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DANIEL LANNESFÁBIO BAROLIFÁBIO MAGALHÃESFLÁVIO ARAUJOTHIAGO MARTINS DE MELO

CAIXA CULTURAL BRASÍLIA GALERIAS PICCOLA I E II 15 DE MAIO A 30 DE JUNHO DE 2013

CURADORIA MARCELO CAMPOS

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PRESIDENTA DA REPÚBLICA

DILMA VANA ROUSSEFF

MINISTRO DA FAZENDA

GUIDO MANTEGA

PRESIDENTE DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

JORGE FONTES HEREDA

A CAIXA Cultural apresenta o projeto Crer em fantasmas:

territórios da pintura contemporânea, uma mostra coletiva com

trabalhos de cinco jovens pintores brasileiros: Daniel Lannes,

Fábio Baroli, Fábio Magalhães, Flávio Araujo e Thiago Martins

de Melo. Artistas atuantes em diversos estados brasileiros

– Maranhão, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pará – que

compõem um grupo autodenominado “Território”. Um coletivo

que imprime sua identidade criativa em utilizações distintas do

ato de pintar sem perder a unidade do grupo.

O título da exposição surgiu de discussões teóricas que

apontavam a morte da pintura na arte contemporânea; algo

que não se concretizou, dada a expressividade da pintura

na produção artística atual, mérito também deste grupo

de artistas. “Território” tem em comum a propensão ao

figurativismo, e faz da pintura uma ferramenta de diálogo

direto com os dias atuais. A curadoria de Marcelo Campos,

nesta exposição, aborda uma nova noção de brasilidade

na arte por meio de obras que permeiam temáticas como

a religiosidade, o modo de vida interiorano e as figuras

marginalizadas da sociedade.

Os projetos patrocinados pela CAIXA são selecionados via

edital público, uma forma democrática e acessível para a

participação de produtores e artistas de todas as unidades da

federação. Assim, a empresa deixa transparente para a sociedade

o investimento dos seus recursos orçamentários em patrocínios

culturais, não somente de artes visuais, como também de teatro,

dança, música, cinema e artesanato brasileiro.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

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C R E R E M F A N T A S M A S

Este projeto apresenta a produção de cinco jovens pintores

brasileiros: Daniel Lannes (RJ), Fábio Baroli (MG), Fábio

Magalhães (BA), Flávio Araujo (PA) e Thiago Martins de Melo

(MA). A produção da pintura contemporânea, alavancada

por artistas no século XXI, evidencia o interesse de uma

geração que proporciona variados vínculos com a pintura. A

exposição apresenta, assim, produções atuais deste grupo que

se autodenomina “Território”, como um coletivo em que cada

artista atua de maneira independente. A noção de território

é estimulada pelo fato de os artistas se situarem em estados

brasileiros distintos, a saber, Maranhão, Bahia, Minas Gerais,

Rio de Janeiro e Pará.

Apresentamos, deste modo, um panorama de identidades

múltiplas, com discussões e repertório imagético amplos e

advindos de observações sobre conceitos como religiosidade,

erotismo, localidades, manifestações culturais, populações

marginais ou citações da própria pintura histórica.

O título da exposição parte da reflexão de que a pintura

teria morrido, diante de tantas discussões formais e teóricas

fomentadas no século XX. Porém, percebemos a persistência

da pintura no século XXI, depois de decretado seu luto. E esta

jovem geração vem corroborar tal afirmativa, mantendo um

posicionamento ativo, lidando criativamente com imagens

polissêmicas, mostrando-nos caminhos originais diante da

contemporaneidade brasileira.

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6 7

Dos cinco artistas do projeto, ressalta-se, principalmente,

a propensão ao figurativismo, tendo que vencer alguns

desafios: como retirar a figura do figurativo, pergunta

Deleuze?1 Como criar procedimentos que façam a pintura

dialogar com a atualidade? Como ser narrativo e, ao mesmo

tempo, “corpo metafórico”,2 nos termos de Richard Wolheim?

Ainda ensimesmados com o que fazer da pintura, podemos

pensar nos pontos destacados por Yve-Alain Bois ao

tratar da pintura como modelo. Bois elenca os totens da

modernidade, em Matisse; a abstração, em Mondrian; a

abstração, em Barnett Newman e Ryman; a arqueologia, ao

tratar do luto, da pintura depois da morte.3

Então, sabemos que lidar com pintura é rever um defunto,

um fantasma, fomentando imagens, modos de fazer,

apropriações que a história já havia visitado. Fazer pintura,

hoje, é lidar com as tarefas de um velório: acender velas,

tornar visível, destacar o corpo, velá-lo.

É curioso discutir pintura depois de tantos epílogos

da pintura. Faz-se estimulante perceber uma produção

atual que ainda insiste em “tornar visível”, nos termos de

Deleuze, a imagem. Deleuze afirma, retomando uma frase

de Paul Klee, que “a tarefa da pintura é definida como a

tentativa de tornar visíveis forças que não são visíveis”.4

Depois de tantos dogmas abstracionistas, construtivistas,

da herança histórica, das discussões sobre nacionalismos

e brasilidades, o que fazer? Esta exposição procura abrir

caminhos possíveis.

o fantasma: objeto do desejo

O fantasma, nos termos dos trabalhos apresentados, tanto

pode ser entendido como aparição, encarnação, quanto

na relação matérica da corporeidade na pele da pintura.

Fazer pinturas, dirá Didi-Huberman, é “falar com peles”.5 Há,

segundo o autor, um jogo de paradigmas em que o sentido

do que está pintado sobre o pano ganha caráter estético

e patético, ao mesmo tempo. A pele da pintura, então, é o

que está vivo, o lugar da luta, o que apara o sangue dos

vencedores e dos vencidos. Esta estrutura, para usar um

termo combatido, tem a estrutura de pele. Por isso, limite do

corpo, superfície sensível.

Pensando nas obras de Daniel Lannes, Fábio Baroli, Fábio

Magalhães, Flávio Araujo e Thiago Martins de Melo,

percebemos este jogo. Em Lannes, a história da arte e do

Brasil cria aparições fantasmáticas. Nas salas de museus,

o ponto de vista do pintor se coaduna a uma observação

intrusa, mostrando ângulos nos quais as pinturas históricas

são meros fantasmas. Baroli apresenta mecanismos de edição,

cortes entre planos que abrem cenas correspondentes

e, ao mesmo tempo, contraditórias. Cenas que explicitam

os cômodos e os esconderijos, fundos de quintal, lugares

de depósito, onde a casa cria mais sentido, porém torna

clara sua conexão patética, patológica, explicitando

os interditos, a punção, o sexo, o desejo. Magalhães se

interessa pelos fantasmas terrificantes, em cenas nas

quais entrevemos os órgãos do corpo ensacados, envoltos

em plásticos. Aqui a plasticidade é um limite, limite da pele

de pintura, sustentação da encarnação. Aqui vemos uma

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“dádiva de carne”, da qual nos fala Didi-Huberman, e esta

é, antes de tudo, uma exigência da pintura. “Eis o sentido

que falta a todos os quadros.” O mais belo dos quadros,

continua o autor, “terá sempre tratado as carnes como

pano”. Araújo observa o corpo que frequenta as sarjetas,

o chão, o homeless. A aparição fantasmagórica é, aqui, um

pesadelo real das ruas das cidades. E a condição da carne,

do encarnado, alcança o limite entre vida e morte, rostos

não identificados, anonimato duplamente qualificado,

como condição civilizatória e como crime, nas franjas do

subdesenvolvimento. Martins de Mello elabora o caráter

onírico da fisicalidade das peles. São peles os lençóis

que viram arma e fantasmas. Na aparição da cena, luzes

estouradas, clarões, lanternas para tentar combater os

seres que advêm da escuridão. Mas a sensação, o estético,

por assim dizer, é dada como luta entre modos distintos de

executar a pintura, noites profundas, projeções de slides,

cenas em flashback, tudo fantasmagórico, tudo tinta, gesto,

sentido e sintoma.

a fé na imagem e o segredo

Gesto cego, gesto às cegas. Ao observarmos as citadas

pinturas, podemos nos perguntar: o que se quer manter em

segredo? Depois de tantas equações que a pintura modernista

nos imputou, a grade, as nebulosas, a expressividade, o

flatbed, onde encontrar o atrás da cena? Como saber dos

vínculos tratados, se estamos diante de “vestiduras”?

Certamente, para além da pintura. O olho faz gestos,

elaboram-se “golpes”, tal qual o pincel, o controle remoto,

o toque (touch) no écran do computador. “O olho injeta-se de

sangue”, dirá Didi-Huberman, e o olhar é um jorro, um gozo

do sentido, em busca de uma obra-prima inalcançável. Neste

intervalo, no vazio, a arte se faz (pele, sangue, carne) patética.

Pensar nestes artistas é perceber o que se faz com a pele da

pintura numa civilização da imagem. Sabemos que a crença na

imagem ocidental tem um tecido como prova, como vestígio: o

sudário. A verdadeira imagem, nos dirá Hans Belting, é aquela

que “representava uma espécie de realidade absoluta, por

detrás da fachada das coisas”.6 Ou seja, sob a pele da pintura,

como um segredo, sobrevivem a crença, a fé, mesmo que seja

tudo mentira, que o pano seja do século XVIII e não indício dos

primeiros anos cristãos.

Com isso, percebemos o porquê de tanta vontade figurativa,

tanta dedicação aos efeitos de superfície, pinceladas soltas,

cores, veladuras. E como controlar a fé? De que modo

pedir que venham às claras, como Thiago Martins de Melo,

os seres ancestrais afro-brasileiros? Os modos ancestrais

de pintar? De que adianta a luz, o esclarecimento, as leis

iluministas? Da mesma escuridão dos banheiros trancados,

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por baixo das roupas, Fábio Baroli evidencia que trazer à

luz, tornar visível, é afirmar a hipocrisia, do afeto familiar,

do tratamento dado à infância, da falência da civilização.

Se as cenas forem esclarecidas, certamente se tornarão

fantasmagóricas. Desta mesma hipocrisia, surgiram histórias

heroicas, vultos, para usar o termo certo. Daniel Lannes

cria disjunções, coloca dinossauros aparecendo diante

dos indígenas, faz das batalhas pinturas quase abstratas,

derretem-se os heróis. E a grandiloquência de cenas épicas,

nos faz perguntar, para quê? Para quem? As salas dos museus

estão vazias, entregues aos fantasmas. Retomando o clarão,

o que explicita Fábio Magalhães são cenas que parecem

fotografadas em estúdio, em fundos brancos. E, deste ponto

de inflexão, brilham sacos, clareiam-se líquidos e carnes

em pedaços. Restos, saldos, tentativa de libertar-se das

provas do crime? De novo, carne e fantasmas frequentam

mundos liminares entre a presença física e a tentativa de se

desfazer, de antecipar-se ao tempo da desmaterialização.

Nesse ínterim, no entremeio do sumiço e da presença, restam

corpos pelo chão. A vontade figurativa de Flávio Araujo faz

incorporar o que não deve frequentar as salas de visita.

Um corpo quase morto, sem dúvida já morto aos olhos da

racionalidade esclarecida, daqueles que só querem ver a

luz e esquecem os espectros. Morto novamente pelo golpe

do olhar que julga, condena ao anonimato, à anomalia,

destinando o que sobra de pele ao lugar de um lixo juntado,

reunido antes do descarte.

Mas estamos tratando de pinturas. Ao se referir a um conto

de Balzac que trata de uma conversa entre três pintores

que questionam um ao outro o alcance à obra-prima, Didi-

Huberman observa que sempre faltará um “arremate”. O que

faz, da pintura, arte? Na discussão de Balzac, o pintor mais

experiente exigia o “ar” e criticava um detalhe da pintura como

se este fosse mais fantasmagórico do que real. Ao que Didi-

Huberman questiona e usa como exemplo o mármore, matéria

mais propícia ao “fulgor-fetiche, ao fantasma metafórico”.

Didi-Huberman mostra que, justamente por não se tratar

de uma semelhança perfeita, o mármore pode dar provas

de “qualidades antitéticas em relação ao vivo”. E a arte

frequenta, então, este entremeio entre vida e morte, frequenta

comentando, acentuando, esvaziando, e concomitantemente

nos faz refletir sobre essa possibilidade de acordos, de

consciências esclarecidas e outras emancipadas pelas farsas,

pelo sonho, pelo “me engana que eu gosto”.

Agora, mesmo sabendo dos artifícios, quem há de dizer que

fantasmas não existem?

MARCELO CAMPOS

curador

1 DELEUZE, Gilles. Francis Bacon: lógica da sensação. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. p. 17. 2 WOLHEIM, Richard. A pintura como arte. São Paulo: Cosac Naify, 2002. 3 BOIS, Yve-Alain. A pintura como modelo. São Paulo: Martins Fontes, 2009. 4 DELEUZE, op. cit., p. 62. 5 DIDI-HUBERMAN, Georges. A pintura encarnada. São Paulo: Escuta, 2012. p. 19. 6 BELTING, Hans. A verdadeira imagem. Lisboa: Dante, 2011. p. 9.

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MARCELO CAMPOS Vive e trabalha no Rio de Janeiro. É

doutor em Artes Visuais pelo Programa de Pós-graduação

em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade

Federal do Rio de Janeiro (PPGAV–EBA–UFRJ), com tese

de doutorado sobre o conceito de brasilidade na arte

contemporânea, professor adjunto do Departamento

de Teoria e História da Arte do Instituto de Artes da

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e professor

da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Possui textos

publicados sobre arte brasileira em livros, periódicos

e catálogos nacionais e internacionais. É autor do livro

Emmanuel Nassar: engenharia cabocla (Niterói: Museu de

Arte Contemporânea de Niterói, 2010), organizador dos

livros História da arte: ensaios contemporâneos (Rio de

Janeiro: Editora UERJ, 2011) e História da arte: escutas (Rio de

Janeiro: Instituto de Artes da UERJ, 2011). Foi curador das

exposições: Rumos do Itaú Cultural 2011-2013 (São Paulo/SP

e Rio de Janeiro/RJ); O que É Preciso para Voar, individual de

Brígida Baltar (Oi Futuro Flamengo, Rio de Janeiro/RJ, 2011);

Vestígios de Brasilidade, coletiva com quarenta artistas,

como Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Cícero Dias,

Ernesto Neto, Pierre Verger, Volpi, entre outros (Santander

Cultural, Recife/PE, 2011); República, individual de Daniel

Lannes (Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro/RJ, 2011);

Casa Forte, individual de Renato Bezerra de Mello (Centro

Cultural do Banco do Nordeste, Sousa/PB, Juazeiro do

Norte/CE e Fortaleza/CE, 2010/2011); Sobre Ilhas e Pontes,

coletiva com vinte artistas, como Laura Lima, Cao Guimarães,

Luiz de Abreu, Alexandre Vogler, Waléria Américo, Rodrigo

Torres, João Castilho, entre outros (Galeria Cândido

Portinari/UERJ, Rio de Janeiro/RJ, 2010); Estrela Brilhante,

individual de Bárbara Wagner (Instituto Cultural Banco

Real, Recife/PE, 2010); Faustus, individual de José Rufino

(Palácio da Aclamação, Salvador/BA, 2010); E Agora Toda

Terra É Barro, individual de Brígida Baltar (CCBNB, Cariri

e Fortaleza/CE, 2008/2009); Alcova, coletiva na Galeria

Laura Marsiaj (Rio de Janeiro/RJ, 2009); Desenho em Todos os

Sentidos, coletiva com dezesseis artistas (SESC, Petrópolis/

RJ, Teresópolis/RJ e Friburgo/RJ, 2008); Sertão Contemporâneo,

coletiva com Brígida Baltar, Delson Uchôa, Efrain Almeida,

José Rufino, Luiz Zerbini e Rosângela Rennó (Caixa Cultural,

Rio de Janeiro/RJ e Salvador/BA, 2008 e 2009); NAUSEA,

individual de José Rufino (Centro Cultural BNB, Sousa/PB

e Fortaleza/CE, 2008 e 2009); Cariri: Impressões de Viagem,

individual de Efrain Almeida (Centro Cultural BNB, Juazeiro

do Norte/CE, 2007); Desenho Contemporâneo, coletiva na

MCO Galeria de Arte (Porto, Portugal, 2006); Dupla Herança,

coletiva com Delson Uchôa, Martinho Patrício e Roberto

Lúcio (Centro Cultural BNB, Fortaleza/CE, 2006); e Memórias

Heterogêneas, coletiva com Efrain Almeida, Farnese de

Andrade, José Rufino e Renato Bezerra de Mello (Centro

Cultural Oduvaldo Vianna Filho [Castelinho do Flamengo],

Rio de Janeiro/RJ, 2004).

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Niterói, RJ, 1981. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.

Formou-se em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade

Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio, 2006) e atualmente cursa o

mestrado em Linguagens Visuais na Universidade Federal do Rio

de Janeiro (UFRJ). Realizou as seguintes exposições individuais:

Dilúvio (Galeria Luciana Caravello Arte Contemporânea, Rio de

Janeiro/RJ, 2012), República (Museu de Arte Moderna do Rio de

Janeiro, 2011), Só Lazer (Galeria de Arte IBEU, Rio de Janeiro/RJ,

2011), Midnight Paintings (Centro Cultural São Paulo, 2007) e SALE

(Galeria Choque Cultural, São Paulo/SP, 2007). Entre as exposições

coletivas, destacam-se: GramáticaUrbana, com curadoria de

Vanda Klabin, no Centro de Arte Hélio Oiticica (Rio de Janeiro/

RJ, 2012); Nouvelle Vague, com curadoria de Jacopo Crivelli, na

Galeria Laura Marsiaj Arte Contemporânea (Rio de Janeiro/RJ,

2009); Arquivo Geral, com curadoria de Fernando Cocchiarale,

no Centro Cultural da Justiça Federal (Rio de Janeiro/RJ, 2009); e

Painting’s Edge, no Riverside Art Museum (Califórnia, EUA, 2008).

Foi indicado à 10ª edição do Programa de Prêmios e Comissões da

Cisneros-Fontanals Art Foundation (CIFO, 2013), contemplado com

o prêmio Funarte Arte Contemporânea (2012), indicado ao Prêmio

PIPA (2011 e 2012), ganhador do Prêmio Novíssimos do Salão de

Arte IBEU (Rio de Janeiro, 2010) e contemplado com a bolsa de

residência artística no The Idyllwild Arts Program Painting’s

Edge (Califórnia, EUA, 2008) e com a bolsa de estudos de um ano

no Departamento de Belas Artes da State University of New York

(2004). Possui obras nas Coleções de Gilberto Chateaubriand,

Rio de Janeiro; Luiz Crisóstemo, Rio de Janeiro; Maria Cristina

Burlamarqui, Rio de Janeiro; Vik Muniz, Rio de Janeiro; Mariano

Marcondes Ferraz, Rio de Janeiro; Zeca Camargo, Rio de Janeiro;

Roberto Muylaert, São Paulo; e Cleusa Garfinkel, São Paulo.

D A N I E L L A N N E S

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UM GUIA MUITO LOUCO, 2011 GUACHE, ACRÍLICA E ÓLEO SOBRE TELA 170 X 130 CM CORTESIA DO ARTISTA

TEMPESTADE IMPERIAL 2012 ACRÍLICA, GUACHE E ÓLEO SOBRE LINHO

40 X 200 CM CORTESIA DO ARTISTA

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ARARA 3D, 2012 ACRÍLICA SOBRE TELA 195 X 300 CM CORTESIA DO ARTISTA

TRADIÇÃO, 2011 ACRÍLICA E ÓLEO SOBRE TELA

150 X 250 CM CORTESIA DO ARTISTA

DESERTOR, 2011 ACRÍLICA E ÓLEO SOBRE TELA

250 X 350 CM CORTESIA DO ARTISTA

RIO ANTIGO, 2012 ÓLEO SOBRE TELA 140 X 180 CM CORTESIA DO ARTISTA

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21

Uberaba, MG, 1981. Vive e trabalha em Uberaba.

Bacharel em Artes Plásticas pelo Instituto de Artes da

Universidade de Brasília (UnB), utiliza a linguagem da pintura

como suporte para desenvolver sua poética, que lida com

os conceitos da apropriação e do erotismo. Seus trabalhos

mais recentes trazem questionamentos sobre o regionalismo

e o imaginário infantil no interior de Minas Gerais. Suas

principais exposições individuais foram Vendeta: a Intifada

(Funarte, Recife/PE, 2012/2013), Vendeta (Galeria Moura

Marsiaj, São Paulo/SP, 2012), Domingo (Galeria Laura Marsiaj,

Rio de Janeiro/RJ, 2012), Lar Doce Lar (Centro Cultural Banco

do Nordeste, Sousa/PB, 2011), Narrativas Privadas (Museu

de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul, Campo

Grande/MS, 2010), Erotismo e Apropriação (Centro Municipal

Adamastor, Guarulhos/SP, 2010) e Narrativas Privadas

(Galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro/RJ, 2010).

F Á B I O B A R O L I

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22 23

SUJEITO DA TRANSGRESSÃO BRUCUTU, 2011 ÓLEO SOBRE TELA (DÍPTICO) 100 X 160 CM CORTESIA DO ARTISTA

MEU MATUTO PREDILETO, 2013 ÓLEO SOBRE TELA

150 X 260 CM (TRÍPTICO) CORTESIA DO ARTISTA

DOIS CARA VÉIO APAGANDO O FOGO DO CURTIÇO DA VIZINHA, 2013 ÓLEO SOBRE TELA

150 X 260 CM (DÍPTICO) CORTESIA DO ARTISTA

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24 25

GÊNESIS 3, 2013 ÓLEO SOBRE TELA

110 X 230 CM (DÍPTICO) CORTESIA DO ARTISTA

LAR DOCE LAR, 2011 ÓLEO E CARVÃ�O SOBRE TELA 180 X 300 CM (TRÍPTICO) CORTESIA DO ARTISTA

PIROCA DO DOIDO, 2011 ÓLEO SOBRE TELA 150 X 220 CM (DÍPTICO) CORTESIA DO ARTISTA

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Tanque Novo, BA, 1982. Vive e trabalha em Salvador.

Graduado em Artes Visuais pela Universidade Federal da

Bahia, trabalha com pintura autorreferencial. Associando

metaforicamente imagens do próprio corpo, sentimentos e

condições psíquicas, busca ressaltar condições inconcebíveis de

serem retratadas senão por meio de artifícios e distorções da

realidade. Nesse sentido, suas obras são o resultado de um modus

operandi que parte do universo fotográfico e resulta numa espécie

de realidade paralela, materializada no universo da pintura, na

qual cria contornos de uma realidade perturbadora. Ao longo da

carreira, realizou exposições individuais, entre elas a da Galeria de

Arte da Aliança Francesa (Salvador/BA, 2008); Jogos de Significados,

na Galeria do Conselho (Salvador/BA, 2009); e O Grande Corpo,

edital Maltide Mattos/FUNCEB, na Galeria do Conselho (Salvador/

BA, 2011). Entre as mostras coletivas, estão: Convite à Viagem –

Rumos Artes Visuais 2011/2013, com curadoria de Agnaldo Farias,

no Itaú Cultural (São Paulo/SP, 2012); O Fio do Abismo – Rumos Artes

Visuais, com curadoria de Gabriela Motta, 2011/2013 (Belém/PA,

2012); Territórios, com curadoria de Bitu Cassundé, na Sala Funarte/

Nordeste (Recife/PE, 2012); Espelho Refletido, com curadoria de

Marcus Lontra, no Centro Cultural Hélio Oiticica (Rio de Janeiro/

RJ, 2012); Paraconsistente, com curadoria de Alejandra Muñoz, no

ICBA (Salvador/BA, 2012); 60º Salão de Abril (Fortaleza/CE, 2009); 63º

Salão Paranaense (Curitiba/PR, 2009); XV Salão da Bahia (Salvador/

BA, 2008); e I Bienal do Triângulo (Uberlândia/MG, 2007). Entre os

prêmios recebidos, estão: Prêmio Funarte Arte Contemporânea/

Sala Nordeste (2011), Prêmio Aquisição e Prêmio Júri Popular no I

Salão Semear de Arte Contemporânea em Aracaju/SE (2010), Prêmio

Fundação Cultural do Estado, em Vitória da Conquista/BA (2010) e

Menção Especial em Jequié/BA (2010). É representado pela Galeria

Laura Marsiaj, no Rio de Janeiro/RJ.

F Á B I O M AG A L H Ã E S

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28 29

SEM TÍTULO (SÉRIE RETRATOS ÍNTIMOS), 2012 ÓLEO SOBRE TELA

190 X 140 CM CORTESIA GALERIA LAURA MARSIAJ

SEM TÍTULO (SÉRIE RETRATOS ÍNTIMOS), 2012 ÓLEO SOBRE TELA

135X135 CM CORTESIA GALERIA LAURA MARSIAJ

TROUXA II (ALUSIVO AO ARTUR BARRIO), 2013 ÓLEO SOBRE TELA 190 X 250 CM CORTESIA GALERIA LAURA MARSIAJ

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30 31

SEM TÍTULO (SÉRIE RETRATOS ÍNTIMOS), 2012 ÓLEO SOBRE TELA 100 X130 CM CORTESIA COLEÇÃO MARIO FINATTI

SEM TÍTULO (SÉRIE RETRATOS ÍNTIMOS), 2012 ÓLEO SOBRE TELA

140 X 140 CM CORTESIA GALERIA LAURA MARSIAJ

SEM TÍTULO (SÉRIE RETRATOS ÍNTIMOS), 2013 ÓLEO SOBRE TELA

190 X 190 CM CORTESIA GALERIA LAURA MARSIAJ

SEM TÍTULO (SÉRIE RETRATOS ÍNTIMOS), 2013 ÓLEO SOBRE TELA

190 X 190 CM CORTESIA GALERIA LAURA MARSIAJ

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33

Belém, PA, 1979. Vive e trabalha em Belém.

Graduado em Educação Artística pela Universidade Federal

do Pará (UFPA, 2004) e especialista em Semiótica e Cultura

Visual pelo Instituto de Ciências da Arte (UFPA, 2008). Em

sua série atual, Mil palavras, Flávio Araujo trata do modo

sensacionalista com que a mídia explora as imagens da

violência urbana. Seu processo de trabalho envolve a

observação diária dos cadernos de polícia dos jornais de

sua cidade e a seleção das imagens de maior impacto ou

relevância estética e que servirão de referência para suas

pinturas. Sobre a série Mil palavras, a crítica de arte Marisa

Mokarzel observa: “Com domínio técnico, Flávio Araujo traz

para o universo da pintura a tragicidade cotidiana estampada

nos jornais, no entanto a esvazia do sentido apelativo para

cobri-la de camadas invisíveis que somente o olhar atento

decifra”, diz ela. Em 2008, foi contemplado com o Prêmio

Aquisição no 14º Salão Unama de Pequenos Formatos e

ainda obteve, pelo Instituto de Artes do Pará, uma bolsa de

estudos Pesquisa Experimentação e Criação Artística, que

teve como resultado a exposição individual 1000 Palavras. Foi

selecionado para o projeto de mapeamento artístico nacional

Rumos Artes Visuais 2008-2009 e, em 2009, recebeu a Menção

Especial do Júri no Salão Arte Pará. No ano seguinte, foi

selecionado no Salão Diário Contemporâneo de Fotografia,

no qual recebeu Menção Honrosa. Em novembro de 2011,

realizou sua segunda individual, Dead Pixel, na Kunsthaus

da cidade de Wiesbaden, na Alemanha. Em 2012, participou da

exposição coletiva Territórios na Sala Nordeste, em Recife.

F L Á V I O A R AU J O

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34 35

A NATUREZA DO CHÃO III, 2008 ACRÍLICA SOBRE PS

60 X 180 CM CADA (TRÍPTICO) CORTESIA DO ARTISTA

A NATUREZA DO CHÃO II, 2008 ACRÍLICA SOBRE PS

60 X 180 CM CORTESIA DO ARTISTA

A NATUREZA DO CHÃO I, 2008 ACRÍLICA SOBRE PS

60 X 180 CM CORTESIA DO ARTISTA

EXTENSÃO, ESTIRAR(-SE), 2008 ACRÍLICA SOBRE PVC 100 X 200 CM CORTESIA DO ARTISTA

MESA UM; MESA DOIS, 2008 ACRÍLICA SOBRE PS 100 X 100 CM CADA (DÍPTICO) CORTESIA DO ARTISTA

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REDUNDANTE, 2008 ACRÍLICA SOBRE PS

200 X 80 CM CORTESIA DO ARTISTA

HEAD PIXEL I, II, III, 2010 ACRÍLICA SOBRE PS 35 X 126 CM CADA (TRÍPTICO) CORTESIA DO ARTISTA

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São Luís, MA, 1981. Vive e trabalha em São Luís.

Graduado em Psicologia (UNICEUMA, 2005) e mestre em

Teoria e Pesquisa do Comportamento (UFPA, 2008). Realizou

individuais na Fundação Joaquim Nabuco (2009), Centro

Cultural São Paulo (2010) e Mendes Wood DM (2011). Em 2011,

foi selecionado pelo programa Rumos Artes Visuais 2011-

2013, Itaú Cultural. Entre as principais mostras coletivas,

estão: Bienal de Lyon 2013 (Lyon, França, 2013), To Be With Art

Is All We Ask (Astrup Fearnley Museet, Oslo, Noruega, 2012)

e Caos e Efeito (Itaú Cultural, São Paulo/SP, 2011). Recebeu o

“Grande Prêmio” do Arte Pará 2008. Possui obras nas coleções

do Astrup Fearnley Museet (Oslo), Thyssen-Bornemisza Art

Contemporary (Viena, Áustria), Museu de Arte do Rio (Rio de

Janeiro/RJ), Coleção Gilberto Chateaubriand/MAM RJ (Rio de

Janeiro), Museu de Arte Contemporânea do Ceará (Fortaleza/

CE) e coleções particulares no Brasil e exterior.

T H I AG O M A R T I N S M E L O

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40 41

O TRIÂNGULO IMPOSSÍVEL DA JUDITH NEGRA E A SEDUÇÃO DO ÚTERO DA RAZÃO, 2012 ÓLEO SOBRE TELA

260 X 360 CM (QUATRO TELAS, CADA UMA DE 130 X 180 CM) CORTESIA GALERIA MENDES WOOD

O TETO, 2010 ÓLEO E CERA SOBRE TELA 200 X 180 CM (DUAS TELAS, CADA UMA DE 100 X 180 CM) CORTESIA GALERIA MENDES WOOD

EXU FORCE POWER, 2012 ÓLEO SOBRE TELA 180 X 200 CM (DUAS TELAS, CADA UMA DE 100 X 180 CM) CORTESIA GALERIA MENDES WOOD

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42 43

O MATRIARCADO DE PINDORAMA SUCUMBE À DANÇA ESTATAL DAS MOTOSSERRAS DO ANDRÓGINO FÁLICO PRESIDENCIAL, 2010 ÓLEO SOBRE TELA 260 X 360 CM CORTESIA GALERIA MENDES WOOD

O “NINGUÉM” USA O GOD HELMET E CEGA POLIFEMO SOB O AUXÍLIO DE IEMANJÁ, 2012 ÓLEO SOBRE TELA 260 X 180 CM (DUAS TELAS, CADA UMA DE 130 X 180 CM) CORTESIA GALERIA MENDES WOOD

O TEATRO NAGÔ CARTESIANO SOB O AUXÍLIO DE UM BAPHOMET SINCRETIZADO, 2011 ÓLEO SOBRE TELA

200 X 180 CM (DUAS TELAS, CADA UMA DE 100 X 180 CM) CORTESIA GALERIA MENDES WOOD

ANANSI CONTA A HISTÓRIA DE NASCIMENTO DO BASTARDO DA BRANCURA NO GRANDE AÇOUGUE INTERCONTINENTAL, 2012 ÓLEO SOBRE TELA

260 X 180 CM (DUAS TELAS, CADA UMA DE 130 X 180 CM) CORTESIA GALERIA MENDES WOOD

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15 DE MAIO A 30 DE JUNHO DE 2013

TERÇA A DOMINGO, DAS 9H ÀS 21H

ENTRADA FRANCA

CAIXA CULTURAL BRASÍLIA | GALERIAS PICCOLA I E II

SBS QUADRA 4 LOTES 3/4, CEP 70092-900 BRASÍLIA/DF

61 3206-9448 | 61 3206-9449

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WWW.CAIXA.GOV.BR/CAIXACULTURAL

FICHA TÉCNICA

REALIZAÇÃO

AUTOMATICA PRODUÇÃO CONTEMPORÂNEA LTDA.

COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO

MARISA S. MELLO

PRODUÇÃO

ARTHUR MOURA

MARIANA SCHINCARIOL DE MELLO

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO

LUISA HARDMAN

PRODUÇÃO LOCAL

DAIANA CASTILHO DIAS | 4 ART PRODUÇÕES CULTURAIS

CURADORIA

MARCELO CAMPOS

PALESTRA

MARCELO CAMPOS

DANIEL LANNES

FLÁVIO ARAUJO

THIAGO MARTINS DE MELO

FÁBIO BAROLI

DESIGN E EXPOGRAFIA

ALEXSANDRO SOUZA

CENOGRAFIA

LM CENOGRAFIA

ILUMINAÇÃO

T19 PROJETOS DE ARTE E CULTURA LTDA.

TRANSPORTE DAS OBRAS

MILLENIUM

REVISÃO

DUDA COSTA

CATÁLOGO

ORGANIZAÇÃO

MARISA S MELLO

TEXTO

MARCELO CAMPOS

PRODUÇÃO EDITORIAL

AUTOMATICA

DESIGN GRÁFICO

ALEXSANDRO SOUZA

REVISÃO

DUDA COSTA

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