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MARCIO NUNES CORRÊA - Prof. Associado - Clínica de Grandes Animais VIVIANE R. RABASSA - Prof. Adjunta Semiologia www.ufpel.edu.br/nupeec DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO

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MARCIO NUNES CORRÊA - Prof. Associado - Clínica de Grandes Animais

VIVIANE R. RABASSA - Prof. Adjunta – Semiologia

www.ufpel.edu.br/nupeec

DOENÇAS DO

SISTEMA DIGESTÓRIO

Deslocamento do

Abomaso para a

Esquerda

Deslocamento do Abomaso

Definição

Gás acumulado no interior do abomaso

Mais comum em gado leiteiro

0,35-2% dos

diagnósticos

dos rebanhos

estudados

???

Deslocamento do Abomaso

Freqüência de distribuição do tempo de

ocorrência do deslocamento relacionado ao parto

Ziguer et al., 2005

2; 6%3; 9%

16; 46%

6; 18%

7; 21%Vazia

Pré-parto

10 dias pós-parto

11 a 20 dias pós-parto

Mais de 21 dias

Deslocamento do Abomaso

Fonte: Corrêa et al., 2004

DAE* DAD** ETIOLOGIAS

Freqüência

Percentual

% Freqüência

Percentual

%

Endometrite 2 5,55 0 0

Excesso concentrado 11 30,56 3 8,33

Indigestão 1 2,78 1 2,78

Laminite 2 5,55 0 0

Retenção placenta 14 38,89 2 5,56

TOTAL 30 83,33 6 16,67

Etiologias dos casos de deslocamento de abomaso

Deslocamento do Abomaso

Fatores de risco

Idade

Sexo

Estação do ano (= forragem)

Produção leiteira

Final de gestação, início de lactação = TRANSIÇÃO

Doenças que cursem com anorexia/hiporexia

Cetose (principais) e Hipocalcemia

Deslocamento do Abomaso

Fatores de risco

Predisposição genética

Ingestão de matéria seca

Alta condição corporal

Baixo fornecimento de forragem

Fibras curtas (ex: alfafa moída e concentrado

peletizado)

Doenças do periparto

Deslocamento do Abomaso Gases

Níveis

de [ ]

[ ] elevada

AGVs

Contínua

fermentação

microbiana

Acúmulo de

gases Distensão

Hipocalcemia tono da

musculatura Atonia

Abomaso

“flutua”

ao longo da

parede lateral

Pode variar de

1,1 para 2,2

L/gases/hora

OS VILÕES???

Grãos?...Concentrados?...

Somente?

Deslocamento do Abomaso Doenças

Metrites,

Mastites Bacteremia

Absorção

endotoxinas

para sangue

Liberação

endorfinas

Atividade

contrátil do

trato digestório atividade

miocontrátil

Ingestão

matéria seca

Enchimento

do rúmen e

contratibilidade

trato

Posição anatomicamente correta

Representação esquemática de deslocamento de abomaso à esquerda

Ectopia

Representação esquemática de deslocamento de abomaso

^

Deslocamento do abomaso à esquerda

Sinais clínicos

Alimentação e... Produção

“Pings” no abomaso

Fezes

Na abomasocentese...

Cetose secundária

Exame retal

• Palpar o abomaso ou rúmen deslocado

Sinal DAE e DAD

Sinal DAE

Sinal DAE

Terapia Cirúrgica

Omentopexia Abomasopexia

Deslocamento do abomaso à esquerda

Patogenia

Pré-disposição anatômica

Pode-se manifestar 1-2 meses depois

Abomaso atônico (cheio de gás) deslocamento sob o rúmen

ruptura do ligamento que une o omento maior ao abomaso

compressão do rúmen sobre o abomaso

interferência na digestão e na movimentação da ingesta =

INANIÇÃO CRÔNICA

Deslocamento do abomaso à esquerda

Tratamento

Laparotomia (flanco direito)

• Esvaziar gás do abomaso (cânula e agulha)

• Fixação pelo omento na parede abdominal

(omentopexia)

• Fixação direta do abomaso (abomasopexia)

• Suporte: antibioticoterapia; hidratação; cálcio

• Rolamento: ???

• Tratar doenças secundárias: ex: cetose

Deslocamento do abomaso à esquerda

Tratamento

Laxantes

Ruminatórios

Cálcio

Controle

Dieta (final da gestação)

Dilatação do Abomaso

ou

DAD

Deslocamento do abomaso à direita

Sinais clínicos

Estado geral similar

“Pings”

Atonia: acúmulo de líquido e gás (distensão e

deslocamento), desidratação e alcalose metabólica

Dilatação e Torção do abomaso

Fatores predisponentes

Similar ao DAE

Estenose do piloro

Deslocamento do abomaso à direita

Tratamento

Tratamento cirúrgico

Tratamento moderado: suporte

Prevenção

DIETA...

Indigestão Vagal:

Conjunto de sinais secundários a uma lesão primária ao longo do curso do

nervo vago

Indigestão Vagal

Etiologia

Traumatismo faringeano, esofágico

Neoplasias

Sobrecarga e/ou impactação ruminal

Deslocamentos do abomaso

Pós correção cirúrgica

Reticuloperitonite traumática

Lesão e disfunção do nervo vago (ramos ventrais)

Aderências do retículo

Indigestão Vagal - Patogenia

Lesões do nervo

vago

Paralisia dos

Estômagos Velocidade

passagem

Distensão acúmulo

de conteúdo

Anorexia Fezes pastosas e

reduzidas

Inflamação Síndrome de Hoflund

Nervo Vago Pré-estômagos e

abomaso Estenose

Pilórica

Passagem

orifício

retículoomasal

Hiper ou Hipo

Motilidade ruminal

Indigestão Vagal

TRÊS SÍNDROMES

Dilatação ruminal

com hipermotilidade

Distenção ruminal

com hipotonia ou

atonia

Obstrução do piloro

e

impactação abomasal

TÍPICO = Distensão Ruminal com Hiperatividade

Indigestão Vagal

Sinais clínicos

Indigestão Vagal

Sinais clínicos

Indigestão Vagal

Sinais clínicos

Indigestão Vagal

Sinais clínicos

Inapetência

Perda de peso

Desidratação

Fezes escassas

Palpação retal: distensão ruminal

Indigestão Vagal

Sinais clínicos

Quadro inicial Evolução do quadro

Patologia clínica

Hemograma

Líquido peritoneal

Bioquímica

• Hipocloremia

Concentração ruminal de cloretos (> 40 mmol/l)

Indigestão Vagal

Diagnóstico Sinais

Laparotomia e/ou ruminotomia exploratórias

Indigestão Vagal

Tratamento

Terapia sintomática para causa primária

Esvaziamento do rúmen

Reposição eletrolítica

Soluções parenterais de cálcio

Vias Digestórias

Anteriores

Moléstias Dentárias e Peridontais

Dentes fraturados

Mais comuns

Alteração na mastigação = Redução da ingestão

Remoção dos dentes fraturados

Moléstias Dentárias e Peridontais

Moléstia Peridontal

Sinônimos: Peridondite; Periostite Alveolar

Moléstias Dentárias e Peridontais

Moléstia Peridontal

Fatores pré-disponentes

• Vegetais no sulco gengival

• Deficiências nutricionais

• Alimentos ácidos

Moléstias Dentárias e Peridontais

Moléstia Peridontal

Achados clínicos

• Dentes lesados ou ausentes

• Dores associadas ao ato de comer

• Gengivite: hiperemia e edema gengival

Moléstias Dentárias e Peridontais

Moléstia Peridontal ?

Moléstias Dentárias e Peridontais

Moléstia Peridontal

Tratamento e Controle

• Antibioticoterapia

• Remoção dos dentes fraturados

• Suplementação alimentar

• Exame de rotina dos dentes

ESTOMATITES

Conceito

Glossite

Palatite

Gengivite

Etiologia

Agentes físicos

Agentes químicos

Agentes infecciosos (+)

ESTOMATITES

Sinais clínicos

Perda de apetite

Ulceração dos lábios

Salivação profusa

ESTOMATITES - BVD

Etiologia

Seringa dosadora

Espéculo

Sondas

Sintomas

Anorexia

Respiração fétida e Cabeça estendida

Timpanismo leve

Dores faríngeas localizadas

TRAUMATISMOS OU ABSCESSOS DA FARINGE

Traumatismos ou Abscessos da FARINGE

PAROTIDITE

?

Traumatismos ou Abscessos da FARINGE

O QUE FAZER?

Avaliar cada caso...

Curetagem

Limpeza com solução anti-séptica

Curativos

Tratamento

Antibioticoterapia

AINEs

Alimentos de alta palatabilidade

Prevenção e controle

Cuidado com uso de equipamentos

Contenção

Traumatismos ou Abscessos da FARINGE

MEGAESÔFAGO # “ENGASGAMENTO”

“ENGASGAMENTO”

Obstrução

Parcial

Total

Sinais clínicos (agudo)

Pára de se alimentar, ansiedade, inquietação

Tentativas vigorosas de deglutição

Tosse

Movimentos de mastigação contínuos

Timpanismo

“ENGASGAMENTO”

Sinais clínicos (crônico)

Incapacidade de deglutição

Regurgitação de alimentos e água

Salivação

Timpanismo leve

MEGAESÔFAGO

Etiologia

Baixa ocorrência

Congênita

Traumatismo faríngeo

Tratamento

Passagem de sonda orogástrica

Vias Digestórias

Posteriores

“Deus não escolhe os capacitados,

capacita os escolhidos. Fazer ou

não fazer algo só depende da nossa

vontade e perseverança”.

Albert Einstein