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BELO HORIZONTE Fotos: Cláudio Lacerda A experiência de Belo Horizonte com as Parcerias Público-Privadas na educação foi um dos destaques do seminário Ano XX N. 4.547 R$ 0,90 Tiragem: 2.500 2/5/2014 Diário Oficial do Município - DOM BH sedia Seminário Nacional de Educação Infantil Encontro reuniu, por dois dias, no Cine Brasil, mais de mil secretários de educação e gestores da educação infantil de todo o país e, ainda, educadores italianos e moçambicanos, para discutir e trocar experiências sobre essa etapa do ensino A Prefeitura, por meio da Secretaria Munici- pal de Educação, realizou em Belo Horizonte o Se- minário Nacional de Educação Infantil – Cenários, avanços e desafios, nos dias 29 e 30 de abril. O evento, que reuniu secretários de educação e equi- pes gestoras da educação infantil de todo o país, além de gestores da Itália e Moçambique, no Ci- ne Theatro Brasil Vallourec, possibilitou a apresen- tação, discussão, troca de experiências e aprofun- damento de temas e políticas públicas voltadas pa- ra essa etapa do ensino. Reconhecida como primeira etapa da educa- ção básica, por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9394/96), a educa- ção infantil em Belo Horizonte tem sido referência para todo o país e um dos principais eixos de investi- mentos da Prefeitura, segundo o prefeito Marcio La- cerda. “O maior legado que espero deixar da nossa administração em Belo Horizonte é a forte expansão, com qualidade, da educação infantil. É um dos gran- des desafios da cidade no qual continuaremos a in- vestir”, disse o prefeito. Cenários, avanços e desafios Nos dois dias de seminário, foram abordados temas como a Parceria Público-Privada, currículo, fi- nanciamento e perfil do profissional da educação in- fantil. O professor da Faculdade de Educação da Uni- versidade Federal do Rio Grande do Sul, Gabriel An- drade Junqueira Filho, iniciou os trabalhos com a Con- ferência Magna. Um dos pontos destacados por ele foi o processo de escolha, que envolve a criança. “É im- portantíssimo que o adulto saiba o que ele quer para uma criança. É preciso não só determinar o que elas devem fazer, mas ensinar a escolher. A escola pode re- forçar o que está posto na sociedade ou mudá-la. As crianças, em casa, não são convidadas a escolher. São sempre cumpridoras de regras. Na faculdade, o mes- mo acontece. Esse tipo de educação questionadora, de perguntar, é o que deve estimulado na educação infantil”, afirmou. A experiência pioneira de Belo Horizonte na Parceria Público-Privada da Educação foi reconheci- da como um grande benefício para a cidade, por sua celeridade, possibilitando atender o desafio de am- pliação das vagas. O financiamento do Fundeb e a valorização do professor também permearam o de- bate e foram apontados pelo membro da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Carlos Eduardo Sanches, como questões importantes a serem con- sideradas. “Nos últimos 20 anos, o número de pro- fessores no Brasil saltou de 493.287 para 1.069.470, ou seja, um aumento de 117%, enquanto os recur- sos aumentaram apenas 85%. E essa diferença tende a crescer, pois a pré-escola deverá ser universal até 2016 e 50% das crianças de zero a três anos deverão estar matriculadas até 2023”, alertou. As especificidades dessa etapa de ensino leva- ram ainda à discussão sobre o currículo da educação infantil e a necessidade de um trabalho que envolva a intersertorialidade, a inclusão da criança com defi- ciência e a valorização da diversidade no que tange às relações étnico-raciais, sexualidade e gênero. En- cerraram as atividades dois temas de suma importân- cia: a alfabetização das crianças e o perfil, histórico, formação e desafios da carreira do profissional que atua na Educação Infantil. Além das mesas temáticas, os participantes tive- ram a oportunidade de conhecer, in loco, a experiên- cia de Belo Horizonte, por meio de visitas técnicas a nove das 79 Umeis da cidade. As apresentações cul- turais ficaram por conta dos estudantes do Programa Escola Integrada das escolas municipais Ana Alves Tei- xeira, Aurélio Pires, Cônego Sequeira e Cônsul Antônio Cadar, e da banda de música da Guarda Municipal. O Seminário Nacional de Educação Infantil – Cenários, avanços e desafios trouxe à tona um tema que tem sido preocupação em todo o país, conforme afirmou a secretária nacional de Educação Básica, Ma- ria Beatriz Moreira Luce: “Nosso desafio é institucio- nalizar a educação infantil, focada na educação das crianças, com identidade, projetos político-pedagógi- cos próprios e profissionais com a titulação prevista. A iniciativa da Prefeitura de Belo Horizonte de realizar este seminário é enriquecedora para todos os que se preocupam com a educação em nosso país.” A psicóloga Regina Lacerda também destacou a importância de se investir na infância. “As crian- ças são o motivo, o porquê e o por quem estamos aqui. Temos em nossas mãos a tarefa de formar ci- dadãos de bem, de sermos inspiradores de valores, princípios, ética, caráter e compostura. Se não tiver- mos perspectiva de futuro, o presente se torna insu- portável”, disse. Ciente dos desafios a enfrentar, tais como a criação de uma identidade própria, levando-se em conta as especificidades das crianças de zero a cinco anos, e a garantia da oferta de vagas a todas as crian- ças, a secretária municipal de Educação de Belo Ho- rizonte, Sueli Baliza, acredita que os esforços de to- dos os profissionais envolvidos nessa causa têm sur- tido efeito positivo. “Belo Horizonte avançou muito do ponto de vista da qualidade e a educação infantil é, de fato, referência para outras cidades. Isso é re- flexo de uma política séria, que soma qualidade de ensino, proposta pedagógica, diretrizes curriculares, profissionais comprometidos e infraestrutura física”, sintetizou a secretária. dom 4547.indd 1 30/04/2014 19:05:33

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BELO HORIZONTE

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A experiência de Belo Horizonte com as Parcerias Público-Privadas na educação foi um dos destaques do seminário

Ano XX • N. 4.547 • R$ 0,90 Tiragem: 2.500 • 2/5/2014Diário Oficial do Município - DOM

BH sedia Seminário Nacional de Educação InfantilEncontro reuniu, por dois dias, no Cine Brasil, mais de mil secretários de educação e gestores da educação infantil de todo o país e, ainda, educadores italianos e moçambicanos, para discutir e trocar experiências sobre essa etapa do ensino

A Prefeitura, por meio da Secretaria Munici-pal de Educação, realizou em Belo Horizonte o Se-minário Nacional de Educação Infantil – Cenários, avanços e desafios, nos dias 29 e 30 de abril. O evento, que reuniu secretários de educação e equi-pes gestoras da educação infantil de todo o país, além de gestores da Itália e Moçambique, no Ci-ne Theatro Brasil Vallourec, possibilitou a apresen-tação, discussão, troca de experiências e aprofun-damento de temas e políticas públicas voltadas pa-ra essa etapa do ensino.

Reconhecida como primeira etapa da educa-ção básica, por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9394/96), a educa-ção infantil em Belo Horizonte tem sido referência para todo o país e um dos principais eixos de investi-mentos da Prefeitura, segundo o prefeito Marcio La-cerda. “O maior legado que espero deixar da nossa administração em Belo Horizonte é a forte expansão, com qualidade, da educação infantil. É um dos gran-des desafios da cidade no qual continuaremos a in-vestir”, disse o prefeito.

Cenários, avanços e desafiosNos dois dias de seminário, foram abordados

temas como a Parceria Público-Privada, currículo, fi-nanciamento e perfil do profissional da educação in-fantil. O professor da Faculdade de Educação da Uni-versidade Federal do Rio Grande do Sul, Gabriel An-drade Junqueira Filho, iniciou os trabalhos com a Con-ferência Magna. Um dos pontos destacados por ele foi o processo de escolha, que envolve a criança. “É im-portantíssimo que o adulto saiba o que ele quer para uma criança. É preciso não só determinar o que elas devem fazer, mas ensinar a escolher. A escola pode re-forçar o que está posto na sociedade ou mudá-la. As crianças, em casa, não são convidadas a escolher. São sempre cumpridoras de regras. Na faculdade, o mes-mo acontece. Esse tipo de educação questionadora, de perguntar, é o que deve estimulado na educação infantil”, afirmou.

A experiência pioneira de Belo Horizonte na Parceria Público-Privada da Educação foi reconheci-da como um grande benefício para a cidade, por sua celeridade, possibilitando atender o desafio de am-pliação das vagas. O financiamento do Fundeb e a valorização do professor também permearam o de-bate e foram apontados pelo membro da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Carlos Eduardo Sanches, como questões importantes a serem con-sideradas. “Nos últimos 20 anos, o número de pro-fessores no Brasil saltou de 493.287 para 1.069.470, ou seja, um aumento de 117%, enquanto os recur-sos aumentaram apenas 85%. E essa diferença tende a crescer, pois a pré-escola deverá ser universal até

2016 e 50% das crianças de zero a três anos deverão estar matriculadas até 2023”, alertou.

As especificidades dessa etapa de ensino leva-ram ainda à discussão sobre o currículo da educação infantil e a necessidade de um trabalho que envolva a intersertorialidade, a inclusão da criança com defi-ciência e a valorização da diversidade no que tange às relações étnico-raciais, sexualidade e gênero. En-cerraram as atividades dois temas de suma importân-cia: a alfabetização das crianças e o perfil, histórico, formação e desafios da carreira do profissional que atua na Educação Infantil.

Além das mesas temáticas, os participantes tive-ram a oportunidade de conhecer, in loco, a experiên-cia de Belo Horizonte, por meio de visitas técnicas a nove das 79 Umeis da cidade. As apresentações cul-turais ficaram por conta dos estudantes do Programa Escola Integrada das escolas municipais Ana Alves Tei-xeira, Aurélio Pires, Cônego Sequeira e Cônsul Antônio Cadar, e da banda de música da Guarda Municipal.

O Seminário Nacional de Educação Infantil – Cenários, avanços e desafios trouxe à tona um tema que tem sido preocupação em todo o país, conforme afirmou a secretária nacional de Educação Básica, Ma-ria Beatriz Moreira Luce: “Nosso desafio é institucio-nalizar a educação infantil, focada na educação das crianças, com identidade, projetos político-pedagógi-cos próprios e profissionais com a titulação prevista. A iniciativa da Prefeitura de Belo Horizonte de realizar este seminário é enriquecedora para todos os que se preocupam com a educação em nosso país.”

A psicóloga Regina Lacerda também destacou a importância de se investir na infância. “As crian-ças são o motivo, o porquê e o por quem estamos aqui. Temos em nossas mãos a tarefa de formar ci-dadãos de bem, de sermos inspiradores de valores, princípios, ética, caráter e compostura. Se não tiver-mos perspectiva de futuro, o presente se torna insu-portável”, disse.

Ciente dos desafios a enfrentar, tais como a criação de uma identidade própria, levando-se em conta as especificidades das crianças de zero a cinco anos, e a garantia da oferta de vagas a todas as crian-ças, a secretária municipal de Educação de Belo Ho-rizonte, Sueli Baliza, acredita que os esforços de to-dos os profissionais envolvidos nessa causa têm sur-tido efeito positivo. “Belo Horizonte avançou muito do ponto de vista da qualidade e a educação infantil é, de fato, referência para outras cidades. Isso é re-flexo de uma política séria, que soma qualidade de ensino, proposta pedagógica, diretrizes curriculares, profissionais comprometidos e infraestrutura física”, sintetizou a secretária.

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BELO HORIZONTESexta-feira, 2 de maio de 2014Diário Oficial do Município2

Poder Executivo

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Com a homenagem, a Prefeitura incentiva a prática dos paradesportos na cidade

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Centros Culturais apresentam concertos “Violões pela Cidade”Divulgar a qualidade dos

músicos locais e apresentar para a cidade a pluralidade de estilos desses artistas ainda pouco conhe-cidos dos belo-horizontinos. Este é o objetivo do projeto “Violões pela Cidade”, que realiza 30 concertos em seis centros culturais da Funda-ção Municipal de Cultura, com se-te violonistas se apresentando no

decorrer dos meses de maio e ju-nho. O projeto conta com apre-sentações de Flávio Barbeitas, da dupla Aulus Rodrigues e Daniela Castelo, Marcos Maturro, Ander-son Reis, Stanley Fernandes Levi e Lucas Telles. O primeiro concerto do violonista Marcos Maturro terá como marca a música latino-ame-ricana e acontece dia 4 de maio,

no Centro Cultural Vila Marçola. Todas as atividades são gratuitas. Confira a programação completa no portal www.bhfazcultura.pbh.gov.br.

O projeto “Violões pela Ci-dade” busca apresentar uma visão musical de Belo Horizonte, a par-tir da interação de diferentes ma-nifestações culturais provenientes

desse instrumento. Os artistas do projeto são formados ou radica-dos na capital mineira e os con-certos buscam privilegiar obras criadas por compositores locais. Para o curador e coordenador ge-ral da atividade, Stanley Fernan-des, Belo Horizonte é um cená-rio efervescente, dotado de uma riquíssima produção cultural. “Es-

pecialmente na música, a cidade é uma referência internacional, seja pela música popular urba-na, pela música tradicional ou até mesmo pela música de vanguarda contemporânea”, enfatiza. Ainda de acordo com Stanley, todas es-sas tendências estarão presentes nesta edição do “Violões pela Ci-dade.”

Marcos MaturroNatural de Porto Alegre, em 2006, iniciou o cur-so de graduação em músi-ca na Universidade Fede-ral do Rio Grande do Sul, sob a orientação do Prof. Dr. Daniel Wolff,. Participou de master classes com: Leo Brouwer (Cuba); Fabio Za-non (Brasil); Frank Bungar-ten (Alemanha), entre ou-tros. Em 2011, foi premia-do com o segundo lugar no XXX Concurso Latino Ame-ricano “Rosa Mística”, em Curitiba – Paraná. De 2011 a 2012, fez parte do Grupo Libertango que, com arran-jos próprios, fazia releituras da obra de Astor Piazzolla

para dois violinos e violão. Em 2013, inicia em Mar del Plata - Argentina, o Cuar-teto de Guitarras del Mer-cosur, apresentando-se no Brasil e na Argentina, em cidades como Mar del Pla-ta (Conservatório Luis Gian-neo), La Plata (Universidad de La Plata) e Buenos Aires (Teatro La Salita).

Aulus Rodrigues & Danie-la CasteloAulus Rodrigues é minei-ro de São Gonçalo do Rio Abaixo, estudou com Edu-ardo Campolina, Fernan-do Araújo e Fabio Zanon. Venceu os mais importan-tes concursos de violão do país e se apresentou em importantes teatros como a Sala São Paulo e o Palá-cio das Artes. Como solis-ta orquestral, tocou sob a regência dos maestros Ro-berto Tibiriçá, Oiliam Lan-na e João Maurício Galin-do. Daniela Castelo é bacha-rel em violão pela Universi-dade Federal do Rio Gran-de do Norte, onde estudou sob a orientação do profes-sor João Raone. Teve master

class com Pavel Steidl, Edu-ardo Isaac e Henrique Pin-to, entre outros. Conquistou o 2º lugar no I Concurso de Violão de Campina Grande e recebeu Menção Honro-sa no Concurso Nacional de Violão Souza Lima.

Lucas Telles Natural de Juiz de Fora, o violonista e compositor é graduado em música, com habilitação em violão pe-la UFMG. Lucas Telles tam-bém é formado pela Promu-sic Escola de Música, onde lecionou de 2007 a 2010. Bacharelando em Composi-ção pela UFMG, Lucas Tel-les se divide entre os estu-

dos e o seu grupo, Toca de Tatu, que lançou o primei-ro álbum, “Meu amigo Ra-damés”, no primeiro semes-tre de 2013.

Flavio BarbeitasNatural do Rio de Janei-ro, é bacharel e mestre em Música pela UFRJ e dou-tor em Letras pela UFMG. Desde 1996, é professor de Violão e de disciplinas te-óricas na Escola de Músi-ca da UFMG. Paralelamen-te às atividades didáticas e artísticas, desenvolve traba-lhos no campo da pesqui-sa musicológica, sendo um de seus focos de interesse o exame das relações da mú-

sica com o conjunto da cul-tura brasileira.

Anderson ReisO músico iniciou seus es-tudos de violão na Casa de Música de Ouro Bran-co em 2004, com os pro-fessores Leonardo Amorin e Charles Roussin. Atualmen-te, conclui seu bacharelado em violão na UFMG, sob a orientação do prof. Dr. Fla-vio Barbeitas. O músico também realiza atividades na formação Canto e Violão e duo de violões (duo Araú-jo-Reis) que realizou intensa temporada de concertos em 2013, ano em que foi con-vidado a se juntar ao quar-

teto de violões Corda No-va (BH).

Stanley Fernandes LeviÉ graduado em composi-ção musical e violão pe-la UFMG, onde conclui seu mestrado em performance musical. Possui obras apre-sentadas no Brasil e no ex-terior. Atualmente, foca seu trabalho criativo na integra-ção com outras linguagens artísticas, em especial o te-atro e o vídeo. Como violo-nista, atua especialmente no campo da música contem-porânea. No “Violões pela Cidade” apresenta “Violão Latino: tango, choro e ou-tros sons surpreendentes!”.

Os Músicos

Prefeitura homenageia paradesportistas de BH

Na terça-feira, dia 29, a Pre-feitura promoveu, por meio da Se-cretaria Municipal de Esporte e La-zer (Smel), a entrega do Troféu Be-lo Horizonte Destaques do Para-desporto, para homenagear atle-tas e técnicos que se dedicaram ao desenvolvimento e à projeção do esporte paraolímpico na capi-tal, em 2013. A solenidade foi no Dayrell Hotel (rua Espírito Santo, 901, Centro).

O prêmio foi criado com o

propósito de fortalecer e apoiar a prática de atividades paradesporti-vas na cidade e incentivar o surgi-mento de novos talentos, especial-mente para Jogos Paralímpicos de 2016.

Receberam o Troféu de Pa-ratleta do ano, na categoria mas-culina, Rafael Medeiros; na femi-nina, Izabela Silva Campos; a atle-ta revelação foi Maria Laura dos Reis Martins de Freitas; os melho-res técnicos foram Leonardo Flá-

vio de Oliveira (modalidade indi-vidual) e Gustavo Cruz de Almei-da (modalidade coletiva). Também receberam placas de homenagem de reconhecimento pelo traba-lho em prol do paradesporto em Belo Horizonte os ex-paratletas e treinadores Rosana Pereira Bastos, Marcelo Mendes e Kleber Silveira de Castro, além de 15 Atletas e 15 Técnicos considerados Destaque Paradesporto 2013.

A judoca Deanne Silva rece-beu uma homenagem especial pe-la conquista da medalha de prata nas Paralimpíadas de Pequim, em 2008; da medalha de bronze nos Jogos Parapanamericanos de Gua-dalajara, em 2011; e da medalha de ouro no Mundial de judô da Alemanha, em 2014.

Durante o evento, prefei-to Marcio Lacerda afirmou que “a vontade e determinação dos pa-radesportistas é um exemplo mar-cante de superação para quem tem alguma dificuldade na vida. Conquistamos muitos avanços, mas temos muitos desafios a ven-cer nesta e em outras áreas para conquistar o fim das desigualda-

des. Esse é o momento de cele-brar a inclusão e a cidadania”, dis-se.

De acordo com levantamen-to recente da Secretaria de Espor-te e Lazer, as políticas públicas em Belo Horizonte, em relação ao pa-radesporto, evoluíram significati-

vamente, principalmente na estru-turação do Programa Superar que, em 2009, contabilizou o atendi-mento a 417 pessoas e, em 2014, com ampliação do organograma de trabalho, obteve o salto signifi-cativo para 861 pessoas atendidas por este programa da PBH.

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BELO HORIZONTESexta-feira, 2 de maio de 2014 Diário Oficial do Município 3

Poder Executivo

Diário Oficial do Município de Belo HorizonteInstituído pela Lei nº 6.470 de 06/12/1993 e alterado pela Lei nº 9.492 de 18/01/2008 • Endereço eletrônico: www.pbh.gov.br/dom

Composição, Produção e EdiçãoAssessoria de Comunicação Social - Prefeitura de Belo HorizonteAv. Afonso Pena, 1.212 - 4º andar - Tel.: (31) 3277-4246

Distribuição e AssinaturasRicci Diários & Publicações Ltda - Rua Curitiba, 1.592 - Loja 01Lourdes - Belo Horizonte - MG - Tel.: (31) 3274-4136

ImpressãoDidática Editora do Brasil Ltda - ME - Rua Custódio Maia, 469Bairro Darcy Vargas - CEP 32372-160 - Contagem - MG - Tel.: (31) 2557-8030

Voluntários estrangeiros conheceram o funcionamento do Restaurante Popular I

A Praça Paz Celestial recebeu atletas profissionais e amadores, inclusive crianças no Circuito pela Paz - Corrida da Comunidade

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2º Circuito pela Paz reúne 600 atletas em Venda Nova

Voluntários internacionais fazem visita técnica em Restaurante Popular

Secretaria de Esporte e Lazer planeja criar o Museu Municipal do Esporte

A Praça da Paz Celestial, no bairro Lagoa, em venda Nova, foi o cenário da largada do 2º Circuito pela Paz, Corrida na Comunidade, no último domingo, dia 27 de abril.

O evento, promovido pelo Jornal Super Notícia, com o apoio da Pre-feitura de Belo Horizonte, Copasa, Assembleia Legislativa, Polícia Mili-tar, entre outras entidades públicas

e privadas, contou com a participa-ção de cerca de 600 atletas, entre profissionais e amadores.

A prova começou às 8h30, com a largada dos adultos. Na Pra-

ça da Paz Celestial, foi montada uma arena com infraestrutura espe-cial para a ocasião, incluindo vestiá-rios, guarda-volumes, banheiros quí-micos, distribuição de água, isotôni-cos, frutas e um palco para a entrega das medalhas e premiações. A cor-rida foi realizada em dois circuitos: um de 5 quilômetros, para adultos, e outro de 1 quilômetro, para crian-ças e jovens de até 15 anos, com classificação geral e da comunidade.

Valorização da comunidadeO vencedor geral da corri-

da foi o atleta do Cruzeiro Esporte Clube, João Marcos Fonseca, mais conhecido como João Gari. Na ca-tegoria feminina, a campeã pe-la comunidade foi a servidora pú-blica Maria Eliza Marangon, de 49 anos, moradora do Bairro Lagoa. “Participar de uma prova e ficar em primeiro lugar é muito bom. Estou me sentindo muito bem, e a vitória é a recompensa de todo o esforço do atleta”, disse.

O aposentado Deusdete Al-ves, também morador do Lagoa,

acompanhava a neta Raissa Souza Maximiliano, de 8 anos, que partici-pou do circuito de 1 quilômetro. Na avaliação dele, o esporte é uma for-ma de afastar a juventude da violên-cia. ”A prática do esporte é um in-centivo para a juventude sair do am-biente da violência. Além de desen-volver habilidades físicas e mentais, melhora seu desempenho na escola e no convívio social. Esperamos que haja mais iniciativas como esta”, dis-se. E Raissa complementou: “Minha participação neste circuito é impor-tante para minha saúde, além de ser uma corrida pela paz”.

O organizador do evento, Luciano Paiva, defende a práti-ca de esportes como forma de in-clusão social. “O Circuito pela Paz é uma corrida de rua e represen-ta um grande incentivo para a prá-tica do esporte. Estamos na segun-da etapa, com a presença maciça da comunidade de Venda Nova. O apoio da Prefeitura de Belo Hori-zonte e da Polícia Militar de Minas Gerais foi fundamental para o su-cesso do evento”, concluiu.

A Prefeitura, por meio da Se-cretaria Municipal de Esporte e La-zer (Smel), está traçando metas e diretrizes para a criação do Museu Municipal do Esporte de Belo Hori-zonte. Esse museu terá por objeti-vo resgatar a história do esporte na capital, possibilitando aos cidadãos belo-horizontinos o conhecimento sobre cada modalidade esportiva, desde o início de sua prática na ci-dade até os dias atuais.

Os gestores da Smel concen-tram-se na discussão de aspectos da Lei Municipal nº 10.139/11, de 25 de março de 2011, originária do Projeto de Lei nº 102/09, que autoriza o Executivo a criar o Mu-seu Municipal de Esportes. Outra iniciativa foi o encaminhamento da criação de uma comissão orga-nizadora, que irá desenvolver pro-jeto para definir questões como o custeio e a manutenção do mu-seu. Nessas reuniões iniciais, foi feito também um breve histórico da concentração de matérias e do-cumentos sobre a memória do es-porte no município, pela coorde-nadora do Centro de Memória do

Esporte e do Lazer (Cemel), pro-fessora Marilita Arantes Rodrigues.

O secretário municipal de Esporte e Lazer, Patrick Drumond, ressalta a importância da criação do museu para a população belo--horizontina. “A criação do Museu Municipal do Esporte é importan-te para que as pessoas conheçam a real história do esporte na cida-de, como tudo aconteceu e o que há por trás das modalidades espor-tivas aqui praticadas”, disse.

A professora Marilita Rodri-gues defende a ideia de que Be-lo Horizonte precisa cuidar bem da sua memória esportiva. “A cria-ção do Museu Municipal do Espor-te será um passo significativo nes-se sentido. A cidade foi construí-da como vitrine da modernidade e o esporte é um fenômeno mo-derno. Em nossos estudos, verifica-mos que as práticas esportivas es-tão presentes na sociedade belo--horizontina e fazem parte de sua cultura desde a concepção da ca-pital. Assim, preservar a memória do esporte na cidade é cuidar de sua própria história”, argumenta.

Alunos participantes do Pro-grama Municipal de Voluntariado Internacional (PMVI) da Prefeitura conheceram as instalações e ser-viços prestados à população pelo Restaurante Popular I (avenida do Contorno, 11.484, Centro), em vi-sita técnica realizada em abril. Par-ticiparam voluntários da Alema-nha, França, Colômbia e Holanda. O Programa Municipal de Volun-tariado Internacional, coordenado pela Secretaria Municipal Adjunta de Relações Internacionais, visa a proporcionar a estudantes estran-geiros a oportunidade de conhecer as políticas públicas desenvolvidas pela Prefeitura de Belo Horizonte. Os alunos participam do cotidiano das áreas de administração direta

e indireta do município mediante a realização de serviço voluntário, num intercâmbio de experiências e conhecimentos e, assim, contri-buem para a internacionalização da cidade. Nas cinco edições do PMVI já realizadas, 50 voluntários, de 14 nacionalidades, estagiaram em 23 diferentes órgãos da Prefei-tura. Neste semestre, o programa conta com 11 estudantes de sete nacionalidades, em atividade em nove órgãos da PBH.

A visita foi conduzida por funcionários do restaurante que apresentaram aos jovens a prepa-ração e o fornecimento das três re-feições diárias (café da manhã, al-moço e jantar), processos de admi-nistração do estabelecimento, ins-

peções de qualidade dos alimen-tos servidos e as políticas de incen-tivo a pequenos produtores, ado-tadas pela Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional. O objeti-vo da visita foi inserir os alunos no dia a dia das políticas sociais de-senvolvidas na cidade, promoven-do a interação entre eles e a admi-nistração municipal.

Os estudantes se mostraram impressionados com a estrutura do restaurante. Alejandro Ortiz Díaz, graduando em Administração e Economia da Universidad Auto-noma de Manizales (Colômbia) e intercambista da PUC-Minas, que presta serviço voluntário na Secre-taria Municipal Extraordinária pa-ra Copa do Mundo, demonstrou grande satisfação por ter feito a vi-sita. “Eu adorei a experiência, foi muito bom conhecer esse trabalho da Prefeitura. Obrigado pela opor-tunidade”, disse.

O secretário municipal ad-junto de Relações Internacionais, Rodrigo Perpétuo, que acompa-nhou a visita ao lado dos volun-tários e coordenadores, explicou que “as visitas têm um componen-te pedagógico de conhecimento das políticas da cidade, nesse ca-so, uma política que já é referên-cia internacional, que é a Política de Segurança Alimentar e Nutri-cional. A integração entre esses jo-vens e a Prefeitura é muito positiva e contribui para o desenvolvimen-to do nosso trabalho”, cocncluiu.

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BELO HORIZONTESexta-feira, 2 de maio de 2014Diário Oficial do Município30

Poder Executivo

IndIcadores econômIcos de Belo HorIzonte

No mês No ano Últimos12 Meses No mês No ano Últimos

12 Mesesnov/13 408,69 0,65 5,24 5,76 407,86 0,64 3,93 4,51

dez/13 412,25 0,87 6,15 6,15 410,67 0,69 4,64 4,64

jan/14 419,05 1,65 1,65 5,40 413,63 0,72 0,72 3,32

fev/14 420,06 0,24 1,89 5,86 415,12 0,36 1,08 4,11

mar/14 422,79 0,65 2,56 6,02 418,39 0,79 1,88 4,31

3ª abr/14 431,15 (3) 0,78 3,29 6,20 425,31 (3) 0,95 2,57 4,54

IPCR(2)IPCA(1)

(2) IPCR= Índice de Preços ao Consumidor Restrito: mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos na cidade de Belo Horizonte

Período

(1) IPCA= Índice de Preços ao Consumidor Amplo: mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos na cidade de Belo Horizonte

Evolução dos Preços ao Consumidor

Variação (%)Índice de Base Fixa(4ª Jul/94=100)

Índice de Base Fixa(4ª Jul/94=100)

Variação (%)

Produtos / serviços(1) Forma deCobrança Menor (R$) Maior (R$) Diferença (%) Média(2) (R$)

CADASTRO

Confecção de cadastro para início de relacionamento - CADASTRO por evento 0,00 30,00 .. 15,32

CONTAS DE DEPÓSITOS

CARTÃO - Fornecimento de 2º via de cartão com função débito por cliente 5,30 10,00 88,68 6,37

CARTÃO - Fornec. de 2ª via de cartão com função mov. conta de poupança por cliente 5,30 10,00 88,68 6,37

CHEQUE - Exclusão do Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundo (CCF) por Operação 28,50 52,00 82,46 42,77

CHEQUE - Contra-ordem e oposição ao pagamento de cheque por cheque 10,35 15,00 44,93 11,68

CHEQUE - Fornecimento de folhas de cheque por cheque 1,00 1,50 50,00 1,28

CHEQUE - Cheque Administrativo por Cheque 20,00 30,00 50,00 23,89

CHEQUE - Cheque Visado por cheque 0,00 21,00 .. 10,50

Saque de conta de depósitos à vista e de poupança - SAQUE pessoal por operação 2,00 3,00 50,00 2,18

Saque de conta de depósitos à vista e de poupança - SAQUE Terminal por operação 1,15 3,00 160,87 1,79

Saque de conta de dep. à vista e de poupança - SAQUE correspondente por operação 1,15 2,15 86,96 1,52

DEPÓSITO - Depósito Identificado por operação 0,00 4,65 .. 2,08

Forn. de ext. de um periodo conta dep. à vista e poup. - EXTRATO (P) por operação 1,45 6,00 313,79 3,06

Forn. de ext. de um periodo conta dep. à vista e poup. - EXTRATO (E) por operação 1,35 3,00 122,22 1,93

Forn. de ext. de um periodo conta dep. à vista e poup. - EXTRATO (C) por operação 1,20 1,40 16,67 1,29

Ext. mensal de conta de dep. à vista e poup. p/um período -EXTRATO(P) por operação 2,00 6,00 200,00 3,16

Ext. mensal de conta de dep. à vista e Poup. p/um período - EXTRATO(E) por operação 1,35 4,00 196,30 2,25

Ext. mensal de conta de dep. à vista e poup. p/um período - EXTRATO(C) por operação 1,20 4,00 233,33 1,81

Fornecimento de cópia de microfilme, microficha ou assemelhado por operação 0,00 6,00 .. 4,75

TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS

Transferência agendada por meio de DOC/TED - DOC/TED agendado(P) por operação 0,00 19,00 .. 13,03

Transferência agendada por meio de DOC/TED - DOC/TED agendado(E) por operação 0,00 9,50 .. 7,04

Transferência agendada por meio de DOC/TED - DOC/TED agendado(I) por operação 6,50 8,60 32,31 7,54

Transferência entre contas na própria instituição- TRANSF. RECURSOS(P) por operação 1,00 2,00 100,00 1,17

Transferência entre contas na própria instituição-TRANSF.RECURSOS(E/I) por operação 0,00 1,20 .. 0,86

Ordem de Pagamento - ORDEM PAGAMENTO por operação 23,80 27,00 13,45 24,98

Transferência por meio de DOC - DOC Pessoal (3) por evento 12,85 20,00 55,64 14,85

Transferência por meio de DOC - DOC eletrônico (3) por evento 0,00 9,50 .. 7,07

Transferência por meio de DOC - DOC internet (3) por evento 6,50 8,60 32,31 7,52

Transferência por meio de TED - TED pessoal (3) por evento 12,85 20,00 55,64 14,85

Transferência por meio de TED - TED eletrônico (3) por evento 0,00 9,50 .. 7,07

Transferência por meio de TED - TED internet (3) por evento 0,00 8,60 .. 7,59

OPERAÇÕES DE CRÉDITO

Concessão de adiantamento a depositante - ADIANT. DEPOSITANTE por operação 30,00 54,70 82,33 44,36

PACOTE PADRONIZADO PESSOA FÍSICAPACOTE PADRONIZADO PESSOA FÍSICA por evento 9,50 14,00 47,37 10,94

CARTÃO DE CRÉDITO (3)

Anuidade - cartão básico nacional a cada 365 dias 24,00 54,00 125,00 44,00

Fornecimento de 2ª via de cartão com função crédito por evento 5,00 15,00 200,00 7,97

Utilização de canais de atend. para retirada em espécie - no país por evento 4,00 15,00 275,00 8,27

Pagamento de contas utilizando a função crédito em espécie por evento 1,99 19,90 900,00 10,40

Avaliação emergencial de crédito por evento 15,00 18,00 20,00 15,56

Anuidade - cartão básico internacional a cada 365 dias 0,00 90,00 .. 73,33

Utilização de canais de atend. para retirada em espécie - no exterior por evento 12,00 30,00 150,00 16,14

(1) Não são consideradas vantagens progressivas

Fonte: Banco Central do Brasil / Bancos - Dados trabalhados pela Fundação IPEAD/UFMG

Tarifas Bancárias – Março de 2014

(2) Considera-se a média das tarifas praticadas pelos bancos pesquisados

.. Não se aplica dados numéricos ND: não disponível

IPCA(1) Salário Mínimo

Cesta Básica(2) IPCA Salário

MínimoCesta Básica IPCA Salário

MínimoCesta Básica IPCA Salário

MínimoCesta Básica

out/13 406,05 1046,46 540,14 0,37 0,00 5,16 4,56 9,00 8,78 5,53 9,00 5,87

nov/13 408,69 1046,46 545,56 0,65 0,00 1,00 5,24 9,00 9,87 5,76 9,00 11,20

dez/13 412,25 1046,46 541,66 0,87 0,00 -0,72 6,15 9,00 9,09 6,15 9,00 9,09

jan/14 419,05 1117,46 532,22 1,65 6,78 -1,74 1,65 6,78 -1,74 5,40 6,78 -2,29

fev/14 420,06 1117,46 537,15 0,24 0,00 0,93 1,89 6,78 -0,83 5,86 6,78 -2,40

mar/14 422,79 1117,46 581,80 0,65 0,00 8,31 2,56 6,78 7,41 6,02 6,78 3,23

Evolução da inflação, salário mínimo e cesta básica

Variação (%)

Últimos 12 Meses

(1) IPCA= Índice de Preços ao Consumidor Amplo: mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos na cidade de Belo Horizonte

Período

Índice de Base Fixa(Jul/94=100) No mês No ano

FONTE: Fundação IPEAD/UFMG(2) Cesta Básica: representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimentação definida pelo Decreto-lei 399/38

Produto Quantidade Valores(em R$)

Contribuição na variação (p.p.)

Açúcar cristal 3,00 kg 4,10 0,01

Arroz 3,00 kg 7,22 0,00

Banana caturra 12,00 kg 30,48 1,75

Batata inglesa 6,00 kg 20,70 2,44

Café moído 0,60 kg 7,63 0,01

Chã de dentro 6,00 kg 115,04 -0,22

Farinha de trigo 1,50 kg 4,36 0,02

Feijão carioquinha 4,50 kg 18,07 1,00

Leite pasteurizado 7,50 lt 16,50 0,10

Manteiga 750,00 gr 17,06 -0,01

Óleo de soja 1,00 un 3,04 0,06

Pão francês 6,00 kg 52,15 -0,10

Tomate Santa Cruz 9,00 kg 40,67 3,25

Custo da Cesta Básica(*) – Março de 2014

(*) Cesta Básica: representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimentação definida pelo Decreto-lei 399/38FONTE: Fundação IPEAD/UFMG

No mês No ano Últimos12 Meses No mês No ano Últimos

12 Mesesout/13 464,62 0,32 4,89 6,35 649,72 0,48 6,70 8,76

nov/13 466,81 0,47 5,39 6,23 652,91 0,49 7,23 8,38

dez/13 468,30 0,32 5,72 5,72 656,56 0,56 7,83 7,83

jan/14 469,38 0,23 0,23 5,19 661,55 0,76 0,76 7,94

fev/14 472,10 0,58 0,81 5,48 665,32 0,57 1,33 7,70

mar/14 474,84 0,58 1,40 5,49 669,71 0,66 2,00 7,38FONTE: Fundação IPEAD/UFMG

Período

Evolução do Mercado Imobiliário: Aluguéis

Índice de Base Fixa (Jul/94=100)

Variação (%)

Comerciais

Índice de Base Fixa (Jul/94=100)

Variação (%)

Residenciais

Popular Médio Alto Luxo

1 Quarto e 1 banheiro ou mais 528,89(9)

1033,33(6)

793,89(36)

1308,63(51)

2 Quartos e 1 banheiro ou mais 736,21(140)

1007,66(127)

1178,32(212)

2031,37(196)

3 Quartos e 1 banheiro 883,07(42)

1019,56(48)

1279,00(43)

1618,75(16)

3 Quartos e 2 banheiros ou mais 1260,59(82)

1401,04(181)

1671,75(356)

2477,64(461)

4 Quartos e até 2 banheiros -(2)

-(2)

2258,00(15)

3190,74(27)

4 Quartos e acima de 2 banheiros / 5 Quartos ou mais e 1 banheiro ou mais

-(3)

2130,00(10)

2650,96(50)

4576,52(264)

1 Quarto e 1 banheiro ou mais 464,55(22)

605,00(34)

-(3)

-

2 Quartos e 1 banheiro ou mais 595,83(18)

721,82(11)

-(1)

-

1 Quartos e 1 banheiro ou mais 605,56(9)

-(3)

-(1)

-

2 Quartos e 1 banheiro ou mais 834,00(50)

987,68(22)

-(3)

-

3 Quartos e 1 banheiro 1048,21(28)

1431,25(8)

- -(2)

3 Quartos e 2 banheiros ou mais 1389,13(23)

1840,48(21)

2978,00(26)

6268,46(13)

4 Quartos e até 2 banheiros -(3)

2275,00(4)

3025,00(4)

-

4 Quartos e acima de 2 banheiros / 5 Quartos ou mais e 1 banheiro ou mais

3044,44(9)

3657,14(7)

5769,41(17)

8865,63(32)

Valores médios (em R$) dos aluguéis residenciais por classe de bairro(*) - Março de 2014Imóveis

Barracões

FONTE: Fundação IPEAD/UFMG

(*) O valor entre parênteses representa o número de imóveis utilizados no cálculo da respectiva média. Na maioria das vezes, somente são publicados valores médios obtidos a partir de quatro imóveis pesquisados. Os casos em que não foi pesquisado nenhum imóvel são indicados por hífen (-). Os valores médios referentes a apartamentos de 1 e 2 quartos da classe luxo são influenciados pela oferta de Flats.

Apartamentos

Casas

ICCBH(1) IEE(2) IEF(3) ICCBH IEE IEF ICCBH IEE IEF ICCBH IEE IEFout/13 120,41 161,61 116,97 1,76 0,84 2,51 -13,26 -20,51 -1,06 -11,39 -19,19 1,36

nov/13 123,30 170,12 117,11 2,40 5,27 0,12 -11,17 -16,32 -0,94 -8,51 -15,95 3,51

dez/13 120,48 159,06 118,51 -2,28 -6,50 1,20 -13,20 -21,76 0,24 -13,20 -21,76 0,24

jan/14 121,76 162,09 119,03 1,06 1,90 0,43 1,06 1,90 0,43 -7,50 -15,78 6,09

fev/14 117,25 156,21 114,56 -3,70 -3,63 -3,75 -2,68 -1,79 -3,34 -8,20 -17,16 5,80

mar/14 117,67 155,39 115,78 0,36 -0,53 1,06 -2,34 -2,31 -2,31 -7,67 -14,69 -1,40

FONTE: Fundação IPEAD/UFMG

Últimos 12 MesesÍndice de Base Fixa

(Maio/04=100)Variação (%)

No mês No ano

(1) ICCBH: Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte: trata-se de um indicador que tem por finalidade sintetizar a opinião dos consumidores em Belo Horizonte quanto aos aspectos capazes de afetar as suas decisões de consumo atual e futuro

Período

Índice de Confiança do Consumidor

(2) IEE: Índice de Expectativa Econômica: retrata a expectativa do consumidor em relação aos indicadores macroeconômicos (3) IEF: Índice de Expectativa Financeira: retrata a confiança do consumidor a respeito de alguns indicadores microeconômicos

Menor Maior Diferença (%) Média

Alimentício 3,00 5,90 96,67 4,99

Automóveis Novos

Prefixada (montadoras) 1,27 2,36 85,83 1,68

Prefixada (multimarcas) 1,57 2,86 82,17 2,07

Automóveis Usados

Prefixada (montadoras) 1,39 2,25 61,87 1,85

Prefixada (multimarcas) 1,58 3,05 93,04 2,21

Cartão de Crédito 4,14 17,89 332,13 10,96

Cheque Especial (2) (8) 4,88 10,64 118,03 8,64

Combustíveis 5,05 18,98 275,84 8,99

Construção Civil (3) (7)

Imóveis Construídos 0,03 1,65 5.400,00 1,12

Imóveis na Planta 0,13 1,65 1.169,23 0,40

Cooperativas de Crédito (empréstimo) 0,83 2,90 249,40 1,85

Crédito Direto ao Consumidor (CDC)

CDC - Financeiro (8) 3,38 5,62 66,27 4,29

CDC - Bens Alienáveis (8) 1,49 2,20 47,65 1,73

Eletroeletrônicos 2,27 5,68 150,22 3,65

Mobiliário 0,68 5,89 766,18 2,68

Financeiras Independentes 11,06 12,63 14,20 11,96

Turismo

Nacional 1,05 2,09 99,05 1,49

Internacional 1,05 2,45 133,33 1,61

Vestuário e Calçados 1,48 6,90 366,22 3,63

Empréstimos pessoa jurídica

Desconto de Duplicatas (8) 1,06 2,83 166,98 2,14

Capital de Giro (8) 1,32 2,51 90,15 1,91

Conta Garantida (8) 2,08 4,32 107,69 2,72

Captação

CDB 30 dias (4) 0,75

Cooperativas de Crédito (aplicação) 0,70

Fundo de Investimento Curto Prazo 0,41 0,65 58,54 0,57

Fundo de Investimento Longo Prazo 0,59 0,69 16,95 0,64

Poupança (5) 0,53

Taxa SELIC (6) 0,85(1) Considera-se a média das taxas praticadas pelos informantes(2) Não são consideradas vantagens progressivas(3) Inclui a variação dos indexadores CUB, TR, INCC e IGP-M (7) Novo cálculo considerando o período dos índices que compõem a estimativa(4) Taxa ANBID do primeiro dia útil do mês e projetada para 30 dias

.. Não se aplica dados numéricos ND - não disponívelFONTE: Fundação IPEAD/UFMG

(8) Dados coletados a partir de informações consolidadas no Banco Central do Brasil

Taxas de Juros – Março de 2014

(6) Média ponderada pela vigência

SetoresTaxas médias praticadas(1)

(5) Taxa referente ao primeiro dia do mês subsequente

Empréstimos pessoa física

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BELO HORIZONTESexta-feira, 2 de maio de 2014 Diário Oficial do Município 31

Poder Executivo

O censo forneceu informações preciosas para o aperfeiçoamento das políticas públicas voltadas à população em situação de rua

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aCenso revela perfil da população de rua de

Belo Horizonte

A Prefeitura e a Universida-de Federal de Minas Gerais divul-garam na quarta-feira, dia 30 de abril, na Faculdade de Medicina da UFMG, os resultados do Tercei-ro Censo de População em Situa-ção de Rua, com informações que vão contribuir para a definição e o reordenamento das políticas públi-cas voltadas para esse grupo popu-lacional de Belo Horizonte.

Um dos dados relevantes da amostragem é o elevado índi-ce de utilização dos serviços pú-blicos disponibilizados pela Pre-feitura por parte da população em situação de rua. O censo detectou que 54,5% dessas pessoas fazem suas refeições diárias nos restau-rantes populares, 43,4% dormem nos abrigos municipais e 44,2% utilizam a rede municipal de saú-de, percentual que sobe para 49% quando se considera a utilização

vem do interior de Minas (39,7%) ou de outros estados (24,5%). Em geral, elas migram para a capital em busca de trabalho, emprego ou dos serviços públicos.

O censo identificou 1.827 pessoas em situação de rua no município, distribuídas em todas as regiões da cidade, com predo-minância nas regiões Centro-sul (44,8%), Norte (15,6%), Nordeste (9,3%) e Pampulha (9,2%). As de-mais regiões apresentaram índices inferiores a 6%. Cerca de 12% dos entrevistados afirmam trabalhar com registro em Carteira de Tra-balho, apesar de viverem nas ruas, e 72% dos que se encontram nes-sa situação já trabalharam um dia com registro.

O sexo masculino é predo-minante, com 86,8% dos entrevis-tados, e a idade média é de 39,6 anos. A pesquisa mostra também que, em relação ao último censo, realizado em 2005, população de rua de Belo Horizonte envelhe-ceu. Mais da metade dos entrevis-tados tem entre 31 e 50 anos, o que requer uma nova leitura desse cenário para a implantação de po-líticas públicas, especialmente nas áreas de saúde e assistência social.

Outra mudança significati-va no perfil da população em si-tuação de rua foi a redução de fa-mílias vivendo nessa condição em Belo Horizonte. Apenas 5,9% dos entrevistados disseram viver em companhia de parentes. Em 1998, quando foi realizado o primeiro censo em BH, as famílias represen-

tavam 24,8% dos moradores de rua. Esse índice caiu para 13,6% em 2005 e, agora, é inferior a 6%.

Os problemas familiares en-cabeçam a lista de motivos alega-dos pelas pessoas para viver em si-tuação de rua, em Belo Horizon-te, com 52%; em seguida vem o abuso de álcool e/ou drogas, com 43,9%; falta de moradia, com 36,5% e desemprego, 36%.

Para a secretária municipal de Políticas Sociais, Gláucia Bran-dão, “o censo é importante para que a Prefeitura possa conhecer mais profundamente o perfil dos moradores de rua de Belo Hori-zonte, qualificar os serviços públi-cos e melhorar o atendimento, no sentido da promoção e reinserção social”. Gláucia acredita que este é um instrumento eficaz para “ga-rantir que estas pessoas possam al-cançar o exercício pleno da cida-dania”.

O coordenador da pesqui-sa, professor Frederico Garcia, do Centro de Referência em Drogas da UFMG, assinala que “a grande importância do censo é trazer in-formações atualizadas sobre a po-pulação em situação de rua e so-bre a avaliação dos serviços da Prefeitura, possibilitando que as políticas públicas sejam mais bem pensadas”.

Informações detalhadas so-bre o Terceiro Censo de População em Situação de Rua de Belo Ho-rizonte podem ser obtidas no do-cumento publicado no portal da PBH: www.pbh.gov.br.

das Unidades de Pronto Atendi-mento (UPAs).

O levantamento revela, tam-bém, que a grande maioria dessa população (94%) se diz interessada

em deixar a vida nas ruas, e regis-tra o envelhecimento e a melho-ria do grau de escolaridade dessas pessoas. A maior parte (64,2%) das pessoas que vivem nas ruas de BH

54,5%Fazem refeições em

restaurantes populares

1.827Pessoas em

situação de rua em Belo Horizontre

Concentração por regiões 44,8% - Centro-sul 15,6% - Norte9,3% - Nordeste9,2% - Pampulha Abaixo de 6% - índice das demais regiões

Motivos da situação de rua52% - Problemas familiares43,9% - Abuso de álcool e/ou drogas36,5% - Falta de moradia36% - Desemprego Muitas pessoas apresentam motivos associados

43,4%Dormem em abrigos

municipais 44,2%Utilizam a rede

municipal de saúde

94%Almejam deixar a

situação de rua12%

Afirmam trabalhar com carteira assinada

72%Já trabalharam

um dia com registro

86,8%São homens

39,6 anosé a idade média

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BELO HORIZONTESexta-feira, 2 de maio de 2014Diário Oficial do Município32

Poder Executivo

As novas placas trazem informações relevantes sobre as espécies, têm boa visibilidade e design atual

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ca Nova sinalização da Fundação Zoo-Botânica contribui para educação ambiental

A Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte (FZB-BH) (av. Otacílio Negrão de Lima, 8.000, Pampulha) está implantando um novo sistema de sinalização in-formativa e educativa em todos os seus espaços de visitação, com o objetivo de melhorar o atendi-mento aos seus mais de 1,3 milhão de visitantes anuais, e favorecer o maior conhecimento sobre seu acervo e atrativos turísticos.

Ao todos foram revitalizadas 233 placas, que estão instaladas no Jardim Zoológico, no Jardim Botânico e no Parque Ecológico da Pampulha. Nos próximos me-ses, outras 230 placas serão pro-duzidas. Bonitas, com boa visibili-dade e design atual, as placas são indicativas, para orientar os visi-tantes; educativas, com recomen-

dações para uma visita proveito-sa; e informativas, com identifica-ção e características das espécies. As placas indicativas contêm, além do texto em português, traduções em inglês e em espanhol. O mapa de visitação distribuído ao público também passará a conter informa-ções nos dois idiomas.

QR CodeAlém da revitalização das

placas, uma das novidades da si-nalização da FZB-BH será a im-plantação do QR Code (um tipo de identificação, como o tradicio-nal código de barras) que deverá oferecer acesso a informações e imagens do acervo e dos equipa-mentos da fundação por meio de aplicativos instalados em aparelhos como smartphones e tablets.

O propósito dessa iniciati-va é que o visitante tenha acesso a um banco de informações mais detalhadas sobre as espécies do Jardim Zoológico, ou sobre espa-

ços como o Memorial Minas-Japão ou, ainda, o Aquário do Rio São Francisco. Tudo em português e também em inglês e em espanhol.

Esse dispositivo estará asso-ciado ao Flickr da instituição. A ideia é que o visitante, ao percor-rer os diversos espaços da funda-ção, possa reconhecer as princi-pais características dos atrativos, dos animais e plantas e, assim, ter condições de ampliar seus conhe-cimentos sobre a importância da conservação das espécies.

De acordo com o presidente da FZB-BH, Jorge Espeschit, a revi-talização da sinalização é muito im-portante do ponto de vista da cons-cientização ambiental. “A partir de agora, teremos não apenas placas informativas, mas instrumentos in-terativos de educação ambiental. As placas e o QR Code irão possibi-litar que os visitantes tenham infor-mações muito mais detalhadas so-bre nossos espaços e acervo, e com-preendam a nossa missão na conser-vação da fauna e da flora”, explica.

Educação AmbientalA bióloga Gislaine Xavier, do Serviço de Educação Ambien-

tal da FZB-BH, acredita que a comunicação com o visitante é fun-damental, seja ela visual, escrita ou virtual. “O importante é que a instituição ofereça dispositivos informacionais diversos para aten-der aos perfis dos visitantes. Recursos mais modernos e funcio-nais com certeza levarão mais conhecimento a um número maior de pessoas, e isso significa que estamos ampliando nossa meta de atender cada vez mais e melhor os nossos visitantes. Consequen-temente, estamos levando nossa mensagem educativa para mais pessoas”, diz.

Gislaine explica que outros tipos de placas, que serão insta-ladas em espaços que ainda não dispõem deste recurso, deverão atender às necessidades dos visitantes, como é o caso das placas de recomendações para uma boa visita e outras mais interativas. “Elas levarão o visitante a refletir e interagir com conteúdos que despertem o interesse e a curiosidade sobre a fauna, a flora e su-as interrelações”, conclui.

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