doença do refluxo gastroesofágico : análise crítica dos métodos diagnósticos

29
Doença do Refluxo Gastroesofágico: análise crítica dos métodos diagnósticos Eponina M. O. Lemme (FBG)

Upload: noelle

Post on 17-Feb-2016

34 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Doença do Refluxo Gastroesofágico : análise crítica dos métodos diagnósticos. Eponina M. O. Lemme (FBG). Recomendações para EDA. Análise crítica. - PowerPoint PPT Presentation

TRANSCRIPT

Page 1: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

Doença do Refluxo Gastroesofágico:análise crítica dos métodos diagnósticos

Eponina M. O. Lemme(FBG)

Page 2: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos
Page 3: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

Recomendações para EDA

Page 4: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

Análise crítica

• A EDA não é método de pesquisa de refluxo e o seu encontro durante o exame carece de valor diagnóstico, devido às circunstâncias de sua realização.

• Como 60% a 70% dos pacientes são portadores da forma não erosiva da doença, sua sensibilidade para o diagnóstico, que se baseia no encontro de erosões ou complicações da doença, é baixa, embora tenha alta especificidade

Page 5: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

• Entretanto, o diagnóstico da doença não erosiva se reveste de importância prognóstica, pois se sabe que a evolução da forma não erosiva para a erosiva é pouco comum, logo este grupo estaria menos exposto às complicações da doença.

Page 6: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

• Em relação às estenoses, algumas vezes não é possível a avaliação de sua extensão, devido à impossibilidade de passagem do endoscópio, porém a EDA é o método de escolha para sua terapêutica.

• Oscilações da linha Z eventualmente sugerem lingüetas, que, se confundidas com epitélio metaplásico, podem conduzir à imprecisão diagnóstica

Page 7: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

Estudo radiológicoAnálise crítica

• A esofagografia tem pouca sensibilidade na demonstração de refluxo e se o paciente não tem lesão de mucosa, não deve ser solicitada

Page 8: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

Cintilografia e refluxo

• Descrito em 1976, consiste em observação do refluxo na área esofagiana após ingestão de uma solução marcada com tecnécio, espontaneamente, ou após manobras de aumento da pressão intra abdominal.

Page 9: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos
Page 10: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

Análise crítica

• Como o estudo radiológico, é um método que pode demonstrar o refluxo, mas não o quantifica em períodos prolongados.

• Não é mais empregado na rotina, embora em crianças possa ter alguma utilidade

Page 11: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

EsofagomanometriaAnálise crítica

• A EMN não é método de pesquisa de refluxo, nem deve ser empregada com essa finalidade.

• Registra pressões em pontos fixos, avaliando a contração da musculatura circular– Não informa a respeito do transporte do bolo

Page 13: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

Impedâncio-manometria

• Estudo simultâneo de impedância intraluminal, combinada à manometria, – Analisa o tempo de trânsito esofágico de bolo

líquido em relação aos diagnósticos manométricos alcançados.

– Boa correlação entre os dois métodos quando a peristalse estava presente ou completamente ausente, de acordo com a manometria

Page 14: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

• Nos distúrbios intermediários da peristalse, como espasmo difuso e motilidade ineficaz, – Normalidade do tempo de trânsito em cerca de

metade dos pacientes. • Não se sabe com exatidão se esses resultados

têm implicações prognósticas– Necessárias outras pesquisas

Page 15: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

pHmetria esofagiana prolongada

• Embora seja o método mais sensível para o diagnóstico da DRGE, tem algumas limitações, percalços e falta de consenso em alguns pontos.

• Refluxo anormal em 50% dos portadores de doença não erosiva• Falso negativo em 25% dos portadores de doenças

erosivas

Page 17: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

• É sujeita a problemas técnicos, tais como desconexão do eletrodo de referência, dobragem do cateter, mergulho deste no estômago e secagem do eletrodo proximal, ocasionando leitura errônea que simula refluxo.

Page 18: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

• A presença do cateter pode ocasionar dores de garganta e nasal, coriza e cefaléia.

• Por intolerância ao exame, o paciente muitas vezes restringe suas atividades físicas e a alimentação, o que poderia ocasionar resultados falso-negativos

Page 19: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

• A pHmetria monitoriza apenas o refluxo ácido e por 24 horas, e sabe-se que o refluxo pode apresentar variações.

• Em relação à pHmetria de dois sensores, não há consenso sobre o melhor local de posicionamento do sensor proximal, nem sobre valores de normalidade.

Page 20: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

• Embora seja classicamente preconizada para investigação de manifestações supra-esofágicas – Há controvérsias a respeito de sua verdadeira

importância e significado. • O refluxo proximal anormal é observado em

número menor de pacientes do que o refluxo distal– Também registrado em pacientes sem manifestações

supraesofágicas– Não há consenso se ele pode definir relação de

causalidade entre as queixas e refluxo.

Page 21: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

pHmetria intraesofágica portelemetria (sistema BRAVO)

• O prolongamento da monitorização conseguida com o sistema BRAVO aumenta a sensibilidade diagnóstica tanto para o diagnóstico da DRGE como para a possibilidade de correlação com sintomas.

• O método apresenta como desvantagens o alto custo e sua pouca disponibilidade em nossos centros.

Page 22: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos
Page 23: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

• Desconforto retroesternal referido por muitos pacientes– Poderia teoricamente dificultar a avaliação de

portadores de dor torácica não cardíaca.• A exemplo da pHmetria tradicional, o sistema

BRAVO também não analisa os aspectos não ácidos do refluxato.

Page 24: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

Bilimetria esofagiana prolongada(BILITEC)

• A bilimetria esofagiana prolongada (BEP) é um exame que se destina a avaliar o refluxo duodenogastroesofágico (RDGE), monitorizando a bilirrubina no refluxato, com base em suas propriedades espectrofotométricas.

• O exame é realizado nos moldes da pHmetria, como monitorização prolongada, empregando-se cateter de fibra óptica

Page 25: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

Análise crítica• A principal limitação do método é que ao detectar apenas

o refluxo que contenha bilirrubina, deixa de registrar mais de 90% dos chamados refluxos não ácidos.

• É pouco disponível nos centros brasileiros, tem alto custo e, além do desconforto, comum às outras monitorizações, como o método é colorimétrico, vários alimentos e bebidas de cor forte podem causar falsos-positivos.

• Há necessidade de se fazer dieta especial clara, excluindo uma série de nutrientes

Page 26: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

ImpedanciopHmetria esofágica

• A impedância esofágica permite avaliar a presença e movimento do “bolo” no interior do esôfago, seja de forma anterógrada (ex., o bolo deglutido ou alimentar) , seja de forma retrógrada, tal como o refluxo gastroesofágico.

• Quando se associa à determinação da impedância, a possibilidade de registro dos valores de pH desse conteúdo intra-esofágico, o método torna-se extremamente útil.

Page 27: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

Indicações principais

• Diagnóstico de sintomas sugestivos de DRGE, sem esofagite e com pHmetria normal;

• Esclarecimento diagnóstico de pacientes com sintomas atípicos não explicados por outras causas;

• Avaliação de eficácia de tratamento clinico ou cirúrgico da DRGE;

• Identificação de refluxos ácido e não ácido e suas correlações com sintomas.

Page 28: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

Análise crítica

• Como todo método que se inicia, é necessário o crivo do tempo para se avaliar sua verdadeira importância.

• A pouca disponibilidade e custos elevados atualmente são fatores limitantes.

Page 29: Doença do  Refluxo  Gastroesofágico : análise crítica  dos métodos  diagnósticos

FIM