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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE ESTABILIDADE FUNCIONAL DO PROFESSOR – PRÓS E CONTRAS DENTRO DA ESCOLA PÚBLICA Por: Rosmeire Regina de Oliveira Orientador Prof. Carlos Afonso Leite Leocadio São José do Rio Preto 2007 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

ESTABILIDADE FUNCIONAL DO PROFESSOR – PRÓS E

CONTRAS DENTRO DA ESCOLA PÚBLICA

Por: Rosmeire Regina de Oliveira

Orientador

Prof. Carlos Afonso Leite Leocadio

São José do Rio Preto

2007

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

ESTABILIDADE FUNCIONAL DO PROFESSOR – PRÓS E

CONTRAS DENTRO DA ESCOLA PÚBLICA

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Administração

Escolar

Por: Rosmeire Regina de Oliveira

-

3

AGRADECIMENTOS

Aos professores, coordenadores e

diretores da Escola Municipal

Professora Yolanda Ferrari Vargas,

Escola Municipal Deputado Arlindo dos

Santos e Escola Estadual Daud Jorge

Simão por responder, estimular e

apoiar a pesquisa anexa desta

monografia.

E ao SEST/SENAT pela oportunidade

de ampliar meus conhecimentos.

-

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos alunos do

presente que poderão ser os professores

do futuro, pela beleza, pela importância e

pelo prazer do ensinar e do aprender.

-

5

RESUMO

Se o aprendizado é uma apropriação que supõe uma atitude cognitiva e

não apenas receptiva, a qualidade do ensino cada vez mais questionada e

exigida, dependerá em grande parte da maneira como os professores

conduzem sua formação e atualização profissional.

Hoje com a globalização, com a rapidez com que as informações são

disseminadas e quanto rapidamente se tornam obsoletas e defasadas,

impulsionar o professor à uma constante atualização tornando esta postura

uma competência que o mesmo deve desenvolver apesar da sua estabilidade

funcional, com certeza será o caminho para a qualidade do ensino tão falada e

defendida nos quatro cantos do país.

A estabilidade funcional é constantemente avaliada na medida em que

as escolas, seus professores, com seus projetos políticos pedagógicos

colocam no mercado, profissionais aptos a contribuir social e produtivamente

para o desenvolvimento do país.

A educação é o maior recurso para que a humanidade possa seguir

construindo e melhorando as condições dos seres que dela fazem parte,

evoluindo e contribuindo para a evolução de uma nação.

Na teoria esta tendência se confirma, na prática nem sempre. Estes

fatores dependem do quanto o professor tem consciência da importância do

seu papel e está à vontade para assumi-lo, depende o quanto o sistema

político e econômico de verdade se importa e investe para que as coisas

aconteçam, para que aos professores, caiba a preocupação com as

atualizações dos métodos, das ferramentas e das posturas profissionais e

assim garantam a qualidade do ensino que é o objetivo primordial da escola.

A dificuldade maior talvez esteja na estruturação do modelo educacional

atual, onde não existe um padrão para as promoções de cargos e salários do

professor da escola publica. Cada estado estabelece o seu padrão e na grande

maioria é por tempo de serviço e cursos realizados, levando-se em conta a

carga horária sem necessariamente ligar esta atualização (que na maioria das

vezes é custeado pelo sistema educacional) à melhoria do ensino, conforme

-

6

dados levantados pela Revista Nova Escola de abril de 2007, no período de

dezembro de 2006 à março de 2007. A pesquisa mostra que não há uma

política de carreira para o magistério, muda-se de cargo e ou aumenta-se o

salário, sem uma avaliação de desempenho.

Esta constatação vem ao encontro da pesquisa aplicada pelo presente

trabalho, onde os cursos e atualizações apontados, não têm uma sistemática

de escolha, participam por uma política do próprio sistema, sem um

planejamento prévio. Esta constatação se dá pelos assuntos diversificados que

os professores enumeraram como cursos de atualizações (CPFL- Companhia

Paulista de Força e Luz, Trânsito – Projeto Transitando da Secretaria Municipal

de Trânsito, Conexão Saber, Profa - Capacitação para Professores

Alfabetizadores, etc...).

Pode-se inferir que a cada assunto novo que surge, a escola é a

escolhida para desenvolver, mas sem um critério, sem um diagnóstico da

situação real, a qual deveria com a interferência, caminhar para uma situação

ideal.

Então se a política de avaliação de desempenho, leva em conta tempo

de serviço e carga horária de qualquer curso sem critérios de escolhas, a

acomodação profissional do professor é um fato, constatada pelo resultado da

pesquisa deste trabalho que aponta que 80% dos pesquisados consideram

boa sua formação profissional, mesmo considerando cursos sem critérios de

escolhas.

-

7

METODOLOGIA

O instrumento utilizado para a realização da pesquisa é um questionário. Este

é composto de questões descritivas respondidas por professores com tempo

de graduação variada. Foram entregues 60(sessenta) questionários em três

escolas da rede pública, escolhidas aleatoriamente e destes, 21(vinte e hum)

responderam. A aplicação dos mesmos foi feita pela própria autora em dia e

horário previamente combinado com as instituições escolares. Os dados

coletados estão avaliados quanto o tempo de formação, tipo de formação,

quantidade de cursos de desenvolvimento profissional e ou atualização que

foram submetidos e o grau de satisfação deste profissional quanto a sua

atualização. Os Professores da Educação Básica do Ensino Fundamental da

Rede Pública do Município de São José do Rio Preto (SP) são os sujeitos da

pesquisa.

A pesquisa está devidamente validada pela anuência escrita e supervisão da

Direção de cada instituição pesquisada, comprovado através dos documentos

assinados conforme anexos I, II, III e V desta monografia.

-

8

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 10

CAPÍTULO I - FORMAÇÃO MÍNIMA EXIGIDA DO

PROFFESSOR DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO ENSINO

FUNDAMENTAL 14

1.1 Projeto político Pedagógico Teoria e Prática 16

CAPÍTULO II - A ESCOLA PARA O PROFEFSSOR 18

2.1 Qual é o Sentido da Escola para o Professor 18

CAPÍTULO III – QUALIDADE EDUCACIONAL 20

3.1 História da Qualidade 20

3.2 Globalização X Educação 21

3.3 abordando a Qualidade Educacional 23

CAPÍTULO IV –ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL

DO PROFESSOR /FORMAÇÃO CONTINUADA 26

CAPÍTULO V – PROCESSO ENSINO

APRENDIZAGEM BASEADO NA QUALIDADE

EDUCACIONAL 29

5.1 O Aluno no Papel de Aprendiz e seu

Contrapapel o Professor 29

5.2 O Professor e suas Competências 34 5.3 O Papel da Avaliação 36

CONCLUSÃO 39

ANEXO I 42

ANEXO II 43

-

9

ANEXO III 44

ANEXO IV 45

ANEXO V 48

ANEXO VI 50

ANEXO VII 51

ANEXO VIII 52

ANEXO IX 53

ABEXO X 54

ANEXO XI 55

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 56

ÍNDICE 58

FOLHA DE AVALIAÇÃO 60

-

10

INTRODUÇÃO

Entender a cultura institucional da escola requer um

esforço de reação entre os aspectos macro e micro, entre

a política educativa e suas correspondências nas

interações peculiares que definem a vida na escola. Do

mesmo modo, para entender a peculiaridade dos

intercâmbios dentro da instituição, é imprescindível

compreender a dinâmica entre as características das

estruturas organizativas e as atitudes, os interesses, os

papéis e os comportamentos dos indivíduos e dos grupos.

O desenvolvimento institucional se encontra intimamente

ligado ao desenvolvimento humano e profissional das

pessoas que vivem a instituição e vice-versa; a evolução

pessoal e profissional provoca o desenvolvimento

institucional (PÉREZ GÓMEZ, 2001, p.132).

Com a criação das faculdades ou centros de educação nas universidades

brasileiras, em 1968, a formação docente constituiu-se em objeto permanente de

estudos nesses espaços. Segundo Pereira (1999), as licenciaturas, cursos que

habilitam para o exercício dessa profissão no país, permanecem, desde sua

origem na década de 1930, sem alterações significativas em seu modelo. Num

momento em que as políticas regulamentadoras dessa atividade estavam sob a

influência das políticas Neoliberais, onde o interesse do capital financeiro,

imposto por intermédio de agências como Banco Mundial e Fundo Monetário

Internacional (FMI), procuravam a reforma do Estado minimizando o seu papel,

favorecendo o predomínio das regras do mercado em todos os setores da

sociedade, incluindo as atividades educacionais, surge uma nova onda de

debates sobre a formação docente através da criação da Lei de Diretrizes e

Bases da Educação (LDB –lei no 9.394/96).

-

11

A LDB em seu Título V (Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino)

estabelece no capítulo I (Da Composição dos Níveis Escolares), através do

artigo 21, os níveis que compõem o ensino regular brasileiro:- educação básica e

educação superior. A educação básica por sua vez é formada pela educação

infantil, pelo ensino fundamental e pelo ensino médio.

Neste trabalho, o enfoque é a formação e a estabilidade do docente do ensino

fundamental, abordando o tema Qualidade Educacional X Estabilidade

Funcional, identificando os motivos que levariam um professor a buscar

desenvolvimento profissional contínuo, se ele não corre o risco de ser

substituído por um profissional mais atualizado por ser um servidor público, e

portanto, ter como garantia a estabilidade funcional conforme preceitua a Lei

8112/90 e Emenda Constitucional ( EMC no 19) no seu artigo 21:- O servidor

habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo

adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 3 (três) anos de efetivo

exercício (Art. 21 Lei 8112/90 e EMC nº 19). O servidor estável só perderá o

cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo

administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa (Art. 22).

A Educação Básica é prioridade do Plano de Desenvolvimento de Educação

(PED) do governo federal, o qual introduz metas de qualidade como condição

para o repasse de recursos a estados e municípios. As medidas relacionadas

estão reunidas no Programa Todos Pela Educação que tem como propósito

mobilizar e comprometer o Brasil para que até 2022, todas as crianças e jovens

tenham acesso a uma educação básica de qualidade.Diante deste cenário, onde

a qualidade do ensino é a bandeira, o tema sugerido é de fundamental

importância nos remetendo a uma reflexão sobre a formação inicial e continuada

do professor. De acordo com o artigo 62 da LDB, a exigência para a formação

de docentes para atuar na educação básica, far-se a nível superior, em curso de

licenciatura, de graduação plena, em universidade e institutos superiores de

educação. Além desta exigência, no artigo 65 da mesma lei, inclui a prática de

ensino de no mínimo 300 horas. Uma vez de posse do diploma, o professor está

apto a prestar concurso público e uma vez aprovado, exercer a sua função. O

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concurso é o suficiente, para lhe garantir a estabilidade. A nossa proposta, é

levantar o perfil profissional atual do professor da Educação Básica do Ensino

Fundamental, comparando-o com o perfil de quando se graduou, verificando a

interferência ou não da estabilidade na sua formação continuada, tão necessária

para os profissionais da iniciativa privada.

A escola vem de uma tradição segundo a qual, a formação contínua é gerida

pelo Estado ou pelo poder organizador e na medida em que esta

responsabilidade passa a ser do próprio interessado, caminha-se para a

profissionalização do ofício. Perrenoud (2000).

Seguindo este raciocínio, Perrenoud afirma que trabalhar individual ou

coletivamente, com referenciais de competências é dar-se os meios de um

balanço pessoal e de um projeto de formação realista. É também se preparar

para prestar contas de sua ação profissional em termos de obrigação de

competências, mais do que de resultados ou de procedimentos.

È objetivo desta pesquisa, identificar as interferências da estabilidade funcional

do professor da Educação Básica do Ensino Fundamental, que atuam em

escolas públicas, em seu desenvolvimento profissional.

A baixa qualidade do ensino tornou-se uma ameaça à competitividade das

empresas e uma trava ao crescimento do país. Este é o resultado da pesquisa

desenvolvida pelo Banco Mundial-Unesco e a Organização para a Cooperação e

Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicada na Revista Exame (27/09/2006),

“o Brasil apresentou os piores indicadores na área de educação comparado a

países emergentes que figuram como seus competidores”.

Discutir a performance dos educadores, em busca da qualidade de ensino;

analisar o desenvolvimento da formação profissional dos educadores,

identificando suas defasagens; e identificar plano de desenvolvimento

profissional oferecido pela escola pública serão outros objetivos aqui também

estudados.

Pesquisando o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado (Lei No

10.261 de 28 de outubro de 1968), encontramos os direitos e deveres. Entre os

direitos, no Título III Artigo 88 trata da Promoção com a seguinte redação:- o

merecimento do funcionário será apurado em pontos positivos e negativos.

-

13

Parágrafo Primeiro - os pontos positivos se referem a condições de eficiência no

cargo e ao aperfeiçoamento funcional resultante do aprimoramento dos seus

conhecimentos. Parágrafo Segundo – os pontos negativos resultam da falta de

assiduidade e da indisciplina. No Título V Capítulo III que trata da Estabilidade,

no artigo 217 está assim expressada:- é assegurada a estabilidade somente ao

funcionário que nomeado por concurso, contar mais de dois anos de efetivo

exercício.Com estas regras estabelecidas em forma de Estatuto consideraremos

algumas hipóteses tais como:- A estabilidade funcional pos si só pode ser a

causadora da baixa qualidade do ensino Público? A estabilidade funcional dos

educadores pode desestimulá-los a buscar uma formação profissional

continuada? A defasagem profissional do educador interfere radicalmente no

aprendizado do aluno?

Se estamos passando por momento de crise na Educação, vamos precisar de

competência para administrá-la. Segundo Perrenoud (2000) ser competente é

estar pronto para enfrentar essas crises, no momento em que elas sobrevêm,

em geral de improviso, pois exigem uma reação tão imediata quanto adequada.

-

14

CAPÍTULO I

FORMAÇÃO MÍNIMA EXIGIDA DO PROFESSOR DA

EDUCAÇÃO BÁSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL

A Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei nº 9.394, de 20 de

dezembro de 1996 traz nos seus artigos uma diretriz de como deverá ser a

formação do professor da Educação Básica do Ensino Fundamental, mas

deixa a cargo de cada instituição de ensino, a elaboração do seu projeto

político pedagógico cuja participação do docente é fundamental . No artigo 62

a lei afirma que para atuar na educação básica de 5ª à 8ª série, é necessário a

formação em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena

desenvolvidas em universidades, e institutos superiores. No seu artigo 65,

estabelece a prática de ensino de no mínimo trezentas horas. O Projeto

Político Pedagógico tem a ver com a organização do trabalho pedagógico, nas

palavras de Veiga:-

A escola é o lugar de concepção, realização e avaliação

de seu projeto educativo, uma vez que necessita

organizar seu trabalho pedagógico com base em seus

alunos. Nessa perspectiva, é fundamental que ela

assuma suas responsabilidades, sem esperar que as

esferas administrativas superiores tomem essa iniciativa,

mas que lhe dêem as condições necessárias para levá-la

adiante. Para tanto, é importante que se fortaleçam as

relações entre escola e sistema de ensino.Veiga (2000)

A RESOLUÇÃO CNE/CP 1, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2002 institui as

Diretrizes Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em

nível superior , curso de licenciatura , de graduação plena. No seu artigo 1º as

Diretrizes Curriculares são definidas por um conjunto de princípios,

fundamentos e procedimentos a serem observados na organização

institucional e curricular de cada estabelecimento de ensino. Caberá a cada

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instituição observar :- I) o ensino visando à aprendizagem, II)o acolhimento e o

trato da diversidade,III)o exercício de atividades de enriquecimento

cultural,IV)o aprimoramento em práticas investigativas,V)a elaboração e a

execução de projetos de desenvolvimento dos conteúdos curriculares,VI)o uso

de tecnologias da informação e da comunicação e de metodologias,

estratégias e materiais de apoio inovadores,VII)o desenvolvimento de hábitos

de colaboração e de trabalho em equipe.A Formação profissional deverá

considerar os seguintes princípios norteadores:- I) a competência como

concepção nuclear na orientação do curso,II)a coerência entre a formação

oferecida e a prática esperada do futuro professor, tendo em vista: a) a

simetria invertida, onde o preparo do professor, por ocorrer em lugar similar

àquele em que vai atuar, demanda consistência entre o que faz na formação e

o que dele se espera;b) a aprendizagem como processo de construção de

conhecimentos, habilidades e valores em interação com a realidade e com os

demais indivíduos, no qual são colocadas em uso capacidades pessoais;c) os

conteúdos, como meio e suporte para a constituição das competências;d) a

avaliação como parte integrante do processo de formação, que possibilita o

diagnóstico de lacunas e a aferição dos resultados alcançados, consideradas

as competências a serem constituídas e a identificação das mudanças de

percurso eventualmente necessárias.

III - a pesquisa, com foco no processo de ensino e de aprendizagem, uma vez

que ensinar requer, tanto dispor de conhecimentos e mobilizá-los para a ação,

como compreender o processo de construção do conhecimento. As

competências a serem consideradas estão no artigo 6º assim estabelecidas:-

I) as competências referentes ao comprometimento com os valores

inspiradores da sociedade democrática;II)as competências referentes à

compreensão do papel social da escola;III) as competências referentes ao

domínio dos conteúdos a serem socializados, aos seus significados em

diferentes contextos e sua articulação interdisciplinar;IV)as competências

referentes ao domínio do conhecimento pedagógico;V) as competências

referentes ao conhecimento de processos de investigação que possibilitem o

aperfeiçoamento da prática pedagógica;VI) as competências referentes ao

-

16

gerenciamento do próprio desenvolvimento profissional. De acordo com o

artigo 11, os critérios de organização da matriz curricular, assim como a

alocação de tempos e espaços curriculares se expressam em eixos:-I) eixo

articulador dos diferentes âmbitos de conhecimento profissional;II) eixo

articulador da interação e da comunicação, bem como do desenvolvimento da

autonomia intelectual e profissional;III)eixo articulador entre disciplinaridade e

interdisciplinaridade;IV)eixo articulador da formação comum com a formação

específica;V)eixo articulador dos conhecimentos a serem ensinados e dos

conhecimentos filosóficos,educacionais e pedagógicos que fundamentam a

ação educativa;VI) eixo articulador das dimensões teóricas e práticas.

Quanto a prática, a resolução diz que será desenvolvida com ênfase nos

procedimentos de observação e reflexão, visando à atuação em situações

contextualizadas, com o registro dessas observações realizadas e a resolução

de situações-problema.

1.1 - Projeto Político Pedagógico (PPP)

Considerar as vivências do presente e pensar no futuro é o objetivo do Projeto

Político Pedagógico. Se o papel da escola é o desenvolvimento pleno do

cidadão, faz parte deste papel, estimular a criatividade, a curiosidade e o

senso crítico não só do aluno mas de toda comunidade escolar. Para Padilha

(2001) o Projeto Político Pedagógico pode ser inicialmente entendido como um

processo de mudança e de antecipação do futuro, que estabelece princípios,

diretrizes e propostas de ação para melhor organizar, sistematizar e significar

as atividades desenvolvidas pela escola como um todo. Através da reflexão se

estabelece a ação necessária para a implementação e implantação do PPP.

Mas Salmaso e Fermi enfatizam a necessidade do envolvimento de todos;

professores, equipe técnica, alunos, pais e comunidade para a criação e

implantação do PPP. Somente com a construção coletiva embasada em

concepções teóricas sólidas é que um PPP poderá surtir efeito positivo. As

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17

resistências poderão ser quebradas, se os agentes educativos se sentirem

atraídos pela proposta. Para que o professor desempenhe um papel ativo na

elaboração do PPP, é necessário que a instituição que o forma, tenha como

prática o conjunto de princípios e procedimentos instituídos pelas Diretrizes

Nacionais para a Formação de Professores de Educação Básica , bem como a

formação profissional, estar norteada nas competências consideradas em seu

artigo sexto.

-

18

CAPÍTULO II

A ESCOLA PARA O PROFESSOR

2.1 - Qual o sentido da Escola para o professor.

O trabalho do professor tem como finalidade a ação de ensinar, que para

acontecer necessita do papel complementar aluno. Para que o professor

cumpra seu papel, além do seu preparo, de seu conhecimento, ele dependerá

do envolvimento e do interesse de quem aprende (atividade intelectual

própria). Numa enquête realizada pela revista Nova Escola no final de 2006,

mostra que a maioria dos leitores avalia os alunos de uma forma geral

desinteressados pelos estudos. Seguindo esta tendência Gadotti(2003) retrata

o desconforto do professor diante da profissão::

...” E, finalmente, conseguimos um “emprego”. E agora? É

cada vez mais difícil manter-se no “emprego”, na

profissão, principalmente pelo desrespeito, pela

indisciplina, pelo desinteresse e pela violência que

contamina muitas de nossas escolas. Há muitos

professores e professoras que se sentem infelizes na

escola e principalmente na sala de aula. Falta interesse,

falta disciplina, faltam objetivos claros, enfim, falta sentido

para o que ensinam”.

Segundo Gadotti (2003) , o aluno quer saber , mas não quer

aprender.Pois para aprender é preciso ter prazer, é preciso levar em

conta a sua historia, seu projeto de vida, seu contexto social e

econômico. “O sentido da escola não é o mesmo na cabeça do estudante

e na do professor, afirma Charlot”.Um reclama de injustiça, pois afirma

que estudou mas foi mal avaliado e o outro, o avalia como

desinteressado. A desvalorização do professor é sentida pelos baixos

-

19

salários, pelo insuficiente valor investido pelos três poderes constituídos,

pela desvalorização da sociedade, caracterizada pelo dito popular “Quem

sabe faz, quem não sabe ensina”, pela necessidade de assumir aulas em

mais de uma escola para a garantia financeira.

-

20

CAPÍTULO III

QUALIDADE EDUCACIONAL

3.1- História da Qualidade

A História da Qualidade é um assunto que vem sendo desenvolvido e

tratado por vários estudiosos a muito tempo . Haja vista que, a quatro mil anos

atrás, os Egípcios já utilizavam a medida cúbito como forma de padrão para a

construção de suas pirâmides. No século XIII, os produtos manufaturados

eram controlados de forma qualitativa pelos próprios artesãos. Com a

Revolução Industrial iniciada na Inglaterra no século XVIII os trabalhadores já

não eram mais os donos dos processos, eles começaram a trabalhar para

patrões como operários e empregados, iniciando a separação entre produção

e controle de qualidade. Com Frederick. Taylor (1897) nasce a Teoria da

Administração Científica que tem como proposta separar o planejamento da

execução, devido o nível baixo de conhecimento dos operacionais. Em 1924

Walter A. Shewhart cria o PDCA (Plan-Do-Check-Action) e o Controle

Estatístico de Processo (CEP) . Com a Segunda Guerra Mundial (1939-1945)

desenvolve-se rapidamente a tecnologia da qualidade devido a necessidade

de melhorar a qualidade dos produtos em geral, incluindo os bélicos. Em 1946

foi fundada a Sociedade Americana para o controle da Qualidade (ASQC) e a

União japonesa dos Cientistas e Engenheiros(JUSE). Uma das primeiras

atividades da JUSE foi criar o Grupo de Pesquisa de Controle de qualidade

(QCRG). O Japão destacou-se como importante pólo no assunto, pois em

1950, Edwards Deming, Físico Matemático que fora aluno de Shewhart, foi

convidado pela JUSE para levar aos líderes industriais japoneses os conceitos

de controle de qualidade. O Japão também contribuiu com diversas novas

ferramentas: o método de Taguchi para projeto experimental, a metodologia

5S, os diagramas de causa e efeito de Ishikawa, também conhecidos como

diagrama espinha de peixe. Nos anos 50 e início dos 60, Armand V.

Feigenbaum publicou os princípios básicos do Controle da Qualidade Total

-

21

(TQC). Até este momento, os esforços para a qualidade eram direcionados

primordialmente para as atividades corretivas e não para a prevenção. No final

dos anos 70 e os anos 80 foram marcados pelo esforço para a qualidade em

todos os aspectos de negócios e das organizações prestadoras de serviços,

incluindo serviços, finanças, vendas, pessoal, manutenção, gerenciamento e

produção. Na atualidade, a qualidade se tornou um requisito de sobrevivência

para as empresas, que precisam ser eficientes em meio à concorrência e

clientes mais conscientes e exigentes.

3.2 - Globalização X Educação

Assim como na questão da qualidade, há estudiosos que defendem que a

primeira onda Globalizante aconteceu durante a Ascensão do Império

Romano. Após esta, várias outras ocorreram sendo definida como um

processo que ocorre em ondas, com avanços e retrocessos separados por

intervalos que podem durar séculos Luand (1996). A atual globalização

segundo Luand, ocorreu logo após a Segunda Guerra Mundial e se acelerou

bastante com o colapso do socialismo em 1989-1991. A Globalização é

caracterizada pelo aparecimento de organizações internacionais como (ONU,

BIRD etc...) pela formação de blocos regionais, como Mercado Comum

Europeu, ALCA, Mercosul, pelo enorme surto de expansão das empresas

multinacionais, pelo crescimento do comercio internacional e pela interligação

dos mercados financeiros. Diante deste cenário globalizado, Luand afirma que

a Educação é o maior recurso de que se dispõe para enfrentar a nova

estruturação do mundo. Dela depende a continuidade do atual processo de

desenvolvimento econômico e social, também conhecido como era pós-

industrial, em que notamos claramente um declínio do emprego industrial e a

multiplicação das ocupações em serviços diferenciados: comunicação, saúde,

turismo, lazer e informação. Compartilha desta teoria Schumacher(1983)

conforme segue:

-

22

O maior recurso - a educação. "Através da história e em

virtualmente toda a parte da Terra, os homens viveram e

multiplicaram-se, criando alguma forma de cultura.

Sempre e em toda parte encontraram seus meios de

subsistência e algo para poupar. Civilizações foram

erguidas, floresceram e, na maioria dos casos,

declinaram e pereceram. Este não é o lugar para

examinar porque pereceram; podemos dizer, porém, que

deve ter havido alguma falta de recursos. Na maioria dos

casos, novas civilizações despontaram, no mesmo

terreno, o que seria assaz incompreensível se apenas os

recursos materiais tivessem falhado antes. Como teriam

podido reconstituir-se tais recursos?

Toda a história - assim como toda a experiência atual -

aponta para o fato de ser o homem, e não a natureza,

quem proporciona o primeiro recurso: o fator-chave de

todo o desenvolvimento econômico brota da mente

humana. Subitamente, ocorre um surto de ousadia,

iniciativa, invenção, atividade construtiva, não em um

campo apenas, mas em muitos campos

simultaneamente. Talvez ninguém seja capaz de dizer de

onde isso surgiu, em primeiro lugar, mas podemos ver

como se conserva e até se fortalece: graças a vários tipos

de escolas, por outras palavras, pela educação. Numa

acepção bastante real, por conseguinte, podemos afirmar

que a educação é o mais vital de todos os recursos."

O tipo de profissional exigido no século XXI será o Profissional Global que com

a redução da hora de trabalho e com o avanço da idade, terá mais tempo para

o turismo o entretenimento e a arte. Porém, será o profissional que terá por

obrigação estudar a vida toda para se manter atualizado e membro da

sociedade do conhecimento Luand (1996). Drucker (1995) em seu livro

-

23

Sociedade pós –capitalista afirma que...”na sociedade do conhecimento as

matérias podem ser menos importantes que a capacidade dos estudantes para

continuar aprendendo e que sua motivação para fazê-lo. A sociedade pós-

capitalista exige aprendizado vitalício. Se as escolas fazem parte desta

sociedade, os professores independentes da estabilidade funcional deverão

estar atentos na sua formação contínua. Para isso é necessário disciplina. Mas

o aprendizado vitalício exige também que ele seja atraente , que traga em si

uma satisfação”. Seguindo esta tendência da informalidade, surgem novas

propostas pedagógicas com enfoque em Ciências Sociais, Pedagogia da

Alegria e Pedagogia da Positividade. Mais importante do que saber é nunca

perder a capacidade de aprender. “Saber é saborear”, diz Rubem Alves. O

novo profissional da educação deve romper o divórcio entre a vida escolar e o

prazer (Gadotti).

3.3 - Abordando a Qualidade Educacional

O desafio da qualidade educacional tem inicio na própria definição de

qualidade de serviços, em relação à qualidade do produto, este, muito mais

fácil de medir e avaliar por quem compra. Nos serviços, o cliente não possui o

produto, possui a memória, o serviço deve levar em conta as características

individuais de cada cliente, ele (o cliente) é o co-produtor, é um parceiro. A

comparação do serviço é feita através da expectativa levantada, e quando não

corresponde ao esperado, o único recurso é pedir desculpas ou indenizar, pois

não tem como devolver o serviço.Nos serviços o moral da equipe é crucial.A principal diferença entre produto e serviços é que quando avaliamos um

serviço estamos avaliando o prestador do serviço. A educação por ser um

serviço, quando é avaliada, avalia-se a escola e o sistema educacional como

um todo.Através do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira (Inep/MEC) foi aplicado a primeira edição do Prova Brasil que

-

24

avaliou o conhecimento de língua portuguesa (com foco em leitura) e

matemática (com foco em solução de problemas). A avaliação foi realizada em

novembro de 2005 com alunos de 4ª a 8ª séries da rede pública que também

responderam à um questionário que coletou informações sobre seu contexto

social, econômico e cultural. O resultado apontou grandes problemas da

educação que interferem na qualidade do ensino tais como, exclusão, evasão,

retenção, baixo nível de aprendizagem, poucos recursos e porcentagem

pequena de crianças na educação infantil. Já está mais que comprovado que a

baixa escolaridade interfere substancialmente na produtividade de qualquer

nação. Com a globalização, o país que não se sensibilizar e agir, estará fadado

ao fracasso. Diante do que foi levantado, foi lançado o compromisso Todos

pela Educação que tem cinco metas para serem alcançadas até 07 de

setembro de 2022 são elas: Toda criança e jovem de 4 a 17 anos estarão na

escola;Toda criança de 8 anos saberá ler e escrever; Todo aluno aprenderá o

que é apropriado para sua série;Todos os alunos vão concluir o Ensino

Fundamental e o Médio;O investimento na Educação Básica será garantido e

bem gerido. Para alterar o cenário é necessário ter consciência da importância

da Educação. Na medida em que a própria família avalia como satisfatório ou

nem mesmo tem opinião formada quanto à qualidade do ensino de seus filhos,

fica difícil cobrar a mudança. A população que mais necessita, é quem menos

ganha, pois a pesquisa mostra que cada ano de estudo, eleva em 16% o

salário do trabalhador. É necessário também Investir mais recursos em escolas

e professores. Hoje cerca de 4,5% do produto Interno Bruto (PIB) vai para a

educação, mas o ideal seria investir pelo menos 6% segundo o Presidente do

Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) Mozart Neves.

Priorizar a educação deve ser a meta de qualquer governo que tenha como

objetivo o crescimento do país. Valorizar o trabalho do professor é outro ponto

a ser conquistado, através da qualificação profissional seja nos cursos de

formação quanto nos cursos de atualizações, incentivar a habilidade de

pesquisar, refletir, unir teoria e prática de maneira satisfatória. Um salário

melhor e um plano de carreira são estímulos para evoluir na profissão, bem

como uma gestão escolar competente através de diretores preparados para

-

25

mediar os interesses de todas as partes (professores, alunos, família e

comunidade). Estes pontos são claramente identificados na pesquisa desta

monografia conforme anexo V gráfico . É necessário manter uma agenda de

longo prazo para os projetos e propostas educacionais. Prazo este, que nem

sempre coincide com os quatro anos de mandato de prefeitos, governadores e

do presidente da república. É preciso que os governantes deixem de lado as

vaidades, conscientes de que os governantes são efêmeros, mas as propostas

e projetos educacionais não. Assim a escola de qualidade tem obrigação de

evitar de todas as maneiras possíveis repetência e a evasão. Tem que garantir

a meta qualitativa do desempenho satisfatório de todos. Qualidade para todos,

portanto, vai alem da meta quantitativa de acesso global, no sentido de que as

crianças, em idade escolar, entrem na escola.É preciso garantir a permanência

dos que nela ingressam. Em síntese, qualidade “implica consciência crítica e

capacidade de ação, saber e mudar”Demo (1994).

-

26

CAPÍTULO IV

ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL DO PROFESSOR-

FORMAÇÃO CONTINUADA

Administrar sua própria formação contínua segundo Perrenoud (2000) é uma

das dez Competências para ensinar que deve ser desenvolvida com

prioridade, pois todas as demais competências uma vez construídas, não

permanecerão adquiridas pela simples inércia, deve no mínimo ser conservada

por seu exercício regular. As competências só serão conservadas se forem

exercitadas através da competência de administrar sua própria formação

contínua. Mas Perrenoud alerta que esta competência, não se mantém pelo

simples fato de exercitá-la por ser uma competência que supõe sempre uma

nova aprendizagem. Num primeiro olhar a escola parece não mudar, a cena

parece sempre ser a mesma:- professor,aluno,quadro-negro,carteiras. No

entanto a escola é mutável, pois muda-se o público, os textos se renovam, o

contexto se altera, programas são repensados, novas abordagens, novos

paradigmas . Dai a necessidade dos recursos cognitivos mobilizados pelas

competências, serem atualizados, adaptados a condições de trabalho em

evolução. Pois segundo Perrenoud as práticas pedagógicas mudam

lentamente ao longo das décadas, como por exemplo: exigem uma disciplina

menos estrita, deixam mais liberdade aos alunos; manifestam maior respeito

pelo aluno, por sua lógica, seus ritmos, suas necessidades, seus

direitos;valorizam a cooperação entre os alunos e propõem-lhes atividades que

exigem uma forma de partilha, uma divisão de trabalho, uma

negociação;consideram cada vez menos a reprovação escolar como uma

fatalidade e evoluem no sentido do apoio pedagógico e da diferenciação do

ensino como discriminação positiva contínua e preventiva;dão mais espaço à

ação, à observação, à experimentação entre tantas outras. Estas e outras

práticas pedagógicas coexistem no mesmo sistema, umas à frente de seu

tempo outras nem tanto. Para acompanhar a evolução e a dinâmica das

práticas pedagógicas, há uma demanda segundo Perrenoud de renovação e

-

27

ou desenvolvimento de competências adquiridas em formação inicial e, as

vezes, a construção, senão de competências inteiramente novas , pelo menos

de competências que se tornam necessárias na maior parte das instituições,

muitas vezes no passado requerida em situações excepcionais. Para

Perrenoud, o aperfeiçoamento não é uma invenção atual, por muito tempo se

limitou ao domínio das técnicas artesanais ou para a familiarização de novos

programas, novos métodos, novos meios de ensino. Atualmente todas as

dimensões da formação inicial são retomadas e desenvolvidas em formação

contínua. Saber administrar sua formação contínua,hoje, é administrar bem

mais do que saber escolher com discernimento entre diversos cursos em um

catálogo. Perrenoud aponta cinco componentes principais dessa

competência,levando em consideração o referencial genebrino que é uma

declaração de intenções adotado em Genebra em 1996 que tem como objetivo

orientar a formação contínua para torná-la coerente com as renovações em

andamento no sistema educativo. São elas: 1)Saber explicitar as próprias

práticas – este componente refere-se a aprender a analisar, a explicitar, a

tomar consciência do que se faz. Participar de um grupo de análise das

práticas constitui uma forma de treinamento, a qual permite interiorizar

posturas, procedimentos, questionamentos, que poderão ser transferidos no

dia a dia em sala de aula. É necessário que nestes grupos, haja um clima de

confiança para que cada um conte fragmentos de sua prática, sem temer ser

imediatamente julgado e condenado, mas que seja possível através de uma

postura profissional ser dado um feedback formativo julgando assim as

práticas adotadas e as competências profissionais em jogo. 2) Estabelecer seu

próprio Balanço de Competências e seu Programa Pessoal de Formação

Contínua – individualmente ou em grupo, através de leitura, consulta,

acompanhamento de projeto, supervisão, pesquisa-ação, através desta

formação lhe será permitido parar de fazer a mesma coisa, operar uma

ruptura, recuar, imaginar maneiras totalmente diferentes de aprender para os

problemas. Perrenoud afirma que muitos professores escapam da formação

contínua quando ela não é obrigatória, vivendo com os conhecimentos de sua

formação inicial e sua experiência profissional. Mesmo quando vão em busca

-

28

de alguma formação contínua, não se sabe ao certo o que norteia suas

escolhas, que podem ser uma forma de manter-se a par dos progressos em

moda, ou para se manter importante, instruído e inteligente sem saber

exatamente do que necessita. 3)Negociar um Projeto de Formação Comum

Com os Colegas (Equipe, Escola, Rede) – Quando há um coletivo forte em

nível de instituição, com um andamento de projeto, é relativamente fácil definir

necessidades de formação conectadas ao projeto comum. Se não existe a

cooperação profissional, ela poderá começar em torno da formação contínua.

No entanto se a formação ocorre fora da instituição, pode afastar o professor

de seu ambiente, se ocorre dentro, poderá proporcionar a evolução do grupo.

O risco é quando as relações entre os professores são difíceis e a paz só é

mantida porque cada um evita expressar uma opinião sobre as práticas dos

outros. 4) Envolver-se em Tarefas em Escalas de Uma Ordem de Ensino ou do

Sistema Educativo – Este tipo de experiência impõe uma descentralização,

uma visão mais sistêmica, a tomada de consciência da diversidade das

práticas e dos discursos, uma percepção mais lúcida dos recursos e das

obrigações da organização, bem como dos desafios que enfrenta ou

enfrentará. Quase todos os professores que se afastam de sua classe para

desempenhar outras funções no sistema saem dali transformados, com uma

visão cultural, política, econômica, administrativa, jurídica e sociológica

ampliada. 5) Acolher a Formação dos Colegas e Participar dela – Os

partidários das novas Pedagogias e do ensino recíproco descobriram que

formar alguém é uma das mais seguras maneiras de se formar. Porém este

tipo de situação geralmente acontece ao receber um estudante em formação

inicial que não despertará medos e insegurança. Mas se estes procedimentos

forem estendidos a outros professores, pode ser que os medos sejam vencidos

e que trabalhar sob o olhar de um outro colega venha contribuir de forma

positiva para formação contínua de cada professor. Segundo Perrenoud, estes

elementos identificados e trabalhados facilitarão ou pelo menos nortearão a

busca pela formação contínua de cada professor, resultando na qualificação

profissional.

-

29

CAPÍTULO V

PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM BASEADO NA

QUALIDADE EDUCACIONAL

5.1 - O Aluno no Papel de Aprendiz e seu Contrapapel o

Professor

O Papel é a forma de funcionamento que o indivíduo

assume no momento específico em que reage a

uma situação específica, na qual outras pessoas ou

objetos estão envolvidos. Cukier(2002)

.

As grandes transformações pelas quais vem passando o mundo e tudo que

nele existem, incluindo ai, a instituição escola e seus atores, vem exigindo um

novo perfil e novos requisitos intelectuais como: a capacidade aprender novas

habilidades, de assimilar novos conceitos, de avaliar novas situações e lidar

com o inesperado. Neste contexto a escola desempenha papel fundamental na

formação do futuro profissional, designando para cada ator um papel social –

aluno /aprendiz e professor/ facilitador/ educador. Antes de falarmos sobre os

papéis aqui identificados, definiremos segundo Depresbiteris (1999) o que é

aprender:

Para os comportamentalistas, aprender é modificar

comportamentos. Numa outra perspectiva, aprender é

resolver problemas, é apropriar-se de resposta. Pessoas

que defendem essa concepção acreditam que a

-

30

inteligência não é um dom nem um acúmulo de saberes.

Ela se constrói no decorrer de um longo processo. A

inteligência é, portanto, o resultado de uma construção

progressiva, mas não estritamente cumulativa. Ela produz

respostas em diferentes níveis. O educador dispõe de

dois meios para desenvolver o aprender: o que é

transmitido é assimilado por aquele a quem ele se destina

ou pela descoberta da experiência que permite uma

solução original pela própria pessoa que aprende.Nesta

perspectiva, aprender é agir na direção de construir

respostas para problemas, suplantar os conflitos

cognitivos em um ambiente estimulador, tendo direito ao

erro, descobrir fatores invariáveis e variáveis e se

apropriar de raciocínios. Para aqueles que defendem uma

aprendizagem significativa, o agir é um interagir consigo

mesmo e com outras pessoas.

Outras correntes de pensamento se desenvolveram e se definiram para os

modelos educacionais: a corrente empirista, o inatismo, ou nativismo, as

associacionistas, os teóricos de campos e os teóricos do processamento da

informação ou psicologia cognitivista, o construtivismo e sócio-construtivismo.

Conforme explana Silva (1998) o empirismo fundamenta-se no princípio de que

o homem é considerado desde o seu nascimento como sendo uma “tábula

rasa”, uma folha de papel em branco, e sobre esta folha vão sendo impressas

suas experiências sensório-motoras. Já o inatismo ou nativismo refere-se a

hereditariedade do sujeito. Na concepção behaviorista, educar seria

estabelecer “condicionamentos”na infância. Na concepção Gestalt o paradigma

da aprendizagem, consiste na solução de problemas que tem como princípio o

todo (a globalidade) para as partes . Para a Teoria Cognitiva o conhecimento

consiste em integrar e processar as informações.A teoria da Aprendizagem

Social versa sobre o estudo da observação e a imitação feita pelo sujeito. Para

a abordagem sócio-construtivista o desenvolvimento cognitivo é centrado na

origem social da inteligência e no estudo dos processos sócio-cognitivos de

-

31

seu desenvolvimento. Os trabalhos sobre esses processos se fundamentam na

teoria do psicólogo Lev Vygotsky e é relativo aos processos físico superior.

Paralelamente às definições acima, Silva(1998), caracteriza os papéis de aluno

e de professor conforme segue: numa abordagem behaviorista, em uma sala

de aula, o mundo é representado pelo professor que acredita que somente ele

pode produzir e transferir conhecimentos para o aluno, não considera o que o

estudante sabe. Em contrapartida o aluno recebe, escuta, escreve e repete as

informações tantas vezes quanto for necessário, até acumular em sua mente o

conteúdo que o professor repassou. Na Gestalt o ensino é centrado no aluno e

o professor tem como função dar assistência ao aluno de forma não transmitir

o conhecimento. Ele deve ser um facilitador da aprendizagem, que consiste na

compreensão aceitação e confiança em relação ao aluno. Deve aceitar o aluno

como ele é.O professor deve possuir um estilo próprio para facilitar a

aprendizagem. Sua intervenção deverá ser mínima possível, devendo criar um

clima favorável de aprendizagem. O conteúdo não deve ser repassado, uma

vez que ele é adquirido da experiência vivida do aluno. Para o professor,

qualquer ação que o aluno decide fazer deve ser considerada. Para a Gestalt o

aluno, analisa seus erros, encontra a solução e avalia seu processo de

aprendizagem (auto-avaliação).Para a Teoria Cognitiva, o professor tem como

função criar situações que possam estabelecer reciprocidade intelectual, e

cooperação ao mesmo tempo racional e moral. Ele deve evitar a rotina, e a

fixação de respostas e hábitos. Ele deve assumir o papel de mediador,

investigador, pesquisador, orientador e coordenador. É necessária sua

convivência com os alunos para observar os seus comportamentos

promovendo diálogos com eles, perguntando e, sendo interrogado. E o contra

papel como será? O aluno deve ser ativo e observador. Ele deve experimentar,

comparar, relacionar, analisar, justapor, encaixar, levantar hipótese,

argumentar etc. Cabe ao aluno encontrar a solução dos problemas que lhes

são apresentadas. Na teoria da aprendizagem social, o professor tem como

função apresentar um modelo que pode ser real ou simbólico. Ele deve criar ou

propor um modelo que mostre, com evidência, as pistas de modelação (os

comportamentos específicos).Este modelo proposto deve ser codificado ou ser

-

32

simbolicamente representado para facilitar a memorização do aluno. O

professor pode premiar, punir, motivar ou incentivar o comportamento do aluno

(do modelo). O aluno neste olhar tem como papel principal aprender mediante

a apresentação de um modelo que pode ser real ou simbólico. Ele

desempenha a função de observador, fixando sua atenção nos aspectos

críticos do modelo. Na teoria Sócio-Construtivista a função do professor é a de

orientar de forma ativa e servir de guia para o aluno, de forma a oferecer apoio

cognitivo. O professor deve ser capaz de ajudá-lo a entender um determinado

assunto e, ao mesmo tempo, relacioná-lo ao conteúdo com experiências

pessoais e o contexto no qual o conhecimento será aplicado. Ele deve também

interferir na zona de desenvolvimento proximal da cada aluno, provocando

avanços não ocorridos espontaneamente por este aluno. Várias atividades

oferecidas devem ser flexíveis, permitindo ajustes no plano de aula. A

intervenção por parte do professor é fundamental para o desenvolvimento do

aluno. Ele deve intervir, questionando as respostas do aluno, para observar

como a interferência de outro sujeito atinge no seu desenvolvimento e observar

os processos psicológicos em transformação e não apenas os resultados do

desempenho do aluno. No contrapapel, o aluno deve construir a compreensão

do assunto que lhe for apresentado. Ele é considerado possuidor de

conhecimento, devendo integrar-se ao meio, mas guiado pelo professor.

Contrapapel é um termo originado do Psicodrama criado por Jacob Levy

Moreno e que Cukier (2002) descreve como:

“....toda pessoa, da mesma forma que é o foco de

numerosas atrações e repulsas, também aparece como

o foco de numerosos papéis, relacionados aos papéis de

outras pessoas. Toda pessoa da mesma forma que tem

um conjunto de amigos e um de inimigos em qualquer

época de sua vida, também conta com uma gama de

papéis e enfrenta contrapapéis. Estes encontram-se em

níveis diferentes de desenvolvimento. Os aspectos

tangíveis do que se conhece como ‘ego’são os papéis

dentro dos quais a pessoa opera”.

-

33

Como podemos perceber, são várias as teorias, os pensamentos e as

definições do papel aluno e papel professor, baseados nas diversas teorias da

aprendizagem existentes. Ao mesmo tempo, percebemos que cada um tem

sua importância, principalmente se levarmos em conta, o contexto em que

foram criados e propostos. São complementares na medida que um suscita a

criação do outro, que tanto os papéis quanto as teorias são dinâmicas, e que,

portanto é necessário um profissional constantemente preparado, para

conduzir esta condição que também vem sendo exigida da instituição escola.

Depresbiteris (1999) faz menção desta situação na medida em que define o

professor do Século XXI e o papel complementar do aluno:

“O professor do século XXI, deve funcionar como um

facilitador no acesso a informações. Deve funcionar como

um bom amigo que auxilia o sujeito a conhecer o mundo

e seus problemas, seus fatos, suas injustiças, e suas

solidariedades, de forma que o aluno possa caminhar

com liberdade de expressão e, conseqüentemente, de

ação. Em contrapartida, o aluno deve respeitar o espaço

escolar e valorizar o professor, sabendo aproveitar a

magia do momento, o encantamento do aprender-

ensinar-aprender. Portanto , o professor hoje é aquele

que ensina o aluno a aprender e a ensinar a outrem o que

aprendeu. Porém não trata aqui daquele ensinar passivo,

mas do ensinar ativo, no qual o aluno é sujeito da ação, e

não sujeito –paciente. Em última instância, é preciso ficar

evidente que o professor agora é o formador e como tal

precisa ser autodidata. Integrador, comunicador,

questionador, criativo, colaborador, eficiente, flexível,

gerador, de conhecimento, difusor de informação e

comprometido com as mudanças desta nova era”.

Se o professor do Século XXI tem que ser autodidata, a estabilidade funcional

não deverá ser motivo de acomodação, e sim estímulo para continuar na

-

34

função profissional escolhida, para com adequação, responder a um aluno

cada vez mais instigante, provocador e nem sempre preparado para os

desafios da escola.

5.2 - O Professor e suas Competências

O ofício de professor é algo que está em evolução e, portanto, exigindo de

quem dele participa disposição para conquistas de novas competências. Como

salienta Perrenoud (2000), não encontraremos definições de competências

básicas do ofício, tais como, preparar e dar aulas e exercícios, utilizar os

recursos oficiais de ensino e dos métodos recomendados, exigir silêncio,

ordem, disciplina,dar notas, conviver pacificamente com os colegas, falando da

chuva e do bom tempo, em uma escola em que, ano após ano, todos retoma

as mesmas séries e os mesmos métodos. Tudo isso não está totalmente fora

de moda; continua a ser necessário dar aulas e exercícios, obter uma forma de

disciplina, avaliar adequadamente. Porém essas práticas mudam de sentido,

na medida que cada vez mais é exigido uma prática permeada de

responsabilidade, reflexiva autônoma e integral. Os protagonistas desta história

reagem de forma diferente, uns antecipando através de atualizações, outros

resistindo, e outros ainda se mostrando indiferentes. Mas nas competências

tradicionais, deverão ser adicionadas as competências emergentes

reconhecidas como prioritárias segundo Perrenou (2000) na formação contínua

dos professores e professoras do ensino fundamental e necessárias para

acompanhar a evolução da profissão, as quais estão assim classificadas: 1)

Organizar e dirigir situações de aprendizagem - Conhecer, para determinada

disciplina, os conteúdos a serem ensinados e sua tradução em objetivos de

aprendizagem. Trabalhar a partir das representações dos alunos. Trabalhar a

partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem. Construir e planejar

dispositivos e seqüências didáticas. Envolver os alunos em atividades de

pesquisa, em projetos de conhecimento. 2) Administrar a progressão das

aprendizagens – Conceber e administrar situações-problema ajustadas ao

-

35

nível e às possibilidades dos alunos. Adquirir uma visão longitudinal dos

objetivos do ensino. Estabelecer laços com as teorias subjacentes às

atividades de aprendizagem. Observar e avaliar os alunos em situações de

aprendizagem, de acordo com uma abordagem formativa. Fazer balanços

periódicos de competências e tomar decisões de progressão. 3) Conceber e

fazer evoluir os dispositivos de diferenciação – Administrar a heterogeneidade

no âmbito de uma turma. Abrir, ampliar a gestão de classe para um espaço

mais vasto. Fornecer apoio integrado, trabalhar com alunos portadores de

grandes dificuldades. Desenvolver a cooperação entre os alunos e certas

formas simples de ensino mútuo. 4) Envolver os alunos em sua aprendizagem

e em seu trabalho - Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com o

saber, o sentido do trabalho escolar e desenvolver na criança a capacidade de

auto-avaliação. Instituir e fazer funcionar um conselho de alunos (conselho de

classe ou de escola) e negociar com eles diversos tipos de regras e de

contratos. Oferecer atividades opcionais de formação, à lá carte. Favorecer a

definição de um projeto pessoal do aluno. 5) Trabalhar em equipe – Elaborar

um projeto de equipe, representações comuns. Dirigir um grupo de trabalho,

conduzir reuniões. Formar e renovar uma equipe pedagógica. Enfrentar e

analisar em conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais.

Administrar crises ou conflitos interpessoais. 6) Participar da administração da

escola – Elaborar, negociar um projeto da instituição. Administrar os recursos

da escola. Coordenar, dirigir uma escola com todos os seus parceiros (serviços

paraescolares, bairro, associações de pais, professores de língua e cultura de

origem). Organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a participação dos

alunos.7) Informar e envolver os pais – Dirigir reuniões de informação e de

debate. Fazer entrevistas. Envolver os pais na construção dos saberes. 8)

Utilizar novas tecnologias – Utilizar editores de textos. Explorar as

potencialidades didáticas dos programas em relação aos objetivos do ensino.

Comunicar –se à distância por meio da telemática. Utilizar as ferramentas

multimídia no ensino. 9) Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão.

– Prevenir a violência na escola e fora dela. Lutar contra os preconceitos e as

discriminações sexuais, étnicas e sociais. Participar da criação de regras de

-

36

vida comum referente à disciplina na escola, às sanções e à apreciação da

conduta. Analisar a relação pedagógica, a autoridade, a comunicação em aula.

Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de

justiça. 10) Administrar sua própria formação contínua – Saber explicitar as

próprias práticas. Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu

programa pessoal de formação contínua. Negociar um projeto de formação

comum com os colegas (equipe, escola, rede). Envolver-se em tarefas em

escala de uma ordem de ensino ou do sistema educativo. Acolher a formação

dos colegas e participar dela. Segundo Perrenoud(2000) estas competências

tem como guia o referencial de competências, adotado em Genebra em 1996.

O referencial Genebrino foi desenvolvido com a intenção de orientar a

formação contínua para torná-la coerente com as renovações em andamento

no sistema educativo.

Muitos conceitos impostos pelas novas competências exigem uma nova

postura do professor, que tem como função, despertar a necessidade e o

prazer em aprender, fazendo desta tarefa, algo que de tão espetacular, este

aluno, que hoje aprende, amanhã tenha o desejo de ensinar.

5.3 - O Papel da Avaliação

O Parecer CEE Nº 67/98, de 18 de Março de 1998, traz nos seus artigos 38 e

39,a seguinte redação sobre avaliação Artigo 38 - O processo de avaliação do

ensino e da aprendizagem será realizado através de procedimentos externos e

internos.Artigo 39 - A avaliação externa do rendimento escolar, a ser

implementada pela Administração, tem por objetivo oferecer indicadores

comparativos de desempenho para a tomada de decisões no âmbito da própria

escola e nas diferentes esferas do sistema central e local. O sistema de

avaliação atual vem diferenciando-se e muito, na medida em que não mais

avalia apenas o aluno. Hoje a avaliação é feita do aluno, do professor, do

projeto político pedagógico, do diretor, da coordenação, da escola. Todos os

alunos podem aprender, porém não aprendem da mesma forma. A avaliação é

-

37

uma das ferramentas para medir a qualidade do ensino que em maior ou

menor grau é influenciada pela: formação inicial e continuada do corpo

docente, a força do trabalho de equipe, o papel do diretor, a participação da

comunidade, a importância da leitura e, o valor que a própria avaliação tem no

dia a dia. Depresbiteris (1999) ressalta que, na medida em que se concebe

que todos tem o direito de aprender e que qualquer pessoa – não importando a

raça, etnia , o sexo – é capaz de aprender , pois o cérebro é um sistema aberto

surge necessariamente a necessidade de pensar em novas formas de avaliar a

aprendizagem. O propósito da avaliação passa a ser desvelar o potencial

deficiente que está impedindo o desenvolvimento do pensamento.Uma das

ferramentas é o Prova Brasil que foi criada com o propósito de refinar

avaliação da Educação Básica, feita pelo Ministério da Educação desde a

década de 1990.Com essa mudança, o Sistema de Avaliação do Ensino

Básico (Saeb) passou a ser composto de duas provas nacionais: a Avaliação

Nacional da Educação Básica (Aneb) e a Avaliação Nacional do Rendimento

Escolar (Anresc). A primeira é o próprio Saeb, um teste realizado por

amostragem nas redes de ensino, com foco na gestão dos sistemas

educacionais. A segunda é a Prova Brasil, uma avaliação de caráter universal

que pretende atingir todas as escolas. Mas a novidade é a internacionlaização

ou globalização das avaliações alerta Ferrero(2005). Segundo ela, a

Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE),

cujas origens tinham muito pouco a ver com a educação, tem submetido seus

membros e vários países não membros, a uma avaliação internacional, com

grande impacto. Salienta ainda que, por conta da rápida expansão do

conhecimento permitida pelos meios eletrônicos, e a acelerada multiplicação

de artigos científicos e técnicos em circulação. vem acontecendo a troca de

prioridades dos programas centrados em conteúdos, para programas

centrados em competências. Para Ferrero o processo de aprendizagem é uma

relação que envolve três partes: o conteúdo “objeto de aprendizagem”, o

aprendiz e um adulto encarregado de organizar as condições didáticas

específicas para fazer possível esta aprendizagem. Então quando se avalia,

não pode ser avaliado apenas o aluno, tem que se avaliar também a oferta

-

38

educativa, ou seja, avaliar as situações que favoreceriam a obtenção de uma

determinada competência, bem como a formação profissional do encarregado

de apresentar o conteúdo a ser aprendido, pois o aprendizado é uma

apropriação que supõe uma atividade cognitiva e não apenas receptiva.

-

39

CONCLUSÃO

A proposta deste trabalho de avaliar a questão da formação e

atualização profissional em relação à sua estabilidade funcional, foi conduzida

através de pesquisas bibliográficas e pesquisa de campo anexo IV. Num

primeiro momento, a proposta de aplicar trinta questionários em professores da

Educação Básica do Ensino Fundamental em duas escolas da rede pública de

São José do Rio Preto (SP), pareceu algo simples e talvez de pouca

expressão, levando-se em conta que o município tem hoje 1.131

professores efetivos e temporários estaduais e municipais.

No entanto, na prática, a maior dificuldade encontrada, foi sensibilizar

os professores a responderem as questões.

Ao invés de duas escolas inicialmente propostas, a pesquisa foi feita

em três escolas públicas - (Escola Estadual Daud Jorge Simão, Escola

Municipal Professora Yolanda Ferrari Vargas e Escola Municipal Deputado

Arlindo dos Santos) num total de sessenta (60) questionários, sendo que vinte

e hum (21) responderam, apesar da insistência de coordenadores e diretores.

Deste universo, 90% são do sexo feminino, onde a faixa etária

predominante é de 40 à 50 anos cuja graduação 70% é em Pedagogia.

Os que concluíram a graduação nas décadas de 70 e 80 representam

38%, e destes, 37% fizeram um curso de pós-graduação.

Vinte e oito por cento (28%) concluíram sua graduação na década de

90, e destes, 50% fizeram um curso de pós-graduação. Demonstrando que os

professores com graduação mais atual, foram os que mais buscaram uma pós-

graduação.

Participações em palestras, workshop, seminários foram apontadas 27

(vinte e sete) vezes. Assim como, a participação em cursos com carga horária

inferior a 40 horas foi o grande destaque de participação, sendo estes de

assuntos diversos e realizados por diversos órgãos do próprio município

(SEMAE, CPFL, APAE, Secretaria do Trânsito etc....).

Quando questionados de onde surgiu à necessidade da atualização,

66% assinalaram como ambos (pessoal e da escola) e quando assinalaram

-

40

necessidade pessoal, a atualização profissional referida era curso de pós-

graduação.

Quanto aos custos, somente os cursos de pós-graduação e

especializações foram mencionados como custos bancados pela própria

pessoa, os demais são cursos motivados pela própria escola e também

custeados pelo sistema.

Na sua grande maioria, os cursos foram feitos fora do horário de

trabalho, e através destes, todos pontuaram pelo menos uma prática

implantada dos cursos que participaram, nas suas atividades escolares. Esta

constatação é importante, pelo fato, de mesmo não havendo um planejamento

e levantamento de necessidades das atualizações realizadas, as mesmas

acabam ajudando nas práticas do dia a dia da sala de aula. Ao mesmo tempo,

percebe-se o desenvolvimento de vários assuntos como se a escola fosse um

“depósito” de assuntos do momento para serem divulgados e disseminados.

Quanto à participação em grupo de estudos, a maioria cita a

participação em HTPC (Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo). Apenas 14%

participam além da HTPC de grupos específicos de estudos dirigidos para sua

área.

Oitenta por cento (80%) dos professores desenvolvem e tem função

em projetos na escola, pois cada curso de atualização depois de concluído

torna-se projeto.

As atualizações através de livros, revistas e cinemas demonstram que

os professores preferem a Revista Nova Escola e a Veja. Os livros e filmes

citados, demonstram uma diversificação, passando desde assuntos pertinentes

à profissão até pelos do momento.

Apesar de assinalarem que lêem livros, revistas e assistem a filmes,

apenas hum (01) escreveu artigo sobre Qualidade de Vida, cuja graduação foi

em Educação Física.

Foram várias as sugestões de ações para o governo implantar, com o

objetivo de melhorar a qualidade do ensino, ficando 43% para aumento salarial

e valorização profissional, 38% para investimento na atualização profissional

de todos os envolvidos na escola (professores, diretores, inspetores etc...),

-

41

33% para reestruturação da educação, 28% redução do número de alunos por

classe, 24% melhorarem a segurança do professor.

É importante ressaltar que os cursos de pós-graduação, mestrado e

doutorado , são os que podem proporcionar aumento salarial. Os cursos de

atualização de no mínimo 30 horas, certificados com freqüência comprovada,

não dão direitos a aumento de salário, mas, contam pontos. O acúmulo destes

pontos beneficiará o professor na hora da escolha da escola e do período.

Quem está mais bem classificado, consegue uma escolha melhor.

Desta forma, pode-se inferir que a atualização do professor não se dá

com o objetivo claro de melhorar a qualidade do seu trabalho o que lhe

manteria no cargo, mas sim pela busca de um período e de uma escola de sua

preferência, uma vez que,

a grande maioria das atualizações apontadas, é de cursos com este

perfil (no máximo de 30 a 40 horas).

Assim como a escola não pode escolher seus professores, estes, nem

sempre tem a garantia de sua escolha, e quando isto acontece, a realidade

para ambos será mais difícil de ser assimilada e aceita.

Se não há a possibilidade de escolha, o resultado pode ser uma

qualidade de ensino abaixo do esperado, prejudicando o aluno, a escola, o

professor e o desenvolvimento do país.

-

42

ANEXO I

Declaração

Declaro para os devidos fins que a pesquisa constante neste trabalho

monográfico, foi aplicada aos professores desta escola sob minha supervisão.

Adréa Ferreira

Diretora da Escola Municipal Profª Yolanda Ferrari Vargas

-

43

ANEXO II

Declaração

Declaro para os devidos fins, que a pesquisa constante neste trabalho

monográfico, foi aplicada aos professores desta escola sob minha supervisão.

Vera Lucia Ataíde

Diretora da Escola Municipal Dep. Arlindo dos Santos

-

44

ANEXO III

Declaração

Declaro para os devidos fins, que a pesquisa constante neste trabalho

monográfico, foi aplicada aos professores desta escola sob minha supervisão.

Pedro Caetano Bitelli

Diretor da Escola Estadual Daud Jorge Simão

-

45

ANEXO IV

PESQUISA

Esta pesquisa tem como objetivo fornecer informações para o Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade Candido Mendes – Pró Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento – Instituto A Vez do Mestre do Rio de Janeiro, do Curso de Administração Escolar que tem como Tema – Qualidade Educacional X Estabilidade Funcional. Autora – Rosmeire Regina de Oliveira -

1) Idade:- Sexo:-

2)Sua Graduação foi em :-

Ano de Conclusão:-

3) Cite os cursos de atualização que você realizou nos anos de 2005 , 2006 e 2007. Qual a carga horária de cada um deles?

4) Estes cursos foram por necessidade pessoal ou necessidade da escola?

5) Quem bancou os custos você ou a escola?

6) Estas atualizações foram feitas dentro do horário de trabalho ou fora dele?

7) Cite três ações práticas implantadas por você na escola, originadas destes cursos que você participou.

-

46

8)Quais os Congressos, Seminários, Palestras ou Workshop que você participou nos anos de 2005/2006/2007?

9) Você participa de algum grupo de Estudos? Qual? Qual a Periodicidade?

10) Você participou ou está participando do desenvolvimento de algum projeto dentro da escola? Qual? Qual é a sua função neste projeto?

11) Quais as revistas que você tem por hábito a Leitura ? Qual a periodicidade?

12) Quais os dois últimos livros que você leu? Quais os dois últimos filmes que você assistiu?

13) Você já escreveu algum texto para jornais, informativos, murais etc? Qual foi o tema?

14) De forma objetiva, cite três ações que o governo precisaria implantar para a melhoria da qualidade do ensino.

15) Na questão Formação Profissional, como você classifica a sua?

-

47

( ) Excelente

( ) Boa

( ) Suficiente

( ) Insuficiente

-

48

ANEXO V

Relatório da Tabulação da Pesquisa de Campo.

A pesquisa foi feita em três escolas públicas - (Escola Estadual Daud

Jorge Simão, Escola Municipal Professora Yolanda Ferrari Vargas e Escola

Municipal Deputado Arlindo dos Santos). Foram distribuídos sessenta (60)

questionários, sendo que vinte e hum (21) responderam..

Deste universo, 90% são do sexo feminino, onde a faixa etária

predominante é de 40 à 50 anos cuja graduação 70% é em Pedagogia.

Os que concluíram a graduação nas décadas de 70 e 80 representam

38%, e destes, 37% fizeram um curso de pós-graduação.

Vinte e oito por cento (28%) concluíram sua graduação na década de

90, e destes, 50% fizeram um curso de pós-graduação. Demonstrando que os

professores com graduação mais atual, foram os que mais buscaram uma pós-

graduação.

Participações em palestras, workshop, seminários foram apontadas 27

(vinte e sete) vezes. Assim como, a participação em cursos com carga horária

inferior a 40 horas foi o grande destaque de participação pelos entrevistados.

Quando questionados de onde surgiu à necessidade da atualização,

66% assinalaram como ambos (pessoal e da escola) e quando assinalaram

necessidade pessoal, a atualização profissional referida era curso de pós-

graduação.

Quanto aos custos, somente os cursos de pós-graduação e

especializações foram mencionados como custos bancados pela própria

pessoa, os demais são cursos motivados pela própria escola e também

custeados pelo sistema.

Na sua grande maioria, os cursos foram feitos fora do horário de

trabalho, e através destes, todos pontuaram pelo menos uma prática

implantada dos cursos que participaram, nas suas atividades escolares.

-

49

Quanto à participação em grupo de estudos, a maioria cita a

participação em HTPC (Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo). Apenas 14%

participam além da HTPC de grupos específicos de estudos dirigidos para sua

área.

Oitenta por cento (80%) dos professores desenvolvem e tem função

em projetos na escola, pois cada curso de atualização depois de concluído

torna-se um projeto.

As atualizações através de livros, revistas e cinemas demonstram que

os professores preferem a Revista Nova Escola e a Veja. Os livros e filmes

citados, demonstram uma diversificação, passando desde assuntos pertinentes

à profissão até pelos do momento.

Apesar de assinalarem que lêem livros, revistas e assistem a filmes,

apenas hum (01) escreveu artigo sobre Qualidade de Vida, cuja graduação foi

em Educação Física.

Foram várias as sugestões de ações para o governo implantar, com o

objetivo de melhorar a qualidade do ensino, destaco os mais apontados:- 43%

para aumento salarial e valorização profissional, 38% para investimento na

atualização profissional de todos os envolvidos na escola (professores,

diretores, inspetores etc...), 33% para reestruturação da educação, 28%

redução do número de alunos por classe, 24% melhorar a segurança do

professor. Quanto a performance profissional, 80% avaliaram como boa.

Adréa Ferreira Vera Lucia Ataíde

Diretora Diretora

Pedro Caetano Bitelli

Diretor

-

50

ANEXO VI

GRÁFICO I

Questionários Respondidos

100%

35%

Questionários

Distribuídos 60 = 100%

Questionários Respondidos 35%

-

51

ANEXO VII

GRÁFICO II

Perfil Profissional

90%

47%70%

38%

28% Sexo Feminino 90%

Faixa dos 40 anos 47%

Graduação emPedagogia 70%

Graduação Concluída nadécada 70 e 80 38%

Graduação Concluída nadécada 90 28%

-

52

ANEXO VIII

GRÁFICO III

Necessidades/Custos/Períodos dasAtualizações

66%

47%

85%

Necessidade deAtualização(pessoal e da escola) 66%

Custos daAtualização foiBancado pelaEscola 47%

Cursos deAtualização foramrealizados forado horário deTrabalho 85%

-

53

ANEXO IX

GRÁFICO IV

Performance Profissional

100%

33%80%

81%

0,04%

Implantação de pelomenos uma Açãoaprendida nos Cursosde Atualizações 100%

Participação em Grupode Estudo HTPC 33%

Participação emDsenvolvimento deProjetos na Escola80%

Atualizações atravésde Revistas, Filmes eLivros 81%

Artigos Escritos 0,04%

-

54

ANEXO X

GRÁFICO V

Atualizações

22%

52%

42%

Pós Graduação 22%

PROFA ( Capacitaçãopara ProfessoresAlfabetizadores) 52%

Atualizações de 100 a200 horas - 42%

-

55

ANEXO XI

GRÁFICO VI

Auto Avaliação

80%

0,09% 0,04%0%20%40%60%80%100%

AutoAvaliação -Boa

AutoAvaliação -Excelente

AutoAvaliação -Insuficiente

Série1

-

56

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Charlot, Bernard - Da Relação com o saber –Ed. Artmed

Charlot,Bernard (org) – Os Jovens e o saber- Ed. Artmed

Cukier,Rosa. Palavras de Jacob Levy Moreno:vocabulário de citações do psicodrama, da psicoterapia de grupo, do sociodrama e da sociometria/rosa Cukier- São Paulo:Agora, 2002

Depresbiteris,Lea.Concepções Atuais de Educação Profissional. 2 ed. Série

SENAI. Formação de formadores.1999.

DRUCKER, P. Sociedade pós-capitalista. São Paulo, Pioneira, 1995, p.156 Ferrero.Emilia. A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO DO

APRENDIZADO NA EDUCAÇÃO BÁSICA*

*Publicado originalmente na revista Avance Y Perspectiva, Janeiro/Março de 2005 Tradução: Debora Donofrio

Gadotti, MOACIR BONITEZA DE UM SONHO Ensinar-e-aprender com sentido- São Paulo ,2003

Lei n.º 10.261, de 28 de outubro de 1968 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado)

Lei Complementar 942/2003

LAUAND, Luiz Jean. Educação: Filosofia e História. São Paulo, Edix Edições, 1996, p. 39-41

PADILHA, Paulo Roberto . Planejamento dialógico: como construir o projeto político-pedagógico da escola. São Paulo, Cortez/IPF.

Parentoni,Emilia – Gestão da Qualidade Educacional Módulo I –Histórico e Diferentes Abordagens da Qualidade.

Pereira,Julio Emilio Diniz. As Licenciaturas e as novas políticas educacionais para a formação docente. Educ. Soc.,Campinas;v.20,n.68,1999.Disponível em : http://wwwscielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=so10173301999000300006&ing=pt&nrm=iso acesso em 22fev 2007,Pré Publicação doi:-10.1590/s0101-7330199900300006.

Patrícia Chittoni Ramos.- Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000

-

57

Perrenoud,Philippe – Dez novas competências para ensinar/Philippe Perrenoud;trad. DEMO, Pedro. Educação e qualidade. Campinas, Papirus, 1994.

RESOLUÇÃO CNE/CP 1, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2002.(*)

Revista Nova Escola 196,199 (ISSN 0103-0116), ano XXI é uma publicação da Fundação Vitor Civita Revista Nova Escola 201,199 (ISSN 0103-0116), ano XXI é uma publicação da Fundação Vitor Civita Rubem Alves, Conversas com quem gosta de ensinar. São Paulo, Cortez, 1981.

Salmaso, Jose Luís e Fermi,Raquel M. B. – Projeto Político-Pedagógico:Uma Perspectiva de Identidade no Exercício da Autonomia

SÃO PAULO. Parecer CEE Nº 67/98, de 18 de Março de 1998. Normas Regimentais Básicas para as Escolas Estaduais. Secretaria da Educação/Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Diretrizes e bases da educação nacional: legislação e normas básicas para sua implementação. São Paulo: 2001. p. 1038-1039.

Silva, Cassandra R. O.Bases Pedagógicas e Ergonômicas para Concepção e Avaliação de produtos Educacionais Informatizados. Florianópolis. 1998.Dissertação:Mestrado em Engenharia de Produção. Coordenadoria de Pós Graduação. UFSC.p.11-15:22-25

SCHUMACHER, E.F. O negócio é ser pequeno. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1983, p. 67

VEIGA, Ilma P.A. (org) “O Projeto Político Pedagógico da Escola: Uma

construção possível. 11ª ed. Campinas, Papirus, 2000.

VEIGA, Ilma Passos A. (org.). Projeto político-pedagógico da escola. Campinas: Papirus, 1995.

-

58

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 7

SUMÁRIO 8

INTRODUÇÃO 10

CAPÍTULO I - FORMAÇÃO MÍNIMA EXIGIDA DO

PROFFESSOR DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO ENSINO

FUNDAMENTAL 14

1.1 Projeto político Pedagógico Teoria e Prática 16

CAPÍTULO II - A ESCOLA PARA O PROFEFSSOR 18

2.1 Qual é o Sentido da Escola para o Professor 18

CAPÍTULO III – QUALIDADE EDUCACIONAL 20

3.1 História da Qualidade 20

3.2 Globalização X Educação 21

3.3 abordando a Qualidade Educacional 23

CAPÍTULO IV –ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL

DO PROFESSOR /FORMAÇÃO CONTINUADA 26

CAPÍTULO V – PROCESSO ENSINO

APRENDIZAGEM BASEADO NA QUALIDADE

EDUCACIONAL 29

5.1 O Aluno no Papel de Aprendiz e seu

Contrapapel o Professor 29

5.2 O Professor e suas Competências 34 5.3 O Papel da Avaliação 36

-

59

CONCLUSÃO 39

ANEXO I 42

ANEXO II 43

ANEXO III 44

ANEXO IV 45

ANEXO V 48

ANEXO VI 50

ANEXO VII 51

ANEXO VIII 52

ANEXO IX 53

ABEXO X 54

ANEXO XI 55

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 56

ÍNDICE 58

FOLHA DE AVALIAÇÃO 60

-

60

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes Instituto A Vez do

Mestre Pós-Graduação “Lato Sensu”

Título da Monografia: Estabilidade Funcional do Professor – Prós e

Contras Dentro da Escola Pública

Autor: Rosmeire Regina de Oliveira

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: