doenças e pragas das pastagens

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Doenças e Pragas das Pastagens Aula 3 Cigarrinha das Pastagens

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Doenças e Pragas das Pastagens. Aula 3 Cigarrinha das Pastagens. Í ndice. Cenário. A pecuária de corte e leiteira são importantes atividades no Brasil, e são diretamente afetadas pela sua principal praga: a cigarrinha das pastagens. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Doenças e Pragas das Pastagens

Doenças e Pragas das Pastagens

Aula 3Cigarrinha das Pastagens

Page 2: Doenças e Pragas das Pastagens

Cenário

Identificação

Danos

Prejuízo

Amostragem e Nível de Dano Econômico

Controle

Considerações Finais

Bibliografia

Índice

Page 3: Doenças e Pragas das Pastagens

• A pecuária de corte e leiteira são importantes atividades no Brasil, e são diretamente afetadas pela sua principal praga: a cigarrinha das pastagens.

• Trata-se de um problema entomológico complexo, pois são diversas espécies de cigarrinhas, associadas a diversas forrageiras, sob diferentes manejos e numa vasta amplitude de condições ecológicas.

Cenário

Page 4: Doenças e Pragas das Pastagens

Deois flavopicta Comprimento: 10 mmColoração: preta com duas faixas transversais amarelas na asa e clavo amarelo. Abdome e pernas vermelhos.

Identificação

Page 5: Doenças e Pragas das Pastagens

Deois schach Comprimento: 10 mmColoração: preta esverdeada com faixa transversais alaranjadas na asa. Abdome e pernas vermelhos.

Identificação

Page 6: Doenças e Pragas das Pastagens

Deois incompleta Comprimento: 8 mmColoração: castanha com faixas amarelo esbranquiçadas. Abdome e pernas castanhos.

Identificação

Page 7: Doenças e Pragas das Pastagens

Notozulia entreriana Comprimento: 7 mmColoração: preta brilhante com faixa branco-amarelada. Abdome e pernas pretos.

Identificação

Page 8: Doenças e Pragas das Pastagens

Mahanarva fimbriolata Comprimento: 13 mmColoração: vermelha com faixas pretas. Abdome e pernas vermelhos.

Identificação

Cigarrinha das raízes da cana-de-açúcar

Gênero Mahanarva spp em Cana e Capim Elefante na região Norte.

Page 9: Doenças e Pragas das Pastagens

Identificação

Page 10: Doenças e Pragas das Pastagens

Danos

Espumas protegem as nifas (fase jovem do inseto) na base do colmo.

Nifas: Sugam seiva, retirando nutrientes do capim.Adultos: Sugam seiva e injetam toxina, seca o perfilho, provocando queima das folhas.

Page 11: Doenças e Pragas das Pastagens

Danos

Danos causados pelos adultos das cigarrinhas. Inicialmente listras cloróticas (a), evoluindo para necrose (b), morte das folhas (c), pastagem totalmente comprometida (d).

Page 12: Doenças e Pragas das Pastagens

Prejuízo

• Os maiores danos são causados pelo inseto na fase adulta.

• Ao injetar a toxina, secam as folhas que ficam com menor palatibilidade pelo gado e consequente menor pastejo.

• Menor ganho de peso ou produção de leite.• Apenas 20 adultos por m² podem reduzir a

capacidade de suporte de pastagem de 30% a 50%, dependendo da espécie da gramínea.

Page 13: Doenças e Pragas das Pastagens

Amostragem e Nível de Dano Econômico

• Nível de Dano Econômico (MIP):• Amostragem em 1 m²: – Encontrar 20 a 25 adultos ou – mais de 10 ninfas.

• Nível de Controle: – 15 adultos ou– 2,5 a 5 ninfas/m²

• Cerca de 10 amostras por hectare.• Monitorar a cada 15 dias.

Page 14: Doenças e Pragas das Pastagens

Amostragem e Nível de Dano Econômico

Ciclo Biológico da cigarrinha

Page 15: Doenças e Pragas das Pastagens

Controle

• Controle Químico.• Controle Biológico.• Resistência de Plantas.• Controle Cultural (Manejo Pastagem).• Manutenção área de reserva florestal.• Manutenção da Fertilidade do solo.

Não existe uma medida de controle que, isoladamente, consiga bons resultados.Recomenda-se o Manejo Integrado de Pragas (MIP), combinando práticas que envolvem:

Page 16: Doenças e Pragas das Pastagens

Controle

QUÍMICO:

Em geral, não recomendado. Alto custo e impacto ambiental.Em manejo, somente nas primeira geração da praga e em caso específico de alta infestação. Foco no adulto e antes dos sintomas.

Page 17: Doenças e Pragas das Pastagens

Controle

QUÍMICO:

Princípios ativos aprovados pelo MAPA: Carbaril, Clorpirifós, Fenitrotiom e Malatiom.

Page 18: Doenças e Pragas das Pastagens

Controle

BIOLÓGICO:

Mais recomendado. Atinge também as nifas.Sem impacto ambiental, sem resíduo no solo, pastagem, carne ou leite.Em manejo, na segunda e terceira geração da praga, em condições específicas de aplicação e manutenção da pastagem.

Cigarrinha da pastagem infectada com o fungo Metarhizium anisopliae.

Fonte: Itaforte Bioprodutos.

Fungo existe naturalmente no meio ambiente. O homem isolou, selecionou e reproduziu em laboratório, sobre substrato de arroz.O Brasil é o maior produtor mundial de fungos entomopatogênicos, sobretudo para aplicação em áreas de cana-de-açúcar, com mais de 1 milhão de hectares aplicados para controle de cigarrinha.

Fonte: Instituto Biológico de São Paulo. Logística difícil

Devido ao preço elevado e dificuldades logísticas na distribuição do fungo, regiões produtoras de gado tem buscado se unir através de associações de criadores, sindicatos, cooperativas e prefeituras para produção do fungo em laboratórios locais, facilitando sua distribuição e aplicação.

Page 19: Doenças e Pragas das Pastagens

Controle

BIOLÓGICO - Quando:

Fonte: Silveira Neto (1994).

Page 20: Doenças e Pragas das Pastagens

Controle

BIOLÓGICO - Como:

• Aplicar Metarhizium anisopliae formulação pó molhável ou granulada, cerca de 5,0 x 10¹² conídios/há, ou 500g de fungo puro em 200 a 300 litros água/há. – trabalhoso.

• Alguns produtos comerciais são: Metanat PM, Metarril e Metarriz Biocontrol e ainda existem produtos de laboratórios menores que não tem nome comercial.

• Limpar bem o tanque de pulverização antes, com detergente, para não conter agrotóxicos letais ao fungo.

• Aplicar em horas mais frescas do dia (tarde ou noite), evitando raios solares UV, que inutilizam o fungo.

Page 21: Doenças e Pragas das Pastagens

Controle

BIOLÓGICO - Resultado:

• Manter manejo do gado sem superpastejo, pois gera exposição demais ao sol e inativação do fungo.

• Fazer o manejo da pastagem, deixando mais alta para manter o microclima e umidade adequados para preservação dos fungos.

• Evitar produtos químicos nocivos aos fungos, para reinfestação.

• Evitar queimadas.• Controle médio 40%.

Page 22: Doenças e Pragas das Pastagens

Controle

BIOLÓGICO - Resultado:

Nota: Controle efetivo medido após aplicação, mas devemos avaliar residual e sustentabilidade do sistema como um todo.

Fonte: Boviplan Consultoria (2009).

Page 23: Doenças e Pragas das Pastagens

Controle

VARIEDADES RESISTENTES:

• Algumas forrageiras mostram-se resistentes por apresentarem características que dificultam a propagação da praga, como pilosidade, rigidez dos tecidos do colmo e produção de alomônios de alimentação.

• Usar no mínimo 30% da área com variedades resistentes, que possam ser pastejadas nas épocas de maior pressão da população da cigarrinha.

Page 24: Doenças e Pragas das Pastagens

Controle

VARIEDADES RESISTENTES:

• Andropógon, capim-gordura, jaraguá, braquiarão ou maradu, estrela africana, setária kazungula, coast-cross, capim-buffel e as cultivares de capim-colonião (mombaça, tanzânia, tobiatã, centenário e vencedor).

Fonte: Boviplan Consultoria (2009).

Page 25: Doenças e Pragas das Pastagens

Controle

MANEJO DA PASTAGEM:

• Na seca: manejo mais baixo do pasto, expondo ovos e ninfas ao sol e aos predadores naturais.

• Nas águas, para os capins de hábito de crescimento rasteiro, como as braquiárias, coast-cross, gordura e gêreno Cynodon, manter de 25 a 30 cm de altura.

• Para os capins entouceirados, de porte mais alto, como colonião, andropógon, elefante, etc., adotar altura de 40 a 45 cm.

• Promover rotação de piquetes e suplementar os volumosos com capineira ou canavial, poupando as pastagens mais atacadas pela praga.

Page 26: Doenças e Pragas das Pastagens

Controle

MIP: Conjunto de Ações Integradas

Redução da população de cigarrinhas das pastagens

Aumento da população de agentes de controle

biológico

Pastagens diversificadas e em equilíbrio ecológico

Plantio com três ou mais tipos de gramíneas

Consorciação com leguminosas (Calopogônio,

Estilosantes)

Manejo da altura do pastejo (20 cm para

espécie estoloníferas e 40 cm para espécies

cespitosas)

Adubação e irrigação das pastagens

Preservação das áreas de matas próximas

Uso de produtos químicos seletivos aos

predadores e parasitóides da

cigarrinhas

Page 27: Doenças e Pragas das Pastagens

• Devido às muitas variáveis as pesquisas não tem todas as respostas. Ainda há muito a ser feito.

• Não há método que elimine totalmente esta praga (e nem é o caso), sendo que um controle mais eficiente é suficiente para manter a praga em níveis baixos, os quais não geram problemas significativos para as plantas.

• Seguindo o MIP, temos que monitorar e não erradicar, mas manter sob controle, e conviver com as pragas.

• Cada caso é específico e muda ano após ano, devido às práticas adotadas, devido ao clima, então sempre um engenheiro agrônomo ou zootecnista deve ser consultado para um correto diagnóstico e melhores resultados produtivos.

• A pecuária e meio ambiente agradecem.

Considerações Finais

Page 28: Doenças e Pragas das Pastagens

• Site da Embrapa Gado de Corte: www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/doc/DOC179.pdf - Dez, 2009, 50p.

• www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/doc/doc52/04alternativas.html• www.insetologia.com.br• www.ebah.com.br/content/ABAAAA1RQAG/dicionario-ambiental• www.portalklff.com.br/publicacao.asp?id=1062&titulo=CONTROLE+BIOL%C3%93GICO+DE+CIG

ARRINHA+DAS+PASTAGENS• Revista Verde de Agroecologia - (Mossoró – RN – Brasil) v.5, n.3, p. 263 – 273 julho/setembro

de 2010, experimento em Corumbiara-RO. - www.gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS/article/viewFile/331/331

• www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3757• www.boviplan.com.br/boviplan.asp?idS=2&idS2=12&idT=163• Contatos para obtenção do fungo Metarhizium anisopliae:

- Biocontrol. Fone: (16) 3945 0384- Itaforte Industrial de Bioprodutos Agro-Florestais Ltda. Fone: (15) 3271 2971, Fax: (15) 3271 0009, e-mail:[email protected]

Bibliografia