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    GOINIA 2009

    PEDREIROFrancisco Rodrigues dos Santos

    APRENDIZAGEMCONSTRUO CIVIL

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    PEDREIRO

    Francisco Rodrigues dos Santos

    SENAI GOIS 2009

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    2009 SENAI Departamento Regional de GoisProibida a reproduo total ou parcial deste material, por qualquer meio ou sistema, semautorizao prvia do SENAI Gois.

    Presidente do Conselho Regional do SENAI de GoisPaulo Afonso FerreiraDiretor Regional do SENAI de GoisPaulo VargasDiretor de Educao e TecnologiaManoel Pereira da CostaGerente de Educao Profissionaltalo de Lima Machado

    CoordenaoMoacir Candido da Silva GEPTrabalho organizado, atualizado e enriquecido aps pesquisas em diversas outras fontes, a partir dasapostilas Pedreiro e Pedreiro de Alvenaria de acordo com permisses concedidas pelo SENAI -Departamentos Regionais do Par e de Pernambuco.

    Reviso, organizao e atualizao tcnica - Francisco Rodrigues dos Santos Escola SENAI Vila CanaApoio didtico, pedaggico, reviso gramatical e lingustica Moacir Candido da Silva - GEPTratamento de imagens Luciano de Castro Tomazett

    NormalizaoGeuza Ldia da Silva GTI

    Ficha catalogrfica

    SENAI Departamento Regional de Gois

    Av. Araguaia n. 1544 Setor Vila Nova

    CEP: 74 610-060 Goinia Gois

    Telefax: (0xx62) 3219-1324 Home page:www.senaigo.com.br

    S474m SENAI. DR/GO/DET.PedreiroGoinia, 2009. 95p.1. Educao profissional. 2.

    Construo Civil3. PedreiroI. AutorII. Ttulo

    CDD - 693

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    SUMRIO

    APRESENTAO .................................................................................................................................. 3 1. PERFIL PROFISSIONAL NACIONAL ............................................................................................... 4

    2. FERRAMENTAS E ACESSRIOS .................................................................................................... 6

    3. ARGAMASSAS E CONCRETOS ..................................................................................................... 36

    4. FUNDAMENTOS TCNICOS DA CONSTRUO.......................................................................... 46

    5. LOCAO DE OBRAS .................................................................................................................... 47

    6. FUNDAES .................................................................................................................................... 51

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    7. ALVENARIA DE VEDAO ............................................................................................................ 55

    8. CONTRAMARCOS E ESQUADRIAS .............................................................................................. 73

    9. REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS ........................................................................................... 78 ( )

    10. CONTRAPISO ................................................................................................................................ 93

    BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................... 96 FONTES DE PESQUISAS .................................................................................................................... 96

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    APRESENTAO

    O SENAI-GOIS, buscando desempenhar a sua misso de promover a educao

    profissional e tecnolgica, investiu no desenvolvimento deste material didticovoltado para a formao profissional.

    Este trabalho resultado da compilao de materiais didticos disponibilizados noBanco de Recursos Didticos do Departamento Nacional do SENAI, acrescida depesquisas atualizadas referentes ao tema abordado. Dessa forma, este materialdidtico est direcionado aos participantes do curso de pedreiro, contemplando

    tcnicas e procedimentos relacionados execuo de servios gerais de pedreiro,em suas necessidades bsicas e especificas.

    As informaes contidas neste material didtico so aplicveis no dia-a-dia doprofissional, de forma prtica, em linguagem simples e de fcil assimilao.Possibilita, de forma eficiente, o aperfeioamento do aluno que se dedica ao estudodo contedo apresentado. Esses conhecimentos constituem complemento

    indispensvel formao profissional.

    Continue sempre lendo, estudando, analisando e tendo como objetivo compartilharconhecimentos.

    Seja sempre um bom e competente profissional.

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    1. PERFIL PROFISSIONAL NACIONAL

    1.1. Competncias Profissionais

    1.1.1. Competncia GeralExecutar os processos construtivos relativos s vedaes verticais e horizontais,alvenaria estrutural, concretagem e aplicao de revestimentos de pisos, paredes etetos com segurana, qualidade e economia, seguindo as especificaes, as normase os prazos estabelecidos em projeto.

    1.1.2. Unidades de Competncia

    Planejar e organizar o prprio trabalho; Executar alvenaria sem funo estrutural; Executar concretagem; Executar revestimentos em argamassa para pisos, paredes e tetos; Assentar componentes de revestimento decorativo e artefatos de concreto; Montar lajes pr-moldadas; Executar alvenaria estrutural.

    1.1.3. Descrio funcional Profissional: Construo Civil; Segmento Tecnolgico: Edificaes; Qualificao Profissional: Pedreiro; Nvel de Educao Profissional: Formao Inicial de Trabalhadores (Bsico); Nvel de Qualificao: Corresponde a uma ocupao completa, que abrange

    algumas atividades profissionais bem delimitadas e que requerem,

    sobretudo, um trabalho de execuo, exige capacidade para utilizarinstrumentos e tcnicas que lhes so prprias e envolvem grau mdio dedificuldade. O trabalhador executa as atividades com certo grau deautonomia, iniciativa e responsabilidade, mas com superviso direta.

    1.1.4. Competncias de Gesto

    Realizar servios de acordo com as normas pertinentes ao desenvolvimentodo trabalho;

    Demonstrar habilidades de trabalhar em equipe; Comunicar-se com clientes, subordinados e superiores;

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    Responsabilizar-se pela conservao dos equipamentos; Exigir a calibrao dos equipamentos; Atualizar-se acompanhando novas tecnologias; Planejar o prprio trabalho; Detectar problemas e tomar deciso dentro de suas competncias tcnicas.

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    2. FERRAMENTAS E ACESSRIOS

    2.1. Metro articulado

    O metro articulado instrumento de medio linear usado pelo pedreiro nasmedies de pequenas distncias. Sua forma permite que ele seja fechado a umcomprimento de 30 cm aproximadamente e estendido no seu comprimento total quepode ser de 1,0m ou 2,0m o que facilita o seu uso.O metro articulado fabricado em madeira, alumnio ou plstico, e graduado nosistema mtrico decimal e no sistema ingls (polegadas e ps).

    2.1.1 Processo de medio com o metro articuladoMedir com o metro uma operao manual executada pelos profissionais, comauxlio do metro, nas construes em geral, para determinar a distncia entre doispontos, o tamanho de um objeto, ou determinar, sobre um objeto, qualquercomprimento.1 passo: Abra as partes do metro, uma por uma, segurando-o com uma das mose, com a outra, fazendo girar as partes, cuidado para que o metro no se rompa.

    Figura 2: Manuseio do metro articulado

    Figura 1: Metro articulado - Fonte: Momfort

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    Observaes Deve-se manter segura a parte do metro j aberta. Enquanto se gira a outra

    parte; A abertura das partes do metro deve comear pelo incio da numerao.

    2 passo: Coloque o extremo zero do metro no ponto determinado, e faa umamarca na medida desejada.

    Figura 3: Marcao do ponto de medio

    Observao Em determinados casos, mais prtico fazer coincidir a medida desejada

    com o extremo do objeto e marcar no ponto zero do metro.

    Figura 4: Medio com metro articulado 1

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    Precaues: Quando no se est utilizando o metro, deve-se mant-lo fechado; Coloque o metro de maneira que o extremo zero do mesmo coincida com

    um dos pontos.

    Figura 5: Medio com metro articulado 2

    Observao Os pontos cujo intervalo ser medido podem ser as marcas (traos) dosextremos de um objeto.

    3 passo: Leia no metro a medida que coincide com o outro ponto.Observao

    Caso a distncia que se esteja medindo seja maior que o metro simples ouduplo, ao final deste, devem-se fazer marcas sempre em linha reta, ecompletar a medida.

    2.2. Trena

    A trena uma fita de ao ou fibra de vidro, graduada no sistema mtrico decimal e nosistema ingls (polegadas e ps), alojada caixa plstica, dotada de um dispositivo derecolhimento (mola ou manivela). O seu comprimento varia entre 5,00m e 30,00m.

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    Figura 6: Tipos de trena

    Fonte: Starrett

    2.3. EscantilhoO escantilho um instrumento usado na elevao de alvenaria. Consiste numargua escalonada com a altura das fiadas da alvenaria, na qual se coloca a linha deorientao para a elevao das fiadas. Os escantilhes devem instalados nos cantosdos painis a serem elevados, de modo que fiquem em perfeito alinhamento, prumoe nvel, o que garantir a perfeita conformao do painel.Existem dois tipos de escantilho:Escantilho regulvel com molas: utilizado na elevao de alvenarias de vedao emestruturas convencionais (pilares-vigas-lajes). Sendo fixado por presso das molasno piso e na laje.

    Figura 7: Escantilho regulvel com molas Fonte: Metalrgica Desterro

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    Figura 8 : Instalao de escantilhes telescpico com molas

    Fonte: Equipa obra

    Escantilho de trip: utilizado na elevao de alvenaria auto-estrutural. Sendo fixadopor apoios do tipo mo francesa.

    Figura 9: Escantilho de tripFonte: Mplan

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    Figura 10: Instalao de escantilhes de trip

    Fonte: Metalrgica Desterro2.4. EsquadrosO esquadro um instrumento importante do pedreiro. usado para verificar se oencontro de duas paredes, o canto, est no esquadro, ou seja, no ngulo de 90. Osdois lados do esquadro formam este ngulo entre si.Existem dois tipos de esquadros:

    O esquadro de mo que consiste numa rgua graduada, de medida 12,com cabo de metal ou plstico;

    O esquadro metlico constitudo por barras metlicas que formam umtriangulo retngulo (um dos ngulos em 90), usualmente nas medidas:

    A= 100 cm, B= 80 cm, C= 60 cm, ou; A= 50 cm, B= 40 cm, C= 30 cm

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    Figura 11: Esquadro mo

    Fonte: Momfort

    Figura 12: Esquadro metlico

    2.4.1. Esquadrejamento com uso do esquadro metlico

    O uso do esquadro metlico simples. Estando o mesmo aferido, basta posicion-lono canto onde se deseja esquadrejar ou conferir o esquadrejamento, e observar se

    as superfcies esto paralelas aos lados do esquadro. As figuras a seguirdemonstram estes processos.

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    Figura 13: Uso do esquadro metlico em parede

    Figura 14: Uso do esquadro metlico nas linhas de marcao

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    2.4.2. Esquadrejamento com uso de instrumento de medio

    Para se aferir o esquadro com o uso de instrumento de medio (trena, metroarticulado), usa-se a teoria do triangulo retngulo, ou seja, a medida do lado dotringulo que est oposta ao ngulo de 90 igual raiz quadrada da somatria dasmedidas dos outros 2 lados elevadas a segunda potncia. Segundo a frmula aseguir:

    Marcados os pontos A, B e C, como na figura XX abaixo, sendo as distncias entreos pontos:A e B = 80 cm, chamaremos de Y;B e C = 60 cm, chamaremos de Z.Para que a parede esteja no esquadro reto, a distncia entre os pontos A e C(chamaremos de X), dever ser igual a 100 cm.

    Figura 15: Marcao de pontos de esquadro

    X = Y + Z

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    Vejamos:X = Y + ZX = 80 + 60X = 6400 + 3600X = 10000X = 100

    Figura 16: Conferncia de esquadro

    2.4.3. Esquadrejamento pelo processo 3-4-5Processo com o metro articulado1 passo: Marque um pequeno trao sobre o alinhamento conhecido, onde ser feitoo alinhamento em esquadro (ponto A da figura 17).2 passo: Mea e marque 30 cm (3) sobre o alinhamento conhecido, partindo doponto A, obtendo o ponto B (figura 17)3 passo: Mea e marque 40 cm (4), partindo do ponto A, estimativamente em

    esquadro com o alinhamento conhecido, fazendo do metro um compasso para obteruma marca em forma de arco (figura 17).

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    Figura 17: Marcao do 1 e 2 pontos de esquadro 3-4-5

    4 passo: Mea e marque 50 cm (5), partindo do ponto B, fazendo do metro umcompasso cujo arco cruze com o arco do compasso anterior (40 cm), obtendo o

    ponto C (figura 18).

    Figura 18: Marcao do 3 ponto de esquadro 3-4-5

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    Figura 19: Ponto de esquadro 3-4-5 definido

    Processo de esquadrejamento com uso da trena1 passo: Marque um pequeno trao sobre o alinhamento conhecido, onde ser feitoo alinhamento em esquadro (ponto A da figura 20).2 passo: Pregue um prego ou similar no ponto A.3 passo: Mea e marque 3 metros o alinhamento conhecido, partindo do ponto A,

    obtendo o ponto B (figura 20).

    Observaes: A marcao dever ser feita cravando-se um prego no ponto B; O Zero da trena dever estar fixo no ponto A.

    4 passo: Prolongue a trena at situar a medida de 8 metros em frente ao ponto A,aproximadamente.5 passo: Continue prolongando a trena em direo ao ponto A at unir a marca dos12 metros neste ponto.

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    6 passo: Estique a trena um prego na marca dos 8 metros, obtendo o ponto C (figura20)7 passo: Coloque uma linha que passe sobre os pontos A e C.

    Observao: Esta linha estar em esquadro com o alinhamento conhecido, passando peloponto A.

    Figura 20: Esquadrejamento 3-4-5 com uso da trena

    2.5. Prumo de faceO prumo consta como instrumento de primeira necessidade. usado para assentar

    os tijolos do canto no prumo, e verificar se as paredes esto em plano vertical.Devido ao seu peso mantm-se sempre vertical, quando pendurado no fio. Compe-se de trs peas, a saber: o taco, que de madeira, o fio do prumo, que de cordoe o corpo do prumo, que um cilindro de lato, cheio de chumbo. Existem prumos de1 e 2 kg de peso. Quanto mais pesado, menos erro pode proporcionar. (um ventoforte pode deslocar o prumo).

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    Figura 22: Uso do prumo de Face

    Figura 21: Prumo de FaceFonte: Momfort

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    2.6. Prumo de centroO prumo de centro usado para marcar centros, alinhamentos e alicerces.

    composto do fio e do prumo. Este tem a forma de cone.

    2.7. Nvel de bolhaO nvel um instrumento de verificao que serve para determinar e verificar ahorizontalidade de um elemento de construo. Existem nveis com diversoscomprimentos, que variam entre 30 cm e 1,00 m. So construdos de madeira etambm de metal, como por exemplo, o alumnio ou o ferro fundido. No corpo donvel so embutidos pequenos tubos de vidro, ligeiramente curvados, que contm um

    lquido, em geral gua ou lcool com corante, e uma bolha de ar. Nos centros dostubos esto marcados dois riscos. Colocando-se o nvel acima da superfcie a serverificada, esta est no nvel quando a bolha de ar se encontra exatamente entre osdois riscos do tubo. necessrio verificar permanentemente a exatido do nvel.Para isto colocado numa parede revestida e faz-se um risco ao longo dele. Virando-o agora no sentido oposto (sempre deixando os vidros para cima), pode-seconsiderar o nvel exato, quando a bolha permanece entre os riscos, como

    anteriormente.

    Figura 23: Prumo de CentroFonte: Momfort

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    2.7.1. Processo de nivelamento com nvel de mo

    1 passo: Nivele a pea no sentido longitudinal. Limpe o local de apoio do nvel. Apie o nvel sobre a pea no sentido longitudinal, observando para que

    lado se desloca a bolha da ampola do nvel. Levante ou abaixe as extremidades da pea e v calando at que a bolha

    fique imvel entre os traos indicadores do nivelamento existente naampola.

    Retire o nvel.

    Figura 25: Nivelamento com nvel de bolha 1

    Figura 24: Nvel de bolha - Fonte: Momfort

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    2 passo: Nivele a pea na transversal, procedendo conforme o passo anterior. Caso as dimenses a nivelar sejam maiores que o comprimento do nvel,

    utilizar nvel com o auxlio da rgua desempenada.

    Figura 26: Nivelamento com nvel de bolha 1

    2.8. Mangueira de NvelEntre os nveis mais usados para nivelar distncia e marcar diversos pontos,empregasse o chamado nvel de borracha. Este uma mangueira de plsticotransparente com o comprimento praticamente ilimitado. Cheio de gua, podemos

    marcar os diversos pontos de nvel em paredes, pilares, etc. Devemos ter o cuidadode no deixar nenhuma bolha de ar dentro da mangueira. um instrumento muitousado em demarcao de obras.

    Figura 27: Nvel de mangueiraFonte: Famastil Taurus

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    2.8.1. Nivelamento com uso da mangueira de nvel

    Nivelar com mangueira uma operao que consiste em transportar pontos oureferncias, com auxlio de uma mangueira de plstico transparente e cheia de gua. utilizada na construo a fim de estabelecer pontos de nvel distantes que, sedeterminarmos pelo nvel de bolha, apresentariam imprecises.

    Processo de Execuo

    1 passo: Prepare a mangueira. Encha de gua a mangueira, colocando uma de suas pontas no bico de

    uma torneira (figura 29).

    Figura 29: enchimento da mangueira de nvel

    Figura 28: Nivelamento com mangueira nvel

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    Observaes: A mangueira deve ser de plstico transparente; necessrio que esteja limpa e sem dobras; No devem existir vazamentos nem bolhas de ar dentro da mangueira; Verifique se a superfcie de gua nos dois extremos da mangueira est namesma altura. Deve-se deixar uma folga de 10cm a 15cm entre a superfcieda gua em repouso dentro do tubo e os extremos deste (Figura 30).

    Figura 30: limite de enchimento da mangueira de nvel

    2 passo: Conduza a mangueira at o local do nivelamento.3 passo: Inicie o nivelamento.

    Determine um ponto inicial de referncia numa parede ou numa estaca bemfixada no terreno.

    Figura 31: Marcao do ponto de nvel

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    Marque, com lpis ou giz, um trao horizontal no ponto determinado.

    Observaes: necessrio tampar os extremos da mangueira com os polegares; A partir deste passo, o operador necessita de um auxiliar para realizar aoperao; Para facilitar a identificao do trao, coloque um smbolo abaixo do mesmo(Figura 32); Coloque uma das pontas da mangueira sobre o ponto inicial, segura pelo

    ajudante, mantendo fechado o orifcio da mangueira.

    Figura 32: ponto de nvel marcado

    Figura 33: Estabilizao da marcao de nvel

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    Observaes: Ponto inicial dever facilitar o atendimento s condies do projeto; necessrio colocar este ponto a uma altura que facilite a execuo do

    nivelamento, isto , cerca de um metro acima do piso de trabalho; A superfcie da gua deve estar bem prxima da marca; Outro extremo da mangueira tambm permanecer fechado pelo polegar do

    operador; Conduza a outra ponta para um segundo local onde marcar o ponto de

    nvel como no primeiro; Os locais dos pontos a serem marcados devem ser escolhidos previamente; Quando os locais dos pontos esto muito afastados, colocam-se locais

    intermedirios provisrios em funo do comprimento da mangueira; Coloque a outra ponta sobre o local que, a olho, julga estar nivelado com o

    primeiro ponto de referncia.

    Observaes: Continue a manter os dois orifcios da mangueira, fechados;

    Destampe a ponta da mangueira e avise o auxiliar para fazer o mesmo noponto inicial.

    4 passo: Execute o nivelamento Avise o ajudante para colocar o plano da superfcie da gua da mangueira,

    na mesma altura do trao inicial; Acompanhe os movimentos do ajudante, suspendendo ou baixando a ponta

    da mangueira; Marque o segundo ponto, riscando, na parede ou na estaca, um trao com

    lpis ou giz, que esteja na mesma altura da superfcie da gua naextremidade da mangueira (figura 34).

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    Figura 34: marcao de nvel

    Observaes O movimento necessrio para que a gua no extravase do tubo e entre

    em repouso para indicar o nvel. O 2 trao deve ser dado pelo operador quando o ajudante avisar que a

    superfcie da gua, na outra extremidade da mangueira coincide com oprimeiro trao.

    Deve-se fazer a marcao de modo que facilite encontrar o trao.

    Figura 35: Transferncia da marcao de nvel

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    5 passo: Prossiga nas marcaes, repetindo o 3 e 4 passos, at completar onivelamento.Observao:

    necessrio confirmar a preciso da operao, fechando os pontosnivelados, isto , conferido se o ltimo ponto est de nvel com o primeiro.Caso no estejam, ser preciso refazer o trabalho para eliminar o erro.

    2.9. EnxadaA enxada uma ferramenta auxiliar na preparao das argamassas. Tambm servena escavao para alicerces. O tamanho preferido de 12 ou 30cm de largura.

    Figura 36: EnxadaFonte: Paraboni

    2.10. PA p serve para misturar as argamassas e para a movimentao de terra. Existem naforma retangular e de bico, em vrios tamanhos.

    Figura 37: PFonte: Paraboni

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    2.11. Argamasseira o recipiente adequado para o armazenamento da argamassa no momento daaplicao. So fabricadas em vrios modelos, sendo que o ideal para o trabalho do

    pedreiro com rodzio e regulagem de altura. Quanto ao material pode ser plsticoou metlico.

    Figura 38: Argamasseira com suporte e rodzioFonte: Mplan

    2.12. Balde plsticoO balde um equipamento necessrio para transportar e guardar gua e argamassa.Muitas vezes substitudo por uma lata vazia de querosene. O seu volume em geral de 15 a 18 litros.

    Figura 39: Balde plsticoFonte: Famastil Taurus

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    2.13. Colher de pedreiroA colher a ferramenta principal do pedreiro. Praticamente todos os trabalhos soexecutados com a colher. usada para assentar tijolos, misturar, chapear e alisar

    argamassa. Existem colheres de vrios tamanhos e formas. As mais usadas so asde forma triangular e com os tamanhos de 10, 15 e 20 cm, ou de 4, 6 e 8, comoeram designadas antigamente. Estas medidas se referem ao comprimento da paleta,excluindo-se o cabo. A paleta de ao, e deve ser completamente lisa, para facilitara sada da argamassa. A colher deve ser limpa, no podendo ter argamassaendurecida nas suas faces, ou ser enferrujada.

    Figura 40: Colher de pedreiroFonte: Momfort

    2.14. Linha de pedreiroA linha serve para alinhar as fiadas de tijolos, azulejos e cermicas. Tambm tem asua utilidade na determinao o alinhamento dos elementos da construo.

    Figura 41: Linha de pedreiroFonte: Monofil

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    2.15. Martelo de corte uma ferramenta auxiliar para cortar tijolos, pregar e outros servios semelhantes. Omartelo tem duas partes: o martelo, fabricado de ao, e o cabo, de madeira. Existem

    martelos de diversos pesos. O mais indicado o de 1,5 kg.

    Figura 42: Martelo de corteFonte: Tramontina

    2.16. Rgua de alumnioFerramenta utilizada no sarrafeamento de argamassa nos trabalhos de reboco,contrapisos, calamentos em concreto e outros, so usadas tambm para executar

    as requadraes de vos e arestas. So fabricadas em perfis de alumnio, se seoretangular de 25 mm x 50 mm, o comprimento de 6,0 m, sendo cortadas emvariados tamanho conforme a necessidade, sendo mais usual de 1,0 m, 1,5 m, 2,0 m.A rgua de alumnio tambm usada para a conferncia de alinhamento eplanicidade de alvenaria e do reboco.

    Figura 43: Rgua de pedreiroFonte: Alumitec

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    2.17. Desempenadeiras

    uma ferramenta utilizada no desempenamento das argamassas. Existem diversostipos de desempenadeiras, cada qual com sua finalidade, e de vrios tamanhos.

    Desempenadeira de PVC: usada no desempeno da argamassa aplicada; Desempenadeira de madeira: usada no desempeno da argamassa aplicada; Desempenadeira de ao lisa: usado para a queima do revestimento, quando

    se deseja uma superfcie mais lisa; Desempenadeira de ao revestida com feltro ou borracha: usado para

    camurar o reboco, deixando a superfcie com uma textura menos rstica.

    Figura 44: DesempenadeirasFonte: Momfort

    2.18. BrochaA brocha uma ferramenta auxiliar que serve para molhar o revestimento de paredee pisos durante os trabalhos de desempenamento.

    Figura 45: BrochaFonte: Pinceis Tigre

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    2.19. Peneira

    uma ferramenta utilizada para selecionar a areia necessria para servios como

    reboco e assentamento de azulejos. constituda com uma rede de malhas de aocom diversas aberturas. Estas vo de 0,3 mm a 2,0 mm. No mercado so adquiridoscom malhas grossas, mdias e finas.

    Figura 46: PeneiraFonte: Dutra Mquinas

    2.20. Talhadeira e PonteiroSo ferramentas usadas para execuo de servios de cortes, rasgos e escariaesem paredes, demolies em geral e retiradas de rebarbas. A talhadeira umaferramenta auxiliar para cortar azulejos ou ladrilhos. O pedreiro emprega-a tambmpara abrir rasgos na parede. fabricada de ao. A talhadeira usada batendo-secom um martelo na sua cabea. Neste lugar se formam rebarbas que devem sertiradas de preferncia com o esmeril, pois podem causar ferimentos nas mos.

    Figura 47: TalhadeiraFonte: Tramontina

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    2.21. Lpis estacaUsados para fazer as marcaes necessrias para orientao na execuo dosservios, como marcao de gabarito, marcao de nvel, cortes e outras.

    Figura 48: Lpis estacaFonte: Faber Castell

    2.22. Giz de linhaUsada para fazer marcaes de linha de nvel e de alinhamentos de paredes e outros

    elementos a serem construdos.

    Figura 49: Giz de LinhaFonte: Starrett

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    2.23. PalanqueEquipamento usado para executar trabalho em reas elevadas internas

    Figura 50: PalanqueFonte: Equipa obra

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    3. ARGAMASSAS E CONCRETOS

    As argamassas e o concreto so materiais essenciais para a execuo das

    construes. Sendo que cada um tem suas propriedades, caractersticas e funesbem definidas, porm existem alguns aspectos que so comuns aos dois materiais,veremos a seguir os conceitos e definies destes aspectos.

    3.1. Produo o processo pelo qual se realiza a mistura dos componentes da argamassa(aglomerantes + agregado + aditivos + gua). Observando-se a composio,dosagem, processo e tempo de mistura, para se obter um material com ascaractersticas e propriedades adequadas a sua finalidade.

    3.2. ComposioA composio diz respeito aos materiais constituintes da argamassa. Cada umdesses materiais apresenta caractersticas prprias que interferem nas propriedadesfinais da produo, devendo ser consideradas no momento da definio do tipo deargamassa ou concreto.

    3.3. DosagemA dosagem se refere proporo dos materiais, comumente denominada trao. Paraque o produto (argamassa ou concreto) possa cumprir satisfatoriamente suasfunes, os materiais empregados devem ser de boa qualidade, possuindocaractersticas e propriedades adequadas ao tipo de construo e ao local deaplicao, alm de serem compatveis com as condies ambientais.

    Leitura do traoArgamassa: trao 1:2:8 - cimento:cal:areia:

    O primeiro algarismo 1 representa as partes do cimento; O segundo algarismo 2 representa as partes de cal; O terceiro algarismo 8 representa as partes de areia.

    Concreto: trao 1:2:4 - cimento:areia:brita: O primeiro algarismo 1 representa as partes do cimento;

    O segundo algarismo 2 representa as partes de areia; O terceiro algarismo 4 representa as partes de brita.

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    Medidores dos materiaisA qualidade dos equipamentos de medio dos materiais um fator de grandeimportncia no processo de dosagem. A padronizao destes equipamentos queasseguraro as propores corretas dos componentes do trao da argamassa e doconcreto.Geralmente em obras de menor porte so utilizadas latas de 18 litros como medidorde trao. Em obras de maior complexidade, onde a dosagem deve ser controlada,so utilizadas as padiolas padronizadas para cada tipo de componentes, conforme otipo de trao.

    Figura 51: Padiola com pneu de cmara

    Fonte: MPlan

    Figura 52: Padiola simplesFonte: elmeza

    Observaes: Um saco de cimento igual a duas latas de 18 litros; Em caso de uso de aditivos, observar as recomendaes do fabricante.

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    3.4. MisturaA mistura a etapa da produo na qual se faz a homogeneizao dos componentespor meio manual ou mecnico. Em ambos devem-se tomar as devidas precaues

    para se garantir a qualidade da mistura.No processo mecnico de mistura, devemos atentar para alguns fatores importantes:Ordem de colocao dos componentes: No existem regras estabelecidas para aordem de colocao dos materiais na betoneira, porm, observando-se ascaractersticas dos materiais, o meio de preparo, e o tipo de equipamento pode-seestabelecer uma ordem mais lgica.Tempo de mistura: Tempo de mistura contado a partir da colocao do ltimo

    material, e dever durar sem interrupo, o tempo necessrio para a completahomogeneizao da mistura dos componentes, esta durao aumenta de acordocomo volume da betonada, e aumentar quanto mais seco for o concreto. Este umfator de relevante importncia na produo do concreto. A no observao destefator acarretar:

    Tempo reduzido: Prejudica a homogeneidade, e reduz resistncia doproduto;

    Tempo elevado: Favorece a segregao e enrijecimento

    Velocidade do equipamento de mistura: A velocidade de rotao do equipamentodeve estar devidamente ajustada, de acordo com o princpio de funcionamento deste,pois exerce forte influncia no resultado final da produo, uma vez que:

    Velocidade baixa: Prejudica a homogeneidade e consistncia; Velocidade alta: Provoca a segregao dos componentes e o acmulo dos

    agregados na parede do tambor da betoneira em razo da pela foracentrfuga.

    3.5. Argamassa o material resultante da mistura de aglomerantes, agregados (cimento, cal, areia) egua e, quando necessrio, aditivos qumicos, utilizados para o assentamento deblocos de alvenaria, revestimentos de paredes e fixao de componentes daconstruo como marcos, contramarcos, suporte, dutos e outros.

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    3.5.1. Componentes das argamassas

    Aglomerantes

    Os aglomerantes so os componentes que tem a finalidade de juntar partculas euni-las com o desenvolvimento de sua resistncia mecnica.Cimento: o componente que d a resistncia mecnica argamassa. A maiorquantidade de cimento aumenta a resistncia e a aderncia da argamassa com abase. Porm, aumenta a retrao (ocasiona fissuras) e diminui a capacidade deabsorver deformaes da argamassa (resilincia).

    Cal: um componente utilizado somente na produo das argamassas derevestimento e assentamento, apresenta baixa resistncia mecnica e baixaaderncia com o substrato. No entanto responsvel pela reteno de gua e pelaresilincia das argamassas mistas de cimento e cal.

    Areia: o material granuloso e inerte que compe as argamassas com a funo deresistir aos esforos, diminuir a retrao e o consumo do aglomerante. denominadaareia natural o material resultante da ao de agentes da natureza e de areia artificialo material oriundo da britagem ou de outros processos indstrias.

    gua: Combina quimicamente os materiais e confere trabalhabilidade mistura. Agua exerce grande influncia nas argamassas, a dosagem inadequada pode influirfortemente na resistncia, caso seja excedente, e na plasticidade e trabalhabilidade,prejudicando a mistura, em caso de quantidade reduzida. So funes especficasda gua:

    Dar plasticidade ao conjunto, enquanto mido; Reagir com o cimento, permitindo o endurecimento.

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    3.5.2. Tabela de traos de argamassas

    APLICA ES TRAOSGrupo Subdiviso Cimento Cal Areia Tipo da Areia

    Alvenaria de Tijolos Macios1 tijolo - 20 a 22 cm 1 1,5 6 Grossa comum1/2 tijolo - 10 a 11 cm 1 2 8 Grossa lavada1/4 tijolo - 5 a 6 cm (cutelo) 1 2 8 Grossa lavada

    Alvenaria de TijolosLaminados (macios ou 21furos)

    1 tijolo - 20 a 22 cm 1 1 6 Grossa lavada1/2 tijolo - 10 a 11 cm 1 1 5 Grossa lavada

    Alvenaria de Tijolos de 6Furos

    1 vez 1 1,5 6 Grossa comum1/2 vez 1 2 8 Grossa lavada

    Alvenaria de Tijolos de 8Furos

    1 vez 1 1,5 6 Grossa comum1/2 vez 1 2 8 Grossa lavada

    Alvenaria de Blocos deConcreto para Vedao

    20 cm 1 0,5 8 Grossa lavada15 cm 1 0,5 8 Grossa lavada10 cm 1 0,5 6 Grossa lavada

    Alvenaria de Blocos deConcreto Auto-portantes 20 cm 1 0,25 3 Grossa lavada15 cm 1 0,25 3 Grossa lavadaAlvenaria de Blocos de Vidro 1 0,5 5 Mdia lavadaAlvenaria de PedrasIrregulares

    1 4 Grossa comum

    Alvenaria de ElementosVazados de Concreto

    6 cm 1 3 Mdia lavada

    ChapiscoSobre alvenaria 1 4 Grossa lavadaSobre concreto e tetos 1 3 Grossa lavada

    Emboo

    Interno, base para reboco. 1 4 Mdia lavadaInterno, base para cermica. 1 1,25 5 Mdia lavadaInterno, para tetos. 1 2 9 Mdia lavadaExterno, base para reboco. 1 2 9 Mdia lavadaExterno, base para cermica. 1 2 8 Mdia lavada

    Reboco

    Interno, base para pintura. 1 4 Fina lavadaExterno, base para pintura. 1 3 Fina lavadaBarra lisa 1 1,5 Fina lavadaInterno, para tetos, base para pintura. 1 2 Fina lavada

    Assentamento deRevestimentos

    Interno - cermico 1 1 5 Mdia lavadaExterno-cermicas 1 0,5 5 Mdia lavadaPeitoris, soleiras e capeamentos. 1 4 Mdia lavada

    Pisos

    Base regularizadora para cermicas 1 5 Grossa lavadaBase regularizadora p/ pisosmonolticos

    1 3 Grossa lavada

    Base regularizadora p/ tacos 1 4 Grossa lavadaColocao de cermicas 1 0,5 5 Mdia lavadaColocao de tacos 1 4 Mdia lavadaCimentados alisados 1 3 Fina lavada

    Para areia e cal usar caixa ou padiola ou caixa 35 x45 x 23 cm, ou lata de 18 litros, Em caso de substituir a Cal por aditivo, observar as especificaes do fabricante. 1 saco de cimento equivale a 02(duas) latas

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    3.5.2. Produo de argamassa

    Preparo manual da argamassa:

    1- Certificar qual composio do trao a ser preparado;2- Medir os componentes criteriosamente utilizando os medidores adequados;3- Espalhe a areia formando uma camada de uns 15 cm;4- Sobre a areia, coloque o cimento e a cal hidratada;5- Com uma p ou enxada mexa a areia e o cimento at formar uma mistura bemuniforme;6- Espalhe a mistura formando uma camada de 15 cm a 20 cm;7- Faa um monte com um buraco (coroa) no meio;8- Adicione e misture a gua aos poucos, evitando que escorra.

    Preparo mecnico da argamassa: Argamassa em betoneira sem carregador

    1- Certificar qual composio do trao a ser preparado;2- Medir os componentes criteriosamente utilizando os medidores adequados;3- Ligar a betoneira;4- Colocar a areia;5- Adicione metade de gua e misture por um minuto;6- Colocar o cimento e a cal hidrata;7- Colocar o resto da gua;8- Deixar rodar pelo tempo de 3 a 5 minutos.

    Argamassa em betoneira com carregador1- Certificar qual composio do trao a ser preparado;2- Medir os componentes criteriosamente utilizando os medidores adequados;3- Ligar a betoneira;4- Colocar a gua no tambor da betoneira (75% aproximadamente);5- Colocar no carregador da betoneira 50% da areia;6- Colocar no carregador da betoneira todo o cimento e a cal hidratada;7- Colocar no carregador da betoneira o restante da areia (50%);8- Despejar o contedo do carregador no tambor da betoneira;

    9- Adicionar no tambor da betoneira o restante da gua e misture por um minuto;10- Deixar rodar pelo tempo de 3 a 5 minutos .

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    3.6. Concreto o material resultante da mistura de um aglomerante (cimento), um agregadogrado (brita ou seixo rolado), um agregado mido (areia), gua e outros aditivos

    qumicos.

    3.6.1. Componentes do concreto

    AglomerantesOs aglomerantes so os componentes que tem a finalidade de juntar partculas e uni-las com o desenvolvimento de sua resistncia mecnica.

    Cimento: o componente que d a resistncia mecnica ao concreto. A maiorquantidade de cimento aumenta a resistncia, porm, aumenta a retrao (ocasionafissuras) e diminui a capacidade do concreto de absorver deformaes(resilincia).

    AgregadosSo materiais granulosos e inertes que compem as argamassas e concreto com afuno de resistir aos esforos, diminuir a retrao e o consumo do aglomerante.

    Agregado mido: a areia de origem natural ou resultante do britamento de rochasestveis, ou a mistura de ambas, cujo dimetro gros varia entre 0,05 mm e 4,8 mm.Agregado grado: o pedregulho ou a brita proveniente de rochas estveis, ou amistura de ambos, cujos gros apresentam entre 4,8 mm e 152 mm.O pedregulho o agregado grado que pode ser utilizado em concreto como encontrado na natureza, passando apenas pelo processo de lavagem e seleo.

    Tambm conhecido como cascalho ou seixo rolado.A brita o agregado grado originado atravs da fragmentao artificial de rocha.Comercialmente as britas so classificadas como:

    Brita 0.............. Gros de 4,8 mm a 9,5 mm; Brita 1.............. Gros de 9,5 mm a 19,0 mm; Brita 2............. Gros de 19,0 mm a 25,0 mm; Brita 3............. Gros de 25,0 mm a 38,0 mm;

    Brita 4............. Gros de 38,0 mm a 76,0 mm.3.6.1. Tabela de traos de concreto para uso em obras

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    TABELA PRTICA DE TRAOS DE CONCRETO PARA USO EM O

    CARACTERISTICAS

    CONSUMO DE MATERIAL

    POR M3 DE CONCRETO

    ALTURA

    UTILI ZAO

    RESISTNCIAPROVVEL

    NACOMPRESSO

    (Kg/cm2)

    TRAOEM

    VOLUMECIMENTO

    (Kg)AREIASECA

    (l)

    AREIAUMIDA

    (l)BRITA 1

    (l)BRITA 2

    (l)GUA

    (l)AREIA(cm)

    400 1: 1: 2

    514(10,28

    SACOS) 363 465 363 363 226 28,7

    350 1: 1 1/2: 3387

    (7,75 SACOS) 409 524 405 405 189 21,5

    298 1: 2: 2 1/2374

    (7,75 SACOS) 528 676 330 330 206 28,7Obras deresponsabilidade 254 1: 2: 3

    344(7,0 SACOS) 486 622 364 364 210 28,7

    228 1: 2 1/2: 3319

    (6,38 SACOS) 562 719 337 337 207 25,9Colunas

    Baldrames eVigas mdias 210 1: 2: 4297

    (6,0 SACOS) 420 538 420 420 202 28,7

    195 1: 2 1/2: 3 1/2293

    (6,0 SACOS) 517 662 362 362 208 23,9Estrutura deconcreto Armado 185 1: 2 1/2: 4

    276(5,5 SACOS) 487 625 350 350 204 23,9

    Cintas deamarrao,pequenas lajes. 157 1: 2 1/2: 5

    246(5,0 SACOS) 435 557 435 435 195 23,9

    124 1: 3: 5229

    (4,58 SACOS) 486 622 405 405 202 28,7

    100 1: 3: 6208

    (4,16 SACOS) 441 564 441 441 198 28,7Leitos e CamadasPreparatrias 50 1: 4: 8

    161(3,22SACOS) 456 584 456 456 194 28,7

    ObservaesLargura = 45 cmComprimento = 35 cm1 saco de cimento equivale a 2 latas de 18 litros

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    3.6.2. Outros agregados

    Argila expandida: um agregado grado, leve, obtido pela expanso a quente, esob controle, de certos tipos de argilas. Possui resistncia razovel e isolantetermo-acstico.Vermiculita: um produto mineral utilizado como agregado mido em argamassascom a funo de isolante termo-acstico. O produto no apresenta odor, no perecvel, no conduz eletricidade, e tem baixa resistncia mecnica.gua: Combina quimicamente os materiais e confere trabalhabilidade mistura. Agua exerce grande influncia no concreto, a dosagem inadequada pode influirfortemente na resistncia, caso seja excedente, e na plasticidade e trabalhabilidade,prejudicando a mistura, em caso de quantidade reduzida. So funes especficas dagua:

    Dar plasticidade ao conjunto, enquanto mido; Reagir com o cimento, permitindo o endurecimento.

    AditivosSo produtos qumicos que quando adicionados mistura na produo de concretose argamassas, em proporo sobre o peso de cimento, modificando as propriedadesfsico-qumicas desses, buscando melhorar a trabalhabilidade, e eliminar os efeitosindesejveis como segregao, fissuramento e bolhas, melhorando assim aresistncia mecnica, impermeabilidade, aparncia e durabilidade.

    3.6.2. Produo de concreto

    Preparo manual do concreto:1- Certificar qual composio do trao a ser preparado;

    2- Medir os componentes criteriosamente utilizando os medidores adequados;3- Espalhe a areia formando uma camada de uns 15 cm;4- Sobre a areia, coloque o cimento;5- Com uma p ou enxada mexa a areia e o cimento at formar uma mistura bemuniforme;6- Espalhe a mistura formando uma camada de 15 cm a 20 cm;7- Coloque a pedra sobre essa camada, misturando tudo muito bem;8- Faa um monte com um buraco (coroa) no meio;9- Adicione e misture a gua aos poucos, evitando que escorra.

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    Preparo mecnico do concreto: Concreto em betoneira sem carregador

    1- Certificar qual composio do trao a ser preparado;2- Medir os componentes criteriosamente utilizando os medidores adequados;3- Ligar a betoneira;4- Colocar a brita na betoneira;5- Adicione metade de gua e misture por um minuto;6- Colocar o cimento;7- Colocar o resto da gua;8- Colocar a areia;

    9- Deixar rodar pelo tempo de 3 a 5 minutos. Concreto em betoneira com carregador

    1- Certificar qual composio do trao a ser preparado;2- Medir os componentes criteriosamente utilizando os medidores adequados;3- Ligar a betoneira;4- Colocar a gua no tambor da betoneira (75% aproximadamente);5- Colocar no carregador da betoneira 50% da brita;

    6- Colocar no carregador da betoneira toda a areia;7- Colocar no carregador da betoneira todo o cimento;8- Colocar no carregador da betoneira o restante da brita (50%);9- Despejar o contedo do carregador no tambor da betoneira;10- Adicionar no tambor da betoneira o restante da gua e misture por um minuto;11- Deixar rodar pelo tempo de 3 a 5 minutos.

    IMPORTANTE:No caso de uso de aditivos, seguir rigorosamente as instrues do fabricantecontidas no rtulo do produto.

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    4. FUNDAMENTOS TCNICOS DA CONSTRUO

    Na construo civil todos os servios devem obedecer a alguns requisitos essenciais

    na sua execuo, de modo a apresentarem em seu aspecto final, certascaractersticas que garantiram o seu melhor desempenho quanto a sua esttica efuncionalidade.

    4.1. Prumo o perfeito posicionamento do elemento construtivo em relao ao plano vertical daconstruo.

    4.2. Alinhamento

    o perfeito alinhamento elemento construtivo em relao aos eixos dados peloprojeto da planta de eixos da construo.

    4.3. Nvel dado pelo correto posicionamento dos elementos construtivos em relao ao planohorizontal.

    4.4. Esquadro a medida correta dos ngulos formados pelos elementos construtivos, comotambm pela construo como um todo, obedecendo as medidas dadas pelo projeto.

    4.5. Dimenso a conformidade das dimenses estabelecidas pelo projeto na execuo do servio,observando dimenso de vos, dos panos e dos compartimentos, inclusive aslocaes dos vos.

    4.6. Planicidade

    dada pelo aspecto final do elemento construtivo, onde este apresente a superfcielivre de deformaes (bacias, barrigas, dentes, frestas, brocas, falhas e rachaduras eetc.).

    4.7. Textura o aspecto final da face do elemento construtivo. Conforme a finalidade de uso doelemento ela pode ser mais spera ou mais lisa.

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    5. LOCAO DE OBRAS

    a implantao do projeto no terreno, de modo a determinar todos os referenciaisnecessrios construo da obra. A locao tem como parmetro o projeto delocalizao ou de implantao do edifcio.No projeto de locao, o edifcio sempre est referenciado a partir de um pontoconhecido e previamente definido, chamado referencial primrio. A partir deste ponto,passa-se a posicionar (locar) no terreno a projeo do edifcio. comum ter-se como referncia primria os seguintes pontos:

    O alinhamento da rua; Um poste no alinhamento do passeio; Um ponto topogrfico; Uma lateral do terreno.

    Os referenciais primrios so utilizados para determinar os referenciais principais noterreno ou no gabarito de locao.Para iniciar a locao da obra so necessrias as seguintes condies:

    Terreno liberado; Estarem executadas: demolies; Escavaes; contenes; drenagem, etc.; Projetos disponibilizados; Materiais para construo do gabarito.

    A locao define: Posicionamento da obra; Referenciais principais do edifcio; Referncia de nvel RN (cota bsica); Eixos principais; Eixos auxiliares; Elementos de fundaes; Blocos, estacas, sapatas, vigas baldrames, etc.; Elementos estruturais; Pilares, paredes, cortinas.

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    5.1. Gabarito de locaoExistem diferentes mtodos de locao, que usualmente variam em funo do tipo deedifcio. O mais usual o gabarito corrido que consiste de um polgono de madeiracom lados ortogonais que circunscreve a rea onde a edificao ser locada. Nogabarito so marcados referenciais principais e os eixos e faces dos elementos defundaes e de estruturas do edifcio conforme projeto. Estes eixos, atravs docruzamento de linhas, possibilitam a locao dos elementos desejados sem anecessidade de aparelhos.

    Figura 53: Gabarito de locao

    5.2. Referncia de nvel e eixosA referencia de nvel (RN) e os dois eixos principais devem ser materializados noterreno de forma segura e duradoura, pois sero referenciais fixos que orientarotodas as demais locaes da obra.

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    Figura 54: Marcao de referncia de nvel no gabarito de locao

    5.3. Demarcaes da escavao para alicerces

    Figura 55: Planta baixa arquitetura

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    5.3.1. Material, Ferramentas e Utenslios.Tbuas de pinho, bruto, de 12 x 1, pontaletes de pinho 7 x 7, pregos 18 x 27 e17 x 21, arame recozido n. 18, nvel de bolhas, nvel de borracha, metro, trena,esquadro, prumo de cento, linha, martelo.5.3.2. Processo de Execuo1 passo: Arme o cavalete de demarcao, conforme os desenhos, nivelando-os a1,00m acima do piso acabado da casa a ser construda.2 passo: Demarque no cavalete todas as paredes perpendiculares ao alinhamento,deslocando um prego 18x27 no ponto do eixo e dois 17x21 nas faces da futuraparede. Acerte o esquadro das paredes externas com o alinhamento.

    3 passo: Demarque em seguida as paredes paralelas ao alinhamento prosseguidoconforme fase 2.4 passo: Estique os arames na direo da parede, cujo alicerce queira marcar.5 passo: Marque as arestas da parede na terra com auxilio de uma barra de ferro oude um sarrafo, guiando-as ao lado dos arames esticados.

    NotaNo esquea: O alicerce mais largo do que a parede. A escavao ser portantomais larga do que a parede ou o alicerce.

    Figura 56: Marcao dos eixos e faces dos componentes

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    6. FUNDAES

    As fundaes so os elementos estruturais com funo de transmitir as cargas daestrutura para o solo. Portanto, as estas devem ter resistncia adequada parasuportar as tenses causadas pelos esforos solicitantes, bem como o solo necessitade resistncia e rigidez apropriadas para no sofrer ruptura e no apresentardeformaes exageradas ou diferenciais.Para escolher a fundao mais adequada, devem-se conhecer os esforos atuantessobre a edificao, as caractersticas do solo e dos elementos estruturais queformam as fundaes.Fundaes bem projetadas correspondem de 3% a 10% do custo total do edifcio;porm, se forem mal concebidas e mal projetadas, podem atingir 5 a 10 vezes ocusto da fundao mais apropriada para o caso.

    6.1. Sondagem trabalho tcnico que consiste na retirada de amostras do subsolo em diversasprofundidades e locais do terreno, para realizar a avaliao de suas caractersticas epropriedades, com o objetivo de se poder determinar qual o tipo de fundao maisadequado para a construo.Na maioria dos casos, a avaliao e o estudo das caractersticas do subsolo doterreno sobre o qual ser executada a edificao se resume em sondagens desimples reconhecimento, mas dependendo do porte da obra ou se as informaesobtidas no forem satisfatrias, outros tipos de pesquisas devero ser executados.

    6.2. Tipos de fundaesAs fundaes se classificam em diretas e indiretas, de acordo com a forma detransferncia de cargas da estrutura para o solo onde ela se apia.Fundaes diretas so aquelas que transferem as cargas para camadas de solocapazes de suport-las sem deformar-se exageradamente. As fundaes diretaspodem ser subdivididas em rasas e profundas. A fundao rasa se caracterizaquando a camada de suporte est prxima superfcie do solo (profundidade at 2,5m), quando as dimenses ultrapassam este limite a fundao consideradaprofunda.Fundaes indiretas so aquelas que transferem as cargas por efeito de atrito lateraldo elemento com o solo e por efeito de ponta As fundaes indiretas so todasprofundas, devido s dimenses das peas estruturais.

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    Tabela de Tipos de fundao

    Fundaes diretas rasas Blocos e alicercesSapatas Corrida

    IsoladaAssociadaAlavancada

    RadiersFundaes diretas profundas Tubules Cu aberto

    Ar comprimidoFundaes indiretas brocas

    Estacas de madeiraEstacas de aoEstacas de concreto pr-moldadasEstacas de concreto moldadas inloco

    StraussFrankiRaizBarrete/Estaco

    6.3. Execuo de fundao direta rasa

    O tipo de fundao mais usado para obras de pequeno porte e em solo firme, atuma profundidade de 60 cm, a viga baldrame, este tipo de fundao consiste deuma viga corrida que pode ser executada de vrios tipos:

    Viga de concreto armado com molde de forma de madeira;

    Viga de canaleta de concreto com enchimento de concreto e barras de ferrocorrido;

    Alvenaria de tijolos macios, em bloco simples ou escalonado; Pedras compactadas e lastro de concreto simples.

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    Figura 57: Viga baldrame com canaleta de concreto

    Fonte: ABCP

    Figura 58: Viga baldrame concreto armadoFonte: ABCP

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    Caso o terreno no apresente solo firme na profundidade de 60 cm, necessrioapoiar a viga baldrame sobre estacas de concreto, o que proporcionar maiorestabilidade para a construo.

    Figura 59: Viga baldrame concreto armado com estacaFonte: ABCP

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    7. ALVENARIA DE VEDAO

    A alvenaria um conjunto coeso e rgido construdo de pedras ou blocos, naturais ou

    artificiais, ligadas entre si de modo estvel pela combinao de juntas e interposiode argamassa.Geralmente utilizamos a alvenaria para execuo de paredes, mas, ela pode serempregada na confeco de diversos elementos construtivos como: abbadas,sapatas, vigas de alicerces, gabies e etc.Existem dois tipos de alvenaria:

    Alvenaria de vedao: a alvenaria que no tem funo estrutural, e tem

    como finalidade a vedao, diviso de ambientes; Alvenaria estrutural: o tipo de alvenaria que alm das finalidades devedao e diviso, tambm tem funo estrutural, ou seja, suporta cargascomo: peso das lajes, telhados, pavimento superior, etc.

    As alvenarias devem possuir algumas caractersticas tcnicas que so: Resistncia mecnica: capacidade de suportar impactos mecnicos; Isolamento trmico e acstico: capacidade de isolar calor, frio e sons; Resistncia ao fogo: incombustibilidade; Estanqueidade: capacidade de impedir a entrada ou a sada de lquidos;

    Durabilidade: resistncia as intempries com o decorrer do tempo (sol,chuva, vento e etc.).

    7.1. Juntas7.1.1. Juntas de interposio

    Junta de interposio o espao (fresta) regular entre duas fiadas do material

    componente da alvenaria, podendo ser preenchida ou no com argamassa.As juntas da alvenaria podem ser dois tipos:

    Junta amarrada; Junta paralela ou a prumo.

    7.1.2. Junta Amarrada

    Sistema de execuo das alvenarias em que as juntas verticais entre blocos ou tijolosde fiadas consecutivas so dispostas de uma maneira desencontradas.

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    7.1.3. Junta prumo ou paralela

    Sistema de execuo das alvenarias em que as Juntas verticais entre blocos outijolos de fiadas consecutivas so dispostas de uma maneira coincidente e contnua.

    7.1.4. Amarrao entre fiadas de alvenaria

    Preferencialmente, deve-se adotar a amarrao denominada a "meio-tijolo" ou a"meio-bloco", termo indicativo de que as juntas verticais de assentamento estoposicionadas a meia dimenso dos blocos das fiadas adjacentesA amarrao um dos meios mais importantes para proporcionar a necessriarigidez s paredes.

    A amarrao na parede de 1/2 tijolo conseguida assentando-se os tijolos da 2fiada de modo tal, que a junta entre tijolos fique exatamente no meio do tijolocorrespondente da 1 fiada.A 3 fiada executada como a 1 e a 4 como a 2, e assim sucessivamente.Podemos dizer que todas as fiadas de nmeros mpares sero como a 1, todas asde nmeros pares como a 2.

    Figura 60: Amarrao de fiadas com meio-bloco

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    7.1.5. Juntas verticais no preenchidas

    O no preenchendo as juntas verticais possibilita-se que haja uma dissipao, nestas juntas, das tenses induzidas pelas deformaes:

    Intrnsecas (retrao e expanso higrotrmicas, deformao lenta, etc.); Extrnsecas a ela (deformaes da estrutura reticulada).

    Objetivos: Absorver as deformaes; Evitar fissuras na prpria alvenaria.

    Figura 61: juntas verticais no preenchidas

    7.1.6. Interao bloco-argamassa

    As propriedades da alvenaria so dependentes das caractersticas dos componentesconstituintes e da adequada interao bloco-argamassa.Esta interao, entre os blocos e as juntas de argamassa a responsvel pelaobteno de um produto considerado "homogneo", coeso e monoltico, a partir deprodutos isolados.Fatores de influncia na aderncia bloco-argamassa:

    Qualidade das argamassas; Capacidade de reteno de gua; Qualidade dos blocos;

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    Velocidade de absoro (suco inicial); Condies da superfcie (partculas soltas, textura, etc.); Qualidade de mo-de-obra; Tecnologia de assentamento; Preenchimento completo da junta; Intervalo de tempo entre o espalhamento de argamassa e a colocao do

    bloco; Intervalo de tempo entre a mistura e o uso da argamassa, etc. Condies de cura.

    7.2. AmarraesEntende-se como amarrao da alvenaria o engastamento entre painis de paredesou entre as paredes e a estrutura da edificao.Tipos de amarraes da alvenaria:

    Amarrao das Juntas; Amarrao entre painis; Amarrao entre painis e estrutura.

    7.2.1. Ligao entre painis de paredesExistem casos de cruzamentos ou junes de painis de alvenaria perpendicularesentre si. Nestes casos necessrio que haja o travamento entre estes painis.A ligao entre painis de alvenaria se d por meio da amarrao bloco a bloco, ouseja, intercalando-se os blocos fiada a fiada, com a interposio de argamassa.Conforme o tipo de estrutura da edificao e o bloco utilizado na alvenaria, asamarraes nos encontros dos painis receber o reforo com tela metlica,

    grampos ,ganchos ou hastes metlicas.Os encontros de painis de alvenarias podem ocorrer de trs formas:Amarrao em LAmarrao em TAmarrao em X

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    Figura 61: Tipos de ligao entre paineis de alvenaria

    7.2.2. Ligao das paredes aos componentes estruturais

    O detalhamento das ligaes dos painis de alvenaria estrutura depende dascaractersticas de deformabilidade da estrutura e do grau de vinculao entreparedes e estrutura, previsto no projeto estrutural. So registradas trspossibilidades:

    1 caso: A alvenaria funciona como travamento da estrutura, devendo trabalharrigidamente ligada a ela.Neste caso a execuo da estrutura acontece posterior a execuo da alvenaria,estando esta pronta, monta-se a forma do pilar ou viga, arrochando-as com grampos,prendendo-as aos painis de alvenaria (forma arrochada).A figura a seguir demonstra os casos mais comuns.

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    Figura 62: interao painelestrutura em estrutura travada pela alvenaria

    2 caso: A alvenaria no funciona como travamento e est envolta por estruturaaltamente deformvel (prticos de grandes vos, lajes do tipo cogumelo, etc.).3 caso: A alvenaria no funciona como travamento e a estrutura pouco deformvel.Inclui a grande maioria dos edifcios convencionais.

    No 2 e 3 casos a ligao feita com argamassa de assentamento sobre a facevertical do pilar previamente limpa e chapiscada, e reforadas com o uso de ferros deespera ou tela metlica.

    Figura 63: interao painelestrutura em estrutura pouco deformvel

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    7.3. Vergas e contravergasA presena de vos nas janelas alvenarias exige a construo de vergas e contra-vergas de modo a se distribuir da melhor forma os esforos concentrados nas regiodos vos. As vergas so pequenas vigas de concreto que sustentam as cargas sobreelas depositadas (cargas localizadas sobre o vo) e redistribuem estas cargas nasregies laterais aos vos.As vergas e contra-vergas podem ser moldas in loco ou pr-moldadas, sendo que asegunda situao a mais comumente utilizada. Em situaes particulares as vergase contra-vergas podero ser substitudas pelo assentamento de canaletasposteriormente preenchidas (no caso de alvenarias de blocos de concreto).

    7.3.1. Verga

    Viga de concreto armado colocada sobre as aberturas nas alvenarias, tais como,vos de portas e janelas, com a funo de sustentar os elementos construtivos sobreelas e impedir a transmisso de esforos para as esquadrias, quando existirem.

    7.3.2. Contraverga ou Verga Inferior

    Viga de concreto armado colocada sob as aberturas de janelas, com a funo deevitar o surgimento de trincas na alvenaria.As contravergas so peas similares s vergas e simtricas a elas em relao aosvos. As cargas aos vos de caixilhos so novamente redistribudas pelas

    contravergas nas regies abaixo das mesmas.

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    Figura 64: funcionamento de vergas e contravergas

    O dimensionamento das vergas e contravergas dever ser tal que atenda aos valoresindicados na tabela abaixo:

    Verga Contra-VergaVo L(cm)

    Traspasse Mnimo(cm)

    ComprimentoMximo da parede

    (m)

    Vo L(cm)

    TraspasseMnimo (cm)

    ComprimentoMximo da parede

    (m)50 100 10 < 8,0 50 30 < 8,0100 180 20 < 8,0 100 40 8,0 - 12,0180 320 30 < 12,0 320 60 8,0 - 12,0

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    7.4. Aperto ou acunhamentoO aperto ou acunhamento consta da interposio de materiais resistentes entre aalvenaria e o concreto, devidamente consolidados, de forma a evitar folgas e trincas

    nas juntas entre estes elementos.Por este processo, ao se executar a alvenaria, deixa-se um espao livre entre suaextremidade superior e a estrutura da edificao (viga ou laje). Este espao serposteriormente preenchido por cunhas de cimento ou por tijolos cermicos macios,fortemente apertados e argamassados, ou por "argamassa expansiva, prpria paraeste fim, travando-a em relao ao restante da estrutura.

    7.4.1. Condies para execuo

    Parede executada h no mnimo 15 dias; Dois pavimentos superiores com alvenaria executada; Executar o aperto em grupo de pavimentos (por exemplo, de 3 em 3) e de

    cima para baixo, com intervalo mnimo de 24 horas entre eles. Se possveliniciar o aperto pelo ltimo pavimento;

    Utilizar no aperto argamassa de mesmo trao da de emboo interno, porma argamassa no ser amolentada com gua pura, e sim com mistura (ColaRhodops 012 DC: gua) na proporo de 1:5;

    Preencher a folga do aperto por um lado da parede, aplicando a argamassacom colher de pedreiro e compactando-a em camadas com uma reginhade madeira. Aps 12 horas desta atividade, complementa-se o aperto pelooutro lado da parede. No caso das paredes externas, o aperto pelo lado defora ser executado pela equipe de emboo no perodo de preparao dafachada;

    Manter o local permanentemente limpo.

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    Figura 65: Acunhamento com argamassa expansiva

    7.5. Assentamento de tijolos

    Processo de Execuo1 passo: Assentar argamassa na marcao.

    Figura 66: assentamento da argamassa na marcao

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    2 passo: Assentar o 1 tijolo na argamassa e bater com a colher.

    3 passo: Retirar o excesso de argamassa.

    Figura 66: assentamento do tijolo

    Figura 66: corte do excesso de argamassa

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    7.5.1. Assentamento de parede de tijolo de 1/2 vez

    Figura 67: Assentamento de tijolo de 1/2 vez

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    7.5.2. Assentamento de parede de tijolo de 1 vez

    Figura 68: Assentamento de tijolo de 1/2 vez

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    7.5.3. Construo de parede de 1/2 vez com pilar de reforo de tijolo de 1 vez

    Figura 69: parede de 1/2 vez com pilar de reforo de tijolo de 1 vez

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    7.5.4. Construo de parede de canto em ngulo reto de tijolo de 1/2 vez

    Figura 70: Parede de canto em ngulo reto de tijolo de 1/2 vez

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    7.5.5. Construo de parede de canto em ngulo reto de tijolo de 1 vez

    Figura 71: parede de canto em ngulo reto de tijolo de 1 vez

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    7.5.6. Ligao de paredes de tijolo de 1/2 vez em ngulo reto

    Figura 72: Ligao de paredes de tijolo de 1/2 vez em ngulo reto

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    7.5.7. Ligao de paredes de tijolo de 1/2 vez em cruz

    Figura 73: Ligao de paredes de tijolo de 1/2 vez em cruz

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    8. CONTRAMARCOS E ESQUADRIAS

    8.1. Contramarcos de alumnioO contramarco um marco fabricado com o mesmo material usado nas esquadriasque depois ficar encoberto por esta.

    8.1.1. Aspectos gerais

    Devem ser instalados aps a execuo da cobertura e antes do reboco; Determinam a altura de pisos, e espessuras iguais de paredes; Permitem que a esquadria s seja colocada na fase final da obra; A instalao deve obedecer rigorosamente os critrios da prumagem,

    nivelamento, alinhamento e esquadro.8.1.2. Finalidades do contramarco

    Auxiliar no correto preparo do vo para receber a esquadria; Permitir dar o acabamento do vo, sem provocar danos na esquadria; Permitir fabricar as esquadrias somente aps todos os contramarcos

    estarem instalados; Servir como gabarito para acabamento do vo e para que as esquadrias

    sejam fabricadas com as mesmas dimenses; Atravs das medidas internas dos contramarcos, as dimenses das

    esquadrias so definidas com suas respectivas folgas de fabricao.

    8.1.3. Recomendaes

    Alvenaria deve estar concluda e chapiscada com vos das aberturas comfolgas de 3 a 7 cm de cada lado;

    A estrutura dever estar concluda para que seja possvel aprumar oscontramarcos a partir de fio de prumo externo;

    As taliscas das paredes internas tambm devem estar indicando o planofinal do acabamento;

    Dever haver uma referncia de nvel do peitoril em relao ao pisoacabado padro para todas as janelas do mesmo pavimento;

    Controlar a uniformidade de medidas dos contramarcos em um conjunto de

    peas de mesmas dimenses.

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    Fechar o quadro do contramarco, com a colocao de vedante de siliconenos vrtices, pontos mais vulnerveis s infiltraes;

    Assentar os contramarcos, com o auxlio de gabaritos de metalon, evitandodeformaes e sobretudo garantindo o esquadro dos vos;

    O uso de cunhas de madeira para a sua fixao dos contramarcos podeacarretar:

    a) Torso do perfil, impossibilitando a montagem das esquadrias;b) Ponto de infiltrao, decorrente da no retirada dessas cunhas aps

    a concluso do chumbamento. Devido o coeficiente de dilatao diferente entre o contramarco e o

    substrato de assentamento, recomenda-se a aplicao de um mastiqueflexvel no ponto de juno entre o contramarco e o material derevestimento;

    Quando da execuo do acabamento do vo onde ser instalada aesquadria, deve haver especial quanto possvel reduo deste vo no atode assentamento do revestimento circundante, o que poder dificultar ou atmesmo impossibilitar a instalao da pea.

    8.1.4. Assentamento de contramarcos de alumnio

    a) Dependendo das dimenses do vo, utilizar sarrafos de madeira de 1"x2" em cruzou verticais para dar suporte ao ajuste pela face externa do contramarco e cunhasde madeira;

    b) Os contramarcos devero ser amarrados precariamente nos sarrafos com aramesrecozidos para permitir os ajustes de prumo, alinhamento e nvel;

    c) Preferencialmente os chumbadores de ao devem ocupar a folga entre ocontramarco e o vo, sem que haja necessidade de fazer rasgos na parede;

    d) Os chumbadores devem ficar a 20 cm dos cantos e em nmero suficiente para queno fiquem a mais de 80 cm uns dos outros;

    e) Fazer os ajustes de nvel, alinhamento, prumo e esquadro usando cunhas, rguase demais ferramentas;

    f) O alinhamento deve compatibilizar a face externa com a face interna da parede ese ocorrer diferenas adotar, preferencialmente, a face externa como referncia;

    g) aps conferir todas as referncias, dar o aperto no arame de amarrao nossarrafos;

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    h) Encaixar os chumbadores (grapas metlicas) no contramarco em nmerosuficiente (ver norma e indicao do fornecedor);

    i) conferir novamente esquadro, nvel, prumo e alinhamento; j) fazer o chumbamento definitivo com argamassa de cimento e areia mdia, no trao

    1:3, apenas nos pontos de ancoragem;k) aguardar 24 horas e completar o preenchimento com argamassa e dar o

    acabamento (requadro);l) no caso de contramarcos de portas recomendvel a colocao de uma proteo

    na soleira para evitar que o trnsito de carrinhos e pessoas danifique a pea dealumnio;

    m) aps 24 horas podem ser retirados os sarrafos.

    Figura 74: Esquema de assentamento de contramarcoFonte: UEPG

    8.2. Esquadrias MadeiraAs esquadrias de madeira so sistemas funcionais constitudos de batente ou marco,guarnio (alisares ou vistas), folha e ferragens (dobradias, fechadura, travas efixadores).

    8.2.1. Batente

    o elemento fixo que guarnece o vo da parede onde se prende a folha de porta, eque tem um rebaixo (jabre) contra o qual a folha de porta se fecha.

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    8.2.2. Folha

    a parte mvel da porta, e quando do tipo de articulao, o sentido de abertura direita ou esquerda de quem olha a porta do lado em que no aparecem asdobradias.

    8.2.3. Alisar (guarnio ou vista)

    a pea fixada ao batente e destinada a emoldur-lo (para arremate junto daparede).

    8.2.4. Fixao dos batentes de portas

    O processo para a fixao dos batentes das portas vai depender do tipo de parede,de batente, tipo de porta etc. Seja qual for o mtodo, o principal cuidado deve ser emrelao s medidas, prumos, nveis e alinhamentos.Qualquer desvio dimensional na colocao dos batentes ir provocar ofuncionamento incorreto da porta, obrigando a retrabalhos, aumento de custos eatrasos na entrega da obra e insatisfao do cliente.

    8.2.5. Recomendaes

    Alvenaria concluda e vos das aberturas aprumados e nas dimensesdeterminadas pelo projeto (sempre com uma folga de 1 a 1,5 cm de cadalado);

    Se a fixao for com espuma expansiva de poliuretano as faces dos vosdevem estar chapiscadas e requadradas com emboo;

    O contrapiso deve estar pronto e nvel do piso deve estar rigorosamentemarcado ou com taliscas at seu nvel final (se a acabamento for em

    carpete ou qualquer outro material considerar a espessura final doacabamento);

    As taliscas (tacos) do revestimento das paredes devem ter sido colocadas; Se a obra comportar trabalhos em srie (padronizao e repetio) a

    montagem dos batentes pode ser feita em bancada centralizada; Definir as dimenses padres de altura das ombreiras (montantes)

    efetuando os cortes necessrios com absoluto rigor de esquadro;

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    Posicionar a travessa j cortada na medida indicada sobre os montantes efixar com pregos 18x36, fazendo furos com broca de 5 mm na madeira paraevitar rachaduras;

    Conferir o esquadro entre os montantes e a travessa e fixar os travamentos(sarrafos de 1"x2") j devidamente cortados com pregos 15x15.

    8.2.6. Preparao do vo para a fixao do batente

    Fixao provisria do batenteA fixao dos batentes pode ser feita com parafusos, com tacos ou grapas ou aindapelo sistema de porta pronta. Seja qual for a forma de fixao deve-se adotar os

    seguintes procedimentos: Posicionar o batente junto ao vo apoiando os ps dos montantes no nvel

    do piso acabado, ajustando o prumo e mantendo folgas iguais em ambos oslados dos montantes;

    Acertar o alinhamento usando rgua de alumnio posicionada no plano daparede acabada (taliscas);

    Verificar o prumo e nvel em todas as faces dos montantes e da travessa; Usar cunhas somente para garantir que o prumo no seja alterado at afixao final com a colocao da porta e nunca como calo;

    No caso da fixao com espuma expansiva de poliuretano, a superfcie dasfaces deve estar chapiscada e emboada, limpa e levemente umedecida;

    Preferencialmente conservar os sarrafos de travamento por alguns dias atque a madeira absorva a umidade natural do local e no mnimo otravamento do p, evitando assim o empenamento das peas.

    8.3. Esquadrias de AoAs esquadrias de ao podem substituir tanto as portas de madeira como as dealumnio, devendo-se levar em considerao os aspectos tcnicos (segurana e basepara fixao), estticos e de custo envolvidos.As esquadrias de ao so mais indicadas para edificaes comerciais e industriais.Com relao instalao das esquadrias de ao os cuidados so muito semelhantesaos adotados na instalao de portas de madeira ou alumnio, considerando a folga

    no vo, dimenses, nivelamento, alinhamento e prumos das superfcies, com avantagem de que as portas em geral so instaladas j montadas (porta, batentes echumbadores).

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    9. REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

    Revestimentos argamassados so todos os procedimentos utilizados na aplicao demateriais de proteo e de acabamento sobre superfcies horizontais e verticais deuma edificao, tais como: alvenarias e estruturas.A execuo dos revestimentos com argamassas envolve uma srie de processosexecutivos e pr-requisitos que se no forem bem observados incorrer na perda dequalidade do servio acarretando prejuzos irrecuperveis.Nas edificaes, consideraram-se trs tipos de revestimentos argamassadosconforme a sua base de aplicao (substrato):

    Revestimento de paredes; Revestimento de pisos; Revestimento de tetos.

    9.1. Padres de revestimentos argamassadosOs revestimentos de argamassados se dividem em: reboco, que recebemacabamento em pintura e emboo quando recebem revestimentos.Para a execuo do revestimento argamassado necessrio observar algunsrequisitos:

    Terem decorridos 3 dias da aplicao do chapisco; Taliscamento executado; Caixas e quadros eltricos j embutidos; As tubulaes hidrulicas e eltricas j embutidas; Rasgos devidamente preenchidos; Tacos dos batentes assentados; Marcos e contramarcos das esquadrias j assentados; Reforo de telamento; Preferencialmente o contrapiso executado.

    9.1.1. Emboo

    a argamassa de regularizao que tem a funo de uniformizar e impermeabilizar asuperfcie das alvenarias de tijolos ou blocos de concreto, corrigindo pequenasirregularidades, prumos, alinhamento dos painis, para atuar como base para a

    aplicao do revestimento de acabamento.

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    9.1.2. Reboco

    Revestimento de argamassa aplicado em camada nica, acabado, sem proteo deoutro revestimento, usualmente protegido por um sistema de pintura.

    9.2. Funes do revestimento de argamassaO revestimento de argamassa tem como funo:

    Proteo dos elementos de vedao as intempries e agentes agressivos; Auxiliar os elementos de vedao nas funes de isolamento termo-acstico

    e a estanqueidade; Regularizar a superfcie dos elementos de vedao, adequadando-os ao

    recebimento do acabamento final; Contribuir para a esttica da fachada.

    9.3. Propriedades do revestimento de argamassa

    O revestimento argamassado apresenta certas propriedades, relativas ao seu estadofresco e endurecido, que possibilitam o cumprimento adequado de suas funes.A compreenso dessas propriedades e dos fatores que influenciam na sua obteno,permite prever o comportamento do revestimento nas diferentes situaes de uso.

    9.3.1. Propriedades da Argamassa no Estado Fresco

    Massa especficaA massa especfica a relao entre a massa da argamassa e o seu volume. Amassa especfica fundamental na dosagem das argamassas, para a converso dotrao em massa para trao em volume, que comumente empregado na produo

    das argamassas.

    Importante:

    No funo do revestimento argamassado corrigir imperfeies grosseirasdecorrentes das falha de execuo das alvenarias e da estrutura.

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    Teor de ar incorporado a quantidade de ar existente em um determinado volume de argamassa. Quantomaior o teor de ar, menor ser a massa especfica relativa da argamassa.O teor de ar da argamassa pode ser aumentado atravs dos aditivos incorporadoresde ar. Sendo o uso desses aditivos realizado de modo criterioso, pois pode interferirnegativamente nas demais propriedades da argamassa.Trabalhabilidade a propriedade da argamassa, que propicia ao profissional a facilidade de preparo,manuseio e aplicao. Uma argamassa considerada trabalhvel quando:

    Deixa penetrar facilmente a colher de pedreiro, sem ser fluida;

    Mantm-se coesa ao ser transportada, mas no adere colher ao serlanada;

    Distribui-se facilmente e preenche todas as reentrncias da base; No endurece rapidamente quando aplicada.

    Alguns fatores que influenciam na trabalhabilidade da argamassa, como: As caractersticas dos materiais constituintes da argamassa; O trao;

    O uso aditivos incorporadores de ar.Reteno de gua a capacidade de a argamassa reter a gua de amassamento, evitando assim aperda acelerada de gua seja pela absoro pela base ou pela evaporao. Istopermite que as reaes de cura da argamassa seja gradativa, proporcionando aadequada hidratao do cimento e conseqente ganho de resistncia.A perda acelerada de gua compromete as propriedades da argamassa em seu

    estado endurecido, como: Aderncia; Capacidade de absorver deformaes; Resistncia mecnica; Durabilidade; Estanqueidade.

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    9.3.2. Propriedades da Argamassa no estado endurecido

    Aderncia

    a capacidade da argamassa de se fixar ao substrato, e ocorre devido aoendurecimento do aglomerante (cimento) que penetra nos poros superficiais da base junto com a gua de amassamento, estabelecendo a ancoragem mecnica daargamassa nas reentrncias e salincias da base.Os principais responsveis pela aderncia so: teor de cimento, reteno de gua,caractersticas do substrato, qualidade da mo-de-obra.Capacidade de absorver deformaesA argamassa deve ser capaz de absorver as deformaes da base e dela prpria,sem apresentar fissuras nem diminuir sua aderncia. Esta propriedade estdiretamente relacionada com o mdulo de deformao e inversamente proporcional resistncia compresso da argamassa.As deformaes ocorrem, na argamassa fresca, devido perda de gua decorrenteda suco da base e pela evaporao ao ambiente. Depois de endurecida, sodecorrentes de tenses geradas por gradientes de temperatura, umidade, vibraes,sobrecargas e outros.Resistncia mecnicaAs argamassas devem possuir resistncia mecnica compatvel com os esforos aque ser solicitada. Em argamassas de assentamento para alvenarias estruturais, aresistncia compresso uma propriedade fundamental. No caso de argamassasde revestimento, entretanto, a argamassa dever possuir resistncia a esforos deabraso superficial, cargas de impacto e movimentos de contrao e expanso dorevestimento em funo de variaes higrotrmicas (temperaturas e umidades), masa resistncia compresso no deve ser elevada.Permeabilidade a capacidade da argamassa de permitir a passagem de gua por meio de umarede de poros. influenciada principalmente pela proporo e natureza dos materiaisconstituintes, pela tcnica de execuo, pela espessura da camada, pela natureza dabase e por fissuras existentes.A permeabilidade ao vapor da gua, recomendvel, pois favorece a secagem da

    parede e impede a condensao de gua em sua superfcie.

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    Caractersticas da superfcieA rugosidade e a porosidade superficiais esto relacionadas com o acabamento ecom a compatibilizao com o sistema de pintura, alm de influenciar naestanqueidade, resistncia mecnica e durabilidade.DurabilidadePrincipais condies de exposio a serem consideradas no projeto do revestimentoargamassado: movimentaes de origem trmica, higroscpica ou impostas porforas externas ao revestimento, espessura excessiva do revestimento e crescimentode microorganismos.

    9.4. Projeto dos revestimentos de argamassaA elaborao do projeto do revestimento de argamassa de fundamental importnciapara a obteno de um resultado melhor na produo do revestimento e no seudesempenho, atravs do aumento da qualidade e produtividade e da reduo dasfalhas, desperdcios e custos.O projeto do revestimento de argamassa deve apresentar um conjunto deinformaes relativas s caractersticas do produto e a forma de produo. Demaneira geral, esse projeto deve definir:

    O tipo de revestimento (nmero de camadas); O tipo de argamassa e espessura das camadas; Os detalhes arquitetnicos e construtivos; As tcnicas mais adequadas para a execuo; O padro de qualidade dos servios.

    Todas essas definies devem ser feitas com base em parmetros tecnolgicos,considerando as exigncias do revestimento frente s condies de exposio.

    9.5. Preparao do substrato ou base de aplicaoAntes da aplicao do revestimento argamassado necessrio fazer a preparaodo substrato deixando-o devidamente preparado para o recebimento da camada deargamassa, estes servios so essenciais para que o revestimento cumprasatisfatoriamente a sua funo na construo.Esta preparao envolve um conjunto de atividades que visam adequar a base aorecebimento da argamassa. E vo da limpeza da estrutura e da alvenaria;

    eliminao das irregularidades superficiais; remoo das incrustaes metlicas eao preenchimento de furos.

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    Limpeza da base

    A limpeza da base deve ser feita por meio da escovao, lavagem ou jateamento,dependendo da extenso e dificuldade de remoo das sujeiras. Essa limpeza deveproporcionar a eliminao de elementos que venham a prejudicar a aderncia, taiscomo: p; barro; fuligem; graxas e leos desmoldantes da estrutura; fungos eeflorescncias.Eliminao de irregularidades

    A eliminao das irregularidades superficiais, como as rebarbas de concretagem e osexcessos de argamassa nas juntas, remoo de incrustaes. Caso no sejapossvel a remoo das incrustaes, elas devem ser cortadas e aplicada tinta anti-

    xido de boa qualidade sobre o local.Tambm deve ser feito o enchimento de furos, rasgos e depresses com argamassaapropriada.Reforo com tela metlica

    a colocao de telas metlicas nos pontos de interao alvenaria-estrutura,visando atenuar as elevadas tenses que ocorrem nestes locais em funo dasdeformaes decorrentes do trabalho da estruturas. Adota-se tambm este

    procedimento nos casos em que os revestimentos apresentem espessurassuperiores ao limite mximo recomendado por norma.

    9.6. Chapisco a primeira camada aplicada sobre superfcies de concreto ou alvenaria, tendo afuno de garantir a aderncia do revestimento base.A argamassa do chapisco bastante fluda, e deve ser aplicada sobre as superfciespreviamente umedecidas e tem a propriedade de produzir um vu impermeabilizante,

    alm de criar um substrato de aderncia para a fixao de outro elemento.O chapisco deve ser sempre aplicado nas fachadas e nas superfcies de concreto, deacordo com as especificaes do projeto.Existem diferentes tipos de chapisco, sendo que cada um apresenta caractersticasespecificas:Chapisco tradicional: Argamassa de cimento, areia e gua, adequadamentedosada resulta em uma pelcula rugosa, aderente e resistente, apresenta um elevado

    ndice de desperdcio, em funo da reflexo do material, pode ser aplicado sobrealvenaria e estrutura.

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    Figura 75: Chapisco tradicionalFonte: Explicativo construo

    Chapisco industrializado: argamassa industrializada, s necessrio acrescentar agua no momento da mistura na proporo definida aplicado com desempenadeiradentada somente sobre a estrutura de concreto apresenta uma elevada produtividadee rendimento

    Figura 76: Chapisco industrial corridoFonte: Quartzolit

    Chapisco rolado: obtido da mistura de cimento e areia, com adio de gua e resinaacrlica argamassa bastante plstica, aplicada com um rolo para textura acrlica emdemos. Pode ser aplicado na fachada, tanto na estrutura como na alvenariaproporciona uma elevada produtividade e um maior rendimento do material, enecessita do controle rigoroso da produo da argamassa e da sua aplicao sobre a

    base.

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    Figura 77: Chapisco rolado

    Fonte: Quartzolit

    9.7. TaliscamentoO taliscamento consiste na fixao de pequenas peas de madeira ou de ladrilhoscermicos, com a mesma argamassa utilizada para o revestimento, em pontosespecficos visando garantir a espessura definida para a espessura do revestimento.As taliscas devem ser aprumadas e niveladas nas distncias indicadas pelosprojetos, redobrando o cuidado em relao ao em que se encontram os registros,pontos de gua, caixas dos interruptores e tomadas eltricas. Se necessrio fazer os

    ajustes nesses elementos para obedecer o plano de acabamento (prumo) desejado.Observaes

    Antes de iniciar o revestimento de qualquer base, devem ser criadas asreferncias para a definio do plano a ser obtido, que deve apresentarangularidade prevista no projeto, em relao aos revestimentos de parede,teto e piso que estejam ligados entre si;

    Nas paredes internas que apresentam aberturas, os marcos j assentadosservem como referncia de espessura, prumo e esquadro para orevestimento;

    No caso das fachadas, essas referncias so obtidas atravs da locao dosarames de fachada seguida da atividade de mapeamento da fachada, queenvolve a medio das distncias entre os arames e a superfcie da fachadaem pontos especficos: nas vigas e na alvenaria a meia distncia entrevigas;

    Os arames de fachada devem estar posicionados de forma adequada,alinhados e em esquadro com a estrutura;

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    A partir do mapeamento feita a definio da espessura do revestimento dafachada;

    recomendvel que o taliscamento seja feito previamente em toda aextenso da superfcie a ser revestida, de forma que a argamassa seencontre endurecida, mantendo as taliscas fixas e firmes, para apoiarem eservirem de referncia para a execuo das mestras.

    Figura 78: Detalhe das taliscas Vista FrontalFonte: UEPG

    Figura 79: Detalhe das taliscas Vista LateralFonte: UEPG

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    9.8. MestrasAs mestras so faixas estreitas e contnuas de argamassa feitas entre duas taliscas,que servem de guia para a execuo do revestimento. Atravs desses elementos,

    fica delimitada uma regio onde ser aplicada a argamassa. Sobre as mestras, argua metlica apoiada para a realizao do sarrafeamento.

    Figura 80: Detalhe da disposio das mestrasFonte: UEPG

    9.9. Aplicao da argamassa (Chapamento)A aplicao da argamassa sobre a superfcie deve ser feita por projeo enrgica domaterial sobre a base, de forma manual ou mecnica (argamassa projetada). aconselhvel que a aplicao da argamassa seja feita de maneira seqencial, emcada trecho delimitado pelas mestras. Depois de aplicada a argamassa, deve serfeita uma compresso com a colher de pedreiro, eliminando os espaos vazios ealisando a superfcie.

    Observaes

    Durante a aplicao da argamassa, importante considerar tambm o seuadequado manuseio;

    Prestar ateno s adequadas condies de estocagem da argamassa:recipiente adequado, tempo de utilizao e acrscimo de gua, a fim de

    manter a plasticidade, e somente utilizar dentro do perodo, para viabilizar oseu reaproveitamento.

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    Figura 81: Detalhe de chapamento de argamassa

    Fonte: UEPG

    9.10. SarrafeamentoAps ser aplicada a argamassa e esta atingir o ponto de trabalho, segue a atividadedo sarrafeamento, que consiste no aplainamento da superfcie revestida, utilizadouma rgua de alumnio apoiada nos referenciais de espessura, descrevendo ummovimento de vaivm de baixo para cima. Concluda essa etapa, as taliscas devem

    ser retiradas e os espaos deixados por elas, preenchidos.

    Figura 82: Detalhe de sarrafeamento de argamassaFonte: UEPG

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    9.11. DesempenoO desempeno consiste em imprimir a desempenadeira, certa presso, sobre asuperfcie do emboo ou do reboco, e fazendo movimentos circulares, buscando

    obter uma superfcie mais plana. Essa operao pode exigir a asperso de guasobre a superfcie.

    9.12. FeltragemA feltragem consiste na frico da superfcie do revestimento com um pedao deesponja ou com uma desempenadeira com espuma, realizando movimentoscirculares. A feltragem proporciona uma textura mais lisa e regular para assuperfcies, sendo recomendado no caso do acabamento final especificado dorevestimento ser uma pintura com tintas minerais, com ltex acrlico sobre massaacrlica ou com textura acrlica em uma nica demo.

    9.14. Espessuras RecomendadasA espessura da camada um fator de grande influncia no desempenho geral derevestimento. Alm da influncia exercida nas propriedades especificas dorevestimento, a espessura da camada do revestimento ainda influencia no consumode materiais, no esforo no trabalho de execuo, tempo de trabalho, sobrecarga naestrutura e outros.Quando no se possvel atender s espessuras admissveis, devem ser tomadoscuidados especiais, adotando solues que dem as garantias necessrias para odesempenho satisfatrio do revestimento.

    Observaes

    No caso da espessura do revestimento estar entre 3 e 5 cm, a aplicao da

    argamassa deve ser feita em duas demos, respeitando um intervalo de 16horas entre elas, no mnimo;

    Se a espessura for d


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