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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE INFLUENCIANDO OS MODELOS DE GESTÃO ORGANIZACIONAL Por: Alessandra Rosa da Silva Orientador Profª Luciana Madeira Rio de Janeiro 2012 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE INFLUENCIANDO OS MODELOS DE

GESTÃO ORGANIZACIONAL

Por: Alessandra Rosa da Silva

Orientador

Profª Luciana Madeira

Rio de Janeiro

2012

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

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A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE INFLUENCIANDO OS MODELOS DE

GESTÃO ORGANIZACIONAL

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito para obtenção do grau

de especialista em Auditoria e Controladoria.

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DEDICATÓRIA

Dedico a Deus por ter me dado o dom da vida, por estar comigo nesta caminhada. Agradeço

pelas tantas e outras oportunidades que me destes, por ser luz no meu caminhar, por ter me

amparado todos os dias da minha vida e por ter me levantado a cada queda, fazendo-me

enxergar que as quedas são necessárias para que se possa crescer, dando o devido valor ao

maior presente que recebi: JESUS.

Obrigada Senhor por mais esta vitória.

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AGRADECIMENTO

A professora Luciana Madeira pela análise desse trabalho.

Aos demais professores pela aquisição de novos conhecimentos.

Aos colegas de turma pelo convívio harmonioso.

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RESUMO

Este trabalho tem como objeto de estudo pesquisar e analisar a passagem de uma Era

importante para outra. A transição se dá a partir da sucessão de acontecimentos que vem

modificando a sociedade ao longo dos tempos e causando impactos nos objetivos e na gestão

estratégica das organizações. Para demonstrar essas mudanças, busca-se refletir sobre a

seguinte questão: Porque o modelo de gestão da era industrial não atende mais as

necessidades de uma organização da era da informação e do conhecimento? Dentro deste

contexto, o presente trabalho aborda o impacto da era da informação na gestão empresarial.

Com o objetivo de mostrar importância da adequação organizacional ao ambiente da era da

informação. Demonstrar novos modelos de gestão desenvolvidos e aplicados nas

organizações. Demonstrar o porquê que o modelo de gestão da era industrial não atende mais

as necessidades de uma organização da era da informação e do conhecimento. Além de

realizar um estudo dos modelos de gestão organizacional das duas eras e analisar suas

principais diferenças e possíveis semelhanças.

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METODOLOGIA

A Metodologia deste trabalho foi baseada em pesquisa bibliográfica através de livros,

revistas, sites, com o objetivo de concluir sobre o objeto do estudo, tendo como sua principal

função pesquisar a importância da adequação organizacional ao ambiente da era da

informação.

No desenvolvimento do trabalho foi utilizada consulta a livros em bibliotecas, revistas,

teses e dissertações sobre o assunto, além da consulta em sites. Sendo realizadas leitura e

separação dos textos sobre o assunto.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.........................................................................................................07

CAPÍTULO 1

CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO .......................................................................09

1.1 – MISSÃO............................................................................................................09

1.2 – VISÃO...............................................................................................................10

1.3 – OBJETIVO........................................................................................................10

1.4 – ORGANIZAÇÃO COMO SISTEMA SOCIAL...............................................11

1.5 – ORGANIZAÇÃO COMO SISTEMA ABERTO..............................................11

1.6 – DIFERENTES ERAS DAS ORGANIZAÇÕES...............................................12

CAPÍTULO 2

ERA INDUSTRIAL..................................................................................................13

2.1 - ERA INDUSTRIA CLÁSSICA..........................................................................13

2.1.2 - ERA INDUSTRIAL NEOCLÁSSICA............................................................14

2.2– PROCESSOS INTERNOS..................................................................................14

2.3 – RELACIONAMENTO COM FORNECEDORES.............................................15

2.4 – RELACIONAMENTO COM CLIENTES.........................................................15

2.5 – ESCALA GLOBAL............................................................................................16

2.6 - TRABALHADORES (MÃO-DE-OBRA)..........................................................16

CAPÍTULO 3

ERA DA INFORMAÇÃO..........................................................................................17

3.1 – PROCESSOS INTERNOS..................................................................................17

3.2 – RELACIONAMENTO COM FORNECEDORES..............................................18

3.3 – RELACIONAMENTO COM CLIENTES..........................................................18

3.4 – ESCALA GLOBAL.............................................................................................19

3.5 - TRABALHADORES (MÃO-DE-OBRA)...........................................................19 3.6 – MODELO DE GESTÃO - BSC..........................................................................20

CONCLUSÃO............................................................................................................22

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................24

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INTRODUÇÃO

A evolução da sociedade vem influenciando os modelos de gestão organizacional; a

sociedade influencia as organizações e é por elas influenciada. A necessidade de informação

causa impacto nos objetivos e na gestão estratégica das organizações.

Na era industrial acreditava-se que a superioridade de uma organização era obtida por

meio de um forte controle e de grande previsibilidade, o que ficou diferente na era da

informação. A globalização da economia e o acirramento da disputa de mercados ajudam a

explicar a crescente competitividade das empresas que recorrem a diferentes estratégias de

modernização. Na década de 90 foram ampliadas as estratégias de modernização, com a

introdução de novos modelos organizacionais que associam mudanças na gestão empresarial

com a reorganização dos processos produtivos.

A partir daí surge uma crescente necessidade das empresas de se engajarem em

processos de aprendizado com o ambiente e por meio de aliança com outras empresas, além

da importância no estreitamento do relacionamento com clientes. A capacidade de

mobilização e exploração dos ativos intangíveis tornou-se muito mais decisiva do que investir

e gerenciar somente ativos físicos tangíveis.

Contudo, ao longo deste trabalho pode-se esclarecer a seguinte questão: Porque o

modelo de gestão da era industrial não atende mais as necessidades de uma organização da era

da informação e do conhecimento? Dentro deste contexto, o presente estudo aborda o impacto

da era da informação na gestão empresarial. Os objetivos são mostrar a importância da

adequação organizacional ao ambiente da era da informação. Demonstrar novos modelos de

gestão desenvolvidos e aplicados nas organizações. Demonstrar o porquê que o modelo de

gestão da era industrial não atende mais as necessidades de uma organização da era da

informação e do conhecimento. Além de realizar um estudo dos modelos de gestão

organizacional e analisar suas principais diferenças e possíveis semelhanças.

A justificativa pela escolha temática é resultado de uma reflexão sobre os impactos

durante a era industrial, onde sucesso das empresas era determinado pela maneira como se

aproveitavam dos benefícios das economias de escala e do escopo. A tecnologia era

importante, porém as empresas bem-sucedidas eram sempre aquelas que incorporavam as

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novas tecnologias aos ativos físicos, que pensavam na produção em massa eficiente de

produtos padronizados. Entretanto, no início da era da informação, nas últimas décadas tornou

obsoletas muitas premissas fundamentais da concorrência industrial. As empresas passaram a

ter novas preocupações e objetivos como: desenvolver relacionamento e conservar a

fidelidade dos clientes; produtos e serviços inovadores; customização e qualidade dos serviços

e produtos; motivação dos funcionários, melhoria dos processos, tempo de resposta e a

tecnologia da informação.

O trabalho está dividido em três capítulos. O primeiro fala sobre os conceitos

organizacionais e suas diferentes eras. O segundo capítulo trata as diferenças da Era

Industrial. O terceiro fala sobre a Era da Informação e seu modelo gerencial.

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1 – CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO

Organização é um sistema de atividades conscientemente coordenadas de duas ou

mais pessoas. A cooperação entre elas é essencial para a existência da organização. Para

Chiavenato (2000), uma organização somente existe quando: há pessoas capazes de se

comunicar e que estão dispostas a participar e a contribuir com ação conjunta, a fim de

alcançarem um objetivo comum.

Segundo Peter Drucker (1997) o conceito de organização está vinculado ao

conhecimento. Para esse autor o conhecimento é a base onde a organização deveria ser

especializada e as funções definidas pela tarefa para tornar conhecimento em conhecimento

produtivo. A função das organizações é tornar produtivos os conhecimentos, e quanto mais

especializados forem, mais eficazes serão.

1.1 – MISSÃO

Segundo Maximiano (2000), a missão estabelece o propósito ou as razões para a

existência da organização, do ponto de vista de sua utilidade para os clientes. Identificar ou

definir a missão significa entender qual a necessidade do mercado á organização satisfaz.

Certo (1993) explica que:

A missão organizacional é uma declaração muito ampla da diretriz organizacional. Para desenvolver uma missão organizacional de forma apropriada, a administração deverá analisar e considerar as informações geradas durante o processo de análise do ambiente.

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1.2 – VISÃO

É a imagem que a organização tem a respeito de si mesma e do seu futuro; é o ato de

ver a si própria no espaço e no tempo. Geralmente, a visão está mais voltada para aquilo que a

organização pretende ser do que para aquilo que realmente ela é, ou seja, a visão significa o

projeto do que a organização gostaria de ser dentro de um determinado prazo de tempo e o

caminho futuro que pretende adotar para chegar lá.

Para Chiavenato (2000), o termo visão é utilizado para descrever um claro sentido do

futuro e a compreensão das ações necessárias para torná-lo rapidamente um sucesso. Assim a

visão organizacional representa o destino que se pretende transformar em realidade.

1.3 – OBJETIVO

Objetivo organizacional para Chiavenato (2000) é uma situação desejada que a

organização tenta atingir; é uma imagem que a organização pretende para o seu futuro. Se o

objetivo é atingido, ele deixa de ser a imagem orientadora da organização e é incorporado a

ela como algo real e atual. As organizações podem ter dois ou mais objetivos, algumas até

acrescentam novos objetivos aos originais. Certo (1993) considera que:

A importância de se estabelecer objetivos apropriados para uma organização pode se superenfatizada. Os objetivos fornecem o fundamento para o planejamento, organização, motivação e controle. Sem objetivos e sua comunicação efetiva, o comportamento nas organizações pode tornar qualquer direção.

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1.4 – ORGANIZAÇÃO COMO UM SISTEMA SOCIAL

Na sociedade moderna todo o processo produtivo é realizado através das organizações.

Assim, a sociedade moderna e industrializada se caracteriza por ser uma sociedade composta

de organizações. O homem moderno passa a maior parte de seu tempo em organizações, das

quais depende para nascer, viver, aprender, trabalhar, ganhar seu salário etc.

Dentro de uma abordagem mais ampla segundo Chiavenato (2009), as organizações

são unidades sociais intencionalmente construídas e reconstruídas, a fim de atingir objetivos

específicos. Isso significa que as organizações são construídas de maneira planejada e

elaboradas para atingir determinados objetivos. Elas também são reconstruídas, isto é,

reestruturadas e redefinidas, na medida em que os objetivos são atingidos ou que se

descobrem meios melhores para atingi-los com menor custo e menor esforço. Uma

organização nunca constitui uma unidade pronta e acabada, mas um organismo social vivo e

sujeito a constantes mudanças.

1.5 – ORGANIZAÇÃO COMO UM SISTEMA ABERTO

As organizações constituem sistemas abertos. Sistema é um conjunto de elementos

dinamicamente relacionados que desenvolvem uma atividade para atingir determinado

objetivo ou propósito. Segundo Pereira In: Catelli (1999), as empresas encontram-se

permanentemente interagindo com seu ambiente. Como sistema dinâmico, realiza uma

atividade ou um conjunto de atividades, que a mantém em constante mutação e requerem

que sejam constantemente orientadas ou reorientadas para uma finalidade principal.

Katz e Khan (1996, apud ALVES, 2005) argumentam que as organizações são

sistemas abertos e que seus subsistemas devem ser capazes de importar, processar e

exportar informação. Assim como receber feedback de diferentes fontes de informação

para atingirem seus objetivos.

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1.6 – DIFERENTES ERAS DAS ORGANIZAÇÕES

As organizações estão passando por mudanças e transformações a cada dia que passa.

Seja introduzindo novas e diferentes tecnologias, seja modificando seus produtos ou serviços,

seja alterando o comportamento das pessoas, seja mudando processos internos. As

organizações estão apresentando diferentes características em sua estrutura e em seus

processos. Essas alterações provocam constantes impactos na sociedade e na vida das pessoas,

acelerando cada vez mais as mudanças ambientais.

No decorrer do século XX, as organizações passaram por três fases distintas como

afirma Chiavenato (2009): a era industrial clássica, a era industrial neoclássica e a era da

informação; as quais serão apresentadas nos capítulos seguintes.

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2 – ERA INDUSTRIAL

A Revolução Industrial trouxe grandes mudanças que influenciaram poderosamente as

organizações, sua administração e seu comportamento. Constituiu em uma série de

transformações tecnológicas, com profundo impacto no processo produtivo em nível

econômico e social. Iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII expandiu-se pelo

mundo a partir do século XIX. Segundo Souza (1990), essas transformações foram possíveis

devido ao liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, assim

como o motor a vapor.

Conheceremos a segui algumas características da Era Industrial Clássica e da Era

Industrial Neoclássica.

2.1 – ERA INDUSTRIAL CLÁSSICA

Iniciando-se no período de 1900 a 1950 a Era Industrial Clássica caracterizou-se com

a estrutura organizacional em formato piramidal e centralizador, departamentalização

funcional, modelo burocrático, centralização das decisões no topo, estabelecimento de regras

e regulamentos internos para disciplinar e padronizar o comportamento dos participantes.

Johann (1994) ressalta que a cultura organizacional predominante era voltada para o passado e

para conservação das tradições e dos valores tradicionais ao longo do tempo. As pessoas eram

consideradas recurso de produção, juntamente com outros recursos organizacionais, como

máquinas, equipamentos e capital. O homem era ainda considerado um apêndice da máquina.

O mundo estava mudando, mas a mudança ainda era vagarosa. Segundo Chiavenato (2000),

nesta era surgiram três abordagens tradicionais de administração:

ü Administração Científica (ênfase nas tarefas ao nível do operário);

ü Teoria Clássica e Modelo Burocrático (ênfase na estrutura organizacional);

ü Teoria das Relações Humanas (ressalta o papel das pessoas nas organizações).

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2.1.2 – ERA INDUSTRIAL NEOCLÁSSICA

A Era Industrial Neoclássica teve inicio logo após a Segunda Guerra Mundial, durou

de 1950 a 1990. Nesse período o mundo começou a mudar intensamente, as mudanças

passaram a ser mais rápidas, mas intensas e pouco previsíveis. Segundo Drucker (1997) as

transações comerciais passaram da amplitude local para regional, de regional para

internacional e tornaram-se gradativamente mais intensas. A competição entre as empresas

ficou mais acentuada e o velho modelo burocrático tornou-se inflexível e vagaroso demais

para acompanhar as mudanças que ocorriam no ambiente. A partir disso surgiu a estrutura

matricial para tentar consertar e reavivar a velha e tradicional organização funcional.

Para Chiavenato (2000) a abordagem matricial, adicionou à organização funcional um

esquema lateral de departamentalização por produtos/serviços para agilizar e funcionar como

um turbo capaz de proporcionar uma estrutura com características de inovação e dinamismo e

alcançar maior competitividade. De fato, a organização matricial promoveu uma melhoria

necessária, mas não o suficiente, porque, não removia o emperramento da estrutura funcional.

Suas vantagens foram aproveitadas por meio de fragmentação das grande organizações em

unidades estratégicas de negócios para torná-las mais bem administráveis e mais ágeis. A

cultura organizacional, segundo Johann (1994) deixou de privilegiar as tradições passadas e

passou a concentrar-se no presente, enquanto o conservantismo cedeu lugar à inovação, com

isso a velha concepção foi substituída por uma nova visão de Administração de Recursos

Humanos. As pessoas passaram a ser vistas como recursos vivos; a tecnologia passou por um

intenso desenvolvimento e começou a influenciar poderosamente a vida nas organizações e as

pessoas que delas participavam.

O mundo continuava em mudança, mas já eram muito velozes e rápidas.

2.2 – PROCESSOS INTERNOS

A estrutura empresarial era extremamente rígida com grande ênfase hierárquica; Dias

(2003) afirma que onde o poder era totalmente centralizado e as responsabilidades eram

inseridas no dia-a-dia de cada um. Para garantir a continuidade dos processos, criavam-se

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normas, políticas e procedimentos que deveriam ser seguidos a risca, conforme a rotina do

trabalho, pois assim, pensavam em atingir com exatidão os resultados. As metas na área de

vendas eram elevadíssimas e os objetivos inatingíveis, com tarefas repetitivas.

As empresas da era industrial segundo Drucker (1997) buscavam vantagens

competitivas através da especialização de habilidades funcionais: nas áreas de produção,

compras, distribuição e tecnologia. Essa especialização gerava benefícios substanciais, mas

como o passar do tempo a maximização da especialização funcional provocou enormes

ineficiências, troca de documentos internos entre departamentos e lentidão nos processos.

2.3 – RELACIONAMENTO COM FORNECEDORES

As empresas na era industrial mantinham fornecedores a uma distancia que pensavam

ser segura. Segundo Kaplan e Norton (1997), era um grande desafio para os fornecedores

atender os prazos estabelecidos, porque, em sua maioria eram acirrados não dando nenhuma

flexibilidade até mesmo nas negociações. Além dificuldades com a grande burocracia exigida,

com ilimitados papéis a preencher.

2.4 – RELACIONAMENTO COM CLIENTES

Assim como os fornecedores os clientes na era industrial também eram mantidos a

distancia. As empresas prosperavam oferecendo produtos e serviços a preços baixos, porem,

padronizados. Segundo Kaplan e Norton (1997) tudo funcionava como dizia Henry Ford “eles

podem ter qualquer cor, desde que seja preto”. Os consumidores procuravam nessa época

soluções mais individualizadas, que era muito difícil de encontrar.

Peppers e Rogers (2000) destacam que antes da Revolução Industrial o pensamento

das empresas era o de que o seu negócio coincidia exatamente com “a participação no

cliente”. O lojista era o responsável pelo marketing e levava um banco de dados na cabeça.

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2.5 – ESCALA GLOBAL

A velocidade das mudanças impulsionou o poder produtivo das sociedades, que a

partir daí tornaram-se capazes da multiplicação rápida, constante e ilimitada, de mercadorias e

serviços. Para Williamson (1988) este fato tecnicamente conhecido pelos economistas como a

"partida para o crescimento auto-sustentável". Um fato muito marcante como afirma Souza

(1990), já que antes da Revolução Industrial a forma de produção era em caráter familiar, na

qual o produtor possuía os meios de produção e trabalhava com a família em sua própria casa,

realizando todas as etapas da produção. Desde o preparo da matéria-prima até a venda.

2.6 - TRABALHADORES (MÃO-DE-OBRA)

A Revolução Industrial alterou de forma bastante significativa as condições de vida do

trabalhador braçal. Iglesias (1996) afirma que o aumento no volume da produção de bens, que

deixou de ser artesanal e passou a ser produzido pelo maquinário, e a produção em larga

escala divida em etapas, acabou distanciando cada vez mais o trabalhador do produto final;

uma vez que cada grupo de trabalho passou a dominar apenas uma etapa da produção.

Diante dos acontecimentos, Souza (1990) diz que a população passou a ter acesso aos

bens industrializados, deslocando-se dos centros rurais para os centros urbanos em busca de

trabalho. As fábricas passaram a concentrar centenas de trabalhadores que vendiam sua força

de trabalho em troca de salário. A manufatura que predominou ao longo da Era Clássica

resultou da ampliação do mercado consumidor com o desenvolvimento do comércio

monetário. Para Williamson (1988), outro fato marcante desse período foi à interferência do

capitalismo no processo produtivo que além de determinar o ritmo da produção, obrigou seus

produtores a comprar matéria-prima ao invés de fabricar.

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3 – ERA DA INFORMAÇÃO

Com início por volta de 1990 e muito presente até a época em que vivemos

atualmente, a Era da Informação tem como característica principal as mudanças; que se

tornam rápidas, imprevistas, inesperadas. Segundo Chiavenato (2009) Peter Drucker foi o

arauto que anteviu essa poderosa transformação mundial. A tecnologia trouxe

desdobramentos completamente imprevistos e transformou o mundo em uma aldeia global.

Drucker (1996) relata que a informação passou a cruzar o planeta em milésimos de segundos.

A tecnologia da informação provocou o surgimento da globalização da economia: a economia

internacional transformou-se em economia mundial e global.

A competitividade da tornou-se mais intensa entre as organizações. O mercado de

capitais passou a migrar volatilmente de um continente para outro em segundos, à procura de

novas oportunidades de investimentos, ainda que transitórias.

3.1 – PROCESSOS INTERNOS

Na Era da Informação a estrutura organizacional em matriz muito utilizada na Era

Industrial, tornou-se insuficiente para a agilidade das organizações. A mobilidade e as

inovações trouxeram novas ameaças e oportunidades dentro de um ambiente de intensa

mudança e turbulência. Segundo Chiavenato (2009) os processos organizacionais tornaram-se

mais importantes do que os órgãos (departamentos ou divisões) que constituem a organização.

Esses órgãos tornaram-se provisórios e não definitivos. Os cargos e as funções passaram a ser

constantemente definidos e redefinidos em razão das mudanças no ambiente e nas

tecnologias. Os produtos e serviços passaram a ser continuamente ajustados às demandas e

necessidades dos clientes.

McGee e Prusak (1994) descrevem que nas organizações mais expostas às mudanças

ambientais, a estrutura predominante passou a ser fundamentada não mais em órgãos estáveis,

mas em equipes multifuncionais de trabalho com atividades provisórias voltada para missões

específicas e com objetivos definidos. O recurso mais importante deixou de ser o capital

financeiro e passou a ser o conhecimento. Drucker (1996) afirma que o dinheiro continuava a

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ser importante, mas ainda mais importante é o conhecimento sobre como usá-lo e aplicá-lo

rentavelmente.

3.2 – RELACIONAMENTO COM FORNECEDORES

Ao contrário da Era Industrial onde os fornecedores eram mantidos a distancia das

organizações, a Era da Informação tem como um de seus focos principais a aproximação e a

parceria com seus fornecedores. Para Hamel e Prahalad (2000) parceria é denominada como

um processo de cooperação, no qual cada parceiro conhece o seu potencial e ainda, suas

vantagens competitivas para o aperfeiçoamento dos processos e reduções de custos,

aumentando consideravelmente a sinergia, com ganhos substanciais para todos os parceiros

envolvidos no negócio.

Segundo Corrêa e Corrêa (2006), antes da década de 90 as decisões estratégicas eram

pautadas pelos critérios de produção, que estabelecia que a partir de um determinado volume,

era mais econômico para a empresa produzir internamente no lugar de comprar de

fornecedores. A decisão apoiava-se exclusivamente no critério de custo. Com o avanço da

tecnologia da informação, as empresas passaram a se importar com a integração dos processos

de suprimentos, produção e entrega. Kaplan e Norton (1997) afirmam que os processos de

produção passaram a ser “puxados” pelos pedidos dos clientes e não pelos planos de produção

que “empurram” bens e serviços, tornando cada dia mais importante a união entre empresa e

fornecedor.

3.3 – RELACIONAMENTO COM CLIENTES

Na década de 90 os papéis foram modificados, segundo Hamel e Prahalad (2000) as

empresas que vislumbravam sucesso, tiveram que se adaptar as estratégias dos clientes,

estando atentas as contingências do mercado. Os produtos e serviços passaram a ser

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continuamente ajustados às demandas e necessidades dos clientes, agora dotados de hábitos

mutáveis e exigentes. As empresas começaram a se dedicar aos clientes, dispostas inclusive

em modificar seus produtos, iniciando a valorização do relacionamento com o cliente. Para

Kaplan e Norton (1997), neste período as empresas deixaram de impor “a cor preta” e

passaram a considerar como e quais cores eram importantes para o objetivo final dos clientes.

3.4 – ESCALA GLOBAL

O ciclo de vida dos produtos começou a diminuir as vantagens competitivas, a geração

de vida um produto não garantia mais liderança de mercado. Segundo Drucker (1996) as

fronteiras nacionais deixaram de ser únicas e ganharam mais um obstáculo, a concorrência de

empresas estrangeiras. As empresas da Era da Informação começaram a concorre com as

melhores empresas do mundo. A partir de então, como afirma Certo (1993) as empresas desta

era passaram a pensar em combinar eficiência e agressividade competitiva do mercado global

com a sensibilidade as expectativas dos clientes.

3.5 - TRABALHADORES (MÃO-DE-OBRA)

As empresas da Era Industrial criavam fortes distinções entre dois grupos de

funcionários, a elite intelectual (nível estratégico e tático) e o grupo de pessoas que de fato

fabricavam os produtos e prestavam os serviços (nível operacional).

Na Era da Informação segundo Hamel e Prahalad (2000), todos os funcionários

passaram a agregar valor pelo que sabem e pelas informações que podem fornecer. A partir

disso as empresas resolveram investir, gerenciar e explorar o conhecimento de cada

funcionário, que passou a ser fator crítico de sucesso para as empresas da era da informação.

As pessoas e seus conhecimentos e habilidades mentais passaram a ser a principal base da

nova organização. Chiavenato (2009) afirma que nessa fase a Administração de Recursos

Humanos cedeu lugar a uma nova abordagem: a Gestão de Pessoas. As pessoas deixaram de

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ser simples recursos organizacionais para serem vistas como seres dotados de inteligência,

conhecimento, habilidades, personalidades, aspirações, percepções etc.

A cultura organizacional segundo Johann (1994) sofreu forte impacto do mundo

exterior e passou a privilegiar a mudança e a inovação voltadas para o futuro e para o destino

das organizações. Para Drucker (1997) a moeda do futuro não será financeira, mas o capital

intelectual, que estará na cabeça das pessoas. Porém, um capital muito especial que não pode

e nem deve ser tratado como mero recurso organizacional.

3.6 – MODELO DE GESTÃO – BSC

A passagem da sociedade industrial para a sociedade da informação levou as

organizações a busca de novas formas de gestão. Conseqüentemente, ao longo do tempo,

novos modelos foram propostos por teóricos internacionais e nacionais. Modelos esses de

gestão sendo desenvolvidos e aplicados nas práticas gerenciais das organizações. O Balanced

Scorecard (BSC) foi escolhido para análise, por ter sido a ferramenta que mais se destacou no

inicio da era da informação. Segundo Rezende (2003) o Balanced Scorecard revolucionou a

primeira metade dos anos 90, com seu foco na mensuração do desempenho empresarial,

assumindo o papel central nas organizações bem-sucedidas e focalizadas na estratégia.

O Balanced Scorecard surgiu no inicio da década de 90, quando Robert Kaplan

professor da Universidade de Harvard e David Norton consultor igualmente da região de

Boston (1997) iniciaram um estudo com a finalidade de averiguar como seria o método de

medição de desempenho no ano 2000. Eles acreditavam que a medição de desempenho

realizada somente por indicadores financeiros prejudicaria a capacidade das organizações de

serem flexíveis e de criar valor econômico para o futuro. Os métodos antes utilizados

baseavam-se apenas em indicadores contábeis e financeiros, motivo pelo o qual, fez com que

se tornassem insuficientes e obsoletos.

O Balanced Scorecard é uma ferramenta que traduz a visão e a estratégia da empresa

em um conjunto coerente de objetivos, medidas de desempenho ou indicadores e iniciativas

ou ações; que são organizados segundo quatro perspectivas diferentes: financeira, do cliente,

dos processos internos e do aprendizado e crescimento. Esta ferramenta, como afirma Kaplan

e Norton (1997) cria uma estrutura, uma linguagem para comunicar a missão e a estratégia, e

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utiliza indicadores para informar os funcionários sobre os vetores do sucesso atual e futuro.

Para cada uma das quatro perspectivas deverão ser determinados objetivos, medidas ou

indicadores, metas e iniciativas.

O encaixe das perspectivas na estratégia é fundamental não só para gerar, mas também para sustentar a vantagem competitiva. É mais difícil para os concorrentes enfrentar um conjunto de atividades entrelaçadas. (KAPLAN e NORTON, 2004)

As quatro perspectivas do Balanced Scorecard têm-se revelado adequadas em diversas

empresas e setores de mercado, porém, Kaplan e Norton (1997) alertam que tais perspectivas

devem ser consideradas um modelo, não uma camisa-de-força. Existem empresas que

utilizam menos do que as quatro perspectivas, porém, dependendo das circunstâncias do setor

e da estratégia de uma unidade de negócio, é possível que seja preciso agregar uma ou mais

perspectivas complementares.

Para Niven (2002), toda organização tem características próprias e pode desejar seguir

seu próprio caminho para a construção do Balanced Scorecard. Entretanto, Kaplan e Norton

(2000) afirmam que pode ser delineado um plano típico e sistemático de utilização para criá-

lo com base em algumas etapas. Se executado de forma adequada, este processo incentivará o

comprometimento entre os executivos e gerentes, e produzirá um Scorecard útil e os ajudará a

alcançar os objetivos organizacionais.

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CONCLUSÃO

A passagem de uma Era importante para outra não acontece do dia para a noite.

A transição se dá a partir da sucessão fatos que vão modificando a sociedade. A evolução da

sociedade vem influenciando a evolução dos modelos de gestão organizacional e vice-versa.

A sociedade influencia as organizações e é por elas influenciada.

Durante a Era Industrial o sucesso das empresas era determinado pela maneira como

se aproveitavam dos benefícios das economias de escala e do escopo, supervalorizando a

produção. A tecnologia era importante, porém as empresas bem-sucedidas eram sempre

aquelas que incorporavam as novas tecnologias aos ativos físicos, que pensavam na produção

em massa eficiente de produtos padronizados. Entretanto, o início da era da informação nas

últimas décadas tornou obsoletas muitas premissas fundamentais da concorrência industrial.

As empresas passaram a ter novas preocupações e objetivos como: desenvolver

relacionamento e conservar a fidelidade dos clientes; produtos e serviços inovadores;

customização e qualidade dos serviços e produtos; motivação dos funcionários, melhoria dos

processos, tempo de resposta e a tecnologia da informação.

A necessidade de informação causa impacto nos objetivos e na gestão estratégica das

organizações. As informações tornaram-se fundamentais para a sustentabilidade de qualquer

negócio. Empresas de todos os tamanhos estão buscando formas de gerenciar e utilizar suas

informações. Estamos vivenciando a "Era da Informação" e a expressão "Globalização"

mostrar que devemos ficar muito atentos para tudo o que vivenciamos ao nosso redor e a

tecnologia da informação nos capacita adequadamente a lidar com um ambiente de constantes

mudanças.

Através de pesquisa bibliográfica, constatou-se que desde o início do período da era da

informação, o mundo já não era mais o mesmo. O que pôde ser observado através das

transformações que vêm ocorrendo na sociedade e nas organizações é o surgimento de novos

modelos de gestão organizacional. Na década de 90 o Balanced Scorecard (BSC) foi o

modelo de gestão que mais se destacou e continua ativo até os dias de hoje. Com base em

quatro perspectivas (financeira, do cliente, dos processos internos e do aprendizado e

crescimento), sendo flexível ao segmento de qualquer organização o Balanced Scorecard

(BSC) permite que a alta administração focalize a atenção de sua organização na estratégia da

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empresa, para obter um sucesso de longo prazo. Essa é uma tarefa importante, porém, até o

surgimento do BSC era difícil de ser realizada. Seu objetivo é traduzir a estratégia

organizacional em termos operacionais, para alinhar a organização à estratégia, transformando

a estratégia em tarefa de todos.

A principal intenção desse estudo é esclarecer porque o modelo de gestão da era

industrial não atende mais as necessidades de uma organização da era da informação e do

conhecimento? E demonstrar o choque entre a capacidade competitiva das Eras Industriais e

da Informação, e o quanto a sociedade tem evoluído com o advento da informação. Vivemos

em uma era de mudanças aceleradas e de fato, a velocidade parece não dar sinais de redução.

A maior conseqüência disso é a necessidade que as organizações de todo tipo tem de

rever suas formas de gestão e de trabalho. Todas as organizações têm de estar sempre alerta

ao que acontece em sua volta, não importa a qual setor pertença. O que se pode concluir é que

o modelo de gestão da Era Industrial, além de obsoleto, permanece em uma grande

desvantagem diante dos atuais e não superam os resultados positivos dos modelos de gestão

da Era da Informação. A hipercompetição ocorre de forma acelerada e de fato modelo de

gestão da era industrial não atenderia as necessidades de uma organização da era da

informação e do conhecimento.

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