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PRODUO DE LEITURA

SOCIABILIDADE E SOCIALIZAO

SOCIABILIDADE E SOCIALIZAO A vida em grupo uma exigncia da natureza humana. O homem necessita de seus semelhantes para sobreviver, perpetuar a espcie e tambm para se realizar plenamente como pessoa. A sociabilidade - capacidade natural de espcie humana para viver em sociedade desenvolve-se pelo processo de socializao. Pela socializao o indivduo se integra ao grupo em que nasceu, assimilando o conjunto de hbitos e costumes caractersticos daquele grupo.

SOCIABILIDADE E SOCIALIZAO todo homem nasce como membro de um pequeno grupo, que a famlia. Posteriormente esse passa a pertencer a outros grupos, como o de: amizade, de vizinhana, o da escola, da igreja, da cidade, dos grupos profissionais.

Conseqentemente, tanto do ponto de vista social, como do ponto de vista biolgico, a vida social, em grupos e em sociedade, condio de sobrevivncia da espcie humana.

Contatos SociaisOs contatos sociais esto na origem da vida em sociedade. o primeiro passo para que ocorra qualquer associao humana. Por meio dele, as pessoas estabelecem relaes sociais, criando laos de identidade, formas de atuao e comportamento que so a base da constituio dos grupos sociais e da sociedade.

Tipos de contatos sociais Contatos sociais primrios: Contatos sociais secundrios:

Contatos sociais e personalidade individual importante destacar que as pessoas que tm uma vida baseada mais em contatos Primrios desenvolvem uma personalidade diferente daquelas que tm uma vida com predominncia de contatos secundrios.

OBSERVAO:Nos grandes centros urbanos, as relaes humanas tendem a ser mais fragmentadas e impessoais, caracterizadas por um forte individualismo, pois a proximidade fsica no significa necessariamente proximidade afetiva.

SOLIDO X ISOLAMENTO SOCIAL

A palavra SOLIDO encontrada no dicionrio vem com o seguinte significado: "estado de quem se acha ou vive s". Em SOLITRIO encontra-se: Que decorre de solido; Que no convive com seus semelhantes; Situado em lugar ermo; Aquele que vive s.

Se eu pudesse te dizer, o que nunca direi, Tu terias que entender, aquilo que nem eu sei ...Frio domingo... est difcil para eu conviver s comigo mesmo... SOLIDO: SER S OU S SER? Sentir-se s, isolado, com ou sem pessoas a volta, sentir-se abandonado, desvinculado do mundo, medo, mesmo que numa msica no parea to desagradvel e pesado: "Solido... De manh... Poeira tomando assento... Rajada de vento... Som de assombrao... Corao... Sangrando toda palavra s..." ( Aa - Djavan) Palavras e sons bonitos junto com a descrio do incmodo.

Essas denominaes exprimem de forma muito generalizada um possvel significado da Solido e daquele que sente. Esse significado o que comumente as pessoas se referem, mas existem outras faces desse tema que as pessoas no costumam explorar, ficando tudo misturado como se fossem meras nuances da mesma coisa.

O isolamento social ocorre devido a vrios fatores como:

isolamento social: O espontneo: E o legal:

geogrficos O isolamento geogrfico acontece quando duas populaes encontramse separadas por algum tipo de barreira fsica. Estas barreiras podem ser de diversos tipos, como por exemplo rios, serras, montanhas que separam dois grupos, vales etc.

ISOLAMENTO ESTRUTURAL " quando precisamos fazer escolhas e tomar decises, sobretudo as que so mais relevantes para a nossa vida. Nesta ocasio, os outros podem estar conosco e ajudarnos at certo ponto. Mas h o instante nevrlgico em que todos nos deixam e no podem mesmo ficar conosco. Sentimo-nos, ento, sozinhos, porque, na verdade, ningum pode escolher e nem decidir em nosso lugar." (Rudio, 1991, p.11)

ISOLAMENTO HABITUDINAL: Ocasionado pelas diferenas de hbitos, costumes, usos, linguagem, religio enfim, diferenas de hbitos e de perspectivas em relao ao mundo. Ex: Canibalismo, infanticdio, gerontocdio, alimentao base de insetos e aracndeos.

ISOLAMENTO PSQUICO: Ocasionado por motivos baseados na prpria personalidade da pessoa, como interesses diferentes, pontos de vista, gostos, atitudes, temperamentos e sentimentos existentes entre indivduos pertencentes a uma mesma cultura.

Todos esses isolamentos produzem algumas conseqncias, tanto no indivduo como num grupo. Vejamos:

a) no indivduo: se for completo resulta no homo ferus; e se no for completo, mais pronunciado, produz no indivduo isolado, uma mentalidade retardada.. Ou seja, numa diminuio das funes mentais ou at mesmo a loucura.

As meninas-loboNa ndia, onde os casos de meninos-lobo foram relativamente numerosos, descobriram-se, em 1920, duas crianas, Amala e Kamala, vivendo no meio de uma famlia de lobos. A primeira tinha um ano e meio e veio a morrer um ano mais tarde. Kamala, de oito anos de idade, viveu at 1929. No tinham nada de humano e seu comportamento era exatamente semelhante quele de seus irmos lobos.

Elas caminhavam de quatro patas apoiando-se sobre os joelhos e cotovelos para os pequenos trajetos e sobre as mos e os ps para os trajetos longos e rpidos. Eram incapazes de permanecer de p. S se alimentavam de carne crua ou podre, comiam e bebiam como os animais, lanando a cabea para a frente e lambendo os lquidos.

Na instituio onde foram recolhidas, passavam o dia acabrunhadas e prostradas numa sombra; eram ativas e ruidosas durante a noite, procurando fugir e uivando como lobos. Nunca choraram ou riram.

Kamala viveu durante oito anos na instituio que a acolheu, humanizando-se lentamente. Ela necessitou de seis anos para aprender a andar e pouco antes de morrer s tinha um vocabulrio de cinquenta palavras. Atitudes afetivas foram aparecendo aos poucos.

Ela chorou pela primeira vez por ocasio da morte de Amala e se apegou lentamente s pessoas que cuidaram dela e s outras crianas com as quais conviveu. A sua inteligncia permitiu-lhe comunicar-se com outros por gestos, inicialmente, e depois por palavras de um vocabulrio rudimentar, aprendendo a executar ordens simples. B. Reymond, Le dveloppement social de l'enfant et de l'adolescent, Bruxelas, Dessart, 1965, p. 12-14, (Maria Lcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins, Filosofando Introduo Filosofia, So Paulo, Editora Moderna, 2 edio, 1993, p. 2)

b) de um grupo: Num grupo isolado, como num grupo com as caractersticas de uma cultura FOLK, o indivduo leva uma vida quase estvel e uniforme, sendo que seus problemas sero os mesmos que tiveram os indivduos de geraes passadas de seu grupo.

Mos DadasCarlos Drummond de Andrade No serei o poeta de um mundo caduco. Tambm no cantarei o mundo futuro. Estou preso vida e olho meus companheiros Esto taciturnos mas nutrem grandes esperanas. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente to grande, no nos afastemos. No nos afastemos muito, vamos de mos dadas. No serei o cantor de uma mulher, de uma histria. no direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela. no distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida. no fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo a minha matria, o tempo presente, os homens [presentes, a vida presente.

PROCESSOS SOCIAIS COOPERAO ASSOCIATIVOS

ACOMODAO ASSIMILAO

DISSOCIATIVOS

COMPETIO CONFLITO

Processos Sociais Diversas maneiras pelas quais os indivduos e os grupos atuam uns com os outros. A forma como os indivduos se relacionam e estabelecem relaes sociais.

ASSOCIATIVOSASSOCIATIVOS

Cooperao Cooperao No pode haver sistema social sem um mnimo de cooperao.

Acomodao Acomodao o processo social em que o indivduo, grupos ou categorias em interao no compartilham metas, crenas, atitudes e padres de comportamento, mas convivem pacificamente.

ASSIMILAO Assimilao o processo atravs do qual indivduos, grupos ou categorias de culturas diferentes permutam os seus respectivos acervos/bagagem culturais .

DISSOCIATIVOS

COMPETIO Competio Ocorre quando vrios indivduos buscam alcanar um objetivo que pode ser alcanado por todos ou pela sua maioria.

CONFLITO Conflito Geralmente ocorre quando indivduos, grupos ou categorias sociais tem interesse ou objetivos incompatveis entre si. Tipos de conflitos: tnicos, terra, religiosos , polticos.

Fora da Ordem(Caetano Veloso)Vapor barato Um mero servial do narcotrfico Foi encontrado na runa e uma escola em construo... Aqui tudo parece Que era ainda construo E j runa Tudo menino, menina no olho da rua O asfalto, a ponte, o viaduto Ganindo pr lua Nada continua... E o cano da pistola Que as crianas mordem Reflete todas as cores Da paisagem da cidade Que muito mais bonita E muito mais intensa Do que no carto postal... Alguma coisa Est fora da ordem Fora da nova ordem mundial Escuras coxas duras Tuas duas de acrobata mulata Tua batata da perna moderna A trupe intrpida em que fluis... Te encontro em Sampa De onde mal se v Quem sobe ou desce a rampa Alguma coisa em nossa transa quase luz forte demais Parece pr tudo prova Parece fogo, parece Parece paz, parece paz... Pletora de alegria Um show de Jorge Benjor Dentro de ns muito, grande total... Meu canto esconde-se Como um bando de Ianommis Na floresta Na minha testa caem Vem colocar-se plumas De um velho cocar... Estou de p em cima Do monte de imundo Lixo baiano Cuspo chicletes do dio No esgoto exposto do Leblon Mas retribuo a piscadela Do garoto de frete Do Trianon Eu sei o que bom... Eu no espero pelo dia Em que todos Os homens concordem Apenas sei de diversas Harmonias bonitas Possveis sem juzo final... Alguma coisa Est fora da ordem Fora da nova ordem Mundial


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