- 2 -Universidade Católica Portuguesa
Silvana Soares Barbosa Ciências da Comunicação
Introdução
Na disciplina de teorias e práticas de jornalismo, foi me proposto desenvolver
um trabalho onde o tema diz respeito à escolha de dois géneros jornalísticos que foram
leccionados nas aulas.
A minha selecção de géneros foi: a notícia e a entrevista.
Neste trabalho pretendo desenvolver a notícia e o seu processo de elaboração:
como as notícias por vezes chegam aos veículos de imprensa, das fontes jornalísticas e
ainda dos títulos.
Quanto a entrevista vou frisar essencialmente os vários tipos de entrevistas que
existem, e como se deve agir nos diferentes tipos e as diferenças em cada uma delas.
- 3 -Universidade Católica Portuguesa
Silvana Soares Barbosa Ciências da Comunicação
Notícia
A notícia é a matéria-prima do jornalismo, é tudo aquilo que um órgão de
comunicação social pública em sentido técnico. É o formato de divulgação de um
acontecimento.
É um facto verdadeiro, inédito ou actual, de interesse geral, que se dirige a um
público, depois de recolhido, pesquisando e avaliando por quem controla o meio
utilizado para a sua difusão. A notícia apresenta determinadas formas literárias através
da elaboração de certos géneros jornalísticos.
Tem prioridade pela ordem de importância usando os seis princípios chave: “ o
quê?”o facto ocorrido, “quem?”a personagem envolvida, “porquê?”a causa do
facto,”onde?” o local do facto, “como?” o modo como o facto ocorreu, “Quando?”o
momento do facto.
Implicando também quatro critérios para melhor qualidade da mesma sendo
eles: novidade deve conter informações novas e não repetir as já conhecidas,
proximidade quanto mais próximo do leitor melhor, mais interesse gera, tamanho
sendo pequena ou grande o que importa é atrair atenção do leitor, e por último
relevância deve ser importante e significativa, não deve conter acontecimentos banais,
sem interesse para o leitor.
A notícia acima de tudo tem de ter factos e não ser opinativa, é principalmente
uma boa história apelativa, bem escrita.
A “arte” do jornalismo é escolher os assuntos que mais interessam ao público e
apresentá-los de modo atraente, contando especialmente com a objectividade do
jornalista ser verdadeiro, registar várias versões de um acontecimento, ser prudente,
honesto e impessoal. Contudo, não podemos esquecer de dizer que nem todo o texto
jornalístico é noticioso, mas toda a notícia é potencialmente objecto de apuração
jornalística.
Não podemos também omitir o facto da notícia também ser feita através de um
bom título, é um elemento que nunca deve de ser desprezado na escrita jornalística de
uma notícia, estando sempre em transformação, tentando adaptar-se aos critérios de
noticiabilidade do mesmo, as mudanças estéticas e aos avanços tecnológicos. Além
disso, os títulos têm de acompanhar o modo de vida dos leitores, que por vezes dispõem
de pouco tempo para ler jornais.
- 4 -Universidade Católica Portuguesa
Silvana Soares Barbosa Ciências da Comunicação
Uma das grandes funções do título é o seu rosto por isso compete ao título
chamar a atenção, passar uma mensagem, concisos e destacar a raridade. Devendo
sempre responder as questões principais: “Quem?”, “Quê?”, “Onde?” e “Quando?”.
Por vezes as notícias principais não são planeadas, não são agendadas. Chegam
por meio de repórteres correspondentes, agências de notícias, acessória de imprensa, de
fontes jornalísticas. As fontes jornalísticas são pessoas, identidades que fornecem
informações aos jornalistas, em vários casos as fontes concordam em proporcionar
informação desde que a sua identidade seja preservada pelo jornalista a quem deu a
informação, devendo mantê-la no anonimato, e só pode revelá-la caso seja autorizado
pela própria fonte. Quando a fonte concorda em aparecer mas não está disposta a
responder ou a sustentar alguma informação, diz-se que a informação é dada off the
records, isto quer dizer fora de registro.
Estrutura da notícia
Elementos Essenciais
* Título é a atracção para o leitor se interessar pela matéria que se apresenta.
* Lead é a introdução de uma notícia que deve apresentar as ideias principais bem
como: apresentar um resumo do facto, identificar os lugares e as pessoas envolvidas;
destacar o principal foco da história, e por último estimular o leitor a continuar a ler o
resto da notícia.
* Corpo todo o desenvolvimento da notícia.
Formas de estruturar a notícia
A notícia tem várias formas de se estruturar, por isso vou apresentar três formas
diferentes de estrutura uma notícia em forma de pirâmide, sendo que cada estrutura é
diferente para a construção da notícia.
- 5 -Universidade Católica Portuguesa
Silvana Soares Barbosa Ciências da Comunicação
Pirâmide Invertida contém:
Auge do facto
Desenvolvimento da História
Conclusão
Pirâmide Normal contém:
Lead
Desenvolvimento cronológico da história
Auge da história
Pirâmide Invertida e Lead contêm:
Auge da notícia
Desenvolvimento da história
Conclusão
Lead
- 6 -Universidade Católica Portuguesa
Silvana Soares Barbosa Ciências da Comunicação
Entrevista
A entrevista é um dos géneros jornalísticos em que as perguntas e respostas são
as ferramentas essências, são a massa do trabalho para o jornalista. É todo o acto de
comunicar com o jornalista.
A entrevista é uma conversa jornalística com pessoas bem informadas e dignas
de interesse, para dar uma informação directa. Havendo sempre factores que motivam a
existência das entrevistas em que pode ser a actualidade da pessoa ou a actualidade do
tema da conversa que se faz.
Muitos entrevistadores adquirem técnicas que transformam a entrevista num
jogo com espécie de xadrez, conseguindo arrancar declarações muito importantes. Mas
para isso aconteça é preciso trabalhar antes da entrevista.
O jornalista deve ter o cuidado em certos aspectos bem como: marcar a
entrevista com antecedência, informar o entrevistado sobre o tema correspondente, a
duração do encontro. O jornalista deve apresentar-se de modo adequado não ter mau
aspecto pois ao entrevistado pode não lhe agradar, não chegar atrasado ao encontro.
Para que corra bem o trabalho ao jornalista é preciso preparar uma boa pesquisa
antes e depois de fazer a entrevista. Contudo o jornalista deve recolher o máximo de
informação possível sobre o assunto a ser elaborado, conhecer bem o entrevistado, se
possível conhecer o local onde se vai realizar a entrevista. Redigir perguntas tão
específicas quanto possível, perguntas genéricas mas não muito pois podem tornar-se
muito tendenciosas.
O entrevistador devem conquistar a confiança do entrevistado mas não tentar
dominá-lo, ter uma preocupação com o diálgo tratando de um modo mais coloquial,
tratar o entrevistado pelo seu nome ou pelo cargo que ocupa profissionalmente. Fazer
perguntas breves directas de esclarecimento, que não contenham resposta contida, não
misturar várias perguntas ao mesmo tempo, perguntas muito amplas e fechadas podem
confundir o entrevistado.
Quando o entrevistado foge ao assunto, o jornalista deve usar a pergunta
seguinte para traze-lo de volta ao tema. Ao ouvir uma resposta bomba, o jornalista não
- 7 -Universidade Católica Portuguesa
Silvana Soares Barbosa Ciências da Comunicação
deve relevar entusiasmo manter sempre a mesma postura, para que o entrevistado não
perceba e que não cancele a entrevista.
O jornalista ao transcrever a entrevista deve corrigir os erros de português ou
problemas da linguagem coloquial quando for necessário para melhor compreensão,
mas não alterando o estilo da linguagem do entrevistado e ajudar o entrevistado, se
necessário, a expor as suas opiniões. Nunca cortar resposta mesmo que não sejam muito
relevantes.
O entrevistado beneficia de alguns direitos cuja entrevista que se vai sobe meter:
ter direito de dizer não a um pedido de entrevista, de escolher um porta-voz, de preferir
hora e o local da entrevista, direito de não responder a questões que acha que seja
inapropriadas no acto. Tem o direito de rever a entrevista antes de ser publicada.
Vantagens e desvantagens dos métodos de entrevista.
Métodos de Entrevista
É uma aplicação dos processos fundamentais de comunicação, que quando
utilizados permitem ao investigador retirar das suas entrevistas elementos de reflexão. O
método de entrevista é especialmente adequado na análise que os autores dão ás suas
práticas. Tendo como principais vantagens: - o grau de profundidade dos elementos de
análise recolhidos; - a flexibilidade e a fraca directividade do dispositivo permitindo
recolherem testemunhos dos interlocutores.
As desvantagens são: o entrevistado tem que saber jogar com o factor da
flexibilidade de forma estar a vontade, mas não de forma a não intimidar o interlocutor,
poderia ocorrer caso a linguagem do entrevistador fossem de tal forma flexíveis; - e a
comparactividade ao método de inquérito aos elementos recolhidos não se apresentarem
sob uma forma de análise particular.
O método das entrevistas está relacionada com o método de análise do conteúdo,
quanta mais informação se poder arrecadar numa entrevistas melhor. Mais credível se
pode tornar.
- 8 -Universidade Católica Portuguesa
Silvana Soares Barbosa Ciências da Comunicação
Tipos de entrevistas
Vários tipos de entrevista e as diferenças de cada uma delas:
A de personalidade é o tipo de entrevista que leva o leitor a conhecer um
indivíduo por qualquer motivo, e a revelação do modo de ser da pessoa.
De declarações pretende obter do entrevistado, que se considera especialista
num assunto de interesse colectivo.
A mista contêm elementos de ambas modalidades presta a atenção ao que a
pessoa diz e ao que a pessoa e ao cenário apresentado que se torna tão rico quanto a
entrevista em si, intercalando o cenário e a entrevista.
Questionário é a entrevista de formulas pré estabelecidas, usadas com certa
frequência.
Ping-Pong é a entrevista mais utilizada sendo pergunta – resposta em discurso
directo. Sendo constituída como todas as entrevistas por:
1) Título
2) Ante Título
3) Post Título
4) Citações
Entrevista semi – directiva é a mais utilizada em investigação social. É
considerada semi – directa por ser uma série de perguntas guias (encaminhadas), sendo
relativamente abertas e não muito precisas
Entrevista centrada tem como objectivo analisar uma experiência que o
entrevistado tenha vivido ou assistido, não precisando de perguntas guias.
- 9 -Universidade Católica Portuguesa
Silvana Soares Barbosa Ciências da Comunicação
Conclusão
Posso concluir que foi um trabalho interessante para recolher novos
conhecimentos da matéria, e novas técnicas de aperfeiçoamento de escrita.
As minhas maiores dificuldades na elaboração do trabalho foram essencialmente
desenvolver a entrevista e os factores principais da mesma.
Na notícia senti-me mais a vontade para desenvolvê-la, surgindo algumas
dificuldades, mas com a pesquisa tornou-se mais fácil.
Posso concluir que foi um trabalho de grande interesse.
- 10 -Universidade Católica Portuguesa
Silvana Soares Barbosa Ciências da Comunicação
Bibliografia
Letria, Joaquim, (2000), Pequeno Breviário Jornalístico (géneros, estilos e
técnicas), Editorial, notícia, Lisboa.
Cardet, Ricardo, Manuel do jornalismo, Edição Caminho.
- 11 -Universidade Católica Portuguesa
Silvana Soares Barbosa Ciências da Comunicação
ANEXOS
NOTÍCIA
Secundária de Amares lança Livro “Variações”
Obra visa assinalar os 25 anos do cantor amarense
Escola Secundária de Amares
“Variações” é o título do livro editado recentemente pela biblioteca da Escola
Secundária de Amares.
Ao todo são 140 páginas, a cores, com trabalhos realizados pelos alunos da escola ao
longo do ano sobre a vida do cantor amarense António Variações, que morreu
precocemente há 25 anos.
Em destaque nesta edição, estão os trabalhos realizados pelos alunos numa
oficina de escrita dinamizada pelo escritor Valter Hugo Mãe. Para além de António
Variações, o principal assunto do livro, a obra conta ainda com trabalhos sobre Sá de
Miranda e o Padre António Vieira.
Juntamente com o lançamento do livro “Variações”, a escola lançou também o DVD
denominado “Tributos”, que reúne uma série de filmes que a fotografa Ângela Mendes
produziu em diferentes momentos, com o envolvimento de alunos da escola, para
assinalar várias efemérides e artistas, como é o caso de António Gedeão, Miguel Torga,
Fernando Pessoa, Sá de Miranda, Padre António Vieira, e como não podia deixar de ser
António Variações.
- 12 -Universidade Católica Portuguesa
Silvana Soares Barbosa Ciências da Comunicação
Entrevista
José Barbosa (presidente da Câmara de Amares)
“Quase fui polícia e entrei na política por acidente”
O autarca de Amares faz questão de dizer
antemão que nunca pensou fazer carreira
política e que é um cidadão simples.
Desfila no Carnaval, nas Marchas de Sto.
António, na Filarmónica de Amares e mantêm-
se como bancário no Crédito Agrícola há 26
anos. Foi futebolista, quase entrou na PSP,
estudou Direito e adora tratar do seu hectare de
videiras, hortaliças e árvores de fruto. Mas José
Barbosa lá acaba como começou, em nome do
povo e da terra amada.
Perfil
José Lopes
Gonçalves
Barbosa, 50 anos,
nascido a 19-03-
1959.
Natural da
freguesia de
Ferreiros,
concelho de
Amares.
Profissionalmente
é bancário e
também o actual
presidente da
Câmara Municipal
de Amares.
- 13 -Universidade Católica Portuguesa
Silvana Soares Barbosa Ciências da Comunicação
Que recordações tem da infância?
Passamos muitas dificuldades. O meu pai (Zacarias) era soldado da GNR e a minha mãe
(Adelaide) doméstica. A minha mãe é o meu ídolo, com 81 anos contínua dedicada a
todos os filhos. Éramos oito, o mais velho (Francisco) morreu na guerra colonial. O
Francisco estudou no seminário e aos 21 anos saiu para o serviço militar… [pausa]. Os
recursos eram limitados e os irmãos mais velhos foram obrigados a trabalhar cedo. As
três irmãs empregadas domésticas, ajudando a família, e os três irmãos mais novos
puderam estudar e são licenciados.
Já sabia que profissão queria?
Não. Quando acabei a escola primária em Ferreiros pude ser aluno da telescola para a5ª
e 6ª classe, incentivado pelo Francisco, marcou-me muito. Depois fui para o Liceu Sá de
Miranda, em Braga. O meu irmão faleceu e foi péssimo aluno, alienei-me das
responsabilidades. Foram anos difíceis. Procurava diversão, a noite, criei muitas
arrelias.
Qual o caminho que percorreu ate chegar ao Crédito Agrícola?
Quase fui polícia! Fiz 16 meses de tropa, gostei, foi um intervalo na vida. Fiz
disciplinas que tinham ficado em atraso e ganhei maturidade, disciplina e lealdade.
Mantenho o contacto com esses colegas, telefono-lhes em épocas festivas. Concorri a
vários empregos e, numa fase de desacreditar candidatei-me a servir na PSP. Foi quando
surgiu uma vaga no Crédito Agrícola em Amares, onde entrei em Maio de 1982 para
substituir o único funcionário, o falecido José Macedo.
E a politica? Como teve aí a confiança do povo?
É outra missão que me confiaram. Entrei na política acidentalmente.
Explique o “acidente” da política.
Convidaram-me a entrar numa lista candidata à Câmara pelo CDS. O presidente da
câmara era o meu cunhado Eng. José Carlos Macedo (PSD). Como eu era muito activo
- 14 -Universidade Católica Portuguesa
Silvana Soares Barbosa Ciências da Comunicação
envolvia-me na comunidade e em diversas actividades tinha visibilidade. O convite foi
um desafio, mas depois uma frustração, perdemos. Fui eleito vereador, só que decidi
sair após três meses. Pediram-me para continuar o mandato até ao fim. Assim o fiz.
Há quanto tempo é presidente da Câmara Municipal de Amares?
Desde 7 de Janeiro de 2001.
Pretende recandidatar ao terceiro mandato?
Sim!
Como gere o seu tempo em função de duas actividades?
Consigo ter tempo para tudo. Levanto-me as 7 horas da manhã. Às 8 horas da manhã
estou no balcão do Crédito Agrícola. Por volta das 9 horas estou na câmara até as 7
horas da tarde. De saída da câmara regresso ao balcão do Crédito Agrícola onde fico até
por volta das 9 horas da noite. Vou para casa, janto e se ainda tiver tempo dedico- me à
minha horta, que gosto imenso.
Consegue ter tempos livres?
Muito poucos. O poucos tempos livres que tenho dedico ao trabalho de campo. Tenho
uma pequena exploração agrícola à qual me dedico. Adoro estar com as minhas
videiras.
O que mais gosta de fazer enquanto presidente?
Faço de tudo. Num município com muitas dificuldades e muita proximidade com as
pessoas nem sempre é fácil explicar limitações que não permitem resolver os
problemas. Aprendi a servir e tenho enorme prazer como “ moço de recados”, sempre
disponível, ou como gestor, que procura projectos e segue as várias áreas de actividade.
Recebo pessoas todos os dias, mas é difícil, porque às vezes precisava de mais tempo e,
depois, não há tempo para cuidar de outros assuntos. É a minha maior dificuldade. No
geral esta actividade faz-me sentir bem.
Que projectos realça do que fez e do que quer fazer?
Na valorização territorial tentamos dar uma nova imagem ao concelho, tornando-o mais
atractivo e como destino turístico. Na área ambiental procuramos resolver problemas de
- 15 -Universidade Católica Portuguesa
Silvana Soares Barbosa Ciências da Comunicação
distribuição de água e, no saneamento, estivemos limitados, mas numa fase de
dificuldades cumprimos o que propusemos.
Em 2008 planeamos investimentos na QREN, na área escolar, beneficiação da rede
viária, modernização administrativa e territorial, para atrair investimento e turismo,
aproveitando as termas de Caldelas. Amares tem grande potencial.
Já planeia acções para o próximo mandato?
Sim. Temos o novo Centro de Saúde, um anseio com quase 50 anos que foi a construção da
variante de Caldelas, estamos prestes a iniciar a construção do novo quartel da GNR. O governo
não comparticipou a construção da Biblioteca Municipal, por isso esperamos a abertura do
concurso no QREN. Ainda queremos recuperar o Mosteiro de Rendufe, um anseio de 20 anos.
A maior necessidade do concelho é as acessibilidades, principalmente em Braga, para potenciar
o crescimento demográfico e dar qualidade de vida a quem cá se instale, falamos disto
insistentemente. Na Ponte do Porto é preciso abrir nova via, tal como uma nova ponte em
Caldelas.