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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DA MARCA
Por: Renata de Castro Xavier
Orientador
Prof. Jorge Vieira
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DA MARCA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Marketing.
Por: . Renata de Castro Xavier
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos queridos amigos e
parentes.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia ao meu pai por
custear o meu curso, à minha mãe, irmã e
namorado, por me apoiar durante o
andamento da pós.
5
RESUMO
Este trabalho de monografia tem como objetivo o estudo das marcas, a
influência que esta exerce no ato da compra de um serviço ou produto, o
estudo de sua origem e seu valor no mercado consumidor e para as suas
organizações.
A construção de uma marca envolve a compreensão da mente do
consumidor no intuito de fazer com que as características de um produto ou
serviço não se limitem apenas aos seus aspectos funcionais.
Criar a personalidade de uma marca é criar um significado e um valor
para um produto ou serviço de modo que estimule a sensação de desejo no
consumidor e gere uma percepção positiva para a sua imagem.
A marca sempre foi e continuará sendo um diferencial competitivo e
fator decisório no momento de compra, relevante tanto para a empresa quanto
para o consumidor.
6
METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi uma pesquisa teórica através de livros
técnicos e artigos digitais com o intuito de retirar informações pertinentes e
atualizadas do assunto.
O projeto foi elaborado de forma clara, explicativa e descritiva a fim de
demonstrar a importância da força da marca para a longevidade da empresa.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O conceito da Marca 09
CAPÍTULO II - Criação de uma Marca 13
CAPÍTULO III – Posicionamento da Marca 21
CAPÍTULO IV – Plano de Marketing 23
CAPÍTULO V – Comportamento do Consumidor 28
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52
ÍNDICE 59
FOLHA DE AVALIAÇÃO 63
8
INTRODUÇÃO
O consumidor de hoje em dia é um consumidor muito mais exigente.
As empresas se veem obrigadas a tomar mais cuidado com a qualidade e
preço da sua mercadoria, gerando um maior nivelamento dos produtos e
serviços. O que faz um consumidor escolher entre um produto e outro é
justamente a sua marca.
As empresas estão cada vez mais investindo no desenvolvimento de
uma marca forte, reservam uma grande verba para construir, manter, fortalecer
e valorizar a marca.
O valor que as marcas atingiram nas negociações de fusões e
aquisições entre grandes companhias são na realidade aquisições de um
posicionamento na mente do consumidor potencial. O valor da marca vem de
sua habilidade em ganhar um significado exclusivo, destacado e positivo na
mente dos clientes. Para todos os tipos de cliente, existem 2 tipos de marcas,
as que justificam seu preço e as que não justificam. Marcas bem sucedidas
são consequências diretas da estratégia de segmentação de mercado e
diferenciação do produto.
Este trabalho busca trazer um maior conhecimento a respeito dos
conceitos e definições básicas da marca como estão descrito no primeiro
capítulo desta monografia, como se dá a sua criação, no capítulo II, o seu
posicionamento frente ao mercado, no terceiro capítulo, como desenvolver um
plano de marketing adequado, no quarto capítulo e no último, mas não menos
importante, o comportamento do consumidor em relação a grande quantidade
de marcas disponíveis no mercado.
CAPÍTULO I
9
O CONCEITO DE MARCA
Logotipo é a representação simbólica, gráfica ou tipográfica de uma
marca. A marca em si é muito mais do que apenas o desenho (logotipo) que
a representa. Qualquer empresa, entidade pública ou não governamental
pode ser reconhecida através de sua logomarca.
A marca nada mais é do que uma referência a uma determinada
empresa, e o seu desenho pode nos lembrar dos valores dessa empresa ou
organização. A marca alimenta expectativas e comunica a "promessa" de
um produto, apresenta seu diferencial frente aos concorrentes e torna uma
empresa única. O valor de uma marca é parcialmente abstrato, pois o
mesmo perfil de consumidor pode atribuir valores diferentes para uma
mesma marca.
A marca não é só o desenho do logotipo, vai muito além disso.
Um exemplo, são as propagandas de rádio, que ao escutá-la é possível
reconhecer a empresa quando o locutor falar o nome da marca. Nesse
caso, não foi necessário ver o desenho do logotipo, apenas escutar falar da
marca e já se faz a conexão.
A American Marketing Association nos Estados Unidos, órgão que
regulamentam a criação de marcas nos Estados Unidos, acrescenta em sua
definição jurídica: “A marca é um nome, um termo, um sinal, ou um
desenho, ou uma combinação destes elementos, com vista a identificar os
produtos e serviços de um vendedor, ou de um grupo de vendedores, e a
diferenciá-los dos concorrentes”.
Outra definição interessante é a do mestre dos estudos de
Administração de Marketing Philip Kotler, “talvez a habilidade mais
característica dos profissionais de marketing seja a capacidade de criar,
10
manter, proteger e melhorar uma marca. Para os profissionais de marketing,
o estabelecimento de uma marca é a arte e a essência do marketing”.
A marca é uma promessa da empresa em fornecer uma série de
atributos, benefícios e serviços uniformes aos compradores, a garantia de
qualidade vem junto com as melhores marcas. Uma marca é um símbolo
mais complexo, podendo trazer até seis níveis de significados:
• Atributos: a marca tem o poder de trazer a mente certos atributos.
• Benefícios: estes são traduzidos em benefícios funcionais e emocionais.
• Valores: a marca também transmite os valores da empresa.
• Cultura: a marca tem o poder de representar certa cultura.
• Personalidade: a marca pode projetar certa personalidade.
• Usuário: a marca sugere o tipo de consumidor que pode usar
determinado produto.
Numa oferta com produtos de igual qualidade e função, a marca facilita
o reconhecimento e favorece a fidelidade. A marca valoriza ou desvaloriza
aquele que a usa ou a consome, transmite a sua identidade às pessoas,
vende status social.
A marca é, com certeza, o maior patrimônio de uma empresa, porque
lhe confere singularidade no mercado e contribui para diferenciá-la,
competitivamente, de outras empresas. Ela está relacionada com produtos,
mas com eles não se confunde e tem a ver com os valores que o
consumidor a ela agrega, por várias razões.
Para Mauro Calixta Tavares, administrador e sociólogo, doutor em
Administração pela USP, que tem um bom trabalho sobre o tema, " marca é
um nome, termo, signo, símbolo ou design, distinto ou combinado com a
função de identificar a promessa de benefícios, associada a bens ou
serviços, que aumenta o valor de um produto além de seu propósito
11
funcional, tendo uma vantagem diferencial sustentável" e não se confunde
seja com nome, seja com produto. Explica ele: " A marca é mais do que um
simples nome. O significado de uma marca resulta dos esforços de
pesquisa, inovação, comunicação e outros que, ao longo do tempo, vão
sendo agregados ao processo de sua construção. Isso significa que sua
criação e manutenção não podem ficar restritas a designers, artistas
gráficos e agências de publicidade" e continua: " A marca é diferente do
produto. Embora sejam coisas intimamente relacionadas, diferem nas
características.
A marca estabelece um relacionamento e uma troca de intangíveis entre
pessoas e produtos. O produto é o que a empresa fabrica, o que o
consumidor compra é a marca. Os produtos não podem falar por si: a marca
é que dá o significado e fala por eles. O produto tem um ciclo de vida, a
marca não. Isto não significa que algumas não envelheçam. A marca revela
facetas de diferenças nos produtos: funcionais, experiências e simbólicas".
A consciência de que as marcas têm um valor inestimável e que, em
muitos e muitos casos, elas valem mais do que tudo aquilo de tangível que a
empresa possui ( a marca Coca-Cola e a marca Microsoft, por exemplo,
valem muitas vezes o montante que poderia ser arrecadado com a venda de
todas as fábricas e equipamentos destas empresas) , tem dado novo
impulso ao processo de avaliação e gerenciamento de marcas. Por isso,
será cada vez mais comum ouvirmos falar de " branding" , que é definido
como todo o esforço (ações, estratégias etc) desenvolvido, no processo de
administração de marcas, com o objetivo de fazer com que elas agreguem
valores culturais, extrapolando assim a sua natureza inicialmente
econômica.
Um exemplo de diferenciação de uma marca, que não depende da
logomarca (que é apenas o desenho) é a marca de motos Harley Davidson.
Só de pensarmos nesse nome, imaginamos a liberdade de poder viajar
12
tranquilamente com uma moto possante, acompanhados por um grupos de
motoqueiros que também buscam essa paz, liberdade e descontração. Além
disso, uma das principais características na diferenciação da marca Harley
Davidson é o barulho do seu motor. Na década de 1990, após um processo
judicial por plágio, a Harley Davidson conquistou o direito de ser a única
fabricante de motos do mundo que pode produzir motos que saem de
fábrica com o seu barulho do escapamento característico. Isso ocorreu
porque algumas fabricantes japonesas perceberam que iriam aumentar a
venda de suas motos japonesas se copiassem o barulho da Harley
Davidson (que é norte-americana). Dessa forma, a fabricante americana
provou que o barulho da moto também é uma das características da marca
Harley Davidson, e seu plágio foi proibido.
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CAPÍTULO II
CRIAÇÃO DE UMA MARCA
Todo ser humano pensa visualmente, desde criança está acostumado
com um mundo cheio de símbolos e logotipos. As imagens agem de forma
direta sobre a percepção cerebral, causando primeira impressão para
somente depois serem analisadas.
Com base nesta colocação, vejamos alguns fatores relevantes na criação de
uma marca:
- Conceito: deve transmitir conceitos subjetivos de qualidade e excelência
da empresa, também deve transmitir ao público a ideia explícita ou implícita
sobre a marca. O significado do logotipo deve ser de fácil compreensão e
assimilação, uma vez que o logotipo é a identidade da empresa.
- Legibilidade: fácil leitura e compreensão. O uso de efeitos muito
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elaborados deve ser evitado, porque o logotipo deve ser legível, claro,
marcante, mas sem excessos e de reprodução facilitada para diversos
meios e tamanhos.
- Contemporaneidade: deve-se observar as mudanças de comportamento
da sociedade e os reflexos que essas mudanças causam na comunicação.
Não se vá pelos modismos, “as boas ideias resistem as tendências
desaparecem”.
- Personalidade: a originalidade é que fará a diferença frente às
outras empresas. Ao buscar a originalidade, não perca o significado.
- Pregnância: facilidade na memorização da marca, fazendo com que ela
fique mais tempo em evidência na cabeça do consumidor e da concorrência.
- Uso: flexibilidade na aplicação em diversos meios de comunicação faz
com que a marca se mantenha atual por muito tempo.
Dez etapas para a criação de uma marca de destaque no mercado:
1. Cuide da sua imagem
Quando olhamos para o símbolo da Coca-cola ou da Nike, associamos
imediatamente essa imagem visual ao produto em si. Isso acontece porque
o logotipo dessas marcas são algo único e que agradam aos olhos de quem os
vê. São simples e de fácil percepção. Um caso mais diferenciado seria o de um
negócio de freelancer. É extremamente importante que se tente, antes de
qualquer coisa, criar uma marca em vez do seu nome pessoal. Passa uma
imagem mais profissional ao trabalho.
No Brasil e em Portugal ainda não existe muito esse hábito, mas nos
Estados Unidos já começam a surgir empresas, que muitas vezes são geridas
15
por um só freelancer, mas que comunicam com os clientes como se de uma
marca se tratasse. É claro que o nome do dono estará sempre associado à
marca, como fundador da mesma. Mas o nome pessoal deve sempre estar em
segundo plano.
Um grande problema que costuma acontecer a respeito de novos
negócios, é o descuido que muitos empresários têm com a imagem do seu
negócio. Mandam fazer um logotipo, o mais barato possível, e pensam que já
estão criando uma identidade. Mas quem fala do logotipo fala também do
design de um site ou da imagem de uma página de fãs do Facebook. Tudo
conta na hora de conquistar os seus clientes pela imagem. É importante
lembrar que quanto menos dinheiro for investido na imagem da marca, menor
qualidade terá por parte do designer.
2. Tenha Paciência
Criar uma marca é algo que demora tempo. Tempo esse que pode levar
de meses a anos ou por vezes décadas. O problema é que o fator “paciência”
é escasso na cabeça dos grandes empresários. Pretendem criar um produto e
com apenas alguns meses, já estão criando slogans do gênero “o melhor
produto do mercado” ou “muitos clientes já ficaram satisfeitos”. A criação de
uma marca é algo demorado, que exige tempo e um vasto investimento.
3. A importância da Comunicação
Para se criar uma marca, a comunicação é essencial. É certo que
quando um produto tem muita qualidade, o boca-a-boca trata de “fazer”
publicidade por si. Mas o problema é que 99% dos produtos não são assim tão
bons, pelo que a propaganda torna-se essencial para dar a conhecer a sua
marca quando ela está no início.
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Uma frase muito famosa e inspiradora de Henry Ford diz ”Se eu tivesse
um único dólar, investiria em propaganda”. Esse deve ser o espírito de alguém
que pretenda criar uma marca notável. Não é válida a desculpa de que apenas
irá fazê-lo quando já tiver mais experiência ou o seu blog tiver mais conteúdo.
Todos que lançam o seu negócio é porque acredita que ele está 100%
preparado para entrar no mercado. Então, o momento de investir em
publicidade é o primeiro dia.
Mas por que a publicidade é tão importante? Essencialmente, poupa-lhe
tempo. Caso queira chegar as 500 visitas por dia no seu blog, sem publicidade
talvez demore um ano. Com publicidade, esse período pode ser reduzido para
metade.
4. Crie um Conceito
Pensar em criar uma marca é sinônimo de criar um conceito. É dar aos
clientes algo que eles já esperam.
Quando quiser criar uma marca, crie expectativas aos seus clientes.
Dando como exemplo, a profissão de freelancer, princípios como “serviço de
qualidade” ou “o serviço mais rápido do mercado” podem ser bastantes
interessantes para destacar-se dos seus concorrentes e criar um conceito.
5. Não desaponte os seus clientes
Depois de criar um conceito, é importante que siga à risca essa mesma
ideia. Se foi prometido um site que tem conteúdo de qualidade e que será
atualizado todos os dias, ele precisa inevitavelmente ser cumprido. Os leitores
não querem saber que problemas fizeram com que o site não fosse atualizado.
Criar um hábito demora muitos anos, mas para perdê-lo basta apenas um erro.
Desta forma, é necessário pensar muitas vezes antes de prometer algo que
depois poderá não cumprir.
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Outra estratégia utilizada é a de prometer algo que ainda não se sabe se
vai dar certo, mas que irá se esforçar para que isso aconteça. Por vezes a
criação de um conceito pode levar a pessoa a melhorar enquanto profissional.
Porém nem todas as pessoas têm força de vontade e disciplina pessoal para
fazerem mudanças tão bruscas no seu dia-a-dia. Criar um conceito para
ganhar sentido de responsabilidade pode ser uma boa técnica, mas que muitas
vezes não apresenta resultados positivos.
6. Escolha o Nome Correto
Alguns pontos a que deve obedecer a escolha do nome para a sua
empresa:
Curto: Um nome comprido dificulta a memorização. No caso de um site, por
exemplo, o mais provável é que se engane na escrita cada vez que tentar
visitar o site diretamente.
Fácil oralidade: Fazer com que o seu nome seja dito facilmente de pessoa
para pessoa facilita, além da memorização, a publicidade boca-a-boca. Um
nome fácil de prenunciar é meio caminho andado para ser mais comentado.
Letras repetidas: Palavras como o Google ou Facebook são um bom exemplo
disso. O fato de repetirem as mesmas letras nome faz com que sejam mais
facilmente memorizáveis.
Com perspectivas de futuro: carros2011.com é um nome que está limitado
temporariamente. Isto porque os anos passam e o nome carros 2011 ficará
para sempre ligado a esse ano. Além do fato de não representar nenhuma
vantagem para o seu negócio.
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Com perspectivas de futuro (II): Quando escolher um nome, lembre-se que
ele dentro de pouco tempo pode sentir a necessidade de criar subprodutos
dentro do próprio original. Um bom exemplo é a Coca-cola light.
Existem alguns “truques” que podem ajudar a escolher o nome para um
negócio.
Nome do proprietário: Introduzir o nome do criador da empresa é uma boa
técnica, especialmente se tiver um sobrenome invulgar, podendo ser até uma
forma bastante original.
Particularidades do negócio: Adaptar algumas vertentes do negócio pode
também ser outro excelente ponto de partida. Imagine um site sobre tênis.
Utilizar nomes de negócios como setpoint, matchpoint ou tiebreak são algumas
boas ideias.
Região: O local onde vive também pode dar ideias interessantes para escolher
um bom nome.
Nomes em outras línguas: Não custa nada. Basta ir ao tradutor do Google e
colocar o seu negócio em outras línguas.
Situações: O nome Google, por exemplo, surgiu de um erro da palavra
Googol. Ou então o nome Apple, que foi escolhido devido a ser a fruta favorita
de Steve Jobs. Escolher situações ou alguns gostos favoritos pode ser outro
bom auxílio.
7. Uma Marca Necessita de História
Para que uma pessoa consiga confiar numa marca, ela necessita de,
pelo menos, saber que ela tem uma história. Quando falamos em Apple,
associamos imediatamente ao seu fundador ou a um computador que vimos
num filme. Isso acontece porque esta é uma empresa com história e que tem
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algo para contar aos seus clientes. A única hipótese de se ter uma marca de
sucesso em pouco tempo é ter um produto inovador. Caso contrário, terá
sempre de ser paciente e ter uma história para contar.
8. Defina o Público-Alvo
Ao criar um negócio próprio, é importante que saiba para quem quer
vender esse produto. É para homens ou mulheres? Para pessoas que
pretendem trabalhar em casa ou no escritório? Para jovens empresários ou
para gestores experientes? Responder a todas estas questões também é algo
essencial na criação de uma marca. Estes pontos vão condicionar a sua
estratégia de comunicação, que é algo determinante.
9. Escolha o seu Posicionamento no Mercado
Antes de começar qualquer negócio, é importante saber que parte
deseja-se ocupar no mercado. Com certeza, haverá concorrentes que
trabalham nesse nicho há mais tempo. Esse motivo faz com que se tenha
obrigatoriamente de começar “por baixo”. Que fatia de clientes quero
conquistar no meu primeiro ano? Supondo 10% do mercado uma meta
razoável para os próximos 365 dias, a sua estratégia de comunicação terá
sempre que ser direcionada para esse pequeno percentual.
Jamais poderá afirmar que é “líder do mercado”, mas
poderá adaptar uma estratégia como, por exemplo, “o produto que vai
revolucionar o mercado”. São perspectivas diferentes, que só poderão ser
usadas se o público-alvo for definido antecipadamente.
10. Tenha algo Único
Há alguns anos as lojas chinesas têm invadido o mercado. O que elas
fazem, no fundo, é criar produtos idênticos em nível de design e vendê-los a
20
um preço mais baixo. É muito comum vermos tênis semelhantes aos da Nike
por fora, mas que na verdade têm uma qualidade inferior. Contudo, têm um
preço mais baixo e por isso vai sendo suficiente para manter as lojas abertas.
Mas esse tipo de negócio tem um problema: jamais estas lojas serão
capazes de criar uma marca. Isto porque elas copiam produtos de outras
empresas. Esse mesmo cuidado deve existir quando um novo produto ou
serviço é lançado. Quando o fizer, tente ser inovador e destacar-se dos
concorrentes. Faça uma análise entre o que eles já têm e tente perceber onde
eles estão falhando.
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CAPÍTULO III
POSICIONAMENTO DA MARCA
O posicionamento integra os três fatores que determinam o futuro de
uma empresa: estratégia competitiva; domínio setorial; atributos da marca.
Essa visão compreende as lições brilhantemente demonstradas por Michael
Porter, Peter Drucker e Philip Kotler.
Posicionamento é uma ação de diferenciação de uma empresa, produto,
marca ou serviço por meio de atributos reais ou simbólicos. Ele se dá após a
ação de segmentação, onde depois de identificar um público-alvo, a partir do
entendimento de como o mercado se divide, direciona o posicionamento que a
empresa irá tomar para tentar ser considera diferente pelos consumidores
positivamente.
Para uma empresa conseguir espaço no mercado, ela deve ter um
produto e uma oferta que traduzem claramente e objetivamente aquilo que a
empresa espera que os consumidores percebam, sem ser comparado com
nenhuma outra oferta ou produto. Isso se refere ao posicionamento da
empresa, que consiste na ação de se diferenciar no mercado através de seus
atributos reais ou simbólicos, projetando produtos e a imagem da empresa na
mente dos consumidores.
Por outro lado, a diferenciação pode não ser por muito tempo devido ao
fato de as empresas mudarem muito suas estratégias de marketing. Isso
porque o ambiente muda, os concorrentes fazem novas ações e os
consumidores ficam mais exigentes em relação ao produto ou atendimento.
Assim, o profissional de marketing deve fazer estratégias para cada etapa no
ciclo de vida do produto com o intuito de aumentar a lucratividade e a vida do
produto, pois sabemos que este não dura para sempre.
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Antes de decidir o posicionamento de marca que a empresa seguirá no
seu planejamento, é preciso que ela determine uma estrutura de referência,
identificando o mercado-alvo e a natureza da concorrência, e as associações
ideais de marca referente aos pontos de paridade e aos pontos de diferença.
Para definir a estrutura de referência competitiva adequada, devem-se
entender o comportamento do consumidor do produto ou serviço de uma
empresa e as considerações feitas por ele ao tomar as decisões sobre a
marca.
Enfim, para ter um posicionamento eficaz, a empresa deve estar atenta a
alguns requisitos essências que compõem o posicionamento vantajoso:
1- ter importância do benefício para o consumidor
2- ser distinto frente aos concorrentes
3- facilidades de comunicação
4- visibilidade
5- dificuldade de cópia da concorrência
6- ter uma rentabilidade da diferença.
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CAPÍTULO IV
PLANO DE MARKETING
Além de ter que seguir alguns passos que são essenciais, o plano de
marketing necessita ter algumas características preponderantes:
§ O mais simples possível. Não confundir tamanho com quantidades
intermináveis de texto que não dizem nada. Podem ser utilizadas
apenas duas páginas para explicar o produto, desde que nessas duas
páginas esteja todo o conteúdo relevante para os seus possíveis
clientes.
§ Deve ser testado e alterado conforme os resultados. Se uma tática não
tem dado resultados tente alterá-la, utilizando o método de
tentativa/erro.
§ O cliente não deve ficar com dúvidas do que pode comprar. Ainda mais
na internet esta dica ganha maior relevância, visto que neste meio
existem muitas pessoas a tentar enganar os seus compradores.
§ Deve ser dedicado a um nicho.
§ Plano de marketing é algo que demora a ser elaborado. Visto que é uma
parte determinante do negócio, deve ser feito com o maior cuidado.
§ Um ambiente mais simples possível. Por vezes demasiadas cores
acabam por retirar o cliente do foco principal: o produto
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§ Use uma linguagem comum. Não adianta querer parecer muito esperto
quando na verdade as pessoas querem algo simples. Cada vez mais vê-
se o uso da linguagem do dia-a-dia em campanhas de marketing.
De nada valem estas características se todo o trabalho que estiver a
fazer não for analisado, mensurado ou não seguir uma linha de orientação.
Sete diretrizes do que pode fazer para conseguir um bom plano de
marketing e com isso, gerar um maior número de vendas:
1. Descreva o Problema que Precisa ser Resolvido
O proprietário de um negócio deve deixar sempre bem claro para o que
serve (que problemas resolve) seu produto/serviço para que não haja dúvidas
na mente do consumidor na hora da compra. Outro ponto importante que deve
ser passado ao consumidor é explicar por que ele deve investir no seu
produto/serviço em vez de comprar o do concorrente, porque o seu é melhor
ou mais eficiente.
Para isso, a descrição de todas as utilidades que o seu produto/serviço
possa ter, têm que estar muito bem especificadas. No fundo, as pessoas
quando compram um produto/serviço não compram um produto/serviço em si,
mas sim os benefícios que ele traz.
2. Descreva o Produto
Depois de dizer o que vai resolver, chega o momento de dizer o que
contém. Isto porque ninguém vai acreditar que um remédio resolve dores de
cabeça sem que se diga como isso é feito. Especialmente se o seu produto for
novo, é interessante torná-lo útil às pessoas, visto que ainda não sabem a sua
utilidade e vão ter algumas dúvidas em investir nele. No fundo, estará a dizer
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que as ferramentas utilizadas para resolver o ponto anterior, para que os
compradores não tenham receio de acreditar em si.
3. Mostre que é uma Oportunidade Fantástica
No marketing chama-se “criar pressão psicológica”. Por exemplo
aquelas promoções que dizem que durante um certo período de tempo o
produto tem desconto ou que no período de lançamento ele custa metade do
preço. Isto cria uma necessidade na cabeça do cliente. O pensamento de uma
pessoa conservadora quando olha para qualquer produto será “agora não
posso gastar, deixo para mais tarde”. Se for dito que durante duas semanas o
seu produto está com 50% de desconto, irá criar uma necessidade que antes
não havia, levando essa pessoa à compra.
4. Analise a Concorrência
Perceber os concorrentes é quase tão determinante como entender o
público-alvo. Vejamos o porquê:
§ Através de uma pequena análise se consegue perceber que produtos da
concorrência tiveram mais sucesso e desse modo entender o que o
público anda à procura.
§ Saber que necessidades eles andam a cobrir e daí tomar uma posição:
tentar cobrir novas necessidades ou as mesmas, mas de um modo
melhor e diferente.
§ Saber em que ponto a concorrência está se destacando: qualidade,
preço ou serviço de entrega?
§ Qual é o público-alvo que eles estão atingindo
§ Quais são as épocas que eles utilizam para realizar mais promoções
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Mas para conseguir ter noção de todos estes pontos (e mais alguns),
aconselho mesmo é que faça uma análise swot do seu negócio para perceber
de que modo eles estão agindo. Não é correto dizer que não têm concorrentes,
porque todo e qualquer tipo de produto ou serviço que esteja no mercado é um
concorrente ao bolso do cliente, por mais que seja uma concorrência indireta.
5. Escolha que Nichos irá Atacar
Tentar vender a todo o tipo de público um produto/serviço é algo
impossível. Saber com quem está lidando ou a quem quer chegar, ajuda
a direcionar todo o seu plano de marketing, definindo quais estratégias irá
adotar. Se quiser vender para um público adulto, uma linguagem mais madura
será o indicado, enquanto que se for para as crianças já deve utilizar palavras
mais infantis, abusar das imagens e de temas lúdicos.
A parte da análise e pesquisa é onde grandes empresas gastam mais
tempo e dinheiro. Isto porque saber como os seus futuros compradores se
comportam é essencial para definir a estratégia. Defina um pequeno segmento
e foque em conquistá-lo e estudá-lo para, com o tempo, ir tentando alargar
seus horizontes.
6. Defina Objetivos de Venda
Perguntas como “Quantos exemplares do meu eu quero vender no
primeiro mês?”, “Quantas vendas foram conseguidas?”, “Quantas pessoas
leram a minha página de vendas” ou “Que passos no meu site fizeram os
clientes que não compraram o produto?”; são muito importantes para traçar um
objetivo de venda. Tal como tudo na vida, definir objetivos ajuda a entender se
existe alguma evolução nas coisas. Supondo que foi estabelecida a meta de
20% das pessoas que lêem uma página de um determinado site acabem por
comprar o seu produto. Se esse objetivo não for alcançado, resta desenvolver
alternativas para melhorar a estrutura da sua página para alavancar as vendas.
Sem metas fica muito mais difícil saber identificar os problemas.
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7. Escolha o Preço com Cuidado
O preço é algo essencial na venda. Um pouco acima ou abaixo do
esperado pode resultar em vendas a menos ou mais rentáveis, conforme o que
escolheu. Terá que existir um meio termo. Uma boa forma de ajudar na
definição do preço é olhar um pouco para os seus concorrentes e perceber que
preços estão definidos e o porquê. Outra das coisas que se deve ter em conta
é os gastos que teve. “Usou muita publicidade?”, “Realizou muitos artigos
patrocinados para divulgar o seu livro?”. Realize testes. Em alguns momentos
baixe o preço do produto (através de promoções ou parcerias) e veja como vão
as vendas.
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CAPÍTULO V
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
4.1 – Fatores que Influenciam o Comportamento do
Consumidor
Os fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos exercem uma forte
influência no consumidor, pois são estes fatores que moldam o seu perfil de
consumo.
O convívio em grupos, tanto familiar como social, servirá como base
para sua análise de mercado consumidor. Assim, é de suma importância que o
gestor de marketing saiba avaliar estes fatores, identificando estas tendências
que estão em constante mudança
1- Fatores Culturais
Para Churchill e Peter (2000, p.154) Os fatores culturais são divididos
em cultura, subcultura e classe social que são extremamente importantes na
influência no comportamento do consumidor.
- Cultura:
A cultura está diretamente ligada aos fatores básicos, àqueles que são
disseminados e vem de um passado comprovado. Influi diretamente no nosso
comportamento de compra, e pode variar muito de região para região. Sendo
assim, cabe ao gestor de marketing antes de tomar qualquer decisão, fazer
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uma pesquisa para conhecer tradições e costumes da região, para não
cometer nenhum erro de posicionamento e denegrir a imagem do produto.
- Subcultura:
Toda a cultura tem intrínseca uma subcultura que fornece características
particulares dos seus membros. Assim ela forma uma segmentação diferente,
fazendo o gestor elaborar formas de adaptar produtos e estratégias para
atender esse consumidor.
- Classes sociais:
É a divisão de indivíduos de uma sociedade em grupos de status
diferentes, em que cada membro tenha o mesmo status dentro da sua classe e
as outras classes tenham mais ou menos status.
As classes sociais têm uma grande influência nas opções de compra dos consumidores nas mais diversas áreas, compartilhando valores e experiências. Cada classe social tende a consumir produtos que sua classe correspondente consome.
2- Fatores Sociais
Conforme Churchill e Peter, a sociedade apresenta-se dividida em
diferentes classes sociais, designadas como grupos de pessoas com distintas
faixas de renda, valores e comportamentos.
- Grupos de referência:
Para Kotler (1998), os grupos de referência compreendem todos os
grupos que influenciam direta ou indiretamente sobre as escolhas e atitudes do
consumidor. Os grupos que influenciam diretamente são os grupos de
afinidade.
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Os consumidores buscam nos grupos de referência dos quais eles
fazem ou não parte, valores e condutas que estão inseridos no grupo, para
obterem uma aceitação do grupo a que eles pertencem.
- Família:
A família tem um alto grau de influência sobre cada membro desta e seu
consumo é classificado assim: membros individuais, família como um todo,
unidade domiciliar.
Segundo Kotler, a família é o mais importante grupo consumidor da
sociedade e ressalta que “Os homens de marketing estão interessados nas
normas e influência relativa do marido, esposa e filhos na aquisição de uma
grande variedade de produtos e serviços”.
A família tem grande importância no processo de decisão de compra,
pois, é o grupo, cujos membros podem falar abertamente sobre produtos ou
compras, e em muitas ocasiões fazem compras uns para os outros.
3- Fatores pessoais
Kotler (1992, p.215) relata que “as decisões de um comprador também
são influenciadas por suas características pessoais, principalmente pela idade
e por fase de vida, ocupação, condições econômicas, estilo de vida,
personalidade e autoestima”.
- Idade ou ciclo de vida:
Ao longo da vida as pessoas passam por várias fases diferentes desde
o nascimento até a sua morte. Em consequência disso, consomem diferentes
tipos de produtos. Assim, a cada fase da vida seus gostos e preferências por
carros, alimentos, roupas, entre outras coisas variam, passando a consumir
conforme sua faixa etária.
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- Ocupação:
Cada indivíduo consome conforme a ocupação que exerce; um operário
de fábrica consumirá produtos de acordo com sua ocupação como roupas
mais simples e atividades de lazer mais acessíveis economicamente. Já um
diretor terá seus gastos mais elevados, comprando ternos e itens de lazer de
maior preço.
Expondo estes fatos, os profissionais de marketing devem estar atentos
a estes grupos e oferecer produtos, levando em conta o grupo de ocupação
em que cada indivíduo está inserido.
- Condições econômicas:
Segundo Kotler e Armstrong (2003), a escolha de compra de produtos
está diretamente ligada às condições financeiras de cada indivíduo, ou seja,
deve-se levar em consideração antes de comprar um produto alguns itens
como poupança, patrimônio e crédito. Assim deve-se estar atento às
tendências da renda pessoal, poupança e taxas de juros.
- Estilo de vida:
Relata Kotler que estilo de vida “é o padrão de vida expresso em suas
atividades, interesses e opiniões. O estilo de vida reflete a ‘pessoa por inteiro’,
interagindo com o seu meio”.
- Personalidade e autoconceito:
Cada pessoa tem uma personalidade diferente, o que tem significativa
influência no processo de compra.
O autoconceito real difere do ideal, e que alguns dos consumidores
optam pelas escolhas ligadas ao autoconceito real, outros pelo autoconceito
ideal e outros ainda pelo autoconceito de outras pessoas.
32
4- Fatores psicológicos
Existem quatro fatores psicológicos que influenciam significativamente
nas escolhas de compra do indivíduo: motivação, percepção, aprendizagem,
crenças e atitudes.
- Motivação
Conforme Cobra (1997, p.38) A força interna que dirige o
comportamento das pessoas é a motivação. Os indivíduos sentem-se
motivados a comprar, em grande parte impulsionada pela proteção de si
própria. Esta força interna, que leva as pessoas a comprarem produtos e
serviços, poderá ser de ordem fisiológica ou psicológica.
Uma pessoa possui muitas necessidades em qualquer momento.
Algumas são fisiológicas; surgem de estados de tensão fisiológicos, como
fome, sede e desconforto. Outras necessidades são psicológicas; elas surgem
de estados de tensão psicológicos, como necessidade de reconhecimento,
estima ou integração. Uma necessidade passa a ser um motivo quando
alcança um determinado nível de intensidade.
- Percepção
Para Las Casas (2001, p. 144-145) A percepção corresponde ao
processo de decodificação de estímulos recebidos, bem como a forma com
vemos o mundo a nossa volta, o modo segundo o qual o indivíduo constrói em
si a representação e o conhecimento que possui das coisas, pessoas e
situações.
- Aprendizagem
As pessoas estão em constante aprendizado e seu comportamento
varia de acordo com as experiências vivenciadas e adquiridas ao longo da
vida.
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Segundo Mattar (1999, p. 199) “Conhecer as atitudes dos
clientes/consumidores em relação à empresa, seus produtos, produtos
concorrentes é de enorme importância para o marketing, as atitudes
condicionam não só o comportamento para a compra como também o
comportamento pós-compra.”
- Crenças e atitude:
As pessoas adquirem crenças e atitudes que por sua vez influenciam no
comportamento de compra. Uma crença é um pensamento descritivo que a
pessoa mantém a respeito de alguma coisa. As crenças podem ser baseadas
no conhecimento, na opinião ou na fé. Elas podem ou não conter uma carga
emocional.
As atitudes são tão importantes quanto as crenças na influência do
comportamento de compra. Uma atitude corresponde a avaliações,
sentimentos e tendências de ações duradouros, favoráveis ou não, a algum
objeto ou ideia.
4.2 – Processo de Decisão de Compra
1- Reconhecimento da Necessidade
Kotler (1994) afirma que o reconhecimento da necessidade, coincidente
com o início do processo de compra, ocorre quando o consumidor percebe a
diferença entre seu estado atual e um estado desejado. Ele sabe que há um
problema a ser resolvido, que pode ser pequeno ou grande, simples ou
complexo. Ainda segundo o mesmo autor, quanto mais intensa a necessidade
e quanto mais perdurar, tanto mais forte será o impulso do indivíduo para
reduzi-lo por meio da manifestação do comportamento de procura e,
finalmente, da aquisição de um objeto que venha a satisfazer sua necessidade.
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Para Mowen (1995) os benefícios buscados pelos consumidores podem
ter outras variáveis, tais como:
• Experiências passadas do consumidor: se o consumidor tiver uma
experiência positiva com um determinado produto, este produto estará mais
propenso a ser incluído entre as opções da próxima compra.
• Características do consumidor: os benefícios que o consumidor
procura e suas atitudes de marca são parcialmente condicionadas por suas
características demográficas, estilo de vida e a própria personalidade do
consumidor. A renda, por exemplo, pode afetar na compra de novo automóvel,
assim como o número de crianças do casal pode influenciar no modelo a ser
escolhido. As características do consumidor pode ser um componente
importante na estratégia de marketing.
• Motivos do consumidor: experiências passadas e características
pessoais podem criar motivos nos consumidores. Segundo Assael (1992),
motivos são impulsos gerais que definem uma necessidade e direcionam o
comportamento para atender essa necessidade. Motivos comuns incluem
fatores como posse, economia, curiosidade, status, prazer. Vale ressaltar que
esses motivos não são específicos para algum produto. Economia e status, por
exemplo, podem estar presentes tanto na compra de um carro, como na
compra de uma casa.
• Influências ambientais: muitos produtos são comprados e usados em
um grupo social. Esse grupo social pode ter grande influência sobre os
benefícios desejados pelos consumidores.
• Ações de marketing: promoção, produto, preço, estratégias dirigidas ao
consumidor no ponto de venda. De uma maneira geral, os homens de
marketing tentam influenciar os estados atual e desejado pelos consumidores,
desenvolvendo campanhas promocionais que liguem seus produtos ou
serviços a uma alta atratividade individual.
Essas variáveis influenciam os tipos de estímulos que o consumidor
percebe (propaganda, opinião de amigos ou vendedores). O resultado pode vir
35
a ser o reconhecimento de uma necessidade para um determinado produto ou
marca.
2- Busca de Informações
Após a necessidade ter sido reconhecida, os consumidores buscam as
informações adequadas a fim de satisfazê-la.
Para Mowen (1995) há dois tipos de busca de informação: interna e
externa. Na busca interna, o consumidor tenta recuperar de sua própria
memória informações sobre diferentes alternativas de um produto ou serviço. A
busca externa refere-se ao rastreamento de informações no ambiente através,
por exemplo, da propaganda, da observação, de amigos ou de vendedores.
Através da busca externa, é possível obter informações como: avaliação
de marcas alternativas; critérios de avaliação nos quais seja possível comparar
marcas; a importância dos vários critérios de avaliação; informações que
formam crenças; atributos que as marcas possuem; e benefícios que os vários
atributos proporcionam.
Estudos têm mostrado que os consumidores não se empenham em
buscas excessivas de informações, por considerarem que o custo do tempo
despendido é maior do que os benefícios obtidos com informações adicionais.
Significa que as experiências passadas ou a marca em si os fazem sentir
suficientemente seguros para uma boa decisão de compra.
Em termos de estratégia, a empresa deve identificar as origens de
informações dos consumidores e avaliar o quanto elas são importantes. As
respostas auxiliarão na determinação de comunicações eficazes para os
36
clientes-alvo. Saber a quem, ou a que veículos os compradores se dirigem
para informar-se, pode dar uma boa direção para o planejamento de mídia.
Saber que perguntas eles fazem, ou quais informações procuram, é um bom
guia para compor a mensagem.
3- Avaliação das Alternativas
Neste estágio, o consumidor compara as opções identificadas como
potencialmente capazes de resolver o problema que originou o processo de
decisão. Quando as opções são comparadas, o consumidor pode formar
crenças, atitudes e intenções sobre as alternativas consideradas.
Mesmo com um conjunto de produtos que pode ser evocado da mente
do consumidor, a escolha pode, não obstante, ser influenciada por
informações como experiência anterior com o produto, informações presentes
na hora da compra, e crenças sobre as marcas que tenham sido criadas pela
propaganda.
Ao avaliar as diversas alternativas de marcas disponíveis, os
consumidores alimentam certos benefícios prioritários que podem variar desde
economia, desempenho, conforto, segurança, status, confiabilidade, qualidade,
etc. Esses benefícios são avaliados através de dois métodos, chamados por
Assael (1992) de Modelo Compensatório de Avaliação de Marca e Modelo
Não-compensatório de Avaliação de Marca.
O modelo compensatório supõe que os consumidores avaliam cada
marca de acordo com todos os critérios de benefícios. Um consumidor
considera uma marca como preferida quando ela concentra seus benefícios
desejados. Avaliações ineficazes para determinados benefícios podem ser
compensadas com boas avaliações para outros benefícios. Dessa forma, o
profissional que comunicará o produto deve, antes de compor sua mensagem
37
publicitária, estar bastante consciente do posicionamento do produto a ser
anunciado, ou seja, de como ele se apresenta aos consumidores, em
comparação à concorrência. (Kotler, 1994)
Pelo modelo não-compensatório, os consumidores classificam as
marcas com um critério de cada vez, avaliando cada marca de acordo com
todos os critérios de benefícios. Se todas as marcas atendem a um primeiro
critério, avança-se para um segundo critério, eliminando a(s) marca(s) que não
atender(em) a este benefício. E assim sucessivamente, até que seja escolhida
a marca que atender a todos os critérios de benefícios. Considerando esse
modelo, é importante que o profissional de comunicação conheça a hierarquia
dos critérios de benefícios, para então montar seu argumento, respeitando
essa hierarquia.
A publicidade deve, certamente, direcionar seus esforços no sentido de
comunicar as vantagens do produto para seus consumidores, uma vez que
qualquer uma delas pode ter um peso importante na decisão final de adquirir
ou não o produto.
Uma empresa precisa identificar seus clientes-alvo com seus
respectivos processos de decisão, antes mesmo de planejar suas estratégias
de marketing. É necessário ultrapassar as técnicas mais variadas de influenciar
consumidores, e tentar entender como eles, de fato, tomam suas decisões de
compra.
4- A Importância do Processo de Decisão
O processo de decisão de compra do consumidor vem abraçar todo um
campo teórico, o qual inclui atitudes, estilo de vida, percepção, e todo um leque
de fatores motivacionais que influenciam, direta ou indiretamente, na correta
tomada de decisão por parte do consumidor.
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É imprescindível que se leve em conta os diversos papéis de compra,
identificando, dessa forma, quem toma a decisão de comprar.
Segundo a abordagem de ENGEL, BLACKWELL e MINIARD (1995),
podemos distinguir cinco papéis assumidos pelos indivíduos numa decisão de
compra:
• Iniciador: pessoa que sugere comprar o produto ou serviço e reúne
informações que ajudam na decisão.
• Influenciador: pessoa cujos pontos de vista influenciam a decisão.
• Decisor: aquele que decide se deve comprar, o que, como e onde
comprar.
• Comprador: quem efetua a compra.
• Usuário: pessoa que usa ou consome o produto ou serviço.
O profissional de marketing precisa identificar corretamente esses
papéis, uma vez que eles têm implicações diretas na determinação de
estratégias eficazes de comunicação e no direcionamento do orçamento
promocional.
Além dos papéis de compra, é necessário que também se leve em conta
o tipo de comportamento de compra, tendo em vista o grau de envolvimento do
consumidor com a marca. Assael (1992) distinguiu quatro tipos de
comportamento de compra, descritos a seguir:
1. Comportamento de Compra Complexa:
Os consumidores estão muito envolvidos com a compra e sabem das
diferenças marcantes entre as marcas. Aqui se enquadram os produtos caros,
comprados com pouca frequência e que têm expressão para o consumidor.
Normalmente, ele não sabe o suficiente sobre o produto e tem muito que
aprender. É necessário desenvolver estratégias de comunicação que levem o
consumidor a aprender sobre os atributos do produto. O profissional de
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marketing precisa identificar as características da marca e utilizar uma
mensagem clara, com informações que descrevam os benefícios da marca,
influenciando na sua escolha.
Sobre a formulação da mensagem, vale fazer duas observações
importantes:
• A mensagem deve levar um número suficiente de informações sobre o
produto e suas características, a fim de facilitar a longa busca de informações,
típica da compra de alto envolvimento. No entanto, o planejador da mensagem
deve estar atento para fornecer ao consumidor as informações que são
relevantes para ele, e não somente as informações que o ofertante deseja dar
sobre o produto.
• A mensagem deve colocar argumentos persuasivos, ressaltando o
diferencial competitivo do produto anunciado, ou seja, a sua vantagem sobre
os demais, de forma clara e simples. Normalmente, cada mensagem vai
reforçar um só argumento, de forma principal. Esse argumento será escolhido
também de acordo com os conceitos do consumidor, e não somente do
produto.
2. Comportamento de Compra com Dissonância Reduzida:
Ocorre quando os consumidores estão muito envolvidos em uma
compra, mas notam algumas diferenças (pequenas) entre as marcas. Aqui, o
consumidor consultará vários pontos de venda, a fim de saber o que está
disponível, e comprará rapidamente, pois a diferença entre as marcas não
estão explícitas. Depois da compra, ele pode sofrer algum tipo de dissonância,
resultante da percepção de alguns pontos não satisfeitos. O consumidor estará
ligado às informações que justifiquem sua decisão de compra. Neste caso, a
publicidade deve ser orientada para fornecer crenças e avaliações, fazendo
com que o consumidor se sinta bem e seguro sobre sua escolha.
3. Comportamento de Compra Habitual:
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Acontece quando o consumidor está pouco envolvido ou não está
envolvido com a compra, e quando não há diferenças marcantes entre as
diversas marcas. O consumidor vai à loja e procura uma marca; se não a
encontra, compra outra qualquer, porque não existe lealdade à marca. Existem
evidências de que os consumidores possuem pouco envolvimento com a
maioria expressiva dos produtos comprados com frequência e de baixo preço.
Neste caso, os consumidores não buscam muitas informações sobre as
marcas e nem avaliam suas características. São bastante passivos às
informações provenientes da televisão ou da mídia impressa. Ao anunciar esse
tipo de produto, é necessário observar alguns detalhes importantes. O texto
deve destacar os atributos-chave do produto, uma vez que se está tentando
convencer a pessoa a experimentar o produto. As imagens e os símbolos
visuais têm presença marcante, por facilitarem a lembrança e a associação
com a marca. Aqui, a televisão é mais indicada do que a mídia impressa, por
ser de baixo envolvimento, altamente adequada para o aprendizado passivo.
4. Comportamento de Compra que Busca Variedade:
Nesta situação, o consumidor está pouco envolvido com a compra e
percebe as grandes e acentuadas diferenças entre as marcas disponíveis. Ele
é obrigado a realizar escolhas de marcas. Essas escolhas ocorrem em função
da variedade e não da insatisfação. Como exemplo, podemos citar a compra
de um sorvete, onde o consumidor avalia o produto durante o consumo. Na
próxima compra, poderá escolher outra marca ou um sabor diferente. A
estratégia, nesse caso, é estimular a variedade, ofertando preços menores,
amostras grátis e lançando mensagens que incentivem o consumidor a
experimentar alguma coisa nova.
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CONCLUSÃO
Percebemos nesse trabalho que as empresa criaram marcas para se
diferenciar dos concorrentes. Os atributos usados para o desenvolvimento de
uma marca forte vão além dos físicos como, símbolos, nomes e cores
relacionados ao produto. É necessário que o público-alvo se identifique com a
personalidade da marca o que gera o principal objetivo da empresa, que é a
fidelidade e lealdade por parte do consumidor gerando assim lucros
significativos para a empresa.
É através da propaganda e publicidade que as empresas entram na
mente do consumidor, proporcionando laços verdadeiros e duradouros.
Lembrando sempre de satisfazer os desejos, sonhos e expectativas do cliente.
Há produtos que são comprados apenas pelos valores agregados à
marca, como o status, sem levar em conta o preço, mas sim a satisfação
pessoal, a qualidade ou credibilidade que a marca proporcione.
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Em qualquer situação a maioria dos produtos são comprados pelos
valores atribuídos à marca, ou seja, ela é uma dos principais fatores decisivos
na hora da compra.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
KOTLER, Philip. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson Education
Brasil, 2004.
KOTLER, Philip. Marketing para o Século XXI: Como Criar, Conquistar e
Dominar Mercados. São Paulo: Ed. Ediouro, 2009.
AAKER, David A. Construindo Marcas Fortes. Porto Alegre: Bookman, 2007.
LAROSA, Marco Antonio; AYRES, Fernando A. Como Produzir uma
Monografia Passo a Passo. Rio de Janeiro, WAK Editora, 2005.
MOWEN, John C.; Minor, Michael S. Comportamento do Consumidor. São
Paulo: Editora Prentice Hall, 1996.
MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de Marketing. São Paulo: Atlas, 1999.
43
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Técnicas de Vendas: Como Vender e Obter
Bons Resultados. São Paulo: Atlas, 2001.
COBRA, Marcos. Marketing Básico. São Paulo: Atlas, 1999
CHURCHILL, Gilbert A.; J. Paul Peter, Marcos. Marketing: Criando Valor para
os Clientes. São Paulo: Saraiva, 2000
BLACKWELL; MINIARD; ENGEL. Comportamento do Consumidor. Edição
Norte-Americana
ASSAEL, Henry. Consumer Behavior. Houghton Mifflin Col, 2003
44
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O conceito da Marca 09
CAPÍTULO II - Criação de uma Marca 13
CAPÍTULO III – Posicionamento da Marca 21
CAPÍTULO IV – Plano de Marketing 23
CAPÍTULO V – Comportamento do Consumidor 28
45
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42
ÍNDICE 43
FOLHA DE AVALIAÇÃO 44
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Título da Monografia: A IMPORTÂNCIA DA MARCA
Autor: RENATA DE CASTRO XAVIER
Data de Entrega: 31/01/2013
Avaliado por:
Conceito: