documento protegido pela lei de direito autoral · resumo . 5 esta pesquisa monográfica tem por...

53
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE MOTIVAÇÃO: A contribuição dos colaboradores para o resultado da empresa Por: Fabrícia Canuto de Souza Scalioni Orientador Adélia Maria Oliveira de Araújo Belo Horizonte 2010 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

Upload: dinhdang

Post on 03-Jan-2019

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

MOTIVAÇÃO:

A contribuição dos colaboradores para o resultado da empresa

Por: Fabrícia Canuto de Souza Scalioni

Orientador

Adélia Maria Oliveira de Araújo

Belo Horizonte

2010

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

DOCU

MENTO

PRO

TEGID

O PEL

A LE

I DE D

IREIT

O AUTO

RAL

Page 2: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

2

MOTIVAÇÃO:

A contribuição dos colaboradores para o resultado da empresa

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão de

Recursos Humanos

Por: Fabrícia Canuto de Souza Scalioni

Page 3: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que de maneira direta e/ou indireta contribuíram na minha

formação pessoal, acadêmica e profissional.

Agradeço à minha família, aos meus amigos, e a meu marido.

Enfim, agradeço a Deus.

Page 4: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

4

DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia primeiramente

a Deus. A minha mãe pelo carinho e

atenção e ao Fabrício pelo amor e

compreensão.

RESUMO

Page 5: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

5

Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema

motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade. Irá relacioná-lo ao dia-

a-dia do funcionário das empresas privadas, enfocando que estas,

preocupadas com a motivação apresentada por seus colaboradores, ou com a

ausência desta, começam a atentar para a necessidade de investir cada vez

mais em pesquisas de clima organizacional, cursos motivacionais, dinâmicas

de grupo, palestras e recursos que possam estimulá-los a permanecerem

motivados, podendo, desta forma, extrair o máximo de cada um deles. As

empresas entendem que, na atualidade, as estratégias, tecnologias ou idéias

inovadoras, não funcionarão sem profissionais motivados. Baseada em teorias

que discorrem a respeito da motivação, esta se propõe a responder á questão

“Porque os funcionários não se comportam como sendo responsáveis pelo

sucesso da empresa, independente de seu cargo ou colocação nesta”? Outra

questão abordada remete ao motivo de alguns se sentirem altamente

motivados para realizar determinadas tarefas que a outros parecem

enfadonhas e desinteressantes. As teorias sobre motivação são diversas e não

basta às empresas somente escolher entre elas uma capaz de motivar seus

colaboradores, pois os indivíduos são motivados de diferentes maneiras,

conforme suas necessidades e seus valores sociais. Tentar entender essas

necessidades e esses valores é o grande desafio apresentado às empresas e

que será abordado nesta.

Page 6: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

6

METODOLOGIA

Para a realização deste trabalho, a metodologia a ser utilizada será a

pesquisa teórica. A pesquisa bibliográfica servirá como base para a aquisição

de conhecimento acerca dos temas envolvidos.

Num primeiro momento buscamos efetuar uma explanação geral sobre

motivação, com base na visão dos autores que estudaram amplamente este

tema.

Posteriormente, foi feita uma análise sobre o material que conseguimos

reunir, apontando as semelhanças e diferenças entre as teorias de motivação.

E por fim, uma análise de todas as teorias acerca do tema.

Page 7: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Visão Panorâmica da Motivação nas Organizações 10

CAPÍTULO II - Principais Teorias 17

CAPÍTULO III - Colaboração dos empregados na empresa 38

CONCLUSÃO 43

BIBLIOGRAFIA 46

Page 8: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

8

INTRODUÇÃO

O cenário empresarial atual está se caracterizando por apresentar alta

competitividade, alta concorrência e alta vulnerabilidade a fatores internos e

externos. Há uma corrida incessante para que tais fatores acima citados

impactem ao mínimo o negócio das organizações e suas estratégias de

mercado.

Na chamada "era do conhecimento" as organizações têm se

preocupado muito com a motivação de seus colaboradores certamente porque,

diante das constantes mudanças tecnológicas e da necessidade de

atualização dos conhecimentos, as pessoas têm desenvolvidos papéis cada

vez mais importantes dentro das organizações. É por meio de seus

conhecimentos, habilidades e atitudes que as empresas têm atingido

vantagem competitiva, gerando a competência necessária para que se

mantenham ativas em um ambiente onde a concorrência está cada vez mais

acirrada.

Ao nos aprofundarmos no estudo do tema Motivação, vários são os

questionamentos despertados. Dentre eles podemos citar: O que motiva as

pessoas? Será possível ás empresas manter todos os seus colaboradores

motivados? Há relação do comportamento dos funcionários, que não se

envolvem com a empresa, acreditando que os resultados sejam somente

função da alta diretoria/gerência, com a falta de motivação dos mesmos? Por

que os funcionários não se comportam como sendo responsáveis pelo sucesso

da empresa, independente de seu cargo ou colocação nesta? Por que alguns

funcionários de empresas privadas se sentem altamente motivados para

realizar determinadas tarefas que a outros parecem enfadonhas e

desinteressantes? Pessoas com experiências de vida diferentes reagem de

maneira diferente aos mesmos estímulos? A motivação é algo intrínseco ou

extrínseco?

Page 9: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

9

É a partir da valorização de seu capital humano que as empresas

obterão êxito neste cenário atual de concorrências e superação. Ou seja, a

empresa, para alcançar seus objetivos, precisa que seus funcionários estejam

bem preparados para desenvolver bem suas atividades. E então surge a

Motivação, como mola propulsora dos mesmos, que os impulsiona a buscar

novos desafios, conquistas, e até mudanças. O comportamento e a Motivação

humana estão interligados e são influenciados por fatores internos e externos.

Colaboradores motivados trabalham felizes e apresentam melhores

resultados financeiros, pois a motivação tem relação direta com o

desempenho.

O objetivo principal desta pesquisa monográfica é refletir sobre a relação

do comportamento dos funcionários, que não se envolvem com a empresa

acreditando que os resultados sejam somente de responsabilidade da alta

diretoria/gerência, com a falta de motivação dos mesmos.

O Capítulo I abordará uma visão panorâmica da motivação nas

organizações e a contextualização desta no dia a dia destas. No Capítulo II

será o momento de dizer sobre os principais teóricos e suas teorias sobre a

motivação demonstrando principalmente que, apesar de apresentarem

abordagens diferentes, as teorias não se excluem e, pelo contrário,

completam-se. Já no Capítulo III será apresentada a colaboração dos

empregados nas empresas.

Page 10: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

10

CAPÍTULO I – VISÃO PANORÂMICA DA MOTIVAÇÃO NAS

ORGANIZAÇÕES

A motivação é uma das grandes forças impulsionadoras do

comportamento humano. É ela quem irá determinar os níveis de desempenho

pessoal e profissional obtidos. Na empresa, está diretamente relacionada com

sentimento de pertença, produtividade e valorosidade atribuídos interna (pelo

próprio sujeito) e externamente (pela empresa, chefia, colegas, sociedade, etc)

(BLANKSTAD, 1997).

Motivação envolve sentimentos de realização e de reconhecimento

profissional, manifestados por meio de exercícios das tarefas e atividades que

oferecem suficiente desafio e significado para o trabalho (LOPES, 1980 ;

RIBEIRO, 1994).

É um processo que governa escolhas entre comportamentos; e uma

espécie de força interna que emerge, regula e sustenta todas as nossas ações

mais importantes. Geralmente é empregado como sinônimo de forças

psicológicas, desejos, impulsos, instintos, necessidades, vontade, intenção e

etc (AGUIAR, 1992).

No passado, enfatizou-se o controle sobre as pessoas como principal

recurso para se conseguir delas atitudes produtivas rumo à consecução dos

objetivos organizacionais. O uso sistemático das estratégicas de controle

explícitas ou camufladas, no entanto, não comprova estar apresentando a

eficácia esperada. (BERGAMINI, 2006).

Page 11: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

11

Se a tecnologia já não é problema, se a inflação está relativamente

controlada, tudo deveria ser melhor e não está sendo. É assim que as pessoas

estão agora ganhando lugar de destaque, pois o relativo fracasso só pode

estar ocorrendo porque provavelmente elas sejam o principal problema.

(BERGAMINI, 2006).

Certamente as pessoas não são o problema, mas parte da solução.

Quando ingressam em uma organização, trazem consigo uma variedade de

valores, interesses e talentos que influenciam o ambiente organizacional. Cabe

à organização encontrar estratégias que permitam transformar esses valores,

interesses e talentos em ações eficazes e produtivas. Caso contrário, haverá

apenas "um grande contingente de pessoas que não nutrem a menor

motivação por aquilo que fazem" (BERGAMINI, 2006).

A busca por profissionais talentosos tem sido uma das grandes

preocupações das empresas na atualidade. Sem profissionais talentosos de

nada adianta estratégia, tecnologia ou idéias inovadoras. Então, cada vez mais

surge a necessidade de um novo perfil profissional. As empresas estão à

procura de pessoas íntegras, criativas, motivadas, eficientes, visionárias e

compreensivas. Pessoas estas, portadoras de habilidades interpessoais, com

coragem para lidar

com desafios e com as constantes e progressivas mudanças do mundo

moderno globalizado (KONDO, 1994).

A grande sacada é apostar no potencial humano. E as empresas estão

pagando para ver. Através de investimentos em treinamento de pessoal, elas

esperam um retorno, que aliado ao gerenciamento administrativo e programas

de qualidade, tem tudo para dar bons frutos e resultados (CARLEIAL, 1997).

Por outro lado, as empresas precisam estar atentas, se suas políticas

internas favorecem a promoção e o fluxo natural de motivação das pessoas, ou

se essas boicotam esse mesmo processo. Portanto, o papel da organização é

Page 12: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

12

de suma importância na obtenção de um bom nível de motivação entre seus

colaboradores (CARLEIAL, 1997).

É necessário que haja uma razão para haver motivação. Portanto,

filosofia, metas e objetivos bem claros contribuem significativamente para o

seu desenvolvimento e otimização de resultados. Funcionário motivado e

produtivo é aquele que está no lugar certo, ou seja, que ocupa uma função

capaz de explorar e estimular suas potencialidades, bem como fornecer-lhe

reconhecimento (através de um salário compatível, planos de crescimento,

benefícios e, é claro, aliado a um reconhecimento genuíno por parte da

empresa que ressalve o seu valor). Além disso, é necessário estar atento ao

cultivo de um clima organizacional, propício para o desenvolvimento de boas

relações que promovam comunicação, qualidade e produtividade. Habilidades

pessoais de superiores devem ser capazes de detectar talentos (bem como

aproveitá-los) e estimular a autonomia e criatividade, sempre (CARLEIAL,

1997).

A eliminação de estressores também deve ser observada, tais como

falta de

organização, higiene e segurança no ambiente de trabalho, pois podem roubar

energia que pode ser melhor aproveitada. Sendo assim, empresa e os

colaboradores devem estar dispostos a correr riscos, a encarar desafios, para

poderem assim, juntos ficarem envolvidos e motivados com o processo do qual

fazem parte. A empresa não é uma entidade acéfala, isolada. Ela é composta

de

sujeitos e por isso, deve levar em conta esta condição. Somente as pessoas

podem agregar valor, através de seu trabalho, conhecimento, visão e

experiência de vida. Sem as pessoas de nada adiantaria, pois é com elas que

se trabalha e para elas (CARLEIAL, 1997).

Page 13: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

13

1.1. A MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

Para não tornar o trabalho uma fonte de sofrimento, é necessário que as

organizações compreendam que as pessoas não fazem as mesmas coisas

pelas mesmas razões. Elas são diferentes e interagem com o ambiente de

forma diferente, característica que BERGAMINI (2006) chamou de Estilo de

Comportamento Motivacional. Para ela, este estilo é um fator indicativo das

marcas individuais que cada pessoa evidencia quando se comporta na busca

dos seus próprios fatores de satisfação motivacional. É função da vida psíquica

humana, tendo caráter intrínseco tão típico a cada pessoa que, através da sua

configuração, será possível individualizá-la dos demais com quem convive. É o

comportamento motivacional que faz com que pessoas buscando o mesmo

objetivo adotem condutas diferentes, particulares.

BERGAMINI (2006) identificou quatro estilos de comportamento

motivacional nas organizações, sendo que em seguida haverá descrição de

cada um deles:

• Orientação participativa;

• Orientação para a ação;

• Orientação para a manutenção e

• Orientação para a conciliação.

1.1.1. Orientação participativa

Pessoas com este estilo de comportamento acreditam que o mais

importante seja promover o valor que os outros têm, descobrindo o que há de

melhor nelas. Essas pessoas têm grande satisfação motivacional quando:

Page 14: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

14

• Podem seguir orientação grupal;

• Consultam pessoas e são consultadas por elas;

• Usam os seus talentos pessoais para o desenvolvimento da organização

e

• Promovem o desenvolvimento dos talentos daqueles com os quais

trabalham.

E têm grande insatisfação motivacional quando:

• Recebem tratamento impessoal;

• São forçadas a desenvolver atividades sem significado;

• Sentem que as suas intenções não são reconhecidas e

• Têm que conviver em meio a um clima de falsidade em que as pessoas

não são levadas a sério.

1.1.2. Orientação para a ação

Este estilo de comportamento é característico das pessoas que gostam

de fazer com que as coisas aconteçam, que são atraídas por situações em que

são desafiadas a demonstrar sua competência pessoal, vencer desafios e

chegar ao domínio da situação. Têm grande satisfação motivacional nas

seguintes condições:

• Sentem-se desafiadas a comprovar sua eficiência;

• Podem conduzir-se com autonomia;

• Desenvolvem atividades variadas e

• São tratadas de igual para igual, sem medo.

E grande insatisfação motivacional nas seguintes:

Page 15: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

15

• Sentem-se cerceadas na sua ação e presas a rotinas desinteressantes;

• Não percebem objetivos claramente fixados;

• Quando há falta de responsabilidade dos demais e

• Sentem que é impossível controlar as variáveis que afetam os

resultados.

1.1.3. Orientação para a manutenção

Neste estilo, a preocupação maior é com a segurança, o que faz com

que as pessoas com essa orientação construam cuidadosamente a sua vida

de maneira a se sentirem firmemente apoiadas em vitórias passadas.

Situações que trazem grande satisfação motivacional:

• Ter oportunidade de usar lógica e organização;

• Contar com tempo suficiente para garantir a boa qualidade daquilo que

está sendo feito;

• Dispor de fontes confiáveis de consulta e

• Sentir que há coerência e justiça no trato com pessoas.

Situações que trazem grande insatisfação motivacional:

• Trabalhar com informações confusas e incompletas;

• Estar sujeito a um clima de constantes mudanças;

• Conviver com pessoas dadas a explosões emocionais e

• Tratar os assuntos de forma incompleta e superficial.

Page 16: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

16

1.1.4. Orientação para a conciliação

As pessoas com este estilo de comportamento têm como principal

preocupação estar em sintonia com os demais, através da negociação e

procurando entender o ponto de vista deles. São flexíveis e sempre dispostas

a rever seus pontos de vista. Essas pessoas têm grande satisfação

motivacional quando:

• Desfrutam de uma convivência social harmônica;

• Contam com um ambiente flexível onde seja possível fazer concessões;

• Reconhecem-se importantes dentro do grupo e

• Conhecem a repercussão social das suas ações.

E grande insatisfação motivacional quando:

• São colocadas em ridículo perante o grupo;

• Precisam seguir normas e horários rígidos;

• Sentem-se socialmente colocadas de lado e

• Estão num ambiente sério demais em que as pessoas se atritam

constantemente.

De acordo com BERGAMINI (2006), esses quatro estilos estão

presentes ao mesmo tempo em todas as pessoas, sempre com a

predominância de um deles. São essas combinações de estilos que tornam

cada pessoa única e proporcionam a diversidade nas organizações.

1.2. CLIMA ORGANIZACIONAL

Page 17: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

17

O conceito de motivação - ao nível individual - conduz ao de clima

organizacional - ao nível da organização (LOPES, 1980).

Os seres humanos estão continuamente engajados no ajustamento a uma

variedade de situações, no sentido de satisfazer suas necessidades e manter

um equilíbrio emocional. Isto pode ser definido como um estado de

ajustamento (LOPES, 1980).

Tal ajustamento não se refere somente à satisfação das necessidades

fisiológicas e de segurança, mas também à satisfação das necessidades de

pertencer a um grupo social de estima, e de auto-realização. É a frustração

dessas necessidades que causa muitos dos problemas de ajustamento. Como

a satisfação dessas necessidades superiores depende muito de outras

pessoas, particularmente daquelas que estão em posições de autoridade,

torna-se importante para a administração compreender a natureza do

ajustamento e do desajustamento das pessoas (KANNANE, 1995).

O ajustamento, como a inteligência ou as aptidões, varia de uma pessoa

para outra e dentro do mesmo indivíduo de um momento para outro (CODA,

1905).

O termo clima organizacional refere-se especificamente às propriedades

motivacionais do ambiente organizacional, ou seja, aqueles aspectos da

organização que levam à provocação de diferentes espécies de motivação nos

seus participantes (FLEURY & FISHER, 1989).

Segundo Chiavenato, Clima Organizacional é a qualidade ou propriedade

do ambiente organizacional que é percebida ou orientada pelos membros da

organização e influencia seu comportamento. O Clima Organizacional refere-se

ao ambiente interno entre os membros de uma organização e está intimamente

relacionado ao grau de motivação de seus participantes. Quando há elevada

motivação entre os membros, o clima motivacional se eleva e se traduz em

Page 18: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

18

relações de satisfação, de animação, interesse, colaboração, etc. Todavia

quando há baixa motivação entre os membros, seja por frustração ou barreiras

à satisfação das necessidades, o clima organizacional, tende a abaixar-se,

caracterizando-se por estados de depressão, desinteresse, apatia,

insatisfação, etc. Ele influencia o estado motivacional das pessoas e estas são

por ele influenciadas.

Page 19: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

19

CAPÍTULO II - PRINCIPAIS TEORIAS

Distinguem-se dois tipos de teorias da motivação: as teorias dos processos

e as teorias dos conteúdos (AQUINO, 1981).

As primeiras descrevem os processos motivacionais, "como se está

motivado", as segundas tentam explicar "por que se está motivado"

(AZEVEDO, 1990).

Os conteúdos podem variar de um trabalhador ao outro, de um emprego a

outro, mas os processos podem ser aplicados a todos os conteúdos

(BERGAMINI, 1997).

2.1. TEORIAS DE CONTEÚDO

Teoria dos conteúdos é uma teoria mais antiga que a teoria dos processos.

Ela busca inventariar as diversas expectativas que podem mobilizar os

trabalhadores (AGUIAR, 1992).

Na linguagem corrente o termo motivação agrupa um conjunto de

conteúdos. De maneira geral, os indivíduos são motivados pelas necessidades

que buscam satisfazer (AQUINO, 1981).

2.1.1. A teoria da hierarquia das necessidades de Maslow

Segundo Chiavenato ( 2005), a teoria motivacional de Maslow se baseia

na chamada hierarquia de necessidades. O fundamento da sua teoria é que as

Page 20: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

20

necessidades podem ser hierarquizadas, ou seja, distribuídas em uma

hierarquia de importância e de influencia do comportamento humano.

Os motivos do comportamento humano derivam de forças interiores do

próprio indivíduo. Algumas necessidades são conscientes, outras não

(BERGAMINI,1997).

Necessidades Fisiológicas: Sua principal característica é a urgência e

exige satisfação cíclica e reiterada para garantir a preservação da espécie e

sobrevivência do indivíduo. São as necessidades inatas, ou biológicas. São

predominantes sobre todas as demais necessidades. São: fome, abrigo,

repouso, sexo etc. Quando essas necessidades não são satisfeitas, elas

dominam a direção do comportamento da pessoa.

Necessidades de Segurança: surgem no comportamento humano

quando as necessidades fisiológicas estão relativamente satisfeitas. A busca

de um mundo organizado e previsível, protegido e seguro são manifestações

típicas dessa necessidade e leva o indivíduo a proteger-se de qualquer perigo

real ou imaginário, físico ou abstrato. São: proteção contra: perigo,

desemprego, doença, roubo. Quando essas necessidades não são satisfeitas

causam insegurança e incerteza.

Necessidades Sociais: surgem no comportamento quando as

necessidades mais baixas (fisiológicas e de segurança) estão relativamente

satisfeitas. São as necessidades de associação, participação e aceitação por

parte dos colegas; a amizade, o afeto e o amor são seus pontos altos. Quando

essas necessidades não são satisfeitas, conduzem geralmente à falta de

adaptação social e à solidão.

Necessidades de Estima: são as necessidades relacionadas com a

auto-avaliação e auto-estima. Envolvem a auto-apreciação, a autoconfiança,

necessidade de reconhecimento e aprovação social, de status, consideração,

Page 21: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

21

prestígio. Quando essas necessidades não são satisfeitas, podem produzir

sentimentos de inferioridade, dependência, desamparo que podem levar ao

desânimo ou às atividades compensatórias.

Necessidades de Auto-Realização: são as necessidades humanas mais

elevadas e que estão no topo da hierarquia. Estão relacionadas com

autonomia, independência, autocontrole, competência. São as necessidades

de cada pessoa realizar seu próprio potencial e se desenvolver continuamente

como criatura humana. Enquanto as quatro necessidades anteriores podem

ser satisfeitas com recompensas externas, esta só pode ser satisfeita no nível

de interior pessoal, com sentimento de realização, não sendo observada nem

controlada por outras pessoas. Esta necessidade pode ser insaciável, ou seja,

quanto mais a pessoa obtém recompensas que a satisfaçam, mais importante

ela se torna e mais ela desejará satisfazer-se (LOPES, 1980).

Segundo Vergara (2006), a teoria de Maslow deixa de considerar que as

necessidades variam de cultura para cultura e de pessoa para pessoa. Como

exemplo, a cultura Japonesa, colocaria as necessidades afetivo-sociais na

base da hierarquia.

Figura 1 - Pirâmide das necessidades de Maslow

Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.

Page 22: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

22

2.1.2. A teoria dos dois fatores de Herzberg

A Teoria dos Dois Fatores de Frederick Herzberg (1960) partiu dos

estudos de Maslow, é decorrente do movimento das Relações Humanas nas

organizações. Na época em que a Teoria Clássica da Administração já era

severamente criticada pelo quase desprezo com que tratava as questões

afetivas, a Teoria das Relações Humanas (1924-1934 Estudo de Hawthorne)

deu início a abordagem comportamental que investigava o comportamento e

as atitudes dos trabalhadores nas empresas, especialmente nas indústrias. A

preocupação principal era buscar explicações do comportamento das pessoas

dentro das organizações, especialmente a questão da motivação humana.

(MAXIMINIANO, 2000, Silva 2001).

Segundo Vergara (2006, p.45), Frederik Herzberg, na década de 60,

focalizou a questão da satisfação para formular sua teoria. Segundo ele

existem dois fatores que explicam o comportamento das pessoas no trabalho:

os higiênicos e os motivacionais.

Fatores higiênicos localizam-se no ambiente de trabalho. São

extrínsecos às pessoas. Nessa classe estão relacionados: salário, benefícios

sociais, condições físicas de trabalho, modelo de gestão, relacionamento com

os colegas. Os fatores higiênicos, se presentes, deixam de causar insatisfação

às pessoas, mas não chegam a causar satisfação. Um bom salário pode não

se garantia de satisfação no trabalho, por exemplo. Se ausentes, os fatores

higiênicos causam insatisfação.

Já os fatores motivacionais são intrínsecos, são sentimentos de auto-

realização e reconhecimento. Esses se presentes, causam satisfação. Se

ausentes, deixam de causar satisfação, porém não chegam a causar

insatisfação.

Page 23: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

23

Conforme Chiavenato (2002), a expressão "higiene" serve exatamente

para refletir seu caráter preventivo e para mostrar que se destinam a afastar as

condições desagradáveis. Entre tais fatores, podem ser destacados:

• Condições de trabalho e conforto;

• Políticas da organização e administração;

• Relações com os superiores;

• Salários;

• Segurança no cargo;

• Relação com os colegas;

• Benefícios sociais;

• Modelo de gestão.

Ainda conforme Chiavenato (2002), o termo "motivação" envolve

sentimentos de realização, de crescimento e de reconhecimento profissional,

manifestados por meio de exercícios das tarefas e atividades que oferecem

suficiente desafio e significado para o trabalho. Podem ser destacados:

§ Delegação de responsabilidade;

§ Liberdade de decidir como executar o trabalho;

§ Promoção;

§ Uso pleno das habilidades pessoais;

§ Ampliação ou enriquecimento do cargo.

Page 24: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

24

Figura 2 - A teoria dos dois fatores de Herzberg

Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2002

Figura 3 – Fontes de insatisfação e satisfação segundo a teoria dos dois fatores de

Herzeberg.

Fonte: Schermerhorn Junior, Jonh R. Fundamentos do Comportamento Organizacional. 2ª

Ed.Porto Alegre: Bookman, 1999.

Chiavenato (2002) afirma que:

Page 25: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

25

De acordo com Herzberg, é possível um empregado estar descontente e

satisfeito ao mesmo tempo. Por exemplo, ele pode estar insatisfeito com a

política da empresa em relação ás férias, mas verdadeiramente satisfeito com

seu desempenho profissional ao ver uma carta elogiosa de um cliente afixada

no quadro de avisos da sala de funcionários.

Para esse autor, identificar os fatores higiênicos e motivacionais é a

base para definir a motivação do colaborador. Ele reconheceu que cada um

enfrenta uma situação de vida diversa e possui seu próprio conjunto de

prioridades, mas estava convencido de que o dinheiro não era o principal

motivo que fazia os colaboradores permanecerem em uma empresa durante

certo período de tempo.

Como em outras teorias motivacionais, este modelo merece tanto

críticas como elogios. Segundo Herzberg "os administradores que tendem a

focalizar sua atenção sobre os fatores de manutenção ou extrínsecos, contam

com resultados pobres, entretanto, foram advertidos de que não poderiam

negligenciar de uma ampla gama de fatores que criassem pelo menos um

ambiente de trabalho neutro" (AZEVEDO, 1990 ; BERGAMINI, 1997).

2.1.3 A teoria das necessidades adquiridas de McClelland

Segundo Cavalcanti et al. (2005, p.92) citando McClelland,”o autor

citado pesquisou padrões motivacionais em diferentes indivíduos, identificando

três tipos de necessidade: realização, afiliação e poder”.

Para o autor, dependendo de cada indivíduo ao longo da vida,

observando a cultura na qual cresceu e de acordo com a situação, suas

necessidades são influenciadas de diferentes maneiras.

Page 26: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

26

Para McClelland, todos os seres humanos possuem as três

necessidades, em níveis de intensidade que variam entre pessoas e de acordo

com a posição hierárquica ocupada.

Motivação para a Realização: pessoas motivadas pela realização

trabalham mais, quando seus supervisores oferecem uma avaliação detalhada

de seus comportamentos no trabalho e tendem a escolher colaboradores que

sejam tecnicamente capazes, sem se importar com os sentimentos pessoais

que possam ter por eles (Cavalcanti et al . 2005).

Motivação por Afiliação: é necessidade de relacionamento humano, de

manter relações interpessoais próximas e amigáveis. Representa o desejo de

ser amado e aceito pelos outros. As pessoas que possuem essa necessidade

buscam amizade, preferem situações de cooperação em vez de competição e

desejam relacionamentos que envolvam compreensão mútua (CHIAVENATO,

2005).

Motivação para o Poder: é a necessidade de controlar ou influenciar

outras pessoas, de fazer com que as pessoas se comportem de uma maneira

que não o fariam naturalmente. Representa o desejo de impactar, de controlar

as outras pessoas. Pessoas com essa necessidade preferem situações

competitivas e de status e tendem a se preocupar mais com o prestígio e

influência do que com o desempenho eficaz. (CHIAVENATO, 2005).

Para McClelland, essas três necessidades são aprendidas e adquiridas

ao longo da vida como resultado das experiências de cada pessoa. Segundo

Vergara (2006), as teorias de Maslow e McClelland são parecidas. A diferença

é que McClelland diz que essas necessidades podem ser aprendidas. A teoria

argumenta que a pessoa se sente motivada a esforçar-se em fazer alguma

coisa, quando acredita que será bem avaliada pelo seu desempenho e que

esta avaliação resultará em recompensas que atendam às suas metas

pessoais.

Page 27: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

27

Conforme Murray (1986):

Esta teoria sustenta que diferentes indivíduos têm diferentes níveis de

cada motivo, mas nunca a inexistência de qualquer deles, em especial o da

realização (auto-estima).

Esses motivos têm relação íntima á resolução de problemas. Sendo

assim, quando o indivíduo obtém sucesso, utilizando-se de determinado meio,

tenderá a repeti-lo para a solução de outros problemas, o que caracterizará o

estilo da pessoa.

A teoria de McClelland equivale aos níveis mais elevados da hierarquia

de Maslow e se aproxima dos fatores motivacionais de Herzberg e, a exemplo

deles, também não teve seus pressupostos comprovados cientificamente.

2.1.4 A teoria ERC de Alderfer

Segundo Chiavenato (2005), Clayton Alderfer fez um trabalho com a

hierarquia de Maslow para alinhá-la melhor com a pesquisa empírica e a

condensou nas necessidades de existir, relacionar-se e crescer, a saber:

1. Necessidades de existência: são as necessidades de bem-estar físico:

existência, preservação e sobrevivência. Incluem as necessidades fisiológicas

e de segurança de Maslow.

2. Necessidades de relacionamento: são as necessidades de relações

interpessoais. Referem-se ao desejo de interação social com outras pessoas, à

sociabilidade e ao relacionamento social. Incluem as categorias sociais e os

componentes externos da necessidade de estima de Maslow.

3. Necessidades de crescimento: são as necessidades de desenvolvimento do

potencial humano e desejo de crescimento e competência pessoal. Incluem os

componentes intrínsecos da necessidade de estima de Maslow, bem como a

necessidade de auto-realização.

Page 28: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

28

Segundo Chiavenato(2005), existem algumas diferenças entre a

abordagem de Maslow e de Alderfer.

Santos (2008) afirma:

Esta teoria se assemelha á teoria de Abraham Maslow, reduzindo a três

os níveis de necessidades. Entretanto, diferencia-se quanto á flexibilidade

existente nas escalas, ou seja, pode haver a migração de uma escala para

outra sem que as anteriores estejam completamente satisfeitas.

A teoria ERG é mais coerente com nosso conhecimento das diferenças

entre os indivíduos. Variáveis como educação, antecedentes familiares e

ambiente cultural podem alterar a importância que cada grupo de

necessidades tem para uma pessoa. “E as evidências que demonstram que

pessoas em culturas diferentes classificam as necessidades de maneiras

diversas - por exemplo, os espanhóis e os japoneses colocam as necessidades

sociais antes de seus requisitos matérias - são coerentes com essa teoria.

Diversos estudos dão embasamento à teoria ERG, mas também existem

evidências de que ela não funciona em determinadas organizações. De

maneira geral, contudo, a teoria ERG representa uma versão mais válida da

hierarquia das necessidades (ROBBINS, 2007, p.137)”.

2.1.5 A teoria X e Y de McGregor

A Teoria X e Y de Douglas McGregor foi publicada primeiramente em

1960 sob o título The Human Side of Enterprise. Foi membro da School

Industrial Management do Massachusetts Institute of Technology, procurou

com sua pesquisa responder à pergunta formulada por Alfred Sloan, na época

membro da Comissão Consultiva da MIT's School of Industrial Management:

"Os dirigentes verdadeiramente eficientes são natos ou fazem-se por si"?

(MCGREGOR, 1970, p.18). Durante mais de 20 anos MCGregor pesquisou e

Page 29: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

29

estudou organizações buscando responder esta questão. O seu enfoque

principal foi sobre a percepção dos gestores, administradores, dirigentes em

relação ao comportamento humano no ambiente de trabalho, que resultou em

uma nova teoria denominada de X e Y.

Esta teoria de Douglas McGregor, surgida no final da década de 1960,

associa a motivação á atividade de liderança, ou seja, á maneira como os

gestores vêem os colaboradores, mesmo que essa visão não corresponda á

realidade.

De acordo com KWASNICKA (2003), A teoria X assume que o indivíduo

não gosta do trabalho e para fazê-lo necessita ser coagido, controlado, dirigido,

ameaçado. Nesse caso, nem mesmo a promessa de recompensa fará com

que o indivíduo tenha motivação para o trabalho, visto que não gosta de

assumir responsabilidades, é pouco ou nada ambicioso e busca acima de tudo

segurança.

A teoria Y considera que o desgaste do trabalho é tão natural como em

qualquer outra atividade, por isso o indivíduo deve ter autocontrole para atingir

os objetivos que lhe são colocados. É um indivíduo que se sente bem no

trabalho, é criativo e com potencialidades que podem e devem ser exploradas.

A questão de ser X ou Y tanto pode se referir ao "ser" do próprio

indivíduo como ao "ser" do gestor que o observa e avalia. Em outras palavras,

o trabalhador pode não ser X, mas pode ser visto como tal pelo gestor. Ou

vice-versa.

2.2. TEORIAS DE PROCESSO

Page 30: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

30

As teorias de conteúdo que foram citadas acima sugerem formas de

aumentar a motivação focalizando necessidades ausentes ou ativadas.

Contudo, não analisam os processos de pensamento pelos quais as pessoas

optam por uma ação em detrimento de outra. Para buscar as respostas para o

“porque” e o “como”, vamos falar sobre as Teorias de Processo. Serão

abordados autores como J.Stacey Adams, Victor Vroom e Eduard Lawler III.

2.2.1 A teoria da eqüidade de Adams

John Stacy Adams estabeleceu os princípios da teoria da eqüidade,

focalizando os conceitos que o indivíduo tem sobre seu trabalho, se sentindo

mais ou menos motivado á medida que percebe, ou não, a presença da justiça

e da igualdade nas relações de trabalho.

Se perceber uma relação entre os resultados obtidos e as suas

contribuições, então estará motivado a agir. Ela reconhece que os indivíduos

não se preocupam apenas com a quantidade absoluta de recompensas que

recebem pelos seus esforços, mas também com a relação de suas

recompensas em comparação com as dos outros, sendo que se houver algum

tipo de disparidade nesta relação eles poderão se sentir desmotivados.

Conforme KWASNICKA (2003):

Em uma situação em que se sinta mal remunerado por seus esforços, a

motivação para trabalhar e aumentar os resultados é minimizada. O indivíduo

pode sentir-se mal remunerado se investe todas as energias em um trabalho

rotineiro e tedioso. Em contrapartida, um trabalho que enfatize a criatividade e

o raciocínio independente é capaz de produzir um comportamento motivador.

Page 31: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

31

Essa teoria reforça as afirmações de McGregor de que o indivíduo que

se sente bem no trabalho fica motivado e que fatores ambientais apropriados

podem produzir indivíduos criativos e responsáveis. (KWASNICKA, 2003)

2.2.2 A teoria Contingencial de Vroom

Victor H. Vroom (apud CHIAVENATO, 1995), afirmou que "motivação é

o processo que governa a escolha de comportamentos". Segundo ele, a

motivação do indivíduo ao fazer uma escolha depende de três fatores:

§ Do valor que ele atribui ao resultado advindo de cada alternativa (que

ele chama de "valência"),

§ Da percepção de que a obtenção de cada resultado está ligada a uma

compensação (que ele chama de "instrumentalidade") e

§ Da expectativa que ele tem de poder obter cada resultado (que ele

chama de "expectativa").

Assim, para que um indivíduo esteja "motivado" a fazer alguma coisa é

preciso que ele, simultaneamente:

§ Atribua valor á compensação advinda de fazer essa coisa,

§ Acredite que fazendo essa coisa ela receberá a compensação esperada

e

§ Acredite que tem condições de fazer aquela coisa.

Page 32: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

32

Figura 4 - Os três fatores da motivação para produzir

Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 7ª ed. São Paulo, Atlas, 2002.

Vroom (apud CHIAVENATO, 1995) enfatiza a importância de se analisar

com cuidado a dimensão dos valores atribuídos a uma compensação:

Por exemplo, um jovem profissional pode atribuir enorme valor a uma

promoção não pelas perspectivas de carreira que isso ofereça ou pelo

aumento de salário em si, mas pelo fato de que esse aumento vai permitir a ele

casar-se.

Isso mostra que motivação é um processo e varia de indivíduo para indivíduo

em função de seus objetivos pessoais.

2.2.3 A teoria da expectação de Lawler III

Edward Lawler III, em 1971, retomou o pensamento de Taylor ao afirmar

que o dinheiro pode motivar não apenas o desempenho, como também

companheirismo e dedicação. De acordo com sua teoria, o indivíduo deseja

dinheiro porque este lhe permite não só a satisfação de necessidades

fisiológicas e de segurança, mas também dá plenas condições para a

satisfação das necessidades sociais, de estima e de auto-realização. Desde

Page 33: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

33

que o indivíduo creia haver ligação entre diferenças de remuneração e de

desempenho, o dinheiro poderá ser um excelente motivador enquanto essa

percepção permanecer.

Figura 5 - Teoria da expectação

Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.

Uma crítica feita a esse pensamento é citada por BERGAMINI (2006):

Drucker (1977, p. 315) ressalta o caráter perverso desse tipo de tratamento

quando analisa que os incentivos econômicos vão se tornando direitos, em vez

de recompensas. Para ele o resultado da crescente demanda por

recompensas materiais está rapidamente destituindo a utilidade destas como

incentivo e como instrumento administrativo.

2.3. COMPARANDO E INTEGRANDO AS TEORIAS DE MOTIVAÇÃO

Durante muito tempo, pensou-se que os objetivos motivacionais fossem

genéricos, como mostram seus principais estudiosos, Maslow, McGregor e até

mesmo Herzberg. Ora acreditava-se que as pessoas buscavam

seqüencialmente determinados objetivos — isto é, tão logo tivessem atingido

alguns deles, partiriam necessariamente à busca de outros, também já

previsíveis — ora descobria-se que há objetivos que não são propriamente

Page 34: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

34

perseguidos, mas são condições que asseguram a insatisfação das pessoas

num grau de desconforto mínimo, e que outros são realmente perseguidos e,

quando encontrados, de fato trazem muita satisfação ao indivíduo. Herzberg

denominou-os, respectivamente, fatores higiênicos e motivacionais

(BERGAMINI, 1997; KONDO, 1994 ; Qualidade Total, 1996).

Várias teorias tentam interpretar de maneira diferente e enfatizar certos

aspectos da motivação. Na verdade, cada autor privilegia alguns aspectos

particulares para fundamentar suas idéias, para alguns, existem diferenças

fisiológicas, psicológicas e ambientais das pessoas que são fatores

importantes na explicação da motivação (CHIAVENATO, 2005).

As teorias que conceituam e explicam o tema Motivação possuem em

sua particularidade seu olhar a respeito do indivíduo e sua relação com a

motivação. Porém, nenhuma delas consegue abarcar toda a verdade sobre a

motivação. Fornecem sua contribuição e também apresentam limitações.

Mas, nem por isto, alguma deve ser excluída ou ignorada. Na verdade,

estas teorias se complementam e podem ser utilizadas em momentos

específicos de formas específicas.

E podemos observar que contribuíram de forma particular para o

desenvolvimento de uma próxima teoria. Nada do que foi dito ou apresentado

deixou de apresentar valor significativo. Ainda que este valor fosse percebido e

utilizado para a construção de uma nova afirmação teórica.

Objetivando elucidar os pontos negativos (limitações) e positivos

(referências) traçaremos um comparativo entre estas teorias e em seguida

pontuaremos suas integrações.

Page 35: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

35

2.3.1. Comparando as Teorias da Motivação

Segundo ROBBINS (2007), as teorias apresentadas apesar de muita

conhecida, não resistiram a uma análise mais detalhada. Existe uma série de

teorias contemporâneas que possuem uma coisa em comum: cada uma tem

um razoável grau de fundamentação válida. São chamadas de teorias

contemporâneas, não porque necessariamente tenham sido desenvolvidas

recentemente, mas porque representam o que de mais avançado existe

atualmente para explicar a motivação dos trabalhadores.

A teoria de Maslow encara as necessidades humanas de acordo com

uma hierarquia de cinco níveis. Cada nível na hierarquia deve ser conquistado

antes que um indivíduo possa transpor o próximo. Esta teoria recebeu amplo

reconhecimento, especialmente por parte de executivos formados na prática.

Infelizmente, contudo, as pesquisas não validam, de maneira geral a teoria.

Maslow não fornece comprovação empírica substancial e, vários outros

estudos que buscaram validar a teoria, não conseguiram encontrar

embasamento para a mesma. Porém veremos adiante que esta teoria serviu

como base para outros teóricos desenvolverem e aprimorarem suas idéias.

A teoria de Herzberg liga a satisfação no trabalho aos fatores

motivadores tais como responsabilidade e desafio, associados com conteúdo

do trabalho e necessidades de ordem superior. Mas esta também tem sofrido

críticas, pois algumas pessoas atribuem seus sentimentos de satisfação a seus

próprios talentos e os de insatisfação aos outros. Satisfação ou insatisfação,

nesse caso, passa a ser uma questão de ego.

A teoria de Mc Clelland baseia-se na teoria de Maslow. Identifica as

necessidades de realização, associação e poder. Equivale aos níveis mais

elevados da hierarquia de Maslow e se aproxima dos fatores motivacionais de

Herzberg e, a exemplo deles, também não teve seus pressupostos

Page 36: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

36

comprovados cientificamente. Segundo Vergara (2006), as teorias de Maslow e

McClelland são parecidas. A diferença é que McClelland diz que essas

necessidades podem ser aprendidas. A teoria argumenta que a pessoa se

sente motivada a esforçar-se em fazer alguma coisa, quando acredita que será

bem avaliada pelo seu desempenho e que esta avaliação resultará em

recompensas que atendam às suas metas pessoais.

A teoria de Alderfer, trabalhou em cima da hierarquia das necessidades

de Maslow. Reduziu os cinco níveis da pirâmide de Maslow para apenas três

níveis de necessidades de motivação, que denominou teoria ERC: Existência,

Relacionamento e Crescimento. Esta teoria se assemelha á teoria de Maslow,

reduzindo a três os níveis de necessidades. Entretanto, diferencia-se quanto á

flexibilidade existente nas escalas, ou seja, pode haver a migração de uma

escala para outra sem que as anteriores estejam completamente satisfeitas.

Porém, assim como a teoria de Maslow, a teoria de Alderfer também carece de

maneiras de mensurá-la.

A teoria ERG é mais coerente com nosso conhecimento das diferenças

entre os indivíduos. Variáveis como educação, antecedentes familiares e

ambiente cultural podem alterar a importância que cada grupo de

necessidades tem para uma pessoa. “E as evidências que demonstram que

pessoas em culturas diferentes classificam as necessidades de maneiras

diversas - por exemplo, os espanhóis e os japoneses colocam as necessidades

sociais antes de seus requisitos matérias - são coerentes com essa teoria.

Diversos estudos dão embasamento à teoria ERG, mas também existem

evidências de que ela não funciona em determinadas organizações. De

maneira geral, contudo, a teoria ERG representa uma versão mais válida da

hierarquia das necessidades (ROBBINS, 2007, p.137)”.

A teoria X e Y de McGregor associa a motivação à atividade de

liderança, ou seja, á maneira como os gestores vêem os colaboradores,

mesmo que essa visão não corresponda á realidade.

Page 37: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

37

A teoria de Adams estabeleceu os princípios da teoria da eqüidade,

focalizando os conceitos que o indivíduo tem sobre seu trabalho, se sentindo

mais ou menos motivado á medida que percebe, ou não, a presença da justiça

e da igualdade nas relações de trabalho.

A teoria de Vrom baseia-se nas teorias de Maslow e Herzberg. Descreve

a motivação como função das crenças individuais referentes a expectativa,

instrumentalidade e valência. Para que um indivíduo esteja "motivado" a fazer

alguma coisa é preciso que ele, simultaneamente:

§ Atribua valor á compensação advinda de fazer essa coisa,

§ Acredite que fazendo essa coisa ela receberá a compensação esperada

e

§ Acredite que tem condições de fazer aquela coisa.

A teoria de Lawer III afirma que o indivíduo deseja dinheiro porque este

lhe permite não só a satisfação de necessidades fisiológicas e de segurança,

mas também dá plenas condições para a satisfação das necessidades sociais,

de estima e de auto-realização.

As teorias de expectação podem ser utilizadas para construir um modelo

integrado de motivação baseada em esforço – desempenho - recompensa.

2.3.2. Integrando as Teorias da Motivação

Muitas teorias sobre motivação foram expostas neste trabalho.

Analisando-as, tornam-se pertinentes algumas observações e colocações.

Page 38: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

38

Podemos perceber que as teorias de motivação mostram um pouco da

complexidade sobre o tema. Entretanto, faz-se necessário compreender que

elas não estão competindo entre si: na verdade, em sua maioria, são

complementares. Como afirma BERGAMINI (2006):

“Com tantos estudos a respeito de um mesmo assunto, pode parecer

que certo enfoque defendido por uma teoria em especial conduzisse a

conclusões capazes de substituir as demais abordagens. Isso não é bem

verdade. As diversas teorias não se anulam umas ás outras; pelo contrário,

elas se complementam e contribuem para o delineamento de uma visão mais

abrangente do ser humano enquanto tal, tendo em vista a natural

complexidade que o caracteriza”.

Importante também salientar ao estudar as teorias de motivação e ao

fazer uma análise destas é a constatação de que os supervisores detém

conhecimento insuficiente acerca do comportamento humano. E este item é de

suma importância para o bom desenvolvimento do funcionário na organização.

Um conhecimento maior do tema em questão traria avanço significativo na

gestão de funcionários.

Com isso, concluímos que é necessário aos gestores um maior

conhecimento sobre o assunto em questão, pois não há um princípio universal

que explique as motivações dos indivíduos. Afinal, já vai longe o tempo em que

se usavam manuais para aprender a lidar com as pessoas. Se os manuais

funcionaram para outros insumos, como financeiros, produtivos e

mercadológicos, no caso das pessoas é inútil consultar manuais, pois não há

regras gerais de como melhor gerir as pessoas. (BERGAMINI, 2006).

Page 39: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

39

Figura 6: Um modelo integrado de motivação individual para o trabalho. Fonte: Schermerhorn

Junior, John R. – Fundamentos de Comportamento Organizacional

Na figura acima, o desempenho e satisfação, são resultados isolados,

mas potencialmente interdependentes, segundo Schemerhorn. O desempenho

é influenciado por atributos individuais como habilidade e experiência, apoio

organizacional e esforço – o ponto em que a motivação do indivíduo para

trabalhar tem peso direto. Ainda segundo o autor, o ambiente de trabalho é

motivador dependendo da disponibilidade de recompensas e do seu valor

percebido. As teorias do conteúdo entram no modelo como guia para a

compreensão de atributos individuais e identificação das necessidades que

dão valor motivacional, ás possíveis recompensas. Quando alguém se sente

intrinsecamente recompensado pelo desempenho no trabalho, a motivação

será afetada positiva e diretamente.

A Teoria das Necessidades de Maslow, Teoria da Expectativa e a Teoria

da Eqüidade pressupõem a importância de se conhecer bem os subordinados

para melhor obtenção de resultados.

Independente da Teoria de Motivação que levarmos em consideração

como referência, o que existe de comum em todas elas é que, o mais

Page 40: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

40

importante é tratar o ser humano com dignidade e respeito e que para tanto, é

necessário estar o mais próximo possível do seu quadro funcional e ter tempo

para ouvi-lo. Em outras palavras, considerá-lo. Este talvez seja o primeiro

passo rumo à construção de um melhor clima organizacional.

Page 41: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

41

CAPÍTULO III – COLABORAÇÃO DOS EMPREGADOS NA EMPRESA

Todo indivíduo é colaborador da empresa. Entretanto, como as funções

individuais encontram-se diluídas pela organização, em alguns casos, fica

muito difícil para o funcionário observar a importância do seu trabalho para a

consecução dos objetivos. Portanto, cabe ao administrador salientar junto aos

seus subordinados, que por mais insignificante que seja o trabalho executado,

ele é de grande importância para a empresa (CLARET, 1998).

Constantemente as empresas têm contratado consultores com uma

única finalidade: motivar equipes. Tema que muitos deles evitam devido à

complexidade do mesmo. Porém, vários outros profissionais aceitam o convite

das empresas, acreditando serem capazes de motivar outras pessoas

(RIBEIRO, 1994).

3.1. MOTIVAÇÃO: UMA QUESTÃO DE ESTIMA

Motivar não é tarefa fácil e diria, até mesmo, impossível caso a equipe

não coopere (RIBEIRO, 1994). Acreditou-se, por muito tempo, que a motivação

era algo que vinha de fora para dentro. Isto quer dizer que, com um simples

estímulo (aumento de salário, cesta básica, prêmios, etc.) a equipe já estaria

motivada. Muitas empresas oferecem treinamentos com a intenção de motivar

a equipe, o assunto a ser tratado no treinamento, muitas vezes, pouco importa.

No final, o

resultado é muito baixo e o preço... este é muito alto (RIBEIRO, 1994).

Estímulos são importantes, pois eles relembram as pessoas de sua

importância, seus valores e sua existência, porém, não motivam (RIBEIRO,

1994).

Page 42: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

42

A motivação é interna, vem de dentro para fora; portanto, uma equipe deve

buscar constantemente a capacidade de automotivar-se. O principal

responsável pela motivação não são os consultores e nem os gerentes, mas

sim, o próprio indivíduo (RIBEIRO, 1994).

As empresas enfrentam muito o problema de falta de motivação

principalmente por não saberem selecionar bem sua equipe (RIBEIRO, 1994).

Um dos fatores fundamentais a ser avaliado em um processo seletivo e

a ser desenvolvidos nas empresas é a auto-estima (RIBEIRO, 1994). O

conceito de auto-estima foi muito bem resgatado pela inteligência emocional.

Gostar de si mesmo e valorizar-se são fatores que garantem a automotivação.

Uma pessoa

automotivada procura fazer o melhor para agradar a si própria; acredita em seu

potencial e, mesmo nas situações mais difíceis, sabe que existem soluções

possíveis (RIBEIRO, 1994).

Pessoas com uma boa auto-estima acreditam que, mesmo que a tarefa

a ser desempenhada não seja agradável, elas poderão encontrar algum fator

positivo; acreditam que haverá alguma coisa a ser aprendida naquela situação.

Por isso, desempenham-na com vontade, dando o melhor de si (RIBEIRO,

1994).

Pessoas com baixa-estima reclamam de tudo e não conseguem

encontrar, na própria personalidade, fatores que dêem forças para

desempenhar um bom trabalho. Não encontram motivos para se empenharem

na tarefa. Para estas pessoas, estímulos externos alegram e fazem com que

elas se empenhem mais, mas por pouco tempo. Pessoas de baixa-estima

procuram a competição, tentam mostrar que são melhores que os outros e se

comparam constantemente com

os colegas (RIBEIRO, 1994). A boa auto-estima já atua mais por cooperação,

ou seja, existe uma comparação consigo mesmo e as pessoas se empenham

Page 43: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

43

para desempenhar-se melhor, procurando superar a si próprio. A auto-estima é

fundamental para a própria vida, mas poucas são as empresas que oferecem

cursos ou treinamentos sobre o tema. O RH muitas vezes é extinto assim que

a empresa passa por alguma dificuldade financeira, mostrando, com isto, que

as pessoas são colocadas em segundo plano.

Portanto, um dos fatores que deveria ser trabalhado dentro das

empresas é a capacidade de obter e manter a auto-estima, melhorando a

qualidade de vida e,

consequentemente, a produtividade.

3.1.1. Variáveis, Políticas e Cultura da Organização

A motivação no trabalho tem raízes no indivíduo, na organização, no

ambiente externo e na própria situação do país e do mundo em determinado

período de tempo. Por exemplo, uma situação de inflação elevada exerce forte

pressão de insegurança e insatisfação no trabalhador. Há um consenso entre

grande parte dos psiquiatras de que certos males, como hipertensão, enfarte e

úlcera, não são problemas de fundo psíquico, mas de problemas econômicos,

políticos e sociais. Uma pessoa motivada ou desmotivada é produto do

somatório de uma gama de fatores (CLARET, 1998).

A cultura organizacional: as normas, valores e crenças compartilhadas

por seus membros pode melhorar ou piorar o desempenho do indivíduo. Por

exemplo, um antigo empregado com uma cultura altamente formal pode

experimentar alguma dificuldade de se ajustar as culturas mais informais de

uma organização, além disso, certos tipos de cultura têm probabilidade de ser

mais bem sucedida do que outras na motivação dos empregados. Culturas que

estimulem o respeito pelos empregados, que os integrem no processo

decisório e que lhes dêem autonomia no planejamento e na execução de

Page 44: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

44

tarefas, encorajam um desempenho melhor do que as culturas altamente

segmentadas. O dinheiro é o incentivo mais óbvio e mais freqüentemente

utilizado, mas não é o único meio de motivar empregados. De fato, presumindo

que eles percebam sua compensação como sendo justa, os trabalhadores de

hoje em dia respondem a incentivos não monetários como férias extras,

horários flexíveis, creche para os filhos, instalações recreativas no local de

trabalho e transporte patrocinado pela empresa. Incentivos financeiros que não

são salários e as bonificações também tem lugar num sistema de incentivo;

entre eles estão os planos de pensão com retirada antecipada participação

acionária na empresa, contribuições dadas pela empresa para educação e

empréstimos para compra de carros ou de casas (BLANKSTAD, 1997;

PETERS, 1997).

A motivação para a realização é a força que algumas pessoas têm de

vencer desafios e obstáculos para alcançar seus objetivos. Onde a realização

é mais importante do que alguma recompensa que possa acompanhá-la

(LESSA, 1999).

Pessoas motivadas pela realização trabalham mais, quando seus

supervisores oferecem uma avaliação detalhada de seus comportamentos no

trabalho e tendem a escolher colaboradores que sejam tecnicamente capazes,

sem se importar com os sentimentos pessoais que possam ter por eles

(LESSA, 1999).

A motivação está estreitamente voltada para o atendimento das

necessidades individuais do homem (AQUINO, 1981). Portanto, cabe ao

administrador estar consciente de sua função de motivar os subordinados para

que a empresa possa atingir de maneira mais eficaz os seus objetivos.

Quando se fala em motivação é importante que se leve em

consideração à existência das diferenças individuais e culturais entre as

pessoas. Esse diferencial não só pode afetar significativamente a interpretação

Page 45: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

45

de um desejo, mas também o entendimento da maneira particular como as

pessoas agem na busca de seus objetivos (BERGAMINI, 1997).

Para a autora, a motivação e o comportamento variam de indivíduo para

indivíduo, em conseqüência das diferenças de suas personalidades. Daí a

necessidade de levar em conta essa realidade, para que a motivação no

trabalho seja estimulada de maneira adequada. Na verdade, as pessoas são o

começo, o meio e o fim das organizações. São elas que fundam e iniciam as

organizações; são elas que tocam e impulsionam as organizações; e também

são elas que levam as organizações ao sucesso ou à falência, dependendo da

sua atuação.

Page 46: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

46

Page 47: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

47

CONCLUSÃO

O ser humano é único em seus valores, pensamentos e crenças.

Detentor de individualidade e características pessoais.

Considerando que as principais teorias que discorrem sobre o tema

motivação, e que foram aqui estudadas, abordam cada uma a sua forma e

visão e visto que o ser humano é único e possui valores também únicos,

podemos afirmar que não há um único estímulo a motivá-lo, uma única teoria

que garanta a motivação. E a partir desta afirmativa, fica o questionamento. Se

não há uma única teoria que garanta a motivação como trabalhar este tema?

Como farão os líderes e gestores para despertar tal motivação em seus

funcionários? Haverá uma receita?

Não encontrarão os gestores uma única teoria que contemple a “receita”

para motivar seu funcionário. Mas o conhecimento acerca das teorias os

possibilitará ter uma visibilidade de quais os meios são mais favoráveis para o

desenvolvimento da motivação de seu funcionário. Poderá utilizar as várias

contribuições deixadas por grandes autores estudiosos sobre o tema e, após

compiladas e direcionadas ao âmbito organizacional vigente, repassá-las aos

seus funcionários.

Temos que ter sempre em mente que devemos respeitar a

individualidade de cada um, pois cada indivíduo reage de maneira diferente a

estímulos semelhantes. Temos que entender a motivação como um estado

interior que induz uma pessoa a assumir determinados tipos de

comportamentos e refere-se ao desejo de alcançar algum objetivo e suprir

necessidades e vontades de cada indivíduo. Há a iminente necessidade de

que os colaboradores estejam sempre estimulados a crescer, a alcançar metas

junto à organização, executando assim, um melhor trabalho e níveis de

relacionamento de modo a atingir os objetivos da melhor maneira possível.

Page 48: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

48

É a partir deste ponto que conseguimos responder a hipótese inicial de

que os funcionários com receio dos anos que se passaram, preferem não se

envolver demais com a empresa em que trabalham. Acreditam que ainda

caminhamos como antigamente, quando não podíamos opinar nem mudar

algum processo, sem que isto fosse visto como intromissão a assuntos que

não lhe pertencem. Tais profissionais precisam saber e serem situados pelos

seus gestores, que nenhuma empresa existe por si só. São as pessoas que a

compõem que, na verdade, transformam o conceito de empresa em algo vivo,

dinâmico e principalmente produtivo. Produção esta que é vista hoje pelas

empresas como a forma de sobrevivência em um mercado de disputas tão

acirradas.

Portanto, uma empresa é uma coletividade. E, o que é mais importante,

uma coletividade que, pelo menos teoricamente, tem os mesmos objetivos de

realização, ganho e sobrevivência. Todos por um único objetivo! É partindo da

individualidade, pessoalidade, que devemos pensar a motivação e como as

empresas poderão ser facilitadoras da mesma para alcançar através desta o

melhor desenvolvimento para seu funcionário.

Atualmente, é de ciência de todos que cada um já traz, de alguma

forma, dentro de si, suas próprias motivações. Aquilo que mais interessa,

então, é encontrar e adotar recursos organizacionais capazes de não sufocar

as forças motivacionais inerentes às próprias pessoas e conseguir através da

identificação dos mesmos, possibilitar crescimento e desenvolvimento aos

funcionários. É necessário que os gestores tenham conhecimento acerca da

motivação para que consigam aproveitar, canalizar o melhor que os

funcionários tem a trazer em contribuição para a empresa e principalmente não

minar esta motivação que os funcionários trazem consigo.

O importante passa a ser agir de tal forma que as pessoas não percam

a sua sinergia motivacional. Descobre-se, finalmente, que o ser humano não

Page 49: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

49

se submete passivamente ao desempenho de atividades que lhe sejam

impostas e que, por conseguinte, não tenham para ele nenhum significado.

Hoje, todo o esforço da administração dá mostras de estar voltado para

a compreensão da natureza complexa dos padrões motivacionais. Assim

sendo, há condições de que os objetivos individuais e organizacionais possam

caminhar lado a lado, em função de um objetivo em comum.

Lidar com as diferenças e individualidades será de extrema importância

para os gestores e organizações. Caberá aos gestores procurar determinar

qual o tipo de motivação seus funcionários possuem e manter a partir daí

condições para que este ambiente seja facilitador para que esta motivação

intrínseca sobressaia, ou seja, proporcionar através de seu conhecimento e do

ambiente organizacional, a condição necessária à motivação.

Page 50: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

50

BIBLIOGRAFIA

AGUIAR, Maria Aparecida F. de. Psicologia Aplicada à Administração. São Paulo: Excellus e Consultoria, 1992. AQUINO, Cléber Pinheiro D. G. Administração de Recursos Humanos: Uma introdução. São Paulo. Atlas, 1981. AZEVEDO, Ivayr T. Recursos humanos nas Organizações. In: Executivo. Porto Alegre: v.1, n.3, p.7-12, 1990. BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas organizações. 4ª ed. São Paulo:

Atlas, 2006.

BLANKSTAD, Michael. Recursos Humanos: promover é o único caminho? HSM Management, mar/abr. 1997. CARLEIAL, Liana M. F. Trabalho em tempos de novas tecnologias: Velhos

e novos desafios. Revista Proposta, n.72, mar/maio 1997.

CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.

CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento Organizacional: A dinâmica do Sucesso das Organizações. 2. ed. Elsevier. Campus CLARET, Martin. A essência da Motivação. Ed. Martin Claret, 1998. CODA, Roberto. Psicodinâmica da vida organizacional: motivação e Liderança. Ed. Atlas,1905 FLEURY, Maria Tereza Lima & FISCHER, Rosa Maria. Cultura e Poder nas Organizações. São Paulo, Atlas, 1989. KANNANE, Roberto. Comportamento Humano nas organizações. Atlas, [s.l.]: 1995. KWASNICKA, Eunice Laçava. Teoria geral da administração: uma síntese. 3ª

ed. São Paulo: Atlas, 2003.

KONDO, Yoshio. Motivação Humana: um fator-chave para o gerenciamento. Trad. Dario Ikuo Miyake. São Paulo: Ed. Gente, 1994. LESSA, Jadir. A construção do poder pessoal. Rio de Janeiro, Editora da SAEP, 1999. LOPES, Tomás de Vilanova Monteiro. Motivação no Trabalho. Ed. Fundação Getúlio Vargas 1980. McGREGOR, Douglas. Os aspectos humanos da empresa. 2.ed. Lisboa: Livraria Clássica, 1970. MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao

estratégico. 12ª ed. São Paulo: Futura, 2007

MAXIMINIANO, Antônio C. A. teoria geral da administração: Da Escola

Científica à Competitividade na Economia Globalizada. São Paulo: Atlas, 2000.

MURRAY, E. J. Motivação e emoção. 3ª ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores,

1986

Page 51: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

51

ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. 11ª ed. São Paulo:

Pearson Prentice Hall, 2005

RIBEIRO, Dr. Lair. Auto-Estima. 3.ed. Rio de Janeiro, Editora: Objetiva, 1994. SCHERMERHORN Junior, John R. Fundamentos de Comportamento

Organizacional. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman 1999.

Vários Autores. As pessoas na Organização. 8 ª ed. São Paulo: Editora Gente,

2002

SILVA, R. O. Teorias da administração. São Paulo: Pioneira,

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2007. MAXIMINIANO, Antônio C. A. teoria geral da administração: Da Escola

Científica à Competitividade na Economia Globalizada. São Paulo: Atlas, 2000.

Page 52: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

52

ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8 CAPÍTULO I – VISÃO PANORÂMICA DA MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES ............................................................................................ 10 1.1. A MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES ................................................ 13

1.1.1. Orientação participativa ................................................................... 13

1.1.2. Orientação para a ação ................................................................... 14

1.1.3. Orientação para a manutenção ....................................................... 15

1.1.4. Orientação para a conciliação ......................................................... 16

1.2. CLIMA ORGANIZACIONAL ................................................................... 16 CAPÍTULO II - PRINCIPAIS TEORIAS ............................................................ 19 2.1. TEORIAS DE CONTEÚDO .................................................................... 19

2.1.1. A teoria da hierarquia das necessidades de Maslow ....................... 19

2.1.2. A teoria dos dois fatores de Herzberg ............................................. 22

2.1.3 A teoria das necessidades adquiridas de McClelland ..................... 25

2.1.4 A teoria ERC de Alderfer ................................................................. 27

2.1.5 A teoria X e Y de McGregor ............................................................. 28

2.2. TEORIAS DE PROCESSO .................................................................... 29 2.2.1 A teoria da eqüidade de Adams ................................................... 30

2.2.2 A teoria Contingencial de Vroom .................................................... 31

2.2.3 A teoria da expectação de Lawler III ............................................. 32

2.3. COMPARANDO E INTEGRANDO AS TEORIAS DE MOTIVAÇÃO ...... 33 2.3.1. Comparando as Teorias da Motivação ............................................ 35

2.3.2. Integrando as Teorias da Motivação ............................................... 37

CAPÍTULO III – COLABORAÇÃO DOS EMPREGADOS NA EMPRESA ........ 41 3.1. MOTIVAÇÃO: UMA QUESTÃO DE ESTIMA ......................................... 41

3.1.1. Variáveis, Políticas e Cultura da Organização ................................. 43

CONCLUSÃO .................................................................................................. 47 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 50

Page 53: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · RESUMO . 5 Esta pesquisa monográfica tem por objetivo apresentar o tema motivação, seu conceito e sua inferência na atualidade

53

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Instituto A Vez do Mestre

Título da Monografia: Motivação: Todo corpo de colaboradores é responsável

pelo resultado da empresa.

Autor: Fabrícia Canuto de Souza Scalioni

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: