dop - legislacao europeia - 1992/07 - reg nº 2081 - quali.pt

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    1992R2081 PT 01.05.2004 005.001 1

    Este documento constitui um instrumento de documentao e no vincula as instituies

    B REGULAMENTO (CEE) No 2081/92 DO CONSELHO

    de 14 de Julho de 1992

    relativo proteco das indicaes geogrficas e denominaes de origem dos produtos agrcolas edos gneros alimentcios

    (JO L 208 de 24.7.1992, p. 1)

    Alterado por:

    Jornal Oficial

    n.o pgina data

    M1 Regulamento (CE) no 535/97 do Conselho de 17 de Maro de 1997 L 83 3 25.3.1997

    M2 Regulamento (CE) no 1068/97 da Comisso de 12 de Junho de 1997 L 156 10 13.6.1997

    M3 Regulamento (CE) n.o 2796/2000 da Comisso de 20 de Dezembro de2000

    L 324 26 21.12.2000

    M4 Regulamento (CE) n.o 692/2003 do Conselho de 8 de Abril de 2003 L 99 1 17.4.2003

    M5 Regulamento (CE) n.o 806/2003 do Conselho de 14 de Abril de 2003 L 122 1 16.5.2003

    Alterado por:

    A1 Acto de Adeso da ustria, da Finlndia e da Sucia C 241 21 29.8.1994

    (adaptado pela Deciso 95/1/CE, Euratom, CECA do Conselho) L 1 1 1.1.1995

    A2 Acto relativo s condies de adeso da Repblica Checa, da Repblicada Estnia, da Repblica de Chipre, da Repblica da Letnia, da Rep-

    blica da Litunia, da Repblica da Hungria, da Repblica de Malta, daRepblica da Polnia, da Repblica da Eslovnia e da Repblica Eslo-vaca e s adaptaes dos Tratados em que se funda a Unio Europeia

    L 236 33 23.9.2003

    Rectificado por:

    C1 Rectificao, JO L 53 de 24.2.1998, p. 26 (2081/92)

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    REGULAMENTO (CEE) No 2081/92 DO CONSELHO

    de 14 de Julho de 1992

    relativo proteco das indicaes geogrficas e denominaes deorigem dos produtos agrcolas e dos gneros alimentcios

    O CONSELHO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS,

    Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Econmica Euro-peia e, nomeadamente, o seu artigo 43o,

    Tendo em conta a proposta da Comisso (1),

    Tendo em conta o parecer do Parlamento Europeu (2),

    Tendo em conta o parecer do Comit Econmico e Social (3),

    Considerando que a produo, o fabrico e a distribuio de produtosagrcolas e de gneros alimentcios ocupam um lugar importante naeconomia da Comunidade;

    Considerando que, no mbito da reorientao da poltica agrcola

    comum, conveniente favorecer a diversificao da produo agrcola,a fim de obter um melhor equilbrio entre a oferta e a procura nomercado; que a promoo de produtos com determinadas caractersticas

    pode tornar-se um trunfo importante para o mundo rural, nomeada-mente nas zonas desfavorecidas ou afastadas, mediante, por um lado,a melhoria do rendimento dos agricultores e, por outro, a fixao da

    populao rural nestas zonas;

    Considerando, alm disso, que se tem vindo a verificar nos ltimosanos uma tendncia por parte dos consumidores no sentido de privile-giarem na sua alimentao a qualidade em detrimento da quantidade;que essa procura de produtos especficos se traduz, entre outras, numa

    procura cada vez mais importante de produtos agrcolas ou de gnerosalimentcios com uma origem geogrfica determinada;

    Considerando que, perante a diversidade dos produtos colocados nomercado e a quantidade de informaes sobre eles fornecidas, o consu-midor deve, a fim de poder efectuar melhor a sua escolha, dispor deinformaes claras e sucintas que o esclaream com rigor sobre aorigem do produto;

    Considerando que os produtos agrcolas e os gneros alimentcios seencontram sujeitos, no que se refere sua rotulagem, s regras geraisestabelecidas na Comunidade, nomeadamente Directiva 79/112/CEEdo Conselho, de 18 de Dezembro de 1978, relativa aproximao daslegislaes dos Estados-membros respeitantes rotulagem, apresen-tao e publicidade dos gneros alimentcios destinados aoconsumidor final (4); que, atendendo sua especificidade, conveni-ente adoptar disposies especiais complementares para os produtos

    agrcolas e os gneros alimentcios provenientes de uma reageogrfica delimitada;

    Considerando que a vontade de proteger produtos agrcolas ou gnerosalimentcios identificveis quanto sua origem geogrfica levou certosEstados-membros criao de denominaes de origem controlada;que estas se desenvolveram a contento dos produtores, que obtmmelhores rendimentos em contrapartida de um real esforo qualitativo,e dos consumidores, que dispem de produtos de alto nvel com garan-tias quanto ao seu mtodo de fabrico e origem;

    Considerando, no entanto, que as actuais prticas nacionais deexecuo das denominaes de origem e das indicaes geogrficasno esto harmonizadas; que necessrio prever uma abordagem

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    (1) JO no C 30 de 6. 2. 1991, p. 9 eJO no C 69 de 18. 3. 1992, p. 15.

    (2) JO no C 326 de 16. 12. 1991, p. 35.(3) JO no C 269 de 14. 10. 1991, p. 62.(4) O no L 33 de 8. 2. 1979, p. 1. Directiva com a ltima redaco que lhe foi

    dada pela Directiva 91/72/CEE (JO no L 42 de 15. 2. 1991, p. 27.)

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    comunitria; que, com efeito, um quadro de regras comunitrias queinclua um regime de proteco permitir o desenvolvimento das indi-caes geogrficas e das denominaes de origem na medida em quegarantir, atravs de uma abordagem mais uniforme, a igualdade dascondies de concorrncia entre os produtores de produtos que benefi-ciem dessas menes e conduzir a uma maior credibilidade desses

    produtos aos olhos dos consumidores;Considerando que convm que a regulamentao projectada seja apli-cada sem prejuzo da legislao comunitria j existente relativa aosvinhos e bebidas espirituosas, que pretende estabelecer um nvel de

    proteco mais elevado;

    Considerando que o mbito de aplicao do presente regulamentoabrange apenas os produtos agrcolas e gneros alimentcios relativa-mente aos quais existe uma ligao entre as caractersticas do produtoe a sua origem geogrfica; que, todavia, podem incluir-se outros

    produtos ou gneros no mbito de aplicao do presente regulamento;

    Considerando que, atendendo s prticas existentes, convm definirdois nveis diferentes de referncia geogrfica, a saber: as indicaesgeogrficas protegidas e as denominaes de origem protegidas;

    Considerando que um produto agrcola ou um gnero alimentcio que beneficie de uma tal meno deve satisfazer um determinado nmerode condies, enumeradas num caderno de especificaes e obrigaes;

    Considerando que, para beneficiarem de proteco em todos osEstados-membros, as indicaes geogrficas e denominaes de origemdevem ser registadas ao nvel comunitrio; que a inscrio num registo

    permite igualmente assegurar a informao dos profissionais e dosconsumidores;

    Considerando que o processo de registo deve permitir a qualquerpessoa, individual e directamente interessada, defender os seus direitosmediante notificao da sua oposio Comisso;

    Considerando que desejvel dispor de processos que permitam, apso registo, quer a adaptao do caderno de especificaes e obrigaes,designadamente luz da evoluo dos conhecimentos tecnolgicos,quer a retirada do registo da indicao geogrfica ou denominao deorigem de um produto agrcola ou de um gnero alimentcio, sempreque esse produto ou gnero deixar de ser conforme ao caderno de espe-cificaes e obrigaes com base no qual tinha beneficiado daindicao geogrfica ou denominao de origem;

    Considerando que convm permitir negociaes com pases terceirosque possam apresentar garantias equivalentes relativas concesso econtrolo das indicaes geogrficas e denominao de origem emitidasno seu territrio;

    Considerando que convm prever um processo de cooperao estreitaentre os Estados-membros e a Comisso, no mbito de um comit decarcter regulamentar criado para o efeito,

    ADOPTOU O PRESENTE REGULAMENTO:

    Artigo 1o

    1. O presente regulamento estabelece as regras relativas protecodas denominaes de origem e das indicaes geogrficas dos produtosagrcolas destinados alimentao humana que constam do anexo I doTratado, dos gneros alimentcios que constam do anexo I do presenteregulamento e dos produtos agrcolas enumerados no anexo II do

    presente regulamento.Todavia, o disposto no presente regulamento no se aplica nem aos

    produtos do sector vitivincola, com excepo dos vinagres de vinho,nem s bebidas espirituosas. O presente nmero no prejudica a apli-cao do Regulamento (CE) n.o 1493/1999, que estabelece aorganizao comum do mercado vitivincola.

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    Os anexos I e II do presente regulamento podem ser alterados deacordo com o procedimento previsto no artigo 15.o.

    2. O disposto no presente regulamento no prejudica a aplicao deoutras disposies comunitrias especficas.

    3. A Directiva 83/189/CEE do Conselho, de 28 de Maro de 1983,relativa a um procedimento de informao no domnio das normas eregulamentaes tcnicas (1), no aplicvel nem s denominaes deorigem nem s indicaes geogrficas a que o presente regulamento dizrespeito.

    Artigo 2o

    1. A proteco comunitria das denominaes de origem e das indi-caes geogrficas dos produtos agrcolas e dos gneros alimentciosser obtida em conformidade com o disposto no presente regulamento.

    2. Na acepo do presente regulamento, entende-se por:

    a) Denominao de origem, o nome de uma regio, de um local deter-

    minado ou, em casos excepcionais, de um pas, que serve paradesignar um produto agrcola ou um gnero alimentcio:

    originrio dessa regio, desse local determinado ou desse pas e cuja qualidade ou caractersticas se devem essencial ou exclusi-

    vamente ao meio geogrfico, incluindo os factores naturais ehumanos, e cuja produo, transformao e elaborao ocorremna rea geogrfica delimitada;

    b) Indicao geogrfica, o nome de uma regio, de um local determi-nado, ou, em casos excepcionais, de um pas, que serve paradesignar um produto agrcola ou um gnero alimentcio:

    originrio dessa regio, desse local determinado ou desse pas e cuja reputao, determinada qualidade ou outra caracterstica

    podem ser atribudas a essa origem geogrfica e cuja produoe/ou transformao e/ou elaborao ocorrem na rea geogrficadelimitada.

    3. So igualmente consideradas denominaes de origem certasdenominaes tradicionais, geogrficas ou no, que designem um

    produto agrcola ou um gnero alimentcio originrio de uma regioou local determinado e que satisfaa as condies previstas na alneaa), segundo travesso, do no 2.

    4. Em derrogao ao no 2, alnea a), so equiparadas a denomi-naes de origem, certas designaes geogrficas quando as matrias--primas dos produtos em questo provenham de uma rea geogrficamais vasta ou diferente da rea de transformao desde que:

    a rea de produo da matria-prima se encontre delimitada e

    existam condies especiais para a produo das matrias-primas e exista um regime de controlo que garanta a observncia dessas

    condies.

    5. Na acepo do no 4, apenas so considerados matrias-primas osanimais vivos, as carnes e o leite. A utilizao de outras matrias--primas pode ser permitida segundo o processo previsto no artigo 15o.

    6. Para beneficiar do disposto no no 4, as designaes em questodevem ou ter j sido reconhecidas como denominaes de origem

    beneficiando de uma proteco nacional pelo Estado-membro emquesto ou, se tal regime no existir, ter justificado um carcter tradi-cional, bem como uma reputao e de uma notoriedade excepcionais.

    7. Para beneficiar do disposto no n

    o

    4, os pedidos de registo devemser efectuados no prazo de dois anos aps a entrada em vigor do presente regulamento. A1 Para a ustria, a Finlnda e a Sucia o

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    (1) JO no L 109 de 26. 4. 1983, p. 8. Directiva com a ltima redaco que lhefoi dada pela Deciso 90/230/CEE (JO no L 128 de 18. 5. 1990, p. 15).

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    prazo acima referido contado a partir da data adeso. A2 Paraa Repblica Checa, a Estnia, Chipre, a Letnia, a Litunia, a Hungria,Malta, a Polnia, a Eslovnia e a Eslovquia, o prazo acima referido contado a partir da data da adeso.

    Artigo 3o

    1. No se podem registar as denominaes que se tornaram gen-ricas.

    Na acepo do presente regulamento, entende-se por denominao quese tornou genrica o nome de um produto agrcola ou de um gneroalimentcio que, embora diga respeito a um local ou regio ondeesse produto agrcola ou gnero alimentcio tenha inicialmente sido

    produzido ou comercializado, passou a ser o nome comum de um produto ou gnero alimentcio.

    Para determinar se uma designao se tornou genrica todos os factoresdevem ser tidos em conta e, nomeadamente;

    a situao existente no Estado-membro onde a denominao temorigem e nas zonas de consumo,

    a situao noutros Estados-membros, as disposies legislativas nacionais ou comunitrias pertinentes.

    Se, no termo do processo definido nos artigos 6 o e 7o, um pedido deregisto for recusado porque uma denominao passou a ser genrica, aComisso publicar essa deciso no Jornal Oficial das ComunidadesEuropeias.

    2. Um nome no pode ser registado como denominao de origemou como indicao geogrfica quando entrar em conflito com o nomede uma variedade vegetal ou de uma raa animal, podendo assiminduzir em erro o consumidor em geral quanto verdadeira origem do

    produto.

    3. Antes da data de entrada em vigor do presente regulamento, o

    Conselho, deliberando por maioria qualificada por proposta daComisso, deve elaborar e publicar no Jornal Oficial das ComunidadesEuropeias uma lista no exaustiva, indicativa das designaes de produtos agrcolas ou gneros alimentcios que so abrangidos pelo presente regulamento e so considerados nos termos do no 1, comogenricos e por esse facto no susceptveis de ser registados sob o

    presente regulamento.

    Artigo 4o

    1. Para poder beneficiar de uma denominao de origem protegida(DOP) ou de uma indicao geogrfica protegida (IGP), um produtoagrcola ou um gnero alimentcio deve obedecer a especificaes.

    2. As especificaes do produto devero incluir, pelo menos:

    a) O nome do produto agrcola ou do gnero alimentcio, incluindo adenominao de origem ou a indicao geogrfica;

    b) A descrio do produto agrcola ou do gnero alimentcio, incluindoas matrias-primas se for caso disso, as principais caractersticasfsicas, qumicas, microbiolgicas e/ou organolpticas do produtoou do gnero alimentcio;

    c) A delimitao da rea geogrfica e, se for caso disso, os elementosque indiquem a observncia das condies previstas no no 4 doartigo 2o;

    d) Os elementos que provem que o produto agrcola ou o gneroalimentcio so originrios da rea geogrfica, na acepo do no 2,alnea a) ou b) do artigo 2o, conforme o caso;

    e) A descrio do mtodo de obteno do produto agrcola ou dognero alimentcio e, se necessrio, os mtodos locais, leais e cons-tantes, bem como os elementos referentes ao seu acondicionamento,sempre que o agrupamento requerente determine e justifique que oacondicionamento deve ser realizado na regio geogrfica delimi-

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    tada, a fim de salvaguardar a qualidade, garantir a rastreabilidade ouassegurar o controlo;

    f) Os elementos que justificam a relao com o meio geogrfico ou aorigem geogrfica na acepo do no 2, alnea a) ou b), do artigo 2o,conforme o caso;

    g) As referncias relativas ou s estruturas de controlo previstas noartigo 10o;

    h) Os elementos especficos da rotulagem relacionados com a menoDOP ou IGP, conforme o caso, ou as menes tradicionaisnacionais equivalentes;

    i) As eventuais exigncias fixadas por disposies comunitrias e/ounacionais.

    Artigo 5o

    1. Apenas um agrupamento ou, sob certas condies a determinarem conformidade com o processo previsto no artigo 15o, uma pessoasingular ou colectiva poder apresentar um pedido de registo.

    Na acepo do presente regulamento entende-se por agrupamentouma organizao, qualquer que seja a sua forma jurdica ou compo-sio, de produtores e/ou transformadores de um mesmo produtoagrcola ou de um mesmo gnero alimentcio. Outras partes interes-sadas podero participar no agrupamento.

    2. O pedido de registo apresentado por um agrupamento ou por umapessoa, singular ou colectiva, apenas poder dizer respeito aos produtosagrcolas ou gneros alimentcios por si produzidos ou obtidos, naacepo do no 2, alnea a) ou b) do artigo 2o

    3. O pedido de registo dever incluir as especificaes do produtoreferidas no artigo 4o

    4. O pedido de registo ser enviado ao Estado-membro onde se situaa rea geogrfica.

    5. O Estado-membro verificar a correcta fundamentao do pedidoe transmiti-lo- Comisso, juntamente com as especificaes do

    produto referidas no artigo 4o e com outros documentos em que tenha baseado a sua deciso, caso considere satisfeitas as exigncias do presente regulamento.

    A proteco, na acepo do presente regulamento nacional, bem como,se for caso disso, o perodo de adaptao, s podem ser concedidos anvel nacional e a ttulo transitrio por esse Estado-membro denomi-nao assim enviada a partir da data desse envio; podem igualmenteser concedidos a ttulo transitrio nas mesmas condies no quadro de

    um pedido de alterao do caderno de encargos.

    A proteco nacional transitria deixa de existir a partir da data em quefor tomada uma deciso sobre o registo por fora do presente regula-mento. Aquando desta deciso, pode ser fixado um perodo deadaptao, com um limite mximo de cinco anos, desde que asempresas interessadas tenham comercializado legalmente os produtosem causa, utilizando de forma contnua as denominaes em questo

    pelo menos nos cinco anos anteriores data de publicao prevista nono 2 do artigo 6o.

    As consequncias de uma tal poteco nacional, no caso de a denomi-nao no ser registada nos termos do presente regulamento, so daexclusiva responsabilidade do Estado-membro em questo.

    As medidas adoptadas pelos Estados-membros por fora do segundo pargrafo s produziro efeitos a nvel nacional e no devem afectaras trocas comerciais intracomunitrias.

    Antes de transmitir o pedido de registo e caso este diga respeito a umadenominao que designe igualmente uma rea geogrfica fronteiria,

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    ou a uma denominao tradicional ligada a essa rea geogrfica,situada noutro Estado-Membro ou num pas terceiro reconhecido nostermos do procedimento previsto no n.o 3 do artigo 12.o, o Estado--Membro que recebeu o pedido consulta o Estado-Membro ou o pasterceiro em questo.

    Quando, na sequncia das consultas, os agrupamentos, ou as pessoassingulares ou colectivas em causa dos referidos Estados-Membros,chegam a acordo sobre uma soluo global, os Estados-Membros emcausa podem apresentar Comisso um pedido de registo comum.

    Podero ser determinadas regras especficas de acordo com o procedi-mento previsto no artigo 15.o

    6. Os Estados-membros poro em vigor as disposies legislativas,regulamentares e administrativas necessrias para dar cumprimento aodisposto no presente artigo.

    Artigo 6o

    1. No prazo de seis meses, a Comisso verificar, mediante umexame formal, se o pedido de registo inclui todos os elementos

    previstos no artigo 4o

    A Comisso comunicar ao Estado-membro em questo o resultado dassuas averiguaes.

    A Comisso tornar pblicos os pedidos de registo apresentados e arespectiva data de apresentao.

    2. Se, tendo em conta o disposto no no 1, a Comisso concluir que adenominao rene as condies para ser protegida, far publicar no Jornal Oficial das Comunidades Europeias o nome e endereo dorequerente, o nome do produto, os elementos principais do pedido, asreferncias s disposies nacionais que regem a sua elaborao,

    produo ou fabrico e, se necessrio, as consideraes em que assentaa sua opinio.

    3. Se no for notificada Comisso qualquer oposio, em confor-midade com o disposto no artigo 7o, a denominao ser inscrita noregisto mantido pela Comisso intitulado Registo das Denominaesde Origem e das Indicaes Geogrficas Protegidas, que contm osnomes dos agrupamentos e dos organismos de controlo em causa.

    4. A Comisso far publicar no Jornal Oficial das ComunidadesEuropeias:

    as denominaes inscritas no registo,

    as alteraes ao registo feitas em conformidade com os artigos 9o e11o

    5. Se, tendo em conta o exame previsto no no 1, a Comisso chegar concluso que a denominao no rene as condies para ser prote-gida, decidir, segundo o processo previsto no artigo 15 o, no proceder publicao prevista no no 2 do presente artigo.

    Antes das publicaes previstas nos nos 2 e 4 e do registo previsto no no

    3, a Comisso poder solicitar o parecer do comit previsto no artigo15o

    6. Sempre que o pedido diga respeito a uma denominao hom-nima de uma denominao j registada da Unio Europeia ou de um

    pas terceiro reconhecido nos termos do procedimento previsto no n.o

    3 do artigo 12.o, a Comisso pode solicitar o parecer do Comit previsto no artigo 15.o antes do registo a que se refere o n. o 3 do presente artigo.

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    O registo de uma denominao homnima conforme com o presenteregulamento deve ter na devida conta as prticas locais e tradicionaise o risco efectivo de confuso, em especial:

    uma denominao homnima que induza o pblico a pensar errada-mente que os produtos so originrios de um outro territrio noser registada, ainda que seja literalmente exacta no que se refereao territrio, regio ou localidade de origem dos produtosagrcolas ou dos gneros alimentcios;

    a utilizao de uma denominao homnima registada s autori-zada em condies prticas que assegurem que a denominaohomnima registada posteriormente seja bem diferenciada da deno-minao j registada, tendo em conta a necessidade de garantir umtratamento equitativo aos produtores interessados e de no induziros consumidores em erro.

    Artigo 7o

    1. No prazo de seis meses a contar da data de publicao no JornalOficial das Comunidades Europeias prevista no no 2 do artigo 6o, qual-quer Estado-membro pode manifestar a sua oposio ao registo.

    2. As autoridades competentes dos Estados-membros asseguraroque qualquer pessoa que possa alegar um interesse econmico legtimoseja autorizada a consultar o pedido. Alm disso, de acordo com asituao existente nos Estados-membros, estes podem prever que outras

    partes com um interesse legtimo possam ter acesso ao referido pedido.

    3. Qualquer pessoa singular ou colectiva legitimamente interessada poder opor-se ao registo previsto enviando uma declarao devida-mente motivada autoridade competente do Estado-membro ondereside ou est estabelecida. Essa autoridade adoptar as medidas

    necessrias para tomar em considerao estas observaes ou estaoposio nos prazos previstos.

    4. Para ser admissvel, qualquer declarao de oposio deve:

    quer demonstrar o desrespeito pelas condies referidas no no 2,

    quer demonstrar que o registo do nome proposto prejudicaria aexistncia de uma denominao total ou parcialmente homnimaou de uma marca ou ainda a existncia de produtos que se encon-trem legalmente no mercado h pelo menos cinco anos data de

    publicao prevista no no 2 do artigo 6o.

    quer ainda especificar os elementos que permitem concluir quantoao carcter genrico do nome cujo registo solicitado.

    5. Sempre que uma oposio seja admissvel na acepo do no 4, aComisso convidar os Estados-membros interessados a procurar umacordo entre si no prazo de trs meses, em conformidade com os seus

    processos internos.

    a) Se chegarem a acordo, os referidos Estados-membros comunicaro Comisso todos os elementos que permitiram esse acordo, bemcomo o parecer do requerente e o do oponente. Caso as informaesrecebidas nos termos do artigo 5o no tenham sofrido alteraes, aComisso proceder em conformidade com o no 4 do artigo 6o

    Caso contrrio, reiniciar o processo previsto no artigo 7o para qual-

    quer pedido novo que receba. b) Se no se chegar a acordo, a Comisso toma uma deciso em

    conformidade com o procedimento previsto no artigo 15o, tendo emconta as prticas leais e tradicionais e os riscos de confuso exis-tentes. Caso seja decidido proceder ao registo, a Comisso

    proceder publicao em conformidade com o no 4 do artigo 6o

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    Artigo 8o

    As menes DOP, IGP ou as menes tradicionais nacionais equi-valentes devero constar apenas dos produtos agrcolas e gnerosalimentcios que obedeam ao presente regulamento.

    Artigo 9o

    O Estado-membro em questo poder solicitar a alterao de umcaderno de especificaes e C1 obrigaes, nomeadamente para terem conta a evoluo dos conhecimentos cientficos e tcnicos ou de

    proceder a uma nova delimitao geogrfica.

    O processo do artigo 6o aplica-se mutatis mutandis.

    Todavia, a Comisso pode, nos termos do processo do artigo 15o,decidir no aplicar o processo previsto no artigo 6o, quando a alteraoseja de menor importncia.

    Artigo 10o

    1. Os Estados-membros asseguraro que, o mais tardar seis meses

    depois da data de entrada em vigor do presente regulamento, tenhamsido criadas estruturas de controlo, cuja funo consistir em garantirque os produtos agrcolas e gneros alimentcios que comportem umadenominao protegida, satisfaam as condies formuladas noscadernos de especificaes e obrigaes. A1 Para a ustria, aFinlnda e a Sucia o prazo acima referido contado a partir da dataadeso. A2 Para a Repblica Checa, a Estnia, Chipre, aLetnia, a Litunia, a Hungria, Malta, a Polnia, a Eslovnia e aEslovquia, o prazo acima referido contado a partir da data daadeso.

    2. Uma estrutura de controlo poder incluir um ou vrios servios decontrolo designados e/ou organismos privados autorizados para o efeito

    pelo Estado-membro. Os Estados-membros enviaro Comisso as

    listas de servios e/ou organismos autorizados bem como as respectivascompetncias. A Comisso publicar essas informaes no JornalOficial das Comunidades Europeias.

    3. Os servios de controlo designados e/ou organismos privadosautorizados devero oferecer garantias adequadas de objectividade eimparcialidade em relao aos produtores e transformadores sob o seucontrolo e dispor permanentemente dos peritos e recursos necessrios

    para levar a cabo as operaes de controlo dos produtos agrcolas egneros alimentcios com uma denominao protegida.

    Se uma estrutura de controlo utilizar os servios de outro organismo para realizar determinados controlos, este dever oferecer garantiasidnticas. Nesse caso, os servios de controlo designados e/ou orga-nismos privados autorizados continuaro, todavia, a ser responsveis

    perante o Estado- -membro por todos os controlos.A partir de 1 de Janeiro de 1998, os organismos devero preencher osrequisitos estipulados na norma EN 45011 de 26 de Junho de 1989,

    para serem autorizados pelos Estados-membros para efeitos da apli-cao do presente regulamento.

    A norma ou a verso a aplicar da norma EN 45011, cujas condiesdevem ser preenchidas pelos organismos de controlo para serem reco-nhecidos, estabelecida ou alterada de acordo com o procedimento

    previsto no artigo 15.o

    Quando se tratar de pases terceiros previstos no n. o 3 do artigo 12.o, anorma equivalente ou a verso a aplicar da norma equivalente, cujas

    condies devem ser satisfeitas pelos organismos de controlo paraserem reconhecidas, ser estabelecida ou alterada em conformidadecom o procedimento previsto no artigo 15.o

    4. Se um servio de controlo designado e/ou um organismo privadode um Estado-membro verificarem que um produto agrcola ou gnero

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    alimentcio com uma denominao protegida originria desse Estado--membro no satisfaz as condies do caderno de especificaes eobrigaes, tomaro as medidas necessrias para garantir a observnciadas disposies do presente regulamento. O referido servio e/ou orga-nismo informar o Estado-membro das medidas tomadas no exercciodos seus controlos. As partes interessadas devero ser notificadas de

    todas as decises tomadas.5. Um Estado-membro deve retirar a autorizao a um organismo decontrolo quando as condies referidas nos nos 2 e 3 deixarem de estar

    preenchidas. Do facto informar a Comisso que publicar no JornalOficial das Comunidades Europeias uma lista revista dos organismosautorizados.

    6. Os Estados-membros adoptaro as medidas necessrias para seassegurarem de que um produtor que observe as disposies do

    presente regulamento tenha acesso ao sistema de controlo.

    7. Os custos ocasionados pelos controlos previstos no presente regu-lamento sero suportados pelos produtores que utilizam a denominao

    protegida.

    Artigo 11o

    1. Qualquer Estado-membro pode alegar que a satisfao de umadas condies mencionadas no caderno de especificaes e obrigaesde um produto agrcola ou gnero alimentcio que beneficia de umadenominao protegida no se verifica.

    2. Esse Estado-membro apresentar a sua alegao ao Estado--membro interessado. Este ltimo analisar a reclamao e informaraquele das suas averiguaes e das medidas tomadas.

    3. Em caso de repetidas irregularidades e de impossibilidade de osEstados-membros chegarem a acordo, dever ser enviada Comissouma reclamao devidamente motivada.

    4. A Comisso analisar a reclamao atravs de consulta aosEstados-membros em questo. Aps consulta do comit referido noartigo 15o, a Comisso tomar as medidas necessrias. Estas poderoincluir a anulao do registo. M4 A anulao ser publicada noJornal Oficial da Unio Europeia.

    Artigo 11.oA

    De acordo com o procedimento previsto no artigo 15. o, a Comisso pode proceder anulao do registo de uma denominao nosseguintes casos:

    a) Quando o Estado que transmitiu o pedido de registo original veri-

    ficar que um pedido de anulao, introduzido pelo agrupamento oupela pessoa singular ou colectiva, justificado e, por isso, o trans-mitir Comisso;

    b) Por razes bem fundamentadas, quando j no esteja assegurado orespeito das condies previstas nas especificaes de um produtoagrcola ou de um gnero alimentcio que beneficie de uma denomi-nao protegida.

    Podero ser determinadas regras especficas de acordo com o procedi-mento previsto no artigo 15.o

    A anulao ser publicada no Jornal Oficial da Unio Europeia.

    Artigo 12o

    1. Sem prejuzo do disposto em acordos internacionais, qualquerpas terceiro pode beneficiar do disposto no presente regulamento rela-tivamente a um produto agrcola ou gnero alimentcio desde que:

    o pas terceiro possa oferecer garantias idnticas ou equivalentes sreferidas no artigo 4o,

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    exista no pas terceiro em causa um regime de controlo e um direitode oposio equivalentes aos definidos no presente regulamento,

    o pas terceiro em causa esteja disposto a conceder aos produtosagrcolas ou gneros alimentcios correspondentes provenientes daComunidade uma proteco similar existente na Comunidade.

    2. No caso de existir uma denominao protegida de um pasterceiro homnima de uma denominao protegida comunitria, oregisto concedido tomando na devida conta os usos praticados locale tradicionalmente e o risco efectivo de confuso.

    Apenas autorizada a utilizao de tais denominaes no caso de o pas de origem do produto ser indicado de maneira clara e visvel nortulo.

    3. A pedido de um pas terceiro, a Comisso verifica, de acordo como procedimento previsto no artigo 15.o, que, por fora da sua legislaointerna, esse pas terceiro satisfaz as condies de equivalncia e

    oferece garantias, na acepo do n.o

    1 do presente artigo. Sempre quea deciso da Comisso for afirmativa, aplicvel o procedimento cons-tante do artigo 12.oA.

    Artigo 12.oA

    1. No caso previsto no n.o 3 do artigo 12.o, quando um agrupamentoou uma pessoa singular ou colectiva, referida nos n.os 1 e 2 do artigo5.o, de um pas terceiro desejar registar uma denominao ao abrigodo presente regulamento, enviar o pedido de registo s autoridadesdo pas terceiro onde se situa a rea geogrfica. O pedido, para cadadenominao, deve ser acompanhado do caderno de especificaesreferido no artigo 4.o

    Antes de transmitir o pedido de registo e caso este diga respeito a umadenominao que designe igualmente uma rea geogrfica fronteiriasituada num Estado-Membro da Unio Europeia, ou uma denominaotradicional ligada a essa rea geogrfica, o pas terceiro que recebeu o

    pedido consulta o Estado-Membro em questo.

    Quando, na sequncia das consultas, os agrupamentos, ou as pessoassingulares ou colectivas dos referidos Estados, chegam a acordo sobreuma soluo global, os Estados-Membros em causa podem apresentar Comisso um pedido de registo comum.

    Podero ser determinadas regras especficas de acordo com o procedi-mento previsto no artigo 15.o

    2. Se o pas terceiro em causa considerar satisfeitas as exigncias do

    presente regulamento, transmitir o pedido de registo Comisso,acompanhado de:

    a) Uma descrio do quadro jurdico e do uso com base nos quais adenominao de origem ou a indicao geogrfica protegida ouconsagrada no pas;

    b) Uma declarao que comprove que os elementos previstos no artigo10.o se encontram reunidos no seu prprio territrio; e

    c) Outros documentos sobre os quais tenha baseado a sua avaliao.

    3. O pedido e todos os documentos transmitidos Comisso seroredigidos numa das lnguas oficiais da Comunidade, ou acompanhadosde uma traduo numa dessas lnguas.

    Artigo 12.oB

    1. No prazo de seis meses, a Comisso verificar se o pedido deregisto transmitido pelo pas terceiro inclui todos os elementos necess-rios. A Comisso comunicar ao pas terceiro em causa o resultado dassuas averiguaes.

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    Se a Comisso:

    a) Concluir que a denominao rene as condies para ser protegida,far publicar o pedido em conformidade com o n.o 2 do artigo 6.o.Antes da publicao, a Comisso poder solicitar o parecer doComit previsto no artigo 15.o;

    b) Concluir que a denominao no rene as condies para ser prote-gida, decidir, aps consulta do Estado que tenha transmitido o pedido, segundo o procedimento previsto no artigo 15.o, noproceder publicao prevista na alnea a).

    2. No prazo de seis meses a contar da data de publicao prevista naalnea a) do n.o 1, qualquer pessoa singular ou colectiva legitimamenteinteressada poder opor-se ao pedido publicado de acordo com o n.o 1,alnea a), nas seguintes condies:

    a) Sempre que a oposio emanar de um Estado-Membro ou de umMembro da OMC, so aplicveis, respectivamente, os n.os 1, 2 e 3do artigo 7.o ou do artigo 12.oD.

    b) Sempre que essa oposio emanar de um pas terceiro que satisfaaas condies de equivalncia a ttulo do n.o 3 do artigo 12.o, a decla-

    rao de oposio devidamente fundamentada ser enviada aoEstado onde reside ou est estabelecida a pessoa singular ou colec-tiva mencionada, que a transmitir Comisso.

    A declarao de oposio e todos os documentos transmitidos Comisso sero redigidos numa das lnguas oficiais da Comunidade,ou acompanhados de uma traduo numa dessas lnguas.

    3. A Comisso examinar a admissibilidade de acordo com os crit-rios previstos no n.o 4 do artigo 7.o. Esses critrios devem ser provadose apreciados em relao ao territrio comunitrio. Sempre que uma oumais oposies sejam admissveis, a Comisso tomar uma deciso deacordo com o procedimento previsto no artigo 15.o, aps consulta aoEstado que tiver transmitido o pedido de registo, tomando na devidaconta os usos leal e tradicionalmente praticados e o risco efectivo deconfuso no territrio comunitrio. Caso seja decidido proceder aoregisto, a denominao ser inscrita no registo previsto no n. o 3 doartigo 6.o e publicada de acordo com o n.o 4 do mesmo artigo.

    4. Se no lhe for notificada qualquer declarao de oposio, aComisso proceder inscrio da ou das denominaes em causa noregisto previsto no n.o 3 do artigo 6.o e publicao em conformidadecom o n.o 4 do mesmo artigo.

    Artigo 12.oC

    O agrupamento ou a pessoa singular ou colectiva interessada, referidanos n.os 1 e 2 do artigo 5.o, poder solicitar a alterao de um cadernode especificaes de uma denominao registada ao abrigo do artigo

    12.o

    A e 12.o

    B, nomeadamente para ter em conta a evoluo dos conhe-cimentos cientficos e tcnicos ou para proceder a uma novadelimitao geogrfica.

    aplicvel o procedimento previsto nos artigos 12.oA e 12.oB.

    Todavia, a Comisso pode, de acordo com o procedimento do artigo15.o, decidir no aplicar o procedimento previsto nos artigos 12.oA e12.oB quando a alterao seja de importncia menor.

    Artigo 12.oD

    1. No prazo de seis meses a contar da data de publicao no JornalOficial da Unio Europeia, prevista no n.o 2 do artigo 6.o, de um

    pedido de registo apresentado por um Estado-Membro da Unio Euro-

    peia, qualquer pessoa singular ou colectiva legitimamente interessadade um Estado Membro da OMC ou de um pas terceiro reconhecidonos termos do procedimento a que se refere o n.o 3 do artigo 12.o

    poder opor-se ao registo, enviando uma declarao devidamentefundamentada ao Estado onde reside ou est estabelecida, que a trans-mitir Comisso, redigida ou traduzida numa das lnguas daComunidade. Os Estados-Membros asseguraro que qualquer pessoa

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    de um Membro da OMC ou de um pas terceiro reconhecido nostermos do procedimento previsto no n.o 3 do artigo 12.o que possaalegar um interesse econmico legtimo seja autorizada a consultar o

    pedido de registo.

    2. A Comisso examinar a admissibilidade das oposies emconformidade com os critrios previstos no n.o 4 do artigo 7.o Essescritrios devem ser provados e apreciados em relao ao territrio daComunidade.

    3. Sempre que uma oposio seja admissvel, a Comisso toma umadeciso nos termos do procedimento previsto no artigo 15.o, apsconsulta ao Estado que tiver transmitido o pedido de oposio,tomando na devida conta os usos leal e tradicionalmente praticados eo risco efectivo de confuso. Caso seja decidido proceder ao registo, aComisso proceder publicao em conformidade com o n.o 4 doartigo 6.o

    Artigo 13o

    1. As denominaes registadas encontram-se protegidas contra:

    a) Qualquer utilizao comercial directa ou indirecta de uma denomi-nao registada para produtos no abrangidos pelo registo, namedida em que esses produtos sejam comparveis a produtos regis-tados sob essa denominao, ou na medida em que a utilizaodessa denominao explore a reputao da mesma;

    b) Qualquer usurpao, imitao ou evocao, ainda que a verdadeiraorigem do produto seja indicada ou que a denominao protegidaseja traduzida ou acompanhada por termos como gnero, tipo,mtodo, imitao, estilo ou por uma expresso similar;

    c) Qualquer outra indicao falsa ou falaciosa quanto provenincia,origem, natureza ou qualidades essenciais dos produtos, que conste

    do acondicionamento ou embalagem, da publicidade ou dos docu-mentos relativos aos produtos em causa, bem como a utilizao

    para o acondicionamento de recipientes susceptveis de criaremuma opinio errada sobre a origem do produto;

    d) Qualquer outra prtica susceptvel de induzir o pblico em erroquanto verdadeira origem do produto.

    Quando um nome registado contm em si a designao de um produtoagrcola ou gnero alimentcio que considerada genrica, a utilizaodessa designao genrica no adequado produto agrcola ou gneroalimentcio no ser considerada contrria s disposies da alnea a)ou b) do presente nmero.

    3. As denominaes protegidas no podem tornar-se genricas.

    4. Em relao s denominaes cujo registo seja pedido nos termosdo artigo 5.o ou do artigo 12.oA, pode ser previsto um perodo transi-trio mximo de cinco anos, no mbito, respectivamente, do n.o 5,alnea b), do artigo 7.o e do n.o 3 do artigo 12.oB e n.o 3 do artigo12.oD, unicamente no caso de uma oposio ter sido declaradaadmissvel por motivo de o registo do nome proposto prejudicar aexistncia de uma denominao total ou parcialmente homnima ou aexistncia de produtos que se encontrem legalmente no mercado h,

    pelo menos, cinco anos data de publicao prevista no n.o 2 do artigo6.o.

    Este perodo transitrio s pode ser previsto se as empresas tiveremcomercializado legalmente os produtos em causa, utilizando de formacontnua as denominaes em questo pelo menos nos cinco anos ante-riores data de publicao prevista no n.o 2 do artigo 6.o

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    5. Sem prejuzo do disposto no artigo 14.o, a Comisso pode, deacordo com o procedimento previsto no artigo 15.o, permitir acoexistncia de uma denominao registada e de uma denominaono registada que designe um local de um Estado-Membro ou de um

    pas terceiro reconhecido nos termos do procedimento a que se refereo n.o 3 do artigo 12.o quando essa denominao for idntica denomi-

    nao registada, desde que: a denominao idntica no registada tenha sido legalmente utili-

    zada desde h, pelo menos, vinte e cinco anos data de entradaem vigor do Regulamento (CEE) n.o 2081/92, com base em prticasleais e constantes; e

    se comprove que essa utilizao no teve, em momento algum, porobjectivo tirar partido da reputao da denominao registada, nemtenha induzido ou podido induzir o pblico em erro quanto verda-deira origem do produto; e

    o problema colocado pela denominao idntica tenha sido evocadoantes do registo da denominao.

    Essa coexistncia da denominao registada e da denominao idntica

    no registada no poder exceder um perodo de quinze anos, nomximo, aps o qual a denominao no registada no poder conti-nuar a ser utilizada.

    S ser autorizada a utilizao da denominao geogrfica no regis-tada no caso de o Estado de origem ser indicado de forma clara evisvel no rtulo.

    Artigo 14o

    1. Sempre que uma denominao de origem ou uma indicao

    geogrfica seja registada nos termos do presente regulamento, serrecusado o pedido de registo de uma marca que corresponda a umadas situaes referidas no artigo 13.o e diga respeito ao mesmo tipo de

    produto, na condio de o pedido de registo da marca ser apresentadoaps a data de apresentao do pedido de registo da denominao deorigem ou da indicao geogrfica Comisso.

    As marcas registadas contrariamente ao disposto no primeiro pargrafosero anuladas.

    2. Na observncia da legislao comunitria, a utilizao de umamarca que corresponda a uma das situaes enumeradas no artigo13.o, depositada, registada ou, nos casos em que tal seja previsto pelalegislao em causa, adquirida pelo uso, de boa f, no territrio comu-nitrio, quer antes da data de proteco no pas de origem, quer antesda data de depsito do pedido de registo da denominao de origem ouda indicao geogrfica Comisso, poder prosseguir no obstante oregisto de uma denominao de origem ou de uma indicaogeogrfica, sempre que a marca no incorra nos motivos de nulidadeou caducidade previstos, respectivamente, na Directiva 89/104/CEE doConselho, de 21 de Dezembro de 1988, relativa aproximao daslegislaes dos Estados-Membros sobre as marcas (1), e/ou no Regula-mento (CE) n.o 40/94 do Conselho, de 20 de Dezembro de 1993, sobrea marca comunitria (2).

    3. Uma denominao de origem ou uma indicao geogrfica noser registada quando, atendendo reputao de uma marca, sua

    notoriedade e durao da sua utilizao, o registo for susceptvel deinduzir em erro o consumidor quanto verdadeira identidade doproduto.

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    (1) JO L 40 de 11.2.1989, p. 1.(2) JO L 11 de 14.1.1994, p. 1.

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    Artigo 15.o

    1. A Comisso assistida por um comit.

    2. Sempre que se faa referncia ao presente artigo, so aplicveisos artigos 5.o e 7.o da Deciso 1999/468/CE (1).

    O prazo previsto no n.o 6 do artigo 5.o da Deciso 1999/468/CE detrs meses.

    3. O comit aprovar o seu regulamento interno.

    Artigo 16o

    As regras de execuo do presente regulamento sero adoptadas deacordo com o processo previsto no artigo 15o

    Artigo 18o

    O presente regulamento entra em vigor doze meses aps a data da sua publicao no Jornal Oficial das Comunidades Europeias.

    O presente regulamento obrigatrio em todos os seus elementos edirectamente aplicvel em todos os Estados-membros.

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    (1) JO L 184 de 17.7.1999, p. 23 (Rectificao: JO L 269 de 19.10.1999, p. 45).

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    ANEXO I

    Gneros alimentcios a que se refere o n.o 1 do artigo 1.o

    Cervejas Bebidas base de extractos de plantas Produtos de padaria, pastelaria, confeitaria ou da indstria de bolachas e

    biscoitos Gomas e resinas naturais Pasta de mostarda Massas alimentcias.

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    ANEXO II

    Produtos agrcolas a que se refere o n.o 1 do artigo 1.o

    Feno leos essenciais Cortia

    Cochonilha (matria-prima de origem animal) Flores e plantas ornamentais L Vime

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