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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: Angela Olimpio de Araujo
Orientador
Prof. Edla Trocoli
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Educação Infantil e
Desenvolvimento.
Por: Angela Olimpio de Araujo.
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AGRADECIMENTOS
....A minha querida mamãe que sempre
esteve comigo em todos os momentos
me dando sempre muito apoio e
força......
4
DEDICATÓRIA
.....dedico aos meus queridos alunos da
Creche Municipal Simone de Beauvoir
aos quais aprendi a amar e muito me
inspiraram nesse processo.......
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RESUMO
Esta monografia tem como objetivo refletir sobre a importância da
atividade lúdica, do brinquedo e da brincadeira no desenvolvimento da criança.
O desenvolvimento desta reflexão eu faço a partir do estudo da brincadeira no
espaço escolar. Eu no primeiro momento, procuro analisar a contribuição do
brincar com o desenvolvimento integral da criança. Já na segunda parte,
procuro estudar sobre o papel da brincadeira na visão do educador na
Educação Infantil. Em seguida, eu tento descrever qual a importância do
brincar na Educação Infantil com todos os seus aspectos e funções na vida da
criança, que é o foco principal deste trabalho.
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METODOLOGIA
A presente monografia trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com
coleta de dados (livros, artigos científicos) além de consulta a periódicos
direcionados a brincadeira e a educação infantil, além de alguns apontamentos
feitos em sala nas aulas do Curso de Pós-Graduação em Educação Infantil.
O presente trabalho é um estudo detalhado sobre o significado e a
importância do brincar na Educação Infantil.
O tema estudado nesse trabalho se dá em razão de perceber em que
medida as brincadeiras contribuem para o desenvolvimento e socialização das
crianças e se há interesse e participação dos educadores nas situações
lúdicas, tendo como referência as leituras em bibliografias de autores
especializados que tratam do tema, tais como: BROUGERÉ; DORNELLES;
MARANHÃO; PIAGET; VYGOTSKY e WAJSKOPO.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................08
CAPÍTULO I – A Brincadeira no espaço escolar..............................................10
1.1 - A História do brinquedo ontem e hoje......................................................10
1.2 - Como a Brincadeira funciona como metodologia
na sala de aula?...............................................................................................14
CAPÍTULO II – O Educador e o lúdico............................................................19
CAPÍTULO III – Qual o significado do brincar
na Educação Infantil?......................................................................................28
CONCLUSÃO.................................................................................................36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA....................................................................39
BIBLIOGRAFIA CITADA...............................................................................42
ÍNDICE...........................................................................................................44
FOLHA DE AVALIAÇÃO
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INTRODUÇÃO
Este trabalho monográfico tem como propósito, a partir de algumas
pesquisas bibliográficas, abordar questões que envolvem a brincadeira e a
criança.
Considero o brincar de suma importância na vida da criança e seu
desenvolvimento autônomo e pedagógico, e pretendo demonstrar o quão
fundamental é essa prática na Pré-Escola, pois a mesma envolve aspectos
como: cognitivo, físico, social, afetivo e funcional das crianças.
Além de compreender que na última década houve uma expansão da
Educação Infantil no Brasil oportunizando as crianças uma infância de
qualidade, onde a mesma deve ser respeitada, entendendo que na Educação
Infantil é um espaço favorável para associar as brincadeiras as situações de
aprendizagens significativas contribuindo para o desenvolvimento de forma
saudável das crianças.
Neste trabalho faço uma abordagem sobre o que se vê como
importante nessa prática e em como o educador pode utilizar desse método
nessa fase da vida da criança, pois através da mesma, o educador pode, ao
observar as crianças, conhecer seu aluno, visto que a brincadeira é uma das
formas que a criança utiliza para se expressar frente ao mundo que a rodeia.
Ao observar o presente texto, percebe-se que o tema central é voltado
para a discussão sobre a importância da inserção da brincadeira nas práticas
pedagógicas, reconhecendo que a mesma pode tomar vários rumos de acordo
com a necessidade das crianças.
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Pois quando uma criança brinca, ela desenvolve suas potencialidades,
sendo assim o brincar é uma necessidade básica para a criança em idade pré-
escolar, pois através da brincadeira ela estimula o desenvolvimento afetivo,
social, intelectual, além de estabelecer ricas oportunidades de socialização.
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CAPÍTULO I
A BRINCADEIRA NO ESPAÇO ESCOLAR
1.1- A HISTÓRIA DO BRINQUEDO ONTEM E HOJE
Para melhor compreender as transformações ocorridas nas formas do
brincar, ao longo dos séculos, faremos uma retrospectiva histórica sobre o
brinquedo e a brincadeira. A história dos brinquedos se mistura com a história
das crianças que brincam com eles.
Segundo Von (2001a, p.20) a história do brinquedo é tão antiga quanto
a história do homem. A viagem pela história dos brinquedos nos faz percorrer
culturas, estilos, modos de vida, uso de materiais, relações pessoais, etc.
Antes de iniciarmos a nossa ‘’viagem’’ analisaremos algumas definições
sobre o brincar e o brinquedo. O termo brincar, de acordo com o dicionário da
Língua Portuguesa, significa ‘’criar laços’’ e o termo brinquedo é definido como
objeto que serve para as crianças brincarem, divertimento, passatempo;
entreter-se em jogos de criança ou ainda recrear-se, distrair-se. O brinquedo é
visto como um suporte da brincadeira, e a brincadeira é algo pertencente à
criança. Através do brinquedo, a criança cria, enfatiza a importância do
desenvolvimento cognitivo. Brincando, a criança se comporta além de sua
idade.
Olhar para o brinquedo, é se confrontar com o que se é ou, ao menos, com a imagem do mundo e da cultura que se quer mostrar a criança. O brinquedo é
um objeto que traz em si uma realidade cultural, uma visão de mundo e da criança. (Brougére 1995a, p.105) Por meio da brincadeira, a criança aprende a se conhecer e atuar no
mundo que a rodeia.
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É na brincadeira que as crianças revelam sua visão no mundo. Brougére
(2002a, p.22-23) afirma que ‘’As crianças quando brincam, não estão apenas
entrando em contato com a cultura de forma geral. Quando se brinca, aprende-
se antes de tudo a brincar, a controlar um universo simbólico e particular’’ e
Porto (1998a, p.1) acrescenta:
O brinquedo, revela a forma como a sociedade se mostra naquilo que se dá a conhecer as suas crianças. A brincadeira é uma aprendizagem social onde as crianças se relacionam com o mundo e o interpretam a seu modo.
A brincadeira é resultado de relações interindividuais, portanto cultura.
Os brinquedos surgiram desde as grandes civilizações antigas, e boa
parte permanece inalterada ao longo dos tempos. Os brinquedos não foram
invenções de fabricantes especializados, nasceram nas oficinas de
entalhadores de madeira, de fundidores de estanhos, etc. (Von, 2001).
Benjamin (1995a, p.247) afirma: ‘’De todos os materiais, o mais
apropriado ao brinquedo é a madeira por sua resistência e por sua capacidade
de absorver cores’’. Há brinquedos não muito resistentes que quebram com
facilidade, causando frustração nas crianças.
Porto (1996a, p.174), sobre o brinquedo afirma que ‘’Dependendo do
material, o brinquedo oferece possibilidades variadas’’.
Conforme Kramer (1998a, p.172) Na Idade Média, os brinquedos eram
um produto secundário das indústrias manufatureiras. Nasciam das mãos dos
entalhadores de madeira, dos produtores de vela e dos artesões e não eram
destinados à criança, serviam apenas para uso doméstico. As crianças não
eram as únicas a usá-los, pois não eram tidos como brinquedo de criança.
Segundo Von (2001a, p.8) As bonecas eram objetos de colecionadores
ou estatuetas religiosas. Após algum tempo a boneca se tornou brinquedo para
as meninas. Nessa época, as crianças eram inseridas desde muito cedo no
mundo dos adultos, onde também participavam dos jogos e do trabalho.
A partir do Renascimento, as brincadeiras foram dando lentamente lugar
ao brinquedo (objeto) que foi se tornando uma especialidade das crianças,
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ocupando papel importante, era um dos principais mediadores entre elas e o
mundo.
Durante o século XVIII, começou a surgir uma fabricação especializada
de brinquedos, que teve de enfrentar restrições corporativas. As indústrias
proibiam que os carpinteiros pintassem suas bonecas de madeira, e a
produção de vários materiais obrigava diversas indústrias a dividirem entre si o
trabalho mais simples, o que encarecia a mercadoria. As firmas exportadoras
começaram a comprar brinquedos produzidos nas manufaturas da cidade e
distribuí-los na indústria artesanal e no comércio varejista.
Existiam jogos tais como de construir e de demolir construções, os que
envolvem bonecos, os de rolar arcos, pular obstáculos e cordas, aqueles que
reproduzem situações de trabalho realizado por adultos, as cirandas e os jogos
de esconder.
No século XIX, a produção de brinquedos se tornou objeto de uma
indústria específica e era artigo de luxo que apenas os nobres possuíam.
Sendo assim determinados brinquedos ganharam uma classificação
como sendo do universo feminino e outros do masculino. E as panelinhas e
fogões foram denominados como brinquedos associados às meninas, e o
universo externo de trabalho, e a força física e braçal ao menino. No contexto
atual, essa visão vem sendo questionada, uma vez que é a criança que deve
escolher com o quê e do que vai brincar.
Dornelles (1996a, p.102) apresenta essa ideia neste trecho:
Entender suas brincadeiras é possibilitar que representem os papéis que escolheram para brincar independente do sexo. Que ela e eles possam brincar de casinha, boneca ou panelinha, jogar futebol, saltar, correr, pular e subir em árvores. Brincar de herói ou bandido, recriando os heróis que fazem parte do seu cotidiano, de sua sociedade.
Segundo Benjamin (1995a, p.244-245), na metade do século XIX ocorreu
a mudança daquele mundo de coisas mínimas que as crianças tanto gostavam
e que os adultos utilizavam para ornamentar suas casas. A partir daí, os
brinquedos se tornam maiores e sua forma e seu tamanho mudam, perdendo
aos poucos seus aspecto discreto, minúsculo e sonhador. Cada vez mais as
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crianças passam a brincar sozinhas, alterando suas interações e experiências
lúdicas, intensificando o afastamento do adulto e da criança. Em outros
tempos, o brinquedo era peça do processo que ligava pais e filhos, enfocando
a substituição de coisas minúsculas, que povoavam as estantes, as crianças e
a sala de artes dos adultos. Quanto mais avança a industrialização, mais ele
se esquiva ao controle da família.
O brinquedo deixa de ser o resultado de um processo doméstico de
produção que unia adulto e crianças e cada vez mais as crianças passam a
brincar sozinhas, sem parceria do adulto, prejudicando na sua interação e as
experiências lúdicas (Porto 1996).
A partir da a metade do século XX, o brinquedo industrializado já era
comercializado e ganhava circulação na cidade, mas era restrito as classes
média e alta. Até então, as cidades grandes não eram tão violentas como nos
dias de hoje. Havia espaços para brincar na rua, no quintal e nas praças, as
crianças da mesma idade e de mesma origem social brincavam juntas. A
oportunidade de interagir com outras crianças, seja em casa, em grupos da
comunidade ou durante atividades em espaços de aprendizagem, dava uma
contribuição inestimável ao processo de construção da identidade e de seu
desenvolvimento.
Nos dias atuais, a variedade e quantidade de brinquedos é enorme e sua
fabricação acontece de forma variada, tanto com brinquedos modernos,
fabricados em indústrias, como com brinquedos mas modestos, ou feitos com
matérias sustentáveis. Os brinquedos mais vendidos são os anunciados pela
televisão, atraídos pela mídia por brinquedos caros e industrializados,
prejudicando a sua autonomia de produzirem e escolherem seus brinquedos.
Sobre essa manipulação que as crianças estão sofrendo pela mídia, Brougére
afirma:
Através do brinquedo, como meio da televisão, a criança vê sua brincadeira se rechear de novos conteúdos, de novas representações que ela vai manipular, transformar ou respeitar, apropriar-se do seu mundo. Da mesma forma como para conteúdos televisivos, os fenômenos do modismo e da mania reagem à vida dos brinquedos. (Brougére 1995a, p.58)
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A história do brinquedo permite que se compreende que ao longo dos
séculos, a criança e o brinquedo assumiram outros significados, de acordo
com determinações histórico-culturais. O tratamento dispensado às crianças
está relacionado aos valores econômicos, sociais e culturais do período em
questão.
O brinquedo estará sempre presente na vida da criança e do adulto.
Vygotsky (1984a, p.117) afirma que: ‘’No brinquedo, a criança sempre
se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu
comportamento diário, no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na
realidade’’. A criança viaja, em um momento imagina ser um neném e em outro
imagina ser a mãe do neném. Ela cria diversas situações na brincadeira e os
papéis se reconstroem a cada momento, num mundo de fantasia.
1.2- COMO A BRINCADEIRA FUNCIONA COMO
METODOLOGIA NA SALA DE AULA?
A Educação Infantil deve valorizar os conhecimentos e memórias
que as crianças trazem consigo e oportunizar a aquisição de novos
conhecimentos.
Para Maranhão (2007a, p. 25):
‘’Não podemos aceitar que em função de qualquer outro aspecto se retire da criança o Direito de Brincar. Através da brincadeira ela irá crescer, aceitar e conhecer o mundo’’.
A aventura da descoberta de uma criança por um brinquedo ou
brincadeira nem sempre é considerado pelo adulto. É exatamente nesse
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momento que a criança demonstra como vê o mundo que a rodeia, sendo
importante ao educador observar essa atitude.
A criança deve experimentar no seu dia-a-dia as mais variadas
sensações, ela também deve descobrir, através de suas próprias ações, quais
as suas possibilidades e limitações. Mas, para isso, o ambiente deve oferecer
desafios não tão complexos que ela se sinta incapaz de vencê-los e nem tão
simples que se torne desestimulante.
Ângela Cristina (2000) diz que: ‘’Pode-se afirmar que o brincar
enquanto promotor da capacidade e potencialidade da criança deve ocupar um
lugar especial na prática pedagógica, tendo como espaço privilegiado a sala de
aula’’.
Dessa forma, o educador tem todo um aparato para transformar a
brincadeira em fonte de aprendizado da criança.
Aprendizagem essa que, com a intenção de estimular
posteriormente a atividade mental, social e psicomotora, se observada pode
servir para reelaborar e definir melhores e novas propostas de trabalho para
com as mesmas.
Assim, com um espaço estruturado para brincar, permitindo o
enriquecimento das competências imaginativas e criativas infantis, estimulando
as mesmas a prosseguir do ponto que está na sua aprendizagem e no seu
desenvolvimento durante e depois da brincadeira.
A brincadeira é uma forma privilegiada de aprendizagem. Ao
brincar a criança explora e expande o real, consequentemente amplia o
imaginário e desenvolve a inteligência.
Mas por ser considerada por alguns educadores inviável, a
brincadeira ocupa, ainda um espaço consideravelmente pequeno em meio à
proporção necessária na sala de aula, ou então é utilizada unicamente com
‘’propósitos educativos’’, que muitas vezes retiram da brincadeira a
espontaneidade e o prazer que dão sentido ao ato de brincar.
Para se desenvolver imaginativa, portadora de sentimentos e
criativa, a criança precisa se socializar e não há momento melhor para tal do
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que a hora da brincadeira, onde desenvolverá suas habilidades pessoais que
viabilizam criar identidade e exercer autonomia sobre suas decisões e atitudes.
Para isso é preciso que haja nos educadores a visão de que as
crianças necessitam de subsídios para se desenvolverem.
O educador deve fazer o papel de mediador, ponte, passagem entre
o saber que a criança traz, pois ela é sujeita de cultura, e o conhecimento mais
ampliado.
Deve também estar atento para que este conhecimento não seja
tratado de forma fragmentada.
Nos momentos de atividade lúdica, nem sempre o que importa é
apenas o produto da atividade, mas na verdade, devemos levar em
consideração o que esta sendo vivido, passado, transmitido e quais são as
contribuições que essa atividade lúdica irá agregar ao universo infantil.
Possibilita a quem vivencia momentos de encontro consigo e com o outro;
momentos de fantasia e de realidade, de ressignificação e percepção;
momentos de autoconhecimento e conhecimento do outro, de cuidar de si e
olhar para o outro; momentos de vida.
Conforme Almeida (2009) Uma aula com características lúdicas não
são garantias por momentos de jogos ou pelo fato de disponibilizarem-se
brinquedos. O que traz ludicidade para a sala de aula é muito mais uma
‘’atitude’’ lúdica do educador e dos educandos. Assumir essa postura implica
sensibilidade, envolvimento, uma mudança interna, e não apenas externa,
implica não somente uma mudança cognitiva mas também, principalmente,
uma mudança afetiva. A ludicidade exige uma predisposição interna, o que não
se adquire apenas com a aquisição de conceitos, de conhecimentos, embora
estes sejam muito importantes. Uma fundamentação teórica consistente dá o
suporte necessário ao professor para o entendimento dos porquês de seu
trabalho. Trata-se de ir um pouco mais longe ou, talvez melhor dizendo, um
pouco mais fundo. Trata-se de formar novas atitudes, daí a necessidade de
que os professores estejam envolvidos com o processo de formação de seus
educandos. Isso não é tão fácil, pois implica romper com um modelo, com um
padrão já instituído, já internalizado.
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É dessa forma que a criança irá aprendendo e apreendendo que a
realidade é um todo e que as coisas se relacionam.
A criança é um ser em desenvolvimento, e quanto mais estimulado
for, mais rico e completo será esse processo.
Incentivá-la, colocá-la em contato com possibilidade de experimentar,
descobrir, manipular e vivenciar situações, enfrentar novas experiências, é
fundamental nessa etapa da vida da criança.
Nessa visão, o papel do educador é o de oferecer condições para que
essa meta seja cumprida.
É o adulto na figura de professor, portanto, que na instituição infantil, ajuda a estruturar
o campo das brincadeiras na vida das crianças. Consequentemente é ele que organiza sua base estrutural por meio da oferta de determinados
objetos, fantasias, brinquedos ou jogos da delimitação e arranjo dos espaços e do
tempo para brincar. (RCN / EI, 2001a, p. 28)
Para que haja uma brincadeira como atividade rica e diversificada,
tem que se oferecer a criança um ambiente adequado a ela, com direito de
intervir a tudo que lhe é proposto e oferecido, pois oferecer o mesmo todos os
dias é relevante para o desenvolvimento da mesma.
O educador deve interagir com a criança de modo que possa ser um
facilitador, interventor, problematizador e propositor de novas ideias, espaços e
brincadeiras, levando em conta as reações das mesmas e as encorajando em
seus modos de brincar e de compreender o mundo. Assim, o educador as
crianças juntos, poderão transformar e descobrir diferentes modos de se
relacionarem. Quando o educador compartilha uma brincadeira ou um
brinquedo com a criança, ele pode ajudá-la a enfrentar eventuais frustrações,
estimular seu raciocínio, sua criatividade, reflexão, autonomia etc. Isto quer
dizer que, quando o educador tem a intenção de brincar junto com a criança,
pode criar diversas situações que estimulem o seu desenvolvimento, sua
inteligência e afetividade.
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Cabe ao educador criar situações adequadas para provocar
curiosidade na criança e estimular a construção de seu conhecimento. Pode-se
perceber, nesse momento a importância de propiciar à criança a vivência de
situações concretas com brinquedos e brincadeiras diversas e múltiplas
atividades que favoreçam a construção de um ambiente estimulador e
atraente. A tarefa essencial do educador deve estar voltada para cativar o
aluno, para que ele ‘’desabroche’’ e aprenda.
A brincadeira como metodologia funciona, dependendo daquele que
lida diretamente com as crianças e da forma que irá trabalhá-las, tudo é
surpresa e novidade para os pequenos, a descoberta de mundo deles depende
muito de como iremos mostrá-los.
A brincadeira e os jogos estão presentes em todas as fases da vida dos
seres humanos, tornando especial a sua existência. De alguma forma, o lúdico
se faz presente e acrescenta qualidade no relacionamento entre as pessoas,
possibilitando que a criatividade apareça. Por meio da brincadeira, a criança
envolve-se e sente a necessidade de partilhar com o outro. Ainda que em
postura ou posição de adversário, a parceria se estabelece nessa relação.
Esta relação expõe as potencialidades dos participantes, afeta suas emoções
e ainda põe à prova as aptidões e testa os próprios limites.
Temos que também virar criança para não tirar a magia que essa idade
trás, ao mostramos tão magnífico mundo que temos nas mãos, a brincadeira
faz parte de toda nossa vida, então desde o início temos que ter prazer de
brincar.
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CAPÍTULO II
O EDUCADOR E O LÚDICO
De acordo com o Referencial Curricular Nacional, o professor de
Educação Infantil quem estrutura as atividades potencializando o aprendizado
e o desenvolvimento da criança; sabendo que, é necessário um planejamento
estruturado e flexível que possibilite a construção do conhecimento como
produção de cultura da própria.
Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja
riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições, sejam elas voltadas
às brincadeiras ou às aprendizagens que ocorrem por meio de uma intervenção direta.
(RCN / EI, 2001a , p.27)
Crianças são seres cheias de necessidades e nós, os adultos, no papel
de educadores, temos que atender a essas necessidades, ou algumas delas, e
brincando é possível que consigamos resultados significativos. É importante
que o educador estabeleça metodologias e condições, em sala de aula, para
que o aluno se sinta atraído e estimulado a brincar em coletividade, interagindo
uns com os outros para desenvolver em si o auto desenvolvimento e
autonomia. O educador ao estabelecer essa metodologia estará facilitando
esse tipo de trabalho coletivo.
‘’Brincar é a forma mais perfeita para perceber a criança e estimular o que ela precisa aprender e se desenvolver’’ (S.M.P.S. apud A.C.M.M.) De modo geral, os educadores reconhecem importância das atividades
lúdicas no desenvolvimento da criança e na aprendizagem infantil. Mas ocorre
ainda a resistência de alguns educadores que diferem o brincar do estudar,
que agem como se um elemento não contribuísse para o outro. As atividades
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são restritas e, consequentemente, a brincadeira e o uso do brinquedo
também.
São utilizados apenas quando há sobre de tempo.
Em relação a isto, Dornelles (1996a, p.106-107) faz uma crítica:
Entremos numa escola. O sinal toca.
As filas formam-se: de um lado as meninas
e de outro os meninos... enfileiradas.As crianças vão para
a sala ouvindo a professora: Não corram, um atrás do outro,
não brinquem, não conversem.
As crianças estão sendo ‘’moldadas’’ a se comportarem como robôs, aos
quais quase nada se permite. Algumas atitudes do educador pode contribuir
para quebrar essa rotina mecanizada de algumas escolas. Primeiramente, a
arrumação da sala deve ser feita com o auxílio das crianças, desenvolvendo e
incentivando a cooperação do grupo. O educador pode obter os resultados
desejados ou previamente definidos com as crianças, estimulando a
brincadeira, os jogos, o brinquedo, enfim o lúdico em sua vida.
Um exemplo disso é que através dessas atividades lúdicas, as crianças
podem aprender ações como pesar e medir em uma brincadeira de
supermercado, ou aprender a contar brincando de comprar e vender.
Segundo Smole (2003a, p.07):
Brincar é mais que uma atividade lúdica, é um modo de obter informações, respostas e contribui para que a criança adquira uma certa flexibilidade, vontade de experimentar,
conviver com o diferente, raciocinar e descobrir.
Enquanto brinca, a criança pode ser incentivada a realizar contagens, a
fazer comparação de quantidades, a identificar algarismos e a adicionar pontos
que fez durante a brincadeira. Brincar é uma oportunidade para perceber
noções de velocidade, duração, tempo, força e altura.
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O professor possui participação principal no processo de
desenvolvimento da criança, pois através de atividades propostas por ele, a
criança interage em grupos e se comunica consigo mesmo e com os outros.
Wajskopo (1999a, p.38) ressalta: Que o adulto seja elemento integral da
brincadeira, ora como observador e organizador, ora como personagem que
explicita ou questiona e enriquece o desenrolar da trama, ora como elo de
ligação entre as crianças e os objetos. E, como elemento mediador entre as
crianças e o conhecimento, o adulto deve estar atento, acolhendo suas
brincadeiras, atento as suas ideias e necessidades e buscar compreender e
agir sobre o mundo em que vivem.
As crianças precisam brincar. O professor pode atuar como mediador das
intenções lúdicas, observando e dando novas ideias de construção ou
intervindo em momentos que houver necessidade, tais como quando uma
criança exerce sua liderança de forma autoritária, em alguns
desentendimentos e também para promover a troca de brinquedos e papéis,
fazendo com que as crianças entendam o quanto é importante dividir com os
colegas, ajudando uma criança mais solitária a se socializar e garantindo a
continuidade da brincadeira, como também observando o crescimento das
crianças, suas dificuldades e suas conquistas.
O papel do professor é criar situações de aprendizagem e acompanhar a
atuação. O professor pode oferecer materiais, espaço e tempo adequados
para que a aprendizagem aconteça movida pelo desejo, garantindo o
desenvolvimento imaginativo.
Para estas mediações serem estabelecidas, é preciso que o professor
organize e planeje as atividades. O bom êxito de toda atividade lúdica depende
exclusivamente do preparo e da liderança do professor.
É necessário também, que o professor veja a criança como m sujeito ativo
e criador no seu processo de construção do conhecimento e planeje para sua
classe atividades de acordo com conteúdos significativos para elas.
O professor precisa ter objetivo, mas conscientizar que o planejamento, ás
vezes, não é aquele que agrada as crianças, reconhecendo que elas são elas
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mesmas e que possuem gostos e não o que nós educadores desejamos que
elas sejam.
Precisamos ficar atentos para que isso não ocorra com frequência.
Devemos observar as crianças para fazer disto um bom momento de
reflexão e reelaboração de suas hipóteses e definição de novas propostas.
Para que ocorra uma boa brincadeira na instituição de educação infantil é
preciso que o educador tenha um bom planejamento, pois costuma-se em
algumas instituições, ter horários, fazendo com que não seja tão livre o ate de
brincar.
O educador tem uma responsabilidade para com as crianças, seu
desenvolvimento e sua aprendizagem, o que pede um trabalho de qualidade.
O planejamento é mais um processo a ser preenchido, ele deve ser
assumido como um processo de reflexão, pois é atitude e pode ser alterado a
qualquer momento, pois está se tratando de educação infantil que requer, às
vezes mudanças na prática pedagógica.
O ato de planejar pressupõe um olhar atento à realidade e as necessidades
das crianças.
Ao planejar, o educador precisa ter em mente a criança com suas
particularidades, peculiaridades e tudo mais, tem que saber que não se trata
de um grupo onde todos pensam e agem da mesma forma, e sim onde cada
um é singular.
O planejamento tem que abranger toda a turma, respeitando todo o tipo de
diversidade existentes no grupo, e envolver nas atividades e combinados o
respeito mútuo.
Para alguns educadores, torna-se difícil planejar algo para as crianças em
idade tenra, não sabendo como e quando construir e inserir um planejamento
para tal idade, devido a discussão, que ocorre nos dias atuais em relação a
brincadeira.
Para que a brincadeira surta um efeito benéfico na vida da criança,
enquanto esta dentro de uma instituição onde todos, a princípio, são
‘’estranhos’’, ou seja, não é nem o pai nem a mãe, nem um parente próximo, é
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preciso que o educador tenha uma boa relação com a criança, e nessa
relação, o educador tem que ter consciência, que se constrói no cotidiano.
Em cada atitude que assume em sala de aula, seus gestos, a entonação da
voz e até mesmo a postura corporal, são registrados pelo aluno (consciente ou
inconsciente) como sinal de aprovação ou reprovação.
Vale lembrar que nem sempre este caminho se constrói tranquilamente,
pois ganhar a confiança e o respeito da criança é um processo lento, mas que
no final tem seu valor reconhecido.
Nessa fase da vida da criança, qualquer atitude é registrada e, às vezes,
copiada, tornando então importante toda e qualquer atitude que se toma na
frente da criança.
Na brincadeira é possível suscitar na criança o respeito. Se o adulto brinca
com ela, torna-se mais fácil ela aceitá-lo; se conversa, sorri, e tudo mais, é
possível reverter o quadro da desconfiança e distância, em confiança e
aproximação.
Mesmo porque a criança é um ser dotado de sentimentos, que aos poucos
conquistados e trabalhados ganham características de qualidade.
Ao ganhar a confiança da mesma, o educador pode, tendo mais contato,
trabalhar as diferenças e ajudá-la a construir no dia-a-dia sua identidade no
mundo que a rodeia.
É, portanto, preciso que se reflita em como se fará essa aproximação.
As crianças procuram afeto e solidariedade, nem todas encontram nos seus
familiares e acabam por tentar encontrar nos educadores tais sentimentos,
contando também que se bem tratada a criança guarda na memória os
momentos de prazer que passou naquele lugar, e isso faz com que ela queira
voltar no dia seguinte.
A relação adulto / criança é muito peculiar em questão de educação e até
mesmo desenvolvimento e aprendizagem; é de muita importância o papel do
educador que, em uma instituição de ensino, é a referência maior para as
crianças.
A partir do espaço que se ocupa na vida de uma criança, do compromisso
que se é confiado ao educador, o primeiro passo a ser tomado é o de
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conquistar a confiança delas, e a partir daí contribuir para o desabrochar de
todas as possibilidades da personalidade delas.
A brincadeira torna-se, portanto, um subsídio para tal processo na educação
proposta à criança, que está em seus cuidados por um certo período de tempo.
O educador, com sua bagagem de vida pode intermediar a criança nas suas
descobertas através do real e do imaginário sem sair do contexto da
brincadeira, que tem o papel de ajudar as mesmas a aprender e se
desenvolver como pessoa.
O educador deve ser criativo em seus objetivos, aproveitando ao máximo o
tempo, motivando constantemente as crianças e na brincadeira encontra-se
certeiramente esse campo motivacional.
É necessário que o educador também tenha sensibilidade para observar
quanto necessário o brinquedo é para a criança, e trata-lo não só como um
objeto inanimado e vazio mas, sim:
• Trata-lo enquanto necessidade da criança;
• Estar atento a ação da criança frente ao brinquedo;
• Estar atento aos significados que elas dão ao
brinquedo;
• Favorecer atividades, fazendo com que ela busque o
conhecimento;
• Determinar um limite de tempo;
• Respeitar o erro da criança que está apenas
começando a descoberta.
O educador deve acreditar no potencial das crianças, deixando que elas
hajam por si só.
É importante a criança saber que tem capacidades.
A brincadeira tem como fundamento, ajudar o educador a refletir sobre o seu
papel frente às crianças, pois se julga a brincadeira como uma atividade sem
cotexto.
25
Porém, a função educativa da brincadeira é visível, mas o educador não
sabe, na maioria das vezes, lidar com essa proposta, mesmo que esta só vise
aperfeiçoar seu desempenho profissional.
Quando o educador sabe brincar com a criança experimentando dessa
oportunidade, percebe que o brinquedo não é um ato vazio.
Para Vygotsky (1989), o educador poderá fazer o uso de jogos, brincadeiras,
histórias e outros, para que de forma lúdica a criança seja desafiada a pensar
e resolver situações problemáticas, para que imite e recrie regras utilizadas
pelo adulto. É necessário que o educadores compreendam a importância do
brincar para que possam atuar de maneira apropriada, sem descaracterizar e
sem interferir no prazer que o lúdico proporciona. Devemos portanto favorecer
o brincar como recurso pedagógico sem desassociar a atividade lúdica que o
compõe, pois a vida escolar regida por normas e tempos determinados, por si
só já favorece este mesmo processo fazendo do brincar na escola, um brincar
diferente das outras ocasiões.
Brincar é um ato sério, e se torna um desafio para o educador.
A brincadeira tem como função oferecer possibilidades ao educador de
desenvolver na criança a interatividade, a exploração, a experimentação, etc.
Ao reconhecer isso, o educador poderá dirigir diretamente à criança uma
atividade específica e acompanhar cada movimento, registrando todo percurso
delas, seu interesse pela brincadeira, sua disponibilidade para brincar, sua
socialização, etc.
Para o educador a brincadeira tem grande utilidade, basta ela querer e
saber fazer uso dela em sua proposta, com isso adquirirá maturidade e
competência para um trabalho proveitoso e produtivo.
A introdução da brincadeira, jogos e brinquedos na prática pedagógica,
podem desenvolver diferentes atividades que contribuem para inúmeras
aprendizagens e para a ampliação da rede de significados construtivos para as
crianças, principalmente as em idade pré-escolar.
Brincar pode oportunizar o desenvolvimento de habilidades e capacidades, a
interação social, a compreensão das relações que permeiam o mundo, a
26
aquisição de novos conhecimentos, a construção da identidade e da
autonomia e a descoberta do prazer e do entretenimento.
A infância tem fases, que vai do nascimento até os seis anos, e para cada
uma delas existe uma brincadeira para estimular nas crianças os sentidos.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil
(BRASIL, 1998, p.23, v.01):
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado,
brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que
possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis
de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude
básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças
aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.
Por isso o educador é a peça fundamental nesse processo, devendo ser
um elemento essencial. Educar não se limita em repassar informações ou
mostrar apenas um caminho, mas ajudar a criança a tomar consciência de si
mesmo, e da sociedade. É oferecer varias ferramentas para que a pessoa
possa escolher caminhos, que sejam compatíveis com seus valores, sua visão
de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar.
Nessa perspectiva, segundo o Referencial Curricular Nacional da Educação
Infantil (BRASIL, 1998, p.30, v.01):
O professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento,
organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagem que
articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e
cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos
conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano.
Na instituição de educação infantil o professor constitui-se, portanto, no
parceiro mais experiente, por excelência, cuja função é propiciar e garantir um
ambiente rico, prazeroso, saudável e não discriminatório de experiências
educativas e sociais variadas.
27
A brincadeira só tem benefícios a oferecer ao educador, e hoje ela está
sendo colocada como uma grande utilidade nas instituições para os mesmos.
Não são todas que a compreendem, mas está no caminho.
O tradicional não funciona com as crianças, quando só se remete a elas
‘’saberes’’ não tem proveito nenhum; mas quando inserimos a brincadeira o
aprendizado se torna mais prazeroso.
28
CAPÍTULO III
QUAL O SIGNIFICADO DA BRINCADEIRA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL?
Brincar fornece à criança a possibilidade de construir uma
identidade autônoma, cooperativa e criativa. A criança que
brinca adentra o mundo do trabalho, da cultura e dos afetos
pela via da representação e da experimentação.
(Anete e Gisele,1995a, p.56)
A brincadeira é estimuladora e incentivadora de novas descobertas, o
que proporciona à criança uma aprendizagem de grande prazer.
Desde a sua tenra idade a criança brinca incansavelmente, não para. A
brincadeira, para elas, é muito mais que uma diversão, é onde elas se
descobrem pessoas com seus próprios significados e personalidade, e onde
mostram a sua singularidade, à que vieram ao mundo.
As brincadeiras agradam, divertem e exercem inegavelmente influência
na vida e no comportamento das crianças. Por isso, o ato de brincar é tão
fundamental, que é um ato do ser que cresce; ele percebe, então, o mundo,
brinca com simulações e aprende, portanto, a se defender, alimentar e
sobreviver enfim.
A brincadeira na educação infantil tem como fundamento o crescimento
social da criança com toda a sua singularidade, pé onde a própria
desenvolverá suas habilidades pessoais que viabilizam criar identidade e
exercer autonomia sobre suas decisões e atitudes.
Sabemos que o brincar é um direito da criança, como apresentado na
Lei 8.069, de 13 de julho de 1990, denominada Estatuto da Criança e do
29
Adolescente, acrescenta no Capítulo II, Art.16º, Inciso IV, que toda criança tem
o direito de brincar, praticar esportes e divertir-se.
Então vimos que, a criança tem o direito de brincar pois está amparada
por lei, e esta é mais uma razão para brincar, além das inúmeras razões que já
citei, porque o brincar favorece a descoberta, a curiosidade, uma vez que
auxilia na concentração, na percepção, na observação, e além disso as
crianças desenvolvem os músculos, absorvem oxigênio, crescem,
movimentam-se no espaço, descobrindo o seu próprio corpo. O brincar tem um
papel fundamental neste processo, nas etapas de desenvolvimento da criança.
Na brincadeira, a criança representa o mundo em que está inserida,
transformando-o de acordo com as suas fantasias e vontades e com isso
solucionando problemas.
A participação das crianças nas brincadeiras exerce uma contribuição
favorável para a aprendizagem, deliberada pela ação, expressão e liberdade.
Pelo fato de a criança ser inquieta, a brincadeira torna-se, quase que,
uma resposta do corpo ao mundo, e na educação infantil ela pode ser usada
para seu crescimento frente ao mundo que a rodeia.
A brincadeira na educação infantil significa liberdade expressiva da
criança e aquisição de atitudes que serão necessárias para a sua vida. Ela tem
uma multiplicidade de funções, que resultam em um amplo desenvolvimento
de aspectos específicos da mesma.
Há vários elementos que podem ser utilizados como subsídios para se
obter um bom resultado, sendo importante que seja um ‘’trabalho’’ que
incorpore as atitudes das próprias crianças.
A brincadeira na educação infantil tem vários ramos a serem seguidos e
aproveitados, pois a própria criança se encarrega de fazê-la ser proveitosa.
Tudo é novidade para elas. E tirando proveito disso, o educador pode integrá-
las com objetos novos que estimulem nelas a imaginação e a curiosidade e até
mesmo objetos montados a ‘’olho nu’’, vamos assim dizer, quando se trata de
brinquedos feitos de sucata.
As crianças se identificam com a brincadeira, e pode o educador
apropriar-se disso e canalizar essa identificação para propiciar conhecimentos,
30
experiências pessoais ou coletivas, familiar e social da criança, que deve ser
respeitada pelo educador, e também proporciona o respeito pelo próximo e a
autonomia.
A prática da brincadeira na escola promove aspectos diversos na
criança que serão de suma importância pra o seu desenvolvimento
biopsicossocial, sendo imprescindível para uma formação sólida e completa.
Na educação infantil, as atividades dadas em formas de brincadeiras
têm mais chances de serem absorvidas pela criança, e, portanto, as mesmas
têm que ser vivas e associadas ao interesse delas, sendo muito mais que um
passatempo, sendo útil ao crescimento das mesmas.
O educador, portanto, precisa reconhecer nas brincadeiras um espaço
de investigação e construção de conhecimento sobre diferentes aspectos do
meio social e cultural, no qual as crianças estão inseridas.
Nas brincadeiras é possível trabalhar com as crianças todos os sentidos
do nosso corpo, cada uma delas trabalha um ou mais dos nossos cinco
sentidos, tal qual: cabra-cega: que trabalha a visão, onde podemos mostrar às
crianças a falta que ela nos faz; trabalha também a audição, pois ficamos a
volta da criança que está com os olhos vendados, e ela tem que identificar de
onde vem o som, etc.
Uma outra brincadeira que podemos usar como fonte de observação é a
de imitar, que é uma atividade importante para as crianças, pois através da
mesma é permitido a ela compreender que ela é um indivíduo diferente dos
demais. Sendo assim, é importante planejar atividades que permitam a
movimentação livre das crianças e estimulem a elas a tomarem iniciativas de
realizarem determinadas coisas em situações específicas.
Nada substitui essa etapa do processo de conhecimento, a intenção
nessa fase da vida é ampliar a forma de vê-la e capacitar o desenvolvimento
nos aspectos:
• Corporais
• Estéticos
• Éticos
• Cognitivos
31
• Inserção Social
Toda criança brinca porque gosta. Para as que
ainda não falam, brincar é uma forma de
expressar o que estão sentindo, suas
experiências e vivências interiores. Brincar, para
a criança, é tão vital quanto comer e dormir
(Pagani 2003a, p.12)
A brincadeira acompanha todas as fases da vida do ser humano,
não se brinca desde que nasce, mas se aprende a brincar desde que
tenham um semelhante (adulto ou criança mais velha), por perto
incentivando de alguma forma, direta ou indiretamente.
De acordo com Almeida (2005a, p.05): A brincadeira se
caracteriza por alguma estruturação e pela utilização de regras. A
brincadeira é uma atividade que pode ser tanto coletiva quanto
individual. Na brincadeira a existência de regras não limita a ação lúdica,
a criança pode modificá-la, ausentar-se quando desejar, incluir novos
membros, modificar as próprias regras, enfim existe maior liberdade de
ação para as crianças.
A atitude de brincar na vida da criança passa por diferentes
etapas de acordo com a idade da criança, ou seja, sofre diversas
mudanças no processo de desenvolvimento infantil, tornando-se
necessário que haja uma escolha de brinquedos e atividades de acordo
com a idade mental do grupo.
Atualmente as crianças entendem por brincadeira, os jogos
eletrônicos, fazendo com que as mesmas não se movimentem e as
deixando estáticas e com isso vão ficando sedentárias e obesas. Com
as brincadeiras tradicionais, como, por exemplo, pelar corda, elástico,
pique-alto, etc, fazem com que as crianças se movimentem a todo
32
tempo, gastando energia e dando liberdade para criar proporcionando
alegria e prazer.
Nos primeiros meses de vida, os movimentos sem rumo do bebê
e as atividades aparentemente sem objetivos, por ele praticado, são
seus primeiro métodos de aprendizagem.
A criança aprende a brincar assim como aprende a se
comunicar e a expressar seus sentimentos, desejos e
vontades. Os adultos e as crianças mais velhas têm
papel importante nessa aprendizagem quando se
dispõe a brincar.
(Rubem Alves, 1996)
Colocar objetos no berço como móbiles que se mexem é bom
para estimular as direções dos olhos das crianças; brinquedos de
pelúcia (quando a criança não tem nenhum tipo de alergia) à distância
para que a mesma queira pegar e se esforce para engatinhar; objetos
que fazem barulho para estimular o desenvolvimento auditivo e outras
possíveis atitudes estimulantes.
É importante que o educador seja sensível às necessidades das
crianças dando objetos (brinquedos) que estimulem o aprendizado.
Quando chega ao 1º ano de vida, é necessário que os brinquedos
sejam funcionais, ou seja, práticos ou experimentais. O próprio corpo da
criança é um elemento de brincadeira, ela se experimenta (ainda mas se
tiver um espelho) fazendo movimentos com as pernas, braços e dedos,
balbucia palavras, agarra e sacode objetos e os leva à boca. Costuma
se interessar por objetos de cores fortes e por músicas.
Na faixa etária dos 2 a 3 anos, já usa ilusão, dando vida a tudo
que está a sua volta, qualquer coisa é transformada em brinquedo:
• Mesas transformam-se em jaulas, túneis, casas,
cabanas, etc.
• Cadeiras são: trens, ônibus, carros, cercados, etc.
• Blocos de construção viram ruas, torres, pontes, etc.
33
• Cabos de vassouras viram cavalos, vassouras de
bruxas, tudo se transforma na imaginação da criança, o
que a fantasia mandar a criança transforma.
Portanto, é importante que tudo que está à volta da criança facilite e
valorize essa ação transformadora que a imaginação dá a elas.
Na faixa dos 4 a 6 anos os brinquedos costumam ser de
representação e construção. Nessa fase a criança brinca imitando atividades
que vivencia e conhece. As crianças nessa fase costumam representar os atos
das pessoas que as rodeiam, agem como mães, pais, professora, filha (o),
motorista, etc.
Vygotsky (1978) ressalta que através da brincadeira a criança se
projeta no mundo dos adultos aprendendo novas significações, separando o
objeto real do seu significado.
Alcançando a definição funcional de conceitos ou objetos, e ainda
desenvolve formas de comportamentos socialmente constituídos.
Portanto, podemos considerar que a criança, que está em todo
momento, nos observando, ‘’imagina-se’’ vivendo a mesma situação que os
adultos vivem, e então tiram disso seu aprendizado.
Mas, contrapondo Vygotsky, Piaget diz que: ‘’ O conhecimento da
criança é constituído, isto, é, a inteligência é constituída num processo de
interação ativa da criança com o mundo externo’’.
Por isso que ao brincar a criança representa o que ela vive no seu
cotidiano, com a ‘’imitação’’ dos atos daqueles que a rodeiam – por isso a
importância dos nossos atos frente às crianças.
Nota-se claramente no comportamento da criança que ela apropria-se
do que o ambiente lhe proporciona, fazendo mediação e a transformação da
inteligência pela vida social. Para o autor em questão a construção do
conhecimento se dá pela ação do sujeito que, por dispor de mecanismo de
adaptação e organização, assim como o nível de maturação requerido pela
experiência, interage com o meio, construindo estruturas de conhecimentos
cada vez mais complexos.
34
Também para Piaget, a brincadeira manifesta-se na vida da criança de
acordo com o estágio de desenvolvimento da criança. Ela sempre está vivendo
no processo de adaptação que é resposta da assimilação e da acomodação,
um processo não existe sem o outro, são complementares.
Portanto é importante que o nível de atividade seja adequado ao
desenvolvimento das crianças, e que o ambiente seja propício para que as
crianças possam iniciar suas próprias atividades, que elas sejam ativas.
O educador dando espaço para brincar pode levar as crianças à:
• Desenvolver a curiosidade;
• A iniciativa de buscar coisas novas;
• Buscar situações que estabeleçam relações entre objetos e
pessoas;
• Desenvolver confiança;
• Desenvolver a imaginação;
• Desenvolver a expressão corporal;
• Respeito ao próximo.
A brincadeira na educação infantil é inerente ao desenvolvimento do
ser humano ‘’criança’’, é indispensável para a aquisição e construção de
saberes para o decorrer de sua vida.
É gerenciadora daquilo que se diz ‘’alegria’’, é uma doação de otimismo
e liberdade que permitem a criança cirandar entre o real e o imaginário, ser
dona de si e de seus atos. E a oportunidade de uma transformação perante as
chances que lhes são oferecidas.
Apesar de todo esse interesse em ensinar brincando, nas escolas o
brincar é organizado, pois a toda uma rotina dentro destes estabelecimentos
que não comporta só a brincadeira, o tempo e a diversidade das atividades ali
dadas dependem de horários, e o educador tem que respeitar estes. Há a hora
de começar e parar, há brincadeiras ‘’propostas’’ e as chamadas ‘’livres’’, mas
ambas tem hora para começar e terminar.
Nem sempre a hora de parar é aceita pela turma, pois tendem a
estarem absorvidas pela brincadeira, mas a hora não para. Sendo então
35
importante estar sempre avisando a criança que o tempo está acabando,
mantendo limites que é importante nessa idade.
Por fim, a brincadeira na educação infantil tem um significado
significante, é uma atividade de grande importância que deve ser levada a
sério. No momento que se brinca, ocorrem trocas, uma criança conhece a
personalidade da outra, também se desenvolve a linguagem, as expressões
corporais e a imaginação e dá prazer a elas que são seres híbridos, especiais,
originais e mágicas. Elas são insubstituíveis nas nossas vidas. E quando bem
trabalhada e desenvolvida a criança ao se tornar um adulto será um bom
cidadão, comprometido com seus direitos e deveres, então a educação infantil
é de grande importância nessas vidas e a brincadeira nos subsidia nessa
educação.
36
CONCLUSÃO
Considerando o papel que as instituições infantis atribuíram à
brincadeira, busquei, para uma escrita coerente, embasamento teórico em
alguns autores que me ajudaram a perceber a complexidade que envolve a
brincadeira na pré-escola, pois nem sempre é pensada e desenvolvida de
forma correta nas instituições.
A sociedade atribuiu à escola o papel único de ensinar, ou seja, formar
crianças para serem futuros adultos, não se importando com o que eles são no
momento (crianças).
A brincadeira acompanha a vida do ser humano sempre e, de alguma
forma, nós enquanto adultos, estamos brincando, mesmo quando não
atribuímos à ela seu real valor.
Ao brincar, desenvolve-se várias funções, portanto cabe ao educador
explorar cada uma delas e adequá-las aos conteúdos propostos pelo currículo
exigido, mas para isso é preciso que os professores sejam antes de tudo
dinamizadores, respeitando a expressão individual da criança e oferecendo a
mesma oportunidade para expor seu conhecimento.
Portanto, ao considerar a brincadeira como perda de tempo, anula-se a
criança em seu verdadeiro papel, que é a de ser ativa e curiosa, pois toda
criança vive agitada e em intenso processo de desenvolvimento corporal e
mental. E nesse desenvolvimento, exige-se a cada instante uma nova função e
exploração de novas habilidades.
Esquece-se que, ao brincar a criança adquire conhecimentos, nesse
momento estimula-se trocas de experiências e além de tudo é uma maneira
alegre de se ensinar.
As salas são vistas como um espaço de atividades ‘’sérias’’ e não de
brincadeira, o que é uma pena. Tornando-a um lugar monótono, pois crianças
precisam de constante movimento.
37
Há professores que até sabem da importância da brincadeira em sala de
aula, mas encontram ‘’barreiras’’ que não os permitem completar e por em
prática tal atitude.
O educador que consegue compreender isso está a frente dos demais,
pois tem uma referência, ainda que não precisa, sobre a vida da criança.
Então, o educador orientado pelos conhecimentos que dispõe se permite
conhecer o que passa com seu aluno nas diferentes fases de seu
desenvolvimento.
O educador é responsável por apresentar situações desafiadoras, que
permitam ao aluno um melhor desenvolvimento e organizar um ambiente de
aprendizagem que favoreça a ação do aprendiz sobre esses mesmos
conteúdos.
É primordial que o educador tenha em mente que a brincadeira é uma
forma da criança de expor seus sentimentos e emoções que está sentindo.
Devido à função que foi atribuído ao educador, ele acaba por assumir um
papel de transmissor de conhecimento, quando a criança é dotada de grandes
saberes.
A escola tem um papel fundamental na vida da criança, que é a de abrir
caminhos para que a mesma entre em contato com o mundo de forma
prazerosa, participativa e constritiva.
Apresento uma conclusão não de cunho definitivo, tendo por base
minhas próprias observações sobre a utilização da brincadeira nas escolas e a
forma pela qual o educador lida com essa atividade.
Tenho por certo que o conceito de brincadeira nas instituições poderá vir
a mudar, mas para tal acontecimento credito que seja necessário uma
mudança no pensamento dos educadores e que haja nos cursos de magistério
e de graduação, uma disciplina que trate unicamente desse assunto:
brincadeira, e que ensine na prática, atividades lúdicas e caminhos a serem
percorridos para uma exploração integral da mesma, pois quanto maior for a
riqueza do seu conhecimento, maiores serão as possibilidades de uma prática
educativa de grande significância. Fazendo assim, ao atuar, o educador, de
forma sensível, poderá executar métodos que auxilie o aluno no processo de
38
desenvolvimento para torná-lo um cidadão ativo e questionador frente a
sociedade.
39
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43
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
A Brincadeira no espaço escolar
1.1 - A História do brinquedo ontem e hoje 10
1.2 – Como a brincadeira funciona como metodologia
na sala de aula? 14
CAPÍTULO II
O Educador e o lúdico 19
CAPÍTULO III
Qual o significado da brincadeira na
Educação Infantil? 28
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
BIBLIOGRAFIA CITADA 42
ÍNDICE 43