dossier de iniciação à pratica da vela

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 Trabalho elaborado em 2005 por José Luís Patrício - Praticante vela de cruzeiro há 17 anos de Wind-Surf durante 10 Anos Participação em várias regatas de Cruzeiro, alguns passeios e regatas na Costa Portuguesa e Espanhola . Regata Arcachon Aveiro 2001 Fontes do trabalho: Diversificadas e sua própria experiência Objectivos:  Ajudar à formação de novos velejadores -------------------- Este trabalho não deve ser comercializada  1 Pretende-se com o presente trabalho proporcionar aos interessados na modalidade, de  forma muito simples, u m primeiro contacto com o tema. O objectivo final é que os participantes/leitores e interessados adquiram os conhecimentos teóricos e práticos que lhes permitam ter competências para governar, em condições normais e aceitáveis de tempo, uma embarcação à vela. Fica portanto claro que não está no âmbito desta transmissão de conhecimentos formar  pessoas para a vela de competição e muito menos conferir qualquer grau de navegador de recreio.  Manobrar um veleiro é u ma “arte” simples mas simultaneamente complexa. Conjugar alguns dos conceitos teóricos que fazem parte deste dossier com a aplicação  prática conduzirá a resultados finais que serão compensadores. Com tranquilidade e confiança iremos governar autonomamente uma embarcação de recreio à vela.

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Dados importantes para quem quiser iniciar-se à pratica da vela.

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  • Trabalho elaborado em 2005 por Jos Lus Patrcio - Praticante vela de cruzeiro h 17 anos de Wind-Surf durante 10 Anos Participao em vrias regatas de Cruzeiro, alguns passeios e regatas na Costa Portuguesa e Espanhola . Regata Arcachon Aveiro 2001 Fontes do trabalho: Diversificadas e sua prpria experincia Objectivos: Ajudar formao de novos velejadores -------------------- Este trabalho no deve ser comercializada

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    Pretende-se com o presente trabalho proporcionar aos interessados na modalidade, de forma muito simples, um primeiro contacto com o tema.

    O objectivo final que os participantes/leitores e interessados adquiram os conhecimentos tericos e prticos que lhes permitam ter competncias para governar, em condies normais e aceitveis de tempo, uma embarcao vela.

    Fica portanto claro que no est no mbito desta transmisso de conhecimentos formar pessoas para a vela de competio e muito menos conferir qualquer grau de navegador de recreio.

    Manobrar um veleiro uma arte simples mas simultaneamente complexa.

    Conjugar alguns dos conceitos tericos que fazem parte deste dossier com a aplicao prtica conduzir a resultados finais que sero compensadores. Com tranquilidade e confiana iremos governar autonomamente uma embarcao de recreio vela.

  • Trabalho elaborado em 2005 por Jos Lus Patrcio - Praticante vela de cruzeiro h 17 anos de Wind-Surf durante 10 Anos Participao em vrias regatas de Cruzeiro, alguns passeios e regatas na Costa Portuguesa e Espanhola . Regata Arcachon Aveiro 2001 Fontes do trabalho: Diversificadas e sua prpria experincia Objectivos: Ajudar formao de novos velejadores -------------------- Este trabalho no deve ser comercializada

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    Um barco constitudo basicamente por um casco, onde fixado inferiormente normalmente um patilho e um leme, constituindo a parte imersa as obras vivas. No casco so fixados superiormente a coberta, onde est o equipamento para controlar as velas e o mastro. Este passa pela coberta atravs de uma abertura chamada enora e assenta sobre a quilha na carlinga.

    A parte da frente do barco chama-se vante ou proa, a parte de trs r ou popa e a zona central meio-navio. Considerando a embarcao dividida longitudinalmente ao meio, do lado esquerdo de quem olha para vante est o bombordo e direita o estibordo. As amuras so as zonas do casco entre a proa, o ponto mdio do casco travs e as alhetas so as partes laterais de trs do casco. A popa termina com um painel da popa. A balaustrada est disposta ao longo de toda a borda do casco para evitar quedas acidentais gua. Entra-se na cabina do barco atravs de uma escotilha e por albois que a luz entra naquela. O poo uma zona, normalmente r, de onde se comanda a embarcao.

    O aparelho fixo o conjunto de cabos e peas de poleame definitivamente ligados a mastros, vergas, etc. O mastro suportado para a frente pelo estai e para trs pelo contra-estai. Lateralmente fixado pelos brandais que passam pelos vaus para uma melhor estabilidade.

    Alguns destes cabos podem ser de afinao do mastro. Assim o contra-estai provoca o encurvamento do mastro, afectando a afinao da vela grande. Os brandais volantes puxam o mastro para trs, deslocando o centro velico para a r e esticando o estai.

    Ao conjunto propulsor dos veleiros, velame, massame e poleame, d-se o nome de aparelho. O velame o conjunto dos panos ou velas. Consoante o tipo de vento ou barco podem variar e apresentar vrias formas e materiais. O massame so os cabos que se empregam nas embarcaes, como escotas ou adrias. s peas, tanto de madeira, em ferro ou de plstico, por onde correm os cabos d-se o nome de poleame. So exemplo disso os moites.

    As velas so subidas ou iadas por adrias. Modernamente as adrias passam pelo interior dos mastros, passando sobre a coberta at ao poo onde so fixas nos cunhos ou pianos. As escotas servem para manobrar as velas. A escota da vela grande est fixa retranca e corre num carrinho depois de passar por um sistema desmultiplicador. As velas de estai tm duas escotas que passam cada uma por seu bordo at ao poo. Para caar os cabos usam-se molinetes que so girados com manivelas. O pau de palanque ou pau de spi, depois de fixado ao mastro, mantido horizontalmente atravs de dois cabos. O amantilho, que o mantm suspenso, e o gaio que impede que o pau suba.

    Os veleiros tambm se classificam quanto ao tipo de aparelho. Nos barcos de recreio os mais vulgares so os sloop, de s mastro, ou os ketch ou iole, de dois mastros. Por exemplo, nestes ltimos a diferena est apenas na posio do comando do leme em relao ao mastro da mezena.

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    N de Escota - Este n usado para emendar dois cabos. Ele deve ser usado com cabos de dimetros parecidos. Quando for usado com cabos de dimetros muito diferentes devemos dar um cote adicional, transformando-o em n de escota dobrado. Para dar esse n, siga as ilustraes da esquerda para a direita.

    N de 8 - Este n til como um n terminal, aplicado na ponta de escotas e adrias para evitar que elas escapem dos respectivos carrinhos ou fendas no mastro.

    Lais de Guia - O Lais de Guia, considerado o rei dos ns, usado para fazer um lao na ponta de um cabo. usado por exemplo nas escotas, no punho da genoa, amarrao em argolas e at para unir cabos. Um Lais de Guia dado correctamente muito seguro e fcil de desatar.

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    Volta Redonda e Cote - Para amarrar um cabo a um objecto rapidamente.

    Usa-se por exemplo para colocar as defensas!

    Volta de Cunho - a forma correcta de amarrar um cabo a um cunho.

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    Quando dois navios vela se encontram, com risco de abalroamento,

    a manobra a efectuar de acordo com um dos 3 casos possveis:

    Quando recebem o vento por bordos diferentes (ou na dvida de quais as amuras

    da outra embarcao), desvia-se o que recebe o vento por Bombordo (BB).

    Quando recebem o vento pelo mesmo bordo - Desvia-se o que est a Barlavento (o que se situa entre o ponto donde sopra o vento e a outra embarcao).

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    Mnemnica: " Vela" os Bs perdem sempre

    Toda a embarcao que alcana outra, desvia-se por BB ou EB. No entanto, para que no se coloque em zona de sombra (do vento), o navio alcanante dever passar por barlavento do navio alcanado. Assim, no se coloca em zona de sombra, no perdendo andamento.

    Uma embarcao vela, desde que tenha o motor a trabalhar considerada uma embarcao a motor, e por tal facto estar sujeita s regras das embarcaes a motor. Neste caso dever iar um balo cnico com o vrtice para baixo.

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    Quando dois navios de propulso mecnica se aproximam um do outro "roda a

    roda" (proa com proa) (Regra 14), ou quase roda a roda, de tal forma que existe risco de abalroamento, nenhum tem prioridade e devem guinar ambos para estibordo (EB), de forma a passarem por bombordo um do outro. Considera-se que dois navios navegam roda a roda ou quase, quando um navio v o outro na proa ou quase, e a navegar na sua direco (de noite, ter que ver ambas as luzes de navegao de EB e BB).

    Quando dois navios de propulso mecnica navegam em Rumos que se cruzam,

    de tal forma que existe risco de abalroamento, o navio que v o outro por EB deve afastar-se do seu caminho, evitando cortar-lhe a proa.

    Obs.: No entanto, quando um Navio que tem direito a Rumo, estiver a aproximar-se de outro com perigo de abalroamento (por falta de desvio de quem tinha obrigao de o fazer), dever manobrar adequadamente para ajudar a evitar o abalroamento.

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    O Navio "A" tem direito ao RUMO que leva, sobre todos os navios que se aproximarem dentro deste sector

    Navio A

    O Navio "A" d caminho (desvia-se para deixar passar o outro) aos navios que se aproximam dentro deste sector. Deve faz-lo sempre de maneira a passar-lhe safo pela POPA.

    O Navio "A" tem direito ao RUMO que leva, sobre

    todos os navios que se aproximarem dentro deste sector,

    seja qual for o seu tipo ou actividade

    O navio alcanante deve desviar-se sempre do navio alcanado, quer se trate de

    navios vela ou a motor. Considera-se navio alcanante todo aquele que se aproxima de outro pelo seu sector de popa.

    Um navio de propulso mecnica deve desviar-se de outro que navegue vela

    (excepto se o navio vela for o alcanante)

    Observao importante:

    Chama-se no entanto a ateno para o facto de que, na prtica, isto s acontece no caso do navio vela ser de grande porte (por exemplo, o Navio Sagres).

    No caso da embarcao a motor ser de recreio (de dimenses semelhantes ao de vela), esta regra aplica-se efectivamente.

    Na prtica, aconselhvel que qualquer navio vela se desvie do Rumo de qualquer navio a motor

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    relativamente fcil que um estreante esborrache o seu veleiro contra um ponto (posto de atracao). Recomenda-se, por isso, que antes de se soltar as amarras pela primeira vez se saiba como fazer parar um barco vela. Em termos bsicos para se reduzir a velocidade necessrio aproximar-se a proa ao vento (orar) e simultaneamente soltar as escotas at as velas ficarem a panejar. Parece fcil no ?!

    Embarcao com a proa apontada ao vento fica com capacidade de manobra reduzida e como tal ser difcil recoloc-la em movimento. A corrente tambm um factor importante a levar em linha de conta.

    Para atracar, preciso avaliar bem o local: se houver outros barcos por perto, o espao de manobra talvez seja reduzido e pode tornar difcil a manobra ou at tentar de novo. Complicado demais?! Claro, ento ligue o motor e faa como qualquer lancha. Mas, e se o motor no funcionar? No custa nada saber e nesse caso importante saber alguns princpios bsicos:

    Atracar popa - Usar s o estai ou genoa (vela de proa) e a uma distncia de cerca de trs vezes o comprimento do barco (depende da fora do vento), retire totalmente o pano. Para chegar com mais segurana, se for caso disso, use uma ncora popa, ou baldes de gua controlando assim a velocidade.

    Atracar com vento contra - Fazer a aproximao apenas com a Vela Grande deixando-a panejar. Deve simular-se a manobra numa rea livre, para saber quanto tempo o barco demora para parar.

    Como parar com vento lateral A nica diferena em relao atracao com vento contra que, com vento de travs, deve atracar-se sempre a sotavento do ponto. Como prender a uma poita Manobre de forma a aproar ao vento quando estiver de frente para a bia. Use apenas a vela grande para facilitar a manobra.

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    As embarcaes devem atracar preferencialmente contra a corrente e/ou contra o vento (depende de qual dos elementos o mais preponderante).

    Quando se amarra uma embarcao a um cais, convm deixar os cabos suficientemente folgados, a contar com as amplitudes das mars no caso de pontes no flutuantes.

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    Para se fundear em segurana necessrio conhecer os tipos de fundos e/ou testa-los.

    H fundos com boa tensa (bons fundos) so normalmente de barro, lodo duro ou areia.

    Por outro lado encontram-se fundos que so maus, nomeadamente os de calhau ou rocha. Os ferros no conseguem unhar ou podem prender-se, ficando presos.

    O declive do fundo, quanto acentuado causa dificuldades em unhar, pelo que se deve verificar nas cartas de navegao e quando as linhas que marcam as batimtricas esto muito juntas razo para se ter ateno redobrada.

    Deve tomar-se ateno, ao lanar ncora, quanto aos obstculos na proximidade. Verificar a circunferncia que o seu barco far influenciado pelos ventos e correntes.

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    Poder eventualmente lanar duas ncoras.

    Para se fundear em segurana deve-se "deixar" um cabo com cerca de 3 a 6 vezes a profundidade que ter no local escolhido. Com mau tempo quanto mais cabo melhor. Pode aumentar-se at 10 vezes mais. importante usar uma bia de marcao, vermelha, chamada bia de arinque. Assinala o ponto onde se encontra a ncora e facilita a sua recuperao. O cabo pode ser em nylon mas entre este e o ferro deve existir uma corrente em ferro ou ao criando peso e como tal ajudando a manter o ferro na horizontal. No caso do cabo ser muito curto apenas a ondulao levaria a que o ferro deixasse de unhar.

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    Chama-se marear orientar convenientemente as velas em relao ao vento, de modo a que se obtenha deste o melhor rendimento. Consoante a posio da embarcao em relao ao vento, assim as mareaes assumem diferentes designaes.

    A orientao de uma embarcao vela faz-se basicamente usando o leme. O leme movimenta-se usando a cana de leme ou a roda de leme .

    A movimentao do leme se a nossa embarcao estiver equipada com cana de leme, faz-se de forma inversa, ou seja, se deslocarmos a cana de leme para Bombordo, viramos para Estibordo e vice-versa. J o mesmo no acontece quando se utiliza uma roda de leme que funciona exactamente como um automvel e naturalmente, em qualquer dos casos, o leme s funciona se o barco estiver em andamento.

    A cana do leme (seta branca) gira

    para o lado contrrio para onde queremos virar

    Quando navegamos temos que ter em ateno s diversas foras externas que influenciam o nosso rumo, obrigando a embarcao a Abater ou Derivar, essas foras s por exemplo a corrente e o vento.

    A resultante uma soma vectorial da

    intensidade da corrente com a velocidade do barco

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    Quando se navega vela temos que considerar dois tipos de vento, o Aparente e o Real.

    Vento real e vento aparente

    (note-se a as variaes de direco e intensidade)

    Barlavento o lado de onde sopra o vento.

    Sotavento o lado para onde vai o vento.

    Orar diz-se quando a proa do barco se aproxima da direco do vento.

    Arribar diz-se que estamos a, enquanto que quando a proa se afasta do vento.

    Bolina Quando um veleiro navega o mais na direco do vento possvel.

    Largo quando se navega com vento pelas amuras.

    Popa Quando a direco do vento entre o travs e as alhetas.

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    Mareaes em funo da direco do vento 1

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    Mareaes em funo da direco do vento 2

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    Caa-se a vela gradualmente at deixar de bater

    Folgar deixar a vela ir ao sabor da direco do vento (soltando a escota - dando mais cabo).

    Caar puxar a vela atravs da escota (reduzindo o tamanho da escota) at a vela deixar de bater.

    O mesmo percurso poder demorar tempos completamente diferentes, dependendo da fora e direco do vento estado do mar e correntes.

    O mesmo percurso com ventos diferentes

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    O abatimento pe-nos problemas de segurana

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    Virar por davante fazer a manobra contra a direco do vento.

    Virar em roda fazer a manobra a favor da direco do vento.

    Quando virar por davante o timoneiro deve virar sem brusquido a cana de leme para sotavento (A1). No momento em que o estai ou genoa comea a bater, folga as escotas de sotavento (A2) e quando a vela de proa passar, pela aco do vento, para o bordo contrrio (A3), comea a caar as escotas desse bordo (A4). Deve-se arribar um pouco para ganhar um pouco mais de andamento, seguindo-se depois as afinaes para esse bordo.

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    Virar por davante (A) e em roda (B)

    Quando virar em roda, embora aparentemente mais fcil, necessrio ter outros cuidados. Em geral passa-se de um largo (B1) para uma popa quase raza (B2), obrigando o vento a entrar pela alheta (B3). Deve-se ento caar bem a vela grande de modo a trazer a retranca at ao meio (B4) se possvel forar antecipando esse movimento. ento que se vira obrigando o vento a levar a retranca para o bordo contrrio (B5). A escota da vela de proa folgou-se entretanto e caou-se a do outro bordo (B6). Agora pode voltar-se a folgar a grande e fazer as respectivas afinaes de velas. Esta manobra pode ser um risco na altura em que a retranca voa de um bordo para o outro. Se a passagem for demasiado violenta, a cabea de um tripulante desprevenido pode ser fatalmente apanhada na trajectria por isso se sugere forar/antecipar o movimento. O aparelho de uma embarcao tambm pode sofrer indo ao limite de partir o mastro se os ventos forem demasiado violentos. Na dvida prefervel optar pela viragem por davante.

    A pratica ajudar-nos- a desvendar os segredos destas e de outras manobras!

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    A rea da vela grande reduzida pelo uso da tcnica de rizar. Esta operao muito mais fcil do que trocar a vela. O rizo executado abaixando-se a vela grande, estabelecendo-se um novo ponto na testa da vela como punho da amura e um novo ponto na valuma como punho da escota e subindo-se novamente a vela com a rea agora reduzida. O novo punho da amura preso ao garlindu usando-se um cabo (Reefing DownHaul) ou a um gancho prprio para essa operao e que fica permanentemente preso ao garlindu. O novo punho da escota preso a ponta da retranca usando um cabo (Reefing OutHaul) que deve ficar permanentemente passado pelo olhal prprio para essa operao.

    Passos para Rizar a Vela grande:

    1. Ajuste o rumo para uma ora fechada (Velas bem caadas) 2. Folgue a escota da vela grande at que ela paneje 3. Solte a adria da vela grande at que o novo punho da amura fique bem prximo

    ao garlindu. Prenda a adria 4. Prenda o novo punho da amura no gancho prprio ou prenda o cabo (Reefing

    DownHaul) que passa pelo novo punho, tensionando-o para baixo 5. Puxe novamente a adria at obter a tenso desejada na testa da vela 6. Puxe o cabo (Reefing OutHaul) que passa pelo novo punho da escota prendendo-o

    na ponta da retranca 7. Cace a escota da vela grande. Arrume a parte da vela que foi reduzida

    prendendo-a ao longo da retranca com cabos auxiliares prprios

    comum nos barcos de cruzeiro a existncia de mais de um ponto de rizo (normalmente trs). O rizo de baixo chamado de primeiro rizo, o seguinte de segundo rizo e assim por diante. Para cada rizo necessrio ter um jogo de cabos prprios.

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    O mais importante na operao de rizo fazer com que os novos punhos de amura e escota fiquem bem presos e prximos ao garlindu e a ponta da retranca respectivamente, por dois motivos:

    1. A maior tenso na parte de baixo da vela grande deve ficar nos punhos de amura e da escota porque esses pontos so reforados para agentar essa tenso. Ao contrrio, os cabos auxiliares que prendem a sobra da vela reduzida no esto dimensionados para suportar tenses. Se os punhos no estiverem bem presos e a tenso se transferir para os cabos auxiliares, a vela sofrer uma deformao e pode at rasgar nesses pontos 2. Manter a vela grande suficientemente plana para auxiliar o controle do barco

    Outros Ajustes nas Velas - H ainda um outro ajuste que deve ser feito e que far muita diferena na performance do seu barco. o ajuste da curvatura da vela, modificada pela tenso na adria (e conseqentemente na testa) dessa vela. Muita tenso conduz a uma vela plana e pouca tenso produz uma vela "barriguda". Quando a tenso estiver correta, no devem ser observadas rugas horizontais nem verticais ao longo da testa da vela. Muita tenso promove rugas verticais (ao longo da testa) e pouca tenso promove rugas perpendiculares a testa da vela.

    O mesmo princpio se aplica a esteira da vela grande. Muita tenso provoca rugas ao longo da retranca e pouca tenso provoca rugas perpendiculares a retranca.

    Outros controles so o traveller (folgue o traveller para tornar a vela mais plana) e o controle de tenso do estai de popa (tensione o estai de popa para obter uma vela mais plana).

  • Trabalho elaborado em 2005 por Jos Lus Patrcio - Praticante vela de cruzeiro h 17 anos de Wind-Surf durante 10 Anos Participao em vrias regatas de Cruzeiro, alguns passeios e regatas na Costa Portuguesa e Espanhola . Regata Arcachon Aveiro 2001 Fontes do trabalho: Diversificadas e sua prpria experincia Objectivos: Ajudar formao de novos velejadores -------------------- Este trabalho no deve ser comercializada

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    Exemplos Extremos de Testa da Genoa Muito Tensionada e Pouco Tensionada

    Em velas de proa que no usam garrunchos mais difcil perceber as rugas que se formam quando a tenso da testa da vela no esta adequada.

    A medida que voc caa a adria, observe a testa da vela at que ela fique lisa; esta a tenso correta.

    Quando h um aumento na intensidade do vento, torna-se necessrio aumentar a tenso na adria para tornar a vela mais plana.

    Muitas vezes a vela parece que esta com a tenso correta mas, quando as escotas so caadas e o vento enche a vela, as rugas aparecem indicando que a testa precisa ser mais tensionada.

    Por isso, ao levantar a vela, recomendvel que voc aplique uma tenso um pouco maior para que, quando voc comear a velejar a tenso fique correta.

    Os velejadores de regatas esto sempre re-ajustando a tenso das adrias para adequ-las as vrias condies de vento.

    Isto significa muito mais trabalho a bordo mas se reflete diretamente na performance do barco.

  • Trabalho elaborado em 2005 por Jos Lus Patrcio - Praticante vela de cruzeiro h 17 anos de Wind-Surf durante 10 Anos Participao em vrias regatas de Cruzeiro, alguns passeios e regatas na Costa Portuguesa e Espanhola . Regata Arcachon Aveiro 2001 Fontes do trabalho: Diversificadas e sua prpria experincia Objectivos: Ajudar formao de novos velejadores -------------------- Este trabalho no deve ser comercializada

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    O que deve fazer:

    Gritar "HOMEM AO MAR" alertando toda a tripulao.

    Lanar uma bia de ferradura ou outra assim como um objecto que sinalize o local. De noite deve usar-se meios pirotcnicos de sinalizao. Em exclusivo um membro da tripulao deve manter-se atento ao nufrago para no o perder de vista. Se possvel deve accionar-se dispositivo prprio de GPS MOB/Man over board.

    Diminuir velocidade, ligar o motor sem o engatar e preparar simultaneamente um cabo para lanar vitima e ajudar a recolhe-la.

    Manobre e faa o resgate da forma mais adequada (ver diagramas abaixo).

    Caso passe a uma simples operao de resgate para uma operao de busca e salvamento deve ser iada uma bandeira "O" e difundir imediatamente um "MAYDAY" via rdio.

    PROCEDIMENTOS QUANDO A MOTOR

    Deixe o nufrago a sotavento

  • Trabalho elaborado em 2005 por Jos Lus Patrcio - Praticante vela de cruzeiro h 17 anos de Wind-Surf durante 10 Anos Participao em vrias regatas de Cruzeiro, alguns passeios e regatas na Costa Portuguesa e Espanhola . Regata Arcachon Aveiro 2001 Fontes do trabalho: Diversificadas e sua prpria experincia Objectivos: Ajudar formao de novos velejadores -------------------- Este trabalho no deve ser comercializada

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    Curva ou Manobra de Butakoff Guina-se a embarcao 60 do rumo inicial, aps o que se inicia uma manobra de 360 at atingir o rumo inverso do inicial. Se a manobra for efectuada correctamente a embarcao regressa aproximadamente a inverso do rumo que trazia. Manobra recomendada para os casos em que o nufrago no est vista, quer por o navio se ter afastado demasiado, quer por o acidente ter ocorrido de noite.

    Curva de Butakoff

    PROCEDIMENTOS QUANDO VELA

    Ligue o motor e mantenha-o em ponto-morto at ser efectivamente necessrio o seu uso.

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    RECOMENDAES

    Navegar no apenas andar no mar. Saiba que grande parte dos acidentes so devidos a deficiente (ou inexistente) manuteno e a um excesso de confiana. Tenha em mente que se tiver um acidente provavelmente envolver outras embarcaes que podero correr riscos para o salvarem! No ponha em risco a sua vida e da sua tripulao.

    PRATIQUE

    Tire um curso de navegador de recreio. Tenha em ateno que no interessa apenas tirar a carta. Deve adquirir a prtica necessria para uma navegao segura.

    A sua prtica e da tripulao so essenciais para quando as coisas correm mal no fiquem pior.

    ANTES DE SAIR

    No o faa apressadamente. Prepara a sada com calma. Verifique as condies meteorolgicas. Consulte o boletim meteorolgico, a

    rdio, NAVTEX ou pea pelo VHF a meteorologia para o seu local e navegao. Verifique que o barco e o equipamento est em condies. Manuteno a

    embarcao regularmente. Certifique-se que o motor est em condies de ser usado. No se esquea do

    combustvel e de uma caixa de ferramentas. Certifique-se que tem o equipamento de segurana a bordo. Coletes,

    pirotcnicos, rdio, etc. Planeie o cruzeiro. Durao, percurso, quartos, portos de abrigo, rumos, etc. Leve consigo cartas, tabelas de mars e demais publicaes nuticas.

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    Tenha o hbito de informar as autoridades da sua sada, informando o destino e a hora estimada da chegada.

    Deixe as informaes necessrias com um contacto em terra. Datas de partida e chegada, portos de destino, descrio do barco (nome, tipo, tamanho, etc.), lista de pessoas a bordo (nomes, idades, etc.). Qualquer alterao deve ser transmitida pessoa de contacto em terra.

    Conhea as suas limitaes como as da tripulao para a viagem que pretende fazer. Navegue apenas de acordo com a sua capacidade e a do barco.

    Tenha a bordo coletes e arnezes para toda a tripulao. Explique-lhes o seu uso. Todos devem saber o que fazer em caso de uma situao de Homem ao Mar. A tripulao deve estar equipada para o frio ou protegida do sol.

    DURANTE A NAVEGAO

    Vigie a sua navegao e respeite as normas internacionais para evitar albarroamentos.

    Permanea atento evoluo do tempo. No caso das condies meteorolgicas piorarem inesperadamente, no corra riscos e procure um porto de abrigo.

    Exija que a tripulao use os meios de segurana. Coletes e arns. Mantenha escuta permantente em canal 16 no VHF. Tenha cuidado ao fumar. Os incndios a bordo so normalmente desastrosos. No se esquea de fechar a bilha de gs quando no a estiver a usar. No confie no acaso. No caso de dvida pea socorro. No deixe passar o tempo.

    Lembre-se que mais fcil encontr-lo com luz do dia do que de noite.

    EMERGNCIA

    Usar o VHF no canal 16. O telemvel tem um alcance limitado, mas prximo de terra um meio adicional (no alternativo) ao VHF.

    Chame a ateno com a buzina de nevoeiro ou apito. Se depois do pedido de socorro tiver entretanto resolvido o problema, avise de

    modo a cancelar as operaes de salvamento. Ao receber um pedido de socorro, avise as autoridades e outras embarcaes.

    Socorra a embarcao o mais rapido possvel, desde que no coloque a sua em perigo.

    Tenha os seus pirotcnicos resguardados num contentor prova de gua . Leia com tempo as suas instrues. Em caso de emergncia provavelmente no ter tempo para o fazer!

    Guarde a caixa de primeiros socorros numa caixa estanque e local apropriado. Deve ter sempre um ferro e amarra suficiente, preparado para qualquer

    emergncia. Um reflector de radar importante para que seja mais facilmente localizado.

    MEIOS ALTERNATIVOS DE PROPULSO

    Um par de remos ou um pequeno fora-de-bordo so o mais aconselhvel. Um depsito de combustvel suplente. Tenha preparado uns cabos para reboque.

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    ESPERO TER CONTRIBUIDO, EMBORA MODESTAMENTO PARA O TEU DESENVOLVIMENTO NA PRTICA DA VELA. BONS VENTOS. Jos Lus - 917419644

    redonda