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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
FRAUDES CORPORATIVAS: UM DESAFIO PARA A AUDITORIA
INTERNA
Daniela Garcia Pereira
ORIENTADOR: Prof.ª Luciana Madeira
Rio de Janeiro 2018
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Auditoria e Controladoria. Por: Daniela Garcia Pereira
FRAUDES CORPORATIVAS: UM DESAFIO PARA A AUDITORIA
INTERNA
Rio de Janeiro 2018
3
AGRADECIMENTOS
A Deus, em primeiro lugar, e a todos os que
contribuíram para a realização deste trabalho.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a Deus, a Ele toda honra e
toda glória por essa conquista.
5
RESUMO
As organizações, dentro do contexto econômico e social, enfrentam o
desafio constante de se protegerem contra perdas por fraudes, as quais podem
impactar negativamente na continuidade do negócio, reputação da empresa,
satisfação dos clientes e moral dos empregados.
Cabe a gestão da organização o papel preventivo, detectivo e responsivo
no combate à fraude, devendo assegurar a existência de controles internos
adequados.
Para auxiliar no desempenho desse papel, as organizações utilizam como
ferramenta a auditoria interna, responsável por avaliar se os controles internos
funcionam, atentando aos sinais de possíveis fraudes e relatando a gestão da
empresa quando estas ocorrerem.
Para essa finalidade, alguns critérios devem ser considerados ao longo do
trabalho de auditoria. Documentar as considerações sobre os riscos de fraude,
verificar se foram tomadas medidas corretivas com relação a quaisquer deficiências
ou fraquezas de controle detectadas, avaliar se o plano para o monitoramento do
programa de gerenciamento do risco de fraude continua adequado ao sucesso
contínuo do programa, comunicar a gestão os casos de fraudes significativos,
recomendar a investigação quando apropriado são alguns desses critérios, os quais
são apresentados nesse trabalho.
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METODOLOGIA
O presente trabalho foi baseado em pesquisa teórica, de caráter
explicativo e bibliográfico, utilizando-se de materiais dos últimos 15 anos, com
exceção de um dos livros do autor William Attie, que foi publicado em 1992.
Para o tema de auditoria, as principais bibliografias utilizadas foram as do
autor William Attie e as do Instituto dos Auditores Internos do Brasil. Também foi
amplamente utilizada como base de pesquisa a Norma Brasileira de Contabilidade TI
01- Da Auditoria Interna.
Para o tema sobre fraudes, os materiais mais utilizados na pesquisa
foram os do Instituto dos Auditores Internos do Brasil e o da
PricewaterhouseCoopers Brasil Ltda.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Metodologia de trabalho da auditoria. ...................................................... 13
Figura 2 – Triângulo de Cressey ............................................................................... 20
Figura 3 – Fatores que contribuíram para o crime econômico .................................. 21
Figura 4 – Fraude versus Erro ................................................................................... 22
Figura 5 – Principais tipos de fraudes corporativas ................................................... 23
Figura 6 – Perfil do fraudador interno. ....................................................................... 24
Figura 7 – Métodos de detecção de fraude – Brasil. ................................................. 27
Figura 8 – Razões para não avaliar o risco de fraude. .............................................. 28
Figura 9 – Principal impacto dos crimes econômicos nas organizações. .................. 29
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I
Auditoria Interna 10
CAPÍTULO II
Fraudes 19
CAPÍTULO III
Detecção e Prevenção de Fraudes Corporativas 25
CONCLUSÃO 33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 34
ÍNDICE 36
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INTRODUÇÃO
A perda por fraude é um dos principais problemas enfrentados pelas
organizações. Segundo dados do Relatório da Consultoria Kroll, a porcentagem de
fraudes no Brasil foi de 68% em 2016.
Nesse contexto, é muito importante que sejam detectadas e combatidas
as causas de fraudes nas empresas, pois elas podem ter um impacto negativo em
termos de continuidade do negócio, reputação da empresa, satisfação dos clientes e
moral dos empregados.
Sendo assim, a auditoria interna torna-se uma ferramenta essencial para
auxiliar as empresas na detecção e prevenção de fraudes e a questão central deste
trabalho é identificar como reduzir os riscos de fraudes no ambiente corporativo
utilizando a auditoria interna.
A metodologia utilizada na pesquisa foi a explicativa e bibliográfica, com
abordagem qualitativa teórica (pesquisa documental) que consiste na análise do
conteúdo através das seguintes fases: pré-análise, exploração do material e
tratamento dos resultados e interpretação.
Este trabalho é organizado da seguinte forma: no capítulo 1 é abordado o
conceito, os tipos de auditoria interna e sua metodologia de trabalho. No capítulo 2 é
abordado o conceito de fraudes, suas características (motivações), a diferença entre
fraude e erro, bem como os tipos de fraudes corporativas e o perfil do fraudador. No
capítulo 3 são apresentados os desafios enfrentados pelas empresas e o papel da
auditoria interna na detecção e prevenção de fraudes, bem como os critérios para
garantir essa prevenção no ambiente corporativo. E na sequencia é apresentada a
conclusão.
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CAPÍTULO I
AUDITORIA INTERNA
A origem da auditoria está associada ao inicio das atividades econômicas
desenvolvidas pelo homem e a necessidade de ratificar essas atividades desde os
primórdios no antigo Egito.
Segundo Attie (2011), a auditoria surgiu da necessidade de confirmação
da realidade econômico-financeira e do patrimônio da empresa por parte de
investidores e proprietários. Mais especificamente, a auditoria surgiu como
ferramenta de controle e confirmação da contabilidade.
O grande salto da auditoria se deu no início dos anos 30, com a criação
do Comitê May, instituído para estabelecer as regras para as empresas que
tivessem suas ações cotadas em bolsa. A Auditoria Contábil Independente passou a
ser obrigatória nos demonstrativos financeiros dessas empresas (IIA BRASIL, 2012).
Como esses auditores independentes precisavam ter acesso a
informações e documentos que levassem ao conhecimento e análises das diferentes
cotas e transações, funcionários das próprias empresas foram designados. Assim
iniciou-se a ideia da Auditoria Interna, pois com o passar do tempo, esses
funcionários foram se aperfeiçoando e aprendendo as técnicas de auditoria, sendo
utilizadas em trabalhos solicitados pela própria administração das empresas (IIA
BRASIL, 2012).
A de se notar que a auditoria interna tem um papel importante no mundo
corporativo, pois é através dela que a alta administração pode acompanhar toda a
estrutura operacional da empresa e obter melhorias para alcançar seus objetivos.
1.1. Definição
A origem da palavra auditoria é latina, audire, que significa ouvir. Mas a
origem do termo auditor na realidade provém da palavra inglesa to audit, que
significa examinar, ajustar, corrigir, certificar (ATTIE, 2011, p. 7).
Seguindo essa descrição do autor, é destacado abaixo algumas
definições de auditoria interna.
De acordo com a NBC TI 01 (2003),
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A Auditoria Interna compreende exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.
Segundo o Instituto de Auditores Internos do Brasil (2012, p.3),
A Auditoria Interna é uma atividade independente e objetiva de avaliação (assurance) e de consultoria, desenhada para adicionar valor e melhorar as operações de uma organização. Ela auxilia uma organização a realizar seus objetivos a partir da aplicação de uma abord