Transcript
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Com audiências em vários estados do Brasil como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, as Associações de Pro-teção procuram uma maior organização e formação de grupos de trabalho para a lega-lização das atividades. Chico da Boleia es-teve em várias audiências e deixa você por dentro do assunto. Leia mais na página 9.

A cada ano a Fórmula Truck vem se destacando no ce-nário esportivo nacional. O es-porte tem chamado a atenção do público que lota os autódromos em todas as etapas. A expectati-va é que, para os próximos anos, os caminhões possam acelerar em terras estrangeiras além da Argentina. Saiba mais sobre o esporte e a temporada 2011 na página 3.

Associações em busca do reconhecimento

A Fórmula dos Caminhões

Estatuto do Motorista Nossa edição traz uma entrevis-

ta com o senador Paulo Paim, cria-dor do Estatuto do Motorista. Chi-co da Boleia conversou com Paim em Brasília e aqui você pode saber sobre como está o andamento des-

se Projeto de Lei. Leia a entrevista completa e depoimentos de pessoas ligadas ao setor sobre o assunto. Páginas 6 e 7.

Festas e Eventos Nosso Amigo Chico da Bo-leia participou de várias Festas, Fei-ras e exposições por todo o Brasil. Confira as informaçãoes e os fla-shes por onde ele passou. Página 4.

32ª Feira do Carreteiro de Aparecida

10ª Feira do Caminhoneiro de Cubatão

14 Exposição de Transporte do ABC

22 Festa do Caminhoneiro de Guarulhos

Combate à exploração sexual infantil

Em entrevista, Jair Me-neguelli, presidente do Conselho Nacional do SESI, falou sobre o projeto Vi-raVida, que ajuda crian-ças e adole-secentes.Página 5.

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editorial

Diretora-Presidente: Wanda Jacheta

Diretor Editorial: Chico da Boleia

Editores Responsáveis - Chico da Boleia e Juliano Henrique Buzana

Jornalista Responsável: Marina Porcelli Germiniani MTB - 61167

Revisão: Larissa J. Riberti

Diagramação: AF Produções

Sejam bem vindos companheiro carreteiro, caminhoneiro e empresário do setor! Além do Programa Chico da Boleia na rádio, do site Chico Boleia Amigão das Ideias e das reportagens na revista Truck News, levamos até você a primeira edição do jornal impresso Chico da Boleia Informa. Estaremos periodicamente em postos de serviços dos trechos com muita informação, classificados e tudo que possa interessar e beneficiar nossos companheiros de estrada. Essa é mais uma iniciativa do Projeto Chico da Boleia que visa levar informações precisas e que possam ser acessadas de qualquer lugar do país. Nos dias de hoje a informação é essencial para o desenvolvimento de nossas atividades, sejamos autônomos ou empresas. Devemos ficar antenados no que acontece, participar dos debates e dar nossa opinião para fazer valer a impôrtancia que temos como profissionais e empresários do setor. Veja o exemplo do Estatuto do Motorista, um projeto de Lei que resultou da iniciativo do Senador Paulo Paim. As discussões sobre sua aprovação ganharam amplitude nacional, já que o projeto atende os anseios da categoria e o reconhecimento da nssa profissão. Já foram realizadas inúmeras audiências públicas em vários estados do país, mas para que o projeto seja aprovado e colocado em prática é necessário a participação de todos os companheiros. Procure o sindicato, seja você autônomo, empresário ou funcionário, e fique por dentro do assunto! O fim da Carta Frete é outro assunto de grande importância para a nossa categoria. Já existem operadoras homologadas, mas há setores que são contrários à essa decisão. Você pode dar

sua opinião, participar da discussão sobre o assunto e esclarecer possíveis dúvidas! Como já disse a informação é muito importante e deve ser precisa. Este é o Objetivo do Projeto Chico da Boleia, vamos nos fazer presentes em todas as formas de mídias para você poder ter acesso diário aonde quer que você esteja por esse Brasil afora. Nessa e em outras questões, o Projeto Chico da Boleia estará junto de você. Nosso objetivo principal será disponibilizar a informação através das várias formas de mídias para que você possa acessá-la aonde quer que esteja. Por isso, a primeira edição do Chico da Boleia Informa já conta com uma tiragem de 50.000 exemplares de páginas coloridas e que estão disponíveis em todo Brasil. Convidamos você, companheiro, para nos acompanhar nessa longa estrada que iniciamos a partir de agora. Esperamos que este seja o número I de um jornal que tenha infinitas edições. Esta publicação é também fruto do seu trabalho. Por isso queremos sua participação na escolha dos temas e sua opinião sobre a qualidade de nossas reportagens. Fique a vontade, a estrada é sua!

Boa LeituraUm fraterno abraço do seu Amigão das Ideias.Chico da Boleia

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Publicado por: Centro Integrado dos Transportes “Central do Transporte” - Fundado em 18/07/2005

tiragem: 50.000 exemplaresdistribuição dirigida e assinaturas12 páginas coloridas

Conselho Editorial: Albino Castro - Jornalista José Carlos Rollo - Jornalista Dra. Virgínia Laira - Advogada e coordenadora do Departamento Jurídico da Fenacat Roberto Videira - Presidente da APROCAM Brasil José Araújo “China” - presidente da UNICAM Brasil Luiz Norberto da Fonseca Filho “Betusca” - radialista e proprietário da Rádio Clube de Itapira

Rua Bento da Rocha, 354Itapira-SPCEP: 13.970-030Tel: (19) 3843-6487- (19) 3843-5778

Galeria de Fotos

Chico da Boleia conversa com João Maistro nos basti-dores da Fórmula Truck na etapa de Interlagos em SP

O píloto Diumar Bueno estava confiante antes da corrida em Interlagos

Sempre muito simpática, a pilota Débora Rodrigues posa para nossa equipe

Companheiros de equipe, Cristina Rosito e Danilo Dirani mostram o entrosa-mento fora das pistas

A presidente da Fórmula Truck, Neusa Félix, nos bastidores da Etapa Londrina

Mariana Felício, pilota do Pace Truck, prepara--se para a Etapa Londrina

Gráfica - Grafisc

Projeto Chico da Boleia

E-mail:[email protected]

Website:www.chicodaboleia.com.br

Telefones:(19) 3843-5778 / (19) 3843-6487

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Esportes

Caminhões a mais de 200 km/hCampeonato já está além das fronteiras do Brasil e pretende chegar ao México e EUA

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Os caminhões voam baixo pelas pistas da Fórmula Truck pelos mais diversos cantos do país. Os pos-santes podem chegar a mais de 200 km/h nas retas e para isso os pilotos devem segurar firme e usar de toda a experiência para controlarem as máquinas. A cada corrida a disputa pela vitória fica mais acir-rada, deixando a competição ainda mais emocionante. Além das etapas que ocorrem pelo Brasil, a Fórmu-la Truck possui um campeonato sul--americano. Cerca de 50 mil pessoas foram até o autódromo de Buenos Aires para conferir de perto a decisão que aconteceu no dia 04 de setembro. O troféu foi conquistado pelo piloto Felipe Giaffone da RM competições.

Felipe Dirani da DF Motorsport fi-cou em segundo lugar, seguido por Geraldo Piquet da ABF Mercedes--Benz.

A Fórmula Truck pretende ir mais longe. A presidente da ca-tegoria, Neusa Félix, quer levar a competicação para o norte da América, no próximo ano. “Vamos começar pelo México, depois Es-tados Unidos e, quem sabe, fazer

uma categoria internacional”, dis-se a presidente em entrevista ao Chico da Boléia. O campeonato brasileiro ainda segue em disputa nas três

últimas etapas da competição, que acontecem em

Guaporé-RS, Curiti-ba-PR e Brasília-DF. O líder do brasileiro

é Geraldo Piquet com 69 pontos, Felipe Gia-ffone é o segundo com 66 pontos e Wellington

Ci- rino vem logo em segui-da com 64 pontos. Saiba mais informações e veja a cobertura da Fórmula Tru-ck no nosso site: www.chicodabo-leia.com.br.

Da Redação

Pos Piloto Pontos1 G. Piquet 692 F. Giaffone 663 W. Cirino 644 V. Benavides 445 R. Boesio 406 R. Martins 347 J. Maistro 288 L. Totti 279 L. Reis 2510 F. Marinelli 2210 D. Dirani 22

Classificação 10 primeiros colocados no Campeonato

Brasileiro*

*Mais informações e a tabela completa de classificação no www.formulatruck.com.br

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Festa em Aparecida une fé e diversãoRecorde de participantes da Romaria foi registrado na edição de 2011

Muita festa, diversão e fé marcaram a 32ª Feira do Carreteiro de Aparecida. O evento ocorreu entre os dias 13 a 16 de julho com a presença de cerca de 60 mil pessoas, entre eles, caminhoneiros, carreteiros, familiares e curiosos.

A Feira contou com a presença de várias empresas que montaram 40 estandes para demonstração e exposição de seus produtos. Segundo José Geraldo da Silva, o destaque foi para uma empresa chinase que vem ganhando espaço na comercialização de caminhões pelo Brasil. “Os motoristas estão gostando da marca”.

Outras atrações também foram oferecidas ao público como o Truck Test e o Truck Service. O primeiro dava a oportunidade para o motorista testar caminhões em cerca de 4 Km no entorno da Basílica e em trechos de curva, reta e subida. Já o segundo oferecia um

Festa do Caminhoneiro de Guarulhos

Sérgio Reis tambémesteve presente na Festa.

Padre Juarez de Castro encerrou as festividades e deu

a benção.

Famílias também par-ticiparam do

evento. José e Nice se

casaram sobre tapete negro

Ao lado Padre Toninho.

Da Redação

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Diversão, muita música e prevenção a DSTs foram destaque

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, es-teve na festa de Guarulhos e lançou a campanha de prevenção contra doenças sexualmente trans-missíveis como AIDS e hepatites. Padilha desta-cou que os caminhoneiros são importantes para a divulgação das informações por todo o Brasil.

diagnóstico gratuito nos componentes dos caminhões dos participantes, além de alertá-los da importância de um check-up regular nos veículos.

No último dia de festa houve a Romaria que conduziu a imagem de São Cristóvão e de Nossa Senhora Aparecida desde Guaratinguetá até o pátio da Basílica. A celebração contou com um número recorde de caminhões. Ao todo, participaram 138 veículos. À tarde foi celebrada a missa em homenagem ao padroeiro dos motoristas e abençoadas as chaves e objetos dos caminhoneiros..

10ª Feira do Caminhoneiro de Cubatão

14ª Exposição do Transporte do ABCFeira dos Cegonheiros

Chico da Boleia marcou presença na 14ª edição da Exposição de Transporte do ABC em São Bernardo do Campo – SP organizada pelo Sindicato Nacional do Cegonheiros. A exposição, que é a segunda maior do país, foi aberta ao público último final de semana, entre os dias 22 a 24 de setembro. Cerca de 40 expositores estiveram presentes, entre eles estavam empresas fabricantes de caminhões, carretas-cegonhas e pneus. O público estimado foi de 20 mil pessoas durante os três dias de eventos. As pessoas que estiveram presentes conta-ram com várias atrações, desde massagens até show de mági-ca, fazendo o ambiente agradável para pais e filhos presentes.

Autoridades presentes na abertura do evento João trouxe toda a família

Chico da Boleia esteve presente no dia 13 de setembro na 10ª Feira do Caminhoneiro de Cubatão em São Paulo. Segun-do a acessoria de imprensa do evento, mais de 10 mil pessoas par-ticiparam dos três dias da festa que começou em 12 de setembro. Os caminhoneiros puderam conhecer novidades do mercado de óleos, peças e pneus e ainda fazer test-drive de caminhões em pista especial. Ainda durante o evento foram realizados testes gratuí-tos de HIV, vacinação contra hepatite e orientações para a pre-venção de DSTs. A iniciativa foi possível por causa de uma par-ceria da Feira com o Ministério da Saúde e o Sest Senat, que vêm realizando esta campanha entre os caminhoneiros de todo o Brasil.

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Cidade Concluintes Em curso

Inseridos no mercado

Fortaleza 111 61 68

Recife 68 63 21

Natal 0 117 24

Belém 0 100 0

Brasília 24 46 13

Teresina 42 61 17

Salvador 72 99 91

Campina Grande

32 56 5

João Pessoa

36 57 11

Curittiba 0 34 0

Foz do Iguaçu

0 41 0

Londrina 0 45 0

Rio de Janeiro

0 40 0

Porto Velho

0 38 0

São Luís 0 49 0

Aracajú 0 24 0

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Combate à exploração sexual e a violência contra a criança e o adolescente.

de abusos e exploração sexual. São oferecidos cursos profissio-nalizantes em várias entidades do sistema S (Senac, Senai, Sesc, Sebrae). “Essas crianças precisam apenas de uma oportunidade. Elas têm inteligência e têm talento. A única coisa que elas não tiveram é uma oportunidade”, disse Jair. Além disso, os beneficiados re-cebem uma quantia de 500 reais como ajuda de custos, sendo 100 reais depositados em uma poupan-ça e resgatados ao final do curso. Já foram atendidas pelo programa mais de 1.600 crianças e adolescentes em vários estados do Brasil, principalmente no nor-

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Há tempos Chi-co da Boléia e Central do Transporte se uniram para combater a explo-ração sexual de crianças e adolescentes. Por isso, o amigão das ideias foi conversar com Jair Me-neguelli, presidente do Conselho Nacional do Sesi, sobre esse problema que atinge milha-res de crianças por todo o Brasil. “Salvar vidas”. Estas foram as duas palavras usadas por Me-neguelli para definir o projeto que ele e sua equipe criaram para aju-dar crianças e adolescentes vítimas da violência e do abuso sexual. Em seu escritório em São Bernando do Campo, Meneguelli nos contou mais detalhes sobre o projeto e frisou a importância da sociedade e dos ca-minhoneiros no combate à explo-ração sexual de jovens e crianças. O projeto ViraVida está pre-sente em 13 estados do Brasil e dá oportunidades para os jovens vítimas

deste, onde há maior número de casos de abusos do país. E foi em uma das viagens ao nordeste que Jair Menegelli tomou ciência do problema e resolveu se engajar no projeto. Ele conta que ficou indignado ao ver uma suposta

“agenciadora” oferecen-do meninas para turistas italianos em uma praia de Fortaleza. “E o que mais me impressionou foi que as pessoas con-vivem com isso como se fosse a coisa mais na-tural do mundo”, disse. Meneguelli comple-tou a entrevista dizendo que toda a sociedade é importante na luta con-tra a exploração sexual a criança e ao adolescen-te e que muitos artistas, como Xuxa, estão enga-jados neste projeto. “Se não são nossos filhos, são nossas crianças. Te-mos obrigação de cuidar delas.”, afirmou Jair.

Ele também disse a Chico da Bo-leia que os caminhoneiros são peças importantes nesse combate “Preci-samos fazer um trabalho intensivo junto aos caminhoneiros que rodam o país e podem ser um elemento de propaganda do nosso projeto".

Da Redação

Chico da Boleia foi até São Bernardo do Campo e entrevistou Jair Meneguelli sobre o projeto ViraVida

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Entrevista6

Estatuto do Motorista: confira entrevista com Senador Paulo Paim

Acompanhe o bate-papo de Chico da Boleia com o senador Paim:

CB - Qual é hoje a relação do senhor com o movimento sindical? O pessoal entende a participação, eles interagem com o senhor? Como está esta relação do mandato com a base?PP – A relação continua muito boa como sempre foi. Sempre que eu posso, faço o movimento social ter espaço dentro do congresso e agora no senado. Quer seja em audiências públicas ou em reuniões com temas de interesse direto de trabalhadores da cidade e do campo, da área pública e privada e de todos que são descri-minados, que são temas que eu atuo muito aqui no parlamento. Hoje, mes-mo eu fiz o debate sobre a integração da América do sul, com a participa-ção de estudantes, sindicalistas e mu-lheres. Queremos efetivamente que a integração da América do Sul saia da parte mais romanceada e cultural e vá para a parte da economia, social e política, indo além do Mercosul e da Unasul. Esses projetos têm o endosso do movimento sindical. Eu gostaria que tivesse mais pressão e eu sempre me socorro da frase do Mandela, que dizia para os sindicalistas sul africa-nos: “não se desmobilizem porque eu virei presidente. Continuem me pressionando, o parlamento, o exe-cutivo e o judiciário para que sejam atendidas as demandas do movimento social”. A elite vai dizer que está tudo bem, mas eu acredito que o movimen-to social e sindical poderia pressionar mais o parlamento e aí sim nossas reivindicações seriam atendidas e não precisaríamos fazer movimentos.

CB- A questão do movimento sindical hoje é uma coisa que a gente acompa-nha porque estamos no meio. E nós que tivemos lá atrás com o advento do movimento sindical do Conclats, pre-parando o congresso da CUT. Depois houve aquele racha onde nós chama-

mos o congresso para a fundação da CUT e hoje você vê diversas centrais sindicais. Talvez isso leve ao proble-ma que o senhor falou de ter que fazer um movimento pela CLT e não agre-gando novas coisas?PP- Exatamente. Mas eu diria que esse racha do movimento social foi uma tendência mundial. Mas no andar da carruagem vai andando, as abóbo-ras vão se acomodando e as centrais vão percebendo que não dá para ter dez ou onze centrais sindicais. Já ti-vemos até treze delas. A tendência no Brasil, com o tempo, é termos quatro ou cinco centrais fortes. Eu acredito que é importante temos uma união na ação, se pegássemos grandes bandei-ras e todos fossem para cima. O esta-tuto do motorista mesmo, por exem-plo, se todos tivessem uma unidade nação para aprová-lo mesmo e fazer cumprir, não seria problema termos três ou quatro centrais.

CB – Há quanto tempo existe a dis-cussão sobre o Estatuto do Motorista?PP- O debate que estamos travando em relação ao Estatuto do Motorista

começou em 2008, então há três anos. Tem uma série de obstáculos do setor, digamos do grande capital, que acaba interagindo negativamente. Há mais ou menos 20 anos atrás eu apresentei um projeto pra regulamentar a ques-tão do motorista, ou seja, do transpor-te terrestre, principalmente, ônibus e caminhão. Não vamos chorar o leite derramado, vamos falar do atual. No momento, nós estamos vivendo uma

situação especial. Conseguimos for-matar uma comissão que reúne em-presários, trabalhadores, motoristas autônomos e seletivos, todos envol-vidos no transporte terrestre. Fizemos mais de uma dúzia de audiências pú-blicas. Inúmeras aqui na minha co-missão, direitos humanos, do senado e também na subcomissão que eu pre-sido, que é do trabalho e previdência. Já houve reuniões em São Paulo, San-ta Catarina, Paraná, aqui em Brasília e

no Rio Grande de Sul também. Sem-pre nessas reuniões eu sinto que há uma vontade em construir um acordo que garanta direitos e deveres efeti-vos para o profissional do volante. No momento, o que unifica as opiniões é a aposentadoria especial, aos 25 anos de trabalho. Também unifica a ques-tão da jornada e tempo de direção, a princípio, mas não unificamos a ques-tão das horas. Unifica-se também uma

maior infra-estrutura, maior seguran-ça e fazer com que o governo cumpra sua parte e garanta ao motorista que ele possa fazer sua jornada com segu-rança.

CB – Nós, do Chico da Boleia, pode-mos perceber que a discussão ainda está muita com as lideranças. O moto-rista do caminhão, do ônibus e mesmo o autônomo está muito distante disso. O senhor vê alguma forma ou receita pra se reverter este estado?PP – Alguém tem que começar a his-tória. não podemos esperar que a dis-cussão saia do interior e chegue até aqui. Foi então o que eu fiz, eu come-cei, apresentei uma minuta, que está sendo discutida, podendo não ter che-gado nas bases ainda. Mas se o mo-vimento sindical ajudar eles podem criar uma rede de baixo pra cima, fa-zendo boletins ou até mesmo pela in-ternet ou programas como o seu, para que as pessoas entendam que existe esse debate do estatuto do motorista, que visa garantir direitos para o pro-fissional do volante. Esse é o objetivo, eu quero garantir o direito para aquele profissional que dedica a vida para o transporte, seja de passageiros ou de carga e com isso estamos viabilizando uma política para combater os aciden-tes do trânsito e fortalecer a economia nacional. Obviamente a prioridade é

Mas se o Movimento Sindical ajudar, eles podem criar uma rede de baixo para cima, fazendo boletins ou até mesmo pela in-ternet e programas como o Chico da Boléia, para que as pesso-as entendam que existe um debate pelo Estatuto do Motorista que visa garantir direitos para o profissional do volante.

Chico da Boléia foi até Brasilia conversar com o senador Paulo Paim. O Senador, hoje com 61 anos, já foi presidente sindical e ajudou na fundação da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Paim também foi eleito quatro vezes Deputado Federal e hoje atua como Senador pelo Rio Grande do Sul. Ele, que foi o criador do Estatuto do Idoso e do Estatuto da Igualdade Racial, agora pela aprovação do Estatuto do Motorista, que visa os direitos e a segurança dos caminhoneiros e profissionais do transporte.

Chico da Boleia e Senador Paulo Paim falam sobre o Estatuto do Motorista.

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“...pela primeira vez a gente vê um forte entrosamento entre empregadores e empregados, trabalhadores e motoristas autônomos. Tenho certeza de que, sob a liderança do senador Paulo Paim, que é um homem que vem lutando fortemente pelas categorias de base e também convenceu os transportadores a estarem juntos, nós vamos conseguir chegar num resultado extremamente positivo. Alguns pontos do Estatuto já conseguimos chegar a um acordo e tenho certeza que no fim todo mundo vai ganhar. Ganha principalmente o trabalhador que passa a ter sua profissão de motorista regulamentada, ganha o caminhoneiro que fica com a posição defi-nida também e ganha o transportador que fica com a regra estabelecida.”

Clésio Andrade, Senador e Presidente da Confederação Nacional dos Transporte, no Congresso da ABTC em Belo Horizonte- MG, sobre a discus-são e os ganhos com a criação do Estatuto do Motorista.

“...a criação do Estatuto do Motorista proporciona a regulamentação da profissão dos motoristas, segurança nas estradas, proteção à saúde, aposentadoria digna e regras de trabalho, de forma que ele tenha na sua profis-são o tempo de direção exato, que não exceda o limite e não necessite usar drogas. Assim, ele poderá pagar seu caminhão com dignidade como qualquer outra pessoa que tenha seu próprio negócio.”

José Carlos Silvano, Presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística, na TRANSPO--SUL em Porto Alegre- RS, sobre os benefícios que o Estatuto do Motorista trará para os profissionais.

“A questão do Estatuto do Motorista é uma necessidade, mas não pode ser feita de uma maneira unilateral. Tem que se discutir com o trabalhador, o motorista, que é a razão que se tem o Estatuto do Motorista, mas tam-bém tem que ouvir o empregador porque hoje, no século 21, com a economia globalizada tem-se uma sinergia das coisas. Achar que você pode ajudar muito em detrimento de prejudicar outro pode ser muito nocivo.”

Orlando Morando, Deputado Estadual por São Paulo na Feira do Cegonheiro em São Bernardo do Campo- SP, sobre a polêmica entre empregados e empregadores na criação do Estatuto do Motorista.

“A questão da uniformização de todos os motoristas é bem complicada. Mas o principal que tem que ser traba-lhado é a questão da jornada de trabalho e de um trabalho educativo. Nós temos que mudar o foco da questão da multa para a questão da segurança. O motorista quando sabe que não há fiscalização acaba exagerando e colocando em risco a própria vida e a vida de outros”.

Edson Molinari da Polícia Rodoviária Federal na Festa do Caminhoneiro de Guarulhos-SP, sobre a importância de um trabalho educativo ser inserido no Estatuto do Motorista.

qualidade de vida e a prevenção de acidentes. Mas o fundamental seria que as centrais sindicais assumissem essas bandeiras e encaminhassem boletins para as federações e confe-derações, para os sindicatos e para as associações de bairro, que levassem informação dessa longa caminhada, que divulgada e unida nessas redes, pode ser vitoriosa.

CB - A redução na jornada é um meio de reduzir acidentes ou é um pilar?PP - Redução da jornada vai na linha de combater os acidentes do trânsi-to. Mas não é só isso. Não é só dizer que se o motorista tiver uma jornada menor a questão está resolvida. Por-que em tese, o motorista de carro de

passeio dirige horas sem interrupção, ás vezes mais de 10 horas e com a família, que é ainda pior. Nós enten-demos que devemos ter uma educa-ção no trânsito para todos que diri-gem um veículo, seja profissional ou não. Se não trabalharmos no sentido de termos uma política integrada do governo, do setor empresarial e dos trabalhadores e uma campanha edu-cativa em rádio e televisão. Não in-vestimos em escolas técnicas e não temos escolas técnicas para o profis-sional do volante. Sou autor de um projeto chamado Fundep, que tem como objetivo investir nove milhões no ensino técnico, desde ferramentei-ro até o motorista de transporte ter-restre e cada vez mais uma política de

educação para o motorista de final de semana também.

CB - Pela experiência do senhor, quanto tempo leva para a gente con-cretizar o Estatuto do Motorista?PP - O Estatuto da Igualdade Ra-cial consegui aprovar em 10 anos, o do Idoso por volta de 8 anos, o Es-tatuto da Pessoa com Deficiência, eu apresentei há mais de 12 anos e ainda falta a votação na Câmara dos deputados. O Estatuto do Motoris-ta pela sua complexidade, me daria satisfeito, que conseguíssemos fazer uma ampla discussão, poderíamos ter aprovado no segundo semestre do ano que vem. Ele merece uma grande atenção por essa complexidade. Se

for aprovada no final de 2012 acho que é uma grande vitória para aqueles que querem cada vez mais que am-pliem os direitos de profissional do volante.

Confira alguns depoimentos sobre o Estatuto do Motorista

Senador Paulo Paim

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EMTU/SP projeta 160 km de corredores de ônibus nas três regiões metropolitanas do Estado

Iniciativas da empresa privilegiam o transporte público em substituição ao individual

A Empresa Metropoli-tana de Transportes Urbanos - EMTU/SP projetou, para os próximos 4 anos, certa de 160km de corredores de ônibus em São Paulo e Campinas. Além disso, já estão em obras os trechos Ita-pevi-São Paulo e Guarulhos-São Paulo. Outros 11km da primeira fase do trecho prioritário do Véi-culo Leve sobre Trilhos (VLT) já estão previstos para serem construídos na Baixada Santista. Os projetos da EMTU/SP preveêm ainda a instalação de ciclovias e bicicletários nos terminais para garantir o acesso e integração a outros sistemas, atendendo, assim, a política da empresa de incentivar o uso do transporte não poluente, além de favorecer a mobilidade dos usu-ários nos seus deslocamentos. O Corredor Metropolita-no ABD (São Mateus – Jabaqua-ra), na RMSP, já conta com bici-cletários em quatro Terminais de Integração. No Corredor Metro-politano Noroeste há bicicletários em dois Terminais e 5 km de ci-clovia na região de Hortolândia.

Corredores em obras

- O Corredor Metropolitano Guarulhos - São Paulo (Tucu-ruvi) atenderá principalmente a população de Guarulhos, a se-gunda maior concentração popu-

lacional do Estado de São Paulo, na ligação deste mu-nicípio à capital paulista por meio de sistema estrutu-rado de transporte.A reorganização do transporte metro-politano da região se dará com a ins-talação de faixas exclusivas para ônibus, redistribui-ção das paradas e readequação dos semáforos ao longo do traçado. Além disso, promoverá mais mobilidade aos usuários do transporte público com a integração ao sistema metroferroviário. Até 2014 está prevista a entrega de três trechos considerados prioritários:- Ligação CECAP – Taboão- Ligação Taboão – Vila Galvão- Ligação Vila Endres a Ticoatira.

O Corredor Metropolitano Itape-vi – São Paulo (Butantã) terá seu ponto inicial no Terminal Itapevi, junto à Estação da CPTM, e seguirá até a Estação Butantã do Metrô (Li-nha 4 – Amarela), na capital paulis-ta. Abrange os municípios de Itape-vi, Jandira, Barueri, Carapicuíba, Osasco e São Paulo (região Oeste). O trecho prioritário entre Itapevi e Jandira, integrado com as Estações da CPTM, conta com o Terminal

Itapevi, três estações de transferên-cia, novo viário com duas faixas por sentido, viaduto, passarela so-bre a via férrea, calçadas e ciclovia.

Corredores em projeto

O Corredor Perimetral Leste Jacu-Pessego ligará os corredores metropolitanos Guarulhos – São Paulo (Tucuruvi) – em construção – e o ABD (São Mateus – Jabaqua-ra), conectando duas regiões com vocação industrial, entremeadas por área residencial com popula-ção de baixa renda que será dire-tamente beneficiada com um trans-porte rápido, seguro e econômico.

O Corredor Itapevi-Cotia é uma ligação perimetral entre os municí-pios de Itapevi e Cotia que, por meio do Terminal Metropolitano de Cotia já existente, será conectado com o futuro Corredor Metropolitano Ita-pevi – São Paulo (em construção). Beneficiará principalmente a popu-lação de Cotia, por conta da inte-gração com o sistema ferroviário na Estação Itapevi da CPTM e do aces-so mais rápido à capital paulista.

O Corredor Alphaville-Caja-mar ligará os municípios de Ca-rapicuíba, Barueri e Santana do Parnaíba em uma primeira fase, e Cajamar em uma fase poste-rior, atendendo às áreas de per-fil empresarial (Alphaville, em Barueri) e de perfil residencial (Santana de Parnaíba e Cajamar).

O Corredor Arujá – Itaqua-quecetuba atenderá o eixo Nor-deste/Leste da RMSP, facilitan-do a transposição das Rodovias Dutra e Ayrton Senna. A região apresenta alta concentração populacional que hoje depen-de do transporte público sensi-velmente comprometido com o tráfego saturado da região.

Na Região Metropolitana de Campinas, obras complementa-res serão feitas no Corredor No-roeste em direção a Santa Bár-bara d’Oeste, Americana e Nova Odessa para proporcionar mais eficiência ao transporte metro-politano da região, na busca pela racionalização do sistema, por meio da integração das linhas

Corredor Noroeste-Campinas

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ASSOCIAÇÕES DE PROTEÇÃO na busca do Reconhecimento de suas atividades

Vamos conversar um pou-co sobre as Associações de Prote-ção e seu reconhecimento. O tema é de grande importância, visto que sabemos da dificuldade de encontrarmos companhias de se-guro que queiram assegurar nosso bem, seja ele antigo ou novo. O custo da apólice de seguro para um caminhão é totalmente inviá-vel e, por isso, nós caminhoneiros e carreteiros precisamos buscar alternativas para preservar nosso patrimônio. A Constituição Federal de 1988 nos dá o direito de nos organizarmos em associações ou cooperativas, mas ainda há quem diga que isso não é possível. Há aproximadamente cinco anos foi constituída a FENACAT - Federa-ção Nacional das Associações de Caminhoneiros e Transportado-res, com o intuito de organizar as associações na defesa de seus ide-

ais e direitos. Tenho acompanha-do a história da FENACAT, um caminho difícil e cheio de obs-táculos, e vejo que a Federação continua firme em seu propósito. Por isso, ela iniciou um trabalho junto aos setores do segmento e as Casas Legislativas para discutir o assunto e construir um Projeto de Lei que possa, definitivamente, regulamentar e reconhecer a lega-lidade das associações. Em Audiência Pública na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, dei minha opinião acerca do assunto e frisei a ne-cessidade de se buscar uma legi-timidade das atividades das asso-ciações. Nas audiências de Porto Alegre, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Espírito Santo, as várias associações estiveram presentes, acresentando suas opi-niões e posições sobre essa neces-sidade. A participação nas audiên-cias públicas mostra que o tema ganha força e adesão.

A FENACAT está na es-trada fomentando a discussão nos estados, buscando apoio e reco-nhecimento dos legisladores es-taduais e criando interfaces com entidades do setor. O objetivo é também criar condições para que o Congresso Nacional entenda e dê o encaminhamento definitivo que o tema merece. O Projeto de Lei para a regulamentação, legalização e re-

conhecimento das associações do nosso setor está sendo elaborado pelos mais renomados juristas e legisladores. Mas isto não basta, é preciso que você, companheiro de estrada, também participe des-ta discussão. Fique atento às audi-ências públicas que irão acontecer e participe! Mais informações no site da FENACAT www.fenacat.org.br ou no site www.chicodabo-leia.com.br.

Já foram realizadas audiências públicas em Sâo Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais

Outras ações ambientais da EMTU

- Repotencialização do trecho já eletri-ficado do Corredor Metropolitano ABD (com previsão de conclusão em 2012) e a eletrificação no trecho Piraporinha – Ja-baquara (em fase de testes operacionais).

- A EMTU/SP coordena o projeto “Ônibus a Célula a Combustível Hidrogênio para Trans-porte Urbano no Brasil”. O primeiro protóti-po está operando nas linhas do Corredor Me-tropolitano ABD (São Mateus – Jabaquara) para análise de desempenho da nova tecnolo-gia e mais três veículos estão em fabricação.

- O Programa ConscientizAR, criado pela EMTU/SP em 2008, visa diminuir a emissão de po-luentes dos ônibus dos Sistemas Regular (Comum e Especial), de Fretamento e Transporte Esco-lar. O programa avalia periodicamente a emissão de fumaça preta dos ônibus dos Sistemas Regu-lar e de Fretamento que rodam diariamente nas Regiões Metropolitanas de São Paulo, Campinas e Baixada Santista. Até o último mês de julho, a EMTU/SP inspecionou quase 15 mil veículos.

Corredor ABD

municipais e metropolitanas.Na Baixada Santista, o Sistema Integrado Metropolitano (SIM) tem como objetivo reestruturar o transporte público por meio da implantação do Veículo Leve sobre Trilhos - VLT, sistema de média capacidade de transpor-te integrado às linhas metropo-litanas e municipais. O trecho prioritário do VLT envolve a ligação de 11 km entre São Vi-cente (Barreiros) e Santos (Por-to), mais a extensão de cerca de 4 km de Conselheiro Nébias a Valongo, na cidade de Santos.

Chico da Boleia

ETEC João Maria StevanattoVestibulinho 2012 - 1º Semestre

Exame 20/11/2011www.vestibulinhoetec.com.br

(11) 3471-40710800-772-2829

Itapira-SP

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Central do Transporte - 6 anos de Prestação de Serviços

Já são alguns anos de estrada, mas ainda temos muito o que rodar. Você ca-minhoneiro, carreteiro e em-presário do setor de trans-porte ganhou, há seis anos, um parceiro para o seu dia a dia. Estamos focados em cada trecho, a cada embar-que, a cada descarga, onde quer que você esteja. O Por-tal Central do Transporte tem a informação precisa e em tempo real sobre os mais variados assuntos. Estamos em todos os trechos e em todos os temas, para ajudar você, companheiro de estra-da!

No início, porém, mui-tos não compreendiam que o nosso setor crescia e se mo-dernizava. Eram constantes os questionamentos sobre o uso da internet em nos-so trabalho. Muitos diziam ainda que os caminhoneiros não estavam preparados para toda essa tecnologia. No en-tanto, nós acreditamos e per-sistimos.

O dia a dia, porém, nos mostrou que nós estamos an-tenados e preparados para a modernidade. Quebramos o preconceito “virtual” nas es-tradas e hoje já utilizamos a

6 Anos, 2190 dias, 52.560 horas prestando serviço. Este é o tempo do Portal Central do Transporte junto de você.

internet para melhorar nossa atividade. O Portal Central do Transporte orgulha-se de ser o primeiro a oferecer a mais vasta gama de infor-mações e dicas para a vida e o trabalho nas estradas. Ao longo do tempo, conquista-mos respeito, reconhecimen-to e elogios pelos serviços prestados. Estamos presen-tes na área governamental, empresarial, sindical e legis-lativa.

Se você ainda não conhe-ce, acesse: www.centraldo-transporte.com.br.

Nossas preocupações vão desde o bom atendimento dos nossos clientes até a ma-neira que lidamos com o lixo produzido por nossas ativi-dades diárias. Além de aten-tos na prestação de serviços relacionados à área de trans-porte consideramos válida toda ação que possa preser-var nossa qualidade de vida e de trabalho. Reciclamos o lixo, controlamos o consumo de papel das impressoras, aproveitamos a luminosida-de natural do sol e abolimos o uso de copos descartáveis. A responsabilidade social é outro aspecto ao qual esta-mos atentos. Por isso, desde o início abraçamos a causa do combate à exploração e

violência sexual à criança e ao adolescente. Divulgamos amplamente em nosso site e nas newsletters as ativida-des relacionadas à essa ini-ciativa. Somos, inclusive, parceiros da Secretaria Es-pecial de Direitos Humanos da Presidência da República e signatários das ações do Movimento Na Mão Certa. Recentemente, estabelece-mos uma parceria com o Movimento Vira a Vida que combate a exploração sexual e a violência contra crianças e adolescentes.

Ainda na área de respon-sabilidade social somos par-ceiros da ETEC João Maria Stevanatto de Itapira, onde absorvemos alunos em es-tágios, bem como apoiamos projetos pedagógicos extra-curriculares.

O que o Portal Central do Transporte oferece ao setor.ANTT

Na prestação de serviço o Portal Central do Transporte é um Posto Credenciado junto à ANTT, via UNICAM, para fazer o CADASTRAMENTO ou RECADASTRAMENTO no Registro Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas, mais conhecido como RNTRC.

INFORMAÇÕES SOBRE FRETESNo portal é possível encontrar cargas para os mais variados destinos do Brasil, de embarcadores

ou transportadoras, bem como encontrar caminhoneiros, carreteiros ou transportadoras, de forma muito simples e o mais importante sem intermediário.

INFORMAÇÕES SOBRE LEGISLAÇÃOTudo o que acontece no campo das Leis referente ao setor você vai encontrar no Portal, estamos

diariamente monitorando para ver o que há de novo.

DISPOSITIVO AUXILIAR DE IDENTIFICAÇÃO VEICULAR. Resolução Nº 370 CONTRANO Portal Central do Transporte oferece pelo melhor preço material homologado em todo território

nacional.

Você com certeza pode ter maiores informações e saber como tudo isso funciona acessandowww.centraldotransporte.com.br ou ligando para (19) 3843-5778 / (19) 3843-6487.

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Cantinho da Saudade - Vai Com Deus!

Cruzadas

Frases de Para-choques

DICAS PARA RESOLUÇÃO

A. Instrumento próprio para medir a velocidade de um veículo.B. Dono ou condutor de caminhão.C. O Amigão das Ideias.D. Meio de trabalho do Caminhoneiro.E. Delineação convencional de uma extensão qualquer da superfície da Terra.F. Empresa especializada no transporte de carga ou de passageiros.G. Sistema que, através de um conjunto de satélites, fornece a um aparelho móvel a sua posição em relação às coordenadas terrestres.H. Instrumento para registrar as velocidades de um veículo e os tempos de viagem e de repouso.I. Categoria do automobilismo Brasileiro composta de caminhões preparados para cor-rida.J. Envoltório deformável e elástico que se prende à jante das rodas de certos veículos e que protege, envolvendo-a uma câmara-de-ar.K. Pneu de reserva.L. Sinal luminoso e intermitente que se coloca no cruzamento de vias perigosas pelo seu trânsito intenso.M. Tributo de passagem por uma rodovia.N. Dispositivo que permite, nos veículos a motor, a expulsão do gás resultante da com-bustão.O. Dispositivo provido de sinalização luminosa, automática, que serve para regular o tráfego nas ruas das cidades e nas estradas.P. Aparelho com que se neutraliza o impulso que, nas descidas, o peso dos veículos imprime às rodas.Q. Estrada de rodagem; estrada para veículos.R. Aquilo que se paga pelo transporte de alguma coisa.S. Tecido grosso e forte para toldos, velas, etc.T. Produto combustível derivado do petróleo.U. Aparelho destinado a esfriar a água aquecida pelo motor de um automóvel.V. Assento ou cabina de motorista.W. O que é transportado por pessoa, animal, veículo ou barco.X. Instrumento usado para produzir um som estridente ou bastante audível em veículos ou em outros meios de transporte.Y. Espelho que faz parte dos veículos automóveis, colocado ao lado ou diante do moto-rista e que permite a este a visão para a retaguarda.Z. Meio de pagamento por um transporte.

Como passar a vida sendo cami-nhoneiro? Como olhar o mundo por uma janela? Como viver uma vida sem uma família? Como chorar sem um ombro? Esta é a vida de um caminho-neiro. Talvez eles nunca se perdoem por serem tão só. Nunca se perdoem por deixar a família tão só. Até parece música do Roberto Carlos.

Mas é a realidade. Quando viajam e olham pelas estrelas, no quarto, que é a boleia, talvez eles se questionem sobre tudo isso. Um corpo novo com aparência tão velha. Isso é o caminho-neiro. Estradas na cara que entregam uma idade que não tem. Um peito amargo, um sorriso triste. Isto é o ca-minhoneiro!

Na frente, viajam para ter um fu-turo. Atrás, um passado sem história. Uma vida longe de tudo. Poder, so-mente um CD do Milionário e Zé rico, ou agora, da estonteante Paula Fernan-des. Nada mais! Conhecer o Brasil, talvez uma lenda! Como conhecer um

País por uma janela? O Caminhonei-ro não desce o degrau da cabine. Ele precisa de carga. Precisa do dinheiro. Precisa da vida!

Viaja por que precisa, volta por que ama. Mas quando volta é um beijo rápido, um beijo expresso como o seu caminhão. Abana a mão, vê os filhos, a mulher e tchau! Vai se embora como uma Chalana. Lá foi ele. Nas mãos, o volante, no peito, a dor, na cabeça, a saudade. Lá foi ele. Lá foi o capitão das estradas.

Seu fim de semana, um posto de estrada. Seus parentes, um estranho, seu copo, as mágoas. Lá foi ele, o ca-pitão das estradas. E na velhice o que tem para contar? Seus netos ao redor! Ele não os conhece, pois conhece as estradas. Somente isso. Seus filhos, suas filhas, ele não as conhece. Co-nhece sim cada curva deste País. Cada posto, cada entrada de cidade.

E o Cristo Redentor! E a natureza maravilhosa do Rio de janeiro. Nada!

No máximo a avenida Brasil. Ele co-nhece cada estrada deste País. Mulhe-res! Ah, mulheres! Dizem que o ca-minhoneiro é como marinheiro, cada porto uma saudade! Será? A saudade sim viaja com ele.

A boleia sim é sua casa, sua vida. Lá foi ele o capitão das estradas. Lá foi ele... Natal, Ano Novo ele escolhe um para passar com a família. Somente um. No outro, a estrada, a boleia, a so-lidão. É tudo que tem. Antes colocava frases no para-lama para todos sorri-rem. Hoje, com a imposição das trans-portadoras, tirou. Nem isso! Nem isso

É ele, o capitão das estradas, a solidão das estradas. É ele. Vai com Deus. Vai caminhoneiro, ouça suas músicas sozinho. Você tem Deus no coração. Ele está com você. Você não está sozinho.

Vai com Deus!

Jota Carlos

“Feliz foi Adão, que não teve Sogra nem Caminhão.”

“Devo tudo a minha mãe, mas já estou negociando.”

Dirijo com cuidado para não deixar chorando quem me espera

sorrindo.”

“Diferença de credor e devedor: o primeiro tem a memória muito

melhor.”

“Deve ter um jeito melhor de co-meçar o dia do que acordando cedo

todas as manhãs.”

“Devagar se vai ao longe, mas demora um tempão!”

“Existem três tipos de pessoas: as que sabem e as que não sabem

contar.”

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