doenças causadas por fungos

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Doenças causadas por fungos Introdução Os fungos são seres vivos ao mesmo tempo muito comuns, e desconhecidos. São fundamentais para a ecologia do planeta, atuando lado a lado com as bactérias no processo de reciclagem de matéria e são muito importantes na fabricação de produtos muito consumidos no mundo inteiro, como o álcool etílico, queijos e pães. Possuem características comportamentais, de alimentação e de reprodução completamente únicos entre os seres vivos. Guilherme de Sousa Battistuzzo e Rafael Penteado Vitta Os fungos são os representantes do Reino Fungi, e constituem um grupo com aproximadamente 200.000 espécies, que sobrevivem nos mais diversos ambientes do planeta. O que pode ser mais frequentemente encontrado em nosso dia-a-dia, é a chamada levedura, ou Saccharomyces cerevisiae. Mesmo não muito conhecido pela população em geral, ele é essencial na produção de pão, álcool, cerveja, cachaça e combustível, devido a fermentação que realiza. Essa fermentação é realizada a partir do açúcar. Ela se dá quando o fungo retira do açúcar a energia que necessita para suas funções vitais e libera o álcool etílico. No outro oposto, também temos substâncias produzidas por fungos que podem ser extremamente tóxicas ( como por exemplo o cogumelo que cresce sobre o esterco do gado, extremamente prejudicial à saúde humana), e ainda outras substâncias com poderes alucinógenos ( como o LSD, produto sintético, proveniente de uma substância produzida por um fungo, assim como os cogumelos utilizidados em rituais alternativos de alucinógenos. O uso excessivo de algum deles provoca casos de desintegração mental que exigem internamento psiquiátrico). O Reino Fungi é formado por organismos heterotróficos e eucarióticos. São, na maioria das vezes multicelulares ( como os

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Doenças causadas por fungos

Introdução

Os fungos são seres vivos ao mesmo tempo muito comuns, e desconhecidos.São fundamentais para a ecologia do planeta, atuando lado a lado com as

bactérias no processo de reciclagem de matéria e são muito importantes na fabricação de produtos muito consumidos no mundo inteiro, como o álcool etílico, queijos e pães.

Possuem características comportamentais, de alimentação e de reprodução completamente únicos entre os seres vivos.

Guilherme de Sousa Battistuzzo e Rafael Penteado VittaOs fungos são os representantes do Reino Fungi, e constituem um grupo com

aproximadamente 200.000 espécies, que sobrevivem nos mais diversos ambientes do planeta. O que pode ser mais frequentemente encontrado em nosso dia-a-dia, é a chamada levedura, ou Saccharomyces cerevisiae.

Mesmo não muito conhecido pela população em geral, ele é essencial na produção de pão, álcool, cerveja, cachaça e combustível, devido a fermentação que realiza. Essa fermentação é realizada a partir do açúcar. Ela se dá quando o fungo retira do açúcar a energia que necessita para suas funções vitais e libera o álcool etílico.

No outro oposto, também temos substâncias produzidas por fungos que podem ser extremamente tóxicas ( como por exemplo o cogumelo que cresce sobre o esterco do gado, extremamente prejudicial à saúde humana), e ainda outras substâncias com poderes alucinógenos ( como o LSD, produto sintético, proveniente de uma substância produzida por um fungo, assim como os cogumelos utilizidados em rituais alternativos de alucinógenos. O uso excessivo de algum deles provoca casos de desintegração mental que exigem internamento psiquiátrico).

O Reino Fungi é formado por organismos heterotróficos e eucarióticos. São, na maioria das vezes multicelulares ( como os cogumelos e os bolores), mas também podem ser unicelulares, como no caso da levedura.

Os fungos pluricelulares possuem constituições anatomicas diferentes de todos os demais seres vivos. Seu corpo é dividido entre o micélio e o corpo de frutificação, que é o responsável pela reprodução dos mesmos, que se dá a partir dos esporos, que são células reprodutoras. Já o micélio é constituído por uma trama de filamentos, chamados de hifas.

Na constituição dos fungos, o micélio é a parte que fica dentro dos alimentos. Assim, se um fungo encontra-se em um pão, ou uma fruta, o micélio seria a parte que não conseguimos ver, e que fica introduzida no alimento, e é ela que consegue as substâncias do alimento que servirão de alimento ao fungo, pelo fato de serem criaturas heterótrofas.

Diferentemente desses fungos saprófagos, existem espécies que vivem como parasitas, as custas de animais e outros seres vivos. Também existem as espécies que

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vivem em relações de harmonia com outros organismos. Como exemplo temos os que se associam a algas, formando os líquens e os que se associam a raízes de algumas espécies de plantas superiores, formando assim as micorrizas.

Já a reprodução dos fungos se dá na maioria das vezes através da fragmentação, que acontece quando pedaços do micélio de um fungo separam-se, dando origem a novos micélios. Também pode ocorrer o brotamento, quando as células da matriz formam brotos que conforme vão crescendo vão se separando dos genitores. Em seres como os cogumelos, pode ocorrer também a reprodução sexuada, quando se encontram micélios de diferentes sexos.

Apesar de muitas vezes asqueirosos, e até prejudiciais ao Homem, os fungos tem grande papel em nossas vidas, e uma responsabilidade ambiental enorme. Assim como as bactérias, eles são importantes recicladores de matérias na Terra, um papel fundamental. Existem sim os danos ao meio humano, mas nada que um pouco de cuidado, como deixar materiais orgânicos sempre secos, alimentos bem protegidos não resolva. O meio-ambiente agradece.

Estiolamento (damping-off)

Esta é considerada a principal doença de sementeiras. Ela pode ser causada pelos fungos Rhizoctonia solani, Pythium aphanidermatum, Phytophthora citrophthora, P. nicotianae var. parasitica ou Fusarium spp. A maioria das sementes apodrecem e não germinam. As que conseguem germinar formam plantinhas com folhas amareladas, murchas, seguindo-se um apodrecimento na região do colo, próximo à linha do solo, provocando seu tombamento e morte. Do início das leões nas primeiras plantas até um .ataque generalizado em toda a sementeira o período pode ser de até 72 horas. Como medidas preventivas, tratamento do solo com com Dazomet na dosagem de 2,5 kg por 100 k de solo. Neste caso deve-se esperar por um período de 3 a 6 meses antes de se fazer a semeadura. As sementes devem ser tratadas pelo calor submentendo-as a 51 oC-52 oC durante 10 minutos ou pelo tratamento químico com Apron 3 gramas por quilo de sementes ou captan, 4 g/k se sementes. Como tratamento preventivo do solo para preparo de mudas em vasos, recomenda-se o uso de Quintozene na base de 400g/m3 de solo. Nas sementeiras conduzidas em tubetes, e sob rigoroso controle em telados com proteção antiafídica, a utilização de substratos artificiais sem patógenos isenta da necessidade de controle.

Em caso do ataque ser pós-emergente e ocasionado pelo fungo Rhizoctonia usam-se produtos à base de PCNB na dosagem de 300g para 100 l de água, aplicando-se 2 litros por metro quadrado de canteiro. Caso o ataque seja ocasionado por Pythium ou Phytophthora usar fosetyl-Al na dosagem de 250g/100 l de água pulverizando as plantinhas até o ponto de escorrimento. Em ambos os casos as plantinhas doentes devem ser retiradas da sementeira.

Gomose

A gomose de Phytophthora é causada pelos fungos P. parasitica e P. citrophthora.

Os sintomas podem variar dependendo da espécie ou cultivar de citros, da idade da planta, dos órgãos onde ocorre o ataque ou das condições ambientais prevalecentes. Em viveiros, o fungo pode atacar os tecidos da região do colo das plantinhas, com lesões deprimidas de cor escura que aumentam de tamanho e acabam provocando a morte das mudas. O fungo pode ainda infectar sementes e causar podridões antes mesmo da germinação.

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Para diminuir a incidência em viveiros recomendam-se as seguintes medidas: desinfestar o solo, tratar as sementes com fungicidas ou com calor (10 minutos a temperatura de 51,7ºC); tratar a água de irrigação com sulfato de cobre 20ppm); evitar adubações nitrogenadas pesadas; pulverizar periodicamente as mudas com fungicidas (Fosetyl-Al); colocar no solo da sementeira entre as linhas o fungicida Metalaxyl na formulação granulada; não repetir o viveiro na mesma área.

Em plantas adultas os sintomas incluem: exsudação de goma, escurecimento dos tecidos localizados abaixo da casca, sintomas reflexos da parte aérea, como clorose intensa das folhas correspondendo ao lado do tronco ou das raízes principais onde ocorrem as lesões. Os frutos mais próximos ao solo podem ser contaminados apresentando podridão seca de cloração marrom-parda que apresentam forte cheiro acre.

Para controlar a gomose , recomenda-se utilizar porta-enxertos que apresentem alguma resistência aos fungos ( Tangerina Sunki, Citranges, Citrumelos e Poncyrus trifoliata) ; evitar solos pesados e mal drenados; enxertar as plantas a uma altura de 30 a 40 cm do solo; evitar o acúmulo de umidade e detritos junto ao colo das plantas; evitar adubações nitrogenadas pesadas e presença de esterco e terra, amontoados junto ao colo; podar os galhos inferiores a 80 cm evitando, principalmente a podridão de frutos; pincelar o tronco e a base do ramo com um fungicida preventivo ou pasta bordaleza antes do início da estação chuvosa; evitar ferimentos durante os tratos culturais; inspecionar regularmente os pomares, examinando a região da base do tronco (em todo o pomar) e raízes laterais principais (nas plantas da área foco).

Como tratamento curativo recomenda-se o pincelamento dos troncos com pasta bordaleza (1:1:10) ou fosetyl-Al (4,8g i.a./L) após a cirurgia localizada para retirar os tecidos lesionados, pulverizar a copa com o mesmo produto na dosagem de 2g i.a./L, combinando-se esse tratamento com a aplicação no solo de Metalaxil (60g./planta adulta). As aplicações em número de 3 devem ser feitas no início e durante o período chuvoso do ano, quando as condições ambientais são mais favoráveis ao fungo.

Rubelose

Causada pelo fungo Corticium salmonicolor a doença vem se destacando no ataque às tangerinas, limas doces e pomelos. A rubelose provoca a morte dos ramos com o aparecimento de lesões que, geralmente, se iniciam nas forquilhas dos ramos principais. Nesses lugares o teor de umidade é maior favorecendo o desenvolvimento do micélio fungo que em certas situações chega a ser visto a olho nu como um revestimento esbranquiçado, brilhante sobre o tecido apodrecido da casca. O avanço dos sintomas faz com que o micélio desapareça ficando apenas um filamento longo que penetra na parte interna do ramo. Corresponente à lesão, as folhas da copa tornam-se amareladas, porem persistem por muito tempo na planta. Com a morte da casca os ramos apresentam fendilhamentos e descamações. As lesões de rubelose podem tomar grandes áreas e com isso provocar a morte de toda a copa da planta. Para diminuir a incidência da doença recomendam-se as seguintes medidas: melhorar as condições de aeração da planta por meio de poda de ramos secos, improdutivos e mal posicionados (a operação deve ser realizada após a colheita principal); cortar os ramos atingidos cerca de 30 cm abaixo da margem inferior das lesões; pincelar o corte dos troncos e ramos principais, especialmente as forquilhas com uma pasta cúprica; destruir pelo fogo todo o material podado.

Em regiões com temperaturas amenas e alto teor de umidade ou quando a incidência da doença causa danos econômicos, recomenda-se um monitoramento no pomar para definir o início das infecções. Definido este período, deve-se aplicar em pulverização sobre as plantas, principalmente nas zonas de forquilhas, Chlorotalonil na dosagem de 300g/100 L de água, aproximadamente 45 dias antes deste período estabelecido, em 3 pulverizações, obedecendo um intevalo de 15 dias.

Cancro do tronco do limão Tahiti

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A doença afeta principalmente o limão Taiti, é de ocorrência recente, porem tem caráter destrutivo, chegando a matar a planta em poucos meses.

Os sintomas se caracterizam por um amarelecimento localizado ou generalizado da copa, reflexo da destruição dos vasos de condução de seiva causado por uma lesão que se inicia próximo ao local da copa/porta-enxerto e que evolue apenas para os tecidos do limão taiti, não afetando os tecidos do porta-enxerto. A lesão inicialmente apresenta-se com áreas escurecidas na casca. Fazendo-se uma raspagem observa-se que os tecidos mais internos estão apresentando uma podridão úmida de cor marrom e de contornos irregulares. Com o progresso da área afetada, aparece excessiva exsudação de goma, o que tem confundido a doença com a gomose causada por Phytophthora. Os ramos mais finos, ocasionalmente também podem apresentar infecções, com abundante exsudação de goma. Quando a lesão circunda totalmente o tronco, a planta torna -se completamente amarelada, as folhas caem e a planta morre.

Como medidas de controle recomenda-se a poda de todos os ramos afetados e aqueles mais baixos e pendentes em direção ao solo. Nas lesões de tronco, delimitar a área afetada, cortar toda a casca apodrecida e cinco centímetros de tecidos sadios em volta dela. Em seguida raspar o lenho exposto até eliminar toda a secreção existente e aplicar pasta bordaleza (1:1.10). Nestas árvores e em todas as demais, mesmo sadias, num raio de 30 metros, aplicar em pulverização, com um fungicida sistêmico do grupo dos triazois, repetindo três vezes a cada 20 dias. Todo o material podado deve ser retirado do pomar e queimado.

Verrugose

Dentre as doenças das plantas cítricas, a verrugose é a mais freqüente tanto em sementeiras e viveiros como em pomares, afetando somente frutos de laranjas doces.

A doença pode ser causada por três espécies de fungos: na laranja Azeda, pomelos, limões verdadeiros, limão Cravo, Volkameriano, Rugoso é causada pelo fungo Sphaceloma fawceti; em tangerinas é causada por S. fawceti var. scabiosa, nestes casos afetando folhas ramos e frutos e nas laranjas doces afetando somente os frutos e causada por S. australis.

Quando a verrugose aparece nas sementeiras e viveiros, afetando os principais porta-enxertos utilizados na citricultura, os tecidos jovens são preferencialmente atacados, causando deformações em folhas e ramos novos com lesões salientes e ásperas. Os sintomas iniciais nas folhas ainda transparentes são pequenas manchas pontuais brilhantes e aquosas. O controle neste caso pode ser feito de preferência preventivo, iniciando-se com o aparecimento das primeiras brotações com benomil (50 g/100 L de água). 30 dias após, aplicar oxido cuproso (100 g/100 L de água) ou oxicloreto de cobre em dosagens que variam de 150-300g/ 100L de água, conforme a marca comercial utilizada. Uma terceira aplicação com benomil pode ser repetida, de quatro a oito semanas após ou no caso novas brotações apresentarem os sintomas iniciais.

Em pomares, no caso da verrugose das laranjas doces, o fungo afeta somente os frutos durante os 3 primeiros meses de vida, sendo que as lesões no fruto maduro serão maiores quanto mais cedo o fruto for atacado. As lesões são corticosas, salientes e irregulares, medindo em torno de 1,0 a 3,0 mm de diâmetro podendo agruparem-se prejudicando grandes áreas do fruto. Neste caso, o período mais importante para o controle é na floração, na fase de frutos chumbinho, (em início de formação). Por essa razão recomenda-se a primeira aplicação preventiva quando 2/3 das pétalas tiverem caído com um fungicida sistêmico do grupo dos triazois, e uma segunda aplicação 20 a 30 dias após a primeira, ou mais cedo se o período for chuvoso com um produto à base de cobre (oxido cuproso 100 g/ 100 L de água ou oxicloreto de cobre 150-300 g/ 100 L de água) ou mancozeb (250g/ 100 L de água ).

Como o uso de fungicidas pode favorecer o aparecimento de cochonilhas, recomenda-se a adição de óleo emulsionável à calda fungicida nas dosagens recomendadas. As aplicações em mistura com óleo mineral emulsionável não devem

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ser feitas sobre os frutos já desenvolvidos para evitar sintomas fitotóxico de mancha estrelada.

Melanose

Esta doença torna-se importante em pomares cuja produção destina-se ao mercado de fruta fresca. Causada pelo fungo Phomopsis citri, apresenta lesões salientes escuras, muito pequenas que podem aparecer dispersas na superfície do fruto ou em estrias.

A poda de ramos secos é importante medida de controle reduzindo os focos de infeção, pois o fungo sobrevive de uma estação para outra nestes ramos. As pulverizações preventivas devem ser feitas com os mesmos produtos e na mesma época em que se controla a verrugose, pois os frutos também são mais suscetíveis nos primeiros três meses de formação, o que permite o controle das duas doenças simultaneamente.

Pinta preta

A doença é causada pelo um fungo, Guignardia citricarpa que se dissemina com muita facilidade dentro e entre os pomares.

Os sintomas, tanto em frutos quanto em folhas, são mais freqüentes nas áreas da planta que ficam mais expostos ao sol. Nos frutos, os sintomas apresentam caracteristicas diversas recebendo diferentes nominações: mancha marrom ou mancha dura (lesões escuras com bordas salientes marrom-escuras, centro deprimido contendo pequenas pontuações negras); mancha sardenta (lesões pequenas com minúsculas pontuações negras ao seu redor); mancha virulenta ou mancha negra (lesões grandes, irregulares com o centro acinzentado e bordas salientes marrom-escuras ou vermelho-escuras); pinta preta ou falsa melanose (lesões pretas, quase sempre numerosas, pouco deprimidas, com o centro pardacento, apresentando pontuações pretas, medindo entre 2 a 6 milímetros de diâmetro, assemelhando-se aos sintomas da melanose.). A suscetibilidade dos frutos vai desde a fase chumbinho até cinco meses após a queda das pétalas (pingue-pongue).

Nas folhas o centro da lesão tem cor cinza, as bordas são salientes, marrom-escuras com um halo amarelado ao redor. São raros em laranjas e mais comuns em limões e tangerinas.

Como medidas preventivas de controle, recomendam-se a retirada dos frutos temporões infectados, recobrir as folhas infectadas caídas cobrindo-as com o mato existente na linha previamente controlado com um herbicida pós emergente, evitar o trânsito de frutas de regiões onde há ocorrência da doença, evitar a utilização de material de colheita de outras propriedades localizadas em regiões afetadas.

O controle químico pode ser feito de maneira satisfatória usando-se duas pulverizações em intervalo de 8 semanas, sendo a primeira logo após a queda das pétalas das flores. Os produtos mais indicados são: triazois (25g/i.a.) + Mancozeb (160g/i.a.) + Óleo (0,5%) em 100 litros de água. Uma alternativa é a aplicação de Oxicloreto de cobre (90g/i.a.) + Óleo (0,5%) em 100 litros de água ou Difenoconazole (10g/i.a.) em 100 litros de água.

Estrelinha ou queda de frutos jovens

A doença é causada pelo fungo Colletotrichum acutatum que infecta os tecidos de flores e frutos jovens, provocando a queda prematura desses frutos.

Em flores infectadas, os primeiros sintomas aparecem, nas pétalas, sob a forma de lesões encharcadas de coloração alaranjada.As pétalas afetadas adquirem uma consistência rígida e ficam firmemente aderidas ao disco basal. Quando as condiçôes são favoráveis os sintomas podem aparecer antes mesmo que a flor se abra. Após o florescimento, os frutinhos recem-formados amarelecem, destacam-se da base do

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pedúnculo e caem, deixando os discos basais, os cálices e as sepalas aderidos. Os cálices continuam crescendo, tranformando-se numa estrutura dilatada, com as sepalas salientes, semelhantes a estrelas, daí a denominação da doença de "estrelinha".a cair, porem, afetados pela doença, permanecem desenvolvendo-se deformados, e pequenos, menores que 1 cm de diâmetro.

Praticamente todas as variedades de laranja doce são afetadas pela doença, entretanto os maiores danos são verificados em variedades que apresentam vários surtos de floração como por exemplo os limões verdadeiros, as limas ácidas Taiti e Galego e a laranja Pera. Nestas variedades os restos de cultura da produção temporã contribuem para o aumento da quantidade do fungo que irá atacar a florada seguinte. Entre as variedades menos afetadas destacam-se as tangerinas, os tangores e a laranja Hamlim.

O Controle químico da doença é obtido pela proteção das flores com com um fungicida sistêmico do grupo dos triazois, intercalados com chlorotalonil ou Mancozeb obedecendo um esquema de controle que proteja a flor desde a fase palito de fósforo até o fruto no tamanho bola de ping-pong.

Dependendo das chuvas, as pulverizações deverão se iniciadas antes da abertura das flores, na fase palito de fosforo ou na fase cotonete. Nestes momentos o recomendado é a utilização de um fungicida sistêmico, que dá uma proteção mais prolongada e eficiente. Como o fungo desenvolve formas de resistência a estes pesticidas, recomenda-se uma segunda aplicação, desta vez utilizando-se clorotalonil na dose de 100g/100 L água. quando os frutos estiverem do tamanho de uma bola de gude. Uma terceira aplicação com fungicida sistêmico, que pode ser opcional, quando o fruto estiver maior que uma bola de ping-pong. Esta terceira aplicação é útil, nesta época, para controlar a verrugose, em regiões onde ela ocorre.

Em áreas irrigadas por aspersão, as pulverizações devem ser noturnas, para evitar um período prolongado de umidade que poder-se-ia somar com a umidade do orvalho, caso as pulverizações fossem feitas durante o dia.

A doença é causada pelo fungo Colletotrichum acutatum que infecta os tecidos de flores e frutos jovens, provocando a queda prematura desses frutos.

Em flores infectadas, os primeiros sintomas aparecem, nas pétalas, sob a forma de lesões encharcadas de coloração alaranjada.As pétalas afetadas adquirem uma consistência rígida e ficam firmemente aderidas ao disco basal. Quando as condiçôes são favoráveis os sintomas podem aparecer antes mesmo que a flor se abra. Após o florescimento, os frutinhos recem-formados amarelecem, destacam-se da base do pedúnculo e caem, deixando os discos basais, os cálices e as sepalas aderidos. Os cálices continuam crescendo, tranformando-se numa estrutura dilatada, com as sepalas salientes, semelhantes a estrelas, daí a denominação da doença de "estrelinha".a cair, porem, afetados pela doença, permanecem desenvolvendo-se deformados, e pequenos, menores que 1 cm de diâmetro.

Praticamente todas as variedades de laranja doce são afetadas pela doença, entretanto os maiores danos são verificados em variedades que apresentam vários surtos de floração como por exemplo os limões verdadeiros, as limas ácidas Taiti e Galego e a laranja Pera. Nestas variedades os restos de cultura da produção temporã contribuem para o aumento da quantidade do fungo que irá atacar a florada seguinte. Entre as variedades menos afetadas destacam-se as tangerinas, os tangores e a laranja Hamlim.

O Controle químico da doença é obtido pela proteção das flores com com um fungicida sistêmico do grupo dos triazois, intercalados com chlorotalonil ou Mancozeb obedecendo um esquema de controle que proteja a flor desde a fase palito de fósforo até o fruto no tamanho bola de ping-pong.

Dependendo das chuvas, as pulverizações deverão se iniciadas antes da abertura das flores, na fase palito de fosforo ou na fase cotonete. Nestes momentos o recomendado é a utilização de um fungicida sistêmico, que dá uma proteção mais prolongada e eficiente. Como o fungo desenvolve formas de resistência a estes pesticidas, recomenda-se uma segunda aplicação, desta vez utilizando-se clorotalonil na dose de 100g/100 L água. quando os frutos estiverem do tamanho de uma bola de gude. Uma terceira aplicação com fungicida sistêmico, que pode ser opcional, quando o fruto estiver maior que uma bola de ping-pong. Esta terceira aplicação é útil, nesta época, para controlar a verrugose, em regiões onde ela ocorre.

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Em áreas irrigadas por aspersão, as pulverizações devem ser noturnas, para evitar um período prolongado de umidade que poder-se-ia somar com a umidade do orvalho, caso as pulverizações fossem feitas durante o dia.

REFERÊNCIA:

EMBRAPA : disponível em: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Citros/CitrosNordeste/doencas.htmAcesso em 11/05/2011

O QUE SÃO FUNGOS: Disponível em:http://intra.vila.com.br/revista2003/rafael_e_goldinho/fungos.htmAcesso em 11/05/2011

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO “JOSÉ ROCHA SOBRINHO” CEPES- BN/1Aluno: ALISON LIMAProfessor: LUÍS WELIGTON

DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS

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Bananeiras-PB11 DE MAIO 2011

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