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1 - INTRODUÇÃO
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Tereza Cristina – Ensino
Fundamental e Médio, primeiramente encontra-se amparado legalmente pela LDB – Lei
9394/96, onde determina que os estabelecimentos de ensino incumbir-se-ão da
elaboração e execução de sua proposta pedagógica.
Em seu cumprimento o coletivo escolar elaborou o documento de acordo com
as Políticas Educacionais da SEED e das Diretrizes Curriculares da Educação Básica do
Estado do Paraná, visando concretizar o acesso ao conhecimento escolar para todos,
principalmente aos alunos das camadas socialmente menos favorecidas.
Inicialmente o documento traz dados históricos, de identificação, de
organização institucional, física e humana da Escola. Mostra a realidade escolar e da
comunidade. Apesar de ser um documento flexível apresenta um referencial teórico-
metodológico a ser desenvolvido na prática pedagógica como meta a ser efetiva.
A proposta construída coletivamente dá um norte tanto para a ação dos
educadores, como para os demais profissionais da educação. Pois o trabalho educacional
desenvolvido na escola precisa estar bem articulado, com ações entrelaçadas na
perspectiva de garantir uma escolarização que promova a construção de conhecimentos
necessários aos educandos, futuros cidadãos.
O documento apresenta ainda a Proposta Pedagógica Curricular das disciplinas
com o propósito de fundamentar o trabalho pedagógico na escola. As propostas foram
organizadas de acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação Básica.
Cada disciplina é composta por fundamentos teórico-metodológicos, por conteúdos
estruturantes e básicos e avaliação.
O Projeto Político Pedagógico do colégio busca contribuir para o fortalecimento
da Escola Pública no cumprimento de sua função social, a de incluir os sujeitos
historicamente excluídos da educação, oportunizando um conhecimento que os façam
compreender a sociedade em que vivem e suas contradições, tornando-os conscientes da
sua realidade e do seu papel na transformação dessa sociedade, construída com valores
verdadeiros de democracia, justiça e solidariedade.
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2 - JUSTIFICATIVA
A elaboração do Projeto Político Pedagógico oportunizou a discussão e a
reflexão de concepções teórico-metodológicas pelo coletivo escolar. Em consenso foram
sistematizados os estudos, os quais se configuram em um documento de suma
importância para atingir os fins e objetivos educacionais, defendidos pelos profissionais do
Colégio Estadual Tereza Cristina – Ensino Fundamental e Médio.
A Escola Pública atualmente precisa resgatar seu compromisso com sua função
social que é ensinar, dar acesso ao conhecimento para todos, principalmente para os
alunos das classes menos favorecidas. Esse compromisso requer empenho e uma prática
educativa voltada a promover a aprendizagem a todos igualmente, independente de sua
condição social e econômica, pertencimento étnico e cultural e necessidades especiais.
A ação pedagógica dos educadores, só conduzirá a esse compromisso, se
cada qual considerando as especificidades de sua disciplina sistematizar os
conteúdos/conhecimentos a partir dos fundamentos/concepções defendidos no Projeto
Político Pedagógico da escola.
Dentro dessa perspectiva é que nossa proposta se traduz em um documento
em que será reavaliado, discutido e reelaborado periodicamente com a intenção de situar
os profissionais dessa escola quanto aos procedimentos necessários para corrigir seus
objetivos/caminhos na sua efetivação.
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3 - IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO Colégio Estadual Tereza Cristina – Ensino Fundamental e Médio
Código: 00233
Endereço: Rua São Paulo nº 316,
Distrito de Alto Alegre
Fone/Fax: (44) 3340 1121
Município
Colorado – Paraná – Código: 0590
E-mail: [email protected]
- DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
Secretaria de Estado da Educação – SEED – Código:
- NRE
Núcleo Regional de Educação – Maringá – Código: 019
– ENTIDADE MANTENEDORA
Governo do Estado do Paraná
– ATO DE AUTORIZAÇÃO DO COLÉGIO
Autorização de Funcionamento – Resolução nº 1616 – DOE de 08/07/1982
– ATO DE RECONHECIMENTO DO COLÉGIO
Reconhecimento do Estabelecimento – Resolução nº 4218 – DOE: 13/10/1986;
Reconhecimento do Curso – Ensino Fundamental – Resolução nº 4218 – DOE de
13/10/1986;
Reconhecimento do Curso – Ensino Médio – Resolução nº 1056 – DOE de 12/05/2003.
– ATO DA RENOVAÇÃO DO RECONHECIMENTO DO COLÉGIO
Ato da Renovação do Reconhecimento do Ensino Fundamental – Resolução nº 1567/03.
– ATO ADMINISTRATIVO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR Nº 053/2009
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mailto:[email protected]
-
3.1 - HISTÓRICO DO COLÉGIO
O Colégio foi fundado como Escola Rural, construída em prédio de madeira no
Governo Moisés Lupion e do Prefeito Arcilio Frankini, no ano de 1960. Nesta época a
responsabilidade pela escola era da Inspetoria Auxiliar de Ensino, tendo como Inspetor
Auxiliar o senhor Walter Afonso Fuso.
Em 1969 foi construído o prédio de alvenaria e passou a chamar-se Casa Escolar
Tereza Cristina de acordo com o Decreto 1.203 de 30/12/1971.
Já em 1982 foi criada a extensão de 5ª a 8ª Séries da Escola Cecília Meireles de
Colorado, autorizada a funcionar de acordo com a Resolução nº 2.207/83, passou a
denominar-se Escola Estadual Tereza Cristina – Ensino de 1º Grau, cujo Curso de 1º
Grau – Regular foi reconhecido de acordo com a Resolução nº 4218/86 – DOE de
13/10/1986.
A partir de 1993 teve suas atividades de 1ª a 4ª Séries, cessadas pela Resolução
nº 4992/92 de 18/12/1992, sendo municipalizada com o nome de Escola Municipal Pedro
Francisco de Alcantâra – Ensino de 1º Grau, mantida pela Prefeitura Municipal de
Colorado, na administração do Prefeito Cláudio Ártico. Permanecendo apenas com o
Ensino Fundamental de 5ª a 8ª Séries.
No ano de 1994, de acordo com a Resolução nº 3345/94, fica autorizado o
funcionamento do Ensino de 2º Grau, Curso Auxiliar de Contabilidade.
Desde então, a escola passou a denominar-se Colégio Estadual Tereza Cristina –
Ensino de 1º e 2º Graus, respondendo pelo cargo de direção a Professora Catarina
Monteiro Rodel, que iniciou no cargo de Direção em Fevereiro de 1989 e permaneceu até
31 de Dezembro de 1997, assumindo o cargo em Janeiro de 1998 a professora Alcione
Malezan.
O Curso de Auxiliar de Contabilidade foi reconhecido através da Resolução nº
3077/97 – DOE de 30/09/1997, para fins de cessação gradativa de suas atividades
escolares a partir do ano de 1997.
Devido ao termo de Adesão ao PROEM firmado pelos legítimos representantes
desse Estabelecimento, o Curso de 2º Grau – Educação Geral foi autorizado a funcionar
com implantação gradativa a partir de 1997, de acordo com a Resolução nº 2341/97,
tendo seu prazo de autorização prorrogado por mais dois anos, onde seu reconhecimento
se encontra em tramitação.
Em 1998, determinado o início da implantação da Reforma do Ensino Médio no
Estado do Paraná, conforme Resolução nº 3492/98 – SEED e considerando a nova LDB
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nº 9394/96, o Colégio passou a denominar-se Colégio Estadual Tereza Cristina – Ensino
Fundamental e Médio, conforme Resolução Secretarial nº 3120/98 – DOE de 11/09/98 e,
iniciando-se assim a partir de 1999, a implantação gradativa da nova reforma do Ensino
Médio.
Em Novembro de 1999 a diretora Alcione Malezan pediu remoção e atendendo a
solicitação de professores, alunos, pais, funcionários através de um abaixo-assinado, com
a permissão de NRE de Maringá e SEED, retornou ao cargo de direção em 02 de Janeiro
de 2000 a Professora Catarina Monteiro Rodel, RG 3.456.546-9, através da Portaria nº
71/00 – DOE – 18/04/00.
No mês de junho do ano de (2001) dois mil e um a professora Catarina Monteiro
Rodel pede transferência para a cidade de Maringá, de acordo com a disponibilidade de
vagas, assim de acordo com o interesse e apoio unânime dos professores e funcionários
deste estabelecimento de ensino, e com a permissão do Núcleo Regional de Educação e
SEED, assume o cargo de Direção a Professora Sandra Cristina Balestero, RG
3.702.377-9.
Em outubro de (2001) dois mil e um, a professora Sandra Cristina Balestero
candita-se ao cargo de diretora, vence as eleições e no dia vinte e um de janeiro de dois
mil e dois toma posse pela Resolução nº 3069/01, de 21/12/01, em face de escolha
precedida conforme Decreto nº 4313/01, de 27 de junho de 2001.
Em cinco de janeiro de (2004) dois mil e quatro a professora Sandra Cristina
Balestero comparece no Núcleo Regional de Educação de Maringá para tomar posse pela
Resolução nº 4254/03 de dezoito de dezembro de dois mil e quatro, em face de escolha
precedida conforme Lei Estadual nº 1431 de vinte e sete de novembro de dois mil e três.
Em novembro de (2005) dois mil e cinco, lança-se candidata novamente e no dia
25/11/2005 ganha as eleições obtendo 98,2% dos votos, essa gestão estendeu-se até
2008. Ano este em que houve novas eleições e mais uma vez a professora Sandra
Cristina Balestero, canditada-se ao cargo de diretora, elegendo-se para mais uma gestão,
até (2011) dois mil e onze.
3.2 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
MODALIDADE DE ENSINO:
- Ensino Fundamental – Séries Finais
- Ensino Médio
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3.3 - ESTRUTURA DA ESCOLA
Número de Turmas: 11
Número de Alunos: 354
Número de Professores: 25
Número de Pedagogas: 03
Número de Funcionários: 09
Número de Diretor: 01
Número de Salas de Aula: 09 e 02 são cedidas pelo município
3.4 - REGIME ESCOLAR
O regime escolar é anual, dividido em dois semestres, contemplando os
processos de promoção do aluno seja por meio de classificação ou reclassificação
conforme a e Deliberação nº 09/2001 e instrução de 02/2009 SEED/SUD/CDE. Instrução
Especial de .Reclassificação 020/2008 SUED/SEED.
3.5 - TURNO DE FUNCIONAMENTO
O Colégio Estadual Tereza Cristina – Ensino Fundamental e Médio, funciona em
dois turnos – diurno e noturno. No período da tarde funciona nos dias que são realizados
os projetos do Programa Viva Escola.
- Período da Manhã: 11 turmas: 8 turmas de Ensino Fundamenta (2 turmas
cada série) e 3 turmas de Ensino Médio (uma turma cada série).
- Período da Tarde: Programa Viva Escola: - 4 Projetos:
- Xadrez na Escola;
- Dança;
- Voleibol Como Elemento Socializador na Escola
- Preparatório para o Vestibular
- Período da Noite: 3 turmas de Ensino Médio (uma turma cada série).
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3.6 - CONSTITUIÇÃO FÍSICA DA ESCOLA
O colégio conta com as seguintes dependências:
− uma biblioteca
− uma secretaria
− uma sala de direção
− uma sala da equipe pedagógica
− uma sala de professores
− uma sala de hora atividade
− um laboratório de informática
− um laboratório de ciências
− uma sala de jogos
− um almoxarifado
− uma cozinha
− um refeitório (pátio coberto)
− um depósito de alimentos
− uma quadra de esportes coberta
− quatro sanitários para alunos: 02 masculinos e 02 femininos
− três sanitários para professores: 01 masculino e 02 femininos
− nove salas de aulas
3.7 - PERFIL DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA
3.7.1 - Direção
A Direção é o órgão que preside ao funcionamento dos serviços escolares no
sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais deste estabelecimento de
ensino.
O seu papel exerce forte influência sobre todos os setores da escola. É do seu
desempenho e de sua habilidade que depende, em grande parte, a qualidade do
ambiente, clima escolar e também a qualidade do processo ensino-aprendizagem.
Compete ao Diretor aplicar as normas, procedimentos e medidas
administrativas. Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor e administrar o
patrimônio escolar em conformidade com a lei vigente. Convocar e presidir reuniões,
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elaborar os planos de aplicação financeira, organizar e articular todas as unidades
componentes da escola, articulação escola/comunidade, formulação de normas,
regulamento e adoção de medidas condizentes com os objetivos e princípios
propostos, supervisão e orientação a todos aqueles a quem são delegadas
responsabilidades, etc.
3.7.2 - Professoras Pedagogas
As professoras pedagogas do colégio fundamentadas na concepção do
Materialismo Histórico Cultural, na prática buscam uma atuação consciente do seu papel
na organização do trabalho pedagógico, com vistas ao compromisso na concretização da
função social da escola pública.
Dessa forma considera-se nesse colégio que o pedagogo atue na mediação
das ações pedagógicas, do planejamento e da avaliação, podendo assim garantir as
camadas populares o ingresso na cultura letrada, assegurando conhecimentos que sirvam
de instrumentos de luta na sua atuação na sociedade. (Saviani 1995)
O trabalho do pedagogo deve permear todo trabalho educativo escolar, como é
bem situado por Libâneo ao dizer:
Pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas a organização e aos processos de transmissão e assimilação ativa de saberes e modos de ação, tendo em vista objetivos de formação histórica. Em outras palavras, pedagogo é um profissional que lida com fatos, estruturas, contextos, situações, referentes à prática educativa em suas várias modalidades e manifestações. (Libânio, 1996, p.)
3.7.3 - Agente Educacional I
Os profissionais desse setor atuam na manutenção e preservação da limpeza e
da merenda escolar do estabelecimento de ensino. Efetuam a limpeza do ambiente
escolar, mantendo as instalações em perfeito funcionamento. Preparam e servem a
merenda escolar, mantendo o controle da quantidade e da qualidade. Conservam o local
de preparação da merenda em boas condições de trabalho e vestem-se adequadamente
para sua função.
3.7.4 - Agente Educacional II
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Compete ao secretário (a) cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus
superiores, redigir correspondência, organizar e manter em dia a coletânea de leis,
regulamentos, diretrizes, ordens de serviços, circulares, resoluções e demais
documentos. Organizar e manter em dia o protocolo, arquivo escolar e o registro de
assentamentos dos alunos, da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno, da
autenticidade dos documentos escolares.
3.8 - CALENDÁRIO ESCOLAR
O Calendário Escolar deverá seguir rigorosamente o artigo 24, inciso I da Lei de
Diretrizes e Bases, onde estabelece “a carga horária mínima anual será de oitocentas
horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o
tempo reservado aos exames finais quando houver”.
As Reuniões Pedagógicas, assim como os Conselhos de Classe realizados
bimestralmente durante o ano letivo, acontecerão sem prejuízo da carga horária, acima
citada. O calendário de 2011 segue em anexo.
4 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA
4.1 – FILOSOFIA DO COLÉGIO
O movimento histórico vivenciado no contexto educativo escolar, aponta para
uma Filosofia de Educação que contemple todas as dimensões do ser humano enquanto
sujeito inserido em um determinado contexto.
A escola busca uma prática organizada a partir da realidade do sujeito,
refletindo sobre esta dentro do processo histórico, objetivando a conscientização de seus
problemas e das necessidades de transformação dos valores individuais e coletivos
intrínsecos a sociedade atual.
Embasada por esta Filosofia de trabalho tem-se a finalidade, ações pautadas
na democracia, no respeito, no trabalho sistematizado dos conteúdos disciplinares e na
compreensão crítica dos conhecimentos.
Um dos aspectos que deve ser considerado pelos educadores sobre a prática
pedagógica, está inicialmente em compreender que deve estar embasada em uma teoria,
em uma filosofia, numa concepção de mundo, de educação e de homem que se pretende
formar.
Existe uma contradição entre o discurso e a prática pedagógica. Essa
contradição no espaço escolar é o reflexo dos conflitos de interesses presentes na
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-
realidade social. As classes sociais anseiam por interesses diferentes. Enquanto alguns
desejam a manutenção do status quo, outros querem a transformação da atual estrutura
social.
Nesse contexto está inserido o trabalho dos profissionais da educação,
conscientes da relação de poder presentes na sociedade. Frente a essa realidade a
atuação docente não pode ser sem intencionalidade. O desafio que se coloca aos
educadores é o de criar condições necessárias para o surgimento de uma nova
concepção de homem, materializada em cidadãos conscientes da realidade em que
vivem, solidários, organizados, justos e capazes de superar o individualismo.
Cabe a escola relacionar-se com o aluno de modo que possibilite expor sobre
seu cotidiano, seus conhecimentos, seus desejos e medos. Considerá-lo como sujeito de
sua história, possibilitando assim a construção de sua identidade e subjetividade.
Para Libâneo (1994), é através do domínio de conteúdos científicos, de
métodos de estudo e hábitos de raciocínio científico que os alunos poderão formar
consciência crítica frente às realidades sociais, e assim terão capacidade de assumir no
conjunto das lutas sociais a sua condição de agentes ativos das transformações sociais e
de si próprios.
Atualmente a sociedade exige mudanças na estrutura escolar. Assumindo uma
abordagem em que os alunos tenham a capacidade de investigação de forma a criar
condição para o processo de educação permanente.
A escola é parte inseparável da sociedade, deve portanto buscar uma ação
coletiva aberta à inclusão e à diversidade, e através do conhecimento científico formar
sujeitos críticos, capazes de atuarem na sociedade de forma a garantir o reconhecimento
de seus direitos e deveres como cidadãos.
4.2 – CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
A sociedade atual apresenta conflitos de classe, religiosos, culturais e políticos.
Sua estrutura econômica é organizada dentro do sistema capitalista. Pauta-se por
políticas e condições desiguais, perpetuando assim seu mecanismo de reprodução em
todos os aspectos. Em contra partida as minorias ao longo da história ficaram a margem
dos avanços econômicos, políticos, sociais e tecnológicos. Aos poucos as minorias
conquistaram voz e vez na sociedade. Conquistaram seus espaços, com luta é claro, e
estão com seus direitos reconhecidos na forma da lei.
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Esse pequeno avanço é o começo para a construção de um novo ideal de
sociedade, que trilha o caminho da diversidade, da inclusão, da democracia e do respeito
pelo outro. A escola como instituição pública e de formação busca trilhar pelo mesmo
caminho objetivando a transformação dessa sociedade.
Dentro dessa perspectiva a sociedade precisa assumir o compromisso
econômico, político e social de garantir a todas e a todos o direito de acesso e
permanência à escolarização, ao saber sistematizado, enfim ao conhecimento acumulado
historicamente pela humanidade.
4.3 – CONCEPÇÃO DE HOMEM
Ser em processo permanente de autoconhecimento e crescimento, que
transforma e é transformado. Participante ativo na construção da história e do
conhecimento, devendo ser solidário nas relações com a natureza, com seus
semelhantes, na busca constante da harmonia consigo mesmo e com o mundo.
Um ser que interroga a vida continuamente e se pergunta pelo significado
fundamental do próprio fato de existir. A resposta do homem sempre ocorre dentro de um
contexto histórico. Se nos voltarmos à antiguidade grega, vamos verificar que, em
verdade, a filosofia da essência não implicava maiores problemas lá, e a pedagogia que
decorria dessa filosofia por sua vez não implicava problemas políticos muito sérios na
medida em que o homem, o ser humano, era identificado com o homem livre, o escravo
não era ser humano.
No entender de Freire (1995) toda ação educativa deverá ser precedida por
uma reflexão sobre o homem e uma análise de seu meio de vida, ele argumenta que o
homem não se reduz aos limites do tempo e do espaço. Suas raízes não deve ser
problema de desenvolvimento. Ele é sujeito por vocação o que lhe permite ultrapassar os
limites do tempo e se lançar num domínio que lhe é exclusivo: construir sua história e sua
cultura. Freire remarca que o caráter pedagógico da opressão pode ser sentido quando
analisa o papel da educação na vinculação dos modelos culturais dominantes. Na sua
obra podemos acompanhar a análise da educação como veículo de dominação através
de dois eixos: a educação bancária e o papel estratégico do sistema educativo no
processo de reprodução cultural.
FREIRE (1995) toma o conceito de cultura como essencial para introduzir uma
concepção de educação que seja capaz de formar sujeitos ativos, criativos, críticos, que
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-
se reconheçam como agentes atuantes, que influenciam e são influenciados pela sua
realidade social.
FREIRE (1995) ao pensar no homem, o vê não como um ser puramente
biológico do termo. Ele se reporta constantemente à importância da cultura como
invenção do homem, como forma de escrever sua própria história. Na perspectiva
freiriana a cultura vai significar a transfiguração expressiva de realidades vividas,
conhecidas, reconhecidas e identificáveis cujas interpretações podem ser feitas por todos
os membros de uma formação histórica particular.
A educação é fator de coesão social e sua tarefa é a de mostrar ao indivíduo
sua função no todo social. A educação não é preparação para a vida adulta, mas é a vida
em processo. Freire, privilegia a herança cultural e pela experiência adquirida através da
linguagem os indivíduos criam, recriam, integram-se no seu contexto, respondem aos
desafios transcendem e dominam sua história e sua cultura. Essas integrações fazem
criar as raízes de sua identidade. Na sua concepção o homem faz a cultura. Em toda sua
obra Freire tem a preocupação de situar o homem como criador da história e da cultura.
O homem, ou, ser humano, para não usarmos uma linguagem sexista, é um ser
inacabado, que se constitui ao longo de sua existência social (PINTO, 1994), sendo,
portanto “um sujeito histórico, que se diferencia dos outros animais pelo trabalho”.
Entendendo o sujeito tanto físico como social, temos a intenção de desenvolver
no aluno a consciência e o sentimento de pertencer a Terra, de modo que possa
compreender a interdependência entre os fenômenos e seja capaz de interagir de
maneira crítica e consciente com seu meio natural e social.
Queremos ser e formar homens livres, críticas, altruístas sonhadoras, criativas
espirituais, sábias comprometidas consigo mesma, com a natureza e com a formação de
uma humanidade livre e consciente, desejando atuar como agentes ativos na criação do
outro mundo possível.
Queremos ser e formar homens que dialogam, partilham, conviva com o
diferente, se colocam no lugar do outro, com seu jeito próprio, seu estado de vida e que
se sintam ligadas umas às outras, comprometendo-se entre si e com os demais seres do
universo.
A educação não pode ser reduzida à transmissão dos conhecimentos escolares
nem somente pela “matéria” do ensino (aquilo que se ensina), mas devem levar em
consideração também, as condições sociais que concretamente pertencem ao ato
educativo.
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Assim, não podemos considerar o conteúdo da educação como algo estático,
mas como sendo dinâmico, histórico e dialético.
A discussão a ser travada em torno de uma educação que visa à transformação
da realidade social brasileira, precisa ser entendida não de modo abstrato, desligado da
realidade histórico cultural do sujeito sem privilegiar uma elite e a desigualdade social,
mas deve refletir sobre os objetivos mais gerais da sociedade, ou seja, os interesses das
massas populares. O conteúdo da educação deve ser popular, assim como a ideologia do
desenvolvimento nacional deve ser expressão e fenômeno das massas populares.
O homem é fruto de um processo histórico, considerado um ser único e
singular, que apresenta uma bagagem cultural e valores construídos desde o seu
nascimento.
Com idéias diferentes uns dos outros, mas que coletivamente formam a
sociedade na qual pertence, atua e transforma.
4.4 - CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
Os estudos revelam que desde as sociedades primitivas os seres humanos em
seus grupos de convivência utilizavam sistemas externos de transmissão de suas
conquistas históricas para garantir a sobrevivência das novas gerações.
Esse processo de aquisição e de transmissão de conhecimentos denomina-se,
processo de Educação.
Nas sociedades primitivas a aprendizagem dos novos membros da
comunidade acontecia de forma direta, mediante a participação das crianças nas
atividades da vida adulta.
Ao longo dos anos e com o acelerado desenvolvimento histórico, os processos
de socialização dos conhecimentos aos jovens foram modificados. Surgem assim
diferentes formas de educação, através de tutores, preceptores, escolas religiosas e
laicas.
Nesse momento histórico se faz necessária uma educação sistematizada, em
que a preparação das novas gerações para a participação no mundo do trabalho precisou
da intervenção de uma instância específica, como a escola.
Dentro desse contexto a educação sistematizada veio revestida de concepções,
intenções e ideologias. As quais sempre serviram para projetar os cidadãos que a
sociedade precisa, contribuindo não só para transmitir conhecimentos, mas para atuar na
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“... formação de disposições, atitudes, interesses e pautas de comportamento as quais
deviam ajustar-se às exigências dos postos de trabalho “(Gomes, 2000. p.15).
Para FREIRE (1997, pag. 91):“Ninguém educa ninguém, como tampouco Ninguém se educa a si mesmo: Os homens se educam em comunhão, “Mediatizados pelo mundo.”
A Educação como processo se desenvolve a partir da realidade concreta dos
sujeitos, ficando a cargo do Sistema Educacional os referenciais: - para que educar?
O atual objetivo de educação está comprometido em romper com as
concepções e propósitos do passado. No passado a proposta de educação era adaptar os
sujeitos aos moldes necessários para a reprodução dos valores, conhecimentos e formas
de relação da sociedade vigente.
Busca-se uma Educação Progressista, como FREIRE (1997) coloca, que seja
capaz de desenvolver a impaciência, a vivacidade, os estados de procura da invenção e
da reivindicação, que forme cidadãos que superem sua compreensão ingênua da
realidade social.
4.5 - CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
KANT (1980) já escrevia, no fim do século XVIII:
“ O homem é a única criatura que precisa ser educada (...) Por ser dotado de instinto, um animal. Ao nascer, já é tudo o que pode ser; uma razão alheia já cuidou de tudo para ele. O homem, porém, devia servir-se de sua própria razão. Não tem instinto e deve determinar ele próprio o plano de sua conduta. Ora, por não ter de imediato, capacidade para fazê-lo, mas, ao contrário, entrar no mundo, por assim dizer, em estado bruto, é preciso que outros façam por ele (...).”
Sendo o conhecimento um processo humano, histórico, incessante, de busca e
compreensão, de organização, de transformação do mundo vivido, tem origem na prática
do homem e nos processos de transformação da natureza. Só o homem, por ser
pensante, pode ser sujeito: somente ele pode desejar a mudança, porque só a ele lhe
falta a plenitude. Portanto, respeitar a caminhada de cada sujeito de um determinado
grupo é uma aprendizagem necessária e fundamental numa vivência dentro de uma
perspectiva interdisciplinar, sendo necessário eliminar as barreiras que se criam entre as
pessoas para estabelecimento de uma relação dialógica.
Hoje o que transparece, é o sentimento de renovação, que é cada vez mais
intenso. Popularmente, o termo conhecimento se confunde com informação ou noção,
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-
contudo numa concepção contemporânea, conhecer é apropriar-se de um objeto
mentalmente. A faculdade básica do conhecimento é a inteligência, que
etimologicamente, deriva de intus (dentro) e legere (ler). Alguns educadores acreditam
que o conhecimento vem de uma concepção inatista, ou seja, a capacidade de pensar é
inata, o sujeito já nasce com ela e independe dele. Tudo está dado no DNA do individuo.
Outros acreditam que a razão, a verdade, as idéias racionais são adquiridas por
nós através da experiência. Antes da experiência, pensam eles, nossa razão seria como
folha em branco. É necessário que os educadores tenham conhecimento que só poderão
intervir adequadamente e garantir que construam o conhecimento de forma sistematizada
se conseguirem desapegar-se da velha prática de expor um conjunto de informações sem
levar em conta os conhecimentos prévios e o significado dos conteúdos para seus alunos.
Segundo Vigotsky para que esta apropriação do conhecimento exista é
fundamental a mediação de indivíduos, sobretudo das mais experientes do seu grupo
cultural. Construir conhecimentos implica numa ação partilhada, já que é através dos
outros que as relações entre sujeito e objeto de conhecimento são estabelecidas.
Ainda segundo Vigotsky, existe uma zona de desenvolvimento próximo, dada
pela diferença existente entre o que um aluno pode fazer sozinho e o que pode fazer ou
aprender com ajuda dos outros. O conhecimento não pode advir de um ato de “doação”
que o educador faz ao educando, mas sim de um processo que se realiza no contato com
o mundo vivenciado, o qual não é estático, mas dinâmico e em transformação contínua,
pois é dessa forma que os homens se descobrem como seres históricos. Portanto a
escola será um – entre muitos outros – dos ambientes que será possível adquirir
conhecimento.
Em síntese, uma prática escolar baseada nesses princípios deverá
necessariamente considerar o sujeito ativo (e interativo) no seu processo de
conhecimento, já que ele não é visto como aquele que recebe passivamente as
informações exterior a ele. Todavia, a atividade espontânea e individual da criança,
apesar de importante, não é suficiente para a apropriação dos conhecimentos
acumulados pela humanidade. Portanto, deverá considerar também a importância da
mediação do professor (entendido como alguém mais experiente da cultura) e, finalmente,
as trocas efetivadas entre os alunos (que também contribuem para os desenvolvimentos
individuais).
4.6 - CONCEPÇÃO DE ESCOLA
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A escola deve ser uma instituição definida pela função educativa, essa função
deve ser assumida por todos, ela deve fazer parte de uma rede de instituições de
natureza social que enquadram à socialização das crianças e jovens, apoiando as
necessidades educativas que as famílias não estão em situações de prover. A escola
como instituição visa o desenvolvimento das potencialidades dos sujeitos para
constituírem-se cidadãos participativos, responsáveis pelos processos de transformação
da sociedade. A escola deve ser democrática, acolhedora, mediadora e significativa para
o aluno.
A escola ao receber as crianças e jovens como seres humanos íntegros, que
aprendem a ser e conviver consigo mesmo, com os demais e com o próprio ambiente de
maneira articulada e gradual, com características padronizadas que formam certas áreas
do conhecimento e da produção humana.
Segundo FREIRE (1995):
... a escola é... O lugar onde se faz amigos. Não se fará só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos... A escola é sobretudo gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima, assim vai ser fácil trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser feliz (pag. 123)
A escola é um espaço, uma experiência e um período (maior ou menor) da
nossa vida por que quase todos nós passamos, são memórias de um tempo de infância
que por mais difícil que tenha sido à distância parece quase sempre melhor do que foi no
primeiro momento. Para ser uma organização ou instituição eficaz no cumprimento de
propósitos estabelecidos, a escola deve pautar-se pela autonomia, o trabalho coletivo,
pela construção do projeto pedagógico.
O primeiro desafio que a escola precisa enfrentar é tornar-se um espaço de
criação e de crítica cultural. Deve buscar a partir de atividades intencionais em momentos
de ação de forma estruturada, a interação entre as diversas áreas do conhecimento e
aspectos da vida cidadã, contribuindo assim com o provimento de conteúdos básicos para
a construção de conhecimentos e valores.
A introdução da Cultura Afro, a prevenção contra as drogas, que atendam aos
novos saberes científicos, que preparem os alunos para as exigências do mundo do
trabalho, conteúdos relacionados ao meio ambiente, ampliam os conhecimentos
curriculares, contribuindo para a formação de um cidadão consciente da realidade em que
vive.
A escola é o lugar que se educa propiciando situações de aprendizagens,
orientadas de forma integrada e que possa contribuir para o desenvolvimento das
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-
capacidades cognitivas, de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma
atitude básica de aceitação, respeito, confiança e o acesso aos conhecimentos mais
amplos da realidade social e cultural.
Ainda segundo FREIRE (1995), a escola deve centrar-se na sua função
educativa e desempenhá-la. A escola até pode ter um serviço de apoio ou ação social, até
pode ter um serviço de orientação e acompanhamento psicológico, até pode ter outras
valências, mas deve sempre perceber que essas funções necessitam de agentes
altamente especializados, assim como a própria docência.
Considerando que a escola pública é direito de todos, é assegurado o direito de
acesso preferencialmente na escola pública regular o atendimento dos alunos com
necessidades educativas especiais. Reconhecendo a diversidade humana e suas
diferenças, a escola é desafiada a construir coletivamente condições também
diferenciadas que viabilizem um processo educativo que proporcione uma aprendizagem
efetiva a todos.
Para que se cumpra esse direito à escolarização há de se compreender, que o
ponto de partida para que se efetive todo o processo de ensino e aprendizagem, é a
realidade do educando.
Não podemos conceber a “escola” sem que consideremos a família, a rua, o
bairro, e demais espaços sociais, onde as experiências, além de construir e adquirir
conhecimentos diferentes daqueles que são propiciadas pela “escola” e nesse sentido,
seria oportuno que os laços entre esses espaços fossem estreitados, através de
momentos de integração, objetivando maior qualidade na formação do aluno. Diante de
tal consideração o colégio busca oportunizar, através do Decreto Estadual nº 3207/08 e a
Lei Federal nº 11.788/08 que trata sobre o Estágio Não Obrigatório, a inserção dos alunos
no mundo do trabalho, possibilitando assim um contato com atividades profissionais, ao
mesmo tempo em que, a escola através dos conteúdos trabalhados contextualiza essas
experiências contribuindo para a formação e o exercício da sua cidadania.
Portando, queremos uma educação em que as pessoas, como sujeitos de seu
crescimento humano busquem sua identidade individual, social e global, situando-se
criticamente no momento histórico, em que assumam um compromisso de participação
ética e democrática na sociedade, como agentes ativos na construção de um mundo, em
que todos possam estar dignamente incluídos.
4.7 - CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
21
-
Antes de se discutir ensino-aprendizagem, deve-se ter em mente ”o que se
ensina e o que se aprende”.
Para isso recorremos a SAVIANE (1995), que esclarece que “ensinar” é o ATO
de produzir, direta e intencionalmente, em cada sujeito singular, o conhecimento científico
que se efetiva quando o sujeito se apropria dos elementos culturais necessários à sua
formação e humanização.
Já a aprendizagem, segundo VYGOTSKY (1995) é um processo histórico, fruto
de uma relação mediada que possibilita um processo interno, ativo e interpessoal.
Nesse contexto, o professor deve agir como uma ponte entre o aluno e o
processo de ensino-aprendizagem, fruto de uma relação mediada entre o sujeito que
aprende, o sujeito que ensina e o objeto do conhecimento.
Entretanto, os professores não são meros transmissores ou intermediários do
conhecimento, mas parceiros críticos numa relação dialógica com o educando/a,
trabalhando paralelamente a ciência e o senso comum, uma troca de saberes
“professor/aluno” tentando, como forma de assimilação, desvendar o saber pré-escolar
e/ou confrontar com o saber científico e tecnológico.
Ainda segundo Vygotsky, outro conceito importante é a da Zona de
Desenvolvimento Proximal, definida como Zona Cognitiva que deve ser trabalhada pelo
professor em grupo e cooperativamente, encaminhando-os para que avancem, para a
transformação da Zona de Desenvolvimento Real.
Portanto, o professor é um canal de comunicação através do qual vai fluir
conhecimento científico e tecnológico. A postura do professor é muito importante, pois é
nas suas mãos que muitas vezes, encontra-se a decisão que um aluno pode tomar, que
venha a modificar toda a sua vida.
O professor enquanto detentor dos fundamentos do conhecimento científico,
cabe o papel de mediador, ou seja, de desenvolver procedimentos adequados para
viabilizar a apropriação desse conhecimento pelos alunos. A estes cabe o esforço teórico
prático dessa apropriação, amparada legalmente pela formação continuada oferecida pela
SEED.
O aluno é o sujeito ativo do processo ensino-aprendizagem. Sujeito que inova,
que transforma e adquire meios, através da educação, de refazer o que já foi feito, de
forma mais ampla e útil, tanto científica como tecnológica.
O aluno deve ser um questionador do mundo, do homem, da sociedade e de si
mesmo, com objetivo de compreender, trabalhar e perpetuar a cultura a qual está
22
-
inserido. É um ser em formação que está buscando seu espaço na sociedade e precisa
de mediação e auxílio para a construção de conhecimentos.
Ao se apropriar dos conhecimentos, interpretá-los, adequando-os à sua
realidade e desenvolve seu senso crítico através das relações professor/aluno e
aluno/professor.
Diante desse desafio o coletivo escolar estabelece o compromisso de uma
proposta de ensino-aprendizagem que reconheça e valorize práticas culturais para tais
sujeitos, que tenha em vista o conhecimento historicamente produzido, que constitui o
patrimônio de todos.
Aprender e ensinar são processos inseparáveis.
4.8 – GESTÃO DEMOCRÁTICA
A gestão democrática é uma prática cotidiana que contém o princípio da
reflexão, da compreensão e da transformação que envolve, necessariamente, a
formulação de um projeto político pedagógico libertador.
Gestão Democrática é o processo político através do qual as pessoas na escola
discutem, deliberam e planejam, solucionam problemas e os encaminham, acompanham,
controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola.
Este processo sustentado no diálogo e na alteridade tem como base à participação efetiva
de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito às normas coletivamente
construídas para os processos de tomada de decisões e a garantia de amplo acesso às
informações aos sujeitos da escola.
A participação favorece a experiência coletiva para efetivar a socialização de
decisões, e a divisão de responsabilidades. Ela afasta o perigo das soluções
centralizadas e dogmáticas desprovidas de compromisso com os reais interesses da
comunidade escolar, efetivando-se como processo de gestão. A participação constitui-se,
pois, em elemento básico de integração social e democrática. (Prais, 1996)
A ação política democratizante no interior da escola ocorre pela transformação
das práticas sociais que se desenvolvem em seu interior, tendo em vista a necessidade
de se ampliar os espaços de interesses entre os diversos sujeitos e grupos em interação,
criando condições para uma participação autônoma dos diversos segmentos, viabilizando,
neste processo a horizontalização das relações de força entre eles. (Oliveira, 1999)
É através da participação da comunidade escolar via Conselhos Escolar,
Conselho de Classe, Grêmio Estudantil, APMF, que se dá a construção da escola que
queremos e de como construí-la. As reflexões e soluções tomadas em conjunto, colabora
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-
na formação de sujeitos democráticos (pais, mães, alunos(as), professores(as) e
funcionários(as)), possibilita o reconhecimento da responsabilidade, da diversidade de
concepções e de práticas. Todo esse contexto sugere como ponto de chegada o
consenso, alcançado através do diálogo e da participação coletiva.
Considerando que a escola é espaço de ensino aprendizagem e que esta se dá
a partir da relação entre sujeitos, mediada pelo conhecimento, a forma de organização e
de gestão escolar, a definição dos papéis dos diferentes sujeitos expressa muito da
concepção educativa existente.
Numa sociedade Democrática o papel de uma política educacional deveria ser
o estímulo à emancipação das consciências, da busca pela reflexão crítica, enfim
promover a construção do pensamento e do exercício das relações democráticas, para
que se efetive a democratização na sociedade, em seu sentido amplo, econômico, político
e social.
Como observa Paulo Freire (apud Sánchez de Horcajo, 1979, p.44), para que o
homem faça a história e não seja levado por ela e se torne partícipe ativo e criador nos
períodos em transição, é preciso que se eduque não para a domesticação ou escravidão,
mas para a libertação. Para isso, é necessário revisar os sistemas educacionais, seus
programas e métodos pedagógicos.
A conscientização é a base da participação que, por sua vez, fundamenta a
libertação autêntica. A consciência da realidade e da capacidade para transformá-la é a
precondição para a participação ativa na história, na sociedade e na transformação da
realidade.(Freire, apud Sánchez de Horcajo, 1979, p. 44).
Toda ação pedagógica consiste num processo de participação e, por
consequência a gestão do ensino também deve ser participativa. A ação pedagógica não
bancária é um processo de interação entre professor e aluno, onde ambos aprendem e
ensinam. Neste processo dialético, a educação é denúncia e anúncio (Freire, 1975).
Denúncia das estruturas injustas e anúncio da possibilidade de uma sociedade mais justa
para todos. A gestão deste processo também precisa tornar-se pedagógica através da
abertura à participação para todos os agentes da educação. Ou seja, educa-se para a
democracia através da gestão democrática na escola.
A participação educativa é postulada a partir da mesma natureza da pessoa e
do ato educativo. Constitui um direito fundamental da pessoa o poder de intervenção e
gestão de sua própria vida e atividades. Nada é mais pessoal do que a própria educação.
Onde o direito primordial é a participação educativa. Como observa Sánchez de Horacajo
(1979), “trata-se de confiar na capacidade de tarefas responsáveis e de tomar parte ativa
24
-
da gestão de sua própria existência. E isto só é possível se práticada desde a infância”
todos os homens de realizar (p.46)
O processo educativo deve ser pautado pela participação. Essa participação
deve contribuir para desenvolver a criatividade, o espírito crítico e a capacidade de
compreensão, aceitação, análise e valoração da pessoa humana. Enquanto pessoa
humana busca-se o desenvolvimento integral, o exercício da liberdade, relação social e
responsabilidade. A gestão democrática enquanto processo, promove o humanismo
integral, a responsabilidade, o diálogo e a valorização crítica
Com a participação pode-se capacitar o sujeito para sua atuação na sociedade
mediante a iniciativa e pelo exercício de reivindicar seus direitos e deveres. A gestão
democrática colabora no desenvolvimento do cidadão ativo, consciente de si mesmo e da
sociedade em que vive.
Considerando a importância da participação em uma gestão democrática e o
Conselho Escolar sendo uma instância colegiada representativa de todos os segmentos
escolares, em todas as situações deverá haver o envolvimento do Conselho Escolar.
Portanto todas as decisões e projetos inseridos na escola deverão ser analisados e
discutidos coletivamente, através do Conselho Escolar. Assim o desejo que deve mover a
coletividade escolar é o de fazer com que os alunos da escola pública adquiram
consciência política e se apropriem dos conhecimentos historicamente acumulados para
que se compreendam como agentes transformadores da história e não como meros
expectodores.
Mesmo depois de anos discutindo e praticando “gestão democrática” no
ambiente escolar, percebe-se um longo caminho a ser trilhado. A gestão do trabalho
pedagógico, realiza-se mediande à autonômia, a participação e a construção do projeto
político pedagógico. Porém o primeiro desafio que se coloca é a necessidade de um
maior aprofundamento e conhecimento por parte da comunidade escolar no que se refere
à organização da gestão do trabalho pedagógico na Escola Pública frente aos princípios
de gestão democrática, que são autonomia, participação, construção do Projeto Político
Pedagógico e a formação inicial e continuada do gestor, equipe pedagógica, professores,
funcionários e membros das instâncias colegiadas para a concretização da verdadeira
gestão democrática.
Considerando tal perspectiva de administrar, baseada na comunicação e no
diálogo, cabe ao gestor buscar a articulação e interação dos diferentes atores
educacionais para a construção do Projeto Político Pedagógico da Escola.
25
-
Democracia aprende-se não só na teoria, mas principalmente na prática. É no
cotidiano escolar que deve-se iniciar tal exercício. As formas em que se dão as relações
de trabalho fazem parte desse exercício. Faz-se necessário observar as relações de
trabalho existentes no espaço escolar, as quais deverão ser repensadas e reestruturadas.
Repensar e reestruturar as relações de trabalho deve partir do princípio da
conscientização de que todos os segmentos devem ter acesso a participação, e terem
liberdade de expressão. Tornem-se assim mais responsáveis, criativos, autônomos frente
a gestão e pela melhoria da qualidade da educação.
A escola cabe educar na e para a democracia. Dessa forma pressupõe-se um
discurso e uma prática que influencie e promova a formação de cidadãos educados para
atuarem numa sociedade também democrática.
Atualmente a gestão democrática da escola está amparada em procedimentos
participativos para tomada de decisões, considerando sua função e autonomia. Sabe-se
também que a participação da comunidade escolar, bem como dos profissionais da
educação depende do nível de conscientização acerca da importância da participação de
cada um no processo pedagógico e envolvimento na elaboração do principal documento
pedagógico da escola, o Projeto Político Pedagógico.
Conclui-se, portanto que será por meio da participação efetiva da comunidade
escolar, da organização do trabalho pedagógico a partir do Projeto Político Pedagógico e
dos princípios democráticos que a escola contribuirá para a superação das contradições
da sociedade atual, objetivando a construção de uma sociedade mais humana e
democrática.
5 – CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
Atualmente o Colégio conta com 354 alunos efetivamente matriculados. Desse
total quase 70% dos alunos residem na zona urbana da cidade. A grande maioria deles
moram com pai e mãe. Sendo que 30% dos alunos fazem parte de diversos tipos de
composições familiares.
As famílias por sua vez, quase 90% delas residem em casa própria. Sendo que
50% são formadas por 4 pessoas. O número de pessoas nas demais famílias variam de
duas a seis pessoas. Percebe-se a exata relação entre o números de filhos por casal, que
chega em torno de 40% das famílias com dois filhos.
Outro dado apresentado refere-se à situação dos pais que trabalham. Em torno
de 51% das mães trabalham fora, sendo 44% em empregos fixos. Observa-se que dessa
26
-
porcentagem apenas uma minoria estão em empregos temporários. Os dados revelam
também que 72% dos pais trabalham e desse total, 65.8% possuem emprego fixo. Menos
de 3% dos pais estão desempregados.
Pelos números levantados observou-se que 46.6% das famílias possuem uma
renda de dois a três salários mínimos ao mês, 22.5% atingem mensalmente de três a
cinco salários e pouco mais de 9% das famílias apresentam uma renda de um salário
mínimo.
Levantamos o nível de escolaridade tanto do pai como o da mãe. Do total
apurado observou-se que quase 30% dos pais concluíram o ensino médio e 15% deles
estão cursando esta etapa de ensino. Pais com graduação são apenas 5.9%. Menos de
30% deles apresentam somente o ensino fundamental de 1ª a 4ª série e 12% dos pais
não concluíram essa etapa de ensino.
Ter um computador em casa é realidade para pouco mais de 41% dos alunos .
Enquanto que 43% não vivem essa realidade em suas casas. Quase todos que possuem
computadores tem acesso a internet, mas apenas 25% estão ligados a rede em suas
casas. Os alunos que não possuem acesso a internet correspondem à 23%. A Lan House
ainda é a oportunidade de 53% dos alunos estarem conectados a internet.
O transporte escolar é utilizado por 17% dos alunos do colégio. A maioria dos
alunos vem para a escola a pé. Temos 62 alunos que moram na zona rural. No período
da manhã temos 56 alunos da zona rural e no noturno temos 6.
Alguns dos alunos estão atuando no mercado de trabalho. O colégio por sua
vez está aberto a firmar compromisso com instituições que ofereçam vagas de estagiários
aos alunos. Compromisso este legalmente amparado pela Lei Federal nº 11788/08, que
autoriza os Diretores dos estabelecimentos de Ensino a assinarem Termos de
Compromisso de Estágio. O colégio visa com essa ação contribuir com preparação para o
trabalho e para a cidadania dos educandos.
5.1 – ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO ESCOLAR
Manhã:- Matutino: das 7:30 às 11:55 Horas.
Distribuição de salas de acordo com vagas e matriculas de alunos
SÉRIE Nº DE SALAS Nº DE VAGAS Nº DE MATRICULAS5ª 02 64 49
6ª 02 64 53
7ª 02 64 62
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-
8ª 02 64 41
1º 01 38 36
2º 01 38 24
3º 01 38 20
Tarde: Programa Viva Escola - de terça e quarta-feira – das 13:00 às 14:40
PROJETOS Nº DE ALUNOS MATRICULADOS
Xadrez na Escola 35
Dança 25
Voleibol Como Elemento Socializador na Escola 23
Preparatório para o Vestibular 28
Noite: das 19:00 às 22:50 horas.
Distribuição de salas de acordo com vagas e matrículas de alunos.SÉRIE Nº DE
SALASNº DE VAGAS
Nº DE MATRICULAS
1º 01 38 30
2º 01 38 24
3º 01 38 14
O colégio atende os pais em reuniões específicas onde tratamos dos assuntos
pertinentes ao desempenho dos alunos, seu rendimento escolar, possíveis problemas que
estejam interferindo na sua aprendizagem e possíveis encaminhamentos e intervenções
pedagógicas necessária a cada caso. Além das reuniões organizamos todas às terças-
feiras para atendimento de pais. Como a grande maioria dos pais dos alunos trabalham
na usina de cana de açúcar em diferentes turnos e no regime de turno com folga
alternada, também os recebemos nos outros dias da semana.
A escola oferece dois turnos, de manhã e à noite. No período da tarde são
realizados os projetos do Programa Viva Escola. Nos dias do projeto os profissionais da
28
-
escola são reorganizados para que os alunos e professores sejam atendidos também
neste horário.
5.2 – ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
A concretização da nova concepção curricular do Ensino pelas escolas requer
uma adaptação a cada contexto escolar específico, realizada pelo seu grupo de
profissionais.
A necessidade de adaptação particularizada é inegável, pois as escolas têm
identidade própria, bem como sua cultura, sua história, sua forma de organização e de
funcionamento. O Projeto Político Pedagógico desenvolvido no âmbito dessas instituições
está condicionado pelas características próprias de cada unidade escolar.
Sabe-se atualmente que a escola faz parte da sociedade, buscando
conhecimento do mundo, reconstruindo esse conhecimento, partilhando idéias,
conscientizando de sua atuação, cidadania, influenciando a construção de um mundo
mais harmonioso e digno para todos.
O currículo escolar, os programas e os planos de trabalho docente são
considerados como ponto de partida de criação, apropriação, sistematização, produção e
recriação do saber. Cabe à escola provocar questionamento quanto ao seu papel
conscientizador e libertador, viabilizar e articular as propostas educacionais e a realidade
social, com vistas à promoção da autonomia, da criticidade e da emancipação dos
educandos da escola pública, promovendo a inclusão de todos no processo de ensino-
aprendizagem.
A escola pública é direito de todos, ficando assim garantida a inclusão dos
alunos com necessidades educativas especiais, ficando assegurado por lei o direito de
acesso, permanência e seu atendimento preferencialmente na escola pública regular.
Essa conquista leva em conta a diversidade humana e traz para a escola e para os
sistemas de ensino o desafio de construir coletivamente as condições para o atendimento
escolar desses alunos.
Portanto deve-se, reconhecer as diferenças e ofertar condições diferenciadas
que viabilizem o processo educativo, proporcionando acolhimento e aprendizagem efetiva
a esses educandos. Para isso o sistema de ensino conta com a flexibilidade do trabalho
pedagógico através de adaptações curriculares e suporte pedagógico oferecido pela Seed
no atendimento das necessidades que se apresentarem no espaço escolar, visando uma
29
-
inclusão digna e que promova uma formação cidadã aos envolvidos no processo ensino-
aprendizagem.
A formação continuada oferecida aos docentes pelo Sistema de Ensino do
Estado do Paraná é imprescindível para uma melhor qualidade de ensino. Essa formação
deve ser permanente, contribuindo com práticas pedagógicas eficientes, objetivando a
apropriação de conhecimento que promova a formação de cidadãos críticos e
transformadores da realidade social.
Todo investimento de formação deve se estender ao Ensino Médio sem perder
de vista a formação integral dos alunos, pois nesta etapa da vida os jovens preparam-se
para os desafios do mundo do trabalho, consolidam valores e atitudes e se lançam na
escolha de suas futuras profissões.
5.3 – DIRETRIZ CURRICULAR
As Diretrizes Curriculares nasceram das discussões ocorridas nos últimos anos
sobre as concepções teórico-metodológicas que se concretizaram no documento das
Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação Básica.
Com o objetivo de se fazer cumprir a função social da Escola Pública, como
principal lugar de acesso ao saber para todos, especialmente aos alunos das classes
menos favorecidas. Dessa forma partiu-se de discussões coletivas com os professores da
Rede Estadual de Ensino, onde foram consideradas suas contribuições por escrito para
definir os fundamentos teóricos, os aspectos metodológicos, os conteúdos que devem
organizar o trabalho docente. Sendo esse documento o ponto de partida para a
organização das Propostas Pedagógicas Curriculares das disciplinas.
Esse documento traz como proposta a construção/reconstrução de uma
sociedade justa onde todos tenham oportunidades iguais, e para tanto os sujeitos devem
ter acesso ao conhecimento historicamente acumulado, os quais estão devidamente
relacionados aos conteúdos das disciplinas escolares. A escola deve oportunizar aos
alunos conhecimentos científicos, reflexões filosóficas e contato com a arte. Onde tais
conhecimentos que contribuirão para o desvelamento das contradições presentes na sua
realidade social.
Está presente na concepção de currículo os princípios defendidos e definidos
para um projeto social, que orientam os caminhos teóricos e práticos que conduzirão os
trabalhos pedagógicos na sua concretização.
30
-
Porém é necessário esclarecer que o saber acumulado pela humanidade, o
saber especializado, se trabalhados de forma fragmentada perdem a dimensão da
totalidade, além considerá-lo resumo do saber culto e elaborado, saberes dominantes.
Contrapondo à concepção de currículo cientificista devemos mencionar aqui
outro aspecto de currículo. O currículo vinculado às experiências vividas pelos alunos.
Essa concepção reduz a escola ao papel de instituição socializadora, deixando em
segundo plano os conhecimentos específicos das disciplinas. Essas concepções vão de
um extremo ao outro, enquanto a concepção de currículo cientificista vincula-se a uma
visão empresarial, a concepção vinculada às experiências vividas pelo aluno privilegia
uma visão psicologizante.
O currículo defendido pela Rede Estadual de Ensino do Paraná fundamenta-se
nas teorias críticas e em uma organização disciplinar. Esse currículo foi resultado de uma
ampla discussão entre os profissionais da educação e de um trabalho coletivo fruto da
participação dos professores da rede.
As metodologias propostas privilegiam diferentes formas de ensinar, de
aprender e de avaliar e a concepção de conhecimento defendida considera as dimensões
científicas, filosóficas e artísticas em todas as disciplinas.
Os saberes acadêmicos apesar de apresentarem diferentes abordagens, se
estruturam nos mesmos princípios epistemológicos e cognitivos, os quais devem ter
relação com a prática social. Propõem-se um trabalho interdisciplinar dos conhecimentos,
situado dentro de um contexto sócio-histórico, como forma de possibilitar uma melhor
compreensão da totalidade.
Por fim as diretrizes trazem a Avaliação, que dentro do processo educativo
proposto, tem a função de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem e de
instrumento investigativo da prática pedagógica. Deve se concretizar na prática de acordo
com os documentos escolares como o Projeto Político Pedagógico, Proposta Pedagógica
Curricular e no Plano de Trabalho Docente. Todos esses documentos, inclusive as
Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõe-se formar sujeitos que construam
sentidos para o mundo que compreendam criticamente o contexto social e histórico de
que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção
cidadã e transformadora na sociedade. (p. 31 Diretrizes)
Nessa perspectiva o coletivo escolar tem papel fundamental e decisivo, que
traduzidas por ações pedagógicas planejadas e intencionais concretizem o projeto social
sonhado.
31
-
As Diretrizes deixam clara a importância do professor com o trabalho que
desenvolve na sala de aula ao colocar que a avaliação do processo ensino-aprendizagem
é parte de seu trabalho e de sua responsabilidade. Entretanto destaca que a escolha da
concepção de avaliação deve envolver o coletivo escolar, pois cada um, direção, equipe
pedagógica, pais e alunos precisam assumir seu papel no trabalho pedagógico para a
concretização da formação pretendida aos alunos.
5.4 – REUNIÕES PEDAGÓGICAS
As Reuniões Pedagógicas são organizadas a partir das datas previstas no
calendário letivo do corrente ano. As referidas reuniões são momentos importantes para
estudos relacionados aos problemas presente no cotidiano escolar que envolva tanto a
esfera dos discentes como dos docentes. Outras vezes ainda acontece a continuidade
dos estudos realizados nas capacitações do início e meio do ano.
As reuniões são planejadas pela equipe pedagógica juntamente com a direção.
Geralmente é a equipe pedagógica quem direciona os trabalhos com o apoio da direção.
Esse espaço possibilita ao coletivo escolar discutir, debater e definir a organização das
ações e dos trabalhos a serem desenvolvidos com o objetivo de melhorar a qualidade do
ensino e aprendizagem, promovendo aos alunos avanços na apropriação dos
conhecimentos escolares.
5.5 – PROGRAMAS E ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO
O Programa Viva Escola muito tem contribuído para a oferta de atividades
pedagógicas de complementação curricular. Algumas das atividades que foram
contempladas nos projetos já faziam parte dos eventos realizados pelo colégio nos anos
anteriores.
Com a Instrução nº 017/08-SUED/SEED, as escolas puderam oferecer melhor
organização para o trabalho pedagógico do professor e ampliou aos alunos o tempo de
participação e desenvolvimento nas atividades que apresentavam interesse sem prejuízo
do aprendizado dos demais conteúdos das disciplinas.
Os objetivos definidos na instrução possibilitaram à escola viabilizar e melhorar
a qualidade do que oferecíamos aos alunos, oportunizando aos mesmos, quem sabe a
única chance de desenvolver e apresentar a comunidade seu talento, seu conhecimento
ou ainda ter uma maior interação com colegas e professores.
Os objetivos definidos na instrução são:
32
-
- Dar condições para que os profissionais da educação, os educandos da Rede
Pública Estadual e a comunidade escolar, desenvolvam diferentes atividades
pedagógicas no estabelecimento de ensino, ao qual estão vinculados, além do turno
escolar;
- Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos da Rede
Pública Estadual em atividades pedagógicas de seu interesse, oferecidas pelo
estabelecimento de ensino onde estão vinculados;
- Possibilitar aos educandos maior integração na comunidade escolar, ao realizar
Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular que os levem à interação com
colegas, professores e comunidade.
Os projetos em andamento neste ano são: Voleibol como Elemento
Socializador na Escola, Dança, Xadrez e Preparatório para o Vestibular.
Para os alunos do Ensino Médio do noturno oferecemos palestras com
profissionais que tiveram formação acadêmica e estão atuando na profissão de formação.
As palestras são realizadas com o objetivo de incentivarmos os alunos a darem
continuidade aos estudos. A maioria dos alunos começam a trabalhar antes mesmo de
concluírem o ensino médio, e outros após o término dessa etapa passam a trabalhar no
comércio da comunidade, de doméstica, babás ou na usina de cana de açúcar, nos
trabalhos de lavoura, herbicida, etc. No ano passado quase todos os profissionais
convidados são da própria comunidade e conhecidos de todos.
Neste ano de 2011 o colégio em conformidade com a Lei Federal nº
11.161/2005, que obriga a oferta da Língua Espanhola para o Ensino Médio, implantou o
Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM. Foi analisado e discutidos junto à
comunidade, ficando decidido o Espanhol como optativo para o aluno.
O curso CELEM-Espanhol visa o atendimento da comunidade escolar,
considerando a importância da Língua Estrangeira Moderna para o desenvolvimento do
ser humano quanto à compreensão de valores e aquisição de conhecimentos sobre
outras culturas O curso tem como um dos objetivos, que o aluno compreenda a
diversidade lingüística e cultural presente no mundo, promovendo o enriquecimento da
sua formação. A Proposta Pedagógica Curricular do CELEM segue em anexo.
O espaço escolar é utilizado também para atender o Programa Leite das
Crianças. Uma das auxiliares de serviço geral assumiu a responsabilidade da entrega do
leite. Esse trabalho é acompanhado rigorosamente pela diretora do colégio.
5.6 – FORMAÇÃO CONTINUADA
33
-
A Formação Continuada é ofertada pela SEED e pelo Núcleo Regional de
Educação, através dos Grupos de Estudos aos sábados, GTR – Grupo de Trabalho em
Rede e cursos a Distância – EaD. Os cursos a Distância tem oportunizado formas
variadas de todos serem contemplados com estudos necessários a sua formação. A
escola por sua vez organiza as Capacitações, as Reuniões Pedagógicas, Grupos de
Estudos e estudos de textos com assuntos pertinentes aos problemas do cotidiano
escolar.
Os profissionais da educação através da formação continuada adquirem e
atualizam conhecimentos necessários a sua prática pedagógica. As reflexões provocadas
pelos estudos aos professores transformam a ação educativa na perspectiva de
vislumbrarem uma educação de qualidade aos educandos.
5.8 – HORA ATIVIDADE
A Hora Atividade é organizada de acordo com o cronograma do NRE, mais
precisamente, respeitando sua forma de organização. Foram poucas as vezes que a
escola não conseguiu conciliar o cronograma com o horário do professor.
Todos os professores cumprem e utilizam a hora atividade para o trabalho que
lhe compete quanto a execução do Plano de Trabalho Docente. O pedagogo na medida
do possível acompanha o trabalho do professor na hora atividade e quando necessário o
utiliza para análise de situações escolares dos alunos, rever metodologias e estudos.
5.8 – AVALIAÇÃO
A denominação “Avaliação da Aprendizagem” aparece pela primeira vez em
1930 nos escritos de Ralph Tyler, a quem se atribui à paternidade do termo. Tyler
defendeu a idéia de que a avaliação poderia e deveria subsidiar um modo eficaz de fazer
o ensino.
O modo tradicional de avaliar, através de provas e exames, implica em
julgamento com conseqüente exclusão. A avaliação que se pretende, busca ser
instrumento transformador do ensino.
Luckesi concebe uma avaliação como dinâmica, transformadora e dialética.
Dinâmica por fornecer subsídios para que o projeto educativo atinja os fins pretendidos.
Transformadora por que viabiliza ao aluno a concretização dessa educação e dialética
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pela mediação e interação entre o saber do senso comum e o conhecimento científico,
que é elaborado a partir da relação professor – aluno.
O colégio objetiva uma avaliação que expresse o processo de ensino
aprendizagem, que demonstre a qualidade da educação desenvolvida, respondendo
assim aos anseios da sociedade.
Sabemos que o ato de avaliar se faz presente em todos os momentos da vida
do ser humano, e consequentemente em todos os momentos das aulas. Porém a
avaliação escolar norteia-se por critérios definidos e elencados a partir da concepção aqui
defendida para essa instituição escolar, como: reflexiva, democrática, humanista,
dinâmica e que considera as diferenças individuais dos alunos.A avaliação como
elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino torna-se um instrumento reflexivo
que possibilita ao aluno tomar consciência do seu desenvolvimento dentro desse
processo.
Dentro dessa dinâmica a direção, a equipe pedagógica e os professores
estarão periodicamente analisando junto aos alunos seu desempenho apresentado e
definindo metas de estudos. Completando essa dinâmica os professores juntamente com
a equipe pedagógica irão replanejar os conteúdos necessários para concretizar os
objetivos pretendidos e estabelecidos nos documentos escolares.
A recuperação acontecerá paralelamente ao longo do ano, com a mediação do
professor, objetivando assim atender e considerar as dificuldades dos alunos e o contexto
de sua realidade.
De acordo com o Regimento Escolar:
Da Avaliação da Aprendizagem, da Recuperação de Estudos e da Promoção
Art. 104 – A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento
pelo aluno.
Art. 105 – A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Parágrafo Único – Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese
e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
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Art. 106 – A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola.
Parágrafo Único – É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um
único instrumento de avaliação.
Art. 107 – Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados
em consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-Pedagógico.
Art. 108 – A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos
alunos entre si.
Art. 109 - O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a
reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Art. 110 - Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos
durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
Art. 111 – Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
Art. 112 – A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
Art. 113 – A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Art. 114 – A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio
de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
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Parágrafo Único – A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de
estudos e os conteúdos da disciplina.
Art. 115 – A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em
uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Art. 116 – Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de
sua vida escolar.
Parágrafo Único – Os resultados da recuperação serão incorporados às
avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente
do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.
Art. 117 – A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do
aluno, aliada à apuração da sua freqüência.
Art. 118 - Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do
Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula
zero), observando a freqüência mínima exigida por lei.
Art. 119 - Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio,
que apresentarem freqüência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual
ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao
final do ano letivo.
Art. 120 - Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio
serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
I. freqüência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do
aproveitamento escolar;
II. freqüência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis
vírgula zero) em cada disciplina.
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Art. 121 – O sistema de avaliação será semestral, expressos em notas, por
disciplina, de zero a dez, sendo que o rendimento mínimo exigido será seis vírgula
zero.
§ 1º - Para o cálculo da média anual será usada a seguinte fórmula:
M. A. = 1º Semestre + 2º Semestre = 6,0
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§ 2º - A Síntese do Sistema de Avaliação do estabelecimento é a seguinte:
Síntese do Sistema de Avaliação
Ensino Fundamental e Médio
FREQUÊNCIA RENDIMENTO RESULTADO> OU = 75% > 6,0 APROVADO> OU = 75% < 6,0 REPROVADO
< 75% QUALQUER REPROVADO
Art.122 – O estabelecimento de ensino proporcionará a Recuperação Paralela de
conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem a todos os alunos que não
atingirem a nota integral.
Art. 123 – A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção
do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.
Art. 124 - Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão
devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de
documentação escolar.
Considerando o direito dos alunos está devidamente documentado e definido no Regimento Escolar: a classificação, reclassificação e progressão parcial. Visando posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com sua experiência e desenvolvimento, ficando assim regimentado:
Do Processo de Classificação
Art. 82 - A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível
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com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais,
podendo ser realizada:
♦ por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase
anterior, na própria escola;
♦ por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do
exterior, considerando a classificação da escola de origem;
♦ independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para
posicionar o aluno na série, compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência,
adquiridos por meios formais ou informais.
Art. 83 - A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e
exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos
profissionais:
• organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para
efetivar o processo;
• proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
• comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para
obter o respectivo consentimento;
• arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
• registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
Do Processo de Reclassificação
Art. 84 – A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino
avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano,
levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de
estudos compatível com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que
registre o seu Histórico Escolar.
Art. 85 – Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na
aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com freqüência na série/disciplina,
dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de
reclassificação.
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Parágrafo Único – Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão
solicitar aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à
escola aprová-lo ou não.
Art. 86 – A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno
e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim de
obter o devido consentimento.
Art. 87 – A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela
equipe do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações
emanadas da SEED, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem a
necessidade da reclassificação.
Art. 88 –Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,
anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para
que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.
Art. 89 – O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,
durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.
Art. 90 – O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e
integrará a Pasta Individual do aluno.
Art. 91 – O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo
estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à SEED.
Art. 92 – A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.
Da Progressão Parcial
Art. 98 - A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno,
não obtendo aprovação final em até 3 (três) disciplinas em regime seriado, poderá cursá-
las subseqüente e concomitantemente às séries seguintes.
Art. 99 - O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com
Progressão Parcial.
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Parágrafo Único – As transferências recebidas de alunos com dependência em
até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de
estudos.
5.9 – PLANO DE TRABALHO DOCENTE
O Plano de Trabalho Docente é o documento elaborado especificamente pelo
professor e de acordo com a realidade de cada turma.
No início de cada ano letivo nos dias previstos para o Planejamento, cada
professor elabora os primeiros quinze dias de aula com atividades que esboçará o
diagnóstico da aprendizagem de cada turma em relação a sua disciplina. Assim, posterior
a esse momento é que os professores irão organizar seu PTD para o semestre.
Da mesma forma no início do segundo semestre os professores, no dia do
replanejamento irão reavaliar o PTD do primeiro semestre, que após ser analisado
organizarão os conteúdos necessários para o segundo semestre.
O Plano de Trabalho Docente é organizado dentro dos seguintes itens:
conteúdo estruturante, conteúdo específico, justificativa, encaminhamentos metodológicos
e avaliação, neste item é necessário constar os instrumentos e critérios avaliativos.
O pedagogo auxilia os professores nos dias de planejamento e replanejamento
e durante a hora atividade. Esse é um importante momento para se efetivar mudanças na
prática pedagógica dos docentes, porém precisaria ser prioridade no trabalho do
pedagogo e por muitos motivos presentes no cotidiano escolar, acaba acontecendo de
forma insatisfatória..
5.10 – PLANO DE AÇÃO DA