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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
A EXPANSÃO DO MARKETING MULTINÍVEL NO BRASIL
Daniel Nunes de Mello e Alvim
ORIENTADOR: Prof. Mario Luiz
Rio de Janeiro 2017
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão Empresarial. Por: Daniel Nunes de Mello e Alvim
A EXPANSÃO DO MARKETING MULTINÍVEL NO BRASIL
Rio de Janeiro 2017
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AGRADECIMENTOS
Aos amigos e parentes, por tudo que fizeram e
fazem por mim, além dos novos colegas que fiz
durante o curso.
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RESUMO
Marketing multinível, também conhecido como marketing de rede, é um
sistema de marketing caracterizado pela formação de uma rede de contatos
através da indicação de novos associados, por parte dos antigos. Ou seja, trata-se
de uma estratégia empresarial de distribuição de bens e serviços, onde a
divulgação dos produtos se dá pela indicação “boca a boca” feita por distribuidores
independentes.
Por esse trabalho, tais distribuidores recebem bônus, que seriam utilizados nas
campanhas de propaganda tradicional. Além da indicação dos produtos, os
distribuidores tem a possibilidade de indicar novos distribuidores, criando assim
uma rede de escoamento de produtos.
De acordo com Will Marks “O marketing de rede é um sistema de distribuição, ou
forma de marketing, que movimenta bens e/ou serviços do fabricante para o
consumidor por meio de uma ‘rede’ de contratantes independentes”.
O sistema de Marketing Multinível possui várias nomenclaturas utilizadas pelo
mercado, entre elas podemos encontrar:
* Marketing de Rede (MR)
* Marketing Multinível (MMN)
* Multi Level Marketing (MLM)
* Network Marketing (NM)
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METODOLOGIA
A metodologia a ser aplicada foi a pesquisa bibliográfica. Para isso, em
sua maior parte, foram utilizados sites que tratavam sobre o assunto com suas
listas de discussões, acesso online direto a literatura científica, Blogs, agencias
reguladoras e conversas informais com distribuidores que atuam em alguns
marketing de rede
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I
História do marketing multinível 10
1.1. Legislação 14
1.2. O que Marketing Multinível representa na economia? 15
1.3 . Principais empresas atuantes no mercado 15
CAPÍTULO II
Marketing de Rede e a Oportunidade de Negócio 18
2.1. Marketing de Rede na Era da Internet 19
2.2. Como construir uma Network (Rede) 19
2.3. Marketing de Rede é Coaching 22
2.4. Marketing de atração 24
CAPÍTULO III
Diferença entre marketing de rede e pirâmide financeira 26
3.1. O que é pirâmide financeira? 27
3.2. O que é marketing multinível (MMN)? 29
3.3. Como identificar indícios de pirâmide? 30
3.4. O que distingue o marketing multinível da pirâmide? 30
3.5. O que observar antes de se associar a uma empresa de marketing
multinível? 31
CONCLUSÃO 32
BIBLIOGRAFIA 33
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INTRODUÇÃO
Segundo Lamb Jr; Hair Jr; Mcdaniel (2004), o marketing tem sido
explicado como o processo de criar e resolver relações de troca, e este conceito
pressupõe que as pessoas dão algo para receber algo que elas preferem, com
isso observa-se que o marketing possui várias modalidades, entre elas encontra-
se o marketing de rede.
Muitos trazem informações distorcidas e imaginam o marketing de rede
como pirâmide ou qualquer outra coisa que traz como objetivo lesar os
participantes. São comercializados produtos e/ou serviços diretamente do
fabricante para o consumidor por meio de um sistema diferenciado de marketing,
onde comissões e bônus são pagos sobre a venda desses produtos ou serviços
e do recrutamento de novos participantes. É um método altamente eficiente para
se recompensar distribuidores em vendas diretas de produtos e serviços para os
consumidores. (BERRO, 2006)
As empresas sérias de marketing de rede se individualizam de outros
esquemas existentes no mercado por conterem produtos e serviços de alta
qualidade, necessitando somente de um pequeno investimento inicial para
ingressar no negócio. É imperativo também que os participantes da rede tenham
um controle ético a respeito da empresa, ofertando treinamento para os
distribuidores, bem como uma garantia de satisfação ao consumidor. Muitas
empresas têm aparecido com a aposta no sistema de marketing de rede para
distribuição de seus produtos ou serviços. Muitas delas têm buscado aprimorar
sistemas anteriores, eliminando defeitos e desvantagens (CARTELLIERI et al,
2002).
As transformações estruturais no mercado, de forma a expandir as
modalidades de venda e as estratégicas de marketing, voltadas as vitrine
virtual, admitem desempenhar uma pesquisa baseada no objetivo: avaliar se o
marketing de rede é uma oportunidade de negocio ou apenas promessas de
enriquecimento fácil, na busca de uma distinção do cenário virtual que oferece
oportunidade de sucesso ao associado-consumidor.
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CAPÍTULO I
História do marketing multinível
Muito se ouve sobre o mercado de empresas que distribuem seus produtos
por meio do marketing multinível, através de diversas denominações: Marketing de
Rede, Marketing Multinível ou Marketing de Relacionamento.
Muitas pessoas pensam que marketing significa unicamente a propaganda
e a venda do produto. Churchill e Peter (2003, p. 04) garantem que o marketing
consiste “no planejamento, execução e concepção, na distribuição,
estabelecimento de preços e suas distribuições de ideias, produtos e serviços
devem satisfazer todas as necessidades individuais e organizacionais”.
Consequentemente, marketing é um termo que envolve muito mais itens, como:
comercialização, execução, planejamento, organização visual do produto,
fidelização do cliente, troca entre outros. (MEIRA; GHISI, 2009)
É um processo social por meio dos quais pessoas e grupos de
pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a
criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor
com outros. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 04)
Ainda segundo Kotler e Keller (2006) marketing envolve a identificação e a
satisfação das necessidades humanas e sociais, é vista como a arte e a ciência
de escolha de mercados alvos e da captação, manutenção e fidelização de
clientes por meio da criação, da entrega e da comunicação de um valor superior
para o cliente.
O primeiro indício de uma empresa datam no ano de 1903 por Watkins
Brothers com a distribuição dos produtos da sua empresa. Ele permitiu que os
distribuidores comprassem diretamente da empresa e vendessem pro consumidor
final. Com essa eliminação de etapas do processo que envolvem o atacado e
varejo, é possível reduzir custos e fazer o produto chegar mais barato nas mãos do
consumidor.
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O marketing de multinível esta atrelado a indústria de vendas diretas. O
multinível permite pagar comissões em vários níveis de distribuição, diferente do
mononível em que o distribuidor apenas recebe no valor da revenda dos produtos. O
mercado de vendas diretas permite que os produtos cheguem ao consumidor final sem
os atravessadores (centros de distribuição e atacados) direto para o consumidor final
poupando toda a oneração causada por estes. Empresas tradicionais, que não atuam
nessa modalidade, têm o processo baseado em:
produção de bens ou serviços > distribuição por meio de representantes ou centros de
distribuição > venda aos atacados > revenda aos varejistas > consumidor final.
Ondas
O escritor e jornalista norte-americano Richard Poe, autor de vários best
sellers, dividiu a evolução do multinível em 5 grandes “ondas”. Cada uma possui
características diferentes a que se refere ao modelo de sistema de rede e suas
especificidades, e são, historicamente, definidas dessa forma:
Primeira onda (1941 - 1979)
A primeira onda inicia-se logo após a criação do marketing multinível por
Carl Rehnborg, quando o primeiro plano de comissões para diferentes níveis foi
implantado em sua empresa naquela época. Durante este mesmo período,
algumas pessoas e empresas aproveitaram o desenvolvimento do sistema de
marketing em rede e desenvolveram o esquema em pirâmide. Este tipo de
esquema possui uma estratégia bem parecida com o marketing multinível. Porém,
a diferença essencial é que o multinível é uma ferramenta de negócios com o fim
de comercializar produtos e/ou serviços, diferentemente do sistema em pirâmide,
que recruta pessoas com o intuito de movimentar dinheiro somente.
O fim da primeira onda dá-se quando a Comissão Federal de Comércio, em 1979,
define o marketing multinível como um negócio legítimo, ao contrário do esquema
em pirâmide.
Segunda onda (1980 - 1989)
No início da década de 80, algumas centenas de empresas que utilizavam
o sistema de marketing multinível explodiram nos Estados Unidos. Grande parte
delas nascia em garagens e fundos de quintais sem nenhuma estrutura básica de
organização. A experiência frustrou muitos negociantes e distribuidores que
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aderiram ao sistema de marketing multinível. Naquela época, os distribuidores
acumulavam milhares de funções, além da necessidade de comprar cada vez mais
produtos a fim de subir nos planos de carreira das empresas. Essa quantidade de
fatores negativos resultava em estoques parados, desgaste físico e emocional dos
distribuidores e, no final das contas, pouca ou nenhuma margem de lucro.
Terceira onda (1990 – 1999)
A terceira onda é caracterizada pela presença de novas tecnologias e
mão-de-obra especializada na administração desses tipos de negócios. Neste
cenário, executivos profissionais trabalhavam para reverter a imagem do marketing
de rede e torná-lo menos árduo para os distribuidores. As companhias apostavam
em sistemas informatizados, novas tecnologias de comunicação e técnicas
sofisticadas de administração, a fim de tornar o marketing multinível mais eficaz.
Outro fator de destaque é que as condições dos planos de compensação ficaram
mais plausíveis. Ou seja, os distribuidores deixaram de ser pressionados a investir
mais tempo e dinheiro do que dispunham para tocar o negócio.
Quarta onda (anos 2000)
Esta onda levou alguns especialistas a acreditarem que o marketing de
rede cresceria ainda mais no século XXI, o que tem se confirmado. Prova disso é
que grandes empresas multinacionais têm investido em empresas de marketing
multinível ou em programas próprios de marketing de rede em suas empresas.
Este impacto é resultado da imagem que o marketing multinível tem construído por
meio das empresas que trabalham com o sistema e o aplicam com seriedade.
Quinta onda
Atualmente, assiste-se ao desenrolar da quinta onda, entendida como a
associação dos conceitos de "marketing network" ou "marketing multinível - MMN"
com a internet, sendo este o caminho mais eficiente para a criação de um bom
"network", afinal, conceitualmente, a "internet" nada mais é do que uma rede
mundial de pessoas integradas por meio de um receptor da mesma (smartphones,
tablets, computadores, desktops). Além da ampliação da rede de contatos dos
distribuidores, a internet agrega inovações ao processo de comunicação e
relacionamento entre empresas, distribuidores e consumidores. Novas empresas
do ramo de MMN contam com esta tecnologia desde seu projeto inaugural,
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enquanto outras têm buscado a reengenharia como recurso para acompanhar o
movimento da "nova onda".
De acordo com a ABVED (Associação Brasileira de Empresas de
Vendas Diretas), a Enciclopédia Britânica foi uma das primeiras empresas a
adotar a venda direta no mundo, no final do Século XVIII. Saiba um pouco mais
sobre a trajetória desse sistema de comercialização:
No mundo
Fim do século XVIII
Aparecem os primeiros registros oficiais sobre a venda direta, na Inglaterra, quando a editora da Enciclopédia Britânica adota a prática de vender, de porta em porta, suas coleções.
1886
Em Nova York, o vendedor de livros a domicílio David McConnell passa a oferecer perfumes como brinde para quem compra seus produtos. Logo percebe que as pessoas compram os livros para ganhar as fragrâncias, e decide vender cosméticos de porta em porta.
1887 Com uma equipe de 12 vendedoras, McConnell funda a Perfumes Califórnia.
1897 A Perfumes Califórnia lança seu primeiro catálogo de ofertas, com perfumes e outros produtos de beleza.
Década de 1930
No Japão, por conta de um surto de infecções intestinais que provoca um aumento do índice de mortalidade infantil, o pesquisador Minoru Shirota desenvolve o leite fermentado Yakult, que inibe bactérias nocivas e equilibra a flora intestinal. O produto é distribuído por sistema de entrega domiciliar.
1939 A Perfumes Califórnia, com distribuidores em 40 estados americanos, muda seu nome para Avon.
1946
O engenheiro americano Earl Tupper lança uma linha de utensílios plásticos para cozinha, a Tupperware, e o sistema de reuniões domiciliares.
1959
Os jovens empreendedores Jay Van Andel e Rich DeVos fundam a Amway, e desenvolvem o método de oferecer aos vendedores condições de montar sua própria rede de negócio na distribuição de uma variada linha de produtos.
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No mundo
1963
A texana Mary Kay Ash funda a empresa que leva seu nome, com o objetivo de estimular mulheres a montar seu próprio negócio.
No Brasil
1942 A empresa brasileira Hermes começa a desenvolver no país o conceito de venda direta, por meio do reembolso postal.
1959 A Avon inaugura sua fábrica em São Paulo. Sua primeira produção foi o batom Fashion, na cor Clear Red.
1966 A Yakult desembarca no Brasil, apresentando seu sistema de vendas aos consumidores locais.
1.1. Legislação
Em alguns países o negócio já esta mais desenvolvido e com a legislação
aprovada há alguns anos. Nos EUA por exemplo, foi regulamentado em 1979 pela
Comissão Federal de Comércio.
Em 1980, empresas de vendas diretas que atuavam no Brasil deram
origem a uma entidade denominada Associação Brasileira de Empresas de Vendas
Diretas (ABEVD). Esta associação se tornou membro da WFDSA e passou a
adotar os mesmos princípios, padrões de legitimidade e códigos de ética que
regulamentam o setor em mais de 60 países.
O Brasil ainda engatinha nessa questão, porém já existem dados e
informações que o governo disponibiliza para consultas. No site da ABEVD é
possível encontrar as empresas associadas aqui no país que tem o seguimento de
vendas, tanto mononível, como Avon e Natura, quanto o multinível, como Mary
Kay, Herbalife e MonaVie.
A legislação brasileira ainda tramita as leis especificas sobre a indústria de
marketing multinível, porém com a crescente onda de empresas piramidal se
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dizendo empresa de marketing multinível levou o governo a se pronunciar e
esclarecer aos cidadãos a diferença. Foi então elaborado um boletim informativo e
publicado no site da Comissão dos Direitos Mobiliários (CVM) e nos principais
meios de comunicação sobre vendas diretas.
1.2. O que Marketing Multinível representa na economia?
Diferente do Brasil, outros países já demonstram um grande crescimento
econômico neste setor. Segundo a Direct Selling Association (DSA):
• 27% do PIB americano são provenientes da indústria do Marketing
Multinível;
• 24% do PIB japonês é proveniente da indústria do Marketing Multinível;
• 20% dos milionários americanos construíram sua fortuna com negócios
baseados em Marketing Multinível;
• O setor já representa 96,7% do faturamento do setor de Vendas Diretas.
Nos Estados Unidos, empresas como Coca-cola, Colgate Palmolive e Cit Bank,
têm suas próprias divisões do Marketing Multinível ou utilizam da estrutura de
empresas do setor para escoar alguma linha de produtos, com características
relacionadas a esse sistema de vendas. Como podemos perceber, algumas
empresas que atuam no Brasil com venda direta mononível perceberam a
tendência de mercado e desenvolve suas atividades fora do país como marketing
multinível.
1.3. Principais empresas atuantes no mercado
Desde 2004, a Direct Selling News se dedicou a contar histórias focadas
em relacionar as oportunidades a vendedores diretos, onde se fornecem milhões
aos proprietários de empresas independentes em todo o mundo. Então, parecia
apenas adequado para DSN para reconhecer ainda mais a indústria através da
compilação de uma lista abrangente, a partir de 2010, das principais empresas de
vendas diretas no mundo.
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A DSN lista Global 100 oferece uma perspectiva única sobre o impacto global da
indústria de domínios econômicos e sociais. Proporciona uma gama de
aprendizagem mútua não só para os membros da indústria, mas também para os
investigadores, investidores e, mais importante, aqueles que procuram
oportunidades dentro da indústria.
A seguir, vemos o ranking de 2016 DSN Global 100 (com base em 2015 receitas)
com a lista anual dos principais geradores de receita de vendas diretas do
mundo. A lista é publicada na edição de junho da Direct Selling News (Colocada
somente as 20 primeiras).
2016 Classificação Nome da empresa Receita de 2015
1 Amway $9.50B
2 Avon + $6.16B
3 Herbalife $4.47B
4 Vorwerk $4.00B
5 Infinitus $3.88B
6 Mary Kay $3.70B
7 Perfect $3.58B
8 Natura $2.41B
9 Tupperware $2.28B
10 Nu Skin $2.25B
11 Tiens $1.55B
12 Primerica $1.41B
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13 Ambit Energy $1.40B
14 Oriflame $1.35B
15 Belcorp $1.20B
16 Telecom Plus $1.17B
17 New Era $1.16B
18 Jeunesse ++ $1.09B
19 New Avon + $1.01B
20 Young Living $1.00B
Fonte: Direct Selling News
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CAPÍTULO II
Marketing de Rede e a Oportunidade de Negócio
Espalhadas em quase todos os países, já existem milhares de empresas
de Marketing Multinível faturando, bilhões de dólares, com total apoio dos
governos e órgãos competentes. Por ser uma indústria estabelecida como
outra qualquer, recolhe impostos, geram empregos, riqueza e trazem novas
oportunidades para pessoas.
Honorato (2004) define Marketing como uma atividade voltada para a
conquista e manutenção lucrativas dos clientes por meio de processos de troca,
atendendo as necessidades, desejos e as expectativas visando a conquistar a
fidelidade do cliente para sua empresa, produto ou serviços.
Em 1985, a American Marketing Association - AMA; definiu que:
Marketing é o processo de planejamento e execução da concepção, preço
promoção e distribuição de ideias, bens e serviços, organizações e eventos para
criar trocas que venham a satisfazer objetivos individuais e organizacionais.
(BENNETT, Petter 1995)
Os números impressionam do Marketing Multinível no Mundo
• De cada oito lares americanos, pelo menos um desenvolve uma atividade de Marketing
Multinível.
• Universidades Americanas já oferecem cursos de Marketing Multinível em suas grades
curriculares.
• 27% do PIB americano são provenientes da indústria do Marketing Multinível.
• 24% do PIB japonês são provenientes da indústria do Marketing Multinível.
• 20% dos milionários americanos construíram sua fortuna com negócios baseados em
Marketing Multinível. (fonte: DSA – Direct Selling Association - 2010)
Ressalta-se que o Marketing de Rede está consecutivamente em
ininterrupta expansão, sem fronteiras, estabelece-se na base desse
crescimento, o Plano de Vendas e Marketing, dando aos distribuidores chances
de participarem da livre iniciativa com um negócio independente. Dessa
maneira, o distribuidor contém independência comercial e profissional no
exercício de suas atividades resolvendo como operar o seu negócio, desde que
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respeite os Princípios Comerciais da Empresa. Assim, o distribuidor não é
funcionário da empresa, não estando sob seu controle.
De acordo com a obra de Bernard Lalonde, (“É cada vez maior o número
de companhias dispostas a confiar a distribuição de seus produtos e a atenção
personalizada a seus clientes a terceiros especializados”). O que reanima a
opinião de o modelo de Marketing de Rede ser uma ampla tendência em vários
segmentos de mercado.
2.1 Marketing de Rede na Era da Internet
Denotamos que por meio do marketing de rede, empregam como atrativos
a busca por liderança e a facilidade de riqueza. De acordo com Torres; Cozer
(2000) Sabe-se que as ações de marketing bem projetadas têm bons resultados,
entretanto é imprescindível um bom serviço. A prática dos princípios de
comportamento compreende-se que credibilidade dos negócios está envolvida
pela omissão de informações e o modelo empregado na Internet como um
competente canal de distribuição, que a cada dia que passa se torna mais
utilizado.
Nessa Era da Internet muitos ramos de atividade são beneficiados tanto
com relação aos clientes como também em relação aos fornecedores.
Ziglar(2001, p.31) comenta que:
No caso específico do marketing de rede, a utilização da internet contribui consideravelmente no desenvolvimento de novos distribuidores, contatos com novos clientes, treinamentos virtuais, facilidade em tirar dúvidas e ajudar a rede à se desenvolver.Mas existem também algumas falhas que ocorrem utilizandose a internet. A primeira falha é a falta de duplicação. Se você é o melhor recrutador de sua empresa, seria bom ter alguém em sua downline que soubesse recrutar tão bem quanto você. A segunda falha é falta de comunicação apropriada dentro das organizações de marketing de rede. A terceira falha são os treinamentos inadequados. O marketing de rede depende de treinamento consistente, de qualidade. Os treinamentos ocorrem em reuniões, e nem todos podem comparecer as reuniões, então a internet ajudou bastante nessa falha.
2.2 Como construir uma Network (Rede)
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Para um distribuidor ser bem-sucedido no ramo de marketing de rede terá,
além de construir sua carteira de clientes, terá também que construir uma rede
local, nacional e até internacional de distribuidores, fazendo com que sua renda
mensal seja alavancada.
O segredo para ter uma rede bem sucedida é conhecer o poder da
duplicação. Duplicação significa ensinar ou duplicar para os distribuidores as
técnicas, métodos de vendas e recrutamento, e todo o trabalho deverá ser simples
para que todas as pessoas da rede consigam realizar as técnicas sem grandes
dificuldades. Um dos princípios básicos para construir uma rede bem-sucedida é
mudar a maneira de pensar; incutir nas outras pessoas a visão do negócio; se
desligar do sucesso e do fracasso. (HAWKINS,1991) 3.5.8 Benefícios de construir
uma Rede Construindo uma grande rede de distribuidores gerará grandes rendas
para o distribuidor responsável em construí-la; trará também a opção de se
aposentar cedo; possibilitará muita segurança para a família. O distribuidor que se
empenhar em construir uma rede auto-sustentável, independente, produtiva, terá
grandes benefícios com relação ao seu estilo de vida e qualidade de vida.
(HAWKINS, 1991) A downline(linha descendente) é o segredo para uma renda
residual e evento al riqueza do distribuidor.Quanto mais produtiva for a rede mais o
distribuidor ganhará, e quanto mais pessoas estiverem na downline, mais
diversificada será a renda. Uma downline motivada e produtiva gera sinergia e a
sinergia gera impulso. Quando existe em uma empresa ou em qualquer lugar
várias cabeças pensando e interagindo para um objetivo em comum o negócio é
enriquecedor e sinérgico. Outro benefício de construir uma Rede é a utilização do
tempo de outras pessoas. Por exemplo, se na downline estiver 100 pessoas
trabalhando 4 horas por dia, no fim do dia terão 400 horas trabalhadas,ao contrário
acontece,se o distribuidor não se empenhar em construir uma Rede, ele terá no fim
do dia somente suas horas trabalhadas. (ZIGLAR, 2001).
Milhões de pessoas ao redor do mundo estão participando de empresas
de Marketing MultiNível e ganhando dinheiro de forma honesta e legal. Muitas
delas já se tornaram financeiramente independentes através do Marketing
MultiNível e algumas até ficaram milionárias.
No entanto, uma oportunidade de MMN que você entrar não é garantido
que você irá ganhar “rios de dinheiro” se você não fizer o trabalho para tal. Não
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existe mágica no negócio e nem dinheiro fácil. Você terá que pesquisar e iniciar
numa empresa que já esteja em vários países e tenha um negócio sólido e investir
parte de seu tempo para ter sucesso a médio e longo prazos.
Não há garantia de que todos irão ganhar dinheiro com MMN ou qualquer
outra oportunidade de negócios pela internet ou fora dela. O sucesso em qualquer
negócio depende de uma série de fatores, sendo que o principal fator para se ter
sucesso é VOCÊ.
A maioria das desistências em MMN vêm das mesmas razões que outras
pequenas empresas falham, que são:
– Falta de informação;
– Falta de educação sobre o negócio;
– Falta de vontade de agir;
– Falta de motivação;
– Falta das ferramentas corretas de divulgação;
– Falta de determinação, e assim por diante.
A maioria das pessoas que entram num negócio de marketing de rede
(MMN) sempre fazem a mesma pergunta:
“Posso ganhar (muito) dinheiro com isso?”
Uma boa análise é você perguntar a si próprio: “Eu tenho vontade e
determinação para conquistar meus sonhos e objetivos a médio e longo
prazos?”
Se a resposta for sim, já é meio caminho andado para o sucesso.
Um outro detalhe muito importante é que você tem que gostar e consumir os
produtos da empresa que você desenvolver o negócio. De nada adianta você estar
numa empresa de produtos de beleza, se você não se preocupa e não cuida
da sua própria beleza.
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Da mesma forma na indústria do bem-
estar. De nada adianta você indicar produtos de bem-estar, se você próprio não os
consome. Isto, com certeza é o caminho para o fracasso.
O melhor a considerar antes de entrar para uma empresa de MMN é se você irá
adquirir e consumir os produtos da empresa que irá representar.
Outra questão é como você se sente quando consome ou utiliza os produtos da
empresa de MMN que representa. Será que você se sente bem em recomendá-los
aos outros?
Sente que os produtos irão realmente ajudar as pessoas e trazer resultados para
elas? Recomendaria os produtos para qualquer pessoa?
São 3 perguntas que a resposta tem que ser SIM, para que seu negócio tenha
sucesso.
2.3 Marketing de Rede é Coaching De acordo com Buaiz(2005),
Dentro de uma organização bem-sucedida no marketing multinível, liderança é fundamental. São os líderes que definem o sucesso ou o fracasso de uma organização. No Marketing de Rede, essa relação é ainda mais profunda: sem liderança, não existe organização. O sucesso de um negócio em Marketing de Rede só pode ser alcançado por uma liderança exemplar.Atualmente, é impossível falar de liderança sem falar em coaching. Coaching significa “treinar”, preparar, estimular, motivar o outro a se desenvolver continuamente, na direção correta. Mais que isso, coaching é acompanhamento, é ajudar o outro a descobrir seus valores, talentos e estabelecer seus próprios horizontes. É acompanhá-lo na prática, estimulando o seu crescimento e satisfação. Em outras
23
palavras, “fazer o outro se mover passo-a-passo, na direção de suas realizações”.Motivação, vendas e resultados financeiros podem adiar a desistência, servindo para ganhar tempo e gerar volume, mas somente através do coaching, é possível obter um comprometimento do distribuidor com a oportunidade e com seus líderes, de forma duradoura. É o relacionamento estreito de confiança e companheirismo que faz o seu distribuidor ser fiel a você e à companhia
2.4. Marketing de atração
Até pouco tempo atrás e ainda hoje, o marketing é (era) feito por muitas
pessoas através de longas viagens, apresentações cansativas em hotéis, anúncios
em jornais, cartazes pelas ruas, enfim, era muito cansativo você fazer Marketing
off-line (fora da internet).
Um dos maiores segredos do marketing online para quem desenvolve Marketing de
Rede, é o que chamamos de Marketing de Atração. O Marketing de Atração é, para
mim, a peça mais importante do marketing do seu negócio nos dias de hoje.
Como funciona o Marketing de Atração?
A primeira coisa que você tem que colocar na cabeça é que nós adoramos
comprar, porém detestamos que alguém nos venda algo. Difícil entender?
Vou dar 2 exemplos práticos envolvendo a mesma situação:
1) Imagine que você entra numa loja de roupas para poder comprar um presente
para um amigo ou parente. Assim que você entra na loja, o vendedor vem na sua
cola e mal diz um “bom dia/tarde e já vem querendo te empurrar várias peças na
promoção e se você tem interesse de vê-las.
2) Você entra numa outra loja e o vendedor chega para você, diz “bom dia/tarde” e
informa que está ali a disposição para tirar quaisquer dúvidas que você tenha e se
você aceita uma água ou cafezinho enquanto escolhe as roupas para dar de
presente.
Em qual das 2 lojas você se sentirá mais confortável para fazer a compra?
Loja 1 ou 2?
Acredito que vai escolher a loja 2, pois sabe que o vendedor não é do tipo que
gosta de ficar empurrando qualquer produto para bater as metas dele, mas sim, te
deixou muito confortável para você escolher o que lhe interessa e ficou a sua
disposição para tirar suas dúvidas.
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Não foi aquele vendedor tipo da loja 1 que fica, literalmente, “enchendo o saco”
atrás de você na loja toda para te forçar a comprar.
Então, nos negócios funciona de forma semelhante. Se você quer recrutar
muitas pessoas para seu negócio de Marketing de Rede, não deverá ficar indo
atrás das pessoas, mas sim deixá-las a vontade para te procurar para tirar dúvidas
para, daí sim, você conversar melhor com elas e apresentar sua oportunidade.
Uma outra coisa importante é que as pessoas não entram na empresa por
causa da empresa, mas sim por causa de quem as indicou. Este é o princípio da
coisa e que você deve entender a partir de agora.
Portanto, nunca fique empurrando sua oportunidade de negócios para as pessoas,
mas sim atraia elas para conhecer a você primeiramente para, só depois, conhecer
sua oportunidade.
Não tente “vender” o produto de sua empresa ou a sua oportunidade. Venda a si
mesmo. É assim que funciona. Você deve se tornar um membro valioso e eficaz
na sua comunidade. Deve ampliar sua rede de amigos e conhecidos.
Quando eles ficam sabendo o que você faz, não os force a adquirir os produtos
“goela abaixo”, a menos que seja solicitado. Torne-se um especialista no seu
campo de atuação e dê seu testemunho honesto de suas experiências positivas
com o produto/serviço da empresa de MMN que está desenvolvendo.
Além disso, cerca de 98% dos que estão na internet ainda fazem SPAM,
que é a propaganda não solicitada e que não traz nenhum retorno para você. Você
só irá ter cada vez mais pessoas que não irão ler seus e-mails ou seus anúncios a
cada dia que passa. Já fiz um artigo sobre isto em que explico sobre o e-mail
marketing correto.
Se você ainda pratica somente estes tipos de divulgação do seu negócio, cuidado,
você está à beira da extinção, pois somente isto já não funciona mais.
É óbvio que apresentações ao vivo, distribuir panfletos ou cartões de sua empresa,
vender produtos para amigos e conhecidos, convidar através de cartazes, entre
outros, ainda dão resultados, só que hoje já existem várias outras técnicas que lhe
permitem obter mais resultados, trabalhando muito menos, através da internet.
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Estas técnicas, conforme falei acima, se chamam “Marketing de Atração” que,
resumidamente, é você aguardar que as pessoas lhe procurem ao invés de
oferecer sua oportunidade de negócios de forma desenfreada.
Para isto acontecer, ofereça algo de valor para seus contatos, ajude os
mesmos na resolução de seus problemas online e off line, como exemplo: como
conseguir contatos qualificados para seu negócio, como construir um blog
profissional, como fazer vídeos, etc…
São várias formas que você pode ajudar as pessoas. Ofereça aquilo que
você tem conhecimento e, de acordo que for aprendendo mais coisas, repasse
para seus contatos. Com isto, você se tornará uma pessoa magnética.
Você deve ter em mente uma frase muito importante que é o princípio básico do
Marketing de Atração: “As pessoas se associam a você, e não na sua empresa”
Da mesma forma, é preciso praticar o Marketing de Atração nos negócios
pela internet (online) para que você possa alcançar o sucesso. E, também, um
outro item muito importante é você promover a duplicação dos seus conhecimentos
para sua downline, de forma a ter um negócio de longo prazo e com renda residual
por muitos anos.
Resumindo: Para se ter sucesso em qualquer negócio, deve-se ter em mente 2
grandes lições:
1) Não faça SPAM;
2) Pratique o Marketing de Atração e compartilhe isto com sua downline.
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CAPÍTULO III
DIFERENÇA ENTRE MARKETING DE REDE E PIRÂMIDE FINANCEIRA
Os golpes financeiros do tipo pirâmide são antigos, mas eles continuam surgindo
no mercado e, com a internet, passaram a ganhar maior alcance e velocidade de
propagação. Embora estes esquemas tendam sempre a se sofisticar, há características
comuns que podem ajudar a identificá-los.
Embora os casos mais conhecidos de suspeita de pirâmide sejam os da Telexfree
e da BBom, que estão sendo alvo de decisões judiciais, o país tem registrado nos
últimos meses um "boom" de empresas que têm entrado no mercado anunciando
praticar o chamado marketing multinível, mas se valendo de modelos com indícios de
pirâmide e não-sustentáveis, o que tem preocupado as autoridades.
“Esquemas piramidais são algo lendário, sempre existiu alguém querendo levar
vantagem. Mas tudo vai ficando mais sofisticado e a principal diferença agora é o
alcance e a velocidade. Antes, era preciso reunir os potenciais interessados num
espaço físico, na garagem, no clube, num hotel. Agora é tudo pela internet e ilimitado”,
afirma a diretora-executiva da Associação Brasileira de Vendas Diretas (ABEVD),
Roberta Kuruzu.
A entidade se diz preocupada com o crescimento do número de denúncias e
afirma que os esquemas de pirâmide não podem ser confundidos com o marketing
multinível, cuja atividade é legal e praticada há anos no país por diversas empresas de
venda direta.
As autoridades federais afirmam estar atentas a esta movimentação do mercado. Entre
os órgãos que investigam os esquemas de pirâmide e afirmam analisar o assunto
estão a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Secretaria de Acompanhamento
Econômico do Ministério da Fazenda, a Secretaria Nacional do Consumidor do
Ministério da Fazenda e a Receita Federal.
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3.1 O que é pirâmide financeira?
O esquema em pirâmide, também conhecido como esquema Ponzi, depende
basicamente do recrutamento progressivo de outras pessoas para o sistema, sem
levar em consideração a real geração de vendas de produtos ou serviços. Os ganhos,
portanto, não vêm dessas vendas, mas das taxas pagas por quem entra no sistema,
com os novos associados remunerando os antigos. Costuma incentivar grandes
investimentos em múltiplas compras dos pacotes oferecidos. Em dado momento, o
negócio se torna insustentável, uma vez que é matematicamente impossível atrair
novos participantes para a rede, e os que entraram por último acabam sendo lesados
e perdendo os recursos aplicados. É crime previsto em lei.
Segundo Ferreira de Paula (2014), o sistema de pirâmide é caracterizado
por golpista que pega o dinheiro das pessoas e, no momento certo, desaparece
com ele. No início, para dar mais credibilidade, eles honram pedidos de resgate
de quem pede para sair e isso faz com que essas pessoas contem com seus
amigos e parentes que ganham um dinheiro fácil e encorajando outras pessoas a
entrar.
Ainda de acordo com Ferreira de Paula (2014), é bom destacar que não é
possível gerar dinheiro sem trabalho e sem dedicação. Promessas de dinheiro
fácil são quase certas de que está se tratando de um esquema “fraudulento” e
“enganoso”.
Mesmo proibidas no Brasil, as chamadas pirâmides financeiras continuam
atraindo milhares de pessoas com a promessa de ganho financeiro rápido e fácil.
O esquema utiliza a venda de um determinado produto ou serviço como
disfarce, e os participantes são remunerados principalmente pela indicação de
outros associados, sem levar em consideração a venda real do produto. Quando o
dinheiro não é o suficiente para cobrir as despesas, o atraso nos pagamentos
começa a acontecer repetidamente, até se tornar insustentável e gerar perdas para
quem investiu.
A Constituição Federal assegura o livre exercício de qualquer atividade
econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa.
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O Código Penal (Decreto Lei n° 2.848, de 07.12.1940) impõe limites à
comercialização ao penalizar fraudes ou vantagens ilícitas, incluindo entre elas os
sistemas piramidais ou correntes de felicidade.
Os golpes financeiros têm alcançado um novo espaço de divulgação, com
maior rapidez na criação dos esquemas ilegais. Segundo o promotor de defesa do
consumidor, Paulo Roberto Binicheski, a internet é a grande aliada do sistema
ilegal. “Hoje, pode-se praticar essas atividades de casa e em questão de dias o
esquema já está montado, devido ao uso da internet e às novas tecnologias que
estão ao alcance de muitos”, enfatizou.
O Ministério da Justiça lançou uma cartilha para explicar as diferenças entre as
pirâmides financeiras, que são ilegais, e o marketing multinível, que é canal de
distribuição de produtos e serviços legal.
– G1
A prática da pirâmide financeira configura crime contra a economia popular,
conforme prevê a lei n° 1.521. O promotor Paulo Roberto Binicheski ressalta que
esta atividade costuma estar associada a outros crimes, como lavagem de dinheiro,
além de responsabilizar quem integra a organização. “Quem participa do esquema
de pirâmide é tão criminoso quanto os que estão no topo. Eu gosto de usar a
expressão do Direito Penal “dolo”, pois não existe ganho fácil, é necessário
trabalhar arduamente para conquistar algo”, finalizou.
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3.2 O que é marketing multinível (MMN)?
Também chamado de marketing de rede, trata-se de modelo de negócio legal,
em que o integrante da rede pode ter ganhos tanto em razão da venda de produtos ou
serviços como através de recrutamento de outros vendedores. Nesse caso, seu
faturamento será proporcional à receita gerada pelas vendas dos integrantes de sua
rede. As empresas não precisam fazer grandes investimentos em publicidade e
repassam aos seus distribuidores bônus e comissões de venda.
As empresas que se dedicam ao Marketing de Rede possuem algumas
características que diferenciam dos esquemas ilegais (pirâmides) no mercado.
De acordo com GRACIOSO & NAJJAR (1997, P.38), as principais características
são:
*produtos e serviços de alta qualidade;
*produtos e serviços com potencial de consumo – utilidade continua;
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*pequeno investimento inicial para entrar no negócio, com possibilidade de
recuperação em caso de mudança de ideia;
*controle ético sobre os participantes da rede;
*oferta de treinamento para os distribuidores;
*proibição de compras desnecessárias (formação de estoques, por exemplo e
regras razoáveis de recompra dos produtos pela empresa);
*não-compensação do recrutamento de novos participantes; e
*garantia de satisfação ao consumidor.
Nota-se que cinco dessas características trata a respeito do produto,
atendendo a uma necessidade do mercado. Conforme GRACIOSO & NAJJAR
(1997, P.38), nenhum sistema de marketing pode subsistir se não for baseado
em produtos que tenham uma boa qualidade e que atendam uma necessidade
de mercado. Para que ocorra a garantia de satisfação do consumidor é
necessário que a empresa seja absolutamente segura de que possui
efetivamente um bom produto. Dessa maneira, o negócio é desenvolvido através
de compra repetitiva de produtos por uma clientela sempre dos mesmos satisfeita
com o uso.
3.3 Como identificar indícios de pirâmide?
Na maioria dos casos, a utilização do produto ou serviço é irrelevante. O que
conta é recrutar novos participantes. Prometem mudança de vida e retorno de até
300% em poucos meses. O investidor deve sempre se perguntar se compraria o
produto ou serviço por aquele preço se não fizesse parte do negócio e também se o
que é oferecido continuaria sendo comercializado, e por preço similar, sem a rede.
3.4 O que distingue o marketing multinível da pirâmide?
A diferença básica é que o Marketing Multinível (MMN) é um canal de distribuição
de produtos e serviços e não de captação de recursos para investimento, e não
depende de novos associados para a sustentabilidade do negócio. No MMN, o
número de consumidores dos produtos ou serviços é sempre superior ao número de
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revendedores, e o consumo é baseado no benefício e qualidade que trazem. Outra
diferença é que as empresas pagam apenas um percentual de vendas já realizadas.
Ou seja, se nunca mais entrar um novo membro, os pagamentos terão como ser
mantidos, uma vez que o consumidor final estará utilizando o produto, mesmo sem
fazer parte da rede.
Para ter sucesso nesse ramo do Marketing de Rede, ALVES (2007)
afirma que a primeira forma de ganho é com a venda dos produtos da empresa.
Aprenda a vender, pois a comissão de venda é a chave do negócio para novos
desafios.
3.5 O que observar antes de se associar a uma empresa de marketing
multinível?
- Verifique se a empresa é filiada à ABEVD, à DSA ou WFDSA, que são entidades que
exigem o cumprimento de um código de ética e conduta
- Faça uma cópia da apresentação da oferta e do contrato e, se possível, consulte um
advogado ou especialista
- Confira se os mecanismos de premiação e bonificação são calculados levando em
consideração a real geração de vendas de produtos e não sobre as adesões de novos
participantes que tenham sido indicados pelo associado
- Verifique se a taxa de adesão e pagamentos são compatíveis com o retorno imediato
entregue aos revendedores em termos de produtos, capacitação ou licenças e se há
garantia de devolução em caso de desistência
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CONCLUSÃO
Neste trabalho, buscou-se identificar, analisar e apresentar as
características do Marketing de Rede que atua de forma inovadora no mercado,
diferente do comércio atual. Na medida em que se realizou essa pesquisa, foram
utilizados vários conceitos de marketing, direcionado ao funcionamento
profissional da empresa e dos empreendedores que atuam neste ramo, aonde
percebeu que os empreendedores estão cada vez mais ampliando a sua rede em
busca de uma independência financeira. O marketing de rede de distribuição vem
conquistando amplos mercados internacionais, aonde se percebe que o Brasil
possui um significativo mercado para crescimento.
Procurei explicar a real diferença entre pirâmides financeiras e marketing
multinível, onde até hoje as pessoas encontram muita resistência (conversando
com amigos próximos, me falaram exatamente dessa situação).
Finalmente, concluiu-se que o marketing multinível não é um negócio em
si, mas, uma ferramenta negocial que, se constitui num poderosíssimo
instrumento do marketing para a venda em redes de distribuição de produtos e
serviços, possibilitando grandes volumes de negócios e geração de renda
residual proporcional à capacidade de atuação dos grupos de distribuidores
individuais contratantes.
A garantia de sucesso nesse novo campo de atuação possível aos
profissionais da informação vem da grande demanda por esse tipo de
empreendimento, que favorece a sustentabilidade do negócio propagandista. Aos
profissionais que escolherem esse nicho de oportunidades de negócios será
requerido um pequeno investimento, forte compromisso profissional com o
negócio e uma dose maior de perseverança, uma vez que não estarão
trabalhando sobre a fiscalização de um “patrão” (empregador), mas estarão
verdadeiramente investindo tempo e dinheiro em um negócio próprio que exigirá
ousadia e coragem.
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BIBLIOGRAFIA
ALVES, Diego Augusto Braz. Marketing de Rede. UNICEUB, Brasília, Out. 2007. BERRO, Diego. Empreendendo com o marketing de rede. 2006. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/empreendendo-com-o- marketing-de-rede/12251/>. Acesso em: 20 abr 2012. BUAIZ, S. Marketing de rede a fórmula da liderança. Rio de Janeiro: Instituto MLM Brasil, 1998.
GRACIOSO, Francisco; NAJJAR, Eduardo Rienzo. Marketing de rede: a era do
supermercado virtual. São Paulo, Atlas, 1997
KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing.12ª ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall do Brasil, 2007.
HONORATO, Gilson. Conhecendo o marketing. São Paulo: Manole, 2004 KOTLER, Philip. Administração de marketing: a edição do novo milênio. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2000 KOTLER, P. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e dominar mercados. São Paulo, Futura. P.2002. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 12.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. G1 Economia, Indicios de pirêmide. Disponível em <http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/07/saiba-como-identificar-indicios-de-piramide-para-nao-cair-em-golpes.html>. Acesso em 06/01/2017 Direct Selling News. Disponível em http://directsellingnews.com/index.php/view/2016_profiles#.WJ0JWTsrLIX. Acesso em 06/01/2017 ABVED. Disponível em <http://www.abevd.org.br/>. Acesso em 12/01/2017
Wikipedia. Marketing Multinível. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Marketing_multin%C3%ADvel>. Acesso em 25/01/2017
6 passos do marketing. Disponível em <http://charlesrezende.net/6-passos-
antes-de-iniciar-no-marketing-multi-nivel/.> Acesso em 08/02/2017