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  • Vigilncia em SadeInformaes para os Secretrios Municipais

    2013

  • RIO GRANDE DO SULSECRETARIA ESTADUAL DA SADE

    Centro Estadual de Vigilncia em Sade

    Vigilncia em Sade:Informaes para os Secretrios Municipais, 2013

    2 edio revista e ampliadaPorto Alegre

    CEVS/RS 2013

  • R585v

    RIO GRANDE DO SUL. Secretaria Estadual da Sade. Centro Estadual de Vigilncia em Sade. Vigilncia em sade: informaes para os secretrios municipais, 2013 / Centro Estadual de Vigilncia em Sade 2. ed. rev. e amp. - Porto Alegre: CEVS/RS, 2013.

    ISBN 978-85-60437-16-0 (impresso) ISBN 978-85-60437-15-3 (Internet)

    1. Vigilncia Epidemiolgica. 2. Vigilncia Sanitria. 3. Vigilncia em Sude Ambiental 4. Vigilncia em Sade do Trabalhador. 5. Vigilncia da Situao de Sade 6. Vigilncia Laboratorial I. Ttulo NLM WA 105 Catalogao elaborada no Centro de Informao e Documentao do CEVS/RS

    Tiragem: 1.000 exemplaresQualquer parte desta publicao pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.

  • 3SUMRIO

    APRESENTAO ......................................................................................................................... 5

    1 - VIGILNCIA EM SADE: CONCEITOS ...................................................................................... 9

    2 - CONHEA O CENTRO ESTADUAL DE VIGILNCIA EM SADE ................................................. 19

    3 - VIGILNCIA DA SITUAO DE SADE .................................................................................... 25

    4 - VIGILNCIA EPIDEMIOLGICA ............................................................................................... 31

    5 - VIGILNCIA EM SADE AMBIENTAL ....................................................................................... 45

    6 - VIGILNCIA SANITRIA .......................................................................................................... 63

    7 - VIGILNCIA EM SADE DO TRABALHADOR ............................................................................ 75

    8 - FUNDAO ESTADUAL DE PRODUO E PESQUISA EM SADE: IPB-LACEN/RS .................... 87

    9 - GESTO DA VIGILNCIA EM SADE: CONTRIBUIES PARA A GESTO MUNICIPAL ................ 109

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    REFERNCIAS ............................................................................................................................ 155

    ANEXOS

    ANEXO A COMPOSIO DAS COORDENADORIAS REGIONAIS DE SADE

    ANEXO A SEGUNDO AS REGIES DE SADE ............................................................................ 175

    ANEXO B CALENDRIO BSICO DE VACINAO DA CRIANA 2013.......................................... 179

    ANEXO C CALENDRIO DE VACINAO DO ADOLESCENTE 2013 .............................................. 189

    ANEXO D CALENDRIO DE VACINAO DO ADULTO E DO IDOSO 2013 .................................... 195

    ANEXO E CAPACITAES ......................................................................................................... 201

    ANEXO F TELEFONES E CONTATOS ........................................................................................... 209

    ANEXO G SITES DE INTERESSE ................................................................................................ 251

  • APRESENTAO

  • 7APRESENTAO

    A Secretaria Estadual da Sade do Rio Grande do Sul pretende, com esta publicao, contribuir com a nova gesto municipal apresentando aos Senhores Secretrios Municipais de Sade um conjunto de informaes relevantes para a rea de Vigilncia em Sade.

    Reconhece-se a complexidade atual da situao epidemiolgica, em que doenas transmissveis, muitas delas tradicionalmente relacionadas com precrias condies de vida e/ou de saneamento ambiental, em que se incluem desde a tuberculose at doenas transmitidas por vetores (como a dengue, a leish-maniose visceral), dividem importncia com doenas e agravos no transmissveis, muitos dos quais decorrentes de novos padres econmicos e culturais (como a obesidade, a diabetes, os acidentes e a violncia).

    Esses fatos, associados s rpidas alteraes demogrficas, com a diminuio progressiva dos nasci-mentos e crescimento rpido da populao de idosos, tm levado o Sistema nico de Sade a agregar, com grande rapidez, novas regras, diferentes compromissos e diversificada tecnologia de gesto, na busca de responder s demandas de uma sociedade cada vez mais plural e complexa.

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    Assim, tm sido constantemente repensadas as formas de se alcanar a plenitude da implementao do Sistema nico de Sade (SUS), em todas as diretrizes em que foi concebido, implicando a mudana do modelo de ateno, privilegiando a promoo da sade e a preveno da doena, sem prejuzo assis-tncia, o que exige o aprimoramento das ferramentas de gesto.

    Esta coletnea, em sua segunda edio revisada, descreve como est estruturada a Vigilncia em Sade no estado e na instncia federal, apresenta conceitos bsicos que a fundamentam, seus componentes (vigilncia sanitria, vigilncia epidemiolgica, vigilncia em sade ambiental, vigilncia em sade do tra-balhador e vigilncia laboratorial), as formas e instrumentos de gesto interativa e financiamento, alm de relacionar as referncias tericas e legais da rea.

    Pretende-se, desta forma, que a Secretaria Estadual, atravs do Centro Estadual de Vigilncia em Sade e dos Ncleos Regionais de Vigilncia em Sade (NUREVS), que integram as Coordenadorias Regionais de Sade, cumpra com parte de suas atribuies referentes assessoria e ao apoio tcnico aos municpios, colocando-se disposio dos senhores Secretrios para todo e qualquer suporte, no que se refere ao desenvolvimento das aes dessa rea.

    Ciro SimoniSecretrio de Estado da Sade

  • 1 VIGILNCIA EM SADE: CONCEITOS

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    VIGILNCIA EM SADE: CONCEITOS

    1A Constituio Federal de 1988 implantou, no pas, o SUS, regulamentado dois anos depois pelas Leis n 8.080, de 19 de setembro de 1990 e n 8.142, de 28 de dezembro de 1990, sendo recentemente atualizada pelo Decreto n 7.508, de 28 de junho de 2011.

    No ttulo VIII Da Ordem Social, seo II, referente Sade, o art. 196 define que: A sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao (BRASIL, 1988).

    O SUS definido, pelo art. 198 (BRASIL, 1988), do seguinte modo: As aes e os servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

    I. Descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo;

    II. Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios as-sistenciais;

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    III. Participao da comunidade [...].

    O texto constitucional demonstra claramente que a concepo do SUS baseia-se na formulao de um modelo de sade voltado para as necessidades da populao, procurando resgatar o compromisso do Estado para com o bem-estar social, especialmente no que refere sade coletiva.

    Assim, foram definidos como princpios doutrinrios do SUS:- A universalidade;- A integralidade;- A equidade;- O controle social.

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    VIGILNCIA EM SADE: CONCEITOS

    1Em 1990, o SUS foi regulamentado atravs da Lei n 8.080, a qual define o modelo operacional, propon-do a sua forma de organizao e de funcionamento. No art. 3, reafirma-se o conceito amplo de sade:

    A sade tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentao, a moradia, o saneamento bsico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educao, o trans-porte, o lazer e o acesso aos bens e servios essenciais; os nveis de sade da populao expressam a organizao social e econmica do Pas.Pargrafo nico. Dizem respeito tambm sade as aes que, por fora do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir s pessoas e coletividade condies de bem-estar fsico, mental e social (BRASIL, 1990a).

    E, em 2011, o Decreto n 7.508 veio regulamentar a Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organizao do SUS, o planejamento da sade, a assistncia sade e a articulao interfederativa.

    Nesse contexto, desenvolveu-se o conceito de VIGILNCIA EM SADE, entendido tanto como modelo de ateno quanto como proposta de gesto de prticas sanitrias.

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    Na concepo abrangente da Vigilncia em Sade, o objeto das aes o controle dos fatores deter-minantes e condicionantes, dos riscos e dos danos sade da populao em determinado territrio.

    A forma de organizao desse modelo privilegia a construo de polticas pblicas, a atuao interse-torial, assim como as intervenes particulares e integradas de promoo, preveno e recuperao da sade, em torno de problemas e grupos populacionais especficos, tendo por base, para o planejamento das aes, as anlises de situaes de sade nas reas geogrficas municipais.

    Estrategicamente, a Vigilncia em Sade um dos pilares de sustentao do princpio da integralidade, do cuidado, devendo, nesse contexto, inserir-se na construo das redes de ateno sade.

    Dessa forma, avaliada do ponto de vista tecnolgico e operacional, a ao de Vigilncia em Sade pode ser entendida como a prtica:

    - Da integrao intrainstitucional entre as Vigilncias Epidemiolgica, Sanitria, Ambiental e Sade do Trabalhador;

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    VIGILNCIA EM SADE: CONCEITOS

    1- Da anlise da situao de sade de grupos populacionais;

    - Da identificao e do gerenciamento dos riscos dos diversos ambientes do convvio humano;

    - Do planejamento em sade com enfoque estratgico-situacional;

    - Da organizao tecnolgica do trabalho em sade, estruturada por prticas articuladas de preveno de doenas e agravos, bem como de promoo, recuperao e reabilitao da sade de grupos popu-lacionais, em suas dimenses coletiva e individual;

    - Da insero no cotidiano das equipes de ateno primria, com atribuies e responsabilidades defi-nidas em territrio nico de atuao, integrando os processos de trabalho, planejamento, programao, monitoramento e avaliao, incluindo a promoo sade.

    A proposta de Vigilncia em Sade transcende os espaos institucionalizados do sistema de servios de sade, se expande a outros setores e rgos de ao governamental e no governamental, e en-volve uma complexa interao de entidades representativas dos interesses de diversos grupos sociais.

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    Em sntese, a Vigilncia em Sade apresenta as seguintes caractersticas bsicas:

    Interveno sobre problemas de sade danos, riscos e/ou determinantes; nfase em problemas que requerem ateno e acompanhamento contnuos; Articulao de aes promocionais, de proteo e de preveno; Atuao intersetorial; Aes sobre o territrio; Interveno sob forma de operaes.

    Para fins prticos, o CEVS/RS adota como objetivos prioritrios da construo da ao de Vigilncia em Sade:

    1. Identificar, detectar, monitorar e controlar fatores determinantes e condicionantes da sade individual e coletiva, os riscos e os agravos sade;

    2. Analisar, de forma permanente, a situao da sade da populao, articulando-se num conjunto de aes, garantindo a integralidade da ateno, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de sade;

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    VIGILNCIA EM SADE: CONCEITOS

    13. Adotar e recomendar medidas de preveno, controle e eliminao ou erradicao de doenas, riscos e agravos sade;

    4. Intervir nos problemas sanitrios decorrentes do contato com o meio ambiente, com o ambiente e os processos de trabalho ou produtos e substncias, da produo ao consumo, e com a prestao de servio.

    As atividades de VIGILNCIA EM SADE integram o SISTEMA NACIONAL DE VIGILNCIA EM SADE, e so financiadas por recursos, na forma de blocos de financiamento: do bloco de Vigilncia em Sade, constitudo por dois componentes de Vigilncia em Sade e da Vigilncia Sanitria , da Rede Nacio-nal de Ateno Sade do Trabalhador RENAST, dos Municpios e do Tesouro do Estado.

  • 2 CONHEA O CENTRO ESTADUAL DE VIGILNCIA EM SADE

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    CONHEA O CENTRO ESTADUAL DE VIGILNCIA EM SADE

    2O Centro Estadual de Vigilncia em Sade do Rio Grande do Sul (CEVS/RS) teve suas competncias e atribuies descritas no Decreto n 44.050, de 05 de outubro de 2005, contando com seis divi-ses que desenvolvem a gesto e a descentralizao das prticas de vigilncia, atravs de atividades prprias e em conjunto com os Ncleos Regionais de Vigilncia em Sade (NUREVS), localizados nas Coordenadorias Regionais de Sade - CRS (Portaria n 22/SES/2004).

    A estrutura organizacional do CEVS/RS, a seguir descrita, buscou integrar os vrios componentes da Vigilncia em Sade, tendo a descentralizao e o apoio ao nvel local como um dos seus pressupos-tos de atuao.

    Direo Diviso de Vigilncia da Situao de Sade; Diviso de Vigilncia Epidemiolgica; Diviso de Vigilncia em Sade Ambiental; Diviso de Vigilncia em Sade do Trabalhador; Diviso de Vigilncia Sanitria; Diviso Administrativa.

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    So atribuies do CEVS/RS, entre outras:

    Formular a Poltica e propor o Plano Diretor de Vigilncia em Sade para o Estado, em sintonia com a poltica nacional e de acordo com a realidade dos municpios;

    Coordenar o sistema de vigilncia do mbito estadual, executando de forma complementar ou suple-mentar as aes de vigilncia;

    Coordenar e articular o assessoramento tcnico prestado por suas reas aos municpios, para a des-centralizao das atividades;

    Promover a capacitao tcnica e o desenvolvimento dos recursos humanos envolvidos em vigilncia, assim como a difuso de informaes relacionadas sade.

    Cabe aos NUREVS desenvolver, de forma integrada com as outras reas da CRS, todas as atividades pertinentes Vigilncia em Sade, de competncia do Estado, na esfera regional, a saber:

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    CONHEA O CENTRO ESTADUAL DE VIGILNCIA EM SADE

    2 Coordenao tcnica regional do processo de descentralizao da Vigilncia em Sade (VS) para municpios;

    Coordenao dos processos de planejamento regional na rea de VS, atravs de pactuao com os municpios da regio;

    Assessoria aos municpios;

    Coordenao regional e execuo complementar/suplementar das aes de vigilncia;

    Realizao da anlise epidemiolgica e elaborao de diagnsticos de municpios e da regio;

    Monitoramento e avaliao do desempenho municipal, nas aes de vigilncia;

    Desenvolvimento, no nvel regional, dos projetos intersetoriais de abrangncia estadual, sob orientao do CEVS/RS;

    Desenvolvimento de aes intersetoriais, em especial as de carter educativo.

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    Para o funcionamento do CEVS/RS, a Diviso Administrativa fundamental, garantindo o apoio logstico e operacional para as aes desenvolvidas, assim como as atividades do Grupo de Trabalho do Huma-niza SUS (GTH) do CEVS/RS, que busca, de acordo com a poltica nacional da rea, a valorizao dos diferentes sujeitos implicados no processo de produo de sade.

  • 3 VIGILNCIA DA SITUAO DE SADE

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    VIGILNCIA DA SITUAO DE SADE

    3Responsvel por aes de consolidao, anlise, avaliao e divulgao de informaes com objeti-vo de monitorar os riscos e as alteraes das condies de sade, contribuindo para o processo de planejamento, para a definio de prioridades institucionais e, especialmente, para a proposio de solues para problemas detectados. Visando a alcanar esse objetivo, organizaram-se os seguintes ncleos de trabalho:

    Ncleo de Informaes em Sade - NIS Responsvel, no mbito estadual, pelos Sistemas de Informaes sobre Mortalidade (SIM) e Nascidos Vi-vos (SINASC), coordenando a coleta, o processamento, o armazenamento e a publicao das informaes relativas aos eventos vitais (Portaria n 116/09 SVS/MS, complementada pela Resoluo n 160/09 CIB/RS), com base nos dados contidos nas Declaraes de bito DO e nas Declaraes de Nascidos Vivos DNV. Monitora indicadores de sade utilizados internacionalmente.

    Centro de Informao e Documentao - CID Tem por objetivo exercer apoio informativo e documental aos tcnicos das reas da vigilncia em sa-de, subsidiando pesquisa, formao e educao continuada necessria formao permanente na

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    rea de Vigilncia em Sade. Possui um acervo bsico de Vigilncia em Sade. o responsvel pelas publicaes do CEVS/RS, incluindo o Boletim Epidemiolgico no qual interessados podero enviar artigos para publicao.

    Ncleo de Apoio Gesto - NAG Tem entre suas competncias: apoiar os Ncleos Regionais de Vigilncia em Sade - NUREVS no processo de descentralizao da gesto e das aes da rea, com nfase na municipalizao e regionalizao da mesma; subsidiar a coordenao, orientao, promoo e normalizao da execuo das pactuaes realizadas entre as trs esferas de gesto (federal, estadual e municipal); elaborar metodologia para o desenvolvimento de processo de planejamento, monitoramento/avaliao e assessoria tcnica na rea de vigilncia em sade s Coordenadorias Regionais de Sade e municpios; promover e apoiar a realizao de estudos visando ao aprimoramento dos instrumentos de acompanhamento, ao controle e avaliao da gesto da vigilncia em sade; acompanhar e supervisionar a utilizao dos recursos descentralizados para o desenvolvimento das aes de vigilncia em sade.

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    VIGILNCIA DA SITUAO DE SADE

    3Emergncias em Sade Pblica: Rede de VigilnciaO Centro de Informao Estratgica e Resposta em Vigilncia em Sade CIEVS integra uma rede nacional que tem a finalidade de fomentar a captao de notificaes de situaes de risco sade coletiva, visando a responder oportunamente s emergncias em sade pblica, de relevncia nacional e estadual, congregando-se mecanismos de comunicao avanados. Seu foco principal o acompa-nhamento de um conjunto de doenas de elevado potencial de disseminao e/ou risco sade pblica e de agravos inusitados (casos ou bitos de doena de origem desconhecida ou com alterao no padro epidemiolgico de doena conhecida). A doena de notificao deve ser comunicada de forma imediata pelo profissional ou pelo servio de sade, em at 24 horas do diagnstico inicial. O CIEVS avalia diariamente a situao de sade do territrio, atravs de notcias publicadas em jornais e sites do territrio nacional (clipping CIEVS). O Disque-Vigilncia (150) tambm um importante canal de comunicao com o CIEVS, fazendo com que todas as notificaes sejam comunicadas imediatamen-te s secretarias municipais de sade e s reas tcnicas do CEVS/RS. De posse da informao, as secretarias estadual e municipal de sade devem adotar, de forma gil, as medidas adequadas para a investigao da situao e desencadeamento das aes de bloqueio da disseminao da doena. A SES passa a acompanhar, neste momento, por meio do CIEVS, o comportamento epidemiolgico, e estar pronto para enviar, se necessrio, equipes treinadas para deteco e resposta de surtos. Os

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    casos que se configurarem como de relevncia estadual ou nacional sero investigados pela Unidade de Respostas Rpidas (URR) do CIEVS, que, quando implantada, utilizar a sua estrutura tecnolgica para acionar tcnicos, especialistas, redes de profissionais, secretarias de sade, laboratrios e insti-tutos de pesquisa. O CIEVS visa, assim, ser um mecanismo facilitador para a integrao das equipes de campo com os gestores e tcnicos dos diversos nveis dos SUS.

    Disque-Vigilncia (150) um servio que funciona 24 horas, sete dias da semana, colocado disposio da comunidade gacha, e que uma das portas de entrada do sistema de vigilncia em sade. Esse canal recebe notificaes e dvidas provenientes de profissionais de sade e da comunidade em geral, agilizando a soluo dos problemas e de situaes de risco, alm de promover informao em sade. Presta atendimento aos tcnicos de servios pblicos e privados, que buscam orientao sobre medidas de controle, conduta, tratamento ou para notificao de doenas e agravos.

  • 4 VIGILNCIA EPIDEMIOLGICA

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    VIGILNCIA EPIDEMIOLGICA

    4 Vigilncia Epidemiolgica conceituada, na Lei n 8.080/90, de 19 de setembro de 1990, como: um conjunto de aes que proporciona o conhecimento, a deteco ou preveno de qualquer mu-dana nos fatores determinantes e condicionantes de sade individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de preveno e controle das doenas ou agravos (BRASIL, 1990).

    Nas ltimas dcadas, com a alterao do perfil epidemiolgico do Brasil e do Rio Grande do Sul, em que doenas no transmissveis passaram a ser grandes responsveis pela carga de doenas, assim como os agravos de causas externas. A Vigilncia Epidemiolgica, historicamente voltada preveno e ao controle de doenas transmissveis, necessitou ampliar, progressivamente, seu escopo. Assim, alm de trabalhar com um elenco de doenas de notificao compulsria, hoje, deve ter sensibilidade para a deteco de variadas condies que interfiram na sade humana (de forma articulada com outras reas, como a da vigilncia ambiental e da vigilncia em sade do trabalhador).

    Seu propsito fornecer orientao tcnica permanente aos gestores para a deciso sobre a execuo de aes de controle de doenas e agravos. Tem como funes, dentre outras:

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    Coleta e processamento de dados;

    Anlise e interpretao dos dados processados;

    Divulgao das informaes;

    Investigao epidemiolgica de casos e surtos;

    Anlise dos resultados obtidos;

    Recomendaes e promoo das medidas de controle indicadas;

    Avaliao da eficcia e efetividade das medidas adotadas.

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    VIGILNCIA EPIDEMIOLGICA

    4A Vigilncia Epidemiolgica deve atuar, de forma contnua, em uma rea geogrfica ou populao de-terminada, para a execuo de aes de controle e preveno, integrada em todos os nveis da Ateno Sade e contribuindo para o planejamento, a organizao e a operacionalizao dos servios de sade, como tambm para a normalizao de atividades tcnicas correlatas.

    O Decreto Federal n 7.508/2011 dever trazer grandes avanos e desafios, especialmente quanto descentralizao das aes de Vigilncia Epidemiolgica e sua integrao na Regio de Sade.

    A relao de doenas de notificao compulsria tem sofrido revises, durante as ltimas dcadas. A portaria nacional vigente a de n 104, de 25 de janeiro de 2011. No Rio Grande do Sul, caxumba e toxoplasmose so doenas de notificao estadual. Alm disso, todas as suspeitas de surtos ou ocor-rncia de agravo inusitado devem ser investigadas e imediatamente notificadas pelo meio mais rpido de comunicao disponvel, podendo ser utilizado o Disque-Vigilncia 150.

    O Sistema de Informao de Agravos de Notificao (SINAN verso NET, Dengue e Influenza Online) o principal instrumento da Vigilncia Epidemiolgica e tem como objetivos coletar e processar os dados sobre agravos de notificao em todo o territrio nacional e fornecer informaes para anlise

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    do perfil de morbidade, contribuindo, dessa forma, para a tomada de decises pelo gestor municipal, estadual ou federal.

    Para coordenar o desenvolvimento das atividades previstas, a Diviso de Vigilncia Epidemiolgica (DVE) est estruturada em trs ncleos:

    Ncleo de Vigilncia das Doenas Transmissveis; Ncleo de Vigilncia das Doenas No Transmissveis; Ncleo de Imunizaes.

    Ncleo de Vigilncia das Doenas Transmissveis

    Coordena a vigilncia e o controle das doenas transmissveis. Nessa rea, acumulam-se xitos, espe-cialmente em relao a doenas imunoprevenveis, como a erradicao da poliomielite, a eliminao do sarampo e da rubola, o controle de doenas como as meningites, o ttano, a difteria e a coqueluche, trazendo o grande desafio de manter as conquistas alcanadas.

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    VIGILNCIA EPIDEMIOLGICA

    4Por outro lado, dentro de um cenrio de urbanizao acelerada, mudanas ambientais e climticas, mobilidade populacional e avanos tecnolgicos, a questo das doenas consideradas emergentes como a HIV/AIDS, a influenza H1N1 2009 pandmica e a hepatite C, e a reemergncia de doenas que, se considerava controladas, como dengue, febre amarela e leishmaniose visceral humana, tornam-se grandes problemas a serem enfrentados.

    Surtos tambm so investigados, como as Doenas Transmitidas por Alimentos, as sndromes gripais e doenas diarreicas agudas em instituies fechadas, entre outros. Algumas doenas transmissveis agudas so monitoradas por meio de vigilncia sentinela, como a influenza em nvel ambulatorial, as doenas diarreicas atravs da Monitorizao da Doena Diarreica Aguda (MDDA) e o rotavrus.

    As doenas transmissveis crnicas constituem grande desafio, especialmente a tuberculose, a hanse-nase e as hepatites virais crnicas. A tuberculose registra cerca de 5000 casos novos por ano, no RS, em um cenrio marcado pela alta coinfeco com HIV/AIDS e pelo uso de drogas ilcitas, como o crack. Quinze municpios considerados prioritrios concentram a maior carga doena, sendo a maioria (70%) em Porto Alegre e na Regio Metropolitana. As hepatites virais B e C representam importante carga na morbimortalidade na populao gacha, pois, especialmente o tipo C, apresenta grande tendncia de

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    cronificao, exigindo uma complexa estrutura de vigilncia e ateno, que contemple diagnstico la-boratorial, acompanhamento multidisciplinar, tratamento de alto custo e aes educativas e preventivas. A hansenase, por se encontrar em fase de eliminao no RS, tem sido, de certa forma, negligenciada, com os pacientes apresentando leses neurolgicas por ocasio do diagnstico.

    Ncleo de Vigilncia das Doenas No Transmissveis

    No RS, fatores como a urbanizao acelerada, o aumento da expectativa de vida, o envelhecimento da populao, a violncia urbana e a drogadio, aliados s mudanas de hbitos e ao estilo de vida, com a consequente incorporao de fatores de risco comportamentais e ocupacionais, tm, como j foi referido, levado modificao do perfil de morbimortalidade, com aumento da importncia das Doenas e Agravos no Transmissveis (DANTs).

    As DANTs abrangem as doenas crnicas no transmissveis (especialmente as cardiovasculares, diabe-tes, cncer e doenas respiratrias crnicas) e seus fatores de risco (tabagismo, obesidade, sedentarismo, abuso de lcool e drogas), acidentes e violncias, e tm-se caracterizado como relevantes problemas

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    4de Sade Pblica, principalmente por sua alta e crescente morbimortalidade, por suas interferncias na qualidade de vida e pelo seu impacto na economia global.

    Seguindo a tendncia nacional, em janeiro de 2006, foi criado, na DVE, o Ncleo de Vigilncia de Do-enas e Agravos No Transmissveis, com o objetivo de realizar a vigilncia das DANTs bem como de seus fatores de risco e desenvolver aes de preveno, promoo e enfrentamento.

    Na questo da violncia, destaca-se a implementao da notificao compulsria da violncia domstica, sexual e/ou outras, em todas as faixas etrias, no Sistema Nacional de Agravos de Notificao (SINAN), desde 2010, ponto de partida fundamental para a estruturao da ateno integral e humanizada s pessoas em situao de violncia, constituindo a Rede de Preveno da Violncia, Promoo da Sade e Cultura da Paz nos municpios.

    O NVDANT trabalha com a violncia no trnsito, atravs do inqurito nacional realizado nas capitais brasileiras, atua no Comit Estadual de Mobilizao pela Segurana no Trnsito e coordena a Cmara Temtica da Sade, em mbito estadual, para operacionalizao do Plano Nacional de Reduo de Acidentes e Segurana Viria para a Dcada 2011-2020.

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    Para estimular a prtica da atividade fsica e diminuir o sedentarismo da populao, foi criado o Pro-grama Academia da Sade, por meio da Portaria GM/MS n 719, de 07 de abril de 2011, que esta-belece repasse de recursos federais aos municpios, com o objetivo de contribuir para a promoo da sade da populao a partir da implantao de polos com infraestrutura, equipamentos e quadro de pessoal qualificado para a orientao de prticas corporais e atividade fsica e de lazer e modos de vida saudveis. No Rio Grande do Sul, esto sendo implantadas 260 Academias da Sade, distribudas em 212 municpios.

    O Programa de Controle do Tabagismo tem como objetivos: reduzir a prevalncia de fumantes e a con-sequente morbimortalidade relacionada ao consumo de derivados do tabaco; reduzir a experimentao e iniciao do fumar; diminuir a aceitao social e a exposio poluio tabagstica, tendo em vista que o tabagismo considerado a primeira causa de morte evitvel no mundo, e o tabagismo passivo a terceira causa de morte evitvel no mundo.

    Para os municpios que aderem ao Programa de Controle do Tabagismo, so desenvolvidas atividades de capacitao dos profissionais de sade para tratamento do fumante, distribuio de material de apoio e medicamentos e acompanhamento das aes.

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    VIGILNCIA EPIDEMIOLGICA

    4Com o objetivo de implementar as aes relativas s doenas crnicas no transmissveis, foi elabo-rado, em 2012, o Plano Estadual de Enfrentamento das Doenas Transmissveis Crnicas.

    Ncleo de Imunizaes

    O Programa Estadual de Imunizaes vem desenvolvendo suas atividades em todo o Estado, buscando manter o controle, a eliminao e/ou a erradicao de um elenco de doenas imunoprevenveis.

    O Programa Nacional de Imunizaes estabelece, por meio da Portaria GM/MS n 3.318/10, a relao das vacinas a serem utilizadas no Calendrio Bsico de Vacinao da criana, do adolescente, adulto e idoso (ANEXOS B, C e D), garantindo, populao, aes de vacinao com qualidade e segurana. Tambm oferecido calendrio diferenciado de vacinas a indivduos com quadros clnicos especiais, nos Centros de Referncia de Imunobiolgicos Especiais (CRIE). Atualmente, so disponibilizados 35 tipos diferentes de imunobiolgicos, a saber: 21 vacinas, 10 soros e 04 imunoglobulinas humanas, utilizadas na preveno e/ou no tratamento de doenas.

  • VIGILNCIA EM SADE

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    Para o acompanhamento das aes, o Programa Estadual de Imunizaes conta com sistemas de in-formao para registrar as doses aplicadas na vacinao de rotina, por faixa etria e imunobiolgica, e calcular a cobertura vacinal e as taxas de abandono (SI-API), gerenciar o estoque e a distribuio dos imunobiolgicos na rede (SI-EDI), realizar o gerenciamento das doses utilizadas e das perdas fsicas para calcular as perdas tcnicas, a partir das doses aplicadas (SI-AIU), e acompanhar casos de reao adversos, ocorridos ps-vacinao, e a rpida identificao e localizao de lotes de vacinas (SI-EAPV). Tambm dispe do Sistema de Informaes dos Centros de Referncia em Imunobiolgicos Especiais (SI-CRIE), que registra os atendimentos nos CRIEs e informa a utilizao dos imunobiolgicos especiais e eventos adversos.

    Gradativamente, esses sistemas esto sendo substitudos pelo novo SI-PNI, que agregar todas essas informaes e coletar os dados referentes s atividades de vacinao, de forma a gerar informao individualizada, a partir da instncia local, para subsidiar as decises e aes no mbito da sua ges-to. O SI-PNI, futuramente, operar em cada sala de vacina do nosso estado, elevando a eficincia dos servios de sade. Para garantir a descentralizao do SI-PNI, foi institudo repasse financeiro aos municpios, por meio da Portaria GM/MS n 2.363/12, que permite a compra de equipamentos de informtica especficos para as salas de vacina.

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    VIGILNCIA EPIDEMIOLGICA

    4Os instrumentos bsicos de acesso ao SI-PNI so os boletins dirios e mensais de doses aplicadas de vacinas e de movimentao de imunobiolgicos, fichas de notificao de eventos adversos e ins-trumento de superviso.

    Conforme a Portaria GM/MS n 3.252/09, compete Unio o provimento de imunobiolgicos e a coordenao do Programa Nacional de Imunizaes, incluindo a definio das vacinas obrigatrias no pas, as estratgias e a normatizao tcnica sobre sua utilizao. Aos Estados, compete a coordena-o do componente estadual do Programa Nacional de Imunizaes e a gesto dos estoques estaduais de insumos estratgicos (vacinas, soros, imunoglobulinas, seringas e agulhas), devendo abastecer os municpios. Quanto aos municpios, estes devem realizar a gesto dos estoques municipais de insumos estratgicos, alm de executar as aes de vacinao de rotina e Campanhas e aplicao de soros e imunoglobulinas.

  • 5 VIGILNCIA EM SADE AMBIENTAL

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    VIGILNCIA EM SADE AMBIENTAL

    5Entende-se a Vigilncia em Sade Ambiental como o conjunto de aes que proporcionam o conhe-cimento, a deteco ou preveno de qualquer mudana nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na sade humana, com a finalidade de recomendar e adotar as me-didas de preveno e controle dos riscos e das doenas ou agravos, em especial s relativas a vetores, reservatrios e hospedeiros, animais peonhentos, qualidade da gua destinada ao consumo humano, qualidade do ar, contaminantes ambientais, desastres naturais e acidentes com produtos perigosos Decreto n 4.727/2003 e IN n 01/2005.

    As grandes transformaes sociais, ocorridas no ltimo sculo, associadas ao crescimento populacional e a urbanizao, tm como consequncia a expanso da pobreza, a utilizao desorganizada dos recur-sos ambientais e sua consequente degradao, colocando as comunidades humanas frente a riscos de novas doenas, alm de permitir, concomitantemente, o recrudescimento de doenas j controladas.

    A relao existente entre o ambiente e a situao de sade da populao diz respeito a todos os ele-mentos que, direta ou indiretamente, afetam a sade (exposio a substncias qumicas, elementos biolgicos, estado psquico do indivduo), alm dos relacionados diretamente ao nvel de desenvolvi-mento econmico dos pases.

  • VIGILNCIA EM SADE

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    A implantao da Vigilncia em Sade Ambiental, como um novo modelo de ateno, proporciona um avano fundamental nas aes de promoo e proteo sade da populao, necessariamente com carter multidisciplinar e interinstitucional, considerando-se a impossibilidade de realizar ativida-des de vigilncia e controle de riscos ambientais para a sade humana, sem uma avaliao conjunta de informaes dos diversos setores envolvidos, como o ambiente e saneamento ambiental, em um determinado territrio.

    Como principais objetivos da Vigilncia Ambiental, destacam-se:

    Produzir, integrar, processar e interpretar informaes (intra e extramuros), visando qualificar o pla-nejamento e a execuo de aes relativas s atividades de promoo, de preveno e controle de doenas relacionadas ao meio ambiente;

    Identificar os principais riscos provveis ou existentes, bem como divulgar as informaes referentes aos fatores ambientais que condicionam e determinam o surgimento de doenas e/ou agravos sade;

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    VIGILNCIA EM SADE AMBIENTAL

    5 Identificar os principais aspectos, procedimentos, aes e atribuies relacionadas vigilncia

    ambiental em sade, nas diversas instncias de competncia;

    Intervir com aes diretas de responsabilidade, com vistas a eliminar os principais fatores ambien-tais de riscos sade humana;

    Promover, junto aos rgos afins, aes de proteo da sade humana relacionadas ao controle e recuperao de meio ambiente;

    Conhecer e estimular a necessria interao entre sade, meio ambiente e desenvolvimento, visan-do ao fortalecimento da participao das instituies afins na promoo da sade e na qualidade de vida.

    No CEVS/RS, a Vigilncia em Sade Ambiental est estruturada de modo a facilitar a identificao de fatores de riscos biolgicos e fatores de riscos no biolgicos, sem que ocorra a dissociao entre tais reas.

  • VIGILNCIA EM SADE

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    A VIGILNCIA AMBIENTAL DOS FATORES DE RISCOS BIOLGICOS est estruturada em duas grandes reas de concentrao:

    Vigilncia dos Riscos Sade por Vetores

    Desenvolve atividades de vigilncia dos vetores e hospedeiros transmissores de: Dengue, Doena de Chagas, Febre Amarela, Febre do Nilo, Leishmaniose, Filariose e Oncocercose. Tem como finalidade o mapeamento de reas de risco. Utiliza-se da vigilncia entomolgica (caractersticas, presena, ndi-ces de infestao, avaliao da eficcia dos mtodos de controle) e as suas relaes com a vigilncia epidemiolgica quanto incidncia e prevalncia dessas doenas e o impacto das aes de controle, alm da interao com a rede de laboratrios de sade pblica e a inter-relao com as aes de saneamento, visando ao controle ou reduo/eliminao dos riscos.

    Dengue Destacam-se, neste ncleo, as aes do Programa Estadual de Vigilncia do Aedes aegyp-ti PEVAa. No Estado do Rio Grande do Sul, h uma grande preocupao em evitar o surgimento da dengue, uma vez que h diversas reas infestadas com o mosquito vetor dessa doena. H condutas

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    VIGILNCIA EM SADE AMBIENTAL

    5tcnicas, previamente estabelecidas, de vigilncia e controle do Aedes aegypti, preconizadas nos Ma-nuais e Normas Tcnicas do Programa Nacional de Combate Dengue, que devem ser priorizadas pelos gestores (salientando-se a necessidade de manuteno permanente das aes e de uma equipe mnima de agentes de campo, que varia de acordo com a situao de infestao do municpio).

    atribuio municipal, tambm, a alimentao de informaes no sistema de informao da dengue, bem como a identificao laboratorial de vetores da dengue.

    O Plano de Contingncia Municipal deve ser elaborado, preferencialmente, pelos municpios infestados por Aedes aegypti, com reviso anual dos mesmos, assim como a constituio e manuteno dos Comits Municipais da Dengue, a fim de garantir as parcerias necessrias entre os diversos setores do municpio.

    No vero, habitualmente, existem incentivos financeiros especficos para a intensificao de aes de controle da dengue, contemplando municpios com maior risco de desenvolver surtos ou epidemias da doena.

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    Leishmanioses As atividades de vigilncia buscam monitorar, por meio de investigaes epidemio-lgicas e laboratoriais, a prevalncia de casos caninos ou de outras espcies animais envolvidas e de-tectar possveis casos humanos da doena. No site da SES encontra-se disponvel: LTA Leishmaniose Tegumentar Americana e Leishmaniose Visceral.

    Febre Amarela Outro projeto de grande relevncia o monitoramento de Primatas no Humanos, por serem importantes indicativos da circulao do vrus transmissor de Febre Amarela, prevenindo-se o surgimento de casos autctones no Estado.

    Programa de Controle dos Borrachudos (Simulium Sp) Podem ser vetores da filariose causadora da Oncocercose, alm de situaes de agravos sade por suas picadas, principalmente nas popula-es rurais dos municpios. O Programa Estadual de Controle est implantado em 209 municpios, aos quais presta assessoria, repassando tecnologia e capacitando as equipes. No site da SES, encontra-se disponvel: Guia para orientao sobre manejo integrado, Controle e Gesto destes insetos, alm do Guia prtico para orientao s coletas e a Chave para Identificao.

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    VIGILNCIA EM SADE AMBIENTAL

    5Vigilncia dos Riscos Sade por Reservatrios, Hospedeiros e Animais Peonhentos

    Desenvolve atividades ambientais relacionadas aos reservatrios ou hospedeiros da Raiva, Hantaviroses, Leptospiroses, Leishmaniose, Tungase, Equinococose, Esquistossomose e Cisticercose, assim como com os Acidentes com Animais Peonhentos. No site da SES, encontra-se disponvel: O Programa Estadual de Vigilncia e Controle de Esquistossomose.

    A vigilncia de fatores de riscos biolgicos relacionados aos reservatrios ou hospedeiros (ces, ga-tos, morcegos, roedores, bovinos, entre outros) de doenas tem como finalidade o mapeamento de reas de risco, em determinados territrios, utilizando a vigilncia ambiental e as suas relaes com a vigilncia epidemiolgica quanto incidncia e prevalncia dessas doenas e do impacto das aes de controle, alm de interao com a rede de laboratrios de sade pblica e a inter-relao com as aes de saneamento, visando ao controle ou a reduo dos riscos. Nessa rea, encontram-se, tam-bm, programas de importncia em sade pblica, dentre estes a vigilncia da raiva animal, atravs do monitoramento permanente de ces e demais animais agressores, bem como pelo bloqueio vacinal que ocorre em reas rurais ou periurbanas, a partir da incidncia de morte de bovinos devido deno-minada raiva herbvora, e o controle de hidatidose.

  • VIGILNCIA EM SADE

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    Raiva O Programa de Vigilncia e Controle do Vrus Rbico desenvolve suas atividades prioritrias priorizando a vigilncia de fatores de riscos biolgicos relacionados aos reservatrios ou hospedeiros (ces, gatos, morcegos, roedores, bovinos, entre outros) de doenas, e tem como finalidade o mapea-mento de reas de risco, em determinados territrios, utilizando a vigilncia ambiental e as suas relaes com a vigilncia epidemiolgica, quanto incidncia e prevalncia dessas doenas e do impacto das aes de controle, alm de interao com a rede de laboratrios de sade pblica e a inter-relao com as aes de saneamento, visando ao controle ou reduo/eliminao dos riscos. Nessa rea, encontram-se programas de importncia em sade pblica, dentre estes a vigilncia e o controle da raiva humana, atravs do monitoramento permanente de ces e demais animais agressores, bem como pelo bloqueio vacinal que ocorre em reas rurais ou periurbanas, a partir da incidncia de morte de bovinos devido denominada raiva herbvora. O controle e a Profilaxia da Raiva, bem como as medi-das de vigilncia, devem obedecer a legislao vigente em todo o Pas.

    Animais peonhentos A vigilncia de fatores de riscos biolgicos relacionados a animais peonhen-tos (serpentes, escorpies, aranhas, himenpteros e lepidpteros), que podem resultar em agravos de interesse sade pblica, tem como objetivo principal o mapeamento da distribuio das diferentes espcies causadoras de acidentes, atravs do trabalho intersetorial com o CIT, os rgos ambientais e

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    VIGILNCIA EM SADE AMBIENTAL

    5as universidades. A anlise adequada sobre as reas com potencial de ocorrncia das espcies, a sazo-nalidade dos acidentes, bem como a incidncia dos mesmos uma ferramenta til na implementao da rede de ateno, na otimizao dos soros antivenenos, no planejamento das aes desenvolvidas pela vigilncia ambiental em sade, bem como na disponibilizao de informaes para a comunidade sobre os cuidados para prevenir acidentes e os primeiros socorros s vtimas.

    Esquistossomose A vigilncia inclui medidas preventivas (aes educativas em sade para as po-pulaes sob risco), diagnstico precoce e o tratamento dos portadores de S. mansoni, assim como o mapeamento e controle dos caramujos.

    PROSAM PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL

    O PROSAM, criado em 1974 com o objetivo de financiar o saneamento bsico, em pequenas comuni-dades, tem por objetivo, atualmente, em parceria com os municpios, de projetar e financiar solues simplificadas e de baixo custo para o saneamento ambiental, em comunidades de baixa renda que apresentam submetidas a um situao de risco ambiental. Tem por critrio de incluso a anlise da

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    situao de sade da populao. Repassa recursos financeiros a fundo perdido, diretamente do Fundo Estadual de Sade (FES) para os Fundos Municipais de Sade (FMSs). Possui dois programas bsicos:

    SSAA Sistema Simplificado de Abastecimento de gua, com repasse de at R$ 41.913,55 por pro-jeto, nesta data (janeiro 2013). O recurso pode ser utilizado para compra da bomba, tratamento, rede de aduo, caixa-dgua e rede de distribuio.

    MS Mdulos Sanitrios, construdos em alvenaria de tijolos, dotados de lavatrio de mos, vaso sani-trio e chuveiro, e mais a fossa sptica e o sumidouro, com repasse de at R$ 74.246,86 por projeto com at 20 MS (janeiro 2013).

    Em 2012, o PROSAN beneficiou, diretamente, 1.048 famlias ou 5.240 cidados em situao de risco ambiental. Para o ano de 2013, recebemos um acrscimo de 100% no oramento, que sero, priorita-riamente, investidos em regies onde as informaes existentes evidenciem a contaminao ambiental, com riscos sade da populao ou que as informaes epidemiolgicas identifiquem impacto/efeitos sobre a sade humana.

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    VIGILNCIA EM SADE AMBIENTAL

    5Para mais informaes de como acessar os recursos para saneamento comunitrio, acesse o endereo eletrnico: http://www.saude.rs.gov.br/

    VIGILNCIA AMBIENTAL DOS FATORES DE RISCOS NO BIOLGICOS Caracteriza-se por uma srie de aes, compreendendo a identificao de fontes de contaminao e modificaes no meio ambiente, que se traduzem em risco sade. Est subdividida em duas grandes reas de atuao descritas a seguir.

    Vigilncia em Sade de Populaes Expostas a Contaminantes Desenvolve aes integradas de sade, adotando medidas de promoo e vigilncia em sade das populaes expostas a contami-nantes. Engloba os componentes: gua, ar e solo, atravs da Vigilncia da Qualidade da gua para Consumo Humano (VIGIGUA), Vigilncia de Populaes expostas aos Poluentes Atmosfricos (VI-GIAR), Vigilncia de Populaes expostas a Solo Contaminado (VIGISOLO), onde so identificadas e priorizadas as reas com populaes expostas a contaminantes qumicos, com posterior qualificao das informaes existentes para a identificao dos contaminantes de interesse, bem como das rotas de exposio e, por ltimo, elaborao de protocolos de ateno sade, voltados para o acolhimento e amparo dessa populao.

  • VIGILNCIA EM SADE

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    VIGIGUA A Vigilncia da Qualidade da gua para Consumo Humano consiste no conjunto de aes adotadas continuamente pelas autoridades de sade pblica para garantir populao o acesso gua em quantidade suficiente e qualidade compatvel com o padro de potabilidade estabelecido na legislao vigente (Portaria MS n 2.914/2011), como parte integrante das aes de preveno dos agravos transmitidos pela gua e de promoo sade, previstas pelo SUS. As aes so desenvolvidas pela Secretarias Municipais de Sade, pelas Secretarias Estaduais de Sade e pelo Ministrio da Sade.As informaes do Cadastramento das fontes e formas de abastecimento de gua utilizadas pela po-pulao (atualizados anualmente), bem como os dados de Controle e de Monitoramento da Qualidade da gua so inseridos no Sistema de Informao da Vigilncia da Qualidade da gua para Consumo Humano SISGUA e fornecem subsdios para os processos de planejamento, gesto e avaliao de polticas pblicas relacionadas vigilncia em sade ambiental, visando preveno de riscos sade decorrentes do consumo de gua. VIGIAR A Vigilncia em Sade de Populaes Expostas a Poluentes Atmosfricos tem como objetivo a promoo da sade da populao exposta aos poluentes atmosfricos. So priorizadas regies onde existam atividades de natureza econmica ou social que gerem poluio atmosfrica de modo a carac-

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    VIGILNCIA EM SADE AMBIENTAL

    5terizar um fator de risco para as populaes expostas. No nosso estado, correspondem, prioritariamente, as reas metropolitanas, industriais e de extrao de carvo mineral para a produo de energia.

    As aes de controle da qualidade do ar competem ao rgo Ambiental. Ao setor de sade compete a identificao e avaliao dos fatores de risco, monitoramento de agravos nas populaes expostas e a promoo de aes que minimizem os agravos a sade.

    Dentre as aes desenvolvidas pelo VIGIAR, destacam-se:

    Elaborao semanal do Boletim Informativo do VIGIAR, disponibilizando informaes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que possam contribuir com as atividades desenvolvidas pela Vigilncia em Sade;

    Implantao de Unidades Sentinelas, com a participao das Secretarias Municipais de Sade, para realizao de monitoramento dos indicadores fundamentais de sade (sintomas: tosse, si-bilncia, dispneia, bem como os agravos: bronquite, asma e IRA) em crianas menores de cinco

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    anos. O Instrumento para coleta dessas informaes a Ficha de Coleta de Dados Unidade Sentinela 2013. A referida coleta de dados subsidia o planejamento e a execuo das aes de Vigilncia em Sade e assistncia de populaes expostas a poluentes atmosfricos;

    Implantao de Ficha de investigao/denncia de exposio aos poluentes Atmosfricos, que facilita o registro e o encaminhamento de denncias relacionadas a episdios de poluio atmos-frica, por parte da populao, bem como instrumentaliza os tcnicos das Secretarias Municipais de Sade em sua ao de investigao.

    Vigilncia dos Riscos Sade por Eventos Ambientais Adversos Sade Que desenvolve atividades de forma a dar suporte qualificado s aes de atendimento de emergncia aos desastres naturais e acidentes com produtos perigosos, atravs das articulaes intra e intersetorial. Esses so eventos ou situaes perigosas provocadas por enxurradas, vendavais, estiagens, descargas acidentais de substn-cias que envolvam riscos para a sade humana ou para o meio ambiente. As atividades de vigilncia e preveno so articuladas com as instituies que atuam com a preveno, a preparao para emer-gncias e as respostas aos acidentes qumicos, coordenadas pela Defesa Civil, visando ao controle ou

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    VIGILNCIA EM SADE AMBIENTAL

    5a eliminao dos riscos e os efeitos dos desastres naturais sobre a populao e as repercusses nos estabelecimentos de atendimento sade (UBS, UPAS, Hospitais).

    A estruturao das aes relacionadas aos Acidentes com Produtos Perigosos e Desastres Naturais, nas Coordenadorias Regionais de Sade, orientada pelas seguintes diretrizes:

    a. Criao dos Comits Regionais para Vigilncia em Sade nos Eventos Ambientais adversos, Aciden-tes com Produtos Perigosos e Desastres Naturais. Compostos por um representante de cada rea de Vigilncia em Sade das Coordenadorias e um representante da Vigilncia em Sade das Secretarias Municipais de Sade, os comits tm como funo atuar em todas as etapas dos desastres naturais e dos acidentes com produtos perigosos;

    b. Implantao do sistema de identificao de riscos relacionados a desastres naturais e acidentes com produtos perigosos, visando:

    Localizao e tipologia das instalaes de riscos relacionados aos acidentes com produtos peri-gosos e a circulao desses produtos;

  • VIGILNCIA EM SADE

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    Localizao de reas vulnerveis aos desastres naturais;

    Identificao das populaes expostas;

    Anlise da capacidade assistencial da rede para respostas a tais eventos.

    c. Participao no ps-acidente ou desastre, estabelecendo aes para preveno da sade e registro de informaes sobre o evento. Acesse o site: Ncleo de Vigilncia dos Eventos Ambientais Adversos Sade.

  • 6 VIGILNCIA SANITRIA

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    VIGILNCIA SANITRIA

    6A Lei n 8.080/90, ao organizar o SUS, no art. 6, pargrafo 1, consagra a seguinte definio:

    Entende-se por Vigilncia Sanitria um conjunto de aes capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos sade e de intervir nos problemas sanitrios decorrentes do meio ambiente, da produo e circulao de bens e da prestao de servios de interesse da sade (BRASIL, 1990).

    Essa definio denota a abrangncia das aes de Vigilncia Sanitria (VISA) e sua natureza essen-cialmente preventiva, contendo especificidades que a diferenciam de outras aes e outros servios de sade, abrangendo um amplo espectro dos elementos determinantes do processo sade doena qualidade de vida e que podem ser entendidos como riscos ou problemas/necessidades de sade relacionadas produo, circulao e ao consumo de bens e servios.

    A VISA atua no sentido de prevenir, eliminar ou minimizar risco sanitrio. O risco se coloca como pos-sibilidade, sem que haja, de fato, dados quantitativos, mas, sim, indcios baseados na racionalidade e nos conhecimentos cientficos disponveis. Essa concepo, aliada ao contexto de incertezas produzido pelas rpidas mudanas no sistema produtivo, base, inclusive, para que a vigilncia sanitria adote, em seu processo de regulao, o princpio da precauo (PDVISA, 2006).

  • VIGILNCIA EM SADE

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    So aes da VISA:

    Gerenciamento do Sistema Estadual de VISA, com a descentralizao das aes;

    Fiscalizao e licenciamento sanitrio da cadeia de produtos e insumos para sade (alimentos, medicamentos, sangue, cosmticos, saneantes, produtos para a sade) e servios de assistncia e interesse para a sade (hospitais, clinicas, salo de beleza, servios de radiologia, radioterapia, medicina nuclear, entre outros);

    Regulamentao sanitria complementar de produtos, estabelecimentos e servios de sade;

    Investigao e encaminhamento de denncias de irregularidades sanitrias;

    Gerenciamento de programas de monitoramento de produtos, estabelecimentos e servios de sade;

    Assessoria, cooperao tcnica e capacitao dos profissionais de VISA;

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    VIGILNCIA SANITRIA

    6 Gerenciamento do Sistema de Notificaes para Vigilncia Sanitria NOTIVISA;

    Anlise de projetos arquitetnicos de estabelecimentos relacionados sade;

    Participao em aes conjuntas com outras instncias (ANVISA, Conselhos Regionais de Classe, Associaes e Sindicatos, Polcia Federal, Ministrio Pblico, Ministrio da Agricultura, entre outros);

    Gerenciamento de programas educacionais para construo da conscincia sanitria, mobilizao, participao e controle social em VISA - Pequenos Vigilantes, material educativo, entre outros;

    Realizao das aes da VISA, a fim de reduzir ou eliminar o risco sanitrio;

    Gerenciamento do Sistema de Informao.

  • VIGILNCIA EM SADE

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    A Diviso de Vigilncia Sanitria do CEVS/RS est estruturada em trs ncleos que coordenam as aes de vigilncia sanitria de produtos, servios e de estabelecimentos de interesse, de acordo com as suas reas de atuao:

    Ncleo de Vigilncia dos Produtos Integrado pelas reas de Alimentos, Cosmticos e Saneantes, Medicamentos e Sangue;

    Ncleo de Vigilncia dos Estabelecimentos de Sade Integrado pelas reas de Estabelecimentos de Sade e Controle de Infeco em Estabelecimentos de Sade;

    Ncleo de Vigilncia das Tecnologias em Sade Formado pelas reas de Correlatos produtos para a sade e Radiaes;

    As aes de Vigilncia Sanitria so privativas de rgos pblicos de sade, indelegveis, intrans-ferveis a outro, mesmo que da administrao direta.

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    VIGILNCIA SANITRIA

    6A Vigilncia Sanitria se estabelece legalmente atravs do Regulamento Sanitrio (Decreto Estadual n 23.430/74), pela Lei n 8.080/90, pela Constituio Federal, em seu Ttulo VIII,Captulo II, Seo II, art. 200 e Lei Federal n 6.437/77.

    Compete Unio:Coordenar o Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria, prestar cooperao tcnica e financeira aos estados e municpios e executar aes de sua exclusiva competncia (registros de produtos, autoriza-es de funcionamento de empresas, etc). Essas Competncias so desenvolvidas atravs da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria ANVISA, do Ministrio da Sade.

    Compete ao Estado:Atravs da Diviso de Vigilncia Sanitria e das Coordenadorias Regionais de Sade, coordenar o Sistema Estadual de Vigilncia Sanitria; avaliar e acompanhar o processo de descentralizao das aes de VISA; assessorar e apoiar os municpios, nas aes de VISA; planejar, normatizar, capacitar, supervisionar e atuar em carter complementar.

  • VIGILNCIA EM SADE

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    Compete aos Municpios:Executar aes e implementar a VISA municipal, com a cooperao tcnica do Estado e da Unio.

    No caso de municpio que no tenha condies para executar aes e servios de VISA, na forma ins-tituda, cessam os repasses de recurso. A cooperao tcnica a ser prestada pelo estado efetivar-se-, com a devida homologao da CIB, mediante a execuo dos servios e aes correspondentes, assim como do apoio tcnico e administrativo necessrio para que o municpio possa assumir plenamente os encargos que lhe so atribudos.

    A competncia da Unio para legislar sobre a VISA limita-se a estabelecer normas gerais de alcance nacional. Aos estados, caber suplementar a legislao genrica de carter nacional, editando normas para aplicao no seu territrio, e aos municpios caber suplementar, no que lhe couber, para atender necessidades e prioridades de interesse predominantemente local.

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    VIGILNCIA SANITRIA

    6Responsabilidades dos municpios na Gesto em VISA

    1. Constituir a Vigilncia Sanitria Municipal conforme Decreto ou Portaria Municipal, nomeando pessoal para executar aes em VISA (pactuadas na PPI/VS e normatizadas na Resoluo CIB/RS n 30/2004, que define quais so as aes de baixa complexidade, e na Resoluo CIB/RS n 130/00, que define os Recursos Humanos necessrios para desenvolver as aes de VISA) e CIB n 250/07;

    2. Elaborar o Plano Municipal de VISA integrado com as outras reas de Sade;

    3. Implantar o Cdigo Sanitrio Municipal;

    4. Organizar, aparelhar, estruturar a VISA municipal para execuo das aes;

    5. Coordenar, controlar e acompanhar as aes de VISA assumidas (so atribuies municipais: ca-dastrar, inspecionar, emitir alvar sanitrio, coletar e enviar amostras para anlise laboratorial, analisar projetos arquitetnicos, abrir processo administrativo-sanitrio, aplicar sanes e cobrar taxas, apenas no que se refere aos produtos e servios pactuados);

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    6. Assumir as Normas Sanitrias padronizadas pelo Estado para a execuo das atividades fiscalizat-rias e, caso no houver, instituir, em nvel de municpio, comunicando o fato ao Estado;

    7. Manter cadastro de estabelecimentos sob VISA, para garantir o adequado controle e a avaliao de atividades que se faz pelo Estado e pela Unio;

    8. Estabelecer cronograma de atividades relacionadas s estratgias de operacionalizao das inspe-es sanitrias, que podem ser de 3 tipos: inspeo de rotina para emisso de alvar, inspeo por denncia e inspeo de programas nacionais, estaduais ou municipais, de forma a otimizar os recursos existentes e a avaliao dos resultados obtidos;

    9. Enviar relatrios, ao nvel estadual, atravs dos NUREVS/CRS, referentes execuo das atividades de VISA pactuadas, assim como manter disponveis para acompanhamento dos NUREVS/CRS, os rela-trios de execuo financeira relativos aos recursos recebidos do FNS para essas atividades;

    10. Cadastrar a VISA municipal no SIA-SUS e manter dados atualizados, das aes realizadas, atravs da alimentao sistemtica do sistema.

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    VIGILNCIA SANITRIA

    6Recursos Financeiros para aes de VISA

    Os recursos so federais para desenvolvimento das aes em VISA so geridos pelo Ministrio da Sade e ANVISA. So repassados diretamente do nvel federal para o municpio, em conta especfica.

    Os municpios que tiverem interesse de pactuar aes de vigilncia sanitria devero manifestar-se ao CEVS/RS, atravs dos NUREVS/CRS.

    Planejamento em Vigilncia Sanitria

    Com o propsito de facilitar a organizao dos servios e das aes de Vigilncia Sanitria, otimizando os recursos disponveis, sugerem-se os seguintes procedimentos:

    Primeiro: realizar diagnstico situacional, incluindo identificao da(s) principal(ais) atividade(s) econmica(s) do municpio e universo de estabelecimentos que devero estar sob Vigilncia (verificar o cadastro de alvar de localizao existente na Prefeitura);

  • VIGILNCIA EM SADE

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    Segundo: identificar as situaes de risco, por nvel complexidade, e priorizar aes;

    Terceiro: colocar, no Plano Municipal de Sade, as aes de VISA, com o respectivo Plano de Ao e Programao, incluindo acompanhamento das metas estabelecidas e avaliao dos resultados.

    Identificao de Fiscal Sanitrio

    O fiscal sanitrio em ao deve estar nomeado mediante portaria municipal que o designa para a fun-o a que se dedica, sempre portar carteira de fiscal sanitrio. O porte da mesma confere autoridade.

  • 7 VIGILNCIA EM SADE DO TRABALHADOR

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    VIGILNCIA EM SADE DO TRABALHADOR

    7O SUS tem, entre suas atribuies constitucionais, a atuao em Sade do Trabalhador (ST), conforme art. 200 da Constituio Federal. A Lei n 8.080/90, que institui o SUS, no seu artigo 6, pargrafo 3, descreve a Sade do Trabalhador como:

    Conjunto de atividades que se destina, atravs das aes de vigilncia epidemiolgica e vigilncia sanitria, promoo e proteo da sade dos trabalhadores, assim como visa recuperao e re-abilitao da sade dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condies de trabalho (BRASIL, 1990a).

    Assim, a Diviso de Vigilncia em Sade do Trabalhador (DVST) trabalha, de forma integrada com as demais vigilncias, seguindo o princpio da descentralizao, no qual os municpios executam as aes nas unidades e os servios de sade, de forma intersetorial, no sentido da promoo da integralidade e resolutividade das aes, e, est estruturada em ncleos.

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    A Vigilncia em Sade do Trabalhador desenvolve suas aes atravs dos seguintes eixos:

    Vigilncia Epidemiolgica: com os objetivos de elaborar o perfil epidemiolgico da ST, no Estado, e de monitorar os eventos e fatores de risco relacionados ao processo produtivo. Usa, como um dos seus instrumentos, o Sistema de Informaes em Sade do Trabalhador do Rio Grande do Sul - SIST/RS.

    O SIST/RS o um sistema estadual de notificao compulsria de todos os agravos relacionados ao trabalho, permitindo, assim, o desenvolvimento de um banco de dados com informaes de todos os acidentes, as doenas e os bitos relacionados ao trabalho, tanto os ocorridos no setor formal como in-formal de trabalho.

    CARACTERSTICAS DO SIST/RS

    Sistema universal e descentralizado, implantado em todos os municpios do RS.Abrangncia: todos os trabalhadores.

    Permite monitorar agravos suspeitos ou confirmados de estarem relacionados ao trabalho.

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    VIGILNCIA EM SADE DO TRABALHADOR

    7A Notificao dos agravos feita atravs dos seguintes instrumentos:

    1. Relatrio Individual de Notificao de Agravo (RINA) emitido em trs vias pelo servio de sa-de que diagnostica o agravo; uma via para o trabalhador, outra para o arquivo do servio e uma para a Secretaria Municipal de Sade-SMS. Cabe SMS o processamento da notificao e a incluso no SIST/RS, o que deve ser feito com coordenao do NUREVS da CRS.

    2. Ficha Individual de Notificao de Suspeita (FIS) emitida por diferentes instituies (sindicato, empresas, associaes, etc.), em trs vias: uma para o trabalhador, outra para o arquivo da instituio e uma para a Secretaria Municipal de Sade, que deve tomar as providncias cabveis.

    parte integrante deste sistema o Sistema de Anlises - SAN, no endereo https://san.procergs.rs.gov.br, que permite monitorar os agravos relacionados ao trabalho ocorridos nos diversos segmentos da populao.

    Vigilncia aos Ambientes de Trabalho: busca conhecer, detectar e analisar os fatores determinantes e condicionantes dos agravos sade relacionados ao trabalho, intervindo de maneira a assegurar a eliminao e/ou o controle dos mesmos.

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    Educao em Sade: promovendo a formao dos trabalhadores da rede de sade, desenvolvendo programas de educao e divulgao populao em geral, aos conselheiros de sade, s lideranas comunitrias, no sentido da preveno, promoo e reabilitao da Sade do Trabalhador.

    A DVST est estruturada nos seguintes ncleos:

    1 Ncleo de Gesto da Rede de Ateno Sade do Trabalhador: coordena o planejamento, o con-trole e a avaliao das aes de promoo, proteo e recuperao da sade dos trabalhadores. Presta apoio tcnico e organiza os repasses financeiros previstos aos municpios na estruturao da rede de ateno ST. Coordena e apoia a implantao e o funcionamento dos Centro Regional de Referncia em Sade do Trabalhador - CEREST.

    2 Ncleo de Vigilncia dos Ambientes de Trabalho: presta apoio tcnico aos NUREVS e municpios e executa aes de vigilncia aos Ambientes de Trabalho de forma complementar e/ou suplementar.

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    VIGILNCIA EM SADE DO TRABALHADOR

    73 Ncleo de Vigilncia dos Agravos Sade do Trabalhador: elabora o perfil epidemiolgico, atravs da coordenao e do monitoramento do Sistema de Informaes em Sade do Trabalhador (SIST). Monitora, detecta e analisa os fatores de determinantes e condicionantes dos agravos sade relacionados ao tra-balho, intervindo de maneira a assegurar a eliminao e/ou o controle dos mesmos. Divulga informaes pertinentes Sade do Trabalhador, subsidiando o planejamento da aes.

    Descentralizao

    No Rio Grande do Sul, as aes de vigilncia, capacitao e apoio rede assistencial do SUS em Sade do Trabalhador so executadas de acordo com a proposta da Rede Nacional de Ateno Integrada de Sade do Trabalhador (RENAST). Assim, a Rede de Ateno Bsica, atravs dos Ncleos Municipais de Sade do Trabalhador, se relaciona com os Centros Regionais de Referncia em Sade do Trabalhador (CEREST), cabendo DVST/CEVS/RS, na condio de CEREST Estadual, a articulao e coordenao estadual da rede, em conjunto com as instncias de controle social. Os municpios da rea de abran-gncia do CEREST devem se articular com o mesmo, pactuando as formas de apoio sua rede de ateno sade.

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    Atualmente, doze CEREST esto em funcionamento no Estado. A proposta do Estado que em cada uma das 30 regies, segundo a Resoluo CIB n 555/2012, seja implantado, conforme orientao da Resoluo CIB n 088/2012, uma unidade especializada em Sade do Trabalhador.

    Financiamento

    Os recursos para as aes e a manuteno dos CEREST so oriundos do Convnio RENAST/MS. Os investimentos e o custeio das equipes so viabilizados pelo Tesouro Estadual, atravs da Resoluo CIB-RS n 088/2012.

    As consultas e os procedimentos especializados so custeados pelos recursos da Assistncia Ambulatorial (SUS). As despesas de internao integram os recursos do Sistema de Internao Hospitalar/SIH-SUS.

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    VIGILNCIA EM SADE DO TRABALHADOR

    7CONTATOS DA REDE ESTADUAL SADE DO TRABALHADOR

    CEREST Estadual RS Porto AlegreRua Domingos Crescncio, 132, sala 302 - Bairro: Santana CEP: 90650-090Fone: (51) 3901.1101/1102E-mail: [email protected]

    CEREST Regio dos Vales Santa Cruz do SulTravessa Walter Kern, 105 CEP: 96810-320Fone: (51) 3717.4635E-mail: [email protected]

    CEREST Regional de Porto AlegreRua Capito Montanha, 27, 4 andar Edifcio Santa Marta CEP: 90010-140Fone: (51) 3225.2211E-mail: [email protected]

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    CEREST Regio Missioneira IjuRua Irmos Gressler, 144 Bairro: Centro CEP: 98700-000Fone: (55) 3333.4855E-mail: [email protected]

    CEREST Regio Macronorte Palmeira das MissesPraa Nacibe Nacif, 453 CEP: 98300-000Fone: (55) 3742.5714 E-mail: [email protected] / [email protected]

    CEREST Regio Macrosul PelotasRua Feliz da Cunha, 564 CEP: 96010-000Fone: (53) 3227.5217E-mail: [email protected]

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    VIGILNCIA EM SADE DO TRABALHADOR

    7CEREST Regio Centro Santa MariaRua Santiago do Chile, 345 CEP: 97050-001Fone: (55) 3286.2609E-mail: [email protected]

    CEREST Regio do Alto Uruguai ErechimRua Passo Fundo, 615 Bairro: Centro CEP: 99700-000Fone: (54) 3522.6813 E-mail: [email protected] / [email protected]

    CEREST Regio Oeste AlegreteRua General Sampaio, 1679 CEP: 97541-261Fone (55) 3422.7778E-mail: [email protected] / [email protected]

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    CEREST Regio Serra Caxias do SulRua Marechal Floriano, 421 2andar CEP: 95020-370Fone: (54) 3290.4508E-mail: [email protected]

    CEREST Regio Nordeste Passo FundoRua Moron, 1679 CEP: 99010-035Fone: (54) 3313.4874E-mail: [email protected]

    CEREST Regio Vale dos Sinos CanoasRua Dr. Barcelos, 1600 CEP: 92310-200Fone: (51) 8404.1075

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    FUNDAO ESTADUAL DE PRODUO E PESQUISA EM SADE: IPB-LACEN/RS

    8A Fundao Estadual de Produo e Pesquisa em Sade - FEPPS uma entidade com personalidade jurdica de direito pblico. vinculada Secretaria Estadual da Sade e, supervisionada pelo Secretrio de Estado da Sade. A FEPPS foi criada em dezembro de 1994, atravs da Lei n10.349, sancionada pelo ento governador, Alceu Collares. O Estatuto da Fundao foi sancionado em 1995, pelo gover-nador Antonio Britto, e o Plano de Cargos e Salrios aprovado em 2002, na Assembleia Legislativa. A Fundao tem como princpio prestar servios de qualidade em sade pblica, no Rio Grande do Sul, impactando, positivamente na vida e na cidadania da populao gacha.

    A FEPPS executa as polticas pblicas de sade definidas pelo Governo do Estado. A instituio trabalha com o conceito de melhorar a vida das pessoas, pois servios de sade pblica de qualidade so essen-ciais para a sociedade, tranquilidade no emprego, na escola, no lazer, no exerccio pleno da cidadania.

    Atualmente, tem um quadro com cerca de 600 servidores, todos voltados para a excelncia no servio pblico de sade. Os funcionrios esto divididos em duas reas, a administrativa e a tcnica.

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    A FEPPS administra cinco departamentos tcnicos:

    IPB-LACEN Laboratrio Central do Estado; LAFERGS Laboratrio Farmacutico do Rio Grande do Sul; CIT/RS Centro de Informao Toxicolgica; HEMORGS Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul; CDCT Centro de Desenvolvimento Cienttico e Tecnolgico.

    LABORATRIO CENTRAL DO ESTADO IPB-LACEN/RS

    Devido crescente proliferao de doenas transmissveis agudas que surgiram no estado, na primeira metade do sculo XX, como varola, sfilis, tuberculose, difteria, sarampo, raiva humana, tracoma, lepra, escarlatina, dengue, febre tifoide, febre amarela, disenterias, alastrim, bouba, carbnculo, gripe espa-nhola, coqueluche, clera, meningites agudas, peste bubnica, paralisia infantil, varicela, entre outras, as autoridades sanitrias da poca (mdicos, sanitaristas, etc.) deram-se conta da importncia que o Laboratrio de Sade Pblica do Estado vinha obtendo, em relao s pesquisas desenvolvidas no campo de diagnsticos das doenas transmissveis e endmicas na poca. Observaram a necessidade

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    FUNDAO ESTADUAL DE PRODUO E PESQUISA EM SADE: IPB-LACEN/RS

    8da ampliao das instalaes do Laboratrio de Sade Pblica, porque a infraestrutura disponvel na poca no era suficiente nem adequada para a crescente demanda de servios que vinha sofrendo. Estava tornando-se urgente e necessria a institucionalizao do Laboratrio de Sade Pblica, como uma instituio com maior autonomia e verba prpria, devido ao rpido crescimento e avano nas pesquisas em sade.

    Foi nessas condies, com a promulgao da Lei n 314, de 6 de outubro de 1948, artigo 193, inciso III, da Constituio do Estado do Rio Grande do Sul, promulgada pelo ento governador do Estado, Dr. Walter Jobim, que surgiu, institucionalmente, o Instituto de Pesquisas Biolgicas (IPB), chamado de Ins-tituto de Pesquisas Biolgicas Jandyr Maya Faillace Laboratrio Central do Estado do Rio Grande do Sul.

    Em dezembro de 1994, houve uma reorganizao na Sade do Estado, na qual foi criada a Fundao de Produo e Pesquisa em Sade/FEPPS, para administrar algumas instituies de sade, dentre elas o Instituto de Pesquisas Biolgicas do Estado do Rio Grande do Sul/IPB-LACEN/RS. Sendo assim, o IPB-LACEN efetuou, em abril de 2002, sua terceira mudana de prdio e de endereo, instalando-se em uma rea fsica de 3.740 m2, situada Avenida Ipiranga, 5400.

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    Atualmente, o IPB-LACEN/RS atua em consonncia com as aes da Vigilncia em Sade (Vigilncias Sanitria, Epidemiolgica, Ambiental e do Trabalhador), organizando-se em divises:

    1) Diviso de Anlise de Produtos - DAP;2) Diviso de Biologia Mdica - DBM;3) Diviso de Laboratrios de Sade Pblica - DILASP;4) Diviso de Apoio Operacional - DAO;5) Diviso Administrativa;6) Comisso de Qualidade e Biossegurana.

    Misso IPB-LACEN

    Ser referncia Vigilncia em Sade, atendendo ao Sistema nico de Sade nas polticas e programas, realizando anlises laboratoriais, desenvolvendo aes, diagnstico, pesquisa e controle de qualidade de produtos e servios.

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    FUNDAO ESTADUAL DE PRODUO E PESQUISA EM SADE: IPB-LACEN/RS

    8Viso IPB-LACENConquistar reconhecimento, na esfera nacional, como referncia em qualidade de laboratrio, produtos e servios, pesquisa e desenvolvimento em sade, no mbito do SUS.

    Princpios e Valores IPB-LACENRespeito ao cidado;Comprometimento aos princpios do Sistema nico de Sade;Comprometimento com a tica;Garantia da qualidade, em seus produtos e servios;Promoo da evoluo cientfica e tecnolgica;Socializao do conhecimento;Respeito histria institucional.

    A Diviso de Anlise de Produtos, em atendimento competncia legal constante na Portaria n 2.031/GM, de 23 de setembro de 2004, que dispe sobre a organizao do Sistema Nacional de Laboratrios de Sade Pblica, realiza anlises laboratoriais em produtos sujeitos vigilncia sanitria (gua mineral, alimentos, medicamentos, saneantes e cosmticos), anlises de interesse da vigilncia ambiental (gua

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    para consumo humano) e de vigilncia epidemiolgica (amostras de alimentos e gua envolvidos em surtos de toxi-infeco), alm de desempenhar atividades de controle da qualidade analtica da rede estadual, bem como subsidiar a superviso e capacitao tcnica da rede de laboratrios regionais. Est dividida em sees:

    SEO DE ANLISES MICROBIOLGICAS

    Anlises em gua para consumo humano, mineral e de hemodilise; Realiza anlises de alimentos relacionados a surtos de doenas transmitidas por alimentos (DTAs),

    com amostras fiscais e de orientao; Anlises de identificao e contagem de cianobactrias.

    SEO DE CONTAMINANTES

    Com anlises de alimentos industrializados e in natura (anlise de resduos de agrotxicos e pesquisa de micotoxinas).

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    FUNDAO ESTADUAL DE PRODUO E PESQUISA EM SADE: IPB-LACEN/RS

    8 Participa dos Programas, Programa de Monitoramento dos Hortigranjeiros (PARA/ANVISA) do RS e

    do Programa Estadual de Monitoramento da Qualidade Sanitria dos Alimentos (PEMQSA), Pesquisa de Micotoxinas (aflatoxinas), rotulagem em Amendoim e derivados, farinha de milho e rotulagem de erva-mate.

    SEO DE FSICO-QUMICA

    Anlises em amostras de gua para consumo humano, alimentos, saneantes, medicamentos e cosmticos;

    Contempla o Programa Nacional VIGIGUA (fluoreto e turbidez);

    Programa Estadual de Monitoramento dos Teores de Fluoreto em Amostras de gua para Consumo Humano;

    Controle de Qualidade das guas Reagentes da FEPPS/RS;

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    Controle de Qualidade Interlaboratorial entre os Laboratrios Regionais e o Laboratrio Central, com anlise crtica de resultados, anlise de orientao de gua para consumo humano, mineral, hemodilise e amostras ambientais, mediante solicitao de diversos parmetros fsico-qumicos;

    Participa no Programa Interlaboratorial de guas (PIA), coordenado pelo Departamento Municipal de gua e Esgotos (DMAE), de Porto Alegre;

    Controle de Qualidade da gua do prdio do CEVS/RS;

    Suporte Tcnico junto Diviso de Laboratrios de Sade Pblica (DILASP), para anlises de gua realizadas nos Laboratrios Regionais e Capacitaes para tcnicos de Laboratrios Municipais e Tcnicas de outros LACENs;

    Participa dos Programas PANVET, PROMAN, PEMPLAC, PRO-IODO.

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    FUNDAO ESTADUAL DE PRODUO E PESQUISA EM SADE: IPB-LACEN/RS

    8SEO DE MICROSCOPIA E TRIAGEM

    Com anlises em alimentos, guas envasadas e bebidas (identificao de elementos histolgicos e pesquisa de matrias estranhas).

    Receber, triar, encaminhar para anlise laboratorial, nas Sees da DAP, e expedir os Laudos de Anlise das amostras de produtos (gua para consumo humano, guas de hemodilise, alimentos, cosmti-cos, medicamentos e produtos domissaneantes) coletados nas aes de Vigilncia Sanitria (nveis federal, estadual e municipal), que integram os programas de Vigilncia da gua de consumo humano (VIGIGUA), de Vigilncia Epidemiolgica (anlise laboratorial dos alimentos e guas envolvidos em surtos de Doenas Transmitidas por Alimentos - DTA) e de controle de guas de hemodilise, Programa Estadual de Monitoramento da Qualidade Sanitria de Alimentos (PEMQSA), atendimentos de amostras componentes de denncias/reclamaes de consumidores e percias judiciais em produtos, anlise laboratorial das caractersticas sensoriais, macroscpicas e microscpicas, de amostras de alimentos, produtos para a sade e guas de consumo humano.

  • VIGILNCIA EM SADE

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    A Diviso de Biologia Mdica responsvel pelos diagnsticos e anlises dos agravos de interesse em sade pblica, identificao de reservatrios e vetores que os veiculam e execuo de tcnicas com-plementares biomoleculares, em atendimento s necessidades da populao.

    Tem como objetivo principal atender, no seu nvel de gerncia, a Portaria n 2.031, de 23 de setembro de 2004, que dispe sobre a organizao do Sistema Nacional de Laboratrios de Sade Pblica SISLAB, trabalhando em parceria com a Vigilncia em Sade, em especial a Vigilncia Epidemiolgica e a Ambiental.

    SEO DE ANLISES OCUPACIONAIS

    Executa exames de amostras relacionadas aos Programas de Sade do Trabalhador: Chumbo no sangue, Cdmio, Cromo, cido delta-aminolevulnico, Fenol, cido hiprico, cido metil-hiprico, cido mandlico, cido Fenilglioxlico, 2,5 hexanodiona e Creatinina na urina, Colinesterase plasmtica;

    Mantm relao de suporte com a Rede Nacional de Laboratrios.

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    FUNDAO ESTADUAL DE PRODUO E PESQUISA EM SADE: IPB-LACEN/RS

    8SEO DE BACTERIOLOGIA

    Vigilncia Laboratorial dos seguintes agravos:

    Clera Humana, Coqueluche, Difteria, Febre tifoide, Leptospirose, Meningites bacterianas, Sfilis, Surtos de Doenas Transmitidas por Alimentos (DTA), Monitoramento das Doenas Diarreicas Agu-das (MDDA)), Antraz, Bartonela, Botulismo, Brucelose, Legionella, Lyme, Psitacose e Ttano;

    Colaborao interinstitucional junto Rede Nacional de Laboratrios para os agravos;

    Controle de Qualidade em: Hansenase, Sfilis, Bacterioscopia de Meningite;

    Apoio aos hospitais na deteco de microorganismos multirresistentes.

  • VIGILNCIA EM SADE

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    SEO DE MICOBACTRIAS

    Tuberculose e Micobacterioses (Cultura - Meio Slido e Meio Lquido);

    Identificao de espcies de micobactrias;

    Teste de Sensibilidade aos frmacos de 1 linha para o tratamento da Tuberculose (Mtodo das Propores e Automao em Meio Lquido);

    Controle Externo de Qualidade da Baciloscopia (Avaliao Macroscpica e Microscpica de Lmi-nas e Visita Tcnica);

    Capacitao da Rede de Laboratrios de Tuberculose nos Mtodos de Baciloscopia e Cultura;

    Colaborao interinstitucional junto Rede Nacional de Laboratrios.

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    FUNDAO ESTADUAL DE PRODUO E PESQUISA EM SADE: IPB-LACEN/RS

    8SEO DE MICOLOGIA

    Exames micolgicos diretos (a fresco, Potassa, Potassa com Tinta Parker, Nigrosina, homogeneizao e concentrao pela soda custica a 4%);

    Pesquisa de Bacilos lcool cido Resistentes (BAAR) (Ziehl-Neelsen, Kynioun), Bacterioscopia (Colorao de Gram);

    Colorao pela Prata, Micolgico cultural, Hemocultura para fungos;

    Aglutinao de Ltex para Criptococose;

    Colaborao interinstitucional junto Rede Nacional de Laboratrios;

    Identificao de leveduras do gnero Candida, atravs do sistema 32C;

    Identificao de gnero Criptococos, por Polimerase Chain Reaction (PCR).

  • VIGILNCIA EM SADE

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    SEO DE PARASITOLOGIA

    Executa exames para a pesquisa de: Doena de Chagas, Toxoplasmose, Cisticercose, Malria, Esquistossomose, Leishmaniose Visceral Humana, Leishmaniose Visceral Canina, Leishmaniose Tegumentar;

    Colaborao interinstitucional, junto Rede Nacional de Laboratrios, para os agravos: Filariose e Toxocarase.

    SEO DE VIROLOGIA

    O maior nmero de anlises da Seo de Virologia refere-se demanda de acompanhamento de tra-tamento dos pacientes HIV positivos na determinao dos linfcitos CD4 CD8 e da Carga Viral.

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    FUNDAO ESTADUAL DE PRODUO E PESQUISA EM SADE: IPB-LACEN/RS

    8SEO DE RESERVATRIOS E VETORES

    Identificao taxnomica de vetores de agravos, como Dengue, Febre Amarela, Malria, Oncocer-cose, Leishmaniose, Doena de Chagas, Riquetsioses e Esquistossomosse;

    Exame de infeco natural de Triatomneos, Flebotomneos e Planorbdeos;

    Pesquisa da fonte alimentar de Triatomneos;

    Pesquisa cientfica e gerao de conhecimento bibliogrfico, atravs da publicao de artigos e participao em eventos cientficos na rea;

    Colaborao interinstitucional junto Rede Nacional de Laboratrios.

  • VIGILNCIA EM SADE

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    A Diviso de Laboratrios de Sade Pblica DILASP atua na coordenao e superviso das ativi-dades dos dezesseis Laboratrios Regionais de Sade Pblica (LR) pertencentes FEPPS e dos trs Laboratrios de Fronteira (LAFRON), situados na rea da sade que representada por dezenove Co-ordenadorias Regionais.

    Os Laboratrios Regionais (LR) so Sees da DILASP/IPB-LACEN/RS, localizadas no interior do Esta-do em Pelotas, Santa Maria, Caxias do Sul, Passo Fundo, Bag, Cachoeira do Sul, Cruz Alta, Alegrete, Erechim, Santo ngelo, Santa Cruz do Sul, Santa Rosa, Palmeira das Misses, Lajeado, Iju e Osrio. Os Laboratrios de Fronteira (LAFRON) esto situados em So Borja, Uruguaiana e Santana do Livramento, atuando sob gesto municipal e coordenao tcnica do IPB-LACEN/RS. A Diviso de Apoio Operacional realiza atividades tcnicas que contribuem para o desenvolvimento de rotinas e diagnsticos realizados nos laboratrios em geral. Atende as Sees/os laboratrios de toda a Instituio (IPB-LACEN), os 16 Laboratrios Regionais de Sade no interior do Estado, alm de colaborar com LAFERGS, HEMORGS, CDCT e Hospital Sanatrio Partenon. As aes desenvolvidas pela Diviso beneficiam, indiretamente, os pacientes e as Vigilncias Sanitria e Epidemiolgica de todo o Estado do Rio Grande do Sul.

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    FUNDAO ESTADUAL DE PRODUO E PESQUISA EM SADE: IPB-LACEN/RS

    8COMISSO DE QUALIDADE E BIOSSEGURANA

    SISTEMA DE GERENCIAMENTO DA QUALIDADE

    Gerenciamento de qualidade um processo de melhoramento empresarial baseado na reduo cont-nua de custos, no aumento da produtividade, na melhoria da qualidade, itens que so essenciais para as organizaes se manterem em operao.

    A qualidade se transformou na mais importante arma competitiva, e muitas organizaes esto con-vencidas de que o Gerenciamento de Qualidade o modo de gerncia do futuro.

    Em suas aplicaes, vai mais alm que apenas garantir a qualidade do produto ou do servio: uma maneira de gerenciar os processos da empresa para assegurar a completa satisfao do cliente em cada etapa, tanto internamente como externamente.

  • VIGILNCIA EM SADE

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    COMISSO INTERNA DE BIOSSEGURANA - CIBIO IPB-LACEN/RS

    Representa a estrutura do Sistema de Gesto em Biossegurana SGB, sendo de natureza consultiva, normativa, educativa, deliberativa e responsvel pela definio de diretrizes, acompanhamento e ava-liao do funcionamento do SGB e diretrizes em Biossegurana relacionados aos servios prestados pela Instituio.

    Nesse contexto, o IPB-LACEN/RS adota um conjunto de aes destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar os fatores de risco e as atividades que possam comprometer a sade humana, animal e vegetal, o meio ambiente e a qualidade do trabalho realizado.

    GAL - GERENCIADOR DE AMBIENTE LABORATORIAL

    O acesso ao Sistema GAL feito atravs do link: gal.fepps.rs.gov.br No digite www.

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    FUNDAO ESTADUAL DE PRODUO E PESQUISA EM SADE: IPB-LACEN/RS

    8Tambm poder ser feito pelo endereo eletrnico http://www.lacen.rs.gov.br

    recomendada a utilizao do navegador Mozilla Firefox, gratuito, permitindo maior confiabilidade, estabilidade e velocidade de acesso das informaes.

    O GAL um sistema de informaes que monitora todo o processo laboratorial, desde o cadastro da amostra at a impresso do laudo, pelo usurio. Ressaltamos que o GAL permitir um grande avano nas aes de Vigilncia em Sade, frente s demandas de Biologia Mdica Humana, em especial dos agravos de Notificao Compulsria e de gua Para Consumo Humano. Ratificamos o elevado salto na qualidade, com a efetivao do GAL, pois essa ferramenta ir proporcionar:

    - A gesto da Rede de Laboratrios de Sade Pblica, desde a solicitao de exames at a emisso de laudos, padronizados conforme normas de qualidade e legislao vigente;

    - Garantia na rastreabilidade e confiabilidade dos resultados gerados nas anlises, atravs de um ca-dastro unvoco das amostras identificadas durante todo o processo laboratorial;

  • VIGILNCIA EM SADE

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    - Informaes, em tempo real, de doenas de notificao compulsria (DNC), atravs do diagnstico dos resultados dos exames laboratoriais ao SINAN (em implantao);

    - Acesso imediato e impresso de resultados, via web, no Sistema GAL, com atendimento integral dos requisitos de segurana necessrios (assinatura digital);

    - Auxlio nas tomadas de decises de Vigilncia em Sade e gerncias dos LACEN e demais orgos de sade, nos diversos nveis: municipal, estadual e federal;

    - Sensvel melhoria na articulao poltico-administrativa junto aos municpios, tendo em vista a otimi-zao na capacidade de resposta na rea de Vigilncia Laboratorial em Sade.

  • 9 GESTO DA VIGILNCIA EM SADE: CONTRIBUIES PARA A GESTO MUNICIPAL

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    GESTO DA VIGILNCIA EM SADE:CONTRIBUIES PARA A GESTO MUNICIPAL 9

    A gesto do Sistema Nacional de Vigilncia em Sade se d de forma compartilhada entre Unio, Esta-dos e Municpios, e as atividades compartilhadas entre os trs entes federados, pactuadas na Comisso Intergestores Tripartite (CIT); entre estados e municpios, na Comisso Intergestores Bipartite (CIB); e entre municpios, nas regies de sade, nas Comisses Intergestores Regionais (CIR), tendo por base a regionalizao, a rede de servios e as tecnologias disponveis.

    Considerando, ainda, toda a legislao federal e estadual sobre o tema, cujos principais componentes esto disponibilizados nesta publicao, sero relacionados alguns aspectos fundamentais para a es-truturao e o desenvolvimento das aes de vigilncia em sade, nos municpios.

    I. Competncias e Atribuies

    Na configurao do SUS, cabe ao municpio o papel de principal executor das aes de sade. Afora as demais competncias e atribuies, no que se refere especificamente Vigilncia em Sade, cabe ao Municpio a gesto do componente municipal do Sistema Nacional de Vigilncia em Sade, incluindo, alm daquelas descritas anteriormente e outras aqui no especificadas, as seguintes:

  • VIGILNCIA EM SADE

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    Notificao de doenas; Investigao e vigilncia epidemiolgica; Busca ativa de casos; Busca ativa de declaraes de bito e nascidos vivos; Controle de doenas; Monitoramento da qualidade da gua; Controle de vetores e reservatrios; Controle da populao de animais que representem risco sade humana; Vacinao; Aes bsicas de vigilncia sanitria; Gesto dos sistemas de informao no mbito municipal; Capacitao; Pactuao de aes no mbito da CIB e CIR; Participao no financiamento.

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    GESTO DA VIGILNCIA EM SADE:CONTRIBUIES PARA A GESTO MUNICIPAL 9

    A descrio completa das atribuies encontra-se na seo IV, do captulo III Da Gesto dos Sistemas, na Portaria n 3.252/09, do Ministrio da Sade. A relao das aes bsicas de Vigilncia Sanitria so descritas nas Resolues CIB/RS n 30/04, CIB/RS n 44/05 e CIB/RS n 140/07.

    No que se refere Sade do Trabalhador, compete ao municpio:

    Garantia do atendimento ao acidentado do trabalho e ao suspeito ou portador de doena profis-sional ou do trabalho, dentro dos diversos nveis da ateno, tendo a ateno bsica e os servios de urgncia/emergncia como portas de entrada no sistema, assegurando todas as condies, quando necessrio, para o acesso a servios de referncia;

    Implementao da notificao dos agravos sade, na rede de ateno do SUS, e dos riscos relacionados com o trabalho, alimentando regularmente o sistema de informaes dos rgos e servios de vigilncia, assim como a base de dados de interesse nacional;

  • VIGILNCIA EM SADE

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    Estabelecimento de rotina de sistematizao e anlise dos dados gerados na assistncia sade do trabalhador, de modo a orientar as intervenes de vigilncia, a organizao das aes em sade do traba


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