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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha
1ª Edição: setembro/2014
Transcrição:
Else Albuquerque
Copidesque:
Nicibel silva
Revisão:
Adriana santos
Capa e Diagramação:
Junio Amaro
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INTRODUÇÃO
Nesta mensagem vou elucidar sobre os sete degraus que podem levar à queda de um cren-te em Jesus. Como exemplo, vou falar de um homem com quem podemos nos identificar, seu nome era Pedro. Ele foi um crente que ti-nha tudo para não descer os degraus que serão aqui descritos, e nos deixou exemplos para não fazermos o que ele fez.
Vejamos os textos bíblicos que fundamen-tam o tema desta mensagem:
Mateus, capítulo 16, versos 16: “Respon-dendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho
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do Deus vivo.” Verso 22: “E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá.”
Verso 24: “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se ne-gue, tome a sua cruz e siga-me.”
Marcos 8.31: “Então, começou ele a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do Homem sofresse muitas coisas, fosse rejeitado pelos anci-ãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas, fosse morto e que, depois de três dias, ressusci-tasse.”
Marcos 14.71: “Ele, porém, começou a pra-guejar e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais.”
Lucas 22.31-34: “Simão, Simão, eis que Sa-tanás vos reclamou para vos peneirar como tri-go! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos. Ele, porém, respondeu: Senhor, estou pronto a ir contigo, tanto para a prisão como para a morte. Mas Jesus lhe disse:
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Afirmo-te, Pedro, que, hoje, três vezes negarás que me conheces, antes que o galo cante”
Como disse, veremos no decorrer desta lei-tura sobre os sete degraus que levam a queda de um crente. Boa leitura!
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A CAMINHADA COM O
SENHOR
Como está a sua caminhada com o Senhor? Como você tem vivido hoje, como está o zelo do seu coração pelo Senhor? O salmista disse no Salmo 94, verso 18: “Quando eu digo: resva-la-me o pé (estou descendo um degrau), a tua be-nignidade, SENHOR, me sustém.”
De todos os apóstolos do Senhor, Simão Pedro é um dos mais conhecidos, porque,
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normalmente, nos identificamos com ele. A história desse discípulo de Jesus começou quando seu irmão André o levou diante de Jesus, como lemos em João, capítulo 1, versos 41 e 42:
“Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Si-mão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo), e o levou a Jesus. Olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, o filho de João; tu se-rás chamado Cefas (que quer dizer Pedro)”.
Simão Pedro nunca tinha visto Jesus. Jesus encontrou André, e este levou seu irmão, Si-mão para também tivesse um encontro com o Senhor. E Jesus não apenas olhou para Simão, como o viu em seu interior. Jesus viu o interior, o coração de Pedro. Não houve nenhuma outra palavra, quando Simão chegou diante do Se-nhor, Jesus disse que ele era o filho de João e seria chamado Cefas, que quer dizer Pedro. E Pedro significa pedra.
Dentre as coisas maravilhosas manifestas no encontro de Simão com Jesus, o que muito impressiona é que este não disse nada, sendo
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que uma de suas características fortes era ser muito falante. Mas naquele momento ele ficou calado. Penso que deve ter sido por causa do novo nome que o Senhor deu a ele.
Simão era volúvel, falava muito e por impul-so, e, de repente, Jesus lhe disse: “Você será cha-mado Pedro (pedra)”. Ele não tinha consciência de como o Senhor o conhecia. Jesus conhecia toda a história dele, sabia de sua personalida-de, que falava impulsivamente. No entanto, a partir daquele instante, Simão decidiu buscar a realidade de seu novo nome: Pedro. Desde en-tão, começou a andar com Jesus, tornando-se um de seus discípulos. Ele foi um dos discípulos mais conspícuos, testemunhou milagres como a ressurreição da filha de Jairo, andou sobre as águas para ir ao encontro de Jesus, confessou que Jesus era “o Cristo, o Filho do Deus vivo”, foi abençoado por Ele e também censurado, esta-va sempre com Jesus.
O Senhor viu as possibilidades que estavam ocultas na vida de Simão e começou a transfor-mação na vida dele, declarando, desde o início
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que ele se chamaria, a partir de então, Pedro. Ao dizer este novo nome foi como se Jesus to-masse Simão Pedro pelas mãos e nunca mais soltasse; até o momento da negação, quando parecia que Ele havia cometido um “suicídio es-piritual”, Jesus lançou sobre ele o mesmo olhar de quando o encontrou pela primeira vez.
Conhecemos a história, Pedro negou a Je-sus por três vezes e, depois que o galo cantou, Jesus olhou para Pedro. E no momento em que Pedro estava embaixo, no mais profundo, como num abismo, ele encontrou o olhar do Senhor.
Em Lucas 22, verso 61 encontramos a mes-ma palavra, o mesmo olhar, diz assim: “Então, voltando-se o Senhor, fixou os olhos em Pedro [...]”. Jesus chamou a Pedro, Ele o olhou nos olhos e, quando estava no mais profundo abis-mo, depois de ter descido os sete degraus (para ser um exemplo para nós, hoje, não fazermos o mesmo), o olhar do Senhor era o mesmo. O olhar do Senhor continua o mesmo.
É verdade que Pedro se acovardou, mas
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também é verdade que sua fé não desfaleceu, pois o Senhor intercedeu por ele. Os métodos do Senhor são misericordiosos ao tratar com seus filhos.
Nós nos identificamos com Simão Pedro. E ainda há, no Velho Testamento, um persona-gem com o qual também muitos de nós nos identificamos, Jacó. Às vezes, encontro irmãos tão parecidos com Jacó que tenho vontade de chamá-los por este nome, pois ora estão para “cima”, ora estão tão para “baixo”. Ora estão vendo uma escada para os céus, ora estão que-brados no chão.
O exemplo de Jacó e Pedro nos mostra como o Senhor nos quebra para que tenhamos a vida Dele em nós. Este é o propósito do Se-nhor para nós, que possamos viver a vida de Deus.
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JESUS MANIFESTA
GRANDE AMOR E
MISERICÓRDIA PARA COM O SERVO FRACO
Como Jesus manifesta o seu grande amor, a sua misericórdia para com o servo fraco e desobediente? Como Ele demonstra amor por aquele que fica oscilando, tendo “altos e bai-xos”?
Há tantos filhos de Deus que caíram e conti-nuam prostrados no meio do caminho. Muitos
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não conheceram ainda a história da queda e restauração de Pedro; por isso, não tomaram posse da promessa de Jesus que está em João 6, verso 37: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora”. E João 10.28 diz: “[...] e ninguém o arrebatará da minha mão”. Podemos contar com a abundância da graça do Senhor.
Vejamos então os degraus que o apóstolo Pedro desceu e a restauração que recebeu:
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1º DEGRAU: A REJEIÇÃO DA
CRUZ
Mateus 16, versos 21 e 22: “Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a
mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de
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modo algum te acontecerá”. Fazendo referên-cia a Lucas 9.23 em que Jesus diz: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me”. Simão Pedro recu-sou “tomar a cruz” e começou a descer em dire-ção à negação da cruz. Pedro pronunciou duas declarações, as mais absurdas, como vemos no verso 16: “Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Foi uma decla-ração fortíssima, a ponto de Jesus dizer a Pedro que ele não cogitava das coisas de Deus, mas sim das dos homens (Mt 16.23).
Em Marcos 14, verso 71, lemos: “Ele, porém, começou a praguejar e a jurar:
Não conheço esse homem de quem falais!”. E Pe-dro fez também outra declaração, dizendo: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”, mas seis meses depois, declarou: “Não conheço esse homem”.
Essas declarações nos levam a perguntar: Será que essas palavras foram proferidas pelo mesmo homem? Sim. Ele era convertido quan-do isso aconteceu? Sim. A Palavra diz: “Aquele, pois, que pensa estar de pé veja que não caia”
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(1 Coríntios 10.12). Precisamos reconhecer nossa dependência de Deus, sempre!
Mateus 16, verso 13: “Indo Jesus para os la-dos de Cesareia de Filipe, perguntou a seus discí-pulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem?”. Logo depois Pedro disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Então, Jesus começou a falar cla-ramente sobre a Sua morte. No verso 21 está escrito: “Desde esse tempo, (ou seja, desde essa declaração), começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia”.
Jesus proferiu essas palavras, e logo no ver-so 22 Pedro teve uma atitude, veja: “E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá”.
Note bem, Pedro começou a confrontar Je-sus e a reprová-lo. O que estava acontecendo na mente de Pedro para que tivesse tal atitu-de? Era uma tentativa de desviar Jesus da cruz,
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mas o Senhor percebeu que isso não era fruto da mente de Pedro; mas de Satanás. Veja o ver-so 23 que diz: “Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens”.
O primeiro degrau para a queda de um crente é a rejeição da cruz. E o que é a cruz? Jesus disse, no verso 24: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me”.
Nós temos aprendido que a cruz é a vonta-de do Senhor. A cruz é quando a minha vonta-de, que é horizontal, cruza com a vontade de Deus, que é vertical, e escolho a vontade de Deus. A cruz não é doença, desemprego, filho viciado em drogas, a cruz é a vontade de Deus. A Bíblia fala sobre fardos, que são as situações difíceis, problemas, e que devemos levar os far-dos uns dos outros, mas ninguém pode levar a cruz do outro.
Pedro desceu o primeiro degrau para a que-da de um crente, quando quis convencer Jesus
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de não ir para a cruz. Ele rejeitou a cruz. Usou de argumentos para que Jesus não cumprisse a vontade de Deus. Jesus disse: “Arreda, Sata-nás!” Satanás estava agindo por meio de Pedro; por isso, a repreensão de Jesus não foi dirigida a Simão Pedro, mas a Satanás.
Pedro se lembrava do que Jesus havia dito a ele: “Eu te darei as chaves do Reino, o que liga-res será ligado e o que desligares será desligado”. Recordava-se dos milagres de Jesus, a multipli-cação dos pães, Jesus andando sobre as águas, os milagres nas pescarias que Ele fez. Por isso, a advertência do Senhor tocou o coração dele. Em 1 Coríntios, capítulo 10, verso 12, diz assim: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia”.
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2º DEGRAU: A ARROGÂNCIA
ESPIRITUAL
Arrogante é aquele que estufa o peito e olha de cima para baixo.
Em Marcos, capítulo 14, versos 27 a 3, está escrito:
“Então, lhes disse Jesus: Todos vós vos escan-dalizareis, porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas. Mas, depois da minha ressurreição, irei adiante de vós para a
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Galileia. Disse-lhe Pedro: Ainda que todos se es-candalizem, eu, jamais! Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que duas vezes cante o galo, tu me negarás três vezes. Mas ele insistia com mais veemência: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei. Assim disseram todos”.
A arrogância precede a ruína. Tudo o que recebemos é pela graça do Senhor. E uma das características da nossa fé é a humildade. Je-sus disse: “Aprendei comigo que sou manso e humilde de coração”. Humildade não significa andar sujo, roupas rasgadas, não é ser pobre. Podemos encontrar pessoas arrogantes nas periferias e encontrar pessoas humildes nas mansões. Humildade está no coração.
Às vezes ficamos decepcionados quando encontramos pessoas que um dia foram tão usadas por Deus e que abençoaram a nossa vida, mas que hoje, estão longe, afastadas do Senhor. Quantos estão longe do Senhor por que se esqueceram de ser humildes; a arrogân-cia apodrece a vida.
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“Ainda que todos se escandalizem, mas eu? Eu jamais”. O verso 31 diz: “Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei”. E Pedro contagiou aos outros que dis-seram a mesma coisa. Este é o segundo degrau para a queda, a arrogância.
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3º DEGRAU: A DEVOÇÃO RELAXADA
Expressamos nossa fé por meio das disci-plinas espirituais: a oração, a leitura da Bíblia, a participação nas celebrações, a fidelidade ao Senhor nos dízimos e nas ofertas. Quando há “relaxamento” nessas disciplinas espirituais, co-meçamos a descer mais um degrau.
Uma das disciplinas mais fáceis de abandonarmos é a oração. Não existe
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nenhuma disciplina que diz que temos que dizimar durante as 24 horas do dia, que temos que cantar o tempo todo. A única disciplina que deve ser constante é a oração: “Orai sem cessar”.
A oração é uma disciplina, mas isso não sig-nifica que temos que orar com olhos fechados o tempo todo. O mais importante é manter a comunhão com o Senhor, não nos desligando dele em momento algum. Que haja sempre re-lacionamento com Deus. Não é uma questão de entrarmos e sairmos da presença dele, mas vivermos na presença de Deus. Seja na igreja, no trabalho em casa ou em qualquer lugar. Te-mos que ser constantes na nossa fé, na nossa comunhão com o Senhor!
O terceiro degrau é o relaxamento na de-voção. Vejamos o que está escrito em Marcos, capítulo 14, versos 37 a 42:
“Voltando, achou-os dormindo; e disse a Pe-dro: Simão, tu dormes? Não pudeste vigiar nem uma hora? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas
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a carne é fraca. Retirando-se de novo, orou repe-tindo as mesmas palavras. Voltando, achou-os outra vez dormindo, porque os seus olhos esta-vam pesados; e não sabiam o que lhe responder. E veio pela terceira vez e disse-lhes: Ainda dormis e repousais! Basta! Chegou a hora; o Filho do Ho-mem está sendo entregue nas mãos dos peca-dores. Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima”.
Jesus convidou Pedro, Tiago e João para es-tarem com Ele no Getsêmani, para orarem com Ele. Jesus se afastou um pouco para orar e dei-xou Pedro vigiando. Este último disse que esta-va pronto para dar a vida pelo Senhor e vigiar em oração, mas Pedro não pôde cumprir sua palavra. Ele e os outros dormiram. Quando Je-sus voltou “achou-os dormindo; e disse a Pedro: Simão, tu dormes? Não pudeste vigiar nem uma hora”? (v.37).
O relaxamento nas disciplinas espirituais leva ao afastamento do Senhor. Era uma hora em que Jesus mais precisava da presença dos discípulos. Pedro disse que estava pronto para
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dar a vida pelo Senhor, mas naquela hora ele não queria dar sequer uma hora de oração.
João, capítulo 13, versos 36 a 38, diz assim: “Perguntou-lhe Simão Pedro: Senhor, para
onde vais? Respondeu Jesus: Para onde vou, não me podes seguir agora; mais tarde, porém, me seguirás. Replicou Pedro: Senhor, por que não posso seguir-te agora? Por ti darei a própria vida. Respondeu Jesus: Darás a vida por mim? Em ver-dade, em verdade te digo que jamais cantará o galo antes que me negues três vezes”.
Querido, é preciso voltar ao primeiro amor, seja disciplinado com as coisas de Deus: “Lem-bra-te de onde caístes! Volta à prática das primei-ras obras” (Apocalipse 2.5). O primeiro amor nunca deve deixar de existir.
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4º DEGRAU: O ZELO SEM
ENTENDIMENTO
Simão Pedro já tinha descido três degraus em direção à negação e, a essa altura, quem sabe ele pensou ter feito tudo errado, porque ao tentar defender o Senhor da morte foi se-veramente repreendido. Declarou sua total dedicação a Ele, mas sua motivação estava equivocada e, por isso, não recebeu nenhum crédito. Aceitou passar um tempo de oração
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com Ele, mas acabou vencido pelo sono. Os amigos estavam comentando como o Senhor o repreendeu. Então, ele precisava fazer algu-ma coisa para mudar aquela situação. Ele re-pentinamente lançou mão desse pensamento no meio da noite.
Veja o que diz Marcos, capítulo 14, verso 43: “E logo, falava ele ainda, quando chegou Ju-
das, um dos doze, e com ele, vinda da parte dos principais sacerdotes, escribas e anciãos, uma turba com espadas e porretes”.
Quando Pedro viu a turba chegando com espadas e porretes, ele talvez tenha pensado que fosse o momento adequado para fazer algo diante da multidão de inimigos enfure-cidos, se levantar e dar prova de que estaria pronto para morrer pelo Senhor. Que os outros discípulos iam testemunhar como ele se ofere-ceu para defender o Mestre, mesmo correndo o risco de ser morto.
Veja o verso 47 que diz: “Nisto, um dos circunstantes, sacando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe a orelha”. Nem
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Mateus, nem Marcos ou Lucas disseram o nome desse discípulo nos evangelhos, mas é interessante que em João 18, versículo 10 o nome dele foi citado: Diz assim: “Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco”. Com este gesto de violência, Simão Pedro nos deixou um exemplo do que é o zelo sem entendimento.
Não podemos compensar com ações a nos-sa falta de zelo. Obras não substituem caráter. Pedro queria ser zeloso com o Senhor, mas não ao modo do Senhor. Ele não levou em conta que o Reino de Deus não é conquistado com espadas. Pedro teve um zelo sem entendimen-to, e aqueles que agem dessa forma descem mais um degrau.
Pedro tinha perdido a comunhão com o Senhor e pensou que podia se redimir mostrando um grande zelo, sem entendimento tentou defendê-lo com espada. Mas a repreensão foi imediata, como vemos no verso 11: “Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na
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bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?”. O zelo sem entendimento não traz edificação ao Reino de Deus.
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5º DEGRAU: A FIDELIDADE
PARCIAL
O quinto degrau para a queda do crente é o que chamamos de fidelidade parcial.
Em Marcos, capítulo 14, verso 54, está escri-to assim: “Pedro seguia-o de longe até ao interior do pátio do sumo sacerdote e estava assentado entre os serventuários, aquentando-se ao fogo”.
Fidelidade parcial. Pedro seguia Jesus de longe. Às vezes você pode pensar: “Eu vou
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seguir a Jesus, mas de longe. Vou segui-lo, mas não precisa ser tão de perto”, ou mesmo dizer que é um crente, mas não precisa ser consagrado, que vai segui-lo, pois Ele está lá, tão distante e você aqui. Segui-lo com os olhos, mas não segui-lo andando junto Dele.
Amado(a), só existe uma maneira de seguir a Jesus, é estar junto Dele. Ele mesmo disse:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descan-so para a vossa alma”.
O jugo é um apetrecho que é colocado so-bre dois bois, e estes são presos a um carro de boi, para que caminhem juntos. Assim, eles não conseguem ficar longe um do outro.
Quando observamos a caminhada de Pedro galgando o quinto degrau, seguindo Jesus de longe, percebemos que ele tinha uma fidelidade parcial. Novamente ele foi exposto diante dos irmãos, com o olhar de reprovação do Senhor depois de ferir o servo do sumo
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sacerdote. Então, mais uma vez pensa: Tudo o que faço está errado e, por isso, vou me afastar, sou um provocador de problemas, sendo assim, vou ficar de longe para não criar dificuldades. E a partir daquele instante, como diz o texto: “Pedro o seguia de longe”.
Muitas vezes, quando uma pessoa está tris-te e abatida, ela começa a se afastar da comu-nhão com os irmãos e do Senhor. Ninguém se afasta de Deus e da igreja da noite para o dia, é um processo. Primeiro, ela deixa de par-ticipar do culto em um domingo, isso provoca nela uma inquietação, mas então, ela falta mais um domingo e já não dói tanto; sente até que alguma coisa está errada, mas continua e falta um mês inteiro. Então, não importa mais, pois já está num processo de afastamento. Deixa de entregar o dízimo uma vez, isso a incomoda, dói, diz que vai entregar da próxima vez, aca-ba não cumprindo e assim sucessivamente, até que também não se importa mais. Começa de-vagar, nas pequenas atitudes; não existe o fato de alguém cair de repente, é um processo.
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O quinto degrau é a fidelidade parcial e, com ela, vem o desânimo e um espaço aberto no coração para a raiz de amargura. A dificul-dade em lidar com algumas situações chega e com isso vem também o resfriamento. A pes-soa que tem uma fidelidade parcial deixa de ir aos cultos por qualquer motivo, por coisas ba-nais, como assistir a TV, entre outras coisas. É preciso cuidado!
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6º DEGRAU: A COMUNHÃO
COM O MUNDO
O sexto degrau que pode levar à negação é a comunhão com o mundo.
Marcos, capítulo 14, verso 54 diz assim: “Pe-dro seguira-o de longe até ao interior do pátio do sumo sacerdote e estava assentado entre os ser-ventuários, aquentando-se ao fogo”.
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Pedro ficou no pátio, junto às pessoas que eram inimigas de Jesus. Pedro chegou ao local em que Jesus seria julgado, era um momento dramático, e ele se escondeu na casa do sumo sacerdote, se assentando junto aos que não conheciam o Senhor, como podemos ler em João, capítulo 18 do verso 15 a 18:
“Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. Sendo este discípulo conhecido do sumo sacerdote, entrou para o pátio deste com Jesus. Pedro, porém, ficou de fora, junto à porta. Sain-do, pois, o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, falou com a encarregada da porta e levou a Pedro para dentro. Então, a criada, encarregada da porta, perguntou a Pe-dro: Não és tu também um dos discípulos deste homem? Não sou, respondeu ele. Ora, os servos e os guardas estavam ali, tendo acendido um bra-seiro, por causa do frio, e aquentavam-se. Pedro estava no meio deles, aquentando-se também”.
A Palavra de Deus diz que estamos neste mundo, mas não somos deste mundo. A nossa alegria não está nas coisas que o mundo nos
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oferece, mas no Senhor. Um grande perigo para a queda de um crente é se juntar àqueles que não têm o Senhor e desejar aquecer o co-ração com o mesmo “fogo” que eles aquecem o coração deles. A Palavra diz: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores” (Salmo 1.1). A alegria do cristão é saber que o nome dele está escrito no Livro da Vida. É esta alegria que aquece o nosso coração.
Pedro, este valente, foi se deteriorando, se envolvendo no meio dos inimigos do Senhor.
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7º DEGRAU: A NEGAÇÃO DO
SENHOR
O último degrau, o mais terrível, é a negação do Senhor.
Em Marcos, capítulo 14, o verso 71 vemos como Pedro chegou ao mais baixo nível de sua queda, diz assim: “Ele, porém, começou a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais!”.
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Jesus estava sendo julgado por Caifás, o sumo sacerdote, como registrado com deta-lhes no evangelho de Mateus capítulo 26, ver-sos 63 e 64:
“Jesus, porém, guardou silêncio. E o sumo sa-cerdote lhe disse: Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que, desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu”.
Um tempo antes Jesus ouviu a confissão de Pedro que está registrada em Mateus 16, verso 16, diz assim: “Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Jesus, em seu julgamento, declarava, diante de Caifás, as mesmas palavras da confissão de Pedro.
Perto de onde Jesus estava algo estranho acontecia: uma simples criada (não era um centurião nem um soldado com espada), ela se dirigiu a Pedro e lhe fazendo uma pergunta, como está relatado em Mateus 26, versos 69 a 75:
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“Ora, estava Pedro assentado fora no pátio; e, aproximando-se uma criada, lhe disse: Também tu estavas com Jesus, o galileu. Ele, porém, o ne-gou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes. E, saindo para o alpendre, foi ele visto por outra criada, a qual disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o Nazareno. E ele ne-gou outra vez, com juramento: Não conheço tal homem. Logo depois, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente, és também um deles, porque o teu modo de falar o denuncia. Então, começou ele a praguejar e a ju-rar: Não conheço esse homem! E imediatamente cantou o galo. Então, Pedro se lembrou da pala-vra que Jesus lhe dissera: Antes que o galo cante, tu me negarás três vezes. E, saindo dali, chorou amargamente”.
Ali, na noite escura da negação, temos a vi-são das lágrimas de Pedro. O texto diz que ele chorou amargamente.
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CONCLUSÃO
Como foi a negação de Pedro? No texto de Mateus 26.69-75 vemos a tríplice negação de Pedro:
1ª) “Não sei o que dizes”; 2ª) “Não conheço tal homem”; 3ª) “Não conheço esse homem!”. Na segunda vez ele jurou e, na terceira
vez, praguejou. Vejo que Pedro não conhecia a si mesmo. Conhecer a nós mesmos, nossas limitações e fraquezas é muito importante. Alguns irmãos têm dificuldade em frequentar uma célula, pois as pessoas normalmente se
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abrem, falam de si mesmas, e deixam-se ser co-nhecidas, mas a única maneira de você viver, querido(a), é se deixar conhecer. É importante ter ao nosso lado pessoas que oram, estejam conosco e nos ouça. Você e eu não somos sim-plesmente um número no meio de milhares de membros da igreja, cada um de nós é único.
Eu creio que Deus permitiu que tudo (a história de Pedro) fosse relatado para que pu-déssemos saber que existe uma maneira de descermos os degraus da vida cristã e apren-dermos o que não devemos fazer.
Pedro errou ao apontar o dedo para Jesus, dizendo que não o conhecia, mas, ao fazer isso ele estava apontando e afirmando que não conhecia a si mesmo. Muitas pessoas que não se firmam na fé são porque não se conhecem. E por conta disso negam-se a deixarem a em-páfia, o orgulho, o sentimento de autossufici-ência. A nossa fé é um relacionamento com o Senhor. Precisamos deixar a nossa vida total-mente nas mãos Dele, os mínimos detalhes o controle é do Senhor.
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Se Pedro tivesse se rendido na sua fraqueza, na falta de conhecimento de si mesmo e dito: “Senhor, eu não conheço este homem, dá-me entendimento pleno de mim mesmo”, talvez ele não tivesse negado a Cristo. Pedro não se co-nhecia e tampouco conhecia profundamente quem era o Senhor. E a nossa fé é conhecermos o Senhor. A Palavra diz: “Conheçamos e prossi-gamos em conhecer o Senhor” (Os 6.3).
E para concluir, cito João, capítulo 1, versos 31 a 33, que dizem assim:
“Eu mesmo não o conhecia, mas, a fim de que ele fosse manifestado a Israel, vim, por isso, bati-zando com água. E João testemunhou, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba e pousar sobre ele. Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo”.
Por que estamos nesta Terra? Para fa-zermos o que está escrito em Filipenses, ca-pítulo 3, versos 8 a 11: “Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do
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conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a jus-tiça que procede de Deus, baseada na fé; para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a co-munhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; para, de algum modo, al-cançar a ressurreição dentre os mortos”.
Jó, em determinado momento disse: “Eu te conhecia só de ouvir falar, mas agora meus olhos te veem” (Jó 42.5). Ele passou por uma aflição tremenda, mas aprendeu a conhecer a Deus, e reconheceu que não conhecia o Senhor in-timamente, mas só de ouvir falar, e pôde con-templar a bênção não só da restituição de tudo que tinha perdido, mas a mais gloriosa dela, o conhecimento de Deus a ponto de dizer “... agora os meus olhos te veem”. Aleluia!
Seguindo a história de Pedro vemos que ele subiu esses degraus e voltou a ser o que o Senhor sonhou para ele. A comunhão foi
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restaurada. E em Lucas, capítulo 22, verso 32, Jesus disse a ele: “Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos”.
Romanos, capítulo 8 versos 28 a 30 diz as-sim:
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Por-quanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conforme à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a es-ses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”.
Dizemos que todas as coisas cooperam para o nosso bem, mas olhamos apenas por um lado, precisamos ver qual é esse bem. Que você e eu possamos aprender com o exemplo de Pedro o que não devemos fazer. Buscar o conhecimen-to de Deus, seguir a vontade de Deus em tudo quanto nos dispormos a fazer, mas lembrando
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que Deus pode restaurar aquele que tropeçou em sua caminhada. No Senhor encontramos a graça maravilhosa que é a constante misericór-dia, buscando realmente moldar cada um de nós segundo a imagem de Jesus.
Deus abençoe!
Márcio Valadão
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