doenÇas causadas por microorganismos

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MICROBIOLOGIA GERALDOENAS CAUSADAS POR MICROORGANISMOS: FUNGOS, BACTRIAS E VRUS[Digite aqui o resumo do documento. Em geral o resumo uma breve descrio do contedo do documento. Digite aqui o resumo do documento. Em geral o resumo uma breve descrio do contedo do documento.] MIAGAUWA 1/11/2011

DOENAS CAUSADAS POR MICROORGANISMOS: FUNGOS, BACTRIAS E VRUS As doenas causadas pelos microorganismos um processo dinmico no qual hospedeiro e patgeno em ntima relao com o ambiente, se influenciam mutuamente do que resultam modificaes morfolgicas e fisiolgicas, ou seja, so distrbios da planta causados por um determinado agente. Os microorganismos infiltram-se na lavoura sob os mais variados disfarces, confundindo muitas vezes o prprio agricultor que nem sempre consegue distinguir os sintomas das principais doenas que afetam as plantas: as bactrias, os fungos e os vrus, ataca plantas todos os tipos de plantas, mas diferem num aspecto um fungo sobrevive perfeitamente no solo, enquanto uma bactria ou vrus necessita de uma planta hospedeira para subsistir. FUNGOS So organismos eucariontes, aclorofilados, heterotrficos, que se reproduzem sexuada e assexuadamente e cujas estruturas somticas so geralmente filamentosas e ramificadas, com parede celular contendo celulose ou quitina, ou ambos. Estima-se que 70% das principais doenas das plantas so causadas por fungos organismos minsculos que produzem enormes quantidades de esporos, que so rapidamente propagados graas ao vento, gua, aos insetos ou aos animais. Existe m mais de 10 mil tipos de fungos que, se no conseguem penetrar a cutcula e a epiderme, atacam as zonas mais sensveis os rebentos ou as reas j danificadas pelos insetos. Uma planta infectada pode libertar at 100 milhes de esporos, uma quantidade difcil de combater, na medida em que rapidamente degrade as clulas das plantas, produzindo, em simultneo, toxinas que interferem no funcionamento pleno do seu organismo. Os fungos so ainda difceis de eliminar porque podem manter-se dormentes no solo, em restos de plantas que se encontram em decomposio ou numa planta saudvel, espera das condies climatricas perfeitas para voltarem a contaminar. FERRUGEM DO CAFEEIRO (Hemileia vastatrix) A ferrugem do cafeeiro uma doena causada pelo fungo Hemileia vastatrix, que ataca as folhas do cafeeiro, cujas pstulas tm uma colorao amarelo-alaranjada. Os prejuzos desta enfermidade para o cafeeiro so a desfolha prematura, com conseqente seca dos ramos laterais, afetando o florescimento, o pegamento dos frutos e a produo no ano seguinte, com reduo entre 20 a 45%. Enfermidade grave na cafeicultura brasileira a partir da sua constatao, em 1970. DISSEMINAO Os esporos so disseminados a longas distncias pelo vento, pelos insetos, pelo homem e por outros animais. Na mesma plantao, de planta em planta e de folha em folha, a maior disseminao da doena ocorre pelas gotas de chuva. CONTROLE O controle da ferrugem pode ser feito pela utilizao de variedad es resistentes ou quimicamente por trs sistemas: preventivo, curativo e preventivo-curativo

Preventivo: utiliza-se fungicidas cpricos, como o oxicloreto de cobre (3 a 4 Kg/ha). Hidrxido de cobre (1,7 Kg/ha) ou o cyproconazole (alto 100), com 5% de ferrugem, 0,5 l/h. Curativo via foliar: pode-se empregar o Bayleton (1Kg/ha) ou o Bayfidan CE (1 l/ha), o Tilt, a 0,75 l/ha e o Oppus 0,050 a 0,075 Kg do I.A/h. Contudo, os produtos curativos podem ser aplicados com no mximo 15% de incidncia de ferrugem. ANTRACNOSE DO FEIJO (Colletotrichum lindemuthianum) A antracnose causada pelo fungo Colletotrichum lindemuthianum, que apresenta ampla distribuio no Brasil, sendo favorvel para o seu desenvolvimento regies com temperatura em torno de 21C; Umidade relativa do ar (solo) acima de 91%; ou seja, regies de clima temperado e subtropical. As perdas causadas pela antracnose so mais severas quando a doena ocorre no incio da cultura. Se as condies ambientais forem favorveis ao desenvolvimento do patgeno, as perdas podem chegar a 100%, alm de provocar a depreciao da qualidade dos gros. DISSEMINAO O patgeno sobrevive em restos de cultura e no interior das sementes, o que possibilita sua transmisso de um plantio para outro e para longas distncias. Pode tambm ser transmitido pelo vento e por respingos de gua de chuva. SINTOMAS Folhas com leses necrticas de colorao marrom-escura nas nervuras na face inferior da folha. s vezes estas leses podem ser vistas na face superior das folhas, quando ento uma regio clortica desenvolve-se ao lado das manchas necrticas e as folhas tendem a curvar-se para baixo. As leses estendem-se ao limbo foliar ao redor das reas afetadas nas nervuras, resultando em necrose de parte do tecido foliar. No ca ule, leses alongadas, escuras e s vezes deprimidas. No fruto, nas vagens as leses so circulares e deprimidas, de colorao marrom, com os bordos escuros e salientes, circundados por um anel pardoavermelhado. Podem apresentar o centro de colorao mais clara ou rosada, devido esporulao do fungo, as leses podem coalescer e cobrir parcialmente as vagens e na raiz, o hipoctilo pode apresentar leses alongadas, superficiais ou deprimidas, podendo ocorrer o estrangulamento do hipoctilo e morte da plntula. CONTROLE Qumico (fungicidas, bactericidas, nematicidas, inseticidas, para controle de insetos vetores): Tratamento de sementes com produtos como benomyl + thiram, captan e tiofanato metlico. Cultivares que apresentam resistncia gentica (Ex: IAPAR 31). Controle Cultural (Rotao de cultura, por no mnimo 1 ano, nutrientes, compostagem, espaamento, arao e gradagem, pH, roguing eliminao dos restos culturais ODIO DO FEIJO (Erysiphe polygoni) Doena causada pelo fungo Erysiphe polygoni, pode se tornar uma doena importante na safra da "seca", especialmente quando se utilizam cultivares de gros grandes, que so as mais suscetveis ao patgeno. A doena ocorre com maior freqncia durante e aps o florescimento. Temperatura favorvel moderada e baixa umidade relativa do ar (solo).

DISSEMINAO Como o patgeno se desenvolve externamente ao tecido do hospedeiro, a ocorrncia de chuva e a irrigao so desfavorveis ao seu desenvolvimento. A disseminao dos esporos do fungo ocorre principalmente pela ao do vento e insetos. SINTOMAS Folha: pequenas manchas ligeiramente mais escuras na face superior da folha, que em seguida ficam cobertas por um crescimento branco e pulverulento, a folha inteira pode ser coberta pelo miclio branco, causando senescncia prematura, quando o crescimento pulverulento do fungo removido, o tecido afetado apresenta colorao parda ou prpura. Fruto: ataca vagens tornando-as mal formadas e menores. CONTROLE: Qumico: uso de fungicidas, bactericidas, nematicidas, inseticidas, para controle de insetos vetores (EX: triforine, tiofanato metlico + chlorothalonil e tebuconazole. Controle Cultural: Rotao com espcies no hospedeiras como cereais e milho. Nutrientes balanceados, compostagem, maior espaamento, arao e gradagem, pH, roguing ou eliminao dos restos culturais etc. MOFO BRANCO DA SOJA (Sclerotinia sclerotiorum) O mofo branco causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum , atualmente, uma das principais doenas da cultura da soja pelos prejuzos ocasionados nas ltimas safras e pela dificuldade de controle. Temperatura favorvel de 8 a 10 C. O fungo tolera uma ampla gama de temperatura do solo.Tempo prolongado de temperatura baixa (5 a 10 C) e alta umidade relativa do solo favorecem o desenvolvimento do fungo e da doena. pocas de temperaturas baixas e chuvosas favorecem o desenvolvimento da doena; em plantios adensados a doena pode ocorrer mesma sem chuvas. DISSEMINAO A disseminao se d principalmente pelas sementes, que podem estar infectadas com o miclio do fungo, ou por meio da contaminao, devida presena de estruturas de sobrevivncia denominadas de esclerdios. Os ventos favorecem a disseminao dos ascsporos. SINTOMAS Murcha das folhas novas e a subseqente seca e morte. Leses encharcadas, esbranquiadas desenvolvem-se na regio do n do caule, espalhando-se para baixo e para cima do mesmo. Crescimento micelial pode ser visto nas leses dando o aspecto cotonoso apodrecendo o caule. O enchimento das vagens localizadas acima das leses do caule reduzido. Aspecto cotonoso (miclio) envolve as vagens apodrecendo-as. CONTROLE Quimico: uso de produtos mais especficos (fluazinam e procimidone). Controle Cultural; evitar plantar soja logo aps o plantio de feijo e outras espcies de plantas susceptveis (plantas das famlias leguminosas, solanceas etc); Evitar plantio adensados em

locais onde a doena j tinha ocorrida; Usar espaamento maior entre linhas; Evitar irrigao excessiva durante florescimento; Evitar o plantio de cultivares de soja que tendem a acamar; Usar sementes sadias; Eliminao de plantas daninhas, principalmente as de folhas largas. CANCRO DA HASTE (Diaporthe phaseolorum f.sp.meridionalis (Phomopsis phoseoli f.sp. meridionalis) Doena causada pelo fungo Diaporthe phaseolorum f.sp.meridionalis (Phomopsis phoseoli f.sp. meridionalis, onde, plantas severamente infectadas sofrem quebra da haste e severo acamamento. Lavouras altamente infectadas podem ser, em poucos dias, totalmente dizimadas. As plantas mortas prematuramente ficam com as folhas pendentes ao longo da haste. Normalmente, o nvel de infeco das sementes baixo, em torno de 1,5%. DISSEMINAO Chuva, orvalho, neblina, nevoeiro, molhamento foliar nos primeiros dias de plantio aumenta a quantidade de esporos liberados dos restos de cultura. SINTOMAS Folhas murchas e clorose inter nerval, semelhante ao que ocorre na falta de umidade, devida a degradao dos vasos condutores. Aparecimento de estrias ou pontuaes de cor negra a castanha-avermelhada na haste. Na regio do entren, manchas elpticas ou alongadas de colorao castanha-avermelhada Os sintomas tambm podem ser vistos nos ramos laterais e nos pecolos (anelamento) e acamamento devido quebra do haste no local da leso e medula descolorida. CONTROLE Uso de cultivares resistentes (Ex: EMGOPA 302 e EMBRAPA - 20 (DOKO -RC); e cultivares moderadamente resistentes: Ex; EMGOPA 304 e BR 9 (SAVANA). Uso de sementes de boa qualidade certificadas e fiscalizada; rotao de cultura com milho; evitar solos mal drenados; adubao equilibrada com nfase ao potssio; sucesso de cultura com gramneas de inverno (aveia, cevada ou trigo). Densidade de plantio - evitar populaes maiores que a recomendada. Usar densidade menor (250 a 300 mil plantas/ha) em cultivares tardias. poca de plantio - evitar a coincidncia das chuvas com a fase antes da florao e arao aps a colheita para destruio dos restos culturais. DAMPING-OFF (Rhizoctonia solani) O fungo Rhizoctonia solani, causadora da morte em reboleira, Sclerotium rolfsii agente causal da podrido do colo e tombamento, Macrophomina phaseolina causadora da podrido negra da raiz e Rosellinia SP.Esse fungo ocorre em diversas culturas de importncia econmica, como a batata, o feijo, o fumo, o milho e a soja, causando podrides radiculares no incio do desenvolvimento da plntula e provocando reduo no vigor e na germinao da semente. A incidncia e a severidade do ataque esto associados s condies do solo e a seqncia de culturas cultivadas na rea.

DISSEMINAO O aparecimento da doena favorecido por solos infestados, pela reutilizao de sementeiras, pelo excesso de umidade (chuvas contnuas, irrigao excessiva ou local mal drenado) e pelo excesso de sombra no viveiro, No campo, o ataque severo durante a primavera e vero, devido abundncia de chuvas e s altas temperaturas. SINTOMAS Os sintomas mais graves na planta aparecem na primavera, pouco depois da plantao. O estrangulamento parcial dos caules pode originar grande diversidade de sintomas, tais como; o atraso no desenvolvimento da planta, deformao e descolorao dos caules; necrose do tecido vascular e pigmentaes prpuras nas fo lhas. CONTROLE Uso de variedades resistentes. Recomenda-se sucesso de cultura com trigo e aveia e rotao com soja de modo a reduzir o inculo presente na rea. Evitar o plantio seguido de milho, feijo, algodo, batateira e tomateiro devido aumentar a populao do fungo. Fazer arao profunda para diminuir o inculo perto da superfcie do solo e promover a rpida decomposio dos resduos infestados. Evitar semeadura profunda, pois aumenta o tempo para a emergncia e prolonga a exposio de tecidos susce tveis ao patgeno. Sempre que possvel, o plantio deve ser feito em pocas quentes, para que haja rpida emergncia e desenvolvimento das plantas. O tratamento das sementes recomendado. FERRUGEM ASIATICA (Phakopsora pachyrhizi) A ferrugem asitica da soja e uma das doenas de maior importncia desta cultura na atualidade, pelo grande potencial perdas na produtividade. Danos na produtividade na ordem de 30 a 80% j foram relatados, porm o volume dos danos depende de quando a doena se inicia e quo rpido ela progride. atualmente um dos maiores problemas da cultura na regio dos Cerrados Brasileiros, especialmente em Mato Grosso, onde tm sido necessrias excessivas pulverizaes de fungicidas para controlar a doena. DISSEMINAO A ferrugem-asitica possui diversos hospedeiros alternativos e assim h uma grande quantidade de fontes de inculo. Os esporos so disseminados pelo vento, podendo viajar grandes distncias. Por serem sensveis radiao ultravioleta, provavelmente estas viagens ocorrem em sistemas de tempestade aonde as nuvens protegem os esporos do sol. SINTOMAS Surgem inicialmente nas folhas mais baixas do dossel durante ou aps a florao com de 2 a 5 mm de dimetro, colorao marrom claro a escura e forma poligonal. Em cada leso existem uma ou vrias pstulas (urdias) de forma globosa que produzem um grande volume de uredinsporos que so liberados pelo ostolo circular. As leses tambm podem ser encontradas nos pecolos, vagens e ramos. Com o incremento da severidade da doena, ocorrem comumente desfolhas e maturao prematura das plantas atacadas. Leses mais velhas podem se tornar escuras formando telisporos eventualmente.

CONTROLE Controle Quimico: o uso de Fungicidas tem sido a principal medida de controle da ferrugem. Podem ser aplicados preventivamente, em reas de maior risco para a doena como aquelas em que a ferrugem sempre ocorre de maneira agressiva. Monitoramento da disperso da doena tem sido uma importante ferramenta para alertar quanto ao risco da doena em determinadas regies. Usa se parcelas armadilhas, que so plantadas de 15 a 20 dias antes do plantio normal. Se a doena for detectada na parcela, indicativo da presena do inculo na regio e de que ocorreram condies favorveis a infeco. A doena pode ser controlada racionalmente quando aplicaes so feitas logo aps a deteco da doena em baixssimos nveis, como at 1% de severidade. BACTRIAS As doenas provocadas em plantas por bactrias so as menos frequentes, por uma simples razo para crescerem e se multiplicarem as bactrias necessitam de gua e de calor. Assim sendo, esto mais dependentes de climas quentes e hmidos para contaminarem as plantas. Transportadas pela gua, insetos ou animais, as bactrias infiltram-se atravs de uma flor ou um corte numa folha ou no p, podendo causar desde danos puramente superficiais, murchido ou mesmo a sua morte. MURCHA BACTERIANA OU MURCHADEIRA (Pseudomonas solanacearum) Presente em praticamente todo territrio nacional uma das doenas de maior importncia na cultura do tomateiro, seno tambm de outras espcies da famlia Solanacea, como batata, jil, berinjela e pimento. A Infeco e o desenvolvimento da doena so favorecidos por temperaturas do solo elevadas em torno de 30 a 35C. Temperaturas menores de 21C ocorre a infeco sem o desenvolvimento dos sintomas. Alta umidade do solo influi na incidncia da doena, sobrevivncia do patgeno, inoculao e desenvolvimento do processo patognico. DISSEMINAO O patgeno pode ser disseminado atravs de enxurradas provenientes de campo de produo contaminados. Recentemente tem se comprovado a ocorrncia de um fenmeno com chamado de Viable but not countable (VBNC), ou seja, a bactria est presente no solo e causando murcha nas plantas, porm no se consegue isol-la a partir deste mesmo solo. SINTOMAS Murcha dos fololos da parte superior das plantas, recuperando a turgidez a noite ou nas horas mais frescas do dia. Em condies favorveis ao desenvolvimento da doena (alta temperatura e umidade do solo) a murcha atinge toda a planta e irreversvel. Pode ser observada ainda, murcha unilateral na mesma rama ou at de fololos na mesma folha. Descolorao vascular na regio do xilema. No tubrculo os sintomas variam desde apodrecimento total dos tecidos, normalmente associado infeco por patgenos secundrios, at a ausncia de qualquer sintoma. Para a confirmao de que a murcha da planta de origem bacteriana, rotineiro utilizao do teste do copo, por ser simples e de diagnstico rpido e eficaz.

CONTROLE O controle desta doena extremamente difcil. A maioria das medidas de controle so preventivas. Resistncia Gentica: no existem cultivares comerciais com bons nveis de resistncia (Ex: a cultivar, C38-D recomendada para a regio Nordeste). Controle Cultural: Fazer rotao de cultura com gramneas; Eliminao de plantas daninhas; Plantio em reas novas; Evitar plantios em terrenos sujeitos a receber guas de superfcie; Evitar plantar em poca de temperatura e umidade elevada; Enxertia da variedade comercial sobre portoenxertos tolerantes; Usar batata-semente sadia. Manejar corretamente a gua para evitar irrigaes excessivas e com gua que vem de locais infectados. CRESTAMENTO BACTERIANO DO ALGODO (Xanthomonas campestris pv. malvacearum) Temperatura elevada um fator importante na severidade da doena, sendo a alternncia de temperaturas altas durante o dia com noites de temperaturas mais amenas associada ocorrncia mais severa da doena. alta umidade fator de severidade da doena. DISSEMINAO Chuva, orvalho, neblina, nevoeiro, molhamento foliar: a gua da chuva e o orvalho intenso so importantes na disseminao dentro da lavoura. Vento fator importante no desenvolvimento de epidemias e na matria orgnica a bactria permanece vivel em restos culturais. SINTOMAS Pequenas manchas de formato anguloso, aspecto oleoso ou encharcamento delimitadas pelas nervuras, so de colorao pardo-escura e podem coalescer formando manchas bem maiores, nas folhas mais novas e naquelas que ainda no se abriram. As leses tendem a se localizar nas nervuras principais, abrangendo uma pequena faixa do tecido do mesfilo adjacente e estendendo-se ao longo dos pecolos. H queda de folhas quando se segue um perodo seco. O caule apresenta leses deprimidas e de colorao preta, podendo se estender longitudinalmente e transversalmente. No fruto: nas mas a doena ocorre em qualquer estgio de desenvolvimento, se jovens elas podem morrer e cair, se mais desenvolvidas, formam-se leses inicialmente encharcadas, mais ou menos circulares, apresentando-se com o decorrer do tempo, deprimidas e pretas CONTROLE Qumico: com uso de fungicidas cpricos, bactericidas, nematicidas, inseticidas, para controle de insetos vetores e de antibiticos. Resistncia Gentica: utilizao de variedades com resistncia a nica forma efetiva de controle, (ex.: IAC 18 e IAC 20). Controle Cultural Deslintamento e rotao de culturas PODRIDO DO CARTUCHO DO MILHO (Erwinia chrysantemi) Erwinia chrysanthemi pv. zeae uma bactria gram- negativa, formato de basto e provida de flagelo. A podrido do colmo esto entre as mais srias doenas do milho e causam perdas na produo pela reduo do enchimento de gros, morte prematura e tombamento de plantas. Quando as cultivares atacadas so suscetveis ao patgeno os reflexos sobre a produtividade da lavoura podem ser significativos, principalmente em

campos de produo de sementes, onde a doena encontrada com maior freqncia. Condies de chuvas abundantes ou de irrigaes com altas lminas de gua favorecem a doena. DISSEMINAO As bactrias so saprfitas e sobrevivem em restos culturais de milho e sorgo. Com a disseminao da bactria por vento ou respingos estas infectam plantas de milho atravs de aberturas naturais ou ferimentos como os causados por insetos e granizo. O patgeno coloniza os vasos por onde pode ser transportado pela planta. A gua acumulada no cartucho da folha favorece a ocorrncia da podrido na espiga. SINTOMAS Plantas tombadas na lavoura, assim como a seca prematura de plantas. Odores desagradveis exalados pelos tecidos afetados. Os sintomas nos entrens atacados so o encharcamento dos tecidos e a perda de firmeza ou rigidez dos tecidos do colmo, que provoca o tombamento das plantas. Em fases mais adiantadas da doena, os tecidos necrosados nos entrens apresentam-se marrom-claros. O patgeno se alcanar as espigas pode causar a podrido- mole, sendo que os sintomas tpicos nestas so a murcha e a seca das folhas do cartucho decorrentes de uma podrido aquosa na base. CONTROLE: Controle Cultural: rotao de culturas; utilizao de sementes resistentes e manejar adequadamente a irrigao, em quantidade e qualidade da gua, sistema de drenagem do solo e uso de cultivares resistentes. MANCHA BACTERIANA (Xanthomonas campestris pv. vesicatoria) Bactrias Xanthomonas campestris pv. Vesicatoria tem a forma de bastonetes, gramnegativos, mveis atravs de flagelos monotrquios. So bactrias aerbias estritas que apresentam como uma das suas principais caractersticas, a produo de xantomonadinas. Ocasiona prejuzos na produo de tomate para consumo in natura, devido deformao dos frutos pelas manchas, como tambm na produo do fruto para processamento industrial. DISSEMINAO Em regies que apresentam chuvas associadas a ventos fortes, o que favorece a disseminao a curtas distncias, como tambm a penetrao do patgeno. A disseminao curtas distancias pode ocorrer pelo uso de impleme ntos contaminados e pela gua de irrigao. A sementes o principal veculo de disseminao do patgeno longas distncias.Temperaturas entre 26 a 30 C favorecem o desenvolvimento da doena. SINTOMAS Leses circulares de cor marrom, espalhadas no limbo foliar ou concentradas nas bordas. As leses apresentam tecidos encharcados sob condies de alta umidade e podem coalescer provocando a seca das folhas. Leses alongadas de cor marrom so observadas no pecolo e no caule. Nos frutos jovens as leses novas apresentam um halo branco, e a medida que elas crescem , o halo desaparece e as leses tomam colorao marrom-claro com as bordas ligeiramente elevadas.

CONTROLE Qumico (fungicidas, bactericidas, nematicidas, inseticidas, para controle de insetos vetores): Uso alternado de antibiticos; Tratamento de sementes com sulfato de estreptomicina ou dihidroestreptomicina; Pulverizao das mudas com fungicida cpricos mais estreptomicina e pulverizao das plantas com fungicidas. Controle Cultural: plantar sementes de boa qualidade; fazer rotao de cultura de preferncia com gramneas por 2 a 3 anos; lavar e desinfestar implementos que tiveram contato com plantas doentes; evitar plantios prximos a lavouras velhas de tomate e pimento; incorporar restos de cultura logo aps a colheita e controle de plantas daninhas que podem servir como hospedeiro alternativo para o patgeno. Evitar irrigao por asperso que favorece a disseminao e desenvolvimento da doena. Quando esta no for possvel, fazer irrigaes pesadas e espaadas ao em vez de leves e freqentes e controle fsico atravs do tratamento das sementes com gua quente (50 a 52C/25 minutos). CANCRO-CTRICO (Xanthomonas citri) O patgeno uma bactria gram-negativa, baciliforme, possui um flagelo polar e aerbica. Quando cultivada em meio gar, as colnias apresentam-se amarelas e so visveis de dois a trs dias de incubao a 28C. Uma das mais importantes doenas da citricultura brasileira por atacar todas as variedades e espcies de citros. DISSEMINAO A bactria se dissemina facilmente, sendo o homem , por meio do trnsito indiscriminado de pessoas pelos pomares, materiais de colheita, veculos, mudas e outros materiais ctricos contaminados, um dos mais importantes agentes de disseminao. A infeco ocorre por ferimentos, causados normalmente por material de colheita (escadas, sacolas), veculos que podem trazer a bactria ou provocar ferimentos, pelo vento e, principalmente, pelo minador dos citros. A bactria pode sobreviver por vrios anos em material vegetal contaminado mesmo destacado da planta. Em outros materiais, como metal, plstico, madeira e tecido, a sobrevivncia da bactria mais curta, geralmente de dias a semanas. SINTOMAS Apresenta leses salientes, o que no tpico na maioria das outras doenas e pragas. Os primeiros sintomas aparecem nas folhas, onde concentram-se em maior quantidade do que em frutos e ramos. Nestas, o primeiro sintoma visvel o aparecimento de pequenas leses salientes, que surgem em ambos os lados das folhas, no entanto sem deform- las. So leses inicialmente amarelas que se tornam marrom. Em estgios avanados, as leses nas folhas ficam corticosas, com centro marrom e halo amarelo claro. CONTROLE No existe controle curativo para a doena, sendo a nica forma de eliminar o cancro ctrico atravs da erradicao de todo o material vegetal contaminado. Deve se eliminar tambm as rebrotas que surgem na rea onde se realizou a erradicao, as quais podem surgir contaminadas. Pulverizar enxadas, mquinas e implementos usados na eliminao das rebrotas, com bactericida. A rea erradicada deve ficar temporariamente interditada, evitando o replantio por um perodo de dois anos.

ESCALDADURA (Xantomonas albilineans) Doena de ao sistmica, causada pela bactria Xantomonas albilineans DISSEMINAO transmitida pelo plantio de mudas doentes ou qualquer instrumento de corte contaminado. SINTOMAS Os sintomas so determinados por duas estrias clortica e finas nas folhas e bainhas, podendo tambm aparecer manchas clorticas no limbo foliar e brotaes laterais de baixo para cima no colmo doente. As folhas tornam-se anormais, duras, subdesenvolvidas e eretas. Pontuaes avermelhadas so observadas na regio do n, quando o colmo seccionado longitudinalmente. A escaldadura provoca baixa germinao das mudas, morte dos rebentos ou de toda a touceira, desenvolvimento subnormal das plantas doentes, entrens curtos e baixo rendimento em sacarose. Com o avano da doena, advm a seca e a morte das plantas. CONTROLE O controle feito por meio de variedades resistentes, plantio de mudas sadias, eliminao dos restos culturais e pela desinfeco do podo ou outro instrumento utilizado na colheita e corte dos colmos. PODRIDO DE PYTHIUM (Pythium aphanidermatum) Temperatura favorvel elevada e alta umidade relativa. DISSEMINAO A facilidade de disseminao via gua de irrigao, substratos, mudas e implementos agrcolas contaminados SINTOMAS No caule a podrido do colmo ocorre tipicamente no primeiro entren acima do solo, uma podrido tipo aquosa, lembrando uma bacteriose, fica restrita a um entren, ao contrrio das bacterioses, ocorre geralmente o tombamento das plantas. Ariz pode ocorrer podrido. CONTROLE Qumico: fungicidas, bactericidas, nematicidas, inseticidas, para controle de insetos vetores. Tratamento das sementes em regies frias. Controle Cultural: rotao de culturas; drenagem do solo e manejo adequado da gua de irrigao.

VRUS Ainda mais pequenos do que as bactrias, os vrus apenas conseguem reproduzir-se a partir das clulas da prpria planta. Infiltram-se nas plantas a partir das folhas ou do p, normalmente por zonas j feridas por insetos, mas precisam de um meio de transporte, que pode ser um inseto, o plen ou algumas sementes infectadas. Uma vez infiltrado, o vrus, sendo que as plantas podem ser atacadas por mais do que um vrus em simultneo, movimenta-se atravs dos vasos vasculares, provocando doenas que contaminam o organismo da planta. MOSAICO COMUM DO ALGODO (AbMV vrus) Doena causada pelo AbMV (vrus) e pode ser encontrada em todas as regies produtoras e sua incidncia pode chegar a 50%. DISSEMINAO O vrus transmitido pela mosca branca (Bemisia tabaci e B. argentifolii). SINTOMAS Manchas alternadas de colorao diferente (mosaico) so caracterizadas por manchas amarelas, maturao da planta a colorao amarela fica mais clara e os sintomas menos evidentes. Em alguns aparece colorao avermelhada. Segundo o estado de desenvo lvimento a planta pode apresentar nanismo e torna-se parcial ou totalmente estril. CONTROLE: Controle Cultural: Rotao de culturas; eliminao de plantas hospedeiras nas reas prximas lavoura; escolha da poca ou local de plantio, evitando proximidade da cultura de soja e usar cultivares resistentes MELEIRA (Papaya meleira vrus) A meleira-do-mamoeiro considerada como o principal problema fitossanitrio da cultura no Brasil. A doena pode causar srios danos na produo, alm do fato des ta virose favorecer o aumento da populao de moscas-das-frutas. DISSEMINAO O ciclo da doena ainda no est totalmente elucidado. Estudos de campo indicaram a associao de um vetor na transmisso da doena. Sabe-se que a mosca-branca Bemisia tabaci bitipo B capaz de transmitir o vrus da meleira-do-mamoeiro. SINTOMAS O sintoma caracterstico uma intensa exsudao de ltex dos frutos infectados. Em plantas infectadas, o ltex apresenta um aspecto mais translcido, aquoso e escorre com mais facilidade do que o ltex das plantas sadias. A exsudao tambm ocorre nas ext remidades das folhas mais novas, podendo acarretar em uma queima das pontas, que se tornam amarronzadas. Com o tempo, o ltex escorrido oxida-se adquirindo um aspecto borrado ou

melado. Os frutos infectados apresentam mancha clara e deformados e, em alguns casos, a polpa adquire um aspecto esponjoso e com sabor alterado. CONTROLE A principal medida de controle para a meleira a realizao de inspees semanais nos pomares e eliminao das plantas doentes assim que os primeiros sintomas sejam detectados. Outras medidas consistem na obteno de mudas provenientes de sementes de plantas sadias, instalao de viveiros e pomares novos o mais distante possvel de outros e eliminao de pomares velhos e abandonados. O transporte de sementes e mudas provenientes dos estados do Esprito Santo e da Bahia deve ser interceptado para retardar a disseminao do patgeno para reas onde a doena ainda no ocorre. TRISTEZA (CTV Citrus tristeza virus) O CTV um vrus do gnero dos Closterovirus. A doena conhecida como tristeza dos citros considerada a virose de maior importncia econmica para a citricultura mundial. No Brasil foi responsvel por dizimar pomares no Estado de So Paulo na dcada de 40, quando nove milhes de plantas, sobre porta-enxerto de laranja Azeda, foram mortas pelo ataque do vrus. DISSEMINAO O pulgo preto dos citros, Toxoptera citricida, o principal vetor do vrus da tristeza, mas pulges de outras espcies tambm podem transmitir a doena, entre eles, pulges dos gneros Tocoptrea, Aphis, Dactynotus e Myzus. O CTV limitado pelo floema e tambm pode ser transmitido por enxertia. SINTOMAS Tristeza clssica ou declnio rpido: Profundas mudanas anatmicas na regio da enxertia a caracterstica principal nesse tipo. H a formao de clulas cromticas, colapso e morte dos tubos crivados. Ocorrem degradao e superproduo de clulas do floema, acmulo e invaso de floema no funcional no crtex, que interrompem o fluxo de seiva e acabam por apodrecer e matar as radicelas. Posteriormente, as folhas ficam descoloridas, bronzeadas, quebradias, com amarelecimento da nervura principal, ou amarelecimento total das folhas velhas. Galhos apresentam-se secos a partir das extremidades. H um rpido declnio das plantas, que apresentam, algumas vezes, uma linha marrom na regio da enxertia quando a casca retirada. Os frutos tornam-se diminutos, coquinhos, de formato defeituoso, com albedo espesso, elevada acidez e baixo teor de suco. Nas folhas das limas cidas, como o limo Galego e algumas outras rutceas, observa-se palidez das nervuras, que se mostram translcidas quando observadas contra a luz. Amarelecimento do p de franco: Neste tipo, h uma clorose severa associada com nanismo da planta. CONTROLE O manejo do declnio rpido feito atravs da utilizao de combinaes em portaenxertos tolerantes ou resistentes. Pode-se fazer a subenxertia, isto , a troca do porta-enxerto da planta por outro tolerante. A pr-imunizao vem sendo um mtodo de controle das caneluras, em que as plantas de citros so infectadas com uma estirpe fraca de tristeza que acaba por proteger estas contra as estirpes fortes, impedindo manifestaes severas da doena.

VIRA CABEA (Tomato spotted wilt vrus TSWV) Esta doena foi descrita em 1915 na Austrlia e identificado como vrus 15 anos depois. Alm do tomate, este vrus tambm afeta outras culturas, como amendoim, alface, pimento, jil, abobrinha, pepino e cebola. DISSEMINAO O TSWV tem como vetor oito espcies de trips, sendo Frankliniella occidentalis a mais importante. O vrus tambm causa doena e replicado nos vetores, infectando inicialmente o seu intestino, passando para outras clulas e chegando at as glndulas salivares, de onde so secretados, pela saliva, na planta. SINTOMAS Anis necrticos ou clorticos nas folhas e frutos, mosaico, nanismo, deformao foliar, necrose severa das hastes e das folhas seguida, freqentemente, de morte da planta. O sintoma mais comum e severo em plntulas o enfezamento. Sementes apresentam-se descoloridas. A produo de tomate perde em qualidade e em quantidade. CONTROLE Uso de variedades com resistncia gentica, que podem ser facilmente superada, e o controle ou evaso do vetor. Painis refletores colocados antes do plantio desorientam o trips e inibem a alimentao. A eliminao de trips possvel usando filtragem do ar e uso de portas de entrada em cultivos protegidos. Estratgia de controle integrado envolve cultivar resistente, data de plantio adequado, populao de plantas, aplicao de inseticidas, conhecimento do histrico da doena e distribuio das linhas da cultura. LEPROSE (CiLV Citrus leprosis virus) A leprose uma das principais doenas da citricultura e que ocorre principalmente na laranja doce. Perdas relacionadas com a leprose resultam dos altos custo com acaricidas para o controle do seu vetor. DISSEMINAO O vrus da leprose tem o caro Brevipalpus phoenocis comovetor. Larvas, ninfas e adultos do caro so capazes de transmitir o vrus, os quais uma vez infectados so capazes de transmitir o vrus durante toda sua vida. O progresso do vrus da leprose est relacionado com o aumento da populao de caros da leprose e as condies climticas favorveis ao vetor, como perodos de seca entre os meses de abril e setembro. A partir de julho, as populaes do vetor aumentam, atingindo um pico em setembro e outubro e diminuindo com as chuvas de vero e com a colheita dos frutos. O caro da leprose apresenta inmeras plantas hospedeiras, tendo frutos ctricos como locais preferenciais sua multiplicao. SINTOMAS As leses em folhas ocorrem em ambas as faces e apresentam formato arredondado, aspecto liso e com uma colorao variando de verde-plida a marrom no centro, com um halo amarelo. Em estgios avanados, verifica-se desfolha prematura das folhas. Leses amareladas surgem em ramos novos e evoluem para a cor marrom-avermelhada, ficando

escamadas com uma casca grossa. Quando em grande nmero, ocasiona a seca dos ramos e morte dos ponteiros. Frutos doentes possuem leses distribudas irregularmente em sua superfcie. Leses em frutos verdes tambm apresentam-se com um halo amarelo. Com a evoluo dos sintomas e o amadurecimento dos frutos as leses tornam-se escuras e profundas. Ataques intensos podem levar queda dos frutos. CONTROLE Basicamente deve-se fazer o controle dos vetores e a diminuio das fontes do vrus. Para tal, importante adquirir mudas sadias, ou seja, livres de caros e de vrus. Durante o inverno importante realizar a poda de limpeza dos ramos afetados. Quebra ventos servem como meios de reduzir a disseminao do caro. Antecipao da colheita e retirada de todos os frutos da planta. Devem-se retirar frutos cados, com sintomas e tempores, pois quanto mais tempo os frutos forem mantidos na planta, maior ser multiplicao dos caros. Controle da verrugose, do minador do citros cujas leses servem de abrigo ao caro, assim como de plantas daninhas que so hospedeiras. Inspeo regular da presena do caro no pomar. Controle quimico com acaricida deve ser iniciado quando 5% a 10% dos frutos ou ramos examinados apresentam um ou mais caros. No perodo de um ano, deve se evitar o uso de um mesmo princpio ativo e classe qumica nas pulverizaes, para que no haja seleo de caros resistentes ao acaricida empregado. A pulverizao deve ser feita de modo a obter uma boa cobertura da planta e a erradicao necessria quando as leses atingem toda a planta. ENROLAMENTO DA FOLHA (Grapevine leafroll-associated virus, GLRaV) Doena no letal que causada por um complexo de nove vrus (Grapevine leafrollassociated virus, GLRaV), embora cada um dos vrus do complexo possa ocorrer de forma isolada. Essa doena causa srios prejuzos podendo afetar o nmero , peso e tamanho dos cachos, alm de diminuir o teor de acar da uva e a longevidade da planta. SINTOMAS O sintoma mais caracterstico da doena o enrolamento dos bordos da folha para baixo, observado com relativa facilidade nas cultivares vinferas tintas e brancas, embora possa ocorrer infeco sem ocorrer enrolamento dos bordos. DISSEMINAO A disseminao do vrus ocorre por meio do material propagativo infectado (mudas, estacas, gemas) na formao das mudas, independentemente do mtodo de enxer tia. No h informao de transmisso desse vrus por meio de ferramentas (tesoura de poda, canivete). No Brasil, tem se verificado significativa disseminao da doena no campo, possivelmente pelas espcies de cochonilhas que ocorrem em nossos vinhedos, a ssunto que est em estudo atualmente. CONTROLE Quando uma planta est contaminada por vrus, no vinhedo no h meio de controle. Deve-se mant- la, enquanto produtiva, ou elimin- la. O controle das viroses da videira somente vivel, no campo, atravs da utilizao de material propagativo sadio (mudas, estacas e gemas) do porta-enxerto e da produtora.

MOSAICO DO MAMOEIRO (Papaya ringspot vrus) O mosaico do mamoeiro considerado uma das doenas mais danosas cultura, sendo um fator limitante produo de mamo. A doena causa prejuzos que resultam da reduo no vigor das plantas e queda na produo, reduo na vida econmica do pomar, depreciao dos frutos para o comrcio e impossibilidade de plantios novos em rea s afastadas. DISSEMINAO A transmisso do Papaya ringspot vrus pode ser mecnica ou naturalmente por meio de afdeos. A velocidade de disseminao desse vrus, to logo as primeiras plantas de um pomar tornam-se infectadas, bastante rpida. As fontes de inculo podem ser mamoeiros doentes ou cucurbitceas que tambm so colonizadas por este vrus. No h transmisso por sementes. SINTOMAS Clorose nas plantas afetadas. Folhas apresentam mosaico, deformaes e bolhas que caracterizam-se como reas elevadas de colorao verde-escura em contraste acentuado com o restante da folha de cor amarelada. As plantas tambm apresentam manchas alongadas de colorao verde-escura ou de aparncia oleosa na parte nova da haste e nos pecolos das folhas. Frutos verdes podem apresentar-se com manchas anelares e oleosas, que se tornam menos evidente a medida que os mesmos amadurecem. CONTROLE Realizao de medidas preventivas para retardar ou reduzir sua disseminao, como erradicao sistmica de plantas apresentando sintomas do mosaico, prticas culturais, melhoramento gentico para tolerncia e pr- imunizao. O uso de barreira fsica natural, como cana-de-aucar, tambm reduz a incidncia da doena. Existem mamoeiros geneticamente modificados resistentes ao vrus, mas h restries legais ao uso destes organismos no Brasil at o presente momento (ano de 2007).