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UN
PÓS-GRA
MARKETING
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
GRADUAÇÃO LATO SENSU EM MARKETIN
ETING DIGITAL: O PODER DAS NOVAS MÍD
Liana Magalhães Borges
Orientador
Prof. Jorge Vieira
RIO DE JANEIRO
2015
1
KETING
S MÍDIAS
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO EM MARKETING
MARKETING DIGITAL: O PODER DAS NOVAS MÍDIAS
Liana Magalhães Borges
Apresentação de monografia
ao Instituto A Vez do Mestre –
Universidade Cândido Mendes
como requisito parcial para
obtenção do grau Pós- Graduação
Lato Sensu.
Por: Liana Magalhães Borges
RIO DE JANEIRO
2015
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a minha Mãe, que é minha companheira de todas as
horas, e meu maior incentivo para seguir em frente. Ao meu pai, que apesar de
não estar presente fisicamente, está sempre presente no meu pensamento e
no meu coração. Ao meu namorado, João Dehil, minha tia Edith e meus primos
Ygor e Yuri, que estão sempre do meu lado torcendo pelo meu sucesso e se
alegrando com minhas conquistas.
Agradeço também ao meu orientador, Prof. Jorge Vieira por compartilhar seus
conhecimentos e me orientar no caminho certo
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha mãe e meu pai, que sempre colocaram a minha
educação em primeiro lugar, e me deram a oportunidade de poder concluir
mais essa etapa na minha vida.
5
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................8
CAPITULO I - Marketing Digital ........................................................................9
CAPITULO II – MÍDIAS SOCIAIS ....................................................................18
CAPITULO III – E-COMMERCE .......................................................................21
CONCLUSÃO ...................................................................................................36
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................37
6
RESUMO
Este estudo pretende identificar como as empresas hoje em dia
passaram a utilizar a internet como uma das principais ferramentas de
Marketing, e sobre a influência das mídias digitais no crescimento das
empresas. Abordaremos a evolução do marketing e a mudança no
comportamento do consumidor. Explorando assim as atuais ferramentas de
marketing, que estão acompanhando as tendências do varejo, focando
principalmente na utilização do comercio eletrônico “e-commerce” como modo
de expandir seus negócios e na utilização das redes sociais como canal de
relacionamento com o cliente. Para que o estudo tenha embasamento
científico, o mesmo foi conduzido através de pesquisa bibliográfica.
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METODOLOGIA
A metodologia de pesquisa utilizada na elaboração deste trabalho
monográfico foi baseada em levantamento bibliográfico e também consulta a
artigos, e sites da internet voltados para a área de Marketing Digital.
Além disso, foi feita uma pesquisa através de redes sociais e lojas
virtuais, buscando analisar as diversas formas que as empresas estão
utilizando para ingressar no mundo virtual e expandir seus negócios.
O tema Marketing Digital ainda é pouco explorado e não existem muitos
livros para consulta, entretanto existem muitos artigos de profissionais
especializados no assunto.
8
INTRODUÇÃO
Atualmente, a inserção no mundo virtual e a preocupação com a
realização de um bom marketing digital se tornou uma necessidade para as
empresas. O que antigamente era apenas um diferencial, hoje se tornou
fundamental.
Investir em Marketing Digital hoje em dia não se limita apenas em criar
sites que divulguem seus produtos, vai muito além disso. Vivemos em uma era
digital, onde despertar e manter a atenção do individuo está cada vez mais
difícil. Os consumidores estão mais exigentes, e com as mídias sociais as
informações são trocadas em uma velocidade espantosa. E são essas
informações que podem influenciar positivamente ou negativamente a imagem
de uma empresa.
Seja qual for o segmento da empresa, um grande parcela dos seus
consumidores é representada por usuários freqüentes da internet que à utiliza
mais do que qualquer outra mídia. É por isso que as empresas precisam se
adequar a esse novo mundo, utilizando as novas mídias a seu favor, para
expandir seus negócios, para se relacionar com os clientes, para divulgar seus
produtos ou até mesmo para saber o que andam falando sobre sua marca no
mercado.
Por isso as empresas estão vendo no e–commerce uma oportunidade
de alcançar novos clientes com maior rapidez e facilidades e através das
mídias sociais uma forma de comunicação direta com seus consumidores
finais. Este estudo pretende discutir como as empresas têm se utilizado do
comércio eletrônico e das mídias sociais como modo de expandirem seus
negócios.
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CAPITULO I
MARKETING DIGITAL
1.1. Conceito de Marketing
Segundo Kotler ( 2006, pág. 4) a função do marketing é mais do que
qualquer outra nos negócios, é lidar com os clientes. Entender, criar, comunicar
e proporcionar ao cliente valor e satisfação constitui a essência do pensamento
e da prática do marketing moderno. Talvez a definição mais simples seja:
marketing é a entrega de satisfação para o cliente em forma de beneficio. Os
dois principais objetivos no marketing são: atrair novos clientes, prometendo-
lhes valor superior e manter os clientes atuais, propiciando-lhes satisfação.
No entendimento de Kotler e Keller(2012 pag.4) Marketing é um
processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo
de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de
produtos e serviços de valor com outros
De acordo com Lãs Casas (2006, pág. 14) antes de analisar o assunto
detalhadamente, convém fazer um esclarecimento a respeito do termo em
inglês. No Brasil, por volta de 1954, marketing foi traduzido por mercadologia,
quando surgiram os primeiros movimentos para implantação de curso
especifico em estabelecimento de ensino superior, e desde então tem sido
adotada essa expressão. Entretanto, o termo em inglês significa ação no
mercado, com uma conotação dinâmica e não simplesmente de estudos do
mercado, como a tradução sugere.
Segundo Richers (1981, pag. 27) marketing são as atividades
sistemáticas de uma organização humana voltadas à busca e realização de
trocas para com o seu meio ambiente, visando benefícios específicos.
10
Para Maximiano, (2007, pag. 30) o objetivo básico da função de
marketing é estabelecer e manter a ligação entre a organização e seus
clientes, consumidores, usuários ou público-alvo. Tanto as organizações
lucrativas quanto as não lucrativas realizam atividades de marketing. A função
de marketing é muito ampla e abrange atividades de:
• Pesquisa: identificação de interesses, necessidades e tendências do
mercado.
• Desenvolvimento de produtos: criação de produtos e serviços, inclusive
seus nomes, marcas e pecos, e fornecimento de informações para o
desenvolvimento de produtos em laboratório e oficinas.
• Distribuição: desenvolvimento dos canais de distribuição e gestão dos
pontos-de-venda.
• Preço: determinação das políticas comerciais e estratégias de preço no
mercado.
• Promoção: comunicação com público-alvo, por meio de atividades como
propaganda, publicidade e promoção nos pontos-de-venda.
• Vendas: criação de transações com o público-alvo. (Em algumas
organizações, vendas é uma função separada de marketing)
1.2. Funções do marketing
Segundo Marchetti (2003, pág. 9), o marketing, na perspectiva aqui
adotada de função empresarial, integra o conjunto de funções desempenhadas
na empresa, como produção, finanças, logística, recursos humanos, sistemas
de informação, engenharia de produtos, pesquisa tecnológica, entre outras,
que gerenciam recursos e geram resultados para agregar valor econômico ao
processo empresarial como um todo. Portanto, a função de marketing engloba
a tomada de decisões, a gestão de recursos, a coordenação de processos e a
avaliação de resultados, como qualquer outra função empresarial.
11
As decisões e ações específicas da função de marketing, que compõem
o chamado composto de marketing, também conhecido como marketing mix ou
os “quatro Ps”, referem-se a quatro variáveis: produto, preço, promoção e
ponto de distribuição.
As quatro grandes áreas de responsabilidade do gerente de marketing
podem ser resumidas abaixo:
1. Análise de marketing: analisar os riscos e as oportunidades de mercado;
2. Planejamento de marketing: selecionar o mercado-alvo e as estratégias de
marketing;
3. Implementação de marketing: desenvolver o mix ou composto de marketing;
4. Controle de marketing: avaliar os resultados das estratégias e dos
programas.
A administração de marketing é o conceito que resume a função do
marketing e é entendida como o processo de planejamento, execução e
controle das estratégias e táticas de marketing, visando otimizar os resultados
para os clientes e os stakeholders da empresa.
O planejamento de marketing é o meio de realização da
responsabilidade estratégica do gerente de marketing. É a etapa inicial de todo
o processo de administração de marketing, quando são definidos os objetivos
de mercado e tomadas as decisões estratégicas, incluindo:
• Análise de mercado;
• Identificação de oportunidades e riscos;
• Segmentação do mercado e seleção do mercado-alvo;
• Objetivos de marketing;
12
• Estratégia de diferenciação de produto;
• Estratégia de preços, comunicação e distribuição;
• Plano tático;
• Orçamento de marketing;
• Avaliação e controle.
1.3. O surgimento do Marketing Digital
Na década de 1960, a internet surgiu nos EUA, a partir de uma
combinação de projetos do governo e acadêmicos. Catalani (2004, p. 13)
explica que a intenção do projeto era criar tecnologias capazes de permitir a
intercomunicação de computadores em lugares diferentes, ligados a redes
distintas. No início da década de 1970, após os resultados positivos algumas
universidades americanas já estavam conectadas e eram as primeiras a
utilizarem a rede , que em seguida se tornaria a internet. Palavra que significa
intercomunicação de redes.
A internet foi colocada á disposição do público, permitindo que todos
pudessem se conectar e interagirem entre si na rede. Ao longo dos anos de
1990, a internet teve um crescimento meteórico, atingindo milhares de casas.
Naturalmente as empresas foram percebendo que poderiam obter algum lucro
com uma ferramenta, que tinham como atingir a tantas pessoas ao mesmo
tempo. Foi assim que elas começaram a procurar formas de ganhar dinheiro
com a internet.
No final dos anos 90, uma nova era surgiu para os profissionais que
buscavam ferramentas para expandir seus negócios. O avanço tecnológico foi
crescendo e com ele os profissionais foram descobrindo o quão a internet
13
poderia ajudar a expandir e aumentar os lucros das empresas. Bastava
aprenderem como utilizá-la da melhor forma.
Segundo a autora Martha Gabriel (2010, p. 104) a internet se tornou um
elemento essencial para explicar mudanças nos negócios. A autora diz que a
sociedade, o mercado e o consumidor mudaram com as transformações das
últimas décadas e com as empresas também necessitaram se adaptar. Nesse
novo cenário o que realmente preocupa os empresários é a compreensão e o
entendimento das necessidades e desejos dos consumidores, visto que o
cliente passa a ser o foco das empresas. Cabe ressaltar que ganham
importância nesse contexto o marketing digital e o marketing de relacionamento
por serem ferramentas capazes de atender as duas principais novidades desse
novo mercado: A velocidade da informação e a nova postura dos
consumidores.
Torres (2009, pág. 45) destaca sete estratégias que ele considera essencial
para a utilização do Marketing Digital em sua empresa, elas são Marketing de
conteúdo, Mídia Social, Marketing Viral, Publicidade on-line, Pesquisa e
Monitoramento, conforme quadro abaixo.
Quadro I : Estratégias de Marketing Digital
ESTRATÉGIAS DE
MARKETING
DIGITAL
CARACTERÍSTICAS
Marketing de
Conteúdo Aumenta exposição nas ferramentas de busca
Mídia Social Busca o relacionamento com o consumidor
Email Marketing Meio de comunicação ainda necessário, nem todos
usam twitter ou facebook.
Marketing Viral Eficiente e lucrativo, consegue multiplicar até por dez
uma ação
Publicidade on-line Sabendo usar com criatividade, traz algumas vantagens
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Pesquisa Uma das mais importantes ferramentas, a melhor forma
de aprender como utilizar a internet é através da internet
Monitoramento Todo negócio precisa ser monitorado, ser mensurado.
Analisar resultados para saber se está no caminho certo
A estratégia de Marketing de conteúdo é ideal para aumentarmos a
exposição nas ferramentas de busca. O consumidor que esta buscando
assuntos relacionados ao tema, os encontra no site, e se relaciona com a
marca. Além disso, o conteúdo gera interesse de outros blogs, gerando
referências de links, e pode ser utilizado nas redes sociais, aumento da
visitação e maior exposição da marca. A Mídia Social é a estratégia que cuida
da parte de relacionamento, cria uma rede forte de pessoas conectadas ao seu
negócio. O Email Marketing, ainda precisa ser utilizado, nem todos se
comunicam via Twitter, então é preciso ter ações de e-mail marketing. O
Marketing Viral é uma das ferramentas mais importantes, eficientes e lucrativas
da internet, que poucas pessoas sabem utilizá-la, você consegue multiplicar
tudo o que faz até dez vezes mais, é nessa que seu negócio decola.
Publicidade on-line precisa de bastante criatividade, a publicidade não é mais a
mesma, é preciso focar em nichos. A Pesquisa é também bastante importante,
pois ninguém melhor para ensinar sobre a internet do que a própria internet.
Aprenda tudo que puder sobre seu consumidor, tudo sobre seus desejos, como
pensa, o que quer, o entenda. A última é o Monitoramento, todo negócio
precisa ser monitorado, ser mensurado, ser analisado para saber se está no
caminho certo, o que precisa melhorar.
1.4. O que é Marketing Digital
Segundo Torres (2009, pág. 15) o Marketing Digital é o uso das
estratégias de marketing aplicadas a Internet para atingir determinados
objetivos de uma pessoa ou organização.
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O Marketing Digital é Marketing, é deve ser entendido como parte da
estratégia de Marketing de uma organização. O Marketing Digital depende das
mesmas premissas do Marketing, ou seja, o conhecimento do público alvo, da
estratégia da marca, do planejamento estratégico da empresa, e da cultura
organizacional onde será implantado.
A Internet cresce muito rapidamente no Brasil. Já são 48 milhões de
consumidores conectados, e os brasileiros já passam três vezes mais tempo
navegando do que assistindo televisão. O uso da Internet cresceu tanto nos
últimos anos que dados da pesquisa de 2008 do Comitê Gestor de Internet no
Brasil (CETIC) mostram que já estão presentes na rede mais de 90% da classe
A, 75% da classe B e cerca de 50% da classe C brasileira.
Estes números têm despertado o interesse constante das empresas, que
começam a colocar a Internet nos seus planos de marketing e publicidade, e
criam uma nova área o Marketing Digital. O investimento publicitário na
Internet cresceu e já representa 4,4% do bolo publicitário, com um crescimento
de 24% em relação ao ano passado, segundo a pesquisa Inter-Meios.
Usar a Internet nos negócios, o chamado marketing digital, não é mais
uma questão de escolha, é uma questão de sobrevivência. Mas por que tantas
empresas ainda resistem em investir fortemente em ações de marketing e
publicidade na Internet. A resposta: Porque a maioria das pessoas ainda não
entendeu como utilizar a Internet a favor dos seus negócios, e não dominam os
conceitos ligados ao marketing digital. O crescimento da Internet no Brasil é
vertiginoso e as empresas e agências de publicidade e comunicação não
tiveram tempo para se estruturar. Poucas empresas aproveitam com eficiência
a Internet em seus negócios; muitas empresas brasileiras não têm sequer um
bom site, e a maioria não tem uma estratégia de marketing digital.
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1.5. A importância do Marketing Digital
Para Torres (2009, pág. 62) a primeira coisa a se entender quando se
fala de Marketing e Internet e que estamos se referindo a pessoas, suas
histórias e desejos. Estamos falando sobre relacionamentos e necessidades a
serem atendidas. Então é natural as empresas pensarem que por estarmos
falando de internet haja algo novo no consumidor. O consumidor é os mesmo,
seus comportamentos online refletem os desejos e valores que ele traz de sua
experiência na sociedade. As mudanças vêm no comportamento da sociedade,
como no caso do novo código de defesa do consumidor, que deu mais impulso,
ele se sente mais amparado. Sente mais segurança ao efetuar uma compra
online. O que o Marketing Digital de fato fez foi abrir a individualidade de cada
um, permitindo que ele utilize a internet sem medição de nenhum grupo de
interesse, sem limites. Porque nesse novo contexto, os consumidores passam
a atuar na esfera de consumo.
Se uma empresa não investir em Marketing Digital, ela não só abre mão
de falar sobre si para seus consumidores, como a empresa deixa abertas as
portas para que todos falem sobre ela sem que você tome conhecimento ou
possa participar do processo. A internet afeta o negócio independente da sua
vontade. E faz com que os investimentos isolados e sem coordenação
signifiquem desperdício de recursos. Nesse cenário é importante entender todo
o contexto do Marketing Digital e depois planejar ações integradas que
contribuam para que o crescimento e o sucesso da empresa. Mas para
dominar e entrar nessa nova era digital não é tão simples, não precisa apenas
estar inserido e conectado nas inúmeras redes sociais, exige qualificação,
estratégias digitais e conhecimento sobre o comportamento do seu consumidor
alvo.
Segundo pesquisas do blog Bancou Web Agency (acessado em
13.10.2014 as 16:56), o Brasil é o segundo país onde as pessoas passam boa
parte do seu tempo utilizando a internet. O Marketing Digital tem crescido no
Brasil e empresas estão investindo cada vez mais neste ramo, a internet virou
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essencial para acompanhar e ajudar a crescer a marca de uma empresa. Os
benefícios com a utilização de um bom planejamento digital são: aumento das
vendas, fidelização de clientes, crescimento e reconhecimento da marca,
melhora no relacionamento da marca, além da mensuração da marca.
1.6. Os 8 P’s do Marketing Digital
Os tradicionais 4 Ps (Produto, Preço, Praça e Promoção) do marketing
já são conhecidos por muita gente. Na web, não seria diferente. O marketing
digital tem como proposta melhorar a comunicação e o alcance aos
consumidores deste mercado, que se diferencia pela rapidez da mudança de
tendências e preferências, mas que não deixa de lado a necessidade de teoria
e planejamento, tanto quanto um negócio físico. Os 8 Ps do Marketing Digital
vêm então como a rota, contínua e cíclica, de estratégias voltadas para a
plataforma digital. Confira cada um dos Ps e suas aplicações a seguir.
1P – Pesquisa:
Estudar o comportamento dos consumidores, analisar suas buscas
online e direcionar a empresa para um público alvo específico.
2P – Planejamento:
Com os dados sobre o perfil do consumidor e o que ele está buscando
em mãos, é hora de planejar a sua empresa para chegar até esse grupo de
clientes.
3P – Produção:
Fazer os preparativos de comunicação, tecnologia, estruturas e afins
para realização prática da estratégia planejada.
4P – Publicação:
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Ativa o projeto, agora é a hora de colocá-lo em prática e iniciar mais
algumas etapas.
5P – Promoção:
Elaborar e disseminar campanhas promocionais nos veículos de
comunicação da web, como redes sociais, e-mail marketing, links patrocinados,
etc.
6P – Propagação:
Incentivar os consumidores a propagarem as campanhas e torná-las um
meio autônomo de expansão do negócio, com os ‘virais’ da internet. Além de
elaborar estratégias de atendimento, pós-venda, diferenciais que adicionam
novas oportunidades para que o seu negócio se espanda e seja comentado,
avaliado, relevante ao seu público.
7P – Personalização:
Fidelizar clientes tem a mesma importância de captar clientes novos.
Focar no relacionamento com o público que já conhece a empresa é o sétimo
passo dos 8 Ps. Através de um pente-fino utilizado para refinar ainda mais a
comunicação de forma a se tornar específica e objetiva ao seu público, cada
vez mais.
8P – Precisão:
Estudo dos resultados atingidos até aqui. Analisar o que deu certo e o
que pode ser melhorado é o passo final do ciclo. Porém é também o Start para
um novo clico 8Ps com mais qualidade, voltando então a pesquisa mais
profunda, ao planejamento baseado em dados já coletados do próprio mercado
e das atividades anteriores, realiza então a produção do novo planejamento,
coloca a estratégia em prática, realiza a propagação desse novo planejamento,
estrutura melhor enquanto ainda ativo e por fim, mensura os resultados
novamente e o ciclo volta a se preparar para um novo start.
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Os 8 Ps do Marketing Digital formam um método totalmente dirigido ao
mercado da web, que tem como características próprias a maleabilidade e fácil
adaptação. Estar atento às tendências, gostos e opções dos consumidores
constantemente é primordial. Apesar de não ser uma garantia de sucesso
absoluta, a tática dos 8 Ps dá uma clara visão do mercado e se torna um guia
útil para poder estar sempre a frente dos concorrentes e ser um ícone do
mercado pra seus clientes.
______________________
Acesso, http://www.empiricaspecialists.com.br/marketing-digital/entenda-8-ps-marketing-digital/, no
dia 15/11/2014 às 19:20.
1.7. Mobile Marketing
A disseminação de telefones celulares e smartphones – atualmente
existem mais telefones celulares do que computadores pessoais no mundo. As
pessoas hoje usam celular para ler noticiais, fazer compras, ver as novidades
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no mercado, promoções, solicitar delivery do que deseja comer, chamar um
taxi, se localizar quando está perdido, enfim, as pessoas estão conectadas o
tempo inteiro nessa nova era dos smartphones. Assim muitos vêem um grande
futuro para aquilo que agora é conhecido como mobile marketing (ou m-
commerce). A existência de canais e mídias moveis pode manter os
consumidores conectados e interagindo com uma marca em seu dia a dia.
Recursos como o de GPS podem ajudar consumidores a identificar
oportunidade de compras de suas marcas favoritas.
Um dos exemplos básicos de Mobile Marketing é o recebimento de
promoções de vendas através de seu dispositivo portátil. A aplicação mais
comum implicaria no prestador dos serviços enviar mensagens de texto para o
assinante que promovem ofertas de produtos, testes gratuitos de serviços ou
outros tipos de campanhas promocionais. Para o assinante não é cobrada uma
taxa pelo recebimento da mensagem de texto. A maioria das grandes
empresas de telefonia permite a opção de desativar o recebimento destas
mensagens caso seja do seu interesse.
Por meio do Mobile Commerce os produtos ofertados através do Mobile
Marketing podem ser comprados e pagos prontamente a partir da utilização do
dispositivo portátil, geralmente com diversas opções de pagamentos, desde a
utilização de cartões de crédito ou cobrança direta na fatura do aparelho móvel.
1.8. Marketing Interativo
Os meios mais recentes de se comunicar diretamente com os clientes e
vender para eles são os canais eletrônicos. A internet oferece a empresas e
consumidores oportunidades de maior interação e individualização. Em breve
poucos planos de marketing serão considerados completos sem um
componente on-line significativos.
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A variedade de opções de comunicação on-line significa que as
empresas podem enviar mensagens personalizadas que envolvam os
consumidores por refletir seus interesses e comportamentos específicos. A
internet também é altamente mensurável; seus efeitos podem ser facilmente
rastreados pela observação de quantos visitantes únicos clicam em uma
página ou anúncio, quanto tempo eles permanecem ali e para onde vão depois.
Os profissionais de marketing podem criar ou explorar comunidades on-
line, convidando os consumidores a participar delas e criando um ativo
comercial de longo prazo nesse processo. A Web oferece a vantagem de
“contextualizar” cada anúncio comprando espaço em sites relacionados com as
ofertas de uma empresa. Também publicar anúncios a partir de palavras-chave
utilizadas em sites de busca, para alcançar as pessoas quando elas
efetivamente iniciam o processo de compra.
As empresas devem ir para onde os clientes estão, e cada vez mais eles
estão na internet. Uma empresa pode escolher quais formas de marketing
interativo apresentam a melhor relação custo-benefício para atingir seus
objetivos de comunicação e vendas. São eles: sites, anúncios em sites de
busca, banners e e-mails.
• Sites: As empresas devem criar sites que incorporem ou expressem
seus objetivos e produtos, bem como sua história e visão, e que sejam
atraentes à primeira vista e interessantes o suficiente para estimular
novas visitas. Os visitantes julgam o desempenho de um site com base
em sua facilidade de uso e atratividade física. Além de sites as
empresas podem usar os microsites, que são páginas individuais ou um
conjunto delas que funcionam como complementos de um site principal.
São especialmente relevantes em casos de empresas que vendem
produtos de pouco interesse. Por exemplo, as pessoas raramente
visitam o site de uma seguradora; entretanto, a empresa de seguros
pode criar um microsite em sites de carros usados para oferecer dicas
aos compradores, além de uma boa proposta de seguro.
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• Anúncios em sites de busca: Uma forma de propaganda de intenso
crescimento no marketing interativo é a de anúncios pagos por busca ou
por clique. Trinta por cento de todas as buscas na internet se referem a
bens e serviços. Nos anúncios pagos por busca, as empresas dão
lances em um leilão contínuo por termo de pesquisa que são usados
como referência para os interesses de produto ou consumo dos
usuários. Quando um consumidor busca qualquer um desses termos no
Google, no Yahoo ou no Bing, o anúncio da empresa pode aparecer no
topo ou no lado dos resultados de busca, dependendo do lance feito
pela empresa.
• Banners: são pequenas caixas retangulares que contêm texto e às
vezes uma imagem que as empresas pagam para colocar em sites
relevantes, porém muitos usuários acham os esses pop-ups intrusivos e
irritantes, e por isso instalam um software para bloqueá-los. Os banners
precisam ser mais atrativos e influentes, mais bem segmentados e mais
atentamente monitorados.
• E-MAIL: Uma campanha por e-mail permite às empresas passar
informações aos clientes e se comunicar com eles por uma fração de
custo de uma campanha de mala direta. Entretanto, os consumidores
têm sido assediados por e-mails, e muitos empregam filtros anti-spam.
Algumas empresas perguntam aos consumidores se eles gostariam de
receber e-mails e em que momento. Os e-mails devem ser oportunos,
segmentados e relevantes.
CAPITULO II
MÍDIAS SOCIAIS
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As mídias sociais são um meio para os consumidores compartilharem textos, imagens e arquivos de áudio e vídeo entre si e com as empresas. As mídias sociais dão às empresas voz e presença publica na Web, além de reforçarem outras atividades de comunicação. Por causa do seu imediatismo diário, elas também podem incentivar as empresas a se manterem inovadoras e relevantes.
O maior anseio por parte do cliente é ter um bom atendimento e ser ouvido. Por isso as mídias sociais tem um papel fundamental hoje em dia, através desse meio de comunicação é possível que o consumidor exponha seus elogios, reclamações e desejos, e essas informações são importantíssimas para a empresa. Com essas informações as empresas podem analisar o que está errado e consertar o erro, ou aprimorar o que está dando certo.
Entretanto essas informações são trocadas em uma velocidade assustadora, atingem centenas de usuários da internet em um simples click. Por isso ao mesmo tempo em que podem beneficiar muito a empresa, conquistando mais e mais clientes, através da divulgação do seus produtos e de elogios dos seus clientes, elas também podem destruir a imagem de uma empresa perante seu consumidor.
É claro, que sempre haverá uma crítica negativa, mas quando há uma preocupação por parte da organização em sanar o problema, contornar a situação e gerar satisfação ao cliente, já é o suficiente para elevar a imagem da empresa perante os usuários da internet. A partir do momento que o consumidor lê uma reclamação feita por outro consumidor na internet, e que não houve solução para o problema, é muito provável que ele nunca vai sequer pensar em adquirir um produto desta marca, já que terá receio que aconteça o mesmo com ele. Por isso é muito importante que exista um profissional responsável por analisar as reclamações feitas pela internet, e principalmente apresentar soluções para este problema.
As mídias sociais permitem que os consumidores se envolvam com uma marca em um nível provavelmente mais profundo e mais amplo do que nunca. Os profissionais de marketing devem fazer o possível para incentivar que consumidores receptivos participem de forma produtiva.
Segundo Kotler e Kelller (2012, pág 509) Existem três plataformas principais de mídias sociais: comunidades e fóruns on-line, “bloggers” e redes sociais (como Facebook , Twitter e YouTube).
2.1. Comunidades e Fóruns on-line
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As comunidades e fóruns assumem as mais variadas formas e tamanhos. Muitos são criados por consumidores ou grupo de consumidores, sem interesses comerciais ou ligações com empresas. Outros são os patrocinados por empresas, e seus membros se comunicam com a empresa e entre si por meio de postagens, mensagens instantâneas e salas de bate-papo sobre interesses especificamente relacionados com produtos e marcas da empresa. Essas comunidades e fóruns on-line podem ser um recurso valioso para as empresas e oferecer múltiplas funções tanto pela coleta quanto pela transmissão de informações fundamentais.
O segredo do sucesso das comunidades on-line é criar atividades individuais e de grupo que ajudem a formar vínculos entre seus membros. As comunidades e fóruns são utilizados para seus membros trocarem informações e passar dicas sobre os produtos da empresa, é uma forma de conhecer melhor o produto ou serviço que foi adquirido ou que pretende adquirir, a partir da perspectiva de outros consumidores.
2.2. Blogs
Os blogs são periódicos ou diários on-line atualizados regulamente que se tornaram um importante meio de comunicação boca a boca. Existem milhões de blogs e uma ampla variação entre eles; alguns são pessoais para amigos e familiares, enquanto outros se destinam a atingir e influenciar um público vasto. Um apelo óbvio dos blogs consiste em reunir pessoas com interesses comuns.
Os blogs populares têm criado lideres de opinião influentes, um exemplo são as atuais Blogueiras de moda, que atualmente se tornou uma profissão muito rentável, essas Blogueiras são formadoras de opinião, e através de seus blogs elas relatam suas experiências boas e ruins com determinado produto ou serviço. Por este motivo as empresas estão vendo nesse meio uma ótima forma para divulgar seus produtos, através do patrocínio desses blogs famosos. Os blogs se tornaram muito lucrativos tanto para as empresas quanto para os blogueiros.
No outro extremo, alguns consumidores usam blogs e vídeos como forma de retaliação e vingança contra empresas que oferecem serviços ruins e produtos defeituosos. Foi o que aconteceu com a empresa Dell, por conta das deficiências do serviço de atendimento ao cliente foram disseminadas pela internet por uma serie de postagens intituladas “Dell Hell” (“O inferno da Dell”).
2.3. Redes Sociais
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As redes sociais se tornaram uma força importante de marketing tanto das empresas para os consumidores quanto das empresas entre si. As principais são o facebook, que é a maior do mundo; o Linkedin, que tem como alvo os profissionais; o twitter, cujos membros interagem por meio de mensagens de 140 caracteres, ou “tweets”. Cara rede oferece benefícios específicos para as empresas; e o instagram, onde os usuários compartilham suas fotos instantaneamente para seus seguidores. Por exemplo, o Twitter pode servir como um sistema de alerta precoce que permite uma resposta rápida, enquanto o Facebook possibilita mergulhos mais profundos para envolver os consumidores de uma forma mais significativa.
Por causa da natureza não comercial das redes sociais – geralmente seus usuários estão ali para se conectar com os outros – é mais desafiador atrair sua atenção e persuadi-lo. Porém, a propaganda, é somente uma das vias. Como qualquer indivíduo, as empresas também podem se juntar a grupos sociais e participar deles ativamente. Ter uma página no Facebook e um perfil no Instagram se tornaram um pré-requisito virtual para muitas delas, pois através dessas páginas é possível divulgar seus produtos e serviços, e também se comunicar diretamente com seus consumidores, e assim analisar suas críticas e elogios. Indicações de “Siga-nos no Facebook/Instagram/Twitter” têm aparecido cada vez mais em portas e vitrine de lojas.
As mídias sociais já mostraram seu poder e sua velocidade, mas elas também representam um desafio para as empresas, pois elas possibilitam que ocorram fortes críticas e “ataques gratuitos” de consumidores e organizações. Ao usar as mídias sociais e a Web de uma forma construtiva e respeitosa, as empresas tem ao menos um meio de criar uma forte presença on-line e oferecer pontos de vista alternativos e confiáveis se tais episódios ocorrerem.
2.3. Marketing no Facebook
As empresas em todo mundo buscam impactar seu público-alvo e conquistar mais clientes. No Marketing Digital, mesmo que seu negócio seja simples e bem segmentado, é certo que seus clientes e futuros clientes estejam no Facebook, maior rede social da atualidade.
A rede social que totaliza mais de 37 milhões de brasileiros, Facebook, lidera o campo do Marketing Viral. Uma rede social que gera compartilhamentos, comentários, indicações e publicidade segmentada. Segundo informações fornecidas pelo Facebook, mais de 50% dos usuários ativos o acessam todos os dias. Com isso, a chance de contato contínuo e
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imediato entre o público e sua empresa será realizada em caminhos largos e práticos, aonde a credibilidade e fidelidade irá prevalecer.
2.3.1 Anúncios no Facebook
Os Anúncios são feitos de forma segmentada, aonde o anunciante pode
escolher o público a ser atingido. Eles são localizados à direita das páginas, ponto de maior visualização dos usuários.
O Facebook esclarece sobre isso: “Nós usamos as informações recebidas, incluindo as informações fornecidas no momento do cadastro, ou adicionadas à sua conta ou linha do tempo, para oferecer anúncios e torná-los mais relevantes para você. Isso inclui tudo aquilo que você compartilha e faz no Facebook, como as páginas que você curte ou as palavras-chave das suas histórias, e aquilo que deduzimos de seu uso do Facebook. Quando um anunciante cria um anúncio, ele tem a oportunidade de escolher seu público-alvo por local, informações demográficas, opções Curtir, palavras-chave e outras informações que recebemos sobre você e outros usuários. Por exemplo, um anunciante pode optar por um público-alvo de mulheres de 18 a 35 anos que moram nos Estados Unidos e gostam de basquete. Um anunciante pode também escolher alcançar determinados tópicos ou palavras-chave, como "música" ou até mesmo pessoas que curtiram uma música ou artista específico. Se você indicar interesse em tópicos, ao curtir uma Página, incluindo tópicos como produtos, marcas, religião, status de saúde ou preferência política, você poderá também ver anúncios relacionados a esses tópicos. Exigimos que anunciantes respeitem nossas Diretrizes de propaganda, incluindo provisões relacionadas ao uso de dados de natureza confidencial.”
2.3.2. Fan Pages
O Brasil hoje, possui mais de 30 milhões de brasileiros no Facebook. A maior parte da população que está relacionada ao crescimento da rede social, é devido a ligação entre consumidores e as marcas. As páginas de fãs ou Fan Pages são espaços destinados às empresas, organizações, celebridades e bandas para transmitir informações ao público que a seguir.
As empresas podem criar sua Fan Page, onde você podem divulgar seu produto, serviço ou marca ao público-alvo, de forma que estarão disponíveis diversos modos de interação com o usuário através da divulgação e exibição de produtos, vídeos, serviços, eventos e promoções.
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As Fan Pages tem um papel muito importante nesse novo Marketing pois possibilita que:
• As empresas tenham seguidores, no caso fãs; • Se aproximem do público-alvo; • Realização de promoções exclusivas para os seus fãs; • Fiquem por dentro do que seu público precisa; • Aumenta sua comunicação e seu reconhecimento; • Sabe quem interage com sua marca.
CAPITULO III
E-COMMERCE
3.1 – E-commerce como um diferencial nas organizações
Nos dias atuais o Marketing teve um grande crescimento devido à forte
concorrência entre as marcas. Uma das formas mais agressivas de atacar a
concorrência é no seu modo de divulgar seus produtos ou serviços e o E
commerce é uma ferramenta do Marketing a qual contribui para o crescimento
do setor.
Dentro do Marketing há uma área que contribui e agiliza,
significativamente, todo o processo de transmitir informação ao cliente, o
Marketing , o qual “[...] é um sistema de Marketing interativo que usa um ou
mais meios de propaganda para obter uma resposta mensurável ou uma
transação em qualquer local”. (KOTLER, 2006, p. 668) Isso não quer dizer que
esse processo de Marketing tornará a compra efetivada, mas o processo pode
tornar a relação vendedor x cliente algo mais sociável, trazendo seus produtos
ou serviços e a marca mais próxima do cliente, como exemplo o envio de
cartões de aniversários, brindes, ofertas, descontos.
Segundo Kotler (2006, p. 452), os principais canais de Marketing direto
são: venda pessoal, mala direta, marketing de catálogo, telemarketing,
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máquinas de terminais multimídia e, a forma mais recente do marketing direto,
o E-Commerce, o qual é o canal eletrônico do marketing. “E-commerce é um
tipo de transação comercial feita por meio eletrônico, como o ato de vender,
comprar ou mesmo pagar contas via Internet”. (MACCULLOCH, 2007, p. 2).
É todo e qualquer tipo de compra, venda e uso através da internet, a ‘um
clique’ do cliente. Essa ferramenta tem muitas utilidades por estar sempre
disponível, só esperando o cliente acessar o site ou mesmo um e-mail. As
empresas têm listas de nomes e e-mails para mandar automaticamente
propagandas, através das quais o sistema capta e guarda na memória, gosto
do cliente ou o que este acessa constantemente. O e-commerce tem diversas
funcionalidades, mas tem como foco principal o atrativo às vendas.
Os clientes, de modo geral, têm tendências a serem de idade
considerada jovem, com poder aquisitivo de nível médio, têm boa escolaridade
e predominância de pessoas do sexo masculino. Porém, com o aumento
desenfreado da Internet com acessos ilimitados, redes que cobrem todo o país,
está surgindo uma diversificação desse padrão de consumidor on-line.
Acredita-se que, jovens buscam a Internet para diversão e socialização, já
pessoas de 40 anos acima são os investidores e possíveis compradores,
porém têm mais cautela ao fazerem suas escolhas, de forma mais rígida,
muitas vezes desaprovando as formas de marketing ‘apelativa’, e acabam
escolhendo o que é apenas de seu gosto ou o que querem receber de
informação.
3.2. O comércio eletrônico
A Revista de Logística da Fatec publicou que os benefícios que a
internet proporciona cada vez mais atraem os consumidores, que devido a
grande correria do dia a dia e a dificuldade para gerenciar tempo entre a vida
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pessoal e profissional procuram cada vez mais meio mais práticos, rápidos e
confortáveis para resolver suas pendências ou até mesmo para consumir, isso
porque a internet incentiva cada vez mais a realização das necessidades sem
muitos esforços.
Diante dessa rotina, o comércio eletrônico surgiu para suprir carências e
falta de tempo, que ligadas à comodidade, fazem da compra pela internet mais
vantajosa, ainda mais quando se sentem na vantagem diante de preços
menores, já que os custos com empregados, instalações físicas e outros
encargos são bem menores para as empresas.
Para se fazer uma compra no varejo tradicional são necessárias à
observação de muitas variáveis que para Kotler (1999, pág. 121) incluem: se
deslocar até uma loja física, enfrentar o trânsito, filas, lidar com o humor de
vendedoras, entre outros. De acordo com ele o varejo tradicional não consegue
oferecer um serviço “sem limites”, em função da temporalidade do
funcionamento da loja física, o que não ocorre no cenário virtual.
O 26 º relatório WebShoppers mostra e divulga os números alcançados
pelo mercado virtual. Essa iniciativa mostra o E- commerce de forma objetiva e
crescente, com números verdadeiros das ações realizadas no período de seis
meses. Durante os primeiros seis meses do ano de 2012, o E-commerce
alcançou um faturamento de R$ 10,2 bilhões; um crescimento de 21% se
comparado ao mesmo período anterior. Nesse mesmo período, um total de 5,6
milhões de pessoas fizeram sua primeira compra on line. Atualmente, o
comércio eletrônico soma mais de 37,7 milhões de consumidores virtuais
ativos, cerca de 29,6 milhões de pedidos foram aprovados nas lojas virtuais
durante esse período. Estima – se para a segunda metade do ano, um
crescimento de 20 % em relação ao faturamento de 2011 de acordo com
pesquisas feitas pelo site.
3.3. O comércio eletrônico como ferramentas de negócios
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Segundo a autora Luciane Catalani (2009, pág 54) o impacto do E-
commerce na economia vai além da simples transação eletrônica de bens e
serviços. A internet está influenciando a maneira como pessoas trabalhem,
interagem e fazem negócios. Para planejar e utilizá-la como ferramenta de
marketing você precisa conhecer como ela funciona. Ao mesmo tempo em que
trazem enormes oportunidades, têm grandes riscos, associados ao excesso de
empolgação com a tecnologia superando os objetivos estratégicos.
A autora afirma que existem três tipos de comércio eletrônico, Business
to consumer, Business to Busines e Consumer to consumer. O foco deste
artigo é o Business to Consumer, também conhecido como B2C. Esse tipo de
comercialização, o cliente obtêm mais informações sobre o produto, compra e
pagamento, além do rastreamento do produto, por onde anda e quando chega
ao destino.
Como a concorrência nesse segmento é forte e variada, os preços
consequentemente alteram facilmente, O comércio eletrônico vem atuando
como uma grande ponte de comunicação entre empresa e cliente,
proporcionando um mercado que vista integrar toda a logística da empresa,
passando pelos atacadistas e distribuidores, chegando até o consumidor final.
Qualquer cliente ou empresa é parte potencial de um mercado global, onde as
informações caminham sem barreiras geograficamente, nem temporais, a
internet não tem limite, e aí que as empresas de E- commerce se sentem
desafiadas.
Afinal a tecnologia ainda precisa conviver com métodos antigos como
armazenar e manusear produtos e pedidos. Separar produtos por embalagens
individuais, entregá-las no prazo prometido e pedidos na casa do cliente. Outro
problema que desafia as empresas de E-commerce é que o número de
demanda tem sido bem difícil de serem previstos. Isso pode levar a uma
logística deficiente, com atrasos nas entregas, excesso de pedidos suspensos
temporariamente por falta do produto em estoque, reclamações dos clientes, e
imagem mercadológica comprometida. Para evitar esse tipo de problema é
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necessário que se faça um planejamento detalhado, procurando manter os
estoques controlados com variedades e quantidades mínimas para atender à
demanda
3.4. O varejo como segmento de mercado
Existem várias definições para o varejo. Allen (1977, pág. 3) diz que “o
varejo é a atividade comercial responsável por providenciar mercadorias e
serviços desejados pelos consumidores”.
Richter (1981, pág 3) define varejo como “O processo de compra de
produto em quantidade relativamente grande dos produtos atacadistas e outros
fornecedores e posterior venda em quantidades menores ao consumidor final”
Já Catalani (2009, pág 25) define varejo como uma unidade de negócio
que compra mercadorias de fabricantes, atacadistas e outros distribuidores e
vende diretamente a consumidores finais e eventualmente aos outros
consumidores. Independente da definição que temos do varejo, a essência é a
mesma, comercialização de produtos ao consumidor final. Para a venda aos
consumidores finais existem várias funções. O quadro mostra as principais
funções de um varejista.
Quadro 2 : Funções do varejista.
Vendas Promover o produto junto a clientes potenciais
Compras Comprar uma variedade de produtos .
Seleção Fazer um sortimento de produtos para clientes potenciais
Financiamento Oferecer crédito a clientes potenciais para facilitar a compra.
Armazenamento Proteger e armazenar o produto em estoque.
Distribuição Comprar em grande quantidade e dividi-la em quantidades
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desejadas pelos clientes
Controle de
qualidade
Avaliar a qualidade dos produtos e ajudar no seu
melhoramento
Transportes Movimentação física do produto ao consumidor ou a loja
física.
Informação de
Mkt
Prestar informação aos fabricantes sobre condições de
mercado, incluindo volume de vendas, tendências de moda.
Riscos Absorver riscos dos negócios, especialmente riscos de
manutenção de estoques.
3.5. O Varejo no Brasil
Segundo Luzzi ( 1994, pág 21) conta que o comércio no Brasil, na época
da colônia, era dependente de Portugal. Os portugueses controlavam as
operações. No Brasil colônia, as “companhias de comércio” tiveram importante
atualização no nosso mercado. Foram criadas com o objetivo de atingir uma
economia de escala, sendo a primeira idealizada por Antônio Vieira. Com o
tempo provaram não ser eficientes.
O comércio brasileiro foi estabelecido na alavancagem das produções
agrícolas, pecuária e mineração. A cultura do pau – brasil e do açúcar
correspondem a um período do crescimento no Brasil, posteriormente, o gado
e a mineração ocuparam outro período de crescimento seguidos da cultura
cafeeira, que praticamente mudou o destino do país. Ela proporcionou uma
época de crescimento do século XX e a primeira parte que originou o
crescimento atual. Em nossa história econômica percebem – se diferentes
ênfases de produtos comercializados no lastro destas culturas. Enquanto no
nível externo a exportação era à base do comércio no nível interno passavam
se certas dificuldades, atribuídas por alguns historiadores à própria
centralização de decisões em Lisboa agravados por problemas de infra –
estrutura interna.
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As dificuldades para transportes, distância entre os locais para
comercialização, além da comunicação difícil, eram os principais agravantes.
Várias leis procuravam manter o monopólio dos portugueses na
comercialização.
Percebe–se que, pela evolução histórica tanto do varejo brasileiro como
do de outros países, eles estão diretamente relacionados ao cenário em que se
assentam, à infra estrutura das cidades. Além disso, necessitam principalmente
de uma concentrada mercadológica que pressupõe a existência de pessoas,
dinheiro, autoridade para comprar e, evidentemente, disposição para comprar.
Adicionalmente à facilidade de transporte e comunicações , é determinante
para o crescimento varejista o próprio crescimento das cidades. Basta
compararmos o comércio varejista de algumas capitais mais populosas com as
cidades interioranas para comprovar que surgiram em decorrência destas
evoluções.
3.6. O Varejo físico x Varejo virtual.
Além do consumidor ter passado a ser mais exigente, querer tempos
menores de atendimentos, os varejistas tradicionais passaram a entrar na
internet, tornando as operações on line mais complexas, oferecendo grandes
riscos para os negócios virtuais. Algumas marcas aproveitaram suas posições
no varejo tradicional para expandirem e estenderam um canal com a internet.os
mesmos ainda enfrentaram dificuldades de acordo com Catallani ( 2004, 50).
Em muitos casos, os centros de distribuição das lojas físicas, servem os
da internet, facilitando sua logística. Porém em um país continental como o
Brasil, talvez traga algum risco por restringir a atuação da loja da internet ás
localidades próximas das lojas físicas. Pesquisa realizada pela e –bit , empresa
de informação do comércio eletrônico aponta algumas diferenças no perfil e
comportamento do consumidor on line e o que compra nas lojas físicas.
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Os consumidores online obtêm renda média familiar maior do que os
consumidores de lojas físicas, 80% dos adeptos ás compras online encontram
– se na faixa etária entre 25 e 59 anos, enquanto 66% dos consumidores do
varejo tradicional representam a mesma faixa de idade.
Os clientes virtuais preferem utilizar o cartão de crédito, tanto na Web
quanto no varejo tradicional. Já as pessoas que compram exclusivamente fora
de casa utilizam muito mais dinheiro na hora do pagamento. Dos pesquisados
na internet, 56% elegem a Web como canal para a compra de
eletrodomésticos, contra 34% que optam por lojas especializadas fora do meio
virtual. Já nos pontos de vendas físicas, 77% compram o mesmo produto em
lojas especializados, enquanto que 3% consideram adquirir um eletroméstico
pelo E- commerce, mesmo não sendo esse canal utilizado normalmente para
fazer compras.
Eletrônicos, artigos de informática e livros são categorias com mais
intenção de compra entre os consumidores virtuais. Para os consumidores
online, a praticidade e a facilidade na compra online estão ligadas á
comodidade e ao conforto, além da familiaridade com o ambiente Web. Já para
o consumidor tradicional, a internet ainda é um obstáculo na hora de adquirir
um produto, pela falta de intimidade com o mercado virtual.
3.8. Vantagens e Desvantagens na utilização do comércio virtual
As vantagens do comércio virtual, é um canal mais dinâmico, versátil e
personalizado, em uma loja virtual tudo acontece com mais rapidez, em uma
loja física, são necessários tempo, algumas burocracias, entre outros motivos.
Por muitas vezes lidando com produtos específicos e um nicho de mercado, no
mundo digital é muito mais fácil e rápido se tornar um referencial para toda uma
comunidade. Outra característica é alta disponibilidade, em se tratando de um
comércio físico, os consumidores têm a limitação de horário, de locomoção,
entre outros fatores que podem impedi-los de realizarem sua compra no
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momento da necessidade. Porém, quando estamos falando de uma loja virtual
ela estará sempre á disposição no momento que o consumidor tiver a intenção
ou a simples curiosidade sobre um produto.
Quando um cliente se dirige a uma loja física, ele já sabe que irá
vivenciar a experiência sobre um produto, logo esse mesmo deverá estar á
disposição. Entretanto numa loja virtual é possível oferecer produtos através da
experiência digital, muitas vezes não existe o produto ainda fisicamente no
estoque, para garantir assim o mínimo quando executa a venda.
Uma das grandes vantagens é a redução do custo operacional .Se
analisarmos dois faturamentos exatamente iguais gerados por duas empresas,
sendo uma delas física e a outra eletrônica, chegaremos a conclusão que as
despesas diretas serão muito reduzidas, porque se tratando de unidade
eletrônica, muitas ações para atrair clientes serão desprezadas, entre elas, os
vendedores, a estrutura física, entre outras.
Também há algumas desvantagens como atrasos de mercadorias,
alguns bens não podem ser comprados online, não permite experimentação do
produto antes da compra. E alguns produtos são indispensáveis o contato
físico para a tomada de decisão da compra.
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CONCLUSÃO
Com esse trabalho é possível concluir que o Marketing Digital e as
novas mídias mudaram a maneira como se faz publicidade no mundo. O
mundo corporativo está em constante evolução e os meios de comunicação
estão cada vez mais dinâmicos. Por isso as empresas precisaram se adequar a
esse novo mercado, e a esse novo modo de se comunicar com seus clientes.
O que antes era um diferencial para uma empresar ter uma página na internet,
ou uma loja virtual, hoje se tornou quase uma regra. E quem não se adaptar a
essa evolução provavelmente perderá mercado para seu concorrente.
Hoje em dia as informações são trocadas com apenas um clique, e
essas informações podem favorecer ou prejudicar a imagem de uma
organização. Por isso, é necessário que empresas estejam inseridas nesse
meio, podendo assim ter o contato direto com seus clientes, esclarecendo suas
dúvidas e resolvendo seus problemas.
As mídias sociais favorecem essa interação, além da possibilidade de
divulgar seus produtos, e o comercio eletrônico possibilita que os consumidores
comprem seus produtos sem precisar sair de casa, o que é fundamental nessa
correria do dia a dia.
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Referências Bibliográficas:
CATALANI, Luciane. E – commerce: Editora Fundação Getúlio Vargas, 2009.
GABRIEL, Martha. Marketing na Era Digital: Novatec Editora , 2010.
KOTLER, Philip, KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing, São
Paulo, Pearson Prentice Hall, 2012
KOTLER, Philip. Marketing Para o Século XXI: como criar, conquistar e
dominar mercados. São Paulo: Futura, 2006.
LAS CASAS, Alexandre. Marketing: Conceitos, Exercícios, Casos, São
Paulo, Atlas, 2006.
LUZZI, Alexandre. Marketing de Varejo: São Paulo: Editora Atlas S.A, 1994.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução a Administração, São Paulo,
Atlas, 2007
RICHERS, Raimar. O que é Marketing?, São Paulo, Brasiliense, 1981.
TORRES, Claudio. A Bíblia do Marketing Digital : tudo que você queria saber
sobre marketing e publicidade na internet e não tinha a quem perguntar.São
Paulo : Novatec Editora, 2009.
SITES DE PESQUISAS:
www.bamboowebagency.ca/works-2/social-media-marketing/blog-belcor/ www.ebit.com.br www.fatecjd.edu.br/modules.php?name=RETC www.webshoppers.com.br http://www.empiricaspecialists.com.br/marketing-digital/entenda-8-ps-marketing-digital/