dolobella lei conservacao do solo

7/24/2019 DOLOBELLA Lei Conservacao Do Solo

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ESTUDO

Cmara dos DeputadosPraa dos Trs PoderesConsultoria LegislativaAnexo III - Trreo

Braslia - D

LEGISLAO BRASILEIRA E PROGRAMAS

DO GOVERNO FEDERAL PARA O USO

SUSTENTVEL E A CONSERVAO DESOLOS AGRCOLAS

Rodrigo Hermeto Corra Dolabella

Consultor Legislativo da !rea "Agri#ultura e Polti#a Agr#ola

ESTUDO

DEZEMBRO/2014


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SUMRIO

2014 Cmara dos Deputados.Todos os direitos reservados. Este trabalho poder ser reproduzido ou transmitido na ntera! desde "ue#itados$as% o$a% autor$a% e a Consultoria &eislativa da Cmara dos Deputados. '(o vedadas a venda! areprodu)(o par#ial e a tradu)(o! sem autoriza)(o pr*via por es#rito da Cmara dos Deputados.

Este trabalho * de inteira responsabilidade de seu$sua% autor$a%! n(o representando ne#essariamente aopini(o da Cmara dos Deputados.


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LEGISLAO BRASILEIRA E PROGRAMAS DO

GOVERNO FEDERAL PARA O USO SUSTENTVEL E

A CONSERVAO DE SOLOS AGRCOLAS

Rodrigo H C Dolabella

I - LEGISLAO BRASILEIRA SOBRE USOSUSTENTVEL E A CONSERVAO DE SOLOS AGRCOLAS

+ leisla)(o brasileira sobre uso e #onserva)(o de solos ar#olasen#ontra,se dispersa em diversas leis ordinrias e de#retos reulamentadores. -a d*#ada de 0!perodo em "ue a ari#ultura se intensi/i#ou e a me#aniza)(o se disseminou no #ampo! a eros(odos solos ar#olas tornou,se um enorme problema $notadamente nos estados do sul do as%.-a"uela o#asi(o! a linha de a)(o do overno /oi tipi#amente de #omando e #ontrole3! ou sea!instituiu,se lei /ederal determinando "ue o 5inist*rio da +ri#ultura /a)a a dis#rimina)(o das

reas aptas ao #ultivo desde "ue previamente /ossem e6e#utados os planos de prote)(o do solo ede #ombate 7 eros(o de/inidos pelo overno. Com a redemo#ratiza)(o do as! /oi san#ionada a&ei de olti#a +r#ola $1881% na "ual se en#ontram dispositivos "ue estabele#em a)9es a seremimplementadas pelo oder :bli#o. +demais! estabele#eu,se a responsabilidade #ompartilhadaentre ari#ultores e oder :bli#o na /is#aliza)(o e no uso ra#ional dos re#ursos naturais. -osanos 2000! a polti#a para o setor passou a ser pautada por proramas e proetos "ue in#entivam!prin#ipalmente por interm*dio do #r*dito rural #om uros /avore#idos! o empreo de t*#ni#asaron;mi#as apropriadas ao uso sustentvel e 7 #onserva)(o dos solos ar#olas.

assamos a detalhar! por ordem #ronol


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5inist*rio da +ri#ultura! atrav*s de sua Divis(o de Conserva)(o do 'olo e da @ua $DAC='+%!para promover! supervisionar e orientar a polti#a na#ional de #onserva)(o do solo.

= De#$e%& "".""5, de !"6! "ue reulamenta a &ei B.22! de 18!determina! entre outros aspe#tos! "ue os proprietrios "ue e6plorem diretamente as terraslo#alizadas nas rei9es dis#riminadas ter(o o prazo de B $seis% meses para dar ini#io aos trabalhosde prote)(o ao solo e de #ombate 7 eros(o! e de 2 $dois% anos para #on#lu,los #ontados da dataem "ue a dis#rimina)(o /or estabele#ida pelo 5inist*rio da +ri#ultura. +l*m disso! osproprietrios ou arrendatrios rurais! lo#alizados nas rei9es dis#riminadas pelo 5inist*rio da

+ri#ultura! s(o obriados a #umprir as seuintes e6i>n#ias

A es#olher rea para determinada #ultura! de #on/ormidade #om a sua#apa#idade de uso e as ade"ua)9es lo#aisF

AA usar prti#a #onserva#ionistas! re#omendadas o/i#ialmente! seundo#rit*rios de/inidos nos planos de prote)(o ao solo e de #ombate 7 eros(oF

AAA submeter,se 7 orienta)(o t*#ni#a de Enenheiro,+r;nomo!devidamente #reden#iado pelo 5inist*rio da +ri#ultura.

Como se observa! aos ari#ultores /oi imposto a obria)(o de adotar as

re#omenda)9es o/i#iais de prti#as #onserva#ionistas para o uso dos solos ar#olas e desubmeterem,se 7 orienta)(o t*#ni#a de pro/issional #reden#iado pelo 5inist*rio da +ri#ultura.

+ Lei n '.", de !!! #onhe#ida #omo &ei de olti#a +r#ola! tratadireta ou indiretamente do tema #onserva)(o do solo em diversos dispositivos. Ani#ialmente!in#lui,se entre os obetivos da olti#a +r#ola $art. GH! AI% a prote)(o ao meio ambiente nosseuintes termos proteer o meio ambiente! arantir o seu uso ra#ional e estimular are#upera)(o dos re#ursos naturais3.

5ais adiante! no Captulo IA re/erente 7 prote)(o ao meio ambiente e da#onserva)(o dos re#ursos naturais! a &ei +r#ola assim estabele#e as obria)9es ao oder

:bli#oArt. 19. O Poder Pblico dever:

I - integrar, a nvel de Governo Federal, os Estados, o istrito Federal, os

!errit"rios, os #$nic%ios e as co&$nidades na %reserva'(o do &eio a&biente e conserva'(o dos rec$rsos nat$rais)

II - disci%linar e *iscali+ar o $so racional do solo, da g$a, da *a$na e da *lora)

III - reali+ar +onea&entos agroecol"gicos $e %er&ita& estabelecer critrios %ara o

disci%lina&ento e o ordena&ento da oc$%a'(o es%acial %elas diversas atividades %rod$tivas, be& co&o %ara a

instala'(o de novas idreltricas)

I/ - %ro&over e0o$ esti&$lar a rec$%era'(o das reas e& %rocesso de deserti*ica'(o)


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/ - desenvolver %rogra&as de ed$ca'(o a&biental, a nvel *or&al e in*or&al, dirigidos

%o%$la'(o)

/I - *o&entar a %rod$'(o de se&entes e &$das de ess2ncias nativas)

/II - coordenar %rogra&as de est&$lo e incentivo %reserva'(o das nascentes dos

c$rsos d3g$a e do &eio a&biente, be& co&o o a%roveita&ento de de4etos ani&ais %ara convers(o e& *ertili+antes.

Pargra*o nico. A *iscali+a'(o e o $so racional dos rec$rsos nat$rais do &eio

a&biente ta&b& de res%onsabilidade dos %ro%rietrios de direito, dos bene*icirios da re*or&a agrria e dos

oc$%antes te&%orrios dos i&"veis r$rais.

Art. 56. As bacias idrogr*icas constit$e&-se e& $nidades bsicas de %lane4a&ento

do $so, da conserva'(o e da rec$%era'(o dos rec$rsos nat$rais.

....................................................................................................

Art. 55. A %resta'(o de servi'os e a%lica'7es de rec$rsos %elo Poder Pblico e&

atividades agrcolas deve& ter %or %re&issa bsica o $so tecnica&ente indicado, o &ane4o racional dos rec$rsos

nat$rais e a %reserva'(o do &eio a&biente.

......................................................................................................

Art. 58. A %rote'(o do &eio a&biente e dos rec$rsos nat$rais ter %rogra&as%l$rian$ais e %lanos o%erativos an$ais elaborados %elos "rg(os co&%etentes, &antidos o$ n(o %elo Poder Pblico,

sob a coordena'(o da ni(o e das nidades da Federa'(o.

o ;a%t$lo /III, re*erente in*or&a'(o agrcola, assi& di+ o art.


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III - incentivar a introd$'(o de &todos racionais no siste&a de %rod$'(o, visando ao

a$&ento da %rod$tividade, &eloria do %adr(o de vida das %o%$la'7es r$rais e ade$ada conserva'(o do solo e

%reserva'(o do &eio a&biente)

C$anto &ecani+a'(o agrcola >;a%t$lo @@II?:

Art. 98. ;o&%ete ao Poder Pblico i&%le&entar $& con4$nto de a'7es no D&bito da

&ecani+a'(o agrcola, %ara $e, co& rec$rsos $&anos, &ateriais e *inanceiros, alcance:

........................................................................................................

/I - div$lgar e esti&$lar as %rticas de &ecani+a'(o $e %ro&ova& a conserva'(o do

solo e do &eio a&biente.

Por derradeiro, nas dis%osi'7es *inais da ei de Poltica Agrcola, o art. 165 re*ere-se

ao solo agrcola nos seg$intes ter&os:

Art. 165. O solo deve ser res%eitado co&o %atri&nio nat$ral do Pas.

Pargra*o nico. A eros(o dos solos deve ser co&batida %elo Poder Pblico e %elos

%ro%rietrios r$rais.

+l*m das leis "ue tratam #om espe#i/i#idade e abran>n#ia a "uest(o do

uso sustentvel e da #onserva)(o dos solos ar#olas! vale #itar outros diplomas "ue apenastanen#iam o tema ou o abar#am de /orma indireta! "uais seam

&ei 10.JG1K200G &ei da +ri#ultura =rni#aF

&ei 12.GJ8K2011 Anstitui o Dia -a#ional do Cal#rio +r#olaF

De#reto B.G2GK200 ?eulamenta a ari#ultura orni#aF

De#reto .04J,08 +ltera reulamento da ari#ultura orni#aF

De#reto .84,12 olti#a -a#ional de +roe#oloia erodu)(o =rni#a.

II ( )ROGRA*AS DO GOVERNO +EDERALRELACIONADOS AO USO E A CONSERVAO DE SOLOS

AGRCOLAS

Tendo dis#orrido sobre as normas leais! passaremos a detalhar osproramas do overno /ederal rela#ionados ao assunto a"ui tratado.


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1. Pr!r"#" N"$%&"' () M%$r*"$%"+ ,%(r!r-%$"+ )

C&+)r/"0 () S'+ &" A!r%$'3r"De a#ordo #om o 5inist*rio da +ri#ultura! e#uria e +baste#imento

$a#esso ao stio de internet em 2GK12K2014%! a)9es voltadas para o uso ra#ional e maneo dosre#ursos naturais! prin#ipalmente do solo! da ua e da biodiversidade visam a promoverari#ultura sustentvel! aumentar a o/erta de alimentos e melhorar os nveis de empreo e rendano meio rural.

+ ado)(o das mi#roba#ias hidror/i#as para o planeamento!monitoramento e avalia)(o do uso dos re#ursos naturais * o primeiro passo para proetos de#onserva)(o do solo e da ua. = seundo seria a oraniza)(o dos produtores #omo estrat*iapara promover a melhoria da produtividade ar#ola e o uso de te#noloias ade"uadas sob oponto de vista ambiental! e#on;mi#o e so#ial.

-esse sentido! o rorama -a#ional de 5i#roba#ias Lidror/i#as eConserva)(o de 'olos na +ri#ultura bus#a promover o desenvolvimento de /orma interada esustentvel. Desenvolvido pelo 5++ em par#eria #om a Empresa Mrasileira de es"uisa

+rope#uria $Embrapa%! pre/eituras muni#ipais! institui)9es de pes"uisa ar#ola! servi)os deassist>n#ia t*#ni#a e e6tens(o rural e oraniza)9es n(o overnamentais $=-s%! o prorama tem

#omo a)9es prioritrias Capa#ita)(o de pessoal t*#ni#o e ari#ultores em planeamento de

ba#ias hidror/i#as e #onserva)(o de solo e uaF

Ialida)(o e di/us(o de te#noloias apropriadas em maneo e#onserva)(o de soloF

Antrodu)(o de prti#as de #obertura de soloF

rti#as de ari#ultura orni#a e aro/lorestaisF

Amplanta)(o de viveiros de plantasF

?e#omposi)(o de matas #iliares e prote)(o de reas /reisF

rti#as de preserva)(o e uso sustentvel dos re#ursos hdri#osF

+de"ua)(o de estradas vi#inais de terraF

Calaem e essaem do solo ar#olaF

rti#as de #onten)(o e #ontrole de vo)oro#asF

Demar#a)(o de #urvas de nvel e #onstru)(o de sistemas deterra#eamentoF


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Amplanta)(o de proetos demonstrativos de maneo interado depraas $5A%F

rodu)(o e di/us(o de material t*#ni#oKedu#ativoF

+poio e realiza)(o de eventos t*#ni#os $dias,de,#ampo!seminrios! reuni9es de trabalho%F

?e#upera)(o de reas deradadasF

Antrodu)(o do 'istema lantio Direto.

= planeamento e a e6e#u)(o dos trabalhos s(o realizados a partir daoraniza)(o da #omunidade em par#eria #om institui)9es p:bli#as e privadas mediante #onv>niose a#ordos de #oopera)(o t*#ni#a. +l*m da #ara#teriza)(o do meio bi


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O rorama 2 Antera)(o &avoura,e#uria,Ploresta $i&P% e 'istemas+ro/lorestais $'+Ps%F

O rorama G 'istema lantio Direto $'D%F

O rorama 4 Pi6a)(o Miolnio $PM-%F

O rorama Plorestas lantadasF

O rorama B Tratamento de Deetos +nimaisF

O rorama +dapta)(o 7s 5udan)as Climti#as.+ abran>n#ia do lano +MC * na#ional e seu perodo de vi>n#ia * de

2010 a 2020! sendo previstas revis9es e atualiza)9es em perodos reulares n(o superiores h doisanos! para reade"u,lo 7s demandas da so#iedade! 7s novas te#noloias e in#orporar novas a)9es emetas! #aso se /a)a ne#essrio.

ara o al#an#e dos obetivos tra)ados pelo lano +MC! no perodo#ompreendido entre 2011 e 2020 estima,se "ue ser(o ne#essrios re#ursos da ordem de ?Q 18bilh9es! /inan#iados #om /ontes or)amentrias ou por meio de linhas de #r*dito. = lano +MC#onta #om uma de linha de #r*dito rorama +MC aprovada pela ?esolu)(o do Cobnselho

5onetrio -a#ional nH G.J8B! de 1K0JK10.-o +rt. BH do De#reto nH .G80K2010 est previsto "ue! para al#an)ar o

#ompromisso na#ional voluntrio de "ue trata o +rt. 12 da &ei nH 12.1JK2008! ser(oimplementadas a)9es no sentido da redu)(o! entre 1.1BJ milh9es de toneladas de C=2e" e 1.28milh9es de toneladas de C=2 e"! do total das emiss9es estimadas para o ano de 2020 $G.2GBmilh9es toneladas C=2 e"%. -essa proe)(o! o setor arope#urio tem a responsabilidade de#ontribuir #om a redu)(o de 22!R dessas emiss9es.

-o re/erido artio BH! s(o estabele#idas as metas para o setor ar#ola

O ?e#upera)(o de 1 milh9es de he#tares de pastaens deradadasF

O +mplia)(o da ado)(o de i&P em 4 milh9es de he#taresF

O E6pans(o da ado)(o do 'D em J milh9es de he#taresF

O E6pans(o da ado)(o da PM- em ! milh9es de he#tares de reas de#ultivo! em substitui)(o ao uso de /ertilizantes nitroenadosF

O E6pans(o do plantio de /lorestas em G!0 milh9es de he#taresF e

O +mplia)(o do uso de te#noloias para tratamento de 4!4 milh9es de mG

de deetos animais.


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-a a)(o de Antera)(o &avoura,e#uria,Ploresta! al*m do #ompromissode se ampliar a rea em 4 milh9es de he#tares! est #ontemplada a implanta)(o de 'istemas

+ro/lorestais $'+Ps% em 2!B milh9es de he#tares pela ari#ultura /amiliar.

'omando,se aos #ompromissos de mitia)(o! o lano tem ainda porobetivo in#entivar! motivar e apoiar o setor arope#urio na implanta)(o de a)9es da adapta)(o7s mudan)as #limti#as e! seundo os mapeamentos de reas sensveis! in#rementar a resili>n#iados aroe#ossistemas! o desenvolvimento e a trans/er>n#ia de te#noloias! em espe#ial da"uelas#om #omprovado poten#ial de redu)(o de EE e de adapta)(o aos impa#tos da mudan)a do

#lima! estabele#idas no lano +MC.

III ( RESU*O E CONCLUS3ES

odemos dividir as polti#as /ederais nos :ltimos "uarentea anos visandoao uso sustentvel e a #onserva)(o dos solos ar#olas em tr>s /ases $i% a /ase de #omando e#ontrole! "uando 5inist*rio da +ri#ultura de/inia os planos e m*todos de #ontrole de eros(o aserem empreados pelos ari#ultores #omo #ondi)(o pr*via ao uso dos solos do im


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no uso dos re#ursos naturais! deve,se /ortale#er a pes"uisa aron;mi#a! ampliar a assist>n#iat*#ni#a e a e6tens(o rural e aper/ei)oar os instrumentos e#on;mi#os de in#entivo ao empreo damelhor te#noloia disponvel.

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dolobella lei conservacao do solo

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