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DOUGLAS APARECIDO BORTOLUSSI MATHEUS HENRIQUE JANNING PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM UMA EMPRESA NO RAMO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO TOLEDO, PR 2015

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DOUGLAS APARECIDO BORTOLUSSI

MATHEUS HENRIQUE JANNING

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM UMA EMPRESA NO RAMO DE MATERIAIS

DE CONSTRUÇÃO

TOLEDO, PR

2015

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DOUGLAS APARECIDO BORTOLUSSI

MATHEUS HENRIQUE JANNING

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM UMA EMPRESA NO RAMO DE MATERIAIS

DE CONSTRUÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso do

Curso apresentado ao curso de

Ciências Contábeis, da Faculdade Sul

Brasil, exigido como requisito parcial

para aprovação na disciplina de

Metodologia da Pesquisa Científica.

Orientadora: Profº Esp. Edina Carine

de Souza Kinzler.

TOLEDO, Pr.

2015

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DOUGLAS APARECIDO BORTOLUSSI

MATHEUS HENRIQUE JANNING

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM UMA EMPRESA NO RAMO DE MATERIAIS

DE CONSTRUÇÃO.

Trabalho de Conclusão de Curso, do curso de Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil,

FASUL, exigido como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel, sob orientação

do Professora Edina Carine de Souza Kinzler, considerado APROVADO pela Banca

Examinadora, com a nota ___________.

FOLHA DE APROVAÇÃO

____________________________________________________

Profª. Esp. Edina Carine de Souza Kinzler

Orientador - FASUL

_____________________________________________________

Prof. Esp. Sebastião Alves Queiroz

Avaliador

_____________________________________________________

Prof. Esp. José Domingos Nunes Correa

Avaliador

Toledo, 28 de Novembro de 2015.

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DEDICATÓRIA

Dedicamos esse trabalho a toda a nossa família

e amigos que nos incentivaram a seguir em

frente desde o inicio até o fim desta graduação,

o que nos motivou a não desistir e alcançar a

essa conquista.

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradecemos ao senhor

nosso Deus, por nos oferecer o dom da vida e

a graça de podermos realiza nosso objetivo de

concluir a Graduação, também agradecemos

nossa família e todos os nossos amigos pelo

apoio nos dado no decorrer de toda a nossa

jornada enquanto acadêmicos, e um

agradecimento em especial aos professores e

aos orientadores, (em primeiro a Professora

Edina Carine de Souza Kinzler e também não

menos importante o Professor Leandro Araujo

Crestane) por terem paciência e sabedoria ao

transmitir seus conhecimentos, e por fim

agradecemos também a empresa que nos

disponibilizou todo o material que precisamos

e que sempre esteve de portas abertas para nos

receber.

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“Cada sonho que deixas para trás, é um pedaço

do seu futuro que deixa de existir.”

Steve Jobs

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RESUMO

Esta pesquisa pretende demonstrar a importância do planejamento tributário para uma

organização, verificando a opção pelo regime de tributação menos oneroso e os possíveis

ganhos financeiros que ela pode ter com a aplicação do planejamento para reduzir impostos,

taxas e contribuições sem infringir a lei. A empresa pode aplicar os recursos economizados

em outros setores, fazer investimentos ou até mesmo aumentar o seu o capital de giro. Essa

pesquisa foi realizada em uma empresa do ramo de materiais de construção ampliou suas

vendas e se tornou um alvo de cobranças de tributos em níveis altíssimos. No Brasil a carga

tributária elevada pode equivaler a até 50% do faturamento de uma empresa e o alto nível de

competitividade entre empresas pode levar empresários a tomar decisões precipitadas quanto

à escolha do regime ou, até mesmo, sofrer multas e punições por conta da sonegação de

impostos. Assim o planejamento tributário não pode ser visto como despesa e sim como um

investimento uma vez que visa trazer benefícios para a empresa. Os resultados foram obtidos

através de pesquisa bibliográfica e estudo de caso, aplicando a teoria à prática.

Palavras-chave: Tributos, Faturamento, Planejamento Tributário.

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ABSTRACT

This research aims to demonstrate the importance of tax planning for companies and find

what form of taxation is less costly and can bring financial benefits to the company. Tax

planning can reduce taxes and contributions without breaking the law. The company can

apply the resources saved in other sectors, make investments or even increase their working

capital. This research was carried out in a building materials company that has expanded its

sales and started paying high taxes. The results of this study were obtained from literature

review and case study, applying theory to practice. In Brazil, the high tax burden may amount

to up to 50% of the earnings of a company and the high level of competition between

companies can lead entrepreneurs to make hasty decisions on choosing the type of tax or even

fines and punishments for evading taxes. For this reason, tax planning cannot be seen as an

expense but as an investment because it benefits the company.

Keywords: Taxes, Billing, Tax Planning.

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – Tributação do IR...............................................................................................21

QUADRO 2 – Alíquotas do ITR..............................................................................................23

QUADRO 3 - Percentual de Redução da Base de Cálculo do ICMS nas Empresas do Estado

do Paraná conforme Decreto PR 3.822.....................................................................................46

QUADRO 4 - Faturamento acumulado mensal dos últimos 12 meses....................................48

QUADRO 5 - Tributos Incidentes sobre a Receita com Venda de Mercadorias Sem

Substituição Tributária com Base no Simples Nacional...........................................................48

QUADRO 6 - Tributos incidentes sobre a Receita com venda de mercadorias com

substituição tributária com base no Simples Nacional..............................................................49

QUADRO 7 - Total de Tributos Incidentes sobre a Receita com Venda de Mercadorias com

Base no Simples Nacional.........................................................................................................49

QUADRO 8 - Encargos com a Folha de Pagamento com Base no Simples Nacional............50

QUADRO 9 - Total de Tributos Incidentes no Regime do Simples Nacional.........................51

QUADRO 10 - PIS/PASEP e COFINS com base no Lucro Presumido......................................54

QUADRO 11 - IRPJ com base no Lucro Presumido para o Faturamento do Comércio.............55

QUADRO 12 - CSLL com base no Lucro Presumido para o Faturamento do Comércio.......56

QUADRO 13 - Encargos com a Folha de Pagamento com Base no Lucro Presumido...........57

QUADRO 14 - Cálculo do ICMS para os Regimes de Tributação do Lucro Presumido e

Lucro Real.................................................................................................................................58

QUADRO 15 - Total de tributos incidentes sobre receitas de venda de mercadorias com base

no Lucro Presumido..................................................................................................................59

QUADRO 16 - Total dos Tributos Apurados com Base no Lucro Presumido........................61

QUADRO 17 - Demonstrativo de PIS/PASEP e COFINS do Lucro Real.............................63

QUADRO 18 - Encargos com a Folha de Pagamento com Base no Lucro Real.....................64

QUADRO 19 - Apuração do IRPJ e CSLL no Regime de Tributação do Lucro Real............65

QUADRO 20 - Total de Tributos Incidentes sobre a Receita com Venda de Mercadorias com

Base no Lucro Real...................................................................................................................66

QUADRO 21 - Comparativo entre os Regimes de Tributação do Simples Nacional, Lucro

Presumido e Lucro Real............................................................................................................68

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – Representação de cada Tributo no Simples Nacional ....................................52

GRÁFICO 2 - Representação de cada tributo dentro do Lucro Presumido .......................... 62

GRÁFICO 3 - Representação de cada Tributo do Lucro Real .............................................. 67

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Art.- Artigo

BP - Balanço Patrimonial

CF - Constituição Federal

CFOP - Código Fiscal de Operações e Prestações

CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

CPP - Contribuição Patronal Previdenciária

CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

DARF - Documento de Arrecadação de Receitas Federais

DR - Demonstração do Resultado

EPP - Empresa de Pequeno Porte

FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

ICMS - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações

de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação

IE - Imposto de Exportação

IGF - Imposto sobre Grandes Fortunas

II - Imposto de Importação

INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

INSS - Instituto Nacional do Seguro Social

IOF - Imposto sobre Operações Financeiras

IPI - Imposto sobre Importação

IPTU - Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana

IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores

IR - Imposto de Renda e Proventos de Qualquer Natureza

IRPJ - Imposto sobre Renda de Pessoa Jurídica

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ISS - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

ITBI - Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis

ITCM - Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação

ITR - Imposto sobre Propriedade Territorial Rural

ME - Micro Empresa

n. - Número

OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

p. – Página

PGDAS - Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional

PIB - Produto Interno Bruto

PIS/PASEP - Programa de Integração Social/ Programa de Formação do Patrimônio do

Servidor Público

Prof. – Professor (a)

RAT - Risco de Acidente de Trabalho

R$ - Reais

SAT - Seguro de Acidente de Trabalho

SE - Salário-Educação

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

SESC - Serviço Social do Comércio

SESI - Serviço Social da Indústria

SISA - Serviço de Impostos de Sua Alteza

SIMPLES - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas

e Empresas de Pequeno Porte

TIPI - Tabela do Imposto sobre Produto Industrializado

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 15

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................... 17

1.1 PLANEJAMENTO TRIBUTARIO ........................................................................... 17

1.2 TRIBUTOS ............................................................................................................... 18

1.2.1 Tributos Federais ..................................................................................................... 18

1.2.1.1 Imposto sobre Importação - II ........................................................................... 19

1.2.1.2 Imposto sobre Exportação – IE ......................................................................... 20

1.2.1.3 Imposto de Renda – IR ..................................................................................... 20

1.2.1.4 Impostos sobre Produto Industrializados – IPI................................................... 21

1.2.1.5 Imposto sobre Operações Financeiras – IOF ..................................................... 22

1.2.1.6 Imposto sobre Propriedade Territorial Rural – ITR ........................................... 23

1.2.1.7 Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS ...... 24

1.2.1.8 Programa de Integração Social – PIS ................................................................ 25

1.2.1.9 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL .......................................... 25

1.2.1.10 Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ ....................................................... 26

1.2.2 Tributos Estaduais ................................................................................................... 27

1.2.2.1 Imposto Sobre Circulação De Mercadoria E Prestação De Serviços – ICMS ..... 27

1.2.2.2 Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação – ITCMD .............................. 28

1.2.2.3 Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA........................... 29

1.2.3 Impostos Municipais ............................................................................................... 29

1.2.3.1 Imposto sobre Serviço – ISS ............................................................................. 30

1.2.3.2 Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU ..................... 31

1.2.3.3 Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens e Imóveis – ITBI .................... 32

1.3 SIMPLES NACIONAL .................................................................................................. 32

1.4 LUCRO PRESUMIDO .................................................................................................. 35

1.5 LUCRO REAL............................................................................................................... 37

2 METODOLOGIA ............................................................................................................. 39

2.1.OBJETIVOS .................................................................................................................. 39

2.2 PROCEDIMENTOS DE COLETAS E AS FONTES DE INFORMAÇÕES ................... 40

2.3 A NATUREZA DOS DADOS ....................................................................................... 41

3 ESTUDO DE CASO ......................................................................................................... 43

3.1 HISTORICO DA EMPRESA ......................................................................................... 43

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3.2 APURAÇÃO DOS IMPOSTOS A SEREM ARECADADOS NO REGIME DO

SIMPLES NACIONAL, LUCRO PRESUMIDO E LUCRO REAL ..................................... 44

3.2.1 Apuração do Simples Nacional ................................................................................ 45

3.2.2 Apuração do Lucro Presumido................................................................................. 53

3.2.3 Apuração do Lucro Real .......................................................................................... 63

3.3 COMPARATIVOS ENTRE O SIMPLES NACIONAL, LUCRO PRESUMIDO E

LUCRO REAL .................................................................................................................... 68

3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 70

REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 72

APÊNDICES ....................................................................................................................... 74

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INTRODUÇÃO

A Contabilidade Fiscal, conhecida como Contabilidade tributária, é, do ponto de

vista geral, uma área de estudo e de aplicação da contabilidade Gerencial que se preocupa

com a apuração e contabilização, utilizando lançamentos proporcionados pelas operações

realizadas nas empresas para o fechamento do período. Estes lançamentos produzem o fato

gerador dos tributos, que incide sobre o faturamento anual ou mensal da empresa.

O Planejamento tributário é o ato de se apurar documentos de uma empresa com

informações verdadeiras. É uma forma de gestão que visa ampliar a economia da empresa de

maneira a reduzir custos dentro da perspectiva da lei. Os custos que se busca reduzir estão

relacionados ao recolhimento de tributos, visto que no Brasil há uma carga tributária com uma

amplitude considerável, podendo equivaler a mais de 50% do faturamento de uma empresa.

Tendo isso em mente, fica evidente que o planejamento tributário tem uma grande e

relevante importância para a economia de uma empresa, entretanto há, ainda, certo

desconhecimento ou desinteresse por parte dos líderes das empresas em fazer um

planejamento tributário. No atual cenário econômico, que se caracteriza por um mercado

muito competitivo e por altos índices tributários legalmente exigidos das empresas, acredita-

se que o planejamento tributário será uma das ferramentas mais procuradas e utilizadas.

Em pleno século XXI, em tempos de crise e de cargas tributárias elevadíssimas,

qualquer grande organização não teria sucesso sem um bom planejamento tributário dentro da

sua administração. Observa-se que a falta de planejamento tributário é o motivo da falência de

muitas empresas, mas o uso desta ferramenta pode mudar essa historia. Não se pode negar que

o país, atualmente, tem altos tributos e uma fiscalização bastante rigorosa em se tratando de

recolhimento de impostos.

O planejamento tributário, também chamado de elisão fiscal, serve para encontrar

brechas legais na lei para se pagar menos impostos, o que é, hoje, uma estratégia de suma

importância para qualquer empresa, seja ela grande ou pequena, que pretenda ingressar no

concorrido mercado que é, também, bastante dificultado por conta dos altos tributos. Nesse

contexto, um bom Planejamento tributário custa, muitas vezes, um valor que nem todas as

empresas estão dispostas a pagar, tal valor nem sempre é visto por todos empresários como

investimento importante para suas empresas.

Um planejamento tributário bem implantado traz solvência, sucesso e competitividade

para uma empresa e isso deve ser tratado quase como uma obrigação num país com tamanho

potencial. Os beneficiários da solvência e da competitividade de uma empresa agregam

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benefícios para a sociedade de forma geral e ao governo. A sociedade, com isso, ganha renda,

pois os trabalhadores terão empregos, fazendo a economia local e regional girar.

De acordo com o que foi abordado até aqui, as dúvidas que serviram de pilar para o

desenvolvimento desta pesquisa estiveram centradas em analisar se o Planejamento tributário,

hoje, interfere diretamente na rentabilidade e lucratividade de toda e qualquer organização.

Neste mesmo sentido, busca-se responder à seguinte questão norteadora: qual a importância

do planejamento tributário na escolha do melhor regime por parte de uma empresa?

Entendendo que um planejamento tributário tem grande relevância na elaboração de

um bom plano que vise reduzir tributos e, consequentemente, pode maximizar os rendimentos

de uma empresa, fica evidente que este planejamento interfere de maneira positiva na

economia da empresa, que pode obter entender sua real condição e permanecer ou não

optando pelo regime tributário em que se encontra.

O objetivo geral desta pesquisa foi o de realçar e mostrar a importância do

planejamento tributário, enfatizando quais seus principais benefícios e métodos. Busca-se,

também, demonstrar os procedimentos passo a passo e apresentar as ferramentas e caminhos a

seguir para elaboração de um bom plano tributário que permita a uma empresa reduzir

tributos. Pretende-se, dessa forma, verificar se a empresa se enquadra no regime mais

vantajoso que, consequentemente, possa maximizar seu lucro.

Os objetivos específicos da pesquisa foram os de mostrar a importância do

planejamento tributário dentro de uma organização para se obter solvência e perpetuidade;

demonstrar as diferentes características entre um regime e outro; buscar, por meio de

apuração de informações cedidas pela empresa, se esta enquadrada no regime correto ou se

pode alterá-lo, conforme seu faturamento e, por fim, verificar se as possíveis vantagens que o

planejamento traz a empresa são relevantes no sistema econômico.

A pesquisa se orienta, portanto, em demonstrar a importância do planejamento

tributário para a empresa em estudo e não só para ela, mas a todas que pensam nessa

ferramenta como investimento que vem se tornando um forte aliado para o desenvolvimento e

sucesso empresarial.

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1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 PLANEJAMENTO TRIBUTARIO

Diante da análise realizada por Zalunca (2015) "o planejamento tributário é um

conjunto de procedimentos previstos em lei ou não vetados por ela que visam diminuir a carga

tributária.” No Brasil, o contribuinte proprietário de empresas paga um a grande quantidade

de impostos que, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, IBPT, está entre

os mais altos do mundo e podem corresponder a mais da metade do lucro da empresa. Dessa

forma, o planejamento tributário serviria para diminuir os tributos visando um resultado

econômico melhor e maior ao final do exercício ou de determinado período.

Segundo Zalunca (2015) o planejamento tributário também pode ser chamado de

elisão fiscal, conceito que se diferencia da evasão fiscal, uma vez que a elisão fiscal é a forma

legal que não fere a lei quando se trata da diminuição de pagamento de imposto. A evasão

fiscal, por essa vez, é uma forma ilegal e não planejada da diminuição de pagamentos dos

tributos que leva a duras penas se o contribuinte for pego pelo fisco.

O alto custo tributário existente em nosso país e também os custos de conformidade

que são os gastos acessórios relacionados às exigências do fisco, se não equacionados, podem provocar a extinção de um bom número de empresas

despreparadas para esse novo desafio. O planejamento tributário tem um objetivo à

economia (diminuição) legal da quantidade de dinheiro a ser entregue ao governo.

Os tributos (impostos, taxas e contribuições) representam importante parcela dos

custos das empresas, senão a maior. Com a globalização da economia, tornou-se

questão de sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário

(ZALUNCA, 2015).

Um bom planejamento tributário é uma ótima estratégia econômica, pois conforme

explicitado, gera economia, pois o valor dos impostos ao serem pagos será menor. Essas

economias poderão se transformar em novos investimentos que gerarão novos empregos,

trazendo vários outros benefícios ao próprio governo e à população. Contudo, nem todas as

empresas podem ter acesso a uma consultoria e a um planejamento tributário de qualidade,

principalmente as micro e pequenas empresas, que podem se beneficiar do planejamento

tributário para alcançar solvência e perpetuidade no mercado (ZALUNCA, 2015).

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1.2 TRIBUTOS

Carga tributária é o conjunto de impostos, taxas e contribuições (federais, estaduais e

municipais) que, direta ou indiretamente, incidem sobre qualquer atividade econômica

(indústria, comércio e serviços), encarecendo o custo e o preço final de um produto. No

Brasil, a média geral da carga tributária corresponde a 39% sobre o preço de tudo que

pagamos.

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se

possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante

atividade administrativa plenamente vinculada. Segundo Fabretti (2009) um tributo é

caracterizado pelos seguintes elementos:

Fato Gerador, Contribuinte ou Responsável e a Base de Cálculo. Para que venha a

existir uma obrigação tributária, é preciso que exista um vínculo jurídico entre um

credor (Sujeito Ativo) e um devedor (Sujeito Passivo), pelo qual o Estado, com base

na legislação tributária, possa exigir uma prestação tributária positiva ou negativa

(Fabretti, 2009, p.74).

Com base neste conceito, pode-se entender melhor, o que é um planejamento tributário

quais são seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas para

uma organização empresarial. O Planejamento Tributário se torna uma grande ferramenta

para conhecer as possibilidades de pagamento de impostos exigidos por lei e um marco para o

desenvolvimento de uma empresa, pois resulta no pagamento dos valores exatos que esta tem

o dever de contribuir com o fisco.

1.2.1 Tributos Federais

A União tem a competência para instituir sete impostos, no entanto, segundo

Alexandre (2010, p. 583) “no Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF a União não utilizou de

sua competência, de forma que o tributo não foi efetivamente instituído.” Sendo assim, cabe a

União a competência sobre seis impostos, são eles: Imposto sobre Importações, Imposto sobre

Exportação, Imposto de Renda, Imposto sobre Produtos Industrializados, Impostos sobre

Operações Financeiras e Imposto sobre Propriedade Territorial Rural.

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1.2.1.1 Imposto sobre Importação - II

O Imposto sobre Importação é gerado no momento da importação de produtos

estrangeiros para o território nacional e possui função, acima de tudo, extrafiscal, pois visa

proteger a indústria brasileira. O fato gerador deste imposto é à entrada de produtos

estrangeiros no território nacional, ficando a mercadoria retida até o momento da apresentação

ou registro da Declaração de Importação (SABBAG,2011).

O Imposto sobre Importação é o tributo cobrado em cima da operação que trata da

comercialização nacional de um produto importado denominado internacional. Esse imposto é

cobrado com a finalidade de realçar as vendas de produtos produzidos no território nacional.

Sua base de cálculo, de acordo com Sabbag (2011, p. 1061) será:

•A quantidade de mercadoria: expressa na unidade de medida indicada na Tarifa

Aduaneira do Brasil (TAB), quando a alíquota for especifica.

•A expressão monetária do produto importado: valor aduaneiro do produto, sendo

expressa pela fatura comercial com o custo das despesas de frete e seguro, alíquota

ad valorem.

•O preço de arrematação: bem adquirido em licitação, ou seja, quando o produto é

abandonado ou apreendido e vai a leilão.

Conforme edição da Decisão n. 22 do Conselho de Mercado Comum (apud SABBAG,

2011) os países do Mercosul possuem tarifas próprias para seus participantes e outras

alíquotas para o comércio com outros países. Sabbag (2011, p.1062) argumenta que as tarifas

podem ser:

Específicas: valor em dinheiro que uma unidade de medida prevista em lei, pode

referir-se à metragem, peso, etc. Ad valorem: aplicação de alíquota sobre

determinado valor de operação.

Mista: combinação das duas formas acima.

Quando se trata de tarifas específicas, entende-se que este é um valor exigido sobre

um determinado produto importado, ou seja, um valor estipulado sobre uma quantidade

importada do produto, já a tarifa Ad Valorem é um encargo cobrado com base em um

percentual sobre o valor de um bem móvel ou imóvel e, por fim, há a tarifa mista que é uma

tarifa que abrange simultaneamente os elementos de uma tarifa específica e de uma tarifa ad

valorem, ou seja, calcula-se a porcentagem adquirida na tarifa Ad Valorem juntamente com o

valor estipulado na tarifa específica.

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1.2.1.2 Imposto sobre Exportação – IE

O Imposto sobre Exportação é o imposto exigido através de produtos nacionais e seu

contribuinte é qualquer pessoa que exporte produtos do território brasileiro. Segundo Sabbag

(2011, p.1064) “o fato gerador do imposto é a saída de produtos do território nacional para o

exterior, porém o momento em que se concretiza é quando ocorre a expedição da guia de

exportação”. Logo, o Imposto sobre Exportação se refere a um produto produzido no território

nacional que é comercializado em território internacional cuja fatura só é exigida legalmente

no momento em que se concretiza a compra do produto, quando é gerada uma guia de

exportação que serve de parâmetro para a exigência do tributo.

A base de cálculo do imposto de exportação será a quantidade de mercadoria

exportada; o preço normal de venda em condições de livre concorrência no mercado

internacional; e o preço da arrematação do produto adquirido em licitação e as

alíquotas estão previstas na TAB (Tarifa Aduaneira do Brasil) e podem ser

específicas ou ad valorem. Atualmente a alíquota mínima do IE é de 30% e máxima

de 150%, podendo o Poder Executivo alterar as alíquotas, se atendidas às condições

estabelecidas em lei (SABBAG,2011, p. 1064).

Dessa forma, há um processo que deve ser observado para a elaboração do percentual

a ser cobrado no qual é necessário elaborar um cálculo que serve de base para definir o

imposto e o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, no momento da

exportação, observadas as normas expedidas pelo Poder Executivo, para fins legais de

tributação.

1.2.1.3 Imposto de Renda – IR

O Imposto de Renda é o imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza. O

contribuinte é a pessoa física e jurídica titular de renda ou provento e o fato gerador desse

imposto é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou de proventos. A

disponibilidade econômica pode ser entendida como a obtenção da capacidade de usar ou

dispor de dinheiro ou bens, possuindo o fato concretamente, enquanto que a disponibilidade

jurídica é a obtenção de direitos de créditos representados por documentos de liquidez e

certeza (SABBAG, 2011).

A base de cálculo do IR é a soma total dos rendimentos, subtraindo-se os encargos

autorizados pela legislação. O imposto sobre a renda, segundo o art. 153, § 2º. I, da CF (apud

SABBAG, 2011) será informado pelos critérios da generalidade, diz respeito a todos os

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contribuintes que pratiquem o fato; universalidade, o cálculo do gravame abrange quaisquer

rendas do contribuinte; e progressividade, variação positiva da alíquota do imposto à medida

que há aumento da base de cálculo.

A Lei n. 11.945 de 04 de junho de 2009 alterou a tributação para o Imposto de Renda

(IRPF) de modo que, anualmente, ocorre um reajuste na referida tributação de acordo com a

inflação medida durante o ano. Abaixo, o quadro 01 apresenta dados da tributação do Imposto

de Renda já reajustado em 2015 conforme proposto pelo governo.

QUADRO 1- Tributação do IR

Base de cálculo mensal em R$ Aliquota % Parcela a deduzir do imposto m R$

Até 1.787,77 - -

De 1.787,78 até 2.679,29 7,5 134,08

De 2.679,30 até 3.572,43 15,0 335,03

De 3.572,44 até 4.463,81 22,5 602,96

Acima de 4.463,81 27,5 826,15

Fonte: Receita Federal do Brasil (2015).

1.2.1.4 Impostos sobre Produto Industrializados – IPI

O Imposto sobre Produtos Industrializados incide sobre os produtos industrializados e

é um imposto de interesse fiscal que possui alíquotas seletivas, ou seja, os bens de maior

necessidade têm tributação mais baixa e os bens supérfluos recebem tributação mais elevada

(SABBAG, 2011).

O contribuinte do IPI é o importador, industrial, comerciante e também o arrematante

de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão (SABBAG, 2011).

O fato gerador desse imposto, segundo Sabbag (2011, p. 1069) “ocorre na importação

de industrializados, na saída de estabelecimento industrial ou aquisição em leilão de produtos

apreendido ou abandonado. Industrializado é todo produto que sofreu algum tipo de

modificação em sua natureza ou finalidade”.

O cálculo desse imposto parte do ponto de que sob o produto industrializado é

determinado o valor da operação e, para fins de cálculo, toma-se o preço do produto,

acrescido do valor do frete e das demais despesas acessórias, cobradas ou debitadas pelo

contribuinte ao comprador ou destinatário dos produtos.

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A base de cálculo do imposto varia conforme a incidência, podendo ser: o valor da

operação de saída do produto do estabelecimento do contribuinte (preço do produto, acrescido de frete e outras despesas); o preço normal, acrescido do imposto de

importação das taxas aduaneiras e dos encargos cambiais; e o preço de arrematação,

para produtos apreendidos ou abandonados e levados a leilão. E as alíquotas do IPI

variam de forma constante, em função da grandeza econômica tributada. As

alíquotas variam de 0% a 365,63%. A maior parte de arrecadação desse imposto é

oriunda de bebidas, cigarros e veículos (SABBAG, 2011, p. 1067).

Observa se que a base do cálculo varia, não seguindo um único padrão, contudo

engloba o processo desde a saída do produto até a chegada ao comprador de modo que os

custos que esse processo acarreta na fabricação são acrescidos às taxas exigidas na aduana e

às taxas de câmbio e essas taxas sofrem alterações constantes devido à economia tributada.

1.2.1.5 Imposto sobre Operações Financeiras – IOF

O Imposto sobre operações financeiras ocorre nas operações realizadas por instituições

financeiras, ou seja, sua arrecadação ocorre nas operações realizadas em lojas de câmbio,

empresas de seguros privados, bancos, caixas econômicas entre outros.

O contribuinte do IOF pode ser qualquer pessoa envolvida em operações financeiras,

como compradoras e vendedoras de moeda estrangeira, adquirentes de títulos ou pessoas

físicas e jurídicas tomadoras de crédito (SABBAG, 2011). O fato gerador, conforme consta no

art. 63 do CTN e de acordo com o Decreto n. 6.306/2007 (apud SABBAG, 2011, p. 1051)

será:

•quanto às operações de crédito, sua efetivação pela entrega total ou parcial do

montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à

disposição do interessado;

•quanto às operações de câmbio, sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou

estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do

interessado, em montante equivalente à disposição por este;

•quanto às operações de seguro, sua efetivação pela emissão da apólice, ou do

documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;

•quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão,

pagamento ou resgate desses, na forma de lei aplicável. Saliente-se que, se na

operação vierem as três situações supramencionadas, o IOF será cobrado tão somente uma única vez.

A base de cálculo do IOF, conforme art. 63 do CTN e Decreto n. 6.306/2007 (apud

SABBAG, 2011, p. 1051) será definida segundo os seguintes critérios:

• quanto às operações de crédito, o montante da operação, compreendendo o

principal mais juros;

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• quanto às operações de câmbio, o montante da operação em moeda nacional,

recebido, entregue ou posto à disposição;

• quanto às operações de seguro, o montante do prêmio;

• quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários: o valor nominal

mais ágio,se houver;o preço, o valor nominal ou o valor da cotação em bolsa, como

determina a lei;o respectivo preço.

As alíquotas desse imposto são proporcionais às operações, de modo que nas

operações de crédito ou nas relativas a títulos ou valores imobiliários a alíquota máxima é de

1,5% ao dia, já nas operações de câmbio e de seguro, a alíquota máxima é de 25%. Nas

operações com ouro, a alíquota é de 1% do preço de aquisição do ouro, paga uma vez, na

primeira comercialização após a extração (SABBAG, 2011).

1.2.1.6 Imposto sobre Propriedade Territorial Rural – ITR

O ITR é o Imposto sobre propriedade territorial rural e já foi de competência dos

Estados e Municípios, mas hoje compete à União instituí-lo. Para Sabbag (2011), o

contribuinte do ITR é o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor.

Conforme Sabbag (2011) o fato gerador deste tributo é a propriedade, o domínio útil

ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município e a base de

cálculo do ITR é o valor de mercado da terra livre das construções, instalações, pastagens ou

florestas.

As alíquotas do ITR são proporcionais e progressivas de acordo com o grau de

utilização da área rural e sua fixação se dá segundo os critérios do art. 34 do Decreto n.

4.382/2002 (apud SABBAG, 2011), como se pode notar no quadro logo abaixo.

QUADRO 2- Alíquotas do ITR

ÁREA TOTAL DO

IMÓVEL

(em hectares) GRAU DE UTILIZAÇÃO (em %)

Maior que

80

Maior que 65

até 80

Maior que 50

até 65

Maior que

30 até 50 Até 30

Até 50 0,03 0,20 0,40 0,70 1,00

Maior que 50 até 200 0,07 0,40 0,80 1,40 2,00

Maior que 200 até 500 0,10 0,60 1,30 2,30 3,30

Maior que 500 até 1.000 0,15 0,85 1,90 3,30 4,70

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Maior que 1.000 até 5.000 0,30 1,60 3,40 6,00 8,60

Acima de 5.000 0,45 3,00 6,40 12,00 20,00

Fonte: Receita Federal do Brasil (2014).

No caso de imóveis acima de 5.000 hectares que não alcancem 30% de utilização,

poderá haver confiscação no prazo de cinco anos. No entanto, mesmo considerando o

desestímulo à manutenção de propriedades improdutivas, a tributação elevada da propriedade

rural não poderá ter caráter confiscatório, sob pena de violar o princípio constitucional que

veda o tributo com efeito de confisco (art. 150, IV, CF apud SABBAG, 2011, p.146).

1.2.1.7 Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS

Segundo o portal tributário (2015) A Contribuição para o Financiamento da

Seguridade Social é uma contribuição social aplicada sobre o valor bruto apresentado por uma

empresa. Como o próprio nome indica, a COFINS tem como o objetivo financiar a

Seguridade Social, ou seja, áreas fundamentais como a Previdência Social, Assistência Social

e Saúde Pública. Segundo o Portal Tributário (2015):

COFINS– Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, instituída pela

Lei Complementar 70 de 30/12/1991.

A contribuição COFINS, atualmente, é regida pela Lei 9.718/98, com as alterações

subsequentes. São contribuintes da COFINS as pessoas jurídicas de direito privado em geral,

inclusive as pessoas a elas equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, exceto

as microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional

(LC 123/2006).

A partir de 01.02.1999, com a edição da Lei 9.718/98, a base de cálculo da

contribuição é a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo

irrelevante o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada

para as receitas.

COFINS: a alíquota geral é de 3% (a partir de 01.02.2001) ou 7,6% (a partir de

01.02.2004) na modalidade não cumulativa. Entretanto, para determinadas

operações, a alíquota é diferenciada (veja tópicos específicos sobre alíquotas de

determinados setores, no Guia Tributário On Line).

Este imposto tem a finalidade de financiar as questões de seguridade social e abrange

as áreas de previdência e de assistência e saúde social, cobrando uma alíquota de 3% em cima

do faturamento total da empresa a partir do ano de 2001 e uma alíquota de 7,6 a partir do ano

de 2004 para empresas que não são de caráter acumulativo.

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1.2.1.8 Programa de Integração Social – PIS

Segundo o Portal Tributário (2015), o Programa de Integração Social, é uma

contribuição tributária de caráter social que tem como objetivo financiar o pagamento do

seguro-desemprego, abono e participação na receita dos órgãos e entidades, tanto para os

trabalhadores de empresas públicas, quanto privadas. De acordo com o Portal Tributário

(2015):

São contribuintes do PIS as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe são

equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive empresas prestadoras de

serviços, empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias,

excluídas as microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime

do Simples Nacional (LC 123/2006). A partir de 01.02.1999, com a edição da Lei

9.718/1998, a base de cálculo da contribuição é a totalidade das receitas auferidas

pela pessoa jurídica, sendo irrelevante o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas.

A alíquota do PIS é de 0,65% ou 1,65% (a partir de 01.12.2002 - na modalidade não

cumulativa - Lei 10.637/2002) sobre a receita bruta ou 1% sobre a folha de salários,

nos casos de entidades sem fins lucrativos.

Este imposto tem como principal finalidade, financiar as futuras necessidades que,

muitas vezes, são imprevistas no âmbito da sociedade, abrangendo a dimensão social no

sentido de transformar o que foi arrecadado em programas que auxiliam a sociedade, um

exemplo é o seguro desemprego e seus afins.

1.2.1.9 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL

Segundo o Portal Tributário (2015), A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido é

uma contribuição criada pela Lei 7.689/1988 para que todas as Pessoas Jurídicas (PJ) e as

equiparadas pela legislação do Imposto de Renda (IR) possam apoiar financeiramente a

Seguridade Social. Segundo o Portal Tributário (2015):

A contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL ou CSSL) foi instituída pela Lei

7.689/1988. LUCRO REAL

A base de cálculo para as pessoas jurídicas optantes pelo lucro real é o lucro

contábil, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação.

As empresas que recolhem a CSLL por estimativa mensal, a partir de 01.09.2003, devem considerar a nova base de cálculo da CSLL de 32% para as seguintes

atividades:

a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de transporte;

b) intermediação de negócios;

c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer

natureza;

d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,

mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar

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e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo

ou de prestação de serviços (factoring).

Aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento estabelecidas

para o imposto de renda das pessoas jurídicas, mantidas a base de cálculo e as

alíquotas previstas na legislação em vigor (Lei 8.981, de 1995, artigo 57).

Desta forma, além do IRPJ, a pessoa jurídica optante pelo Lucro Real, Presumido ou

Arbitrado deverá recolher a Contribuição Social sobre o Lucro Presumido (CSLL),

também pela forma escolhida.

Uma empresa optante pelo Lucro Presumido deverá recolher a Contribuição Social de

acordo com este regime, ou seja, feita a opção, esta abrangerá tanto do IRPJ quanto da CSLL,

não sendo possível, por exemplo, optar por recolher o IRPJ pelo Lucro Real e a CSLL pelo

lucro presumido.

1.2.1.10 Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ

O Imposto de Renda Pessoa Jurídica é um tributo federal e quem tem a competência

de pagar esse tributo são as pessoas jurídicas não imunes/isentas, optantes pelo regime

tributário do Lucro Real sobre seu faturamento real após as adições e exclusões efetuadas

sobre os lançamentos constantes do Lalur (Livro de Apuração do Lucro Real) ou sobre o

Faturamento ou Receita Bruta. Já nos casos em que a empresa é optante pelo pagamento do

IR por Lucro Presumido, seu percentual de presunção oscilará entre 1,6% e 32%, conforme a

natureza da atividade da empresa.

Instituído no Brasil no ano de 1922, o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica – IRPJ é

administrado pela Receita Federal do Brasil que tem como base de cálculo o Lucro Líquido

das empresas (OLIVEIRA, 2012, p.157).

As entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência

sujeitam-se às normas de incidência do imposto aplicáveis às pessoas jurídicas em relação às

operações praticadas durante o período em que perdurarem os procedimentos para a

realização de seu ativo e o pagamento do passivo.

A base de cálculo deste imposto determinada, segundo a lei vigente na data de

ocorrência do fato gerador, o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao período de

apuração. Segundo o Portal Tributário (2015):

O imposto será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por

períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30

de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. À opção do contribuinte, o

lucro real também pode ser apurado por período anual.

Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do

imposto devido será efetuada na data do evento.

Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação, a apuração da base

de cálculo e do imposto devido será efetuada na data desse evento.

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A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota

de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, apurado de conformidade com o

Regulamento.

O disposto neste item aplica-se, inclusive, à pessoa jurídica que explore atividade

rural.

Observa-se assim, que o imposto será determinado com base no regime tributário em

que se enquadra durante os períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de

março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. Caso o

contribuinte opte pelo lucro real, também poderá ser apurado por período anual.

1.2.2 Tributos Estaduais

Os Estados têm competência para instituir três impostos, os Impostos sobre

Circulações de Mercadorias e Prestações de Serviços, Imposto de Transmissão Causa Mortis e

Doações e Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores.

1.2.2.1 Imposto Sobre Circulação De Mercadoria E Prestação De Serviços – ICMS

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços, de acordo com o

art. 4º da Lei Complementar n. 87/96 (apud SABBAG,2011, p.1005) tem como contribuintes:

•pessoas que pratiquem operações relativas à circulação de mercadorias;

•importadores de bens de qualquer natureza;

•prestadores de serviços de transporte interestadual e intermunicipal;

•prestadores de serviços de comunicação.

O fato gerador do ICMS, de acordo com Sabbag (2011, p. 1007) é a “circulação de

mercadorias, a prestação de serviços de transporte (interestadual e intermunicipal) e a

prestação de serviço de comunicação”. Logo, caracteriza-se a geração desse tributo pelo fato

de um produto ser transportado de um estado para outro ou, como citado anteriormente, incide

sobre diversos tipos de serviços, como telecomunicação, importação, e prestação de serviços.

A base de cálculo deste imposto pode ser calculada de três formas: pelo valor da

operação, no caso de circulação de mercadorias; pelo preço do serviço, se tratando de

transporte e de comunicação e pelo valor da mercadoria ou bem importado, constante e

documento de importação, convertido em moeda nacional. A alíquota de cálculo para o

imposto segundo Sabbag (2011, p. 1012) é:

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a) Alíquota de 7%: para operações interestaduais que destinarem mercadorias ou

serviços a contribuintes dos Estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste e

para o Espírito Santo;

b) Alíquota de 12%: para operações interestaduais que destinarem mercadorias ou

serviços a contribuintes dos Estados das regiões Sul e Sudeste;

c) Alíquota de 17% ou 18%: para operações de importação.

O ICMS, assim como outros impostos indiretos, é passível de restituição, contando

que o comprador ou consumidor da mercadoria tenha prova da sua transferência e se

apresente devidamente autorizado a recebê-la.

1.2.2.2 Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação – ITCMD

O Imposto sobre Transmissão de Causa Mortis e Doação é definido como doação de

quaisquer bens e direitos, “são sujeitos passivos desse imposto, herdeiros ou legatário

(transmissão de causa mortis) qualquer das partes adstritas à doação (doador ou donatário), na

forma da lei” (SABBAG, 2011, p. 1036).

O fato gerador do ITCMD é a transmissão de propriedade de quaisquer bens, tanto

imóveis quanto móveis e, a transmissão de direitos em decorrência de falecimento do titular

ou transmissão e cessão gratuitas.

A transmissão é a passagem jurídica da propriedade ou bens e direitos de uma pessoa

para outra. É uma ação de caráter não oneroso, tanto no caso de morte quanto no de doação.

Para Sabbag (2011, p. 1038), “o momento do fato gerador do ITCMD no caso de

imóveis doados é o respectivo do Registro Imobiliário, pois a partir disso já se tem consenso

pleno entre as partes, autorizando a recolha do tributo, e é o legislador estadual que elegerá o

responsável tributário”. Percebe-se assim, que esse imposto é gerado a partir do momento em

que ocorre a transmissão de qualquer bem ou direito havido, por sucessão legítima ou

testamentária, inclusive a sucessão provisória, ou por doação.

A base de cálculo do ITCMD será o valor de mercado dos objetos de transmissão: “o

cálculo é feito sobre o valor de venda na data de avaliação do bem, de acordo com a alíquota

vigente na data de abertura da transmissão. As alíquotas do ITCMD são fixadas pelo Estado,

sendo a taxa máxima fixada de 8%” (SABBAG, 2011, p. 1038).

Fica caracterizado como base de cálculo desse imposto o valor atribuído no mercado

no momento em que é feito a transmissão ou a venda do bem e a alíquota que será levada em

consideração será a mesma que estava vigente na data de abertura do processo, mediante

definição do estado.

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1.2.2.3 Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA

O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, segundo Sabbag (2011, p.

1030) “é exigido no dia 1º de janeiro de cada ano, sendo devido no local onde o veículo está

registrado e licenciado perante as autoridades de trânsito, independente do local de domicílio

do proprietário ou possuidor”.

Muitos acreditam que o IPVA o valor arrecadado com esse imposto seja aplicado em

melhorias de rodovias, pavimentações e coisas afins, no entanto, ele não deve ser confundido

com taxa, pois não existe contraprestação direta no setor de conservação das rodovias. Assim

como o ICMS, o IPVA é destinado a qualquer finalidade social.

O fato gerador desse imposto é a propriedade de veículo automotor de qualquer

espécie, não sendo cobrado pela mera detenção do veículo, uso ou posse. A propriedade

comprova-se pelo CRV – Certificado de Registro de Veículo referente ao ano anterior.

Por veículo automotor entende-se qualquer veículo aéreo, terrestre ou aquático que

circula com força motriz própria, exceto embarcações e aeronaves, pois o imposto sobre esses

meios são de competência da União (SABBAG, 2011).

A base de cálculo do IPVA é o preço comercial de tabela do veículo, porém poderá

ocorrer a fixação legal do valor venal do veículo no fim do ano, e essa modificação

serem aplicada no 1º dia do ano seguinte. As alíquotas para cobrança deste imposto

podem ser variadas, em função do tipo e utilização do veículo, existindo apenas uma

alíquota mínima estipulada pelo Senado Federal (SABBAG, 2011, p. 1031).

O IPVA é repartido entre o estado e o município de origem do licenciamento do

veículo, sendo 50% para cada um. Os veículos utilizados em atividades socioeconômicas,

como transporte público, agroindústria e terraplanagem, por exemplo, ou veículos públicos,

como os de prefeituras e aqueles que tiverem mais de vinte (20) anos desde a data de

fabricação, ficam isentos do imposto.

1.2.3 Impostos Municipais

Partindo do princípio de que imposto é uma quantia paga ao governo federal, estadual

e municipal por pessoas físicas e jurídicas, pode-se entender que esse tributo pode ser usado

para custear as despesas de administração e investimentos do governo em obras de

infraestrutura e serviços, como segurança, saúde e educação. Os impostos serão federais

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quando a arrecadação é destinada ao governo federal, estaduais quando se destina a

arrecadação ao governo estadual e municipal quando o valor arrecadado for para o governo

municipal.

Os impostos municipais são Imposto Sobre Serviços, Imposto sobre Propriedade

Territorial Urbana e Imposto sobre Operações Inter Vivos de Bens e Imóveis. A seguir, será

relatada a importância e a competência de cada um destes impostos, levando em consideração

o seu fato gerador.

1.2.3.1 Imposto sobre Serviço – ISS

O Imposto sobre serviços é pago por empresas, prestadoras de serviços ou

profissionais autônomos, com ou sem estabelecimento. vDe acordo com o art. 2º, II, da Lc n.

116/2003 (apud SABBAG, 2011, p. 990) “os trabalhadores que prestam serviços como

empregados, os trabalhadores avulsos e diretores e membros de Conselhos Consultivo ou

Fiscal de Sociedades não são considerados contribuintes”.

O fato gerador deste imposto é a prestação de serviços anexa à Lei Complementar n.

116/2003, que enumera aproximadamente 230 serviços. Dentre eles:

II – da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos

serviços descritos no subitem 3.05 da lista anexa;

III – da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19 da

lista anexa;

IV – da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista anexa;

V – das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos

serviços descritos no subitem 7.05 da lista anexa;

VI – da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem,

separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos

serviços descritos no subitem 7.09 da lista anexa; VII – da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros

públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres, no caso dos

serviços descritos no subitem 7.10 da lista anexa;

VIII – da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no caso

dos serviços descritos no subitem 7.11 da lista anexa;

A base de cálculo do ISS é o preço do serviço, de modo que os serviços gratuitos não

são tributados por este imposto. A tributação do ISS é fixa ou proporcional de acordo com as

características do contribuinte.

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1.2.3.2 Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU

A instituição do Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana é de

competência dos Municípios, no entanto se houver territórios não divididos em Municípios, a

instituição de imposto compete à União (SABBAG, 2011).

Este imposto tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem

imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na

zona urbana do Município. A propriedade corresponde o proprietário que é pleno de

uso; domínio útil que é um dos elementos que usufruem juridicamente da

propriedade plena; e posse caracteriza-se quando alguém age como se fosse titular

do domínio útil, juridicamente perfeita, caracterizada como usucapionem. O

locatário e comodato, não são contribuintes do IPTU (SABBAG, 2001. p.981).

O fato gerador deste imposto fica caracterizado como o bem imóvel de posse de uma

pessoa física para própria utilização, locação ou afins, que se localize na área urbana e que

seja apto ao uso, ou domínio. Entendendo estes fatores de caráter judicial, deve-se caracterizar

que uma pessoa física, mesmo não tendo posse legal do bem, mas que o usufrui do mesmo,

pode se caracterizar como usucapionem, ou seja, o sujeito passa a ter o direito de posse deste

bem urbano

O conceito de zona urbana está escrito nos §§ 1º e 2º do art. 32 do CTN (apud

SABBAG, 2011, p. 983).

§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados

em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder

Público:

I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;

II - abastecimento de água;

III - sistema de esgotos sanitários;

IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição

domiciliar;

V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três)

quilômetros do imóvel considerado.

§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à

habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas

definidas nos termos do parágrafo anterior.

Bem imóvel, por natureza, são espaços naturais como o solo e seus agregados naturais;

as árvores, o espaço aéreo e o subsolo. Por adesão, um bem imóvel é tudo o que o homem

incorpora permanentemente ao solo, como uma construção ou edificação, de modo que não se

possa retirar sem destruição ou dano.

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O fato gerador ainda possui dois elementos, o elemento espacial é o território urbano

do Município e elemento temporal é o momento de apuração, ou seja, anual.

Para Sabbag (2011), a base de cálculo do IPTU será o valor de mercado do imóvel,

sem contar os bens móveis contidos no imóvel. A atualização do valor monetário da base de

cálculo não implica em aumento do tributo, podendo ser feita por meio de ato infralegal, no

entanto, quando atualizado, não poderá conter índices acima da correção monetária do

período, pois será considerada majoração e esta só será possível por meio de lei.

Assim, fica caracterizado que para a base de cálculo deste imposto, deve-se levar em

consideração o valor de mercado do imóvel atribuído para venda, desconsiderando os bens

que nele estão agregados.

1.2.3.3 Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens e Imóveis – ITBI

O Imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis e de direitos reais sobre

imóveis era, até a Constituição de 1988, de competência estadual. A partir de então, passou a

ser municipal (SABBAG, 2011).

O ITBI incide sobre os bens imóveis por natureza, imóveis que se formaram pela

natureza; bens imóveis por acessão física, tudo o que o homem incorporar ao solo;

direitos reais sobre bens imóveis, rendas expressamente constituídas sobre os

imóveis; e cessão de direitos, acordo entre cedente de cessionário. O sujeito passivo

deste imposto é qualquer uma das partes de transmissão de bem imóvel, ou seja,

tanto o transmitente quanto o adquirente, mas geralmente é o adquirente (SABBAG,

2011, p. 999).

O ITBI tem sua base de cálculo no preço de venda atribuído em condições normais de

mercado dos bens imóveis transmitidos ou direitos reais cedidos. Sendo assim, suas alíquotas

são estabelecidas em lei municipal, com percentagem única sobre as bases de cálculo.

1.3 SIMPLES NACIONAL

O Simples Nacional, enquanto regime tributário, pode ser definido como “um regime

compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas

e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de

2006” (RECEITA FEDERAL, 2015).

O Simples Nacional aparece no cenário nacional apenas em dois mil e sete (2007),

idealizado pelo governo federal com o intuito de contemplar empresas de pequeno porte que

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se viam incomodadas com pagamentos de vários tributos em várias datas diferentes. Com o

surgimento do simples nacional, ou super simples, teve início o documento de arrecadação do

simples nacional (DAS), que possibilitou, de forma uniforme, o pagamento de tributos em

datas iguais que seriam distribuídos de forma própria para cada esfera do país.

A finalidade do Simples Nacional é a de simplificar a burocracia e as rotinas e

obrigações mensais das empresas. Além de uma carga tributária reduzida e unificada, que

sempre foi uma das grandes reclamações das empresas, este sistema de tributação incorporou

vários tributos a serem pagos em varias datas diferentes e os tributos passaram a ser pagos

todos em uma única data, facilitando assim o controle do pagamento.

Conforme indica a Receita Federal do Brasil, para enquadramento no simples

nacional a empresa deve, obrigatoriamente, ser uma microempresa (ME) ou uma empresa de

pequeno porte (EPP). Até o ano de 2011 entendia-se como ME as empresas que tivessem

faturamento anual de até R$ 240.000,00 e EPP as que atingissem faturamento maior que R$

240.000,00 e igual ou menor a R$ 2.400.000,00. Para o eventual caso da empresa entrar no

regime no mesmo ano calendário de início de suas atividades, deve-se fazer o cálculo

proporcional, de maneira a auferir o valor de R$ 20.000,00 e R$ 200.000,00 para ME e EPP,

respectivamente, multiplicados pelos meses decorrentes do início da atividade até o final do

ano calendário.

Ainda sobre a mesma ótica citada acima, a partir do ano de 2012, para fins de

definição do simples nacional, ficou acordado que seria considerado como ME a empresa que

tivesse faturamento anual de ate R$ 360.000,00 e EPP empresas que ultrapassem o valor de

R$ 360.000,00 e seja menor ou igual a R$ 3.600.000,00. Para cálculo de proporcionalidade,

será considerado para ME e EPP, respectivamente, o valor de R$ 30.000,00 e R$ 300.000,00

multiplicados pela quantidade de meses entre o início das atividades e o fim do ano calendário

(RECEITA FEDERAL, 2015).

Para uma empresa optar pelo simples nacional é necessário acessar o portal do

simples nacional, para ser feito o pedido de adesão. O período vigente para inscrição é durante

o mês de janeiro, sendo válido até o ultimo dia útil, contudo existe a opção de se fazer um

agendamento para o simples, cujo sistema dará as primeiras instruções para o ingresso, para o

eventual caso de falta de documentos, podendo assim o solicitante regularizar sua situação

antes do prazo de janeiro. O agendamento estará disponível entre o primeiro dia útil de

novembro e o penúltimo dia útil de dezembro, entendido que o agendamento não conta como

o devido pedido, sendo este feito em janeiro. Até o encerramento para o prazo de admissão, a

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pessoa jurídica poderá regularizar sua situação ou cancelar seu pedido, caso já não tiver sido

deferido (CENOFISCO, 2014).

Seguindo a ideologia citada pelo CENOFISCO, o cálculo dos tributos é realizado

utilizando o faturamento e aplicando a devida alíquota sobre o mesmo. A Resolução CGSN nº

94/11 destinou cinco tabelas (anexos I a V) divididas por forma de atividade da empresa em

são apresentadas as alíquotas totais para cálculo, juntamente com o destacamento de cada um

dos tributos a serem pagos. A partir do ano de dois mil e quinze (2015), houve a inserção do

anexo VI para empresas como medicina, laboratoriais e de enfermagem, além de medicina

veterinária, odontologia; psicologia, psicanálise, fonoaudiologia e clínicas de nutrição,

arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, desenho e agronomia;

representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de

terceiros. Percebe-se que muitas empresas passaram a ser tributadas pelo simples nacional,

contudo, antes do surgimento desse anexo, essas empresas e várias outras não citadas tinham

de ser tributadas através do lucro presumido.

FIGURA 01 – Tabela Anexo I, referente a Comercio.

Receita Bruta em 12 meses

(em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS

Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%

De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%

De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%

De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%

De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45%

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De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%

Fonte: Cenofisco (2014)

A tabela acima se refere à área do comércio, visto que a empresa a ser utilizada para

este trabalho é uma loja de materiais de construção e essa está inserida nesse anexo referente

ao comercio e varejo, conforme detalharemos a seguir.

1.4 LUCRO PRESUMIDO

Segundo o SEBRAE (2015) o Lucro Presumido é uma forma tributaria para uma

determinação mais clara e simplificada do cálculo base do imposto de renda (IR) e da

contribuição social sobre o lucro (CSLL) das pessoas jurídicas que não estiverem cadastradas

no simples e nem com apuração no lucro real e conforme analisa o serviço “[...] No lucro

presumido a apuração tanto do imposto de renda como da contribuição social é efetuado em

períodos trimestral, encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de

dezembro [...]”.

O lucro presumido será o montante determinado pela aplicação de porcentuais

variáveis, conforme o ramo de atividade da pessoa jurídica sobre a receita bruta auferidas em cada trimestre do ano calendário, já referidos no calculo do IRPJ por

estimativa [...] exceto as instituição financeiras, seguradoras, entidades de

previdência privada e as empresas de factoring que estão obrigadas à apuração do

imposto com base no lucro real. (OLIVEIRA, 2009, p. 110).

Segundo Oliveira (2009) a empresa que pagar a primeira DARF de maneira

específica, manifesta-se optante pelo regime do Lucro Presumido e deverá manter, segundo o

autor:

Escrituração contábil nos termos da legislação comercial; Livros Registros de Investimentos, no qual deverão constar registrados os estoques existentes no termino

do ano calendário; Em boa guarda de ordem, enquanto não tiver decorrido o prazo

decadencial e não forem prescritas as eventuais ações que lhe sejam pertinentes,

todos os livros de escrituração obrigatórios por legislação fiscal especial, bem como

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documentos e demais papeis que servirem de base para escrituração comercial e

fiscal.

As empresas que poderão optar pelo lucro presumido segundo o que avalia o

SEBRAE (2013) são:

a) cuja receita bruta total tenha sido igual ou inferior a R$48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), no ano-calendário anterior, ou a R$4.000.000,00 (quatro

milhões de reais) multiplicado pelo número de meses em atividade no ano-

calendário anterior, e

b) que não estejam obrigadas à tributação pelo lucro real em função da atividade

exercida ou da sua constituição societária ou natureza jurídica.

As empresas que poderão optar pelo lucro presumido deverão estar sempre atentas às

legislações, pois, como já citado, há constantes modificações. Até o ano de 2015, muitas

empresas de prestações de serviço tinham de ser tributadas pelo lucro presumido e hoje, com

as mudanças ocorridas, muitas já podem ser tributadas pelo simples nacional.

Há empresas que ficam vedadas de inclusão no lucro presumindo e, dessa forma,

ficam por ser inclusas no lucro real, as vedações ao lucro presumido segundo o que informa o

SEBRAE (2015) são:

a) cuja receita total no ano anterior tenha sido superior a R$ 48.000.000,00.

b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de

desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e

investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos e

valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito,

empresas de seguro privado e de capitalização e entidades de previdência privada

aberta;

c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

d) que, autorizadas pela legislação tributária, queiram usufruir de benefícios fiscais

relativos à isenção ou redução do imposto de renda;

e) que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado o recolhimento mensal com

base em estimativa; f) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de

assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,

administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios

resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

As vedações não variam com tanta frequência, mas como em toda regra há uma

exceção, cabe ao profissional ficar a tento as brechas que existem na legislação, que sejam

legais, para que o cliente possa pagar menos tributos.

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1.5 LUCRO REAL

O lucro real é o lucro líquido do exercício, entretanto, este regime tributário tem base

no faturamento mensal ou trimestral da empresa e incide apenas sobre seu lucro efetivo, ou

seja, não há a possibilidade de pagamento maior ou menor do que é devido. Trata-se de um

tributo que se serve de regra para apuração do (IR) conforme consta no Portal Tributário

(2015):

O lucro Real é a regra geral para a apuração do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica.

Ao mesmo tempo em que é o “regime geral” também é o mais complexo.

Neste regime, o imposto de renda é determinado a partir do lucro contábil, apurado

pela pessoa jurídica, acrescido de ajustes (positivos e negativos) requeridos pela

legislação fiscal, conforme esquema a seguir:

Lucro (Prejuízo) Contábil

(+) Ajustes fiscais positivos (adições)

(-) Ajustes fiscais negativos (exclusões)

(=) Lucro Real ou Prejuízo Fiscal do período.

Ainda segundo enfoque do Portal Tributário (2014) incidem sobre esse regime

tributário dois tributos: o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, IRPJ, cuja alíquota é de 15%,

e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido, CSLL, cuja e alíquota varia entre 9% a 12%.

Em casos em que não houver lucro no período não haverá incidência sobre esses dois

impostos, no entanto o PIS e a COFINS são cumulativos, incidindo sobre o resultado entre a

soma dos créditos menos os débitos, ou seja, o resultado do período e quem vai mostrar o

saldo do imposto a ser pago.

O período de apuração do Imposto de Renda das pessoas físicas sobre o Lucro Real

poderá ser dividido em trimestres, encerrando as apurações no dia 30/31 de cada mês que

corresponde ao final de cada trimestre, ou seja, Março, Junho, Setembro e Dezembro e o

recolhimento se dá por estimativa mensal, assim como a apuração, no final do ano.

A base de cálculo é estabelecida sobre o Lucro Real, segundo a lei vigente na data da

ocorrência do fato gerador. Como regra geral, incluem-se na base de cálculo todos os ganhos

e rendimentos de capital, indiferente da sua origem de natureza, denominação ou da existência

do título ou contrato escrito (PORTAL TRIBUTARIO, 2015).

Segundo a Receita Federal do Brasil (2014), estão obrigadas ao regime de tributação

com base no lucro real, as pessoa jurídicas que:

a) cuja receita total, ou seja, o somatório da receita bruta mensal, das demais

receitas e ganhos de capital, dos ganhos líquidos obtidos em operações realizadas

nos mercados de renda variável e dos rendimentos nominais produzidos por aplicações financeiras de renda fixa, da parcela das receitas auferidas nas

exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida que

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exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma da IN SRF nº

38, de 1997, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de R$78.000.000,00

(setenta e oito milhões de reais), ou de R$2.000.000,00 (dois milhões de reais)

multiplicado pelo número de meses do período, quando inferior a doze meses; b)

cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de

desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e

investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos,

valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários,

empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros

privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; c) que tiverem

lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; d) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos

à isenção ou redução do imposto; e) que, no decorrer do ano-calendário, tenham

efetuado pagamento mensal do imposto de renda, determinado sobre a base de

cálculo estimada, na forma do art. 2º da Lei nº 9.430, de 1996; f) que explorem as

atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,

mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e

a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou

de prestação de serviços ( factoring).

De modo geral, as empresas inseridas no lucro real são empresas muito grandes e

com enorme faturamento e capacidade de investimentos, as quais têm suas ações em bolsas

onde as transações não ficam restritas somente ao Brasil, mais ao mercado internacional, ou

seja, empresas que tenham proporções mundiais e que tenham transações no comercio

exterior.

Ao optar pelo Lucro Real, o empreendedor deve estar ciente em assumir uma

obrigatoriedade de escrituração comercial e fiscal rigorosa e adequada, propiciando uma

melhor organização na empresa para estar sempre a par do seu estado financeiro real.

Um aspecto importante que pode ser observado a respeito desse regime tributário é

que as empresas em que há variações de lucro no decorrer do ano podem ser prejudicadas,

pois podem estar pagando mais tributos e obtendo menos lucro.

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2 METODOLOGIA

A metodologia de um trabalho científico consiste na descrição técnica dos passos e

procedimentos metodológicos que foram seguidos para o desenvolvimento do trabalho, ou

seja, os melhores métodos praticados em determinada área para a produção do conhecimento

(DEMO, 1987).

Neste item, pretende-se mostrar a forma e os métodos utilizados para se chegar ao

resultado final desta pesquisa, os quais permitiram a construção do conhecimento e as análises

aqui apresentadas.

2.1.OBJETIVOS

Este trabalho teve por objetivo levantar dados junto à empresa em estudo que

pudessem ser úteis analisar questões pertinentes ao planejamento tributário de uma empresa.

Nesse processo, utilizou-se de duas formas de pesquisas: a pesquisa descritiva e a pesquisa

exploratória, com as quais foi possível articular conhecimento teórico e aos dados coletados.

Esta pesquisa é descritiva no sentido de que descreve algumas características da

empresa e avalia as variáveis que estão relacionadas à continuidade e bem estar da empresa

(GIL, 2010). A descrição forneceu dados importantes informações que contribuíram para a

leitura de uma realidade já conhecida, mas que precisa ser mais aprofundada. Também possui

um caráter exploratório por sua própria natureza, que envolve levantamentos bibliográficos,

entrevistas com pessoas que tiveram e tem conhecimento na área a fim do trabalho, visando à

partilha de informações que possam contribuir com o conhecimento. O trabalho executado e

essa pesquisa, na maioria das vezes, assumiu a forma de estudo de caso ou pesquisa

bibliográfica (GIL, 2010).

Dois teóricos foram de grande importância para o desenvolvimento da pesquisa,

Oliveira e Sabbag. O primeiro, com seu método contemporâneo, atualizado e de fácil

entendimento, proporcionou conhecimento e profundas reflexões na área de contabilidade

tributária, e Sabbag tem formação em direito e nos proporcionou reflexões no âmbito do

direito tributário, demonstrando a clareza dos assuntos, as razões das obrigações de

pagamentos e tributos de toda natureza, favorecendo a busca por respostas pertinentes a esta

pesquisa.

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2.2 PROCEDIMENTOS DE COLETAS E AS FONTES DE INFORMAÇÕES

O procedimento a ser utilizado nesse trabalho é o estudo de caso, através de dois

procedimentos de pesquisa auxiliares que foram, respectivamente, a pesquisa bibliográfica e a

pesquisa documental.

O estudo de caso “consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos,

de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível

mediante outros delineamentos já considerado” (GIL, 2010, p.37). Conforme o autor, o estudo

de caso é importante, pois não se limita a proporcionar informações exatas, mas sim uma

visão do todo, para que se possa chegar a determinados problemas apontar possíveis soluções

que também não são dadas como as melhores, mas que, ao menos, proporcionam a detecção

de problemas e a busca pela resolução. Diante do exposto, fica clara a importância do estudo

de caso e também a flexibilidade, pois o mesmo pode avaliar exaustivamente uma informação

como, ao mesmo tempo, pode averiguar muitas outras.

A pesquisa bibliográfica é aquela realizada em cima de fontes já escritas e publicadas

e que são utilizadas para quase todo tipo de trabalho acadêmico, pois se propõem a apresentar

diversas formas e posições acerca de um problema. Segundo Gil (2010, p. 30), “em algumas

áreas do conhecimento, a maioria das pesquisas é realizada com base principalmente em

material obtido em fontes bibliográficas.” Isso revela a lógica deste tipo de pesquisa que é a

de inteirar o pesquisador sobre fatos já estudados e apurados:

A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao

investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que

aquela que poderia pesquisar diretamente. Essa vantagem torna-se particularmente

importante quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo

espaço (GIL, 2010, p.30).

A pesquisa documental pode ser definida como “aquela realizada a partir de

documentos, contemporâneos ou retrospectivos, considerados cientificamente autênticos (não

fraudados)” (PÁDUA, 2000, p.65). Ou seja, documentos como declarações, contratos,

balanços, e relatórios pelos quais esta pesquisa buscou junto à empresa e que serão utilizados

para análise da problemática proposta.

Segundo Gil (2010, p. 31) “a modalidade mais comum de documentos é a constituídas

por um texto escrito em papel, mas estão se tornando cada vez mais frequente os documentos

eletrônicos, disponíveis sob os mais diversos formatos.” Isso evidencia o uso da tecnologia

como um recurso inteligente e importante para todo e qualquer trabalho.

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Conforme Gil (2010), as pesquisas documentais e bibliográficas são muito parecidas,

pois todas se fundamentam em dados já existentes, embora “a pesquisa documental vale-se de

toda sorte de documentos, elaborados com finalidades diversas, tais como assentamento,

autorização, comunicação etc.” (GIL, 2010, p.30). Por isso toda informação, seja ela escrita,

verbal ou em forma de rascunho, desde que seja real e contribua para a pesquisa, é valida,

embora seja importante frisar que é preciso que seja real, pois o risco de fraude é iminente.

2.3 A NATUREZA DOS DADOS

Neste trabalho os dados empregados são de natureza quantitativa e qualitativa, posto

que uma contribui com a outra levando a um melhor resultado a pesquisa. Segundo Barros

(1990, p. 88) “análise qualitativa: são os estudos nos quais os dados são apresentados de

forma verbal ou oral ou em forma de discursos. Para estes dados, a análise pode se compor de

etapas”. Essa análise de dados nesse modelo é mais profunda e não segue padrões únicos de

pesquisa, pois se utiliza de vários métodos e formas ate chegar ao resultado.

Portanto, “análises quantitativas são muito usadas nas ciências exatas e da natureza.

Possuem um arsenal de procedimentos quantitativos e estatísticos já legitimados quanto a sua

precisão e validade cientifica” (BARROS, 1990, p.89). Fica claro, então, que para se

demonstrar tal análise, foi necessário o uso de vários artifícios e ferramentas.

Esse modelo de pesquisa se centra na objetividade do problema, que seria o

recolhimento de um material bruto (Informações, relatórios, registros, documentos) para a

lapidação de informações necessárias para, no final chegar à solução do problema, a qual

pode ser apresentada em forma de dados/números.

A descrição técnica dos passos e procedimentos metodológicos que foram seguidos

para o desenvolvimento do trabalho revela uma “uma preocupação instrumental. Trata das

formas de se fazer ciência. Cuida dos procedimentos, das ferramentas, dos caminhos.”

(DEMO, 1987, p. 97).

O resultado final encontrado então se deu de forma quantitativa, ou seja, o resultado

será encontrado através de números, sendo este utilizado para a tomada de decisão da empresa

pelo seu regime tributário.

Os dados foram coletados em uma empresa no ramo de materiais de construção, que é

uma empresa exemplo no município no ramo em que a mesma se inclui, o qual, no atual

cenário econômico, é um dos ramos que menos sofreu alterações. Os períodos que foram

pesquisados se referem ao ano de 2013 quando a empresa se utiliza muito de venda de

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materiais de construção pelo plano de financiamento do programa Minha casa minha vida do

governo federal, e esse período, de acordo com os empresários, foi o de maior venda no ramo.

A avaliação desse período tem o objetivo de averiguar a incidência de tributos e

principalmente se a empresa está inclusa no regime correto de recolhimento de tributos. Esses

dados serão apresentados em gráficos para apresentar isso de forma real e concreta aos

empresários.

As coletas de dados e de materiais para o trabalho foram realizadas no escritório de

contabilidade e na empresa; também foram utilizados breves relatos do administrador. Os

métodos utilizados no trabalho foram os mesmo métodos utilizados pela contabilidade, onde

foi possível pesquisar documentos contábeis obtidos através de autorização da empresa para

averiguação de tributos.

Espera-se com este trabalho criar um espaço de reflexão sobre a importância de um

bom planejamento tributário para toda e qualquer empresa, indiferente de seu ramo e, em

especial, para a empresa em estudo, visando obter êxito e buscar implantar em sua planta o

planejamento tributário, que certamente colocará a mesma em um caminho de sucesso e

continuidade de suas atividades.

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3 ESTUDO DE CASO

Neste capítulo, serão apresentados os dados obtidos na empresa do ramo de materiais

de construção referentes ao ano de 2013 (Dois Mil e Treze), dados esses que serão aplicados

em cálculos nos três regimes tributários (Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real),

visando verificar com qual planejamento tributário a empresa do ramo de materiais de

construção pode obter possíveis reduções de pagamento de tributos.

3.1 HISTORICO DA EMPRESA

A empresa em questão se situa no município de Ouro Verde do Oeste, estado do

Paraná, e no período da pesquisa a empresa tinha como principal finalidade o comércio

varejista de materiais para construção. Iniciou suas atividades com inscrição no CNPJ no dia

10 de janeiro do ano de 1999 com prazo de duração é por tempo indeterminado. À época, seu

foco não era o comércio e sim a atividade de confecção de roupas, como, entretanto não teve

muito êxito, já no ano de 2001 sofreu uma alteração contratual e de atividade na qual atua até

hoje.

A empresa possui um capital social de R$ 30.000,00 (Trinta Mil Reais), dividido em

30.000 (Trinta Mil) quotas de valor nominal de R$ 1,00 (Um Real) cada uma, e conta com

dois sócios no momento, o sócio A possui 90% das quotas, ou seja, R$27.000,00 (Vinte e

Sete Mil Reais) do capital da empresa e o sócio B possui 10% das quotas totalizando R$

3.000,00 (Três Mil Reais). A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas,

mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital.

Em conversas informais com o administrador da empresam, percebeu-se que no início

da empresa, no ano de 2001, o principal objetivo era se consolidar no mercado, visto que o

cenário era um pouco complicado, pois o setor da construção não apresentava grande

desenvolvimento econômico no município e na região não se mostrava propício a um

crescimento em curto prazo. Nessa mesma época, a empresa não tinha muitos funcionários,

visto que a economia e o momento não eram dos melhores. Mas devido a uma administração

de qualidade, fez-se uma análise de mercado bastante detalhada e os administradores

perceberão que esse cenário estava prestes a mudar, com isso, prepararam-se para essa

mudança, que foram tantas e tão perceptíveis pelos administradores que hoje, com o frenético

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movimento do mercado da construção, a empresa quase triplicou o número de funcionários

com relação ao do início de suas atividades.

Isto aconteceu no ano de 2009 com o lançamento do Programa Minha Casa Minha

Vida1 do Governo Federal e com o alto índice de crescimento populacional, o comercio de

materiais para construção deu um salto, que se tornou ainda maior durante os anos

subsequentes com as melhorias e aperfeiçoamento do programa e o fato da empresa agregar

serviços com parceria com a Caixa Econômica Federal, principal fornecedora de crédito para

o financiamento do referido programa.

No período da pesquisa, a empresa não apenas conseguiu consolidar seu primeiro

objetivo, mas também se superou em diversos aspectos, objetivando cada vez mais melhorias

para poder fornecer produtos com qualidade e a preços competitivos iguais ou até menores

comparados com outras cidades consideradas maiores, movimentando assim a economia do

município e também obtendo maiores rendimentos.

A empresa referida é optante do Simples Nacional desde o ano de 2007, que “é um

regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar n° 123, de 14 de

Dezembro de 2006” (RECEITA FEDERAL, 2015), um regime para empresas que não tenham

um faturamento anual superior ao de R$ 3.600.000,00.

3.2 APURAÇÃO DOS IMPOSTOS A SEREM ARECADADOS NO REGIME DO

SIMPLES NACIONAL, LUCRO PRESUMIDO E LUCRO REAL

Nesse tópico o principal objetivo é realizar os cálculos dos três regimes de tributação

citados, verificando efetivamente qual o mais apropriado desses para a empresa analisada e

verificar, ainda, se a mesma se enquadrada no regime adequado ou se, através de cálculos,

pode-se perceber a necessidade de mudança de regime.

1 O Programa Minha Casa Minha Vida é um programa idealizado pelo Governo Federal a partis de 2009 para

promover o acesso a moradia a pessoas de baixa renda ou então com renda de ate Mil e Seiscentos Reais e para

facilitar as famílias com renda de ate 5mil a aquisição de seu imóvel seja ele casa ou apartamento.

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3.2.1 Apuração do Simples Nacional

Nesse tópico serão apresentados os quadros com as devidas apurações dos tributos

como IRPJ, CSLL, COFINS, PIS/PASEP, CPP, ICMS que compõem a DAS (Documentação

de Arrecadação do Simples Nacional) e demonstrar, também, a faixa de faturamento e as

alíquotas usadas para se chegarem a tais resultados no final do tópico.

A empresa de comércio de materiais de construção no ano de estudo (2013) está

operando no regime do Simples Nacional que é um regime “compartilhado de arrecadação,

cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte,

previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006” (RECEITA FEDERAL,

2015x). Esse regime permite que empresas com faturamento de ate R$ 3.600.000,00 (três

milhões e seiscentos mil) reais anuais tributem de forma agregada e de forma mais simples do

que nos outros regimes.

Os cálculos para a empresa de comércio de materiais para construção têm por base a

tabela do comércio deste regime de tributação, que tem o nome dado como Anexo I, a base de

cálculo para se chegar aos tributos devidos vai ser determinada mediante aplicação dessa

tabela (Anexo I), para determinação das alíquotas; é necessário o faturamento dos últimos 12

meses anteriores (do ano de 2012) obtidos junto à empresa, para, assim, calcular a receita

bruta obtida no mês que incidirá na alíquota determinada.

As empresas de comércio, indústria, e transportes inseridas no Simples Nacional

possuem um percentual estabelecido no Paraná pela Receita Estadual do Paraná que as

autoriza a fazer a redução de sua base de cálculo do ICMS conforme a faixa de faturamento

em que se enquadra. A seguir, apresenta-se a tabela que faz referências as alíquotas, conforme

o faturamento dos últimos 12 meses do comercio.

FIGURA 02 – Tabela Anexo I, referente a Comercio.

Receita Bruta em 12 meses

(em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS

Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%

De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%

De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%

De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%

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De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%

Fonte: Cenofisco (2014)

Abaixo, o quadro 03 faz menção ao valor de redução de ICMS, conforme estabelecido

pela Receita Estadual do Paraná, que autoriza a empresa a fazer a redução de sua base cálculo

do ICMS conforme a faixa de faturamento em que se enquadra.

QUADRO 3: Percentual de Redução da Base de Cálculo do ICMS nas Empresas do Estado

do Paraná conforme Decreto PR 3822

COLUNA 1 COLUNA 2 COLUNA 3

Receita Bruta em 12

meses (em R$)

Percentual de ICMS

na LC n. 123/2006

Percentual de ICMS

a ser observado

pelas empresas

optantes do Simples

Nacional no Estado

do Paraná

Percentual de

redução a ser

informado no

PGDAS

Até 180.000,00 1,25% isenção Informar isenção

De 180.000,01 a

360.000,00

1,86% isenção Informar isenção

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De 360.000,01 a

540.000,00

2,33% 0,67% 71,24%

De 540.000,01 a

720.000,00

2,56% 1,07% 58,20%

De 720.000,01 a

900.000,00

2,58% 1,33% 48,45%

De 900.000,01 a

1.080.000,00

2,82% 1,52% 46,10%

De 1.080.000,01 a

1.260.000,00

2,84% 1,83% 35,56%

De 1.260.000,01 a

1.440.000,00

2,87% 2,07% 27,87%

De 1.440.000,01 a

1.620.000,00

3,07% 2,27% 26,06%

De 1.620.000,01 a

1.800.000,00

3,10% 2,42% 21,94%

De 1.800.000,01 a

1.980.000,00

3,38% 2,56% 24,26%

De 1.980.000,01 a

2.160.000,00

3,41% 2,67% 21,70%

De 2.160.000,01 a

2.340.000,00

3,45% 2,76% 20,00%

De 2.340.000,01 a

2.520.000,00

3,48% 2,84% 18,39%

De 2.520.000,01 a

2.700.000,00

3,51% 2,92% 16,81%

De 2.700.000,01 a

2.880.000,00

3,82% 3,06% 19,90%

De 2.880.000,01 a

3.060.000,00

3,85% 3,19% 17,14%

De 3.060.000,01 a

3.240.000,00

3,88% 3,30% 14,95%

De 3.240.000,01 a

3.420.000,00

3,91% 3,40% 13,04%

De 3.420.000,01 a

3.600.000,00

3,95% 3,50% 11,39%

Fonte: http://www.sefanet.pr.gov.br/dados/sefadocumentos/2201203822.pdf e configurações dos autores (2015).

Em seguida, apresenta-se o quadro 04, com os valores auferidos e apurados do

faturamento da empresa conforme os últimos 12 meses para saber o acumulado dos 12 meses

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e a faixa de faturamento mensal da empresa e identificar as alíquotas certas para usar no

Anexo I e na tabela de isenção de ICMS, com a qual é possível e chegar ao valor da DAS.

QUADRO 4: Faturamento acumulado mensal dos últimos 12 meses.

Meses Faturamento 2012 Faturamento 2013 Acumulado 12 Mêses Faixa de Faturamento

Janeiro R$ 98.554,15 R$ 144.054,96 R$ 1.792.153,03 1.620.000,01 a 1.800.000,00

Fevereiro R$ 138.089,82 R$ 145.914,08 R$ 1.837.653,84 1.800.000,01 a 1.980.000,00

Março R$ 168.203,77 R$ 167.461,68 R$ 1.845.478,10 1.800.000,01 a 1.980.000,00

Abril R$ 143.546,21 R$ 170.917,99 R$ 1.844.736,01 1.800.000,01 a 1.980.000,00

Maio R$ 141.552,08 R$ 181.244,79 R$ 1.872.107,79 1.800.000,01 a 1.980.000,00

Junho R$ 144.919,54 R$ 179.224,50 R$ 1.906.412,75 1.800.000,01 a 1.980.000,00

Julho R$ 142.891,51 R$ 184.570,09 R$ 1.948.091,33 1.800.000,01 a 1.980.000,00

Agosto R$ 141.174,10 R$ 194.481,01 R$ 2.001.398,24 1.980.000,01 a 2.160.000,00

Setembro R$ 148.042,86 R$ 200.700,10 R$ 2.054.705,15 1.980.000,01 a 2.160.000,00

Outubro R$ 165.514,21 R$ 186.069,78 R$ 2.107.362,39 1.980.000,01 a 2.160.000,00

Novembro R$ 175.236,03 R$ 173.641,28 R$ 2.127.917,96 1.980.000,01 a 2.160.000,00

Dezembro R$ 184.428,75 R$ 221.989,88 R$ 2.126.323,21 1.980.000,01 a 2.160.000,00

Total R$ 1.792.153,03 R$ 2.150.270,14 - -

Faturamento acumulado mensal dos ultimos 12 meses

Fonte: Autores do Trabalho (2015).

Diante do quadro, vê-se que em janeiro a empresa tem um faturamento na faixa de

1.620.000,01 a 1.800.000,00, e de fevereiro ate julho numa faixa de faturamento de

1.800.000,01 a 1.980.000,00 já a partir de agosto ate o mês de dezembro, este faturamento

fica na faixa de 1.980.000,01 a 2.160.000,00.

Os quadros 05 e 06 mostram o valor do imposto a recolher após a aplicação das

alíquotas, conforme o Anexo I, referente às vendas de mercadorias na atividade do comércio.

MÊS FATURAMENTO IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS TOTAL

JANEIRO R$ 87.245,09 R$ 375,15 R$ 375,15 R$ 1.099,29 R$ 261,74 R$ 3.140,82 R$ 2.111,33 R$ 7.363,49

FEVEREIRO R$ 81.102,47 R$ 373,07 R$ 373,07 R$ 1.119,21 R$ 267,64 R$ 3.195,44 R$ 2.076,22 R$ 7.404,66

MARÇO R$ 83.081,74 R$ 382,18 R$ 382,18 R$ 1.146,53 R$ 274,17 R$ 3.273,42 R$ 2.126,89 R$ 7.585,36

ABRIL R$ 75.387,60 R$ 346,78 R$ 346,78 R$ 1.040,35 R$ 248,78 R$ 2.970,27 R$ 1.929,92 R$ 6.882,89

MAIO R$ 85.303,02 R$ 392,39 R$ 392,39 R$ 1.177,18 R$ 281,50 R$ 3.360,94 R$ 2.183,76 R$ 7.788,17

JUNHO R$ 78.134,23 R$ 359,42 R$ 359,42 R$ 1.078,25 R$ 257,84 R$ 3.078,49 R$ 2.000,24 R$ 7.133,66

JULHO R$ 87.787,02 R$ 403,82 R$ 403,82 R$ 1.211,46 R$ 289,70 R$ 3.458,81 R$ 2.247,35 R$ 8.014,95

AGOSTO R$ 106.497,65 R$ 489,89 R$ 489,89 R$ 1.480,32 R$ 351,44 R$ 4.249,26 R$ 2.843,49 R$ 9.904,28

SETEMBRO R$ 91.245,37 R$ 419,73 R$ 419,73 R$ 1.268,31 R$ 301,11 R$ 3.640,69 R$ 2.436,25 R$ 8.485,82

OUTUBRO R$ 86.287,00 R$ 396,92 R$ 396,92 R$ 1.199,39 R$ 284,75 R$ 3.442,85 R$ 2.303,86 R$ 8.024,69

NOVEMBRO R$ 69.128,73 R$ 317,99 R$ 317,99 R$ 960,89 R$ 228,12 R$ 2.758,24 R$ 1.845,74 R$ 6.428,97

DEZEMBRO R$ 92.021,25 R$ 423,30 R$ 423,30 R$ 1.279,10 R$ 303,67 R$ 3.671,65 R$ 2.456,97 R$ 8.557,98

TOTAL R$ 1.023.221,17 R$ 4.680,64 R$ 4.680,64 R$ 14.060,28 R$ 3.350,46 R$ 40.240,87 R$ 26.562,02 R$ 93.574,91

QUADRO 5: Tributos Incidentes sobre a Receita com Venda de Mercadorias Sem Substituição Tributária com Base no

Simples Nacional

Fonte: Autores do Trabalho (2015).

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O quadro acima se diferencia do quadro 06, logo abaixo na questão da substituição

tributária. No anterior não há substituição tributaria e no quadro abaixo, aplica-se a

substituição tributaria, que é a alíquota zerada do ICMS, pois este não é obrigação tributaria

da empresa, uma vez que já foi tributado por terceiro ou pela fabricante dos produtos

comercializados e não precisa voltar a sofrer nova tributação.

QUADRO 6: Tributos incidentes sobre a Receita com venda de mercadorias com substituição

tributária com base no Simples Nacional.

MÊS FATURAMENTO IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS TOTAL

JANEIRO R$ 56.809,87 R$ 244,28 R$ 244,28 R$ 715,80 R$ 170,43 R$ 2.045,16 R$ 0,00 R$ 3.419,95

FEVEREIRO R$ 64.811,61 R$ 298,13 R$ 298,13 R$ 894,40 R$ 213,88 R$ 2.553,58 R$ 0,00 R$ 4.258,12

MARÇO R$ 82.544,94 R$ 379,71 R$ 379,71 R$ 1.139,12 R$ 272,40 R$ 3.252,27 R$ 0,00 R$ 5.423,20

ABRIL R$ 95.530,39 R$ 439,44 R$ 439,44 R$ 1.318,32 R$ 315,25 R$ 3.763,90 R$ 0,00 R$ 6.276,35

MAIO R$ 95.941,77 R$ 441,33 R$ 441,33 R$ 1.324,00 R$ 316,61 R$ 3.780,11 R$ 0,00 R$ 6.303,37

JUNHO R$ 101.090,27 R$ 465,02 R$ 465,02 R$ 1.395,05 R$ 333,60 R$ 3.982,96 R$ 0,00 R$ 6.641,63

JULHO R$ 96.783,07 R$ 445,20 R$ 445,20 R$ 1.335,61 R$ 319,38 R$ 3.813,25 R$ 0,00 R$ 6.358,65

AGOSTO R$ 87.983,36 R$ 404,72 R$ 404,72 R$ 1.222,97 R$ 290,35 R$ 3.510,54 R$ 0,00 R$ 5.833,30

SETEMBRO R$ 109.454,73 R$ 503,49 R$ 503,49 R$ 1.521,42 R$ 361,20 R$ 4.367,24 R$ 0,00 R$ 7.256,85

OUTUBRO R$ 99.782,78 R$ 459,00 R$ 459,00 R$ 1.386,98 R$ 329,28 R$ 3.981,33 R$ 0,00 R$ 6.615,60

NOVEMBRO R$ 104.512,55 R$ 480,76 R$ 480,76 R$ 1.452,72 R$ 344,89 R$ 4.170,05 R$ 0,00 R$ 6.929,18

DEZEMBRO R$ 129.968,63 R$ 597,86 R$ 597,86 R$ 1.806,56 R$ 428,90 R$ 5.185,75 R$ 0,00 R$ 8.616,92

TOTAL R$ 1.125.213,97 R$ 5.158,94 R$ 5.158,94 R$ 15.512,95 R$ 3.696,16 R$ 44.406,13 R$ 0,00 R$ 73.933,12 Fonte: Autores do Trabalho (2015).

Na sequência, observa-se que o quadro 07 traz o valor da DAS após a apuração das

alíquotas, com substituição tributaria e sem tributação.

QUADRO 7: Total de Tributos Incidentes sobre a Receita com Venda de Mercadorias com

Base no Simples Nacional.

MÊS FATURAMENTO IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS TOTAL

JANEIRO R$ 144.054,96 R$ 619,44 R$ 619,44 R$ 1.815,09 R$ 432,16 R$ 5.185,98 R$ 2.111,33 R$ 10.783,44

FEVEREIRO R$ 145.914,08 R$ 671,20 R$ 671,20 R$ 2.013,61 R$ 481,52 R$ 5.749,01 R$ 2.076,22 R$ 11.662,78

MARÇO R$ 167.461,68 R$ 761,88 R$ 761,88 R$ 2.285,65 R$ 546,57 R$ 6.525,69 R$ 2.126,89 R$ 13.008,57

ABRIL R$ 170.917,99 R$ 786,22 R$ 786,22 R$ 2.358,67 R$ 564,03 R$ 6.734,17 R$ 1.929,92 R$ 13.159,23

MAIO R$ 181.244,79 R$ 833,73 R$ 833,73 R$ 2.501,18 R$ 598,11 R$ 7.141,04 R$ 2.183,76 R$ 14.091,54

JUNHO R$ 179.224,50 R$ 824,43 R$ 824,43 R$ 2.473,30 R$ 591,44 R$ 7.061,45 R$ 2.000,24 R$ 13.775,29

JULHO R$ 184.570,09 R$ 849,02 R$ 849,02 R$ 2.547,07 R$ 609,08 R$ 7.272,06 R$ 2.247,35 R$ 14.373,60

AGOSTO R$ 194.481,01 R$ 894,61 R$ 894,61 R$ 2.703,29 R$ 641,79 R$ 7.759,79 R$ 2.843,49 R$ 15.737,58

SETEMBRO R$ 200.700,10 R$ 923,22 R$ 923,22 R$ 2.789,73 R$ 662,31 R$ 8.007,93 R$ 2.436,25 R$ 15.742,67

OUTUBRO R$ 186.069,78 R$ 855,92 R$ 855,92 R$ 2.586,37 R$ 614,03 R$ 7.424,18 R$ 2.303,86 R$ 14.640,29

NOVEMBRO R$ 173.641,28 R$ 798,75 R$ 798,75 R$ 2.413,61 R$ 573,02 R$ 6.928,29 R$ 1.845,74 R$ 13.358,15

DEZEMBRO R$ 221.989,88 R$ 1.021,15 R$ 1.021,15 R$ 3.085,66 R$ 732,57 R$ 8.857,40 R$ 2.456,97 R$ 17.174,90

TOTAL R$ 2.150.270,14 R$ 9.839,59 R$ 9.839,59 R$ 29.573,23 R$ 7.046,62 R$ 84.647,00 R$ 26.562,02 R$ 167.508,03

QUADRO 7: Total deTributos Incidentes sobre a Receita com Venda de Mercadorias com Base no

Simples Nacional

Fonte: Autores do Trabalho (2015).

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Observando o quadro acima, fica claro que em janeiro a empresa pagou uma DAS de

R$10.783,44 em fevereiro de R$11.662,78 em março de R$13.008,57 em abril R$13.159,23

em maio R$14.091,54 em junho R$13.775,29 em julho R$14.373,60 em agosto R$15.737,58

em setembro R$15.742,67 em outubro R$14.640,29 em novembro R$13.358,15 e em

dezembro R$17.174,90, totalizando ao final de 12 meses um montante de R$167.508,03 pago

através da DAS.

QUADRO 8: Encargos com a Folha de Pagamento com Base no Simples Nacional

MÊS PRÓ LABORE SALARIOS E ORDENADOS PROV. FÉRIAS E 1/3 FÉRIAS PROV. 13° SALÁRIO FGTS TOTAL

JANEIRO R$ 2.550,44 R$ 8.728,80 R$ 242,47 R$ 727,40 R$ 775,89 R$ 13.025,00

FEVEREIRO R$ 9.472,83 R$ 263,13 R$ 789,40 R$ 842,03 R$ 11.367,40

MARÇO R$ 9.614,65 R$ 267,07 R$ 801,22 R$ 854,63 R$ 11.537,57

ABRIL R$ 9.599,70 R$ 266,66 R$ 799,98 R$ 853,31 R$ 11.519,64

MAIO R$ 10.942,07 R$ 303,95 R$ 911,84 R$ 972,63 R$ 13.130,49

JUNHO R$ 10.938,07 R$ 303,84 R$ 911,51 R$ 972,27 R$ 13.125,68

JULHO R$ 11.776,03 R$ 327,11 R$ 981,34 R$ 1.046,75 R$ 14.131,23

AGOSTO R$ 10.662,13 R$ 296,17 R$ 888,51 R$ 947,74 R$ 12.794,55

SETEMBRO R$ 9.836,05 R$ 273,22 R$ 819,67 R$ 874,31 R$ 11.803,25

OUTUBRO R$ 12.419,92 R$ 345,00 R$ 1.034,99 R$ 1.103,99 R$ 14.903,90

NOVEMBRO R$ 12.048,68 R$ 334,69 R$ 1.004,06 R$ 1.070,99 R$ 14.458,41

DEZEMBRO R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

TOTAL R$ 2.550,44 R$ 116.038,93 R$ 3.223,30 R$ 9.669,91 R$ 10.314,54 R$ 141.797,12 Fonte: Autores do Trabalho 2015

Acima se observa o quadro 8 que faz menção à quantia de tributos incidentes sobre a

folha de pagamento de uma empresa enquadra no Simples Nacional, regime no qual há

incidência de apenas 8%, referentes ao FGTS, não há incidência dos 20% referentes ao INSS

patronal, 5,8% referentes à contribuição a terceiros e 1%, 2% ou 3% referente ao Risco de

Acidente do Trabalho (RAT). A empresa não recolhe FGTS sobre o pró-labore, pois, é

facultativo. Para apuração do valor do FGTS dos funcionários, a base de cálculo é a soma dos

salários e ordenados, férias, 1/3 (um terço) de férias e 13º (décimo terceiro) salário, aplicados

à alíquota de 8%. Quanto à Contribuição Previdenciária Patronal (CPP), já há inclusão no

recolhimento da guia unificada do Simples Nacional. Ao final do ano, conforme o auferido, a

empresa terá pago um montante de R$141.797,12.

O quadro 09 abaixo apresentado, faz menção aos respectivos valores de cada tributo

apurado no regime do Simples Nacional, os quais foram auferidos e pagos conforme o ano de

realização do trabalho (2013).

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QUADRO 9 – Total de Tributos Incidentes no Regime do Simples Nacional.

MÊS FATURAMENTO IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP FGTS ICMS TOTAL

JANEIRO R$ 144.054,96 R$ 619,44 R$ 619,44 R$ 1.815,09 R$ 432,16 R$ 5.185,98 R$ 775,89 R$ 2.111,33 R$ 11.559,33

FEVEREIRO R$ 145.914,08 R$ 671,20 R$ 671,20 R$ 2.013,61 R$ 481,52 R$ 5.749,01 R$ 842,03 R$ 2.076,22 R$ 12.504,81

MARÇO R$ 167.461,68 R$ 761,88 R$ 761,88 R$ 2.285,65 R$ 546,57 R$ 6.525,69 R$ 854,63 R$ 2.126,89 R$ 13.863,20

ABRIL R$ 170.917,99 R$ 786,22 R$ 786,22 R$ 2.358,67 R$ 564,03 R$ 6.734,17 R$ 853,31 R$ 1.929,92 R$ 14.012,54

MAIO R$ 181.244,79 R$ 833,73 R$ 833,73 R$ 2.501,18 R$ 598,11 R$ 7.141,04 R$ 972,63 R$ 2.183,76 R$ 15.064,17

JUNHO R$ 179.224,50 R$ 824,43 R$ 824,43 R$ 2.473,30 R$ 591,44 R$ 7.061,45 R$ 972,27 R$ 2.000,24 R$ 14.747,56

JULHO R$ 184.570,09 R$ 849,02 R$ 849,02 R$ 2.547,07 R$ 609,08 R$ 7.272,06 R$ 1.046,75 R$ 2.247,35 R$ 15.420,35

AGOSTO R$ 194.481,01 R$ 894,61 R$ 894,61 R$ 2.703,29 R$ 641,79 R$ 7.759,79 R$ 947,74 R$ 2.843,49 R$ 16.685,32

SETEMBRO R$ 200.700,10 R$ 923,22 R$ 923,22 R$ 2.789,73 R$ 662,31 R$ 8.007,93 R$ 874,31 R$ 2.436,25 R$ 16.616,98

OUTUBRO R$ 186.069,78 R$ 855,92 R$ 855,92 R$ 2.586,37 R$ 614,03 R$ 7.424,18 R$ 1.103,99 R$ 2.303,86 R$ 15.744,28

NOVEMBRO R$ 173.641,28 R$ 798,75 R$ 798,75 R$ 2.413,61 R$ 573,02 R$ 6.928,29 R$ 1.070,99 R$ 1.845,74 R$ 14.429,14

DEZEMBRO R$ 221.989,88 R$ 1.021,15 R$ 1.021,15 R$ 3.085,66 R$ 732,57 R$ 8.857,40 R$ 0,00 R$ 2.456,97 R$ 17.174,90

TOTAL R$ 2.150.270,14 R$ 9.839,59 R$ 9.839,59 R$ 29.573,23 R$ 7.046,62 R$ 84.647,00 R$ 10.314,54 R$ 26.562,02 R$ 177.822,57 FONTE: Autores do trabalho (2015).

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No regime do Simples Nacional a empresa totalizou um montante a recolher de

tributos no valor de R$ 177.822,57 (Cento e setenta e sete mil, oitocentos e vinte e dois reais e

cinquenta e sete centavos). Sendo R$ 9.839,59 (Nove mil, oitocentos e trinta e nove reais e

cinquenta e nove centavos) referentes ao IRPJ e a CSLL, R$ 29.573,23 (Vinte e nove mil,

quinhentos e setenta e três reais e vinte e três centavos) referentes ao COFINS, R$ 7.046,62

(Sete mil, quarenta e seis reais e sessenta e dois centavos) referentes o PIS/PASEP, R$

84.647,00 (Oitenta e quatro mil seiscentos e quarenta e sete reais) referentes ao CPP, R$

10.314,54 (Dez mil, trezentos e quatorze reais e cinquenta e quatro centavos) referentes ao

FGTS, e por fim R$ 26.562,02 (Vinte e seis mil, quinhentos e sessenta e dois reais e dois

centavos) referentes ao ICMS.

O gráfico 01, a seguir, evidencia a porcentagem referente a cada tributo no Simples

Nacional, as quais foram apresentadas no quadro 09. O gráfico favorece visualizar melhor os

porcentuais diante do total de tributos pagos nesse regime.

GRÁFICO 1 – Representação de cada Tributo no Simples Nacional.

Fonte: Autores do Trabalho 2015

Em relação ao gráfico acima, observa-se que o CPP é o tributo mais oneroso para a

empresa, equivalendo 48% ( Quarenta e oito por cento) do valor total dos tributos, em

seguida vem a COFINS, representando 17% (Dezessete por cento), logo após vem o ICMS

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equivalendo á 15% (Quinze por cento) do valor total, adiante, o FGTS correspondendo a 6%

(Seis por cento) e em seguida vem o IRPJ e a CSLL representando cada um deles 5 % (Cinco

por cento). Por fim, o tributo que apresenta ser o menos oneroso para a empresa, o

PIS/PASEP, que equivale a apenas a 4% (Quatro por cento) do montante de tributos

referentes ao ano de 2013.

3.2.2 Apuração do Lucro Presumido

Neste tópico apresentaremos as alíquotas e os cálculos referentes ao regime de

tributação Lucro Presumido no ano de 2013. A empresa em questão não opera nesse regime,

mas o cálculo é necessário para ter certeza de que a empresa está enquadra no regime correto

ou se poderá sofrer uma mudança.

O quadro 10, a seguir, demonstra os valores a serem recolhidos de PIS e COFINS pela

empresa no regime do Lucro Presumido. Neste regime, os valores de PIS e COFINS são

cumulativos, não havendo compensação de débitos originados pelas vendas, nem créditos das

compras. Em relação ao faturamento mensal, são aplicadas as alíquotas de 0,65% (Zero

vírgula sessenta e cinco por cento) referente ao PIS e de 3% (Três por cento) referente à

COFINS.

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QUADRO 10: PIS/PASEP e COFINS com base no Lucro Presumido

MESES/2013

FATURAMENTO

MENSAL

PIS/PASEP

(0,65% )

COFINS

(3% )

JANEIRO R$ 144.054,96 R$ 936,36 R$ 4.321,65

FEVEREIRO R$ 145.914,08 R$ 948,44 R$ 4.377,42

MARÇO R$ 167.461,68 R$ 1.088,50 R$ 5.023,85

ABRIL R$ 170.917,99 R$ 1.110,97 R$ 5.127,54

MAIO R$ 181.244,79 R$ 1.178,09 R$ 5.437,34

JUNHO R$ 179.224,50 R$ 1.164,96 R$ 5.376,74

JULHO R$ 184.570,09 R$ 1.199,71 R$ 5.537,10

AGOSTO R$ 194.481,01 R$ 1.264,13 R$ 5.834,43

SETEMBRO R$ 200.700,10 R$ 1.304,55 R$ 6.021,00

OUTUBRO R$ 186.069,78 R$ 1.209,45 R$ 5.582,09

NOVEMBRO R$ 173.641,28 R$ 1.128,67 R$ 5.209,24

DEZEMBRO R$ 221.989,88 R$ 1.442,93 R$ 6.659,70

TOTAL R$ 2.150.290,14 R$ 13.976,76 R$ 64.508,10

Fonte: Autores do Trabalho (2015).

O montante total de PIS/PASEP a ser recolhido no mês de janeiro foi de R$ 936,36

(Novecentos e trinta e seis reais, e trinta e seis centavos) e de COFINS foi de R$ 4.321,65

(Quatro mil trezentos e vinte e um reias e sessenta e cinco centavos), já no mês de Fevereiro o

valor recolhido de PIS/PASEP foi de R$ 948,44 (Novecentos e quarenta e oito reais e

quarenta e quatro centavos) e de COFINS foi de R$ 4.377,42 ( Quatro mil, trezentos e setenta

e sete reais e quarenta e dois centavos), em Março o valor de PIS/PASEP foi de R$ 1.088,50

(Um mil e oitenta e oito reais e cinquenta centavos) e de COFINS R$ 5.023,85 (Cinco mil e

vinte e três reais e oitenta e cinco centavos) em Abril o valor de PIS/PASEP foi de R$

1.110,97 (Um mil cento e dês reais e noventa e sete centavos) e COFINS de R$ 5.127,54

(Cinco mil cento e vinte e sete reais e cinquenta e quatro centavos) em Maio o valor de

PIS/PASEP foi de R$ 1.178,09 (Um mil cento e setenta e oito reais e nove centavos) e

COFINS R$ 5.437,34 (Cinco mil e quatrocentos e trinta e sete reais e trinta e quatro centavos)

em Junho o valor de PIS/PASEP foi de 1.164,96 (Um mil cento e sessenta e quatro reais e

nove e seis centavos) e de COFINS R$ 5.376,74 (Cinco mil trezentos e setenta e seis reais e

setenta e quatro centavos) em Julho o valor de PIS/PASEP foi de R$ 1.199,71 (Um mil cento

e noventa e nove reais e setenta e um centavos) e de COFINS R$ 5.537,10 (Cinco mil

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quinhentos e trinta e sete reais e dês centavos) em Agosto o valor de PIS/PASEP foi de R$

1.264,13 (Um mil duzentos e sessenta e quatro reais e treze centavos) e de COFINS R$

5.834,43 (Cinco mil oitocentos e trinta e quatro reais e quarenta e três centavos), em Setembro

o valor de PIS/PASEP foi de R$ 1.304,55 (Um mil trezentos e quatro reais e cinquenta e

cinco centavos), e de COFINS R$ R$ 6.021,00 (Seis mil e vinte e um reais), em Outubro o

valor de PIS/PASEP foi de R$ 1.209,45 (Um mil duzentos e nove reais e quarenta e cinco

centavos), e de COFINS R$ R$ 5.582,09 (Cinco mil quinhentos e oitenta e dois reais e nove

centavos), em Novembro o valor de PIS/PASEP foi de R$ 1.128,67 (Um mil cento e vinte e

oito reais e sessenta sete centavos), e de COFINS R$ 5.209,24 (Cinco mil, duzentos e nove

reais e vinte e quatro centavos), e por fim em Dezembro o valor recolhido de PIS/COFINS foi

de R$ 1.442,93 (Um mil quatrocentos e quarenta e dois reais e noventa e três centavos), e de

COFINS R$ 6.659,70 ( Seis mil seiscentos e cinquenta e nove reais e setenta centavos), logo

o valor anual de recolhimento de PIS/PASEP foi de R$ 13.976,76 ( Treze mil novecentos e

setenta e seis reais e setenta e seis centavos) e de COFINS R$ 64.508,10 ( Sessenta e Quatro

mil quinhentos e oito reais e dez centavos).

No quadro 11, apresenta-se o montante de IRPJ a ser recolhido pela empresa no Lucro

Presumido. Nesta tributação o IRPJ é recolhido trimestralmente. É somada a receita mensal de

meses e aplicada um percentual de 8% (Oito por cento), onde é encontrada a base de cálculo,

e em seguida, aplica-se a alíquota de 15% (Quinze por cento) sobre a base, encontrando,

assim, o percentual que representa o IRPJ e o valor a ser recolhido no período.

QUADRO 11: IRPJ com base no Lucro Presumido para o Faturamento do Comércio

TRIMESTES

FATURAMENTO

TRIMESTRAL

(Comércio)

BASE DE

CÁLCULO

IRPJ (8% )

IRPJ (15% )

1° TRIMESTRE R$ 457.430,72 R$ 36.594,46 R$ 5.489,17

2° TRIMESTRE R$ 531.387,28 R$ 42.510,98 R$ 6.376,65

3° TRIMESTRE R$ 579.751,20 R$ 46.380,10 R$ 6.957,01

4° TRIMESTRE R$ 581.701,44 R$ 46.536,12 R$ 6.980,42

TOTAL R$ 2.150.270,64 R$ 172.021,65 R$ 25.803,25

Fonte: Autores do Trabalho (2015).

O valor total de IRPJ a ser recolhido pela empresa durante o ano inteiro de 2013 (Dois

mil e treze), referente às vendas de mercadorias totalizou um montante de R$ 25.803,25

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(Vinte e cinco mil, oitocentos e três reais e vinte e cinco centavos), sendo que R$ 5.489,17

(Cinco mil, quatrocentos e oitenta e nove reais e dezessete centavos) foi referente ao primeiro

trimestre, R$ 6.376,65 (Seis mil, trezentos e setenta e seis reais e sessenta e cinco centavos)

referentes ao segundo trimestre, R$ 6.957,01 (Seis mil, novecentos e cinquenta e sete reais e

um centavo) referentes ao terceiro trimestre e R$ 6.980,42 (Seis mil, novecentos e oitenta

reais e quarenta e dois centavos) referentes ao quarto trimestre.

O quadro 12 procura aprestar o valor de CSLL a ser recolhido pela empresa no regime

do Lucro Presumido. A CSLL é também recolhida trimestralmente, do mesmo modo do IRPJ.

Soma-se a receita mensal de meses e a aplica a um percentual de 12% (doze por cento),

encontrando-se, assim, a base de cálculo e em seguida aplica-se a alíquota de 9% (Nove por

cento) em cima do valor da base, para obter o valor a ser recolhido de CSLL.

QUADRO 12: CSLL com base no Lucro Presumido para o Faturamento do Comércio

TRIMESTES

FATURAMENTO

TRIMESTRAL

(Comércio)

BASE DE

CÁLCULO

CSLL (12% )

CSLL (9% )

1° TRIMESTRE R$ 457.430,72 R$ 54.891,69 R$ 4.940,25

2° TRIMESTRE R$ 531.387,28 R$ 63.766,47 R$ 5.738,98

3° TRIMESTRE R$ 579.751,20 R$ 69.570,14 R$ 6.261,31

4° TRIMESTRE R$ 581.701,44 R$ 69.804,17 R$ 6.282,38

TOTAL R$ 2.150.270,64 R$ 258.032,48 R$ 23.222,92

Fonte: Autores do Trabalho (2015).

O valor total a recolher no ano de 2013 (Dois mil e treze) referente à CSLL é de R$

23.222,92 (Vinte e três mil, duzentos e vinte e dois reais e noventa e dois centavos), sendo

que deste valor, R$ 4.940,25 (Quatro mil, novecentos e quarenta reais e vinte e cinco

centavos) correspondem ao primeiro trimestre, R$ 5.738,98 (Cinco mil, setecentos e trinta e

oito reais e noventa e oito centavos) correspondem ao segundo trimestre, R$ 6.261,31 (Seis

mil, duzentos e sessenta e um reais e trinta e um centavos) correspondem ao terceiro trimestre

e por fim R$ 6.282,38 (Seis mil, duzentos e oitenta e dois reais e trinta e oito centavos) são

referentes ao quarto trimestre.

No quadro 13 apresentamos os tributos a serem recolhidos sobre a folha de pagamento

com ênfase no Lucro Presumido no ano de 2013. Os impostos que estão presentes neste item

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são: FGTS e INSS, este último, constituído o seu total por INSS Patronal, Terceiros e o RAT

(Risco de Acidente de Trabalho).

QUADRO 13: Encargos com a Folha de Pagamento com Base no Lucro Presumido.

MÊS PRÓ LABORE SALARIOS E ORDENADOS PROV. FÉRIAS E 1/3 FÉRIAS PROV. 13° SALÁRIO FGTS INSS Patronal 20% Terceiros 5,80% RAT 3%

JANEIRO R$ 2.550,44 R$ 8.728,80 R$ 242,47 R$ 727,40 R$ 775,89 R$ 2.449,82 R$ 710,45 R$ 367,47

FEVEREIRO R$ 9.472,83 R$ 263,13 R$ 789,40 R$ 842,03 R$ 2.105,07 R$ 610,47 R$ 315,76

MARÇO R$ 9.614,65 R$ 267,07 R$ 801,22 R$ 854,64 R$ 2.136,59 R$ 619,61 R$ 320,49

ABRIL R$ 9.599,70 R$ 266,66 R$ 799,98 R$ 853,31 R$ 2.133,27 R$ 618,65 R$ 319,99

MAIO R$ 10.942,07 R$ 303,95 R$ 911,84 R$ 972,63 R$ 2.431,57 R$ 705,16 R$ 364,74

JUNHO R$ 10.938,07 R$ 303,84 R$ 911,51 R$ 972,27 R$ 2.430,68 R$ 704,90 R$ 364,60

JULHO R$ 11.776,03 R$ 327,11 R$ 981,34 R$ 1.046,76 R$ 2.616,90 R$ 758,90 R$ 392,53

AGOSTO R$ 10.662,13 R$ 296,17 R$ 888,51 R$ 947,74 R$ 2.369,36 R$ 687,12 R$ 355,40

SETEMBRO R$ 9.836,05 R$ 273,22 R$ 819,67 R$ 874,32 R$ 2.185,79 R$ 633,88 R$ 327,87

OUTUBRO R$ 12.419,92 R$ 345,00 R$ 1.034,99 R$ 1.103,99 R$ 2.759,98 R$ 800,39 R$ 414,00

NOVEMBRO R$ 12.048,68 R$ 334,69 R$ 1.004,06 R$ 1.070,99 R$ 2.677,48 R$ 776,47 R$ 401,62

DEZEMBRO R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

TOTAL R$ 2.550,44 R$ 116.038,93 R$ 3.223,30 R$ 9.669,91 R$ 10.314,57 R$ 26.296,52 R$ 7.625,99 R$ 3.944,48 Fonte: Autores do Trabalho (2015).

No regime de tributação Lucro Presumido, devem ser recolhidos 20% (Vinte por

cento) de INSS Patronal, que será calculado sobre o valor do pró-labore do empresário,

salário, férias, 1/3 (Um terço) de férias e 13º (Décimo terceiro) salário dos colaboradores.

Também se recolhe 3% (três por cento) de RAT (Risco Acidente de Trabalho) e FAP (Fator

Acidentário de Prevenção), o qual é calculado sobre o valor do salário, férias, 1/3 (Um terço)

de férias e 13º salário dos trabalhadores. Além do INSS Patronal e RAT/FAP, há o calculo de

5,8% (Cinco vírgula oito por cento) sobre a folha dos Terceiros, que é representado pelo

Salário Educação, INCRA, SENAI, SESI, SEBRAE. Como base de cálculo de terceiros,

usamos o salário, as férias e1/3 (Um terço) de férias e o 13º (Décimo terceiro) salário dos

funcionários da empresa. O INSS Patronal, FAT e Terceiros são recolhidos em guias mensais

de INSS, juntamente com o INSS descontado da folha. Também será de pagamento da

empresa o de FGTS no valor de 8% (Oito por cento) sobre salário, férias, 1/3 (Um terço) de

férias e 13º (Décimo terceiro) salário dos colaboradores, o recolhimento do FGTS sobre o

pró-labore é opcional, podendo a empresa optar por recolher, ou não, o valor.

Ficando claro, que se a empresa optasse pelo Lucro Presumido, teria uma despesa total

da folha de pagamento no ano verificado (2013) de R$173.648,06 (cento e setenta e três mil

seiscentos e quarenta e oito reais e seis centavos) sendo de R$2.550,44 de pró-labore,

R$116.038,93 de Salários e Ordenados, R$3.223,30 de Férias acrescidas de 1/3 de férias,

R$9.669,91 de décimo terceiro salário, R$4.298,49 de FGTS, R$26.296,52 de 20% de INSS

Patronal, R$7.625,99 de Terceiro e R$3.944,48 de RAT (Risco de Acidente de Trabalho).

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O objetivo desse tópico é o de demostrar os montantes e serem recolhidos de ICMS

tendo como base os regimes de tributação do Lucro Presumido e também do Lucro Real, visto

que é aplicado o mesmo conceito para os referidos regimes.

O quadro a seguir apresenta os valores de ICMS recolhidos pela empresa analisada no

período de 12 (Doze) meses, referentes ao ano de 2013 (Dois mil e treze).

O calculo do ICMS, nesse caso, dá-se pela aplicação de um percentual de 12% em

cima das compras e de 18% em cima das vendas; obtendo-se os valores, calcula-se o valor

encontrado sobre as vendas menos os valores encontrados nas compras, chegando assim a um

total de ICMS apurado nos 12 meses.

No quadro 14, faz-se uma menção ao valor de ICMS a ser pago (nesse caso porque ao

final se observa que a empresa não obterá credito de ICMS) nos 12 meses de 2013 que é a

época em que se realizou este trabalho.

QUADRO 14: Cálculo do ICMS para os Regimes de Tributação do Lucro Presumido e Lucro

Real.

MESES

COMPRA DE

MERCADORIAS ICMS SOBRE COMPRAS FATURAMENTO MENSALICMS SOBRE

VENDAS ICMS

JANEIRO R$ 143.180,77 R$ 17.181,69 R$ 144.054,96 R$ 25.929,89 R$ 8.748,20

FEVEREIRO R$ 134.031,65 R$ 16.083,80 R$ 145.914,08 R$ 26.264,53 R$ 10.180,74

MARÇO R$ 98.618,96 R$ 11.834,28 R$ 167.461,68 R$ 30.143,10 R$ 18.308,83

ABRIL R$ 183.351,96 R$ 22.002,24 R$ 170.917,99 R$ 30.765,24 R$ 8.763,00

MAIO R$ 79.523,59 R$ 9.542,83 R$ 181.244,79 R$ 32.624,06 R$ 23.081,23

JUNHO R$ 144.798,33 R$ 17.375,80 R$ 179.244,50 R$ 32.264,01 R$ 14.888,21

JULHO R$ 131.131,62 R$ 15.735,79 R$ 184.570,09 R$ 33.222,62 R$ 17.486,82

AGOSTO R$ 166.017,22 R$ 19.922,07 R$ 194.481,01 R$ 35.006,58 R$ 15.084,52

SETEMBRO R$ 128.029,55 R$ 15.363,55 R$ 200.700,10 R$ 36.126,02 R$ 20.762,47

OUTUBRO R$ 106.030,65 R$ 12.723,68 R$ 186.069,78 R$ 33.492,56 R$ 20.768,88

NOVEMBRO R$ 159.733,79 R$ 19.168,05 R$ 173.641,28 R$ 31.255,43 R$ 12.087,38

DEZEMBRO R$ 147.843,36 R$ 17.741,20 R$ 221.989,88 R$ 39.958,18 R$ 22.216,98

TOTAL R$ 1.622.291,45 R$ 194.674,97 R$ 2.150.290,14 R$ 387.052,23 R$ 192.377,25

QUADRO 13: Cálculo do ICMS para os Regimes de Tributação do Lucro Presumido

Fonte: Autores do Trabalho (2015).

É visível que no decorrer do ano de 2013 (Dois mil e treze), a empresa teve um

montante acumulado de R$192.377,25 (Cento e Noventa e Dois Mil Trezentos e Setenta e

Sete Reais e Vinte e Cinco Centavos). Observa-se que em janeiro a empresa pagou ICMS no

valor de R$8.748,20 (Oito Mil Setecentos e Quarenta e Oito Reais e Vinte Centavos), em

fevereiro um montante de ICMS de R$10.180,74 (Dez Mil Cento e Oitenta Reais e Setenta e

Quatro Centavos) em março, R$18.308,83 (Dezoito Mil Trezentos e Oito Reais e Oitenta e

Três Centavos), em abril, R$8.763,00 (Oito Mil Setecentos e Sessenta e Três Reais), em maio,

R$23.081,23 (Vinte e Três Mil e Oitenta e Um Real e Vinte e Três Centavos), em junho,

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R$14.888,21 (Quatorze Mil Oitocentos e Oitenta e Oito Reais e Vinte e Um Centavos); no

mês de julho, pagou R$17.486,82 (Dezessete Mil Quatrocentos e Oitenta e Seis Reais e

Oitenta e Dois Centavos), em agosto, R$15.084,52 (Quinze Mil e Oitenta e Quatro Reais e

Cinquenta e Dois Centavos), em setembro R$20.762,47 (Vinte Mil Setecentos e Sessenta e

Dois Reais e Quarenta e Sete Centavos), em outubro, um valor aproximado ao mês anterior,

que ficou auferido em R$20.768,88 (Vinte Mil Setecentos e Sessenta e Oito Reais e Oitenta e

Oito Centavos) em novembro, R$12.087,38 (Doze Mil e Oitenta e Sete Reais e Trinta e Oito

Reais) e no ultimo mês do ano em Dezembro a empresa auferiu e pagou um valor de ICMS de

R$22.216,98 (Vinte e Dois Mil Duzentos e Dezesseis Reais e Noventa e Oito Centavos) ao

final de Dezembro de 2013 (12 Meses) a empresa pagou um montante total de ICMS no valor

de R$192.377,25 (Cento e Noventa e Dois Mil Trezentos e Setenta e Sete Reais e Vinte e

Cinco Centavos).

O quadro 15 representa o total de tributos incidentes sobre receitas de venda de

mercadorias com base no Lucro Presumido, no qual fica-se claro o valor de IRPJ, CSLL,

PIS/PASEP, ICMS, FGTS, INSS Patronal, Terceiros e RAT valores totais calculados dos

tributos que fazem composição do Lucro Presumido no ano de estudo (2013).

QUADRO 15 - Total de Tributos Incidentes sobre a Receita com Venda de Mercadorias com

Base no Lucro Presumido.

MÊS IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP ICMS FGTS INSS Patronal 20% Terceiros 5,80% RAT 3%

JANEIRO R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 4.321,65 R$ 936,36 R$ 8.748,20 R$ 775,89 R$ 2.449,82 R$ 710,45 R$ 367,47

FEVEREIRO R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 4.377,42 R$ 948,44 R$ 10.180,74 R$ 842,03 R$ 2.105,07 R$ 610,47 R$ 315,76

MARÇO R$ 5.489,17 R$ 4.940,25 R$ 5.023,85 R$ 1.088,50 R$ 18.308,83 R$ 854,64 R$ 2.136,59 R$ 619,61 R$ 320,49

ABRIL R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.127,54 R$ 1.110,97 R$ 8.763,00 R$ 853,31 R$ 2.133,27 R$ 618,65 R$ 319,99

MAIO R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.437,34 R$ 1.178,09 R$ 23.081,23 R$ 972,63 R$ 2.431,57 R$ 705,16 R$ 364,74

JUNHO R$ 6.376,65 R$ 5.738,98 R$ 5.377,34 R$ 1.165,09 R$ 14.888,21 R$ 972,27 R$ 2.430,68 R$ 704,90 R$ 364,60

JULHO R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.537,10 R$ 1.199,71 R$ 17.486,82 R$ 1.046,76 R$ 2.616,90 R$ 758,90 R$ 392,53

AGOSTO R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.834,43 R$ 1.264,13 R$ 15.084,52 R$ 947,74 R$ 2.369,36 R$ 687,12 R$ 355,40

SETEMBRO R$ 6.957,01 R$ 6.261,31 R$ 6.021,00 R$ 1.304,55 R$ 20.762,47 R$ 874,32 R$ 2.185,79 R$ 633,88 R$ 327,87

OUTUBRO R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.582,09 R$ 1.209,45 R$ 20.768,88 R$ 1.103,99 R$ 2.759,98 R$ 800,39 R$ 414,00

NOVEMBRO R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.209,24 R$ 1.128,67 R$ 12.087,38 R$ 1.070,99 R$ 2.677,48 R$ 776,47 R$ 401,62

DEZEMBRO R$ 6.980,42 R$ 6.282,38 R$ 6.659,70 R$ 1.442,93 R$ 22.216,98 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

TOTAL R$ 25.803,25 R$ 23.222,92 R$ 64.508,70 R$ 13.976,89 R$ 192.377,25 R$ 10.314,57 R$ 26.296,51 R$ 7.626,00 R$ 3.944,47 Fonte: Autores do Trabalho (2015).

Ao final de 2013 a empresa pagou R$368.070,56 (Trezentos e Sessenta e Oito Mil e

Setenta Reais e Cinquenta e Seis Centavos) de tributos sendo eles R$25.808,25 (Vinte e

Cinco Mil Oitocentos e Oito e Vinte e Cinco Centavos) de IRPJ, R$23.222,92 (Vinte e Três

Mil Duzentos e Vinte e Dois Reais e Noventa e Dois Centavos) de CSLL, R$64.508,70

(Sessenta e Quatro Mil Quinhentos e Oito Reais e Setenta Centavos) de COFINS,

R$13.976,89 (Treze Mil Novecentos e Setenta e seis Reais e Oitenta e Nove Centavos) de

PIS/PASEP, R$192.377,25 (Cento e Noventa e Dois Mil Trezentos e Setenta e Sete Reais e

Vinte e Cinco Centavos) de ICMS, R$10.314,57 (Dez Mil Trezentos e Quatorze Reais e

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Cinquenta e Sete Centavos) de FGTS, R$26.296,51 (Vinte e Seis Mil Duzentos e Noventa e

Seis Reais e Cinquenta e Um Centavos) de INSS Patronal, R$7.626,00 (Sete Mil Seiscentos e

Vinte e Seis Reais), referentes a Terceiros, R$3.944,47 (Três Mil Novecentos e Quarenta e

Quatro Reais e Quarenta e Sete Centavos) referentes ao RAT. O quadro 14 que trata dos

tributos incidentes no Regime Tributário Lucro Presumido como se fosse o regime de sua

escolha.

O quadro 16 apresentará o total de tributos a serem recolhidos com base no Lucro

Presumido, fazendo menção a todos os tributos pagos pela empresa, mensalmente ou anual.

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QUADRO 16 – Total dos Tributos Apurados com Base no Lucro Presumido.

MÊS IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP ICMS FGTS INSS Patronal 20% Terceiros 5,80% RAT 3% TOTAL

JANEIRO R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 4.321,65 R$ 936,36 R$ 8.748,20 R$ 775,89 R$ 2.449,82 R$ 710,45 R$ 367,47 R$ 18.309,84

FEVEREIRO R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 4.377,42 R$ 948,44 R$ 10.180,74 R$ 842,03 R$ 2.105,07 R$ 610,47 R$ 315,76 R$ 19.379,93

MARÇO R$ 5.489,17 R$ 4.940,25 R$ 5.023,85 R$ 1.088,50 R$ 18.308,83 R$ 854,64 R$ 2.136,59 R$ 619,61 R$ 320,49 R$ 38.781,93

ABRIL R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.127,54 R$ 1.110,97 R$ 8.763,00 R$ 853,31 R$ 2.133,27 R$ 618,65 R$ 319,99 R$ 18.926,73

MAIO R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.437,34 R$ 1.178,09 R$ 23.081,23 R$ 972,63 R$ 2.431,57 R$ 705,16 R$ 364,74 R$ 34.170,76

JUNHO R$ 6.376,65 R$ 5.738,98 R$ 5.376,74 R$ 1.164,96 R$ 14.888,21 R$ 972,27 R$ 2.430,68 R$ 704,90 R$ 364,60 R$ 38.017,99

JULHO R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.537,10 R$ 1.199,71 R$ 17.486,82 R$ 1.046,76 R$ 2.616,90 R$ 758,90 R$ 392,53 R$ 29.038,72

AGOSTO R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.834,43 R$ 1.264,13 R$ 15.084,52 R$ 947,74 R$ 2.369,36 R$ 687,12 R$ 355,40 R$ 26.542,70

SETEMBRO R$ 6.957,01 R$ 6.261,31 R$ 6.021,00 R$ 1.304,55 R$ 20.762,47 R$ 874,32 R$ 2.185,79 R$ 633,88 R$ 327,87 R$ 45.328,20

OUTUBRO R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.582,09 R$ 1.209,45 R$ 20.768,88 R$ 1.103,99 R$ 2.759,98 R$ 800,39 R$ 414,00 R$ 32.638,78

NOVEMBRO R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.209,24 R$ 1.128,67 R$ 12.087,38 R$ 1.070,99 R$ 2.677,48 R$ 776,47 R$ 401,62 R$ 23.351,85

DEZEMBRO R$ 6.980,42 R$ 6.282,38 R$ 6.659,70 R$ 1.442,93 R$ 22.216,98 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 43.582,41

TOTAL R$ 25.803,25 R$ 23.222,92 R$ 64.508,10 R$ 13.976,76 R$ 192.377,25 R$ 10.314,57 R$ 26.296,51 R$ 7.626,00 R$ 3.944,47 R$ 368.069,83

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A partir da apuração dos dados presentes no quadro 16, pode-se observar um montante

acumulado de contribuições e impostos no valor de R$ 368.070,56 (Trezentos e sessenta e

oito mil, setenta reais e cinquenta e seis centavos) sendo R$ 25.803,25 (Vinte se cinco mil,

oitocentos e três reais e vinte e cinco centavos) de IRPJ, R$ 23.222,92 (Vinte e três mil,

duzentos e vinte e dois reais e noventa e dois centavos) de CSLL, R$ 64.508,70 (Sessenta e

quatro mil, quinhentos e oito reais e setenta centavos) de COFINS, R$ 13.976,89 (Treze mil,

novecentos e setenta e seis reais e oitenta e nove centavos) de PIS/PASEP, R$ 192.377,25

(Cento e noventa e dois mil, trezentos e setenta e sete reais e vinte e cinco centavos) de ICMS,

R$ 10.314,57 (Dez mil, trezentos e quatorze reais e cinquenta e sete centavos) de FGTS, R$

26.296,51 (Vinte e seis mil, duzentos e noventa e seis reais e cinquenta e um centavos) de

INSS PATRONAL, R$ 7.626,00 (Sete mil, seiscentos e vinte e seis reais) de INSS

TERCEIROS, R$ 3.944,47 (Três mil, novecentos e quarenta e quatro reais e quarenta e sete

centavos) de RAT.

O gráfico 02, abaixo, apresenta o percentual que cada tributo representa dentro do

regime Lucro Presumido, demonstrando assim a porcentagem de quanto cada tributo equivale

em cima do total auferido nesse período.

GRÁFICO 2 – Representação de cada tributo dentro do Lucro Presumido.

Fonte: Autores do Trabalho (2015)

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Ao analisarmos o gráfico podemos identificar que o tributo com maior relevância é o

ICMS, equivalendo 52% (Cinquenta e dois por cento) do total dos tributos. Em seguida vem a

COFINS, equivalendo 18% (Dezoito por cento), logo após vem o IRPJ e o INSS

PATRONAL ambos equivalendo 7% (Sete por cento), depois vem a CSLL representando 6%

(Seis por cento), o PIS/PASEP com 4% (Quatro por cento), o FGTS representando 3% (Três

por cento) e por fim, apresentando serem os tributos menos onerosos vem o INSS

TERCEIROS com 2% (Dois por cento) e o RAT com 1% (Um por cento).

3.2.3 Apuração do Lucro Real

Neste subtópico, serão apresentadas as alíquotas e os cálculos referentes ao regime de

tributação Lucro Real no ano de 2013. A empresa em questão não opera nesse regime, mas o

cálculo é importante para verificar se a empresa se enquadra no regime correto ou se poderá

sofrer uma mudança para esse regime de tributação.

O quadro 17 a baixo demonstra os montantes mensais a serem recolhidos de PIS e

COFINS, nesse regime tributário. Esses tributos não são cumulativos podendo haver

compensação dos débitos gerados da revenda de mercadorias com os créditos provenientes

das compras.

QUADRO 17: Demonstrativo de PIS/PASEP e COFINS do Lucro Real.

PIS/PASEP e COFINS com base no Lucro Real

MESES/2013 VALOR DAS COMPRAS

FATURAMENTO MENSAL

BASE DE CALCULO

PIS/PASEP (1,65% )

COFINS (7,6% )

JANEIRO R$ 143.180,77 R$ 144.054,96 R$ 874,19 R$ 14,42 R$ 66,44

FEVEREIRO R$ 134.031,65 R$ 145.914,08 R$ 11.882,43 R$ 196,06 R$ 903,06

MARÇO R$ 98.618,96 R$ 167.461,68 R$ 68.842,72 R$ 1.135,90 R$ 5.232,05

ABRIL R$ 183.351,96 R$ 170.917,99 -R$ 12.433,97 -R$ 205,16 -R$ 944,98

MAIO R$ 79.523,59 R$ 181.244,79 R$ 101.721,20 R$ 1.678,40 R$ 7.730,81

JUNHO R$ 144.798,33 R$ 179.244,50 R$ 34.446,17 R$ 568,36 R$ 2.617,91

JULHO R$ 131.131,62 R$ 184.570,09 R$ 53.438,47 R$ 881,73 R$ 4.061,32

AGOSTO R$ 166.017,22 R$ 194.481,01 R$ 28.463,79 R$ 469,65 R$ 2.163,25

SETEMBRO R$ 128.029,55 R$ 200.700,10 R$ 72.670,55 R$ 1.199,06 R$ 5.522,96

OUTUBRO R$ 106.030,65 R$ 186.069,78 R$ 80.039,13 R$ 1.320,65 R$ 6.082,97

NOVEMBRO R$ 159.733,79 R$ 173.641,28 R$ 13.907,49 R$ 229,47 R$ 1.056,97

DEZEMBRO R$ 147.843,36 R$ 221.989,88 R$ 74.146,52 R$ 1.223,42 R$ 5.635,14

TOTAL R$ 1.622.291,45 R$ 2.150.290,14 R$ 527.998,69 R$ 8.711,98 R$ 40.127,90 Fonte: Autores do Trabalho (2015).

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Para obter a base de cálculo desses tributos, deve-se realizar uma redução do valor das

compras e do valor das vendas, dessa forma, encontra-se o valor para aplicar as alíquotas e,

após isso, aplicam-se as alíquotas pertinentes a cada tributo. As alíquotas são de 1,65% (Um

vírgula sessenta e cinco por cento) para o PIS e 7,6% (Sete vírgula sessenta por cento) para a

COFINS, chegando aos valores de cada tributo.

O quadro 18 apresenta os tributos a serem recolhidos sobre a folha de pagamento

referente ao Lucro Real no ano de 2013. Os impostos que estão presentes neste item são:

FGTS e INSS, este último constituído o seu total por INSS Patronal, Terceiros e o RAT

(Risco de Acidente de Trabalho).

QUADRO 18: Encargos com a Folha de Pagamento com Base no Lucro Real.

MÊS PRÓ LABORE SALARIOS E ORDENADOS PROV. FÉRIAS E 1/3 FÉRIAS PROV. 13° SALÁRIO FGTS INSS Patronal 20% Terceiros 5,80% RAT 3%

JANEIRO R$ 2.550,44 R$ 8.728,80 R$ 242,47 R$ 727,40 R$ 775,89 R$ 2.449,82 R$ 710,45 R$ 367,47

FEVEREIRO R$ 9.472,83 R$ 263,13 R$ 789,40 R$ 842,03 R$ 2.105,07 R$ 610,47 R$ 315,76

MARÇO R$ 9.614,65 R$ 267,07 R$ 801,22 R$ 854,64 R$ 2.136,59 R$ 619,61 R$ 320,49

ABRIL R$ 9.599,70 R$ 266,66 R$ 799,98 R$ 853,31 R$ 2.133,27 R$ 618,65 R$ 319,99

MAIO R$ 10.942,07 R$ 303,95 R$ 911,84 R$ 972,63 R$ 2.431,57 R$ 705,16 R$ 364,74

JUNHO R$ 10.938,07 R$ 303,84 R$ 911,51 R$ 972,27 R$ 2.430,68 R$ 704,90 R$ 364,60

JULHO R$ 11.776,03 R$ 327,11 R$ 981,34 R$ 1.046,76 R$ 2.616,90 R$ 758,90 R$ 392,53

AGOSTO R$ 10.662,13 R$ 296,17 R$ 888,51 R$ 947,74 R$ 2.369,36 R$ 687,12 R$ 355,40

SETEMBRO R$ 9.836,05 R$ 273,22 R$ 819,67 R$ 874,32 R$ 2.185,79 R$ 633,88 R$ 327,87

OUTUBRO R$ 12.419,92 R$ 345,00 R$ 1.034,99 R$ 1.103,99 R$ 2.759,98 R$ 800,39 R$ 414,00

NOVEMBRO R$ 12.048,68 R$ 334,69 R$ 1.004,06 R$ 1.070,99 R$ 2.677,48 R$ 776,47 R$ 401,62

DEZEMBRO R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

TOTAL R$ 2.550,44 R$ 116.038,93 R$ 3.223,30 R$ 9.669,91 R$ 10.314,57 R$ 26.296,52 R$ 7.625,99 R$ 3.944,48 Fonte: Autores do Trabalho (2015).

Assim como se calculou a folha do regime de tributação Lucro Presumido, no Lucro

Real se calcula da mesma maneira, a única distinção é que nesse regime o pró-labore do

administrador não foi usado para cálculo do INSS Patronal, observando assim, que devem ser

recolhidos 20% (Vinte por cento) de INSS Patronal, que será calculado sobre o valor, salário,

férias, 1/3 (Um terço) de férias e 13º (Décimo terceiro) salário dos colaboradores. Também

será recolhido 3% (três por cento) de RAT (Risco Acidente de Trabalho) e FAP (Fator

Acidentário de Prevenção), este sendo calculado sobre o valor do salário, férias, 1/3 (Um

terço) de férias e 13º salário dos trabalhadores. Além do INSS Patronal e RAT/FAP, há o

calculo de 5,8% (Cinco vírgula oito por cento) sobre a folha que representa os Terceiros,

representados, por sua vez, pelo Salário Educação, INCRA, SENAI, SESI, SEBRAE. Como

base de cálculo de Terceiros será usado o salário, as férias e 1/3 (Um terço) de férias e o 13º

(Décimo terceiro) salário dos funcionários da empresa. O INSS Patronal, FAT e Terceiros são

recolhidos em guias mensais de INSS, juntamente com o INSS descontado da folha. Também

será de pagamento da empresa o de FGTS no valor de 8% (Oito por cento) sobre salário,

férias, 1/3 (Um terço) de férias e 13º (Décimo terceiro) salário dos colaboradores. O

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recolhimento do FGTS sobre o pró-labore é opcional, podendo a empresa optar por recolher

ou não o valor (nesse caso não optado pelo recolhimento).

Fica claro, que se a empresa optasse pelo Lucro Real, teria uma despesa total com

folha de pagamento, no ano verificado (2013), de R$173.648,06 (cento e setenta e três mil

seiscentos e quarenta e oito reais e seis centavos) sendo que deste calor, R$2.550,44 de pró-

labore, R$116.038,93 de Salários e Ordenados, R$3.223,30 de Férias acrescidas de 1/3 de

férias, R$9.669,91 de décimo terceiro salário, R$4.298,49 de FGTS, R$26.296,52 de 20% de

INSS Patronal, R$7.625,99 referentes a Terceiros e R$3.944,48 de RAT (Risco de Acidente

de Trabalho).

Abaixo, o quadro 19 apresenta os montantes a serem recolhidos de IRPJ e CSLL. Para

obter a base de cálculo para esses tributos, deve-se realizar uma Demonstração de Resultado,

DR. Nesse contexto, o resultado do período antes da apuração desses tributos são transferidos

para o LALUR (Livro de Ajuste do Lucro Real).

QUADRO 19– Apuração do IRPJ e CSLL no Regime de Tributação do Lucro Real

Ano 2013 Base de calculo IRPJ CSLL TOTAL

(12 Meses) R$ 398.250,44 R$ 75.562,61 R$ 39.825,04 R$ 115.387,65

TOTAL R$ 398.250,44 R$ 75.562,61 R$ 39.825,04 R$ 115.387,65 Fonte: Autores do Trabalho 2015.

Depois de transferido para o LALUR, deve-se fazer a apuração de adição ou exclusão

para se chegar ao resultado do período fiscal, no qual se aplica uma alíquota de 15% para

IRPJ e de 9% para a CSLL. Dessa forma, encontra-se o montante a ser recolhido, observando

que também deve ser conferido quando o resultado do período ultrapasse a quantia de R$

20.000,00 mensais, devendo, então, adicionar-se uma alíquota de 10% referente ao Adicional

Federal e essa diferença deve ser somada à DARF do IRPJ.

Os valores de IRPJ totalizaram R$ 18.561,05 (Dezoito mil, quinhentos e sessenta e um

reais e cinco centavos) e os de CSLL, R$11.136,63 (Onze mil cento e trinta e seis reais e

trinta e seis centavos).

Tanto os quadros 19 e 20 são dados seus valores anualmente diferente dos demais

visto que os custos são contabilizados só ao final do ano e não mensalmente.

No quadro 14, no sub titulo acima apresentamos o valor de ICMS a ser pago que é o

mesmo para o Real e Presumido (nesse caso, porque ao final se observa que a empresa não

obterá credito de ICMS) nos 12 meses de 2013, que é a época em que se realiza este trabalho.

O quadro 20 logo abaixo apresenta os valores a serem recolhidos de cada tributo

referente ao regime Lucro Real.

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QUADRO 20: Total de Tributos Incidentes sobre a Receita com Venda de Mercadorias com Base no Lucro Real.

MÊS IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP ICMS FGTS INSS Patronal 20%Terceiros 5,80% RAT 3% TOTAL

Total (12 meses) R$ 75.562,61 R$ 39.825,04 R$ 64.508,70 R$ 13.976,89 R$ 192.377,25 R$ 10.314,57 R$ 26.296,51 R$ 7.626,00 R$ 3.944,47 R$ 434.432,04

TOTAL R$ 75.562,61 R$ 39.825,04 R$ 64.508,70 R$ 13.976,89 R$ 192.377,25 R$ 10.314,57 R$ 26.296,51 R$ 7.626,00 R$ 3.944,47 R$ 434.432,04 Fonte: Autores do Trabalho 2015.

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No regime de tributação Lucro Real, o montante total de tributos a recolher totalizou a

quantia de R$ 434.432,04 (Quatrocentos e trinta e quatro mil, quatrocentos e trinta e dois reais

e quatro centavos), sendo R$ 75.562,61 (Setenta e cinco mil, quinhentos e sessenta e dois

reais e sessenta e um centavos) referentes ao IRPJ, e R$ 39.825,04 (Trinta e nove mil,

oitocentos e vinte e cinco reais e quatro centavos) referentes à CSLL; R$ 64.508,70 (Sessenta

e quatro mil, quinhentos e oito reais e setenta centavos), pertencentes à COFINS, e R$

13.976,89 (Treze mil novecentos e setenta e seis reais e oitenta e nove centavos) de

PIS/PASEP. Há também, R$ 192.377,25 (Cento e noventa e dois mil, trezentos e setenta e

sete reais e vinte e cinco centavos) pertencentes ao ICMS e R$ 10.314,57 (Dez mil trezentos e

quatorze reais e cinquenta e sete centavos) referentes ao FGTS; R$ 26.296,51(Vinte e seis mil

duzentos e noventa e seis reais e cinquenta e um centavos) referentes ao INSS PATRONAL,

R$ 7.626,00 (Sete mil, seiscentos e vinte e seis reais), referentes a Terceiros e, por fim, R$

3.944,47 pertencentes ao RAT.

O gráfico 03 apresenta o percentual de cada tributo em relação ao valor total do

montante recolhido no ano de estudo (2013).

GRÁFICO 3 – Representação de cada Tributo do Lucro Real.

Fonte: Autores do Trabalho 2015.

Na análise do gráfico depreende-se que o tributo mais oneroso para a empresa é o

ICMS, representando 44,28% (Quarenta e quatro vírgula vinte e oito por cento), depois vem o

IRPJ, equivalendo 17,39% (Dezessete vírgula trinta e nove por cento); em seguida vem a

COFINS, representando 14,85% (Quatorze virgula oitenta e cinco por cento), a diante vem a

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CSLL, representando 9,17 (Nove virgula dezessete por cento), posteriormente vem o INSS

Patronal, equivalendo 6,05 (Seis virgula cinco por cento), em seguida vem o

PIS/PASEP,FGTS,INSS Terceiros e o RAT, apresentando 3,22% (Três virgula vinte e dois

por cento), 2,37% (Dois virgula trinta e sete por cento), 1,76% (Um virgula setenta e seis por

cento) e 0,91 (Zero virgula noventa e um por cento) respectivamente.

3.3 COMPARATIVOS ENTRE O SIMPLES NACIONAL, LUCRO PRESUMIDO E

LUCRO REAL

O propósito desse tópico é o de apresentar uma comparação entre os três regimes de

tributação com o intuito de apresentar o regime mais vantajoso para a empresa, ou seja, qual é

o menos oneroso. O quadro 21 representa essa tentativa compilando montante de tributos a

serem recolhidos pelos regimes de tributação, Simples Nacional, Lucro Presumido e o Lucro

Real.

QUADRO 21 – Comparativo entre os Regimes de Tributação do Simples Nacional, Lucro

Presumido e Lucro Real.

TRIBUTOS

SIMPLES

NACIONAL

LUCRO

PRESUMIDO LUCRO REAL TOTAL

PIS/PASEP R$ 7.046,62 R$ 13.976,76 R$ 13.976,89 R$ 35.000,40

COFINS R$ 29.573,23 R$ 64.508,10 R$ 64.508,70 R$ 158.590,63

IRPJ R$ 9.839,59 R$ 25.803,25 R$ 75.562,61 R$ 111.205,45

CSLL R$ 9.839,59 R$ 23.222,92 R$ 39.825,04 R$ 72.887,55

ICMS R$ 26.562,02 R$ 192.377,25 R$ 192.877,25 R$ 411.816,52

CPP R$ 84.647,00 - - R$ 84.647,00

INSS - R$ 37.866,98 R$ 37.866,98 R$ 75.733,96

FGTS R$ 10.314,54 R$ 10.314,57 R$ 10.314,57 R$ 30.943,68

TOTAL R$ 177.822,59 R$ 368.069,83 R$ 434.932,04 R$ 980.825,19 Fonte: Autores do Trabalho 2015.

Ao analisar o quadro, observa-se que se a empresa optasse em seguir o regime do

Lucro Real, pagaria um montante anual acumulado dos tributos no valor de R$ 434.932,04

(Quatrocentos e trinta e quatro mil, novecentos e trinta e dois reais e quatro centavos). Se, no

entanto, optasse pelo regime Lucro Presumido, pagaria um montante no valor de R$

368.070,56 (Trezentos e sessenta e oito mil, setenta reais e cinquenta e seis centavos), mas

como opta pelo regime do Simples Nacional, pagara um montante no valor de R$ 177.822,59

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(Cento e setenta e sete mil, oitocentos e vinte e dois reais e cinquenta e nove centavos). A

diferença entre o Regime simples nacional e o Lucro Presumido fica no valor de R$

190,247,97 (Cento e noventa mil, duzentos e quarenta e sete reais e noventa e sete centavos),

já em relação ao Lucro Real ocorre uma diferença no valor de R$ 257,109,45 (Duzentos e

cinquenta e sete mil, cento e nove reais e quarenta e cinco centavos).

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3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho teve por objetivo a elaboração de um planejamento tributário que

permitisse identificar qual dos regimes de tributação, entre o Simples Nacional, o Lucro

Presumido e o Lucro Real, seria o mais vantajoso, ou seja, o menos oneroso para a empresa

de materiais de construção no período de 2013 que foi o ano base utilizada para a elaboração

desse trabalho em que desenvolvemos a pesquisa.

As análises permitidas pelo estudo de caso permitem afirmar que a escolha pelo

regime de tributação que traz benefícios e oportunidades para a empresa se manter no

mercado competitivo e com maior possibilidade de lucros e melhores condições de

desenvolvimento. Um estudo dessa natureza tem sua validade no fato de que em nosso país, a

alta carga tributária dificulta a permanência de muitas empresas no mercado.

Nesse sentido, a validade deste estudo reside no diferencial de conseguir identificar o

melhor regime de tributação para a empresa, propondo um planejamento tributário com certa

frequência para que a mesma não venha a pagar tributos a mais e possa se manter competitiva,

além de verificar qual o melhor regime no momento, aspecto que só foi possível mediante a

articulação da pesquisa descritiva, exploratória e do estudo de caso.

A forma exploratória orienta na determinação do campo de investigação, mostrando o

norte por onde se pretende focar a pesquisa. A fase descritiva permite realizar análises e

interpretações sem interferências de pesquisas e o estudo de caso, por fim, é a coleta dos

dados para a realização do planejamento tributário.

Ao longo da pesquisa, foram coletados dados através do registro fiscal das entradas e

saídas, balancetes mensais e resumo da folha de pagamento. Foram calculados/auferidos os

montantes de tributos a serem recolhidos no período de 2013 com base no Simples Nacional,

Lucro Presumido e Lucro Real com ênfase nas leis vigentes do ano de 2013 e, em seguida, foi

elaborado o comparativo entre os regimes de tributações, ficando assim, mais claro a

verificação do melhor regime de tributação para a empresa em questão, o qual, de acordo com

os cálculos é o Simples Nacional. Torna-se claro que, ao adotar esse regime,

consequentemente, paga-se menos impostos de forma lícita e a empresa pode se tornar mais

competitiva, visto que o mercado exige competitividade, podendo reduzir preços e conquistar

mais clientes.

No regime do Simples Nacional a empresa totalizou um montante a recolher de

tributos no valor de R$ 177.822,57 (Cento e setenta e sete mil, oitocentos e vinte e dois reais e

cinquenta e sete centavos), sendo que desse total, R$ 9.839,59 (Nove mil, oitocentos e trinta e

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nove reais e cinquenta e nove centavos) são referentes ao IRPJ e a CSLL, R$ 29.573,23

(Vinte e nove mil, quinhentos e setenta e três reais e vinte e três centavos) ao COFINS, R$

7.046,62 (Sete mil, quarenta e seis reais e sessenta e dois centavos) ao PIS/PASEP, R$

84.647,00 (Oitenta e quatro mil seiscentos e quarenta e sete reais) referem-se ao CPP, R$

10.314,54 (Dez mil, trezentos e quatorze reais e cinquenta e quatro centavos) fazem menção

ao FGTS, e, por fim, R$ 26.562,02 (Vinte e seis mil, quinhentos e sessenta e dois reais e dois

centavos) referentes ao ICMS. A empresa também terá maior facilidade de atender as

legislações tributárias, previdenciárias e trabalhistas, pois estará dispensada de apresentar a

DIPJ, SPED Contribuições, DCTF e a DACON referente aos períodos que recolher seus

tributos pelo regime do Simples Nacional.

Por fim, é imprescindível assinalar que um planejamento tributário bem executado

auxilia as empresas a economizar na quantidade de tributos que devem recolher ao governo,

tornando-se mais lucrativas e tendo mais condições de se manterem competitivas no mercado.

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