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0 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS GRADUAÇÃO “LATU SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A GESTÃO DE PESSOAS NO ÂMBITO ESCOLAR Por: Marlon Mencari Felix Orientador Profº : Ms . Carlos Cereja Niterói 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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    UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

    PÓS GRADUAÇÃO “LATU SENSU”

    AVM – FACULDADE INTEGRADA

    A GESTÃO DE PESSOAS NO ÂMBITO ESCOLAR

    Por: Marlon Mencari Felix

    Orientador

    Profº : Ms . Carlos Cereja

    Niterói

    2014

    DOCU

    MENT

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  • 1

    UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

    PÓS – GRADUAÇÃO “ LATU SENSU”

    AVM – FACULTADE INTEGRADA

    A GESTÃO DE PESSOAS NO ÂMBITO ESCOLAR

    Apresentação da monografia à Universidade

    Candido Mendes como condição prévia para a

    conclusão do curso de Pós – Graduação “Latu

    Sensu” em Gestão de Recursos Humanos. São os

    objetivos da monografia perante o curso.

    Por : Marlon Mencari Felix

  • 2

    AGRADECIMENTOS

    ... a minha esposa, aos meus amigos, aos meus alunos, etc...

  • 3

    DEDICATÓRIA

    ... dedico aos meus pais, esposa, amigos, alunos ...

  • 4

    RESUMO

    O presente trabalho foi organizado em capítulos de forma sucinta onde

    profissionais da área da Gestão Educacional (Diretores, Coordenadores,

    Secretários Escolares e Professores), poderão obter diversas, orientações e

    informações acerca da Gestão de Pessoas no Âmbito Escolar. E como uma

    visão mais humanista é importante no gerenciamento de pessoas. Esta

    pesquisa contou com o corpo teórico dos seguintes autores : Juliana Pontelo,

    Lucineide Cruz, Idalberto Chiavenato, Jean Pierre Marras, Antônio Lima

    Ribeiro, Roberto Giancaterino, José do Prado Martins, José Carlos Líbaneo,

    Revista Gestão Educacional, Revista Linha Direta – Educação por Escrito. O

    trabalho tem como problema propor que a Gestão de Pessoas nas escolas

    privadas pode ser feita de uma maneira mais humanista. Mostrando como a

    gestão de pessoas nas Instituições de Ensino Privado pode ser realizada de

    maneira mais harmônica. E através de uma gestão mais humanista elevar a

    auto – estima dos profissionais da educação evitando com isso adoecimento e

    a desistência por parte desses profissionais, de continuar exercendo seu ofício,

    devido as condições de trabalho e a difícil convivência com seus gestores. E

    este trabalho tenta mostrar que a relação entre Gestores e profissionais da

    educação pode ocorrer de maneira mais harmônica e humanista.

  • 5

    METODOLOGIA

    Pretendo direcionar a minha pesquisa embasada em livros, jornais,

    revistas, Internet, questionários, fontes que retratem com bastante consistência

    o objetivo abordado pelo trabalho, proporcionando com isso maior

    embasamento teórico para o seu desenvolvimento.

    Está pesquisa conta com a contribuição teórica dos seguintes autores:

    José Carlos Libâneo, José do Prado Martins, Roberto Giancaterino, Antônio de

    Lima Ribeiro, Jean Pierre Marras, Idalberto Chiavenato, Juliana Pontelo,

    Lucineide Cruz, Revista Linha Direta – Educação por Escrito e Revista Gestão

    Educacional.

    Outro método utilizado será a pesquisa de campo, onde farei um

    trabalho de observação na escola na qual exerço a função de coordenador

    pedagógico, realizando entrevistas com funcionários e gestores.

  • 6

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO ............................................................................................. 7

    CAPÍTULO I – A GESTÃO DE PESSOAS ................................................... 9

    CAPÍTULO II – GESTÃO EDUCACIONAL .................................................. 23

    CAPÍTULO III – O PAPEL DO DIRETOR ESCOLAR NA GESTÃO DE PESSOAS .................................................................................................... 39

    CONCLUSÃO .............................................................................................. 49

    BIBLIOGRAFIA ............................................................................................ 51

    ÍNDICE ......................................................................................................... 52

  • 7

    INTRODUÇÃO

    Esse trabalho tem como objetivo mostrar que a Gestão de Pessoas, algo tão difícil e tão fácil ao mesmo tempo. Difícil pelas diferenças individuais entre

    os seres humanos, fácil porque todo ser humano nada mais quer do que ser

    tratado com justiça. E que uma correta Gestão de Pessoas é o mais importante

    fator que permite as organizações alcançar com mais facilidade seus objetivos.

    E a escolha do tema se deu por conta do adoecimento e a desistência

    dos profissionais da área educacional de continuar exercendo seu ofício,

    devido as condições de trabalho e a convivência com seus gestores.

    A educação, como qualquer outra atividade humana, exige esforços

    convergentes de grupos de pessoas a fim de ser eficiente no alcance de seus

    objetivos e, portanto, necessária de ser bem administrada.

    Ao analisar os modelos de gestão, observa-se que, em geral, eles se

    articulam ao redor de alguns conceitos – chave que determinam sua forma de

    operação e a maneira pela qual direcionam as relações organizacionais das

    organizações.

    As reflexões e os questionamentos, no espaço educativo, especialmente

    quanto à forma de administração da escola, à concepção das pessoas

    diretamente envolvidas no processo educacional sobre a qualidade das

    práticas escolares e à possibilidade de estabelecer parâmetros confiáveis de

    qualidade aos serviços educacionais, também estarão presentes nesse

    trabalho. E levando as pessos a refletirem em cima do seguinte problema :“ A

    Gestão de pessoas nas instituições de ensino privado pode ser feita de uma

    maneira mais humanista?”. Mostrar como a Gestão de Pessoas nas instituições

    de Ensino Privado pode ser feita de maneira mais harmônica. E dessa forma

    compreender melhor como se dá as Gestão de Pessoas. E identificar na

  • 8

    relação do Gestor com os profissionais da educação, uma visão humanista.

    Concluindo que a visão humanista é de suma importância para o

    gerenciamento de pessoas.

    No que concerne à democratização da escola, é preciso, no entanto, que

    se levem em consideração não só aspectos políticos e sociais externos à

    escola mas também nos internos que inviabilizam qualquer discussão sobre

    sua democratização, como a qualidade de acesso e a permanência.

    Desta forma, busca-se discutir alternativas para a construção de um

    processo de gestão democrática, diante das atuais exigências da sociedade de

    um padrão de qualidade para o ensino em sua complexidade.

    Na gestão de pessoas não basta ter recursos e tecnologia ou bons

    serviços. É necessário dispor de talento humano capaz de transformar tudo

    isso em resultados maravilhosos. Afinal, o que é uma organização ou uma

    empresa, seja ela uma escola, senão um conjunto integrado de pessoas que

    lidam com recursos e tecnologia e com produtos e serviços? De nada adianta

    dispor de recursos financeiros, materiais, tecnológicos ou mercadológicos sem

    que se disponha de talento humano para aplicar todos esses recursos com

    inteligência e competência. Sem pessoas não há organizações ou empresas.

    Elas constituem o único elemento inteligente que proporciona rumos e

    direcionamento a toda e qualquer atividade organizacional.

    O primeiro capítulo aborda a gestão de pessoas e os seus desafios, e a

    importância do individuo dentro das organinações. O segundo retrata a gestão

    educacional mostrando a importância do capital humano nas instituições de

    ensino. O terceiro e último capítulo ressalta a relevância do diretor escolar na

    gestão de sua equipe, desempenhado seu papel de líder no gerenciamento dos

    profissionais envolvidos nas Instituições de Ensino.

  • 9

    CAPÍTULO I

    GESTÃO DE PESSOAS

    Gestão de pessoas, algo tão difícil e tão fácil ao mesmo tempo. Difícil

    pelas diferenças individuais entre os seres humanos, fácil porque todo ser

    humano quer ser tratado com justiça .

    Uma correta gestão de pessoas é o mais importante fator que permite as

    empresas alcançar com mais facilidade seus objetivos.

    A afirmativa acima, sempre repetida e aceita, nem sempre é

    verdadeiramente praticada na administração das empresas.

    “As organizações, independentemente do porte,

    mantêm um departamento, setor ou encarregado para

    administrar a admissão e a demissão de empregados,

    observando as legislações trabalhistas pertinentes. Em

    algumas existem também áreas designadas

    especificamente para cuidar do plano de carreira, cargos

    e salários, treinamentos, recrutamento e seleção e

    promoções.” Pontelo (2011, p.25 )

    Atualmente o termo que normalmente é empregado para essas funções

    é gestão de pessoas.

    “O conceito de gestão de pessoas pode ser definido

    como: a função gerencial que visa à cooperação das

    pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos

    objetivos tanto organizacionais quanto individuais

    GIL (2010,p.17).”

    De acordo com GIL (2010) essa expressão aparece no final do século

    XX e guarda similaridade com outras que também vêm popularizando-se, tais

  • 10

    como Gestão de Talentos, Gestão de Parceiros e Gestão do Capital Humano e

    constitui, a rigor, uma evolução das áreas designadas no passado como

    Administração de Pessoal, Relações Industriais e Administração de Recursos

    Humanos.

    Gestão de pessoas pode ser considerada então um novo para a área de

    recursos humanos. A mudança do termo coincide com uma mudança nas

    organizações, ou seja, com a forma como as organizações lidam com seus

    colaboradores.

    A área de Gestão de pessoas torna-se cada vez mais estratégica em

    uma organização. Mas por que a utilização da palavra estratégica? Qual a

    correlação entre estratégia, recursos humanos e liderança? A resposta a essas

    questões está no fato de que a área de recursos humanos tem por atribuições,

    entre outras, contratar e remanejar funcionários, propor melhorias nas relações

    de trabalho, avaliar desempenhos, promover ações educativas; ou seja, é

    aquela que está posicionada estrategicamente para gerir mudanças culturais

    na organizações.

    A área de recursos humanos desenvolve também estratégias para

    realizar a ligação da visão, missão, dos valores, da qualidade dos serviços, das

    políticas organizacionais, das metas e dos objetivos com os agentes

    participantes do processo – os integrantes da organização - , proporcionando

    ou otimizando um novo clima e uma cultura organizacional, quando preciso.

    “Conhecer, compreender, divulgar e internalizar a

    cultura de uma organização é, portanto, competência

    intrínseca da área de recursos humanos, pois o sucesso

    de uma organização está diretamente ligado ao

    funcionamento eficaz do fluxo cliente – fornecedor interno,

    visto que todos os que compõem o quadro funcional são,

    ao mesmo tempo, clientes internos e fornecedores

  • 11

    internos por estarem os departamentos e os setores

    interligados. Dessa forma, ao mesmo tempo em que

    repassam informações atendendo a demandas de outros

    setores (fornecedor interno ), precisam de dados,

    processos, informações e demandas de outros setores,

    sendo considerados clientes internos os que recebem os

    serviços”. Pontelo ( 2011,p.27 )

    Uma das características que um gestor eficaz deve ter é a antevisão, ou

    seja, ser capaz de pensar antecipadamente em soluções para possíveis

    problemas e capacitar a organização para a tomada de decisões rápidas. Ele

    deve ser capaz ainda de formar uma cultura organizacional orientada para

    soluções, e, para isso, o auxílio da área de recursos humanos é imprescindível.

    As organizações refletem no mercado o resultado de suas ações

    internas, hábitos, costumes, vícios,cultura, ou seja, a relação que possuem

    com os clientes internos e com os fornecedores internos. Isso faz com que se

    trone cada vez mais importante a área de recursos humanos, o que de maneira

    alguma exime de responsabilidade a liderança; muito pelo contrário: a liderança

    organizacional é a responsável por delegar as atribuições e as competências

    de seus colaboradores, e,dentre eles, as dos gestores de recursos humanos.

    Apesar de a área de recursos humanos poder atuar de forma tão

    estratégica nas organizações, muitos entraves ainda perduram, destacam-se

    os problemas fundamentais da administração de recursos humanos, entre eles,

    de acordo com Rezende (1986):

    O recurso humano perdura pouco valorizado pelos dirigentes e pelos

    gerentes, e administração de recursos humanos continua sujeita à

    redução ou à desativação de atividades por ocasião das crises;

    Falta de credibilidade quanto à real possibilidade da contribuição da

    administração de recursos humanos aos resultados das empresas;

  • 12

    Prevalecer a dúvida a respeito de ser ou não o treinamento de pessoal

    investimento com retorno garantido;

    Gerentes de recursos humanos ainda são mantidos ausentes dos

    planejamentos e das grandes decisões na grande maioria das

    empresas;

    A avaliação de desempenho – prática tão importante para o sucesso da

    administração de recursos humanos – continua encontrando dificuldade

    de aceitação ou sendo efetuada inconvenientemente, alimentando a

    frustração dos especialistas na área.

    Para que a área de recursos humanos possa cumprir seu papel, é

    necessário que haja liberdade para quebrar paradigmas, para criar o novo,

    para romper com hábitos e costumes e para poder trazer a inovação. Para

    tanto, torna-se necessário ter a liberdade e a segurança para identificar erros e

    propor mudanças, sendo fundamental o papel do gestor, pois é preciso que

    haja credibilidade. Sem liderança eficaz do gestor apoiando a área de recursos

    humanos nada ocorrerá.

    Não conhecer os funcionários é como não conhecer as peças de um

    jogo de xadrez; pode-se confundir um peão com um bispo e dar atribuições e

    funções que deveriam ser delegadas a outro. Maxwell ( 2002 ) comenta que é

    possível se ter um visão bem clara, um plano definido, recursos abundantes e

    uma incrível liderança, mas se não se contar com as pessoas certas, não se

    alcançará êxito . Você pode perder com bons membros, mas jamais ganhará

    com membros ruins.

    É necessário que o gestor de recursos humanos esteja afinado com a

    liderança, o mercado, os colaboradores e os clientes externos, acompanhando

    a evolução, os desafios, as barreiras e os progressos, pois no mercado em que

    se estuda cada vez mais o ponto forte e fraco do concorrente para poder atacar

    suas debilidades é preciso que a área de recursos humanos seja escudo

    protetor.

  • 13

    1.1 – A FUNÇÃO RECURSOS HUMANOS

    “Lidar com pessoas nas organizações é uma

    responsabilidade de crescente complexidade. O objetivo

    principal da área de Recursos Humanos é administrar as

    relações da organização com as pessoas que a compõe,

    consideradas, hoje, parcerias do negócio, e não mais

    meros recursos empresarias. Essa tarefa passou a ser o

    mais importante desafio interno das empresas , em plena

    era da informação - uma função estratégica demais para

    permanecer centralizada e monopolizada nas mãos de

    poucos especialistas, que atuam simplesmente na esfera

    tática ou operacional.” Ribeiro ( 2012, p.1)

    O profissional de Recursos Humanos deve prover a organização de

    meios capazes de avaliar as pessoas em todos os sentidos, desde a formação

    profissional até a coleta de informações que possam lhe indicar, ainda que

    parcialmente, o caráter de cada uma delas.

    Em uma época em que a globalização, a competição, o forte impacto da

    tecnologia e as célebres mudanças se tornaram os maiores desafios fora da

    organização, a vantagem competitiva das empresas hoje está na maneira

    como o conhecimento das pessoas é utilizado, de forma a colocá-lo logo e

    eficazmente em ação, na busca de soluções satisfatórias e de novos produtos

    e serviços inovadores.

    “O profissional de Recursos Humanos deve saber

    diferenciar as pessoas com as quais lida no dia a dia, pois

    os seres humanos são dotados de personalidades

    próprias, profundamente diferentes entre si e contam com

    uma história particular e diferenciada, e conhecimentos,

    habilidades, destrezas e capacidades indispensáveis à

  • 14

    adequada gestão dos recursos organizacionais. O

    profissional de Recursos Humanos deve considerar as “

    pessoas com pessoas”, e não como meros recursos da

    organização.” Ribeiro ( 2012, p.7)

    Foi na fase tecnicista ( 1950 – 1965 ) que o perfil do profissional de

    Recursos Humanos mudou significativamente . Surgiu, então, o primeiro

    administrador de pessoal . No recrutamento para essa função, as organizações

    passaram a privilegiar profissionais com currículos mais amplos, e já

    começaram a reconhecer a importância de profissionais com uma leve missão

    humanista como característica fundamental.

    A maioria das organizações fixou como fundamentais as características

    técnicas da visão múltipla do administrador, que passou a ser considerado o

    ideal para o profissional de Recursos Humanos. Era preciso uma visão holística

    e multidisciplinar de temas oriundos da economia, do marketing, da produção,

    das finanças, da psicologia, da sociologia e assim por diante, e um

    conhecimento profundo e atualizado dos aspectos trabalhistas legais.

    Ao recrutar um gestor de RH, até mesmo as pequenas empresas

    costumam pedir atributos ligados a “ motivação de equipes” e “desenvolvimento

    de subordinados”, mas ainda é usual a busca de profissionais que tenham

    grande empatia para estabelecer relações proveitosas, seja com os executivos

    da empresa, seja com os trabalhadores de “chão de fábrica”.

    A gestão de pessoas é uma das áreas que mais tem sofrido mudanças e

    transformações nos últimos anos. O profissional de Recursos Humanos pode

    aplicar e gerenciar o processo de avaliação de perfil de funcionários e

    candidatos, de acordo com as necessidades específicas da organização.

    Com a globalização dos negócios, o desenvolvimento tecnológico, o

    forte impacto da mudança e o intenso movimento por qualidade e

  • 15

    produtividade, surge uma eloquente constatação na maioria das organizações :

    o grande diferencial, a principal vantagem competitiva das empresas decorre

    das pessoas que mantêm e conservam o status – que geram e fortalecem a

    inovação e o que deverá vir a ser . São pessoas que produzem, vendem,

    servem o cliente, tomam decisões, lideram, motivam, comunicam, comunicam,

    supervisionam, gerenciam e dirigem os negócios das empresas . A maneira

    pela qual as pessoas se comportam, decidem, agem, trabalham, executam e

    melhoram as próprias atividades, cuidam dos clientes e tocam os negócios das

    empresas varia bastante. E esse quadro depende, em grande parte, de

    políticas e diretrizes das organizações que dizem respeito a como lidar com as

    pessoas em suas atividades.

    Administrar com as pessoas significa tocar a organização junto com os

    colaboradores e os parceiros internos que mais entendem dela e de seu futuro.

    Trata-se de uma nova visão das pessoas , não mais como um recurso de uma

    organização, mas como um objetivo. Essa é uma nova visão, não mais um

    recurso de organização, servil e passivo no processo, mas, fundamentalmente,

    trata-se de um sujeito ativo e provocador das decisões, empreendedor das

    ações e criador da inovação dentro das organizações. Mais do que isso, esse

    sujeito é um agente proativo, dotado de visão própria e, sobretudo, de

    inteligência – a maior, mais avançada e sofisticada habilidade humana.

    A área de Recursos Humanos deve estar voltado, permanentemente,

    para ajudar a organização a alcançar e a realizar suas missões, tornando-a

    competitiva. Além disso, também tem de prover empregados bem treinados e

    bem motivados, ao mesmo tempo em que desenvolve e mantém a qualidade

    de vida no trabalho, administrar as mudanças e incentivar éticas e o

    comportamento socialmente responsável.

    A missão desse departamento, entre outras funções, é:

  • 16

    Dimensionar e planejar as necessidades de pessoal, ao longo, médio e

    curto prazos, para atender às exigências do negócio e aos objetivos da

    empresa;

    Criar, atualizar e manter uma estrutura organizacional adequada aos

    objetivos empresariais e às suas relações com o ambiente;

    Atender às necessidades de recursos humanos da organização, a longo,

    médio e curto prazos, além de manter todos os cargos e funções

    adequadamente preenchidos;

    Prover a qualificação profissional dos recursos humanos da empresa;

    Remunerar o pessoal, competitiva e equivalentemente, considerando as

    características e as peculiaridades do negócio empresarial que

    impactam a relação do profissional com seu cargo e a contribuição para

    o desenvolvimento da empresa.

    A função de Recursos Humanos engloba diversas áreas:

    Departamento de pessoal;

    Recrutamento e seleção;

    Desenvolvimento dos recursos humanos;

    Avaliação de desempenho;

    Cargos e salários;

    Folha de pagamentos;

    Benefícios ;

    Orçamentos;

    Relações sindicais;

    Medicina do trabalho;

    Planejamento de carreira;

    Segurança do trabalho;

    Treinamento operacional.

  • 17

    1.2 – A NOVA FUNÇÃO PARA O PROFISSIONAL DE RECURSOS HUMANOS

    A consultoria interna é cada vez mais utilizada pelas empresas como

    forma de integrar a área de Recursos Humanos aos negócios da organização.

    “A novidade não é mais a mudança que vem

    ocorrendo na área de Recursos Humanos, e sim no modo

    como o profissional deve se preparar para exercer seu

    trabalho, ou seja, investindo na própria carreira, buscando

    a atualização constante e adquirindo a famosa

    multifuncionalidade, para que possa atuar como consultor

    interno de Recursos Humanos – novo perfil que as

    empresas têm exigido dos futuros contratados e dos

    próprios funcionários.” Ribeiro ( 2012,p.9 )

    Na opinião de especialistas, a carreira do consultor interno de Recursos

    Humanos requer automotivação constante, estudo, educação, treino e prática,

    flexibilidade para lidar com as pessoas, idoneidade e confiança para conquistar

    o cliente.

    Garantir um ambiente de trabalho seguro e adequado ao trabalhador é

    uma obrigação não só profissional, mas também humana. Cabe à área de

    Recursos Humanos zelar pelo bom ambiente de trabalho, para evitar más

    consequências estratégicas e legais para a organização.

    O treinamento e o desenvolvimento – junto com a função de buscar e

    escolher os melhores profissionais para a empresa – encabeçam a área de

    Recursos Humanos, que deve se preocupar em treinar os funcionários para o

    exercício de suas tarefas atuais e realizar programas que visem ao

  • 18

    desenvolvimento dos empregados para um desempenho cada vez melhor no

    futuro.

    Quanto ao perfil do profissional de Recursos Humanos, não se deve

    ignorar a dedicação integral, a coragem de decidir, a agilidade e visão ampla e

    moderna sobre gerenciamento, que são qualidades indispensáveis para

    empresas que se decidem pela contratação de gerentes e diretores para a área

    de Recursos Humanos.

    Muitas empresas cobram resultados, mas não deixam de se preocupar

    com o ser humano, criando condições para que as relações no trabalho

    possam ser melhores e, consequentemente, mais produtivas. No entanto,

    muitos executivos simplesmente ignoram esses conceitos e acreditam que o

    melhor negócio ainda é “usar o chicote”! Para esses gestores, a única

    linguagem que o funcionário entende é aquela que ameaça, pune e demite.

    Os conceitos que atualmente vigoram na cultura das empresas forçam o

    profissional de Recursos Humanos a ter ou desenvolver muita habilidade no

    trato com as pessoas, além de buscar habilidades não tão muito ligadas a sua

    rotina, como noções de estratégia empresarial, a fim de se valer de mais

    ferramentas na lida diária com o “material” mais frágil e precioso das

    organizações : o ser humano.

  • 19

    1.3 – MELHORIAS DAS RELAÇÕES EMPREGADOR – EMPREGADO

    As políticas de Recursos Humanos melhoram as relações entre o

    empregador e o empregado. Para estimular o pessoal, muitas empresas têm

    promovido ações como seminários, dinâmicas de grupo, encontro com

    funcionários, publicações periódicas e campanhas internas.

    Tais ações constituem uma das medidas que devem ser executadas. No

    entanto, convém ressaltar a necessidade de continuar com esses projetos e, o

    mais importante, de identificar-se com a filosofia da empresa.

    O objetivo do departamento de Recursos Humanos é criar oportunidades

    para as pessoas crescerem dentro da empresa.

    Profissionais de RH com perfil dinâmico e menos burocrático têm

    ocupado cada vez mais espaço, e as organizações já colhem resultados e

    ganhos dessa nova visão. Um dos ganhos, por exemplo, é diminuição da rotina

    dentro da empresa; outro é a melhoria nas relações entre empregador e

    empregado. Quando o relacionamento vai bem, as pessoas não têm motivo

    para deixar o emprego. O funcionário passa a ter voz no trabalho, e as

    empresas entendem que ninguém vive para trabalho: as pessoas trabalham

    para viver. No entanto, nota-se, também, que muitas empresas começam a se

    tornar paternalistas ao criar políticas de Recursos Humanos – o que é outro

    tipo de erro.

  • 20

    1.4 – O QUE SE ESPERA DA GESTÃO DE PESSOAS

    “Os empresários continuam a manter uma certa distância com relação

    ao profissional de RH. Essa distância está explicada pela postura típica de

    humanismo, representada pelo profissional dessa área.” ( Marras –

    2011,p.120)

    E não haveria de ser de maneira diferente : o empresário brasileiro,

    embora tenda a considerar – como dissemos – o seu trabalhador como a

    possível solução para o alcançamento de seus objetivos, permanece ainda

    muito mais ligado à visão tecnicista oriunda de Taylor e Fayol.

    Na opinião dos empresários inovadores, está claro que o RH de hoje

    não é mais aquele em que se estava acostumado a pensar.

    Segundo eles, é preciso deixar de ver a Administração de RH como algo

    simplesmente operacional, como era conhecido o velho DP( departamento

    pessoal ), que ainda hoje alguns teimam em chamar de RH.

    Reconhecem a importância dessa função, mas confessam, por outro

    lado, a dificuldade em identificar, no mercado, profissionais realmente

    componentes para assumir uma administração estratégica.

    “O grande problema existente na administração de

    RH, segundo os empresários, é a dificuldade que o

    profissional de RH tem em conseguir pensar tanto no

    campo racional ( por exemplo, áreas de finanças,

    engenharia, comercial etc.) quanto emocional ( área de

    humanas, relacionamento interpessoal etc ); falta – lhe

    uma visão holística e, portanto, o embasamento

    fundamental para colaborar no processo decisório da

    companhia.” Marras ( 2011,p.121)

  • 21

    Por outro lado, no entendimento dos sindicalistas, o profissional de RH

    deveria garantir as melhores condições de trabalho dos trabalhadores da

    empresa e, também, ser um interlocutor com poderes para negociar as

    questões geradoras de conflito entre capital e trabalho, tanto na esfera interna,

    com os trabalhadores, quanto na esfera externa, com os sindicatos.

    1.5 - INTERAÇÃO ENTRE ORGANIZAÇÃO E PESSOAS

    “Durante muito tempo, discutiu-se o antagonismo

    entre objetivos organizacionais e objetivos individuais das

    pessoas . Parecia que ambos não se bicavam . Na

    medida em que a organização busca alcançar seus

    objetivos – como lucro, redução de custos, maior

    produtividade etc. -, ela tende a sacrificar funcionários, no

    sentido de criar condições de ganhar/ganhar. Quando

    ambos os objetivos individuais, como salários, benefícios,

    segurança no emprego etc.,fazendo com que as pessoas

    pensassem que precisavam igualar a equação

    trabalhando menos para compensar o ganhar menos. Era

    a disputa típica do ganhar/perder. Isso já se foi . Hoje, as

    empresas funcionam no sentido de alcançar seus

    objetivos de modo paralelo com os objetivos dos seus

    ganham, ambos trabalham melhor.” Chiavenato

    (2010,p.14 )

    A razão de ser da Administração de RH está no alcance de um equilíbrio

    dinâmico na interação entre organização e pessoas. Ambas trabalham em um

    estreito relacionamento que deve se traduzir em benefícios recíprocos. Ambas

    as partes devem ser igualmente privilegiadas. Isso porque as organizações

    necessitam de pessoas para fazê-las funcionar, alcançar objetivos e oferecer

  • 22

    resultados, mas por outro lado, as pessoas necessitam de organizações para

    trabalharem, autorrealizarem-se e ganharem a vida.

    Quando essa interação reflete apenas o poder da organização, esta é

    privilegiada e as pessoas se tornam vítimas ou agentes passivos de pressões,

    coerções vindas da organização sob todas as formas possíveis. Contudo,

    quando essa interação reflete apenas o poder das pessoas, estas é que são

    privilegiadas e é a organização que se torna vítima e agente passivo de

    interesses pessoais e busca de vantagens individuais e, com isso, não

    consegue alcançar as condições mínimas de mutualidade é indispensável tanto

    para a sobrevivência organizacional como para a satisfação pessoal de forças

    concorrentes – tanto da organização como das pessoas concorrentes – tanto

    da organização como das pessoas nela envolvidas. Ambas as partes saem

    ganhando, pois os esforços conjuntos provocam retornos multiplicados e não

    apenas somados.

  • 23

    CAPÍTULO II

    GESTÃO EDUCACIONAL

    Na gestão educacional é preciso tomar decisões a cada minuto, senão

    você não é um comandante e sim um mandante. Entenda : uma decisão não é

    uma escolha entre o certo versus o errado, mas uma escolha entre uma ou

    mais alternativas apontadas entre duas ( talvez mais ) linhas de ação. Entre o

    certo e o errado você não precisa de decisões e sim valores – esses você tem

    ou não.

    O gestor campeão é aquele que define o problema pelas causas e não

    pelos sintomas. É o que coleta informações antes de emitir opiniões. É o que

    jamais diz : “ Esta solução não me interessa”, mas o que pergunta: “Entretanto,

    por que mesmo esta solução não me interessa?” O gestor campeão em

    tomada de decisão sabe que um problema bem definido já está 50% resolvido,

    como dizia Dewey. Portanto, é bem provável que ao definir um problema, pela

    própria construção da definição, você já encontre a solução.

    Uma das melhores maneiras para tomar decisões em uma instituição de

    ensino é seguir o seguinte método:

    Reúna seu pessoal e veja se todos concordam quanto aos fatos .

    Versões cada um pode ter a sua, mas os fatos precisam ser aceitos por

    todos.

    Depois, é necessário que todos concordem quanto aos objetivos da

    política global da organização, caso contrário, não há decisão e sim

    confusão .

  • 24

    A seguir, defina o problema por todos os ângulos e todas as soluções

    possíveis. Todas as variações e diferenças são levantadas e

    processadas para depois ser feita uma relação de todas as

    consequências que poderão surgir no decorrer de cada solução.

    Inicialmente, uma alternativa é escolhida, comunicada e entram em ação

    medidas de execução.

    Veja se o problema proposto é real e se não existem aspectos polêmicos

    ou duvidosos.

    Divida o problema no maior número possível de partes e dê uma solução

    para cada parte/etapa.

    Coloque em ordem as etapas e observe se a solução de uma parte não

    resolve a da outra.

    Por fim, dê às soluções parciais uma tal harmonia de integração permita

    ver entre elas a solução final do todo.

  • 25

    2.1 – MOTIVAÇÃO : CONFIANÇA E DOMÍNIO

    Uma das principais dúvidas dos gestores é em relação a motivação do

    corpo docente. O objetivo é esclarecer como se dá o processo de motivação e

    como acontece a automotivação.

    2.1.1 - MOTIVO + AÇÃO

    A partir dos anos 40, pelo menos as mentes mais perceptivas, tanto no

    mundo acadêmico como no organizacional, abandonam a concepção ingênua

    da vida e do trabalho ( incentivos econômicos ou extra – econômicos). Para

    elas, torna-se evidente que, do ponto de vista prático, é preciso aprofundar os

    motivos que levam o homem a trabalhar, isto é, as necessidades que busca

    satisfazer por meio do trabalho.

    Conhecendo a motivação, você compreende melhor as relações entre as

    pessoas. Mas o que é motivação, de quê estamos falando ? Motivo é aquilo

    que move a pessoa para alcançar seus objetivos. Esse impulso à ação é

    provocado por um estímulo externo que vem do ambiente ou por um estímulo

    que vem de dentro da pessoa.

    A motivação é um processo . Como ocorre? Vamos entender melhor

    como acontece o processo motivacional.

    1 – A pessoa percebe uma carência ou tem uma necessidade.

    2- Essa necessidade gera uma tensão ou motivo.

    3- Em seguida, esse motivo leva a pessoa à ação e à busca da satisfação de

    sua necessidade.

    4- Satisfação da necessidade .

    5- Equilíbrio interno.

  • 26

    O primeiro passo para a motivação é o autoconhecimento. Para isso,

    você precisa encontrar as respostas das perguntas que seguem:

    O que mais lhe motiva ?

    O que mais desmotiva interna e externamente ?

    O que você tem feito para mudar ?

    Quando foi a última vez que você fez exatamente aquilo que gostaria de

    fazer e no momento que desejava?

    Quantas vezes na última semana você dedicou um momento para

    pensar em você mesmo?

    Que fatores da sua vida você gostaria de ampliar ou mesmo incorporar?

    Você já analisou se o que está fazendo atualmente é realmente o que

    gostaria de fazer?

    Você já analisou quais os fatores da sua vida que gostaria de reduzir ou

    extinguir?

    Então, baseado nas suas respostas, a que conclusão chegou? Você

    encontrou o seu motivo para a ação entusiástica?

    2.1.2 - TIPOS DE NECESSIDADE DO SER HUMANO

    Uma pessoa deve prestar atenção aos três tipos de necessidades

    inerentes a todo ser humano, no momento de decidir o tipo de trabalho que vai

    desenvolver em sua carreira profissional. Não há dúvida de que não pode

    esquecer a parte econômica, a remuneração, mas em sua decisão final deve

    contar, também, com a satisfação pessoal que lhe causará o trabalho a

    desempenhar e, ainda mais, suas repercussões em outras pessoas próximas

    ou distantes.

    Somente por meio de um perfeito equilíbrio entre essas três realidades é

    que podem ser alcançados resultados ótimos quanto à satisfação e, por

    conseguinte, quanto ao rendimento do trabalho e à produtividade social

    positiva.

  • 27

    Mas nem sempre a pessoa pode satisfazer todas as suas necessidades

    . E sabe o que pode acontecer? Esta necessidade pode ser frustrada ou até

    compensada, quer dizer, pode não causar satisfação e ser transferida para

    outro objeto, pessoa ou situação.

    E por que ocorre essa frustração ? Ocorre por causa da impossibilidade,

    mesmo que momentânea, de satisfazer a necessidade.

    Essa frustração se manifesta de duas formas : a primeira é mental,

    através da agressividade, descontentamento, tensão emocional, indiferença. A

    segunda é fisiológica, afetando o organismo como, por exemplo, insônia,

    problemas digestivos, cardíacos e outros.

    É importante saber que a motivação é cíclica. Sabe o que significa?

    Quando uma necessidade é atendida e satisfeita, um processo de motivação

    termina... Mas será que acaba? De maneira alguma. O indivíduo identifica uma

    nova necessidade e imediatamente um novo processo de motivação se inicia!

    Numa organização, o quê motiva as pessoas no trabalho?

    Condições de trabalho adequadas;

    Desafios ;

    Novas oportunidades;

    Orgulho do próprio trabalho;

    Reconhecimento;

    Ser ouvido;

    Ser tratado como pessoa / respeito como profissional;

    Ser tratado de modo justo;

    Sensação de ser justo;

    Sensação de ser útil;

  • 28

    2.2 – A GESTÃO DO CAPITAL HUMANO NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO

    O sucesso de toda empresa é construído com e pelas pessoas. Este fato

    não pode ser ignorado pelos líderes, independentemente do tipo de atividade

    que realizam e do ambiente no qual estão inseridos.

    As instituições de ensino dependem das competências e das

    performances de suas equipes. Prosperam quando profissionais talentosos

    desenvolvem processos e produtos eficazes, mais competitivos, alinhados às

    necessidades do mercado e de seus clientes. Por outro lado, podem sucumbir

    quando há equipes ineficazes.

    Os caminhos para o sucesso mudam com o tempo, de acordo com os

    movimentos da sociedade no âmbito das pressões econômicas, alterações nos

    modelos da gestão, transformações das estratégias para atender às novas

    demandas, entre outros; mas é certo que, independente dos cenários nos quais

    as instituições estão inseridas, sempre precisarão de pessoas talentosas e

    capacitadas para fortalecer processos que possam favorecer o crescimento da

    instituição.

    Mas como podemos manter profissionais talentosos, competentes,

    comprometidos e produtivos? Para obtermos uma resposta, cabe refletir,

    inicialmente, sobre o que é um talento e sobre a composição do capital

    humano.

    A palavra talento tem origem na Antiguidade, quando era usada para

    mensurar uma unidade monetária, a quantidade de prata e ouro nas

    negociações. Hoje, assim como no passado, ter talento significa possuir algo

    valioso, uma habilidade, dom ou vocação para determinada atividade.

    Já a origem da expressão capital humano é mais recente : data da

    década é mais recente : data da década de 1960, tendo sido registrada nos

  • 29

    estudos de Theodore Schultz, que recebeu o prêmio Nobel de Economia de

    1979, compartilhado com Arthur Lewis. Esse conceito foi popularizado por

    outro grande economista, Gary Stanley Becker ( prêmio Nobel de Economia de

    1992), que expandiu a análise microeconômica para o comportamento e a

    interação humana. O conceito de capital humano, centrado no talento, na

    educação, nas competências e na saúde, deriva do entendimento de capital

    fixo ( equipamentos e tecnologias) e capital variável ( salários ). Portanto, o

    capital humano é a força de trabalho de uma empresa, composta por pessoas

    que agregam valor e geram retornos financeiros.

    Essas definições, oriundas do universo econômico, se devem ao

    entendimento de que um dos elementos que interferem na desigualdade do

    desenvolvimento econômico de um país está relacionado às diferenças e

    peculiaridades das competências das pessoas. Aplicando este conceito ao

    meio empresarial, encontramos vários opositores humanistas que relutaram,

    inicialmente, em relacionar a palavra capital a seres humanos, numa tentativa

    de evitar a transformação das pessoas em valores econômicos para as

    corporações.

    Nos dias atuais, o conceito é largamente aplicado na maioria das

    organizações, que entendem que a base, a sustentação dos processos, das

    inovações, das estratégias e das performances de alto desempenho encontra-

    se alicerçada em um bem mais precioso: o seu capital humano.

    Em suma, capital humano é o conjunto das habilidades, competências,

    experiências, qualificações e conexões sociais que determinam, em um dado

    momento, as ações do indivíduo.

    As empresas de renome mundial não veem seus colaboradores como

    recursos organizacionais padronizados; ao contrário, têm a visão de que o

    capital humano é o grande diferencial, criando ambientes e espaços para

    empreender, gerando condições de trabalho para que seus talentosos se

  • 30

    desenvolvam e se realizem profissional e pessoalmente. Isso, sem dúvida

    alguma, é revertido para a organização como comprometimento, respeito e

    motivação por parte de seus recursos humanos.

    Já nas instituições de ensino, com raras exceções, não encontramos

    uma política interna para desenvolvimento de seus próprios talentos, uma

    realidade na contramão das tendências de outras empresas pertencentes a

    diversos segmentos da economia, que buscam constantemente o

    aperfeiçoamento e a capacitação de seus profissionais. Isso é um

    contrassenso, pois uma instituição de ensino tem, no cerne de sua missão, a

    formação e o desenvolvimento de profissionais para a sociedade, mas não

    promove, em sua grande totalidade, a capacitação de seu próprio corpo de

    colaboradores. Produz capital humano para a sociedade, mas não zela, na

    plenitude, por seus talentos internos.

    Para que possam utilizar plenamente todo o potencial de contribuição da

    força de trabalho, as instituições devem proporcionar programas de

    desenvolvimento tanto para os profissionais que ingressam na instituição

    quanto para os que já são integrantes, visando a melhorias em seu

    desempenho e/ou preparando-os para ocupar outras posições funcionais.

    Portanto, o foco na capacitação e aperfeiçoamento contínuo dos membros da

    equipe deveria ser a tônica de atenção de todos os líderes e gestores, como

    forma de fortalecer os processos, as metodologias e os resultados de suas

    respectivas áreas. Ao formar equipes de alto desempenho, obterão,

    consequentemente, resultados superiores ao esperado.

    As características mais valorizadas em um profissional estão

    relacionadas a competências, comprometimento, inovação, qualidade e

    cooperação. Ao desenvolver essas habilidades, o colaborador estará, com

    certeza, dando um passo à frente para encarar as adversidades e desafios

    inerentes ao ambiente corporativo.

  • 31

    É relevante que as ações de desenvolvimento do quadro funcionamento

    de uma instituição de ensino sejam percebidas por uma identificação e análise

    de suas necessidades operacionais e estratégicas. E, para tanto, há várias

    maneiras de verificar as reais necessidades de treinamento, diagnosticando as

    lacunas ou falhas no desempenho. Destacam-se as seguintes sistemáticas:

    Levantamento, anual ou semestral, junto a cada gestor, para identificar

    lacunas que estejam dificultando o desempenho esperado dos

    componentes de sua equipe. Entretanto com os colaboradores também

    fortalecem essa sistemática, pois podem fornecer dados não

    vislumbrados pelo líder imediato.

    Pesquisa de clima organizacional, o que possibilita identificar fatores de

    motivação e desmotivação.

    Avaliação de performances dos colaboradores, analisando as razões

    pelas quais determinados objetivos não foram alcançados, ou

    desempenhos que estejam abaixo do esperado.

    Verificação de mudanças nos processos, exigindo novas competências

    das pessoas que os executarão.

    Análise de erros e não conformidades cuja causas sejam provenientes

    de falhas de desempenho dos profissionais.

    Avaliação de demandas advindas dos planos estratégicos, apontando

    necessidades de novas habilidades ou novos conhecimentos.

    Como resultado desse levantamento, é interessante que a área de

    recursos humanos elabore um plano de aperfeiçoamento profissional,

  • 32

    desenhado para cada colaborador, e, após a devida participação em um

    determinado programa, possa acompanhar o respectivo desempenho,

    oferecendo condições propícias para que os conhecimentos adquiridos sejam

    implementados no dia a dia de trabalho.

    É crucial que cada líder educacional considere que são as pessoas que

    compõem a força motriz dos processos e que, portanto, são fundamentais para

    o desenvolvimento da instituição de ensino. Como resultado, ao investir nas

    competências que realmente farão a diferença, o líder e a instituição

    certamente obterão ganhos relacionados à qualidade do serviço oferecido, à

    produtividade de seus colaboradores e à satisfação de seus clientes.

    Cada vez mais, constata-se que o capital humano, juntamente com os

    processos organizacionais, são os principais responsáveis na fidelização e na

    captação dos clientes. Assim, o sucesso de uma escola está diretamente

    relacionado às competências de seu capital humano, o que garante sua

    longevidade sua longevidade e competitividade.

    Desenvolver as pessoas, identificar os conhecimentos necessários em

    longo prazo, tornou-se um diferencial para as instituições que desejam

    conquistar melhores posições no mercado. Cabe ao líder, também incentivar os

    membros de sua equipe, independentemente dos recursos oferecidos pela

    organização para que eles invistam em si próprios, projetando o seu

    crescimento na aquisição de novas competências e aprimorando seu

    desempenho individual.

    O profissional que planeja sua carreira não deve ficar à espera de que a

    organização invista em sua capacitação técnica, gerencial e comportamental. É

    o caminho de mão dupla: as empresas criam oportunidades de

    desenvolvimento e o profissional busca alternativas para o seu aprimoramento,

    agindo para incorporar novos conhecimento, implementado-os em suas

    atividades, procurando inovar e melhorando sua maneira de atuar . A

  • 33

    conscientização desse duplo caminho deve fazer parte das orientações

    provenientes de um líder comprometido e preocupado com os resultados da

    organização e de seus colaboradores.

    2.3 – AS CONCEPÇÕES DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR

    O estudo da escola como organização de trabalho não é novo, há toda

    uma pesquisa sobre administração escolar que remonta aos pioneiros da

    educação nova, na década de 1930. Esses estudos se deram no âmbito da

    administração escolar e, frequentemente, estiveram marcados por uma

    concepção burocrática, funcionalista, aproximando as características da

    organização escolar à organização empresarial. Tais estudos eram

    identificados com o campo de conhecimento denominado Administração e

    Organização Escolar ou simplesmente, Administração Escolar. Na década de

    1980, com as discussões sobre reforma curricular dos cursos de Pedagogia e

    de Licenciaturas, a disciplina passou a ser denominada, em muitos lugares, de

    Organização do Trabalho Pedagógico ou Organização do Trabalho Escolar,

    adotando um enfoque crítico, frequentemente restringindo à análise da escola

    dentro da organização do trabalho no capitalismo. Nos planos de ensino

    adotados, com algumas exceções, houve pouca preocupação com os aspectos

    propriamente organizacionais e técnico – administrativos, com base na

    dinâmica interna da escola.

    É sempre útil distinguir, no estudo dos processos de organização e

    gestão, duas concepções bastante diferenciadas em relação às finalidades

    sociais e políticas da educação: a concepção científicas da educação : a

    concepção científico – racional e a concepção sociocrítica. Não é difícil aos

    futuros professores fazerem a distinção entre essas duas concepções.

  • 34

    Na concepção científico-racional prevalece uma visão mais burocrática e

    tecnicista de escola. A escola é tomada como uma realidade objetiva e neutra,

    que deve funcionar racionalmente e, por isso, pode ser planejada, organizada e

    controlada, de modo a alcançar melhores índices de eficácia e eficiência. As

    escolas que operam nesse modelo dão forte peso à estrutura organizacional, à

    definição rigorosa de cargos e funções, à hierarquia de funções, às normas e

    regulamentos, à direção centralizada e ao planejamento com pouca

    participação das pessoas. Este é o modelo mais comum de organização

    escolar encontrado na realidade educacional brasileira, embora já existam

    experiências bem sucedidas de adoção de modelos alternativos, numa

    perspectiva sociocrítica.

    Na concepção sociocrítica escolar é concebida como um sistema que

    agrega pessoas, destacando-se o caráter internacional de suas ações, a

    importância das interações sociais no seio do grupo e as relações da escola

    com o contexto sociocultural e político. A organização escolar não é uma coisa

    objetiva, um espaço neutro a ser observado, mas algo construído pela

    comunidade educativa, envolvendo os professores, os alunos, os pais. Vigoram

    formas democráticas e de tomada de decisões. Ou seja, tanto a gestão como o

    processo de tomada de decisões se dá coletivamente, possibilitando aos

    membros do grupo a discussão pública de projetos e ações e o exercício de

    práticas colaborativas. A concepção sociocrítica de escola se manifesta em

    diferentes formas de organização e gestão.

    Para além da polarização entre as duas concepções mencionadas,

    alguns estudos sobre organização e gestão escolar e a observação de

    experiências levadas a efeito nos últimos anos, possibilitam sugerir a

    ampliação do leque dos estilos de gestão. Esquematicamente, podemos

    considerar quatro concepções : a técnico-científica, a autogestionária, a

    interpretativa e a democrático – participativa. As três últimas possuem traços

    comuns que as aproximam da denominação anteriormente mencionada de

    concepção sociocrítica.

  • 35

    A concepção técnico-científica, como já assinalamos, baseia-se na

    hierarquia de cargos e funções, nas regras e procedimentos administrativos,

    visando a racionalização do trabalho e a eficiência dos serviços escolares. A

    versão mais conservadora desta concepção é denominada de administração

    clássica ou burocrática. A versão mais recente é conhecida como modelo de

    gestão da qualidade total, com utilização mais acentuada de métodos e

    práticas de gestão da administração empresarial. Algumas características

    desse modelo são :

    Prescrição detalhada de funções e tarefas, acentuando-se a divisão

    técnica do trabalho escolar.

    Poder centralizado no diretor, destacando –se as relações de

    subordinação, em que uns têm mais autoridade do que outros.

    Ênfase na administração regulada ( rígido sistema de normas, de regras

    e de procedimentos burocráticos de controle das atividades), às vezes

    descuidando-se dos objetivos específicos da instituição escolar.

    Formas de comunicação verticalizadas ( de cima para baixo ), baseadas

    mais em normas e regras do que em consensos.

    Maior ênfase nas tarefas do que nas interações pessoais.

    A concepção autogestionária baseia-se na responsabilidade coletiva,

    ausência de direção centralizada e acentuação da participação direta e por

    igual de todos os membros da instituição. Tende a recusar o exercício da

    autoridade e formas mais estruturadas de organização e gestão. Em

    contraposição aos elementos instituídos da organização escolar ( normas,

    regulamentos, procedimentos já definidos ), valoriza especialmente os

    elementos instituintes da organização escolar ( capacidade do grupo para criar,

    instituir,suas próprias normas e procedimentos).

  • 36

    A concepção interpretativa considera como elemento prioritário na

    análise dos processos de organização e gestão os significados subjetivos, as

    intenções e a interação entre as pessoas. Opõe-se fortemente à concepção

    científico-racional pela rigidez normativa e pela pretensa “objetividade” que

    atribui às formas de organização, pois entende que as práticas organizativas

    são socialmente construídas, com base nas experiências subjetivas e a

    interações sociais das pessoas. No extremo, essa concepção também recusa a

    possibilidade de se ter um conhecimento mais preciso dos modos de funcionar

    uma organização e, em consequência, de se ter certas normas, estratégias e

    procedimentos organizativos. ( Escudero e Gonzáles, 1994 ).

    A concepção democrático – participativa baseia-se na relação orgânica

    entre a direção e a participação dos membros da equipe. Acentua a

    importância da busca de objetivos comuns assumidos por todos. Defende uma

    forma coletiva de tomada de decisões sem, todavia, desobriga as pessoas da

    responsabilidade individual. Ou seja, uma vez tomadas as decisões

    coletivamente, cada membro de equipe deve assumir sua parte no trabalho.

    Advoga formas de gestão participativa mas não exclui a necessidade de

    coordenação, de diferenciação de competências profissionais entre os

    membros da equipe, de gestão eficaz e de avaliação sistemática da execução

    das decisões tonadas.

    Ao analisar o termo gestão, o elo associativo mental induz a ideia de

    controle sobre processos ou pessoas. Adjetivando –se a palavra gestão,

    acrescentando-se outra vertente de análise, ora denominada de competência.

    Atualmente, a competência administrativa e pedagógica é representada

    pela forma como os gestores respondem às necessidades da sociedade e

    conseguem efetivamente exercer seu potencial em prol da educação.

    Para que isso ocorra, torna-se necessário primordialmente criar um

    elenco de padrões de competência que inclua o domínio dos recursos

  • 37

    didáticos, pedagógicos e o conhecimento de métodos, técnicas e habilidades

    em Administração geral, conjugando-se a isso a implantação de um sistema

    adequado que englobe critérios de formação profissional, de seleção e

    avaliação, de modo que se garanta o compromisso dos padrões esperados de

    desempenho.

    Basicamente, o ingresso de gestores nas instituições de ensino ocorre a

    partir de tendências: nas escolas públicas por meio de concurso público e, nas

    particulares, são feitas indicações pelos órgãos mantenedores. A realidade nas

    instituições particulares é similar à das instituições públicas, existindo como

    diferencial a indicação unilateral, sem participação dos docentes e da

    comunidade. Isso é um indicador bastante significativo, pois, nem sempre, os

    mantenedores estão próximos das necessidades educacionais.

    Valerien ( 1993 ) destaca que, durante um longo período, a

    Administração da educação consistiu em uma tarefa bastante rudimentar. O

    diretor era encarregado de zelar pelo bom funcionamento de sua escola,

    concebida para distribuir um mínimo de conhecimentos iguais.

    “Todavia, esta perspectiva nos dias de hoje está

    ultrapassada . As transformações que surgiram, tanto no

    interior do sistema de ensino quanto no meio social,

    provocaram mudanças nas concepções da educação, do

    papel da escola na sociedade e do papel do professor no

    processo de aprendizagem . Desta forma, constatamos,

    ainda, entraves na administração e na autoridade do

    gestor escolar, indispensáveis ao ajustamento dentro do

    grupo social.” Giancatrino (2010,p.45 )

    Evidenciamos, aqui, a necessidade de autoridade, de um gestor escolar

    e que a autoridade, de um gestor escolar e que a autoridade deste, está na

    capacidade de efetuar movimentos em direção à realização dos objetivos

    escolares. Portanto, é necessário que esta autoridade seja descentralizada.

  • 38

    Paro ( 2001 ) assinala que uma sociedade autoritária, com tradição

    autoritária, com tradição autoritária, com organização autoritária e, não por

    acaso, articulada com interesse autoritários de uma minoria, orienta-se na

    direção oposta à democracia.

    Nesta ordem de ideias, uma relação pedagógica autoritária pode perder

    todo o caráter progressista que possa estar incluído em um conteúdo mais de

    acordo com os interesses dos dominados.

    “Nesse sentido, o diretor ou o gestor escolar

    transforma-se em um animador da equipe responsável

    por estimular e regular os diferentes grupos e, nesta

    qualidade, deve adquirir determinadas competências no

    domínio das relações humanas, de forma que se torne

    capaz de resolver os conflitos, tomando os agentes locais,

    como pais, comunidade ou coletividade local, para se

    tornarem parceiros ávidos de informação.” Giancaterino (

    2010,p.46)

    A escola já não pode limitar-se a uma simples instituição, mas cooperar,

    cada vez mais, com os outros setores da comunidade, com vistas à preparação

    dos jovens para a vida social, familiar e profissional.

    Sabemos, nesse processo, que o desempenho de uma organização

    escolar depende, em grande parte, do “estilo” de sua Administração. O diretor

    burocrata enfatiza a melhoria da qualidade do ensino, e sua escola passa a

    viver em clima de questionamento, com estudos em conjuntos na busca de

    soluções para os problemas decorrentes das contradições do sistema e das

    suas inúmeras manifestações.

    Isso implica dizer que o diretor de escola torna-se um verdadeiro “ ponto

    de referência” e constitui-se em um desencadeador privilegiado de qualquer

    ação específico que vise à melhoria da qualidade de ensino.

  • 39

    CAPÍTULO III

    O PAPEL DO DIRETOR ESCOLAR NA GESTÃO DE PESSOAS

    Todo gestor de ser um especialista em administrar mudanças, não

    somente porque elas ocorrem a todo instante e exigem adaptações, mas

    porque, quando se pretende implementar um ciclo de melhorias contínuas da

    instituição, é necessária a aplicação regular de diagnósticos e pesquisas que

    tragam subsídios para as tomadas de decisão. Um bom processo decisório

    começa, antes de tudo, por um bom levantamento de dados. E, diante dos

    dados, é preciso promover ações efetivas e, muitas vezes, enfrentar

    resistências.

    Sendo assim, o diretor deve ser capaz de fazer a leitura e o

    reconhecimento do ambiente em que atua, bem como ter competência para

    negociação e persuasão de sua equipe. Neste momento, quanto mais dados

    tiver, maior a sua capacidade de comover e envolver pessoas.

    Por outro lado, o engajamento das pessoas com o processo de mudança

    tende a se manter ou aumentar, na medida em que eles sejam beneficiadas

    com aprendizado. A confiança tende a diminuir em relação ao nível inicial, mas,

    a partir do momento em que se percebe o aprendizado, ela é recuperada. Da

    mesma forma, todo início do processo de mudança é marcado por ansiedade e

    confusão, que vão diminuindo também na medida em que se constata o

    aprendizado crescente.

    No entanto, todo esse movimento é decorrente da atuação da liderança

    e de sua capacidade de comunicação, negociação e persuasão. Portanto,

    espera-se que o gestor tenha também resiliência, ou seja, poder de

    recuperação, capacidade de suportar pressões – o que não significa se passivo

  • 40

    – para alcançar os resultados desejados. Dito de outra forma, que seja

    assertivo.

    A assertividade, mais do que um comportamento, é uma filosofia de

    vida, pois engloba valores, atitudes, pensamentos e sentimentos frente à vida.

    É uma filosofia de relacionamento humano com soluções ganha - ganha,

    essencial para um gestor que atua num cenário de mudanças e precisa ser

    capaz de sinalizar a direção para sua equipe.

    Muitos confundem o conceito de assertividade e dizem que não querem

    ser assertivos para não magoar as pessoas; no entanto, a assertividade é o

    ingrediente dos relacionamentos saudáveis. É a capacidade de dizer o que se

    pensa e sente sem se anular, e sem agredir as pessoas.

    Segundo Aristóteles, “ a virtude se mantém no justo meio-termo entre

    dois extremos inadequados, um por excesso, o outro por falta”.

    Muitos entendem que ser assertivo é ter apenas uma comunicação

    sincera e objetiva, sentindo-se com o direito de dizer muitos “nãos” e poucos

    “sins” aos outros, “doa a quem doer e custe o que custar”. Diferente disso, a

    assertividade clarifica as relações, propiciando uma comunicação ética entre as

    pessoas.

    No ambiente profissional, o perfil assertivo é cada vez mais valorizado,

    principalmente num mercado de mudanças contínuas, que exige decisões

    objetivas, foco nos resultados esperados e que considera relevante a

    construção de parcerias. A assertividade, como filosofia de vida, é essencial

    para um gestor na condução dos processos de mudança e de aprendizado de

    sua equipe.

  • 41

    3.1 – LIDERANÇA DO DIRETOR NA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE GESTÃO

    “O diretor de uma escola, pública ou privada, chega

    ao cargo investido de um poder que lhe é conferido

    legalmente. Em seu relacionamento com os

    subordinados, poderá dar ordens, submetendo a vontade

    dos mesmos a seu poder de decisão, ou poderá fazer

    sugestões que influenciem a decisão do subordinado.

    Quando utiliza o poder de decisão, o diretor está

    procedendo como chefe e, quando influencia na decisão

    do subordinado, está procedendo como líder”. Martins

    (2010,p.185 )

    O diretor possui uma autoridade para comandar e, segundo Fayol, deve

    delegá-la a pessoas que irão comandar unidades ou setores menores,

    utilizando, também, a autoridade, ou como chefes ou líderes em seus

    respectivos espaços de atuação. A autoridade pode advir de um poder legal, a

    autoridade de chefia, ou o domínio sobre o campo do conhecimento, a

    autoridade de perícia. Nem sempre o chefe é um perito e, portanto, dá ordens

    em seu setor que, muitas vezes, são incoerentes do ponto de vista técnico,

    dificultando o bom funcionamento do setor. Por outro lado, nem sempre o perito

    tem condições de administrar, o que inviabiliza a hipótese de que uma unidade

    possa ser bem dirigida por ele. Se for colocado um chefe dando ordens

    técnicas, incorre-se no erro da duplicidade de comando, o que leva à bagunça.

    A liderança resolve esse impasse, pois não toma decisão pelo subordinado,

    mas influencia sua decisão, dá oportunidade à sua iniciativa, principalmente

    quando o mesmo é perito no assunto.

    A escola não é uma linha de montagem em que os objetivos são

    traduzidos no resultado final, mas uma instituição em que os objetivos

  • 42

    dependem da atuação específica de cada um dos componentes que atuam no

    processo educacional. Isso reforça a atuação do diretor como líder, que sugere,

    e não ordena, como chefe, respeitando a capacidade e a iniciativa dos

    especialistas de educação, do pessoal docente e do pessoal administrativo .

    3.2 – As ATIVIDADES DE DIREÇÃO E COORDENAÇÃO “A direção e coordenação são funções típicas dos

    profissionais que respondem por uma área ou setor da

    escola tanto no âmbito administrativo quanto no âmbito

    pedagógico. Dirigir e coordenar são tarefas que canalizam

    o esforço coletivo das pessoas para os objetivos e metas

    estabelecidos. Tanto os pedagogos especialistas quanto

    os professores precisam estar aptos para dirigir e

    coordenar, em alguma instância de seu exercício

    profissional . A direção, é pôr em ação, de forma

    integrada e articulada, todos os elementos do processo

    organizacional ( planejamento, organização, avaliação ),

    envolvendo atividades de mobilização, liderança,

    motivação, comunicação, coordenação. A coordenação é

    um aspecto da direção, significando a articulação e a

    convergência do esforço de cada integrante de um grupo

    visando a atingir os objetivos . Quem coordena tem a

    responsabilidade de integrar, reunir esforços, liderar,

    concatenar o trabalho de diversas pessoas”. Libâneo (

    2013,p.177)

    - A tarefa da direção visa:

    * Dirigir e coordenar o andamento dos trabalhos, o clima de trabalho, a eficácia

    na utilização dos recursos e meios, em função dos objetivos da escola.

    * Assegurar o processo participativo de tomada de decisões e, ao mesmo

    tempo, cuidar para que essas decisões se convertam em ações concretas.

  • 43

    * Assegurar a execução coordenada e integral das atividades dos setores e

    elementos da escola, com base nas decisões tomadas coletivamente.

    * Articular as relações interpessoais na escola e entre a escola e a comunidade

    .

    Para atender a uma necessária divisão de trabalho, tem sido comum nas

    escolas brasileiras diferenciar as funções de diretor e de coordenação

    pedagógico. Ambos assumem atividades de direção e coordenação, ambos

    recebem a delegação de coordenar o trabalho coletivo e a manutenção do

    clima, das condições de trabalho e do ambiente formativo para o

    desenvolvimento pessoal e profissional das pessoas da escola. Para isso,

    precisam reconhecer que seu trabalho tem uma característica genuinamente

    interativa, ou seja, seu trabalho está a serviço das pessoas e da organização,

    requerendo deles uma formação específica para buscar soluções para os

    problemas, saber coordenar o trabalho conjunto, discutir e avaliar a prática,

    assessorar e prestar apoio logístico aos professores na sala de aula. Todavia,

    cada um desempenha funções específicas implicando, também, uma formação

    profissional específica.

    “O diretor de escola é o dirigente e principal

    responsável pela escola, tema visão de conjunto, articula

    e integra os vários setores ( setor administrativo, setor

    pedagógico, secretaria, serviços gerais, relacionamento

    com a comunidade etc.). Em outros tempos, muitos

    dirigentes escolares foram alvo de críticas por práticas

    excessivamente burocráticas, conservadoras, autoritárias,

    centralizadoras. Embora aqui e ali continuem existindo

    profissionais com esse perfil, hoje estão disseminadas

    práticas de gestão participativa, liderança participativa,

    atitudes flexíveis e compromisso com as necessárias

    mudanças na educação. As funções do diretor são,

    predominantemente, gestoras e administrativas,

    entendendo-se, todavia, que elas têm conotação

  • 44

    pedagógica, uma vez que se referem a uma instituição e a

    um projeto educativo e existem em função do campo

    educativo.” Libâneo ( 2013,p.179)

    3.3 – O GESTOR MEDIADOR Frequentemente temos enfatizado que as habilidades de mediação

    estão entre os pré – requisitos mais essenciais para que qualquer processo de

    ensino – aprendizagem produza um efeito significativo.

    Todavia, além dos múltiplos fatores que podem afetar o resultado desse

    processo ( tais como as várias habilidades e competências que compõem o

    potencial de aprendizagem do aluno, os pré-requisitos específicos implicados

    no conteúdo a ser adquirido ou as condições que tornam o ambiente favorável

    à aprendizagem), temos insistindo em sublinhar o importante papel do

    professor. Esse, se interpõe entre um conjunto de conteúdos ou um know-how

    e o aprendiz, com o objetivo de promover a aprendizagem.

    Estamos, portanto, falando do potencial de mediação do professor. Mas,

    e o gestor? Como anda seu potencial de mediação?

    As habilidades vistas como qualidade essencial do professor na sua

    interação com seus alunos na sala de aula são igualmente relevantes para o

    gestor da instituição educacional e suas relações com seus colaboradores.

    Uma vez que certas qualidades do mediador envolvido numa interação de

    aprendizagem são consideradas indispensáveis, não podemos ignorar que

    estas mesmas qualidades definam também a natureza e a efetivação da

    interação de um gestor com sua equipe.

    Neste sentido, apesar de certas diferenças básicas que se derivam da

    proximidade relativa de idade, status e função, a relação gestor – colaborador

    não deveria ser vista como essencialmente diferente da relação professor –

    aluno, pelo menos em termos do seu valor de mediação potencial e

  • 45

    particularmente quando ambas implicam um processo de orientação –

    aprendizagem.

    Ainda que o professor tenha sido formalmente capacitado para ensinar,

    a lacuna natural que existe entre a teoria e as incongruências inevitáveis

    encontradas na aplicação de uma abordagem educacional numa sala de aula

    real gera muitas dúvidas que precisam ser tratadas pelo gestor. Esse,

    inicialmente percebido como uma fonte de orientação e de inspiração, deveria

    estar a altura das expectativas de seus colaboradores e servir como um farol

    que ilumina o caminho a seguir.

    As qualidades essenciais subjacentes a uma interação de aprendizagem

    mediada foram perspicazmente conceitualizadas por Reuven Feuertein e

    formuladas como parâmetros da experiência para qualquer interação humana,

    elas deveriam ser discutidas e analisadas pelas suas implicações na relação

    gestor – colaborador no contexto da instituição educacional.

    Grande parte da função do gestor educacional é frequentemente

    percebida como função administrativa. Seu papel principal na escola é visto por

    muitos ( incluindo desafortunadamente para um grande número de professores

    e algumas vezes pelos próprios gestores ) como equivalente a administrar,

    organizar, dirigir e controlar.

    No melhor dos casos, é também percebido como um papel que inclui

    planejar, programar e supervisionar.

    Acredito firmemente que a essência de sua função consiste em educar,

    capacitar, orientar e mediar. Ao invés de limitar-se principalmente a planejar

    programas de estudos, calendários das atividades escolares e supervisão do

    desempenho dos professores, o gestor eficiente deveria dedicar uma grande

    porção do seu tempo e esorço em interagir com sua equipe, dentro e fora de

  • 46

    sala de aula, com a intenção de oferecer orientação, coaching e apoio,

    compartilhando meios didáticos eficazes e estratégias de mediação.

    Para determinar até que ponto o gestor reflete intencionalmente e

    consegue eliciar reciprocidade na sua interação com seus colaboradores,

    deveríamos tentar identificar certos tipos de comportamentos, por exemplo:

    O gestor transmite explicitamente uma mensagem clara

    para seus colaboradores em relação a sua disponibilidade constante

    para lidar com qualquer dúvida ou problema pedagógico que encontrar?

    Os professores estão conscientes da disponibilidade do

    gestor para lidar com questões pedagógicas e administrativas fazendo

    uso frequente da mesma ?

    O gestor propõe encontros com a sua equipe para discutir

    assuntos que vão além da administração e da disciplina, selecionado

    intencionalmente temas pedagógicos – didáticos?

    A equipe responde positivamente a estas iniciativas do

    gestor e estão intrinsecamente motivados a fazer parte destes

    encontros?

    Para transcender a situação de aprendizagem numa abordagem

    mediada, o gestor precisa estar orientado para necessidades e objetivos que

    vão além da necessidade imediata que pode ter provocado a interação. Deve,

    portanto, prover o mediado com os meios necessários para generalizar sua

    experiência de aprendizagem, de tal forma que seja capaz de aplicar os

    elementos aprendidos em outros contextos em circunstâncias futuras.

    Em outras palavras, uma interação finalizada no momento em que uma

    situação – problema está resolvida ou um mediador que se contenta com a

    satisfação da necessidade imediata, não pode refletir a qualidade de

    transcendência numa experiência de aprendizagem mediada significativa.

  • 47

    Além de seu efeito a longo prazo, e desde que supere a satisfação das

    necessidades básicas, a transcendência é também um meio para o

    desenvolvimento de um sistema amplo de exigências, na qual o mediador

    deve- indispensavelmente – promover a adaptabilidade e um potencial de

    aprendizagem extenso, para suscitar um motivação intrínseca e para adquirir

    habilidades metacognitivas.

    Na interação com seus colaboradores, mesmo quando o propósito

    imediato é a solução de um problema prático, o gestor deve dirigir sua

    mediação para necessidades transcendentes e proporcionar à sua equipe

    insights os quais podem contribuir para a expansão do seu sistema de

    necessidade e seu crescimento pessoal, tornando-os pensadores autônomos e

    eficientes “solucionadores” de problemas.

    Uma orientação transcendente será considerada presente na interação

    do gestor com sua equipe caso seja possível identificar certos tipos de

    compartimento, como:

    - O gestor provê sua equipe com critérios para distinguir os aspectos

    acessórios nas várias questões didáticas e situações práticas de problema?

    - O gestor ajuda sua equipe a formular regras generalizadas e princípios

    transcendentes como conclusão das discussões e debates sobre questões

    pedagógicas e educacional?

    - O gestor auxilia seus professores a tomar consciência das possíveis

    fontes implícitas e dos motivos latentes subjacentes aos problemas práticos de

    conduta ou de disciplina?

    A mediação de significado – que consiste em imbuir os estímulos

    mediados com um significado, eventos e experiências de vida com valores que

    não derivam de seus atributos inerentes – leva a promoção dos componentes

    energéticos e motivacionais do funcionamento e desempenho do mediado.

  • 48

    Os significados e valores extrínsecos específicos, que são naturalmente

    escolhidos em conformidade com a cultura dentro da qual a interação mediada

    acontece, são responsáveis pela transmissão cultural intergeracional por meio

    dos canais de comunicação estabelecidos na experiência de aprendizagem

    mediada.

    Indicadores da mediação de significado podem ser encontrados em

    certos tipos de atitudes do gestor na sua interação com a equipe, como:

    O gestor atribui, por meio de seu feedback e avaliação,

    significado suficiente e associa valores socioculturais e apreciação

    apropriada ao êxito da sua equipe?

    O gestor compartilha com seus colaboradores seus

    sentimentos e atitudes em relação aos vários aspectos das experiências

    vivenciadas em comum, dentro e fora do contexto escolar?

    O gestor estimula e encoraja seus professores a buscar o

    significado de suas atividades profissionais, questionando o valor e a

    utilidade de sua própria a de seus alunos?

    Da mesma forma, outros parâmetros da aprendizagem mediada,

    como a mediação do sentimento de competência, a mediação da atitude de

    compartilhar, a mediação do desafio e a do sentimento de pertença,

    deveriam ser discutidas e analisadas, pois têm implicações igualmente

    importantes no que se refere às qualidades da relação do gestor com seus

    colaboradores .

    Como um líder que aspira atingir os objetivos transcendentes da sua

    função profissional, o gestor da instituição educacional deveria sempre ter

    em mente seu papel essencial de guia, de mediador e de fonte de

    inspiração para seus educadores.

  • 49

    CONCLUSÃO

    O objetivo desta pesquisa foi de resaltar que para ocorrer o sucesso da gestão educacional, é importante que a gestão das pessoas envolvidas no processo seja feita de maneira mais humanista e justa, mostrando que elas são peças importantes para a organização. E que a relação entre os gestores ( Diretores e Coordenadores ) e os profissionais envolvidos no processo educacional pode ser feita de maneira mais harmônica.

    Desse modo, pode-se compreender melhor porque os professores, além

    de suas várias responsabilidades profissionais como conhecer bem a matéria, saber ensiná-la, ligar o ensino com a realidade do aluno e ao seu contexto social, têm outra importante tarefa nem sempre valorizada: a de participar de forma consciente e eficaz nas práticas de organização e gestão escolar.

    A escola precisa se organizar para atender seus alunos, professores e

    todos os envolvidos na organização escolar. A estrutura administrativa deve estar preparada para compor com a comunidade, à qual presta serviços, um todo coeso em que as relações são democráticas, sem que cada uma das partes venha a perceber sua identidade e características. Isso implica dizer que todos têm de estar cientes do seu papel e de como poderão intervir no processo de ensino de forma eficiente e produtiva.

    Nesse sentido, a escola deve ser vista como um ponto de encontro,

    onde diversos profissionais, diferentes forças e interesses se encontram e se articulam para, em esforço coletivo, traçar as grandes metas da instituição. A partir do debate coletivo, todos crescem, desenvolvendo o potencial de participação de cada um, trocando informações, envolvendo todos na busca de soluções para grandes questões da escola.

    O trabalho de pesquisa desenvolvido é uma oportunidade de reflexão,

    de análise do sistema educacional e também um meio de viabilizar novas estratégias de trabalho para todos profissionais envolvidos neste contexto. E de criar um espaço mais harmônico nas relações entre gestores e profissionais da educação, fazendo desse processo o mais harmônico possível. Procurando dentro desse contexto valorizar cada vez mais esse profissional, elevando sua auto-estima e com isso reduzir ou acabar de vez com a desistência e a aposentadoria precoce dos educadores.

  • 50

    Concluo através desse trabalho que dentro da empresa educacional os colaboradores são peças fundamentais para o sucesso de qualquer instituição privada de ensino. E que a valorização do capital humano é de suma importância para o desenvolvimento e o progresso da empresa.

  • 51

    BIBLIOGRAFIA

    - CHIAVENATO, Idalberto – Iniciação à Administração de Recursos Humanos – São Paulo: Manole Editora, 2010.

    - Gestão Educacional, revista – Capa – Desmascarando a Educação – Set/2005.

    - GIANCATERINO, Roberto – Supervisão Escolar e Gestão Democrática – Um elo para o sucesso – Rio de Janeiro : Wak Editora, 2010.

    - LIBÂNEO, José Carlos – Organização e Gestão da Escola – Teoria e Prática – São Paulo : Heccus Editora, 2013.

    - Linha Direta, revista – Capa – A questão da Renda na expansão do Ensino Superior Privado – Fev/2006, ano 9.

    - Linha Direta, revista – Capa – Educação Transformadora – Jun/2011, ano 14.

    - MARRAS, Jean Pierre – Gestão de Pessoas – Em empresas inovadoras – São Paulo: Saraiva Editora, 2011.

    - MARTINS, José do Prado – Gestão Educacional – Uma abordagem crítica do processo administrativo em educação – Rio de Janeiro: Wak Editora, 2010.

    - PONTELO, Juliana/ Cruz, Lucineide – Gestão de Pessoas – Manual de rotinas trabalhistas – Brasília: Senac Editora, 2012.

    - RIBEIRO, Antônio de Lima – Gestão de Pessoas- São Paulo: Saraiva Editora, 2012.

  • 52

    ÍNDICE

    - INTRODUÇÃO 7

    - CAPÍTULO I – A GESTÃO DE PESSOAS 9

    1.1 – A função dos recursos Humanos 13

    1.2 – A nova função do profissional de recursos humanos 17

    1.3- Melhorias das relações empregador – empregado 19

    1.4 – O que se espera da gestão de pessoas 20

    1.5 – Interação entre organização e pessoas 21

    - CAPÍTULO II – GESTÃO EDUCACIONAL 23

    2.1 – Motivação : confiança e domínio 25

    2.1.1- Motivação + Ação 25

    2.1.2- Tipos de necessidade do ser humano 26

    2.2 – A gestão do capital humano nas instituições de ensino 28

    2.3 – As concepções de organização e gestão escolar 33

    - CAPÍTULO III – O PAPEL DO DIRETOR ESCOLAR NA GESTÃO DE

    PESSOAS 39

    -3.1 – Liderança do diretor na implementação do plano de gestão 41

    -3.2 – As atividades de direção e coordenação 42

    -3.3 – O gestor mediador 44

    - CONCLUSÃO 49

    - BIBLIOGRAFIA 51