Download - 01 salvação do espírito
Hoje é segunda-feira, 25 de junho de 2012
Agora mesmo são 19:30 h.
O evangelho de Jesus é o grande manual da vida, porque
estabelece lições que representam a orientação necessária
para a nossa evolução espiritual.
Muitos de nós, ao tomarmos conhecimento desses
ensinamentos, somos tocados pela verdade. E dentre essas
maravilhas ensinadas pelo Cristo está a caridade, e logo
compreendemos a necessidade de seu exercício, e que se
torna imperioso o desprendimento de nós mesmos em
favor dos necessitados.
“(...) Ele então lhes responderá: em verdade vos digo: todas
as vezes que faltastes com a assistência a um destes mais
pequenos, deixastes de tê-la para comigo mesmo.
E esses irão para o suplício eterno, e os justos para a vida
eterna”. (Mateus, cap. XXV, vv. 31 a 46).
Nessa passagem evangélica, numa linguagem alegórica, o
Mestre está classificando todos aqueles que fazem ou não
fazem caridade.
E o que é caridade?
Nós já aprendemos que a caridade é indulgência e
benevolência para com todos os irmãos do caminho.
Essa citação do evangelho de Mateus nos fala justamente de
benevolência, e nos orienta quanto a algumas situações que
encontramos no nosso dia-a-dia.
Jesus ao dizer: (...) separará uns dos outros, como o pastor
separa os bodes das ovelhas, e colocará as ovelhas à sua
direita e os bodes à sua esquerda, está nos dando um exemplo
de como será feita a separação no juízo final, entre as
criaturas boas e as criaturas más.
Quando Jesus destaca que o rei teve fome e foi alimentado,
isto quer dizer que devemos dar assistência uns aos outros.
Portanto, ao vermos alguém com fome é nosso dever, claro,
dentro das nossas possibilidades, dar de comer a esse alguém;
quando encontrarmos alguém com sede, devemos dar de beber
a esse necessitado; com relação ao sem teto, se possível, vamos
colaborar para que esse irmão fique abrigado; para os sem
roupa, com certeza teremos que vesti-los. Há sempre uma
roupa velha num canto do armário. Ele ainda nos fala a
respeito do instante em que o rei esteve doente e do momento
em que esteve no cárcere sendo visitado.
Isto significa que todas as vezes que nós fizermos um bem, ou
seja, que dermos atenção a um irmão carente, que formos
compreensíveis com a ingratidão de um companheiro de
jornada, é como se o Mestre estivesse ali representado diante
de nós. De certa forma, Jesus está nos testando, através do
nosso irmão necessitado. Porque, muitas vezes, nós estamos
dizendo Senhor, Senhor, expressando nosso amor por Ele,
mas no momento em que um nosso semelhante carente se
aproxima nós tranqüilamente o ignoramos. Nós adoramos o
Pai, e em seguida desprezamos o Filho.
Ao negarmos ao nosso irmão aflito o nosso apoio, a nossa
atenção, estaremos assumindo mais um compromisso de
resgate de dívidas com o nosso futuro.
Naquele momento, tivemos uma grande oportunidade de
demonstrarmos a nós mesmos que entendemos e aceitamos as
palavras de Jesus, porém a perdemos. E, com certeza, seremos
cobrado por isso.
Notamos que nessa passagem evangélica há um roteiro a ser
seguido. E esse roteiro nos alerta para a prática de
determinadas ações no nosso cotidiano.
Não nos adianta ter somente a teoria. Pois, que, a prova a
que seremos submetidos pela Providência Divina, para a
promoção desejada, consta essencialmente de atividades
práticas. Não existem perguntas nesse exame. E só serão
promovidos aqueles que apresentarem maior bagagem de amor
em seus corações, e uma história mais longa de indulgência,
benevolência, e de beneficência em suas ações.
Um excelente exemplo dessa caridade de que estamos falando
é a Parábola O Bom Samaritano, (Lucas, X – 25/37).
Respondendo a um doutor da lei que, querendo parecer que
era um justo, indagou quem é o meu próximo, Jesus contou
essa alegoria:
“Um homem, que descia de Jerusalém para Jericó, caiu em
poder de ladrões, que o despojaram, cobriram de ferimentos e
se foram, deixando-o semimorto.
Aconteceu em seguida que um sacerdote, descendo pelo
mesmo caminho, o viu e passou adiante. Um levita, que
também veio àquele lugar, tendo-o observado, passou
igualmente adiante. Mas, um samaritano que viajava,
chegando ao lugar onde jazia aquele homem e tendo-o visto,
foi tocado de compaixão. Aproximou-se dele, deitou-lhe óleo e
vinho nas feridas e as pensou; depois, pondo-o no seu cavalo,
levou-o a uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte
tirou dois denários e os deu ao hospedeiro, dizendo: trata
muito bem deste homem e tudo o que despenderes a mais, eu
te pagarei quando regressar.
Qual desses três te parece ter sido o próximo daquele que
caíra em poder dos ladrões?
O doutor da lei respondeu: aquele que usou de misericórdia
para com ele. Então, vai, diz Jesus, e faze o mesmo”.
O significado da caridade que encontramos nessa parábola
vai mais além do que imaginamos. Implica em estarmos no
nosso dia-a-dia observando todas as oportunidades de sermos
úteis àqueles irmãos de jornada que estão ao nosso lado. Daí,
estarmos atentos, pois existem os infortúnios ocultos.
O exercício da caridade passa por muitos estágios. Apenas a
compreensão de que ela é condição essencial para a elevação
espiritual não torna o novo discípulo em merecedor do reino
de Deus.
A caridade é algo muito mais profundo e importante do que
apenas darmos o que nos sobra aos carentes. Embora isto
também seja um ato caritativo, não resume a grandiosidade
desta virtude. Caridade é doar-se ao próximo, condição que
não requer recurso financeiro nem influência social. Todos
nós podemos fazê-la.
Se nós agirmos como agiu o anônimo bom samaritano que,
sem questionar ou emitir julgamentos acerca do ferido caído à
margem da estrada, arregaçou as mangas e imediatamente
trouxe-o de volta à vida, estaremos praticando a caridade
verdadeira. Assim, fica o exemplo para nossa reflexão:
Estamos vivendo na pré-história de um mundo de
regeneração. Quantos caídos à margem do caminho temos
socorrido? O que estamos fazendo efetivamente para que esse
momento não se alongue em demasia? Vamos escolher o
caminho das pedras e cascalhos, ferindo-nos, acumulando
pontos de dor e sofrimento? Ou vamos seguir essa proposta de
Jesus, entendendo que fora da caridade não há salvação?
Para nossa reflexão:
Por que Jesus escolheu o samaritano e não o sacerdote ou o
levita para prestar auxílio ao necessitado?
Para deixar bem claro que praticar caridade não é privilégio
das pessoas religiosas. Mas, procedimento comum às almas
nobres e compassivas, ainda que, às nossas vistas, pareçam
distantes de Deus, por não possuírem religião.
Que lição Jesus nos oferece com essa parábola?
Olhar à nossa volta e descobrir as necessidades aparentes ou
secretas de nossos irmãos; amenizar-lhes as dores, consolar-
lhes as aflições. Enfim, a sermos Seus “Bons Samaritanos”.
Por tudo isso, nós podemos concluir que a salvação do
espírito depende do bem que ele faz ao próximo, e não as
práticas exteriores ou rótulos religiosos.
Assim, devemos nos revestir de bondade, e dar a nossa
parcela de esforço aos falidos do caminho. Não lhes
perguntando quem são, de onde vêm, ou por que caíram.
Em qualquer situação, sejamos o “Bom Samaritano”,
considerando todo e qualquer irmão que seja colocado à nossa
frente não como o adversário de ontem ou o inimigo de hoje,
mas como nosso próximo, a quem devemos ajudar.
Muita paz!
Hoje é segunda-feira, 25 de junho de 2012Agora mesmo são 19:30 h.
Amor, estranho amor...por parecer,Sempre o primeiro a cada vez que vem...Quando se vai, ou já não pode ser,Pensamos ser o último, também...