documento protegido pela lei de direito autoral · 2015-02-07 · consciência da importância de...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
AS RELAÇÕES ENTRE AFETO E APRENDIZAGEM SOB O
OLHAR DA PSICOPEDAGOGIA.
Por: Maria da Graça Lins Reis do Couto
Orientador
Prof. Vilson Sergio
Rio de Janeiro, 2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
AS RELAÇOES ENTRE AFETO E APRENDIZAGEM SOB O
OLHAR DA PSICOPEDAGOGIA.
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Psicopedagogia
Institucional.
Por: . Maria da Graça Lins Reis do Couto
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AGRADECIMENTOS
A minha sobrinha Isabel in
memorian, a Deus por eu ter
conseguido chegar até aqui, à minha
mãe, meu pai e toda minha família.
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DEDICATÓRIA
Dedico à esperança de uma
situação melhor para as crianças do
ensino publico que se tornarão os adultos
de amanhã.
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RESUMO
A psicopedagogia busca resposta para entender dificuldade/fracasso de aprendizagem e neste trabalho tentamos apresentar várias situações que
podem acarretar a dificuldade de aprendizagem ou fracasso escolar. Podendo
ter origem em problemas cognitivos, como também na família, na escola, e na
convivência com o professor, etc.. A causa primeira é a ausência do afeto
que consequentemente trás inseguranças e uma aparente dificuldade de
aprendizagem. O amor auxilia na cognição. Aprendemos melhor quando
gostamos de quem nos ensina. Apresentamos situações onde a Psicopedago-
gia auxilia o professor, uma sala de aula afetiva. Coisas simples, mas que
possuem grande valor para o educando. Sem o afeto não é possível construir
nada.
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METODOLOGIA
O presente estudo tem o propósito de abordar questões baseadas em
pesquisas bibliográficas atualizadas com relação ao tema desenvolvido, ou
seja, a relação entre afeto e aprendizagem sob olhar da Psicopedagogia.
Nessas bibliografias fazem parte autores renomados como Alicia Fernández ,
Eugênio Cunha, João Bouclair, e outros. Nesse estudo também foram feitas
pesquisas webgráficas tais como arquivos, sites, revistas eletrônicas sob a
temática pesquisada.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A PSICOPEDAGOGIA COMO AUXÍLIO
AO PROFESSOR 10
CAPÍTULO II - AFETO, AFETIVIDADE E 15
EMOÇÕES. CAPÍTULO III – AFETO E APRENDIZAGEM 20
CONCLUSÃO 28
ANEXOS 30
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 32
WEBGRAFIA 34 ÍNDICE 35
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INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como objetivo mostrar a influência da relação
afetiva entre professor e aluno no processo de ensino/ aprendizagem e nas
relações pedagógicas professor-aluno do Ensino Fundamental.
Os alunos nesta fase necessitam de maior envolvimento, pois estão
no Início da sua ” formação” e sabemos que o afeto motiva o
comportamento e os levará a uma melhor aprendizagem. E que a relação
entre professor e aluno necessita ser baseada no afeto, confiança, liberdade
para que o aluno se entregue ao prazer de aprender.
Neste trabalho, será apresentada nas obras educacionais e
pedagógicas, fundamentação teórica sobre afeto/afetividade no processo de
aprendizagem, para sensibilizar os professores sobre a importância deste
tema. E tentar superar as transformações que o mundo vem atravessando e
que terminam nos afastando cada vez mais da nossa essência de ser
humano que é baseada no amor.
A afetividade e algo que deve estar sempre presente na sala de
aula, mas nem sempre a sua importância é levada em consideração.
Fundamentado na ideia que o ser humano deve ser visto como um todo, é
de suma importância considerar o papel da afetividade no desenvolvimento
psicológico e na formação de conhecimentos cognitivos/afetivos, os
mesmos são inseparáveis, as capacidades cognitivas necessitam da
presença de aspectos afetivos. (CORRÊA, 2008).
Para alguns professores é angustiante quando sentem dificuldade
de identificar o seu papel e a sua influência dentro da nova sociedade,
muitos acabam assumindo as funções dos pais e até de terapeutas na
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tentativa de resolver os problemas emocionais e psicológicos dos seus
alunos, esquecendo que são apenas professores, isto não significa que o
professor não deve ter uma relação de amor e carinho com os seus alunos,
ao contrário, a escola é o lugar ideal para essa troca de afeto. É necessário
chamar a atenção que o professor não substitui a família e se o aluno
apresenta problemas psicológicos, somente o profissional especializado irá
ajudá-lo. Mas, os vínculos afetivos que são estabelecidos entre professor e
aluno são de grande importância para o desenvolvimento do aluno
(LIBÓRIO, 2009).
Assim sendo este estudo foi divido em três capítulos. No primeiro
procura-se observar o quanto a Psicopedagogia pode auxiliar o professor na
dificuldade de aprendizagem. No segundo capitulo observamos que o afeto,
afetividade e as emoções influenciam muito a criança afetando sua
aprendizagem. No terceiro observamos também que sem afeto a
aprendizagem se torna bastante difícil, em algumas situações prejudicando
um parecer dos profissionais.
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CAPITULO I
PSICOPEDAGOGIA COMO AUXILIO AO PROFESSOR.
Nos últimos anos observam-se nas escolas preocupação com a
agressividade e violência dos alunos em sala de aula, os professores
reclamam dos comportamentos agressivos e desobediência por parte dos
alunos e sentem dificuldade em lidar com esses problemas, que dificultam o
relacionamento entre professor e aluno. É necessário que o professor tenha
consciência da importância de criar em sala de aula um espaço seguro onde
predomine a união e o afeto. Mesmo em situações de risco, o aluno possa
encontrar no professor segurança e apoio emocional e afetivo. Estudos
apontam a importância e a influência positiva dos professores no
desenvolvimento de crianças com risco psicossocial e como facilita a
adaptação destes alunos na escola, criando expectativas otimistas de um bom
relacionamento e consequentemente uma ótima aprendizagem (PICADO,
ROSE, 2009).
Estudos mostram que as relações entre professor, o conteúdo escolar e
o aluno são profundamente marcadas pela afetividade podendo gerar
impactos de aproximação ou distanciamento entre o aluno e o conteúdo.
Todas as atividades planejadas e desenvolvidas pelo professor possuem
influências na afetividade e na aprendizagem dos alunos. A maneira que o
professor apresenta o conteúdo em sala de aula pode afetar cada aluno de
uma maneira particular, repercutindo de diversas formas na sua aprendizagem.
Os mesmos esquecem-se da afetividade e muitas vezes se preocupam apenas
com o conteúdo e com as metodologias, podendo criar marcas profundas
(LEITE, 2012).
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A afetividade exerce grande influência no processo
ensino/aprendizagem sob a ótica psicopedagógica. A Psicopedagogia se
preocupa com a educação significativa, onde o professor sempre utilize de
estratégias que são ligadas à afetividade para estimular o desenvolvimento
intelectual e a autonomia dos alunos. A prática pedagógica deve ser baseada
no diálogo entre professor e aluno, permitindo que o mesmo desenvolva
amplamente seu potencial criador, a socialização, a afetividade, a imaginação
e a espontaneidade (PIVA, 2010).
A psicopedagogia busca subsídios para compreender o fracasso
escolar, levando em consideração não só o cognitivo, mas também a
importância do papel do afeto na aprendizagem, não tem como separar
aprendizagem e afetividade, pois as duas caminham juntas. É importante a
intervenção psicopedagógica, porque muitas vezes a criança apresenta um
problema cognitivo, mas de origem emocional (FEDERLE, 2012).
1.1 – O fazer e o pensar do psicopedagogo.
Não é fácil para o professor a decisão de encaminhar um aluno para
atendimento psicopedagógico. Essa decisão requer uma análise cuidadosa da
Situação e um preparo especial para lidar com a reação dos pais, que na
maioria das vezes ficam insatisfeitos com o professor até mesmo com a
escola, achando que ambos agem de forma errada achando que seu filho não
tem nada.
Segundo Nadia Bossa (2000:02) “Muitos professores quando
encaminham o aluno para o psicopedagogo o fazem com intuito de melhor
auxiliá-lo, e não desistindo dele.” Por isso a psicopedagogia é muito
importante, é uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar,
feita por profissional, o que propõe uma visão abrangente para as soluções
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das dificuldades que alguns enfrentam, analisando-a em diferentes
perspectivas da sociedade, da escola e do aluno.
A atuação do psicopedagogo é fundamental para que ele possa
conhecer o aluno. Este profissional deve estar preparado para lidar com
possíveis reações frente a algumas tarefas, tais como: resistências, bloqueios
raiva e sentimentos. Ele não deve parar de buscar meios, conhecer, estudar
para compreender de forma mais completa estas crianças já tão criticadas por
não corresponderem às expectativas dos pais e professores.
Ainda para Nadia Bossa (2000:02) a função do psicopedagogo na
área educativa é cooperar para diminuir o fracasso, seja este na Instituição
escolar, seja do próprio sujeito ou, o que é mais frequente de ambos.
A Psicopedagogia, como pode –se ver, tem seu lugar na clínica e na
Instituição. Cada um desses espaços implica uma metodologia específica de
trabalho. Em ambos, no entanto, devem ser consideradas as circunstâncias,
ou seja, o contexto de vida do sujeito, da família, da escola e da comunidade.
1.2 – Fracasso do que aprende ou fracasso do que ensina.
Segundo Alicia Fernandes a partir de uma experiência, tanto em
consultório como de supervisão em instituições hospitalares e
educativas,conclui que o fracasso escolar responde a duas ordens de causas
externas à estrutura familiar e individual do que fracassa em aprender, ou
internas à estrutura familiar e individual.
No primeiro caso, fala de problema de aprendizagem reativo, e no
segundo, de sintoma e inibição. Para resolver o primeiro, necessita-se recorrer
principalmente a planos de prevenção nas escolas(batalhar para que o
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professor possa ensinar com prazer para que por isso seu aluno possa
aprender com prazer, tender a denunciar a violência encoberta e aberta,
instalada no sistema educativo, entre outros objetivos), porém, uma vez gerado
o fracasso e conforme o tempo de permanência, o psicopedagogo deverá
também intervir, ajudando por intermédio de indicações
adequadas(assessorando a escola, mudança de escola, orientação a uma
ajuda extraescolar mais pautada, a um espaço de aprendizagem extraescolar
expressivo, etc.) a que o fracasso do ensinante, encontrando um terreno fértil
na criança e sua família, não se constitua um sintoma neurótico.
Para resolver o fracasso escolar, quando provém de causas ligadas à
estrutura individual e familiar da criança(problema de aprendizagem – sintoma
ou inibição), vai ser requerida uma intervenção psicopedagógica especializada:
grupo de tratamento psicopedagógico à criança, grupo de orientação paralelo
de mães, tratamento individual psicopedagógico, oficina de trabalho, recreação
e expressão com objetivos terapêuticos, entrevistas familiares
psicopedagógicas, etc.
O problema de aprendizagem que constitui um ”sintoma” ou uma
“inibição” toma forma em um indivíduo, afetando a dinâmica de articulação
entre os níveis de inteligência, o desejo, o organismo e o corpo, redundando
em um aprisionamento da inteligência e da corporeidade por parte da estrutura
simbólica inconsciente.
Diz Sara Paín:”A função da Educação pode ser alienante ou
libertadora, dependendo de como for usada, quer dizer, a educação como tal
não é culpada de uma coisa ou de outra, mas a forma como se instrumente
esta educação pode ter um efeito alienante ou libertador”.
Alicia Fernandes crê que Sara Paín está falando de uma sociedade
enferma e causadora de enfermidades, que provoca oligotimia social e grande
parte dos transtornos de “aprendizagem reativos”.
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“O problema de aprendizagem reativo”, ao contrário, afeta o aprender
do sujeito em suas manifestações, sem chegar a atrapar a inteligência:
geralmente surge a partir do choque entre aprendente e a instituição educativa
que funciona expulsivamente.
O sintoma-problema de aprendizagem expressa o atrape do aprender
por desejos inconscientes. As possibilidades existem, como a comida para o
anoréxico, mas se perdeu o desejo de aprender. Em troca, a criança que
apresenta um problema de aprendizagem reativo pôde, como o desnutrido,
desejar aprender, mas não lhe foram proporcionadas situações de
aprendizagem viáveis.
Augusto Cury em seu livro ”Pais Brilhantes, Professores fascinantes”
nos mostra que a utilização da prática pedagógica afetiva pelo professor pode
estimular não só a relação afetiva, como questão cognitiva/ social do aluno
(2008, p.48):
Os educadores, apesar de suas dificuldades, são
insubstituíveis, porque a gentileza, a solidariedade, a
tolerância, a inclusão, os sentimentos altruístas, enfim,
todas as áreas da sensibilidade não podem ser ensina-
das por máquinas, e sim por seres humanos.
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CAPÍTULO II
AFETO, AFETIVIDADE E EMOÇÕES
“ Sozinhos vamos mais rápido,
juntos vamos mais longe”.
Segundo o dicionário Aurélio (1986),
Afeto significa afeição, simpatia, amizade, amor. Sentimento de
paixão. O elemento básico da afetividade.
Afetividade significa qualidade ou caráter de afetivo. Conjunto de
fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções,
sentimentos e paixões, acompanhados sempre de impressão de dor ou
prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou
tristeza.
Emoção ato de mover (moralmente), abalo moral, comoção, reação
intensa e breve do organismo a um lance inesperado a qual se acompanha
de um estado afetivo de conotação penosa ou agradável.
A afetividade vem sendo debatida e defendida por profissionais da
saúde e da educação, principalmente por psicopedagogos. Os problemas
emocionais estão ligados aos conflitos interiores, dificultando sua interação
com o meio, a carência afetiva contribui com vários fatores que prejudicam a
aprendizagem. Na escola o aluno poderá apresentar problemas emocionais de
acordo com o relacionamento com a mãe, sendo assim o professor não deve
deixar passar despercebido a vida pessoal do seu aluno, é necessário que
conheça os pais e a vida que o mesmo leva fora da escola, só assim, poderá
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conhecer e entender melhor seu aluno. O excesso ou a falta de afeto poderá
prejudicar à aprendizagem. Os problemas emocionais deverão ser trabalhados
em conjunto com a escola, a família e uma profissional psicólogo ou
psicopedagogo, que será responsável pela avaliação e intervenção terapêutica
auxiliando professores e a família do aluno (cunha, 2012).
O comportamento do professor serve de modelo para o aluno, certas
virtudes do mesmo, como paciência, dedicação, carinho, amizade e
companheirismo contribuem para uma boa aprendizagem. O professor
autoritário que não se importa com os alunos e não consegue ter um vínculo
afetivo com os mesmos, estará contribuindo para que estes tenham
comportamentos agressivos e criem na sala de aula um ambiente de
desarmonia. Aqueles que se consideram o dono do saber e os seus alunos
devem continuar inerte diante das situações problema, que não lhes dá
liberdade para se manifestar, não proporciona momentos de trocas de
conhecimentos entre os colegas, não deixa que aprendam por si só, está
dificultando a aprendizagem dos seus próprios alunos (FERRARI, 2012).
Augusto Cury escreve como é importante o papel do professor como um
profissional, que independente de suas limitações, se faz necessário, com a
sua presença pode modificar de forma especial e agir na vida de seus alunos
como exemplo, através de seus atos e sua conduta profissional. Os
professores precisam entender que o ato de ensinar requer afeto, quando
existem amor e carinho, certamente aprende-se melhor.
O ato de ensinar e aprender devem ser compreendidos com um gesto
de amor. Para que o Professor tenha sucesso no seu trabalho, é de grande
importância que ele tenha um ótimo controle emocional, bom relacionamento e
a certeza que escolheu a profissão certa. É de suma importância que o
professor saiba situar-se como mediador, pois ensinar requer amor, carinho e
dedicação. O Mesmo precisa se comprometer em oferecer para seus alunos
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uma educação de qualidade e com mais afetividade (SILVA & NAVARRO,
2012).
A escola é um local educativo, onde a sua função principal é mediar o
conhecimento e possibilitar ao aluno o acesso e a construção do saber. Onde,
as relações estabelecidas entre professor e aluno devem ser baseadas no
afeto e para que essa relação seja bem significativa e tenha sucesso no
processo de aprendizagem o diálogo é fundamental (SARMENTO, 2010).
Todo professor pode ser modelo de reconhecimento para o aluno,
mas quando se trata de um professor querido pelos alunos a aprendizagem
poderá acontecer muito mais do que o professor pretende ensinar. O
relacionamento entre professor e aluno deve ser uma relação de amizade, os
alunos não devem ser considerados como objetos onde o professor possa
manipulá-los, mas como pessoas que pensam, sentem, refletem, discutem,
tem opiniões e sabem decidir o que querem e o que não querem
(NASCIMENTO, 2012).
A importância da relação entre professor e aluno deve ser vista
como um ponto essencial para o desenvolvimento do aluno. A mesma não
pode ser vista como uma simples transmissão de conhecimento, onde o
professor ensina e o aluno aprende, mas sim como uma troca de
conhecimentos, onde o professor se destaca no papel do mediador. Essa
relação é indispensável para o crescimento interno do aluno, esta deve estar
alicerçada na confiança, no amor e no respeito. O professor deve repensar a
prática em sala de aula para que as aulas se tornem mais prazerosas e os
alunos participem ativamente, o mesmo deve deixar de lado o senso comum
que atribui à culpa da não aprendizagem à indisciplina e à falta de interesse
dos alunos, devem procurar rever sua postura pedagógica inovando as suas
aulas preparando projetos e estar sempre se aperfeiçoando profissionalmente
(SILVA & NAVARRO, 2012).
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Segundo Almeida (1999), as relações afetivas se evidenciam, pois a
transmissão do conhecimento implica necessariamente,em uma interação
entre pessoas . Portanto, na relação professor/aluno, o afeto deve estar
presente. Sendo assim, o olhar afetivo do educador para seus alunos é
indispensável para a construção e sucesso da aprendizagem. Isto significa dar
credibilidade as suas opiniões, valorizar suas sugestões, observar,
acompanhar o seu desenvolvimento e demonstrar acessibilidade e
disponibilidade para diálogos.
Pode-se interpretar que o afeto esclarece a aceleração ou
retardamento da formação das estruturas neurais. Aceleração no caso de
interesses e necessidades, e retardamento quando a situação afetiva se torna
uma barreira para o desenvolvimento intelectual.
A afetividade é necessária na formação de pessoas felizes, éticas,
seguras e capazes de conviver com o mundo moderno que a cerca. No
ambiente escolar, o educador, além de dar carinho, e de aproximar-se do
aluno, se faz necessário saber ouvir e valorizar experiências trazidas pelo
aluno. É de suma importância deixar o educando expressar suas necessidades
e anseios, e é através do carinho e do cuidar que o professor dá o primeiro
passo rumo ao efetivo desenvolvimento cognitivo, afetivo e social deste ser em
desenvolvimento.
A velocidade do mundo fragmentou o homem moderno. Uma
mudança estrutural está transformando as sociedades, mudando as nossas
identidades, internalizando nos indivíduos significados e valores externos, que
expressam as características deste tempo e os seus objetivos. O sujeito pós-
moderno torna-se maleável, capitulado pela celeridade dos acontecimentos,
pelas necessidades e manifestações, esquecendo dos rudimentos que
tornaram elementares o desejo e o amor à vida.
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Desta forma, fica-nos a impressão de que estamos sempre mais
longe de nós mesmos, de nossa família, da nossa fraternização. Parece que,
quando desejamos ser mais humanos, afáveis amorosos e verdadeiros,
estamos seguindo contra as correntes das águas, e isto é refletido na
educação. Como cada educando tem vivenciado suas emoções? As suas
dimensões afetivas estão ligadas a que? Muitas crianças e adolescentes,
quando, na verdade, estão afetivamente carentes. Afinal, nossa inteligência
não só agrega aspectos cognitivos mas também emocionais.
Durante anos aqueles que vivenciaram uma educação no amor
aprenderam que, na perseverança, ensina-se pela experiência: a experiência é
dádiva do tempo, e o tempo é despojo das suas conquistas.
Percebe-se que, quando se fala em fracasso na educação, é porque
durante décadas o afeto ficou fora da sala de aula, proporcionado o
tecnicismo, a dicotomia entre razão e emoção, o reducionismo arbitrário e a
aferição do valor do conhecimento mais pelo individualístico poder de trânsito
no mundo do que pelo seu poder de satisfação pessoal no compartilhar de
saberes.
Na educação, a escola é quem melhor pode promover a vida, de
vivência plena, experimentação sem desperdício, expressando o valor da
coletividade na individualidade de cada um, participando do cotidiano e
produzindo conhecimentos por meio do afeto.
A escola é uma arvore. A árvore é alimentada e alimenta. Abriga e
ensina aos passantes à sua sombra. Sustenta os que se aconchegam e fazem
seus ninhos e, como pássaros, prepara ali uma nova geração para voar.
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. CAPITULO III
AFETO E APRENDIZAGEM
“Os gregos diziam que a filosofia nasce da surpresa.
Em termos psicológicos, isso é verdadeiro se aplicado a
qualquer conhecimento no sentido de que todo
conhecimento deve ser antecipado deve ser antecedido de uma
sensação de sede. O momento da emoção e do interesse
deve necessariamente servir de ponto de partida a qualquer tra_
trabalho educativo”.
Vygotsky
Não é nenhuma teoria pedagógica nova nem a mais nova descoberta
científica para dar-nos melhor qualidade de vida. Trata-se de algo que acompa-
nha o homem desde o nascimento da sua história. Todavia, às vezes, fica des-
percebido nas relações humanas, que, por sinal, são humanas por causa dele.
Nossos impulsos emocionais têm início no afeto. Referimo-nos às
sensações que se vivenciam no campo dos sentimentos e que nos trazem
experiências reais, boas ou ruins. Essas experiências são responsáveis pelo
nosso prazer em viver e , em grande parte, pelo sucesso ou insucesso acadê-
mico.
O afeto, entretanto, quando resulta da prática do amor, torna-se
amorosidade, atitude que se reveste em um estímulo para o aprendizado,
dando clareza e entendimento à consciência. É por meio do amor que se
obtém saúde mental e emocional. É por sua ação que os alunos são encora-
jados a romperem os seus limites em voos mais altos e a respeitarem volunta-
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riamente os limites estabelecidos para a sua disciplina e aprendizado.
É preciso conquistar não apenas as habilidades acadêmicas , mas
também as aptidões emocionais que capacitarão os alunos para lidar com
fracassos, falhas, decepções e até com o próprio sucesso.
Ninguém chega à escola sem antes ter sido, de alguma forma,
movido em suas dimensões afetivas. O cotidiano afeta e produz sentimentos
que podem ser negativos, culminando em dificuldade de aprendizagem/
fracasso escolar.
Ainda que o afeto não seja considerado, em muitas práticas peda-
gógicas, ele é, inevitavelmente, lembrado nas dificuldades de aprendizagem,
porque, em sua grande parte, elas estão relacionadas à ausência dele.
Nesses casos, antes do aluno sentir-se objeto de ensino do
professor, necessita sentir-se alvo do seus amor. Antes de sentir-se elemento
de uma classe, necessita sentir-se acolhido por ela. O afeto deverá ser a
primeira matéria a ser ministrada e a paciência sua guardiã Evidentemente, o
Aluno com dificuldades de aprendizagem não pode ser discriminado nem pela
falta nem pelo excesso de atenção. AS relações naturais de integração huma-
na na sala é que servirão de ponte para o desenvolvimento pessoal e acadê-
mico. Quem possui o domínio da classe é o professor.
Na atuação docente e psicopedagógica, encontram-se casos de
alunos que absorvem as cargas emocionais dos pais como se fossem suas.
Um determinado aluno, de sete anos,teve o rendimento escolar diminuído, em
razão da separação dos pais. O seu silencioso sofrimento o consumia. É
normal os pais perceberem quando a criança sofre, mas ninguém consegue
aferir realmente o grau da sua dor.
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O pai saiu de casa e ele ficou com a mãe. Por algum motivo, sentiu-se
culpado e desenvolveu uma extrema insegurança. Afinal, para ele, o pai o
havia deixado. Quando o menino saia com a mãe não se desgrudava dela. O
seu medo era que ela também fosse embora, assim como o pai. Obviamente,
essa insegurança o acompanhou até a escola. Lia a lição, aprendia, porque
estudava, mas, quando ia responder às perguntas, não sentia segurança em
suas respostas. ”Será que eu li o que li?” “Será que a professora falou o que
eu ouvi?” Eram as inquietações em sua mente.
Em um determinado momento, apesar de suas agruras emocionais o
menino participou de jogos organizados pela escola, pulou, correu, fez gol, e
por fim saiu vencedor.
Limitações de qualquer ordem podem ser vencidas pelos saudáveis
desafios do ambiente escolar. A escola deve favorecer os aspectos coletivos e
individuais que possuímos.
O que o aluno deseja realmente é a felicidade. Busca-a em todas as
suas atividades e ações, além disso, procura construir e reconstruir os ele-
mentos que o farão feliz e que são mais bem compreendidos nas suas emo-
ções. Mas as barreiras que encontra para o seu aprendizado, se não forem
desfeitas, poderão representar a renúncia dos seus projetos pessoais, ou algo
crônico que jamais será resolvido plenamente.
3-1 - Sala de aula afetiva
Um dos primeiros cuidados que o educador deve ter para exercer
atividades pedagógicas atraentes está ligado ao seu ambiente de trabalho. A
professora ou o professor é o guardião do seu ambiente. A começar pelos
seus movimentos em sala, que devem ser adequados e gentis. A postura, o
andar, o falar são observados pelos alunos, que o vêm como modelo. Inde-
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pendente da idade, da pré-escola à universidade, o professor será sempre
observado. Então, um bom ambiente para a prática do ensino começa por ele,
que canalizará a atenção do aprendente e despertará o interesse dele em
aprender.
Moraes (2003) afirma que muitos ambientes escolares provocam
mais desordem e caos do que ordem. Isto faz com que muitos prefiram ficar na
rua e deixar de aprender do que enfrentar uma sala de aula que não tem nada
a ver com seus desejos e aspirações de vida.
Para muitos as dificuldades de aprendizagem estarão sempre sendo
Superadas pela relação professor e aluno. Em certo sentido, o termo
“dificuldade de aprendizagem” pode ser aplicado ao universo docente, em
decorrência dos vários problemas estruturais que existem. Mas, quando
amamos, podemos fazer da escola de paredes descascadas, pintura velha,
carteiras quebradas, pessoal mal remunerado, até sem água, luz e material
didático um ambiente fomentador de conhecimentos e vida, contra todas as
probabilidades.
O que o aluno quer na escola é pulsar vida. Se a sala estará em um
campo ou em uma cidade, não importará tanto, desde que ela seja o seu
espaço de expressão e seu momento de experiências.
Muitos alunos chegam à escola com a vida familiar em suas
mentes. Ativos ou desconcentrados, abatidos ou alegres, precisam estar
atentos ao trabalho para aprenderem. Esse é o momento propício para
focalizar as atividades. Pensar no amor e no prazer de aprender e ensinar.
Concentrar-se na necessidade da formação de um ambiente que estabeleça a
intimidade entre os saberes de cada um que, somados, formam os valores de
uma sala de aula.
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Esses valores devem vir antes de qualquer ensino. Educar não
consiste apenas em passar conhecimento acadêmico, porque a vida é
demasiadamente afetiva para ser deixada fora da escola.
À escola, já não cabe apenas o papel da transmissão teórica do
currículo formal nem o de ser um produto da demanda de mercado, pois a
escola, assim como a família, envolve a infância, a juventude e, em muitos
casos, a fase adulta do indivíduo. Portanto, sua responsabilidade social
amplia-se a termos que superam os preceitos acadêmicos e inserem-se nas
dimensões afetivas do ser.
Charlot (2001) diz que a escola representa para os jovens o lugar de
encontro, um dos poucos lugares onde podem ir e vir, já que a família, na
tentativa de garantir-lhes um futuro melhor tenta “prendê-los, protegê-los das
drogas, da violência e das “más companhias”. Segundo Charlot, a escola,
como espaço privilegiado de socialização, parece cumprir parte da missão que
está na sua origem: ajudar crianças e jovens a conviver, a aprender e a passar
do mundo infantil para o mundo adulto.
Sob a perspectiva de Piaget, o conhecimento se dá a partir da ação
do sujeito sobre a realidade e a aprendizagem depende do estágio de desen-
volvimento atingido pelo sujeito, onde cada novo estágio ocorre apenas
quando há o equilíbrio que é fruto das assimilações e acomodações feitas
no estágio anterior.
O conhecimento assimilado constitui novas experiências e organiza
novas ideias e conceitos. As novas aprendizagens alicerçam-se nas anteriores,
Onde a inteligência desenvolve as aprendizagens mais simples dando base as
mais complexas.
Piaget (1964) distribui o desenvolvimento da criança por estágios,
ocorrendo uma modificação progressiva dos esquemas de assimilação, propi-
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ciando diferentes maneiras do indivíduo organizar seus conhecimentos objeti-
vando sua adaptação.
As relações estabelecidas entre professor e aluno devem ser sus-
tentadas por enorme porção de afetividade, pois a interação destes pares
concebe o suporte para aquisição do conhecimento.
O papel da afetividade é de uma energia que motiva o interesse e o
entusiasmo, sem modificar as estruturas da inteligência. E essa afetividade é
o fio condutor que impele o sujeito ao conhecimento.
Ao adquirir novos conhecimentos, o sujeito passa pelo processo de
aprendizagem. Portanto,este processo é capaz de desenvolver competências
e mudar comportamento. Neste processo estão envolvidos aspectos que cir-
culam entre si: familiar e pedagógico.
O afeto na família é de suma importância para um desenvolvimento
saudável da criança, pois é o princípio da autoestima e de valores equilibrados.
O papel da família nas primeiras aprendizagens é “ ensinar brincan-
do”, pois esta interação proporciona o desenvolvimento de muitas habilidades,
podendo existir neste momento a percepção de algum problema que possa
existir com a criança.
Não é somente a escola que deve educar e ensinar. A participação
da família é intransferível.
Muitos pais erroneamente pensam que o desenvolvimento come-
ça na escola, mas a base se dá na família, pois é onde a criança se estrutura,
cria vínculos afetivos, iniciando seu desenvolvimento cognitivo e emocional.
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A afetividade torna-se um caminho para aprendizagem, pois é ponto de
equilíbrio na relação entre professor, aluno e família contribuindo para uma
prática pedagógica com um olhar e uma escuta diferenciados.
3.2 – Modalidade de Aprendizagem
Podemos observar uma particular “modalidade de aprendizagem”, em
cada um de nós, ou seja, uma maneira pessoal para aproximar-se do
conhecimento e para conformar o saber. Tal modalidade de aprendizagem
se constrói desde o nascimento, e por ela nos deparamos com a angústia
inerente ao conhecer-desconhecer.
Para descrever a modalidade, observamos: a) A imagem que se faz de
si mesmo como aprendente; como agem as figuras ensinantes pai e mãe.
b) O vínculo do objeto de conhecimento. c) A história das aprendizagens,
principalmente algumas cenas paradigmáticas que fazem a novela pessoal de
aprendente que cada um constrói. d) A maneira de jogar. e) A modalidade de
aprendizagem familiar.
Ainda que a modalidade de aprendizagem em um aluno com proble-
mas para aprender costume ser sintomática, e por isso lhe dificulta aprender,
Por outro lado também algo lhe permitiu e lhe permite aprender. Com isso
procurar-se-á investigar como fez para aprender o que aprendeu.
Observou-se que a modalidade de aprendizagem do sujeito na
infância está entrelaçada com uma “modalidade de aprendizagem familiar”,
serão observadas as características deste modo familiar de aproximar-se do
não conhecido. Ocultam ou escondem, se escondem, valorizam o segredo,
comunicam-se com o conhecido.
Diferencia-se “modalidade de aprendizagem” de “modalidade de inteli-
cia”. A aprendizagem é um processo que intervêm a inteligência, o corpo, o de-
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sejo, o organismo, articulado em um determinado equilíbrio; mas a estrutura
intelectual tende também a um equilíbrio para estruturar a realidade e sistema-
tizá-la utilizando dois movimentos que Piaget definiu como invariantes: assimi-
lação e acomodação.
Piaget observa que, ainda que os detalhes dos movimentos assimila-
tivos ou acomodativos variem, há uma invariabilidade em sua apresentação,em
qualquer processo de adaptação de todo ser vivo. Estas constantes proporcio-
nam o vínculo fundamental entre o biológico e a inteligência.
28
CONCLUSÃO
Segundo webartigo de 18012015, na qual concordo , diante de toda proposta, conclui-se que na educação, a escola é quem melhor pode promover
a vida, de plena vivência, experimentando sem desperdício, expressando o
valor da coletividade na individualidade de cada um, participando do cotidiano
e produzindo conhecimentos por meio do afeto.Aqueles que vivenciaram uma
educação do amor, ao longo dos anos, aprenderam que, na perseverança,
ensina-se pela experiência; a experiência é dádiva do tempo, e o tempo e
despojo das suas conquistas.
Para tanto é importante observar que todo o tabalho docente, inicia-se
no próprio docente por si só ou com intermédio de outra colega, do diretor, do
coordenador ou até mesmo do Psicopedagogo Institucional. O aluno capta
muito do sentir de seu professor e sente o bem que este quer realizar ou não.
O docente deve ter claro na sua cabeça e no seu coração, o seu real desejo,
pois para ajudar deve estar preparado.
“ A escola dos sonhos dos sonhadores, da poesia dos poetas,
da maternidade, da luta dos lutadores começa com a crença de que, em
se falando de vida – e como educação é vida -, a solução está no afeto.”
Para Gabriel Chalita (2004, p.251) o professor, a alma da educação,
a alma da escola, o sujeito mais importante na formação do aluno. O professor
referencial, o professor mestre, o professor companheiro, o professor amigo, o
professor guia, o professor educador. Que missão magnífica é essa? Que
carreira privilegiada. Poder contribuir na formação do caráter, da história dos
cidadãos. A sala de aula é um espaço sagrado em que o aluno merece ser
valorizado e incensado pelo afeto e pelo saber.
29
A criança é resultado do meio em que vive. A aprendizagem é singular
para cada ser humano e o estímulo positivo promove a motivação. A família
ajuda a criança a criar as oportunidades quando dá afeto e segurança a ela, e
a escola complementa tudo isso formando seres humanos para o futuro, mas
com o coração e a mente preenchidos de amor, afeto, esperança e crença de
que é possível mudar e melhorar situações já que por experiência própria eles
viram ser possível.
O aluno precisa de motivação (gostar, querer, prazer). Ele só aprende
quando transforma a informação em gostar, querer e prazer. Para aprender
ele tem que estar motivado e sentir que o afeto está presente na relação
ensinante/aprendente, sejam familiares, professores ou alguém a eles ligado.
O aluno precisa do humano. Em um mundo onde a violência se faz
presente diariamente, onde a agressividade é muito assustadora, a solução
esá no afeto. Em um mundo onde a criança,o jovem, o idoso convivem com
desrespeito, a solução está no afeto. Em um mundo onde se atingiram al-
tos graus de excelência na robótica e na ciência, na revolução da informação,
mas não se conseguiu entender o humano, a solução tem que estar no afeto.
Só com afeto podemos deixar de ter fracassos ou problemas de
aprendizagem ou diminuir em muito essas ocorrências. E a Psicopedagogia
está aí, para auxiliar os professores, a escola, a família a detectar antecipada-
mente qualquer distúrbio de aprendizagem de fato. Muitos deles são oriundos
de falta de afeto, amor, atenção. Nós não podemos avaliar nem medir uma dor
emocional só conseguimos detectá-la e ajudar a aliviá-la.
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ANEXO I
LEMBRANÇAS DO TEMPO DE ESCOLA Lembro do tempo em que comecei a aprender a ler e escrever foi com a profes-sora Sueli, ela foi a base da minha vida estudantil lá se vão aproxima -damente cinquenta e quatro anos. A partir daí sempre fui uma aluna aplicada e tirava boas notas. Lembro da primeira vez que fui à escola, era um local que todos os meus irmãos, éramos em oito, estudamos. Escola Chile em Olaria, fiquei na janela vendo minha irmã Angela indo embora, até hoje sinto a sensação de solidão que tive naquela época, mas gostei da escola. No final do segundo ano tirei primeiro lugar e levei a medalha para casa que tenho até hoje. Penso que apesar de ser a muito tempo atrás, consegui ser dedicada e batalhadora em virtude de ter tido professores dedicados e já sentiam que o afeto, o amor e o carinho despertariam nos alunos vontade de estudar para vencer e ser bem sucedido, tendo por base o aprendizado na escola primaria que me fez levar para meu dia a dia até a idade adulta Penso eu que os professores da época já sentiam que sem afeto não se chegaria a lugar nenhum. Realmente relembrando o passado tenho certeza que os professores são uma enorme referência para nós adultos que fomos crianças um dia também. E trazemos para o hoje todas as boas ou más lembranças daquela época. Escola Oswaldo Cruz em Higienópolis onde estudei da terceira à sexta série. D.João VI onde estudei o ginásio até hoje nossa turma tem ao menos um encontro por ano mais ou menos quarenta colegas e até uma professora. Colégio Clovis Monteiro que tinha colegas oriundos do D.João VI. Temos boas lembranças dessa época, de nossos professores alguns não estão nem mais aqui mais até hoje são lembrados. E culminou na Universidade que também até hoje nos encontramos e lembramos de colegas, de professores e de fatos ocorridos que se não tivesse tido amor, dedicação, afeto emoções, com certeza hoje não estaríamos nos reunindo e tendo essas lembranças. Sinto que hoje sou uma pessoa muito melhor do que seria se não tivesse tido o afeto e dedicação dos meus professores, amigos e família quando criança.
32
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
FERNÁNDEZ, Alicia. A Inteligência Aprisionada. Porto Alegre: Ed. Artmed,
1991..
BOUCLAIR, João. Para entender Psicopedagogia. Rio de Janeiro: Ed.Wak,
2009.
BOUCLAIR, Joaõ. Do Fracasso Escolar ao Sucesso na Aprendizagem:
Proposições Psicopedagógicas. Rio de Janeiro: Ed.Wak, 2008.
CHAVES, Antonio Chaves. Projeto de Pesquisa, Guia Prático de monografia.
Rio de Janeiro: Ed. Wak, 2007.
CUNHA, Eugenio. Afeto e Aprendizagem. Rio de Janeiro: Ed. Wak, 2012
JOÃO, Oliveira. Mente Humana. Rio de Janeiro: Ed.Wak, 2014.
LEITE, Luiza Elena, PINTO, Katia Osternack. Mente e Corpo. Rio de Janeiro:
Ed. Wak, 2007.
OLIVIER, Lou de. Distúrbios Familiares. Rio de Janeiro: Ed. Wak, 2008.
RELVAS, Marta Pires. Fundamentos Biológicos da Educação. Rio de Janeiro:
Ed. Wak, 2009
.
RELVAS, Marta Pires. Neurociência e Educação. Rio de Janeiro: Ed. Wak,
2010.
33
RELVAS, Marta Pires Relvas. Que cérebro é esse que chegou na Escola?.
Rio de Janeiro: Ed. Wak, 2014.
PORTO, Olivia. Bases da Psicopedagogia, Rio de Janeiro: Ed. Wak, 2011.
34
WEBGRAFIA
<URL:htpp://www.efdeportes.com> Importância da Afetividade no Processo de
Ensino/ Aprendizagem dos Alunos do Ensino Fundamental. data de acesso:
18/01/2015.
<URL: htpp://www.webartigos.com> Importância do Afeto no Processo de
Ensino/Aprendizagem. Data de acesso: 18/01/2015.
<URL: htpp://WWW.cpers.org.br/índex.php?&cd_artigo=452&menu=36> A
Relação entre afeto e Aprendizagem num
Olhar Psicopedagógico. Data de acesso: 25/01/2015.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I 10
A PSICOPEDAGOGIA COMO AUXÍLIO AO PROFESSOR
1.1 – Fazer e o pensar do Psicopedagogo 11
1. 2 – Fracasso do que aprende ou fracasso
do que ensina 12
CAPÍTULO II 15
AFETO, AFETIVIDADE E EMOÇÕES
CAPÍTULO III 20
AFETO E APRNDIZAGEM
3.1 – Sala de aula afetiva 22
3.2 – modalidade de aprendizagem 26
CONCLUSÃO 28
ANEXOS 30
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 32
WEBGRAFIA 34
ÍNDICE 35