doenças causadas por artrópodes

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Doenas Causadas Por Artrpodes Parasitas Infestao por larvas de Moscas VarejeirasAs miases produzidas por larvas de moscas tm sido a causa de grandes prejuzos. As mortes podem ser intensas em rebanhos criados extensivamente e examinados com pouca frequncia.EtiologiaAs larvas das moscas so as causadoras da doena (miase) nos animais. Uma moscas semelhante, porm no uma "varejeira" verdadeira,uma vez que s infesta carcaas ou feridas muito necrticas.Ciclo evolutivoA Fmea adulta pe de 150 a 500 ovos brancos, em montes semelhantes a seixos de rios, nas bordas das feridas recentes. As larvas eclodem em aproximadamente 12 horas, penetrando nos tecidos circunvizinhos ferida.PatogeniaAps a invaso da ferida, forma-se uma leso cavernosa, caracterizada por hemorragia, necroe e liquefao progressivas.Achados clnicosOs animais acometidos demonstram irritao logo aps a infestao e, em torno do terceiro dia, apresentam pirexia ( febre ). Os animais no se alimentam e ficam vagando indefinidamente, procurando sombra e abrigo.Achados de necropsiaO exame superficial das feridas infestadas em geral suficiente para indicar a causa da morteDiagnsticoA presena das larvas na ferida quase sempre evidente. importante difernci-las das larvas de outras moscas.TratamentoAs feridas afetadas devem ser tratadas com um medicamento que contenha um larvicida eficiente e, de preferncia, um anti-sptico. O larvicida deve ser capaz de permanecer na ferida durante algum tempo, para impedir a reinfestao.ControleA incidncia da doena pode ser mantida em um nivel baixo pelo estabelecimentogeneralizado das medidas designadas para interromper o ciclo evolutivo da mosca. Os procedimentos cirrgicos devem ser, se possvel, adiados at a estao fria. Todos os animais criados em campo devem ser inspecionados duas vezes por semana, e os animais acometidos devem ser tratados adequadamente. Moscas Diversas, " mosquitos Plvora" e outros mosquitosMoscas dos estbulosA mosca do estbulo , ocorre na maioria dos pases. Possui o tamanho aproximado da mosca domstica. uma mosca hematfoga, que ataca principalmente equinos e bovinos, e em menor extenso os sunos. O ciclo evolutivo pode completar-se em 2 a 3 semanas, condies quentes e midas favorecem a multiplicao das moscas e, nas pocas mais crticas, o grande nmero de moscas pode causar anemia, desconforto, diminuio do tempo de pastoreio, reduo do crescimento, da produtividade e da converso alimentar. Para uma reduo de 2 semanas ou mais indicado o crotocifs e o propoxur. O fenclorfs tambm pode ser usado, porm requer a asperso diria, ou que se esfregue o produto sobre o animal diariamente ou em dias alternados, para que se obtenha um bom controle.Moscas dos cavalos, moscas de maro ou moscas da brisa; moscas dos veadosEstas moscas castanhas e robustas esto espalhadas por muitos pases e, assim causam pertubao aos grandes animais, em particular bovinos e equinos, alm de poderem causar anemia, pelo faato de serem hematfagas. Elas tambm podem atuar como vetores mecnicos de doenas como anemia infecciosa equina, surra e antraz. So comumente suspeitas de atuar como vetore da mastite corinebacteriana dos bovinos ( mastite de vero ). As moscas so ativas no vero, atacando os animais. O controle difcil, os repelentes tm sido usados e so razoavelmente eficazes nos equinos sujeitos ao ataque das moscas. O permetrin, um piretride sinttico, usado em banhos de asperso ou imerso em bovinos e equinos, mata 90% das moscas aproximadamente duas semanas aps o tratamento. Moscas dos bdalos; moscas dos chifres Estas moscas pequenas, embora sejam primariamente parasitas de bovinos e bfalos, e incapazes de viver longe desses animais, elas podem pertubar equinos e o homem em estaes crticas. Apesar de serem hematfagas, no so consideradas como transmissoras de doenas. O Gado zebu menos infestado pelas moscas do que o gado europeu e, embora possa carrear uma grande populao de moscas, apresenta poucas feridas. Os equinos podem apresentar leses ao redor dos olhos e na parte inferior do abdome, fornecendo locais para a infestao por larvas. As infestaes tm sido controladas por meio de armadilhas, sprays inseticidas, marcadores de dorso, sacos de p ou brincos impregnados com inseticidas. As armadilhas, atualmente, so raramente utilizadas.Hipoboscdeos dos equinos a espcie mais comum e um parasita de equinos e bovinos na maioria dos paises com clima quente. uma mosca hematfaga, parecem causar pouca pertubao aos equinos acostumados com elas, porm os animais que experimentam o primeiro contato manifestam medo e intolerncia. Por serem hematfagas, podem atuar como vetores mecnicos para doenas infecciosas."Mosquitos - plvora" Estas moscas minsculas so hematfagas e, independente de causarem pertubao aos animais, podem transmitir doenas infecciosas como a febre catarral dos ovinos, doenas dos equinos, febre efmera dos bovinos. Seu controle virtualmente impossivel e a maioria das medidas para reduzir sua importncia se baseia em evitar que tenham acesso aos animais. Mantes os equinos longe das reas onde as moscas esto presentes em grande nmero uma pratica aconselhvel.Borrachudos, mosquitos dos bfalos e flebtomosEstas moscas pequenas ocorrem a maior parte do mundo, s so problemticas nos climas quentes. Elas so particularmente ativas nos meses de vero e frequentam as reas onde h abundncia de sombras de rvores e guas frescas na superfcie. As moscas se concentram em revoadas e atacam os animais, causando muito incmodo e pertubao. Elas tendem a mord-los ao redor das pernas, na barriga e em volta da cabea, provocando o aparecimento de eritemas e ppulas. O controle pode ser efetuado pela adio de inseticidas aos rios e canais. A reinfestao rapidamente ocorre com o aumento do fluxo de gua aps chuvas pesadas. Os esforos devem ser direcionados para a manuteno das moscas longe dos animais, por meio da aplicao de repelentes ou o uso de fumaa.MosquitosVrios mosquitos, so importantes parasitas dos animais domsticos. Quando presentes em grande nmero, eles causam incmodo aos animais e foi relatada a morte de leites e ces jovens em virtude da grave anemia que causam. Embora tais ocorrncias sejam raras, surpreendente a perda de sangue que pode haver nas infestaes muito intensas. O controle deve incuir a drenagem das colees de guas paradas ou a destruio das larvas pela adio de qualquer um dos vrios inseticidas existentes. Para a proteo de um pequeno grupo de animais a nica medida satisfatria o uso de telas.Mosca domsticaA mosca domsticaatinge importncia veterinria devido sua capacidade de transmitir, mecanicamente, as bactrias causadoras de muitas doenas infecciosas. Para reduzir a populao de moscas, necessrio remover todo o esterco e matria orgnica, ou pulverizar esse material no prprio local.Moscas dos bosquesEstas moscas ocorrem comumente nas reas mais secas e so a causa de muito incmodo ao rebanho nos meses de vero. O controle da populao de moscas virtualmente impossvel nas reas em que ela ocorre, porm os animais podem ser individualmente protegidos por repelentes como o dimetil ftalato ou o o-dietil toluamida.Mosca da faceEstas pequenas moscas se assemelham s moscas domsticas, porm so ligeiramentes maiores. Concentram-se sobre a face dos bovinos, alimentando-se das secrees nasal e lacrimal e tambm da saliva.Um grande nmero delas pode causar incmodo aos animais, petquias nos olhos e acredita-se que atuam como vetores mecnicos na transmisso da ceratoconjuntivite infecciosa dos bovinos. Iscas em forma de xarope, contendo 0,25% de diclorvos, aplicadas trs vezes por semana sobre a fronte das vacas e equinos, podem ajudar a eliminar essas moscas.Mosca da cabeaEsta pequena mosca, semelhante em aparncia mosca domstica, um muscdeo no-mordedor, que voa ao redor dos animais e dos homens, do final de junho at setembro. O controle difcil, as aplicaes de pour-on com piretrides sintticos so mais prticas, mais baratas e deixam uma concentrao mais alta de medicamento.Miase cutnea ( infestao por outras varejeiras )As infestaes cutnea por larvas de moscas varejeiras causa graves perdas, o termo miase cutnea deva ser reservado para esta doenas.etiologiaExiste grande nmero de espcies capazes de provocar a doena.Achados clnicosOs efeitos clnicos da miase variam com o local atingido, porm todos os ovinos infestados possuem um padro bsico de comportamento causado pela irritao provocada pelas larvas. Aps alcaarem a pele, provocam inflamao e ulcerao, comeando a penetrar no tecido subcutneo.Patologia clnica e achados de necropsiaUm exame clnico suficiente para se fazer o diagnstico, porm a identificao das moscas responsveis pela miase pode ser importante se a epidemiologia estiver sendo considerada.DiagnsticoOs acometidos chamaro a ateno pelo seu comportamento ao baterem com as patas, balanaram a cauda bruscamente e morderem a regio acometida. Doenas predisponentes, como a podrido dos cascos, infeces de feridas e diarria por gastroenterite parasitria, so facilmente detectadas.TratamentoUm curativo local aplicado, contendo um larvicida e um antisptico. curativos com lquidos e em p contendo diazinon e clorfenvinfns ( Supona ) em geral so os preferidos.ControleO controle da miase em outras situaes se baseia no tratamento com inseticidas e no tratamento das feridas, medida que elas ocorrerem. Infestaes por piolhos e melfagos As infestaes com estes insetos causam uma irritao que resulta em leso da pele ou da l. Melfago dos ovinosEsta mosca marrom um parasita importante dos ovinos do munto todo. Ela hematfaga e, embora os graus de infestao em geral encontrados causem apenas irritao, resultando em coceira, mordedura e prejuizo l, infestaes muito intensas podem provocar anemia grave. As moscas so sensveis ao calor e dessecao, e seu nmero diminui acentuadamente durante o vero. Od piretrides sintticos tambm so ativos contra os melfagos; o deltametrin, o cialotrin e o cipermetrin so usados. O ivermectin administrado na dose anti-helmntica padro tambm elina tais moscas.Infestaes por piolhos (pediculose)As infestaes por piolhos so comuns em todo o mundo. As espcies possuem especificidade pelos hospedeiros e so divididas em piolhos mastigadores e sugadores. Todas as espcies causam irritao da pele, estimulando a coceira, a frico e as lambidas, que provocam inquietao no animal, prejuzos l e pele. A pelagem dos animais acometidos apresenta-se spera e comprida, havendo geralmente pitirase acentuada. Embora exista algum desacordo em relao ao efeitodos piolhos sobre o ganho de peso, os animais em ms condies, mal alimentados e expostos ao frio e a doenas debilitantes apresentam infestaes mais intensas. Os piolhos mastigadores so pequenos e de colorao plida, no sendo facilmente visveis, a no ser sob luz forte, embora os ovos em geral possam ser detectados aderidos aos plos escuros. Os piolhos sugadores permanecem aderidos particularmente aos plos longos da crina e na base da cauda, eles tm colorao azul-acinzentado, podendo ser difcil v-los nos plos escuros. O tratamento de todos os animais e a aspero das instalaes devem ser no outono, quando o nmero de piolhos mnimo, e antes que a procriao se inicie. Infestaes por carrapatos As infestaes por carrapatos so de grande importncia na produo de doena nos animais. Alm de seu papel como vetores e potenciais reservatrios de doenas infecciosas, como ser descrito a diante, as infestaes macias podem causar perdas diretas. Muitos carrapatos so hematfagos ativos e podem provocar a morte por anemia. Algumas espcies causam paralisia e possvel que outros carrapatos possam elaborar outras toxinas alm daquelas que causam a paralisia.Carrapatos causadores de paralisiaA Paralisia no rara nos animais domsticos jovens muito infestados por carrapatos. A recuperao comum nos casos brandos iniciais, se os carrapatos forem removidos, porm existem anti-soros contra alguns carrapatos disponveis.Carrapatos transmissores de protozoosesOs carrapatos so os vetores mais importantes de muitas protozooses e, em muitos casos o protozorio sobrevive por vrias geraes de carrapatos por infectar seus ovos. Nos locais onde o controle dessas doenas deve ser feito, necessrio saber quais so os carrapatos vetores e quantos hospedeiros.Doenas causadas por bactrias, vrus e riqutsias transmitidas peloscarrapatosA transmisso das doenas causadas por esses agentes pode ser efetuada por outros meios, alm dos carrapatos. Surtos de anaplasmose tambm podem ocorrer aps o uso de isntrumentos contaminados para descorna, vacinao castrao ou colheita de sangue e so failmente provocados por trasfuses sanguneas.Carrapatos causadores de lesesOs carrapatos danificam o couro e provocam queda na produo, alm de anemia e morte quando esto presentes em grande nmero. Eles tambm causam morbidade e mortalidade significativas.Tratamento e controle das infestaes por carrapatosTrsmtodos tm sido usados para controlar os carrapatos: o tratamento com agentes acaricidas, a rotao de pastagens e o uso de bovinos resistentes. A vacinao contra os carrapatos foi demonstrada como sendo possivl, embora a resposta seja varivel.Controle e erradiaoO que se tenta reduzir a populao de carrapatos por meio de banhos de imerso ou asperso peridicos. A erradiao completa extremamente difcil, devido persistncia dos carrapatos , especialmente os que possuem multiplos hospedeiros. Por outro lado, o tratamento contnuo para restringir a populao de carrapatos provavelmente conduz ao desenvolvimento de resistncia. Outras medidas, alm da aplicao de inseticidas, incluem a queima dos pastos, a remoo da fauna nativa, a arao dos campos e a rotao de pastagens. Infestaes por caros trombidiformesAs infestaes com caros trombidiformes causam dermatite em todas as espcies. caros de lavoura ou de gros, atacando primariamente os cereais colhidos, e infestando os animais s de forma secundria e, em geral transitria. As reas atingidas so escamosas e pruriginosas , porm, devido frico no local, podem aparecer crostas pequenas e frgeis e o plo tornar-se ausente. O controle local dos caros pode ser obtido pelo uso de clorpirifs como grnulos ou como spray.caro da coceira dos ovinos ( psorergates ovis )O " caro da coceira " tem sido descrito como um parasita de ovinos. Todos os estgios ocorrem nas camadas superficiais da pele e causam irritao, que leva os animais a friccionarem e morder as regies atingidas ( principalmente as laterais, flancos e coxas ), causa escoriao e, algumas vezes, perda da l. a pele no apresenta anormalidade aparente, porm mais escamosa do que o normal. O diagnstico depende do achado dos caros no raspado de pele. A l deve ser cortada o mais rente possvel, a pele ligeiramente esfregada com leo e raspada sobre uma rea de aproximadamente 25 cm. Os banhos so mais eficazes quando feitos no perodo de duas semanas aps a tosquia. Sarna Demodcica ( sarna folicular )Os caros do gnero Demodex infestam os folculos pilosos de todas as espcies de animais domsticos. A doena causa pouca preocupao, mas nos bovinos pode ocorrer prejuzo significativo ao couro e, raramente, levar morte devido invaso bacteriana secundria grosseira.EtiologiaA demodicose pode ocorrer nos animais pecurios de qualquer idade, especialmente aqueles em ms condies. Isto difere da doena to bem conhecida em ces, que ocorre nos animais jovens e imunodeficientes.Ciclo evolutivo e epidemiologiaO ciclo evolutivo completo inteiramente feito no hospedeiro. Os caros adultos invadem os folculos pilosos e glndulas sebceas, que se tornam distendidos com a presena dos caros e material inflamatrio. Adoena dissemina-se lentamente e acredita-se que o contgio se d por contato, provavelmente na fase inicial da vida.PatologiaA invaso dos folculos pilosos e glndulas sebceas acarreta inflamao crnica, perda de plos e, em muitas circunstncias o desenvolvimento de pstulas o estafiloccicas secundrias ou pequenos abscessos.Achados clnicosO sintoma mais importante o aparecimento de pequenos ndulos e pstulas, que podem evoluir para abscessos maiores, pode haver perda de plo generalizada e espessamento da pele no local, mas em geral no h prurido e a queda de plo no suficiente para chamar a ateno. O contedo das pstulas costuma ser branco e com consistncia de queijo. As grandes leses so facilmente visveis, porm as leses muito pequenas s podem ser detectadas esfregando-se um dobra de pele entre os dedos.DiagnsticoO erro mais comum diagnosticar a doena como uma infeco estafiloccica inespecfica. Um diagnstico satisfatrio s pode ser feito por meio da demonstrao do caro.Tratamento e controleOs banhos e asperses frequentes com os acaricidas recomendados para os outros tipos de sarna so realizados normalmente,mas acredita-se que atuem mais impedindo a disseminao do que curando as leses que j existentes. Sarna Sarcptica ( coceira dos estbulos )A sarna sarcptica ocorre em todas as espcies, causando uma dermatite pruriginosa grave.EtiologiaO caro causador , em geral considerado como tendo vrias subespcies, cada uma especfica de um hospedeiro particular e designada, porm a sua especificidade pelo hospedeiro no completa e a transferncia de uma espcie de um hospedeiro para outro pode ocorrer, o que significa um ponto de alguma importncia quando se objetiva o controle da doena.Ciclo evolutivo e epidemiologiaA infestao se dissemina principalmente por meio do contato direto entre os hospedeiros, sendo que todos os trs estgios so capazes de migrar. Porm, os materiais inertes como camas , mantas, raspadeiras e panospodem atuar como carreadores. O caro adulto no sobrevive, geralmente, mais do que algunsdias longe do seu hospedeiro, mas em condioes timas de laboratrio eles podem permanecer vivos por at trs semanas.PatogeniaMuitas infestaes exercem pouco ou nenhum efeito sobre o ganho de peso e a converso alimentar, porm em alguns casos a debilidade, a queda da produo e da vitalidade podem ser consequncias graves, com a aparncia dos animais acometidas tornando-se esteticamente desagradvel. Considera-se que a sarna sarcptica possa ocorrer em animais predispostos infestao devido a estresse ou alguma doena.Achados clnicosAs leses inicias se caracterizam pela presena de pequenas ppulas vermelhas e eritema generalizado da pel. a regio acometida apresenta prurido intenso e, com frequencia, est escoriada devido a frico e s mordidas. A queda do plo, as crostas castanhas e espessas cobrindo uma superfcie em carne viva e o espessamento e enrugamento da pele vizinha logo se seguem.Patologia clnicaAs necropsias em geral no so realizadas. O exame dos raspados de pele, tanto diretamente como aps a digesto em hidrxido de potssio a 10%, pode revelar os caros.DiagnsticoA sarna sarcptica o nico tipo de sarna que acomete os sunos. Ela pode ser confundida com a infestao por, caros ou piolhos, ou com a varola suna, paraceratose, dermatite infecciosa, ptirase rsea. Na maioria dessas doenas, existem sintomas clnicos caractersticos e o diagnstico definitivo pode ser feito mediante a presena ou ausncia dos caros.Tratamento e controleO tratamento deve ser completo, de forma que toda a pele, especialmente sob a cauda, no interior das orelhas e entre as pernas, seja banhada com acaricida. Os tratamentos mais antigos, como a fumigao com dixido de enxofre,ou os banhos ou aspersoes com enxofre calcrio, eram eficientes mas de difcil aplicao, tendo sido amplamente substitudos pelos inseticidas mais modernos. Sarna Psorptica ( sarna dos ovinos, sarna do corpo, sarna do ouvido )A sarna psorptica da maior importncia em ovinos, nos quais provoca o aparecimento de crostas, mas tambm responsvel pela sarna do corpo dos bovinos e equinos e pela sarna do ouvido em equinos, ovinos, caprinos e coelhos.EtiologiaAs diversas espcies de Psoroptes foram reduzidas a quatro tipos de sarna corprea e dois tipos de sarna de ouvido.Ciclo evolutivo e epidemiologiaOs caros se alimentam de lquido tissular, causando a formao de crostas, sob as quais eles vivem. Os ovos so postos sob a pele, na extremidade das crostas, e a ecloso se d em 1 a 3 dias, embora esse perodo seja prolongado se os ovos no estiverem em contato com a pele. A doena, mais ativa nos meses de outono e inverno. Isto se deve no apenas atividade aumentada dos caros, mas tambm ao desenvolvimento mais rpido nos animais estabulados, e a tendncia de a doena ser mais grave nos animais em ms condies.PatogeniaOs caros migram para toda a pele do corpo, preferindo as reas cobertas com plos e l. Os adultos puncionam a epiderme para se alimentar da linfa e causam inflamao local, resultando em prurido e exudato seroso, que se acumula formando crostas. Os caros so mais ativos nas bordas das crostas e a leso se alastra em direo periferia.Patologia clnicaOs caros podem ser facilmente detectados nos raspados de pele feito nas bordas das leses. O exame facilitado pela pr-digesto do material em soluo aquecida de hidrxido de potssio a 10%.DiagnsticoAs doenas que causam o aparecimento de prurido como o prurido lombar dos ovinos, infestaes de piolhos e melfagos, e infestaes com caros de lavoura no apresentam leses cutneas caractersticas, e o ltimo grupo em geral pode ser detectado pelos exames para os parasitas causadores.Tratamento e controleA sarna psorptica nos ovinos uma doena de notificao compulsria. Um banho de imerso torna-se essencial e o ovino deve permanecer imerso no lquido por dois minutos. A tosquia prvia pode ser aconselhvel, mas pode levar disseminao posterior da sarna. Os ovinos j tratados no devem retornar aos pastos nem aos celeiros, a menos que estes ltimos tenham sido completamente limpos e aspergidos com a soluo do banho. Sarna coriptica ( sarna da cauda, sarna dos membros, sarna escrotal )A sarna coriptica a sarna mais comum nos bovinos e equinos. Em bovinos, ela causa apenas pequenas leses estticas, enquanto nos equinos a sarna dos membros uma fonte de incmodo para os animais, causando ineficincia para o trabalho.EtiologiaOs caros coriptico eram denominados anteriormente de acordo com as espcies dos hospedeiros. Porm, atualmente acredita-se que os caros dos bovinos, equinos e ovinos pertencem a uma nica espcie.Ciclo evolutivo e epidemiologiaO ciclo evolutivo semelhante ao do Psoroptes e se completa em trs semanas. O nmero de parasitas influenciado pela temperatura e pela umidade. a transmisso provavelmente efetuada por contato direto na maioria dos casos, embora, nos animais estabulados, as raspadeiras possam ser mtodo adicional de disseminao da doena.PatogeniaOs caros causam uma dermatite algica, exsudativa, sendo que o exsudato seroso amarelado coagula e quebra medida que os plos crescem, de forma que pequenas leses crostosas so vistas sobre o plo.Achados clnicosO primeiro sintoma em equinos em geral a batida vigorosa com as patas e a frico da parte posterior das quartelas traseiras em arames, trilhos ou tocos. Isto mais evidente durante os perodos de descanso e noite. Em casos de longa durao, a pele se apresenta inchada, crostosa, rachada e geralmente gordurosa, com pequenas quantidades de exudato seroso podendo estar aderidas maior parte dos plos na regio acometida.PatologiaOs raspados provinientes das reas acometidas em geral contm um grande nmero de caros.DiagnsticoA psorase do casco dos equinos se assemelha sarna coriptica, exceto pelo fato de a dor ser mais evidente na primeira e o pruridp na segunda. Foi sugerido que duas doenas seriam etiologicamente relacionadas. A presena dos caros coripticos nas leses da podrido dos cascos e doena das mucosas pode ser coincidncia, mas os casos de sarna coriptica que apresentam leses ao redor da coroa e do focinho podem ser confundidos com uma das doenas erosivas.Tratamento e controleEmbora o controle dos caros parea ser facilmente efetuado, a erradiao completa em um animal ou em um rebanho no to fcil, e a erradiao aparente em um rebanho costuma ser seguida pelo reaparecimento da doena no inverno seguinte, mesmo que sejam feitos vrios tratamentos. O crotocifs a 0,25% em soluo, numa aplicao em forma de asperso, considerado muito eficiente e no deixa resduo algum na carne ou no leite, mas a concentrao de 0,03 a 0,06% em duas aplicaes tambm eficiente.