documento protegido pela lei de direito autoral · 2015-02-07 · consciência da importância de...

36
1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA AS RELAÇÕES ENTRE AFETO E APRENDIZAGEM SOB O OLHAR DA PSICOPEDAGOGIA. Por: Maria da Graça Lins Reis do Couto Orientador Prof. Vilson Sergio Rio de Janeiro, 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

Upload: phamhanh

Post on 19-Jan-2019

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AVM FACULDADE INTEGRADA

AS RELAÇÕES ENTRE AFETO E APRENDIZAGEM SOB O

OLHAR DA PSICOPEDAGOGIA.

Por: Maria da Graça Lins Reis do Couto

Orientador

Prof. Vilson Sergio

Rio de Janeiro, 2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AVM FACULDADE INTEGRADA

AS RELAÇOES ENTRE AFETO E APRENDIZAGEM SOB O

OLHAR DA PSICOPEDAGOGIA.

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Psicopedagogia

Institucional.

Por: . Maria da Graça Lins Reis do Couto

3

AGRADECIMENTOS

A minha sobrinha Isabel in

memorian, a Deus por eu ter

conseguido chegar até aqui, à minha

mãe, meu pai e toda minha família.

4

DEDICATÓRIA

Dedico à esperança de uma

situação melhor para as crianças do

ensino publico que se tornarão os adultos

de amanhã.

5

RESUMO

A psicopedagogia busca resposta para entender dificuldade/fracasso de aprendizagem e neste trabalho tentamos apresentar várias situações que

podem acarretar a dificuldade de aprendizagem ou fracasso escolar. Podendo

ter origem em problemas cognitivos, como também na família, na escola, e na

convivência com o professor, etc.. A causa primeira é a ausência do afeto

que consequentemente trás inseguranças e uma aparente dificuldade de

aprendizagem. O amor auxilia na cognição. Aprendemos melhor quando

gostamos de quem nos ensina. Apresentamos situações onde a Psicopedago-

gia auxilia o professor, uma sala de aula afetiva. Coisas simples, mas que

possuem grande valor para o educando. Sem o afeto não é possível construir

nada.

6

METODOLOGIA

O presente estudo tem o propósito de abordar questões baseadas em

pesquisas bibliográficas atualizadas com relação ao tema desenvolvido, ou

seja, a relação entre afeto e aprendizagem sob olhar da Psicopedagogia.

Nessas bibliografias fazem parte autores renomados como Alicia Fernández ,

Eugênio Cunha, João Bouclair, e outros. Nesse estudo também foram feitas

pesquisas webgráficas tais como arquivos, sites, revistas eletrônicas sob a

temática pesquisada.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - A PSICOPEDAGOGIA COMO AUXÍLIO

AO PROFESSOR 10

CAPÍTULO II - AFETO, AFETIVIDADE E 15

EMOÇÕES. CAPÍTULO III – AFETO E APRENDIZAGEM 20

CONCLUSÃO 28

ANEXOS 30

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 32

WEBGRAFIA 34 ÍNDICE 35

8

INTRODUÇÃO

O presente estudo tem como objetivo mostrar a influência da relação

afetiva entre professor e aluno no processo de ensino/ aprendizagem e nas

relações pedagógicas professor-aluno do Ensino Fundamental.

Os alunos nesta fase necessitam de maior envolvimento, pois estão

no Início da sua ” formação” e sabemos que o afeto motiva o

comportamento e os levará a uma melhor aprendizagem. E que a relação

entre professor e aluno necessita ser baseada no afeto, confiança, liberdade

para que o aluno se entregue ao prazer de aprender.

Neste trabalho, será apresentada nas obras educacionais e

pedagógicas, fundamentação teórica sobre afeto/afetividade no processo de

aprendizagem, para sensibilizar os professores sobre a importância deste

tema. E tentar superar as transformações que o mundo vem atravessando e

que terminam nos afastando cada vez mais da nossa essência de ser

humano que é baseada no amor.

A afetividade e algo que deve estar sempre presente na sala de

aula, mas nem sempre a sua importância é levada em consideração.

Fundamentado na ideia que o ser humano deve ser visto como um todo, é

de suma importância considerar o papel da afetividade no desenvolvimento

psicológico e na formação de conhecimentos cognitivos/afetivos, os

mesmos são inseparáveis, as capacidades cognitivas necessitam da

presença de aspectos afetivos. (CORRÊA, 2008).

Para alguns professores é angustiante quando sentem dificuldade

de identificar o seu papel e a sua influência dentro da nova sociedade,

muitos acabam assumindo as funções dos pais e até de terapeutas na

9

tentativa de resolver os problemas emocionais e psicológicos dos seus

alunos, esquecendo que são apenas professores, isto não significa que o

professor não deve ter uma relação de amor e carinho com os seus alunos,

ao contrário, a escola é o lugar ideal para essa troca de afeto. É necessário

chamar a atenção que o professor não substitui a família e se o aluno

apresenta problemas psicológicos, somente o profissional especializado irá

ajudá-lo. Mas, os vínculos afetivos que são estabelecidos entre professor e

aluno são de grande importância para o desenvolvimento do aluno

(LIBÓRIO, 2009).

Assim sendo este estudo foi divido em três capítulos. No primeiro

procura-se observar o quanto a Psicopedagogia pode auxiliar o professor na

dificuldade de aprendizagem. No segundo capitulo observamos que o afeto,

afetividade e as emoções influenciam muito a criança afetando sua

aprendizagem. No terceiro observamos também que sem afeto a

aprendizagem se torna bastante difícil, em algumas situações prejudicando

um parecer dos profissionais.

10

CAPITULO I

PSICOPEDAGOGIA COMO AUXILIO AO PROFESSOR.

Nos últimos anos observam-se nas escolas preocupação com a

agressividade e violência dos alunos em sala de aula, os professores

reclamam dos comportamentos agressivos e desobediência por parte dos

alunos e sentem dificuldade em lidar com esses problemas, que dificultam o

relacionamento entre professor e aluno. É necessário que o professor tenha

consciência da importância de criar em sala de aula um espaço seguro onde

predomine a união e o afeto. Mesmo em situações de risco, o aluno possa

encontrar no professor segurança e apoio emocional e afetivo. Estudos

apontam a importância e a influência positiva dos professores no

desenvolvimento de crianças com risco psicossocial e como facilita a

adaptação destes alunos na escola, criando expectativas otimistas de um bom

relacionamento e consequentemente uma ótima aprendizagem (PICADO,

ROSE, 2009).

Estudos mostram que as relações entre professor, o conteúdo escolar e

o aluno são profundamente marcadas pela afetividade podendo gerar

impactos de aproximação ou distanciamento entre o aluno e o conteúdo.

Todas as atividades planejadas e desenvolvidas pelo professor possuem

influências na afetividade e na aprendizagem dos alunos. A maneira que o

professor apresenta o conteúdo em sala de aula pode afetar cada aluno de

uma maneira particular, repercutindo de diversas formas na sua aprendizagem.

Os mesmos esquecem-se da afetividade e muitas vezes se preocupam apenas

com o conteúdo e com as metodologias, podendo criar marcas profundas

(LEITE, 2012).

11

A afetividade exerce grande influência no processo

ensino/aprendizagem sob a ótica psicopedagógica. A Psicopedagogia se

preocupa com a educação significativa, onde o professor sempre utilize de

estratégias que são ligadas à afetividade para estimular o desenvolvimento

intelectual e a autonomia dos alunos. A prática pedagógica deve ser baseada

no diálogo entre professor e aluno, permitindo que o mesmo desenvolva

amplamente seu potencial criador, a socialização, a afetividade, a imaginação

e a espontaneidade (PIVA, 2010).

A psicopedagogia busca subsídios para compreender o fracasso

escolar, levando em consideração não só o cognitivo, mas também a

importância do papel do afeto na aprendizagem, não tem como separar

aprendizagem e afetividade, pois as duas caminham juntas. É importante a

intervenção psicopedagógica, porque muitas vezes a criança apresenta um

problema cognitivo, mas de origem emocional (FEDERLE, 2012).

1.1 – O fazer e o pensar do psicopedagogo.

Não é fácil para o professor a decisão de encaminhar um aluno para

atendimento psicopedagógico. Essa decisão requer uma análise cuidadosa da

Situação e um preparo especial para lidar com a reação dos pais, que na

maioria das vezes ficam insatisfeitos com o professor até mesmo com a

escola, achando que ambos agem de forma errada achando que seu filho não

tem nada.

Segundo Nadia Bossa (2000:02) “Muitos professores quando

encaminham o aluno para o psicopedagogo o fazem com intuito de melhor

auxiliá-lo, e não desistindo dele.” Por isso a psicopedagogia é muito

importante, é uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar,

feita por profissional, o que propõe uma visão abrangente para as soluções

12

das dificuldades que alguns enfrentam, analisando-a em diferentes

perspectivas da sociedade, da escola e do aluno.

A atuação do psicopedagogo é fundamental para que ele possa

conhecer o aluno. Este profissional deve estar preparado para lidar com

possíveis reações frente a algumas tarefas, tais como: resistências, bloqueios

raiva e sentimentos. Ele não deve parar de buscar meios, conhecer, estudar

para compreender de forma mais completa estas crianças já tão criticadas por

não corresponderem às expectativas dos pais e professores.

Ainda para Nadia Bossa (2000:02) a função do psicopedagogo na

área educativa é cooperar para diminuir o fracasso, seja este na Instituição

escolar, seja do próprio sujeito ou, o que é mais frequente de ambos.

A Psicopedagogia, como pode –se ver, tem seu lugar na clínica e na

Instituição. Cada um desses espaços implica uma metodologia específica de

trabalho. Em ambos, no entanto, devem ser consideradas as circunstâncias,

ou seja, o contexto de vida do sujeito, da família, da escola e da comunidade.

1.2 – Fracasso do que aprende ou fracasso do que ensina.

Segundo Alicia Fernandes a partir de uma experiência, tanto em

consultório como de supervisão em instituições hospitalares e

educativas,conclui que o fracasso escolar responde a duas ordens de causas

externas à estrutura familiar e individual do que fracassa em aprender, ou

internas à estrutura familiar e individual.

No primeiro caso, fala de problema de aprendizagem reativo, e no

segundo, de sintoma e inibição. Para resolver o primeiro, necessita-se recorrer

principalmente a planos de prevenção nas escolas(batalhar para que o

13

professor possa ensinar com prazer para que por isso seu aluno possa

aprender com prazer, tender a denunciar a violência encoberta e aberta,

instalada no sistema educativo, entre outros objetivos), porém, uma vez gerado

o fracasso e conforme o tempo de permanência, o psicopedagogo deverá

também intervir, ajudando por intermédio de indicações

adequadas(assessorando a escola, mudança de escola, orientação a uma

ajuda extraescolar mais pautada, a um espaço de aprendizagem extraescolar

expressivo, etc.) a que o fracasso do ensinante, encontrando um terreno fértil

na criança e sua família, não se constitua um sintoma neurótico.

Para resolver o fracasso escolar, quando provém de causas ligadas à

estrutura individual e familiar da criança(problema de aprendizagem – sintoma

ou inibição), vai ser requerida uma intervenção psicopedagógica especializada:

grupo de tratamento psicopedagógico à criança, grupo de orientação paralelo

de mães, tratamento individual psicopedagógico, oficina de trabalho, recreação

e expressão com objetivos terapêuticos, entrevistas familiares

psicopedagógicas, etc.

O problema de aprendizagem que constitui um ”sintoma” ou uma

“inibição” toma forma em um indivíduo, afetando a dinâmica de articulação

entre os níveis de inteligência, o desejo, o organismo e o corpo, redundando

em um aprisionamento da inteligência e da corporeidade por parte da estrutura

simbólica inconsciente.

Diz Sara Paín:”A função da Educação pode ser alienante ou

libertadora, dependendo de como for usada, quer dizer, a educação como tal

não é culpada de uma coisa ou de outra, mas a forma como se instrumente

esta educação pode ter um efeito alienante ou libertador”.

Alicia Fernandes crê que Sara Paín está falando de uma sociedade

enferma e causadora de enfermidades, que provoca oligotimia social e grande

parte dos transtornos de “aprendizagem reativos”.

14

“O problema de aprendizagem reativo”, ao contrário, afeta o aprender

do sujeito em suas manifestações, sem chegar a atrapar a inteligência:

geralmente surge a partir do choque entre aprendente e a instituição educativa

que funciona expulsivamente.

O sintoma-problema de aprendizagem expressa o atrape do aprender

por desejos inconscientes. As possibilidades existem, como a comida para o

anoréxico, mas se perdeu o desejo de aprender. Em troca, a criança que

apresenta um problema de aprendizagem reativo pôde, como o desnutrido,

desejar aprender, mas não lhe foram proporcionadas situações de

aprendizagem viáveis.

Augusto Cury em seu livro ”Pais Brilhantes, Professores fascinantes”

nos mostra que a utilização da prática pedagógica afetiva pelo professor pode

estimular não só a relação afetiva, como questão cognitiva/ social do aluno

(2008, p.48):

Os educadores, apesar de suas dificuldades, são

insubstituíveis, porque a gentileza, a solidariedade, a

tolerância, a inclusão, os sentimentos altruístas, enfim,

todas as áreas da sensibilidade não podem ser ensina-

das por máquinas, e sim por seres humanos.

15

CAPÍTULO II

AFETO, AFETIVIDADE E EMOÇÕES

“ Sozinhos vamos mais rápido,

juntos vamos mais longe”.

Segundo o dicionário Aurélio (1986),

Afeto significa afeição, simpatia, amizade, amor. Sentimento de

paixão. O elemento básico da afetividade.

Afetividade significa qualidade ou caráter de afetivo. Conjunto de

fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções,

sentimentos e paixões, acompanhados sempre de impressão de dor ou

prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou

tristeza.

Emoção ato de mover (moralmente), abalo moral, comoção, reação

intensa e breve do organismo a um lance inesperado a qual se acompanha

de um estado afetivo de conotação penosa ou agradável.

A afetividade vem sendo debatida e defendida por profissionais da

saúde e da educação, principalmente por psicopedagogos. Os problemas

emocionais estão ligados aos conflitos interiores, dificultando sua interação

com o meio, a carência afetiva contribui com vários fatores que prejudicam a

aprendizagem. Na escola o aluno poderá apresentar problemas emocionais de

acordo com o relacionamento com a mãe, sendo assim o professor não deve

deixar passar despercebido a vida pessoal do seu aluno, é necessário que

conheça os pais e a vida que o mesmo leva fora da escola, só assim, poderá

16

conhecer e entender melhor seu aluno. O excesso ou a falta de afeto poderá

prejudicar à aprendizagem. Os problemas emocionais deverão ser trabalhados

em conjunto com a escola, a família e uma profissional psicólogo ou

psicopedagogo, que será responsável pela avaliação e intervenção terapêutica

auxiliando professores e a família do aluno (cunha, 2012).

O comportamento do professor serve de modelo para o aluno, certas

virtudes do mesmo, como paciência, dedicação, carinho, amizade e

companheirismo contribuem para uma boa aprendizagem. O professor

autoritário que não se importa com os alunos e não consegue ter um vínculo

afetivo com os mesmos, estará contribuindo para que estes tenham

comportamentos agressivos e criem na sala de aula um ambiente de

desarmonia. Aqueles que se consideram o dono do saber e os seus alunos

devem continuar inerte diante das situações problema, que não lhes dá

liberdade para se manifestar, não proporciona momentos de trocas de

conhecimentos entre os colegas, não deixa que aprendam por si só, está

dificultando a aprendizagem dos seus próprios alunos (FERRARI, 2012).

Augusto Cury escreve como é importante o papel do professor como um

profissional, que independente de suas limitações, se faz necessário, com a

sua presença pode modificar de forma especial e agir na vida de seus alunos

como exemplo, através de seus atos e sua conduta profissional. Os

professores precisam entender que o ato de ensinar requer afeto, quando

existem amor e carinho, certamente aprende-se melhor.

O ato de ensinar e aprender devem ser compreendidos com um gesto

de amor. Para que o Professor tenha sucesso no seu trabalho, é de grande

importância que ele tenha um ótimo controle emocional, bom relacionamento e

a certeza que escolheu a profissão certa. É de suma importância que o

professor saiba situar-se como mediador, pois ensinar requer amor, carinho e

dedicação. O Mesmo precisa se comprometer em oferecer para seus alunos

17

uma educação de qualidade e com mais afetividade (SILVA & NAVARRO,

2012).

A escola é um local educativo, onde a sua função principal é mediar o

conhecimento e possibilitar ao aluno o acesso e a construção do saber. Onde,

as relações estabelecidas entre professor e aluno devem ser baseadas no

afeto e para que essa relação seja bem significativa e tenha sucesso no

processo de aprendizagem o diálogo é fundamental (SARMENTO, 2010).

Todo professor pode ser modelo de reconhecimento para o aluno,

mas quando se trata de um professor querido pelos alunos a aprendizagem

poderá acontecer muito mais do que o professor pretende ensinar. O

relacionamento entre professor e aluno deve ser uma relação de amizade, os

alunos não devem ser considerados como objetos onde o professor possa

manipulá-los, mas como pessoas que pensam, sentem, refletem, discutem,

tem opiniões e sabem decidir o que querem e o que não querem

(NASCIMENTO, 2012).

A importância da relação entre professor e aluno deve ser vista

como um ponto essencial para o desenvolvimento do aluno. A mesma não

pode ser vista como uma simples transmissão de conhecimento, onde o

professor ensina e o aluno aprende, mas sim como uma troca de

conhecimentos, onde o professor se destaca no papel do mediador. Essa

relação é indispensável para o crescimento interno do aluno, esta deve estar

alicerçada na confiança, no amor e no respeito. O professor deve repensar a

prática em sala de aula para que as aulas se tornem mais prazerosas e os

alunos participem ativamente, o mesmo deve deixar de lado o senso comum

que atribui à culpa da não aprendizagem à indisciplina e à falta de interesse

dos alunos, devem procurar rever sua postura pedagógica inovando as suas

aulas preparando projetos e estar sempre se aperfeiçoando profissionalmente

(SILVA & NAVARRO, 2012).

18

Segundo Almeida (1999), as relações afetivas se evidenciam, pois a

transmissão do conhecimento implica necessariamente,em uma interação

entre pessoas . Portanto, na relação professor/aluno, o afeto deve estar

presente. Sendo assim, o olhar afetivo do educador para seus alunos é

indispensável para a construção e sucesso da aprendizagem. Isto significa dar

credibilidade as suas opiniões, valorizar suas sugestões, observar,

acompanhar o seu desenvolvimento e demonstrar acessibilidade e

disponibilidade para diálogos.

Pode-se interpretar que o afeto esclarece a aceleração ou

retardamento da formação das estruturas neurais. Aceleração no caso de

interesses e necessidades, e retardamento quando a situação afetiva se torna

uma barreira para o desenvolvimento intelectual.

A afetividade é necessária na formação de pessoas felizes, éticas,

seguras e capazes de conviver com o mundo moderno que a cerca. No

ambiente escolar, o educador, além de dar carinho, e de aproximar-se do

aluno, se faz necessário saber ouvir e valorizar experiências trazidas pelo

aluno. É de suma importância deixar o educando expressar suas necessidades

e anseios, e é através do carinho e do cuidar que o professor dá o primeiro

passo rumo ao efetivo desenvolvimento cognitivo, afetivo e social deste ser em

desenvolvimento.

A velocidade do mundo fragmentou o homem moderno. Uma

mudança estrutural está transformando as sociedades, mudando as nossas

identidades, internalizando nos indivíduos significados e valores externos, que

expressam as características deste tempo e os seus objetivos. O sujeito pós-

moderno torna-se maleável, capitulado pela celeridade dos acontecimentos,

pelas necessidades e manifestações, esquecendo dos rudimentos que

tornaram elementares o desejo e o amor à vida.

19

Desta forma, fica-nos a impressão de que estamos sempre mais

longe de nós mesmos, de nossa família, da nossa fraternização. Parece que,

quando desejamos ser mais humanos, afáveis amorosos e verdadeiros,

estamos seguindo contra as correntes das águas, e isto é refletido na

educação. Como cada educando tem vivenciado suas emoções? As suas

dimensões afetivas estão ligadas a que? Muitas crianças e adolescentes,

quando, na verdade, estão afetivamente carentes. Afinal, nossa inteligência

não só agrega aspectos cognitivos mas também emocionais.

Durante anos aqueles que vivenciaram uma educação no amor

aprenderam que, na perseverança, ensina-se pela experiência: a experiência é

dádiva do tempo, e o tempo é despojo das suas conquistas.

Percebe-se que, quando se fala em fracasso na educação, é porque

durante décadas o afeto ficou fora da sala de aula, proporcionado o

tecnicismo, a dicotomia entre razão e emoção, o reducionismo arbitrário e a

aferição do valor do conhecimento mais pelo individualístico poder de trânsito

no mundo do que pelo seu poder de satisfação pessoal no compartilhar de

saberes.

Na educação, a escola é quem melhor pode promover a vida, de

vivência plena, experimentação sem desperdício, expressando o valor da

coletividade na individualidade de cada um, participando do cotidiano e

produzindo conhecimentos por meio do afeto.

A escola é uma arvore. A árvore é alimentada e alimenta. Abriga e

ensina aos passantes à sua sombra. Sustenta os que se aconchegam e fazem

seus ninhos e, como pássaros, prepara ali uma nova geração para voar.

20

. CAPITULO III

AFETO E APRENDIZAGEM

“Os gregos diziam que a filosofia nasce da surpresa.

Em termos psicológicos, isso é verdadeiro se aplicado a

qualquer conhecimento no sentido de que todo

conhecimento deve ser antecipado deve ser antecedido de uma

sensação de sede. O momento da emoção e do interesse

deve necessariamente servir de ponto de partida a qualquer tra_

trabalho educativo”.

Vygotsky

Não é nenhuma teoria pedagógica nova nem a mais nova descoberta

científica para dar-nos melhor qualidade de vida. Trata-se de algo que acompa-

nha o homem desde o nascimento da sua história. Todavia, às vezes, fica des-

percebido nas relações humanas, que, por sinal, são humanas por causa dele.

Nossos impulsos emocionais têm início no afeto. Referimo-nos às

sensações que se vivenciam no campo dos sentimentos e que nos trazem

experiências reais, boas ou ruins. Essas experiências são responsáveis pelo

nosso prazer em viver e , em grande parte, pelo sucesso ou insucesso acadê-

mico.

O afeto, entretanto, quando resulta da prática do amor, torna-se

amorosidade, atitude que se reveste em um estímulo para o aprendizado,

dando clareza e entendimento à consciência. É por meio do amor que se

obtém saúde mental e emocional. É por sua ação que os alunos são encora-

jados a romperem os seus limites em voos mais altos e a respeitarem volunta-

21

riamente os limites estabelecidos para a sua disciplina e aprendizado.

É preciso conquistar não apenas as habilidades acadêmicas , mas

também as aptidões emocionais que capacitarão os alunos para lidar com

fracassos, falhas, decepções e até com o próprio sucesso.

Ninguém chega à escola sem antes ter sido, de alguma forma,

movido em suas dimensões afetivas. O cotidiano afeta e produz sentimentos

que podem ser negativos, culminando em dificuldade de aprendizagem/

fracasso escolar.

Ainda que o afeto não seja considerado, em muitas práticas peda-

gógicas, ele é, inevitavelmente, lembrado nas dificuldades de aprendizagem,

porque, em sua grande parte, elas estão relacionadas à ausência dele.

Nesses casos, antes do aluno sentir-se objeto de ensino do

professor, necessita sentir-se alvo do seus amor. Antes de sentir-se elemento

de uma classe, necessita sentir-se acolhido por ela. O afeto deverá ser a

primeira matéria a ser ministrada e a paciência sua guardiã Evidentemente, o

Aluno com dificuldades de aprendizagem não pode ser discriminado nem pela

falta nem pelo excesso de atenção. AS relações naturais de integração huma-

na na sala é que servirão de ponte para o desenvolvimento pessoal e acadê-

mico. Quem possui o domínio da classe é o professor.

Na atuação docente e psicopedagógica, encontram-se casos de

alunos que absorvem as cargas emocionais dos pais como se fossem suas.

Um determinado aluno, de sete anos,teve o rendimento escolar diminuído, em

razão da separação dos pais. O seu silencioso sofrimento o consumia. É

normal os pais perceberem quando a criança sofre, mas ninguém consegue

aferir realmente o grau da sua dor.

22

O pai saiu de casa e ele ficou com a mãe. Por algum motivo, sentiu-se

culpado e desenvolveu uma extrema insegurança. Afinal, para ele, o pai o

havia deixado. Quando o menino saia com a mãe não se desgrudava dela. O

seu medo era que ela também fosse embora, assim como o pai. Obviamente,

essa insegurança o acompanhou até a escola. Lia a lição, aprendia, porque

estudava, mas, quando ia responder às perguntas, não sentia segurança em

suas respostas. ”Será que eu li o que li?” “Será que a professora falou o que

eu ouvi?” Eram as inquietações em sua mente.

Em um determinado momento, apesar de suas agruras emocionais o

menino participou de jogos organizados pela escola, pulou, correu, fez gol, e

por fim saiu vencedor.

Limitações de qualquer ordem podem ser vencidas pelos saudáveis

desafios do ambiente escolar. A escola deve favorecer os aspectos coletivos e

individuais que possuímos.

O que o aluno deseja realmente é a felicidade. Busca-a em todas as

suas atividades e ações, além disso, procura construir e reconstruir os ele-

mentos que o farão feliz e que são mais bem compreendidos nas suas emo-

ções. Mas as barreiras que encontra para o seu aprendizado, se não forem

desfeitas, poderão representar a renúncia dos seus projetos pessoais, ou algo

crônico que jamais será resolvido plenamente.

3-1 - Sala de aula afetiva

Um dos primeiros cuidados que o educador deve ter para exercer

atividades pedagógicas atraentes está ligado ao seu ambiente de trabalho. A

professora ou o professor é o guardião do seu ambiente. A começar pelos

seus movimentos em sala, que devem ser adequados e gentis. A postura, o

andar, o falar são observados pelos alunos, que o vêm como modelo. Inde-

23

pendente da idade, da pré-escola à universidade, o professor será sempre

observado. Então, um bom ambiente para a prática do ensino começa por ele,

que canalizará a atenção do aprendente e despertará o interesse dele em

aprender.

Moraes (2003) afirma que muitos ambientes escolares provocam

mais desordem e caos do que ordem. Isto faz com que muitos prefiram ficar na

rua e deixar de aprender do que enfrentar uma sala de aula que não tem nada

a ver com seus desejos e aspirações de vida.

Para muitos as dificuldades de aprendizagem estarão sempre sendo

Superadas pela relação professor e aluno. Em certo sentido, o termo

“dificuldade de aprendizagem” pode ser aplicado ao universo docente, em

decorrência dos vários problemas estruturais que existem. Mas, quando

amamos, podemos fazer da escola de paredes descascadas, pintura velha,

carteiras quebradas, pessoal mal remunerado, até sem água, luz e material

didático um ambiente fomentador de conhecimentos e vida, contra todas as

probabilidades.

O que o aluno quer na escola é pulsar vida. Se a sala estará em um

campo ou em uma cidade, não importará tanto, desde que ela seja o seu

espaço de expressão e seu momento de experiências.

Muitos alunos chegam à escola com a vida familiar em suas

mentes. Ativos ou desconcentrados, abatidos ou alegres, precisam estar

atentos ao trabalho para aprenderem. Esse é o momento propício para

focalizar as atividades. Pensar no amor e no prazer de aprender e ensinar.

Concentrar-se na necessidade da formação de um ambiente que estabeleça a

intimidade entre os saberes de cada um que, somados, formam os valores de

uma sala de aula.

24

Esses valores devem vir antes de qualquer ensino. Educar não

consiste apenas em passar conhecimento acadêmico, porque a vida é

demasiadamente afetiva para ser deixada fora da escola.

À escola, já não cabe apenas o papel da transmissão teórica do

currículo formal nem o de ser um produto da demanda de mercado, pois a

escola, assim como a família, envolve a infância, a juventude e, em muitos

casos, a fase adulta do indivíduo. Portanto, sua responsabilidade social

amplia-se a termos que superam os preceitos acadêmicos e inserem-se nas

dimensões afetivas do ser.

Charlot (2001) diz que a escola representa para os jovens o lugar de

encontro, um dos poucos lugares onde podem ir e vir, já que a família, na

tentativa de garantir-lhes um futuro melhor tenta “prendê-los, protegê-los das

drogas, da violência e das “más companhias”. Segundo Charlot, a escola,

como espaço privilegiado de socialização, parece cumprir parte da missão que

está na sua origem: ajudar crianças e jovens a conviver, a aprender e a passar

do mundo infantil para o mundo adulto.

Sob a perspectiva de Piaget, o conhecimento se dá a partir da ação

do sujeito sobre a realidade e a aprendizagem depende do estágio de desen-

volvimento atingido pelo sujeito, onde cada novo estágio ocorre apenas

quando há o equilíbrio que é fruto das assimilações e acomodações feitas

no estágio anterior.

O conhecimento assimilado constitui novas experiências e organiza

novas ideias e conceitos. As novas aprendizagens alicerçam-se nas anteriores,

Onde a inteligência desenvolve as aprendizagens mais simples dando base as

mais complexas.

Piaget (1964) distribui o desenvolvimento da criança por estágios,

ocorrendo uma modificação progressiva dos esquemas de assimilação, propi-

25

ciando diferentes maneiras do indivíduo organizar seus conhecimentos objeti-

vando sua adaptação.

As relações estabelecidas entre professor e aluno devem ser sus-

tentadas por enorme porção de afetividade, pois a interação destes pares

concebe o suporte para aquisição do conhecimento.

O papel da afetividade é de uma energia que motiva o interesse e o

entusiasmo, sem modificar as estruturas da inteligência. E essa afetividade é

o fio condutor que impele o sujeito ao conhecimento.

Ao adquirir novos conhecimentos, o sujeito passa pelo processo de

aprendizagem. Portanto,este processo é capaz de desenvolver competências

e mudar comportamento. Neste processo estão envolvidos aspectos que cir-

culam entre si: familiar e pedagógico.

O afeto na família é de suma importância para um desenvolvimento

saudável da criança, pois é o princípio da autoestima e de valores equilibrados.

O papel da família nas primeiras aprendizagens é “ ensinar brincan-

do”, pois esta interação proporciona o desenvolvimento de muitas habilidades,

podendo existir neste momento a percepção de algum problema que possa

existir com a criança.

Não é somente a escola que deve educar e ensinar. A participação

da família é intransferível.

Muitos pais erroneamente pensam que o desenvolvimento come-

ça na escola, mas a base se dá na família, pois é onde a criança se estrutura,

cria vínculos afetivos, iniciando seu desenvolvimento cognitivo e emocional.

26

A afetividade torna-se um caminho para aprendizagem, pois é ponto de

equilíbrio na relação entre professor, aluno e família contribuindo para uma

prática pedagógica com um olhar e uma escuta diferenciados.

3.2 – Modalidade de Aprendizagem

Podemos observar uma particular “modalidade de aprendizagem”, em

cada um de nós, ou seja, uma maneira pessoal para aproximar-se do

conhecimento e para conformar o saber. Tal modalidade de aprendizagem

se constrói desde o nascimento, e por ela nos deparamos com a angústia

inerente ao conhecer-desconhecer.

Para descrever a modalidade, observamos: a) A imagem que se faz de

si mesmo como aprendente; como agem as figuras ensinantes pai e mãe.

b) O vínculo do objeto de conhecimento. c) A história das aprendizagens,

principalmente algumas cenas paradigmáticas que fazem a novela pessoal de

aprendente que cada um constrói. d) A maneira de jogar. e) A modalidade de

aprendizagem familiar.

Ainda que a modalidade de aprendizagem em um aluno com proble-

mas para aprender costume ser sintomática, e por isso lhe dificulta aprender,

Por outro lado também algo lhe permitiu e lhe permite aprender. Com isso

procurar-se-á investigar como fez para aprender o que aprendeu.

Observou-se que a modalidade de aprendizagem do sujeito na

infância está entrelaçada com uma “modalidade de aprendizagem familiar”,

serão observadas as características deste modo familiar de aproximar-se do

não conhecido. Ocultam ou escondem, se escondem, valorizam o segredo,

comunicam-se com o conhecido.

Diferencia-se “modalidade de aprendizagem” de “modalidade de inteli-

cia”. A aprendizagem é um processo que intervêm a inteligência, o corpo, o de-

27

sejo, o organismo, articulado em um determinado equilíbrio; mas a estrutura

intelectual tende também a um equilíbrio para estruturar a realidade e sistema-

tizá-la utilizando dois movimentos que Piaget definiu como invariantes: assimi-

lação e acomodação.

Piaget observa que, ainda que os detalhes dos movimentos assimila-

tivos ou acomodativos variem, há uma invariabilidade em sua apresentação,em

qualquer processo de adaptação de todo ser vivo. Estas constantes proporcio-

nam o vínculo fundamental entre o biológico e a inteligência.

28

CONCLUSÃO

Segundo webartigo de 18012015, na qual concordo , diante de toda proposta, conclui-se que na educação, a escola é quem melhor pode promover

a vida, de plena vivência, experimentando sem desperdício, expressando o

valor da coletividade na individualidade de cada um, participando do cotidiano

e produzindo conhecimentos por meio do afeto.Aqueles que vivenciaram uma

educação do amor, ao longo dos anos, aprenderam que, na perseverança,

ensina-se pela experiência; a experiência é dádiva do tempo, e o tempo e

despojo das suas conquistas.

Para tanto é importante observar que todo o tabalho docente, inicia-se

no próprio docente por si só ou com intermédio de outra colega, do diretor, do

coordenador ou até mesmo do Psicopedagogo Institucional. O aluno capta

muito do sentir de seu professor e sente o bem que este quer realizar ou não.

O docente deve ter claro na sua cabeça e no seu coração, o seu real desejo,

pois para ajudar deve estar preparado.

“ A escola dos sonhos dos sonhadores, da poesia dos poetas,

da maternidade, da luta dos lutadores começa com a crença de que, em

se falando de vida – e como educação é vida -, a solução está no afeto.”

Para Gabriel Chalita (2004, p.251) o professor, a alma da educação,

a alma da escola, o sujeito mais importante na formação do aluno. O professor

referencial, o professor mestre, o professor companheiro, o professor amigo, o

professor guia, o professor educador. Que missão magnífica é essa? Que

carreira privilegiada. Poder contribuir na formação do caráter, da história dos

cidadãos. A sala de aula é um espaço sagrado em que o aluno merece ser

valorizado e incensado pelo afeto e pelo saber.

29

A criança é resultado do meio em que vive. A aprendizagem é singular

para cada ser humano e o estímulo positivo promove a motivação. A família

ajuda a criança a criar as oportunidades quando dá afeto e segurança a ela, e

a escola complementa tudo isso formando seres humanos para o futuro, mas

com o coração e a mente preenchidos de amor, afeto, esperança e crença de

que é possível mudar e melhorar situações já que por experiência própria eles

viram ser possível.

O aluno precisa de motivação (gostar, querer, prazer). Ele só aprende

quando transforma a informação em gostar, querer e prazer. Para aprender

ele tem que estar motivado e sentir que o afeto está presente na relação

ensinante/aprendente, sejam familiares, professores ou alguém a eles ligado.

O aluno precisa do humano. Em um mundo onde a violência se faz

presente diariamente, onde a agressividade é muito assustadora, a solução

esá no afeto. Em um mundo onde a criança,o jovem, o idoso convivem com

desrespeito, a solução está no afeto. Em um mundo onde se atingiram al-

tos graus de excelência na robótica e na ciência, na revolução da informação,

mas não se conseguiu entender o humano, a solução tem que estar no afeto.

Só com afeto podemos deixar de ter fracassos ou problemas de

aprendizagem ou diminuir em muito essas ocorrências. E a Psicopedagogia

está aí, para auxiliar os professores, a escola, a família a detectar antecipada-

mente qualquer distúrbio de aprendizagem de fato. Muitos deles são oriundos

de falta de afeto, amor, atenção. Nós não podemos avaliar nem medir uma dor

emocional só conseguimos detectá-la e ajudar a aliviá-la.

30

ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 > Lembranças de tempo de escola.;

31

ANEXO I

LEMBRANÇAS DO TEMPO DE ESCOLA Lembro do tempo em que comecei a aprender a ler e escrever foi com a profes-sora Sueli, ela foi a base da minha vida estudantil lá se vão aproxima -damente cinquenta e quatro anos. A partir daí sempre fui uma aluna aplicada e tirava boas notas. Lembro da primeira vez que fui à escola, era um local que todos os meus irmãos, éramos em oito, estudamos. Escola Chile em Olaria, fiquei na janela vendo minha irmã Angela indo embora, até hoje sinto a sensação de solidão que tive naquela época, mas gostei da escola. No final do segundo ano tirei primeiro lugar e levei a medalha para casa que tenho até hoje. Penso que apesar de ser a muito tempo atrás, consegui ser dedicada e batalhadora em virtude de ter tido professores dedicados e já sentiam que o afeto, o amor e o carinho despertariam nos alunos vontade de estudar para vencer e ser bem sucedido, tendo por base o aprendizado na escola primaria que me fez levar para meu dia a dia até a idade adulta Penso eu que os professores da época já sentiam que sem afeto não se chegaria a lugar nenhum. Realmente relembrando o passado tenho certeza que os professores são uma enorme referência para nós adultos que fomos crianças um dia também. E trazemos para o hoje todas as boas ou más lembranças daquela época. Escola Oswaldo Cruz em Higienópolis onde estudei da terceira à sexta série. D.João VI onde estudei o ginásio até hoje nossa turma tem ao menos um encontro por ano mais ou menos quarenta colegas e até uma professora. Colégio Clovis Monteiro que tinha colegas oriundos do D.João VI. Temos boas lembranças dessa época, de nossos professores alguns não estão nem mais aqui mais até hoje são lembrados. E culminou na Universidade que também até hoje nos encontramos e lembramos de colegas, de professores e de fatos ocorridos que se não tivesse tido amor, dedicação, afeto emoções, com certeza hoje não estaríamos nos reunindo e tendo essas lembranças. Sinto que hoje sou uma pessoa muito melhor do que seria se não tivesse tido o afeto e dedicação dos meus professores, amigos e família quando criança.

32

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

FERNÁNDEZ, Alicia. A Inteligência Aprisionada. Porto Alegre: Ed. Artmed,

1991..

BOUCLAIR, João. Para entender Psicopedagogia. Rio de Janeiro: Ed.Wak,

2009.

BOUCLAIR, Joaõ. Do Fracasso Escolar ao Sucesso na Aprendizagem:

Proposições Psicopedagógicas. Rio de Janeiro: Ed.Wak, 2008.

CHAVES, Antonio Chaves. Projeto de Pesquisa, Guia Prático de monografia.

Rio de Janeiro: Ed. Wak, 2007.

CUNHA, Eugenio. Afeto e Aprendizagem. Rio de Janeiro: Ed. Wak, 2012

JOÃO, Oliveira. Mente Humana. Rio de Janeiro: Ed.Wak, 2014.

LEITE, Luiza Elena, PINTO, Katia Osternack. Mente e Corpo. Rio de Janeiro:

Ed. Wak, 2007.

OLIVIER, Lou de. Distúrbios Familiares. Rio de Janeiro: Ed. Wak, 2008.

RELVAS, Marta Pires. Fundamentos Biológicos da Educação. Rio de Janeiro:

Ed. Wak, 2009

.

RELVAS, Marta Pires. Neurociência e Educação. Rio de Janeiro: Ed. Wak,

2010.

33

RELVAS, Marta Pires Relvas. Que cérebro é esse que chegou na Escola?.

Rio de Janeiro: Ed. Wak, 2014.

PORTO, Olivia. Bases da Psicopedagogia, Rio de Janeiro: Ed. Wak, 2011.

34

WEBGRAFIA

<URL:htpp://www.efdeportes.com> Importância da Afetividade no Processo de

Ensino/ Aprendizagem dos Alunos do Ensino Fundamental. data de acesso:

18/01/2015.

<URL: htpp://www.webartigos.com> Importância do Afeto no Processo de

Ensino/Aprendizagem. Data de acesso: 18/01/2015.

<URL: htpp://WWW.cpers.org.br/índex.php?&cd_artigo=452&menu=36> A

Relação entre afeto e Aprendizagem num

Olhar Psicopedagógico. Data de acesso: 25/01/2015.

35

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I 10

A PSICOPEDAGOGIA COMO AUXÍLIO AO PROFESSOR

1.1 – Fazer e o pensar do Psicopedagogo 11

1. 2 – Fracasso do que aprende ou fracasso

do que ensina 12

CAPÍTULO II 15

AFETO, AFETIVIDADE E EMOÇÕES

CAPÍTULO III 20

AFETO E APRNDIZAGEM

3.1 – Sala de aula afetiva 22

3.2 – modalidade de aprendizagem 26

CONCLUSÃO 28

ANEXOS 30

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 32

WEBGRAFIA 34

ÍNDICE 35

36