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Quarta-feira, 13 de julho de 2011Bairros

páginas 4 e 5

Peças de uma amizadeOficina localizada no bairro Botafogo conserta gaitas e conserva uma relação entre cinco pessoas que dura há várias décadas

BETTINA SCHÜNKE

A VOZ DOS BAIRROS

Progresso aguarda a construção da área de lazer

página 6

SoberanasSanta Rita e Botafogo conhecem suas representantes

página 3

DIVULGAÇÃO

São BentoFestividade reúne fiéis para homenagear o Santo

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MAIKELI ALVES

FluminenseA equipe do bairro Maria Goretti que durou uma década

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NOEMIR LEITÃO

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Editorial

2 Quarta-feira, 13 de julho de 2011 Bairros

Promoção e prevenção da saúde emocional

ARTIGO

Enquete: Você toca algum instrumento musical?FOTOS BETTINA SCHÜNKE

Assim como é necessário fazer atividade física regularmente e manter hábitos saudáveis, a saúde emocional pode e deve ser ampliada através do autoconhecimento. Conhecer nossas limitações e emoções parece ser o grande segredo para que possamos desenvolver nossas habilidades no convívio social.

Os sintomas de depressão e ansiedade são frequentes associados a dificuldade de lidarmos com o estresse e as adversidades diárias. De fato, a capacidade de adaptação às diversas circunstâncias da vida é necessária para que possamos tomar as nossas decisões e fazer nossas escolhas de forma adequada, arcando sempre com as consequências de nossos atos.

Muitas vezes, por não saber expressar nossas emoções e externalizar nossos conflitos de forma adequada, acabamos armazenando estas tensões em nosso corpo. Isso, a longo prazo, provoca o aparecimento de doenças ou o agravamento das já existentes. As chamadas doenças psicossomáticas surgem em momentos assim de extrema ansiedade, estresse e frustração em que o corpo adoece. Diante do primeiro alerta deste desequilíbrio é preciso então parar e repensar hábitos, costumes reorganizando os afetos, medos, culpas etc.

A gaita sempre esteve presente na cultura do Rio Grande do Sul. Principal instrumento usado nos conjuntos de música, a gaita, ou conhecido também como acordeão, é a rainha que anima os bailes dos Centros de Tradiões Gaúchas (CTG) de todo o Estado. É um instrumento emblemático do tradicionalismo. Não existe festa de CTG sem gaiteiro. Artistas gaúchos como Gilberto Monteiro e Renato Borghetti ajudaram a dissipar o instrumento pelo país.

Qualquer que seja seu nome, este instrumento musical composto por um fole, duas caixas harmônicas de madeira e um diapasão, fazem a festa do sul ao norte do Brasil. Muito apreciada por sua versatilidade e bastante explorada em ritmos brasileiros, a gaita é uma criação européia de 1827 e chegou no estado por volta de 1851 pelas mãos dos colonos alemães.

Poucos sabem, porém, que esse instrumento tem parte de sua história marcada na cidade de Bento Gonçalves. O município sediou a maior e mais famosa fábrica do instrumento no Brasil, os acordeões Todeschini.

A atual fábrica de móveis foi fundada em abril de 1939 e dedicava-se à fabricação de acordeões. E, assim, a partir da música, contribuía para alegrar a vida das pessoas e seus moradores. Os tempos foram mudando e a empresa teve que se recriar para enfrentar o declínio deste instrumento musical.

Mesmo com o declínio do instrumento, até hoje a gaita faz parte da história da cidade. Uma oficina destinada ao conserto do instrumeto resiste ao tempo e marca a vida de vida de cinco amigos, todos ex-funcionários da fábrica.

Coordenada por Danilo Arcari, a oficina surgiu após o incêndio da fábrica, em agosto de 1971, quando o proprietário Luiz Matheus Todeschini entregou todo o maquinário e as peças restantes para Arcari. E desde lá a pequena oficina de 10 metros quadrados resgata um pouco da história construída por eles e pelos mais de 800 funcionários que trabalharam com o instrumento por mais de 30 anos.

A oficina resiste ao tempo e a tecnologia. Em um trabalho feito manualmente e de forma artesanal, os cinco funcionários fazem do seu ganha pão a continuidade da cultura musical de Bento Gonçalves, por serem os únicos a darem sequência ao trabalho de restauro e manutenção deste intrumento.

Grandes e famosos gaiteros procuram a empresa. Alguns identificam Bento Gonçalves por ter sediado a fábrica de gaitas, que deu fôlego a economia do município enquanto funcionava. O incêndio que destruiu a empresa deixou para trás muito além dos objetos valiosos. A tradição e a cultura musical gaúcha que teve suas raízes na cidade poderia ter parado por aí. Porém, o conhecimento que seus profissionais carregavam não foi atingido pelas chamas - prova disso é a continuidade do negócio, mesmo sem produzir novas gaitas.

Lamentável é que poucos em Bento Gonçalves saibam dessa história. Não é preciso ser fã de música gauchesca para admirir as notas musicais que este instrumento emite. Além de ser um instrumento de difícil manuseio, o som é característico. É da nossa terra. E o que nos pertence também é a Todeschini acordeões, inserida na trajetória da Capital do Vinho.

A maior recompensa que o grupo de amigos tem, ao reformar as gaitas, é a satisfação em dar continuidade ao negócio. Só quem tem amigos sabe o que é passar o dia fazendo o que gosta - ao lado de quem se gosta. O exemplo que eles dão é de que algumas heranças devem ser mantidas, mesmo que grandes esforços sejam feitos. Divulgar esta propriedade bento-gonçalvense é de obrigação do cidadão, e reconhecer o talento dos colegas é motivo de orgulho. Cultura em forma de notas musicais, amizade com som de lembranças. Vitória do povo de Bento Gonçalves.

Devido à alta prevalência e ao declínio na qualidade de vida e no funcionamento laborativo que acarretam às pessoas, os transtornos afetivos e emocionais são um crescente problema se saúde pública.

Com esta preocupação, as Equipes de Estratégia da Saúde da Família do município que contam com o auxílio do NASF – Núcleo de Apoio a Saúde da Família – dispõem da ajuda do profissional da psicologia, que busca desenvolver ações educativas de promoção e prevenção da saúde emocional, através de orientações e avaliações individuais, visitas domiciliares e grupos terapêuticos com esse enfoque.

“Não toco. Até gostaria, mas não tive oportunidade”Marise Gonçalves, 55 anosSão Francisco

“Nada, mas gostaria de ter aprendido a tocar piano”Roberto Giuliano, 46 anosCentro

“Não. Estou muito envolvida com o trabalho e estudos”Bruna Bortolini,18 anosVale dos Vinhedos

Edição: Bettina Schünke [email protected]ção: Noemir LeitãoSupervisão: Rogério Costa Arantes

Caderno

Este caderno faz parte da edição 2737, de quarta-feira, 13 de julho de 2011, do Jornal Semanário

BairrosDireção: Henrique Alfredo [email protected]

SEDEWolsir A. Antonini, 451Bairro Fenavinho Bento Gonçalves, RSFone: (54) 3455.4500

Mariana Nolasco de SouzaPsicóloga do Núcleo de Apoio a Saúde da Família

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3Quarta-feira, 13 de julho de 2011BairrosBotafogo e Santa Rita

Homenagens e apresentação das soberanas reuniu mais de 350 pessoas

No sábado, 9, os mora-dores dos bairros Santa

Rita e Botafogo conheceram as meninas que representarão a comunidade no concurso Mais Bela Comunitária.

A faixa de rainha ficou com Jessica Rosa, de 20 anos. O títu-lo de 1ª Princesa é de Amanda Torbes, 16 anos, e de 2ª Prince-sa ficou com Caroline Zortéa, 14 anos. Elas foram presentea-das com flores e faixas, entre-gues pelas mães das meninas.

A noite homenageou tam-bém os amigos do bairro, pes-soas que, de uma forma ou de outra, ajudam a comunidade. Os homenageados foram os moradores José Sartori, Clau-dino Zortéa, Ronaldo Frizzo, Orildes Zortéa, Iara Lovat, Val-mor Boaro, Carolina Charão e Dorval Brino. Eles receberam

uma menção honrosa por todo o trabalho prestado para a co-munidade.

Organizado pela Associação de Moradores dos bairros, o evento

Candidatas representarão os bairros Santa Rita e Botafogo

contou com a participação de mais de 350 pessoas. Após o jan-tar, um baile com a dupla Enio dos Teclados e Ilécio colocou os presentes para dançar.

NOEMIR LEITÃO

MUNICIPAL

Moranga gigante para a família Santos Comunidade conhece

suas representantesFELIPE ZIBELL

Mãe e filha tiveram trabalho para levantar a moranga gigante

No bairro Municipal, uma fa-mília recebeu um presente inusi-tado. Uma moranga de 45 quilos foi trazida de Lagoa Vermelha pelo morador Ivanior Klémer de Lima e virou sensação para quem visita a casa da família.

A dona de casa Maria Ro-drigues dos Santos disse que a moranga gigante foi colhida na horta da amiga Olga Telles, de 83 anos, que a deu de presente

para o seu marido. “Ainda não pensamos o que iremos fazer com a moranga, mas acho que dará muitos potes de geléia e doces para toda a família”, disse Maria.

A família reside no bairro há 24 anos e pela primeira vez diz ter recebido um presente gi-gante como este. A filha Luci-mara dos Santos ajudou a mãe a levantar o fruto.

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4 Quarta-feira, 13 de julho de 2011 Bairros

A gaita sempre esteve pre-sente na vida dos gaú-

chos. Apaixonado pelo ins-trumento, Danilo Arcari é o proprietário de uma oficina que ultrapassou o tempo e a história de Bento Gonçalves e que até hoje se mantém viva entre quatro paredes.

Em um galpão localizado nos fundos de sua casa no bairro Botafogo, ele e os funcioná-rios dedicam-se a manter ativa a produção de gaitas na fábrica de Acordeões Todeschini, em um trabalho manual feito com muita paciência e amor por um dos instrumentos musicais mais populares do estado.

Com 70 anos, Arcari dedicou

mais de 50 ao trabalho artesanal das gaitas. Funcionário da em-presa Todeschini desde os 14 anos, ele aprendeu a construir e consertar o instrumento.

A oficina surgiu após o in-cêndio da fábrica, em agosto de 1971. “Com a perda quase que total da fábrica, a Todeschini passou a se dedicar ao ramo de móveis, diminuindo o número de gaitas produzidas”, disse.

Quando a fábrica encerrou de vez sua produção, o proprietá-rio Luiz Matheus Todeschini entregou todo o maquinário e as peças restantes para Arcari e seus então sócios Ivo Bondan e Lourival Cosme, que montaram a oficina como um serviço téc-nico. A partir daí, não fecharam mais as portas.

Uma oficina que resiste ao tempoTradição

O conserto de gaitas faz parte da vida de cinco amigos, que compartilham espaço e o trabalho há mais de 30 anos

Bettina SchünkeFOTOS BETTINA SCHÜNKE

O trabalho manual e detalhista é feito com cuidado e carinho e atende músicos de todo o país

Arcari não está sozinho nessa. O espaço, de cerca de 10 metros quadrados, é dividido com mais quatro funcionários, todos com passagem pela extinta fábrica e convidados por Arcari para atu-arem junto com ele.

Eliz Rochele é o mais expe-riente do grupo. Com 83 anos, Rochele trabalha com o instru-mento desde os 13 e tem pas-sagem por diversas fábricas de acordeões. “Eu tive chance de mexer em todo o instrumento. Aqui a gente faz um pouqui-nho de tudo”, conta.

Funcionário exemplar e de-dicado, Rochele conquistou títulos de operário padrão e medalhas de ouro pelo seu de-sempenho dentro das empre-sas. Mesmo aposentado, ele trabalha o dia inteiro na ofi-cina. “Enquanto eu andar eu vou trabalhar aqui”, afirma ele.

Zelmiro Zalamena, 71 anos, está na oficina desde 1985. Responsável pela afinação dos instrumentos, ele que já traba-lhou em um restaurante e em firma própria, agora comparti-lha o que sabe com os demais. Trabalhando por necessida-de, Zalamena transformou o serviço em prazer. “A música sempre fez parte da minha vida. Toco um pouco de gaita

Integrantese quando não estou fazendo barulho aqui, afinando os ins-trumentos, eu saio cantando pela sala”, disse Zalamena.

Outro integrante do grupo é Fiorentino Mattevi, de 72 anos. Com 15 anos dedicados à gaita, o aposentando, que fi-cou mais de 30 anos fora do ramo, trabalha na oficina há 10 anos e faz do serviço seu es-porte favorito. “Eu não sei to-car gaita, só sei consertar. 99% de quem toca não conhece o funcionamento do instrumen-to. O trabalho aqui é como um artesanato. Tem que ter capri-cho, fazer com amor. Porque se faz da má vontade o traba-lho não funciona”, explica.

Mas quem acha que ofici-na é lugar apenas de homens está enganado. O trabalho mi-nucioso fica a cargo da única mulher do grupo, Alba Fin. Com 67 anos, ela trabalhou na fábrica de acordeões por quase 14 anos e está há mais de três décadas junto com o grupo. Ela é a responsável por consertar os foles, colando pe-ças e revestindo com tecidos. “Eu adoro trabalhar aqui. O melhor de trabalhar com os homens é que eles não deixam eu fazer o serviço pesado”, co-memora Alba.

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5Quarta-feira, 13 de julho de 2011Bairros

O clima de descontração na oficina é contagiante. Mais do que colegas de serviço, eles são amigos. E isso explica o fato de estarem juntos há mais de duas décadas. “Somos uma família. Temos nossos arranca-rabos, mas no final sempre nos en-tendemos”, explicou Alba. O restante do grupo concorda com ela: “O Danilo é um pa-trão legal, nosso amigo mesmo. Quando precisamos sair mais cedo ou chegar mais tarde ele sempre nos libera”, disse Zala-mena. “Somos cinco irmãos”, completa Rochele.

Todos os funcionários da oficina de Danilo Arcari tra-balharam na Todeschini e têm suas vidas ligadas à história da empresa. Um fato que está presente na memória de to-dos é o momento do enterro do fundador da empresa, Luiz Matheus Todeschini, em 1996. O grupo liderado por Arcari prestou uma homenagem ao seu ex-chefe. “Na saída do caixão, nos paramos em fila,

cada um segurando uma gaita, enquanto Danilo tocava o ins-trumento e entoava uma can-ção”, lembra-se Alba. “Ele era um patrão muito bom, sempre preocupado com os funcioná-rios, ele não criticava o traba-lho, ele nos ensinava a fazer melhor”, disse Rochele.

Mesmo trabalhando tan-to tempo com o instrumento musical, o mais curioso é que apenas Danilo Arcari é quem sabe tocar gaita. “Fui aprender a tocar o instrumento depois que começei a trabalhar na fá-brica. Toco desde os 15. Já par-ticipei, inclusive, de conjuntos musicais em que eu cantava e tocava gaita. Atualmente só toco por passatempo”, disse.

A extinção das fábricas de acordeões na cidade não fez com que o trabalho diminuis-se, pelo contrário. A oficina é procurada por pessoas de todo o Brasil e tem clientes como Renato Borghetti.

Fiorentino Mattevi, Zelmiro Zalamena, Danilo Arcari, Eliz João Rochele e Alba Fin trabalham juntos no

conserto de gaitas há mais de duas décadas. Amizade é a palavra chave de tanto trabalho. No detalhe, foto

do grupo há 10 [email protected]

Trabalho entre amigos-irmãos

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6 Quarta-feira, 13 de julho de 2011 Bairros

Os casais festeiros surpreenderam-se com o sucesso da festa, que superou as expectativas

Festa

APOIO

No bairro Licorsul, muitas ruas continuam com transtor-nos. Os moradores não conseguem trafegar com seus veí-culos, porque as obras estão inacabadas em alguns trechos próximos à igreja Santa Catarina. O local está interrompi-do faz alguns dias e ainda não se tem previsão de quando será liberado para que pedestres e veículos possam trafegar normalmente nestas ruas. As obras foram para colocação de nova canalização de esgotos no bairro.

A Via Del Vino, no Centro começa a receber os primei-ros sinais de obras para reforma e revitalização de toda a praça central. Algumas casas de informações turísticas e de vendas de produtos coloniais serão reformadas, onde o novo visual poderá ser usufruído pelas pessoas. O objetivo da Se-cretaria Municipal de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana é fazer com que haja mais espaço para visitação pública de quem quer conhecer melhor a cidade.

A rua Carlos Flores, no bairro São Bento, necessita de re-forma na camada asfáltica em todo prolongamento. Os mo-radores ressaltam que, com as obras que foram executadas nos últimos meses, acabaram danificando parte do asfalto que recebeu recapeamento, mas ainda tem buracos, prejudi-cando os veículos que trafegam neste local. Já foram solicita-dos os serviços para a secretaria competente, a fim de haver uma reforma na rua do bairro.

Os moradores do bairro Aparecida estão reivindicando a reforma e revitalização da praça que fica próxima ao Ceacri Balão Mágico, neste bairro. Eles reclamam que há uma de-mora para que as obras nesta área sejam executadas. Já faz muito tempo que foram solicitados os serviços a fim de be-neficiar os jovens e moradores de uma forma geral, mas até o momento não houve retorno para que os moradores possam ter uma praça digna de ser usada para o lazer.

Moradores do bairro Progresso estão na expectativa da construção de um parque de lazer na comunidade. O local ficará junto ao Lago, que também receberá um tratamento de despoluição. Por muito tempo, os moradores próximos, reclamam da situação do mau cheiro e dos animais silves-tres, que podem causar doenças e que transitam neste lago. Agora, com a possibilidade de haver essa construção e o tra-tamento, com certeza a qualidade de vida será melhor para todas as famílias.

E a rua Ângelo Marcon, no bairro São Roque, continua aguardando a visita da secretaria de obras para um estudo de reforma na sua pavimentação. A rua está com problemas de estruturação em todo o seu prolongamento e ainda existem buracos que causam transtornos aos veículos e também aos pedestres. Já ocorreram acidentes com várias pessoas em al-guns trechos da avenida.

No Centro, a rua 13 de Maio está com buracos e irregu-laridades em vários trechos, principalmente na descida pró-ximo à Delegacia de Polícia. Foram realizados trabalhos de manutenção na canalização de esgoto e dos canos de água, mas o asfalto que cobria a rua ficou danificado. Motoristas que trafegam pelo local encontram transtornos, já que ainda não foi reformada esta parte da rua, onde está sendo solici-tado à Secretaria de Obras para atender essa reivindicação.

De cara nova, a Pipa Pórtico, símbolo do município, re-cebeu um tratamento especial. Ela foi lavada num período de dez dias e agora deverá ser pintada. Muitos turistas, no último final de semana, estiveram no local, tirando fotos e apreciando o novo visual deste monumento. Ainda não está programado quando será feito a pintura da pipa. Provavel-mente seja ainda neste mês.

A VOZ DOS BAIRROSNoemir Leitã[email protected]

RAQUEL FRONZA

Homenagem a São Bento reúne mais de 800 pessoasEvento ocorreu no domingo, 10, e contou com missa, carreata e almoço

Raquel Fronza

[email protected]

A comunidade do bairro São Bento parou para ho-

menagear o padroeiro no final de semana. Mais de 800 pesso-as participaram do evento que iniciou na quarta-feira, 6, e se-guiu com a programação até o domingo, 10. Na data, ocorreu missa religiosa, carreata com procissão, animação da banda Marialves e almoço festivo, no

CTG Laço Velho.Os festeiros da 21ª edição

eram Cesar e Simone Ander-le, Firmino e Petronila Splen-dor, Pedro e Renita Portalup-pi, Vanderlei e Adriana Dalla Costa e Luiz Carlos de Lucena e Eliana Casagrande Lorenzini. O lema da festa era “São Ben-to: devoção a serviço da fé”.

De acordo com Eliana Ca-sagrande Lorenzini, uma das festeiras do evento, a festivi-

dade superou as expectativas da equipe organizadora. “Foi excelente. Surpreendeu a to-dos, inclusive no momento da carreata, onde os moradores olhavam e abanavam pela ja-nela quando a banda Marialves passava junto aos carros”, co-memorou. Eliana conta que o lucro obtido será revertido para a Igreja da comunidade.

PROGRESSO

O grupo da terceira idade “Amigos de Fé”, do bairro Pro-gresso, promove no domingo, 17, uma festa de integração.

A partir das 14h, o salão comunitário do bairro Maria Goretti receberá idosos de di-

versos bairros para confrater-nizarem.

Aberto para toda a comu-nidade, o ingresso custa R$ 5. Um baile animará os presentes. Bolo, pastel e café serão cobra-dos conforme consumação.

Grupo de idosos promove integração

VILA NOVA

Encontro com gestantes

As futuras mamães do bairro Vila Nova se reunirão na sexta--feira, 15, para conversar sobre os cuidados na gestação.

O encontro é gratuito e ocor-rerá às 14h30 na sede do pos-to de saúde, localizada na Rua Carlos Dreher Neto, nº 664.

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7Quarta-feira, 13 de julho de 2011Bairros

O time mais popular da cidade

Memória Esportiva

Fluminense durou quase uma década e era tradicional em Bento Gonçalves

Fundado em 1958, o Flumi-nense Futebol Clube tornou-

-se a equipe mais popular da ci-dade. Com quase uma década, encerrou suas atividades em 1969.

O time, do Maria Goretti, tinha seu campo de futebol onde atual-mente está a empresa Fasolo, e se-gundo seus dirigentes e atletas, era muito conservado, e amistosos e campeonatos eram disputados no local. Com dois quadros atuantes, a equipe trazia consigo a marca de ser um time e que deu muita alegria aos seus admiradores.

Ilson Rigon, mais conhecido como “Itcho”, hoje com 70 anos, relembra com saudade a trajetó-ria do Fluminense. Ele jogou de 1961 até o final da existência do clube. Conta com carinho os jo-gos, principalmente os confron-tos clássicos contra o poderoso Juvenil, do Centro, uma equipe temida, onde se destacavam atle-tas que depois foram atuar no Clube Esportivo. “Tivemos um bom grupo, que pegava junto. Sempre jogávamos com amor a camisa e com vontade, pois para nós era mais do que um lazer, era uma obrigação”, relembra.

Ele ressalta que, em 1959, uma parte do pavilhão do estádio da Montanha havia caído com o vento, e a outra metade caiu após uma briga entre jogadores e tor-cedores no clássico contra o Ju-venil. “O futebol daquela época era muito disputado, até porque a Liga de futebol de Bento era uma das maiores do Rio Grande do Sul, reconhecida e com muita organização”, completa.

Time de respeito

Rigon salienta que o Fluminen-se tinha atletas reconhecidos no futebol amador, alguns com pro-postas para atuar em equipes de renomes do futebol do Rio Gran-de do Sul. Lozzo, Itcho, Navarini, Berté, Ivo Dalla Coleta, Luis Ros-

Noemir Letião

O Fluminense, famoso nas décadas de 50 e 60, foi o primeiro a introduzir o atletismo entre suas atividades

satto, Baleia, Pedro Nunes, Dario, Catarina, Botcha, Bocão, Erven (Pachá), Jorginho, Ilton, Alcir Bavaresco, entre outros, forma-vam um dos melhores elencos do amadorismo de Bento Gonçalves. Além desses, havia o Lambreta, a sensação da equipe, responsá-vel por levar centenas de pessoas aos campos da cidade, e o golei-ro Baldissera, que depois veio a atuar pelo Juvenil e outras equi-pes da cidade. Bocão e Erven atuaram no Esportivo e Jorginho e Ilton foram para o Flamengo, atual Caxias. Outros atletas tive-ram convites para atuar em times como a dupla Gre-Nal, mas mui-tos deles ficaram no Fluminense, mostrando o amor que tinham pela equipe. Itcho conta que o Fluminense nunca foi campeão da cidade, mas obteve nove vice--campeonatos.

Atletismo

Um fator que marcou a história é que o Fluminense foi o primei-ro a introduzir o atletismo como parte integrante das suas ativida-des esportivas. O próprio Itcho foi um dos atletas destacados em corridas e maratonas na cidade. Ele venceu várias e teve recor-des inéditos, que relembra com saudade. “Eu praticava atletismo com muita garra e determinação, nos bons tempos do batalhão fer-roviário, que era um incentivador deste esporte. Me dedicava ao futebol e às corridas de rua, que sempre me davam prazer”.

O Fluminense encerrou suas atividades esportivas e alguns de seus atletas já faleceram, mas a lembrança que ficou foi a de uma equipe popular, que jun-tou o futebol com o atletismo e desenvolveu um trabalho com muitos jovens, numa época im-portante para o futebol amador, em que era prazeroso fazer es-porte com amor à camisa.

ARQUIVO PESSOAL

[email protected]

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8 Quarta-feira, 13 de julho de 2011 Bairros

Sociais

Festa juninaAdriane Masutti, Elisete Penso e Denise Lucchese Balbinot

no arraial da Escola Estadual de Ensino Fundamental Irmão Egídio Fabris, no dia 18 de junho.

Festa para os baixinhosA festa julina ocorrida no dia 2 de julho, no bairro Eucaliptos, foi um sucesso. Organizada

pela equipe da unidade de saúde do bairro, os festejos foram dedicados a crianças e gestantes da região. Além da comida típica, muitos brindes foram sorteados aos presentes.

FOTOS DIVULGAÇÃO

Sertanejos de CristoO grupo Sertanejos de Cristo, em apresentação na festa da comunidade do bairro São João, em

honra ao padroeiro São João Batista. O evento ocorreu no dia 26 de junho.

SalgadoOs casais festeiros da festa de São Pedro, no bairro

Salgado, realizada no dia 3 de julho: Valmor e Nice Villa e Eduardo e Gema Grasselli.

IrmãosA dupla de irmãos Eduardo e Eduarda Ferreira

Martins, na festa realizada no bairro São João.

NOEMIR LEITÃO

NOEMIR LEITÃO


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