documento protegido pela lei de direito autoral · a questão central deste trabalho é está em...

41
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDDES PRÓ REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO A VEZ DO MESTRE LUDICIDADE O PRAZER EM APRENDER MARIA ADENILZA PASSOS BARBOSA Posse /2010 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

Upload: trantu

Post on 06-Jan-2019

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDDES

PRÓ REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

LUDICIDADE O PRAZER EM APRENDER

MARIA ADENILZA PASSOS BARBOSA

Posse /2010

DOCU

MENTO

PRO

TEGID

O PEL

A LE

I DE D

IREIT

O AUTO

RAL

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDDES

PRÓ REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O LÚDICO E A APRENDIZAGEM

MARIA ADENILZA PASSOS BARBOSA

Trabalho Referente ao curso

psicopedagogia, orientado pela professora

Narcisa Castilho

Posse /2010

DEDICATORIA

Primeiramente, a Deus, por me iluminar em todo o

período em que estive envolvidas na produção desse

trabalho;

A minha família por nos transmitir coragem e força

através de palavras acolhedoras nos momentos mais

difíceis em que pensamos em desistir deste sonho.

AGRADECIMENTO

Em especial a todas as pessoas que colaboraram de

alguma forma para a concretização desse sonho, os

amigos, família, enfim, a todos que se dispuseram a me

ajudar nos momentos em que mais precisei para poder

finalizar esta interessante pesquisa.

METODOLOGIA

Para a realização deste trabalho, as pesquisas fundamentam em

artigos da internet e revistas, mas principalmente, em fontes bibliográficas dos

autores PIAGET, VYGOTSKY , JEAN LAUDE e outros com a intenção de

obter informações mais precisas sobre o assunto abordado. Assim, é possível,

a partir de uma análise crítica obtida ao ler essas obras, revistas e artigos

científicos, discorrer sobre os fatores envolvidos na utilização da ludicidade

como forma de auxiliar no processo ensino-aprendizagem das crianças.

O trabalho também partiu de pesquisas realizadas nas escolas do

Município de Nova Roma, de forma que algumas atividades serão propostas a

fim de coletar dados para fomentar o trabalho. E assim perceber que a criança

necessita, no desenvolver do seu período da infância, de relacionar-se com

outras crianças de outras idades, mas principalmente que estejam na mesma

faixa etária da sua. O trabalho com o lúdico entra na vida dessa criança com

este papel, além de outros, com a intenção de haver integração e interação

entre os alunos de forma a possibilitar também um aprendizagem no conteúdo

escolar.

Nos estudos realizados o estudo mais completo sobre a evolução do jogo

na criança é autoria de Jean Piaget, que verificou este impulso lúdico já nos

primeiros meses de vida do bebê , forma do chamado jogo do exercício

sensorio –motor. Para PIAGET (1975), no jogo prepondera a assimilação , ou

seja a criança assimila no jogo o que se percebe da realidade .para

VYGOTSKY,o jogo proporciona alteração das estruturas.É importantíssimo

que o professor entenda que para a criança, brincar é considerado um

compromisso sério, e como ela faz isso no seu dia a dia, quando entra nas

escola, costuma ser uma criança muito muito criativa. Conhecedora de

brincadeiras que a ajudam a desenvolver suas capacidades afetivas, motora e

cognitiva. Porém, algumas vezes e infelizmente, a escola lhe nega o direito de

continuar brincando, e, por isso, aprendendo com prazer. Este trabalho tem

como principal fonte de pesquisa e como objeto de estudo a sala de aula do

ensino fundamental da 1ª fase ...onde deu se inicio a especulação para a

realização deste trabalho.

Para todos aqueles que trabalham com Psicopedagogia e Educação Especial

é bastante comum a vivência de situações em que é preciso estabelecer a

intervenção psicopedagógica em função das necessidades especiais da

criança. Os brinquedos, jogos e materiais pedagógicos desempenham neste

momento um papel nuclear.

RESUMO

Este trabalho visa discutir alguns aspectos fundamentais na estruturação

do processo psicopedagógico tendo em vista a construção do conhecimento e

do saber por parte da criança através do uso de brinquedos e jogos.

Tradicionalmente, este processo tem sido abordado a partir de uma ótica

redutora que atribui a uma ou duas variáveis a responsabilidade pelo processo

de aprendizagem da criança. É bastante comum os professores se referirem à

situação familiar como a grande responsável pelos problemas apresentados

pela criança: "Os pais de fulano se separaram!". Esta postura introduz um

privilegiamento da variável psicológica, como se, através dela, fosse possível

entender o que ocorre com a criança. O principal objetivo deste trabalho é

compreender o papel da brincadeira no desenvolvimento infantil, bem como a

utilizar a brincadeira como ferramenta pedagógica.

A maioria dos pensadores e educadores que trabalham com este tema ressalta

a importância da brincadeira no processo de aprendizagem e socialização.

Infelizmente, tenho observado que a brincadeira não faz parte do projeto

pedagógico da escola e da ação do professor.

SUMARIO

INTRODUÇÃO .............................................................................................09

CAPITULO I - A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA

APRENDIZAGEM...........................................................................................13

1.1- A Aprendizagem e a ludicidade..............................................14

1.2- Interações lúdicas e a aprendizagem ....................................15

1.3- Ao ato de brincar o o desenvolvimento cognitivo......................16

CAPITULO II -O JOGO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM.....19

2.1- o jogo simbólico......................................................................23

2.2- A utilização dos jogos pelo psicopedagogo ...........................25

CAPITULO III-A LUDICIDADE COMO ATIVIDADE PRINCIPAL NA

APRENDIZAGEM ...........................................................................................27

3.1- O jogo como um meio de intervenção psicopedagogica.............33

CONCLUSÃO...................................................................................................36

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................39

INTRODUÇÃO

O tema deste estudo esta voltado para a ludicidade o prazer em

aprender tem como foco o estudo da relação entre o lúdico e a aprendizagem.

A questão central deste trabalho é está em como Trabalhar com a ludicidade

nas séries iniciais desenvolvendo as habilidades necessárias para a

aprendizagem.

A importância, deste estudo faz se necessário pois ao perceber que

ensinar brincando usando a ludicidade como apoio na sala de aula torna a

aprendizagem mais fácil e significativa.Para a criança, ocorre o aprendizado

quando ela observa, imita e experimenta, levando em consideração as

orientações que recebeu dos adultos que convivem com ela, e dessa forma, ela

vai criando seu mundo de conhecimento, como que preenchendo o espaço que

anteriormente estava vazio em sua mente. Na verdade, vale observar que a

criança brinca simplesmente por brincar. O único objetivo de uma criança

quando ela está brincando é se divertir. Para ela não existe a intenção de

aprender nada daquele ato de brincar. Mas na escola, quando o professor for

se utilizar de brincadeiras para ensinar algo aí deve agir com esse intuito.

Porém, ensinar através da brincadeira não é algo, relativamente, fácil para os

professores.

É importantíssimo que o professor veja esse quadro de forma

diferente e com uma visão realista do ato de brincar. Investigar as diferentes

habilidades que se pode desenvolver trabalhando com a lúdico na sala de aula.

Assim sendo os objetivos deste estudo se volta em entender como ocorre o

processo de ensino-aprendizagem da criança; Pesquisar a relação da

psicopedagogia e a ludicidade e ainda descobrir como o professor pode

ensinar utilizando brincadeiras; e com esse intuito Definir o papel da atividade

lúdicas no processo de ensino-aprendizagem.

Para a criança, é através das brincadeiras que ela consegue

desenvolver melhor esse lado da criação, porque assim, ela estará sendo

natural. Os professores devem aproveitar essa situação, não para recriminar o

seu aluno, mas sim, para ensiná-lo e educá-lo para uma forma de vida mais

pensante, que tenha reflexões sobre as atitudes e sobre os pensamentos É na

escola que há um espaço ideal para ocorrer esse aprendizado. Ela deve cuidar

para que o aprender seja de forma prazerosa. E, através de atividades lúdicas,

jogos, etc,. Pode-se conseguir isso mais facilmente. A. brincadeira, o jogo são

ações livres, vividas como ficção e que fazem partes da realidade da criança,

mas, ao mesmo tempo, a compromete com a sua liberdade criadora.

No primeiro capitulo O estudo estará voltado para a questão da

importância do lúdico na aprendizagem onde aponta que A influência do ludico

é ajuda muito o desenvolvimento da criança. É através do jogo que a criança

aprende a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e

autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e

da concentração.

No segundo capitulo foca sobre quanto os jogos didáticos poderão

contribuir para uma atividade inerente ao ser humano e abordamos o jogo

como uma fonte de melhoramento nas participações dos alunos nas salas de

aula. Mostrando a importância do conviver em grupo onde o aluno estará

partilhando seus conhecimentos prévios e os adquiridos com os demais

colegas de classe. Focando no tema o jogo no processo de aprendizagem

percebe-se que o ato de brincar e jogar são indispensáveis à saúde física,

emocional e intelectual e sempre estiveram presentes desde o mais remoto

tempo. Percebe-se que é através deles, que a criança desenvolve a

linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima,

preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na

construção de um mundo melhor.

O jogo, nas suas diversas formas, auxilia no processo ensino-

aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, no desenvolvimento da

motricidade fina e ampla. Bem como no desenvolvimento de habilidades do

pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a

criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de dados

e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que, por sua vez,

acontecem quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando

vivenciamos conflitos numa competição, etc. são citado neste capitulo os

autores : PIAGET, VISGOTKS, BRENELLI e etc.

Segundo PIAGET (1967)citado por , “o jogo não pode ser visto apenas

como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele

favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”.

Pois é atraves dele que se processa a construção de conhecimento,

principalmente nos períodos sensório-motor e pré-operatório. Agindo sobre os

objetos, as crianças, desde pequenas, estruturam seu espaço e seu tempo,

desenvolvendo a noção de casualidade, chegando à representação e,

finalmente, à lógica. As crianças ficam mais motivadas para usar a inteligência,

pois querem jogar bem, esforçam-se para superar obstáculos tanto cognitivos

como emocionais.

Segundo Vygotsky, A utilização de jogos educativos no ambiente escolar

traz muitas vantagens para o processo de ensino e aprendizagem, entre elas:O

jogo é um impulso natural da criança funcionando assim como um grande

motivador

O terceiro capítulo se embasa no tema os jogos além das dificuldades o

estudo faz abordagens principalmente sobre as dificuldades da criança e Leif

diz que "jogar educa, assim como viver educa: sempre sobra alguma coisa".

mostrará o quanto o brincar é importante para a criança e o quanto é mais

rentável para nos educadores o ensinar brincando.

Pois é essencial para nós o trabalho de resgatar as brincadeiras e os

jogos tradicionais; também pode-se observar as reações do aluno ao

experimentar uma brincadeira nova ou representar seu papel de construtor ao

construir um brinquedo ou uma brincadeira nova. Comenta-se sobre a

influência dos jogos e a importância dos, “jogos e recreações”, o quanto o jogo

é importante para a aquisição das habilidades motoras e na socialização do

indivíduo ao grupo social em que ele vive. A utilização de jogos educativos no

ambiente escolar traz muitas vantagens para o processo de ensino e

aprendizagem.

CAPITULO I

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM

O educador é um profissional que agrupa várias funções como ensinar,

facilitar, estimular e, entre as mais importantes, está a de educar. Na verdade,

a tarefa do educador é ajudar o aluno a educar-se e, para isso, é necessário

que o professor seja um profissional bem formado e informado, um profissional

atento às necessidades dos alunos, além disso, precisa também estar com a

mente voltada em direção ao futuro.

Ensinar como era feito no passado, não cabe mais na atual conjuntura

em que se vive na educação hoje. Até porque, o aluno de tempos atrás não é

mais o mesmo desse que se tem hoje. O que se buscava no passado não vai

satisfazer as necessidades atuais dos alunos. Enfim, o professor deve estar

apto física, intelectual, emocional e espiritualmente para educar nos dias de

hoje, ou seja, ser muito mais do que se exigia de um professor no passado.

Dessa forma, os educadores precisam ser capazes de eleger os

conceitos considerados relevantes na atualidade, ou seja, aqueles

fundamentais para a vida. Adotar novas metodologias que considerada

adequada e que surtirá efeitos positivos nos alunos, assim como, após ter feito

sua opção, acreditar nela, tendo coragem para assumir os riscos de sua atitude

e, principalmente, o professor precisa gostar do que faz.

Assim, o professor de hoje precisa, sem sombra de dúvida, ser muito

criativo. Em se tratando então de crianças, ele precisa, realmente, deixar seus

pensamentos fluírem quando for fazer os seus planejamentos. Ele deve criar,

problematizar situações de aprendizagem, para que dessa forma, o aluno

possa aprender e, muito mais proveitoso será, se esse aprender acontecer

brincando, que é algo muito prazeroso para a criança e que acontece de forma

natural.

Vale ressaltar que a atualidade, quando se observa as filas de

empregos, a necessidade de arrumar trabalho, encontra-se os empregadores

em busca de pessoas criativas.

Não apenas pessoas que saibam fazer o rotineiro do trabalho, como se

fossem, digamos “robôs pensantes” , mas ao contrário disso, eles estão em

busca de profissionais que inovem, que criem, e isso só se consegue com uma

educação voltada para ser dessa forma.

1.1-A Aprendizagem e a ludicidade

O professor tem papel fundamental nesse meio, nesse educar dessas crianças

que se tem hoje nas escolas.

Para a criança, é através das brincadeiras que ela consegue

desenvolver melhor esse lado da criação, porque assim, ela estará sendo

natural. Os professores devem aproveitar essa situação, não para recriminar o

seu aluno, mas sim, para ensiná-lo e educá-lo para uma forma de vida mais

pensante, que tenha reflexões sobre as atitudes e sobre os pensamentos.

É na escola que há um espaço ideal para ocorrer esse aprendizado.

Ela deve cuidar para que o aprender seja de forma prazerosa. E, através de

atividades físicas, jogo, pode-se conseguir isso mais facilmente. A brincadeira,

o jogo são ações livres, vividas como ficção e que fazem partes da realidade da

criança, mas, ao mesmo tempo, a compromete com a sua liberdade criadora.

É importantíssimo que o professor entenda que para a criança, brincar

é considerado um compromisso sério, e como ela faz isso no seu dia a dia,

quando entra nas escola, costuma ser uma criança muito muito criativa.

Conhecedora de brincadeiras que a ajudam a desenvolver suas capacidades

afetivas, motora e cognitiva. Porém, algumas vezes e infelizmente, a escola lhe

nega o direito de continuar brincando, e, por isso, aprendendo com prazer.

Assim, os educadores devem estar atentos a essa realidade que,

somente, aos poucos foi percebida, sendo totalmente ignorada no passado

educacional. A atividade física pode sim auxiliar no processo de aprendizagem

da criança, basta para isso, o educador estar ciente e saber aproveitar bem

esse instrumento natural que vem com todas as crianças.

É na simples brincadeira em sala de aula que o professor desenvolve que a

criança aprenderá o que precisa lhe ser ensinada. Muitas vezes os professores

não sabem como fazer com uma determinada criança para que ela aprenda

certo conteúdo, e não se lembra ou não sabe que pode utilizar de um recurso

natural, a brincadeira para conseguir chegar até a mente da criança e fazer

com que ela entenda o que se deseja.

É claro que falando assim, parece até uma utopia na vida educacional

de um educador e que na prática não há como fazer isso funcionar. Porém, a

cada dia esse assunto vem despertando maior interesse nos educadores, pois

se sabe que não é necessário, na maioria dos casos, forçarem uma criança a

brincar e que isso ela faz naturalmente.

1.2-Interaçoes lúdicas e a aprendizagem

Além disso, o ato de brincar faz com que a criança perceba a

criatividade que ela tem, assim como, auxilia no processo de relacionamento

com os colegas e com os professores, enfim, ajuda em muitos fatores para o

desenvolvimento da criança.

Mas, é fato certo que para tudo isso ocorrer, primeiramente, deve partir

dos educadores e não ser uma iniciativa que deva surgir dos alunos, ainda tão

pequenos. Essas mudanças de paradigmas na educação devem ter origem dos

grandes educadores, aqueles que fazem da sua profissão algo, realmente,

sério e de grande valor.

Para esses educadores, pode-se dizer que nada é impossível e que

tudo pode ser mudado, que há sempre uma forma de consertar as coisas e de

melhorar o lugar onde se estuda. Eles acreditam, também, que seu aluno é um

ser mutável e que, portanto, pode mudar para melhor. Enfim, são educadores

que acreditam na educação.

1.3-Ao ato de brincar o o desenvolvimento cognitivo

Tanta mudança gera confusão e expectativas, por isso, a escolha por

este tema que trata da importância do brincar, ou ainda, como o lúdico interfere

no desenvolvimento de uma criança. Este desenvolvimento, para Wallon, se dá

através de uma interação entre ambientes físicos e sociais, sendo que os

membros desta cultura, como pais, avós, educadores e outros, ajudam a

proporcionar à criança participar de diferentes atividades, promovendo diversas

ações, levando a criança a um saber construído pela cultura e modificando-se

através de suas necessidades biológicas e psicosociais. Por isso, a importância

da brincadeira, pois é a criação de uma nova relação entre situações do

pensamento e situações reais. Brincar é coisa muito séria. Toda criança

deveria poder brincar. A brincadeira contribui para o processo de socialização

das crianças, oferecendo-lhes oportunidades de realizar atividades coletivas

livremente, além de ter efeitos positivos para o processo de aprendizagem e

estimular o desenvolvimento de habilidades básicas e aquisição de novos

conhecimentos.

As brincadeiras aparentemente simples são fontes de estímulo ao

desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança e também é uma forma

de auto-expressão. Talvez poucos pais saibam o quanto é importante o brincar

para o desenvolvimento físico e psíquico do seu filho. A idéia difundida

popularmente limita o ato de brincar a um simples passatempo, sem funções

mais importantes que entreter a criança em atividades divertidas.

A partir de muitos referenciais teóricos, será possível observar uma série

de conceitos importantes, visando o bom desenvolvimento da aprendizagem da

criança de 0 a 6 anos e o papel de pais e educadores nesta função tão

importante que é educar uma criança. Além disso, apresentar a influência do

brinquedo e as vantagens que a brincadeira traz para o desenvolvimento da

criança. Localizar as dificuldades encontradas pelos educadores em utilizar a

brincadeira como ferramenta pedagógica e se a brincadeira pode propiciar as

condições para um desenvolvimento saudável da criança. Além de incentivar a

conscientização dos pais e educadores sobre um trabalho conjunto para a

introdução do brinquedo na aprendizagem da criança.

Este princípio me levou a mergulhar nesta temática para melhor compreende-la

e descobrir como a brincadeira pode ajudar o professor em seu fazer

pedagógico e a criança em seu processo de aprendizagem.

Piaget (1976) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das

atividades intelectuais da criança. Não servem apenas para gastar energia das

crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento

intelectual. Ele afirma:

"O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de

exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da

real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento

necessário e transformando o real em função das

necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de

educação das crianças exigem todos que se forneça às

crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas

cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso,

permanecem exteriores à inteligência infantil". (Piaget 1976,

p.160).

Wallon fez inúmeros comentários onde evidenciava o caráter emocional em

que os jogos se desenvolvem, e seus aspectos relativos à socialização.

Referindo-se a faixa etária dos sete anos, Wallon (1979) demonstra seu

interesse pelas relações sociais infantis nos momentos de jogo:

"A criança concebe o grupo em função das tarefas que o grupo

pode realizar, dos jogos a que pode entregar-se com

seus camaradas de grupo, e também das contestações, dos

conflitos que podem surgir nos jogos onde existem duas

equipes antagônicas".(Wallon p.210)

Um tipo especial de jogo está associado ao nome de Maria Montessori. Trata-

se dos jogos sensoriais. Baseado nos "jogos Educativos" pensados por Fröbel -

jogos que auxiliam a formação do futuro adulto - Montessori, segundo Leif e

Brunelle (1978), elaborou os "jogos sensoriais" destinados a estimular cada um

dos sentidos. Montessori necessitou pesquisar uma série de recursos e

projetou diversos materiais didáticos para possibilitar a aplicação do método.

Durante muito tempo confundiu-se "ensinar" com "transmitir" e, nesse contexto,

o aluno era um agente passivo da aprendizagem e o professor um transmissor.

A idéia de um ensino despertado pelo interesse do aluno acabou

transformando o sentido do que se entende por material pedagógico.

CAPITULO II

O JOGO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

“A presença de espaço onde a criança possa descobrir, criar,

experimentar é um bom caminho para o desenvolvimento da

aprendizagem perceptivo-motora, da inteligência, das

habilidades da leitura e da escrita e da formação de conceitos

através de suas próprias experiências”. (Thales Ribeiro)

O aprendizado da criança, assim como o seu desenvolvimento, ocorre

na sua vida desde o momento em que ela nasce e começa a ter contato com o

mundo. A própria mãe, em casa, mesmo que seu filho seja ainda um bebê, já

vai dando instruções a ele sobre o seu comportamento e, assim, a criança já

começa a receber as suas primeiras instruções.

Para a criança, ocorre o aprendizado quando ela observa, imita e

experimenta, levando em consideração as orientações que recebeu dos

adultos que convivem com ela, e dessa forma, ela vai criando seu mundo de

conhecimento, como que preenchendo o espaço que anteriormente estava

vazio em sua mente.

Na verdade, vale observar que a criança brinca simplesmente por

brincar. O único objetivo de uma criança quando ela está brincando é se

divertir. Para ela não existe a intenção de aprender nada daquele ato de

brincar.

Mas na escola, quando o professor for se utilizar de brincadeiras para

ensinar algo aí deve agir com esse intuito.

Porém, ensinar através da brincadeira não é algo, relativamente, fácil para os

professores.

Pois, a maioria deles, ainda, está educada conforme o método tradicional de

ensino, onde a brincadeira não era algo permitido em hora de aula ou foram

ensinados que brincar é somente algo a ser feito na hora do intervalo da

criança e não em sala de aula na hora da aula, muito menos, no momento da

explicação de um conteúdo novo. Brincar, nesse caso, é visto como desordem,

baderna, bagunça, enfim, qualquer coisa que não seja aprender.

Mas, hoje, é importantíssimo que o professor veja esse quadro de

forma diferente e com uma visão realista do ato de brincar. Além disso, é

preciso que o professor também saiba que há total diferença em ensinar uma

criança e ensinar um adulto. Entender essa diferença pode fazer a total

diferença para a vida profissional de um professor e fazer com que tenha êxito

quando for ensinar um conteúdo novo.

No caso de um adulto, há uma escolha se ele quer aprender o que está

sendo ensinado ou não, ou seja, ele opta de forma consciente aprender ou

não, cabendo apenas ao professor facilitar essa aprendizagem.

Já quando se fala em aprendizado infantil, deve-se associá-lo com

aprendizado inconsciente, ou seja, não há uma decisão da criança em

aprender.Há apenas uma absorção do que está sendo exposto para ela.

Assim, a brincadeira é um instrumento muito eficiente para ensinar uma

criança.

Piaget ( 1976 ), se expressou da seguinte forma em relação às

brincadeiras para serem utilizadas na aprendizagem da criança:

“O jogo é portanto, sob as suas duas formas essenciais de

exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da

real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento

necessário e transformando o real em função das

necessidades múltiplas do eu.

Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem

todos que se forneça às crianças um material conveniente, a

fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades

intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à

inteligência infantil.”(p.160).

Assim, percebe-se, segundo o autor, mesmo em tempos que a escola

ainda funcionava no sistema tradicionalíssimo ele já considerava a brincadeira

uma forma natural de fazer com que a criança aprenda algo. Wallon (1979),

também expôs suas idéias sobre as brincadeiras, mais, especificamente, sobre

os jogos. Ele diz o seguinte:

A criança concebe o grupo em função das tarefas que o grupo

pode realizar, dos jogos a que pode entregar-se com seus

camaradas de grupo, e também das contestações, dos

conflitos que podem surgir nos jogos onde existem duas

equipes antagônicas. (p.210)

Entende-se, dessa forma, que não se consegue atingir grandes

objetivos forçando a criança a fazer determinada coisa, e isso inclui o ato de

aprender. Se algo pode ser feito de maneira natural, sem sofrimentos, traumas,

então porque não aproveitar essa forma e utilizá-la como uma aliada no

processo de ensino aprendizagem.

Froebel ( 1912 ), soube coloca bem as suas palavras quando definiu o

que é destino da criança:

"Viver de acordo com sua natureza, tratada corretamente, e

deixada livre, para que use todo seu poder. [...]

A criança precisa aprender cedo como encontrar por si mesmo

o centro de todos os seus poderes e membros, para agarrar e

pegar com suas próprias mãos, andar com seus próprios pés,

encontrar e observar com seus próprios olhos.” ( p.21)

Entende-se do trecho retirado da obra de Froebel (1912) que a criança

tem sua maneira natural de agir, é livre, principalmente, em seus movimentos.

Assim, se isso for respeito, em casa e ainda mais no ambiente escolar, ela

poderá desenvolver-se de maneira saudável, aprendendo com mais facilidade

o que lhe é apresentado.

Nas escolas, se o professor souber utilizar-se dessa naturalidade e ousar em

sua metodologia aprendê-la poderá tirar enorme proveito no momento em que

for ensinar. Até porque, em sala de aula, o aluno está a todo mundo exposto a

conhecimentos novos, então o professor precisa estar preparado e atento para

saber enriquecer a aula e transformá-la em ambiente constante de

aprendizado.

Mas é preciso conseguir reunir a educação com o brincar. Esse é o

grande diferencial que deve ser considerado ao planejar uma aula utilizando-se

de brincadeiras como forma de ensinar. Maluf (2003) diz que:

“... cada vez mais as brincadeiras, os jogos e os brinquedos

para a sala de aula. Os professores aos poucos, estão

buscando informação e enriquecendo suas experiências para

entender o brincar e como utilizá-lo para auxiliar na construção

do aprendizado da criança. Quem trabalha na educação de

criança deve saber que podemos sempre desenvolver a

motricidade, a atenção e a imaginação de uma criança,

brincando com ela. O lúdico é o parceiro do professor.”(p.29)

Mas, a brincadeira não pode ser vista pelo educador como uma

maneira de prolongar a aula, um momento de não aprendizado ou,

simplesmente, como é popularmente conhecido o termo “enrolação de aula”,

como se fosse utilizado naquele momento que o professor já não sabe mais o

que pode fazer na aula, acabou seu planejamento para aquele dia, então ele

decide por “brincar”.

2.1-O jogo simbolico

Definitivamente, a atividade física, as brincadeiras em sala de aula, não

deve ser utilizada apenas com o intuito de brincar, mas sim aproveitar aquele

momento para ensinar algo ao aluno utilizando-se dessa prática. É preciso

fazer de uma mera aula o momento esperado pelo aluno e não apenas mais

um dever a ser cumprido. Ele precisa sentir que algo novo surgirá dali e que se

perder esse momento estará perdendo uma boa oportunidade, devido ao

grande entusiasmo do seu professor.

Bordieu & Passeron (1975) já diziam: “Toda ação pedagógica é

objetivamente uma violência simbólica enquanto imposição, por um poder

arbitrário, de um arbitrário cultural.” (p. 20)

A forma como a escola acredita que deve-se ensinar é o que pode

acabar dominando na forma dos professores ensinarem, pois com o tempo

tendem a incorporarem o método e o costume, até porque se não seguem o

sistema, geralmente, são perseguidos pelos demais colegas e pelo diretor.

Por isso, é importante que além do professor, o diretor de uma escola

entenda como deve agir frente as situações e a forma de ensinar para o seus

alunos. De nada adianta também um professor moderno, atualizado, cheio de

boas e interessantes idéias, mas a escola não querer abrir seus caminhos,

mudar o seu antiquado sistema e engajar numa maneira mais adequada,

tranqüila e prazerosa de ensinar.

É como afirma Becker ( 1983 ):

“[...]o homem só compreende bem aquilo que faz, e só faz

bem o que compreende: fazer e compreender (Piaget)

equivale a agir e refletir (Freire) desde que dialeticamente

entendidos; tomada de consciência (Piaget) e processo de

conscientização (Freire) são processos parecidos, talvez

quase idênticos, sobretudo no que têm de atividade criadora e

inventiva, desde que entendidos como função da ação do

próprio homem e não de um ensino unidirecional ou de uma

repetitiva doutrinação.” (p.04)

Assim, para o aluno entender o que lhe está sendo transmitido, faz-se

necessário a compreensão do conteúdo através da sua prática, e não apenas

apostando na boa explicação do professor. Este não deve se sentir tão sábio e

interessante a ponto de ter a certeza de que basta uma boa explanação ao seu

aluno de um determinado conteúdo e isso lhe será suficiente para aprender o

que lhe está sendo ensinado. É melhor que o professor busque outros métodos

para que juntos com a sua explanação possam ser mais otimizados e trazerem

um resultado mais eficaz e concreto de aprendizado.

Enfim, vale ressaltar que cabe aos professores procurarem uma forma

de aprenderem a brincar com o intuito de ensinar uma criança. Isso é na

verdade, é um processo bem difícil, principalmente, para aqueles que ainda

estão presos a processos antigos de ensinar, mas não é algo impossível de ser

conseguido.

Assim, basta que o educador esteja disposto a melhorar sua qualidade

de aula, pois além de estar ajudando as crianças a aprenderem com mais

facilidade, também terão o privilégio de vivenciar uma aula mais agradável e

rica de conteúdo e com um relacionamento mais saudável entre professor e

aluno.

2.2-A utilização dos jogos pelo psicopedagogo

A brincadeira e o jogo constituem-se uma necessidade humana e

interferem diretamente no desenvolvimento da imaginação, da representação

simbólica, da cognição, dos sentimentos, do prazer, das relações, da

convivência, da criatividade, do movimento e da auto-imagem dos indivíduos.

Muitos educadores desvalorizam a brincadeira acreditando que o mais

importante na escola é aprender a ler e escrever. Não levam em conta que

todo o desenvolvimento que a brincadeira traz para os indivíduos é pré-

requisito para a alfabetização.

Vygotsky afirma que a brincadeira simbólica e o jogo formam uma zona

de desenvolvimento proximal que pode se constituir o ponto de partida para

aprendizagens formais. Segundo Piaget , por meio do jogo a criança assimila o

mundo para atender seus desejos e fantasias. O jogo segue uma evolução que

se inicia com os exercícios funcionais, continua no desenvolvimento dos jogos

simbólicos, evolui no sentido dos jogos de construção para se aproximar,

gradativamente, dos jogos de regras, que dão. Origem à lógica operatória. Nos

jogos de regras existe algo mais que a simples diversão e interação, pois, eles

revelam uma lógica diferente da racional. Este tipo de jogo revela uma lógica

própria da subjetividade tão necessária para a estruturação da personalidade

humana quanto à lógica formal, advinda das estruturas cognitivas.

Os jogos de regras podem ser considerados o coroamento das

transformações a que criança chega quando atinge a reversibilidade do

pensamento.

No jogo de regras o conseguirem jogar e compreender o seu fazer implica em

assimilação recíproca de esquemas e coordenaçãode diferentes pontos de

vista. A coordenação de pontos de vista permite o descentramento do sujeito e

a possibilidade de reciprocidade interpessoal com seus parceiros de atividade.

Devido ao seu caráter eminentemente social, o jogo de regras favorece

cooperação ao submeter às ações dos sujeitos às normas de reciprocidade.

Em uma intervenção de caráter psicopedagógico, o educador deve equilibrar

uma atuação mais e menos diretiva, conforme o tipo de tarefa a ser realizada

pelos sujeitos.

Nas tarefas verbais sua atuação pode ser mais diretiva, pois, tem como

objetivo organizar a situação de aprendizagem e solicitar a re-interpretação das

ações e das falas dos sujeitos. Do ponto de vista psicopedagógico, o processo

de aprendizagem envolve não somente a fala do sujeito que aprende, mas

também a fala de quem ensina. Ao “pensar em voz alta” suas estratégias de

ação, o educador atua como modelo de reflexão para o sujeito.

CAPITULO III

A LUDICIDADADE COMO ATIVIDADE PRINCIPAL NA

APRENDIZAGEM

"Especialismo é saber-se cada vez mais de cada vez menos

até saber-se tudo de nada; do mesmo modo que generalismo

é saber-se cada vez menos de cada vez mais, até não se

saber nada de tudo". William James

O trabalho com o lúdico tem, ao longo da história, estado presente na

vida das pessoas, de variadas formas, tudo dependendo da época em que

ocorria. Obviamente, que o estilo de atividade física praticado hoje pela

sociedade moderna não é o mesmo da sociedade antiga.

Os educadores que considera percam de tempo, mas á indícios

comprovados do benefícios dos jogos no processo aprendizagem . Assim, há

ainda, muito trabalho de conscientização a ser feito nas escolas em geral sobre

a importância dos jogos e brincadeiras na vida de um ser humano.

É importante entender que está relacionado, principalmente, com a

aprendizagem dos movimentos, mas ela também tem papel fundamental no

processo de aprendizagem. Pode e deve ser utilizado para atingir determinado

fim específico de o aluno aprender um conhecimento.

Saladini ( 1998), afirmou:“O homem não aprende somente com sua

inteligência,mas com seu corpo e suas vísceras, sua sensibilidade e sua

imaginação”.(p. 415)

Muitos autores já se manifestaram como sendo importantes nesse

processo. E, segundo Piaget (1983), afirma:

“As raízes do raciocínio lógico terão que se basear na coordenação das ações

a partir do nível sensório-motor, cujos esquemas tem importância fundamental

desde o inicio” (p. 72).

No início primeiros anos das séries escolares, uma criança inicia suas

atividades ainda muito embasada com o conhecimento que traz consigo

aprendido de alguma forma no passado. E, muito provavelmente, isso

aconteceu por meio de brincadeiras.

Assim, por sua vez, pode e deve ser vista de maneira diferenciada do

costume atual nas escolas. Sendo que, as brincadeiras e o lúdico é o principal

recurso como o desenvolvimento do homem se ocorre pela integração da

motricidade, da emoção e do pensamento, a atividade física atua diretamente

como propulsora da aprendizagem.

Rego (1995) se manifesta sobre a brincadeira ou o jogo, dizendo que a

criança utiliza a imaginação e, diz ainda, o seguinte: “É um modo de

funcionamento psicológico especificamente humano, que não está presente

nos animais nem na criança muito pequena” (p.81).

Assim, o profissional, não é apenas o professor para brincar, para

descansar, mas, além disso, ele é detentor e conhecedor de instrumentos que

são muito valiosos para despertá-la na criança o prazer de aprender. Ele pode

fazer isso através de brincadeiras, pelos jogos e pelo esporte em geral.

Este educador, não se deve ater apenas a conhecer todos os tipos de

jogos, mas também, deve estudar como se desenvolve uma criança, o que

fazer para conseguir chegar até ela, como atingir seus objetivos através de sua

metodologia adotada, tudo isso sempre levando em considerando os aspectos

de desenvolvimento da criança, que certamente, é diferenciado do adulto.

Dessa forma, estando o professor dotado dessas preocupações,

podendo fazer essas observações em seu trabalho, ele pode, trazer um ensino

de qualidade para seus alunos e para a escola, através de um bom

planejamento de suas aulas.

Sendo que nestas, a intenção não será apenas brincar ou jogar, mas em que

todas as atividades tenham um significado e um a finalidade para a criança.

Que ela termine a aula sentindo que aprendeu mais algo, que lhe acrescentou

mais um aprendizado, mesmo que isso não aconteça, obviamente, de maneira

conscientizada, mas desde tenha ocorrido, é isso que verdadeiramente

importa.

Brandão (1982) afirma o seguinte:

“Pretender persuadir ou convencer alguém de que sua

consciência da realidade é ingênua e deve ser mudada é uma

atitude não só ingênua, como também paternalista. A

consciência – como o conhecimento – não se transferem

prontos de fora para dentro, da noite para o dia. Consciência e

conhecimento se constroem, se estruturam e se enriquecem

em cima de um processo de ação e de reflexão empreendido

pelos protagonistas de uma prática social a seus interesses

concretos e imediatos.” ( p. 33)

Ensinar algo a alguém não precisa ser de forma consciente, basta que

aprenda aquilo. Essa consciência só ocorre no caso dos adultos, que já fazem

escolhas se querem ou não assimilar determinado conhecimento, mas no caso

de crianças o aprendizado ocorre inconscientemente, de maneira involuntária.

Visando isso também que o professor deve fazer uso de práticas

facilitadoras de aprendizado, como a educação física, as brincadeiras em sala

de aula, já que o exercício físico pode melhorar a capacidade de uma pessoa

em raciocinar melhor e, consequentemente, isso funciona da mesma forma e

com a intensidade na criança.

Assim, percebe-se também que ao praticarem ao trabalhar com

diversidades de jogos a criança fica mais esperta, raciocina mais

adequadamente e está mais ágil na forma de pensar.

O professor não deve acreditar que uma atividade física, movimentar o corpo

na sala de aula, seja algo somente utilizado para “bagunçar” a sua aula, mas

ao contrário deve saber que isso é uma forma de ajudar a aula a se tornar mais

agradável, além de surtir um efeito positivo no aprendizado das crianças.

3.1-OS JOGOS ALÉM DAS DIFICULDADES

Para a criança o ato de brincar é algo que surge com naturalmente

assim como seu crescimento. Através das brincadeiras ela pode atingir muitos

objetivos, aprender variadas coisas e sentir mais realizada sem ter que passar

por processos dolorosos e traumáticos que normalmente ocorrem quando há

imposições dos adultos.

O educador tem por necessidade, para poder desempenhar bem o seu

trabalho, entender como o processo de aprendizagem ocorre em uma criança,

quais os ambientes facilitadores para isso aconteça, o que pode ser utilizado

como instrumento nesse processo para que se obtenha êxito.

Vale ressaltar, ainda, que a criança quando entra na escola não vem

desprovida de total conteúdo, como se ela estivesse ali para que os

professores preenchessem, através de seus ensinamentos, a sua mente, como

se tudo que vai ser ensinado em sala de aula fosse algo totalmente novo para

ela. É necessário lembrar que essa criança tem sim, de alguma forma, a sua

“bagagem” mental, ensinada por alguém. E isso não pode ser desconsiderado

pelos educadores.

O bom educador precisa conhecer em que estágio de desenvolvimento

está o seu aluno. Afinal, em se tratando de crianças, há muitas transformações

acontecendo a todo o momento e isso pode fazer diferença na hora do

aprendizado. Na educação infantil, isso deve ser observado pelo professor

antes de, heterogeneamente, simplesmente, repassar o conteúdo aos alunos.

É importante entender que não há, principalmente, no caso das crianças, há

não ser que haja algum impedimento físico para isso, uma forma de se

manifestar em que o corpo não esteja presente.

Assim, os professores estão entendendo que nas brincadeiras há uma nova

forma de educar os seus pequenos alunos. Através de técnicas lúdicas que

devem ser conhecidas dos professores, eles oferecem a possibilidade dos

alunos aprenderem melhor as matérias.

É, realmente, uma forma diferente de ensinar e que muitos professores

ainda resistem a este método. Desenvolver idéias novas para uma aula

dinâmica, uma aula interessante deve ser um objetivo diário e constante no

planejamento do professor, visando ao benefício do aluno e, também,

consequentemente, o de si próprio.

A educação lúdica, também deve fazer parte da educação nas escolas,

isso não é apenas uma forma de passar o tempo das crianças, “matar” a aula,

como é constantemente rotulado essa atividade, mas sim pode e deve ser

utilizado para ensinar o conteúdo.

Atualmente, já há muitos educadores utilizando de atividades que vão

auxiliar no processo ensino-aprendizagem, que acreditam e entendem os

benefícios dessa prática para as crianças, porém, há muitos outros ainda, que

seguem conceitos antigos, tradicionais, em que não perceberam ainda a

importância da implantação dessas atividades no cotidiano das aulas.

No brincar há socialização também, além da criança aprender mais

sobre lidar com as pessoas. É no ato de brincar que a criança se desenvolve

em muitos aspectos, mas, principalmente, na forma de se colocar no mundo e

na interação com as pessoas.

Cabe ao educador, saber usufruir desse talento natural para ensinar

sua matéria de maneira mais agradável, trazendo para os seus alunos

atividades que permitam a criança aprender e desenvolver o que ela já

conhece, assim como, o que ela ainda pode vir a conhecer.

Portanto, ao contrário do que se pensa, a atividade física não é apenas uma

brincadeira ou uma enrolação da aula, como alguns dizem e acreditam ser,

mas sim atividade primordial, uma metodologia que deve sim ser

rotineiramente utilizada pelos professores, incluindo-a nos seus planejamentos

diários.

3.2- O jogo como um meio de intervenção psicopedagogica

A intervenção psicopedagóglca veio introduzir uma contribuição mais rica

no enfoque pedagógico. O processo de aprendizagem da criança é

compreendido como um processo pluricausal, abrangente, implicando

componentes de vários eixos de estruturação: afetivos, cognitivos, motores,

sociais, econômicos, políticos etc. A causa do processo de aprendizagem, bem

como das dificuldades de aprendizagem, deixa de ser localizada somente no

aluno e no professor e passa a ser vista como um processo maior com

inúmeras variáveis que precisam ser apreendidas com bastante cuidado pelo

professor e psicopedagogo.

Ela tem direcionado os professores a conceberem o processo de ensino-

aprendizagem de uma maneira estática, universalista e atemporal. Com isto

ficam de fora as contribuições mais importantes de Piaget em relação aos

processos de equilibração e reequilibração das estruturas cognitivas.

O educador já não se defronta com um processo linear de crescimento e

desenvolvimento, tanto no desenvolvimento intrínseco como na expressão,

mas com um realizar-se descontínuo no quais fases e períodos se

entrecruzam, se opõem dialeticamente, oposições de que resulta uma nova

estruturação.Isto altera completamente o panorama da pedagogia graduada: se

o desenvolvimento não é contínuo e ininterruptamente acelerado e progressivo,

como se lhe adequará uma educação regulada por grandes períodos de

desenvolvimento?

Esta visão aponta um deslocamento de uma vertente universalista atemporal

para uma vertente particularista temporal. Kohl revela alguns dos aspectos

fundamentais deste processo: O cérebro, no entanto, não é um sistema de

funções fixas e imutáveis, mas um sistema aberto, de grande plasticidade, cuja

estrutura e modos de funcionamento são moldados ao longo da história da

espécie e do desenvolvimento individual.

Dadas às imensas possibilidades de realização humana, essa plasticidade é

essencial: o cérebro pode servir a novas funções, criadas na história do

homem, sem que sejam necessárias transformações no órgão físico.

Na intervenção psicopedagóglca deve-se evitar as chamadas "profecias

auto-realizadoras", isto é, prognósticos que o professor lança a respeito do

processo de desenvolvimento de seu aluno sem levar em consideração o seu

desempenho.

É preciso que o professor ou pslcopedagogo também altere a sua forma de

conceber o processo de ensino-aprendizagem. Ele não é um processo linear e

contínuo que se encaminha numa única direção, mas, sim, multifacetado,

apresentando paradas, saltos, transformações bruscas etc. O processo de

ensino-aprendizagem inclui também a não-aprendizagem. Ou seja, a não-

aprendizagem não é uma exceção dentro do processo de ensino-

aprendizagem, mas se encontra estreitamente vinculada a ele. O aluno

(aprendente, em termos de psicopedagogia) pode se recusar a aprender em

um determinado momento. O chamado fracasso escolar não é um processo

excepcional que ocorre no sentido contrário ao processo de ensino-

aprendizagem. Constitui, sim, exatamente a outra face da mesma moeda, o

seu lado inverso. O saber e o não-saber estão estreitamente vinculados. O

não-saber se tece continuamente com o saber. Com isto queremos dizer que o

processo de ensino-aprendizagem, do ponto de vista pslcopedagógico,

apresenta sempre uma face dupla: de um lado a aprendizagem e do outro a

não-aprendizagem. . Assim ressalta,Fernandez,1991:

O desejo de saber faz um par dialético com o desejo de não-

saber. O jogo do saber-não saber, conhecer-desconhecer e

suas diferentes articulações, circulações e mobilidades,

próprias de todo ser humano ou seus particulares nós e travas

presentes no sintoma, é o que nós tratamos de decifrar no

diagnóstico.(P.39)

Os símbolos introduzem no sujeito um processo de uso duplo tanto de

aproximação quanto de distanciamento das coisas e das pessoas. Os símbolos

tendem a formar dentro do sujeito verdadeiras cadeias simbólicas alienadas: as

estruturas de alienação no saber. O seu papel fundamental é impedir um

contato mais estreito entre os sujeitos ou dos sujeitos com o saber.

É preciso que o professor e/ou psicopedagogo identifiquem a matriz

simbólica anterior do objeto, para entender melhor as necessidades e

dificuldades mais imediatas dos alunos.O uso dos brinquedos, jogos e

materiais pedagógicos as estruturas de alienação no saber .

Um dos aspectos mais importantes a ser levado em conta pelo professor e

pelo psicopedagogo é o reconhecimento das estruturas prévias de alienação

no saber que o professor e o aluno apresentam em relação ao uso de

brinquedos, jogos e materiais pedagógicos. São elas que impedem o objeto

seja empregado em uma gama mais rica de utilização. O uso do material

deverá levar em conta as necessidades especiais e a singularidade do aluno. O

aluno poderá se recusar em um momento a trabalhar com o material,

preferindo ficar divagando ou conversando.

No ensino de 1º grau é fundamental que o professor respeite este

processo. As crianças chegam a trabalhar, às vezes, quatro horas seguidas em

atenção contínua.

Ao longo desse período, podem ter um pequeno Intervalo para se refazer, e

depois voltar a prestar atenção. Isso não quer dizer que não se irá trabalhar o

porquê de a criança não ter desejado lidar com o objeto. No final da atividade,

o professor ou psicopedagogo pode pedir a cada criança para verbalizar

livremente o que sentiu ao brincar com o material. Elas podem dizer que não

queriam brincar, queriam conversar, ficar paradas etc.

O aluno poderá fazer coisas totalmente imprevistas com o material, ações que

o professor ou psicopedagogo muitas vezes poderá considerar inadequadas.

CONCLUSÃO

Quase ao fim deste trabalho, vale explanar sobre muitas questões a

respeito do trabalho com o lúdico como forma de ajudar na aprendizagem de

uma criança. Dentre elas, pode-se começar falando da importância dos

professores serem educadores amadurecidos tanto nos aspectos intelectual

quanto emocional, assim como, em saber comunicar-se, pois de nada

adiantaria estar bem nos outros dois sentidos e não ter como externar isso aos

seus alunos.

Porém, é fundamental frisar que o educador precisa entender que o ato

de aprender não depende somente dele, mas também do aluno. Este precisa

estar pronto, ou seja, amadurecido para o conteúdo que lhe será transmitido, e

isso somente irá ocorrer se essa informação que lhe está sendo passada fizer

parte do seu contexto pessoal, parte da sua vida, enfim, que tenha, ou melhor,

que faça algum sentido para ele.

Na realidade, o professor funciona, numa sala de aula, como um

facilitador, no momento que ele ajuda cada aluno no processo de

aprendizagem. Lógico que ele precisa seguir os parâmetros curriculares, ou

seja, ele tem limites e planos a seguir e não deve fazer o máximo para cumprir

todo o planejado, no entanto, ele tem total liberdade na forma de ensinar, que

pedagogia irá praticar. Nisto, o professor é livre e deve conhecer bem os seus

alunos para ter condições de fazer as melhores escolhas.

O professor deve contribuir com seus conhecimentos como educador e

adquirir sempre mais para poder cooperar com um melhor aprendizado na sua

sala de aula. A produção do conhecimento deve ser estimulada, e isso pode

ser feita de várias maneiras, cabendo ao professor saber a melhor forma para

isto.

A interdisciplinaridade é uma palavra muito comentada no meio

educacional, mas ainda pouco praticada pelos professores.

Sabe-se, que a maioria deles já conhece o seu significado, porém não

sabem como fazê-la na prática das suas aulas.

Ocorre que a interdisciplinaridade é uma forma de interação entre as

várias matérias e assuntos, e isto pode ocorrer também entre as atividades

físicas e as aulas teóricas, sendo que as primeiras trazem muitas contribuições

para estas últimas.

Como as crianças gostam muito de brincar e isso é algo natural, pode-

se utilizar dos movimentos físicos e das brincadeiras para obter maior

rendimento escolar na aprendizagem desses alunos. Cabe ao professor saber

como fazer isso da maneira adequada, não sendo algo forçado, mas sim

natural, onde a criança não precise perceber que está ocorrendo um

aprendizado ou que aprendeu alguma coisa, mas sim, que para ela seja mais

uma brincadeira, porém, associada com uma assimilação de um conteúdo.

Assim, percebe-se que o professor quando sabe adequar um método

de ensino na sua sala de aula, só precisa crer que o aluno irá corresponder,

pelo menos em parte às suas expectativas, ou seja, acreditar que o seu aluno é

capaz de aprender naturalmente. Se não houver uma patologia ou algo que lhe

impeça o aprendizado o aluno é um ser que pode ser considerado uma

“máquina de aprender”, pois possuem boa memória e estão ávidos por receber

coisas novas, estão na fase da descoberta. O professor deve saber aproveitar-

se disso com habilidade e sabedoria de um grande educador.

Vale ressaltar em se tratando do processo de ensino-aprendizagem de

adultos, eles é que escolhem se querem ou não aprender sobre determinado

assunto, mas no caso de alunos que ainda são crianças não é dessa forma que

ocorre o aprendizado, ou seja, eles não têm esse discernimento, optando se

querem ou não aprender aquilo que o professor está disposto a ensinar.

Assim, em função disso, o professor ainda desenvolve um papel

fundamental nesse processo de aprendizado da criança, pois cabe

basicamente a ele a responsabilidade de fazer com que a criança aprenda.

Precisa, portanto, primeiramente, conhecer bem o seu aluno, assim

como, utilizar uma pedagogia adequada para uma criança. É sábio o professor

que percebe que fazendo uma interação entre as brincadeiras da criança,

atividades físicas e teoria, poderá obter importantes e positivos resultados,

pois a prática tem papel primordial na aplicação de um novo conteúdo,

otimizando a aprendizagem da criança.

BIBLIOGRAFIA

BOURDIEU, Pierre; PASSERON, Jean Claude. A reprodução: elementos para

uma teoria do sistema de ensino. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1975.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues et alii. Pesquisa Participante. 2ª ed. São Paulo:

Brasiliense, 1982.

FERNANDÉZ, A. (1991) A inteligência aprisionada. Porto Alegre: Artes

Médicas.

FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. 7ª ed. Rio de

Janeiro: Paz e Terra, 1984.

FROEBEL, Friedrich. The Mottoes and Commentaries of Friedrich Froebels's

Mother Play. Harris, W.T.(ed.). tradução de legendas e comentários para a

mãe, de Henrietta R. Eliot, e comentários de textos em prosa, de Susan E.

Blow. New York/London, D. Appleton and Company, 1912

IMBÉRNON, Francisco. Formação docente profissional: formar-se para a

mudança e a incerteza. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2001.

MALUF, M. G. A. Brincar. Prazer e Aprendizado. Petrópolis: Vozes, 2003

PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Trad. Por Dirceu Accioly Lindoso e

Rosa Maria Ribeiro da Silva. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976

____________.Psicologia da Inteligência. Tradução de Nathanael C. Caixeiro.

– Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1983.

REGO, Teresa Cristina. Vygotsky uma perspectiva histórico-cultural da

educação. 17. ed. rev. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

SALADINI, A. C. O jogo da escola e o jogo na escola, Anais do I Congresso

Latino Americano de Educação Motora , II Congresso Brasileiro de Educação

Motora, Foz do Iguaçu, Outubro/1998.

SMOLKA, A. L. B. & GÓES, M. C. (orgs.) (1995) A linguagem e o outro no espaçoescolar: Vygotsky e a construção do conhecimento. São Paulo: Editora Papirus. VIGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987. WALLON, Henri. Psicologia e Educação da criança. Lisboa: Vega/Universidade, 1979

OLIVEIRA, M. K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um processo

sócio-histórico. 4.ed. São Paulo: Scipione, 1999.

REGO, T. C. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. 10.ed.

Petrópolis: Vozes, 2000.

RONCA, P. A. C.; TERZI, C. A. A aula operatória e a construção do

conhecimento. 9.ed. São Paulo: Edesplan, 1995.

WEISS, M. L. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de

aprendizagem escolar. 7.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000

Kishimoto, Tizuco Morchida. Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação Física.

São Paulo, Cortez, 1996.

BENJAMIN, Walter. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação.

São Paulo: Editora 34, 2002.

BETTELHEIM, Bruno. A Psicanálise dos Contos de Fadas. 16ª Edição. São

Paulo: Paz e Terra, 2002.

PIAGET, Jean. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

ROSA, S. S. Brincar, conhecer, ensinar. São Paulo: Cortez, 1998.

ROSAMILHA, N. Psicologia do jogo e aprendizagem infantil. São Paulo:

Pioneira, 1979.

SANTOS, S. M. P. Brinquedo e infância: um guia para pais e educadores

em creche. 3ª ed. Petrópolis: Vozes, 1999.

VYGOTSKY, Lev. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,

1989.

WINICOTT, Donald Woods. O Brincar & a Realidade. Rio de Janeiro: Imago,

1975.

ZAN, Betty & DEVRIES, Rheta. A ética na Educação Infantil: O ambiente

sócio-moral na escola. Porto Alegre: Artmed, 1998.