dos estabelecimentos penais (arts. 82 a 104, lep)

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DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS (arts. 82 a 104, LEP)

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Page 1: DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS (arts. 82 a 104, LEP)

DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS(arts. 82 a 104, LEP)

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1) Disposições Gerais

• Os estabelecimentos penais destinam-se:

a) Ao condenado – aquele que cumpre pena em regimes fechado, semiaberto e aberto.

b) Ao submetido à medida de segurança – aquele que se encontra internado em hospital de custódia e tratamento.

c) Ao preso provisório – aquele que se encontra preso em decorrência da prisão cautelar.

d) Ao egresso – nesse caso, como o indivíduo já se encontra em liberdade ou em livramento condicional, o estabelecimento penal a ele destinado seria aquele afeto ao período de assistência de dois meses em estabelecimento adequado (art. 82, LEP).

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• A mulher e o maior de 60 anos, serão recolhidos em estabelecimentos próprios e adequados à sua condição pessoal.

• Nesse sentido, a LEP cumpre disposição constitucional de que a pena deverá ser cumprida em estabelecimentos distintos para homens e mulheres, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado.

• A separação de homens e mulheres visa evitar a promiscuidade e as violências sexuais.

• Quanto ao idoso, a lei entende que este indivíduo possui uma situação mais frágil, sendo justo um estabelecimento próprio para cumprir sua pena.

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• O estabelecimento penal, de acordo com a sua natureza, deverá possuir em suas dependências áreas de serviços destinados a dar assistência, educação, trabalho, recreação e prática esportiva.

• Já os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de berçário para que as condenadas possam amamentar seus filhos.

• Essa última disposição faz jus a mandamento constitucional, que afirma que as presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação.

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• O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em julgado.

• O preso primário cumprirá pena em seção distinta daquela reservada para os presos reincidentes.

• O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da administração da justiça criminal ficará em dependência separada.

Page 6: DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS (arts. 82 a 104, LEP)

• A LEP diz que o estabelecimento penal deverá ter lotação compatível com a sua estrutura e finalidade.

• O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária é o órgão responsável por determinar o limite máximo de capacidade do estabelecimento penal, sempre atendendo a sua natureza e peculiaridades.

• Não resta dúvida de que a situação ideal era haver estabelecimentos penais com lotação compatível com o número de vagas oferecidas, todavia não é essa a situação atual.

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• Existe autorização legal para que o condenado possa cumprir sua pena em unidade federativa diversa daquela onde teve origem sua sentença, em presídio estadual ou da União.

• A União tem o dever de construir estabelecimentos penais para abrigar sentenciados quando esta medida se mostrar justificada no interesse da segurança pública ou do próprio condenado.

• São os chamados presídios de segurança máxima, construídos com o intuito de abrigar presos considerados de alta periculosidade,

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Da Penitenciária (arts. 87 a 90, LEP)

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• Denomina-se penitenciária o presídio que abriga condenados sujeitos a pena de reclusão, em regime fechado (art. 87, LEP).

• Preceitua a LEP que deve haver cela individual, com dormitório, aparelho sanitário e lavatório, em local salubre com área mínima de seis metros quadrados (art. 88, LEP).

• Nas penitenciárias femininas, poderá haver seção para gestante e parturiente, bem como creche, com a meta de assistir ao menor desamparado (maiores de seis meses e menores de sete anos) cuja responsável esteja presa (art. 89, LEP).

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• Em relação às penitenciárias masculinas, preceitua a LEP que devem ficar afastadas do centro urbano, mas não tão distantes a ponto de impedir o acesso das visitas (art. 90, LEP).

• Em grande parte das comarcas, quando a penitenciária é nova, busca-se respeitar essa regra, que envolve fatores de segurança.

• Porém, há inúmeras comarcas que convivem com penitenciárias dentro do centro urbano.

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Da Colônia Agrícola (arts. 91 a 92, LEP)

Page 12: DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS (arts. 82 a 104, LEP)

• A colônia penal agrícola, industrial ou similar é o estabelecimento destinado ao cumprimento de pena em regime semiaberto.

• Cuida-se de estabelecimento penal de segurança média, onde já não existem muralhas e guardas armados, de modo que a permanência do preso se dá, na maior parte dos casos, por sua própria disciplina e senso de responsabilidade.

• É o regime intermediário, considerado o mais adequado em matéria de eficiência.

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• Os alojamentos poderão ser coletivos, mas sempre devendo ser observada a salubridade, bem como evitando-se a superlotação.

• Os presos deverão passar por seleção adequada para que possam ficar em colônia agrícola.

• Deve-se também observar o limite de capacidade máxima, evitando a superlotação e atendendo os objetivos da individualização da pena.

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Da Casa do Albergado (arts. 93 a 95, LEP)

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• A casa do albergado é o lugar destinado ao cumprimento da pena em regime aberto, bem como para a pena de limitação de fim de semana (restritiva de direitos).

• O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado dos demais estabelecimentos, com ausência de obstáculos físicos contra a fuga.

• Essa medida é entendida por correta, haja vista que, não só o albergado fica fora durante todo o dia, pois está trabalhando, como também o regime conta com sua autodisciplina e sendo de responsabilidade.

Page 16: DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS (arts. 82 a 104, LEP)

• Cada região deverá contar com pelo menos uma casa do albergado, que terá, ainda, local reservado para palestras e cursos.

• A casa do albergado deverá contar ainda com instalações para os serviços de fiscalização e orientação dos condenados.

• Todavia, em relação a esse estabelecimento penal, há certo descaso por parte do Poder Executivo, pois são poucas as cidades brasileiras que podem contar com a casa do albergado.

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Do Centro de Observação (arts. 96 a 98, LEP)

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• A LEP prevê a existência de centros de observação criminológica, onde devem ser realizados os exames gerais, em especial o exame criminológico, que será encaminhado à Comissão Técnica de Classificação.

• Ademais, no centro poderão ainda ser desenvolvidas pesquisas criminológicas.

• O Centro de Observação será instalado em unidade autônoma ou em anexo a estabelecimento penal.

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Do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (arts. 99 a 101, LEP)

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• Os hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico destinam-se a quem cumpre medida de segurança de internação (inimputáveis ou semi-imputáveis).

• Nessas localidades, periodicamente, realizam-se os exames psiquiátricos para o acompanhamento dos internados.

• Podem também abrigar aqueles que estão sujeitos ao tratamento ambulatorial, embora não se equipare à internação.

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Da Cadeia Pública (arts. 102 a 104, LEP)

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• A cadeia pública é o local destinado ao recolhimento de presos provisórios.

• Cada Comarca terá, pelo menos, uma Cadeia Pública a fim de resguardar o interesse da administração da justiça criminal e a permanência do preso em local próximo ao seu meio social e familiar.

• Atualmente, em lugar das cadeias, surgiram os centros de detenção provisória, que possuem maior número de vagas e estrutura semelhante a do presídio.