dois mil e doze

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Daqui a poucos meses chegam as eleições autárquicas. Somos novamente chamados a escolher os nossos representantes locais para mais um mandato que se estenderá até 2017. Mas este que agora termina ainda não chegou ao fim e, é dele que devemos prestar contas aqui, mais uma vez. Aproveito esta edição do Boletim Infor- mativo da Junta de Freguesia, que lembra o que de mais importante foi realizado neste ano de 2012, para fazer uma retrospetiva de um mandato muito exigente, conforme já referi também o ano passado, neste espaço. É notória a realização de obra e o reforço de algumas instituições lourei- renses, fruto de um acompanhamento muito próximo do executivo desta Junta de Freguesia. Toda a intervenção nas Ruas do Coxo/Fojo, apesar de se enquadrar numa empreitada inter- municipal é a realização de um sonho de anos daquela população. O serviço que se manteve no Posto de Correios, o alargamento do horário da nossa unidade de saúde, a sede do agrupamento de escolas na EB de Loureiro, a não agregação da freguesia com outras (se esta proposta se man- Comissão Social de Freguesia e da sua Loja Solidária possibilitou reforçar-se a ajuda, que cada vez mais, é uma exi- gência desta sociedade em que vivemos. Participei em reuniões e manifes- tações a favor do reforço do poder local e fomos sempre defensores de mais competências para as freguesias. O nosso relacionamento com a Câmara Municipal, sempre colocando os inte- resses da freguesia acima de qualquer outra questão, faz com que Loureiro não seja uma freguesia esquecida e se espere a cada dia mais investimento e mais intervenções. E nós esperamos que a postura da Câmara também assim seja. É público que a ligação entre a Câmara e as Juntas de Freguesia pode- ria ser melhor, no entanto, tudo faze- mos para alertar, propor outros proce- dimentos, criar mais equidade e pos- sibilitar mais interajuda. A Junta de Freguesia tem apostado também em realizar obras de alarga- mento de vias e construção de passeios, sempre com o objetivo de melhorar a tiver) são, sem dúvida, dossiês ganhos e anunciadores de um futuro “que pro- mete” para Loureiro, uma freguesia que é, cada vez mais, uma referência a sul do concelho oliveirense. Uma freguesia com uma oferta de atividades cada vez maior, uma dinâmi- ca cultural que se tem consolidado ao longo dos anos e um tecido empresarial que, com a nova Área de Acolhimento Empresarial Ul / Loureiro se vai tornar no maior espaço industrial do concelho. Uma freguesia ampla e com uma centralidade no Largo de Alumieira que, no futuro, depois de um arranjo urbanístico de fundo, que está a ser estudado, tornar-se-á ainda mais num pólo agregador e de encontro de pes- soas para o convívio e para o comércio. A verdadeira mudança prometida efetivou-se e, hoje, temos uma freguesia mais dinâmica e solidária, preocupada com o desenvolvimento integrado, não esquecendo as suas tradições e as pes- soas que são sempre a nossa primeira preocupação. A ação social, através da criação da

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Boletim Informativo da Junta de Freguesia de Loureiro referente ao ano de 2012

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Page 1: Dois Mil e Doze

Daqui a poucos meses chegam as eleições autárquicas. Somos novamente chamados a escolher os nossos representantes locais para mais um mandato que se estenderá até 2017. Mas este que agora termina ainda não chegou ao fim e, é dele que devemos prestar contas aqui, mais uma vez. Aproveito esta edição do Boletim Infor-mativo da Junta de Freguesia, que lembra o que de mais importante foi realizado neste ano de 2012, para fazer uma retrospetiva de um mandato muito exigente, conforme já referi também o ano passado, neste espaço.

É notória a realização de obra e o reforço de algumas instituições lourei-renses, fruto de um acompanhamento muito próximo do executivo desta Junta de Freguesia. Toda a intervenção nas Ruas do Coxo/Fojo, apesar de se enquadrar numa empreitada inter-municipal é a realização de um sonho de anos daquela população.

O serviço que se manteve no Posto de Correios, o alargamento do horário da nossa unidade de saúde, a sede do agrupamento de escolas na EB de Loureiro, a não agregação da freguesia com outras (se esta proposta se man-

Comissão Social de Freguesia e da sua Loja Solidária possibilitou reforçar-se a ajuda, que cada vez mais, é uma exi-gência desta sociedade em que vivemos.

Participei em reuniões e manifes-tações a favor do reforço do poder local e fomos sempre defensores de mais competências para as freguesias. O nosso relacionamento com a Câmara Municipal, sempre colocando os inte-resses da freguesia acima de qualquer outra questão, faz com que Loureiro não seja uma freguesia esquecida e se espere a cada dia mais investimento e mais intervenções. E nós esperamos que a postura da Câmara também assim seja. É público que a ligação entre a Câmara e as Juntas de Freguesia pode-ria ser melhor, no entanto, tudo faze-mos para alertar, propor outros proce-dimentos, criar mais equidade e pos-sibilitar mais interajuda.

A Junta de Freguesia tem apostado também em realizar obras de alarga-mento de vias e construção de passeios, sempre com o objetivo de melhorar a

tiver) são, sem dúvida, dossiês ganhos e anunciadores de um futuro “que pro-mete” para Loureiro, uma freguesia que é, cada vez mais, uma referência a sul do concelho oliveirense.

Uma freguesia com uma oferta de atividades cada vez maior, uma dinâmi-ca cultural que se tem consolidado ao longo dos anos e um tecido empresarial que, com a nova Área de Acolhimento Empresarial Ul / Loureiro se vai tornar no maior espaço industrial do concelho.

Uma freguesia ampla e com uma centralidade no Largo de Alumieira que, no futuro, depois de um arranjo urbanístico de fundo, que está a ser estudado, tornar-se-á ainda mais num pólo agregador e de encontro de pes-soas para o convívio e para o comércio.

A verdadeira mudança prometida efetivou-se e, hoje, temos uma freguesia mais dinâmica e solidária, preocupada com o desenvolvimento integrado, não esquecendo as suas tradições e as pes-soas que são sempre a nossa primeira preocupação.

A ação social, através da criação da

Page 2: Dois Mil e Doze

Loureiro tem apostado nos últimos anos no reforço da solidariedade social, acompanhando mais de perto situações sociais complicadas, assim como, criando estruturas que apoiem mais e melhor os casos diagnosticados.

Para isso foi criada a Comissão Social de Freguesia em 2010, reunindo várias instituições da freguesia que mais de perto apoiam e “vigiam” casos sociais a precisarem de ajuda. Para isso criou-se a Casa Social Maria da Silva Figueiredo, instalada numa casa da paróquia que alberga a Loja Solidária de Loureiro. A Junta de Freguesia, no seguimento deste trabalho social, alojou também uma família que há anos esperava uma casa. Nesse sentido, todos os anos, durante as Festas de Loureiro dá-se sempre visibilidade a estas questões, através da organização de palestras, encontros ou outras atividades que juntem especialistas da área e a população loureirense. Desta forma, sensibiliza-se para esta temática e encontram-se soluções para os pro-blemas que vão surgindo na freguesia.

No decorrer das Festas de Loureiro deste ano, a Junta de Freguesia organi-zou e levou até à Casa Social Maria da

Silva Figueiredo a atividade “À Conversa com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco”, dinamizada pelas técnicas do CAF Pinto de Carvalho, Paula Gomes, Estela Almeida e Susana Castro. Esta conversa aconteceu a 6 de Junho e contou com a participação de várias instituições, das quais salientamos a presença da então diretora do Agru-pamento de Escolas de Loureiro, prof.ª Isabel Terra, o pároco, Abade Nuno

Como se sabe, a organização das escolas sofreu profundas alterações em 2012, com a criação de agrupa-mentos maiores, reduzindo no nosso município de nove para cinco agrupamentos. A Norte a EB 2,3 de Carregosa uniu com a de Fajões; S. Roque com Cucujães e a Sul aconteceu o mesmo entre a Soares Basto e a Bento Carqueja e a EB 2,3 de Loureiro com a do Pinheiro da Bemposta. A Secundária Ferreira de Castro ficou basicamente como estava.

No nosso caso, é na EB 2,3 de Loureiro que se fixou a sede do novo agrupamento, existindo neste momento um processo de eleição nos novos dirigentes deste agrupa-mento para os próximos anos leti-vos, processo que deverá ficar concluído até Junho de 2013.

Este novo agrupamento serve as seguintes freguesias: S. Martinho da Gândara, Loureiro, Travanca, Pinheiro da Bemposta e Palmaz. Também alguns alunos dos lugares de Adães e Avenal estudam neste agrupamento.

A proposta de agregação de freguesias para o nosso concelho deixa Loureiro tal e qual como está neste momento, ou seja, sem que tenhamos que nos agregarmos com outra freguesia vizinha. Se assim se mantiver, assumimo-nos cada vez mais como um território em que a nossa identidade coletiva e a nossa dimensão, propor-cionarão para futuro, uma consolidação ainda mais profunda das nossas raízes.

Sabemos que Portugal não pode descontextualizar-se da sua história, nem tampouco apagar os ensinamentos do seu povo nesta área da gestão do Estado no território. Com isto, não po-de também permanecer imutável a mu-

danças, a ajustamentos, a outras formas de servir mais e melhor a população.

Um país sempre igual não responde às mudanças que acontecem ao seu povo, assim como um país sempre em mudança não possibilita que esse mesmo povo se sinta e se reconheça parte de um todo, neste caso Portugal. Há períodos em que pouco se muda, embora seja necessária a mudança, e períodos em que se muda mesmo o que está bem.

É público e consensual que este dossiê foi mal apresentado e mal gerido desde o início, pois ninguém percebeu ainda que não se extingue freguesias usando simplesmente números e anali-sando apenas dimensões. Portugal não pode continuar nestes experimenta-lismos, tem de haver uma adequação aos novos tempos mas sem que isso justifique um desenraizamento daquilo que identifica as populações. E não con-vém andarmos sempre em mudanças. Para isso, seria bom um consenso alar-gado nos partidos políticos e na soci-edade, de como deverá ser a adminis-tração do território para o século XXI. Consenso que não existe e que pode fazer com que esta reforma seja um mau momento para o reforço do poder local e da mais valia que representa para as populações, nomeadamente para aquelas que estão mais distantes dos grandes centros urbanos.

Este ano a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis concluiu as várias fases do processo de revisão do PDM que se traduz nas plantas de ordena-mento, programação, execução, condicionantes e as propostas de ordenamento. Um instrumento muito importante para o ordenamento do nosso território e para potenciar o seu desenvolvimento nos próximos 20 anos. Para consultar o novo PDM, entre na página da internet da Câmara Municipal ou da Junta de Freguesia e através do Portal Geográfico fique a saber tudo o que enquadra esta temática.

circulação dos cidadãos, investindo assim num melhor urbanismo.

Tivemos neste mandato mais comunicação, mais divulgação, mais atividades lúdicas, desportivas e formativas. Apostamos na edição de um livro (Margarida Rei) e reformulamos as comemorações das datas festivas de Loureiro, ou seja, o 18 de Maio e o 21 de Junho. O Encontro de Gastronomia é um exemplo de sucesso dessa mudança que se exigia há anos.

Obras que tardavam em avançar foram realizadas e resolveram-se outras de proximidade como valetas, caixas de águas pluviais, arranjo de caminhos, encaminhamento de águas

pluviais, entre outras.Pretendo, cada vez mais, que Lou-

reiro seja uma freguesia preparada para os desafios do século XXI, respeitadora da sua história e conhecedora das suas tradições.

Não há crise ou austeridade que sejam motivo de desculpa para a resi-gnação e ausência de obra. Pelo contrá-rio, sempre com os pés em terra firme mas o olhar no horizonte, esperando sempre mais dinamismo, mais susten-tabilidade e um maior envolvimento cívico de todos.

Vivemos, neste tempo, numa exage-rada falta de otimismo e parecendo obcecados pela incerteza, pelo desâ-

nimo e pelo descrédito nas instituições e em quem as dirige. É impressionante como se passa do oito ao oitenta, demonstrando esta radicalidade de posições um défice de algum bom senso e confiança no que somos e, no que podemos fazer de bom por nós e pelo meio onde vivemos.

Desde os princípios da humanidade que a vida nunca se apresentou propria-mente como um ato de facilidade adqui-rida. É preciso lutar com perseverança e sempre com esperança num futuro melhor. Sem sonhos, somos uma exis-tência existente e não uma existência vivente.

Pereira, loureirenses interessados pela temática e as voluntárias que geralmente trabalham nesta casa social.

Além das técnicas já referidas, que conduziram a tarde de diálogo cons-trutivo, estiveram ainda presentes alguns dos representantes da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens a darem o seu contributo: Rita Mourinho, representando as instituições com acolhimento, Fátima Ribas, represen-tante da educação e Rosália Alves, elemento de reforço técnico das CPCJ dos concelhos de Oliveira de Azeméis e São João da Madeira.

É desta forma que a Junta de Freguesia pretende dar mais visibili-dade às questões sociais, apoiando quem mais precisa. É esse o caminho, num caminho em que os mais fracos tendem a ficar para trás, na complexa organização da sociedade atual.

Rui Luzes Cabral, presidente da Junta de Freguesia de Loureiro abriu a conversa, explicando o que se tem feito na freguesia a este nível, tendo contri-buído durante os temas lançados para o enriquecimento da conversa que se manteve por várias horas.

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Loureiro tem apostado nos últimos anos no reforço da solidariedade social, acompanhando mais de perto situações sociais complicadas, assim como, criando estruturas que apoiem mais e melhor os casos diagnosticados.

Para isso foi criada a Comissão Social de Freguesia em 2010, reunindo várias instituições da freguesia que mais de perto apoiam e “vigiam” casos sociais a precisarem de ajuda. Para isso criou-se a Casa Social Maria da Silva Figueiredo, instalada numa casa da paróquia que alberga a Loja Solidária de Loureiro. A Junta de Freguesia, no seguimento deste trabalho social, alojou também uma família que há anos esperava uma casa. Nesse sentido, todos os anos, durante as Festas de Loureiro dá-se sempre visibilidade a estas questões, através da organização de palestras, encontros ou outras atividades que juntem especialistas da área e a população loureirense. Desta forma, sensibiliza-se para esta temática e encontram-se soluções para os pro-blemas que vão surgindo na freguesia.

No decorrer das Festas de Loureiro deste ano, a Junta de Freguesia organi-zou e levou até à Casa Social Maria da

Silva Figueiredo a atividade “À Conversa com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco”, dinamizada pelas técnicas do CAF Pinto de Carvalho, Paula Gomes, Estela Almeida e Susana Castro. Esta conversa aconteceu a 6 de Junho e contou com a participação de várias instituições, das quais salientamos a presença da então diretora do Agru-pamento de Escolas de Loureiro, prof.ª Isabel Terra, o pároco, Abade Nuno

Como se sabe, a organização das escolas sofreu profundas alterações em 2012, com a criação de agrupa-mentos maiores, reduzindo no nosso município de nove para cinco agrupamentos. A Norte a EB 2,3 de Carregosa uniu com a de Fajões; S. Roque com Cucujães e a Sul aconteceu o mesmo entre a Soares Basto e a Bento Carqueja e a EB 2,3 de Loureiro com a do Pinheiro da Bemposta. A Secundária Ferreira de Castro ficou basicamente como estava.

No nosso caso, é na EB 2,3 de Loureiro que se fixou a sede do novo agrupamento, existindo neste momento um processo de eleição nos novos dirigentes deste agrupa-mento para os próximos anos leti-vos, processo que deverá ficar concluído até Junho de 2013.

Este novo agrupamento serve as seguintes freguesias: S. Martinho da Gândara, Loureiro, Travanca, Pinheiro da Bemposta e Palmaz. Também alguns alunos dos lugares de Adães e Avenal estudam neste agrupamento.

A proposta de agregação de freguesias para o nosso concelho deixa Loureiro tal e qual como está neste momento, ou seja, sem que tenhamos que nos agregarmos com outra freguesia vizinha. Se assim se mantiver, assumimo-nos cada vez mais como um território em que a nossa identidade coletiva e a nossa dimensão, propor-cionarão para futuro, uma consolidação ainda mais profunda das nossas raízes.

Sabemos que Portugal não pode descontextualizar-se da sua história, nem tampouco apagar os ensinamentos do seu povo nesta área da gestão do Estado no território. Com isto, não po-de também permanecer imutável a mu-

danças, a ajustamentos, a outras formas de servir mais e melhor a população.

Um país sempre igual não responde às mudanças que acontecem ao seu povo, assim como um país sempre em mudança não possibilita que esse mesmo povo se sinta e se reconheça parte de um todo, neste caso Portugal. Há períodos em que pouco se muda, embora seja necessária a mudança, e períodos em que se muda mesmo o que está bem.

É público e consensual que este dossiê foi mal apresentado e mal gerido desde o início, pois ninguém percebeu ainda que não se extingue freguesias usando simplesmente números e anali-sando apenas dimensões. Portugal não pode continuar nestes experimenta-lismos, tem de haver uma adequação aos novos tempos mas sem que isso justifique um desenraizamento daquilo que identifica as populações. E não con-vém andarmos sempre em mudanças. Para isso, seria bom um consenso alar-gado nos partidos políticos e na soci-edade, de como deverá ser a adminis-tração do território para o século XXI. Consenso que não existe e que pode fazer com que esta reforma seja um mau momento para o reforço do poder local e da mais valia que representa para as populações, nomeadamente para aquelas que estão mais distantes dos grandes centros urbanos.

Este ano a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis concluiu as várias fases do processo de revisão do PDM que se traduz nas plantas de ordena-mento, programação, execução, condicionantes e as propostas de ordenamento. Um instrumento muito importante para o ordenamento do nosso território e para potenciar o seu desenvolvimento nos próximos 20 anos. Para consultar o novo PDM, entre na página da internet da Câmara Municipal ou da Junta de Freguesia e através do Portal Geográfico fique a saber tudo o que enquadra esta temática.

circulação dos cidadãos, investindo assim num melhor urbanismo.

Tivemos neste mandato mais comunicação, mais divulgação, mais atividades lúdicas, desportivas e formativas. Apostamos na edição de um livro (Margarida Rei) e reformulamos as comemorações das datas festivas de Loureiro, ou seja, o 18 de Maio e o 21 de Junho. O Encontro de Gastronomia é um exemplo de sucesso dessa mudança que se exigia há anos.

Obras que tardavam em avançar foram realizadas e resolveram-se outras de proximidade como valetas, caixas de águas pluviais, arranjo de caminhos, encaminhamento de águas

pluviais, entre outras.Pretendo, cada vez mais, que Lou-

reiro seja uma freguesia preparada para os desafios do século XXI, respeitadora da sua história e conhecedora das suas tradições.

Não há crise ou austeridade que sejam motivo de desculpa para a resi-gnação e ausência de obra. Pelo contrá-rio, sempre com os pés em terra firme mas o olhar no horizonte, esperando sempre mais dinamismo, mais susten-tabilidade e um maior envolvimento cívico de todos.

Vivemos, neste tempo, numa exage-rada falta de otimismo e parecendo obcecados pela incerteza, pelo desâ-

nimo e pelo descrédito nas instituições e em quem as dirige. É impressionante como se passa do oito ao oitenta, demonstrando esta radicalidade de posições um défice de algum bom senso e confiança no que somos e, no que podemos fazer de bom por nós e pelo meio onde vivemos.

Desde os princípios da humanidade que a vida nunca se apresentou propria-mente como um ato de facilidade adqui-rida. É preciso lutar com perseverança e sempre com esperança num futuro melhor. Sem sonhos, somos uma exis-tência existente e não uma existência vivente.

Pereira, loureirenses interessados pela temática e as voluntárias que geralmente trabalham nesta casa social.

Além das técnicas já referidas, que conduziram a tarde de diálogo cons-trutivo, estiveram ainda presentes alguns dos representantes da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens a darem o seu contributo: Rita Mourinho, representando as instituições com acolhimento, Fátima Ribas, represen-tante da educação e Rosália Alves, elemento de reforço técnico das CPCJ dos concelhos de Oliveira de Azeméis e São João da Madeira.

É desta forma que a Junta de Freguesia pretende dar mais visibili-dade às questões sociais, apoiando quem mais precisa. É esse o caminho, num caminho em que os mais fracos tendem a ficar para trás, na complexa organização da sociedade atual.

Rui Luzes Cabral, presidente da Junta de Freguesia de Loureiro abriu a conversa, explicando o que se tem feito na freguesia a este nível, tendo contri-buído durante os temas lançados para o enriquecimento da conversa que se manteve por várias horas.

Page 4: Dois Mil e Doze

A 18 de Novembro, aconteceu uma Caminhada Solidária em Loureiro, organizada pela Junta de Freguesia e Comissão Social de Freguesia, jun-tando cerca de 150 participantes. Uma atividade a pedido da Liga Portuguesa Contra o Cancro, para onde reverte toda a receita arrecadada. Além da inscrição de 3 euros de cada partici-pante, várias pessoas que não puderam participar quiseram associar-se a esta forma solidária de cidadania e contribuíram, mesmo não caminhando.

O percurso entre o Largo do Faial e o Parque Temático Molinológico (PTM), na vizinha freguesia de Ul e regresso ao local de partida, aconteceu entre as 09:30 e as 12:00 horas, havendo no PTM lugar a convívio entre todos, ao sabor da boa regueifa que ali se

“A Junta de Freguesia de Loureiro entende que o conhecimento da nossa história local é muito importante para compreendermos a nossa origem, as pessoas, os acontecimentos, as instituições e as vivências que fizeram de Loureiro a Freguesia que é. Quanto mais se publicar, mais protegemos a informação do nosso passado, para que, no futuro, sejamos bem conhecedores do que fomos e somos. No reino dos Cantadores – Margarida Rei e seus pares, agora editado pela Junta de Freguesia, cumpre com esse objetivo.

A Junta de Freguesia de Loureiro presta aqui homenagem ao Padre Manuel Pires Bastos, ilustre Loureiren-se e autor desta obra. É um trabalhador incansável quando se trata de trazer ao presente factos e preciosidades do nosso passado. Obrigado, Padre Bastos. Loureiro conhece-se melhor com o seu empenho, o seu trabalho e o seu entusiasmo.”

Foi com este texto, escrito para a contra capa deste livro que a Junta de Freguesia assumiu a importância da sua publicação e o desejo de que este seja um incentivo à edição de mais livros. E que mais autores possam também surgir na escrita de outros assuntos.

confeciona.“Cada vez mais, temos de ser

cidadãos ativos e atentos às solicitações da sociedade e, neste caso, colaborar com a Liga Portuguesa Contra o Can-cro é um dever de todos e por todos deve ser acarinhado”, referiu Rui Luzes Cabral, antes do início da caminhada.

Em breves palavras, o Presidente da Junta Loureirense e também da Comi-ssão Social de Freguesia alertou para o significado desta iniciativa e agradeceu a todos os participantes, alguns deles habitantes de freguesias vizinhas. Rui Luzes Cabral agradeceu também a presença da Dra. Ana Valente em representação da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, afirmando que é bom sentir o reconhecimento de todos em mais esta causa social.

No primeiro fim de semana de agosto, Loureiro foi palco de uma interessante atividade, promovida pela Banda de Musica de Loureiro, ao qual a Junta de Freguesia se associou.

O intercâmbio de bandas com a Unión Musical Santa Cecilia de Dosbarrios (província de Toledo), que também em setembro recebeu a nossa banda, trouxe a Loureiro um interessante grupo de músicos espanhóis, permitindo assim uma troca mútua de experiências.

Para Além do concerto oferecido pelas duas bandas a todos os loureirenses, no coreto da Praça de Nossa Senhora de Alumieira, fez parte do programa a receção aos nossos visitantes, na Junta de Freguesia, com a troca de lembranças entre a Freguesia/Município e Banda de Loureiro e a Banda e Município de Dosbarrios.

A Escola de Alumieira comemorou este ano o seu centenário. A 1 de Fevereiro de 1912 em ata da reunião da Câmara Municipal vem descrita a auto-rização da entrega do edifício por parte do empreiteiro adjudicante.

Para assinalar a data, no dia 1 de Fevereiro de 2012, a Junta de Freguesia e a direção do Agrupamento de Escolas estiveram na Escola de Alumieira com toda a comunidade escolar. Num ato simbólico, a Junta de Freguesia infor-mou sobre o programa das comemora-ções do centenário e registou o momen-to para a posteridade com uma fotogra-fia.

A Junta de Freguesia de Loureiro aproveitou a efeméride para, durante o ano de 2012 historiar todos estes anos da escola e, para isso, solicitou a ajuda a todos aqueles que lá estudaram, ensi-naram ou trabalharam. Livros antigos, registos de matrículas e presenças, histórias que por lá aconteceram, professores que lá lecionaram, entre outras curiosidades. Foi recolhido mui-to material importante que culminou numa exposição muito interessante, que esteve patente na Junta de Fregue-sia durante as Festas de Loureiro.

Nos meus tempos de EscolaCom vara de marmeleiro na mão,Quem falasse, o professor espreitavaE, atirando-a para o fundo da sala,Aluno, que a levasse é que apanhava.

Para dar palmatoadas nas mãosUsava régua grossa e bem pesadaE era assim, que com ela castigavaQuem não soubesse toda a tabuada.

Meu professor gritava sem destino.Era agressivo, quando chateado.Cheios de medo andavam os meninosE, dele, precisavam ter cuidado.

Ao que fosse mais tacanho na escola,Sempre dizia com ar de casmurro:“Levanta-se um padeiro à meia-noiteP´ra cozer pão p´ra este grande burro”.

Aconteceu assim, naquele tempo,A sessenta alunos que havia na sala.Perdoo-lhe o seu mau temperamento,Porque morreu e, agora, já não fala!

A. Evangelista de Pinho

Page 5: Dois Mil e Doze

A 18 de Novembro, aconteceu uma Caminhada Solidária em Loureiro, organizada pela Junta de Freguesia e Comissão Social de Freguesia, jun-tando cerca de 150 participantes. Uma atividade a pedido da Liga Portuguesa Contra o Cancro, para onde reverte toda a receita arrecadada. Além da inscrição de 3 euros de cada partici-pante, várias pessoas que não puderam participar quiseram associar-se a esta forma solidária de cidadania e contribuíram, mesmo não caminhando.

O percurso entre o Largo do Faial e o Parque Temático Molinológico (PTM), na vizinha freguesia de Ul e regresso ao local de partida, aconteceu entre as 09:30 e as 12:00 horas, havendo no PTM lugar a convívio entre todos, ao sabor da boa regueifa que ali se

“A Junta de Freguesia de Loureiro entende que o conhecimento da nossa história local é muito importante para compreendermos a nossa origem, as pessoas, os acontecimentos, as instituições e as vivências que fizeram de Loureiro a Freguesia que é. Quanto mais se publicar, mais protegemos a informação do nosso passado, para que, no futuro, sejamos bem conhecedores do que fomos e somos. No reino dos Cantadores – Margarida Rei e seus pares, agora editado pela Junta de Freguesia, cumpre com esse objetivo.

A Junta de Freguesia de Loureiro presta aqui homenagem ao Padre Manuel Pires Bastos, ilustre Loureiren-se e autor desta obra. É um trabalhador incansável quando se trata de trazer ao presente factos e preciosidades do nosso passado. Obrigado, Padre Bastos. Loureiro conhece-se melhor com o seu empenho, o seu trabalho e o seu entusiasmo.”

Foi com este texto, escrito para a contra capa deste livro que a Junta de Freguesia assumiu a importância da sua publicação e o desejo de que este seja um incentivo à edição de mais livros. E que mais autores possam também surgir na escrita de outros assuntos.

confeciona.“Cada vez mais, temos de ser

cidadãos ativos e atentos às solicitações da sociedade e, neste caso, colaborar com a Liga Portuguesa Contra o Can-cro é um dever de todos e por todos deve ser acarinhado”, referiu Rui Luzes Cabral, antes do início da caminhada.

Em breves palavras, o Presidente da Junta Loureirense e também da Comi-ssão Social de Freguesia alertou para o significado desta iniciativa e agradeceu a todos os participantes, alguns deles habitantes de freguesias vizinhas. Rui Luzes Cabral agradeceu também a presença da Dra. Ana Valente em representação da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, afirmando que é bom sentir o reconhecimento de todos em mais esta causa social.

No primeiro fim de semana de agosto, Loureiro foi palco de uma interessante atividade, promovida pela Banda de Musica de Loureiro, ao qual a Junta de Freguesia se associou.

O intercâmbio de bandas com a Unión Musical Santa Cecilia de Dosbarrios (província de Toledo), que também em setembro recebeu a nossa banda, trouxe a Loureiro um interessante grupo de músicos espanhóis, permitindo assim uma troca mútua de experiências.

Para Além do concerto oferecido pelas duas bandas a todos os loureirenses, no coreto da Praça de Nossa Senhora de Alumieira, fez parte do programa a receção aos nossos visitantes, na Junta de Freguesia, com a troca de lembranças entre a Freguesia/Município e Banda de Loureiro e a Banda e Município de Dosbarrios.

A Escola de Alumieira comemorou este ano o seu centenário. A 1 de Fevereiro de 1912 em ata da reunião da Câmara Municipal vem descrita a auto-rização da entrega do edifício por parte do empreiteiro adjudicante.

Para assinalar a data, no dia 1 de Fevereiro de 2012, a Junta de Freguesia e a direção do Agrupamento de Escolas estiveram na Escola de Alumieira com toda a comunidade escolar. Num ato simbólico, a Junta de Freguesia infor-mou sobre o programa das comemora-ções do centenário e registou o momen-to para a posteridade com uma fotogra-fia.

A Junta de Freguesia de Loureiro aproveitou a efeméride para, durante o ano de 2012 historiar todos estes anos da escola e, para isso, solicitou a ajuda a todos aqueles que lá estudaram, ensi-naram ou trabalharam. Livros antigos, registos de matrículas e presenças, histórias que por lá aconteceram, professores que lá lecionaram, entre outras curiosidades. Foi recolhido mui-to material importante que culminou numa exposição muito interessante, que esteve patente na Junta de Fregue-sia durante as Festas de Loureiro.

Nos meus tempos de EscolaCom vara de marmeleiro na mão,Quem falasse, o professor espreitavaE, atirando-a para o fundo da sala,Aluno, que a levasse é que apanhava.

Para dar palmatoadas nas mãosUsava régua grossa e bem pesadaE era assim, que com ela castigavaQuem não soubesse toda a tabuada.

Meu professor gritava sem destino.Era agressivo, quando chateado.Cheios de medo andavam os meninosE, dele, precisavam ter cuidado.

Ao que fosse mais tacanho na escola,Sempre dizia com ar de casmurro:“Levanta-se um padeiro à meia-noiteP´ra cozer pão p´ra este grande burro”.

Aconteceu assim, naquele tempo,A sessenta alunos que havia na sala.Perdoo-lhe o seu mau temperamento,Porque morreu e, agora, já não fala!

A. Evangelista de Pinho

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As Festas de Loureiro fazem já parte do calendário recreativo e cultural da nossa freguesia. São várias as atividades e as celebrações que durante um mês acontecem para festejar e celebrar Loureiro.

Este ano a Sessão Solene de Abertura no dia 18 de Maio, foi marca-da pelas palestras dos Professores António Magalhães sobre o tema “O ensino primário em Loureiro” e António Sousa Dias, sobre os tempos

em que passou pelo ensino na Escola de Alumieira. Também o Padre Manuel Pires Bastos proferiu algumas palavras sobre o assunto. No fim procedeu-se à abertura da Exposição “Centenário da Escola de Alumieira”, recriando uma sala de aula de meados do século XX. Vários documentos de registo destes 100 anos de existência e muitas fotos fizeram parte deste espólio expositivo.

Entre as comunicações apresenta-das e a abertura da exposição ouviram-se as intervenções políticas do Presidente da Junta, Rui Luzes Cabral e do Vereador da Cultura, Prof. Isidro Figueiredo.

O III Encontro de Gastronomia aconteceu nos dias 16 (Jantar) e 17 de Junho (Almoço) no Largo de Alumi-eira. Estiveram presentes várias associações da freguesia, neste que é já um evento muito participado por loureirenses, entre outras pessoas de freguesias e concelhos limítrofes.

Ao longo de três anos de mandato, este executivo teve sempre a preocu-pação de ser totalmente transparente na gestão dos dinheiros públicos. Apesar de, atualmente, haver uma maior atenção aos gastos públicos, mo-tivada pelos sacrifícios que este governo optou por infligir de uma forma cega aos portugueses, o execu-

Também neste fim-de-semana, no Domingo de manhã, a partir das 09:30 horas, decorreu o III Encontro 2 Rodas Antigas – Passeio de Bicicletas e Motorizadas Antigas pela Freguesia de Loureiro, este ano com visita ao espaço museológico da Banda de Música de Loureiro e a um Posto de Trans-formação da Cooperativa Eléctrica de Loureiro, incluindo lanche convívio.

Na Sessão de Encerramento homenageou-se a loureirense mais idosa, que voltou a ser a D. Belmira de Jesus Feirão (nasceu a 4 de Julho de 1911) e ouviram-se belas melodias entoadas pelo Orfeão de Loureiro, uma das quais, música e letra da terra, o “Tomé Rabelo”.

Foi também neste dia 21 de Junho, no encerramento das festas, que decorreu a sessão de autógrafos do Livro do Padre Manuel Pires Bastos - “No reino dos Cantadores – Margarida Rei e seus pares”.

tivo da Junta não vem, a reboque, intro-duzir este ou aquele melhoramento na prestação de contas a que está obri-gado, porque já anteriormente, ao despertar das consciências para esta temática, o executivo tinha presente a necessidade de atuar de uma forma transparente.

Assim, nas Assembleias de Fregue-sia, sempre foi dada a maior importân-cia, não só às prestações de contas anuais, mas também (em todas as sessões), às contas das atividades até aí realizadas pela Junta de Freguesia, e das despesas e receitas efetuadas e geradas por tais atividades. Também os Planos de Atividades e a respetiva

orçamentação, são cuidadosamente pensados e publicitados, bem como as sucessivas alterações, para que o rumo da Freguesia não seja uma incógnita, mas exista uma linha condutora de toda a atividade a realizar.

Só fazendo transparecer aos elementos dessa mesma Assembleia, e a todos aqueles que se queiram interessar, assistindo e participando nas Assembleias de Freguesia, cultivamos a Democracia, porque Democracia, não é realizar periodicamente eleições para passar um “cheque em branco” por quatro anos, mas sim, ser parte naquilo que são decisões e que são para todos.

A Assembleia de Freguesia de Loureiro é o órgão deliberativo do po-der autárquico local, composta por nove elementos eleitos, segundo a representação proporcional obtida nas últimas eleições autárquicas.

A Assembleia de Freguesia tem anualmente quatro sessões ordinárias, onde são debatidos os temas estru-turantes da freguesia. Em cada reunião é dada a conhecer a informação do senhor Presidente da Junta de Freguesia acerca das atividades desen-volvidas pelo executivo e a situação financeira da freguesia, no momento da Assembleia. O executivo da Junta de Freguesia responde às questões apresentadas pelos elementos da Assembleia de Freguesia, bem como apresenta para análise e votação, no início do ano, o relatório de contas do ano anterior e, no seu terminus, apresenta para discussão e votação o Orçamento para o ano seguinte.

Os loureirenses podem participar de viva voz, em momento próprio, na reunião, apresentando as suas questões, comentários ou propostas, ao executivo da Junta de Freguesia.

Ao longo desta legislatura foram criadas melhores condições de funcio-namento da própria Assembleia de Freguesia. Foi realizado um esforço de transparência, divulgação e de maior informação disponibilizada sobre cada um dos pontos das ordens de trabalho.

Utilizam-se diferentes meios de divulgação, nomeadamente, afixação de convocatórias, envio por correio electrónico, através do site da Junta de Freguesia de Loureiro, disponibiliza-ção para consulta das atas das reuniões, as quais se desejam o mais fieis e esclarecedoras possíveis, do trabalho desenvolvido em cada sessão de Assembleia de Freguesia.

Ao longo da legislatura verifica-se que muitos loureirenses já participam nas reuniões da Assembleia de Fregue-sia, mas deseja-se que muitos mais este-jam presentes neste fórum de discussão da vida autárquica loureirense.

Loureiro, terra de gente empre-endedora, é uma freguesia de antigas tradições agrícolas, que remontam ao século X, quando habitavam nesta região poderosos senhores que aqui possuíam vastas herdades. Nestas herdades labutava uma multidão de trabalhadores, que recorriam às águas do Rio Gonde para cultivarem o vale, fertilizarem os campos e moverem as azenhas e moerem os seus cereais.

Foi o fértil vale do Rio Gonde, que, ao longo dos tempos, atraiu a si gerações de agricultores. E foram estes primeiros loureirenses que fizeram a nossa freguesia crescer, alargando-a

Page 9: Dois Mil e Doze

As Festas de Loureiro fazem já parte do calendário recreativo e cultural da nossa freguesia. São várias as atividades e as celebrações que durante um mês acontecem para festejar e celebrar Loureiro.

Este ano a Sessão Solene de Abertura no dia 18 de Maio, foi marca-da pelas palestras dos Professores António Magalhães sobre o tema “O ensino primário em Loureiro” e António Sousa Dias, sobre os tempos

em que passou pelo ensino na Escola de Alumieira. Também o Padre Manuel Pires Bastos proferiu algumas palavras sobre o assunto. No fim procedeu-se à abertura da Exposição “Centenário da Escola de Alumieira”, recriando uma sala de aula de meados do século XX. Vários documentos de registo destes 100 anos de existência e muitas fotos fizeram parte deste espólio expositivo.

Entre as comunicações apresenta-das e a abertura da exposição ouviram-se as intervenções políticas do Presidente da Junta, Rui Luzes Cabral e do Vereador da Cultura, Prof. Isidro Figueiredo.

O III Encontro de Gastronomia aconteceu nos dias 16 (Jantar) e 17 de Junho (Almoço) no Largo de Alumi-eira. Estiveram presentes várias associações da freguesia, neste que é já um evento muito participado por loureirenses, entre outras pessoas de freguesias e concelhos limítrofes.

Ao longo de três anos de mandato, este executivo teve sempre a preocu-pação de ser totalmente transparente na gestão dos dinheiros públicos. Apesar de, atualmente, haver uma maior atenção aos gastos públicos, mo-tivada pelos sacrifícios que este governo optou por infligir de uma forma cega aos portugueses, o execu-

Também neste fim-de-semana, no Domingo de manhã, a partir das 09:30 horas, decorreu o III Encontro 2 Rodas Antigas – Passeio de Bicicletas e Motorizadas Antigas pela Freguesia de Loureiro, este ano com visita ao espaço museológico da Banda de Música de Loureiro e a um Posto de Trans-formação da Cooperativa Eléctrica de Loureiro, incluindo lanche convívio.

Na Sessão de Encerramento homenageou-se a loureirense mais idosa, que voltou a ser a D. Belmira de Jesus Feirão (nasceu a 4 de Julho de 1911) e ouviram-se belas melodias entoadas pelo Orfeão de Loureiro, uma das quais, música e letra da terra, o “Tomé Rabelo”.

Foi também neste dia 21 de Junho, no encerramento das festas, que decorreu a sessão de autógrafos do Livro do Padre Manuel Pires Bastos - “No reino dos Cantadores – Margarida Rei e seus pares”.

tivo da Junta não vem, a reboque, intro-duzir este ou aquele melhoramento na prestação de contas a que está obri-gado, porque já anteriormente, ao despertar das consciências para esta temática, o executivo tinha presente a necessidade de atuar de uma forma transparente.

Assim, nas Assembleias de Fregue-sia, sempre foi dada a maior importân-cia, não só às prestações de contas anuais, mas também (em todas as sessões), às contas das atividades até aí realizadas pela Junta de Freguesia, e das despesas e receitas efetuadas e geradas por tais atividades. Também os Planos de Atividades e a respetiva

orçamentação, são cuidadosamente pensados e publicitados, bem como as sucessivas alterações, para que o rumo da Freguesia não seja uma incógnita, mas exista uma linha condutora de toda a atividade a realizar.

Só fazendo transparecer aos elementos dessa mesma Assembleia, e a todos aqueles que se queiram interessar, assistindo e participando nas Assembleias de Freguesia, cultivamos a Democracia, porque Democracia, não é realizar periodicamente eleições para passar um “cheque em branco” por quatro anos, mas sim, ser parte naquilo que são decisões e que são para todos.

A Assembleia de Freguesia de Loureiro é o órgão deliberativo do po-der autárquico local, composta por nove elementos eleitos, segundo a representação proporcional obtida nas últimas eleições autárquicas.

A Assembleia de Freguesia tem anualmente quatro sessões ordinárias, onde são debatidos os temas estru-turantes da freguesia. Em cada reunião é dada a conhecer a informação do senhor Presidente da Junta de Freguesia acerca das atividades desen-volvidas pelo executivo e a situação financeira da freguesia, no momento da Assembleia. O executivo da Junta de Freguesia responde às questões apresentadas pelos elementos da Assembleia de Freguesia, bem como apresenta para análise e votação, no início do ano, o relatório de contas do ano anterior e, no seu terminus, apresenta para discussão e votação o Orçamento para o ano seguinte.

Os loureirenses podem participar de viva voz, em momento próprio, na reunião, apresentando as suas questões, comentários ou propostas, ao executivo da Junta de Freguesia.

Ao longo desta legislatura foram criadas melhores condições de funcio-namento da própria Assembleia de Freguesia. Foi realizado um esforço de transparência, divulgação e de maior informação disponibilizada sobre cada um dos pontos das ordens de trabalho.

Utilizam-se diferentes meios de divulgação, nomeadamente, afixação de convocatórias, envio por correio electrónico, através do site da Junta de Freguesia de Loureiro, disponibiliza-ção para consulta das atas das reuniões, as quais se desejam o mais fieis e esclarecedoras possíveis, do trabalho desenvolvido em cada sessão de Assembleia de Freguesia.

Ao longo da legislatura verifica-se que muitos loureirenses já participam nas reuniões da Assembleia de Fregue-sia, mas deseja-se que muitos mais este-jam presentes neste fórum de discussão da vida autárquica loureirense.

Loureiro, terra de gente empre-endedora, é uma freguesia de antigas tradições agrícolas, que remontam ao século X, quando habitavam nesta região poderosos senhores que aqui possuíam vastas herdades. Nestas herdades labutava uma multidão de trabalhadores, que recorriam às águas do Rio Gonde para cultivarem o vale, fertilizarem os campos e moverem as azenhas e moerem os seus cereais.

Foi o fértil vale do Rio Gonde, que, ao longo dos tempos, atraiu a si gerações de agricultores. E foram estes primeiros loureirenses que fizeram a nossa freguesia crescer, alargando-a

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A Unidade de Saúde de Loureiro tem um novo horário, possibilitando um prolongamento do atendimento de serviços de enfermagem e de consultas médicas até às 20 horas, às Terças e Quintas-Feiras.

Desta forma, todos aqueles que pretendem uma consulta em horário pós-laboral, já não têm que se deslocar à freguesia vizinha do Pinheiro da Bemposta.

Quando muitos diziam que a Unidade de Saúde de Loureiro poderia encerrar, assiste-se precisamente ao reforço do serviço prestado. A Junta de Freguesia agradece ao ACES – Agrupamento dos Centros de Saúde Aveiro Norte pela sensibilidade que teve na percepção de que a dimensão de Loureiro merecia mais tempo de atendimento aos seus utentes.

Horário:Segunda-Feira 08:00 às 13:00 horas

Terça-Feira08:00 às 13:00 horas14:00 às 20:00 horas

Quarta-Feira 08:00 às 13:00 horas

Quinta-Feira08:00 às 13:00 horas14:00 às 20:00 horas

Sexta-Feira08:00 às 13:00 horas

A LOJA SOLIDÁRIA abriu ao público a 22 de Outubro de 2011, sediada na Casa Social Maria da Silva Figueiredo, na Rua Dr. Albino dos Reis e funciona às Quartas-Feiras das 17:00 às 19:00 horas e aos Sábados entre as 09:30 e as 12:30 horas

É um espaço com alguma procura, tanto para quem dá como para quem recebe. Não só loureirenses, mas tam-bém outras pessoas de freguesias e concelhos vizinhos têm já procurado este espaço social que graças ao excelente trabalho das suas voluntá-rias tem crescido bastante.

Na Loja Solidária podemos adquirir roupa, brinquedos, mobília, entre ou-tros artefactos para a casa. Este é um espaço para todos, dos mais ricos aos mais pobres. Todos são chamados a envolver-se no projecto, para que, todos ganhem com ele. O pior que poderia acontecer à Loja Solidária era ser confundida com uma Loja assistencialista. Não, esta Loja preten-de ser simplesmente um espaço de partilha. Cada um dá o que pode, cada um recebe o que precisa. Já sabe, em qualquer um dos horários referidos, pode-nos fazer uma visita e ajudar a ajudarmos…

A Junta de Freguesia de Loureiro organizou mais uma vez a Feira de Artesanato, sendo já a terceira edição de uma atividade que tem vindo a crescer de ano para ano, tanto na procura de artesãos para divulgarem as suas peças, como visitantes, que apro-veitaram esta época natalícia para algumas compras.

Abriu ao início da tarde de Sábado, dia 8, fechando portas neste dia, cerca das 23 horas. No Domingo, dia 9, abriu às 10 da manhã e encerrou por volta das 18 horas, mas às 16 horas a sur-presa esperada pelos mais pequenos chegou ao Auditório da Junta de Freguesia para distribuir uma pequena lembrança a cada criança. O Pai Natal, que na primeira edição, chegou puxado a cavalo e na segunda edição foi trans-portado por um belíssimo carro antigo, este ano chegou sentado num engra-çado trenó, puxado por uma mota, ou melhor, foram um conjunto de motas que o acompanharam até à porta da Junta de Freguesia. Aí iniciou a distri-buição de pequenas lembranças aos mais pequenos que estavam ansiosos pela sua chegada. Um momento de alegria contagiante que atraiu muitas pessoas a este evento.

aos diversos lugares que hoje compõem a vila de Loureiro.

Esta tradição agrícola que está na nossa origem, não impediu o surgi-mento de outros ramos económicos, como oficinas de ferreiros e tecedeiras, mais tarde substituídas por pequenas empresas familiares, como a fábrica dos couros, a serração e outras.

Nos dias de hoje, o sector económico loureirense é mais diversificado, aguar-dando-se ainda um maior alarga-mento e investimento com a implantação de novas industrias na área de acolhi-mento empresarial Ul/ Loureiro.

Mas as profundas modificações sociais e económicas dos últimos anos vieram criar a necessidade de apelar ao melhor da nossa criatividade. E regressamos novamente ao conceito de empreendedorismo.

Quando pensamos em «empre-endedor» imaginamos alguém como Bill Gates, famoso por conceber uma

Quem pensa que pode viver quase sozinho, contando simplesmente com a sua família e um restrito núcleo de amigos, conhecidos ou vizinhos, vive no puro egoísmo, ou, por inocente desconhecimento, pensa que os outros são um adorno do mundo em que vive.

Viver em rede é viver com e para os outros. Numa aldeia, numa pequena vila, mesmo quando não nos aperce-bemos disso, podemos viver em rede pois há proximidade e maior preocu-pação pelo nosso vizinho ou conter-râneo. Quase todos se conhecem e isso cria compromisso e tendencialmente interajuda. É bom viver assim…

A Rede Social, frase transformada em estrutura municipal para preocu-par-se com os problemas e o bem estar da sociedade é um passo à frente na organização da sociedade que se expan-diu, que se urbanizou, que talvez se distanciou e, onde as malhas dessa rede

organização altamente inovadora. Apesar disso, o empreendedor não é somente aquele que inova, mas sim alguém que tem a habilidade de identificar e avaliar oportunidades e recursos, e, a partir das condições de que dispõe, criar negócios lucrativos.

Daí que, o regressar às “origens” possa vir a revelar-se uma boa aposta, se desejamos vencer os obstáculos e mudar o rumo da nossa existência profissional. A aposta, por exemplo, num modelo de agricultura gerida com mais responsabilidade de modo a proteger a saúde e o bem-estar das atuais e futuras gerações e do ambiente, ao mesmo tempo que permite a pro-dução de alimentos de elevada quali-dade e saudáveis.

Modelo seguido já em Loureiro por empresas como a "Sabores aos Molhos", que desde novembro de 2010, tem vindo a recuperar uma antiga quinta no lugar de Contumil, na qual

pretende promover a Agricultura Biológica, produzindo e comerciali-zando produtos hortícolas, frutícolas e outros de origem animal e desenvol-vendo atividades de Educação Ambi-ental. Também o projeto PROVE de venda de hortícolas, há dois anos em funcionamento, tem-se mostrado um nicho interessante nesta agricultura de proximidade.

Quem sabe, servirá também como modelo e fonte de inspiração para a criatividade e empreendedorismo de muitos jovens, e menos jovens, loureirenses, privados dos seus ante-riores empregos e sem expectativas de novas colocações.

A força e a garra dos descendentes de Godesteu será sempre melhor aproveitada à sombra das margens do Gonde, que noutros horizontes para os quais nos parecem querer empurrar estes tempos conturbados.

foram-se descosendo umas das outras. É muito melhor para um trapezista de circo fazer o seu número sabendo que há uma rede que o segura se algo falhar. Saltar para o desconhecido é sempre muito perigoso. Nada mais reconfor-tante para um paraquedista quando sabe que tem paraquedas secundário.

Em Loureiro, desde 2009, o atual executivo da Junta de Freguesia, colo-cou as questões sociais na dianteira das suas preocupações por considerar que primeiro estão as pessoas. A criação da Comissão Social de Freguesia, o surgi-mento da Casa Social Maria da Silva Figueiredo num edifício da paróquia, a instalação nesse espaço da Loja Solidá-ria, a entrega de uma Habitação Social a um casal, a distribuição de Cabazes de Natal, a Ajuda Financeira em casos de urgência social, o Levantamento e Acompanhamento dos Casos Sociais Existentes, são as principais atividades

para que se consolide cada vez mais a Rede Social e seja uma garantia de mais apoio e mais solidariedade entre as pes-soas e entre as instituições.

Dez anos da Rede Social de Oliveira de Azeméis são dez anos de uma sociedade mais consciente. Parabéns a todos que tornam este projeto um caminho sempre a percorrer, uma atitude sempre a acontecer …

Nota: Texto escrito por Rui Luzes Cabral para o Aniversário da Rede Social de Oliveira de Azeméis, publicado na Revista “Nós em Rede… 10 Anos”

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A Unidade de Saúde de Loureiro tem um novo horário, possibilitando um prolongamento do atendimento de serviços de enfermagem e de consultas médicas até às 20 horas, às Terças e Quintas-Feiras.

Desta forma, todos aqueles que pretendem uma consulta em horário pós-laboral, já não têm que se deslocar à freguesia vizinha do Pinheiro da Bemposta.

Quando muitos diziam que a Unidade de Saúde de Loureiro poderia encerrar, assiste-se precisamente ao reforço do serviço prestado. A Junta de Freguesia agradece ao ACES – Agrupamento dos Centros de Saúde Aveiro Norte pela sensibilidade que teve na percepção de que a dimensão de Loureiro merecia mais tempo de atendimento aos seus utentes.

Horário:Segunda-Feira 08:00 às 13:00 horas

Terça-Feira08:00 às 13:00 horas14:00 às 20:00 horas

Quarta-Feira 08:00 às 13:00 horas

Quinta-Feira08:00 às 13:00 horas14:00 às 20:00 horas

Sexta-Feira08:00 às 13:00 horas

A LOJA SOLIDÁRIA abriu ao público a 22 de Outubro de 2011, sediada na Casa Social Maria da Silva Figueiredo, na Rua Dr. Albino dos Reis e funciona às Quartas-Feiras das 17:00 às 19:00 horas e aos Sábados entre as 09:30 e as 12:30 horas

É um espaço com alguma procura, tanto para quem dá como para quem recebe. Não só loureirenses, mas tam-bém outras pessoas de freguesias e concelhos vizinhos têm já procurado este espaço social que graças ao excelente trabalho das suas voluntá-rias tem crescido bastante.

Na Loja Solidária podemos adquirir roupa, brinquedos, mobília, entre ou-tros artefactos para a casa. Este é um espaço para todos, dos mais ricos aos mais pobres. Todos são chamados a envolver-se no projecto, para que, todos ganhem com ele. O pior que poderia acontecer à Loja Solidária era ser confundida com uma Loja assistencialista. Não, esta Loja preten-de ser simplesmente um espaço de partilha. Cada um dá o que pode, cada um recebe o que precisa. Já sabe, em qualquer um dos horários referidos, pode-nos fazer uma visita e ajudar a ajudarmos…

A Junta de Freguesia de Loureiro organizou mais uma vez a Feira de Artesanato, sendo já a terceira edição de uma atividade que tem vindo a crescer de ano para ano, tanto na procura de artesãos para divulgarem as suas peças, como visitantes, que apro-veitaram esta época natalícia para algumas compras.

Abriu ao início da tarde de Sábado, dia 8, fechando portas neste dia, cerca das 23 horas. No Domingo, dia 9, abriu às 10 da manhã e encerrou por volta das 18 horas, mas às 16 horas a sur-presa esperada pelos mais pequenos chegou ao Auditório da Junta de Freguesia para distribuir uma pequena lembrança a cada criança. O Pai Natal, que na primeira edição, chegou puxado a cavalo e na segunda edição foi trans-portado por um belíssimo carro antigo, este ano chegou sentado num engra-çado trenó, puxado por uma mota, ou melhor, foram um conjunto de motas que o acompanharam até à porta da Junta de Freguesia. Aí iniciou a distri-buição de pequenas lembranças aos mais pequenos que estavam ansiosos pela sua chegada. Um momento de alegria contagiante que atraiu muitas pessoas a este evento.

aos diversos lugares que hoje compõem a vila de Loureiro.

Esta tradição agrícola que está na nossa origem, não impediu o surgi-mento de outros ramos económicos, como oficinas de ferreiros e tecedeiras, mais tarde substituídas por pequenas empresas familiares, como a fábrica dos couros, a serração e outras.

Nos dias de hoje, o sector económico loureirense é mais diversificado, aguar-dando-se ainda um maior alarga-mento e investimento com a implantação de novas industrias na área de acolhi-mento empresarial Ul/ Loureiro.

Mas as profundas modificações sociais e económicas dos últimos anos vieram criar a necessidade de apelar ao melhor da nossa criatividade. E regressamos novamente ao conceito de empreendedorismo.

Quando pensamos em «empre-endedor» imaginamos alguém como Bill Gates, famoso por conceber uma

Quem pensa que pode viver quase sozinho, contando simplesmente com a sua família e um restrito núcleo de amigos, conhecidos ou vizinhos, vive no puro egoísmo, ou, por inocente desconhecimento, pensa que os outros são um adorno do mundo em que vive.

Viver em rede é viver com e para os outros. Numa aldeia, numa pequena vila, mesmo quando não nos aperce-bemos disso, podemos viver em rede pois há proximidade e maior preocu-pação pelo nosso vizinho ou conter-râneo. Quase todos se conhecem e isso cria compromisso e tendencialmente interajuda. É bom viver assim…

A Rede Social, frase transformada em estrutura municipal para preocu-par-se com os problemas e o bem estar da sociedade é um passo à frente na organização da sociedade que se expan-diu, que se urbanizou, que talvez se distanciou e, onde as malhas dessa rede

organização altamente inovadora. Apesar disso, o empreendedor não é somente aquele que inova, mas sim alguém que tem a habilidade de identificar e avaliar oportunidades e recursos, e, a partir das condições de que dispõe, criar negócios lucrativos.

Daí que, o regressar às “origens” possa vir a revelar-se uma boa aposta, se desejamos vencer os obstáculos e mudar o rumo da nossa existência profissional. A aposta, por exemplo, num modelo de agricultura gerida com mais responsabilidade de modo a proteger a saúde e o bem-estar das atuais e futuras gerações e do ambiente, ao mesmo tempo que permite a pro-dução de alimentos de elevada quali-dade e saudáveis.

Modelo seguido já em Loureiro por empresas como a "Sabores aos Molhos", que desde novembro de 2010, tem vindo a recuperar uma antiga quinta no lugar de Contumil, na qual

pretende promover a Agricultura Biológica, produzindo e comerciali-zando produtos hortícolas, frutícolas e outros de origem animal e desenvol-vendo atividades de Educação Ambi-ental. Também o projeto PROVE de venda de hortícolas, há dois anos em funcionamento, tem-se mostrado um nicho interessante nesta agricultura de proximidade.

Quem sabe, servirá também como modelo e fonte de inspiração para a criatividade e empreendedorismo de muitos jovens, e menos jovens, loureirenses, privados dos seus ante-riores empregos e sem expectativas de novas colocações.

A força e a garra dos descendentes de Godesteu será sempre melhor aproveitada à sombra das margens do Gonde, que noutros horizontes para os quais nos parecem querer empurrar estes tempos conturbados.

foram-se descosendo umas das outras. É muito melhor para um trapezista de circo fazer o seu número sabendo que há uma rede que o segura se algo falhar. Saltar para o desconhecido é sempre muito perigoso. Nada mais reconfor-tante para um paraquedista quando sabe que tem paraquedas secundário.

Em Loureiro, desde 2009, o atual executivo da Junta de Freguesia, colo-cou as questões sociais na dianteira das suas preocupações por considerar que primeiro estão as pessoas. A criação da Comissão Social de Freguesia, o surgi-mento da Casa Social Maria da Silva Figueiredo num edifício da paróquia, a instalação nesse espaço da Loja Solidá-ria, a entrega de uma Habitação Social a um casal, a distribuição de Cabazes de Natal, a Ajuda Financeira em casos de urgência social, o Levantamento e Acompanhamento dos Casos Sociais Existentes, são as principais atividades

para que se consolide cada vez mais a Rede Social e seja uma garantia de mais apoio e mais solidariedade entre as pes-soas e entre as instituições.

Dez anos da Rede Social de Oliveira de Azeméis são dez anos de uma sociedade mais consciente. Parabéns a todos que tornam este projeto um caminho sempre a percorrer, uma atitude sempre a acontecer …

Nota: Texto escrito por Rui Luzes Cabral para o Aniversário da Rede Social de Oliveira de Azeméis, publicado na Revista “Nós em Rede… 10 Anos”

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