luta com a crise.

ESTES INCLUEM:A) Liderança e participação em programas sociais da comunidade. B) Liderança de grupos de apoio para ajudar os membros da comunidade a enfrentar a perda ou crise e viver com a doença. C) Liderança e participação na comunidade em respostas às crises, desastre, pobreza.

Participação do cuidado espiritual que enfatiza conexões a pastores locais e igrejas. Orientação e apoio para programas das igrejas e da comunidade como ajuda a alcoólatras, drogados. Programas educacionais estabelecendo voluntários das igrejas que se ocuparão de visitação espiritual nas casas e a igrejas. Relações ativas mantendo com associações evangélicas locais. Comunidade provendo seminários educacionais em tópicos de espiritualidade, perda e doença, e luta com a crise.

CONCLUSÃO:

Nos tumultos dos Hospitais e na solidão dos Presídios, os diretores estão procurando constantemente modos para prover ótimos serviços aos pacientes dentro de suas dificuldades financeiras. Eles buscam manter os funcionários de qualidade e manter relações positivas dentro dos Hospitais, Presídios e a comunidade. Os capelães respondem a estas preocupações de

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modo sem igual, enquanto utilizando as tradições históricas de espiritualidade que contribui à cura de corpo, mente e coração.

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4 - CAPELANIA HOSPITALAR - PARTE II

CAPELANIA HOSPITALAR - MÓDULO I

O PACIENTE, SEUS SENTIMENTOS E SUAS NECESSIDADES.

1. FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA-TEOLOGICA DO ENFERMO E AENFERMIDADE.

A maneira como vê a enfermidade tem grande influencia na maneira como você ira tratar o paciente que visita, por isso, é necessário temos uma visão clara dos que a Bíblia nos diz sobre a enfermidade. A doença é uma questão que a Bíblia menciona em muitos textos. A doença de Naamã, Nabucodonosor, o filho de Davi, Jó, Paulo, Timóteo, a sogra de Pedro, e vários outros e descrito tanto no Velho como no Novo Testamento. Quando Jesus veio pessoalmente à terra, seu interesse pelos doentes se destacou tanto que praticamente um quinto dos evangelhos é dedicado ao tema da cura, e o Livro de Atos registra como a primeira igreja cuidou dos enfermos. A Bíblia nos fornece sofre a enfermidade pelo menos quatro conclusões que podem ser úteis nas visitas hospitalares.

1.1. A ENFERMIDADE FAZ PARTE DA VIDA.

Poucas pessoas, se é que existe alguém atravessam a vida sem experimentar periodicamente pelos menos uma doença. Parece provável que a doença tenha entrado na raça humana como resultado da Quedam, e desta essa época os homens ficaram sabendo o que é não ter saúde. A Bíblia nos menciona várias enfermidades como alcoolismo, cegueira, tumores, inflamações, febre, hemorragia, surdez, mudez, insanidade, lepra, paralisia e várias outras enfermidades. Fica claro de cada uma delas causa tensão psicológica e física, e todas são mencionadas de modo a insinuar que a doença faz parte da vida neste mundo.

1.2. OS CRISTÃOS SÃO RESPONSÁVEIS PELO CUIDADO DOSENFERMOS.

Através de suas palavras e atos, Jesus ensinou que doença, embora comum, é também indesejável. Ele passou grande parte do seu tempo curando os enfermos, encorajaram outros a fazerem o mesmo e mostrou a importância do cuidado cheio de amor daqueles que são necessitados e doentes. Mesmo dar a alguém um gole de água era considerado digno de elogios e Jesus indicou que ajudar um doente era o mesmo que ministrar a Ele, Jesus[35].

1.3. A ENFERMIDADE NÃO É NECESSARIAMENTE UM SINAL DEPECADO OU MANIFESTAÇÃO DE FALTA DE FÉ.

35 - ROSAS DE SETEMBRO, MARYLYN WILLETT HEAVILIN, CANDEIA, 1989.

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Quando Jó perdeu sua família, bens e saúde, três amigos vieram visitar com a boa intenção de consolar, apesar da boa vontade, foram ineficaz, argumentou que todos esses problemas eram resultados do pecado. Jó descobriu, porém, que a doença nem sempre é resultado do pecado do indivíduo - cuja verdade Jesus ensinou claramente[36]. Toda doença tem origem, em análise final, na queda da humanidade no pecado, mas os casos individuais de doença não são necessariamente resultantes dos pecados da pessoa doente ― embora haja ocasiões em que o pecado e a doença têm realmente relação[37]. Ao examinar as curas do Novo Testamento temos os seguintes esclarecimentos com respeito à enfermidade: Algumas vezes as pessoas melhoravam por crerem pessoalmente que Cristo operaria a cura, por exemplo: A mulher com o fluxo de sangue é um bom exemplo[38]. Houve vezes, no entanto, em que uma pessoa além do paciente teve fé: Vários pais procuraram Jesus, por exemplo, e falaram de seus filhos doentes, sendo estes curados[39]. Em outra ocasião, no Jardim do Getsêmani, a orelha de um servo foi curada embora ninguém tivesse fé, além de Jesus. Em contraste, vemos Paulo, homem de grande fé em Cristo cujo “espinho na carne nunca foi tirado”. Outros ainda não tiveram fé e não foram curados[40]. Com base nesses exemplos fica bastante evidente que a doença não é necessariamente um sinal de pecado ou manifestação de falta de fé. A Bíblia não apóia os cristãos que afirmam que os doentes estão fora da vontade de Deus ou lhes falta fé. Deus jamais prometeu curar todas as nossas moléstias nesta vida e é tanto incorreto como cruel ensinar que a saúde instantânea sempre virá para aqueles cuja fé é forte.

1.4. A ENFERMIDADE FAZ SURGIR QUESTÕES DIFÍCEIS E CRUCIAISSOBRE O SOFRIMENTO.

C. S. Lewis no seu livro, “Problema do Sofrimento”, resumiu duas questões básicas que enfrentam todos os que sofrem e que são geralmente levantadas nas visitas: Se Deus é bom, porque ele permite o sofrimento? Se ele é Todo-Poderoso, porque não suspende o sofrimento? Volumes inteiros têm sido escritos para responder a essas perguntas e o visitador cristão poderia beneficiar-se com a leitura de alguns deles[41].

1.5. A ENFERMIDADE DIANTE DOS PROBLEMAS ÉTICOS.

Hoje existe uma questão polêmica. É o problema da eutanásia junto com o direito de morrer com dignidade. Esta problemática levanta questões tais como: O que é vida? Vale a pena viver com tanto sofrimento? Qual é o valor de prolongar uma vida que vai morrer mesmo? Quem tem direito para um tratamento médico? Como crentes precisamos de nos envolver nestas questões para defender e resgatar os princípios e valores bíblicos.

2. O PACIENTE E OUTROS PROBLEMAS ASSOCIADOS ÀENFERMIDADE

36 - DEUS SABE QUE SOFREMOS, PHILIP YANCEY, VIDA, 1999.37 - MULHERES AJUDANDO MULHERES, ELYSE FITZPATRICK, CPAD, 200138 - DECEPCIONADO COM DEUS, PHILIP YANCEY, MUNDO CRISTÃO, 1996.39 - PARCEIROS DE ORAÇÃO, JOHN MAXWELL. EDITORA BETANIA, 1999.40 - IGREJA: POR QUE ME IMPORTAR?, PHILIP YANCEY, EDITORA SEPAL, 200041 - NO LEITO DA ENFERMIDADE, ELENY VASSÃO, CULTURA CRISTÃ, 1997.

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Uma enfermidade pode acontecer por uma variedade de causas. Algumas doenças surgem por meio de um vírus; por falta de higiene; por causa de defeitos genéticos; por causa de um acidente; por falta de uma alimentação correta ou adequada; ou velhice. Mas uma enfermidade envolve mais do que um problema físico. Junto com a enfermidade pode acontecer problemas emocionais, psicológicos, ou espirituais.

QUEM TRABALHA COM OS ENFERMOS DEVE SABERLIDAR COM OS SEGUINTES PROBLEMAS:

2.1 A DOR FÍSICA

Pessoas reagem de formas diferentes quando há uma dor. Com certas doenças há pessoas que sofrem muita dor enquanto outras pessoas não sentem nada. A diferença pode se atribuída para as experiências com dor, os valores culturais sobre a dor, ou até uma crença religiosa. Certas pessoas acham que quando alguém reagiu com a dor, isto representa uma fraqueza. Outras acreditam que Deus permite a dor e assim a dor deve ser aceita. Há, ainda, indivíduos onde a dor está relacionada com a ansiedade. Pessoas que trabalham com os enfermos devem saber lidar com o problema da dor. O visitante deve reconhecer a aceitar essas diferenças individuais. Elas influenciam as emoções da pessoa doente, as reações e o prognóstico de recuperação.

2.2. AS EMOÇÕES DO PACIENTE

Não é fácil ficar doente especialmente quando nossas rotinas são interrompidas, quando não compreendemos o que está errado com nossos corpos, ou não sabemos quando ou se iremos sarar. Quando ficamos doentes o bastante para procurar ajuda médica, devemos nos submeter ao cuidado de estranhos, alguns dos quais são mais indiferentes ou científicos do que compassivos e sensíveis. Tudo isto aumenta nossa sensação de desânimo em face da doença. O Dr. James Strain, no seu livro Psychological Care of the Medically III[42], nos sugere que os doentes, especialmente os hospitalizados, experimentam sete categorias de tensão psicológica:

1. TENSÃO DA AMEAÇA À NOSSA INTEGRIDADE

Os enfermos são submetidos para uma série de experiências onde eles não têm controle sobre as circunstâncias. O paciente tem que obedecer um médico, ouvir uma enfermeira, se submeter a estrutura de um hospital ou agenda estabelecida pelo tratamento médico, aceitar ordens para dormir, receber orientações para tomar medicamentos, ser instruído sobre o que deve ou não deve comer, etc. Um enfermo volta a ser uma "criança" e isto não é fácil.

42 - ASSISTÊNCIA PSICOLÓGICA E MEDICAMENTOSA III

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2. TENSÃO DO MEDO DE ESTRANHOSOs pacientes têm medo de que suas vidas e seus corpos tenham que ser colocados nas mãos de estranhos com quem talvez não tenham qualquer laço pessoal.

3. TENSÃO DA ANSIEDADE PELA SEPARAÇÃO

A enfermidade nos separa: amigos, lar, rotina costumeira, trabalho. Durante a internação no hospital ficamos separados das pessoas e das coisas que nos são familiares, no momento em que mais precisamos delas.

4. TENSÃO DO MEDO DE PERDER A ACEITAÇÃO

A doença e os ferimentos podem deixar as pessoas fisicamente deformadas, obrigando a moderar suas atividades e tornar dependentes de outros. Tudo isto pode ameaçar a sua auto-estima e levar a temer que devido a essas mudanças as pessoas não irão mais amá-los ou respeitá-los.

5. TENSÃO DO MEDO DE PERDER O CONTROLE

Perder o controle de força física, agilidade mental, controle dos intestinos e bexiga, controle dos membros da fala, ou a capacidade de dominar as suas emoções é uma ameaça para os pacientes. E estas ameaças se tornam maiores quando o pacientes está exposto em um leito de hospital.

6. TENSÃO DO MEDO DE EXPOR OU PERDER PARTES DO CORPO.

As pessoas doentes precisam expor as partes do corpo que doem e submeter-se ao exame visitual e toque por parte da pessoa do médico. Isto pode ser embaraçoso e por vezes ameaçador, especialmente quando se torna aparente que uma parte de nosso corpo este doente, tem que ser operada ou mesmo removida.

7. TENSÃO DA CULPA E MEDO DO CASTIGO

A doença ou acidentes levam muitas vezes a pessoa a pensar que seu sofrimento possa ser um castigo por pecados ou faltas cometidas no passado. Como vimos, esta era a opinião dos amigos de Jó e tem sido aceita por milhares de pessoa deste então. Deitados na cama e se perguntando “Por que?” essas pessoas podem se deixar vencer pela culpa, especialmente se não houver restabelecimento. Apesar de essas tensões serem comuns aos enfermos, temos que saber que existem diferenças no modo das pessoas reagirem.

ALGUMAS SENTEM AINDA OUTRAS EMOÇÕES

Deprimidas com a doença.Desanimadas com o tratamentoFrustradas com a vida.Iradas com médicos e com Deus.

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Culpadas por não cuidarem da saúde.Confusas com o prognóstico.

3. A REAÇÃO DA FAMÍLIA.

Quando uma pessoa fica enferma, sua família é afetada e, percebendo isto, o paciente se perturba. As mudanças na rotina familiar devido a doença, problemas financeiros, dificuldades em organizar as visitas ao hospital, e até a perda da oportunidade de manter relações sexuais para o casal, podem criar tensão que ocasionalmente redunda em fadiga, irritabilidade e preocupação. Numa tentativa de se animarem mutuamente e evitarem a preocupação, o paciente e a família algumas vezes se recusam a discutir seus verdadeiros temores e sentimentos uns com os outros, e como resultado, cada um sofre sozinho.

4. SENTIMENTO DE ESPERANÇA

A Dor Física, as emoções do paciente, e as reações da família, nos dão a impressão de um quadro sombrio da enfermidade. Mas em todas as fases da enfermidade, o paciente passa pelo sentimento de esperança. O ditado popular “a esperança é a última que morre”, é real no momento na doença, e quando o paciente deixa de manifestar esperança, trata-se geralmente de um sinal que a morte se aproxima. Mesmo pessoas gravemente enfermas, que têm uma idéia real sobre a sua condição, descobrem que a esperança as sustenta e encoraja especialmente em momentos difíceis. Pesquisas médicas verificaram que os pacientes sentem-se melhor quando há pelo menos um raio de esperança. Isto não significa que devamos mentir sobre a condição do paciente. Mas, a psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross em seu livro, “Sobre a Morte e o Morrer”, escreve que “partilhamos com eles a esperança de que algo imprevisto pode acontecer que podem ter uma melhora, vindo a viver mais do que o esperado”.

O cristão tem ainda mais esperança no conhecimento de que o Deus cheio de amor, o soberano do universo, se interesse por ele tanto agora com na eternidade. Por isso, a grande missão do visitador é levar consolo e esperança aos pacientes, e o visitador cristão tem como recuperar a esperança daqueles que passa por tantas dores e sentimentos variados.

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CAPELANIA HOSPITALAR - MÓDULO II

O VISITADOR, SUA FUNÇAO E SUAS ATIVIDADES Assuntos que devem ser avaliados com respeito ao trabalho com os enfermos:

Temos que respeitar o ambiente, a estrutura local e trabalhar dentro das normas estabelecidas. Como evangélicos a Constituição Brasileira nos dá direitos de atender os doentes, porém não é um Direito Absoluto. Devemos fazer nosso trabalho numa forma que não atinja os direitos dos outros. Como é que você encara uma doença ou o sofrimento humano? Tem que avaliar suas atitudes, seus medos, suas ansiedades, etc. Nem todos podem entrar numa enfermaria ou visitar um doente no lar, porque não é fácil lidar com situações que envolvem o sofrimento humano. Quando visitamos os pacientes devemos estar atentos aos sentimentos e preocupações deles. Nossa agenda precisa priorizar os assuntos que eles desejam abordar. Como cristão em Jesus temos algo que todos desejam: Esperança. Deve expressar esta esperança de maneira realística e com integridade. Tenha cuidado com promessas feitas em nome de Deus. Podemos levar palavras seguras, mas devemos evitar a criação de uma esperança falsa. Observar e respeitar as visitas de outros grupos. Faça seu ministério sem competir ou entrar em conflitos. Seja uma boa testemunha. Saiba utilizar bem nossos instrumentos de apoio que são: oração, a Bíblia, apoio da igreja, e a esperança em Jesus Cristo, o Médico dos Médicos. Ore e confie no Espírito Santo para lhe ajudar. Aprenda os textos Bíblicos apropriados para usar nas visitas ou nos lares dos enfermos. Aprenda algumas normas, regras, e orientações para visitar aos Enfermos.

ASSUNTOS QUE DEVEM SER AVALIADOS COM RESPEITOAO TRABALHO COM OS ENFERMOS:

* O hospital é uma instituição que busca uma cura física. Temos que respeitar o ambiente, a estrutura hospitalar e trabalhar dentro das normas estabelecidas. Como evangélicos a Constituição Brasileiro nos dão direitos de atender os doentes, porém não é um direito absoluto. Devemos fazer nosso trabalho numa forma que não atinja os direitos dos outros.* Como é que você encara uma doença ou o sofrimento humano? Tem que avaliar suas atitudes, seus medos, suas ansiedades, etc. Nem todos podem entrar numa enfermaria ou visitar um doente no lar, porque não é fácil lidar com situações que envolvem o sofrimento humano. * Quando visitamos os enfermos devemos estar atentos aos sentimentos e preocupações deles. Nossa agenda precisa priorizar os assuntos que eles desejam abordar. * Como crente em Jesus temos algo que todos desejam: esperança. Deve expressar esta esperança de maneira realística e com integridade. Tenha cuidado com promessas feitas em nome de Deus. Podemos levar palavras seguras, mas devemos evitar a criação de uma esperança falsa. * Observar e respeitar as visitas de outros grupos. Faça seu ministério sem competir ou entrar em conflitos. Seja uma boa testemunha.

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* Saiba utilizar bem nossos instrumentos de apoio que são: oração, a Bíblia, apoio da igreja, e a esperança em Jesus Cristo, o Médico dos Médicos.* Ore e confie no Espírito Santo para lhe ajudar.* Aprenda os textos Bíblicos apropriados para usar nas visitas hospitalares ou nos lares dos enfermos.*Aprenda algumas normas, regras, e orientações para visitar os enfermos.

A PRÁTICA

Como capelão por mais de 20 anos do Hospital Presbiteriano Dr. Gordon, procurei desenvolver um ministério prático de visitação. Este projeto de Voluntários para a Capelania do Hospital que segue representa oaprendizado da teoria que foi confirmada e ampliada na prática. Cada experiência de Capelania Hospitalar ou cada visita aos enfermos são experiências distintas. Porém, os princípios, os valores, as regras, e as normas são semelhantes e válidos para todos os casos.

1. COMO CRIAR SEU ESPAÇO DE TRABALHO:* Entender seu propósito* Ganhar seu direito* Trabalhar com equipe médica

2. DEVE:

* Identificar-se apropriadamente.* Reconhecer que o doente pode apresentar muita dor, ansiedade, culpa, frustrações, desespero, ou outros problemas emocionais e religiosas. Seja preparado para enfrentar estas circunstâncias.

* Usar os recursos da vida Cristã que são: oração, Bíblia; palavras de apoio, esperança, e encorajamento; e a comunhão da igreja. Se orar, seja breve e objetivo. É melhor sugerir que a oração seja feita. Uma oração deve depender da liderança do Espírito Santo, levando em consideração as circunstâncias do momento, as condições do paciente, o nível espiritual do paciente, as pessoas presentes, e as necessidades citadas.

* Deixar material devocional para leitura: folheto, Evangelho de João, Novo Testamento, etc.

* Visitar obedecendo às normas do Hospital ou pedir de antemão, se uma visita no lar é possível e o horário conveniente.

* Dar liberdade para o paciente falar. Ele tem suas necessidades que devem tornar-se as prioridades para sua visita.

* Demonstrar amor, carinho, segurança, confiança, conforto, esperança, bondade, e interesse na pessoa. Você vai em nome de Jesus.

* Ficar numa posição onde o paciente possa lhe olhar bem. Isto vai facilitar o diálogo.

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* Dar prioridade ao tratamento médico e também respeitar o horário das refeições.

* Saber que os efeitos da dor ou dos remédios podem alterar o comportamento ou a receptividade do paciente a qualquer momento.

* Tomar as precauções para evitar contato com uma doença contagiosa, sem ofender ou distanciar-se do paciente.

* Aproveitar a capela do hospital para fazer um culto. Se fizer um culto numa enfermaria pode atrapalhar o atendimento médico de outros pacientes ou incomodá-los. Deve ficar sensível aos sentimentos e direitos dos outros.

* Avaliar cada visita para melhorar sua atuação.

3. NÃO DEVE:

* Visitar se você estiver doente.

* Falar de suas doenças ou suas experiências hospitalares. Você não é o paciente.

* Criticar ou questionar o hospital, tratamento médico e o diagnóstico.

* Sentar-se no leito do paciente ou buscar apoio de alguma forma no leito.

* Entrar numa enfermaria sem bater na porta.

* Prometer que Deus vai curar alguém. Às vezes Deus usa a continuação da doença para outros fins.

PODEMOS FALAR POR DEUS, MAS NÓS NÃO SOMOS O DEUSVERDADEIRO.

* Falar num tom alto ou cochichar. Fale num tom normal para não chamar atenção para si mesmo.

* Espalhar detalhes ou informação íntima ou o paciente. Pode orientá-los, mas deixe eles tomarem as decisões cabíveis e sobre o paciente ao sair da visita.

* Tomar decisões para a família ou o paciente. Pode orientá-los, mas deixe eles tomarem as decisões cabíveis e sob a orientação médica.

* Forçar o paciente falar ou se sentir alegre, e nem desanime o paciente. Seja natural no falar e agir. Deixe o paciente a vontade.

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Numa visita hospitalar ou numa visitação em casa para atender um doente, sempre observamos vários níveis de comportamento. Cada visita precisa ser norteada pelas circunstâncias, os nossos objetivos ou alvos, e as necessidades da pessoa doente. As perguntas servem como boa base para cultivar um relacionamento pessoal. As perguntas foram elaboradas pelo Dr. Roger Johnson num curso de Clinical Pastoral Education em Phoenix, Arizona, EUA. Dr. Johnson nos lembra que há perguntas que devemos evitar. Perguntas que comecem com "por que" e perguntas que pedem uma resposta "sim" ou "não" podem limitar ou inibir nossa conversa pastoral. Segue uma lista de perguntas próprias. A lista não é exaustiva e as pessoas podem criar outras perguntas.

A LISTA SERVE COMO PONTO DE PARTIDA PARA UMA CONVERSAPASTORAL.

* O que aconteceu para você encontrar-se no hospital?

* O que está esperando, uma vez que está aqui?

* Como está sentindo-se com o tratamento?

* Como está evoluindo o tratamento?

* O que está impedindo seu progresso?

* Quanto tempo levará para sentir-se melhor?

* Quais são as coisas que precipitaram sua enfermidade?

* Ao sair do hospital ou se recuperar, quais são seus planos?

* Como sua família está reagindo com sua doença?

* O que você está falando com seus familiares?

* O que seus familiares estão falando para você?

* O que você espera fazer nas próximas férias (outro evento ou data importante)?

Os enfermos passam por momentos críticos. Devemos ficar abertos e preparados para ajudar com visitas e conversas pastorais. Os membros de nossas igrejas podem atuar nessa área. Uma visita pastoral ou conversa pastoral serve para dois aspectos de nossa vida. Primeiro, uma visita demonstra nossa identificação humana com o paciente.

Como ser humano nós podemos levar uma palavra de compreensão, compaixão, amor, solidariedade e carinho. Segundo, na função de uma visita ou conversa pastoral representamos o povo de Deus (Igreja) e o próprio

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Deus na vida do paciente. Assim, levamos uma palavra de perdão, esperança, confiança, fé, e a oportunidade de confissão.

O trabalho pastoral visa o paciente como um "ser humano completo, holístico" e não apenas como um corpo ou um caso patológico para ser tratado.

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CAPELANIA HOSPITALAR - MÓDULO III

1. DEZ MANEIRAS DE TORNAR AGRADÁVEL A VISITA AO HOSPITAL.

SUGESTÕES A SEREM CONSIDERADAS AO VISITAR ALGUÉM NOHOSPITAL.

◘ A permanência no hospital pode ser uma experiência de isolamento e desumanização. A privacidade e a modéstia são considerações importantes que precisam ser respeitadas.

Lembre-se de que durante toda a hospitalização, o quarto do paciente é o seu local de dormir. Este espaço deve ser tratado com o mesmo respeito que a sua casa. Não hesite em perguntar se não estiver certa do que é apropriado ou do que pode perturbar o paciente. Não sente na cama, a não ser que seja convidada a isso. Mesmo assim, tenha cuidado para não interferir com qualquer tratamento ou exigências de isolamento, Lembre-se de que uma infecção que você nem notou pode ser fatal ao paciente que tiver imunodeficiência.

◘ Seja amável com a equipe do hospital e respeite as normas estabelecidas.◘ Faça com que a sua visita ajude o paciente de modo significativo para ele no momento. Peça sugestões se tiver dúvidas. A simples disposição de passar tempo com alguém hospitalizado é um dom precioso. A duração de sua visita deve ser apropriada à situação do paciente. Não demore demais. Várias visitas podem ser menos cansativas para alguém que está muito doente. As visitas mais demoradas ajudam a passar o tempo para os pacientes ativos confinados ao leito ou ao quarto numa hospitalização prolongada.

◘ Pergunte ao paciente/família qual a melhor hora para uma visita. Você talvez possa fazer companhia a ele num horário em que os membros da família não tenham condições de fazê-lo. Desse modo estará ministrando tanto ao paciente como aos que cuidam dele.◘ Presença silenciosa e ouvir em silêncio são maneiras poderosas de apoiar alguém que está doente. Procure observar seus sinais de fadiga ou desconforto.

◘ As atividades podem tornar-se diversões esplêndidas. Um piquenique os desta de aniversário no saguão pode reanimar o doente. Quer seja uma ocasião particular compartilhada com a família ou um convite aberto para todo andar, certifique-se de informar a equipe do hospital sobre todos os preparativos. Planos cuidadosos talvez tenham de ser montados de acordo com o regime ou nível de energia do paciente. Um pouco de criatividade quase sempre ajuda muito a tornar a ocasião uma lembrança muito especial para todos os envolvidos.

◘ Manter contato com a família e os amigos é importante para os hospitalizados. Quando, porém, você está doente e sofrendo, a menor tarefa é um sacrifício - por mais que deseje o contrário.

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◘ Se possível leve o paciente para uma visita fora do hospital. Sol e ar fresco podem ser terapêuticos. Isso ajudará os doentes a longo tempo a manterem contato com a natureza e o mundo fora do hospital.

◘ Empenhe-se para que o paciente receba o jornal diariamente. Se necessário, leia-o para ele todos os dias. Tome cuidado para anotar itens que possam ser de particular interesse do paciente ou algo que ele queira acompanhar. Tome tempo para discutir pontos de interesse do paciente. Você está dando a ele uma oportunidade de interagir com o mundo fora de sua cama do hospital. Estão também reforçando a sua individualidade e propósitos, coisas que se perdem facilmente durante uma hospitalização prolongada.

◘ Ajude alguém do hospital nos de eleição. Cédulas para confirmar a ausência podem ser obtidas na cidade de origem do paciente.

2. NORMAS PRÁTICAS PARA A VISITAÇÃO HOSPITALAR.

◘ Não entre em qualquer quarto ou apartamento sem antes bater na porta.

◘ Verifique se há qualquer sinal expresso de: "proibido visitas"

◘ Respeite sempre o horário pré-estabelecido para sua atuação.

◘ Observe se à luz está acesa e a porta do quarto fechado. Em caso de positivo, espere que o doente seja atendido pela enfermeira ou médico, antes de você entrar.

◘ Tome cuidado com qualquer aparelhagem em volta da cama. Evite esbarrar na cama ou sentar-se nela.

◘ Avalie a situação logo ao entrar, a fim de poder agir objetivamente quanto ao tipo e duração da visita. (Se o paciente está disposto, indisposto).

◘ Procure se colocar numa posição ao nível visual do paciente, para que ele possa conversar com você sem se esforçar. Em quartos onde há mais enfermos, cumprimentem os outros, mas se concentre naquele com quem você deseja conversar.

◘ Fale num tom de voz normal. Não cochiche com outras pessoas no quarto. Também não é conveniente gritar na hora da oração.

◘ Se a pessoa ainda não o conhece, apresente-se com clareza.

◘ Deixe com o doente a iniciativa do aperto de mão e faça-o com clareza.

◘ Dê prioridade ao atendimento dos médicos e enfermeiras, assim como no horário das refeições, saia do quarto.

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◘ Ao contemplar alguém sofrendo, lembre-se de que as reações emocionais negativas podem ser detectadas pelo doente e seus familiares. Sem afetações, procure descobrir o que seu tom de voz e sua expressão facial e seus gestos estão comunicando.

◘ Concentre-se em atender às necessidades daquela pessoa diante de você. Não adianta falar do outro nem de si mesmo.

◘ Não queira forçar o doente a se sentir alegre, nem o desanime. Aja com naturalidade, pois se você se sentir à vontade ele terá maior probabilidade de ficar à vontade.

◘ Não dê a impressão de estar com pressa, nem se demore até cansar o doente. Encontre a duração exata para cada situação.

◘ Não tente movimentar um doente, na cama ou fora dela. Chame a enfermeira se ele o desejar.

◘ Fique sabendo que os efeitos da dor e dos remédios podem alterar o comportamento ou a receptividade do paciente de um momento para outro.

◘ Se você mesmo está doente, não faça visitas.

◘ Utilize os recursos da religião sem constrangimentos, mas com inteligência. Não fira a sensibilidade de um ateu, agnóstico ou comungante de outra religião.

◘ Lembre-se das regras fundamentais de assistência pastoral:

◘ O ponto de partida para o seu trabalho é a situação e o estado em que a outra pessoa se encontra.

◘ Seu objetivo primário é conduzi-la a um estágio de sã condição físico-emocional-religiosa atual.

◘ Sua contribuição no processo terapêutico é singular e necessário, mesmo que você nem sempre sinta assim.

3. AJUDANDO ATRAVÉS DA ARTE DE ESCUTAR.Escutar é uma arte que pode ser desenvolvida. Os princípios abaixo relacionados, se posto em prática, ajudarão você a crescer na arte de escutar e, conseqüentemente, na habilidade de ajudar a outras pessoas.

3.1. ANALISE SUA ATITUDE ÍNTIMA.

Quais os seus sentimentos em relação à pessoa com quem você está conversando? Você tem algum preconceito em relação a ela? Ela lhe é repugnante? Há hospitalidade entre vocês? Tudo isto vai afetar o significado de que você ouvirá dela. As palavras perdem seu sentido quando nossas

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emoções não nos permitem escutar com objetividade. Precisamos desenvolver uma atitude de aceitação da pessoa, do que ela diz, sem julgá-la ou condená-la. Não estamos defendendo qualquer posição, mas tentando ouvir os verdadeiros sentimentos de quem fala. Por outro lado, não devemos insistir para que o entrevistado defenda seu ponto de vista, ou utilize determinado vocabulário ou estilo de linguagem. Não devemos expressar julgamento para não tolher a fluência de seus sentimentos.

3. 2. PRESTE BASTANTE ATENÇÃO

Repare o tom de voz. Que estado emocional ele revela? Uma voz baixa, um fala monótona, pode indicar depressão emocional. Falar rapidamente, de forma agitada, pode se uma depressão extrema.

Falar depressa e em voz alta pode indicar o efeito de drogas. Você poderá dizer: - "Pela sua voz, tenho a impressão de que você está muito..."

Se a pessoa chora enquanto fala, permita-lhe este privilégio.

3.3. DESENVOLVA A CAPACIDADE DE AVALIAR AS EMOÇÕES.

Na linguagem comum, há palavras que expressam emoções diversas: convicção, perturbação, irritação, alegria, felicidade. O tom de voz em que elas são proferidas, lhes dão um significado maior que o dicionário não pode definir. Cabe a nós avaliar este conteúdo emocional da comunicação.

3.4. REFLITA AS EMOÇÕES QUE VOCÊ ESTÁ PERCEBENDO.

É preciso fornecer ao entrevistado uma "retro visão" das emoções que ele está transmitindo. A pessoa ficará satisfeita se você revelar que entendeu qual o problema dela. Isto não é apenas repetir o que a pessoa já disse, literalmente, mas refletir seus sentimentos com nossas próprias palavras.

3.5. EVITE A AGRESSIVIDADE.

◘ Não domine a conversa.

◘ Quando falamos muito a pessoa se confunde.

◘ Não discuta nem revele hostilidade ou ressentimento.

◘ Não tente manipular as pessoas, nem as enganar.

3.6. EVITE A PASSIVIDADE E A TIMIDEZ EXAGERADA.

◘ Não há necessidade de concordar com tudo o que a pessoa diz.

◘ É mais importante entender o que ela diz do que criar uma impressão favorável.

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◘ Não é necessário que a pessoa fique totalmente despreocupada. A solução dos problemas vem por meio das tensões.

◘ Não seja passivo como uma esponja. Demonstre interesses na participação do diálogo. Esteja preparado para responder.

◘ Não se prenda aos detalhes da conversa. Identifique as informações básicas para compreender o interlocutor.

3.7. NORMAS PARA ESCUTAR:

◘ Escutar é um processo. Não é discursar. Você precisa identificar-se com apessoa que fala.

◘ Demonstre compaixão e aceitação, ainda que suas convicções pessoais sejam diferentes.

◘ A pessoa está apresentando um problema que lhe parece insolúvel. Aceite seu estado de confusão e ajude-a observar os diferentes aspectos do problema: sua origem, quem está envolvido nele, possível soluções etc.

◘ Demonstre amizade e interesse. O problema é grande. Leve a carga com a pessoa até que ela possa levá-la sozinha.

◘ Às vezes, a pessoa tenta diminuir o problema. Isto pode revelar falta deconfiança em sua ajuda ou ausência de auto-estima. Às vezes, o problema não nos parece sério, mas devemos reconhecer que ele é sério para a pessoa que está sofrendo com ele.

◘ Procure dividir o problema em várias partes para atacá-las separadamente.

◘ Dê oportunidade para a pessoa esclarecer sua posição. Isto facilitará a compreensão dos problemas e como solucioná-los.

◘ Se descobrir contradições na conversa, revele-as à pessoa. Isto a ajudará a se sentir menos confusa e ansiosa.

◘ Pergunte se ela já enfrentou um problema semelhante no passado. Ela vai recordar que tem habilidade para superar a situação como já aconteceu.

◘ Discuta as várias alternativas para resolver o problema. Evite conselhos estereotipados. Anime a pessoa a restabelecer relações com pessoas de importância em sua vida (parente, amigos, pastor).

◘ Evite fazer perguntas com respostas predeterminadas. São mais válidas as perguntas que despertam o sentido do relacionamento.

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◘ Dê ênfase ao tempo presente e objetivo da entrevista. Veja se tem possibilidade de ajudar essa pessoa nessa circunstância, ou encaminhe-a a outra pessoa.

◘ Não se deve alimentar esperanças infundadas. Evite dizer: "Não se preocupe, está tudo bem".

◘ Termine a conversa apresentando objetivamente o que deverá ser feito. Deixe a pessoa tomar a decisão adequada e assumir a responsabilidade.

◘ Admita suas capacidades e limitações, você é humano e finito. Deixe Deus agir onde você é suficiente.

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CAPELANIA HOSPITALAR - MÓDULO IV

LEVANDO O AMOR DE CRISTO AOS ENFERMOS E NECESSITADOS.

Atuar nos hospitais levando o amor de Deus, Seu consolo e alívio num momento de dor. Esta é a principal missão da Capelania Hospitalar, que, através de gestos de solidariedade e compaixão, tem levado a Palavra de Deus não só aos pacientes, mas também aos seus familiares, sem esquecer ainda dos profissionais de saúde, tantas vezes vivendo situações de estresse ou mesmo passando por momentos difíceis. Os capelães respeitam a religião de cada paciente sem impor nada, apenas levando a Palavra àqueles que desejarem.

O QUE FAZ UM CAPELÃO?

O capelão, integrante da equipe multidisciplinar de saúde, é uma pessoa capacitada e sensível às necessidades humanas, dispondo-se a dar ouvidos, confortar e encorajar, ajudando o enfermo a lutar pela vida com esperança em Deus e na medicina. Oferece aconselhamento espiritual e apoio emocional tanto ao paciente e seus familiares, como aos profissionais da saúde. É importante elo com a comunidade local.

REAÇÕES DO ENFERMO PERANTE A DOENÇADiante da enfermidade a pessoa se vê tolhida de sua liberdade de ser ela mesma, não pode desempenhar suas atividades e sente-se ameaçada quanto a seu viver ou futuro. A reação diante de tudo isso é uma atitude psicológica chamada de MECANISMO DE DEFESA, classificada como inconsciente.

EIS ALGUMAS REAÇÕES DESSA NATUREZA:

REGRESSÃO

O paciente se torna dependente dos outros, sem autonomia, adotando atitudes infantis, exagerando desproporcionalmente a gravidade do seu caso; reclama sem fundamento e constantemente do atendimento e da alimentação; queixa-se que os parentes ou conhecidos não o visitam.

FORMAÇÃO REATIVA

Os impulsos e as emoções censuradas como impróprias assumem uma forma de expressão contrária, aceitável para o consciente. No caso de doenças longas ou piora gradativa, o paciente afirma que está sendo perseguido pelos funcionários do hospital, adotando uma atitude defensiva e agressiva, pois estes representam sofrimento para ele. Pragueja, xinga, acusa os familiares de falta de interesse, que os médicos são irresponsáveis.

NEGAÇÃO

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Ao tomar conhecimento do diagnóstico, o paciente se recusa a aceitar que esse problema de saúde é dele. A negação funciona como uma proteção contra a angústia. Ele acha que o resultado está errado, que outro médico deve ser procurado e continua tentando viver como se a enfermidade não existisse, evitando falar sobre o assunto. A negação pode ocorrer em crentes que adotam uma atitude triunfalista ao afirmarem: “Em nome de Jesus já estou curado, Deus não permitirá que eu seja operado”.

REAÇÕES DOS FAMILIARES DO ENFERMO:

A família acaba sendo afetada e as reações negativas podem ser a de estresse psíquico, ocorrendo desgaste físico e até depressão. A família se organiza nas suas funções, ocorrendo sobrecarga para alguns membros familiares e até a omissão de cuidados. A vida sócio-econômica também pode mudar radicalmente devido as perdas. Os familiares prejudicam o tratamento se forem excessivamente desconfiados em relação à equipe do hospital, com muitos questionamentos ou palpites. Alguns familiares se sentem culpados ou transferem a culpa ao paciente. Também podem se sentir vítimas do destino, castigo de Deus ou retaliação do inimigo. O enfermo muitas vezes precisa se esforçar para acalmar a família. Conforme a enfermidade, alguns familiares entram em crise de desespero, tirando a tranqüilidade do paciente.

QUALIFICAÇÕES PARA VISITAÇÃO:

VÁRIOS REQUISITOS NECESSÁRIOS DO VISITADOR:

Ter sabedoria e humildade para saber que você não é melhor do que ninguém; Cultivar uma personalidade amável, agradável, cativante; Ter habilidade de comunicar-se; Ter humor estável; Ter respeito às opiniões religiosas divergentes; Ter discernimento e sensibilidade na conversação; Saber guardar as confidências dos pacientes; Saber usar a linguagem e forma de abordagem a cada pessoa; Dar tempo e atenção ao paciente visitado; Ter sensibilidade para com discrição, sentir quando é o momento mais oportuno para visitar; Saber evitar a intimidade e não invadir a privacidade alheia; Saber ouvir.

PRINCÍPIOS A SEREM OBSERVADOS NA VISITAÇÃO A ENFERMOS:

Bater à porta. Pedir licença ou cumprimentar só verbalmente (a menos que o paciente estenda a mão). Se apresentar como pastor (a); obreiro (a). Se oferecer para orar (respeitar as negativas) pedindo o favor de abaixar o volume do rádio ou TV.

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Convidar as pessoas do ambiente pra ouvirem a leitura bíblica e oração. Caso o enfermo estiver no banho, fazendo curativos ou algum exame,

Retorne Posteriormente.

Se a enfermeira estiver atendendo o paciente ou o médico estiver presente no quarto, Retornar Posteriormente. Se o paciente está com algum mal-estar (vômito, dor, confuso), abreviar a visita. Às vezes o paciente faz as seguintes solicitações: para ajeitá-lo no leito, pede água ou algum alimento, solicita medicação. Todas essas solicitações devem ser atendidas pelo serviço de enfermagem. Por isso, responda ao paciente que ele deve fazer esse pedido a enfermeira, ou em alguns casos (queda do paciente, escapou o soro) avisar o ocorrido no posto de enfermagem. Em alguns casos quando o paciente apresenta um quadro de contaminação, é colocado um cartaz de alerta e de instruções na porta do quarto. Na dúvida, perguntar no posto de enfermagem e que deve fazer para entrar no quarto (utilizar máscara, luva, etc).

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

O objetivo da visita NÃO É doutrinação, mas atender à necessidade do paciente; a visita deve ter um propósito: conforto, consolo para quem sofre. Muitas vezes, a tentação de “pregar” e apresentar o seu discurso faz com que muitos se esqueçam de que estão num hospital, desvirtuando, assim, todo o propósito da visita;

Quando tiver dúvidas sobre a situação do paciente, procure a enfermeira. Ter discernimento para dosar o tempo da visita; Não demonstre “pena” do paciente; Mostre seu interesse pelo paciente, mas sem exageros; Preste atenção naquilo que o paciente está falando, verificando quais são suas preocupações; Não conduza a sua conversa de tal maneira que exija do paciente grande concentração e esforço mental para acompanhar (ele pode estar sob o efeito de medicamentos); Ao paciente que acha que não será curado, encoraje. Mas, faça-o com prudência, sem promessas infundadas; Não fale sobre assuntos pavorosos; Nunca pratique atos exclusivos de auxiliar de enfermagem, tais como: dar água ou qualquer alimento, ou locomover o paciente, mesmo que seja a pedido dele; Nunca discuta sobre a medicação com os pacientes; Mantenha os segredos profissionais (num leito de hospital o paciente fala muita coisa de si mesmo e de sua vida pessoal); Nunca comente nos corredores do hospital, ou fora deles, o tipo de conversa ou encaminhamento de sua entrevista mantida com o paciente; A ética deve ser rigorosamente observada. Tome muito cuidado! Não cochiche! Pacientes apresentam alto nível de desconfiança;

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Aproveite a oportunidade como se fosse a única. Na medida do possível, o ministério junto ao enfermo, dentro de um hospital deve ser completo, numa “dose única”; Evite a intimidade excessiva, não invadindo a privacidade alheia (tanto do paciente quanto do seu acompanhante); Respeite a liberdade do paciente quando ele não quiser (ou não estiver preparado para) falar sobre seus problemas; Nunca tente ministrar o enfermo quando ele está sendo atendido pelo médico ou pela enfermeira, ou quando estiver em horários de refeições, ou quando a situação impossibilite (familiares, telefonando ou algo importante que ele está assistindo na TV); Não faça promessas de qualquer espécie (cura, conseguir medicação, maior atenção dos profissionais de saúde, transferências, conseguir entrevista com o diretor). O próprio hospital tem meios de solucionar essas solicitações; Em caso de possessão demoníaca, elas precisam ser discernidas; Preste atenção nos cartazes afixados na porta do quarto, pois eles orientam por qual motivo você não pode entrar naquele momento ou quais os cuidados você deve tomar ao entrar no quarto. Talvez seja proibida a entrada por causa de curativo, troca de bolsa em pacientes renais, proibição de visita por ordem médica. O paciente pode estar isolado por causa de problemas de contágio e o cartaz estará orientando se for necessário utilizar mascaram jaleco, luvas ou evitar tocar no paciente. Também pode estar tomando banho; Evitar apertar a mão do paciente, a não ser que a iniciativa seja dele; Nunca sentar-se na cama do paciente, evitando assim contaminar o doente ou ser contaminado por ele. Quando o paciente está em cirurgia, os lençóis ficam enrolados, não devendo NINGUÉM sentar ali; Procurar estar numa posição em que o paciente veja você; Cuidado se a sua voz for estridente; Se for insultado, reaja com espírito cristão; Em suas conversas, orações, leituras de textos, fale em tom normal. Evite a forma discursiva e com voz estridente, a não ser que seja em ambiente amplo. Observar se o paciente está com mal-estar (náuseas ou dor), procurando abreviar ao máximo a visita.

ATITUDES ADOTADAS PERANTE O PACIENTE E O CORPO CLÍNICO:

Para o paciente, o médico é a pessoa mais importante no hospital, em quem ele deposita a sua confiança. É a visita que ele deseja ansiosamente; portanto, quando chegar o médico, procure encerrar o assunto ou oração ou retirar-se discretamente. Evite dar palpites sobre o tratamento do paciente ou sobre a conduta do médico. Procure trabalhar em harmonia com o pessoal da enfermagem, pois os pacientes dependem deles.

APLICAÇÃO BÍBLICA:

Sabemos que a enfermidade é proveniente da raça humana em pecado. Em muitas situações a enfermidade surge por culpa direta do próprio indivíduo

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que não cuida do seu corpo como deveria, ou por causa da violência urbana. Mesmo que o indivíduo seja culpado de sua situação, devemos levar-lhe uma mensagem que Jesus deseja lhe dar saúde total, tanto no corpo como na alma, pois Ele disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância“ (João 10:10). A mensagem que se deve trazer ao enfermo é a mensagem bíblica de esperança e consolo. Essa mensagem é verbal através da leitura bíblica, oração e aconselhamento.

Também, através de expressão corporal, tais como expressão de carinho, sorriso e demonstração de empatia. Encontraremos na Bíblia textos relacionados às mais diversas necessidades do ser humano. São esses textos que devem ser apresentados aos pacientes na esperança de despertamento de fé nas promessas de vida.

EIS ALGUNS ASSUNTOS RELACIONADOS AO ESTADO DE ESPÍRITODOS PACIENTES:

Aflição – Salmos 34:19 – 86:1 – 119:107 – João 14:1,27 Angústia – Naum 1:7 – Salmo 4:1 – 18:6 – 60:11 – 119:50 Ansiedade – Salmos 46:10 – Mateus 6:31-34 – Filipenses 4:6-7 – I Pedro 1:7 Cansaço – Mateus 11:28-30 Choro – Salmos 30:2-5 – Apocalipse 21:4 Desânimo – Salmos 42:11 – Provérbios 18:14 – Filipenses 4:13 –Hebreus 12:3 Deus se compadece – Isaías 38:18 – Lamentações 3:22-26 – 2 Coríntios 1:3-5 Direção divina – Salmos 37:5 – João 3:27- Dor – Salmos 41:3 – Isaías 43:4,5 Fraqueza – Deuteronômio 32:39 – Salmos 31:24 – Isaías 12:2 – 41:10 –Oséias 6:1 – 2 Coríntios 12:7-10 Impaciência – Salmos 27:13-14 – 37:8 Medo – Salmos 34:4- Morte – Ezequiel 18:32 – Salmos 68:20 – Hebreus 2:14-15 Oração – Salmo 5:1-3 – 66:20 – Lucas 11:9-13 Pobreza – Salmos 40:17 – 70:5 Preocupações – Salmos 55:22 Raiva – Salmos 37:8 – I Tessalonicenses 5:16-18. Sofrimento – Salmos 22:11 – 34:6 – 57:1 – 2 Coríntios 16:18 – Hebreus 12:4-13 Solidão – Salmos 16:1 Presença divina – Deuteronômio 31:8

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5 – CAPELANIA PRISIONAL

PRISÕES NO BRASIL

Prisão, cadeia ou cárcere é um espaço institucional da justiça moderna arquitetado de forma a acolher pessoas condenadas pelos tribunais a cumprir tratamentos penitenciários, pessoas a quem foi decretada judicialmente uma medida de privação de liberdade para efeitos preventivos antes de julgamento ou pessoas detidas e retidas às ordens de forças policiais ou militares. Fisicamente, o presídio é um local gradeado em suas janelas e portas, seus muros externos são altos e dotados de guaritas de segurança. No sentido Bíblico, prisão se relaciona com o estado espiritual pós morte, mais diretamente ligado ao estado de consciência, dos pecados cometidos em vida.

Malentrada era a designação que se dava à pena ou multa que o preso tinha que pagar por entrar na cadeia, além de ter de pagar também a multa de carceragem quando era solto. De acordo com as normas brasileiras quanto à Execução Penal (L.E.P.), as celas devem possuir, no mínimo, 6m², ventilação adequada (arejadas) e condições humanas de sobrevivência para os seus atuais e futuros ocupantes. No Brasil, não há previsão para pena de morte, salvo nos casos de guerra declarada. Sendo assim, a função social da pena privativa de liberdade é que, durante o seu cumprimento, o(a) interno(a) possa ser readaptado à sociedade, passando por uma reforma íntima de modo que possa evoluir como pessoa e retorne ao convívio social melhor do que era antes do cometimento do crime.

O TERMO CAPELÃO:

É um ministro religioso autorizado a prestar assistência religiosa e a realizar cultos religiosos em comunidades religiosas, conventos, colégios, universidades, hospitais, presídios, corporações militares e outras

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organizações. Ao longo da história, muitas cortes e famílias nobres tinham o seu capelão.[43]

PRISÕES NO BRASIL POPULAÇÃO DE DETENTOS SOBE PARA 419MIL NO BRASIL.

Um levantamento realizado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça, aponta que o Brasil já conta com uma população prisional de mais de 419 mil detentos. Os dados são do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (Infopen), a partir de números enviados pelos Estados brasileiros. Os dados mostram que houve um aumento de 18 mil presos desde dezembro do ano passado. As informações são do Ministério da Justiça. Atento a esse cenário, o governo federal trabalha para ajudar os Estados com recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). Nos últimos quatro anos, foram criadas mais de 22,7 mil vagas no sistema. A partir da implantação do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), o Ministério da Justiça deverá criar 46,8 mil novas vagas (41,3 mil para homens e 5,5 mil para mulheres) até 2011. De acordo com o levantamento, o déficit do sistema carcerário atinge a marca de 127 mil vagas. Para o diretor-geral do Depen, Maurício Kuehne, o número é um alerta para que os Estados fiquem atentos.

DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL

O Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), é o órgão brasileiro responsável pela fiscalização das penitenciárias de todo o país, tanto federal quanto estadual. É o órgão executivo do Ministério da Justiça responsável pela gestão da Política Penitenciária brasileira e manutenção administrativo-financeira do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária -CNPCP. O Depen está divido em um gabinete, uma ouvidoria e três diretorias, a saber:

DIRETORIA-EXECUTIVA,DIRETORIA DE POLÍTICAS PENITENCIÁRIAS,DIRETORIA DO SISTEMA PENITENCIÁRIO FEDERAL.ATRIBUIÇÕES

As atribuições do Depen são as estabelecidas no art. 72 da Lei nº 7.210 de 11 de julho de 1984 e no Decreto nº 6.061 de 15 de março de 2007, entre elas: Zelar para que as normas de execução penal sejam corretamente aplicadas em todo o Brasil; Cuidar da fiscalização e inspeção dos estabelecimentos penais brasileiros, bem como da coordenação e supervisão das penitenciárias federais; Apoiar os estados brasileiros na implantação das unidades e serviços penais e também na formação de todo o pessoal envolvido no sistema penitenciário; Estruturar e gerir a política penitenciária brasileira;

43 - WIKIPÉDIA – ENCICLOPÉDIA LIVRE

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Cuidar da gestão dos recursos arrecadados ao Fundo Penitenciário Nacional - FUNPEN; Manter o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária - CNPCP.

CARGOS

Os cargos no Depen são divididos em três carreiras, a saber: carreira de Agente Penitenciário Federal que foi criada através da Lei nº 10.693 de 25 de junho de 2003 e as carreiras de Especialista em Assistência Penitenciária e de Técnico de Apoio à Assistência Penitenciária que foram criadas pela Lei nº 11.907 de 2 (dois) de fevereiro de 2009. Os agentes penitenciários federais são os principais operadores do sistema penitenciário federal e passam por uma rigorosa seleção, feita por meio de concurso público, com capacitação teórica e prática na Academia Nacional de Polícia em Brasília. Antes de serem designados aos seus respectivos locais de trabalho, nos presídios federais. O Governo Federal é responsável pelo treinamento, remuneração e a concessão de equipamentos aos agentes.

SISTEMA PENITENCIÁRIO FEDERAL

Foi criado em 2006, com a finalidade de abrigar presos de alta periculosidade, com a construção e gerenciamento de presídios de segurança máxima no território brasileiro. O modelo das penitenciárias federais implantado no Brasil, é baseado no sistema prisional de segurança máxima dos Estados Unidos, as chamadas Supermax.

VISITANDO OS PRESOS

Muitos presos nos cárceres e prisões não têm ninguém para visitá-los: Sua família pode viver a uma grande distância de onde eles estão encarcerados ou não possuem transporte e finanças, necessários para visitar. Sua família pode ter rejeitado ou eles podem não ter familiares. Os antigos amigos podem ter rejeitado. As visitas pessoais a um preso é uma das áreas mais recompensadoras do ministério de prisão. Este capítulo explica sua importância, os detalhes de como se envolver, e oferece diretrizes para visitar individualmente aos presos.

A IMPORTÂNCIA DA VISITA PESSOALVisitar um preso em uma base individual é um ministério importante pelas seguintes razões: Cada alma é valiosa para Deus: “O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento” (II Pedro 3.9). Jesus ministrou às multidões, porém Ele sempre tinha tempo para o indivíduo (veja, por exemplo, João 4).

Muitos presos não participaram dos cultos. Talvez eles tenham se “desligados” da igreja por causa de experiências negativas. Eles também podem ter medo de que os outros presos interpretem a ida aos cultos na prisão como fraqueza e os tornar vulneráveis. Muitos presos nunca experimentaram a verdadeira, piedosa e incondicional amizade. Eles só

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conheceram relacionamentos abusivos ou impuros. Como a maioria de nós, é mais fácil abrir-se em um contato pessoal do que em um grupo. Você pode discutir muitos problemas em uma visita pessoal que não podem ser discutidos em uma cena grupal. O preso pode compartilhar necessidades pessoais com você, você pode orar e pode estudar a Palavra juntos, e forjar um vínculo espiritual íntimo. Você se torna uma ponte de regresso à sociedade para o preso. Eles terão um amigo esperando quando eles forem libertados da prisão. Ninguém pode ter muitos amigos. Você não somente será uma bênção, porém você será abençoado por uma verdadeira amizade com um preso.

COMO SE ENVOLVER

Aqui estão algumas diretrizes sobre como se envolver em uma visita pessoal aos presos. Inquira sobre o programa de visita à prisão onde você quer ser voluntário. Muitos têm um programa organizado para os presos se corresponderem com voluntários que querem visitar individualmente. Se a instituição não tem um programa organizado para relacionar presos com visitantes, peça ao capelão que o relacione com um preso. Se não há nenhum capelão, consulte o administrador encarregado das visitas e peça-lhe isso. As pessoas que estão ministrando dentro da prisão em uma base grupal nos programas religiosos também se tornam uma boa fonte. Freqüentemente eles conhecem os presos que não têm ninguém para visitá-los ou que se beneficiaria de uma atenção especial. Se possível, troque umas cartas com o preso antes se sua primeira visita.

Vocês já se sentirão como amigos quando se encontrarem pela primeira vez.

DIRETRIZES PARA RELACIONAR-SE COM OS PRESOS

PRIMEIRA REGRA AO RELACIONAR-SE COM OS PRESOS:

Aprenda e siga todas as regras específicas da instituição onde você está ministrando: Estas incluem coisas como horários que os visitantes podem ou não entrar, o que pode ser levado, onde você pode ou não ir, e o código de vestes. O Capítulo Onze deste manual proporciona muitas informações sobre as questões pertinentes aos códigos sobre vestes e segurança que não serão repetidas aqui. Este capítulo trata dos relacionamentos com os presos no contato pessoal e em situações de grupo. Os presos já tiveram muita frustração em suas vidas. Muitos têm experimentado o fracasso repetido e se tornaram desconfiados de qualquer oferta de ajuda ou direção. Trabalhar com os presos não pode reduzir-se a um método uniforme. Muito será deixado ao seu bom senso. O que segue são diretrizes gerais, sem dúvida, para usar no relacionamento com os presos: Não estabeleça uma fachada ou crie um status especial para você. Se expresse autenticamente. Permita aos presos saber que você está ali com uma preocupação genuína, porque é o que o Senhor lhe manda fazer.

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Como um voluntário, você será investigado e provado para ver se você é real.

Os presos verão o que você é antes de escutarem o que você diz. Eles não se importam com quanto você sabe até que eles saibam quanto você se importa. Seja honrado. Os presos são muito sensíveis à hipocrisia e enganos. Aprenda tanto quanto possível do idioma falado na prisão, porém tenha cuidado ao usá-lo. Pode haver significados sutis que você não percebe. Aprenda a apresentar a mensagem da salvação de uma maneira clara e simples. Grandes palavras como “propiciação” e “expiação” não significam muito ao preso médio. Seja sensível durante os períodos de crises, que incluem acompanhamento imediato depois da detenção, as primeiras semanas na prisão, antes e depois de um julgamento, quando são negadas as apelações e pouco antes da libertação. As festas também são períodos difíceis. Considere o que você diz. Sim é sim, não é não. Seja consistente e justo. Reforçar regras para alguns e relaxá-las para outros é incoerente e injusto. Também é uma forma de acepção. Seja um apoio, dê ânimo, seja amistoso e firme. Seja honrado, objetivo e desaprove quando for necessário. Seja amistoso, porém não muito familiar. Respeito é a chave. Você pode respeitar a individualidade do preso e os direitos essenciais. Evite preconceitos e sentimentos de superioridade. Responda às necessidades e interesses do preso, não as de si mesmo.

Uma vez que você tenha ganhado o respeito e a confiança do preso, ele estará aberto a você. Nunca permita que os residentes manipulem você com as histórias mais que dramatizadas de ser falsamente acusado, injustamente encarcerado, ou desumanamente tratado. Estas são usadas freqüentemente para ganhar sua simpatia ou para manipular-lhe.

Se você pensa que a história é verdadeira – e em alguns casos elas são –informe ao preso sobre suas intenções de compartilhar com o capelão e pedir que ele resolva o problema. Nunca faça declarações inflamadas ou comentários descuidados para funcionários da prisão, residentes individuais, ou outros voluntários do ministério de prisão. Nunca assuma que um preso é inocente ou culpado e não dê conselho ou parecer legal. Você não é advogado ou juiz. Nunca revele detalhes pessoais, se você é íntimo deles, sobre as vidas dos funcionários ou outros presos.

Uma boa política é só fazer promessas que você sabe que pode cumprir e tão poucas quanto possível. Quando se negar a uma demanda, explique por que é necessário e expresse seu pesar. Uma das melhores maneiras de evitar a intimidade em uma cena grupal é dirigir-se a cada membro da equipe do ministério, assim como aos presos, como “o irmão” ou “a irmã” –usando o primeiro ou os últimos nomes. (Isto não é necessário em uma visita ou correspondência individual com um preso). Não compartilhe seu endereço ou número de telefone. Algumas instituições cobram caro para que os residentes façam ligações telefônicas, inclusive locais – e normalmente se espera que você pague os custos. Se você distribui seu número, estabeleça quão freqüentemente você quer receber chamadas telefônicas. Nunca

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pergunte por que o residente está na prisão. Isto poderia envergonhá-lo e você não necessita saber por que ele está ali para levá-lo a Cristo. Alguns presos querem contar-lhe sobre seus casos, e nesse caso, faz bem escutar, animar e orar com eles. Guarde-se contra a intimidade – sobretudo com os avanços de natureza sexual. Sua relação com os presos – sobretudo em uma cena grupal – deve ser profissional.

GUARDE SUAS EMOÇÕES, SOBRETUDO SE VOCÊ É DO SEXO OPOSTO.

As expressões de afeto podem levá-lo a perder seu status de voluntário. Se um preso faz um avanço impróprio, trate-o apropriadamente e depois notifique ao capelão ou a um administrador. No mínimo, isso é uma prova para ver quais são seus limites. Nunca se envolva em fazer transações de negócio pessoal pelos residentes. Não se assuste ou surpreenda-se por algo que os prisioneiros poderiam dizer ou como eles o dizem. Nunca deliberadamente tente persuadir aos prisioneiros para mudar sua preferência religiosa. Você deve compartilhar o Evangelho ali – e ele fará qualquer mudança que for necessária. Ganhe o respeito para você. Deixe claro que você não será manipulado. Se uma situação surge e você considera “marginal”, cheque com os oficiais da prisão para está certo de como administrar a situação. Espere hostilidade. Um preso, oprimido pelos problemas, pode confrontá-lo com hostilidade. Nessas ocasiões, não force a conversação com ele e não responda de maneira hostil, sarcástica ou ansiosa. Mantenha a calma, ignore a hostilidade, ou retire-se durante algum tempo. Dê oportunidade para que o preso recobre sua calma. Sempre expresse amor incondicional.

NÃO DE IDENTIFIQUE EXTREMAMENTE.

Não tome os problemas do preso sobre si. Eles não são seus problemas. Identificar-se demasiadamente com os presos pode provocar a síndrome de nós/eles: “eles estão errados sobre você”. Não espere agradecimento. Você não pode receber graças ou qualquer demonstração de gratidão do preso. Ele pode sentir, porém pode não saber expressar. Sem dúvida, seu esforço será apreciado e premiado por Deus. Você deve estabelecer limites. Alguns presos o forçarão até que você diga para eles pararem. Quão duramente e longe eles o forçarão dependerá do que você permite. Não faça concessões. Não entre em pânico se você se encontrar sozinho com um preso. Deixe seus problemas pessoais em casa. Os presos já têm bastantes problemas sozinhos. Eles não necessitam ser sobrecarregado com os seus problemas. De uma maneira calma e tolerante, sempre implique que você espera a atitude correta dos presos. Nunca mostre a mais leve incerteza acerca do curso de sua ação. Você deve ser um líder no sentido mais forte da palavra, porém também conheça e esteja dentro dos limites de sua autoridade. Nunca mostre que ser profano, ou abusivo, de qualquer maneira o deixa com raiva. Expresse apreciação quando a conduta for elogiável – “Vocês foram grandes esta noite – tão atentos!”.

Se os prisioneiros pedem cartas de recomendação para juízes e outras autoridades de justiça, informe-os que você passará este pedido adiante ao

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capelão para a avaliação e possível ação. Ministre através de conselho pessoal. Aconselhar proporciona uma relação amistosa e de apoio para alguém que está buscando respostas ou uma solução a um problema. Este tipo de relação pode acontecer ao fim do serviço de adoração ou sessão de estudo da Bíblia, quando alguns prisioneiros podem querer falar sobre o que eles ouviram ou podem ter um problema para falar. A maioria das vezes eles não estão realmente buscando soluções. Eles apenas querem alguém para escutá-los e possivelmente ser um amigo que encoraja e dá suporte. Você pode ter acesso à informação que é confidencial. Você não deve revelar esta informação a qualquer um que não tenha um direito oficial de obtê-la. A informação não será usada para sua própria vantagem ou benefício. Você deve poder tratar com os problemas espirituais de um indivíduo como se você não soubesse nada sobre os crimes dele/dela.

Guarde os problemas discutidos no momento de tomar conselho em confidência a menos que eles sejam ameaça à segurança da instituição ou se você descobre que o preso pensa em fazer algo drástico a ele ou a alguém mais. Nestes casos, não lhe diga que você vai informá-lo, porém o avise. Seja um bom ouvinte. Você não tem que ter respostas para tudo, porém lhes permita saber que Deus tem! Se você pensa que um prisioneiro necessita de conselho formal, encoraje-o a buscá-lo através dos canais institucionais. Não tome as decisões para o preso sob nenhuma circunstância. Ajude-os a tomar suas próprias decisões. Isto anima à responsabilidade por suas próprias vidas. E também os impede de culpá-los se as coisas saírem mal. Não julgue as idéias ou o preso pela aparência, vocabulário ou maneira de falar. Veja os presos como indivíduos. Não faça assunções baseadas em generalidades ou estereotipo. Categorizar um preso é injusto e desumanizador. Não interrompa imediatamente se você pensa que uma declaração está errada. Escute!

Não insulte ou interrogue sobre sua condição anterior ou sobre o que eles podem ter feito para serem colocados ali. Muitos já têm uma auto-imagem pobre.

Seja paciente. Os efeitos positivos de sua paciência com o preso podem não ter uma influência firme por um momento.

Sobretudo, nunca se desencoraje. Dê seu melhor, ore e deixe os resultados com Deus.

EVITANDO UM ESQUEMA

Areia movediça é uma área de areia que se parece com qualquer outra na superfície, porém é uma área perigosa de terra que pode sugá-lo para baixo e isso pode custar sua vida. Não é como ela aparece na superfície. Freqüentemente isso também é verdade sobre os relacionamentos. As pessoas nem sempre são como elas parecem na superfície. Enquanto nem todos os presos estão engolfados em uma conduta delitiva, muitos deles estão e, devido a isso, você deve aprender a evitar um esquema no ambiente institucional.

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O QUE É UM ESQUEMA?

Um “esquema” é uma situação onde você é forçado a comprometer suas próprias crenças, normas ou as regras institucionais. Você é forçado ou enganado em uma situação comprometedora e depois um preso se aproveita de você para receber favores ou contrabando como drogas, álcool, etc.

COMO OCORRE UM ESQUEMA?

Um esquema normalmente procede como segue:

OBSERVAÇÃO:

Os presos primeiro observam sua habilidade ou incapacidade de funcionar sob tensão, seu nível de tolerância, se você adere ou não às regras, e quão eficazmente você tomará o controle em uma situação difícil.

PROVA:

Antes que qualquer conclusão possa ser delineada, os presos provam suas intenções sobre você em questões menores. Isto pode incluir coisas como os pedidos desautorizados para provisões e materiais, pedindo favores, enganando as regras, pilhando em simpatia, ou tentando comprometê-lo em conversas íntimas. Se você se entrega nestas “questões menores”, então você é um primeiro candidato para um esquema.

O ESQUEMA:

Se você compromete as regras menores ou se compromete em uma conduta íntima ou imprópria, então um preso o pega por usar isto como uma chantagem para conseguir o que eles realmente queriam desde o início. Eles ameaçarão contar à administração sobre suas infrações menores no passado ou contar-lhes que você realmente tem sido enganado para fazer algo ilegal. Eles usam isto como chantagem para conseguir o que eles querem – seja contrabando, como drogas ou álcool, ou outros favores.

EVITANDO UM ESQUEMA

Você pode evitar um esquema por...

1. MANTER UMA ATITUDE PROFESSIONAL:

O profissionalismo é uma palavra usada para descrever uma atitude específica para o ministério nas cadeias e prisões. Profissionalismo significa que suas normas e estilo de vida devem ser melhor que as normas e estilo de vida da maioria das pessoas confinadas na prisão. Você não está sendo profissional se você usa a gíria do preso ou manipula as regras institucionais como alguns presos fazem.

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2. EVITANDO A INTIMIDADE:

Nós temos enfatizado isso repetidamente neste manual – você pode manter o profissionalismo e ainda ser amistoso. Faça uma distinção entre a amabilidade e a intimidade. Você está muito íntimo se você permite que o preso tome liberdades.

Reforçar as regras para uma pessoa, porém relaxá-las para outras é um exemplo disso. Comprometer-se em conversas íntimas ou prometer favores que não estão dentro de sua jurisdição são outros exemplos.

3. NEGAR-SE A VIOLAR AS REGRAS SOB QUALQUERCIRCUNSTÂNCIA:

Um esquema sempre envolve uma infração anterior das regras. Negue-se a violar as regras sob qualquer circunstância.

4. INFORMANDO IMEDIATAMENTE UMA TENTATIVA DE ESQUEMA:

Se você é abordado desta maneira ou se você se encontra envolvido em um esquema, imediatamente informe ao capelão ou ao administrador.

DIRETRIZES PARA A VISITA

Aqui estão algumas diretrizes para a visita: Passe pelos canais apropriados para ser aprovado pela instituição como um visitante. Você pode ter que preencher certos formulários, ser aprovado antes de sua primeira visita, levar um tipo específico de identificação, etc. Aprenda e cumpra todas as regras para a visita pessoal na instituição onde você deve visitar. As regras podem incluir problemas como dias e horários para a visita, vestimenta apropriada, segurança, e códigos de vestimentas. Eles normalmente governam o que pode e não pode levar à instituição com você. Muitas prisões possuem suas regras por escrito. Peça-lhes estas regras. (Para diretrizes gerais, veja o Capítulo Onze deste manual sobre “Códigos de Vestimentas e Segurança”). É melhor fazer uma visita individual com uma pessoa do mesmo sexo. Isto evita as ciladas das relações românticas impróprias. Normalmente, é melhor não dar dinheiro a um preso ou sua família. Se você crê que há uma necessidade legítima e você realmente crê que Deus está dirigindo-lhe a fazer isso, é melhor dar a sua ajuda anonimamente através do capelão ou outro contato na instituição.

Se você cria uma amizade real com um preso, será mais fácil discutir as questões espirituais e compartilhar o evangelho com eles. Não pregue ou repreenda. Peça a Deus que lhe mostre como compartilhar Seu amor e Palavra de uma maneira que será aceitável. Depois que um preso se torna um crente, continue o discipulado com ele na Palavra de Deus. Se a instituição permite, dê uma Bíblia e literatura de discipulado a seu amigo. Dependendo das regras institucionais, podem permitir-lhe enviar estes artigos através do correio, pode levá-los com você ou os materiais podem

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ser dados ao capelão para ele entregar. A menos que você tenha o treinamento ou esteja capacitado por Deu na área de aconselhamento pessoal, não assuma este papel no relacionamento. Você está ali como um amigo. Não pense que você deve dar uma resposta a cada problema levantado. Como em qualquer amizade, seja um bom confidente. Guarde informação pessoal compartilhada por seu amigo especial confidencial. A prisão é um lugar muito impessoal, desumanizador e um preso não têm muita oportunidade de receber atenção individual. Faça a seu amigo sentir-se especial. Faça de sua visita umas ocasiões positivas, enriquecedoras e divertidas. Sempre relembre que você está ali como representante do Senhor Jesus Cristo, porém não gaste todo seu tempo nas questões espirituais. Crie uma relação equilibrada assim como você faz com seus próprios amigos pessoais. Discuta os eventos atuais, riam juntos, divirtam-se com seu amigo!

PREDICAÇÃO E/OU ENSINOMensagens preparadas para pregar ou ensinar em uma prisão não devem exceder 30 minutos (a menos que, é claro, o Espírito Santo esteja entrando de alguma maneira dramática). Muitos presos têm um tempo limitado de atenção. Você também quer deixar bastante tempo ao final de sua mensagem para que você possa concluir as coisas adequadamente e visitar por um momento os visitantes (a amizade é importante para eles). Faça suas mensagens pertinentes aos presos. Ajuste sua apresentação ao que você sabe de seu público. Mensagens que edificam o caráter e dão estímulo sempre são bons. Ao fazer um ponto sobre algo errado ou mau, sempre usemos “nós” para incluir-se.

O SEGUINTE NUNCA DEVE SER FEITO EM UMA MENSAGEM:

Nunca afronte os presos. Eles já têm recebido o suficiente disso da parte de parentes, advogados, juízes e etc. Nunca faça declarações que possam ser mal interpretadas pelos funcionários da prisão como uma brecha na segurança. Nunca degrade outras religiões. Nunca apresente uma atitude “eu sou mais santo do que você”. Nunca faça perguntas antagônicas ou assuma que o grupo não concorda com você. Nos grupos pequenos, onde quer que possível, use o arranjo dos assentos em círculo. Nos grupos pequenos, anime a participação da classe. O método de perguntas e respostas é o mais eficaz. Não permita que uma pessoa domine a conversa. Assegure-se que todos têm uma Bíblia e anime-os à sua leitura. Se você tem que retirar uma pessoa indisciplinada do grupo, seja cortês e discreto, porém firme. Se necessário, consiga a cooperação de um funcionário correcional.

COMO CONTATAR A FAMÍLIA DE UM PRESO

Há duas coisas importantes que você deve fazer antes de contatar a família de um preso: Verifique com o capelão ou administração na prisão onde você está ministrando. Veja se há regras contra isso ou um procedimento estabelecido que você deva seguir. Obtenha a permissão escrita do preso

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para que a família e a instituição saibam que você tem a aprovação dele/dela. O pedido também esclarece o propósito para seu contato. Você pode usar e/ou adaptar o formulário que segue. Uma ligação telefônica amistosa ou uma visita curta devem iniciar este ministério. No término da visita ou ligação ofereça uma breve oração. Na próxima visita, leve uma cópia da mesma literatura que o preso está usando para os membros adultos da família para que eles possam juntos progredir espiritualmente. Se eles não estão interessados na literatura, então continue visitando em uma base estritamente amistosa e de apoio. Sempre tente limitar a conversação às condições presentes da casa, família, emprego e planos para o futuro. Desencoraje intenções de permanecer nos aspectos negativos do passado. Nas visitas subseqüentes, a família pode compartilhar os problemas pessoais com você. Se uma necessidade básica é óbvia, discretamente inquira se você pode ser de ajuda para satisfazê-la.

NOTA:Equipes de marido e mulher são os visitantes ideais. Os homens nunca devem visitar a esposa de um preso sozinho, nem uma mulher deve visitar o marido de uma prisioneira sozinha. Quando você está trabalhando com a família de um preso, mantenha confidência de todas as questões pessoais.Somente compartilhe o que você tem recebido permissão específica do membro familiar do encarcerado para revelar. Nunca se envolva em questões legais ou menção de problemas entre o preso e a família dele.

TIPOLOGIA INSTITUCIONAL E DO PRESO

Alguns presos são considerados mais perigosos do que outros? Há alguma diferença entre uma cadeia e uma penitenciária? Os presos compartilham algumas características comuns? Como você responde a alguém que mantém a sua declaração de inocência? Estes são alguns problemas importantes que são discutidos neste capítulo.

TIPOLOGIA INSTITUCIONAL

Cada cadeia e penitenciária é única, porém a maioria das instituições é classificada pelo tipo de preso que elas alojam:

INSTITUIÇÕES DE SEGURANÇA MÁXIMA:

Estas alojam os presos que são maiores em risco, talvez devido à natureza de seu crime ou sua conduta na cadeia. Normalmente, os corredores da morte se localizam nas instituições de segurança máxima. Estes presos têm uma vigilância muito íntima e sua participação em programas institucionais liderados por voluntários é restringida.

INSTITUIÇÕES DE SEGURANÇA MÉDIA:

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Estas possuem presos menos violentos que não necessitam de uma grande segurança ou proporcionam riscos de fuga. Eles não exigem tanta vigilância e podem permitir-se participar livremente nos programas religiosos.

INSTITUIÇÕES DE SEGURANÇA MÍNIMA:

Estas são compostas de presos que estão perto de sua data de libertação, encarcerados por crimes não-violentos ou aqueles que mostraram que são sumamente confiáveis. Eles, inclusive, podem trabalhar fora da prisão em certas ocasiões e normalmente possuem liberdade para participar nos programas religiosos. Algumas instituições alojam presos de todos os três níveis de segurança nas várias áreas da mesma instalação. Freqüentemente, cada um destes níveis se encontra também nas cadeias. As instituições às vezes vestem os presos com uniformes de diferentes cores para identificar os vários níveis de segurança.

AS DIFERENÇAS ENTRE AS CADEIAS E AS PENITENCIÁRIASAinda que as cadeias e as penitenciárias sejam casas de detenção, há diferenças entre as duas. Os presos da penitenciária foram julgados e declarados culpados. A cadeia normalmente é o ponto de entrada para todos os prisioneiros. Muitos encarcerados ainda não foram julgados e declarados culpados de algo. A maioria está aguardando um julgamento pendente. Alguns estão aguardando uma sentença pendente. Alguns podem estar cumprindo sentenças tão curtas que não há garantia de enviá-los a uma prisão. A população da penitenciária é relativamente estável. As pessoas cumprem penas mais demoradas, então você tem mais tempo para trabalhar com elas. A população da cadeia é muito transitória. Só se mentem as pessoas nas cadeias enquanto elas aguardam o julgamento, sentença ou o cumprimento de penas curtas. Seu tempo com eles é limitado. Algumas penitenciárias têm um mínimo de instalações e programas para aconselhamento e reabilitação, porém a maioria das cadeias tem algum ou nenhum. As prisões normalmente têm boas instalações para reuniões de grupo como os cultos da igreja e os estudos bíblicos em grupo. As condições físicas, emocionais e psicológicas dos presos da cadeia são diferentes e menos favoráveis que as das penitenciárias. Normalmente não há nenhuma privacidade em falar com os presos individuais nas cadeias. Os prisioneiros nas cadeias estão freqüentemente aborrecidos, inquietos e com medo. Na maioria das vezes a incerteza governa suas vidas.

OUTROS TIPOS DE INSTALAÇÕES

Outros tipos de programas de detenção incluem:

CENTROS DE TRABALHO CONDICIONAL:

Permite que um preso trabalhe na comunidade durante o dia e volte à noite para o centro de detenção.

CASAS PARCIAIS:

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Para as pessoas em liberdade condicional. É exigido que elas permaneçam na casa enquanto procuram emprego e um lugar permanente para viver. Pode ser exigido que elas completem certos programas de aconselhamento ou treinamento oferecido pela casa.

ACAMPAMENTO DE ESTRADA, DE INCÊNDIOS,DE SILVICULTURA, OU TRABALHO EM FAZENDAS:

Os presos trabalham em estradas, lutam contra incêndios ou trabalham em bosques públicos ou em uma fazenda.

CASA DE DETENÇÃO JUVENIL OU REFORMATÓRIO:Tipicamente para os delinqüentes juvenis serem mantidos longe dos prisioneiros mais velhos. Apesar do ambiente, as prisões e penitenciárias e outros programas penais representam uma das maiores colheitas no mundo. Jesus teve somente uns minutos com o ladrão agonizante na cruz, porém seu destino foi completamente mudado por toda a eternidade.

A TIPOLOGIA DO PRESO

Cada preso é singular. Deus ama cada um e não quer que nenhum se perca. Não há nenhum “preso típico” aos olhos de Deus, porém há algumas características comuns que o ajudarão a entender a maioria. EDUCAÇÃO:

Freqüentemente, o nível educacional dos presos é baixo.

AMBIENTE FAMILIAR:

Os presos vêm freqüentemente de casas onde havia abuso, divórcio, pequena supervisão e nenhuma disciplina.

CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL:

Muitos presos têm pouca ou nenhuma capacitação profissional. Eles podem ter sido infrutíferos em obter ou manter o emprego ou podem ter trabalhado em trabalhos poucos proveitosos.

AUTO IMAGEM:

Os presos possuem freqüentemente uma auto-imagem muito baixa porque a sociedade, os amigos ou a família os têm rejeitado.

PERFIL EMOCIONAL:

Muitos presos padecem de culpa pelo que eles têm feito ou tem colocado sobre suas famílias. Depressão, desespero e hostilidades são comuns.

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RESPONSABILIDADE SOCIAL:

Os presos às vezes possuem um sentido limitado de responsabilidade social. Eles não podem sentir nenhum arrependimento por seus crimes ou que eles receberam uma “parada forçada” do sistema vindo da prisão.

OFENSAS COMUNS:

Quatro crimes são retratados pela maioria dos presos da prisão na maioria dos países: furto, roubo, assassinato e violações de narcóticos. Outras razões comuns para o encarceramento são ofensas sexuais, seqüestro, assalto, desfalque, falsificação e fraude. Os presos também assumem vários papéis na prisão que você deve estar consciente disso no ministério:

OS “PERGUNTADORES ABORRECIDOS”

Podem vier a uma classe bíblica como estudantes sérios e depois podem interromper com perguntas controversas.

Eles podem tentar relatar as histórias escandalosas sobre a igreja e ministros ou fazer do momento de testemunho uma sessão de descontentamento. Mantenha o controle das sessões trazendo continuamente o grupo de volta ao assunto.

OS “BUSCADORES PERENES”

Respondem a cada chamado do altar devido a uma falta de entendimento de que a conversão é um desejo de agradá-lo ou porque eles têm vivido como um pecador desde a última vez que eles responderam ao apelo. Continue recebendo-os calorosamente quando eles respondem e orem com eles. Quando eles estivem seguros de sua relação com Deus e realmente entendem a conversão, eles mudarão.

OS “MANIPULADORES”

São aqueles que podem ser encantadores e favoráveis, porém tentam usá-lo para alcançar seus próprios propósitos. Revise “Como Evitar Um Esquema” no Capítulo Onze deste manual para sugestões sobre como tratar com eles.

OS PRESOS INSTITUCIONALIZADOS

São aqueles que têm estado confinados por um longo período de tempo e têm dificuldades de funcionar fora da instituição penal. Se eles voltam à prisão depois da liberdade condicional, não se desencoraje. Eles podem ser sinceros em sua confissão do Senhor, porém eles simplesmente podem necessitar de maiores habilidades para ajustar-se à vida fora da prisão.

LEMBRE-SE – estas características não são verdadeiras para todos os presos. Alguns são bastante educados e mantiveram trabalhos altamente

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proveitosos. Alguns vieram de boas casas e famílias que os apoiavam. Alguns são pessoas que buscam com sinceridade, desejando aprender sobre Deus. Estas características gerais são baseadas nos numerosos estudos da maioria dos presos da prisão. O mais importante – lembre-se de não ver os presos como eles eram, ou assim como eles são. Veja-os como homens e mulheres valentes de Deus que eles se tornarão quando o Evangelho impactar suas vidas sobrenaturalmente!

ALGUNS SÃO REALMENTE INOCENTES?

Muitos presos mantêm sua declaração de inocência. Para alguns que realmente são culpados, isto pode ser um mecanismo de fuga. Eles não podem enfrentar o que eles fizeram, assim eles racionalizam ou culpam os outros. “Porém, por favor, tenha consciência de que alguns presos que mantêm sua inocência realmente são inocentes”. Tenha havido alguns casos onde os presos foram libertados da prisão depois de ter sido provado – sem dúvida – que eles foram equivocadamente declarados culpados. (Isto também se aplica aos antigos presos do corredor da morte!). Você não está ali para julgar um preso culpado ou inocente. Você deve estar ali como um amigo e ministrar o amor de Deus a eles. Seja de apoio. Diga-lhes que você orará a Deus para empreender em seu caso e para que a justiça seja feita. Recorde que – por várias razões – muitos heróis da fé terminaram com registros da prisão. José passou pelo menos dois anos na prisão depois de ter sido falsamente acusado de tentar violentar a esposa de Potifar (Gênesis 39). Sansão foi encarcerado pelos filisteus (Juízes 16). Jeremias foi colocado duas vezes no calabouço do Rei Zedequias, uma vez por pregação impopular e uma vez quando falsamente acusado de traição (Jeremias 32, 37). Muitos dos apóstolos foram lançados na prisão pelos Saduceus (Atos 5). Herodes encarcerou João Batista (Mateus 4) e Pedro (Atos 12), assim como a Paulo. O apóstolo Paulo tinha um extenso registro de prisões. Ele cumpriu pena em Jerusalém (Atos 23), em Cesaréia (Atos 23), uma cadeia local em Filipos (Atos 16) e provavelmente duas ocasiões diferentes em uma prisão em Roma. Os cristãos têm sido aprisionados ao longo da história da igreja –John Nubyan e Dietrich Bonhoeffer são dois de uma grande maioria de crentes notáveis que foram encarcerados. China moderna, Rússia e Uganda têm visto milhares de crentes encarcerados e martirizados. Jesus disse que ser um cristão fiel pode levar à prisão (Mateus 10 e 24). Reciprocamente, ser um prisioneiro também pode levar à fé – como um preso do corredor da morte no Calvário descobriu.

SEMPRE RECORDE...

Há grandes homens e mulheres de fé em ambos os lados dos muros da prisão.

CÓDIGOS DE VESTES E DE SEGURANÇA

“Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas” (Romanos 13.1). A maioria das instituições penais possui

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códigos específicos sobre vestes e seguranças. Esteja seguro de inquirir sobre estes e de pedi-os por escrito, se isso é possível. Neste capítulo você aprenderá os códigos gerais de vestes e segurança aplicáveis a todas as instituições. Você também aprenderá a sobreviver a um incidente de tornar-se refém, embora isso raramente possa ocorrer em sua vida.

AS VESTES APROPRIADAS

Cada cadeia e penitenciária normalmente possui um código para vestes que se aplica a sua instituição específica. Por exemplo, algumas instituições proíbem que voluntários e visitantes vistam cores parecidas com as dos uniformes dos guardas ou dos presos.

Assegure-se de perguntar pelas regras à instituição específica que você está visitando.

AQUI ESTÃO ALGUMAS REGRAS GERAIS SOBRE AS ROUPASAPROPRIADAS APLICÁVEIS A TODAS AS INSTITUIÇÕES:

Não use roupas apertadas, com formas apertadas. Não use roupas decotadas. Evite camisetas com emblemas e slogans como uma veste exterior. Nenhuma roupa relacionada a quadrilhas. Não use roupas transparentes ou reveladoras. Nenhum “calção”.

PARA AS MULHERES:

Vestidos ou saias devem estar abaixo do joelho. Evite blusas que revelem as roupas íntimas (algumas instituições proíbem vestidos e blusas sem mangas para que não sejam mostrados nem mesmo as tiras do sutiã). Geralmente falando, use roupas que são apropriadas no mundo comercial. Você está ali para “negociar” para o Rei dos Reis!

CÓDIGOS DE SEGURANÇA

Cada cadeia e penitenciária normalmente tem um código de segurança que se aplica a sua instituição específica. Esteja seguro de perguntar pelas regras à instituição que você está visitando. A adesão às regras assegurará que seu testemunho cristão seja válido e fará seu ministério eficaz. Aprenda e obedeça toda a regra de sua instituição local.

AQUI ESTÃO ALGUMAS REGRAS GERAIS DE SEGURANÇAAPLICÁVEIS A TODAS AS INSTITUIÇÕES:

1. Deixe o seguinte em sua casa ou automóvel: bolsas, carteiras, cartões de crédito, dinheiro e coisas não essenciais.

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2. Sempre leve uma identificação juntamente com a sua credencial de capelão. Muitas instituições insistem que sua identificação tenha uma fotografia. 3. Prepare-se para submeter-se a uma busca a qualquer momento. 4. Encontrem-se e cheguem juntos se vocês estão ministrando como um grupo. Algumas instituições os escoltarão á seu destino. 5. Assegure-se de aderir ao código da instituição. 6. Sempre consulte o Capelão Oficial Militar ou a um membro do pessoal quando em dúvida. Não conjeture nada! 7. Se você está ministrando com um grupo, mantenha seus olhos uns nos outros, sobretudo enquanto entrando e saindo da instituição. (Nota: os homens devem manter os olhos nas senhoras nas instituições masculinas e as senhoras devem fazer o mesmo para com os homens nas instituições de mulheres). Não se desvie do grupo. 8. Nunca corra na instituição. Normalmente correr indica que alguém está sendo caçado ou está caçando alguém. Normalmente se percebe como um sinal de perigo.9. Aprenda seu caminho ao redor da instituição. Não entre em qualquer área restrita. Sempre caminhe nos corredores. Não tome atalhos (eles podem levar ao perigo). 10. Conheça os procedimentos de emergência. Algumas instituições possuem alarmes nas salas de reunião ou dão alarmes pessoais ou apitos aos voluntários. Espera-se que você obedeça a um funcionário quando uma ordem, comando, direção ou instrução for dada. Isto é para sua proteção e segurança na instituição. Se você não pode ser um recurso durante uma emergência, saia do caminho. No caso de uma situação que afeta uma porção significativa da população de presos em uma instituição, o programa de visitas e outras atividades podem ser suspensos durante a emergência. 11. No caso de uma urgência médica com um preso, conheça o procedimento para convocar a ajuda médica e Se um crime é realizado... Peça ajuda imediatamente. Permaneça na cena do crime. Permaneça no controle e tranqüilize os outros ao seu redor. 13. Não leve nenhum artigo de contrabando a uma instituição. Estes incluem drogas, explosivos, álcool e armas, obviamente. Isso também inclui os itens que você poderia pensar que não, por exemplo, algo como chiclete, que pode ser usado como um molde para fazer chaves de fechaduras ou cadeados. Assegure-se de perguntar o que é permitido levar com você. 14. Nunca tome medicamentos (drogas legais) em qualquer instituição. Não entre na instituição com suas habilidades danificadas pela medicação. 15. Nunca leve alguma câmera ou gravador para a prisão sem permissão. As fotografias são consideradas um risco de segurança se elas chegam a mãos erradas. 16. Nunca deixe sua roupa (jaquetas, suéteres, etc.) onde elas podem ser pegas e usadas por prisioneiros em uma fuga. 17. Se você recebe chaves, guarde-as o tempo todo com você. Não as entregue de maneira alguma! Se você é responsável para fechar uma sala com a chave, assegure-se de investigar a sala antes de fechá-la. Verifique dispensas, em baixo das mesas, armários e banheiros. Assegure-se de que tudo está vazio.

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18. Funcionários designados às entradas, saídas e portas são responsáveis por identificá-lo e investigar qualquer automóvel, pacote, bolsa ou carteira que entra. Quando o funcionário na porta está processando um visitante ou preso, não o interrompa. 19. Não leve mensagem a ou de o preso – verbal ou escrita – para fora da instituição. Passar mensagem de prisioneiros a outros de fora poderia –ignorantemente – está contribuindo para uma fuga. 20. Muitas instituições emitem um crachá de identificação ou um emblema aos voluntários.

Assegure-se de usar ou levar em todo momento com você em solo institucional.

SOBREVIVENDO AO INCIDENTE DE TORNAR-SE UM REFÉM

As oportunidades são remotas – porém, se você está proporcionando cultos nas instituições correcionais, você deve estar alerta à possibilidade de ser tomado como refém.

AS SEGUINTES DIRETRIZES SÃO USADAS:

1. Tenha cuidado com atos de heroísmo. Não aja precipitadamente. 2. Seja cooperativo e obedeça às exigências daqueles que fazem os reféns sem parecer servil ou antagônico. 3. Busque um lugar protegido onde você possa esconder-se sem as autoridades ou os presos tentarem atacar sua posição com força. 4. Fique calmo. 5. Mantenha a cabeça baixa. Evite a aparência de observar os crimes que os amotinados cometem. Olhe para baixo ou para longe. Evite interferir com suas discussões ou atividades. 6. Não faça ameaças contras os amotinados ou dê qualquer indicação de que você testemunharia contra eles. Se os presos estão tentando ocultar suas identidades, não faça nenhuma indicação de que você os reconhece. 7. Seja relutante em deixar sua identificação ou roupa. A perda destas coisas é desmoralizadora. Os presos às usarão para negociar. Seja especialmente resistente quanto a trocar de roupa com um preso. Isto poderia colocá-lo em um perigo muito maior no caso de um ataque. 8. Como resultado da tensão da situação de ser refém, você pode ter dificuldade de reter líquido. Se for possível e o incidente é demorado, tente beber água e comer – ainda quando você não tem fome. 9. Não diga ou faça algo que desperte a hostilidade ou suspeitas de seus apreensores. Seja neutro e um bom ouvinte se seus apreensores querem falar. Seja cauteloso sobre fazer sugestões a seus apreensores, pois você pode ser responsabilizado se algo que você sugere sair mal. 10. Pense em razões persuasivas para que os apreensores mantenham você e os outros reféns vivos e não lhes cause danos. Anime que eles permitam as autoridades saber seu paradeiro e condição. Pense nas possíveis maneiras que você ou outros possam beneficiar a seus apreensores nas negociações que os livrariam.

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11. Se você, como refém, termina servindo como o negociador entre os presos e as autoridades, você deve levar as mensagens entre os dois grupos com precisão. 12. Se há um ataque para resgatar e se dispara tiros, se lance rapidamente ao solo e busque cobertura. Mantenha suas mãos em sua cabeça. Quando apropriado, identifique-se. Não resista a ser apreendido até que uma identificação positiva seja feita. 13. Ainda que você deva parecer desinteressado enquanto refém, observe tudo o que puder e faça anotações imediatamente depois de sua libertação. Todas estas coisas ajudarão na perseguição aos fugitivos. O mais importante – além das diretrizes práticas anteriores – ore fervorosamente e mantenha sua dependência no Espírito Santo. Recorde que nada acontece sem a permissão de Deus. Por conseguinte, tenha presente que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8.28). Você não tem nada a temer. Deus o libertará segundo a Sua vontade e tempo. Se fosse necessário, Ele poderia enviar legiões de anjos para resgatá-lo!

UMA NOTA FINAL:

Por favor, não permita que esta discussão necessária sobre os códigos de segurança e ser tomado como refém o desencoraje a entrar no ministério aos presos. Você está mais em perigo nas ruas de sua cidade do que entrando em uma prisão! Os presos, inclusive, são conhecidos por proteger os voluntários dos amotinados porque eles sabem que eles realmente se importam com eles.

OBS.: LEI DE EXECUÇÃO PENAL - LEI 7210/84 | LEI Nº 7.210, DE 11DE JULHO DE 1984.

SEÇÃO VII - DA ASSISTÊNCIA RELIGIOSA

Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos internados, permitindo-se-lhes a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de instrução religiosa.§ 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos.§ 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de atividade religiosa.

SEÇÃO VIII – DA ASSISTÊNCIA AO EGRESSO

Art. 25. A assistência ao egresso consiste:I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade;II - na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses.

PARÁGRAFO ÚNICO. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado uma única vez, comprovado, por declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego.

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Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento;II - o liberado condicional, durante o período de prova.

Art. 27. O serviço de assistência social colaborará com o egresso para a obtenção de trabalho.

NOTAS BIBLIOGRAFICAS 1

MCCULLOUGH, HOYT, LARSON, KOENIG & THORESEN, 2000.KOENIG, PARGAMENT, & NIELSEN, 1998.BRADY, PETERMAN, FITCHETT, MO, & CELLA, 1999.GIBBONS, THOMAS, VANDECREEK, & JESSEN, 1991.VANDECREEK & LYON, 1997.SHARP, 1991.

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CAPELANIA PRISIONAL

"Lembrai-vos dos presos como se estivésseis presos com eles e dos maltratados, como sendo-o vós mesmo também no corpo” Hebreus 13.3. Capelão prisional é o agente de Deus para uma missão nobre que visa alcançar aqueles que estão atrás das grades com a palavra de Deus, evangelizando-os, aconselhando-os e despertando-os para uma nova vida.Segundo as palavras de Jesus Cristo em Hebreus 13.3, quando Ele nos lembra para nos preocupar e empenhar na visitação aos presos, dizendo assim: "lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos mal tratados, como o sendo vós mesmo também no corpo".

Com estes ensinamentos o ministério da capelania prisional, entende que o Senhor quer alcançar não somente as pessoas enfermas e em tratamentos nas internações hospitalares, mas também, as pessoas que se encontram em regime prisional. Você sabia? No Estado do Rio de Janeiro, existem mais de vinte mil detentos? No Estado de São Paulo, são mais de noventa mil? Em todo Brasil, o numero de detentos chega a mais de meio milhão?E que indiretamente, juntando os familiares, que também são vitimas,chegamos aproximadamente a mais ou menos quatro milhões de pessoas?

O QUE NÓS ESTAMOS FAZENDO OU PODEMOSFAZER PARA MUDAR ESSE QUADRO?

OBJETIVO DA CAPELANIA:

Levar as pessoas encarceradas nos presídios e delegacias o tão grande amor de Deus através da visitação dos capelães e também com a ministração da poderosa Palavra de Deus; acompanhada de poderosa oração e aconselhamento pessoal, sabendo que o Senhor Jesus tem por objetivo alcançar estas vidas dando a elas a oportunidade de conhecer melhor o Reino de Deus através das ações dos capelães evangélicos.

O CAPELÃO PRECISA SER:

A) Chamado para este ministério.B) Cheio do Espírito Santo.C) Preparado para este ministério.D) Amável.E) Tratável.F) Comprometido.G) Firme.

O PÚBLICO ALVO DO CAPELÃO PRISIONAL

1º- DETENTOS2º- FAMILIARES3º- AGENTES4º- FUNCIONÁRIOS

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O alvo principal do capelão prisional são os detentos, e estes necessitam serem conhecidos e analisados.

OS TIPOS DE DETENTOS

A) Os que estão atrás das gradesB) Os que presos dentro de si mesmoC) Os que estão do lado de fora das delegacias e presídios (familiares).

CUIDADOS A SEREM TOMADOS PELO CAPELÃO PRISIONAL.

1º ENVOLVIMENTO EMOCIONAL2º ENVOLVIMENTO SENTIMENTAL3º ENVOLVIMENTO JURÍDICO4º ENVOLVIMENTO FINANCEIRO5º ENVOLVIMENTO COM O SISTEMA (ouvido e não boca).

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6 - CAPELANIA ESCOLAR

CAPELANIA EM AÇÃO CAPELANIA escolar é a ação da escola no exercício do ministério espiritual. É o esforço para ganhar almas no universo da educação.

CAPELANIA escolar é obra missionária entre estudantes e educadores. Os que integram o serviço de Capelania, a diversos títulos, precisam ter vocação ministerial específica. Não basta boa vontade. É imprescindível uma visão missionária.

CAPELANIA escolar é a operação de cura da alma (aconselhamento) através do perdão mostrado pela pregação do Evangelho de Cristo que leva à descoberta do perdão e da nova Vida em Cristo.

CAPELANIA escolar é a ação da escola no exercício do ministério espiritual. É o esforço para ganhar almas no universo da educação.

CAPELANIA escolar é obra missionária entre estudantes e educadores. Os que integram o serviço de Capelania, a diversos títulos, precisam ter vocação ministerial específica. Não basta boa vontade. É imprescindível uma visão missionária.

CAPELANIA escolar é a operação de cura da alma (aconselhamento) através do perdão mostrado pela pregação do Evangelho de Cristo que leva à descoberta do perdão e da nova Vida em Cristo.

AÇÃO PASTORAL

A Capelania tem a finalidade de proclamar a fé em nosso Senhor Jesus Cristo a todos os alunos e seus responsáveis, bem como professores, funcionários e respectivos familiares. Para tanto, cada membro da equipe encarna a ação pastoral e educativa e se dedica a demonstrar o amor de Deus aos pequeninos das classes menores até aos maiores. Assim sendo, a

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missão da Capelania é estar à escuta de todos os que desejam dialogar, bem como levar cada um a sentir necessidade de diálogo com Deus.

MISSÃO DA CAPELANIA

A missão específica da capelania é atuar na área do aconselhamento pastoral e no ministério da consolação. Nunca se necessitou tanto de ação pastoral nas escolas, via capelania, como nos dias de hoje. Todo o tempo disponível é pouco para atender os que carecem de apoio espiritual. Tanto por causa das vicissitudes da vida moderna que abalaram os princípios da moral, da família e conseqüentemente da sociedade, como devido à complexidade da adolescência e da própria escola.

MISSÃO DO CAPELÃO

O Capelão é o pastor da grande grei que envolve seres de vários credos e até mesmo os que negam qualquer fé. Compete-lhe ser o conselheiro, o orientador, o pastor de alunos, professores, funcionários e seus familiares. No Regimento Interno da ONCC – Ordem Nacional de Capelania Cristã tem um código de ética que atende em geral a todas as Capelania. A Capelania Cristã Hospitalar tem um código mais especifico que tem aspectos muito especiais, diferentes das demais Capelania. Aqui, temos o Código específico para a Capelania Escolar.

A “CURE D’ÂME” CUIDA DA ALMA DO HOMEM.

Por alma aqui, é necessário o entendimento do homem como um todo: corpo alma e espírito. Toda a pessoal, sua personalidade, seu estado d’alma, sua felicidade, sua paz e sua saúde, física e mental.

A “CURE D’ÂME” CUIDA DA CURA DA ALMA DO HOMEM.

Apresenta a solução total e absoluta que é a vontade de Deus. Apresenta o caminho da salvação que é Jesus Cristo como Senhor.

IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS

O aconselhamento deve levar em conta o homem como criatura divina, como demonstrado em Gênesis 1.27. Nossa preocupação deve ser de caráter teológico, bíblico e cristocêntrico.

O HOMEM É ALMA VIVENTE

“Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego da vida, e o homem passou a ser alma vivente”. (Gn 2.7). Diferentemente de toda e qualquer outra criatura, o homem teve uma intervenção especial de Deus após a criação: Deus insufla-lhe Seu Espírito e o homem se torna alma vivente.

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O HOMEM PECOU

A ENFERMIDADE DO HOMEM É O PECADO.A ALMA DO HOMEM É PECADORA E PERDEU A GLÓRIA DE DEUS.A “CURA DA ALMA” É POSSÍVEL ATRAVÉS DO PERDÃO QUE LEVAAO NOVO NASCIMENTO.

A CURA DA ALMA SE DÁ COM A SALVAÇÃO

Essencialmente, a cura da alma se dá com a ação regeneradora da salvação. Portanto o aconselhamento pastoral é a pregação da Palavra de Deus ao indivíduo.

PARA QUÊ O ACONSELHAMENTO

1. Para que se entenda a obra regeneradora de Cristo na cruz do Calvário ofertando o perdão.2. Para aceitação da salvação, e conseqüente obediência ao plano de Deus e a submissão ao senhorio do Senhor Jesus.

A BÍBLIA

ACONSELHAMENTO POR MEIO DA PALAVRA

“Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a Tua palavra. Escondi a Tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra Ti. (Salmo 119.9,11).

ACONSELHAMENTO RELEVANTE DEVIDO A BÍBLIA

APLICANDO A PALAVRA CONSELHEIRO ACONSELHADO

“Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido”. (Josué 1.8).

A ORAÇÃO

ACONSELHAMENTO RELEVANTE ATRAVÉS DA ORAÇÃO

“E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos”. (João 5.14-15)

A RELEVÂNCIA DO ACONSELHAMENTOO aconselhamento relevante é o que tem a oração como base.

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A ORAÇÃO – forma única para saber da necessidade do corpo discente, docente e administrativo da escola.

A ORAÇÃO – forma de saber como aconselhar e como anunciar a salvação a cada pessoa.

A DINÂMICA DA ORAÇÃOO ACONSELHADO DEVE:1. Saber que oramos por ele.2. Ser convidado a orar.3. Conhecer e confiar no Senhor.4. Sentir nossa dependência de Deus em oração.

O CONTEÚDO DO ACONSELHAMENTO

O conteúdo do aconselhamento é o PERDÃO DOS PECADOS.O acesso ao perdão se dá:1. Pela confissão.2. Pelo arrependimento.3. Pela aceitação do perdão.

A IMPORTÂNCIA DE “LA CURE DE L’AME”

► PAZ► PAZ CONSIGO MESMO► PAZ COM DEUS (PERDÃO)

CONCLUSÃO: Efésios 6.10-20

“Finalmente, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes permanecer firmes contra as ciladas do Diabo; pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes. Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, permanecer firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e calçando os pés com a preparação do evangelho da paz, tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda a oração e súplica orando em todo tempo no Espírito e, para o mesmo fim, vigiando com toda a perseverança e súplica, por todos os santos, e por mim, para que me seja dada a palavra, no abrir da minha boca, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias, para que nele eu tenha coragem para falar como devo.

SEGREDO DO SUCESSO DA CAPELANIA ESCOLAR

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Ser pontual; Esclarecer as próprias dúvidas antes de falar aos alunos; Auto avaliar-se; Usar linguagem acessível aos juvenis; Pensar bem antes de prometer algo; Conhecer a fundo os programas e objetivos da escola; Dialogar particularmente com cada aluno e sempre que possível orar com ele; Demonstrar cortesia para com todos; Ter domínio próprio firmeza e bondade; Cuidar com tonalidade da voz: agradável e positiva; Ter posição definida e coerente (sim, sim; não, não); Respeitar as diferenças e limitações dos alunos e não esperar deles o impossível; Planejar tudo o que vai fazer; Usar a motivação adequada; Orar com os alunos; Ter alvos definidos e alcançá-los; Dar sempre atenção aos alunos; Pedir a direção divina para seu trabalho; Sorri com os que se alegram e chorar com os que choram.

DEVERES DO CAPELÃO ESCOLAR

A) Aconselhar e trabalhar com diretor nas atividades espirituais de todo clube;B) Organizar devocionais e períodos de oração;C) Organizar e liderar as atividades missionárias na igreja, visando os alunos;D) Preparar as atividades de Escola, Cultos e os programas espirituais para os acampamentos e outras atividades externas; Atuar em conjunto com o diretor e o pastor, se possível, na elaboração e realização de um programa de evangelização fora das dependências da escola e dentro dela, com a devida autorização do órgão competente;E) Atuar em conjunto com o diretor e o pastor na elaboração e realização do programa do Dia Mundial de Missões e no desenvolvimento dos programas de investiduras;F) Atuar como conselheiro espiritual das unidades, inclusive do corpo docente;G) Conhecer pessoalmente cada aluno (se possível) e membro da diretoria, e animá-los em seu relacionamento com o Senhor;H) Demonstrar equilibrada experiência cristã participando das atividades seculares da Escola, deixando claro que você não é preconceituoso á essas atividades;I) Ser exemplo como representante de Cristo na Escola.

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CÓDIGO DE ÉTICA DO CAPELÃO ESCOLAR [44]

INTRODUÇÃO

CÓDIGO ESPECÍFICO PARA A CAPELANIA ESCOLAR.

CAPÍTULO I – DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS• Art. 1º. – A Capelania Escolar é uma atividade religiosa de cunho espiritual que lida com indivíduos em formação física, mental e espiritual, que freqüentam escolas públicas e particulares, procurando dar-lhes orientação religiosa e espiritual, dentro do respeito à liberdade religiosa de cada pessoa e de cada família.• Art. 2º. – O Capelão deve inteirar-se do regimento interno da escola em que atua e das normas disciplinares dos alunos, professores e funcionários, respeitando-os plenamente.• Art. 3º. – A atuação do capelão não deve contrariar o trabalho de professores, pedagogos, psicólogos e diretores, nem embaraçar-lhes os programas, mas sim, cooperar para o bom desempenho dos alunos.• Art. 4º. – Os programas do capelão devem ser elaborados dentro de uma visão integrada aos programas educacionais da escola para que possa contribuir para o aproveitamento dos estudantes.• Art. 5º. – O trabalho do capelão com os alunos não deve contrariar orientações das famílias. Quando alguma família não permitir que seu filho participe dos programas da capelania, isto deve ser respeitado.• Art. 6º. – A área de educação a ser trabalhada pelo capelão é apenas a “educação religiosa” e o “aconselhamento pastoral”. Não deverá ele entrar na área dos pedagogos nem dos psicólogos da Escola, mesmo que tenha habilitação profissional na área. Se na sua atividade surgirem casos desta área, ele deverá encaminhar os alunos para aqueles profissionais.• Art. 7º. – Assuntos de disciplina não deverão ser acolhidos pelo Capelão, a menos que seja solicitado pela direção da Escola.• Art. 8º. – Igualmente, casos de avaliação pedagógica, em que alunos se julguem injustiçados por professores e educadores, não devem ser acolhidos ou tratados pelo capelão, especialmente quando exercerem suas atividades em Escola Pública ou Particular não confessional.

CAPÍTULO II – DA RESPONSABILIDADE QUANTO À ORIENTAÇÃO DECASOS ESPECIAIS• Art. 9º. – No contexto de uma escola surgem problemas de droga, de alcoolismo, de gravidez de adolescente e outros casos especiais. O capelão pode ser a primeira pessoa a detectar tais problemas em crianças, adolescentes e jovens. Ele não deve se omitir em trabalhar esses problemas, buscando a melhor orientação para a solução de cada caso.

44 - NESTA OPORTUNIDADE, VAMOS PARTICULARIZAR A ÉTICA DO CAPELÃO ESCOLAR. NO REGIMENTO INTERNO DA ONCC – ORDEM NACIONAL DE CAPELANIA CRISTÃ, TEMOS

UM CÓDIGO DE ÉTICA QUE ATENDE EM GERAL A TODAS AS CAPELANIAS. NO NOSSO LIVRO: CAPELANIA HOSPITALAR CRISTÃ – ESCRITO POR MIM E PELO, TENHO O CÓDIGO DE CAPELANIA

HOSPITALAR, QUE TEM ASPECTOS MUITO ESPECIAIS, DIFERENTES DAS DEMAIS CAPELANIAS.

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• Art. 10º. – Ao detectar tais casos, o capelão averiguará, primeiro, se pertencem a outras áreas profissionais da Escola, antes de tomar qualquer atitude. • Art. 11º. – Ao convencer-se de que o caso pertence à sua área, o capelão iniciará seu trabalho respeitando, evidentemente, o indivíduo e sua família.• Art. 12º. – Igualmente, ao tratar de problemas especiais com estudantes, o capelão deverá avaliar o momento certo de comunicar o fato aos pais. E quando o fizer, deverá ser com bastante cuidado para não criar recuo do jovem que está sendo ajudado e nem provocar reações extremadas dos pais.• Art. 13º. – Casos de grande gravidade ocorridos com estudantes maiores de idade, só serão relatados aos pais, caso eles concordem ou julguem que necessitam daquela ajuda.• Art. 14º. – Casos de gravidade ocorridos com estudantes menores de idade, deverão ser relatados aos pais, naturalmente dentro dos cuidados que exige cada questão.• Art. 15º. – A gravidez de adolescente é um caso especial de grande gravidade, porque envolve “corrupção de menores”.[45], que exige os seguintes cuidados: Esperar que o caso lhe venha ao conhecimento, ou pela própria pessoa ou pela direção da escola, ou, ainda, pelos pais; Averiguar se os pais estão sabendo do fato e qual a atitude deles; Jamais ser drástico com a adolescente, mas tratá-la como pessoa e com muito cuidado, sem, contudo, aprovar a sua atitude errada; Uma vez que o caso aconteceu, jamais incentivar o aborto, em nenhuma hipótese; Levar a adolescente a valorizar a vida que tem dentro dela e prepará-la para encarar esse desafio; Não procurar resolver o problema do parceiro, a menos que seja solicitado e principalmente se for também da escola; Manter o equilíbrio de tratamento: nem privilegiá-la pelo feito, nem menosprezá-la pelo erro.• Art. 16º. – Todo o procedimento que envolver esses problemas especiais com estudantes deverá ser relatado à direção da escola, a quem de direito, uma vez que a primeira responsabilidade sobre o aluno é dela.

CAPÍTULO III – DO RESPEITO À CONSCIÊNCIA RELIGIOSAINDIVIDUAL• Art. 17º. – Todo o trabalho de ensino religioso de capelão e sua equipe deve levar em conta os direitos à consciência religiosa de cada indivíduo. Isto deve ser feito mesmo em escolas confessionais em que os pais que aceitam ali matricularem seus filhos já sabem da posição religiosa da instituição.• Art. 18º. – O capelão fará o seu trabalho religioso e espiritual sem conotação sectária, mesmo porque numa escola confessional, haverá alunos pertencentes a diversas linhas de doutrina cristã.

45 - VER ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E CÓDIGO PENAL.

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• Art. 19º. – Este respeito à consciência religiosa do indivíduo fica mais exigente quando a escola for pública ou particular não confessional.

CAPELÃO E AUXILIARES• Art. 20º. – A capelania adotará para si uma linha de doutrina e ensinos, bem assim de procedimentos no atendimento individual de alunos, professores e funcionários da escola.• Art. 21º. – Os auxiliares não poderão discrepar, em termos de ensinoe doutrina, das linhas adotadas pela capelania; todos deverão falar uma mesma “língua”.• Art. 22º. – Capelão e auxiliares, não poderão discordar de doutrina, ensino ou metodologia perto de alunos e professores. Casos dessa ordem serão tratados em particular pelo capelão-chefe.• Art. 23º. – Capelães auxiliares não deverão ser chamados a atenção diante de alunos, professores e funcionários. Esses casos devem ser tratados em particular, na sala da capelania.• Art. 24º. – Também a capelania não poderá discrepar da disciplina geral adotada pela escola. Capelania e direção da escola deverão, também, falar a mesma língua.

CAPÍTULO V – DOS ASSUNTOS CONFIDENCIAIS• Art. 25º. – Ao atender pessoas, sejam alunos, funcionários ou professores, o capelão e seus auxiliares manterão absoluto sigilo dos casos tratados.• Art. 26º. – Assuntos tratados na sala da cepelania ou mesmo no aconchego dos lares de alunos, jamais serão mencionados de público, nem mesmo a título de ilustração ou exemplo didático, e nem passados para outras pessoas.• Art. 27º. – Igualmente, se tiver conhecimento de doença grave de alunos ou familiares, jamais passar para outros a informação, ou mencionar o fato em público.• Art. 28º. – O capelão jamais fará qualquer tipo de discriminação ou diferenciação no tratamento de pessoa que esteja sendo tratada em assunto moral grave.

CAPÍTULO VI – DA ÉTICA DO CAPELÃO EM ESCOLAS PÚBLICAS• Art. 29º. – Em escolas públicas, caso haja permissão para a atividade de capelania, todo o trabalho do capelão deve ser posto em prévia programação que será submetida à direção da escola.• Art. 30º. – A metodologia do ensino religioso deverá ser colocada de modo a não provocar reclamações por parte de alunos, pois isto significará o fim da oportunidade.• Art. 31º. – Se tiver de tratar de algum problema especial com algum estudante com os pais, isto deverá ser feito com expressa permissão da direção da escola, depois de dar-lhe pleno conhecimento do problema.

CAPÍTULO VII – DO RELACIONAMENTO DOS CAPELÃES COM O SEXOOPOSTO

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• Art. 32º. – Um capelão deverá agir com cuidado com pessoas do sexo oposto, evitando aproximação íntima demais que possa provocar suspeitas diversas.• Art. 33º. – O capelão não deverá sair para programações especiais a sós com estudantes do sexo oposto, e até mesmo com professores ou funcionários, quando as circunstâncias possam ser interpretadas para um lado ou sentido negativo.• Art. 34º. – Capelães solteiros ou divorciados, não deverão entrar em relação de namoro com pessoas que fazem parte da sua assistência de capelania, seja aluno, funcionário ou professor.• Art. 35º. – Do mesmo modo, o capelão não deve entrar em relação de intimidade com membros da família de estudantes.

CAPÍTULO VIII – DA VIDA PARTICULAR DO CAPELÃO• Art. 36º. – O capelão não deverá expor sua vida particular diante de alunos, professores ou funcionários, seja em conversação comum, seja em palestras.• Art. 37º. – O capelão nunca deverá confessar suas fraquezas ou pecados, nem mesmo a título de ilustração ou exemplo, em hipótese alguma.• Art. 38º. – Não deverá também falar de suas dificuldades financeiras a alunos, professores ou mesmo familiares de estudantes.• Art. 39º. – Igualmente, não deverá reclamar problemas de salários ou vantagens ou desvantagens empregatícias diante de alunos, professores ou funcionários da escola.• Art. 40º. – Se tiver problemas em casa, com esposa, esposo, filhos, o capelão jamais deverá mencionar este fato a alunos, professores ou funcionários da escola, nem mesmo a título de ilustração ou exemplo didático. • Art. 41º. – Se o capelão for também psicólogo e exercer essa atividade fora da escola, não deverá encaminhar para o seu consultório particular alunos da escola com problemas da área, para não configurar vantagem econômica auferida através da sua condição de capelão.

CAPÍTULO IX – DAS QUESTÕES DE DISCRIMINAÇÃO• Art. 42º. – O capelão e seus auxiliares jamais tratarão com discriminação racial, estrangeiras, de religião diferente, portadores de deficiências ou praticar qualquer outro tipo de discriminação.• Art. 43º. – Igualmente, o capelão e seus auxiliares jamais tratarão com discriminação alunos de classes sociais mais pobres ou mesmo alunos que tenham bolsa e não podem pagar a mensalidade ou alunos inadimplentes.• Art. 44º. – Do mesmo modo, o capelão e seus auxiliares, jamais tratarão com discriminação alunos menos dotados, menos inteligentes, em relação aos mais dotados e mais inteligentes.

CAPÍTULO X – DO CONSELHO DE ÉTICA DE CAPELANIA E DOS CASOS OMISSOS

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• Art. 45º. – O capelão-chefe e todos os seus capelães auxiliares em cada Escola formarão o “Conselho de Ética de Capelania”, sendo o capelão-chefe o seu relator.• Art. 46º. – Casos éticos não previstos neste Código que surgirem no contexto das atividades de capelania de uma Escola, serão discutidos e definidos pelo “Conselho”.• Art. 47º. – A decisão tomada por um “Conselho” poderá incorporar-se ao Código de Ética daquela Capelania.[46] É assegurada, nos termos da Lei, a prestação de Assistência Religiosa nas entidades civis, militares e de internação coletiva. Art. 5º P. VII CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 V. Lei 6.923/81 - alterada pela lei 7.672, de 23/9/1988, organizou o Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas. V. Art. 24, Lei 7.210/84 - Lei de Execução Penal V. Art. 24, XIV, Lei 8.069/13/0790 - Estatuto da Criança e do Adolescente

7 - ATUANDO A CAPELANIA EM VARIAS ÁREASCOMO:

CAPELANIA HOSPITALAR, CAPELANIA CARCERÁRIA, CAPELANIAMILITAR, CAPELANIA ESCOLAR, CAPELANIA SOCIAL, CAPELANIADE MENORES INFRATORES.

CAPELANIA HOSPITALAR:O voluntário Trabalha na área hospitalar, como, Pronto Socorro, Hospitais, Clinicas de recuperação, levando esperança para os enfermos, curando assim as suas dores e traumas emocionais, ajudando o enfermo a lutar pela vida, dando a ele forças para prosseguir, muita das vezes nos momentos mais difíceis da sua vida.

CAPELANIA CARCERÁRIA:O voluntário que trabalha em presídios tem que ter uma visão de que as vidas que ali estão tem que ter uma chance para se recuperarem, mudando

46 - ESTE CÓDIGO DE ÉTICA FOI ELABORADO POR DAMY FERREIRA E PELO PROF. ZITI. QUALQUER MENÇÃO A ELE DEVE CITAR ESTA FONTE.

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assim a visão que se encontra o sistema carcerário em nosso país, presídios todos lotados, e cheios de rebeliões... O que aprendemos Acer dos que se encontram em Presídios e Penitenciárias, é que são pessoas perdidas e logo vem em nossa cabeça criminosos, porém o capelão pensa è alguém que pode mudar de vida sair daquele lugar um novo home, uma nova mulher, um novo adolescente ...

CAPELANIA ESCOLAR:As maiorias das escolas hoje em geral vivem uma situação de violência que é refletida pela sociedade, que pode ser controlada, quando temos homens e mulheres preparados para agir nessa área, é neste momento que a capelania entra em ação. Não é fácil acabar com a violência da sociedade. Os métodos usados hoje por nossas autoridades para acabar com a violência só diminuem, porém, Pais, professores e alunos estão amedrontados. O trabalho maravilhoso da Policia, colocam-se grades, tudo é válido, mas nem sempre é a solução completa, porque, a Raiz do Problema ainda continua, tem um ditado que diz O Mal Tem Que Ser Arrancado Pela Raiz, infelizmente não se trabalham na vida das pessoas...

CAPELANIA SOCIAL:Trabalha instruindo e aconselhando, famílias completas ou membros individuais levando uma melhor maneira de solucionar seus problemas particulares, como dívidas, , educação dos filhos, conflitos familiares, saúde, alimentação. Quando necessário encaminhar a um serviço jurídico, psicológico ou médico, assim nasce a Capelania Social.

CAPELANIA MENORES INFRATORES:A Criança e o Adolescente, necessitam de orientação e acompanhamento, serem transformadas, curadas e libertadas, de marcas, traumas, cicatrizes que a vida muita das vezes coloca em nós e não são tratadas, na hora que deveriam ser.

O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), implantado pela lei Federal n° 8.069, de 13 de julho de 1990, nos dá uma base, e nos orienta a prosseguir dentro da Lei, colaborando assim para uma sociedade melhor. O nosso trabalho de Capelania, com Crianças, Jovens Adolescentes, que se encontram em conflito com a lei, é orientá-los e mostrá-los que podem ter uma vida melhor, e todo ser humano, independente de nacionalidade, credo religioso, querem viver uma vida decente e tranqüila só que às vezes não lhe é ensinado o caminho...

CAPELÃO (Ã)É um ministro religioso, Que Leva Uma Nova Vida Ao Ser Humano e que esta autorizado a prestar assistência religiosa e realizar cultos em hospitais,

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presídios, corporações militares, escolas, conventos, universidades e outras organizações. E aquele que traz dentro de si o amor e a compaixão, pelo ser humano em geral; Os capelães que fazem seus trabalhos voluntários em hospitais diariamente, fazendo visitas hospitais, presídios, escolas, lares ou onde for chamado, distribuindo literaturas Bíblicas, distribuindo vestimenta sapatos, produtos geriátricos e cestas básicas. Fazendo acompanhamento pré e pós cirúrgico, aconselhando; suas palavras de mudança de vida devem ser voltadas a todos. Os capelães também podem ser concursados, fazendo trabalhos específicos em corporações para qual foi designado... Levando Palestras e Seminários acerca de como viver uma vida melhor em hospitais, clinicam, escolas, presídios, etc....

O SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA FUNCIONARÁ:I - em tempo de paz: nas unidades, navios, bases, hospitais e outras organizações militares em que, pela localização ou situação especial, seja recomendada a assistência religiosa;II - em tempo de guerra: junto às Forças em operações, e na forma prescrita no inciso anterior.

O Serviço de Assistência Religiosa será constituído de Capelães Militares, selecionados entre sacerdotes, ministros religiosos ou pastores, pertencentes a qualquer religião que não atente contra a disciplina, a moral e as leis em vigor. Em cada Força Singular será instituído um Quadro de Capelães Militares, observado o efetivo de que trata o art. 8º desta Lei. Em cada Força Singular o Serviço de Assistência Religiosa terá uma Chefia, diretamente subordinada ao respectivo órgão setorial de pessoal.

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8 - CAPELANIA MILITAR

CAPELANIA MILITAR:

Serviço de Assistência Religiosa tem por finalidade prestar assistência Religiosa e espiritual aos militares, aos civis das organizações militares e às suas famílias, bem como atender a encargos relacionados com as atividades de educação moral realizadas nas Forças Armadas. O concursado que trabalha na área militar. Atende também pelo nome de capelania castrense. É encarregada de prestar assistência religiosa a alguma corporação militar do nosso País (Marinha, Exército, Aeronáutica, Polícias Militares e aos Corpos de Bombeiros Militares).

Encontra-se nas Corporações militares as capelanias evangélicas e católicas, familiares. Contribuindo assim na formação moral, ética e social dos integrantes das Unidades Militares em todo o Brasil. Para se tornar um Capelão Militar, o interessado deve ser Ministro Religioso - Padre, Pastor etc. Ter curso superior em Teologia (conforme a Legislação brasileira, Bacharel em Teologia), e ainda ser aprovado em concurso, público que é aplicado por cada órgão, com provas e títulos. Ao ser aprovado no concurso específico, o militar capelão é matriculado em curso militar de Estágio e Adaptação de Oficial Capelão.

CAPELÃES MILITARES

Os Capelães Militares prestarão serviços nas Forças Armadas, como oficiais da ativa e da reserva remunerada. A designação dos Capelães da reserva remunerada será regulamentada pelo Poder Executivo. Os Capelães Militares designados, da ativa e da reserva remunerada, terão a situação, as obrigações, os deveres, os direitos e as prerrogativas regulados pelo Estatuto dos Militares, no que couber. O acesso dos Capelães Militares aos diferentes postos, que obedecerá aos princípios da Lei de Promoção de Oficiais da Ativa das Forças Armadas, será regulamentado pelo respectivo Ministro.

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O Capelão Militar que, por ato da autoridade eclesiástica competente, for privado, ainda que temporariamente, do uso da Ordem ou do exercício da atividade religiosa, será agregado ao respectivo Quadro, a contar da data em que o fato chegar ao conhecimento da autoridade militar competente, e ficará adido, para o exercício de outras atividades não-religiosas, à organização militar que lhe for designada.

PARA SER UM CAPELÃO MILITARPara o ingresso no Quadro de Capelães Militares será condição o prescrito no art. 4º desta Lei, bem como: I - ser brasileiro nato; II - ser voluntário; III - ter entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; IV - ter uso de formação teológica regular de nível universitário, reconhecido pela autoridade eclesiástica de sua religião; V - possuir, pelo menos, 3 (três)anos de atividades pastorais;VI - ter consentimento expresso da autoridade eclesiástica da respectiva religião; VII - ser julgado apto em inspeção de saúde; e VIII - receber conceito favorável, atestado por 2 (dois) oficiais superiores da ativa das Forças Armadas.

Os candidatos que satisfizerem às condições do artigo anterior serão submetidos a um estágio de instrução e de adaptação com duração de até 10 (dez) meses, durante o qual serão equiparados a Guarda-Marinha ou a Aspirante-Oficial, fazendo jus somente à remuneração correspondente.

O ESTÁGIO DE INSTRUÇÃO E ADAPTAÇÃO DEVERÁ,OBRIGATORIAMENTE, CONSTAR DE:

A) Um período de instrução militar geral na Escola de Formação de Oficiais da Ativa da Força Singular respectiva; B) Um período como observador em uma Escola de Formação de Sargentos da Ativa, da Força Singular; C) Um período de adaptação em navio, corpo de tropa ou base aérea, no desempenho de atividade pastoral, devendo ainda colaborar nas atividades de educação moral. Os Capelães Militares com estabilidade assegurada de acordo com o art. 50 da Lei nº 4.242, de 17 de julho de 1963, serão incluídos no Quadro de Capelães Militares da Ativa, no posto atual, e terão sua antiguidade contada desde o seu ingresso no Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas. Os Capelães que atualmente servem às Forças Armadas, na qualidade de militares, poderão ser aproveitados no Quadro de Capelães Militares da Ativa, desde que satisfaçam às exigências dos incisos I, II e IV do art. 18 desta Lei. Os atuais Capelães contratados da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, de conformidade com os arts. 4º e 16 da Lei nº 5.711, de 8 de outubro de 1971, poderão ser aproveitados, a critério do respectivo Ministro Militar e desde que satisfaçam às exigências previstas nos incisos I, II e IV do art. 18 desta Lei.

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9 - CAPELANIA EMPRESARIAL

O QUE É UM CAPELÃO EMPRESARIAL?

É um homem ou mulher de Deus, treinado, capacitado, ético que tenha o espírito de excelência, de sabedoria e conselho que vai se relacionar com o pequeno e o grande empresário, com os funcionários das empresas, desde o menor até o maior cargo e na maneira como estes lidam com seus consumidores para que haja melhor desempenho e compromisso entre produtores e consumidores melhorando nossa sociedade. O capelão empresarial usará a bíblia para trazer valores espirituais, para que os princípios de todas as partes sejam justos, lembrando que tudo o que é produzido e comercializado depende de uma só fonte (vida) que só Deus pode mantê-la. Capelão empresarial é um agente de Deus dentro das empresas para através da prevenção evitar crises e solucionar as já existentes, trabalha para que a empresa alcance todos seus alvos.

SUA POSTURA DEVERÁ SER

╠ – Postura de um CONSELHEIRO: que tem Espírito de Deus e conhecimento na área que vai atuar.╠ – Postura ÉTICA: respeitando todas as idéias tanto do empregador como do empregado, sugerindo só na hora que for solicitado.╠ – Postura de CONFIANÇA = FIDELIDADE: saber ouvir e aconselhar sem causar nenhum mal estar dentro da empresa.╠ – Postura AMIGAVEL: trazendo paz ao ambiente de trabalho, promovendo reconciliação entre os que estão vivendo em inimizade.╠ – Postura OTIMISTA: Capelão sempre terá uma palavra de vitória e superação. Ele sempre diz que tudo vai terminar bem. Nunca se une ao pessimista.╠ – Postura de FÉ: cria um ambiente de dependência de Deus, para alcançar o melhor.

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╠ – Postura VISUAL: sempre bem vestido, nunca usando roupas ou adereços que chamem atenção.

O QUE FAZ UM CAPELÃO EMPRESARIAL.

╠ – Um capelão empresarial não e um pregador, ele presta assistência espiritual e emocional.╠ – Capelão empresarial não pode impor suas próprias crenças aos outros, tem que ter sensibilidade para conviver com todos.╠ – Capelão empresarial estará disponível a qualquer hora para intermediar uma crise.╠ – Fazer com que o empresário entenda que a maior segurança deverá estar em Deus: Salmos Cap. 127: Vers. 1,2╠ – Levá-los a entender que toda semente vai gerar. Se plantar injustiça há seu tempo ele colherá. Êxodo Cap. 3: v. 7, Deuteronômio Cap. 25: vers.13 a 16, Provérbios Cap. 14: v. 31; Tiago Cap. 5: v.4.╠ – Fazer o empresário saber que os ventos, tempestades e as crises que atingem a todos, são circunstanciais e ajudá-los a recomeçar. ╠ – Ajudar no padrão de qualidade avaliando o comportamento dos empregados, em relação a sua satisfação em trabalhar nesta empresa reduzindo assim insatisfação e o stress na relação funcionário empregador. Eclesiastes Cap. 4: v.1╠ – levá-los a entender que o maior patrimônio que o homem pode ter é a sua família. Não deixando a empresa tomar todo seu tempo.╠ – Criar relacionamento familiar comprometido.

CURIOSIDADE

╠ – Nos Estados Unidos, o maior índice de divórcio está no meio empresarial. O que faz o capelão empresarial em relação aos funcionários╠ – Promover a ética no ambiente de trabalho, encorajando ao respeito às normas de trabalhos estabelecidos pelas empresas, horário, segurança, produtividade, etc., para que possam desfrutar de melhor carreira dentro da empresa, obtendo assim boas recomendações em caso de transferências.╠ – Ajuda-os a equilibrar tempo de trabalho, vida familiar, e vida espiritual evitando conseqüências desastrosas.

O QUE FAZ O CAPELÃO EM RELAÇÃO ÀS EMPRESAS

╠ – Faz com que patrões e empregados entendam que as empresas são um bem comum da sociedade. Elas são geradas por homens e mulheres de bem que investiram conhecimento, trabalho e finanças. São mantidas pelos trabalhadores e pela sociedade que consome todo bem produzido. Assim tanto o proprietário, como o trabalhador, como a sociedade de consumo, devem entender que todos dependem um do outro.

REFERENTE À CAPELANIA EMPRESARIAL.╠ – Campo muito grande de evangelização.

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╠ – Empresários estão entre os seres humanos mais solitários mundo.╠ – Grande índice de uso drogas.╠ – Grande índice de divórcio.╠ – Em sua maioria não conseguem lidar com fracasso.╠ – Na crise extremas, muitos são levados suicídio.

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10 - CAPELANIA ASSISTENCIAL

O QUE É UM CAPELÃO ASSISTENCIAL?

Um capelão assistencial é um profissional interdenominacional treinado e capacitado para atender a sociedade como um todo, como um bom samaritano, conselheiro e amigo de todos os feridos e machucados. Por que utilizar um capelão para ajudar as pessoas na comunidade?

O CAPELÃO E O ACONSELHAMENTO

Parte divina – “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is 11:2). Parte humana –“Onde não há conselho os projetos saem vãos, mas, com a multidão de conselheiros, se confirmarão” (Pv 15:22). “Não havendo sábia direção, o povo cai, mas, na multidão de conselheiros, há segurança” (Pv 11:14).

“Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (I Pedro 5:2, 3).Aconselhar pode ser definido como proclamação do perdão dos pecados. Para um Capelão Evangélico, o aconselhamento é, antes de tudo, a comunicação da Palavra de Deus. No aconselhamento, o Capelão desenvolve diálogo que visa levar a pessoa ao rompimento com a vida nas trevas. No aconselhamento o Capelão utilizaráos princípios bíblicos e habilidades diplomáticas para a orientação da conduta e das decisões que a pessoa terá que tomar. Aconselhar é a arte de ajudar a fazer ver as coisas que não podem ser vistas. É, no entanto, no fazer ver as coisas ocultas aos olhos dos que sofrem que está a arte de ajudar. E a potencialidade conferida a cada um de nós por Deus e a habilidade de discernimento em campos obscuros. “O navegador depende de

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uma bussola para traçar seu curso. Por que a bússola? Porque ela lhe mostra o rumo. “William Flecher”

Aconselhar é como guiar um cego que sabe o que quer, mas não sabe como chegar lá. Assim, o papel do Capelão-conselheiro é ajudar alguém a chegar a algum lugar, num porto seguro, sempre à luz da Palavra de Deus e de um compromisso com as questões eternas. “O papel do Capelão é semelhante a um clínico geral, que quando não resolve o problema, encaminha para um especialista”.

Tudo é importante: Agenda, construção, administração, mas o Aconselhamento é cura e milagre para as pessoas. Mesmo sabendo que diante de algumas situações teremos que reconhecer a nossa limitação, confiamos na suficiência da GRAÇA de Deus, que opera em nós e através de nós. Devemos seguir o exemplo de Jesus.

O MESTRE AMADO FEZ ISSO COM:

· A mulher samaritana no poço de Jacó (João 4)· Pedro após a ressurreição (João 21:15). Os Apóstolos por diversas vezes –João 14 e 16· Com a mulher de fluxo de sangue e com Jairo (Marcos 5:21).· O Mestre parou a multidão para atender apenas um ser que estava sofrendo as angústias e as perdas dessa vida.

“Atender é parar as multidões dos nossos projetos, correrias, reuniões, viagens e dar atenção a quem precisa”.

PENSE NISSO

“Será que estamos mais ocupados que Jesus? Ou nos achamos tão importante que não dá para parar? E se a doença chegar? E a morte?” Por que negligenciamos o Aconselhamento Individualizado? Creio que nós não valorizamos muito o aconselhamento individualizado, porque nós não recorremos a este expediente quando precisamos. Mas todos nós precisamos de aconselhamento, somos pessoas que passamos pelas mais diversas situações. Assim findamos por achar que cada um deve fazer o mesmo. Muitas pessoas também evitam serem aconselhadas pelo medo de se expor, aliada ao grande temor de ter sua vida exposta, pela falta de ética de quem vai aconselhar. Porque não sabemos ouvir, não fomos treinados para isso.

“ÀS VEZES, A SOLUÇÃO ESTÁ MAIS NO OUVIR DO QUE NO FALAR”.

AS PESSOAS NECESSITAM SEREM OUVIDAS POR DOIS MOTIVOS:

A) Neste mundo elas são um número: RG, CPF, Empresa, Escola, Estatísticas. Não podemos continuar sendo um número no rol de membros ou um valor no rol de dizimistas. É uma questão mais sociológica do que

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espiritual. David Cho escreveu: “As pessoas neste mundo são um número. Quando vem à igreja querem se sentir gente” (irmão).B) Vivemos numa época em que as vozes deste mundo nos sufocam, confundem a mente, abalam a alma, embrutecem o espírito, cauterizam a consciência. Pai, filho, marido, esposa, empregado, patrão, professor, televisão, rádio, político, internet, ruídos dos carros, igreja, pastor, liderança, tele-evangelistas – Todo mundo está falando. Mas quem está pronto a escutar? Deus? Sim. Mas através de quem? Do Capelão preparado, fiel a Deus, maduro (a). Se não podemos ou não sabemos, permitamos ao menos que outros o façam, o bem de pessoas feridas.

RECOMENDAÇÕES GERAIS NO ACONSELHAMENTO

Ouça o suficiente antes de tecer qualquer comentário, conselho ou parecer; não se precipite. Procure a raiz do problema. Faça perguntas adequadas. Incentive-o (a) a falar, deixe-o (a) à vontade e seguro (a) para colocar para fora aquilo que o (a) está sufocando. Divida o assunto em partes (família, trabalho, coração, finanças, relacionamentos); faça um mapeamento e defina prioridades. Não deixe a espiritualidade em segundo plano, ore e use a Bíblia. Cultive a credibilidade moral, espiritual e emocional. Você está sendo observado. Seja sensível, porém não se entregue aos sentimentos alheios. Veja no aconselhando um ser em potencial para mudar e ser abençoado por Deus. Não o evite. Utilize de diversas ferramentas para extrair informações (perguntas, cartas, inventário, família, comportamento), mas nunca recorra a fofocas. Quem trás também leva, isso pode colocar tudo a perder. Planeje a melhor estratégia. Exemplo: Atender o casal em separado, depois juntos, falar com os pais depois com os filhos etc. Seja humilde para reconhecer as suas limitações e tentações. Trabalhe em parceria. Exemplo: Aconselhamento Pastoral x Psicoterapia, Serviço Social, Advocacia, Medicina, até mesmo outros conselheiros espirituais etc. Seja ético com as pessoas que você atender. Não use isso como forma de proselitismo. Cuidado em compartilhar experiências particulares. Sua vida e intimidades podem ficar na “boca do povo”.

LEMBRE-SE:Aconselhar é diferente de ordenar! Nunca decida por ninguém, e quando emitir uma opinião ou parecer, faça com segurança, não se deve brincar com a vida ou sentimento alheio.

CONCLUSÃO

O exercício da Capelania Evangélica não deve ser feito de qualquer maneira e por qualquer pessoa. Aconselhamento é um instrumento poderoso, uma ferramenta substancial para desfazer os NÓS na vida das pessoas. O Capelão Evangélico NÃO PODE OPTAR entre aconselhar e não aconselhar, mas pode sim preparar-se para aconselhar bem ou então fazê-lo de maneira

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despreparada! O desafio é grande, mas não intransponível. Com a graça de Deus aliada à busca do preparo bíblico, teológico e técnico, poderemos servir a Deus, oferecendo um aconselhamento com qualidade aos que nos procurarem.

ONDE SE PODE EXERCER A CAPELANIA CRISTÃ? ESCOLAS PRESÍDIOS HOSPITAIS QUARTÉIS MILITARES CEMITÉRIOS SINDICATOS EMPRESAS CLUBES CRECHES CONDOMÍNIOS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS (CÂMARA, PREFEITURA...). CAPELANIA MILITAR

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11 - CÓDIGO DE ÉTICA DO CAPELÃO CRISTÃO

INTRODUÇÃO: CÓDIGO DE ÉTICA

Ele define os princípios que devem orientar o trabalho e as relações do Capelão Cristão e, também quanto à conduta ética que cada Capelão formado deve adotar para elevação da qualidade dos trabalhos e serviços na obra de Deus participando na construção da sociedade brasileira. Assim, este código explicita o que consideramos ético em nossas ações e postura com quem nos relacionamos. Para o Capelão Cristão é um desafio e uma meta que buscamos, através do trabalho, da determinação e da conduta ética no desempenho de seu serviço.

ÍNDICE:1. ABRANGÊNCIA;2. PRINCÍPIOS GERAIS;3. RELACIONAMENTOS;4. CONDUTA;5. RESPONSABILIDADES COM DOS E COM OS CAPELÃES;6. CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA.1. ABRANGÊNCIA:

Este código de ética objetiva ser uma referência formal que se aplica a todos os Capelães Cristãos, dos quais se espera uma conduta pessoal e profissional uniforme, de forma a tornar-se um padrão de relacionamento interno e com os diversos segmentos da sociedade á que presta um serviço voluntário.

2. PRINCÍPIOS GERAIS:

O Capelão Cristão é responsável e tem suas ações sustentadas pelos seguintes princípios:

RESPEITO:Como base de todos os nossos relacionamentos. Trabalhamos em equipe sustentada pelo respeito recíproco e consideração, que inspiram a harmonia e a comunicação. Respeitamos as diferenças individuais, seja de sexo, idade,

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raça, religião, nacionalidade, incapacidade física, classe social ou econômica e formação profissional;

HONESTIDADE E INTEGRIDADE:Consideramos esses valores essenciais em qualquer relacionamento. Trabalhamos de acordo com a Constituição Federal, gestionando nossos serviços sempre pautados na lei e na ética;

HUMILDADE E CORAGEM:Enfrentamos assim nossos desafios, sempre visando à busca de Ministrar a Fé, alinhada com nossos princípios e valores essenciais. A Fé é um Dom de Deus;

RESPONSABILIDADE:Na construção e preservação de nosso chamado para socorrer aqueles que precisam de conforto e amparo moral, espiritual e emocional, bem como prezando ao bom nome da Capelania Cristã que é patrimônio de todos quantos amam a Cristo e de nossa imagem como fieis servos de Deus, bem como no uso racional dos recursos sociais e na preservação da vida, com base no conceito de desenvolvimento Tecnológico Social;

TRANSPARÊNCIA:A gestão da Capelania deve ser realizada de forma a garantir a transparência das informações, visando assegurar a confiança e a tranqüilidade esperadas. Agimos com prontidão e firmeza na busca de soluções que possamminimizar dúvidas, corrigir reveses, riscos e desvios, de forma a garantir um clima de confiança mútua entre aqueles que prestamos amparo em conjunto com sua família e instituição;

EXCELÊNCIA E DESENVOLVIMENTO:Nós, como Capelães, sempre devemos estar a serviço da causa do amado Mestre e sem ter em mente fins lucrativos e que atuamos na sociedade, visando o desenvolvimento contínuo e a satisfação de nossos assistidos sem almejar trocas financeiras;

COMPROMISSO COM A QUALIDADE:Expresso através da integridade bem como através da busca incansável da melhoria da qualidade de vida social de nossos colaboradores e de todos com os quais mantemos relacionamento.

3. RELACIONAMENTOS:

COM ASSISTIDOS:Tendo como foco de suas operações os assistidos, todos os Capelães Cristãos Formados devem: Ser receptivos às opiniões diversas e as considerar para a melhoria contínua da assistência dos serviços oferecidos em nossas Unidades

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(Câmaras Psicossociais, CPs) operacionais, obedecendo aos processos padronizados Paraeclesiásticos conforme Procedimentos Cristãos Bíblicos; Atender os assistidos com cortesia e eficiência, oferecendo informações claras, precisas e transparentes. O assistido deve obter respostas, mesmo que negativas, às suas solicitações, de forma adequada e conveniente. As respostas negativas, quando houverem, devem ser acompanhadas de alternativas que viabilizem a satisfação do assistido; Observar os mais elevados padrões de honestidade e integridade em todos os assistidos e colaboradores, evitando sempre que sua conduta possa parecer imprópria; O compromisso com a satisfação de nossos assistidos e com o cumprimento dos deveres capelânicos no respeito aos seus direitos e na busca por soluções que atendam a seus interesses, sempre em consonância com os objetivos de levar a Fé com Amor.

COM OS COLEGAS:O relacionamento com os colegas deve basear-se na comunicação ― precisa, transparente e oportuna ― de informações que lhes permitam acompanhar as atividades e a performance da Capelania Cristã, bem como na busca por resultados que tragam impactos positivos no valor Bíblico.

COM IGREJAS:O Capelão Cristão deve adota um Programa de Avaliação, Desenvolvimento e Qualificação das pessoas que visa auxiliar na atividade capelanar de diversas igrejas de forma a dar preferência á: As Igrejas que buscam a melhoria contínua da qualidade no decorrer do relacionamento, com Visão de Reino e não de império; As Igrejas e outras Instituições que adotem práticas de gestão que respeitem a dignidade humana e preservem o ambiente social.

COM A COMUNIDADE:Cabe a todo Capelão Cristão perante os membros de uma comunidade, agir conforme os preceitos éticos, sem preconceitos ou privilégios de qualquer ordem. Respeitar os valores culturais e reconhecer a importância das comunidades em geral, para o sucesso da Capelania Cristã; Temos como compromisso assegurar o respeito pela dignidade humana em nossa estratégia de relações públicas, não admitindo a divulgação de informações enganosas ou difamatórias em nossa atuação social.

COM OS RELIGIOSOS:O Capelão Cristão deve manter em elevada consideração as organizações que pautam sua atuação em valores éticos.

4. CONDUTA:Espera-se dos Capelães: Atuar sempre em defesa dos melhores interesses do assistido, mantendo sob sigilo informações e negócios estratégicos da Confederação;

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Exercer suas atribuições com eficácia, eliminando situações que levem a ações indevidas; Reconhecer honestamente os erros cometidos; Questionar as orientações contrárias aos princípios e valores; Apresentar críticas construtivas e sugestões visando aprimorar a qualidade do trabalho; Agir de forma cortês, e com atenção à todas as pessoas com que se relacionam, respeitando a capacitação de cada um; Respeitar a hierarquia, porém informar imediatamente à diretoria qualquer comportamento irregular, desde que devidamente fundamentado e escrito; Considerar as críticas construtivas, feitas às claras e através dos canais adequados, como uma demonstração de lealdade aos seus colegas Capelães; Procurar os colegas a fim de obter os meios para superar suas limitações, quando se considerarem não capacitados para executar alguma tarefa; Quando no papel de gestor de pessoas, ter em mente que seus liderados o tomarão com exemplo. Suas ações, assim, devem constituir modelo da conduta da sua equipe; A imagem de Cristo, divulgada pela Capelania é o seu maior patrimônio e deve ser construída e preservada a cada dia, por todos os Capelães Formados e Colaboradores. Qualquer ação ou atitude, individual ou coletiva, que vier a prejudicar esta imagem é considerada falta grave conforme a Bíblia; Os Capelães devem ter o compromisso de zelar pelos valores éticos, de manter postura compatível com essa imagem e esses valores e de atuar em defesa dos interesses dos assistidos. A busca pelo desenvolvimento do Curso de Capelania deve se dar com base nesses princípios, com a confiança de que nossas ações são guiadas pelos mais elevados padrões éticos e de respeito à legalidade.

5. RESPONSABILIDADES DOS CAPELÃES CRISTÃOS: Ser exemplo de conduta ética para sua equipe; Ler, compreender, cumprir e fazer cumprir o Código de Ética; Divulgá-lo para sua equipe e certificar-se de sua leitura e compreensão; Orientar os colaboradores sobre ações ou situações que representem eventuais dúvidas ou dilemas éticos; Ser exemplo de conduta ética para seus colegas; Ler, compreender e cumprir o Código de Ética; Adotar comportamento e postura ética para que não haja qualquer dúvida quanto à sua conduta;

6. CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA:Em caso de dúvidas sobre qual deve ser a conduta correta a adotar, procure ajuda de forma sincera e transparente. Este Código de Ética reflete os valores e a cultura do Capelão Cristão e o seu cumprimento revela o compromisso e transparência em todas as nossas ações no trabalho. PERORAÇÃO: Ademais a Capelania vem ganhando muita força nestes últimos anos.

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QUEM PODE FAZER ESTE CURSO. PASTORES E ESPOSAS.MISSIONÁRIOS. EVANGELISTAS,. PRESBÍTEROS. DIÁCONOS. LÍDERES DE FORMA GERAL. PESSOAS QUE TRABALHAM NA ÁREA OU INTERESSADOS NA CAPELANIA

ONDE A CAPELANIA PODE ATUAR. CAPELANIA HOSPITALAR. CAPELANIA PRISIONAL. CAPELANIA ASSISTENCIAL. CAPELANIA MILITAR. CAPELANIA ESCOLAR. CAPELANIA COMUNITÁRIA. CAPELANIA EMPRESARIAL. ACONSELHAMENTO. CAPELANIA DO MEIO AMBIENTE

LIVROS RECOMENDADOS:

MCCULLOUGH, HOYT, LARSON, KOENIG & THORESEN, 2000.

KOENIG, PARGAMENT, & NIELSEN, 1998.

BRADY, PETERMAN, FITCHETT, MO, & CELLA, 1999.

GIBBONS, THOMAS, VANDECREEK, & JESSEN, 1991.

VANDECREEK & LYON, 1997.

SHARP, 1991.

ROSAS DE SETEMBRO, MARYLYN WILLETT HEAVILIN, CANDEIA, 1989.

DEUS SABE QUE SOFREMOS, PHILIP YANCEY, VIDA, 1999.

MULHERES AJUDANDO MULHERES, ELYSE FITZPATRICK, CPAD, 2001

DECEPCIONADO COM DEUS, PHILIP YANCEY, MUNDO CRISTÃO, 1996.

PARCEIROS DE ORAÇÃO, JOHN MAXWELL. EDITORA BETANIA, 1999.

IGREJA: POR QUE ME IMPORTAR?, PHILIP YANCEY, EDITORA SEPAL, 2000

NO LEITO DA ENFERMIDADE, ELENY VASSÃO, CULTURA CRISTÃ, 1997.

VEM ME VER, EVANI ROCHA RODRIGUES ANDRADE, PRISMA EDIÇÕES, 2004.

O PASTOR COMO CONSELHEIRO, HOFF, PAUL.

CAPELANIA HOSPITALAR CRISTÃ, FERREIRA DAMY, E ZITI, LIZWALDO MÁRIO.

CONSOLO, CAVALCANTI, ELENY VASSÃO DE PAULA.

AS DUAS CURAS, LANÇA, PR. LUIZ GUSTAVO, MAZONI, PR. EDUARDO. (APOSTILA)

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INFECÇÃO HOSPITALAR, BOLETIM DE INFORMAÇÃO. GOVERNO DO ESTADO DE MINAS

GERAIS.

DICIONÁRIO BÍBLICO

REVISTA UNI-JOVEM. ANO X – Nº 39

BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, CPAD

COMENTÁRIO BÍBLICO PENTECOSTAL.

O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO.

FONTE: INSTITUTO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA EVANGÉLICA

AUTOR CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS


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