domÍnios hidrogeolÓgicos no meio fissural do leste da zona da mata-mg e extremo noroeste do estado...
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8/18/2019 DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS NO MEIO FISSURAL DO LESTE DA ZONA DA MATA-MG E EXTREMO NOROESTE DO ES…
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Rev. Águas Subterrâneas no 17/ Maio 2003.
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1 – Localização da área de estudoA área de estudo (Figura 1), localiza-se naZona da Mata do Estado de Minas Gerais,abrangendo uma pequena faixa territorial doNoroeste do Estado do Rio de Janeiro, entreos paralelos 21°00’ e 21°24’ de latitude sul e
os meridianos 42°05’ a 43°30’ de longitudeoeste de Greenwich, perfazendo umasuperfície na ordem de 6000 Km2. Essa áreatem cobertura cartográfica na folha Juiz deFora (SF-23-X-D), na escala de 1:250.000.
MINAS GERAIS
RIO DE JANEIRO
21 00'
21 15'
UBÁ
660 E43 30' 680 700 720 740 76042 30'
780 42 15' 80042 45'43 00'43 15'
7660
7640
660 E 68043 15'
700 43 00' 720 740 76042 30'
780 800
Ajf
Ajf
Qa
pCGr
Ajf
PipsiAjf
Qa
Abi
Abi
S E R R A
DA KSn
QaAbi
Qa
Ajf
Pipsi
RIO POMBA
ALTORIO DOCE
MURIAÉ
CATAGUASES
Ait
21 00'
7660
7640
o
oooo
o
o
o
o
o
o
o
O 10 20Km
Qa
pCGr
Ait
Pipsi
Pipsi
Ajf
Abi
35
45
18
45 36
80
70 75
70
65
55
40
60
60
6040
284015
35 36
25
N
Figura 1 - Mapa de Localização da Área e Mapa Geológico modificado da CPRM(1984) ( Carta Geológica - Juiz de Fora - SF-23-X-D / 1:250 000 ).
Complexo Paraíba do Sul(Migmatitos Indiscriminados, Biotita xistos, Biotita gnaisses bandeados porfiroclásticos/porfiroblásticos, Pegmatitos, e Quartzitos)
Abi Complexo Barbacena(Biotita-gnaisses, Corpos metabasíticos, Rochas ultrabásicas, Micaxistos feldspáticos/granatíferos e quartzitos)
Pipsi
pCGr Corpos Intrusivos Granítico
KSnCorpos Intrusivos Alcalinos
QaDepósitos Aluvionares1 -
2 -
3 -
4 -
5 -
AitGranulitos Itaperuna
Ajf Complexo Juiz de Fora(Granulitos, Charnockitos, Gnaisses, Milonitos)
Contato definido
70
Foliação
Cidades
6 -
7 -
8 -
9 -
10 -
2 – Sistemas Aqüíferos: Identificação ecaracterísticas litológicasA região está inserida hidrogeologicamenteno Mapa de Províncias Hidrogeológicas doBrasil (Pessoa et al, 1980) na Sub-provínciaEscudo Oriental 6-b. Ao se considerar oambiente geológico da área de estudo,identificam-se duas categorias de sistemasaqüíferos: um meio granular, caracterizadopor depósitos aluvionares, e um meiofissural, representado por rochas cristalinasde diversas unidades litológicas. Em relaçãoao aqüífero fissural adotou-se duas
entidades espaciais de agrupamento,caracterizadas por um ou mais tipospredominantes e bem definidos de rochareservatório, ambas associadas a umaunidade geológica regional específica. Pornão se terem poços cadastrados no meiogranular, a sua identificação e descriçãoserão restritas ao âmbito geológico. Asrelações entre os sistemas aqüíferos e asunidades geológicas associadas, como ostipos de rochas dominantes, constam naTabela 1.
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Tabela 1 – Sistemas Aqüíferos da área de estudo.
Sistemas Aqüíferos Litologia Predominante e UnidadesGeológicas
Meio GranularAluvial Areias de depósitos aluviais – QuaternárioCoberturas Detríticas e Manto de Alteração Areias, Siltes e Argilas – Terciáro-Quaternário
Meio FissuralRochas da Associação Xistos-Gnaisses-Migmatitos(Rochas metamórficas orientadas)Domínio Hidrogeológico A
Biotita-Xistos, Biotita Gnaisses, Micaxistos,Migmatitos Indiscriminados do ComplexoParaíba do Sul (Pipsi) e Micaxistos, BiotitaGnaisses do Complexo Barbacena (Abi)
Rochas da Associação Charnockito-Granulito-Gnaisses-Granitos.(Rochas metamórficas não orientadas)Domínio Hidrogeológico B
Charnockitos, Granulitos, Milonitos doComplexo Juiz de Fora (Ajf), GranulitosItaperuna(Ait) e Intrusões Graníticas (pcGr)
3 – Sistemas Aqüíferos: Descrições eCaracterizaçõesNa área estudada, predominantementeconstituída de rochas cristalinas de baixapermeabilidade primária, existem doisaqüíferos de comportamentos bastantedistintos: um mais superficial, formado namaioria das vezes pelo regolitointemperizado e/ou depósitos quaternáriosde comportamento de meio granular e ummais profundo, formado por fraturas derocha sã. O primeiro é regional e extenso,
dando contornos à superfície do relevo. Osegundo, subjacente, em geral, apresentamaior condutividade hidráulica e pode atingirgrandes profundidades.
3.1 - Meio Granular3.1.1 - Aqüíferos em sedimentos aluviaisEsses depósitos, que podem atingir até 15metros de espessura, são encontrados aolongo da rede de drenagem, nos canaisfluviais, nas planícies de inundação e nosterraços de acordo com Brandalise (1976).Contudo, por limitações de escala, apenasmanchas de maior expressão foramrepresentadas.
3.1.2 - Aqüíferos em Coberturas Detríticase Mantos de Alteração
Esse sistema constitui os aqüíferossuperficiais associados ao manto dealteração das rochas (saprólitos, elúvios ecolúvios) e aos depósitos detríticos decobertura do Terciário-Quaternário. Os
mantos de alteração das rochas não estãorepresentados no mapa de sistemasaqüíferos por limitação de escala domapeamento, entretanto, ocorrem de modo
generalizado se constituindo numaimportante fonte de recarga das rochasfraturadas subjacentes, pois atua como ummeio de captação da água precipitada emtoda a superfície permeável (ou semi-permeável), diminuindo a perda porescoamento e minimizando o processo deevaporação. Sua mineralogia e espessurasão muito variáveis e guardam íntimarelação com a litologia de origem e ascondições climáticas atuantes.
3.2 - Meio FissuralPara o meio fissural, as informaçõesreunidas e tratadas regionalmente vieramindicar que os fatores mais determinantes eque influenciam quantitativa equalitativamente nas águas subterrâneasdos domínios hidrogeológicos são ocondicionamento estrutural e litológicoderivados. A análise integrada destasinformações sugerem em caráter preliminar,a compartimentação em dois domínioshidrogeológicos com característicasdiferenciadas (Gonçalves, 2001).
O meio aqüífero fissural écaracterizado pela ausência ou presençamuito reduzida de espaços vazios na rocha.Nesse aqüífero, a água se encontra emespaços representados por fissuras oufraturas, juntas ou ainda em falhas,ocorrendo ainda em situações esporádicas,em vesículas.
Segundo Costa (1983), os principaisfatores atuantes considerados no estudo de
caracterização do meio fissural e quecontrolam os mecanismos de infiltração,percolação, armazenamento d’água equalidade são: clima, relevo, hidrografia,
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coberturas (sedimentares, detríticas, mantode alteração), constituição litológica eestruturas. Sendo assim, para toda a áreaestudada, entende-se que, através de umaótica regionalizada, com exceção doscondicionantes estruturais associados àslitologias, todos os outros fatores atuaram deforma geralmente constante, influenciandode maneira homogênea o meio aqüíferofissural.
3.2.1 - Domínios Hidrogeológicos do meiofissural
Apesar de não terem sido alvos e objetivosprincipais desse trabalho, os lineamentosestruturais da área de estudo foramabordados a partir da análise de estruturas
em escala macroscópica, num contextoregional, e através de trabalhos de detalheonde os mesmos sugerem a existência deduas zonas de características distintas,denominadas de Domínios HidrogeológicosA e B. Tais considerações foramfundamentadas e verificadas utilizando-secomo parâmetro hidráulico a vazãoespecífica (L/s/m) e como parâmetro físico-químico a condutividade elétrica (µs/cm).Para que essas considerações tivessemconsistência, certificou-se em campo de que
todos os poços cadastrados se encontramlocados em condições similares para fins deuma análise detalhada. Assimindependentemente do tipo de rocha, namelhor situação morfológica, ou seja, emdepressões geralmente de baciashidrográficas, sendo evitados os poçoslocalizados em topos de elevações,divisores hidrográficos, flancos de colinas ouvertentes dos vales.
3.2.2 - Diferenciação quanti tativa equalitativa dos domínioshidrogeológicos
Considerando a vazão específica oparâmetro que melhor reflete ascaracterísticas hidráulicas dos aqüíferos,
verifica-se para os 114 poços cadastradosdo Domínio Hidrogeológico A um valormédio de 0,1234 L/s/m, enquanto para os 92poços do Domínio Hidrogeológico B,encontrou-se um valor médio de 0,2331L/s/m. Utilizando-se da relação entre afreqüência das vazões específicas com onúmero de poços correspondentes paracada domínio hidrogeológico, verifica-se queos aqüíferos do Domínio Hidrogeológico Bapresentam as maiores vazões específicas,conforme a Tabela 2.
Tabela 2 – Freqüência da Vazão Específica dos Poços em relação aos domínioshidrogeológicos.
Freqüência (%) da Vazão Específica dos Poços (L/s/m)(N° Total de Poços para cada intervalo de vazão específica estabelecido)
< 0,0500(74 Poços)
0,0500-0,1000(40 Poços)
0,1000-0,2000(45 Poços)
> 0,2000(47 Poços)
DomínioHidrogeológico A
54,05% 65% 57,77% 36,17%
Domínio HidrogeológicoB
45,95% 35% 42,23% 63,83%
Os resultados das análises consideradas emconjunto mostram que 77% das águasamostradas apresentam condutividadeelétrica inferior a 200 µs/cm, ao passo queapenas 2,82% mostra valores superior a 500µs/cm. O valor médio da condutividade é de189,22 µs/cm, tendo um mínimo de 58,20
µs/cm e um máximo de 1750,00 µs/cm.Analisando os valores da condutividadeelétrica das águas distintamente para osdomínios hidrogeológicos, certificou-se dadiferenciação dos mesmos de acordo com amaior ou menor quantidade de saisdissolvidos, conforme Tabela 3.
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3.2.3.2 - Domínio Hidrogeológico BEsse domínio ocupa uma larga faixa nocentro da área de estudo, com direção NE-SW, e a porção extremo leste representadageologicamente por rochas da AssociaçãoCharnockito- Granulito- Gnaisses- Granitos
Diversos do Complexo Juiz de Fora eRochas Intrusivas Graníticas (Tabela 1,Figura 10), e cobre uma região de 2.023,5km2, perfazendo 33,69 % do total da áreapesquisada.
As rochas que constituem essedomínio são de idade arqueana e
proterozóica, representadas por granulitos,gnaisses kinzigíticos, charnockitos, gnaisses
0 10 20 30 40 50 60
0
10
20
do Domínio Hidrogeológico A
Desvio padrão : 12,79
Média : 25,26
Valor mínimo : 4
Valor máximo : 60
Número de amostras : 114
F r e q u ê n c i a ( % )
F r e q u ê n c i a A c u m u l a d a ( % )
Figura 2 - Distribuição das espessuras dos mantos de alteração
Espessura (m)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1000 10 20 30 40 50 60
0 10 20 30 40 50 60
0
10
20
do Domínio Hidrogeológico A
Desvio padrão : 12,79
Média : 25,26
Valor mínimo : 4
Valor máximo : 60
Número de amostras : 114
F r e q u ê n c i a ( % )
F r e q u ê n c i a A c u m u l a d a ( % )
Figura 2 - Distribuição das espessuras dos mantos de alteração
Espessura (m)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1000 10 20 30 40 50 60
0,050,100,150,200,250,300,350,400,450,500,550,600
10
20
30
40
Desvio padrão : 0,1143
Média : 0,1234
Valor mínimo : 0,0048
Valo máximo : 0,5180
Número de amostras : 114 poços
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1000,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
F r e q u ê n c i a A c u m u l a d a ( % )
F r e q u ê n c i a ( % )
Vazão Específica (L/s/m)
Figura 3 - Distribuição das vazões específicas (L/s/m)
Domínio Hidrogeológico A
0,050,100,150,200,250,300,350,400,450,500,550,600
10
20
30
40
Desvio padrão : 0,1143
Média : 0,1234
Valor mínimo : 0,0048
Valo máximo : 0,5180
Número de amostras : 114 poços
0
10
20
30
40
50
60
70
80
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1000,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
F r e q u ê n c i a A c u m u l a d a ( % )
F r e q u ê n c i a ( % )
Vazão Específica (L/s/m)
Figura 3 - Distribuição das vazões específicas (L/s/m)
Domínio Hidrogeológico A
50 60 70 80 90 100 110 120 130 140
0
10
20
Desvio padrão : 19,45
Média : 86,20
Valor mínimo : 50
Valor máximo : 140
Número de amostras : 114
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
10060 80 100 120 140
Figura 4 - Distribuição das profundidades dos poços
do Domínio Hidrogeológico A
F r e q u ê n c i a A c u m u l a d a ( % )
F r e q u ê n c i a ( % )
Profundidade (m)
50 60 70 80 90 100 110 120 130 140
0
10
20
Desvio padrão : 19,45
Média : 86,20
Valor mínimo : 50
Valor máximo : 140
Número de amostras : 114
0
10
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30
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50
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80
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10060 80 100 120 140
Figura 4 - Distribuição das profundidades dos poços
do Domínio Hidrogeológico A
F r e q u ê n c i a A c u m u l a d a ( % )
F r e q u ê n c i a ( % )
Profundidade (m)
40 60 80 100 120 140
0
10
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0
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30
40
50
60
70
80
90
10040 60 80 100 120 140
Desvio padrão : 18,91
Média : 81,69Valor mínimo : 40,3
Valor máximo : 139,5 Número de amostras : 114
F r e q u ê n c i a ( % )
F r e q u ê n c i a A c u m u l a d a ( % )
Domínio Hidrogeológico A
Figura 5 - Distribuição das profundidades úteisProfundidade útil (m)
40 60 80 100 120 140
0
10
20
30
40
0
10
20
30
40
50
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70
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10040 60 80 100 120 140
Desvio padrão : 18,91
Média : 81,69Valor mínimo : 40,3
Valor máximo : 139,5 Número de amostras : 114
F r e q u ê n c i a ( % )
F r e q u ê n c i a A c u m u l a d a ( % )
Domínio Hidrogeológico A
Figura 5 - Distribuição das profundidades úteisProfundidade útil (m)
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e milonitos do Complexo Juiz de Fora egranitos intrusivos.
Na estruturação tectônica, essedomínio apresenta uma densa linearidadede traços estruturais, com as principaisdireções de falhamentos paralelas à direçãogeral de foliação NNE-SSW, com um estiloestrutural longitudinal e mergulhando paraSE, evidenciando uma tectônicacompressiva. Essa área é considerada comoparte de um Bloco de Zonas deCisalhamento (Fonseca, 1998).
Nesse domínio, os aqüíferos sãofraturados, locais, descontínuos, livres esemiconfinados, restritos a juntas e fraturas,sendo recobertos pela ocorrência dealuviões e coberturas indiferenciadas, os
quais não foram representados na Figura10, por limitações de escala. Uma densamalha de fraturas, associada às coberturasde alteração e aluviais, constitui um sistemaaqüífero livre onde a topografia passa a sero principal fator responsável pela circulaçãodas águas. A recarga da unidade aqüíferatem na rede de drenagem superficial e naschuvas, os maiores contribuintes, sendomais eficiente nas áreas onde o controleestrutural da drenagem se dá através dasfraturas, que permitem uma contínua
realimentação por meio dos aluviões,principalmente durante o período daschuvas.
A distribuição das espessuras dascoberturas de alteração e aluviões (Figura6), para um total de 92 poços amostrados,mostra que 50 % desses apresentamvalores acima de 20 metros. Verifica-setambém um valor máximo de 51 metros, umvalor mínimo de 4 metros e o valor médio de21,42 metros.
Para analisar as vazões específicasdesse domínio hidrogeológico, umhistograma de freqüência (Figura 7), mostraque 53,26 % dos 92 poços amostradosrepresentam valores até 0,1000 L/s/m,indicando um valor médio de 0,2331 L/s/m,como uma variação entre o mínimo de0,0003 L/s/m e o máximo de 2,6881 L/s/m.
A distribuição das profundidades dos92 poços computados (Figura 8), indica que70 % têm profundidades entre 50 a 90metros. O valor máximo de profundidadepara os poços dessa unidade aqüífera é de156 metros e o mínimo de 50 metros, sendoo valor médio de 76,27 metros. Com relaçãoà profundidade útil dos 92 poços estudados(Figura 9), 75% desses representam poços
de profundidade útil compreendidos nointervalo entre 40 a 80 metros, mostrandotambém um valor máximo de 147,2 metros,um valor mínimo de 28,1 metros e o valormédio de 70,95 metros.
3.2.4 - Caracterização dos DomíniosHidrogeológicos
3.2.4.1 - Domínio Hidrogeológico AEsse domínio se apresenta menos
fraturado que o domínio B, mostrando traçosestruturais difusos e espaçados, cujas
rochas, em sua grande maioria, possuemum caráter estrutural incompetente, ou seja,de comportamento geomecânico dúctil,devido à constituição litológica, representadaprincipalmente por micaxistos, migmatitos egnaisses xistosos. Além disso, por seremrochas ricas em minerais máficos efeldspatos, mais susceptíveis aointemperismo químico, sofrem dissolução eprecipitação de material argiloso nasfraturas, podendo reduzir a permeabilidadedo meio.
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Figura10
-CartadeSistemasAqüíferos-1:250000).
CATAGUASES
MURIAÉ
ALTO
RIODOCE
RIOPOMBA
Pipsi
Ajf
Qa
Abi
Qa
KSn
D A
S E R R A
Abi
Abi
Qa
Ajf
Pipsi
Ajf
pCGr
Qa
Ajf
Ajf
UBÁ
M
L S
35
45
35
18
20
70
45
R I O GLÓRIA
R I B
. J O Ã
O D O M O N T E
C O R R
.
M A C U
C O
C O R R
.
P A T A G
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R I B . T I J U C O
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A L E G R E
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P O M B A
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A R I B . L
A M B A
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. P A R I S
R I O
N O V O
R I O
R I O C H O P
O T Ó
7677
7677
802
654
7630
8 0 2
7 6 3 0
0
2
4
6Km
MI-2646/1
MI-2648/4
MI-2648/3
M
I-2647/4
MI-2647/3
MI-2646/4
MI-2646/3
MI-2646/2
MI-2647/1M
I-2647/2
MI-2648/1
MI-2648/2
FOLHAS
TOPO
GRÁFICAS
Qa
80
75
70
70
pCGr
1-GranulitosItaperuna;2-ComplexoJuizdeFora(Granulitos,gnaisseskinzigíticos,charnoquitos,gnaisses,milonitos);3
-ComplexoBarbacena(Biotita-
ElementosEstruturais:
Contatodefinido
Contatoaproximado
Falhadefinida
Falhaprovável
Falha
deempurrão
Falha
interpretadaemimagensdeRadar(R),Landsat(LS),Magnetometria(M)
Fratu
ra
LineamentoEstrutural
R
-gnaisses,corposmetabasíticos,rochasultrabásicas,micaxistosfeldspáticos/granatíferos,micaxistosequartzitos);4-Com
plexoParaíbadoSul(Biotita-
-xistos,migmatitosindiscriminados,biotitagnaissesba
ndeadosporfiroclásticos/porfiroblásticos,pegmatitos,quartzitos);5
-CorposIntrusivosGraníticos;
6-CorposIntrusivosAlcalinos;7-Depósitosaluvionares.
Geologia/Litologias
MEIOGR
ANULAR
MEIOFR
ATURADO
DrenagensPrincipais
Cida
des
Pipsi
4
6
KSn
3
Abi
5
pCGr
Ajf
2
DomínioHid
rogeológicoB
RochasdaAssociaçãoCharn
ockitos-Granulitos-Granitos
(Rochasmetamórfica
seígneasnãoorientadas)
DomínioHid
rogeológicoA
RochasdaAssociaçãoXistos-Gnaisses-Migmatitos
(Rochasmetamórfica
sorientadas)
DepósitosAluvionares
SISTEMASAQUÍFERO
S/CARACTERÍSTICAS
LITOLOGIASPRED
OMINANTES
Biotita-gnaisses,micaxistos(Co
mplexoBarbacena);
migmatitosindiscriminados,biotitagnaissesbandeados,
biotitaxistos(ComplexoParaib
adoSul).
Areias,Silte,Argilas,Cascalh
os-Quaternário
Granulitos,gnaisseskinzigítico
s,charnoquítos,milonitos,
(ComplexoJuizdeFora);granitosdiversos(CorposIntrusivos
Intrusivos).
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ElementosDiversos:
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8/18/2019 DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS NO MEIO FISSURAL DO LESTE DA ZONA DA MATA-MG E EXTREMO NOROESTE DO ES…
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Rev. Águas Subterrâneas no 17/ Maio 2003.
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Outra resposta ao menor grau defraturamento desse domínio é verificada nobaixo teor de sais dissolvidos nas águasanalisadas dessa porção, comprovado pelovalor médio da condutividade elétrica(132,42 µσ/cm). Esse fato é justificável pelomenor caminho percorrido, menor tempo decirculação, proporcionando redução nosmecanismos de dissolução de minerais emaior renovação das águas nas zonas maissuperiores.
3.2.4.2 - Domínio Hidrogeológico BO domínio hidrogeológico B mostra maiordensidade de traços estruturais, tanto nafaixa central da área de estudo, comotambém na porção extremo leste, que é
considerada parte de Bloco de Zonas deCisalhamento, segundo Fonseca (1998).Esses fatores, associados à presença derochas, representadas principalmente porgranulitos, charnockitos e granitos diversos,em sua maioria de caráter estrutural rúptil,com menos plasticidade, produziram falhasabertas com menor espaçamento,favorecendo a existência de poços de boaprodutividade.
Com a condutividade elétricaapresentando um valor médio de 276,42
µσ/cm, as águas subterrâneas dessedomínio mostram-se bem mais salinizadasquando comparadas com as do domíniohidrogeológico A, devido a uma maior emais profunda trama de caminhos, quefavorecem as condições para dissolução desais minerais.
4 - ConclusõesApesar da inexistência de distinçõesclimáticas, da grande semelhança doslitossomas e relativa similaridade na
geomorfologia, verifica-se a existência deáreas mais favoráveis e promissoras para
locação e perfuração de poços tubulares,apresentando as seguintes características:depressões topográficas abertas (evitartopos e flancos de colinas, como tambémdivisores hidrográficos), associadas àszonas de fraturamento e/ou drenagemsuperficial, com coberturas detríticas oumanto de alteração.Verifica-se que aspectoshidrogeológicos e físico-químicosproporcionaram aos aqüíferos fissuraiscaracterísticas diferenciadas, tantoquantitativa como qualitativamente. Essefato possibilita a sugestão em caráterpreliminar para os aqüíferos fissurais daárea, a subdivisão em dois domínioshidrogeológicos, A e B.
5 - Referências BibliográficasCosta, W. D. 1983. Hidrogeologia deTerrenos Cristalinos. Apostila do Curso deHidrogeologia. CPRM, Recife. p. 35-37.
Fonseca, M.J.G. et al. 1998. MapaGeológico do Estado do Rio de Janeiro.Escala 1:400.000. DNPM, Rio de Janeiro,141 p.
Brandalise, L. A . 1976. Projeto Vale doParaíba. Relatório Final. Belo Horizonte.CPRM. 441 p.
Gonçalves, J.A.C. 2001. Contribuição àHidrogeologia e à Hidroquímica do Leste daZona da Mata de Minas Gerais e ExtremoNoroeste do Estado do Rio de Janeiro.Departamento de Geologia, UniversidadeFederal de Ouro Preto, Ouro Preto,Dissertação de Mestrado, 102p.
Pessoa, M.D.; Mente, A.; Leal, O. 1980.Províncias Hidrogeológicas do Brasil. In:Congresso Brasileiro de ÁguasSubterrâneas, 1, Recife, Anais. p. 461-474.