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Page 1: 18ª Edição do Pirituba Acontece

Esta publicação é o resultado doprojeto Click, um olhar curioso sobre o

mundo, que promove oficinas dejornalismo comunitário em Pirituba.

FEVEREIRO 2013 | 18ª EDIÇÃO | www.clickumolhar.com

Parceiros

Realização

128 anos de Pirituba

Animais abandonados buscam novo lar

Conheça iniciativasde jovens da região,que fazem sucessona internet | pág 08

Novo subprefeitoCarlos Eduardo Silva Diethelm assumiu o comando da subprefeitura da região de Pirituba e Jaraguá no último mês. Confira entrevista com ele e conheça suas tarefas e propos-tas para o mandato | pág 05

Para celebrar o aniversário do bairro que dá nome ao jornal, a edição deste mês traz uma pequena homenagem à região. Jovens moradores relatam o que Pirituba significa para ca-da um deles | pág 03

Iniciativas na região atendem cachorros e gatos que procuram por um abrigo fixo | Foto: Larissa Chacon Kinoshita

ESPECIAL

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ARTES GRÁFICAS

Tels.: (11) 3903-1409 / [email protected]

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PÁG 2 | Fevereiro 2013 | 18ª Edição PIRITUBA ACONTECE | Fala, Click!

Fala, Click!

CLICKERS: Adriane Toscano, Amanda Sanches, André Muzet-ti, Beatriz Xavier, Caique Resende Peruch, Cris Bibiano, Dayane Santuci, Edson Caldas, Evelyn Kazan, Igor dos Santos, Ingrid Al-ves, João Gasparotto, Julia Reis, Julio Augusto, Karine Ferreira, Marina Budóia, Marina Nagamini, Olga Bagatini , Roberta Caroli-ne, Ruama Almeida, Samuel Parmegiani, Thalita Xavier, Vanessa Coscia, Victhor Fabiano, Yago Rudá. DIAGRAMAÇÃO: Dayane Santuci, Edson Caldas, Evelyn Kazan e Olga Bagatini. REDATO-RES: Edson Caldas, Evelyn Kazan. TIRAGEM: 1.000 exempla-res. Distribuição gratuita.

Olá, leitores e leitoras!A internet é a plataforma comunicativa que mais cresce no mundo. Mais da metade dos brasileiros já estão co-nectados. É cada vez maior o número de iniciativas que transformam jovens anônimos em celebridades do dia para a noite. O Especial deste mês conta duas dessas histórias bem sucedidas na rede, inclusive em Pirituba.

No entanto, esta edição não vai conectar você, leitor, apenas à internet. Conversamos com o novo subprefeito de Pirituba/Jaraguá, que nos contou suas funções e pro-jetos. E para completar, o bairro comemora neste mês seu aniversário de 128 anos! Saiba um pouco mais so-bre a sua história no Piritubando.

Com as redes socias, a internet ainda ajuda quem está em busca de um animal de estimação. Lá na página seis, você confere uma reportagem sobre adoção de ca-chorros e gatos em Pirituba.

Já que o assunto é internet, não deixe de acompa-nhar durante todo o mês o www.clickumolhar.com.

Ouvindo Vozes | A sua opiniãoaqui

Cena do filme A Morte do Demônio (2013)

O que você acha de nosso jornal? Queremos ouvir sua opinião! Mande dicas, críticas e elogios para [email protected].

facebook.com/piritubaacontece twitter.com/clickumolhar

Estou adorando as publicações. Na última senti falta do artigo sobre educação, espero que retorne, pois além de ser um tema im-portante, é um desafio para sociedade com tantos problemas atuais. Lendo as reporta-gens da última edição, fiquei com vontade de sugerir o filme NO, trata de um tema atual na minha opinião, que é a publicidade

Rosicleide Moura,educadora

Olá, Rosicleide! A Equipe Click agradece pelo comentário e pelas dicas. Realmente, tem tudo a ver com o projeto. Sobre a coluna de educação, ela está de volta nesta edição, com o tema “Cotas nas Universidades”, esperamos que goste! Forte abraço!

Equipe Click

necessária para o avanço da questão social e aquela que agra-da ao leitor. Conhecendo um pouco vocês, acho que sempre está em pauta esta questão. Pode até ter um espaço para a divul-gação de filmes alternativos que São Paulo oferece e poucas pessoas ficam sabendo, principalmente na periferia. Parabéns, novamente, pelo trabalho.

Nos bastidoresEm janeiro, a Equipe Click não parou! Tudo para trazer para você o melhor jornal possível!

1) As integrantes Vanessa e Karine durante a apuração da matéria sobre adoção de animais. 2) Yago entrevista o subprefeito. 3) Olga e André conversaram com os criadores do Pirtuba da Depressão. 4) Clickers na gravação da chamada de fevereiro da TV do projeto.

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18ª Edição | Fevereiro 2013 | PÁG 3PIRITUBA ACONTECE | Fala, Click!

Piritubando | Piritubando | PIRITUBA ACONTECE

Fique por dentroda região

Pirituba comemora no dia 1º de fevereiro seu aniversário de 128 anos. Nesta mesma data, em 1885, era inaugurada a esta-ção de trem da São Paulo Railway, ferrovia que ligava o porto de Santos a Jundiaí e que deu início à modernização do bair-ro. No começo do século XX, as grandes fazendas de café que ocupavam toda a região começaram a ser loteadas e dar lugar a vilas, como Vila Bonilha e Vila Zatt.

Hoje, muitas décadas depois, Pirituba abrange uma área de aproximadamente 17,10 km² e uma população de 167.931 ha-bitantes. “O que eu mais gosto no bairro são as pessoas, porque são elas que fazem o lugar”, diz Tatiana Fonseca, moradora do bairro há 31 anos. Ela conta que o bairro cresceu muito. “Hoje, já é quase uma cidade. Eu lembro quando a gente fez um muti-rão pra asfaltar a rua que ainda era de terra.”

Pirituba adquiriu ao longo dos anos uma enorme impor-tância histórica. O bairro recebeu um dos primeiros times de rugby do Brasil, a sede da Sociedade Holandesa de São Paulo e a maior indústria de pianos da América Latina. Para Gabriel Caiafa (14) o lugar que mais representa o bairro é o Castelinho. Antiga moradia do contador inglês Charles Thomas Chapman, funcionário da São Paulo Railway, a construção característica do século XIX, durante muito tempo fez parte do imaginário dos moradores da região.

Com mais de um século de existência, Pirituba se desenvol-ve cada vez mais e continua sendo o lar de milhares de jovens que nascem aqui e não pretendem deixar o bairro, como Natália Abreu (14). “Eu moro aqui desde que nasci. Pirituba representa muito pra mim e eu tenho muito orgulho de morar aqui.”

128 anos de história

Samuel Parmegiani

Para comemorar os 128 anos da região, o Pirituba Acon-tece promove um concurso de fotografia! Basta fazer uma imagem do bairro e enviar o arquivo ou link para o email do projeto. A foto mais legal sai na edição de março. Boa sorte e bons clicks! [email protected]

Click o seu bairro!

Expo 2020: em debate

Olga Bagatini

O Jaraguá Clube Campestre, apesar do nome, localiza-se em Pirituba. É um clube que abrange uma área de aproximadamen-te 500 mil m² e abriga grande diversidade de fauna e flora.

O clube oferece opções de lazer e esporte para seus fre-quentadores, como campos de futebol, quadras de vôlei e de tênis, piscinas, churrasqueiras e lagos para pesca.

Recentemente, o local passou a ser cobiçado por políticos e pelo setor imobiliário, que pretendem desapropriar a área para a construção de um polo de eventos para sediar a Expo2020, uma convenção que reunirá diversos países e a qual São Paulo concorre como cidade-sede.

O tema da Expo2020 é “Forca da Diversidade, Harmonia para o Crescimento” e, caso a cidade seja eleita sede, de 15 de maio a 15 de novembro de 2020 receberemos o terceiro maior evento do mundo. A expectativa é que durante os seis meses de duração este receba de 25 a 30 milhões de visitantes.

Muitas pessoas são contra a desapropriação, pois conside-ram um desrespeito à natureza e defendem que o local é uma das últimas áreas verdes preservadas da cidade. Por conta disso, foi feita uma petição pública online que reúne mais de 6 mil assi-naturas, e até mesmo um protesto pela causa. A vontade dos só-cios é que, mesmo que a desapropriação aconteça, seja mantida a área utilizada pelo clube, que dessa forma poderá ser mantido.

O local existe há 53 anos e há lista de espera para novos membros, pois já atingiu a capacidade máxima de sócios.

O debate não é de hoje...

Em outubro de 2012, autoridades se reuniram no auditório da Associação Comercial Distrital Noroeste de São Paulo (foto) para discutir sobre o evento. Durante a apresenta-ção, um grupo de moradores protestou silenciosamente com faixas que questionavam a desapropriação. Contudo, a iniciativa só será projetada caso São Paulo seja eleita como a cidade sede – a decisão será tomada em novembro de 2013, em Paris.

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PÁG 4 | Fevereiro 2013 | 18ª Edição PIRITUBA ACONTECE | Piritubando

Abre alas: grupos de Pirituba valorizam o bairro por meio do ritmo de Carnaval

Colaboradores trabalham na quadra da Caprichosos | Foto: Edson Caldas

Edson Caldas , Evelyn Kazan e Marina Nagamini

O tão aguardado mês do carnaval chegou! Há quem diga que o ano só começa depois dele! Sendo assim, você conhece agora dois grupos de Pirituba que, nesta época do ano, trabalham para trazer brilho à comunidade.

Alô alô, Caprichosos do Piqueri!

A equipe do Pirituba Acontece conversou com o dire-tor de carnaval do bloco Caprichosos do Piqueri, funda-do em 1985, Carlinhos Jaraguá, que nos apresentou aos bastidores deste grande evento.

Neste ano, o enredo é “A lua de Jorge, cavaleiro do céu”, tema que começou a ser pesquisado pelo bloco há quase um ano. Tal estudo envolve 30 pessoas da equipe (além de um total de 430 para o desfile).

Carlinhos explicou que a ideia surgiu antes da atual novela das oito da Rede Globo, “Salve Jorge”, o que acabou contribuindo para o marketing da Caprichosos.

Destaque do bloco em 2013, a panicat Babi (do progra-ma “Pânico na band”) será a madrinha de bateria.

Apesar das dificuldades, a escola cresce cada vez mais e recebe ajuda da Prefeitura. A Caprichosos desfila na Estação da Luz junto com mais 13 blocos.

Prova de Fogo: comunidade e festa

Única escola de samba do bairro, a Prova de Fogo – fundada em 1974 – chega no Carnaval deste ano com o enredo “Prova de Fogo está em Festa no Quilombo de Pirituba”, de autoria de Rosana Pinto e Robson Goulard.

Segundo a escola, o tema se deve ao fato de a Vila Mangalot, onde a agremiação nasceu, ter abrigado o primeiro quilombo urbano, que influenciou a vida e a crescente luta por melhorias sociais dos moradores.

“A comunidade é bem participativa”, afirma a vice-presidente da escola, Rosana Pinto. De acordo com ela, os grupos de Carnaval “representam muito mais do que um espetáculo” nesta época. “São espaços comunitários, onde seus integrantes podem exercer sua cidadania. Por meio do ensino de tradições culturais, da música, do canto e da dança, a Prova de Fogo busca proporcionar às gerações futuras a edu-cação cultural e inclusão social”, disse.

Os ensaios acontecem às quartas,sextas e domingos, às 19h, na Av.Elísio Cordeiro de Siqueira, 1021.

Com 1500 componentes,a Prova de Fogo desfilano dia 11 de fevereirono Anhembi.

“As escolas de samba são locais ideais para o fortalecimento dos laços de solidariedade co-munitária”, diz a vice-presidente da escola Prova de Fogo, Rosana Pinto

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18ª Edição | Fevereiro 2013 | PÁG 5PIRITUBA ACONTECE | Piritubando Piritubando | PIRITUBA ACONTECE

Subprefeitura trabalhará para atendera população, diz novo subprefeitoCris Bibiano, Evelyn Kazan e Yago Rudá

QUEM ÉCarlos Eduardo Silva Diethelm, subprefeito de Pirituba/Jaraguá

Engenheiro civil pela UNIP (1983). Cursou engenharia de segurança em medicina do trabalho no Mackenzie (1985). Adminis-trador público pela Universidade Mogi das Cruzes (2011).Morador da região, ingressou em 1992 no serviço público na subprefeitura local, as-sumindo os cargos de supervisor de obras eserviços públicos e coordenador de projetos e obras. Entre 2006 e 2007, foi supervisor de manutenção na Subprefeitura de Pinheiros. Em seguida, retor-nou ao bairro, onde atuou como supervisor técnico de projetos e obras. Foi designado Subprefeito de Pirituba/Jaraguá em no primeiro dia deste ano.

Divulgação

As eleições municipais realizadas no ano passado, na qual foi eleito prefeito Fernando Haddad, promoveram algumas mudanças no corpo gestor que compõe a Pre-feitura da cidade. Uma das alterações da nova adminis-tração foi a nomeação de novos subprefeitos. Mas você sabe o que faz um subprefeito?

O subprefeito é o responsável por coordenar as inicia-tivas e ações da Prefeitura dentro dos distritos. Além de coordenar a ampliação e melhoria da qualidade de serviço públicos e sociais prestados à comunidade, especialmente quanto à segurança urbana e defesa civil, além de forne-cer subsídios para a elaboração de políticas municipais.

O Pirituba Acontece visitou a subprefeitura Piritu-ba/Jaraguá e conversou com Carlos Eduardo, novo sub-prefeito do distrito. Nesta entrevista foi apresentada as preocupações e o trabalhado iniciado pela nova gestão.

O subprefeito mencionou que seu trabalho está atre-lado ao programa de Governo Municipal, ao ser ques-tionado sobre as primeiras atitudes da nova gestão. “Nesses primeiros meses, devido ao tempo chuvoso, a gente já começou reforçando as equipes de manutenção, limpeza do sistema de drenagem, limpeza de córrego, coleta de entulho e lixo, e coisas que vão causar proble-mas na época de chuva”. Carlos fez questão de ressaltar a importância da cooperação da população em atitudes simples que contribuirão com o trabalho das equipes de manutenção como “colocar o saco de lixo no momento certo da coleta, para que a enxurrada não leve para uma boca de lobo; não descartar nos córregos colchões, es-trados e armários que também vão obstruir os córregos”.

Nossa equipe de reportagem também o interrogou a respeito da participação da comunidade em reuniões abertas e conselhos de bairro dentro da subprefeitura, que visem dar voz ao morador, sobre isso, Carlos co-menta que é uma prática que já acontece. “A subpre-feitura tem reuniões mensais (...). Nessas reuniões, a comunidade participa através de associações de bairro ou individualmente . Elas trazem problemas para gen-te, discutimos esses problemas e também suas soluções.

Na sede da subprefeitura também costumamos ter um dia ou mais, para agendar visitas aos interessados, assim a gente tem uma troca de informações, e alguns escla-recimentos.”

No dia 20 de fevereiro, ocorrerá na Rua Luiz Car-neiro – 193, a reunião mensal da subprefeitura, onde serão debatidos os problemas do bairro e suas possí-veis soluções. A participação de moradores das mais variadas regiões do nosso bairro é de vital importância para que haja troca de informações entre a subprefe- itura e a comunidade.

O Pirituba Acontece apurou que na gestão do pre-feito Kassab, os subprefeitos deveriam percorrer por dia 5 quilometros pelo distrito, entretanto com a nova gestão petista, tal decreto foi abolido. Perguntamos ao Carlos Eduardo como ele faz para verificar as demandas diárias do bairro, o subprefeito afirma: “sou morador do bairro, e acompanho as obras que estão sendo feitas, e os serviços que estão sendo feitos (...). Agora, por eu freqüentar o bairro e conhecê-lo, saber os pontos críti-cos , a gente já vai direto nesses lugares”.

A subprefeitura possui uma praça de atendimento, responsável por receber sugestões e reclamações como o cuidado com a manutenção do sistema viário, da rede de drenagem, limpeza urbana, poda de árvores e diver-sos outros serviços. O atendimento ao público é de se-gunda à sexta-feira, das 08:00 às 17:00 horas na Rua Dr. Felipe Pinel, 12.

A entrevista completa com o subprefeito, você con-fere no nosso site www.clickumolhar.com.

Novo Subprefeito terá grandes desafios em sua gestão. Limpeza das vias urbanas e ma-nutenção da rede de esgoto serão prioridade nos primeiros meses.

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PÁG 6 | Fevereiro 2013 | 18ª Edição PIRITUBA ACONTECE | SP em Pirituba

SP em Pirituba | O que acontecena cidade?

Embora a prática de adoção de animais esteja se tornan-do comum, ainda existem empecilhos que fazem disso um processo complicado, como encontrar um local que tenha capacidade para abrigar os animais que são tira-dos da rua, onde serão acolhidos à espera de um lar. Quem já adotou não se arrepende e diz estar satisfeito. Conversamos com Telma Domingues, que se preocupa e entende do assunto.

Telma tem quatro animais em casa: três cãezinhos e uma gata. Chico, cachorro que foi adotado, já tem 18 anos. A dona garante que tem sido uma ótima experiên-cia criá-lo. “Resolvi adotar o Chico, pois fiquei muito sensibilizada com a situação dele. Eu nem sabia que ele já era tão idoso. Adotar um cachorro adulto, no meu caso, já idoso, é dar a ele uma chance de vida, pois nas ruas ele não a teria. Todas as pessoas deveriam ter uma experiência como essa, ter um cachorro idoso dentro de casa e ver a semelhança dele com os seres humanos.”

Telma afirma que optou por adoção em vez de com-pra por conta do grande número de animais abandona-dos nas ruas e nas ONGs. “Independentemente de pe-garmos cachorros de rua ou comprarmos, eles tem que

ter sorte, pois hoje em dia não são só cachorros de rua que são maltratados, os de raça também, os que as pes-soas compram.”

Fátima Barbosa é fundadora da ONG Reciclando o Planeta, uma entidade formada por um grupo de volun-tários que resgata animais. Quando um dos integran-tes tem problemas com algum animal, logo analisam a melhor maneira de resolvê-los. A maior dificuldade é não possuir um local fixo para abrigar os bichos, que acabam sendo abrigados nas casas dos próprios mem-bros. Por outro lado, as redes sociais, junto com outros veículos da internet, são aliadas na hora de divulgar o trabalho e encontrar possíveis adotantes.

Cuidar de animais não é fácil: é necessário tempo, paciência e dedicação. A iniciativa conta com o apoio da Faculdade Anhanguera, que cedeu no ano passado um espaço para a realização de reuniões. Além disso, a organização recebe ajuda de Wladimir, da loja Pet Park, que doa medicamentos e irá criar a Quarta Social, dia em que a Reciclando o Planeta poderá levar alguns animais para banho e tosa, assim como Daniela do Campeão, que também oferece banho e tosa de graça para esses casos.

Fred foi adotado, no Centro de Zoonoses, após 7 anos sem uma casa fixa | Foto: Mariana dos Santos Sarayedine

André Muzetti, Beatriz Xavier, Dayane Santuci, Julia Reis, Karine Ferreira, Marina Nagamini e Vanessa Coscia

Organização ampara animais abandonados

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18ª Edição | Fevereiro 2013 | PÁG 7SP em Pirituba | PIRITUBA ACONTECE

Diagnóstico | Saúde eBem-estar

“Procurando o peixinho”

Começar a nadar ainda na infância pode evitar futuros problemas de saúde | Foto: Divulgação

Frase clássica para aquelas crianças que iníciam cedo na natação. Aparentemente é uma brincadeira, uma ativi-dade apenas de diversão, porém há uma grande impor-tância por trás disso tudo.

Segundo a professora Sandra Liermann, coordenado-ra técnica da academia Água Vida, começar quando pe-quena na natação “reduz a probabilidade de que a crian-ça se torne um adulto sedentário e doente”, e completa: “estimula o desenvolvimento físico e psicológico além de ensinar a trabalhar em grupo e respeitar o próximo”.

É perceptível a importância da natação no crescimento da criança: além da postura, ajuda na expressão corporal.

Aulas com bebês, de acordo com Liermann, devem ser acompanhadas pelos pais ou responsáveis, o que inclusive torna as atividades mais divertidas. “A mãe

se exercita tendo a companhia do filho, e este possui grande facilidade de adaptação em meio líquido, conse-quência dos meses de gestação.” A professora aconselha que as crianças sejam introduzidas ao esporte a partir dos 6 meses. Além de usar a metodologia da aula canta-da, para estimular a participação, “o aluno e o professor devem ser parceiros em suas relações e é importante os pais colaborarem. O segredo é o diálogo e o trabalho em equipe entre pais, alunos e professores”.

A natação ajuda ainda em questões respiratórias e físicas. É recomendado garantir que as piscinas utiliza-das sejam tratadas a base de Ozônio, adequadas para controlar quadros alérgicos.

Ficou com vontade de colocar seu filho na natação? Agora é só perguntar: “vamos procurar o peixinho?”.

Marina Nagamini

Edson Caldas e Igor dos Santos

3 atividades culturais no Sesc Pompéia

Projota é uma das atrações de fevereiro | Foto: Roberta Caroline

Tentando encontrar algo para fazer em fevereiro? Saiba que o Sesc Pompéia oferece muitas atividades. O Piritu-ba Acontece selecionou três que você não pode perder.

A primeira é uma peça da companhia Les Commedi-

ens Tropicales, “Concílio da Destruição”. A obra fala de um mundo onde tudo está superlotado: de arte, de infor-mações, estudos, ensaios e teses. A peça está em cartaz até o dia 17, de sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h. Os ingressos variam de R$4 a R$16.

Já “Fluxos em Preto e Branco” é para quem curte dança! O projeto vai ilustrar a urgência e potência do gesto e do acaso. As performances são grátis e aconte-cem nos dias 6, 7, 21 e 22, às 21h.

Por último, um show do Projota! O rapper se apre-senta no dias 16 e 17. Os ingressos já estão sendo ven-didos e custam de R$4 a R$16 (como bebidas alcóolicas serão vendidas, a performance é só para maiores).

Sesc Pompéia é localizado na rua Clélia, 93.

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PÁG 8 | Fevereiro 2013 | 18ª Edição PIRITUBA ACONTECE | Especial

Tomando como foco o universo de com-pras e vendas online, o Pirituba Acontece entrevistou Eric Chagas, dono do famoso grupo do Facebook “Mundo das Compras SP” que possui mais de 70 mil membros.

Antes do sucesso, Eric organizava fes-tas e sempre que precisava comprar equi-pamentos não achava um meio seguro pela internet. Depois de conhecer um grupo de compras e perceber que não era confiável, “queria bolar alguma coisa para ser mais or-ganizado”, diz ele. Com a ajuda de um ami-go, criou o grupo “Mundo das Compras SP”, por ser um meio fácil e prático de acessar.

Seu amigo Vinicius Miraldo também o auxiliou no processo de importação dos produtos. Por motivos de segurança, Eric diz que administra todo tipo de venda, o que ocupa mais ou menos vinte horas de seu dia. Ele é um intermediário de vendas, interligando as pessoas que querem vender com as que querem comprar.

O grupo possui algumas regras básicas de orientação para dar uma boa segurança ao cliente, como por exemplo, não passar dados pessoais e não fazer depósito bancá-

rio sem conhecer a pessoa. Eric diz que o projeto era um sonho pra

ele e, “para muitas pessoas, é um jeito mais fácil de comprar e vender”. A ideia inicial era só para São Paulo, mas hoje já se esten-deu para diversas partes do Brasil.

O empreendedor também afirma que já pensou em desistir, porque, além de tomar muito tempo de seu dia, muitos não apoia-vam seu projeto dizendo que não daria certo. No entanto, as poucas pessoas que o apoiaram foram o suficientes para que ele não desistisse. Ele diz sofrer preconceito por não entenderem muito bem com o que ele trabalha e “muitos acham que, como o Facebook é uma área livre, você não pode ganhar dinheiro com isso”.

De acordo com Eric, “a internet é a sua expressão de liberdade”. Ele acredita que daqui a dez anos, os novos usuários desta plataforma a utilizarão de outra forma, com mais empreendedorismo.

“Fecha o olho e sonha. No que você for querer fazer, acredite em você.” Esse é o conselho de Eric para pessoas que querem abrir o próprio negócio.

ESPECIAL

FACEBOOK: MUNDO DAS IDEIAS ONLINE

Grupo de compras e vendas vira sucesso na Internet

André Muzetti, Dayane Santuci, Julio Augusto e Vanessa Coscia

Curtir, compartilhar, linha do tempo, cutucar: a rede social de Mark Zuckerberg já faz parte de nossas vidas. Para alguns jovens da região, ela já se tornou trabalho sério. Conheça histórias!

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18ª Edição | Fevereiro 2013 | PÁG 9Especial | PIRITUBA ACONTECE

Pirituba da Depressão

Como surgiu a ideia de criar o Pirituba da Depressão?Flávio: Nós estavamos no facebook, vendo um monte de páginas sem graça, umas coisas nada a ver. Eu procurei alguma coisa sobre Pirituba e eu não achei, aí eu pergun-tei para o Rapha, que já tem algumas páginas no Face, se ele topava fazer alguma página comigo e ele aceitou, e estamos aí até hoje. Temos a página desde outubro.

Por que o Mercado Municipal é o símbolo da page?Raphael: Antes a gente tinha o Pico do Jaraguá como símbolo, foi a primeira coisa que a gente pensou que podia representar o bairro. Só que, depois de mais ou menos mês, surgiu um atrito com o pessoal que curtia a página. Já que era sobre Pirituba e não Jaraguá. Deram opções: o mercado, o shopping, o terminal. Decidimos colocar o mercado, é maior e coube no quadradinho in-teiro do perfil, ficou mais bonitinho (risos).

A rotina de vocês mudou de alguma forma quando a página começou a fazer sucesso?R: A minha mudou um pouco de noite. Quando fico mais ocioso, já corro direto pra página pra checar, adminis-trar. Ver o que tem, o que não tem, o que precisa fazer. F: A minha mudou um pouco, porque qualquer lugar que eu vou de Pirituba acabo tirando foto do que acho inte-ressante, tipo o muro do Mariano que já estava caído.R: Um outro exemplo foi na Praça Pirituba, que colo-caram uma placa escrito “Pitituba”. Tiraram uma foto com o nome escrito errado, nós postamos e uma semana depois tinham consertado.

Qual a importância do bairro para vocês?R: Minha família já pensou em mudar daqui mas eu bati o pé e falei “não, vamos ficar, é agradável,

tranquilo”. Não tem lugar como Pirituba.

E como é saber que mais de 4 mil de pessoas curtem a página de vocês?F: É bem legal. R: Foi algo que surgiu na brincadeira e tem muita gente levando a sério, tem gente que defende a página, tem gente que defende o bairro na página. O pessoal de outro bairro vem, comenta e os caras falam: “O que você tá fazendo aqui? Não é seu bairro”. É bem gratificante.

Qual é a expectativa de vocês em relação ao futuro da página?R: Eu não conversei com o Flávio ainda, mas já pensei em ganhar dinheiro com a página, fazer propaganda dos comércios da região, sentar com cada gerente de loja e explicar. F: Mostrar quantas pessoas a página atinge, são aproximadamente 175 mil views por semana, o máximo foi 200 mil, por aí. Cada vez a gente atinge mais regiões.

Deixem um recado para quem curte Pirituba da De-pressão.F: Curtam nossa página que é legal, a gente posta bastan-te coisas sobre o bairro. Se tiver alguma dica sobre outras partes de Pirituba pode mandar pra gente que vamos ler atenciosamente, podem ter certeza. R: E responder. Não é uma daquelas páginas que vê e não responde. Então se vocês puderem repassar pra quem mora em Pirituba e ainda não conhece, peçam pra curtir o Pirituba da De-pressão e conhecer um pouco mais do bairro. F: A gente sempre pede também pra quem segue a página pra falar lugares legais de Pirituba, para as pessoas conhecerem mais e não precisarem ir pro centro da cidade pra se diver-tir sendo que tem tantas coisas legais por aqui também.

Você provavelmente conhece a página Pirituba da Depressão. Com mais de 4 mil likes, a página de humor no Fa-cebook foi criada por Flávio Nogueirão (20) e administrada por Raphael Martins (23). Em entrevista ao Pirituba Acontece, os amigos contam sobre como é cuidar de uma das páginas mais famosas sobre o bairro.

Todos curtem:

André Muzetti e Olga Bagatini

André Muzetti, Dayane Santuci, Julio Augusto e Vanessa Coscia

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PÁG 10 | Fevereiro 2013 | 18ª Edição PIRITUBA ACONTECE | Na minha opinião...

Na minha opinião... | Textos que passamlonge do imparcial

Ahhh fevereiro! O grande mês de fevereiro! Para mui-tos, um mês deplorável e completamente tedioso, já para outros, marca a volta ao período escolar. Mas, o que é o mês de fevereiro para você? Pois, para mim, um mês de sorrisos!

Muitas pessoas esquecem o que realmente é impor-tante. Preferem focar os seus dias em algo material sem sentido, algo que pode ser esvaecido. Mas e o verdadei-ro valor de seu sorriso, não importa? Sua alegria, felici-dade, você atribui valor a isso?

Fevereiro não é só o mês do Carnaval ou das fofocas do BBB. Dia 26 de fevereiro é o dia do comediante, o dia que geralmente passa batido, afinal, quem se impor-ta com os ilustres cidadãos que dedicam seus dias para fazer você esquecer seus problemas. Pois, quem nunca riu até se esquecer dos seus problemas diários com os filmes do norte-americano Adam Sandler ou dos bestei-róis inusitados do canadense Jim Carrey?!

Falar de comediantes estrangeiros é tão fácil quanto falar dos nacionais, como Marcela Leal, Oscar Filho, Bruno Motta, Marcelo Adnet, o tão comentado Rafinha

Bastos com o seu humor sarcástico e muitos outros! “Eu sou uma prostituta do riso. Eu só quero ouvir risada. Se você rir, eu vou falar”, citou certa vez Danilo Gentili enquanto descrevia sua profissão.

Pessoas assim deveriam ser lembradas e respeitadas no dia a dia, pois, foram estas que tornaram valioso o que antes não era. Um sorriso deve ser lembrado, deve ser mantido e nunca julgado e nem ser deixado para de-pois. Os problemas nunca serão maiores do que você. Pense nisso e, mais importante, sorria com isso!

Na minha opinião, as pessoas deveriam sorrir mais, deveriam rir mais! Deveriam valorizar estes bons mo-mentos em seus dias. Tornar colorido o cenário urbano, trazer alegria para o seu cotidiano. Agora eu te pergun-to, você já sorriu hoje?

Você deveria rir mais!

Julio Augusto

Brasil, o único fornecedor mundial de nióbioO nióbio é um metal usado desde em um simples pier-cing até na industria nuclear.

Esse metal é tão precioso que sem ele não se fabri-cam nave espaciais, turbinas, aviões, mísseis, centrais elétricas e é utilizado também na medicina, odontologia e eletrônica.

O Brasil tem 98% das reservas do nióbio, fazendo dele um fornecedor mundial.

Estima-se que o minério de nióbio bruto deveria ser comprado no garimpo a R$400/Kg. Se o Brasil expor-tasse o minério a esse preço, o faturamento anual seria de mais de US$ 15 bilhões.

Se confrontarmos essa cifra com a estatística ofi-cial, ficaremos abismados ao ver que nela consta o total de US$ 16,3 milhões (0,1% daquele valor). O prejuízo pode chegar a US$ 100 bilhões anuais.

Os EUA, Europa e Japão, são totalmente dependen-tes do nióbio brasileiro, e vendemos o nosso na mesma proporção de como se a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), vendesse o barril de petró-leo – existente em diversos países – por US$ 1. Não há

valorização do nióbio.O publicitário Marcos Valério, na CPI dos Correios,

revelou que “o dinheiro do mensalão não é nada, o gros-so do dinheiro vem do contrabando do nióbio”.

O Brasil está perdendo centenas de bilhões de dó-lares por ano com o descaminho na exportação dos mi-nérios estratégicos. O país está vendendo todas as suas riquezas de qualquer jeito e recebendo o pagamento em moeda sem muito valor, ficando caracterizada uma trai-ção à nação brasileira e ao seu povo.

André Muzetti

Estes textos não expressam, necessariamente, a ideologia do veículo.São artigos opinativos escritos por clickers diferentes a cada mês.

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18ª Edição | Fevereiro 2013 | PÁG 11Lição de Casa | PIRITUBA ACONTECE

Lição de Casa | Você faza sua ?

Cotas e a real necessidade por vistas distintasDiário Da EDucação | por Victhor Fabiano

O ato de educar se estende por todos os processos de en-sino, passando pela educação de base até o ensino supe-rior. Toda forma de deficiência detectada, em quaisquer etapas da formação, interfere e fere no futuro profissio-nal e pessoal do aluno. Atualmente, no ensino superior as estatísticas são otimistas, já que o sistema conta com um número alto de admissões à universidade. Com a finalidade de promover o acesso ao ensino superior pú-blico a todas as camadas sociais, foi criado o Sistema de Cotas, que funciona de acordo com a comprovação de que o aluno estudou na rede pública, promovendo assim, a inclusão social.

A política considerada como bandeira da igualdade social divide opiniões, e este é o ponto que o nosso Diá-rio da Educação busca esclarecer. A escritora Carolina Benazzato (18), candidata a uma vaga na USP, defende que “é injusto que se trate um estudante de escola públi-ca como inferior ao estudante de uma escola particular. Desde os prelúdios da educação, o ato de estudar perten-ce àqueles que querem fazê-lo, o que só evidencia a ver-dade presente no argumento de que quem faz a escola é o aluno”. Além de acreditar na eficiência de um estudo com méritos pessoais, Carolina destaca que o modelo é arbitrário “não só porque é inconstitucional e estimula o oportunismo, mas também pelo modo como se baseiam em critérios inadequados de classificação, deixando de lado a capacidade cognitiva do aluno e mascarando a realidade da educação de base brasileira”. A escritora

combate a ideia de que as cotas auxiliam na melhoria da educação: “não é porque há mais alunos oriundos de es-colas públicas nas universidades públicas que o ensino sofreu melhorias significativas”.

Por sua vez, Gabriel Fabri (19), estudante de Jor-nalismo da Cásper Líbero, acredita que exista uma dis-crepância entre o ensino privado e o público. “A pessoa que vem da escola pública teve um ensino de qualidade geralmente inferior ao da escola privada, logo ela não compete em condições iguais”, avalia Gabriel. O estu-dante rebate alguns argumentos de quem é contra: “di-zer, por exemplo, que quem entra por cotas ‘rouba vaga’ de quem realmente estudou e entraria sem cotas é uma falácia e até um desrespeito, pois esse aluno não teve um ensino de qualidade e, para conseguir entrar, teve que estudar além para ajudar a suprir o déficit real entre a educação privada e pública”. O argumento encerra-se com claro foco de que o Brasil precisa, sim, de uma boa escola pública de base com qualidade, porém as cotas são uma forma de não excluir o aluno de hoje. “É certo que tem que melhorar o ensino público e as cotas não suprem essa necessidade, mas isso é coisa de longo pra-zo – e esses jovens de escola pública não podem esperar, excluídos do direito de se formar em uma profissão.”

Qual sua opinião? O conceito de educação é algo variável que se configura nas condições sociais e ideo-lógicas; a educação brasileira precisa, sim, de justiça e de uma base educacional de qualidade.

Novo Olhar | Crônicas,desenhos e afins

Cores da RotinaAdriane Toscano

Acordei depois de curtas cinco horas de sono, tomei uma ducha e comi qualquer coisa. Apesar de não estar atrasa-do, tentei ser rápido, na esperança de o dia ser menos te-dioso fora da minha casa. Na verdade, há dias espero por isso, porque há dias a única coisa que me diverte em casa são os meus livros, e na rua... Bom, na rua, as pessoas.

Vou para o ponto de ônibus, e nos dez minutos que levo para chegar lá o Sol fica cada vez mais alto, e as pessoas cada vez mais apressadas. Vejo alguém em seu

carro com a mão na buzina, ignorando o fato de ainda ser oito da manhã, como se ficasse estressado até dor-mindo. Do outro lado da rua, vejo um casal de namora-dos. E é esse contraste: o sorriso de algumas pessoas no meio de todo esse estresse, e dessa rotina de São Paulo, que me intriga e diverte.

Entro no ônibus ainda perdido em meus pensamen-tos e olho pela janela, assistindo a pelo menos um pe-dacinho da vida dessas pessoas que estão no caminho ficar preso na minha memória. A maioria delas não foge da rotina, do esperado, mas quando dou sorte meu olhar esbarra em alguém diferente no meio de todo esse cinza, e então me divirto de novo.

Page 12: 18ª Edição do Pirituba Acontece

PÁG 12 | Fevereiro 2013 | 18ª Edição PIRITUBA ACONTECE | Novo Olhar

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Sempre estive sozinha. Na dor da ausência de alguém. Vivo uma história de amor no silêncio, nos meus sonhos. Duas pessoas tão diferentes. De mundos tão diferentes, mas que seria fácil acontecer no segredo. Porque me aproximam de você, todos os dias. Tento esquecer você, procurando o sorriso de outras pessoas, mas em minha mente só o seu persiste. Você aparece no meio dos meus sonhos, no meio dos meus pensamentos, dizendo tudo aquilo que só me faz mal. Iludo-me com suas palavras, pensando em como seria boa a nossa historia, como você poderia me fazer bem.

Mas não é isso que eu quero pra mim, viver de ilu-sões. Porém todos os dias eu olho para o céu e te vejo, querendo se aproximar de mim. Como todos sabem, nun-ca se importou comigo, só ria de mim e mesmo assim eu me apaixonei por você. Por que tem que fazer isso comigo? Fazer com que eu me perca em suas palavras? Eu me pergunto, mas sei suas respostas, sei que você não se importa com ninguém e que quanto mais alguém sofre, você se sente forte e se acha o melhor. Mas sabe de uma coisa? Eu resolvi te esquecer, mesmo sendo difícil, sei que um dia eu vou conseguir. Adeus.

O que me fez sofrerBeatriz Xavier

Diz a lenda que a janela era do menino, e o menino de sua janela. Mas a imensidão que havia em seu olhar condizia com a imensidão de seu coração.

Os aviões passageiros, vistos pelas bordas regulares de sua janela, o cumprimentavam como sinceros colegas que transportam em si uma vastidão de conhecimento que talvez nem toda a cidade de casinhas mistas, vistas após a tempes-tade, poderia acolher. E por essa mesma razão seu interior in-flamava-se de esperança para que um sorriso afetuoso e com-primido numa poltrona distante o sorrisse do avião. Será que lhe viam? Tantos sonhos eram levados ali, que talvez bastasse torcer para que o céu lhes guiasse na mesma serenidade de uma brisa passageira.

Encabulado com a rotineira passagem relapsa do tempo, as mesmas casinhas se uniam num abraço caloroso, no qual apenas se sente a existência; assim como temia que alguém interrompesse o vago firmamento de sua loucura, as nuvens dissipavam-se como se alguém lhes perseguisse por razão de uma guerra, ou algo parecido. Vez ou outra, o mesmo ventinho de carícias amáveis tocava sua face, e ele sorria, pois o mesmo ventinho visitaria as nuvens, o avião, o abraço das casinhas e outros sonhadores pelos continentes. Ah, como ele sorria!

A janela do menino Victhor Fabiano

para colorir sua ViDa, não é prEciso DE muito | por anDré muzEtti

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