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Norma e Orientações para Aplicação de Condições Especiais na Realização de Provas e Exames JNE/2015 Foi publicada a aguardada "Norma e Orientações para Aplicação de Condições Especiais na Realização de Provas e Exames JNE/2015". Deixo uma súmula dos aspetos aparentemente mais importantes e comuns. No entanto, para um melhor esclarecimento, aconselha-se a sua leitura atenta. Os alunos com necessidades educativas especiais de caráter permanente abrangidos pelo DecretoLei n.º 3/2008 prestam as provas e exames previstos para os restantes examinandos podendo, no entanto, serlhes aplicadas condições especiais na realização de provas finais de ciclo, de exames finais nacionais e de provas de equivalência à frequência, sob proposta do professor titular de turma/conselho de docentes ou do Diretor de turma/conselho de turma. Os alunos que frequentam a escolaridade com um currículo específico individual, ao abrigo da alínea e) do artigo 16.º e do art.º 21.º do DecretoLei n.º 3/2008, não realizam provas finais de ciclo do ensino básico nem exames finais nacionais do ensino secundário. A adoção de qualquer condição especial na realização de provas e exames depende das limitações funcionais dos alunos e exige que tenham sido abrangidos por medidas educativas contempladas no programa educativo individual e aplicadas durante o percurso escolar de cada aluno. Os requerimentos de condições especiais na realização de provas e exames, para alunos do ensino básico e do ensino secundário, são formalizados pelo Diretor da escola, diretamente na plataforma online do Júri Nacional de Exames, deixando de existir anexos e requerimentos em suporte de papel, entre 9 e 31 de março de 2015, data a partir da qual a plataforma será encerrada, não permitindo o registo de novos alunos, alteração de dados já registados ou submissão de documentos digitalizados em pdf. No ensino básico, a autorização de todas as condições especiais para os alunos com necessidades educativas especiais de caráter permanente na realização das provas finais de Português e de Matemática e das provas de equivalência à frequência dos 4.º, 6.º e 9.º anos é da responsabilidade do Diretor da escola. No ensino secundário, esta autorização é da responsabilidade do Presidente do Júri Nacional de Exames. PROCEDIMENTOS A ADOTAR PARA SOLICITAR CONDIÇÕES ESPECIAIS NA REALIZAÇÃO DAS PROVAS E EXAMES No ensino básico, o professor titular de turma (1.º ciclo) ou o Diretor de turma (2.º e 3.º ciclos) formaliza ao Diretor uma proposta de aplicação de condições especiais na realização das provas finais de ciclo e das provas de equivalência à frequência por cada aluno com necessidades educativas especiais do 4.º, 6.º e 9.º ano, para posterior introdução de dados na plataforma online pelo Diretor da escola.

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  • Norma e Orientaes para Aplicao de Condies Especiais na Realizao de Provas e Exames JNE/2015

    Foi publicada a aguardada "Norma e Orientaes para Aplicao de Condies Especiais na Realizao de Provas e Exames JNE/2015". Deixo uma smula dos aspetos aparentemente mais importantes e comuns. No entanto, para um melhor esclarecimento, aconselha-se a sua leitura atenta. Os alunos com necessidades educativas especiais de carter permanente abrangidos pelo DecretoLei n. 3/2008 prestam as provas e exames previstos para os restantes examinandos podendo, no entanto, serlhes aplicadas condies especiais na realizao de provas finais de ciclo, de exames finais nacionais e de provas de equivalncia frequncia, sob proposta do professor titular de turma/conselho de docentes ou do Diretor de turma/conselho de turma. Os alunos que frequentam a escolaridade com um currculo especfico individual, ao abrigo da alnea e) do artigo 16. e do art. 21. do DecretoLei n. 3/2008, no realizam provas finais de ciclo do ensino bsico nem exames finais nacionais do ensino secundrio. A adoo de qualquer condio especial na realizao de provas e exames depende das limitaes funcionais dos alunos e exige que tenham sido abrangidos por medidas educativas contempladas no programa educativo individual e aplicadas durante o percurso escolar de cada aluno. Os requerimentos de condies especiais na realizao de provas e exames, para alunos do ensino bsico e do ensino secundrio, so formalizados pelo Diretor da escola, diretamente na plataforma online do Jri Nacional de Exames, deixando de existir anexos e requerimentos em suporte de papel, entre 9 e 31 de maro de 2015, data a partir da qual a plataforma ser encerrada, no permitindo o registo de novos alunos, alterao de dados j registados ou submisso de documentos digitalizados em pdf. No ensino bsico, a autorizao de todas as condies especiais para os alunos com necessidades educativas especiais de carter permanente na realizao das provas finais de Portugus e de Matemtica e das provas de equivalncia frequncia dos 4., 6. e 9. anos da responsabilidade do Diretor da escola. No ensino secundrio, esta autorizao da responsabilidade do Presidente do Jri Nacional de Exames. PROCEDIMENTOS A ADOTAR PARA SOLICITAR CONDIES ESPECIAIS NA REALIZAO DAS PROVAS E EXAMES No ensino bsico, o professor titular de turma (1. ciclo) ou o Diretor de turma (2. e 3. ciclos) formaliza ao Diretor uma proposta de aplicao de condies especiais na realizao das provas finais de ciclo e das provas de equivalncia frequncia por cada aluno com necessidades educativas especiais do 4., 6. e 9. ano, para posterior introduo de dados na plataforma online pelo Diretor da escola.

  • O Diretor deve registar na plataforma online: os dados do aluno; a caracterizao das necessidades educativas especiais do aluno; as condies especiais na realizao das provas finais de ciclo e de equivalncia frequncia que efetivamente vai autorizar. O registo de dados relativos a cada aluno implica, obrigatoriamente, que sejam inseridos na plataforma os seguintes documentos digitalizados em pdf: requerimento com o Despacho de Autorizao do Diretor da escola; programa educativo individual; despacho de autorizao de condies especiais concedidas em anos anteriores relativas ao ensino bsico; Ficha B Levantamento das dificuldades especficas do aluno relativamente dislexia para os alunos com dislexia. No ensino secundrio, aps o prazo normal de inscrio na 1. fase para admisso s provas e exames do ensino secundrio, os diretores de turma formalizam ao Diretor da escola uma proposta de aplicao de condies especiais na realizao dos exames finais nacionais e das provas de equivalncia frequncia, por cada aluno, para introduo de dados na plataforma online do JNE. O Diretor da escola deve registar na plataforma online: os dados do aluno; a caracterizao das necessidades educativas especiais; as condies especiais propostas pelo Diretor de turma. Por cada aluno, tm de ser inseridos na plataforma os seguintes documentos digitalizados em pdf: requerimento; boletim de inscrio nos exames; despacho de autorizao do Diretor da escola/Presidente do JNE de condies especiais concedidas em anos anteriores relativas ao ensino bsico ou ao ensino secundrio; programa educativo individual; Ficha B Levantamento das dificuldades especficas do aluno relativamente dislexia para os alunos com dislexia. ENCARREGADO DE EDUCAO A aplicao de qualquer condio especial na realizao de provas e exames s se concretiza aps autorizao expressa do encarregado de educao, o qual deve assinar, obrigatoriamente, os requerimentos impressos pelo Diretor da escola a partir da plataforma online, que discriminam as condies especiais propostas pelo professor titular de turma ou diretor de turma. DOCUMENTAO ORGANIZADA PELO DIRETOR A documentao que, para cada aluno, fundamenta e legitima a aplicao de condies especiais na realizao de provas e exames constituda por: Despacho de Autorizao do Diretor da escola (ensino bsico) ou do Presidente do JNE (ensino secundrio); programa educativo individual do aluno; ata do conselho de docentes ou do conselho de turma do 2. ou do 3. perodo letivo, com a formalizao da proposta das condies especiais na realizao de provas e exames, a autorizar pelo Diretor da escola. MATRICULAS POR DISCIPLINAS Um aluno do ensino bsico se estiver matriculado por disciplinas, ao abrigo do n. 3 do artigo 19. do DecretoLei n. 3/2008, realiza a prova final de ciclo de Portugus e/ou de Matemtica no ano letivo em que frequenta a disciplina. PROVAS FINAIS A NVEL DE ESCOLA OU EXAMES A NVEL DE ESCOLA Em casos excecionais, os alunos dos ensinos bsico e secundrio cegos, com baixa viso, surdos severos ou profundos, com limitaes motoras severas, ou com perturbaes do espetro do autismo, bem como com limitaes do domnio cognitivo podem realizar provas finais a nvel de escola (ensino bsico) ou exames a nvel de escola (ensino secundrio) se necessitarem de alteraes nos instrumentos de avaliao ao nvel da estrutura das provas e na tipologia e formulao dos itens, relativamente prova caracterizada na Informao Prova final ou na Informao Exame final nacional.

  • As provas finais a nvel de escola e os exames a nvel de escola devem respeitar as adequaes no processo de avaliao (artigo 20. do DecretoLei n. 3/2008), constantes do programa educativo individual, tendo como referncia as metas curriculares e os programas das disciplinas, bem como as dificuldades especficas de cada aluno. Para a realizao de provas finais a nvel de escola para os alunos do ensino bsico ou de exames a nvel de escola para os alunos do ensino secundrio tem de ser elaborado a Informao Prova Final a Nvel de Escola ou a Informao Exame a Nvel de Escola, consoante a situao. Estes documentos tm de ser divulgados junto de cada aluno que realiza este tipo de provas ou exames, bem como do respetivo encarregado de educao: - 1. e 2. ciclos at 20 de abril - 3. ciclo e ensino secundrio at 15 de maio. As provas finais e os exames a nvel de escola so elaboradas sob a orientao e responsabilidade do conselho pedaggico, que aprova a sua estrutura, cotaes e respetivos critrios de classificao, de acordo com o programa educativo individual de cada aluno, por proposta do grupo disciplinar ou do departamento curricular. DURAO DAS PROVAS FINAIS E EXAMES A NVEL DE ESCOLA No ensino bsico, as provas finais a nvel de escola de Portugus e de Matemtica tm a durao da correspondente prova final de ciclo, ou seja, 90 minutos. A tolerncia de trinta minutos no se aplica s provas finais a nvel de escola. No entanto, quando absolutamente necessrio, pode ser autorizada pelo Diretor da escola, uma tolerncia para alm dos 90 minutos, na realizao de provas finais a nvel de escola. Esta tolerncia deve ser a adequada s necessidades educativas especiais do aluno. Excecionalmente, nas situaes muito complexas em que a realizao da prova exija da parte do aluno um esforo fsico muito acentuado, atingindo rapidamente o seu limiar de fadiga, a prova final a nvel de escola pode ser fracionada em mais do que um momento, a fim de no prejudicar a sua prestao. No ensino secundrio, a tolerncia de 30 minutos concedida aos exames finais nacionais do ensino secundrio no se aplica aos exames a nvel de escola. No entanto, quando absolutamente necessrio, pode ser autorizada, pelo Presidente do JNE, tolerncia de tempo para alm dos 90, 120 ou 150 minutos na realizao dos exames a nvel de escola. Esta tolerncia deve ser a adequada s necessidades educativas especiais do aluno MODALIDADES DE EXAMES A REALIZAR PELOS ALUNOS DO ENSINO SECUNDRIO Os alunos cegos, com baixa viso, surdos severos ou profundos, com limitaes motoras severas, com necessidades especiais de sade decorrentes de situaes clnicas graves ou com perturbaes do espetro do autismo dos 11. ou 12. anos e abrangidos pelo DecretoLei n. 3/2008, que pretendam apenas a obteno do diploma de concluso do ensino secundrio podem, relativamente ao seu plano de estudos, optar por uma das seguintes hipteses: a) realizar os exames finais nacionais nas disciplinas sujeitas a exame final nacional; b) realizar os exames a nvel de escola s disciplinas sujeitas a exame final nacional. Os referidos alunos que pretendam concluir o ensino secundrio e prosseguir estudos no ensino superior podem, relativamente ao seu plano de estudos, optar por uma das seguintes hipteses: a) realizar os exames finais nacionais nas disciplinas sujeitas a exame final nacional; b) realizar os exames finais nacionais nas disciplinas que queiram eleger como provas de ingresso para candidatura ao ensino superior e exames a nvel de escola nas restantes disciplinas sujeitas a exame final nacional. ALUNOS COM DISLEXIA Para efeitos de no penalizao na classificao das provas finais de ciclo do ensino bsico, dos exames finais nacionais do ensino secundrio e das provas de equivalncia frequncia, pode ser aplicada a Ficha A, emitida pelo JNE, Apoio para classificao de provas de exame

  • nos casos de dislexia, nas provas e exames realizados pelos alunos com dislexia diagnosticada e confirmada no 1. ciclo ou at ao final do 2. ciclo do ensino bsico, desde que: - Os alunos do 4. ou do 6. ano estejam abrangidos por medidas educativas, ao abrigo do DecretoLei n. 3/2008; - Os alunos do 9. ano ou do ensino secundrio estejam abrangidos por medidas educativas ao abrigo do DecretoLei n. 3/2008, designamente, de apoios pedaggicos personalizados e/ou tecnologias de apoio, constantes do programa educativo individual, e que se tenham mantido ao longo do 3. ciclo ou do ensino secundrio, respetivamente. Os alunos com dislexia realizam, obrigatoriamente, as provas finais de ciclo do ensino bsico ou os exames finais nacionais do ensino secundrio, no podendo, em caso algum, realizar provas finais a nvel de escola ou exames a nvel de escola, respetivamente. A um aluno com dislexia se no estiver abrangido pelo DecretoLei n. 3/2008 no pode ser autorizada a aplicao da Ficha A na classificao das provas finais de ciclo, dos exames finais nacionais e das provas de equivalncia frequncia. Aos alunos com dislexia severa dos 4., 6., 9. e secundrio, devidamente diagnosticada, que apresentam progressos muito lentos na aquisio de competncias de leitura e, consequentemente, dificuldades na compreenso e descodificao do significado do que lido, pode ser autorizada a leitura orientada dos enunciados das provas finais de ciclo por um dos professores vigilantes. Nesta situao, realizao a prova ou exame em sala parte. Aos alunos com dislexia tambm pode ser autorizada a condio especial: utilizao de computador para responder s questes das provas e exames, embora seja bloqueado o dicionrio do processador de texto e vedado o acesso internet, desde que esta tecnologia de apoio tenha sido usada ao longo da escolaridade do aluno, bem como na avaliao sumativa interna. TOLERNCIA DE TEMPO PARA ALM DO TEMPO REGULAMENTAR Na maioria das situaes, a tolerncia no deve ultrapassar os 30 minutos j concedidos a todas as provas finais de ciclo e a todos os exames finais nacionais de mbito nacional. No entanto, esta depende da funcionalidade de cada aluno e, principalmente, da tolerncia concedida nas provas de avaliao sumativa interna, durante o seu percurso escolar. A tolerncia para alm do tempo regulamentar de cada prova final a nvel de escola, exame a nvel de escola ou prova de equivalncia frequncia, a tolerncia tem de ser autorizada na sua totalidade