"É preciso maior
fiscalização por parte
das empresas do setor
de extração de rochas
no Espírito Santo"
A afirmação é do tecnologista da Fundacentro-
ES, Antonio Carlos Garcia Junior
Desde o último domingo o jornal
A Gazeta acompanha, na série especial do
jornalista Patrik Camporez, a realidade no se-
tor de extração de rochas no Espírito Santo.
Em uma discussão sobre o assunto na Rádio
CBN Vitória, o tecnologista da Fundacentro-
ES, Antonio Carlos Garcia Junior, defendeu
que é necessário uma maior fiscalização por
parte das empresas do setor sobre o trabalho
dos funcionários da área.
"Eliminar o risco de morte é algo mais do
que fundamental para garantir a segurança
dos trabalhadores", explicou. Ainda segundo
o especialista em segurança do trabalho tam-
bém é importante que as empresas invistam
na capacitação recorrente desses profissio-
nais, a fim de se evitar o risco de acidentes.
Confira, na íntegra, ao debate do assunto!
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Norminha
DESDE 18/AGOSTO/2009
NR sobre atividades
de limpeza urbana
está aberta para
discussão pública
Está aberto para consulta pública
texto técnico básico para criação de uma
Norma Regulamentadora referente às ativi-
dades de limpeza urbana. Assinada pela Se-
cretária de Inspeção do Trabalho, Maria Tere-
sa Pacheco Jensen, a Portaria nº 588 publi-
cada na Seção 1 do Diário Oficial da União
desta terça-feira (31/01) fixa o prazo de 60
dias para o recebimento de sugestões ao tex-
to, que deverão ser encaminhadas via Siste-
ma de Consultas Públicas do Ministério do
Trabalho, disponível em:
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-
no-trabalho/consultas-publicas.
Dúvidas podem ser encaminhadas para o
email normatizaçã[email protected].
A proposta tem como justificativa propor-
cionar melhores condições de saúde e segu-
rança aos mais de 364 mil trabalhadores que
executam funções no setor, além dos colabo-
radores que laboram de forma indireta ou em
atividades correlatas, considerando que nes-
sas atividades há particularidades não pre-
vistas nas demais NRs disponíveis.
Compartilhamos com Redação Revista proteção
Horário Nobre para o Programa Bate-Papo em Saúde,
Segurança do Trabalho e Meio Ambiente
3ª Feira da Cadeia
Produtiva da Indústria
Brasileira de Árvores
Evento será em Três lagoas (MS)
Em sua terceira edição, o Três Lagoas
Florestal se consolidou com uma das mais
importantes feiras regionais do setor florestal
do mundo, atraindo visitantes de todo o Brasil
e até de outros países.
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ARENA MIX - Três Lagoas - MS
Curso de Atualização
em gestão das
Condições de
Trabalho e Saúde
dos Trabalhadores
da Saúde em Minas
Gerais
Inscrições encerram nesta quinta-feira
O Departamento de Medicina Pre-
ventiva e Social da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de Minas Gerais faz
saber que neste dia 02 de fevereiro de 2017,
encerram as inscrições para admissão ao XI
Curso de Atualização Gestão das Condições
de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da
Saúde modalidade semipresencial; 136 ho-
ras-aula, incluindo a elaboração de projeto
de intervenção (trabalho final).
Serão oferecidas 100 (cem) vagas desti-
nadas aos gestores, gerentes e dirigentes do
SUS responsáveis pela formulação e exe-
cução de programas, planos e políticas em
sistemas e serviços de saúde, e funcionários
atuando em áreas afins; representantes de
trabalhadores e gestores membros das Me-
sas de Negociação Permanente do SUS em
funcionamento; trabalhadores do SUS que
sejam membros das Comissões Interseto-
riais de Saúde do Trabalhador (CIST), ou in-
tegrantes do CGASS (fórum governamental
instituído para a elaboração de diretrizes na
área da saúde e segurança no trabalho) ou
que trabalhem no SIASS (Subsistema Inte-
grado de Atenção à Saúde do Servidor); pro-
fissionais atuantes na área de Saúde do Tra-
balhador nos estabelecimentos de saúde do
SUS (CEREST, CCIH, SESMT, Comissões de
Saúde, CIPA, etc.) ou gestores e trabalha-
dores da gestão do trabalho e/ou gestão de
pessoas; membros do DEGERTS/SGTES/
MS; preferencialmente.
CLIQUE AQUI e obtenha mais informa-
ções.
Programa será exibido nas sextas-feiras e assun-
tos relacionados também serão apresentados de
segunda a sexta dentro do “Jornal das Cidades”.
O BATE PAPO sobre Saúde e Segu-
rança do Trabalho apresentado pelo Técnico
de Segurança do Trabalho Nivaldo Barbosa
muda de horário, a partir de 06 de fevereiro,
será nas sextas-feiras dentro do NOVO Pro-
grama da 100.5 A FM LÍDER o “Jornal Das
Cidades” que será transmitido de segunda a
sexta das 8h às 9h, o objetivo deste novo
programa é tratar sobre diversos assuntos
que chamam atenção da sociedade em geral:
Educação, Saúde, Geração de Renda, Políti-
ca, Infraestrutura, Cultura, Esporte, Lazer, Se
gurança do Trabalho e muito mais.
(OBS: Nos estados que estão em horário de verão, o
programa será das 9 às 10 horas até o dia 17/02)
Mesmo antes da estreia o Jornal das Ci-
dades já está nas redes sociais, conheça um
pouco mais acessando, pelo Instagram:
https://www.instagram.com/jornaldascidades/
e no Facebook:
https://www.facebook.com/jornaldascidadespb/
Você poderá ouvir e assistir através do site:
www.afmlider.com.br
O Bate-Papo conta com a apoio e brilhan-
tismo de correspondentes nacionais como o
Wilson Maioli e o Professor Jomar Azevedo.
Nivaldo Barbosa, a nosso pedido expli-
cou os motivos da mudança:
Devido à crescente audiência do progra-
ma, e inúmeros pedidos para que a sua
transmissão ocorresse em um dia útil, uma
vez que o sábado é um dia de descanso para
muitos, e ainda mais, sendo às sete da ma-
nhã, muitos ouvintes, amantes do prevencio-
nismo, revelavam a dificuldade de acordar
cedo e sempre estávamos recebendo solici-
tações das gravações. Uma estratégia utiliza-
da foram às transmissões ao vivo através do
Facebook, onde podíamos levar a informa-
ção aos ouvintes e ao mesmo tempo registrar
Ergonomista avalia estudos sobre fatores
de adoecimento no trabalho dos
comissários de bordo
Com o objetivo de contribuir para a me-
lhoria das condições de trabalho dos comis-
sários de bordo, Heloísa Machado, douto-
randa em ergonomia na Universidade Federal
de São Carlos, fez uma ampla pesquisa sobre
os estudos já realizados que tratam dos prin-
cipais fatores de adoecimento no ambiente e
na organização do trabalho da categoria. Se-
gundo ela, os aspectos que podem ocasionar
danos à saúde desses profissionais foram
estudados de forma isolada, deixando lacu-
nas que devem ser investigadas para que se
tenha um panorama mais completo dos ris-
cos na atividade.
Alguns estudos apontam as influências
do ambiente da cabine na saúde física dos
comissários de bordo. Um dos aspectos des-
tacados é o ruído das turbinas, principalmen-
te no pouso e na decolagem. “Quando há ex-
cesso de ruído durante a jornada de trabalho,
surgem sintomas como dor de cabeça, irrita-
ção e ansiedade”, explica Heloísa. A vibra-
ção transmitida aos comissários durante o
voo está relacionada a lesões e desconforto
no pescoço, ombro e coluna lombar. A baixa
umidade do ar, devido ao ar condicionado,
pode causar problemas respiratórios.
Heloísa destaca ainda a sobrecarga das
tarefas realizadas no interior da aeronave,
principalmente em voos mais curtos, quando
o trabalho é intensificado. “Os comissários
estão expostos a fatores biomecânicos, co-
mo levantamento de bagagens dos passagei-
ros, inclusive acima da altura da cabeça; mo-
vimentação dos carrinhos de serviços de
bordo, além de procedimentos de segurança,
o que acarreta desgaste físico e psicológico”,
ressalta a especialista.
A ergonomista chama a atenção também
para a intensificação dos procedimentos de
segurança de voo e dos passageiros, depois
do 11 de setembro de 2001. A consequência
é o aumento das responsabilidades já atri-
buídas aos profissionais.
Na edição desta semana do Podprevenir,
Heloísa fala ainda sobre os impactos da ativi-
dade na saúde mental desses profissionais,
dá mais detalhes sobre os fatores analisados
e aponta algumas mudanças na organização
do trabalho que podem minimizar os riscos
à saúde dos comissários de bordo. A entre-
vista está disponível no endereço:
www.podprevenir.com.br
Universidade
promoverá Encontro de
Educadores
O renomado filósofo e escritor Má-
rio Sérgio Cortella estará na UNG Universi-
dade no dia 16 de fevereiro para palestrar no
evento Encontro de Educadores. Cortella é
mestre e doutor em educação e tem mais de
15 obras publicadas, além de ser comen-
tarista da Rádio CBN e Jornal da Cultura.
O encontro trará como tema “A educação
e a emergência de múltiplos paradigmas: no-
vos tempos, novas atitudes”. Cortella ressal-
tará características desejáveis no educador:
coragem, humildade e paciência. Segundo
ele, ferramentas necessárias para lidar com
um novo tempo na escola, que recebe pes-
soas com deficiência, jovens inseridos em
novas configurações de família e de pais com
dificuldade em estabelecer regras e disciplina
em casa.
O evento será destinado aos dirigentes e
coordenadores pedagógicos de escolas de
ensino médio às 20h, no anfiteatro do Cam-
pus Brigadeiro, Av. Brigadeiro Luís Antônio,
917 – Bela Vista – SP. Saiba mais
Revista Digital Semanal - Diretor responsável: WC Maioli Mte 51/09860-8 - Ano 09 - 02 de Fevereiro de 2017 - Nº 400
COMPARTILHAMOS:
Segurança e Saúde Ocupacional
Meio Ambiente
Gestões Integradas
Bem estar aos trabalhadores
para que todos pudessem acessar posterior-
mente, contudo, percebemos que o encanta-
mento da radiofonia se dá principalmente pe-
lo fato do ouvinte poder acompanhar, partici-
par, interagir, opinar, debater o assunto no
mesmo instante, junto ao apresentador e os
convidados.
Assim, nessa crescente o programa inici-
ado em 09 de abril de 2016 que tinha apenas
uma hora de duração passou a ter um maior
espaço nos sábados, ganhando mais uma
hora, e agora teremos a felicidade de tratar
dos temas relacionados a prevenção de aci-
dentes e doenças, da promoção da saúde,
qualidade de vida e cuidados com o meio
ambiente, em horário nobre, todas as sextas-
feiras, onde há grande alcance populacional,
daqueles que estão acompanhando direto
dos seus locais de trabalho, o no desloca-
mento para este.
Contamos com a companhia de todos vo-
cês que já estavam conosco, e convidamos
os que se interessam pelo prevencionismo,
pela promoção de uma vida saudável e um
trabalho justo, igualitário e humanístico, a se
integrarem a nós nessa nossa missão de falar
em prevenção.
Página 02/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 09 - Nº 400 - 02/02/2017
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Guarani oferece 1,5 mil vagas
de emprego
As vagas são para as unidades de Colina, Guaíra, Guaraci, Olímpia, Pitangueiras,
Severínia e Tanabi.
A empresa Guarani Tereos Açúcar
& Energia Brasil vai recrutar profissionais
para ocupar 1,5 mil oportunidades de empre-
go em suas sete unidades industriais. Para
buscar os trabalhadores para estas vagas
promoverá, em 11 de fevereiro, o Feirão de
Empregos, em parceria com a Universidade
Paulista (UNIP) e com apoio da Prefeitura de
São José do Rio Preto (SP), por meio da Se-
cretaria Municipal de Trabalho e Emprego.
O Feirão será realizado das 8h30 às 17
h30 horas na UNIP, localizada na rua Av. Pre-
sidente Juscelino K. de Oliveira - Jardim Tar-
raf II.
Durante o evento, os interessados pode-
rão entregar currículo, passar pelas entrevis-
tas e, para aqueles que não possuem este
histórico profissional impresso, haverá uma
equipe disponível para elaboração e impres-
são. Rui Carvalho, gerente de Desenvolvi-
mento Humano e Organizacional da Guarani
Tereos Açúcar & Energia Brasil, explica que
as vagas são para safristas (1,3 mil) e efeti-
Alguns profissionais têm a sorte
de começar sua via laboral em uma empresa
organizada, com procedimentos e sistema de
gestão implantados, facilitando o aprendiza-
do de técnicas de gestão. Outros porém, co-
meçam em empresas totalmente desorgani-
zadas, muitas vezes apenas um técnico de
segurança é responsável por toda a área de
SST.
Imagine agora que esse profissional está
em um novo emprego, o que fazer? como fa-
zer? por que fazer? por onde começar? Ser
bom tecnicamente, conhecer a fundo a legis-
lação, dominar a teoria não torna a pessoa
um excelente profissional. É preciso saber
colocar o conhecimento em prática, apresen-
tando projetos, convencendo o empregador
da necessidade de investimentos, gerando
indicadores proativos e reativos que ajudam
a “vender” o setor de SST como um setor es-
tratégico que também gera lucro para o em-
pregador.
Essas e outras questões que parecem ser
simples, e que foram respondidas no primei-
ro livro, continuam no segundo volume, des-
ta vez com foco na elaboração de projetos,
como “vender” este projeto ao empregador,
quantificação de custos gerados por aciden-
tes e pela falta de investimento em SST, além
de outras informações para a área ocupa-
cional.
Como minha missão continua sendo a de
ajudá-lo nas diversas trilhas da Segurança
do Trabalho e quando possível, apontar al-
guns atalhos. Para obter este resultado, divi-
di o livro em quatro capítulos, abaixo detalho
Novo livro do prof. Mário Sobral do
jornal Segurito
vos (200), com início a partir de 1° de abril.
Entre os cargos disponíveis estão Moto-
rista, Balanceiro, Auxiliar e Analista de Labo-
ratório, Operador de extração, Frentista, Ana-
lista de Treinamento, Líder Motorista, Solda-
dor e Consultor Funcional TI. Segundo Rui,
o público-alvo do Feirão são profissionais de
diversos níveis hierárquicos e de formação.
“Temos vagas para pessoas com Ensino Mé-
dio, Técnico em diversas áreas, superior e al-
gumas para Ensino Fundamental”, esclarece.
As vagas para safristas são para atuação
até novembro de 2017, no entanto, aqueles
colaboradores que se destacarem terão chan-
ces de efetivação.
Os candidatos devem levar os documen-
tos pessoais, a carteira de trabalho, e se tive-
rem impresso, um currículo. Caso tenham a-
cesso à internet, é possível também se ca-
dastrar a todas as vagas abertas pelo site
www.vagas.com.br/guarani.
Compartilhamos com Diário da Região
o conteúdo.
O capítulo I traça os conceitos básicos pa-
ra aprender como elaborar um projeto, além
de apresentar um modo prático de quantificar
os custos e conseguir os investimentos ne-
cessários para o nosso setor.
No capítulo II, complementamos o pri-
meiro livro descrevendo mais atividades do
setor de Segurança do Trabalho, como a ges-
tão do sistema de combate a incêndio, a se-
gurança com eletricidade, o espaço confina-
do, dicas para iniciar um serviço de consul-
toria e muito mais.
No capítulo III, apresentamos resumida-
mente como funciona o nosso sistema legis-
lativo e os conhecimentos básicos sobre a
responsabilidade civil do empregador.
Por fim, no último capítulo, temos nova
seleção de textos do Jornal Segurito que teve
sua primeira edição em fevereiro de 2006.
O livro pode ser adquiridos no site:
www.jornalsegurito.com
Ambiente de
trabalho é lugar
onde dor de cabeça
mais atrapalha
brasileiros
Pesquisa inédita revela o local no qual as
pessoas dizem que o incômodo impacta
mais. Para muita gente, um barulhinho
qualquer vira um estrondo.
O Fantástico teve acesso a uma
pesquisa inédita que mostra como a dor de
cabeça impacta na vida dos brasileiros. Um
grupo de mil pessoas foi avaliado, e o re-
sultado é assustador: 97% dos voluntários
sentiram dor de cabeça no último mês. O
problema atrapalhou a produtividade no tra-
balho de 70% deles e metade diz que a dor
atrapalha a prática de atividades físicas, o
lazer com os amigos e o namoro. As mulhe-
res são as mais atingidas pelo mal estar e são
também as que convivem com os sintomas
por mais tempo. A repórter Carla Vilhena
mostra por que isso acontece e como lidar
com o incômodo.
Confira a matéria acessando o link
Nos últimos meses, ganharam es-
paço na imprensa casos de órgãos públicos
e empresas brasileiras que foram vítimas de
um novo tipo de golpe, no qual os cibercri-
minosos bloqueiam o acesso a todas as in-
formações, sistemas e dados contidos nos
computadores e servidores das organiza-
ções, como forma de pressionar o paga-
mento de resgate em dinheiro. O que chama
a atenção nesses casos é que a maior parte
das empresas atacadas não tinha uma cópia
de segurança dos dados, revelando assim
uma importante brecha das organizações: a
falta de backup adequado.
Ou seja, apesar de as organizações esta-
rem cientes da importância de adotar tecno-
logias e políticas para garantir a segurança
da informação – principalmente voltadas a e-
vitar a invasão de malware e outros ataques
virtuais – poucas têm processos específicos
para realizar o backup recorrente dos dados.
Uma questão que pode custar muito caro pa-
ra os cofres e para a reputação das empresas,
de qualquer porte e perfil.
Na prática, apesar do risco crescente dos
golpes virtuais para sequestro de dados, co-
nhecidos como ransomware, existem outras
situações nas quais o backup de dados tor-
na-se fundamental nas organizações. Vale
lembrar, por exemplo, que, cada vez mais, as
pessoas armazenam informações relevantes
das empresas em dispositivos móveis
(smartphones e tablets) e estão sujeitas a
roubo e perda desses dispositivos. Além dis-
so, esses equipamentos, assim como os
computadores, são passíveis de falhas de
hardware e de sistema, o que também pode
representar a perda de dados.
A melhor forma de as empresas evitarem
A prestação de serviços pelo empre-
gado doente, por ordem do empregador, traduz
evidente afronta aos princípios constitucionais
da dignidade da pessoa humana e da proteção
da saúde, o que impõe a obrigação de indeni-
zar. A decisão é da juíza convocada Sabrina de
Farias Fróes Leão, em sua atuação na 7ª Turma
do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região
(MG), ao condenar uma empresa de transporte
a indenizar uma trabalhadora que fora obrigada
a trabalhar quando estava de licença médica.
De acordo com os autos, embora afastada
por motivos de saúde, a empregada trabalhou
quatro dias. Em sua defesa, a empresa alegou
que a trabalhadora não teria entregue os ates-
tados médicos. Por outro lado, a mulher afir-
mou que a empresa teria recusado o recebi-
mento dos mesmos.
Ao analisar o caso, a juíza Sabrina Leão deu
razão à trabalhadora. "Não é crível imaginar-se
que o empregado, de posse de um atestado mé-
dico recomendando o afastamento de suas ati- vidades laborais, deixasse de entregá-lo ao em-
pregador", registrou a relatora em seu voto. Di-
A falta de backup e o risco
para as empresas
os riscos associados à perda de informações
é instaurar processos de backup de rotina
como parte da Política de Segurança da In-
formação. E essa regra aplica-se a organiza-
ções públicas, privadas, em qualquer setor.
A cópia segura de dados pode ser feita de
forma manual ou automatizada. No caso do
backup manual, o mesmo envolve a cópia de
arquivos para um HD Externo, USB ou disco
rígido, por exemplo. Já no caso do backup
automatizado, mais adequado para as em-
presas, são contratados softwares de gestão
que reduzem o impacto nos administradores
e sistemas, porém exigem um maior inves-
timento. O backup pode ser ainda interno, a
partir da cópia dos dados no servidor da com-
panhia, ou externo, realizado na nuvem. Am-
bas as soluções são complementares.
Apesar de não existir uma regra para a re-
alização do backup, alguns passos são reco-
mendados, como fazer a cópia dos arquivos
na nuvem ou, até mesmo, cópias em locais
diferentes. Além disso, é indispensável insta-
lar uma solução de segurança em todos os
dispositivos que acessam a rede, seja com-
putadores, smartphones, entre outros. E por
fim, o conselho para quem quer manter os da-
dos seguros é evitar conexões a serviços de
cloud por meio de redes não confiáveis, bem
como conectar o HD de backup em outros
computadores.
Enfim, fazer o backup periódico e adequa-
do reduz os riscos às empresas, evitando a
perda de informações e dados relevantes que
podem prejudicar drasticamente todo o ne-
gócio. Por esse motivo, é importante que as
organizações estejam cientes dessa situação
e adquiram o hábito de manter uma cópia de
segurança de arquivos importantes, como
parte dos procedimentos para garantir a se-
guridade de suas informações.
Fonte: Adaptado de:
http://www.guiaempreendedor.com/a-falta-de-backup-
e-o-risco-para-as-empresas/
Uma ótima semana a todos e até a próxima!
Patrícia Milla Gouvêa Dantas
ante desse contexto, entendeu mais aceitável a
alegação da empregada no sentido de que a em-
pregadora recusou-se a aceitar os atestados
médicos.
Ao condenar a empresa a indenizar a traba-
lhadora, a juíza explicou que, ao ignorar o fato
de que a trabalhadora estava impossibilitada de
exercer suas atividades, a empresa violou a le-
gislação trabalhista. "A vedação do labor nos
dias de afastamento por motivo de doença de-
corre do direito do empregado à recuperação da
sua saúde e, por consequência, da capacidade
laborativa", explicou a relatora.
Assim, a juíza concluiu que, em razão da
conduta patronal, a trabalhadora experimentou
sentimentos que afetam a higidez psicológica,
tais como angústia, tristeza, insegurança e
constrangimentos, entre outros, afrontando di-
reitos de personalidade do trabalhador, o que
impõe a obrigação de indenizar. Acompanhando
o voto da relatora, a turma condenou a empresa
a pagar R$ 3 mil de indenização por danos mo-
rais. Fonte: Nação Jurídica.
Compartilhamos com Leonardo Castro de Bone
Trabalhar durante período de licença
médica gera danos morais
Página 03/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 09 - Nº 400 – 02/02/2017
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Estudante estrangeiro pode pedir pela
web mudança de status no país Sistema permite alterar condição de estudante para a de trabalho temporário
Já está em funcionamento o siste-
ma eletrônico do Ministério do Trabalho que
permite a alunos estrangeiros de graduação
e pós-graduação mudarem a condição de
estudante para a de trabalhador temporário e,
com isso, terem uma ocupação remunerada
legal no Brasil. O anúncio foi feito pelo mi-
nistro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, nesta
semana.
Para fazer a requisição, não é necessário
ir a um órgão público, basta preencher os da-
dos pela internet, no programa Migrante Web
(veja aqui os vídeos tutoriais). A Resolução
Normativa 124 que autoriza a mudança foi
publicada no dia 22 de dezembro, pelo
Conselho Nacional de Imigração (CNIg).
Pelas regras antigas, o estudante estran-
geiro não podia trabalhar no Brasil, o que di-
ficultava a permanência deles no país. Mes-
mo sendo ilegal, muitos acabavam recor-
rendo ao mercado informal de trabalho para
conseguirem se manter durante os estudos.
Antes da publicação da resolução, era pre-
ciso sair do país e fazer o pedido em seu país
de origem após o término do curso. Agora,
ele pode fazer a solicitação no Brasil e en-
quanto estiver estudando.
Segundo o coordenador do CNIg, Luiz Al-
berto Matos dos Santos, além de facilitar a
vida do estudante estrangeiro, a resolução
permitirá a manutenção desse capital inte-
lectual no país.
Santos disse que após preencherem os
dados no sistema, os estudantes são notifi-
cados pelo e-mail que cadastrarem no for-
mulário eletrônico de movimentações de
processo, e poderão acompanhar pelo siste-
ma Migrante Web o andamento do pedido.
Sete trabalhadores são resgatados de fazenda no
Mato Grosso do Sul Eles trabalhavam com pasto em uma propriedade de criação bovina na cidade de Bataguassu, divisa com São Paulo
Sete trabalhadores em condições
análogas à escravidão foram resgatados no
Mato Grosso do Sul no último sábado (28).
Eles trabalhavam com pasto em uma fazenda
de criação bovina em Bataguassu, na divisa
com o estado de São Paulo, onde eram sub-
metidos a situações desumanas. Os empre-
gados tinham jornadas exaustivas e aloja-
mento precário, o salário era pago por diá-
rias, e não havia registro em carteira de tra-
balho.
Um dos trabalhadores já estava na fazen-
da há dois anos. Os outros seis haviam che-
gado há aproximadamente seis meses. Eles
foram localizados a partir de uma denúncia
pelo telefone 191 da Polícia Rodoviária Fede-
ral. A operação ocorreu no mesmo dia, em
um trabalho conjunto com o Ministério do
Trabalho e do Ministério Público do Traba-
lho.
De acordo com o chefe de Inspeção do
Trabalho da Superintendência do Ministério
do Trabalho no Mato Grosso do Sul, Kléber
Pereira de Araújo e Silva, os trabalhadores
O prazo máximo para análise é de 30 dias,
conforme determina a lei. Mas o ministério
tem feito a avaliação em menos de 15, em
média, afirmou Santos.
Documentos e requisitos – Para acessar
o sistema Migrante Web, o estudante deve
comprar um token de certificação digital nos
Correios, Serviço Federal de Processamento
de Dados (Serpro) ou em qualquer outra en-
tidade autorizada. O acesso ao sistema é feito
pelo equipamento. O token custa pouco mais
de R$ 100.
Com a certificação digital, o estudante
tem acesso à página de preenchimento de
formulário e todo o processo é realizado on-
line, sem precisar ir a qualquer órgão para
tratar do assunto. Ao preencher os dados e
fazer a solicitação da mudança da condição
de estudante para a de trabalho temporário,
ele ganha um número de processo. Depois,
basta acompanhar o trâmite do pedido.
Santos explica que o estudante terá de fa-
zer o pedido de renovação anualmente. Ele
ainda deve comprovar o vínculo com a ins-
tituição de ensino. O pedido de transforma-
ção da condição de estudante para a tempo-
rária de trabalho pode ser feita durante o cur-
so ou até um ano após a conclusão da gra-
duação ou pós-graduação.
Vida ‘mais fácil’ - O estudante angolano
Francis de Sousa, que estuda administração
e logística em uma universidade de Curitiba
há três anos, disse que a mudança pode aju-
dá-lo a reduzir seus custos de manutenção
no Brasil. Sousa divide o imóvel onde mora
com outros três estudantes angolanos. Ele
afirmou que hoje paga as contas com a ajuda
da família, que ficou em Luanda, capital do
país africano.
O estudante diz que nunca trabalhou no
Brasil por causa do impedimento legal, mas
que agora, depois que mudar sua condição,
pretende buscar um trabalho na área em que
estuda.
Ministério do Trabalho
Assessoria de Imprensa
Fausto Carneiro
dormiam em um barraco de madeira adapta-
do para alojamento. Não havia energia elé-
trica, e o banheiro era um espaço reservado
com uma latrina e dois chuveiros. Além dis-
so, a água consumida tinha indícios de con-
taminação por esgoto, fezes de animais e
agrotóxicos.
Os operários eram recrutados sob a pro-
messa de trabalho digno e direitos traba-
lhistas garantidos. No entanto, ao chegarem
na fazenda, se deparavam com uma realidade
diferente. Eles recebiam apenas diárias e ali-
mentação básica. Materiais como papel hi-
giênico, sabão e itens alimentícios diferentes
dos incluídos nas refeições eram comercia-
lizados por um funcionário da fazenda a va-
lores acima dos de mercado. “Não tinha co-
mo eles irem até a cidade fazer compras, por
exemplo, por causa da distância. A rodovia
mais próxima ficava a 12 quilômetros da fa-
zenda. E de lá até a cidade eram mais 60 qui-
lômetros”, explica o chefe de Inspeção do
Ministério do Trabalho.
O que mais chamou a atenção de Kléber
na fazenda foi o contraste entre esses traba-
lhadores e os demais que prestavam serviço
na propriedade. “A fazenda tinha oito mil ca-
beças de gado, era bonita e muito organiza-
da. Os trabalhadores registrados ficavam em
alojamentos adequados e com tratamento di-
gno, enquanto esses estavam em situação
precária”, relata.
Ministério intervém
em homologações de
trabalhadores
demitidos de
supermercado no Rio
Cerca de mil funcionários estão sendo
atendidos por auditores-fiscais do Trabalho
e encaminhados ao Seguro-Desemprego
Superintendência Regional do Trabalho e
Emprego do Rio de Janeiro (SRTE/RJ) está
mediando as homologações de aproximada-
mente mil trabalhadores demitidos, sem jus-
ta causa, da rede de supermercados Guana-
bara, na capital fluminense.
Os ex-funcionários estão sendo atendidos
pelos homologadores do Sindicato dos Co-
merciários junto com auditores-fiscais do
Trabalho, na sede da Superintendência. “Eles
já saem de lá com toda a documentação
conferida e o Seguro-Desemprego encami-
nhado”, explica o superintendente do Rio,
Helton Yomura.
As demissões ocorreram em 2 de janeiro
e geraram um embate entre o empregador e
o sindicato dos trabalhadores, que pediu na
Justiça, ainda sem sucesso, a revogação das
demissões. Yomura explica que o Ministério
do Trabalho também tentou evitar a dispensa
dos empregados sugerindo que o supermer-
cado entrasse com pedido de lay off, que per-
mite a empresas a suspensão dos contratos
de trabalho e requalificação de mão de obra,
porém a proposta ainda encontra-se em a-
nálise na medição proposta pela SRTE/RJ.
“Precisamos agora garantir que todos os
direitos desses trabalhadores sejam respeita-
dos. Por isso estamos participando das ho-
mologações e seguiremos acompanhando o
caso”, garante Yomura.
Ministério do Trabalho
Assessoria de Imprensa
Os trabalhadores resgatados foram remo-
vidos para um hotel da cidade, enquanto os
proprietários da fazenda ajustam as condi-
ções do alojamento. Eles estão tendo as car-
teiras de trabalho assinadas retroativamente
e receberão todos os direitos trabalhistas
também retroativamente. O acordo com o fa-
zendeiro é que, assim que tudo estiver regu-
larizado, os operários retornarão ao trabalho.
Conscientização – como 28 de janeiro era
o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Es-
cravo, as equipes de fiscalização da Polícia
Rodoviária Federal, do Ministério do Traba-
lho e do Ministério Público do Trabalho rea-
lizaram atividades de conscientização no es-
tado. Foram distribuídas cartilhas para a po-
pulação explicando o que caracteriza o tra-
balho escravo e porque ele é ilegal no Brasil.
1- Jornada de trabalho
Quantas horas por dia um trabalhador co-
mum deve trabalhar? Segundo o Art. 58 da
CLT, a jornada normal será de 8 horas diá-
rias, podendo ser estendida em até 2 horas
desde que exista prévio acordo entre as par-
tes ou que essa possibilidade esteja prevista
na convenção coletiva de trabalho.
Neste ponto, vale destacar que a jornada
apresentada serve como regra geral para a
maioria dos empregados, no entanto, algu-
mas categorias podem estabelecer outros
horários devendo sempre observar a conven-
ção coletiva respectiva e obedecendo a jor-
nada de 44 horas semanais.
Com relação as horas extras estas devem
ser remuneradas com um acréscimo de no
mínimo 50% do valor da hora normal de tra-
balho, ou seja, se um funcionário recebe R$
5,00 pela sua hora de trabalho, quando este
estiver em período de horas extras, o valor da
sua hora de trabalho deverá ser remunerada
no valor de R$ 7,50 (R$ 5,00 hora comum +
R$ 2,50 horas extras).
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Mais uma vez é importante lembrar que a
convenção coletiva de trabalho poderá esta-
belecer valor superior a 50% para a remune-
ração de horas extras, contudo nunca poderá
ser inferior a este percentual. Outra questão
comum é se o empregado tem a obrigação de
prestar horas extras a pedido do chefe. Como
regra geral não.
Segundo a CLT em seu Art. 61 para que o
empregador possa obrigar seu funcionário a
realizar horas extras é necessário que ocorra
algum motivo de força maior ou que o servi-
ço seja inadiável para evitar prejuízos mani-
festos. Inexistindo essa exceção a prestação
de horas extras deverá ser acordada entre
empregador e empregado.
2-Intervalo para Descanso
Aqui vamos dividir o intervalo em duas
partes, o intrajornada, sendo aquele existente
dentro de uma mesma jornada de trabalho e
o interjornada como aquele descanso que há
entre duas jornadas de trabalho diferentes.
Com relação ao intervalo intrajornada este
dependerá da quantidade de horas trabalha-
das pelo empregado.
Quando a quantidade de horas diárias tra-
balhadas forem superior a 6, o intervalo de-
verá ser de no mínimo 1 hora para descanso,
quando for entre 4 horas e 6 horas de traba-
lho diárias, o intervalo para descanso será de
no mínimo 15 minutos. Se o horário para
descanso não for respeitado pelo emprega-
dor, não sendo este concedido ou concedido
em parte, ficará portanto obrigado a remu-
nerar esse período com um acréscimo de pe-
lo menos 50% do seu valor normal, como
forma de punição encontrada pela CLT pelo
desrespeito as normas de proteção a saúde
do trabalhador.
Já para o intervalo interjornada, é neces-
sário que entre uma jornada e outra de traba-
lho exista um período mínimo de descanso
de 11 horas consecutivas, segundo o Art. 66
da CLT, para que assim o empregado possa
restabelecer as suas energias. Dessa forma
cabe ao empregado ficar atento ao cumpri-
mento das normas, pois servem para a ma-
nutenção de sua saúde.
Quando o empregador descumprir as re-
feridas leis é importante que o funcionário
busque conversar de forma amigável com o
seu superior hierárquico. Se o empregador
optar por continuar descumprindo-as, será
necessário que o obreiro faça uma denúncia
ao seu sindicato, ou ao Ministério Público do
Trabalho ou consultar um advogado para que
este possa melhor orienta-lo como agir da
maneira correta para a solução do problema.
3- Salário
O salário mínimo estabelecido para o ano
de 2017 foi no valor de R$ 937,00. No entanto
diversas categorias de trabalho estipulam va-
lor superior ao mínimo legal, sendo extre-
mamente válido que o funcionário conheça a
convenção coletiva da sua categoria para que
possa informar-se sobre os valores a serem
pagos.
Sendo assim, caso o obreiro esteja rece-
bendo salário com valor abaixo do estipulado
pela convenção coletiva deverá buscar solu-
cionar o problema juntamente com seus em-
pregadores, para que a diferença entre os
montantes possam ser quitados. Outra dica
trabalhista é referente aos descontos efetua-
dos no salário do empregado pelo danos cau-
sados ao empregador.
É comum que ocorra o desconto em qual-
quer tipo de lesão sofrida, porém segundo o
Art. 462 da CLT em seu § 1º, o desconto so-
mente será lícito quando for previamente a-
cordado entre as partes ou quando ocorrer
por dolo do empregado.
4- Demissão por justa causa
No atual cenário econômico brasileiro é
nítida a dificuldade em encontrar trabalho,
desta forma é importante que o empregado
saiba manter o seu cargo, evitando praticar
atos que possam por em risco a sua perma-
nência no emprego. Neste caso, o Art. 482 da
CLT elenca alguns atos que se executados
pelo empregado poderá leva-lo a uma demis-
são por justa causa.
É o caso por exemplo do que a CLT clas-
sifica como “ato de improbidade“, sendo a-
quelas situações na qual o obreiro realiza atos
considerados desonestos, que podem inclu-
sive ferir a própria lei, e assim acabam por a-
balar a relação de confiança existente entre
empregado-empregador. É o que ocorre, por
exemplo, ao apresentar atestado médico falso
na empresa para justificar sua falta ou aquele
funcionário que frauda seu cartão de ponto
para apresentar horas extras que na realidade
não laborou.
Todas estas são causas que geram a res-
cisão do contrato por justa causa. Outro moti-
vo é a embriaguez do funcionário no ambiente
de trabalho, bem como a violação de segredo
de empresa, situação muito comum naqueles
funcionários que trabalham com propriedade
industrial desenvolvendo projetos de forma
intelectual para seus empregadores.
5-Assédio moral
Com a tensão da crise financeira as em-
presas acabam pressionando os seus funcio-
nários a conseguirem melhores metas para
cumprir seus objetivos monetários. Desta for-
ma, a cobrança do empregador sempre deve
ser interpretada de forma a estimular o em-
pregado a melhor desenvolver suas ativida-
des laborais.
Compartilhamos com Bianca Wroblevski da Rocha
Advogada - Proprietária do Escritório Wroblevski
Advocacia - [email protected]
Direito do Trabalho:
5 dicas para os empregados
Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa
Página 04/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 09 - Nº 400 - 02/02/2017
Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 400 - 02/02/2017 - Fim da Página 04/10
Você sabia que queima de lixo, ainda que em
propriedade particular, é crime?
O artigo 54, da Lei 9.605 de 1998,
conhecida como a Lei de Crimes Ambientais,
preceitua que causar poluição de qualquer
natureza em níveis tais que resultem ou pos-
sam resultar em danos à saúde humana, ou
que provoquem a mortandade de animais ou
a destruição significativa da flora é crime. [1]
Um exemplo de conduta delituosa que se
enquadra neste artigo é a queima doméstica
de lixo, praticada cotidianamente por diver-
sos cidadãos.
O ato de queimar lixo no quintal de uma
residência, considerado inofensivo por mui-
tas pessoas, consiste em um grande perigo
para sociedade, haja vista que vários incên-
dios começaram com uma simples queima
num terreno baldio, no quintal de casa, e a-
cabam consumindo casas e até vidas, sendo
a principal consequência deste crime.[2]
Além da queima mencionada ser extrema-
mente perigoso, tendo em vista que pode dar
início a enormes incêndios, sabe-se que a
umidade baixa por si só já prejudica a saúde,
principalmente das pessoas que possuem
problemas respiratórios. Assim, a situação
se agrava ainda mais com a fumaça que se
concentra no ar causada pelas queimadas, já
que as mesmas acarretam a emissão de di-
versos gazes tóxicos, ferindo o direito funda-
mental à saúde, presente na Constituição Fe-
deral no art. 225. [3]
A pena deste crime, segundo a legislação
federal, quando praticado na modalidade do-
losa, é de reclusão de um a quatro anos e
multa, sendo que quando o crime é culposo
Pelo menos 12 órgãos abriram ins-
crições de concursos públicos, na segunda
(30) e quarta-feira (1º) para um total de 2.095
vagas e formação de cadastro de reserva em
cargos de níveis fundamental, médio e supe-
rior. Os salários chegam a R$ 11.700 na Pre-
feitura de Gurjão (PB). Somente na Marinha
são 1.240 vagas.
Nos concursos para formação de cadastro
de reserva, os candidatos aprovados são
chamados conforme a abertura de vagas
durante a validade do concurso.
Veja os concursos abaixo:
Dia 30Corpo de Bombeiros de Pernambu-
co
O Corpo de Bombeiros Militar de Per-
nambuco abriu concurso público para 300
vagas de soldado. Os candidatos devem ter
nível médio. O salário chega a R$ 2.319,88.
As inscrições devem ser feitas de 30 de já-
neiro a 26 de março pelo site
www.upenet.com.br. A prova objetiva está
prevista para o dia 28 de maio (veja a matéria
completa).
esta pena é de detenção de seis meses a um
ano e multa.
O § 2º do artigo da letra da lei aduz que a
pena é de reclusão de um a cinco anos nas
seguintes hipóteses:
§ 2º Se o crime:
I - tornar uma área, urbana ou rural, im-
própria para a ocupação humana;
II - causar poluição atmosférica que pro-
voque a retirada, ainda que momentânea, dos
habitantes das áreas afetadas, ou que cause
danos diretos à saúde da população;
III - causar poluição hídrica que torne ne-
cessária a interrupção do abastecimento pú-
blico de água de uma comunidade;
IV - dificultar ou impedir o uso público
das praias;
V - ocorrer por lançamento de resíduos
sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, ó-
leos ou substâncias oleosas, em desacordo
com as exigências estabelecidas em leis ou
Concursos: 12 órgãos abrem inscrições para 2 mil
vagas no início da semana
Fundação Municipal de Cultura, em Belo
Horizonte
A Fundação Municipal de Cultura, inte-
grante da administração indireta de Belo Ho-
rizonte, divulgou edital de concurso público
para 16 vagas em cargos de níveis médio e
superior. Os salários vão de R$ 1.767,06 a
R$ 4.126,80. As inscrições podem ser feitas
de 30 de janeiro a 6 de março pelo site
www.gestaoconcurso.com.br. As provas ob-
jetivas serão aplicadas em 23 de abril (veja o
edital no site da organizadora).
Prefeitura de Cachoeiras de Macacu (RJ)
A Prefeitura de Cachoeiras de Macacu
(RJ) vai abrir concurso público para 150 va-
gas de guarda civil municipal. Os candidatos
devem ter nível médio. O salário é de R$
1.161. As inscrições estarão abertas de 30 de
janeiro a 5 de março pelo site
www.faepol.com.br. A prova está prevista pa-
ra o dia 2 de abril (veja o edital no site da
organizadora).
Prefeitura de Gurjão (PB)
A Prefeitura de Gurjão (PB) fará concurso
público para 53 vagas em cargos de níveis
fundamental, médio e superior. As remunera-
ções vão de R$ 937 a R$ 11.700. Os can-
didatos podem se inscrever pelo site
www.conpass.com.br entre os dias 30 de
janeiro a 5 de março. A prova será aplicada
na data provável de 9 de abril (veja o edital
no site da organizadora).
Prefeitura de Veranópolis (RS)
A Prefeitura de Veranópolis (RS) vai abrir
processo seletivo para 33 vagas temporárias
para professores. Os salários vão de R$ 1.
166 a R$ 3.300. As inscrições devem ser fei-
tas no período de 30 de janeiro a 3 de feve-
reiro no setor administrativo na sede da pre-
feitura, localizada na Rua Alfredo Chaves,
366, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h.
A seleção terá validade para o ano letivo de
2017 (veja o edital no site da prefeitura).
Universidade Estadual de Ponta Grossa
(UEPG)
A Universidade Estadual de Ponta Grossa
regulamentos:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
Inobstante, o § 3º assevera que incorre
nas mesmas penas previstas no parágrafo
anterior quem deixar de adotar, quando as-
sim o exigir a autoridade competente, medi-
das de precaução em caso de risco de dano
ambiental grave ou irreversível.
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Diante desta breve exposição, a mensa-
gem que fica é que todos os indivíduos de-
vem respeitar a legislação e não praticar este
crime, o qual pode trazer consequências não
só para quem o pratica, mas para a popu-
lação como um todo.
Autores: Henrique Gabriel Barroso e Sérgio
Luiz Barroso
(UEPG) vai abrir um processo seletivo para
a contratação de 105 professores. Os salários
vão de R$ 1.622,92 a R$ 8.208,60. As ins-
crições devem ser feitas pelo site
www.uepg.br entre os dias 30 de janeiro a 6
de fevereiro. As provas estão marcadas entre
os dias 21 e 23 de fevereiro (veja a matéria
completa).
Dia 1ºCelg Geração e Transmissão – Celg
GT, em Goiás
A Celg Geração e Transmissão – Celg GT,
de Goiás, divulgou edital de concurso públi-
co para 19 vagas em cargos de níveis médio
e superior. As remunerações vão de R$ 2.
079,48 a R$ 7.890,24. As inscrições podem
ser feitas pelo site www.cs.ufg.br no período
de 1º de fevereiro a 23 de março. A prova ob-
jetiva será aplicada em 7 de maio (veja o edi-
tal no site da organizadora).
Marinha
A Marinha divulgou edital de processo
seletivo para 1.240 vagas de aprendizes-ma-
rinheiros. Do total das oportunidades, 248
são reservadas para negros. Os candidatos
podem se inscrever pelos sites
www.ensino.mar.mil.br ou
www.ingressonamarinha.mar.mil.br de 1º de
fevereiro a 6 de março. A data da prova
escrita objetiva não foi divulgada. O início do
curso será em 22 de fevereiro de 2018 (veja
a matéria completa).
Tribunal de Justiça do Paraná
O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR)
vai abrir concurso público para oportuni-
dades de juiz substituto. O salário não foi in-
formado. As inscrições devem ser feitas pelo
site www.cespe.unb.br no período de 1º de
fevereiro a 3 de março. A prova objetiva está
prevista para o dia 2 de abril (veja o edital no
site da organizadora). N
O empregado que sofre acidente no
ambiente de trabalho e precisa ser afastado
temporária ou definitivamente possui direi-
tos como estabilidade e benefícios previden-
ciários para se manter até sua recuperação
para as atividades diárias. O Brasil é um dos
lugares onde se registram mais ocorrências
por ano em todo o mundo. De acordo com
dados recentes, o País registra mais de 700
mil incidentes anuais, e ocupa o quarto lugar
no mundo nesse aspecto, segundo a OIT
(Organização Internacional do Trabalho). Fi-
ca atrás apenas de China, Índia e Indonésia.
De acordo com os especialistas em Direi-
to do Trabalho, esse tipo de acidente é carac-
terizado por fato que provoca dano ao empre-
gado, seja ele físico ou mental, causando
redução ou perda de sua capacidade labora-
tiva. Essa incapacidade para o trabalho pode
ser temporária ou definitiva. Em alguns ca-
sos, o acidente pode resultar na morte do tra-
balhador.
O advogado João Badari, sócio do Aith,
Badari e Luchin Advogados, ressalta que mi-
lhares de trabalhadores desconhecem seus
direitos em razão de doença ou acidente que
ocorre em seu local de trabalho ou devido a
atividade exercida. Esses incidentes ocasio-
nam diversos tipos de ferimentos, como lu-
xações, fraturas e tantos outros tipos de le-
sões que acabam por afastar muitos traba-
lhadores de suas funções por determinado
tempo.
“O ajuizamento de ações na busca de di-
reitos acidentários dá aos trabalhadores o di-
reito de estabilidade provisória, ou seja, pe-
ríodo em que o empregado tem seu emprego
garantido, não podendo ser dispensado por
vontade do empregador, salvo por justa cau-
sa ou força maior. O empregado não irá per-
der sua ocupação, pois devido ao acidente de
trabalho será declarada sua estabilidade”,
explica.
De acordo com o artigo 118 da lei número
8.213/1991, o segurado que sofreu acidente
do trabalho tem garantida, pelo prazo de 12
meses, a manutenção de seu contrato na em-
presa, após a cessação do auxílio-doença a-
cidentário, independentemente de percepção
de auxílio-acidente. “Significa dizer que tem
garantido o emprego aquele trabalhador que
recebeu alta médica após o retorno do be-
nefício previdenciário”, completa Badari.
DOENÇAS - Elvisson Pereira Jacobina
Junior, advogado de Direito do Trabalho, do
escritório Roberto Caldas, Mauro Menezes &
Advogados, esclarece que as doenças ocu-
pacionais ou profissionais também configu-
ram como acidente de trabalho. “Essas enfer-
midades são, usualmente, desencadeadas
pela natureza da própria atividade desempe-
nhada ou pela forma como esse trabalho é
realizado, o que pode gerar o adoecimento
do trabalhador”.
O especialista também cita alguns exem-
plos: surdez provocada pelo trabalho realiza-
do em local extremamente barulhento; Dorts
(Doenças Osteomusculares Resultantes do
Trabalho) ou LER. (Lesão por Esforço Repe-
titivo), contraídas por exposição a atividades
de esforços físicos, posturas inadequadas e
movimentos repetitivos;intoxicação produzi-
Após acidente, empregado tem
estabilidade e benefício
da pelo contato com o mercúrio, como acon-
tece na indústria que fabrica lâmpadas incan-
descentes.
“Na prática, tanto o acidente de trabalho tí-
pico como as doenças ocupacionais podem
gerar a responsabilização da empresa pelo a-
cidente ou doença causado ao trabalhador”,
revela Jacobina.
De acordo com o advogado trabalhista Já-
mes Augusto Siqueira, sócio do Augusto Si-
queira Advogados, a legislação exige do tra-
balhador a comprovação do dano, “isto é, a
lesão e o nexo causal, que vem a ter a relação
da lesão com as atividades laborais”.
Empresa deve comunicar o INSS
Especialistas destacam que quando ocorre
acidente de trabalho a empresa deve emitir
uma CAT (Comunicação de Acidente de Tra-
balho). “Esse comunicado deve ser elaborado
para que o trabalhador, nos primeiros 15 dias
de afastamento, receba do empregador o sa-
lário pago pela empresa, bem como ultra-
passado esses 15 dias, tenha seus custos co-
bertos pelo INSS (Instituto Nacional do Se-
guro Social), por meio de auxílios. O comu-
nicado também garante a estabilidade de 12
meses no contrato de trabalho, a contar da
alta médica”, assinala Ruslan Stuchi, advo-
gado trabalhista e sócio do Stuchi Advo-
gados.
Não há período mínimo ou máximo de a-
fastamento. “Acima de 15 dias de afastamen-
to, o empregador não será mais responsável
por custeá-lo, passando a responsabilidade
ao INSS.
Para acessar auxílio é preciso passar por
perícia
O trabalhador que sofre acidente do traba-
lho tem direito aos benefícios previdenciários
típicos, como auxílio-doença, aposentadoria
por invalidez ou mesmo pensão por morte,
para seus dependentes. “Esses benefícios
passam a ser considerados benefícios aci-
dentários”, diz Ruslan Stuchi.
Segundo Elvisson Jacobina, é importante
frisar que para ter direitos aos benefícios pre-
videnciários recorrentes do acidente de tra-
balho é obrigatória a realização de perícia mé-
dica junto ao INSS. “O perito analisará se a
incapacidade é total, parcial, temporária ou
permanente. De acordo com essa avaliação, o
segurado pode ter direito a receber um bene-
fício de auxílio-doença – para incapacidade
laboral parcial e temporária – ou aposen-
tadoria por invalidez – para incapacidade la-
boral total e permanente”.
O perito do INSS, completa o advogado,
também verificará se a incapacidade do segu-
rado é ou não decorrente do trabalho que ele
desempenha. “Se sim, ele passa a ter direito
a um benefício de auxílio-doença ou apo-
sentadoria por invalidez, na modalidade aci-
dentária. Se não (por exemplo, uma gripe que
não tenha relação com a atividade), o segu-
rado tem acesso aos referidos benefícios na
modalidade previdenciária”.
Compartilhamos com Diário do Grande ABC
Página 05/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 09 - Nº 400 - 02/02/2017
Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 400 - 02/02/2017 - Fim da Página 05/10
Aposentadoria
por invalidez,
quem tem
direito?
Todos os segurados do Regime Ge-
ral de Previdência Social, quer obrigatórios
ou facultativos, se forem considerados invá-
lidos permanentemente para qualquer tipo de
trabalho, terão direito à aposentadoria por in-
validez.
Para que o segurado tenha direito ao be-
nefício, o mesmo deve cumprir carência de
12 meses:
"A concessão das prestações pecuniárias
do Regime Geral de Previdência Social de-
pende dos seguintes períodos de carência,
ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por in-
validez: 12 (doze) contribuições mensais;
"Art. 25, Lei 8213/91
A própria lei também trás uma exceção ao
caso, isto é, casos em que não será neces-
sário a observância do referido prazo:
"Independe de carência a concessão das
seguintes prestações auxílio-doença e apo-
sentadoria por invalidez nos casos de aci-
dente de qualquer natureza ou causa e de do-
ença profissional ou do trabalho, bem como
nos casos de segurado que, após filiar-se ao
RGPS, for acometido de alguma das doenças
e afecções especificadas em lista elaborada
pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de a-
cordo com os critérios de estigma, defor-
mação, mutilação, deficiência ou outro fator
que lhe confira especificidade e gravidade
que mereçam tratamento particularizado;"
A aposentadoria por invalidez é um bene-
fício restrito, ou seja, é necessário que o se-
gurado esteja total e permanentemente inca-
pacitado para o trabalho e, além disso, é ne-
cessário que, analisando as condições so-
ciais, de idade e escolaridade, não caiba o a-
prendizado de uma nova profissão, pois caso
contrário o segurado não fará jus a aposen-
tadoria por invalidez e sim ao auxílio-doença.
A cada 2 anos o aposentado por invalidez
deve passar por perícia no INSS para reava-
liação, os maiores de 60 anos são isentos
dessa perícia.
Outra informação relevante é que, se o se-
gurado se filiar ao RGPS já incapacitado o
benefício será negado, porém se ele se filiar
portando uma incapacidade laborativa e esta
causar-lhe a invalidez por progressão, o be-
nefício será concedido, ou seja, se ele já pos-
suía a doença antes de se tornar segurado,
mas esta não o incapacitava para o trabalho
e só após houve a incapacitação o benefício
será concedido.
http://www.marianacosta.adv.br/
7 principais leis
trabalhistas que
todo trabalhador
deve realmente
conhecer
Se você está à procura do seu pri-
meiro emprego ou já está no mercado de tra-
balho é muito importante saber as leis traba-
lhistas básicas da CLT, que é o que rege o
mercado de trabalho no Brasil.
Confira abaixo as 7 principais leis traba-
lhistas:
Vale Transporte: O Vale transporte é o be-
nefício que o empregador fornece ao traba-
lhador, para que o mesmo se desloque de
sua residência para o trabalho e do trabalho
para a residência.
O vale-transporte foi instituído pela lei 7.
418 de Dezembro de 1985. Esse benefício
não se incorpora à remuneração e nem tem
natureza salarial, permitindo a lei que o em-
pregador efetue desconto salarial de até 6%
(seis por cento) do salário básico do empre-
gado.
Vale Alimentação: O vale alimentação é
um auxílio fornecido pelas empresas aos
seus funcionários, que serve para fazer com-
pras em supermercados e em algumas pada-
rias.
Ao contrário do vale transporte, o vale ali-
mentação não é obrigatório para as empre-
sas, sendo facultativo para elas o pagamento
deste benefício. Segundo a CLT, o pagamen-
to do vale alimentação não pode exceder
20% do salário do empregado.
Licença Maternidade: A licença materni-
dade é um direito de todas as mulheres que
trabalham no Brasil e que contribuem para a
Previdência Social (INSS).
Trabalhadoras que trabalham como ter-
ceirizadas, autônomas, empregadas domés-
ticas ou trabalhadoras temporárias têm direi-
to ao benefício, podendo se afastar por 120
dias, com direito à remuneração mensal o
pagamento é feito pelo INSS. A trabalhadora
pode sair de licença a partir do último mês de
gestação.
Férias remuneradas: Após um ano de tra-
balho, vem o descanso merecido, os empre-
gados têm direito a 30 dias de férias remu-
neradas. O valor a ser recebido equivale à re-
muneração mensal do trabalhador na data da
concessão, aditada do adicional de 1/3.
O pagamento da remuneração de férias
deverá ser efetuado até dois dias antes do
início das mesmas, e o trabalhador receberá
adiantado o período correspondente ao perí-
odo de férias.
Demissão por Justa Causa: A demissão
por justa causa ocorre quando o empregado
comete erros que tornam insustentáveis a re-
lação trabalhista com a empresa.
Ações ou omissões graves no local de tra-
balho, condutas desonestas, atos de impro-
bidade, fraude, furto, repetição de faltas (de-
sídia), embriaguez no serviço, violação de
segredo da empresa, são alguns dos motivos
que levam o trabalhador a ser demitido por
justa causa.
Hora extra: A hora extra, também conhe-
cida como hora suplementar ou hora extra-
ordinária, é o período de trabalho excedente
à jornada habitual acordada no contrato de
trabalho. Pode ocorrer antes do início, no in-
tervalo do repouso e alimentação, após o pe-
ríodo, dias que não estão no contrato (sába-
do, domingo ou feriado).
Não é necessário o exercício do trabalho
propriamente dito, mas só o fato de o empre-
gado estar à disposição do empregador, já
configura-se como hora extra.
Aviso Prévio: O aviso prévio é a comu-
nicação da rescisão do contrato de trabalho
previamente comunicada. Quando o traba-
lhador ou o empregador deseja rescindir o
contrato de trabalho sem justa causa, deverá,
antecipadamente, notificar à outra parte, atra-
vés do aviso prévio. Aline Lazzarini Campos
O Portador da Hepatite C tem direi-
to a benefícios por incapacidade?
O portador terá direito ao benefício desde
que a enfermidade seja a causadora da inca-
pacidade laborativa, e desde que o cidadão
seja segurado do INSS.
Vale mencionar que dependendo do grau
da incapacidade do cidadão poderá receber o
benefício de auxílio-doença, se a incapacida-
de for temporária, ou aposentadoria por inva-
lidez, se o grau da incapacidade for total e
permanente.
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O que significa qualidade de segurado?
Qualidade de segurado é quando o cida-
dão contribui para com o INSS, ou seja,
quando recolhe mês a mês, ou quando traba-
lha registrado, onde ocorre o recolhimento
por parte do empregador, e do empregado.
Os benefícios por incapacidade serão de-
vidos ao cidadão que se filie ao INSS pos-
suindo a enfermidade?
O art. 71 do Decreto 3.048/99 estabelece
que
"Não será devido auxílio-doença ao segu-
rado que se filiar ao Regime Geral de Pre-
vidência Social já portador de doença ou le-
são invocada como causa para a concessão
do benefício, salvo quando a incapacidade
sobrevier por motivo de progressão ou agra-
vamento dessa doença ou lesão".
Assim, é importante que os portadores de
hepatite C filiem-se à Previdência Social para
que, no futuro, se necessário, tenham acesso
ao auxílio-doença e a outros benefícios pre-
videnciários.
Quanto tempo o trabalhador precisa con-
tribuir para com o INSS para ter acesso aos
benefícios previdenciários?
Segundo o art. 71 do Decreto n. 3.048/99,
será devido auxílio-doença, independente- mente de carência (tempo de contribuição
necessário) aos segurados quando sofrerem
acidente de qualquer natureza. Também inde
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Portador de Hepatite C
pende de tempo de contribuição, a concessão
de auxílio-doença e aposentadoria por invali-
dez ao segurado que, após filiar-se ao Regime
Geral de Previdência Social, for acometido de
tuberculose ativa, hanseníase, alienação
mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia
irreversível e incapacitante, cardiopatia grave,
doença de Parkinson, espondiloartrose an-
quilosante, nefropatia grave, estado avançado
de doença de Paget (osteíte deformante), sín-
drome da deficiência imunológica adquirida,
hepatopatia grave ou contaminação por radia-
ção (PORTARIA INTERMINISTERIAL nº 2.998
de 23 de agosto de 2001).
As pessoas com graves problemas no fí-
gado (hepatopatia grave), sem condições pa-
ra o trabalho mas que nunca contribuíram pa-
ra a Previdência Social, tem direito a algum
benefício previdenciário?
A lei previdenciária coaduna o benefício da
prestação continuada (LOAS). Esse benefício
é a garantia de 1 (um) salário mínimo mensal
à pessoa portadora de deficiência e ao idoso
com 65 anos de idade ou mais e que com-
prove não possuir meios de se manter ou de
ser mantido pela família. Para recebimento
deste benefício considera-se a pessoa porta-
dora de deficiência como aquela incapacitada
para a vida independente e para o trabalho.
A deficiência será comprovada através de
perícia do INSS, ou pelo perito judicial, se for
o caso.
De maneira geral, o INSS tem restringido
esse benefício aos casos em que esteja ca-
racterizada a incapacidade para as atividades
da vida diária, isto é, somente em nos casos
onde a saúde das pessoas encontra-se em
estado realmente grave.
Caso a perícia do INSS não caracterize a
incapacidade, o cidadão poderá recorrer ao
Poder Judiciário.
Compartilhamos com Ana Luiza Tangerino
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Página 06/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 09 - Nº 400 - 02/02/2017
Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 400 - 02/02/2017 - Fim da Página 06/10
O trabalho de carpintaria na cons-
trução de um resort próximo a lagoa do
Manso (129km de Cuiabá) mantinha um pro-
fissional exposto ao sol durante toda a sua
jornada.
Como a exposição ao calor ultrapassou
os limites de tolerância estabelecidos em
norma de segurança no trabalho, o Tribunal
Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT/
MT) determinou o pagamento de adicional
de insalubridade.
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Como ‘carpinteiro telhador’, ele fazia a co-
bertura dos bangalôs do empreendimento. O
trabalho a céu aberto o deixava exposto dia-
riamente a agentes nocivos à saúde, como
poeira, cimento e radiação solar, tudo sem a
utilização de Equipamentos de Proteção Indi-
vidual (EPIs) adequados.
O perito designado para o caso concluiu
que a atividade desenvolvida possuía agen-
tes insalubres em grau médio, por exposição
ao calor do sol acima do limite permitido pela
Norma Regulamentadora 15, que trata de ati-
vidades e operações insalubres.
Com base no laudo do perito, a juíza su-
bstituta da 6ª Vara do Trabalho de Cuiabá,
Márcia Pereira, condenou a empresa a pagar
o adicional de insalubridade e reflexos e
compensação por danos morais. A empresa
recorreu da decisão, mas a 2ª Turma do TRT/
MT manteve a condenação no percentual de
20%.
Justiça reconhece direito a adicional de
insalubridade em exposição ao sol
Conforme o relator do processo no Tribu-
nal, desembargador Osmair Couto, o enten-
dimento do Tribunal Superior do Trabalho
(TST) é no sentido de que o trabalho a céu
aberto, com exposição a calor excessivo,
confere ao trabalhador o direito ao adicional
de insalubridade no caso de exposição acima
dos limites de tolerância. “Constatado por
meio de perícia técnica que o trabalhador es-
tava exposto ao agente físico calor superior
aos limites de tolerância para a atividade de-
sempenhada, o adicional de insalubridade é
devido”.
A orientação jurisprudencial 173 do TST
estabelece que tem direito ao adicional de in-
salubridade o trabalhador que exerce ativida-
de exposto ao calor acima dos limites de to-
lerância, inclusive em ambiente externo com
carga solar.
TRT- 23ª Região - PJe 0001334-
17.2015.5.23.0022
Compartilhamos com Ian Ganciar Varella -
Advogado Previdenciário
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estão ingressando na vida do trabalho, a ler
mais para se inteirar das normas e regras que
mantem suas profissões no mercado de tra-
balho.
Ele diz que a informação é importantís-
sima e cita a Norminha como um veículo de
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mZ2Ao&t=370s
As atividades insalubres merece-
ram atenção do legislador constituinte que
no art. 7º, inciso XXIII da Lex Mater, fez pre-
visão de adicional de remuneração para tra-
balhadores que exerçam suas funções nestas
condições. Ademais, a própria CLT regula-
menta o trabalho insalubre estipulando, por
exemplo, os percentuais do adicional (art.
192, CLT).
De acordo com CORRÊA e SALIBA
(2015), "A palavra"insalubre"vem do latim e
significa tudo aquilo que origina doença;
insalubridade, por sua vez, é a qualidade de
insalubre". Em consonância ao conceito a-
presentado e tendo como parâmetro os prin-
cípios de Higiene Ocupacional, o art. 189 da
CLT define as atividades insalubres como
[...] aquelas que, por sua natureza, con-
dições ou métodos de trabalho, exponham
os empregados a agentes nocivos à saúde,
acima dos limites de tolerância fixados em
razão da natureza e da intensidade do agente
e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Dentre os agentes agressivos que tornam
uma determinada atividade insalubre, isto é,
capaz de gerarem uma doença profissional,
citam-se:
a) Agentes físicos: ruído, calor, radiações,
frio, vibrações e umidade;
b) Agentes químicos: poeira, gases e va-
pores, névoas e fumos;
c) Agentes biológicos: micro-organis-
mos, vírus e bactérias.
É relevante aduzir que a gravidade da ex-
posição do trabalhador à estes agentes de-
penderá de diversos fatores, tais como o
tempo de exposição, a natureza do agente,
bem como a intensidade da exposição. Ten-
do por base esta ideia, foram estipulados li-
mites de tolerância para cada um dos agentes
citados, para fins de parâmetro de avaliação,
tendo o legislador infraconstitucional dele-
gado ao MTE (Ministério do Trabalho e Em-
prego) a função de regulamentar esta matéria
(art. 190, CLT).
Assim, a regulamentação ocorreu por
meio da NR-15 da Portaria 3.214 de 1978,
momento em que foram classificadas as ati-
vidades consideradas insalubres para fins de
reconhecimento do direito ao adicional de
insalubridade. Isto é, o agente constatado no
laudo pericial precisará ser um daqueles
descritos na norma regulamentadora do
MTE.
Nesse sentido, é a súmula 460 do Su-
premo Tribunal Federal que assevera "Para
efeito do adicional de insalubridade, a perícia
judicial, em reclamação trabalhista, não dis-
pensa o enquadramento da atividades entre
as insalubres, que é ato da competência do
Ministério do Trabalho".
Ademais, conforme o subitem 15.1 da
NR-15, consideram-se como atividades e o-
perações insalubres as que se desenvolvem:
a) acima dos limites de tolerância pre-
vistos nos anexos 1, 2, 3, 5, 11 e 12;
b) nas atividades mencionadas nos ane-
xos 6, 13 e 14;
c) comprovadas por meio de laudo de
inspeção do local de trabalho, constantes
dos anexos 7, 8, 9 e 10.
Analisando esta norma do Ministério do
Trabalho, é possível discriminar três critérios
utilizados para caracterização da insalubrida-
de, quais sejam: avaliação quantitativa, quali
Os critérios para caracterização
da insalubridade
tativa e avaliação qualitativa de riscos ineren-
tes à atividades.
Tendo-se por base os anexos 1, 2, 3, 5, 8,
11 e 12 que definem os limites de tolerância
para agentes nocivos, e sabendo que o art.
189 da CLT considera como "atividades ou o-
perações insalubres aquelas que, por sua na-
tureza, condições e métodos de trabalho, ex-
ponham os empregados a agentes nocivos à
saúde, acima dos limites fixados em razão da
natureza e da intensidade do agente e do tem-
po de exposição aos seus efeitos", por meio
de uma avaliação quantitativa,
[...] o perito terá de medir a intensidade ou
a concentração do agente e compará-lo com
os respectivos limites de tolerância; a insa-
lubridade será caracterizada somente quando
o limite for ultrapassado. Para tanto, o perito
deve utilizar todas as técnicas e os métodos
estabelecidos pelas normas de Higiene Ocu-
pacional juntamente com aquelas definidas
nos mencionados anexos". (CORRÊA; SALI-
BA; 2015)
Por sua vez, nos anexos 7, 9, 10 e 13, da
supramencionada norma regulamentadora,
não há fixação de limites de tolerância para os
agentes que causam prejuízos à saúde dos
empregados. Nestes casos, o perito se valerá
de uma avaliação qualitativa, ou seja,
[...] a insalubridade será comprovada pela
inspeção realizada por perito no local de tra-
balho; (...) na caracterização da insalubridade
pela avaliação qualitativa, o perito deverá
analisar detalhadamente o posto de trabalho,
a função e a atividade do trabalhador, uti-
lizando os critérios da Higiene Ocupacional.
(CORRÊA; SALIBA; 2015)
Por fim, existem atividades que não existem
meios de eliminar ou neutralizar a insalubri-
dade, logo, as condições insalubre são ine-
rentes. Dessa forma, a caracterização da insa-
lubridade, com base em uma avaliação quali-
tativa de riscos inerentes à atividade, deve-se
fazer inspeção do local de trabalho.
Compartilhamos com Nicolas de Oliveira
Pereira - Advogado
Trinta doenças garantem
descontos na compra do
carro novo; Saiba quais
Você que pretende comprar um carro novo pode ter direito a des-
contos com a isenção de impostos e talvez nem esteja sabendo. A questão
é que, ao contrário do que muita gente pensa, o benefício da isenção fiscal
não abrange apenas pessoas com deficiência física, mas também, portado-
res de doenças que provocam algum tipo de limitação.
De acordo com Itamar Tavares Garcia, diretor comercial da Associação
Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços de Tecnologia Assistiva
(Abridef), portadores dessas limitações podem requerer a isenção de im-
postos como IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), ICMS (Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e o IPVA (Imposto sobre
Propriedade de Veículos Automotores).
Segundo Itamar, doenças como câncer, hepatite C, Parkinson, problemas
graves de coluna, Diabetes, HIV Positivo e hemofílicos, Artodese, Escoliose,
Artrite Reumatoide, Hérnia de Disco, Artrose, derrame, Bursite, Tendinite e
LER (Lesão por Esforço Repetitivo), estão na lista das enfermidades con-
templadas com o benefício.
“No total, mais de 100 milhões de brasileiros podem ter direito a comprar
carro 0km com isenção de impostos”, complementa Itamar.
Para solicitar o benefício é necessário, inicialmente, dirigir-se ao Depar-
tamento Estadual de Trânsito (Detran) e solicitar, junto a perícia médica, lau-
do atestando a condição de deficiente ou portador de patologia.
Com o laudo em mãos, o condutor deverá procurar, em seguida, a Recei-
ta Federal para requerer a isenção do IPI. No caso do ICMS e do IPVA, o
motorista deve se dirigir a Secretaria Estadual de Tributação e pedir a isen-
ção. O processo dura, em média 30 dias. Fonte: portalnoar
Veja as doenças: Amputações; Artrite Reumatóide; Artrodese; Artrose;
AVC; AVE (Acidente Vascular Encefálico); Autismo; Alguns tipos de câncer;
Doenças Degenerativas; Deficiência Visual; Deficiência Mental; Doenças
Neurológicas; Encurtamento de membros e más formações; Esclerose Múl-
tipla; Escoliose Acentuada; LER (Lesão por esforço repetitivo); Linfomas; Le-
sões com sequelas físicas; Manguito rotador; Mastectomia (retirada de ma-
ma); Nanismo (baixa estatura); Neuropatias diabéticas; Paralisia Cerebral;
Paraplegia; Parkinson; Poliomielite; Próteses internas e externas, exemplo:
joelho, quadril, coluna, etc.; Problemas na coluna; Quadrantomia (Relacio-
nada a câncer de mama); Renal Crônico com uso de (fístula); Síndrome do
Túnel do Carpo; Talidomida; Tendinite Crônica; Tetraparesia; Tetraplegia.
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Página 07/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 09 - Nº 400 - 02/02/2017
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ESTRESSE. É POSSÍVEL CONTROLAR?
Caro leitor,
O estresse ativa um impressionante
mecanismo do corpo, que age como uma e-
quipe de emergência. Hormônios são libera-
dos para acelerar a respiração e o batimento
cardíaco e para aumentar a pressão sanguí-
nea. Além disso, reservas de glóbulos ver-
melhos e glicose entram na corrente sanguí-
nea. Essa série de reações prepara você para
lidar com a causa do estresse. Depois que a
situação estressante passa, seu corpo costu-
ma voltar ao normal. Mas, se essa situação
continua, o estresse pode levá-lo à ansiedade
ou tensão crônica, como um motor que é
mantido acelerado. Por isso, saber lidar com
o estresse é essencial para a saúde física e
mental. E como lidar com o estresse?
O estresse não é necessariamente ruim. A
Associação Americana de Psicologia expli-
cou: “O estresse é para o ser humano o que
a tensão é para a corda de um violino: se você
deixar a corda frouxa, o som sairá abafado e
áspero; se a apertar demais, o som sairá es-
tridente e a corda poderá até se romper. Mui-
to estresse pode matar, mas um pouco pode
tornar a vida mais interessante. O segredo é
saber controlá-lo.”
Além disso, a saúde e a personalidade va-
riam de pessoa para pessoa. O que estressa
alguém pode não estressar outro. Mas, se em
seu dia a dia você fica tão tenso que não con-
segue relaxar nem lidar com uma emergên-
cia, isso indica que seu nível de estresse não
é saudável.
Na tentativa de lidar com o estresse crô-
nico, algumas pessoas recorrem a álcool,
drogas ou cigarro. Outras comem compulsi-
vamente ou se tornam sedentárias, passando
horas na frente da televisão ou do compu-
tador. Esses hábitos não eliminam a causa do
estresse e podem até aumentá-lo. Então, co-
mo podemos controlar o estresse? Muitas
pessoas conseguem fazer isso por aplicar
Um estudo liderado por Pedro Nor-
ton, investigador da Unidade de Investigação
em Epidemiologia (EPIUnit) do Instituto de
Saúde Pública da Universidade do Porto (IS-
PUP), abordou a prevalência e os determi-
nantes de bullying em profissionais de saúde
e concluiu que um em cada 12 trabalhadores
(8%) sofre deste tipo de agressão.
As conclusões referem também que os
atos de bullying – termo que designa a expo-
sição sistemática à humilhação e a compor-
tamentos hostis e violentos contra um ou
mais indivíduos – incidem sobretudo em
pessoas do sexo feminino, que trabalham co-
mo enfermeiras, administrativas e assisten-
tes operacionais.
“Os profissionais de saúde são um grupo
ocupacional particularmente exposto ao
bullying. Em Portugal, apenas existem dados
representativos deste fenómeno em enfer-
meiros, pelo que este é o primeiro estudo de
grande dimensão que avalia o bullying nos
restantes grupos profissionais ligados à saú-
de”, refere Pedro Norton.
A nível dos agentes que praticam bul-
lying, verificou-se que este tipo de agressões
era perpetrado, predominantemente, por su-
periores hierárquicos das vítimas.
A falta de estabilidade no trabalho e as po-
líticas de flexibilidade laboral estão, de acor-
do com os autores do estudo, intimamente
conselhos práticos como contar os proble-
mas a um terapeuta, um parente ou amigo de
confiança. Inúmeras pesquisas mostram que,
quando temos apoio profissional e/ou de
quem amamos, as chances de desenvolver
distúrbios relacionados ao estresse são me-
nores.
Nada de ficar pensando no que pode dar
errado na sua vida. Isso vai deixar você esgo-
tado emocionalmente. E pode ser que o que
você teme nunca aconteça! Então seja positi-
vo.
Para algumas pessoas a oração e/ou me-
ditação tem um efeito sensacional. Conec-
tar-se consigo mesmo e com a fé que pro-
cessa ter (cada um tem a sua) pode contribuir
para paz interior.
Não abra mão de um tempo para relaxar e
descansar. Estabeleça o que é mais impor-
tante para você e simplifique a vida. Talvez
note que para isso precisará de uma porção
de disciplina. Mas não pense que isso vai
“tirar” sua liberdade. Na verdade, irá tornar a
vida mais organizada, prática e menos es-
tressante.
E para concluir, resolva as diferenças com
as pessoas. Evite inflamar discussões, resol-
va as questões e viva com menos estresse!
Desejo-lhe uma vida mais tranquila! Até
logo!
Carla Santos Lima
Psicóloga Espec. Junguiana, TST,
Analista de TD & E no meio corporativo,
Consultora organizacional,
Palestrante de Educação em Saúde,
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associadas ao bullying no local de trabalho.
Os trabalhadores temporários são um grupo
particularmente vulnerável, devido ao receio
de serem despedidos ou de não verem o seu
contrato renovado, no caso de denunciarem
a agressão. Também os trabalhadores com
contratos a termo sofrem um maior risco de
agressão comparativamente aos que pos-
suem contrato por tempo indeterminado.
Os resultados apresentados foram obti-
dos através da análise das respostas a um in-
quérito aplicado a 707 profissionais de saúde
hospitalares. A maioria dos participantes são
mulheres (72,7%), com menos de 35 anos
(46,2%) e que exercem a profissão de enfer-
magem (38,7%).
De realçar no entanto, que a prevalência
de bullying observada neste estudo é inferior
A Justiça do Trabalho condenou uma
empresa de construção a pagar indenização
por danos morais no valor de R$ 10 mil a um
empregado que foi diagnosticado com hérnia
disco, doença adquirida, entre outros moti-
vos, pela extensa jornada de trabalho a que
era obrigado a cumprir. A decisão foi da juíza
Mônica Ramos Emery, em exercício na 10ª
Vara do Trabalho de Brasília.
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De acordo com os autos, o empregado
relatou que durante o período de trabalho na
empresa adquiriu uma hérnia discal em razão
das condições de trabalho, a sobrejornada e
a natureza das tarefas que exercia. O traba-
lhador afirmou que a empresa não zelou pela
manutenção das condições de segurança do
trabalho.
Em sua defesa, a empresa de construção
alegou que a doença sofrida pelo empregado
não tinha qualquer relação com o trabalho e
que estariam associadas a outros fatores. Re-
Texto produzido pelo: TST - Tribunal Superior do
Trabalho
A Terceira Turma do Tribunal Supe-
rior do Trabalho aumentou de R$ 10 mil para
R$70 mil o valor da condenação por danos
morais que a Cristel Sistemas de Comunica-
ção Ltda. e Companhia Estadual de Geração
e Transmissão de Energia Elétrica terão de
latou também que tomou todas as providên-
cias ao seu alcance para o afastamento de
riscos ocupacionais, cumprindo todos os re-
quisitos legais. Sustentou a inexistência de
culpa.
O laudo pericial e demais documentos
médicos juntados aos autos comprovam que
o empregado foi diagnosticado com hérnia
discal lombar com irradiação para os mem-
bros inferiores. “É um quadro comum em ati-
vidades de esforço dos trabalhadores que
realizam movimentos sem cuidado de postu-
ra e sem conhecimento da forma correta de
realizá-los”, afirmou o perito.
Segundo a magistrada responsável pela
sentença, nesse caso, cabe à empresa adotar
rigorosa atenção na prevenção de acidentes
e às doenças de trabalho, observando nor-
mas de segurança com auxílio de profis-
sionais habilitados. “Entendo que não restou
provado que a empresa tenha tomado as me-
didas mínimas necessárias para evitar o aco-
metimento de doenças relacionadas ao tra-
balho”, observou a juíza.
Empregado vítima de choque elétrico consegue
aumentar indenização por danos morais
Empresa de construção é condenada a indenizar
trabalhador que adquiriu hérnia de disco
Estabilidade provisória
A magistrada lembrou ainda, em sua deci-
são, do direito do empregado à estabilidade
provisória pelo acidente de trabalho ou do-
ença. Com isso, o segurado que sofreu aci-
dente de trabalho tem garantida, pelo prazo
mínimo de 12 meses, a manutenção de seu
contrato de trabalho na empresa, indepen-
dentemente de percepção de auxílio-acidente.
No caso analisado, no entanto, o traba-
lhador acabou sendo prejudicado pela falta da
emissão da CAT (Comunicação de Acidente
de Trabalho) pelo empregador. Para a juíza
Mônica Ramos Emery, o trabalhador poderia
ter sido beneficiado pelo auxílio-doença aci-
dentário, que automaticamente daria direito
ao reconhecimento da estabilidade provisó-
ria. Segundo ela, houve omissão da empresa.
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“Declaro, pois, de forma incidental, que o
afastamento do reclamante deu-se em virtude
de doença do trabalho, com afastamento su-
perior a 15 dias e, como tal, é detentor de es-
tabilidade provisória no emprego, por um ano
contado da alta médica”, determinou a magis-
trada. Com isso, o trabalhador receberá os
salários do período de estabilidade provisó-
ria, diferenças de décimo terceiro, férias e
FGTS, acrescido de 40%.
(Maria Alice)
Processo nº 0000293-14.2015.5.10.0010
Fonte: Âmbito Jurídico
Portugal:
Um em cada 12 profissionais de saúde diz ser vítima de bullying
à registada em outros países: Austrália
(50%), Estados Unidos da América (38%) e
outros países Europeus (11,3%).
No entanto, “apesar da prevalência en-
contrada ser inferior à estimada em outros
países, continua a afetar um número elevado
de profissionais de saúde. Assim, o esta-
belecimento de medidas preventivas que pos
sam minimizar as suas consequências quer a
nível individual (físicas e psíquicas) quer a
nível institucional (absentismo) torna-se im-
perativo. Neste contexto, os Serviços de Me-
dicina do Trabalho devem ter um papel ativo
no desenho de intervenções que tenham por
objetivo a identificação e acompanhamento
clínico dos casos, a referenciação para estru-
turas de apoio e a delineação de estratégias
preventivas que eliminem ou minimizem este
problema”, acrescenta.
O artigo “Prevalence and Determinants of
Bullying Among Health Care Workers in Por-
tugal” foi publicado na revista “Workplace
Health & Safety”. (Fonte: Publico.pt)
pagar pelos danos sofridos por um emprega-
do que recebeu uma descarga elétrica quan-
do fazia a manutenção de um poste.
O recurso ao TST foi interposto pelo tra-
balhador, que pediu o aumento do valor in-
denizatório. Prestador de serviços, ele disse
que antes de iniciar o trabalho se certificou no
centro de operação e distribuição da em-
presa que a energia estava mesmo desligada.
No entanto, no meio do procedimento, sem
nenhum aviso, a rede foi energizada.
A 30ª Vara do Trabalho de Porto Alegre lhe
deferiu indenização de R$ 30 mil por danos
morais, valor que foi reduzido para R$ 10 mil
pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª
Região (RS), o que motivou o eletricitário a
recorrer ao TST, pedindo a majoração do va-
lor indenizatório.
Ao examinar o recurso, o relator, ministro
Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, des-
tacou que o acidente ocorrido por culpa da
empresa, em decorrência da energização da
rede, revela que o empregado estava ex-
posto à condição de risco passível, inclusive,
de levá-lo a óbito. Em seu voto, Pereira disse
que "a indenização por dano moral traz con-
teúdo de interesse público, pois deita suas
raízes no princípio da dignidade da pessoa
humana".
Ao determinar o aumento do valor para R$
70 mil, o relator esclareceu que o dano moral
deve ser fixado observando a extensão do
dano sofrido, o grau de comprometimento
dos envolvidos, os perfis financeiros das
partes, além de aspectos secundários perti-
nentes a cada caso. A decisão foi unânime.
Fonte: DireitoNet
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Leis trabalhistas 'flexíveis' aumentam mortes por
excesso de trabalho no Japão
Por André Campos - Repórter Brasil
O suicídio de uma funcionária da
maior agência de publicidade do Japão gerou
nova onda de debates sobre as mortes rela-
cionadas ao excesso de trabalho naquele
país. Há meses Matsuri Takahashi, uma fun-
cionária da Dentsu, vinha fazendo mais de
100 horas extras mensais, e relatava nas re-
des sociais uma rotina exaustiva de pressão
no trabalho e poucas horas de sono. Em de-
zembro de 2015, Matsuri pulou do alto do
dormitório da Dentsu onde morava. O caso
veio à tona apenas oito meses depois, quan-
do uma investigação do governo federal en-
quadrou seu suicídio como mais um episó-
dio de "karoshi" – termo cunhado pelos ja-
poneses para designar as mortes causadas
por jornadas extenuantes.
Para o presidente da Sociedade Japonesa
de Pesquisa em Karoshi, Koji Morioka, uma
das principais causas dessa realidade são as
leis trabalhistas japonesas. Elas permitem
que empresas e sindicatos negociem horá-
rios de trabalho para além do limite legal de
oito horas por dia – justamente uma das mu-
danças que o governo Temer quer imple-
mentar no Brasil. Em entrevista à Repórter
Brasil, Morioka alerta: "se o governo e o par-
lamento brasileiros fizerem reformas que
permitam jornadas prolongadas, as horas ex-
traordinárias serão em breve mais longas, e
as mortes por excesso de trabalho aumen-
tarão".
O governo federal enviou à Câmara dos
Deputados em dezembro sua proposta de
reforma trabalhista através do projeto de lei
6787/2016. Ele estabelece diversos pontos
onde acordos coletivos entre sindicatos e
empregadores passariam a ter força legal. A
jornada de trabalho é um deles, ficando ape-
nas limitada a um patamar máximo de 220
horas mensais. Não há, por exemplo, a pre-
visão de um limite diário para as horas traba-
lhadas. Tampouco está claro como seriam
contabilizadas as horas extras.
No Japão, foram registrados 1.456 pedi-
dos formais de indenização por karoshi nos
doze meses anteriores a março de 2015. Tra-
balhadores nas áreas da saúde, assistência
social e construção civil estão entre os maio-
res atingidos.
Como mudar essa realidade? Para o pes-
quisador, ao invés do Brasil seguir o exem-
plo japonês, o Japão é que deveria adotar pa-
Desenvolver e dominar práticas a-
tuais de trabalho são essenciais para o su-
cesso do funcionário e também para o cres-
cimento da empresa. Por isso, buscar espe-
cializações é mais do que um investimento, é
uma opção certeira para o futuro.
Segundo o Ministério da Educação, os
cursos de especialização técnica são o apro-
fundamento de estudos ou a complemen-
tação de uma habilitação técnica de nível mé-
dio que propicia o domínio de novas com-
petências àqueles que já são habilitados e
desejam especializar-se em um determinado
segmento profissional.
Oportunidades para aprimoramento não
faltam. O Senac Jaboticabal (SP), por exem-
râmetros similares aos previstos na lei brasi-
leira: jornada regular de oito horas e acres-
cidas de, no máximo, duas horas extras por
dia.
Qual é o tamanho do problema quando fa-
lamos das mortes relacionadas ao excesso
de trabalho no Japão?
As mortes incluem não só "karoshi" no
sentido estreito, que são as mortes por do-
enças cerebrais e cardíacas. Há também os
casos de "karojisatu" – suicídios ligados a
doenças mentais provocadas pelo excesso
de trabalho e pelo estresse no trabalho. Não
há estatísticas oficiais exatas do número de
óbitos. Geralmente, utilizamos dados do Mi-
nistério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar so-
bre os pedidos de indenização relacionados
aos falecimentos por trabalho excessivo. Es-
ses números, no entanto, são só a ponta do
iceberg. Muitos familiares desistem de soli-
citar compensação quando se deparam com
karoshi e karojisatsu.
O problema tem aumentado em anos re-
centes?
De acordo com o Ministério, os pedidos
de indenização por doenças cerebrais e do
coração duplicaram entre 1999 e 2007. Já os
casos relacionados a doenças mentais se
multiplicaram por dez de 1999 a 2015. Os e-
pisódios de karojisatsu afetam principalmen-
te trabalhadores jovens, entre 20 e 30 anos.
O aumento dos casos reflete a frequente o-
corrência de assédio moral nos ambientes de
trabalho japoneses, além do estresse e do ex-
cesso de trabalho.
Quantos trabalhadores japoneses estão
em risco?
Quase uma em quatro empresas admiti-
ram, em uma pesquisa recente englobando
1.743 companhias, que parte de seus fun-
cionários fazem mais de 80 horas de horas
extras mensais (limiar adotado pelo governo
japonês onde a perspectiva de morte torna-
se passível de qualificada como karoshi).
Mas o que a lei diz sobre isso? Quais são
os limites de horas trabalhadas no Japão?
De acordo com as leis japonesas, se os
empregadores assinam um acordo com um
sindicato organizado pela maioria dos traba-
lhadores, ou mesmo com uma pessoa que
represente essa maioria, as jornadas laborais
podem ser estendidas ilimitadamente. O Mi- nistério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar es-
tabelece limites para as horas extras – 15 ho-
ras por semana, 45 horas por mês e 360 ho-
ras por ano [assim como no Brasil, a jornada
normal japonesa é de oito horas diárias].
Mas essas diretrizes não são obrigatórias. Os
acordos sobre horas extraordinárias têm
isenções especiais que permitem aos empre-
Especialização técnica, quando optar? Principal caminho para atualização do currículo, modalidade ainda é mistério para diversos profissionais
Senac de Jaboticabal (SP)
plo abriu mais de 75 vagas em especiali-
zações técnicas nas áreas de saúde e bem-
estar, meio ambiente e segurança do traba-
lho. Interessados poderão optar entre Especi-
alização Técnica em Enfermagem do Traba-
lho, Especialização Técnica em Segurança do
Trabalho na Construção e Especialização
Técnica em Meio Ambiente para Técnico em
Segurança do Trabalho. As inscrições já es-
tão abertas.
As qualificações têm duração até 35% da
carga horária mínima do curso de nível téc-
nico ao qual se vincula. “Elas possibilitam ao
Pesquisador japonês culpa lei similar à que Temer
quer aprovar no Brasil pelos casos de "karoshi",
as ditas mortes por excesso de trabalho.
gadores exigir horas extras ilimitadas.
Os acordos são comuns?
A maioria das grandes corporações pos-
sui acordos permitindo mais de 80, 100 ou
até 150 horas extras mensais. Ou, ainda,
mais de 800 ou 1.000 horas extras por ano.
Algumas empresas têm acordos sancionan-
do 15 horas extras por dia. Isto significa 24
horas de trabalho seguidas – as oito horas
normais acrescidas de 15 horas extraordi-
nárias e de uma hora de intervalo.
Essa é uma das principais causas da crise
de karoshi no Japão?
As horas extras – incluindo casos em que
elas não são remuneradas como tal – são o
motivo mais óbvio para as longas jornadas
de trabalho no Japão. Desregulamentações
no controle de jornada foram frequentes nos
últimos 30 anos. A globalização, a informa-
tização e a "financeirização" da economia
também tiveram um grande impacto na am-
pliação das horas trabalhadas.
Você acha que as leis trabalhistas japone-
sas devem ser alteradas para prevenir adoe-
cimentos e mortes?
Em um primeiro momento, deveríamos
demandar o cumprimento obrigatório dos li-
mites de horas extras máximos estabelecidos
pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-
Estar. E então, num futuro próximo, devería-
mos alterar a lei para restringir horas extras a
duas por dia, oito por semana e 150 horas
por ano.
No Brasil, a jornada legal é de oito horas
por dia e 44 semanais, acrescidas de, no má-
ximo, duas horas extras eventuais. Como no
Japão, a ideia é que sindicatos e emprega-
dores negociem a jornada sem limites. Qual
é o seu conselho para os políticos brasileiros
que irão votar essas mudanças?
Nas relações dentro de uma empresa, o
capital é sempre mais forte do que o trabalho.
Se o governo e o parlamento brasileiros fize-
rem reformas que permitam jornadas prolon-
gadas, as horas extraordinárias serão em
breve mais longas, como ocorreu no Japão,
e as mortes por excesso de trabalho, inclu-
indo os suicídios, aumentarão.
aluno ter em seu perfil competências que am-
pliam o seu escopo de atuação”, destaca Da-
nilo Leal, coordenador de cursos do Senac
do Jaboticabal. As especializações, princi-
palmente aquelas voltadas para as áreas de
formação do candidato, são as principais a-
postas dos funcionários antenados às ten-
dências de mercado. “Certos do retorno que
terão no futuro, os empresários também já
reconhecem os benefícios da modalidade”,
completa Danilo.
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mente na unidade. Dúvidas podem ser escla-
recidas pelo telefone (16) 3209-2800
Há algumas semanas eu escrevi o
artigo “Acréscimo de 25% na aposentadoria
NÃO se limita à por invalidez [com modelo]”
e recebi muitas perguntas dos leitores sobre
este assunto. Como eu não consigo respon-
der individualmente a todos os e-mails e co-
mentários, resolvi escrever este artigo para
sanar as dúvidas mais comuns sobre o as-
sunto.
1) O que é o acréscimo de 25% na apo-
sentadoria?
A lei previdenciária prevê um acréscimo
de 25% no valor da aposentadoria para a-
quelas pessoas que possuem a chamada
“grande invalidez”, ou seja, que precisem de
cuidados de outra pessoa 24 horas por dia,
até mesmo para as atividades mais básicas
da vida humana, como alimentar-se e tomar
banho.
Este benefício está previsto no art. 45 da
Lei 8.213/91. Vejamos:
Lei 8.213/91, Art. 45. O valor da aposen-
tadoria por invalidez do segurado que neces-
sitar da assistência permanente de outra pes-
soa será acrescido de 25% (vinte e cinco por
cento).
Parágrafo único. O acréscimo de que trata
este artigo:
a) será devido ainda que o valor da apo-
sentadoria atinja o limite máximo legal;
b) será recalculado quando o benefício
que lhe deu origem for reajustado;
c) cessará com a morte do aposentado,
não sendo incorporável ao valor da pensão.
2) Quem tem direito ao acréscimo de 25%
na aposentadoria?
A lei determina que este acréscimo é so-
mente para os aposentados por invalidez que
sejam portadores da “grande invalidez”. No
entanto, os advogados previdenciaristas vêm
lutando há muito tempo para que este direito
seja estendido às demais aposentadorias (a-
posentadoria por idade, por tempo de contri-
buição, especial, etc.). Nós temos obtido su-
cesso em muitos casos.
Eu escrevi sobre isso em detalhes neste
artigo: Acréscimo de 25% na aposentadoria
NÃO se limita à por invalidez [com modelo]
3) Acréscimo de 25% na pensão por mor-
te é possível?
Como dito no item acima, a lei prevê este
benefício somente para quem é aposentado
por invalidez (e que também sejam porta-
dores de grande invalidez). Aos poucos, es-
tamos conseguindo estender este benefício
também para outros tipos de aposentadoria.
Eu penso que a fundamentação para es-
tender o acréscimo para a pensão por morte
seria a mesma para estendê-lo para outros
tipos de aposentadoria e acredito que valha a
pena lutar.
No entanto, eu nunca vi nenhuma decisão
5 dúvidas sobre o acréscimo de
25% na aposentadoria
favorável para o acréscimo de 25% na pen-
são por morte.
Para entender melhor, leia o artigo Acrés-
cimo de 25% na aposentadoria NÃO se limita
à por invalidez [com modelo]
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4) Acréscimo de 25% no auxílio-doença é
possível?
Não. E por um motivo muito simples: se a
pessoa está tão incapaz que chega a precisar
de ajuda permanente de outras pessoas, sig-
nifica que ela, na verdade, deveria receber a-
posentadoria por invalidez, e não auxílio-do-
ença.
Então, minha recomendação é requerer a
conversão do auxílio-doença em aposenta-
doria por invalidez e, ao mesmo tempo, pedir
o adicional de 25% do art. 45 da Lei 8.
213/91.
5) Acréscimo de 25% no “LOAS” / BPC é
possível?
Não. Primeiro porque o Benefício Assis-
tencial de Prestação Continuada (mais co-
nhecido como “LOAS”, apesar de não ser o
nome tecnicamente correto) não é aposenta-
doria e nem benefício previdenciário. É um
benefício assistencial.
A Previdência e a Assistência, apesar de
estarem juntas dentro da Seguridade Social,
são sistemas diferentes. Basicamente, a Pre-
vidência exige contribuição e a Assistência,
não.
Ademais, a Lei Orgânica da Assistência
Social (esta sim, chamada corretamente de
LOAS) determina que o benefício assistencial
não pode ser cumulado com outro benefício.
Vejamos:
Lei 8.742/93, Art. 20. O benefício de pres-
tação continuada é a garantia de um salário-
mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao
idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou
mais que comprovem não possuir meios de
prover a própria manutenção nem de tê-la
provida por sua família.
§ 4º O benefício de que trata este artigo
não pode ser acumulado pelo beneficiário
com qualquer outro no âmbito da seguridade
social ou de outro regime, salvo os da as-
sistência médica e da pensão especial de na-
tureza indenizatória.
Compartilhamos com Alessandra Strazzi
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Para empregados:
Algumas dicas para se dar bem em 2017 e ficar por dentro dos seus direitos.
Já para o intervalo interjornada, é neces-
sário que entre uma jornada e outra de tra-
balho exista um período mínimo de descanso
de 11 horas consecutivas, segundo o Art. 66
da CLT, para que assim o empregado possa
restabelecer as suas energias.
Dessa forma cabe ao empregado ficar
atento ao cumprimento das normas, pois ser-
vem para a manutenção de sua saúde.
Quando o empregador descumprir as re-
feridas leis é importante que o funcionário
busque conversar de forma amigável com o
seu superior hierárquico. Se o empregador
optar por continuar descumprindo-as, será
necessário que o obreiro faça uma denúncia
ao seu sindicato, ou ao Ministério do Traba-
lho ou consultar um advogado para que este
possa melhor orienta-lo como agir da ma-
neira correta para a solução do problema.
Salário
O salário mínimo estabelecido para o ano
de 2017 foi no valor de R$ 937,00. No en-
tanto diversas categorias de trabalho esti-
pulam valor superior ao mínimo legal, sendo
extremamente válido que o funcionário co-
nheça a convenção coletiva da sua categoria
para que possa informar-se sobre os valores
a serem pagos.
Sendo assim, caso o obreiro esteja rece-
bendo salário com valor abaixo do estipulado
pela convenção coletiva deverá buscar solu-
cionar o problema juntamente com seus em-
pregadores, para que a diferença entre os
montantes possam ser quitados.
Outra dica trabalhista é referente aos des-
contos efetuados no salário do empregado
pelo danos causados ao empregador. É co-
mum que ocorra o desconto em qualquer tipo
de lesão sofrida, porém segundo o Art. 462
da CLT em seu § 1º, o desconto somente será
lícito quando for previamente acordado entre
as partes ou quando ocorrer por dolo do em-
pregado.
Demissão por justa causa
No atual cenário econômico brasileiro é
nítida a dificuldade em encontrar trabalho,
desta forma é importante que o empregado
saiba manter o seu cargo, evitando praticar
atos que possam por em risco a sua per-
manência no emprego.
Neste caso, o Art. 482 da CLT elenca al-
guns atos que se executados pelo empregado
poderá leva-lo a uma demissão por justa
causa.
É o caso por exemplo do que a CLT clas-
sifica como "ato de improbidade", sendo a-
quelas situações na qual o obreiro realiza
atos considerados desonestos, que podem
inclusive ferir a própria lei, e assim acabam
por abalar a relação de confiança existente
entre empregado-empregador.
É o que ocorre, por exemplo, ao apre-
sentar atestado médico falso na empresa para
justificar sua falta ou aquele funcionário que
frauda seu cartão de ponto para apresentar
horas extras que na realidade não laborou.
Todas estas são causas que geram a rescisão
do contrato por justa causa.
Outro motivo é a embriaguez do funcio-
nário no ambiente de trabalho, bem como a
violação de segredo de empresa, situação
muito comum naqueles funcionários que tra-
balham com propriedade industrial desen-
volvendo projetos de forma intelectual para
seus empregadores.
Da mesma forma ocorre com aqueles co-
laboradores que exercem suas funções de for
ma desleixada e com descaso, trazendo
prejuízos para a empresa em que laboram
Portanto é oportuno lembrar, que, aqueles
que buscam manter seus cargos dentro das
empresas não devem praticar os atos acima
mencionados, pois a demissão por justa
causa traz inúmeros prejuízos para o funcio-
nário.
Assédio moral
Nossas dicas trabalhistas agora vão para
outro tema muito importante para este ano de
2017, já que com a tensão da crise financeira
as empresas acabam pressionando os seus
funcionários a conseguirem melhores metas
para cumprir seus objetivos monetários.
Desta forma, a cobrança do empregador
sempre deve ser interpretada de forma a esti-
mular o empregado a melhor desenvolver
suas atividades laborais.
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Portanto, sempre que a cobrança tenha o
objetivo de descriminar, pressionar, cons-
tranger ou qualquer outro ato que cause uma
lesão moral no funcionário, este deve buscar
medidas para coibir tais atitudes e assim res-
taurar a harmonia no ambiente de trabalho.
A cobrança de metas por parte do empre-
gador não é considerada uma prática ilegal,
no entanto, esta deve ser aplicada com cau-
tela, pois no caso de configurada uma das hi-
póteses acima, o assédio moral poderá ser
caracterizado trazendo danos para o empre-
endimento.
Para um estudo mais aprofundado sobre
o tema recomendamos a leitura do nosso ar-
tigo atitudes que configuram o assédio moral
no ambiente de trabalho.
Conclusão sobre as dicas trabalhistas
O ano de 2017 será desafiador diante da
crise econômica enfrentada pelo Brasil, pois
as empresas vão buscar extrair o máximo de
eficiência de seus funcionários, contudo é
preciso ressaltar que a balança financeira do
empreendimento jamais poderá ser mais
importante do que a saúde de seus funcio-
nários.
É importante que o colaborador tenha co-
nhecimento de tais informações, para que, e-
xistindo qualquer infração por parte empresa
este possua a capacidade de identificar a le-
são e procurar a ajuda necessária, seja no
sindicato, no Ministério do Trabalho ou com
um advogado de confiança.
Essas foram algumas dicas trabalhistas
iniciais para o ano de 2017, contudo muitas
outras serão abordadas no decorrer do ano,
portanto fique atento as próximas publica-
ções do nosso site. Não esqueça de deixar as
suas dúvidas no campo dos comentários.
Até a próxima!
Compartilhamos com Alexandre Bastos
Advogado Trabalhista
Artigo originalmente publicado em:
Alexandrebastosadvocacia. Com. Br
Uma boa forma de iniciar o ano é
analisar aquele que passou, extrair todo a-
prendizado que foi útil, aprender com erros
para não cometê-los novamente, criar novas
ambições, metas e sonhos. Com o trabalho
não poderia ser diferente, desta forma vamos
apresentar neste artigo algumas dicas traba-
lhistas para começar bem em 2017 e assim,
conhecer um pouco mais sobre os seus di-
reitos.
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Jornada de trabalho
Quantas horas por dia um trabalhador co-
mum deve trabalhar? Segundo o Art. 58 da
CLT, a jornada normal de será de 8 horas diá-
rias, podendo ser estendida em até 2 horas
desde que exista prévio acordo entre as par-
tes ou que essa possibilidade esteja prevista
na convenção coletiva de trabalho.
Neste ponto, vale destacar que a jornada
apresentada serve como regra geral para a
maioria dos empregados, no entanto, algu-
mas categorias podem estabelecer outros
horários devendo sempre observar a conven-
ção coletiva respectiva e obedecendo a jor-
nada de 44 horas semanais.
Com relação as horas extras estas devem
ser remuneradas com um acréscimo de no
mínimo 50% do valor da hora normal de tra-
balho, ou seja, se um funcionário recebe R$
5,00 pela sua hora de trabalho, quando este
estiver em período de horas extras, o valor da
sua hora de trabalho deverá ser remunerada
no valor de R$ 7,50 (R$ 5,00 hora co-
mum+R$ 2,50 horas extras).
Mais uma vez é importante lembrar que a
convenção coletiva de trabalho poderá esta-
belecer valor superior a 50% para a remune-
ração de horas extras, contudo nunca poderá
ser inferior a este percentual.
Outra questão comum é se o empregado
tem a obrigação de prestar horas extras a pe-
dido do chefe. Como regra geral não. Segun-
do a CLT em seu Art. 61 para que o empre-
gador possa obrigar seu funcionário a reali-
zar horas extras é necessário que ocorra al-
gum motivo de força maior ou que o serviço
seja inadiável para evitar prejuízos manifes-
tos. Inexistindo essa exceção a prestação de
horas extras deverá ser acordada entre em-
pregador e empregado.
Intervalo para Descanso
Aqui vamos dividir o intervalo em duas
partes, o intrajornada, sendo aquele existente
dentro de uma mesma jornada de trabalho e
o interjornada como aquele descanso que há
entre duas jornadas de trabalho distintas.
Com relação ao intervalo intrajornada este
dependerá da quantidade de horas trabalha-
das pelo empregado. Quando a quantidade
de horas diárias trabalhadas forem superior a
6, o intervalo deverá ser de no mínimo 1 hora
para descanso, quando for entre 4 horas e 6
horas de trabalho diárias, o intervalo para
descanso será de no mínimo 15 minutos.
Se o horário para descanso não for res-
peitado pelo empregador, não sendo este
concedido ou concedido em parte, ficará por-
tanto obrigado a remunerar esse período com
um acréscimo de pelo menos 50% do seu
valor normal, como forma de punição encon-
trada pela CLT pelo desrespeito às normas de
proteção à saúde do trabalhador.
Dicas trabalhistas para começar bem em 2017
Por Adriana Aguiar | De São Paulo
Trabalhadores do Espírito Santo só
poderão ser demitidos, pelo menos em tese,
apenas com justificativa comprovada. Enten-
dimento nesse sentido foi recentemente nor-
matizado por uma sumula do Tribunal Regio-
nal do Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES).
Com a medida, o enunciado passa a orientar
a primeira instância trabalhista do Estado. O
tema aguarda há quase 20 anos decisão do
Supremo Tribunal Federal (STF).
Advogados de empresas receberam a sú-
mula com receio, pois temem que o enten-
dimento possa gerar um efeito cascata sobre
outros TRTs do país.
A Súmula nº 42, editada pelo Pleno do
TRT-ES em 14 de dezembro, não é clara
quanto aos requisitos para demissão dos
empregados, apesar desse ser o assunto a-
bordado. O texto considerou inconstitucional
o Decreto nº 2.100, de 1996, pelo qual o en-
tão presidente da República, Fernando Hen-
rique Cardoso, denunciou a validade da
Convenção nº 158 da Organização Interna-
cional do Trabalho (OIT).
O tratado foi assinado em 1982 por diver-
sos países e aprovado pelo Congresso Naci-
onal dez anos mais tarde. Em 1996, Fernan-
do Henrique o ratificou pelo Decreto nº
1.855. Oito meses depois, porém, o revogou.
A Confederação Nacional dos Trabalha-
dores na Agricultura (Contag) e a Central Ú-
nica dos Trabalhadores (CUT) entraram em
1997 com uma ação direta de inconstitu-
cionalidade (Adin 1.625) no Supremo para
questionar a validade do decreto. Segundo
as entidades, o presidente não poderia de-
nunciar tratado internacional sem a manifes-
tação do Congresso, que detém competência
constitucional exclusiva.
O relator da sumula do TRT do Espírito
Santo, desembargador Carlos Henrique Be-
zerra Leite, afirma que mesmo tendo a con-
venção sido formalmente denunciada é pos-
sível decretar inconstitucional o decreto que
revogou a participação do Brasil na Conven-
ção 158. Segundo ele, houve afronta ao in-
ciso I do artigo 49 da Constituição. De acor-
do com esse dispositivo "é da competência
exclusiva do Congresso Nacional resolver
definitivamente sobre tratados, acordos ou
atos internacionais que acarretem encargos
ou compromissos gravosos ao patrimônio
nacional".
O desembargador ainda ressalta que no
julgamento em trâmite no Supremo já se
contabilizam quatro votos dos ministros pela
inconstitucionalidade da medida. Com a de-
cisão do Pleno e a edição da súmula, o pro-
cesso voltará para a 3ª Turma do tribunal
para ser julgado o caso concreto.
No Supremo, o julgamento foi iniciado
em 2003, com o voto do relator, ministro
Maurício Corrêa, já falecido. O ministro vo-
tou na época pela procedência parcial da a-
ção. Ele avaliou que o Decreto nº 2.100 só
produziria efeitos a partir da ratificação do
ato pelo Congresso Nacional. Ele foi seguido
pelo ministro Ayres Brito, já aposentado. Em
2006, o ministro Nelson Jobim, também já
aposentado, votou pela improcedência do
pedido. Em 2009, o ministro Joaquim Bar-
bosa (aposentado) e a ministra Rosa Weber
votaram pela procedência total da ação.
Em 2016, o entendimento foi seguido pe-
lo ministro Teori Zavaski, que votou pela im-
procedência da ação com a condição de que
os futuros tratados denunciados sejam sub-
metidos ao Congresso. Então, o ministro
Dias Toffoli pediu vista.
O advogado Luiz Alberto Macedo Meirel-
les de Azevedo, do De Vivo,Whitaker e Castro
Súmula do TRT-ES proíbe demissão sem
justificativa comprovada por empresa
Advogados, afirma que essas súmulas, nor-
malmente, geram impacto não só no TRT que
passará a aplicá-las mas em outros tribunais
regionais que podem editar orientações se-
melhantes. "Isso gera uma insegurança jurí-
dica enorme, pois cada Estado vai definir o
tema de acordo com o seu TRT. Se uma em-
presa quer abrir uma filial, por exemplo, vai
escolher Estados em que ela possa demitir
sem justificativa", diz. Para ele, um assunto
tão importante tem que ser definido pelo Su-
premo.
O gerente-executivo jurídico da Confede-
ração Nacional da Indústria (CNI), Cassio
Borges, afirma que a sumula do TRT do Es-
pírito Santo "é um balde de água gelada no
empresariado, principalmente neste momen-
to de crise". Segundo ele, o Brasil convive há
20 anos sem aplicar a Convenção nº 158, que
durou apenas oito meses em 1996. "Esse
ponto deveria ter sido ponderado, porque é
uma grande mudança, até porque o processo
encontra-se em julgamento no Supremo e
não foi finalizado", diz.
De acordo com Borges, que tem acom-
panhado as sessões de julgamento do tema,
o ministro Teori Zavascki foi enfático ao re-
conhecer que há uma tradição constitucional
no Brasil de que essas mudanças só podem
ocorrer pelo Congresso, mas propôs que isso
seja colocado em prática em atos a partir do
julgamento. Nesse sentido, não haveria a a-
plicação da Convenção nº 158. "Com a Sú-
mula do TRT o tribunal dá efetividade ime-
diata e na contramão do que pode ser o resul-
tado no Supremo", diz.
Ainda ressalta o gerente da CNI que o Su-
premo, ao julgar a Adin 1.480, reconheceu a
impossibilidade de a Convenção nº 158 en-
trar em vigor no Brasil.
De acordo com o secretário nacional de
assuntos jurídicos da Central Única dos Tra-
balhadores (CUT), Valeir Ertle, a súmula do
tribunal capixaba está exatamente no mesmo
sentido que a entidade defende no Supremo.
"É muito importante que os demais TRTs se
posicionem, já que o Supremo tem demorado
tanto para julgar". Segundo ele, o Brasil tem
uma rotatividade fora do comum.
"Na área do comércio, por exemplo, é de
70% a 80%. O brasileiro vive em uma situa-
ção muito ruim. Como pode demitir sem jus-
tificativa, o patrão chega um dia de mau hu-
mor e demite um", diz. O secretário da CUT a-
firma que deve pedir uma audiência, junto
com outras entidades dos trabalhadores, com
a presidente do Supremo, ministra Cármen
Lúcia, para solicitar que o tema seja incluído
na pauta de julgamentos novamente.”
Fonte: Valor Econômico
Compartilhamos com Rafael Costa
Página 10/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 09 - Nº 400 - 02/02/2017
Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 400 - 02/02/2017 - Fim da Página 10/10
Como o desemprego está criando 'funcionários-polvo' e aumentando pressão sobre quem trabalha
Muitos em um
Relatos de acúmulos de tarefas se espa-
lham por indústria, comércio e serviços.
Vendedor em uma loja de roupas na re-
gião metropolitana de Porto Alegre (RS), Jor-
ge* virou caixa, estoquista e responsável pe-
lo crediário depois que outra funcionária foi
demitida.
Hoje exerce dez funções em um expedi-
ente que ficou mais longo.
"Quando minha colega saiu, tudo o que
ela fazia foi para mim", diz.
O advogado Leonardo* também está tra-
balhando mais. Além das petições, ficou en-
carregado de tarefas que caberiam a um esta-
giário, como tirar cópias e cuidar da corres-
pondência. Para fazer tudo, diminuiu o inter-
valo de almoço.
suas vagas.
Mas mesmo que os brasileiros se tornem
mais produtivos na crise, isso não deve durar
muito, diz a professora Regina Madalozzo,
coordenadora do Mestrado Profissional em
Economia do Insper.
A razão é simples: as pessoas se cansam.
"Estudos mostram que você pode até au-
mentar a produtividade no curto prazo, mas
isso não é sustentável. As pessoas não con-
seguem dar 100% o tempo inteiro, elas não
são máquinas."
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Segundo a professora, aprender novas
atividades têm um lado positivo, que é tornar
o trabalhador mais completo. No entanto, se
isso significa ultrapassar limites físicos, a
pressão tem o efeito contrário, prejudicando
o serviço.
O vendedor-caixa-estoquista Jorge já
percebe que suas vendas pioraram. Enquanto
faz o cadastro de um cliente, deixa outros fa-
lando sozinhos.
"O patrão não acha certo cair o rendimen-
to, mas não tem como, o atendimento não é
mais o mesmo. Me sinto constrangido por
não cumprir tudo."
Medo do desemprego
Concentrar tarefas não é a única pressão
que os brasileiros sofrem com tantos demiti-
dos no mercado. Com o desemprego acima
de 11%, segundo o IBGE, o medo de ser
mandado embora é outra preocupação cons-
tante.
De acordo com índice da CNI (Confede-
ração Nacional da Indústria), o medo do de-
semprego ficou em 64,8 pontos em dezem-
bro - o indicador vai de zero a cem pontos e,
quanto mais alto, maior é o temor. O resul-
tado do mês passado foi o maior desde 1996.
O receio de ser o próximo demitido nem
sempre coincide com o acúmulo de funções.
O motivo pode ser justamente o contrário: a
demanda cai tanto que o trabalhador fica o-
cioso. Ele teme que não seja mais necessá-
rio.
"Me sinto inútil. Saio de casa, enfrento o
transporte, para chegar aqui e não fazer na-
da", diz Ana sobre a agência de marketing
onde trabalha. Antes da crise, ela desenvol-
via campanhas publicitárias. Com as demis-
sões, foi remanejada para o treinamento, se-
tor que está parado.
"Você tem que fingir que está traba-
lhando, porque não quer ser demitido."
Para ela, a relação com os patrões piorou.
Ana diz que o discurso "se você não quer,
tem quem queira" é comum.
Administração da FGV-SP Beatriz Lacombe.
Empresários de várias áreas consultados
pela BBC Brasil afirmaram que os cortes fo-
ram necessários para a sobrevivência de seus
negócios e que também estão sendo afetados
pessoalmente pelas incertezas da economia.
Alguns disseram que redistribuíram tarefas
para não prejudicar suas equipes.
De acordo com os especialistas, o ideal
seria que patrões e empregados formassem
uma "coalizão" para que, com sacrifícios mú-
tuos, pudessem passar juntos pela recessão.
Essas mudanças, no entanto, exigem tempo e
são recomendáveis durante períodos de cres-
cimento, quando não há tanta tensão.
Enxaqueca e tendinite
Enquanto essas relações não mudam, a
pressão dentro dos escritórios começa a afe-
tar a saúde dos trabalhadores.
A Associação Nacional dos Médicos Peri-
tos estima que o número de pedidos de au-
xílio-doença subiu até 30% no último ano. Os
dados de 2016 ainda não foram divulgados
pela Previdência Social.
O presidente da entidade, Francisco Car-
doso, cita o caso de um homem que sofreu
um burnout, problema conhecido como do-
ença do esgotamento profissional, depois
que todas as 40 pessoas do seu setor foram
demitidas. Só ele ficou.
A síndrome de Burnout inclui sintomas
como agressividade e falhas de memória.
"É um caso isolado, mas tipifica aqueles
que, pelo acúmulo de funções ou pela neces-
sidade de afastar o desemprego, acabam tra-
balhando além do recomendável. Tem acon-
tecido muito."
Giovana*, que gerencia a área de seguran-
ça de produto de uma indústria, diz que o ex-
cesso de trabalho trouxe de volta sua enxa-
queca. Ela também foi parar no hospital por
problemas nas costas e tendinite.
Segundo Giovana, na filial brasileira da
empresa, apenas duas pessoas atendem as
demandas que, na matriz, são realizadas por
30. O quadro de pessoal no Brasil foi cortado
em 30% nos últimos anos.
"Me pressiono cada dia mais, trabalhando
além do expediente para manter tudo funcio-
nando normalmente, mas a sensação de ser o
'gargalo' de um processo do qual não temos
controle chega a ser desesperadora."
O cansaço dos trabalhadores não é algo
que se resolverá imediatamente com a recu-
peração econômica, alerta a professora Regi-
na Madalozzo, do Insper. O esgotamento dos
brasileiros trará consequências a longo pra-
zo, sobretudo para as empresas que conti-
nuarem pressionando seus funcionários aci-
ma de seus limites.
"Quando sair da crise, será aquilo que ve-
mos nos filmes: todo mundo doente, se de-
mitindo ao mesmo tempo. Você tem que ter
um mínimo de incentivo para ir ao trabalho
todos os dias."
Esta reportagem terminaria aqui. Mas Ias-
min*, uma editora de livros didáticos, queria
incluir sua história: "é bom poder falar".
Ela descreveu crises de dor de cabeça que
duram uma semana, além de confusão mental
e perda da visão periférica. Em semanas tran-
quilas, costuma acumular dez horas extras.
Suas respostas demoraram a chegar e, por
pouco, não ficaram de fora. A justificativa, no
entanto, não poderia ser um final mais propí-
cio: "o trabalho come até o tempo que a gente
deveria usar para denunciar quanto tempo o
trabalho come".
*Todos os trabalhadores entrevistados ti-
veram os nomes alterados para preservar
suas identidades.
DIVULGUE SUA EMPRESA AQUI NA
NORMINHA [email protected]
Compartilhamos com TERRA
Em uma grande agência de empre-
go no centro de São Paulo, uma cena se re-
pete: com currículos em mãos, dezenas de
pessoas formam fila para falar com a recep-
cionista.
Foto: Thinkstock
Com mais funções, funcionários têm trabalhado
até mais tarde - e diminuído almoço
"Você se cadastrou no nosso site?", ela
pergunta. A frustração dos candidatos é visí-
vel, assim com o cansaço da mulher que, do
outro lado do balcão, atende centenas deles
em uma manhã.
O drama das 12 milhões de pessoas que
hoje estão sem trabalho no Brasil é bem co-
nhecido. Mas pouco se fala dos efeitos do
desemprego para quem fica nas empresas.
Com tantos demitidos, quem continua con-
tratado pode virar um "funcionário-polvo", a-
cumulando funções de ex-colegas, além de
precisar lidar com o medo do desemprego.
Apesar de não ser medido em números,
esse fenômeno é velho conhecido dos espe-
cialistas em mercado de trabalho. Segundo
os professores entrevistados pela BBC Bra-
sil, o aumento de pressão sobre os empre-
gados é uma tendência natural em momentos
de crise.
"Toda vez que uma empresa entra em difi-
culdade, ela precisa fazer o melhor possível
com o pessoal que permanece. Fazer muito
com pouco torna-se a chave do sucesso", ex-
plica o professor da FEA-USP José Pastore,
que também é consultor em relações do tra-
balho.
Foto: Thinkstock
Demissões têm levado vários profissionais ainda
empregados a acumular funções
Para manter o ritmo, diz Pastore, empre-
sários ficam com os subordinados conside-
rados mais versáteis, que podem aprender
novas tarefas rapidamente. São eles os mais
propícios a tornarem-se "funcionários-pol-
vo".
Foto: Thinkstock
Para especialista, funcionários-polvo 'não
conseguem dar 100% o tempo inteiro, as
pessoas não são máquinas'
"Antes comia em uma hora, e agora almo-
ço em trinta minutos. Uso o resto para agi-
lizar."
Aparentemente, Jorge e Leonardo torna-
ram-se mais produtivos: eles executam mais
tarefas quase no mesmo tempo de antes. A
ligação entre produtividade e recessão foi
discutida em estudos americanos feitos após
a crise econômica de 2008. A BBC Brasil não
encontrou uma pesquisa semelhante por
aqui.
Segundo o trabalho de economistas da
Universidade de Stanford e da Universidade
de Utah, do último trimestre de 2007, quando
a recessão dos EUA começou, até o terceiro
trimestre de 2009, quando ela terminou, a
produtividade no país cresceu 3,16% em se-
tores não-agrícolas. A marca atingida em
2009 (3,2%) foi a maior desde 2003.
Foto: Ingrid Fagundez/BBC Brasil
Medo do desemprego piora relação entre
funcionários e patrões, dizem entrevistados
Para os pesquisadores, dois motivos jus-
tificaram esse crescimento: a demissão dos
trabalhadores menos produtivos e, principal-
mente, o esforço dos que ficaram para manter
suas vagas.
Foto: Thinkstock
Excesso de pressão se reflete na saúde dos
trabalhadores
"Ele existe abertamente. Quando a gente
questiona os gestores, diz 'olha não está le-
gal assim', ele respondem de forma ofen-
siva."
Trabalhadores de outras áreas relataram a
mesma situação à BBC Brasil. De forma mais
ou menos exposta, dizem, a carta do desem-
prego tem sido usada com frequência.
Contratada de uma empresa da indústria
alimentícia, Giovana diz que esse "alerta" não
vem diretamente da chefia, mas chega de ou-
tras formas.
"Recentemente tivemos uma reunião so-
bre benefícios e o responsável pelo RH disse
'antes de reclamar da alteração no plano de
saúde, devíamos olhar as taxas de desem-
prego'. A ameaça velada ficou evidente."
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Relação patrão-empregado
A relação patrão-empregado no Brasil
não é só difícil em tempos de recessão, diz a
professora Carmen Migueles, que fez douto-
rado em sociologia das organizações.
Foto: Thinkstock
Processo atual terá consequências no futuro, diz
especialista
Migueles afirma que esse contato é árido
por natureza. Segundo ela, os subordinados
muitas vezes não percebem que os chefes
também estão numa posição difícil. Por ou-
tro lado, os empresários não costumam
compartilhar o que está acontecendo com
seu negócio e subestimam a ajuda que seus
empregados podem lhe oferecer.
"O Brasil é um dos países que mais tem
uma visão negativa dos pares, do chefe e das
instituições. Quando falta recursos, é a guer-
ra de todos contra todos."
Sobre as pressões exercidas pelos pa-
trões, a professora diz que perfis autoritários
ou paternalistas são muito comuns no país.
Há também o que chama de "psicopatas",
que se aproveitam da situação para ameaçar
e cobrar seus funcionários.
No entanto, para Migueles, os subordi-
nados também têm parcela de culpa num re-
lacionamento tão desgastado. O brasileiro,
afirma, possui uma propensão a sentir pena
de si mesmo, o que mostraria sua falta de
maturidade profissional.
"É muito comum no Brasil o perfil da ví-
tima: ninguém cuida de mim, meu emprego
está por um fio. Muitos querem que a em-
presa trate-os como filhos", diz.
"O brasileiro acho que o empresário é um
super-homem: ele deve assumir os riscos,
resolver os problemas e motivar as pessoas.
Essa posição de desigualdade no Brasil dei-
xa as duas pontas sozinhas: empregado e e-
xecutivo."
A falta de maturidade, dizem os entrevis-
tados, já teria se mostrado nos anos de pros-
peridade econômica, quando as vagas eram
abundantes - naquele momento os trabalha-
dores faziam o jogo hoje dominado pelos pa-
trões.
"Em 2014, você conversava com um em-
presário e ele não conseguia segurar nin-
guém, as pessoas pulavam de lugar para ou- tro. Agora a mesa virou", diz a professora de