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DOCUMENTO NORTEADOR COMPROMISSO DAS UNIDADES

BÁSICAS DE SAÚDE COM A POPULAÇÃO

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE

COORDENAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA E PSF

PREFEITO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

JOSÉ SERRA

SECRETÁRIO MUNICIPAL DA SAÚDE

CLÁUDIO LIUZ LOTTENBERG

COORDENADORA DA ATENÇÃO BÁSICA E PSF

MARIA DA GLORIA ZENHA WIELICZKA

GRUPO DE TRABALHO

ANDREA W. BONAMIGO - COORD. REG. NORTE FRANCISCO SOARES NETTO - A.C.SANTA

CATARINA GRACIA B. OLIVEIRA - COORD. BUTANTÃ

KATIA M. DE A. CORREIA - AT. BÁSICA E PSF

LENI A. GOMES UCHÔA - COORD. REG. LESTE

LUIZ GRECO - UNISA

MARIA ANGÉLICA CREVELIM - AT. BÁSICA E PSF NAIRA R. REIS FAZENDA - AT. BÁSICA E

PSF

RAMIRO A. DE AZEVEDO - UNIFESP

REGINA T. CAPELARI - COORD. REG. SUDESTE

SÔNIA M. A. FIGUEIRA - COORD. REG. SUL

SUELI D. R. RODELLO - UBS JARDIM SOUZA

VILMA R. VENANCIO - C. S. STA. MARCELINA

COLABORADORES

DANIELLA GARCIA GOMEZ NAVARRO MARIA CAROLINA FERREIRA MAGANINI MARIA DA CANDELÁRIA SOARES MARIA INÊS TADONI PATRÍCIA APARECIDA L. L. R. COSTA PATRÍCIA LUNA

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COMPROMISSO DAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE COM A POPULAÇÃO

Índice

Apresentação 07 1. Introdução 09 2. Atenção Básica 10 3. A Missão da Unidade Básica de Saúde 11 4. O processo de trabalho nas Unidades Básicas de Saúde 11 5. Organização do Serviço 12 5.1 Atividades Administrativas 12 5.1.1.Identificação das Unidades Básicas de Saúde(UBS) 12 5.1.2.Funcionamento da Unidade Básica de Saúde 12 5.1.3. Painel de Informação 13 5.1.4. Recepção 13 Responsabilidades 14 5.1.5 Identificação/Cadastro 15 5.1.6. Prontuário/Arquivo 15 Prontuários 15 Arquivo 16 5.1.7. Cadastro de famílias 17 5.1.8. Sistema de Informação 17 5.2. Atividades Assistenciais 18 5.2.1. Acolhimento 18 Fluxo para organização do Acolhimento 19 5.2.2. Consultas 19 5.2.2.1. Agendamento 20 Consulta médica 20 Consulta de enfermagem 21 Consulta odontológica 21 Outras categorias profissionais 23 5.2.2.2. Procedimentos médicos e de enfermagem 23 Vacinação 23 Inalação 23 Medicação 23 Curativos 23 Teste imunológico de gravidez 24 Coleta de Papanicolaou 24 Coleta de material para análises clínicas 24 Teste do pezinho (Erros inatos do metabolismo) 24 Verificação de pressão arterial 24 Verificação de Temperatura 24 Sutura 24 Lavagem de ouvidos 24 Dispensação de Medicamentos 25 Visita Domiciliar 25 5.2.3. Ações Coletivas 26 5.2.4. Ações Intersetoriais/Parcerias/Rede de Apoio 26 5.2.5. Encaminhamentos e Referências 26 5.2.6. Trabalho em equipe 26 6. Participação Social 27 6.1. Conselho Gestor 27 6.2. Registro/Caixa de Sugestões 27 7. Gerência da Unidade 27 8. Patrimônio 29 9. Almoxarifado 29 Glossário 31 Bibliografia 32 Anexos 33

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APRESENTAÇÃO

A Secretaria Municipal de Saúde tem a missão de ofertar um serviço de saúde de qualidade

e que atenda às necessidades da população, numa metrópole com 10,5 milhões de

habitantes. A rede básica instalada constitui 392 Unidades Básicas de Saúde (UBS), as quais

atuam na modalidade UBS "tradicional" e UBS com a estratégia Saúde da Família; o desafio

consiste em buscar garantir os valores da universalidade de acesso, da equidade no

atendimento, da atenção integrada e da qualidade do serviço. Neste sentido a Secretaria

Municipal de Saúde apresenta este documento para instrumentalizar e apontar um eixo

orientador para o trabalho das Unidades de Saúde. O Documento Norteador "Compromisso

das Unidades Básicas de Saúde", visa subsidiar o gerente e os profissionais da Unidade de

Saúde bem como a população, com ferramentas que possam potencializar o trabalho

desenvolvido e os seus resultados, estabelecendo diretrizes para a organização do serviço

nas atividades administrativas e assistenciais.

Maria da Gloria Zenha Wieliczka Coordenação da Atenção Básica e PSF

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l – INTRODUÇÃO

A organização e o desenvolvimento da Atenção Básica é uma tarefa compartilhada entre a

Secretaria Municipal de Saúde, as Coordenadorias Regionais, as supervisões de área,

gerentes de unidades, profissionais de saúde, instituições parceiras e com a participação da

população. A ação conjunta de todos estes atores deverá resultar no acesso da população a

serviços de saúde eficientes e de boa qualidade.

O Processo de Trabalho nas Unidades de Saúde deve estar pautado nas necessidades em

saúde da população.O trabalho em saúde não se realiza sobre coisas ou objetos, ao

contrário, se dá sobre pessoas, com base numa intersecção partilhada entre o usuário e o

profissional, no qual o primeiro é parte desse processo.

Para a construção de um novo modelo de assistência à saúde, centrado no usuário inserido

no contexto familiar e social, é fundamental repensar o processo de trabalho, que tem como

finalidade a qualidade da atenção à saúde, na perspectiva de promover o empoderamento

tanto do usuário como da equipe de saúde.Esse processo está orientado pelo principio da

integralidade e requer como ferramentas a interdisciplinaridade, a intersetorialidade, a

humanização dos serviços e a criação de vínculos do usuário/comunidade/equipe de saúde.

O processo de trabalho precisa ser estruturado no trabalho em equipe, a qual deve

estabelecer um projeto comum em que o trabalho especializado de cada profissional se

complemente e possam construir uma ação de interação entre os trabalhadores e usuários.

Nesse sentido, o gerente da Unidade de Saúde é o profissional essencial para o

desenvolvimento do processo de trabalho. Sabe-se que a gerência em saúde é uma

atividade-meio, cujas ações fundamentais são a articulação e integração. Ao mesmo tempo

em que este profissional desencadeia a reorganização do processo de trabalho, transforma

a realidade local mediante atuação nas necessidades de saúde da população e a partir da

organização do serviço.

O resultado das ações e serviço será monitorado permanentemente por meio de indicadores

oficiais, próprios, além do grau de satisfação da população e dos trabalhadores.

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2. ATENÇÃO BÁSICA

Segundo documento elaborado pela Comissão de Avaliação da Atenção Básica - Ministério

da Saúde - 2003 a "Atenção Básica é um conjunto de ações de saúde que englobam a

promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. É desenvolvida por meio do

exercício de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas sobre a forma do

trabalho em equipe e dirigidas a populações de território* (território-processo) bem

delimitado, pelos quais assume responsabilidade. Utiliza tecnologias de elevada

complexidade e baixa densidade que devem resolver os problemas de saúde das

populações, de maior freqüência e relevância". As tecnologias empregadas na Atenção

Básica são de menor densidade e maior complexidade, porque se utilizam, por um lado, de

recursos de baixo custo, no que se refere a equipamentos diagnósticos e terapêuticos, e,

por outro lado, incorporam instrumentos tecnológicos advindos das ciências sociais

(antropologia, sociologia e história) e humanas (economia, geografia etc) na compreensão

do processo saúde-doença e na intervenção coletiva e individual. (MENDES, E.V.1996).

A Atenção Básica é o contato preferencial dos usuários com o sistema de saúde e orienta-se

pelos princípios do SUS da universalidade, acessibilidade (ao sistema), integralidade,

eqüidade e da continuidade da atenção à saúde, responsabilização, humanização, vínculo,

equidade e participação social.

No município de São Paulo as Unidades Básicas de Saúde (UBS) deverão estar organizadas

tomando por base o seu território e as necessidades em saúde da população. Assim sendo,

o território deverá ser bem definido possibilitando ao munícipe ter uma referência de serviço

de saúde; o trabalho deverá ser desenvolvido prioritariamente, por meio do enfoque

familiar.

Nas UBS com o Programa Saúde da Família (PSF) implantado, o território de cada equipe

mínima de saúde da família, deverá contemplar em média 800 domicílios*residenciais

construídos, que abriguem aproximadamente 800 famílias num total de 3000 a 3500

pessoas. Propõe-se que cada Unidade Básica de Saúde da Família a ser implantada ou

readequada, tenha no mínimo 04 equipes de saúde da família (ESF) e no máximo 07 ESF.

Para as outras UBS o território abrangerá aproximadamente 20.000 habitantes para uma

Tabela de Lotação de Pessoal*(TLP) mínima, considerando a realidade local (estrutura física,

acesso, etc).

* As palavras com asterisco(*) usadas no texto são explicadas no Glossário para facilitar a compreensão das idéias expostas no documento

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3. A MISSÃO DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

A partir do conceito de Atenção Básica pode-se considerar que a missão da Unidade Básica

de Saúde (UBS), independentemente da estratégia de sua organização, é fomentar e

desenvolver ações e serviços no sentido de intervir no processo de saúde-doença da

população, ampliando a participação e o controle social com vistas à Vigilância à Saúde na

defesa da qualidade de vida.

4. O PROCESSO DE TRABALHO NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE

Considerando que o processo de trabalho na Atenção básica está pautado, entre outros,

pelos princípios da integralidade e eqüidade, as ações (consultas, visitas domiciliares e/ou

grupos de orientação à comunidade), conforme a estratégia adotada pelas Unidades Básicas

de Saúde, componentes da Atenção Básica, deverão estar:

Centradas na Vigilância à Saúde, influenciando nos diferentes momentos do processo

saúde doença buscando a promoção da saúde, a prevenção das enfermidades e acidentes e

a atenção curativa e reabilitadora com a finalidade de adequar o atendimento às

necessidades de saúde da população adstrita;

Integradas com os outros níveis de atenção do sistema de saúde para assegurar a

continuidade e qualidade da atenção prestada à população;

Articuladas com os demais setores da sociedade.

Em função do papel fundamental da organização do sistema de saúde por meio da Atenção

Básica, o conhecimento do território e da sua população é responsabilidade dos agentes do

processo de trabalho e que constituem uma equipe de saúde, cujas competências são:

Conhecer a realidade da população que reside na área de abrangência da UBS ou da equipe de saúde da família, no que se refere aos aspectos socioeconômicos, culturais, demográficos e epidemiológicos, identificando os problemas de saúde mais comuns e os riscos de exposição;

Elaborar plano de saúde local baseado no diagnóstico de saúde da população, programar atividades e reestruturar o processo de trabalho com a participação da comunidade;

Executar ações de vigilância em saúde, atuando no controle de doenças como tuberculose, hanseníase, doenças sexualmente transmissíveis e AIDS, outras doenças infectocontagiosas em geral, doenças crônicas não transmissíveis, relacionadas com o trabalho e o meio ambiente;

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Prestar assistência integral buscando resolver a maior parte dos problemas de saúde detectados na população, respondendo de forma contínua e racionalizada à demanda;

Organizar os serviços e desenvolver as ações com ênfase na promoção da saúde e no núcleo familiar, valorizando o vínculo com o usuário;

Desenvolver processos educativos com a população através de grupos comunitários enfocando aspectos da melhoria de saúde e qualidade de vida;

Promover ações intersetoriais e com organizações comunitárias formais e informais para atuarem conjuntamente na solução de problemas de saúde.

Esse conhecimento orientado pelas necessidades de saúde da população resultará na

organização do serviço da Unidade, o planejamento das ações e a identificação dos

potenciais aliados ao esforço da Unidade em manter e recuperar a saúde das pessoas.

5. ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO

5.1. ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS

5.1.1 - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS)

• Toda a UBS deve ter placa de identificação visível e conforme padrão da Secretaria

Municipal da Saúde

• Os setores internos da UBS devem apresentar identificação de acordo com sua atividade

(sala de vacinas, consultório, etc).

• Os setores ou serviços internos das UBS devem vir identificados pelo nome completo

seguido da sigla que o representa, p.e., Unidade de Referência à Saúde do Idoso (URSI) ou

Supervisão de Vigilância em Saúde (SUVIS).

5.1.2-FUNCIONAMENTO DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

• A UBS deve iniciar suas atividades às 7 horas.

• Garantir atendimento ininterrupto, de todas as atividades (consultas médicas e de

enfermagem, vacinação, entre outros) durante um período mínimo de 10 horas/diárias,

inclusive durante o horário de almoço, reuniões gerais e treinamento dos profissionais, com

revezamento dos trabalhadores das diferentes categorias.

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• Qualquer medida ou intercorrência que comprometa o funcionamento da UBS ou o

atendimento aos usuários deve, obrigatoriamente, ser discutida com a Coordenadoria

Regional de Saúde e, caso necessário com o Conselho Gestor.

• As iniciativas locais que visem aumentar o acesso da população aos serviços em dias e

horários fora do expediente da unidade também precisam ser discutidos com a

Coordenadoria Regional da Saúde e com o Conselho Gestor.

5.1.3 - PAINEL DE INFORMAÇÃO

A UBS deve disponibilizar, em local visível e de fácil acesso, um painel de informações

contendo:

• Horário de atendimento da unidade de saúde;

• Mapa da área de abrangência e relação de ruas;

• Relação nominal de profissionais e respectivos setores e horários de trabalho;

• Relação de serviços oferecidos, com especificação dos dias e horários (coleta de exames

laboratoriais, grupos, etc), além daqueles que funcionam em período integral (vacinas,

coleta de papanicolaou, etc);

• Data/horário/local de atividades coletivas e reuniões com a comunidade;

• Relação dos representantes da população e funcionários do Conselho Gestor, com data,

horário e local das reuniões;

• Onde houver Programa Saúde de Família (PSF) ou Programa de Agente Comunitário de

Saúde (PACS), a UBS deve manter o mapa da área de abrangência e relação de ruas de

cada equipe, identificando nominalmente os profissionais de referência;

• Dados de produção: placar de informações de saúde.

5.1.4 - RECEPÇÃO/ADMINISTRATIVO

Os usuários dos serviços de saúde apenas serão dispensados após receber orientação

adequada a sua solicitação, com informações e encaminhamentos corretos.

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O atendimento na recepção deve ser pautado:

• Acolher o usuário respeitando seus direitos è necessidades;

• Garantir agilidade no atendimento e eficácia nas ações;

• Manter os arquivos atualizados e organizados.

• O agendamento das ações (consultas, exames, etc) será feito na recepção, onde serão

mantidas as agendas de todos os profissionais (médicos, enfermeiros, dentistas e outros).

• Responsabilidades:

• Efetuar a matricula do usuário pertencente a área de abrangência da UBS;

• Agendar a consulta e ou atendimento dos usuários que

necessitam do serviço, conforme planejamento da unidade;

• Orientar e encaminhar para o setor onde será realizado a

consulta, atendimento ou procedimento conforme a agenda e/ou

necessidade apresentada;

• Digitar o cadastro inicial das famílias e suas atualizações;

• Digitar mapas de produção/estatística mensal;

• Digitar documentos gerais da Unidade;

• Orientações gerais quanto o funcionamento dos serviços;

• Encaminhar os usuários para outros serviços;

• Registrar os encaminhamentos;

• Agendar consultas para especialistas;

• Controlar, carimbar e distribuir impressos;

• Organizar malotes;

• Conferir livro de ponto e encaminhar as freqüências;

• Requisitar material de escritório/impressos;

• Ler e divulgar o Diário Oficial do Município de São Paulo.

• Levantar e arquivar prontuários, exames, etc.

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Page 11: Documentonorteador (4)

5.1.5- IDENTIFICAÇÃO /CADASTRO

Somente devem ser matriculados ou cadastrados os usuários pertencentes à área de

abrangência* da Unidade. No caso do atendimento do usuário da área de influência deverá

ser aberta uma ficha de atendimento, com dados de identificação completos para posterior

verificação e encaminhamento para a unidade de referência do mesmo.

O cadastro dos usuários nas Unidades deve conter nome e endereço completo (sem

abreviaturas), ponto de referência, telefone residencial, comercial ou de contato.

Tipos de cadastro:

• Individual: realizado pela recepção nas Unidades Básicas de Saúde;

• Familiar: realizado no domicílio pelo Agente Comunitário de Saúde (ACS) do PSF ou PACS.

O cadastro familiar será realizado tão logo uma família se instale na área de abrangência.

Os familiares com necessidade de atendimento nas UBS, provenientes de outros municípios

ou estados e hospedados em domicílios da área de abrangência, serão cadastrados

enquanto durar o tratamento, sendo descadastrados quando retornarem aos seus

municípios de origem.

5.1.6- PRONTUÁRIO/ARQUIVO Prontuários

As informações contidas nos prontuários pertencem ao usuário ou o responsável legal

respeitando os preceitos éticos, e ficam sob a guarda das UBS não podendo ser retirados

sem autorização expressa.

• Ao abrir prontuários novos, todos os dados serão devidamente preenchidos para todos os

usuários seguidos nas UBS, residentes na área de abrangência ou influência*.

• Os usuários cadastrados e acompanhados pelas equipes de Saúde da Família PACS devem

ter o prontuário familiar e os usuários que são acompanhados pelos profissionais das

demais Unidades Básicas de Saúde podem ter o prontuário individual ou familiar.

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• As consultas de todos os profissionais da UBS devem ser registradas com letra legível, e

seguindo a normatização estabelecida pelos respectivos Conselhos Regionais.

• Todos os atendimentos e procedimentos (prescrições, solicitações e resultados de exames,

curativos, visitas domiciliares) realizados devem ser devidamente registrados em prontuário

ou anexados ao mesmo quando as anotações forem feitas em outros impressos, devendo

igualmente ser datados, assinados, carimbados com a especificação do n° do Conselho de

Classe.

• Manter nos prontuários de todas as Unidades de Saúde, as fichas de evolução clínica, SIS

pré-natal, HIPERDIA e, as fichas A, B, o relatório de visita do ACS e ficha de evolução clínica

nos prontuários familiares das famílias cadastradas no PSF ou PACS.

• A transferência de prontuários entre as UBS dentro ou fora do município será realizada via

carga interna da SMS ou pelo correio.

A UBS tem como responsabilidade a guarda e a disponibilidade de todos os prontuários e as

fichas de atendimento, por um período de 20 anos (Resolução-CFM 1.639/2002), a contar a

partir da data do último registro de atendimento do paciente, e após este período o serviço

deverá se organizar para garantir a integralidade do mesmo.

Arquivo

O arquivo dos prontuários deve estar centralizado na recepção ou próximo da mesma.

Arquivamento dos prontuários:

Familiar: deve ser feito pelo número de micro-área e por família

Individual: deve ser feito sequencialmente pelo número de matrícula de cada usuário

- Ficha de atendimento do usuário eventual: o arquivo deve ser feito em ordem

alfabética, por nome de usuário e organizado anualmente (janeiro a Dezembro).

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Page 13: Documentonorteador (4)

5.1.7 - CADASTRO DE FAMÍLIAS

• Recomenda-se que cada equipe de saúde da família assista aproximadamente 800

famílias contemplando de 3000 a 3500 pessoas.

• Cada ACS deverá cobrir uma área com limite máximo de 200 famílias, respeitando a

recomendação inicial da realidade geográfica, econômico e sócio -política da área,

considerando a densidade populacional e a facilidade de acesso à Unidade Básica de Saúde.

• Os cadastros das famílias e respectivas numerações do domicílio devem ser realizados

sequencialmente, iniciando pelo primeiro domicílio de cada micro área.

• Recomenda-se que as unidades de saúde com PSF efetuem uma avaliação trimestral do

território, para possível readequação.

5.1.8 - SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Instrumento de gerência, avaliação e planejamento das ações de saúde, utilizado por toda

equipe de saúde.

São de responsabilidade do gerente das Unidades Básicas de Saúde:

• Manter o CNES atualizado;

• Encaminhar as alterações conforme instruções, fluxos e prazos descritos no anexo;

• Encaminhar para a Coordenadoria as transferências dos Sistemas (SIA, SIAB, HIPERDIA,

SISPRENATAL), assim que encerrado o mês de competência, a qual que disponibilizará os

bancos de dados e/ou relatórios para as Instituições Parceiras;

• Monitorar a produção e orientar o planejamento da UBS através dos relatórios; do SIAB,

no caso das com estratégia PSF e PACS, estimulando a participação dos profissionais.

• No caso das UBS sem estratégia PSF, deve-se monitorar a produção apresentada no SIA

através do TABNET disponibilizado no portal da Prefeitura no site www.prefeitura.sp.gov.br,

Governo, Secretaria de Saúde , TABNET, Produção Ambulatorial SIA , ou através do uso do

programa TABWIN , solicitando apoio da Coordenadoria sempre que necessário.

• Disponibilizar relatório de acompanhamento à equipe da UBS.

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5.2. ATIVIDADES ASSISTENCIAIS

De acordo com a estratégia adotada pela UBS, as ações desenvolvidas são:

1- Consultas 2- Visitas Domiciliares 3- Grupos Educativos 4- Procedimentos

Para tanto, poderão ser utilizados mecanismos, como o Acolhimento, que visando interferir

nos diferentes momentos do processo saúde-doença, orientam a demanda e organizam o

serviço, possibilitando o acesso e o atendimento adequado e com qualidade à população

assistida.

5.2.1 –ACOLHIMENTO

Acolher é receber bem, ouvir a demanda, buscar formas de compreendê-la e solidarizar-se

com ela. Desenvolver maneiras adequadas de receber os distintos modos como a população

busca ajuda nos serviços de saúde, respeitando o momento existencial de cada um.

(Campos, 2003).

O acolhimento na saúde é a construção de uma nova postura dos profissionais e do serviço,

que visa à ampliação do acesso com abordagem de risco e vulnerabilidade, como

responsabilidade social, a construção de novos valores de solidariedade, compromisso e

construção da cidadania. Objetivos:

Humanizar o atendimento Organização do serviço Otimização do atendimento Maior resolutividade Estabelecer fluxo de atendimento para a demanda espontânea Menor desgaste da equipe e união dos profissionais num objetivo comum Intensificar o trabalho em equipe Aumentar a satisfação da comunidade Compromisso com a construção de cidadania e autonomia da comunidade Fornecer elementos para o diagnóstico local

A prática de "Acolher" consiste em uma escuta qualificada que todos os funcionários das UBS devam realizar ouvindo as necessidades que levaram o usuário ao serviço, orientando ou encaminhando de acordo com a sua competência profissional.

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5.2.2- CONSULTAS

A consulta do paciente deve ocorrer conforme programação do serviço (pré-natal,

tuberculose, hipertensão, puericultura, entre outros), considerando os protocolos existentes,

ou por demanda espontânea;

Todos os procedimentos como peso, altura, pressão arterial e outros deverão ser

realizados durante a consulta do profissional, assim sendo estão abolidos os

procedimentos de pré e pós-consultas nas UBS;

Para registrar as consultas médicas e de enfermagem utilizar as fichas específicas de

atendimento à criança, ficha clínica de pré - natal e ficha ginecológica, as quais devem fazer

parte do prontuário do usuário, assim como a ficha de evolução clínica para atendimento

aos adultos e idosos;

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Page 16: Documentonorteador (4)

O cartão da criança será preenchido em todas as consultas;

O Pré-natal e puerpério devem ser anotados em Cartão da Gestante, inclusive os

resultados dos exames e as intercorrências;

Registrar no prontuário a história, exame físico, hipótese diagnóstica e proposta

terapêutica, conforme normatização do Conselho Regional de cada categoria profissional;

Datar, carimbar e assinar.

AGENDAMENTO

CONSULTA MÉDICA

Em relação ao agendamento, a Unidade deve se organizar para garantir o atendimento de

consultas agendadas e da demanda espontânea, desde que cumpra a produtividade mínima

de 16 consultas por período (04 horas).

Assim sendo, para a melhor qualidade do atendimento recomenda-se:

1) Agendar 03 consultas por hora e reservar 01 vaga para demanda espontânea,

totalizando 04 consultas por hora, escalonado hora a hora. As vagas dos faltosos deverão

ser preenchidas pela demanda espontânea.

• No caso do PSF recomenda-se que 25 horas (62,5%) de sua agenda semanal sejam

destinadas para consultas, totalizando no mínimo 400 consultas/mês, conforme agenda em

anexo.

• Os casos emergenciais devem ter os atendimentos garantidos, independentemente do

número de consultas agendadas e realizados no período ou mesmo que ultrapassem o

número mínimo de consultas atendidas.

• A execução do planejamento do agendamento de consultas dependerá da estratégia de

atendimento adotada pela UBS. O intervalo entre a procura do agenciamento da consulta

inicial programada e a execução da mesma, não deve exceder 01 mês.

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Page 17: Documentonorteador (4)

• Os retornos agendados deverão ser a critério dos profissionais e das equipes, respeitando

os protocolos preconizados para cada prioridade. Raciocínio semelhante deverá ser levado

em conta para as patologias que necessitem de seguimento.

• Com exceção dos pediatras, clínicos, ginecologistas e médicos de medicina de família e

comunidade, as demais especialidades das UBS devem atender 03 consultas por hora.

CONSULTA DE ENFERMAGEM

• Para os enfermeiros do PSF orienta-se o atendimento de 03 consultas por hora, sendo 02

consultas agendadas e 01 eventual, num total de 16 horas semanais de consulta, conforme

agenda em anexo.

• Às enfermeiras das UBS, recomenda-se reservar no mínimo 10 horas por semana para

agendamento de pré-natal, puericultura, hipertensão, diabetes, tuberculose e ou

hanseníase, segundo protocolos estabelecidos, tomando em consideração os dados

epidemiológicos da área de abrangência.

CONSULTA ODONTOLÓGICA

• Deve ser garantido o atendimento universal, com consultas programáticas e ou urgências

a todas as faixas etárias.

• UBS com uma cadeira odontológica:

- Assegurar proporções para agendamento por ciclo de vida, mantendo-se o atendimento de

40% de menores de 15 anos de idade e 60% acima de 15 anos de idade, permitindo a

adoção dos parâmetros de consultas e procedimentos abaixo, observando-se os critérios de

risco para as doenças bucais.

• UBS com mais de um equipamento odontológico:

Organizar a demanda baseando-se tanto em critérios de risco às doenças bucais quanto em

relação aos agravos sistêmicos.

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• A urgência odontológica deve ser avaliada pelo cirurgião-dentista e encaminhada de

acordo com o grau de resolutividade da UBS.

• O agendamento para os cirurgiões dentistas (CD) dependerá do número de auxiliares de

consultório dentário (ACD) e técnicos de higiene dental (THD) existentes:

1 CD (20 horas semanais) deve atender a 5 agendamentos por dia, com uma média

de 12,5 procedimentos por período.

1 CD (20 horas semanais) + 1 ACD devem atender a 6 agendamentos por dia, com

uma média de 18 procedimentos por período.

1 CD (20 horas semanais) + 1 THD + 1 ACD devem atender a 6 agendamentos por

dia, com uma média de 24 procedimentos por período.

1 CD (20 horas semanais) + 1 THD + 2 ACD devem atender a 6 agendamentos por

dia, com uma média de 27 procedimentos por período.

Obs: Esse número de atendimentos e a média de procedimentos levam em conta

os seguintes critérios: respeito aos princípios de biossegurança, execução de

procedimentos por quadrantes e conclusão de tratamentos em um menor número

de consultas.

• Na saúde bucal, as ações intersetoriais a serem desenvolvidas são os Procedimentos

Coletivos, realizados em pré-escolas, escolas de ensino fundamental e outros espaços

sociais.

Devem ser adotados os seguintes parâmetros para uma equipe de saúde bucal (1 CD + 1

ACD) que atua semanalmente: 600 participantes/mês para as ações educativas, 480

participantes/mês para escovação supervisionada, 360 participantes/mês para fluorterapia

em pacientes de risco e 540 participantes/mês no caso de aplicação de bochechos

fluoretados.

Parâmetros para outras composições das equipes de saúde bucal serão detalhados em

documento específico.

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Page 19: Documentonorteador (4)

OUTRAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS

Os profissionais como psicólogos, fonoaudiólogos, físioterapeutas, entre outros, deve basear os atendimentos na normatização de sua especialidade no âmbito da atenção básica e contemplando as necessidades locais de saúde.

PROCEDIMENTOS MÉDICOS E DE ENFERMAGEM

Os documentos abaixo relacionados norteiam os procedimentos médicos e de enfermagem:

Manuais de Vigilância Epidemiológica (notificação, investigação, ações de bloqueio)

Manual de Imunização do Centro de Vigilância Epidemiológico-CVE (calendário de vacinas, controle de temperatura da câmara de conservação de imunobiológicos, comunicação de eventos adversos)

Manual de desinfecção e esterilização da Secretaria Municipal de Saúde (máscaras de inalação, material de curativo, espéculos, entre outros)

Protocolo de Feridas da Secretaria Municipal de Saúde (produtos e condutas padronizados para curativos)

Protocolo de Enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) na Atenção aos diferentes Ciclos de Vida

Manual para Profissionais de Saúde "O Climatério em Suas Mãos" - SMS

Caderno Temático da Criança - SMS

Consenso de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia (Hipertensão)

Manual sobre Hipertensão e Diabetes do Ministério da Saúde (Hiperdia)

Manual sobre dispensação de medicamentos (REMUME e GSS)

Manual da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais)

• Vacinação

A sala de vacina deve ser mantida em funcionamento durante todo o expediente,

aproveitando todas as oportunidades para o incentivo e atualização vacinal.

O arquivamento das fichas de registro de vacinas em UBS com PSF deve ser realizado por

micro-área, sempre que possível, facilitando o controle, segundo o CVE.

• Inalação, Medicação e Curativo

Os setores devem funcionar de acordo com as normas e rotinas institucionais

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• Teste Imunológico de Gravidez

Garantir o acesso universal ao teste, durante todo horário de funcionamento da Unidade.

• Coleta de Papanicolaou

Garantir o acesso universal com aproveitamento de todas as oportunidades de realizar o

exame.

• Coleta de material para análises clínicas

Realizar procedimentos segundo normas estabelecidas (dias e horários de coleta, preparo

físico do paciente, condições de armazenamento e transporte do material).

• Coleta de material para detecção dos erros inatos do metabolismo (Teste do

pezinho)

Realizar procedimentos segundo normas estabelecidas(dias e horários de coleta, preparo

físico do paciente , condições de armazenamento e transporte do material).

• Verificação da Pressão Arterial

Deve ser realizada, preferencialmente, seguindo indicação dos profissionais técnicos e estar

disponível durante o horário de funcionamento da Unidade.

• Verificação de Temperatura

Deve ser realizada seguindo indicação dos profissionais técnicos e estar disponível durante o

horário de funcionamento da Unidade

• Suturas (procedimento médico)

As suturas simples, sem acometimento de planos profundos, devem ser realizadas na

própria Unidade.

• Lavagem de ouvido (procedimento médico)

As lavagens de ouvido serão realizadas conforme avaliação médica.

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DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Dispensar medicamentos para os usuários, segundo a Relação Municipal de

Medicamentos - REMUME, mediante a apresentação da receita e s conforme a norma de

dispensação (Portaria nº 2.693-SMS.G - 12/12/03).

Garantir prioritariamente a medicação dos pacientes seguidos na UBS (Hipertensão

Arterial, Diabetes, Asma, etc).

A farmácia deve ser mantida aberta durante todo horário de funcionamento da

Unidade.

VISITA DOMICILIAR

As visitas domiciliares na UBS devem ser sistematizadas e regulares para os usuários

que dela necessitem. Recomenda-se que as visitas domiciliares estejam previstas nas ações

programáticas da UBS;

Nas UBS com PSF e PACS, agendar as visitas conforme a programação semanal,

priorizando as situações de risco e outras demandas da equipe;

Recomenda-se que sejam agendadas para o médico e o enfermeiro 8 a 16 visitas por

semana, e para os auxiliares de enfermagem 18 a 24 visitas por semana, conforme agenda

em anexo;

Os ACS devem visitar 100% de suas famílias cadastradas no mês, estabelecendo uma

meta diária de acordo com os períodos disponíveis, variando de 10 a 15 VD/dia, conforme

agenda em anexo;

O ACS deve realizar diariamente a visita domiciliar garantindo o vinculo e o acesso ao

contexto familiar e social. O resultado de cada visita deve ser repassado à equipe para o

conhecimento e encaminhamento de cada caso conforme a sua realidade.

Na saúde bucal, as visitas domiciliares serão agendadas a partir da identificação da

necessidade pelo ACS e/ou demais membros da equipe da UBS.

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Page 22: Documentonorteador (4)

5.2.3 - AÇÕES COLETIVAS

Devem ser realizadas ações coletivas como grupos educativos, oficinas, vídeos,

literatura de cordel, feiras e outros que são fundamentais para abordagem das questões de

saúde coletiva, a fim de promover saúde ou de reduzir riscos à saúde.

Recomenda-se que os grupos educativos sejam realizados conforme a proposta de

agenda em anexo podendo contar com a participação de outros profissionais (assistentes

sociais, psicólogos, educadores, cirurgiões-dentistas e equipe de saúde bucal etc).

O médico e o auxiliar de enfermagem das equipes do PSF devem realizar 1 grupo

semanal, o enfermeiro 2 grupos semanais e o ACS deve participar dos grupos conforme o

planejamento da equipe.

5.2.4 - AÇÕES INTERSETORIAIS/PARCERIAS/REDE DE APOIO

O gerente e os profissionais das Unidades Básicas de Saúde devem estimular as parcerias

com instituições, estabelecimentos ou pessoas com o objetivo de ampliar as ações de

prevenção, promoção e recuperação à Saúde, participando de redes de apoio e mobilizando

a comunidade no resgate da cidadania.

5.2.5 - ENCAMINHAMENTOS E REFERENCIAS

As profissionais da UBS devem conhecer suas referências dentro do Sistema da

Regulação para priorizar os encaminhamentos frente às necessidades.

A UBS deve garantir o encaminhamento e/ou agendamento das solicitações.

Registrar todos os encaminhamentos conforme instrumento do sistema de regulação,

para análise e avaliação mensal.

5.2.6 - TRABALHO EM EQUIPE

Reunião geral da Unidade: deve ser realizada para planejamento, monitoramento e

avaliação das ações, com enfoque principal na organização do serviço e processo de

trabalho.

As reuniões devem ocorrer pelo menos uma vez por mês com pauta pré-estabelecida e

aberta, com possibilidade de discussões de proposta de trabalho; devendo durante as

reuniões ser garantido o atendimento da população.

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Todos os profissionais de saúde devem ter garantida a sua participação nessas reuniões.

Reunião diária de equipe: é um espaço físico e temporal, tacitamente aceito e respeitado

por todos, profissionais e usuários, onde são avaliadas e planejadas ações decorrentes das

atividades cotidianas dos membros das equipes de saúde da família, com tomadas de

decisões em tempo real, e a subsequente análise dos resultados obtidos.

As reuniões devem ser realizadas com a participação de todos os integrantes da equipe e

recomenda-se que ocorra no inicio ou término do dia e com horários diferentes e pré-

estabelecidos para cada equipe.

6. PARTICIPAÇÃO POPULAR

6.1 CONSELHO GESTOR

Conselho Gestor de Unidade é o espaço privilegiado para o exercício do controle social. Com

formação tripartite (governo, trabalhadores/prestadores e usuários) tem o papel de

formular, acompanhar, avaliar a política de saúde.De acordo com legislação federal (Lei

8.142/90) e municipal (Lei 13.325 de 08/02/2002 e Decreto 42.005 de 17/05/2002), todos

os equipamentos de saúde devem constituir o Conselho Gestor a partir da mobilização da

comunidade, do gerente e profissionais de saúde. O processo de eleição, composição do

conselho, divulgação dos resultados, organização, frequência e registro das reuniões estão

definidos nas leis acima citadas e nos regimentos e estatutos dos Conselhos Gestores.

6.2 REGISTRO/CAIXA DE SUGESTÕES

Todas as UBS devem possibilitar ao usuário o registro de suas sugestões, reclamações ou

solicitações, disponibilizando livro ou caixa de sugestões que serão analisadas durante as

reuniões do Conselho Gestor e indicar profissional para atuar na ouvidoria local.

7. GERÊNCIA DE UNIDADE

• Responsabilidade pelo território

O gerente deve:

Realizar o diagnóstico epidemiológico e social do território com os profissionais de saúde

e a comunidade;

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Levantar os equipamentos sociais existentes no território, bem como ONG's, empresas e outros serviços, potenciais parceiros da Unidade de Saúde.

• Planejamento

Elaborar o planejamento local a partir do diagnóstico epidemiológico, com estabelecimento de metas e definição de prioridades de acordo com as necessidades dos diferentes grupos sociais (moradores de áreas de risco, menores de 01 ano, gestantes, idosos, diabetes, fármacos-dependentes, vítimas de violência, etc);

Estimular a participação dos profissionais na elaboração dos planos de ação.

• Informação

Garantir a atualização contínua dos sistemas de informação, com elaboração e distribuição, para as equipes e comunidade organizada de relatórios de produção, indicadores de saúde e consolidado das famílias cadastradas, para avaliação do serviço e encaminhamento dos problemas da Unidade;

Analisar e avaliar adequadamente os dados obtidos.

Promover a discussão dos dados, com os profissionais da Unidade objetivando o alcance das metas propostas no planejamento.

Divulgar as informações para o Conselho Gestor e comunidade.

• Equipe de Saúde

Capacitar e sensibilizar todos os membros das equipes e da Unidade para o cumprimento das diretrizes da atenção à saúde.

Ser o elo entre as equipes e a comunidade e as Supervisões de Saúde locais

Promover e facilitar a integração entre todas as equipes

Conhecer as atribuições e promover avaliação de desempenho individual e das equipes

Administrar o cumprimento de horário de funcionamento da Unidade e de seus profissionais

• Comunidade

Estimular a organização da população e estabelecer parcerias com entidades que a

representa para um efetivo controle social (escolas, igrejas, etc) e desenvolvimento de

atividades em parceria (Conselhos gestores)

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Estimular a participação da comunidade nas reuniões dos Conselhos de Saúde, nas

atividades do bairro e no Orçamento Participativo.

• Participação em reuniões:

Com profissionais da Unidade /equipes PSF e PACS

Com a comunidade, conselhos gestor e movimentos populares.

Com as Coordenadorias de Saúde, supervisores de área e a Secretaria Municipal de Saúde

• Equipe Gerencial

Formar com os profissionais técnicos da Unidade um grupo gerencial com a finalidade

de auxiliar a gerência nas decisões

• Unidade de Vigilância a Saúde

Promover a articulação garantindo as ações do setor.

8- PATRIMÔNIO

Os gerentes e todos os funcionários são responsáveis pela conservação e integridade do

patrimônio existente nas UBS, para tanto devem:

• Garantir a integração dos bens junto ao departamento patrimonial da SMS; • Organizar relação de patrimônio por sala; • Relacionar e garantir a guarda dos materiais inservíveis patrimoniados da Unidade, solicitando orientação da Coordenadoria de Saúde quanto ao destino dos mesmos; • Designar um funcionário do setor administrativo para fazer o controle semestral do patrimônio; • Realizar o boletim de ocorrência (B.O) sempre que verificado o desaparecimento de qualquer material permanente e encaminhar o B.O para abertura de processo e averiguação

9 - ALMOXARIFADO

A UBS deve ter um almoxarifado para a organização e o controle dos materiais de consumo.

O registro e o controle das requisições dos materiais devem oferecer todas as informações

necessárias sobre a movimentação do estoque e consumo.

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Principais Funções do Responsável pelo Almoxarifado:

• Receber e conferir os materiais;

• Registrar e controlar as requisições dos materiais por setor;

• Realizar a Baixa no estoque das requisições atendidas;

• Lançar a movimentação de requisição e entrega de material;

• Guardar, controlar e conservar os materiais estocados;

• Notificar a gerência quanto a irregularidades no setor;

• Arquivar as requisições de solicitação e entrega;

• Garantir o estoque mínimo;

• Emitir relatórios de solicitação e consumo;

• Fazer balanço mensal do estoque;

• Garantir o acesso restrito ao almoxarifado.

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GLOSSÁRIO

1- Área de abrangência: corresponde a área de responsabilidade de uma unidade de saúde

baseia-se em critérios de acessibilidade geográfica e de fluxo de população.Deve ser

constituída por conglomerados de setores censitários (MENDES, E.V.1994).

2 - Área de influência: a conceituação de área de influência de um serviço de saúde se

baseia, ainda, numa lógica assistencial gerada, muitas vezes, pela pressão da demanda

espontânea.A população procura atenção a seus problemas de saúde considerando as

distintas modalidades de acessibilidade dos serviços, estabelecendo, assim, áreas de

influência mais ou menos dispersas (MENDES, E.V.1994).

3- Domicilio: designa o "local de moradia estruturalmente separado e independente,

constituído por um ou mais cômodos".A separação fica caracterizada quando o local de

moradia é limitado por paredes (muros ou cercas,entre outros) e coberto por um teto que

permita que seus moradores se isolem e cujos residentes arcam com parte ou todas as suas

despesas de alimentação ou moradia.Também são considerados domicílios: prédio em

construção, embarcação, carroça, vagão, tenda, gruta e outros locais que estejam servindo

de moradia para a família (BRASIL, 1998).

4- Território-processo: A concepção território-processo transcende à sua redução a uma

superfície e às suas características geofísicas para instituir-se como um território de vida

pulsante, de conflitos, de interesses diferenciados em jogo, de projetos e de sonhos. Esse

território, então, além de um território-solo é, ademais, um território econômico, político,

cultural e epidemiológico (MENDES, E.V. 1994).

5 - Tabela de Lotação de Pessoal (TLP)

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BIBLIOGRAFIA

1. Campos. Gastão W.S. Saúde Paidéia. Editora Hucitec. São Paulo, 2003

2. Carneiro. Nivaldo Jr. Organização das Práticas de Atenção Primária em Saúde no

Contexto dos Processos de Exclusão/ Inclusão Social. In;

Cadernos de Saúde Pública. V.19 NO. 06 Nov-dez 2003.

3. Manual de estruturação de almoxarifados de medicamentos e produtos para a saúde e de

boas práticas de armazenamento e distribuição. Prefeitura do Município de São Paulo/ SMS.

Área Temática de Assistência Farmacêutica -COGEST. 20003.

4. Mendes, Eugênio Vilaça. Distrito Sanitário.Editora Hucitec - Abrasco.São Paulo - Rio de

Janeiro, 1994.

5. Ministério da Saúde. Manual do Sistema de Informação de Atenção Básica-SIAB.Brasília,

2003.

6. Ministério da Saúde. Manual para a Organização da Atenção Básica. Brasília, 1999.

7. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica - Programa Saúde da Família. Brasília,

2002.

8. Ministério da Saúde. Documento Final da Comissão de Avaliação da Atenção Básica.

Brasília. Outubro, 2003.

9. Paim, Jainilson Silva. Gestão da Atenção BÁSICA nas Cidades. Capitulo 4. (xerocado)

10. Rodrigues, M.P; Araújo, M.S.S. Texto-0 Fazerem Saúde: um novo olhar sobre o

processo de trabalho na estratégia de saúde da família.

11. Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.Documento Norteador: responsabilidades

da rede de apoio à implantação do PSF.São Paulo, 2002.

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ANEXOS

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