Nós somos testemunhas

1 – Chegou a Páscoa deste ano de 2018! A Páscoa, a passagem do Deus Vivo por nós para nos dar vida, é a grande e a única festa dos cristãos: Cristo morreu e res-suscitou, passou da morte para a vida, passou deste mundo para o Pai e deixou aberto para nós o caminho, para que passemos por ele como ovelhas que seguem as pegadas do seu Pastor. Aos que jaziam nas trevas e nas sombras da morte Jesus Cristo fá-los passar da morte para a vida e do pecado para a luz da sua graça. Cristo ressuscitou, aleluia! Celebremos a festa, irmãos, com a alegria de quem passou com Cristo da tristeza e do luto para a alegria da vida eterna e do amor!

2 - A notícia da Ressurreição começa, no Evangelho segundo S. João, com o encon-tro do túmulo vazio, por parte de Maria Madalena, logo de manhã, ainda escuro. Surpreendida, e pensando que alguém teria levado o Corpo do Senhor, vai ter com os apóstolos Pedro e João que correm até ao sepulcro. Veem ambos o mesmo túmulo vazio, mas com olhares diferentes. João viu a ausência do Corpo de Jesus e acreditou na Sua Ressurreição. Quanto a Pedro, para que acredite será preciso que Cristo ressuscitado Se manifeste a Maria Madalena e que ela lhe diga: vi o Senhor!

3 - De Maria Madalena aos apóstolos e de estes aos primeiros fiéis e ao mundo inteiro, a notícia da Ressurreição de Jesus alastrou e consolidou-se como a base e o fundamento da fé cristã. Quem acredita em Cristo é em Cristo Ressuscitado que alicerça e enraíza a sua existência, pois n’Ele tem a chave para todos os problemas e a resposta que enquadra melhor todas as perguntas. Esta Vida que brota de Cristo ressuscitado e nos sustenta, é aquela Vida escondida com Cristo em Deus de que fala São Paulo na carta aos Colossenses, Vida própria de quem, no Batismo, com Ele morreu e foi sepultado. Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto onde está Cristo, sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas do alto, não às da terra (Cl 3,1-2). (Continua na página seguinte).

Domingo de Páscoa At. 10, 34a.37-43; Sl. 17(118); Col. 3, 1-4; Jo. 20, 1-9 (manhã), Lc. 24, 13-35 (tarde) Cristo ressuscitou, Aleluia! É o que a Igreja tem para dizer ao mundo de hoje, aos homens e mulheres do nosso tempo. A ressurreição de Cristo é uma esperança para todos aqueles que vivem oprimidos por situações angustiosas. Já não há lugar para o desânimo, pois a morte foi vencida na ressurreição de Cristo Senhor.

A ressurreição de Cristo é a certeza da nossa própria ressurreição; Cristo ressusci-tou para nos ressuscitar também. Esta ressurreição não acontecerá sòmente depois da nossa morte física, mas o Senhor quer que os que acreditam n'Ele vivam como ressuscitados.

Viver como ressuscitado é viver na alegria e na esperança, ter a coragem bastante para superar todos os problemas que vão aparecendo, mesmo aqueles que pare-cem inultrapassáveis.

No nosso mundo existem muitos sinais de morte: guerras, fome, doenças, pessoas marginalizadas, famílias destroçadas, egoísmo, sede de poder, consumismo. Mas existem também muitos sinais de vida nova: solidariedade, diálogo, procura dos valores espirituais, dedicação. Estes sinais positivos são a marca de Cristo ressusci-tado no meio de nós. Sabemos que Ele está vivo porque provoca o aparecimento destes valores eternos, apesar das muitas resistências que alguns pretendem ofere-cer à ação de Deus.

Que Cristo Ressuscitado esteja presente em cada um de nós e na nossa Comunidade Paroquial. A todos vós, caros paroquianos, desejo uma Santa Páscoa. O Pároco.

Nº 27 01 de 1bril

de 2018

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Pároco: Padre Teodoro Dias de Sousa / Residência Paroquial, Rua das Escolas, 2665-225 Malveira Contactos: 219 862 858 / 917 250 612 / paroquiasmalveiravenda@gmail.com / paroquiasmalveiravenda.com

Cartório/atendimento: quartas-feiras, das 17:30 às 20:00, na Igreja da Malveira

Dia 01, dom. 09:30 Oração de Laudes, na Malveira. 10:00 Missa na Malveira. Páscoa. 11:30 Missa na Venda do Pinheiro. Páscoa.

Dia 02, 2ª f. 15:00 Reflexão bíblica, na Igreja da Venda do Pinheiro, orientada pela Conferência de São Vicente de Paulo, aberta a toda a Comunidade.

Dia 04, 4ª f. 17:30 Cartório/Atendimento, na Malveira.

Dia 05, 5ª f. 15:00 Adoração do SS. Sacramento, na Igreja da Venda do Pinheiro.

Dia 06, 6ª f. 21:00 Noite de Oração, na Malveira. Grupo Vocacional.

Dia 07, Sáb. 17:00 Missa vespertina na Malveira. 18:30 Missa Vespertina na Charneca.

Dia 08, dom. 09:30 Oração de Laudes, na Malveira. 10:00 Assembleia Diocesana de Catequistas, na Benedita. Missa às 16h.,

na igreja paroquial, presidida pelo Senhor Cardeal Patriarca. 10:00 Missa na Malveira. 11:30 Missa na Venda do Pinheiro.

Concretamente, que são estas coisas do alto a que deveremos afeiçoar-nos e dese-jar? Penso que serão tudo o que diz respeito à Vida Eterna, à Comunhão com Deus e com o próximo, todos os relacionamentos em que não há lugar para o egoísmo ou para o pecado. Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, mansi-dão, autodomínio, castidade, são os frutos do Espírito, tais como Paulo os descreve na Carta aos Gálatas (5,22-23). Um povo que vive e pratica essas coisas do alto aqui na terra, testemunha a vitória de Cristo sobre o pecado e sobre a morte, e dá ao mundo sinais claros da meta para onde deve caminhar.

4 - A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular (Sl 117, 22-23). De facto, Cristo crucificado e repelido pelos chefes judeus é a pedra rejeitada pelos construtores que se tornou pedra angular, pois n’Ele, na comunhão da Sua Igreja, se encontram o muro dos judeus e o muro dos pagãos. E assim, por meio d’Ele, judeus e gentios temos acesso ao Pai, num só Espírito (Ef 2,18).

5 – A Ressurreição do Senhor é a nossa esperança, é o sustentáculo firme da esperan-ça da nossa Ressurreição. Celebrar a Páscoa da Ressurreição de Jesus Cristo é orien-tarmos a nossa vida para a sua meta verdadeira, para a Ressurreição da carne e para a Vida eterna, como proclamamos na conclusão do Credo: espero a Ressurreição dos mortos, e a Vida do mundo que há de vir. De olhos postos em Jesus Ressuscitado, vivei irmãos e irmãs, vivamos todos uma santa Páscoa! D. João Marcos, Bispo de Beja

Oração do Papa no final da Via-Sacra no Coliseu de Roma

Senhor Jesus, o nosso olhar está voltado para ti, cheio de vergonha, de arrependi-mento e de esperança. Diante do teu supremo amor, atravessa-nos a vergonha por ter-te deixado só, a sofrer pelos nossos pecados: A vergonha por termos fugido diante da prova, apesar de te termos dito milhares de vezes: “ainda que todos te deixem, eu não te abandonarei nunca”. A vergonha de termos escolhido Barrabás, não a ti; o poder e não a ti; a aparência e não a ti; o deus-dinheiro e não a ti; a mundanidade e não a eternidade. A vergonha de te termos tentado com a boca e o coração cada vez que nos encontramos perante uma provação, dizendo-te: “se és o Messias, salva-te e acreditaremos!”. A vergonha porque tantas pessoas, mesmo alguns ministros teus, se deixaram enganar pela ambição e pela glória vã, perdendo a sua dignidade e o seu primeiro amor. A vergonha porque as nossas gerações estão a deixar aos jovens um mundo partido pelas divisões e pelas guerras; um mundo devorado pelo egoísmo, onde os jovens, os doentes, os idosos são marginalizados. A vergonha de termos perdido a vergonha. Senhor Jesus, dá-nos sempre a graça da santa vergonha!

A esperança, porque a tua mensagem continua a inspirar, ainda hoje, tantas pessoas e povos, porque só o bem pode derrotar o mal e a maldade, só o perdão pode derrubar o rancor e a vingança, só o abraço fraterno pode dissipar a hostilidade e o medo do outro. A esperança, porque o teu sacrifício continua, ainda hoje, a emanar o perfume do amor divino que acaricia os corações de tantos jovens que continuam a consagrar-te as suas vidas, tornando-se exemplos vivos de caridade e de gratuidade neste nosso mundo devorado pela lógica do lucro e do ganho fácil. A esperança, porque tantos missionários e missionárias continuam, ainda hoje, a desafiar a consciência adormeci-da da humanidade, arriscando a vida para te servir nos pobres, nos descartados, nos imigrantes, nos invisíveis, nos explorados, nos que passam fome e nos presos

Pedimos, Filho de Deus, que personifiquemos o bom ladrão que te viu com olhos cheios de vergonha, de arrependimento e de esperança; que, com os olhos da fé, viu na tua aparente derrota a divina vitória e, assim, se ajoelhou diante da tua mise-ricórdia e, com honestidade, roubou o paraíso. Amén.