documento de enfoque da estratégia de comércio...
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GRUPO BANCO MUNDIAL
Documento de Enfoque da Estratégia de
Comércio Internacional:
Antecedentes da Estratégia
e Questões para Discussão
30 de março de 2010
http://www.worldbank.org/tradestrategy
i
ESTRATÉGIA DE COMÉRCIO DO GRUPO BANCO MUNDIAL
DOCUMENTO DE ENFOQUE
SUMÁRIO
I. Antecedentes e fundamentação: Por que um documento da estratégia de comércio? ............ 3
II. A Resposta do Grupo Banco Mundial à Agenda do Comércio em Transformação ................ 4 A. A agenda do comércio em transformação ............................................................................ 4 B. Evolução das prioridades comerciais do Grupo Banco Mundial ......................................... 5 C. Lições aprendidas................................................................................................................. 7
III. Elementos da Estratégia Proposta ....................................................................................... 8
D. Diferenciação por país e região.......................................................................................... 11
E. Vínculos com outras estratégias ................................................................................................ 12
F. Organização interna e parcerias externas .................................................................................. 12 G. Monitoramento e avaliação ................................................................................................ 14
IV. Consultas, Cronograma e Esboço Proposto ...................................................................... 15 H. Consultas internas .............................................................................................................. 15
I. Consultas externas ..................................................................................................................... 16 J. Cronograma preliminar ............................................................................................................. 17 K. Linhas gerais propostas para o documento da estratégia de comércio .............................. 18
Anexo I. Detalhamento das Operações de Comércio do Grupo Banco Mundial .................... 21 L. Financiamento para o comércio ................................................................................................ 21
M. Atividades analíticas e de consultoria (AAA) ................................................................... 25
Anexo II. Tendências no Comércio Mundial ............................................................................ 29
ii
FIGURAS
Figura 1. Importantes Temas Comerciais Abordados nas Estratégias de Assistência aos Países .. 6
Figura 2. Estrutura dos Resultados da Estratégia de Comércio Proposta ..................................... 14
Figura 3. Tendências nos Empréstimos do Banco Mundial para o Comércio, 2001-2009 .......... 23
Figura 4. Empréstimos Cumulativos do Banco Mundial para o Comércio por Região ............... 24
Figura 5. Empréstimos Cumulativos do Banco Mundial para o Comércio por Níveo de Renda
dos Países ...................................................................................................................................... 24
Figura 6. Fornecimento de Estudos Econômicos Setoriais e Assistência Técnica Focada no
Comércio, 2002-2009 ................................................................................................................... 26
Figura 7. Cobertura Temática de AAAs Focadas no Comércio ................................................... 27
Figura 8. A Integração Comercial está Aumentando .................................................................... 29
Figura 9. Os Países em Desenvolvimento Estão Aumentando suas Exportações de Serviços ..... 29
Figura 10. Crescente Especialização dos Países em Desenvolvimento em Produtos
Manufaturados .............................................................................................................................. 30
Figura 11. O Comércio Sul-Sul está Aumentando........................................................................ 30
Figura 12. O Comércio Sul-Sul está Crescendo mais Rápido do que o Comércio Mundial ........ 31
TABELAS
Tabela 1. Cronograma Preliminar para a Preparação e Disseminação ........ Error! Bookmark not
defined. Tabela 5. Fornecimentos de AAAs por Região no EF2002-2009 . Error! Bookmark not defined.
Tabela 6. Distribuição dos Fornecimentos de AAAs e Gastos por Tipo de País Error! Bookmark
not defined.
BOXES
Box 1. Tendências no Comércio Internacional ............................................................................... 4
Box 2. Comércio nas Estratégia de Outros Setores ...................................................................... 11
Box 3. Perguntas Propostas para Discussão nas Consultas .......................................................... 16
3
ESTRATÉGIA DE COMÉRCIO DO GRUPO BANCO MUNDIAL:
DOCUMENTO DE ENFOQUE
I. Antecedentes e fundamentação: Por que um documento da estratégia de comércio?
1. Este documento apresenta as questões que serão tratadas no próximo documento do Grupo
Banco Mundial (WBG) sobre a estratégia do setor para o comércio internacional. O documento
será desenvolvido mediante consultas aos interessados nos próximos meses. A estratégia
enfocará a ajuda aos países para utilizarem o comércio em apoio ao crescimento econômico e à
redução da pobreza. A nota tem o objetivo de fornecer a base para a discussão com os
interessados acerca de áreas de foco dentro da ajuda do Grupo Banco Mundial para programas
comerciais. Avalia resumidamente as lições aprendidas com as atividades comerciais atuais e
passadas do Grupo Banco Mundial, propõe áreas de prioridade para a nova estratégia e
mecanismos para aumentar a eficácia da assistência comercial do Grupo Banco Mundial, além de
descrever o processo de consultas para a preparação do documento da estratégia. Com base
nessas consultas, um documento preliminar da estratégia será preparado e distribuído para
análise no verão setentrional de 2010. O documento final deverá ser publicado no final de 2010.
2. O Grupo Banco Mundial prepara ou revisa os documentos formais da estratégia dos
setores cada 5-10 anos para orientar o seu trabalho operacional em setores-chave. Os documentos
da estratégia setorial analisam a experiência anterior do Grupo Banco Mundial em um
determinado setor e definem a estratégia da organização para o trabalho futuro nesse mesmo
setor. Os documentos da estratégia setorial são desenvolvidos mediante amplas consultas
internas e externas. Há discussões diretas entre a Gerência e a Diretoria Executiva do Grupo
Banco Mundial acerca do conteúdo da estratégia ao longo de toda a sua preparação. Além disso,
todos os documentos novos contêm estruturas de resultados para monitoramento e avaliação da
implementação da estratégia.
3. Como este será o primeiro documento da estratégia do setor formal sobre comércio, é
importante perguntar por que a estratégia é necessária. Em primeiro lugar, a integração do
comércio internacional afeta o crescimento econômico e a redução da pobreza e, portanto, o
alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Mesmo para os países maiores, o
mercado mundial oferece mais oportunidades para encontrar compradores, vendedores, novas
tecnologias, trabalhadores e investidores do que os mercados nacionais. Estes, por sua vez,
oferecem oportunidades de melhoria dos meios de subsistência e aumento de renda. Embora crie
novas oportunidades, a integração econômica internacional também introduz novas fontes de
vulnerabilidade, como ficou demonstrado pela atual crise econômica mundial.
4. A preparação da estratégia oferece a oportunidade de se criar um consenso – entre todas as
unidades do Grupo Banco Mundial e com os interessados externos – sobre as prioridades para
auxiliar os países no uso do comércio para promover seus objetivos de desenvolvimento. O
documento fornecerá uma estrutura para a coordenação das atividades entre as instituições do
Grupo Banco Mundial – BIRD, AID, IFC e MIGA – a fim de explorar as sinergias nas atividades
comerciais de cada instituição. Uma estrutura formal de resultados facilitará o monitoramento e a
avaliação das atividades do Grupo Banco Mundial. Finalmente, a estratégia orientará a
colaboração entre o Grupo Banco Mundial e os parceiros. As consultas aos parceiros ajudarão a
definir a contribuição do Grupo Banco Mundial para a iniciativa global de Ajuda para o
4
Comércio. O que será diferente em consequência dessa estratégia, portanto, será que os
programas de comércio do Grupo Banco Mundial responderão com mais eficácia às necessidades
dos países em desenvolvimento.
5. O restante desta nota discute a resposta do Grupo Banco Mundial à mudança da agenda
comercial global, o escopo proposto para a nova estratégia e as questões relacionadas à sua
implementação (inclusive monitoramento e avaliação), além dos planos para as consultas
internas e externas destinados a desenvolver o documento da estratégia.
II. A Resposta do Grupo Banco Mundial à Agenda do Comércio em Transformação
A. A agenda do comércio em transformação
6. Este é um bom momento para fazer uma avaliação dos programas de apoio ao comércio do
Grupo Banco Mundial. A atual crise econômica mundial ressalta a importância das atividades do
Grupo Banco Mundial para promover a diversificação econômica, a facilitação do comércio e a
cooperação comercial internacional em apoio ao crescimento econômico e à redução da pobreza.
A crise gerou demandas por novos tipos
de assistência por parte do Grupo Banco
Mundial, tais como produtos para ajudar
as empresas dos mercados emergentes a
obterem acesso ao financiamento do
comércio. Ao mesmo tempo, a crise pôs
em dúvida as estratégias de crescimento
voltadas para a exportação. Ademais, a
consolidação dos mercados de serviços
de transporte e logística, a potencial
elevação futura dos preços do petróleo e
as políticas para conter as emissões de
gases do efeito estufa podem levar a
fluxos de comércio mais regionalizados.
7. Antes da crise, a economia mundial
vinha passando por profundas mudanças
havia várias décadas (consultar Box 1).
Uma mudança importante é o surgimento
das redes de participação na produção,
caracterizadas por relacionamentos de
longo prazo entre compradores e
vendedores e aumento do comércio de
produtos e serviços intermediários.1
Como consequência, os baixos custos das
transações comerciais e os ambientes
propícios aos negócios ganham
1 Para obter detalhes, consultar Anexo II, abaixo.
Box 1. Tendências no Comércio Internacional
O volume do comércio mundial aumentou 27 vezes entre 1950
e 2006, três vezes mais que o crescimento do PIB mundial.
Desde 1960, o comércio vem crescendo duas vezes mais rápido
que o PIB.
O valor global das ações do investimento estrangeiro direto
(FDI) aumentou seis vezes entre 1990 e 2006, substancialmente
mais rápido que o crescimento do comércio, que cresceu
“apenas” 3,5 vezes durante o mesmo período.
Na média entre todos os países em desenvolvimento, o
comércio total e o comércio de serviços, como parcelas do PIB,
dobraram desde 1985.
Durante as décadas de 1980 e 1990, os países em
desenvolvimento passaram a exportar produtos manufaturados
e a participação desses produtos nas exportações de bens ficou
próxima à dos países industrializados.
O comércio Sul-Sul está aumentando: desde 1990, a taxa de
crescimento médio anual do comércio Sul-Sul é quase o dobro
da taxa de crescimento do comércio mundial total; o comércio
entre os países em desenvolvimento representa hoje 39% do
seu comércio total.
A fragmentação da produção global aumentou a elasticidade do
comércio com relação à renda. Os choques externos
transmitidos pelo comércio são hoje maiores do que antes.
Para obter informações detalhadas, consulte o anexo.
5
importância como fontes de vantagem comparativa – e contribuem para a redução da pobreza e o
crescimento econômico.
8. Em comparação com as décadas de 1980 e 1990, os formuladores de políticas enfrentam
atualmente uma agenda comercial maior e mais complexa. A política não enfoca apenas a
eliminação dos obstáculos impostos às mercadorias quando estas atravessam fronteiras, como
tarifas, restrições quantitativas e controles cambiais. Os formuladores de políticas também estão
preocupados com o desafio de implementar políticas e medidas que ajudem a aumentar a
competitividade das propriedades agrícolas e das empresas, garantindo o acesso eficiente aos
serviços de infraestrutura, reduzindo os custos das transações, tanto nas fronteiras quanto atrás
delas, criando diversificação para novas exportações (inclusive de serviços), integrando as
pessoas de baixa renda às cadeias de valor globais e melhorando o clima de negócios no que
tange ao comércio internacional. Todas essas são áreas abrangidas pela iniciativa Ajuda para o
Comércio.
B. Evolução das prioridades comerciais do Grupo Banco Mundial
9. Os pedidos de ajuda do Grupo Banco Mundial para o comércio evoluíram com as
mudanças na economia mundial e na agenda comercial. Durante as décadas de 1980 e 1990, as
atividades comerciais enfocaram a liberalização do comércio e a reforma estrutural para
promover o desempenho econômico por meio da remoção de quotas, restrições à exportação e
controles cambiais, além de reduções das tarifas.2 Após análise das experiências de empréstimos
para ajuste estrutural, um documento da Diretoria divulgado em 1989 endossou reformas
adicionais das políticas comerciais, mas recomendou maior ênfase nos vínculos com a
estabilização da inflação, investimentos em infraestrutura e desregulamentação.
10. À medida que os governos liberalizavam as barreiras ao comércio em suas fronteiras,
cada vez mais se voltavam para as chamadas políticas por trás das fronteiras. Um documento da
Comissão de Desenvolvimento divulgado em 2001 relatou que “praticamente todos os países que
são nossos clientes estão dedicando atenção cada vez maior às questões „por trás das fronteiras‟
para garantir que os produtores possam aproveitar integralmente as oportunidades que a
globalização apresenta.”3 Esse documento recomendava a complementação da “antiga” agenda
de reforma das barreiras fronteiriças com a agenda doméstica de melhoria das regulamentações
relacionadas ao comércio, sistemas de facilitação do comércio, clima de investimento e comércio
em serviços.
11. O discurso do Presidente Zoellick em 2007 na primeira Revisão Global da Ajuda para o
Comércio anunciou que o Grupo Banco Mundial não apenas continuaria comprometido com as
questões comerciais, mas que iria intensificar seu trabalho mediante programas nacionais
ampliados relacionados ao comércio e à competitividade, além de aumentar os empréstimos para
2 Os objetivos do trabalho do Banco Mundial acerca da reforma da política comercial e o apoio analítico para esse
trabalho são apresentados no Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial de 1987: Obstáculos ao Ajuste e ao
Crescimento da Economia Mundial. (Washington: Banco Mundial 1987) e “Fortalecimento da Reforma da Política
de Comércio”, SecM89-145, novembro de 1989. 3 Banco Mundial, Leveraging Trade for Development: World Bank Role (Impulsionando o comércio para o
desenvolvimento: o papel do Banco Mundial), documento da Comissão de Desenvolvimento DC2001-004/1, 9 de
abril de 2001. Os relatórios sobre o progresso para a Diretoria – inicialmente preparados trimestralmente – foram
apresentados palas unidades comerciais no DEC, PREM e WBI. O relatório mais recente foi apresentado em agosto
de 2009.
6
a infraestrutura de comércio, serviços de financiamento do comércio, auxílio na facilitação e
logística do comércio, treinamento e assistência técnica em áreas estratégicas, fornecimento de
indicadores de padrões de referência e pesquisa sobre globalização e pobreza.4
12. As estratégias de assistência aos países (CASs) refletem a crescente ênfase do Grupo
Banco Mundial na facilitação do comércio e na agenda por trás das fronteiras. A cada 3-5 anos o
Grupo Banco Mundial insta os governos e os interessados dos países mutuários a atualizarem
seus CASs, os quais definem a abrangência e a prioridade dos empréstimos, assistência técnica e
apoio analítico. Os componentes comerciais dos CASs aprovados durante o exercício financeiro
2005-2009 identificam com maior frequência a facilitação do comércio como uma questão
importante, seguida de perto pela competitividade das exportações, conforme demonstra a Figura
1, abaixo.5
Figura 1. Importantes Temas Comerciais Abordados nas Estratégias de Assistência aos Países
Fonte: Banco Mundial, Trade in World Bank Country Assistance Strategies (Comércio nas Estratégias de
Assistência aos Países), agosto de 2009
Share of CASs that address issue Parcela dos CASs que tratam da questão
Trade Facilitation Facilitação do comércio
Export Competitiveness Competitividade das exportações
Regional Integration Integração regional
Trade Policy and Agreements Política e Acordos Comerciais
13. A garantia de acesso ao financiamento do comércio tornou-se uma prioridade mais elevada
para o Grupo Banco Mundial durante a crise atual. O financiamento do comércio foi uma das
primeiras linhas de negócio que os bancos restringiram e as regras de adequação de capital do
Acordo de Basileia II para ativos de financiamento do comércio nos países em desenvolvimento
estão tornando o acesso ao financiamento muito dispendioso para as instituições localizadas nos
países com elevado risco de soberania. A IFC respondeu com a ampliação do Programa Global
de Financiamento do Comércio e o lançamento do Programa Global de Liquidez do Comércio
(endossado em abril de 2009 pelos líderes do Grupo dos Vinte).
4 Os objetivos do trabalho do Banco Mundial acerca da reforma da política comercial e o apoio analítico para esse
trabalho são apresentados no “Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial de 1987. Obstáculos ao Ajuste e ao
Crescimento da Economia Mundial”. (Washington: Banco Mundial 1987) e “Fortalecimento da Reforma da Política
de Comércio”, SecM89-145, novembro de 1989. 5 Banco Mundial, Trade in World Bank Country Assistance Strategies (Comércio nas Estratégias de Assistência aos
Países do Banco Mundial), Washington: Banco Mundial, agosto de 2009.
7
C. Lições aprendidas
14. Em 2005, o Grupo Independente de Avaliação (IEG) publicou Evaluation of World Bank
Support for Trade, 1987–2004 (Avaliação do Apoio do Banco Mundial ao Comércio, 1987 –
2004), uma análise abrangente dos programas comerciais do Banco Mundial.6 A avaliação
constatou que a liberalização do comércio muitas vezes resultava em maior crescimento da
produtividade, mas a resposta do suprimento de exportação e dos resultados das distribuições
eram misturados. O IEG recomendou a inclusão de avaliações sistemáticas da pobreza nos
projetos com componentes de política comercial, colaboração formal entre unidades para tratar
de questões multissetoriais (como, por exemplo, pobreza, agricultura e comércio de serviços) e
fortaleceu a gestão do conhecimento.7
15. Ao longo da última década, o Grupo Banco Mundial vem conduzindo um volume
considerável de pesquisas sobre comércio e desenvolvimento, incluindo as ligações entre
comércio e pobreza.8 Esta e outras pesquisas proporcionam novos ensinamentos para a estratégia
de comércio. A atividade de exportação e o investimento estrangeiro direto geralmente estão
associados ao crescimento e à redução da pobreza. A redução dos custos de comercialização,
transporte e outros custos intermediários nas cadeias de suprimento da exportação agrícola
aumentam a renda dos domicílios rurais.9 Em contrapartida, as ligações entre liberalização de
tarifas e pobreza tendem a ser menos diretas.10
Estudos diagnósticos sobre integração comercial
(DTISs) realizados em mais de trinta Países Menos Desenvolvidos demonstram que os principais
obstáculos à sua integração comercial em geral não são as políticas comerciais por si só (ou seja,
tarifas de importação elevadas, impostos de exportação e restrições quantitativas ao comércio),
mas sim, os elevados custos da produção de mercadorias e serviços para exportá-las e entregá-las
aos compradores nos mercados estrangeiros.11
A atual crise econômica aumenta as preocupações
de que a integração internacional exponha os países em desenvolvimento a um volume excessivo
6 Grupo Independente de Avaliação, Evaluation of World Bank Support for Trade, 1987–2004, CODE2005-0114, 19
de dezembro de 2005. 7 Nos empréstimos nos quais a reforma da política comercial teve destaque (exemplo: a série de DLPs [Empréstimos
para Política de Desenvolvimento] para Comércio e Competitividade de Maurício e a recentemente aprovada DLP
de Integração e Competitividade da Tunísia), as operações foram acompanhadas de trabalho analítico e de
consultoria sobre questões de ajuste e distribuição. Contudo, tem havido uma procura relativamente pequena por
empréstimos para apoiar a reforma da política comercial nos últimos anos. Tem havido várias iniciativas de
promoção da colaboração multissetorial, como a criação do Grupo Temático de Competitividade da Exportação e o
Mecanismo de Facilitação do Comércio. Como será discutido mais adiante nesta nota, ainda é necessária uma
melhor coordenação entre as unidades do Grupo Banco Mundial. 8 Mais de 20 documentos sobre estes tópicos foram publicados na Série de Documentos de Trabalho sobre Pesquisas
acerca das Políticas do Banco Mundial entre 2005 e 2009 (e estão disponíveis em http://econ.worldbank.org).
Consulte também os documentos encadernados de Bernard Hoekman e Marcelo Olarreaga (editores.) Global Trade
and Poor Nations (Comércio Global e Nações Pobres). Washington: Brookings Institution, 2007. O documento da
estratégia incluirá um anexo com o resumo das principais conclusões sobre comércio e pobreza. 9 Consulte, por exemplo, Jorge Balat, Irene Brambilla, Guido Porto, “Realizing the Gains from Trade: Export Crops,
Marketing Costs, and Poverty,” Journal of International Economics 78 (junho de 2009) e Ndiame Diop, Paul
Brenton e Yakup Asarkaya, “Trade Costs, Export Development and Poverty in Rwanda,” Policy Research Working
Paper No. 3784, Banco Mundial, dezembro de 2005. 10
Consulte, por exemplo, Ann Harrison (ed.), Globalization and Poverty (Chicago: University of Chicago Press,
2007), e Neil McCulloch, L. Alan Winters e Xavier Cirera: Trade Liberalization and Poverty: A Handbook
(Londres: Centro de Pesquisas em Políticas Econômicas, 2001). 11
Essas DTISs foram realizadas como parte da Estrutura Integrada para a Assistência Técnica Relacionada ao
Comércio e estão disponíveis no website da IF, em www.integratedframework.org.
8
de choques econômicos externos, gerando flutuações no seu crescimento econômico. Pesquisas
recentes sugerem que a extensão dessa volatilidade depende do modo como são as exportações
dos países diversificados: países em desenvolvimento com cestas de exportação mais
diversificadas têm, em geral, experimentado menor volatilidade do crescimento nas três últimas
décadas.12
Em geral, as constatações das pesquisas indicam a necessidade de uma ênfase no
modo como os países em desenvolvimento podem diversificar o comércio, como ligar áreas
remotas e regiões atrasadas aos mercados mundiais, quais são os tipos mais eficazes de
facilitação do comércio, qual a melhor maneira de planejar os acordos comerciais regionais e
multilaterais (OMC) e em uma forma de aumentar a oferta de emprego no setor formal para os
pobres (e as mulheres) na produção de bens e serviços comercializados internacionalmente.
16. As primeiras discussões internas sugerem ensinamentos para o modo como o Grupo
Banco Mundial fornece ajuda ao comércio. A abrangência e a complexidade da agenda
comercial significam que somente os economistas dos países não conseguem desenvolver o
diálogo de política para o comércio; é necessária maior participação da perícia setorial,
particularmente na área de comércio de serviços e transporte. Além disso, a assistência do Grupo
Banco Mundial ao comércio nem sempre alcança todo o seu potencial porque a análise da
política, assistência técnica e empréstimo tendem a ser empreendidos predominantemente por
unidades diferentes.13
Mecanismos de promoção da colaboração multissetorial ajudariam a
traduzir as constatações analíticas iniciais em operações na extremidade final.
17. Abordamos a seguir, como a estratégia de comércio procurará tratar essas lições e as
mudanças mais amplas na economia mundial.
III. Elementos da Estratégia Proposta
18. O objetivo amplo da estratégia de comércio proposta é ajudar os países a utilizarem a
integração comercial para apoiar o crescimento econômico e a redução da pobreza. O documento
da estratégia avaliará as necessidades comerciais, identificará as lacunas na assistência do Grupo
Banco Mundial e destacará os projetos comerciais bem-sucedidos que o Grupo Banco Mundial
está realizando e que poderão ser replicados. Ademais, apresentará novos mecanismos de
coordenação interna e externa para melhorar a prestação de assistência ao comércio. Finalmente,
conterá uma estrutura de resultados para o monitoramento e avaliação da ajuda do Grupo Banco
Mundial aos programas comerciais.
19. Competitividade do comércio: quase todos os clientes do Grupo Banco Mundial de países
em desenvolvimento querem utilizar a economia global como propulsora do crescimento e
redução da pobreza. O crescimento nos mercados globais depende muito do aumento da
competitividade do comércio. Durante a última década, o Grupo Banco Mundial vem ampliando
seu compromisso, tanto no setor público quanto privado, com a competitividade do comércio,
além de aumentar as pesquisas sobre fontes de competitividade. Esse pilar amplia as atividades
12
Mona E. Haddad, Jamus Jerome Lim, e Christian Saborowski, “Trade Openness Reduces Volatility When
Countries Are Well Diversified,” Documento de Trabalho sobre Pesquisa em Políticas No. 5222, Banco Mundial,
fevereiro de 2010. 13
A equipe do setor de Política Econômica realiza a maior parte do trabalho analítico de comércio do Banco
Mundial, ao passo que a maioria das operações de empréstimo para o comércio são administradas pelos setores de
Transportes, Finanças e Desenvolvimento do Setor Privado e Desenvolvimento Agrícola e Rural.
9
existentes para tratar as limitações comerciais por trás das fronteiras com assistência para
promover a agregação de valor, aumentar a produtividade, realizar investimentos em
infraestrutura que reduzam os custos dos produtos (principalmente de produtos de serviços, tais
como eletricidade e telecomunicações), superar as falhas do mercado (por exemplo, que inibem a
inovação e reduzem a qualidade do comércio) e remover os gargalos nas cadeias de suprimento
comercial que diminuem os ganhos dos produtores (especialmente os produtores pobres das
áreas rurais) com a exportação. Inclui o trabalho para ajudar os exportadores a cumprirem as
exigências normativas e de comercialização nos países importadores de modo que possam
beneficiar-se do melhor acesso aos mercados. Esse pilar inclui ainda o trabalho voltado para a
melhoria das estruturas de incentivo criadas pelas políticas de impostos e tarifas dos próprios
países, tais como mediante zonas econômicas especiais destinadas a reduzir o viés contrário à
exportação da estrutura de incentivo como um todo. Além do trabalho operacional, existe uma
ampla agenda de pesquisas para tratar as lacunas de conhecimento acerca das implicações da
heterogeneidade das empresas, determinantes da diversificação das exportações para novos bens
e serviços, participação das mulheres nas cadeias de suprimento das exportações e ajustes nos
níveis da empresa e do setor, além de outras questões. O Grupo Banco Mundial continuaria a
trabalhar em estreita colaboração com os diversos parceiros de desenvolvimento que atuam nessa
área. O trabalho nesse pilar pode ajudar a aliviar a pobreza por meio do incentivo à maior
participação no setor formal, ampliação do emprego de domicílios de baixa renda e aumento dos
seus rendimentos.
20. Financiamento do comércio: Quando a crise financeira surgiu após setembro de 2008, a
disponibilidade de financiamento para o comércio diminuiu e seu custo aumentou. Junto com
outras instituições de desenvolvimento, o Grupo Banco Mundial está contribuindo para mitigar a
crise e ajudar a facilitar o acesso ao financiamento do comércio, principalmente por meio dos
Programas de Financiamento e de Liquidez do Comércio Global da IFC (descritos no Anexo). A
procura por financiamento para o comércio deverá permanecer elevada nos próximos anos e há
um interesse crescente em desafios mais amplos de assegurar o acesso ao crédito para
exportadores e importadores. Essa área abrange os atuais programas da IFC de financiamento do
comércio (descritos mais adiante, no anexo), novos produtos que aumentam o acesso ao crédito
para as pequenas e médias empresas (por exemplo, por intermédio de programas de
financiamento de fornecedores ou recebimento das exportações agrícolas pelos depósitos), apoio
para agências de crédito à exportação e trabalho realizado pelas unidades do Banco Mundial (por
exemplo, departamento de Finanças e Desenvolvimento do Setor Privado e departamento
Jurídico) e pela MIGA no sentido de ajudar os governos a implementarem reformas legislativas
ou fornecerem garantias para cobrir o risco político. Esses programas podem ajudar a reduzir a
pobreza abrandando as restrições de crédito para a integração internacional enfrentada pelos
comerciantes e produtores dos países mais pobres.
21. Facilitação e logística do comércio: Com a diminuição das barreiras tradicionais para
acesso aos mercados, os elevados custos das transações tornaram-se um dos obstáculos mais
difíceis que os países em desenvolvimento enfrentam para se beneficiarem da globalização. Os
programas do Grupo Banco Mundial sobre facilitação e logística do comércio cresceram muito
nos últimos anos e incluem o trabalho com os setores público e privado, com participação ativa
nos níveis nacional, regional e global. Por intermédio desse pilar, o Grupo Banco Mundial
apoiará o aumento da capacidade e da coordenação dos órgãos governamentais na fronteira,
mecanismos de trânsito internacional, investimentos na infraestrutura de transportes do
10
comércio, medidas de facilitação do comércio regional e multilateral (OMC), bem como
reformas de políticas que assegurem mercados mais competitivos para o transporte, logística e
outros serviços internacionais que facilitam as transações comerciais. Conforme ressaltado
anteriormente, existe uma ampla agenda de pesquisas para identificar quais são os tipos de
medidas de facilitação do comércio mais eficazes na redução dos custos comerciais. O trabalho
neste pilar ajuda a aliviar a pobreza por meio da redução dos custos com que se deparam as
pessoas de baixa renda – especialmente aquelas que vivem em áreas sem saída para o mar ou
remotas – para se conectarem aos mercados mundiais.
22. Cooperação comercial: O Grupo Banco Mundial continuará comprometido nos âmbitos
global e regional com o apoio aos acordos comerciais favoráveis ao desenvolvimento e acordos
de integração regional. Na última década, o Grupo Banco Mundial vem apoiando as negociações
comerciais regionais e multilaterais (OMC) por meio de pesquisa em áreas como subsídios
agrícolas, normas de origem, acesso ao mercado, desgaste da preferência, efeitos das
modalidades de acordo e negociação sobre a distribuição e implementação de compromissos para
a realização de reformas normativas. Esses esforços estão sendo complementados por programas
para aumentar a participação dos países em desenvolvimento em negociações comerciais, por
exemplo, por meio de treinamento e outros programas de capacitação. Esse pilar incluiria
medidas de políticas comerciais para abordar a mudança climática, a segurança alimentar e
formas de reduzir as barreiras ao comércio Sul-Sul, além de aumentar a integração regional, que
pode ser um importante elemento de contribuição para a competitividade do comércio, tanto para
os países muito pequenos e sem saída para o mar, quanto para os países de renda média, menos
integrados do ponto de vista regional ou diversificados (por exemplo, no Oriente Médio e Norte
da África). As áreas promissoras para o trabalho operacional do Grupo Banco Mundial incluem a
harmonização normativa regional e a capacitação dos sindicatos aduaneiros e outras instituições
comerciais regionais.
23. Em cada área prioritária relacionada acima, o documento da estratégia irá:
identificar problemas específicos das políticas, lacunas no conhecimento e
desafios para a prestação de ajuda para o comércio por parte do Grupo Banco
Mundial
apresentar os principais serviços que o Grupo Banco Mundial oferece (ex.:
empréstimos, assistência técnica, pesquisa, serviços de consultoria, defesa etc.),
fornecendo exemplos de produtos de boas práticas ou êxitos anteriores
destacar os ramos ou setores de especial importância (ex.: serviços às empresas,
horticultura, manufatura leve etc.)
demonstrar como essas atividades contribuem para os objetivos gerais de redução
da pobreza e crescimento econômico sustentável
discutir como abordar as prioridades transversais de desenvolvimento (ex.:
igualdade de gêneros e mudança climática)
24. Dados do comércio, indicadores e sistemas de informação: O conhecimento e o acesso à
informação são dois ingredientes da boa política e dois pré-requisitos para acordos negociados
bem-sucedidos e duradouros. A ausência de dados prejudica a capacidade dos formuladores de
políticas de fornecer percepção e recomendações sobre as políticas. Além das quatro áreas de
enfoque da assistência do Grupo Banco Mundial, o Grupo propõe uma quinta área que
compreende dados do comércio, indicadores e sistemas de informação. O monitoramento global
e a disseminação de dados do comércio e medidas relacionadas ao comércio são vitais para as
11
empresas, formuladores de políticas, sociedade civil e pesquisadores. São também um pré-
requisito para a eficácia do monitoramento e avaliação da ajuda para o comércio. Dados,
indicadores e padrões de referência sobre a política e desempenho do comércio ajudam os
governos a defenderem a ideia de reformas e investimentos. Permitem também aos governos
avaliar as implicações do comércio e das políticas de comércio para a distribuição. A pesquisa
eficaz ao mesmo tempo depende do desenvolvimento de dados e contribui para ele. Finalmente,
dados internacionais de alta qualidade são uma contribuição-chave para a análise e o apoio do
Grupo Banco Mundial às medidas e iniciativas internacionais para o comércio capazes de
beneficiar os países em desenvolvimento. O Grupo Banco Mundial está trabalhando em estreita
colaboração com o ITC, UNCTAD OMC e
outras organizações em várias iniciativas de
dados do comércio. O trabalho proposto neste
pilar da estratégia seguiria dois caminhos:
formulação da capacidade estatística
de comércio nos níveis nacional e
regional e a incorporação do
comércio aos sistemas de
monitoramento de resultados e
avaliação do governo.
expansão dos sistemas de
informação sobre dados do comércio
existentes para que eles possam ser
usados na avaliação de barreiras
normativas e outras barreiras não
tarifárias ao comércio (inclusive
comércio de serviços), além do
aumento da sua utilidade geral.
D. Diferenciação por país e região
25. O documento da estratégia fornecerá um
menu de opções adaptáveis de modo que as
atividades de ajuda para o comércio do Grupo
Banco Mundial possam ser desenvolvidas de
acordo com as características específicas dos países ou regiões e incorporadas nos CASs. Cada
um dos países sem saída para o mar, os exportadores de recursos naturais, países de baixa renda,
países de renda média, nações frágeis etc., possui necessidades e capacidades diferentes. Embora
os países bem-sucedidos ofereçam lições importantes a outros países, as políticas não podem ser
simplesmente transplantadas de um país para outro. O documento da estratégia apresentará
também as prioridades estratégicas desenvolvidas pelas seis Vice-Presidências Regionais do
Grupo Banco Mundial que orientarão as atividades da sua ajuda para o comércio. Durante as
consultas, a equipe discutirá se os novos elementos da estratégia poderiam ser conduzidos em
regiões e países específicos e de que modo.
Box 2. Comércio nas Estratégia de Outros
Setores
A Estratégia para a Atividade de Transportes
recomenda o trabalho na infraestrutura institucional
para o “transporte para o comércio”.
O Plano de Ação da Agricultura inclui o foco na
ligação dos agricultores aos mercados e
fortalecimento das cadeias de valor. A segurança
alimentar está intimamente vinculada à integração
do comércio.
O documento de abordagem da Estratégia para a
Energia destaca o papel da comercialização da
energia no atendimento da demanda, tratamento da
segurança energética e na mitigação da mudança
climática.
As consultas sobre a Estratégia Ambiental
(atualmente em andamento) estão explorando
medidas tributárias e normativas que tenham
implicações para os fluxos de comércio e acordos
comerciais.
A Estratégia de Financiamento do Comércio da
IFC está sendo preparada em conjunto com o pilar
de financiamento do comércio da estratégia de
comércio do Grupo Banco Mundial.
12
E. Vínculos com outras estratégias
26. A agenda comercial internacional tem elementos em comum com muitas outras questões.
A integração do comércio internacional influencia a capacidade dos países de obter êxito em
igualdade de gêneros, segurança alimentar proteção social e outras questões. Uma vez que o
comércio é inerentemente multissetorial, os documentos da estratégia de outros setores do Grupo
Banco Mundial muitas vezes incluem componentes que tratam de questões comerciais, conforme
demonstrado no Box 2.
27. Além da definição das prioridades do Grupo Banco Mundial para os programas comerciais,
um dos objetivos das consultas da estratégia será a identificação da melhor forma de abordar
áreas onde a estratégia de comércio se sobrepõe a outras estratégias do Grupo Banco Mundial. O
documento da estratégia de comércio procurará traçar os limites entre “comércio” e outras áreas
de problemas, indicando onde a estratégia de comércio deve ter a responsabilidade de alcançar
resultados para as prioridades compartilhadas e onde o comércio deve ser incorporado a outras
estratégias.
F. Organização interna e parcerias externas
28. A estratégia proporá prioridades para a superação de vários desafios que o Grupo Banco
Mundial enfrenta sobre seu funcionamento, tanto interna como externamente, para prestar
assistência ao comércio.
29. Coordenação interna: Uma melhor coordenação entre os setores e unidades ajudará a
transformar a análise de políticas em assistência técnica e empréstimos. Para aumentar o fluxo de
informações entre os setores e regiões e para melhorar a coordenação das unidades do Grupo
Banco Mundial mais comprometidas com o fornecimento de atividades comerciais, as consultas
tentarão desenvolver novos mecanismos institucionais. Os funcionários estão explorando opções
para introduzir elementos da próxima Estratégia do Conhecimento, tais como grupos de prática
global e equipes de peritos, como instrumentos para ligar o pessoal que trabalha com questões-
chave de comércio e competitividade.14
Foi proposta ainda a criação do conselho de coordenação
para todo o Grupo Banco Mundial. Um importante desafio será o desenvolvimento de
mecanismos que complementem as estruturas de gestão do Grupo Banco Mundial existentes e
forneçam iniciativas para a colaboração eficaz em vez de simplesmente criar novas camadas de
burocracia.
30. Parcerias globais: As parcerias são fundamentais para a implementação dos princípios
da Declaração de Paris de harmonização dos doadores e constituem uma característica essencial
da forma como o Grupo Banco Mundial fornece ajuda para o comércio. O documento da
estratégia mapeará onde há lacunas na ajuda para o comércio, onde o Grupo Banco Mundial tem
vantagem comparativa e onde outros parceiros têm melhores condições para assumir a liderança.
A estratégia orientará a participação em parcerias globais para assegurar a ligação estreita entre
as atividades da parceria e as operações de âmbito nacional.
14
Em janeiro de 2010 foi lançada uma prática de gestão de alfândega e fronteiras para todo o Grupo Banco Mundial.
13
31. O Grupo Banco Mundial desempenha várias funções em uma ampla gama de parcerias
globais. Os exemplos incluem:
Definição da agenda: parcerias formais e informais trabalhando na Rodada de
Doha, a Parceria Global de Facilitação para Transportes e Comércio, Programa
Almaty em países sem saída para o mar
Fornecimento de mercadorias públicas globais no âmbito regional: com os
órgãos das Nações Unidas sobre dados do comércio, o consórcio do Projeto de
Análise do Comércio Global e apoio às redes regionais de pesquisa
Fornecimento de ajuda para o comércio: a Estrutura Integrada Aprimorada,
colaborações com bancos regionais de desenvolvimento, parcerias com o Instituto
do Banco Mundial (WBI) para o fornecimento de treinamento, estreita
coordenação com o FMI e Organização Aduaneira Mundial sobre projetos de
modernização de aduanas
Mobilização de recursos: Programa Global de Liquidez do Comércio, o
Mecanismo de Facilitação do Comércio
32. Talvez a parceria mais importante sobre questões de comércio seja a Estrutura Integrada
Aprimorada, que é amplamente considerada como o principal veículo de coordenação da ajuda
para o comércio dos Países Menos Desenvolvidos. O Grupo Banco Mundial é membro fundador
dessa parceria e os estudos diagnósticos sobre integração comercial (DTISs) que o Banco
Mundial realizou como parte da Estrutura Integrada representam uma grande parcela do trabalho
analítico do país focado no comércio que o Banco Mundial realizou nos últimos anos. O
compromisso contínuo do Grupo Banco Mundial com a parceria é expresso nos documentos da
Diretoria e discursos do Presidente. O documento da estratégia de comércio discutirá a melhor
forma de organizar a participação do Grupo Banco Mundial com parceiros da EIF, especialmente
no nível nacional.
33. Uso de fundos fiduciários: Finalmente, o documento da estratégia de comércio avaliará os
fundos fiduciários que podem ser utilizados com mais eficácia para apoiar as atividades
comerciais do Grupo Banco Mundial. Alguns fundos fiduciários são administrados no nível
nacional; outros têm gestão central para apoiar as atividades comerciais do Banco Mundial ou da
IFC.15
O Grupo Banco Mundial depende fortemente dos fundos fiduciários de doadores para
financiar pesquisas e as atividades de assistência analítica e técnica. Grande parte das pesquisas
pioneiras sobre as negociações da Rodada de Doha, comércio e ajuste, distorções da política
agrícola e custos do comércio, por exemplo, provavelmente não teriam acontecido sem esses
recursos externos. Com base nas consultas internas e externas, a estratégia de comércio proporá
as prioridades para orientar o modo como os fundos fiduciários para o comércio devem ser
alocados entre as áreas temáticas, tipos de atividades e beneficiários para apoiarem os esforços
do Grupo Banco Mundial para responder à demanda dos clientes.
15
Exemplos de âmbito nacional são os fundos fiduciários de vários doadores para implementar as recomendações
das DTISs da Estrutura Integrada em Camboja e República Democrática Popular do Laos. A janela comercial entre
o Banco Mundial e o Programa de Parceria da Holanda, o Fundo Fiduciário de Vários Doadores (MDTF) para
Comércio e Desenvolvimento e o Mecanismo de Facilitação do Comércio são os exemplos mais importantes de
fundos fiduciários programáticos para todo o Banco Mundial dedicados às questões do comércio.
14
G. Monitoramento e avaliação
34. O documento da estratégia de comércio incluirá uma estrutura formal de resultados e um
plano para monitorar a implementação da estratégia. A Figura 2 a seguir apresenta o fluxo lógico
das contribuições para as atividades a fim de apoiar as prioridades corporativas mais amplas.
Essa estrutura estilizada servirá de ponto de partida para discussões no âmbito do Grupo Banco
Mundial com os gerentes de tarefas de projetos comerciais, OPCS, o Departamento de Pesquisas
e especialistas externos a fim de identificar os principais recursos em cada etapa da estrutura e os
indicadores dos objetivos para medir o progresso da implementação da estratégia. Será
particularmente importante desenvolver indicadores de padrões de referência que sejam
coerentes com os sistemas dos parceiros no desenvolvimento para o monitoramento da ajuda
para o comércio. O pessoal trabalhará com a OCDE e outros parceiros interessados no
desenvolvimento desses indicadores.
35. A estrutura final de resultados apresentará os produtos e os indicadores do Grupo Banco
Mundial (com os valores de base e valores-alvo) para monitorar o desempenho em diferentes
níveis (entradas, entregas, resultados etc.). Um importante produto do documento da estratégia
será um conjunto uniforme de indicadores dos resultados fundamentais para as operações de
empréstimo para o comércio.16
Esses indicadores serão incorporados às estruturas de resultados
dos projetos e os dados serão coletados durante a avaliação e implementação dos projetos. O
Serviço de Consultoria sobre Clima de Investimentos do FIAS está desenvolvendo métodos para
avaliar o impacto dos seus serviços de consultoria que representem uma promessa de modelo
desse esforço.
Figura 2. Estrutura dos Resultados da Estratégia de Comércio Proposta
Inputs Contribuições
Activities Atividades
WBG Outputs Produtos do GBM
Outcomes Resultados
Impacts Impactos
Support for WBG Mission Apoio à Missão do GBM
Establishment of new coordination mechanisms, use of trust
funds, staff training activities, etc.
Criação de novos mecanismos de coordenação, uso de
fundos fiduciários, atividades de treinamento do pessoal etc.
16
Desde 2009, o Banco Mundial vem introduzindo a coleta e agregação de dados padronizados dos projetos da AID.
Os indicadores essenciais foram orientados para sete setores: educação, saúde, rodovias, fornecimento de água,
micro, pequenas e médias empresas, desenvolvimento urbano e tecnologia da informação e comunicação. Para obter
informações adicionais, consulte http://www.worldbank.org/results.
15
Lending, AAA, research, capacity development activities in
each focus area of the strategy
Empréstimos, atividades de análise e de consultoria,
pesquisa, atividades de desenvolvimento de capacidade em
cada área de interesse da estratégia
Delivery of good-practice projects identified in each focus
area of the strategy paper
Fornecimento de projetos de boas práticas identificados em
cada área de interesse do documento da estratégia
Changes in investments, capacities, institutions, and policies
resulting from WBG outputs
Mudanças nos investimentos, aptidões, instituições e
políticas em consequência dos produtos do GBM
Results on the ground that are important for realizing trade
opportunities (e.g., reduced logistics and trade finance costs)
Resultados nessa área que são importantes para a
concretização das oportunidades de comércio (ex.: custos
reduzidos do financiamento de logística e comércio)
Improved trade results support economic growth and poverty
reduction
Resultados comerciais melhores apoiam o crescimento
econômico e a redução da pobreza
36. Um segundo elemento da estrutura de resultados será a introdução de avaliação rigorosa do
impacto dos projetos de ajuda para o comércio aproveitando os conjuntos de dados macro dos
fornecimentos de ajuda e microdados dos conjuntos de dados do projeto no Grupo Banco
Mundial e outras fontes. Os departamentos de pesquisa e comércio estão atualmente
investigando as metodologias potenciais para serem aplicadas ao desenvolvimento da exportação
e projetos de facilitação do comércio. Esse trabalho desenvolveria e contribuiria para o programa
de Iniciativa de Avaliação do Impacto sobre o Desenvolvimento (DIME) no Banco Mundial.
37. Finalmente, a estrutura de resultados do documento da estratégia também conterá uma
dimensão global dos resultados que são importantes para os benefícios comerciais dos países
(ex.: reduções nos custos de logística do comércio) e a estratégia proporá um conjunto de
indicadores padronizados que possam ser monitorados com facilidade ao longo do tempo e em
todos os países. Essa dimensão forneceria um meio para avaliar a eficácia total das reformas de
políticas, investimentos e assistência dos doadores relativas ao comércio.
IV. Consultas, Cronograma e Esboço Proposto
H. Consultas internas
38. O Departamento Internacional de Comércio (PRMTR) está gerenciando a preparação do
documento da estratégia em consultas com a IFC, MIGA, departamentos regionais, âncoras de
redes e outras unidades (principalmente as unidades de comércio do DEC, FIAS e WBI). As
consultas iniciais sobre a abordagem da estratégia tiveram início em julho de 2009. Uma equipe
multissetorial, incluindo coordenadores regionais de comércio e especialistas em comércio que
trabalham nas diversas unidades do Grupo Banco Mundial, está orientando o desenvolvimento
do documento da estratégia.
16
39. O processo de consultas enfocará um amplo consenso em torno dessas soluções para os
desafios identificados nas seções anteriores desta nota e na elaboração de propostas que possam
ser incorporadas aos planos de negócios. Existe uma ideia de tentar fazer com que a equipe se
afaste do ambiente de trabalho para discutir soluções para os desafios, formar um consenso
acerca dessas soluções e iniciar a elaboração de propostas que possam ser incorporadas aos
planos de negócios. Em seguida, serão realizadas reuniões para discutir e aperfeiçoar a estratégia
preliminar com as equipes de gestão Regional e da Rede, diretorias setoriais com importantes
portfólios comerciais, diretores nacionais e outros grupos-chave do Grupo Banco Mundial.
I. Consultas externas
40. Com o objetivo de ajudar a
desenvolver uma estratégia de comércio
que atenda melhor às necessidades dos
países em desenvolvimento, o Grupo
Banco Mundial está consultando os
interessados externos, inclusive
governos, organizações internacionais, o
setor privado e a sociedade civil, acerca
do projeto do documento da estratégia.
Uma série de reuniões de consultoria
presenciais será realizada nos países em
desenvolvimento, com no mínimo uma
reunião em cada Região. Uma ampla
gama de interessados – autoridades
nacionais, organizações da sociedade
civil, empresas, instituições de ensino
superior, organizações multilaterais,
entre as quais os principais bancos
regionais de desenvolvimento e
comunidades econômicas regionais,
órgãos doadores, meios de comunicação
– será convidada a participar dessas
reuniões. Ademais, uma série de
videoconferências reunirá diversos
grupos interessados dos países de uma determinada Região e entre as Regiões. Essas reuniões
serão complementadas por videoconferências e uma plataforma na web por meio da qual os
comentários do público poderão ser enviados.
41. As parcerias globais existentes oferecem a base para consultas externas sobre a estratégia
de comércio. Entre essas parcerias estão aquelas voltadas para o fornecimento geral de ajuda
para o comércio, como a Estrutura Integrada Aprimorada. Elas incluem ainda as parcerias
focadas em questões específicas do comércio (ex.: Parceria Global de Facilitação para
Transportes e Comércio) ou em tipos de atividades (ex.: redes de pesquisa regionais).
Box 3. Perguntas Propostas para Discussão nas Consultas
1. As áreas propostas de foco na estratégia de comércio do
Grupo Banco Mundial são: competitividade do comércio,
finanças do comércio, facilitação e logística do comércio,
cooperação comercial e o desenvolvimento de dados,
indicadores e sistemas de informação. Até que ponto essas áreas
abordam e equilibram as necessidades dos países em
desenvolvimento na utilização do comércio para promover o
crescimento econômico e a redução da pobreza?
2. Como o Grupo Banco Mundial deve distribuir suas atividades
entre o trabalho no âmbito global e o trabalho no âmbito
nacional?
3. No âmbito nacional, o Grupo Banco Mundial apoia os países
em desenvolvimento por diversos meios: financiamento,
assistência técnica e formulação de capacidade e pesquisa e
análise das políticas. Qual seria a combinação de atividades mais
eficaz para ajudar os países a utilizar o comércio para promover
o crescimento econômico e a redução da pobreza?
4. Em comparação com outros fornecedores de Ajuda para o
Comércio, onde estão os pontos mais fortes do Grupo Banco
Mundial no apoio aos países em questões de comércio?
5. Em quais áreas do atual programa de comércio do Grupo
Banco Mundial deveriam outros parceiros, como bancos
regionais de desenvolvimento, doadores bilaterais e órgãos
internacionais, assumir a liderança?
6. De que modo o Grupo Banco Mundial pode ajudar a tratar os
desafios regionais?
17
42. A estratégia será desenvolvida mediante consultas a contrapartes do governo e também a
contrapartes nas comissões econômicas regionais. Além de facilitar discussões simultâneas com
grupos maiores de países em desenvolvimento, a abordagem de consultas ajudará a desenvolver
a melhor forma de a estratégia abordar os desafios dos fatores externos e efeitos secundários.
J. Cronograma preliminar
Tabela 1: Cronograma Preliminar para a Preparação e Disseminação
Marcos importantes
Consultas internas para desenvolver e revisar a abordagem julho de 2009 – janeiro 2010
Revisão da abordagem pelo Vice-Presidente de Operações dezembro de 2009
Revisão da abordagem pela Comissão sobre a Eficácia do
Desenvolvimento (CODE)
10 de março de 2009
Consultas com interessados externos abril – início de junho de
2010
Revisão interna do feedback obtido com as consultas e versão
preliminar da estratégia de comércio
julho de 2010
Comentário público sobre a versão preliminar da estratégia julho – início de setembro de
2010
Reunião de revisão pela Comissão de Desenvolvimento da
Estratégia
outono setentrional de 2010
Divulgação do documento da estratégia para a Diretoria final de 2010
Disseminação em reuniões internacionais e outros eventos final de 2010 – primavera de
2011
18
K. Linhas gerais propostas para o documento da estratégia de comércio
A. Introdução: objetivo do documento da estratégia
O Grupo Banco Mundial não possui um documento de estratégia setorial para
comércio internacional. Por que ele precisa de um agora?
Objetivo do documento: desenvolver um consenso acerca de questões e atividades
prioritárias; facilitar o monitoramento e a avaliação dos resultados; fornecer a
estrutura para a coordenação interna e externa
B. Contexto global e resposta do Grupo Banco Mundial
Mudanças na economia mundial
Crescente importância do comércio e mudanças nos fluxos comerciais (ex.:
distribuição da produção mundial)
Crescente complexidade e agenda da política
A crise e suas implicações
Desafios para o crescimento e a redução da pobreza nos países em desenvolvimento
Quais são as implicações das mudanças econômicas globais para os países em
desenvolvimento?
Quais são os principais problemas para os quais os países em desenvolvimento
buscam a assistência do Grupo Banco Mundial?
Como o Grupo Banco Mundial está respondendo?
Resumindo os programas existentes, demonstrando o afastamento do foco da
reforma estrutural e liberalização do comércio durante a década de 1980.
O que aprendemos – com as avaliações, consultas e pesquisas do IEG – que
ajudarão a orientar a estratégia de comércio do Grupo Banco Mundial?
Onde o Grupo Banco Mundial tem vantagem comparativa?
Objetivos da estratégia de comércio e relacionamento com as estratégias do Grupo Banco
Mundial de nível mais elevado
Introduzir os objetivos da estratégia de comércio
Demonstrar a sua ligação com as estratégias corporativas mais amplas:
Globalização inclusiva e sustentável, Seis temas estratégicos etc.
C. Áreas prioritárias/pilares estratégicos
Cada seção irá:
identificar os problemas específicos da política/objetivos de desenvolvimento e
lacunas na assistência ao desenvolvimento de cada pilar
apresentar os principais serviços que o Grupo Banco Mundial oferece (ex.:
investimentos em infraestrutura, empréstimos, assistência técnica, pesquisa,
serviços de consultoria, defesa etc.), fornecendo exemplos de produtos de boas
práticas ou êxitos anteriores e demonstrando como esses elementos contribuem
para os objetivos estratégicos gerais do crescimento econômico e redução da
pobreza
19
destacar os setores econômicos de importância particular (agricultura, serviços
etc.) e discutir as ligações com as prioridades transversais (gênero, mudança
climática, fragilidade, proteção social)
1. Competitividade do comércio
2. • Financiamento do comércio
3. Facilitação e logística do comércio
4. Cooperação comercial: integração regional e acordos multilaterais/da OMC
5. Bens públicos comerciais: dados, indicadores e sistemas de informação
D. Vínculos com outras estratégias
Em que aspectos a estratégia de comércio apoia os objetivos de outras
estratégias do Grupo Banco Mundial (ex.: transporte, agricultura, meio
ambiente, desenvolvimento do setor privado) e vice-versa?
Como a duplicação será evitada?
E. Implementação da estratégia
1. Diferenciação por tipo de país
Como os serviços do Grupo Banco Mundial são adaptados para atender às
necessidades dos diferentes tipos de países, como por exemplo, países de baixa
renda, países de renda média exportadores de recursos naturais sem saída para o
mar, países frágeis/pós-conflito?
A seção incluirá as visões gerais das prioridades estratégicas de cada Região.
Organização interna, dotação de pessoal e treinamento
Quais mecanismos institucionais são necessários para assegurar a coordenação
entre as unidades do Grupo Banco Mundial na implementação da estratégia?
Como o Grupo Banco Mundial utilizará os elementos da nova estratégia do
conhecimento (por exemplo: grupos de práticas globais, equipes globais de
peritos) para implementar a estratégia de comércio?
Quais são as mudanças necessárias na composição do pessoal ou treinamento?
Parcerias externas
Quais são as parcerias mais importantes para a implementação da estratégia?
Como serão utilizados os fundos fiduciários?
De que modo a estratégia de comércio do Grupo Banco Mundial se encaixa na
iniciativa mais ampla de Ajuda para o Comércio?
Voltar à questão da vantagem comparativa para identificar áreas da agenda de
comércio nas quais o Grupo Banco Mundial desempenha um papel de apoio e os
parceiros assumem a liderança.
Riscos
Quais riscos afetarão o êxito da implementação da estratégia?
Implicações orçamentárias
F. Monitoramento e avaliação da implementação
1. Estrutura de resultados
Dimensão global: indicadores simples para avaliar as políticas e o desempenho
dos países
20
Contribuição do Grupo do Banco Mundial: resultados, indicadores e valores
básicos e almejados para medir a qualidade da implementação da estratégia do
Grupo Banco Mundial
2. Dispositivos institucionais para o monitoramento e coleta de informações
Quais unidades serão responsáveis pelo monitoramento em um ambiente
multissetorial?
Como os sistemas corporativos (SAP/BW, Portal de Operações, iDesk) podem ser
utilizados; quais são as mudanças necessárias para torná-los mais úteis? (ex.:
introdução de indicadores temáticos essenciais para operações, códigos de
setor/tema revisados)
Quais serão os dados novos necessários?
3. Elaboração de relatórios e atualização
G. Anexos
1. Dados sobre tendências das políticas e resultados do comércio
2. Informações detalhadas sobre o portfólio comercial do Grupo Banco Mundial
Tendências em fornecimentos/compromissos ao longo do tempo, por Região, por
tipo de produto, por setor, por área de enfoque etc.
Este anexo incluirá dados sobre as atividades da IFC e da MIGA, bem como da
AID/BIRD.
3. Cronograma da implementação com etapas importantes para avaliar o desempenho do
Grupo Banco Mundial
4. Resumo da pesquisa sobre os vínculos entre comércio e pobreza
5. Tabela apresentando a divisão do trabalho entre as unidades do Grupo Banco Mundial
na condução das atividades comerciais
6. Recrutamento: dados sobre pessoal que trabalha com comércio e programas de
treinamento de pessoal
7. Tabela apresentando a divisão do trabalho entre o Grupo Banco Mundial e os
principais parceiros externos na prestação de auxílio ao comércio (especialmente
bancos regionais de desenvolvimento, órgãos de comércio baseados em Genebra, o
FMI etc.)
8. Resumo das consultas externas
21
Anexo I. Detalhamento das Operações de Comércio do Grupo Banco Mundial
L. Financiamento para o comércio
43. IFC: Os empréstimos da IFC concentram-se na criação de competitividade por meio de
investimentos na capacidade produtiva das empresas, infraestrutura econômica e apoio ao
financiamento do comércio. Em 2008, a IFC fez investimentos em capital e em empréstimos de
cerca de US$ 8,5 bilhões para aumentar a competitividade do comércio dos países em
desenvolvimento: US$ 5,7 bilhões para aumentar a capacidade de produção das empresas (por
exemplo em processamento de agroalimentos e produtos manufaturados) e US$ 2,8 bilhões para
criar a infraestrutura econômica (por exemplo, setor de telecomunicações).17
44. O Programa Global de Financiamento para o Comércio (GTFP) e o Programa Global de
Liquidez do Comércio (GTLP) da IFC contribuem para a competitividade do comércio
reduzindo os custos das transações comerciais internacionais. As atuais regras de adequação de
capital conduzidas pelo risco (Basileia II) relativas aos ativos de financiamento do comércio no
mundo em desenvolvimento estão tornando os custos do acesso ao financiamento proibitivos (ou
impossíveis) para as instituições que não têm boas classificações de crédito ou estão localizadas
em países com elevado risco de soberania. Na última crise, o financiamento do comércio foi uma
das primeiras linhas de negócio que os bancos restringiram devido à sua natureza de prazos mais
curtos, o que possibilita refrear rapidamente a exposição. Portanto, uma plataforma de
financiamento do comércio como o GTFP continua a atender às lacunas do mercado de acordo
com a necessidade e conforme cada transação, fornecendo uma medida da estabilidade em
tempos de restrição de crédito ou de liquidez. Endossado pelo G-20, o GTLP é uma iniciativa de
resposta conjunta à crise entre as instituições de financiamento do desenvolvimento,
organizações bilaterais e multilaterais e governos para mobilizar temporariamente o
financiamento destinado a apoiar o financiamento do comércio no mundo em desenvolvimento.
O comércio total apoiado por intermédio do GTFP alcançou US$ 6,5 bilhões no final do
exercício financeiro de 2009. Um terço do comércio apoiado pelo programa foi Sul-Sul; mais de
50% foram apoiados por países da AID; cerca de 25% estavam relacionados a produtos agrícolas
e 80% beneficiaram o comércio das PMEs com menos de US$ 1 milhão. Até o momento, a
Etapa 1 do GTLP mobilizou com êxito mais de US$ 4 bilhões de Parceiros do Programa, entre os
quais IFC, Canadá, Japão, Reino Unido, Holanda, África, Suécia e Arábia Saudita.
45. A IFC está desenvolvendo dois novos produtos projetados para auxiliar as PME
exportadoras/fornecedoras dos países em desenvolvimento. No Programa Global de
Financiamento de Fornecedores (GTSF), o financiamento da IFC beneficia os exportadores dos
mercados emergentes/PMEs com o fornecimento de financiamento autoamortizável e de curto
prazo mediante desconto de faturas com a aprovação do comprador. O produto aumentará o
acesso ao financiamento para as PMEs do país em desenvolvimento, promovendo o emprego e o
crescimento e vínculos da cadeia de exportação/suprimento com os compradores identificados
17
Dados do banco de dados de projetos da IFC apresentados na publicação do Banco Mundial Unlocking World
Opportunities: The Aid for Trade Program of the World Bank (Abrindo as Oportunidades Mundiais: o programa de
ajuda para o comércio do Banco Mundial), julho de 2009.
22
como líderes em sustentabilidade. Outra ferramenta para auxiliar o acesso ao financiamento para
os exportadores dos mercados emergentes está sendo explorada por meio do desenvolvimento do
programa da IFC de Recebimentos por Depósitos para as PMEs agrícolas.
46. MIGA: O apoio da MIGA ao comércio está enfocando a criação da competitividade
mediante o fornecimento de cobertura de seguro contra o risco político para os investimentos do
setor privado na capacidade produtiva das empresas, infraestrutura econômica e apoio aos
investimentos e empréstimos bancários (grande parte disso apoia o financiamento em divisas
utilizado para o financiamento de importação e exportação para projetos de investimento e
capital de giro) e, portanto, ao financiamento do comércio indiretamente. Em 2008, por exemplo,
a MIGA protegeu com seguro contra o risco político, cujo valor excedeu US$ 1 bilhão, vários
investimentos em capital social e empréstimos para aumentar a competitividade do comércio dos
países em desenvolvimento: US$ 30 milhões para aumentar a capacidade de produção das PMEs
(por exemplo em processamento de agroalimentos e produtos manufaturados) e US$ 710 milhões
para criar a infraestrutura econômica (por exemplo, portos, rodovias e setores de
telecomunicações) e US$ 15 milhões relacionados à eficiência aduaneira. Uma parcela dos
empréstimos entre bancos para o Leste Europeu e Turquia forneceu investimento em apoios com
cobertura para o financiamento do comércio e de importações/exportações (mais de US$ 500
milhões).
47. Importantes projetos da MIGA que apoiam a eficiência e a competitividade do comércio
estão vinculados à eficiência dos sistemas aduaneiros e da gestão de estoques (por meio de
projetos como os da SGS da Nigéria e Argélia, Cotecna na Nigéria e Senegal, Intertec em Serra
Leoa etc.). A maioria desses projetos foi desenvolvida na África Subsaariana e Oriente Médio e
Norte da África.
48. A MIGA também ajudou o desenvolvimento de infraestrutura relacionada ao comércio:
serviços de telecomunicações em toda a África (Benin, Burundi, República
Centro-Africana, GSSana, Mauritânia, Nigéria, Guiné e Serra Leoa) e em outras
regiões (Afeganistão, Paquistão e Síria)
portos (Djibuti) e aeroportos (Peru, Equador etc.)
infraestrutura energética
49. Além disso, a MIGA fornece cobertura para investimentos destinados a ajudar a aumentar
a capacidade produtiva das empresas (por exemplo, processamento de agroalimentos e produtos
manufaturados como papel e celulose para exportação, projetos de algodão em Moçambique e
Costa do Marfim etc.)
50. Empréstimos do Banco Mundial: Desde 2001, o Banco Mundial já aprovou 322 operações
de empréstimo relacionadas ao comércio em 90 países e 53 operações de empréstimo
relacionadas ao comércio em 10 grupos regionais.18
(Consulte Figura 3) As Regiões da África e
Europa e Ásia Central (ECA) respondem pela maioria das operações (Figura 4).
18
Os projetos que envolvem vários países estão quase totalmente na África (37 envolvendo toda a África, 2 na
África Central, 2 na África Oriental e 2 na África Ocidental). As operações de empréstimo são identificadas como
“relacionadas ao comércio” se estiverem assinaladas no banco de dados dos projetos do Banco Mundial com um
código temático de comércio internacional. Os projetos podem ser assinalados com até cinco códigos temáticos, que
representam o propósito ou o objetivo de um projeto. Os códigos temáticos são diferenciados dos códigos de setor,
que identificam a parte da economia que está sendo apoiada ou o tipo de bem ou serviço que está sendo produzido.
Por exemplo, um projeto com um código temático de facilitação de comércio pode ter um ou vários códigos do setor
23
51. Cerca de um terço das operações de empréstimo ocorrem nos países de baixa renda (Figura
5). Mais da metade dos empréstimos concessionais para o setor público nos países de baixa renda
é destinada à África. Grande parte da ajuda concessional para o comércio na África é destinada à
infraestrutura – cerca da metade nos últimos anos. O resto é quase que todo dividido igualmente
entre facilitação do comércio, apoio orçamentário e política e regulamentação do comércio.
52. A maior parte dos recursos não concessionais relacionados ao comércio nos países de
renda média vai para as regiões avançadas do Leste da Ásia, América latina e Leste Europeu.
Aqui também a infraestrutura responde por cerca da metade do total de empréstimos.
Figura 3. Tendências nos Empréstimos do Banco Mundial para o Comércio, 2001-2009
Fonte: SAP/Business Warehouse
Notas: Os componentes comerciais são definidos por códigos temáticos atribuídos no SAP para os projetos da AID ou
do BIRD. O aumento no valor dos empréstimos em 2009 é resultado da aprovação do Projeto de desenvolvimento do
Corredor de Trânsito entre a Europa Ocidental e a China Ocidental, no valor de US$ 2.125 bilhões. Number of countries with trade operations (left axis) Número de países com operações comerciais (eixo esquerdo)
Number of trade-related operations (left axis) Número de operações relacionadas ao comércio (eixo esquerdo)
Value of commitments on trade (right axis) Valor dos compromissos sobre comércio (eixo direito)
Billions of US dollars Bilhões de dólares dos Estados Unidos
de transportes (marítimo, aéreo, ferroviário etc.) Os empréstimos para infraestrutura – especialmente de transporte,
energia, telecomunicações – respondem por uma grande parcela dos empréstimos em termos de valor. Os códigos de
setor não permitem diferenciar os bens e serviços comercializados internacionalmente daqueles não
comercializados. Tanto os códigos temáticos quanto os códigos de setor são mutuamente excludentes e exaustivos.
Quando os projetos têm códigos temáticos comerciais e não comerciais, por exemplo, somente uma parcela do valor
do projeto está incluída nas tabulações do valor do empréstimo para o comércio a fim de evitar contagem a mais ou
de menos.
24
Figura 4. Empréstimos Cumulativos do Banco Mundial para o Comércio por Região
Fonte: SAP/Business Warehouse
Notas: Aprovações cumulativas: EF2001-2009.
Africa África
East Asia and Pacific Leste da Ásia e Pacífico
Europe and Central Asia Europa e Ásia Central
Latin America and Caribbean América latina e Caribe
Middle East and North Africa Oriente Médio e Norte da África
South Asia Sul da Ásia
Share of projects Participação dos projetos
Figura 5. Empréstimos Cumulativos do Banco Mundial para o Comércio por Níveo de Renda dos Países
Fonte: SAP/Business Warehouse
Notas: Os países são classificados pela situação de suas rendas na classificação dos países
do Grupo Banco Mundial de 2009. Aprovações cumulativas: EF2001-2009.
Share of projects Participação dos projetos
Share of commitments Participação dos compromissos
Low income Baixa renda
Lower middle income Renda média baixa
Upper middle income Renda média alta
Regional Regional
Country classification Classificação do país
25
M. Atividades analíticas e de consultoria (AAA)
53. O Grupo Banco Mundial presta serviços para ajudar os países a projetarem estratégias de
comércio amplas por intermédio de programas de análise de políticas e assistência técnica.
54. Serviços de consultoria IFC/FIAS: A FIAS lançou seu Serviço de Consultoria de
Logística de Comércio em 2007 com a missão de reduzir o tempo total e o custo do comércio nos
países em desenvolvimento ajudando-os a criar sistemas e serviços eficientes de logística de
comércio. Esse serviço emprega um modelo de negócios padronizado, modular e que pode ser
ampliado que ajuda os governos e o setor privado a aprimorarem o ambiente de política,
normativo e administrativo que dá suporte aos seus sistemas e serviços de logística de comércio.
Os projetos têm prazos relativamente curtos (1 a 4 anos) e são custo-efetivos, mesmo assim,
ajudam os clientes a obterem reformas de baixo custo e impacto elevado que são fundamentais
para a concretização integral do potencial de outras iniciativas tais como investimentos em
infraestrutura e desenvolvimento do agronegócio. O Serviço de Consultoria de Logística do
Comércio foi pioneiro em novas metodologias de medição do impacto que demonstram
economias significativas de custo direto para as empresas provenientes do menor tempo para o
comércio. Por exemplo: uma empresa típica de porte médio de Ruanda com receita anual de
US$ 25 milhões economiza 14% da sua receita líquida porque o tempo da importação caiu de 69
dias em 2007 para 42 dias em 2008.
55. Outras atividades de consultoria e assistência técnica da FIAS tratam tanto de questões
específicas de setores da indústria quanto de questões transversais, essenciais para a
competitividade do comércio por meio de:
promoção do acesso às tecnologias da informação e das comunicações
trabalhando com os governos, órgãos reguladores e prestadores de serviços nas
políticas, regulamentações em prol da competitividade e negociações comerciais.
promoção da competitividade por meio de zonas econômicas especiais e
melhorando o clima de investimento em setores comerciáveis específicos, com
foco no agronegócio e no turismo
56. Um elemento crítico do GTFP da IFC é o Programa de Assistência Técnica, que enfoca
especificamente o aumento da perícia em financiamento para o comércio dos bancos clientes
nossos ou não, por meio de seminários nacionais e, em casos especiais, mediante o uso de
consultores integrados.
57. Trabalho analítico nacional e assistência técnica do Banco Mundial: Para melhorar a
competitividade e a diversificação nacional, o Banco Mundial empreendeu diversos estudos
econômicos e setoriais (ESW) analíticos específicos relacionados ao trabalho e programas de
assistência técnica (TA). Estão sendo empreendidos esforços para diversificar as exportações e
promover a integração internacional dos mercados de serviços – abrangendo o comércio
internacional nos serviços às empresas e serviços de transportes, consumo de serviços de
turismo, saúde e educação por parte de estrangeiros; investimento estrangeiro direto em serviços
bancários, comunicações e distribuição e migração temporária de médicos, professores e
trabalhadores do setor de construção.
58. Desde o exercício financeiro de 2002, o Banco Mundial já forneceu quase 900 estudos
econômicos e setoriais e assistência técnica que incluem trabalhos sobre as questões de
comércio; mais de 250 desses trabalhos focaram principalmente o comércio e representam 3,6%
26
de todas as atividades de análise e consultoria (AAA).19
Metade das AAA voltadas para o
comércio trata das questões de facilitação do mercado e acesso ao mercado; um pouco mais de
um terço trata do desenvolvimento das exportações (consulte a Figura 7). A Figura 6 a seguir
mostra que o fornecimento dessas AAAs focadas no comércio atingiu seu ponto máximo no
EF2005, tanto em termos absolutos quando relativos ao total de fornecimentos de AAA do
Banco Mundial. Isso pode ser atribuído, em parte, a um programa de trabalho substancial de
realização de estudos diagnósticos abrangentes sobre o comércio no país (DTIS) em países
menos desenvolvidos (LDCs) e países de baixa renda. Os estudos diagnósticos sobre integração
comercial foram responsáveis por 30% do fornecimento de estudos econômicos e setoriais
durante os anos de pico do EF2003-2006.20
Grande parte desse trabalho já foi concluída.
Figura 6. Fornecimento de Estudos Econômicos Setoriais e Assistência Técnica
Focada no Comércio, 2002-2009
Fonte: SAP/Business Warehouse
Share of Total AAA Participação do total de AAAs
Number of deliveries of Trade-focused AAA Número de prestações de AAAs focadas no comércio
Economic and sector analysis Análise do setor econômico
Trade as a share of total AAA (left axis) Comércio como parcela do total de AAAs (eixo esquerdo)
Technical assistance (non-lending) Assistência técnica (não relacionada a empréstimos)
19
Dados fornecidos por SAP/Business Warehouse. Fornecimentos de atividades baseados na data de fornecimento
ao cliente registrada no SAP. Atividades “relacionadas ao comércio” incluem no mínimo um dos seis códigos
temáticos que expressam o objetivo de uma atividade: desenvolvimento das exportações e competitividade,
arquitetura financeira internacional, integração regional, difusão da tecnologia, facilitação do comércio e acesso ao
mercado e outras atividades relacionadas ao comércio e à integração. 20
Os estudos diagnósticos sobre integração comercial nos países menos desenvolvidos foram realizados em parte
pela participação do Banco Mundial na parceria global de Estrutura Integrada para Assistência Técnica Relacionada
ao Comércio.
27
Figura 7. Cobertura Temática de AAAs Focadas no Comércio
Fonte: SAP/Business Warehouse
Notas: Parcelas dos fornecimentos cumulativos de AAAs Muitas atividades são codificadas com mais de um tema
comercial.
Trade and integration themes Temas de comércio e integração
Other trade and integration Outros itens de comércio e integração
Trade facilitation and market access Facilitação do comércio e acesso ao mercado
Technology diffusion Difusão da tecnologia
Regional integration Integração regional
International financial architecture Arquitetura financeira internacional
Export development and competitiveness Desenvolvimento e competitividade das exportações
Share of trade-focused AAA with theme Parcela das AAAs focadas no comércio com tema
59. As atividades de análise e consultoria (AAA) focadas no comércio estão concentradas na
África Subsaariana (Tabela 2). A Região da África forneceu 38% de AAAs focadas no comércio
no EF2002-2009. O comércio responde por uma parcela maior do programa de AAA da Região
da África do que de outras Regiões. Seis por cento das AAAs da Região da África focam
principalmente o comércio, contra 1-2% em outras regiões.
Tabela 2: Fornecimentos de AAAs por Região no EF2002-2009
AFR LAP EAC ALC OMNA RSA Mundo Parcela da região do total de
fornecimentos de AAA do
Banco Mundial 22% 17% 20% 11% 13% 10% 6%
Parcela da Região dos
fornecimentos de AAA focadas
no comércio 38% 11% 14% 7% 11% 12% 6%
AAAs focadas no comércio
como parcela do total de AAAs
da região 6,1% 1,7% 2,3% 1,1% 1,7% 1,9% 1,0% Fonte: SAP/Business Warehouse
28
Tabela 3: Distribuição dos Fornecimentos de AAAs e Gastos por Tipo de País
Distribuição de produtos Distribuição dos gastos totais
Tipo de AAA Baixa
renda
Renda
média
baixa Renda
média alta Baixa
renda
Renda
média
baixa Renda média
alta
Todas as AAAs 32% 43% 20% 30% 46% 19%
AAAs focadas no
comércio 50% 37% 11% 55% 32% 12% Fonte: SAP/Business Warehouse
29
Annex I. Tendências no Comércio Mundial
Figura 8. A Integração Comercial está Aumentando
Fonte: Indicadores do Desenvolvimento Mundial
Total trade as a share of GDP Comércio total como parcela do PIB
Low and middle income countries Países de renda baixa e média
all countries Todos os países
Figura 9. Os Países em Desenvolvimento Estão Aumentando suas Exportações de Serviços
Fonte: Indicadores do Desenvolvimento Mundial
Commercial services exports as a share of GDP Exportações de serviços comerciais como parcela do PIB
Low and middle-income countries Países de renda baixa e média
High-income OECD countries Países da OCDE de renda elevada
30
Figura 10. Crescente Especialização dos Países em Desenvolvimento em Produtos Manufaturados
Fonte: Indicadores do Desenvolvimento Mundial
Manufactures as a share of merchandise exports Produtos manufaturados como parcela das exportações
de mercadorias
Low and middle-income countries Países de renda baixa e média
High-income OECD countries Países da OCDE de renda elevada
Figura 11. O Comércio Sul-Sul está Aumentando
Fonte: Orientação do FMI das Estatísticas de Comércio
Notas: Os fluxos de comércio são em dólares dos Estados Unidos nominais
Share of total developing country trade Parcela do comércio total dos países em desenvolvimento
Total south-south trade Total do comércio sul-sul
Share of total trade (left axis) Parcela do comércio total (eixo esquerdo)
Trillions of US dollars Trilhões de dólares dos Estados Unidos
31
Figura 12. O Comércio Sul-Sul está Crescendo mais Rápido do que o Comércio Mundial
Fonte: Orientação do FMI das Estatísticas de Comércio
Notas: As taxas de crescimento baseiam-se nos valores em dólares nominais dos EUA
Year on year growth in trade Crescimento do comércio ano a ano
South-South trade Comércio Sul-Sul
Total world trade Comércio mundial total
60. Distribuição da produção mundial e comércio dentro das empresas: Os processos de
fabricação estão cada vez mais disseminados entre vários países, com diferentes empresas
executando diferentes tarefas ao longo de uma cadeia global de valor. Consequentemente, a
produção econômica tem comércio mais intenso: a elasticidade entre o comércio e a renda
aumentou.21
O comércio de produtos e serviços intermediários geralmente ocorre dentro de redes
de participação na produção, nas quais compradores e vendedores estão ligados por
relacionamentos de longa data, quando não por estruturas de propriedade comum.22
Estima-se
que o comércio internacional dentro das empresas multinacionais responda por cerca de um terço
de todas as transações internacionais e, no ano 2000, mais de 40% das importações dos EUA
eram dentro de empresas.23
Além disso, dados sobre o comércio dentro das empresas revelam
uma grande variação por produto, tipo de empresa e parceiro comercial. As importações dentro
de empresas pelos EUA ocorrem mais em compras de outros países industriais do que de países
em desenvolvimento (76% das importações vindas da Irlanda são intraempresas contra 2%
vindas de Bangladesh, por exemplo). As importações intraempresas representam 10-15% do total
das importações de produtos têxteis, vestuário, bens semoventes e produtos de couro contra 60-
75% de produtos químicos, computadores e eletrônicos e equipamentos para transportes. O
comércio intraempresa oferece uma solução para os problemas relacionados a contratos
incompletos e cumprimento de contratos que, em outras condições, desestimulam o comércio
21
Uma mudança de 1% na renda real levou a uma mudança de cerca de 2% nos fluxos reais de comércio durante as
décadas de 1960 e 1970; nos últimos anos, a mudança é estimada em mais de 3,5%. Douglas Irwin Long-Run
Trends in World Trade and Income World Trade Review 1 (2002): 89–100. Caroline Freund, Demystifying the
collapse in trade, julho de 2009. 22
Consulte o Anexo 0 para uma discussão sobre o comércio dentro da mesma empresa. 23
Gregory Corcos, Delphine M. Irac, Giordano Mion e Thierry Verdier, The Determinants of Intra-Firm Trade,
abril de 2009). Andrew B. Bernard, J. Bradford Jensen, Stephen J. Redding e Peter K. Schott, Intra-Firm Trade and
Product Contractibility, fevereiro de 2008.
32
entre partes não relacionadas em produtos diferenciados e que requerem grande competência.
Consequentemente, os custos das transações comerciais, a qualidade do ambiente de negócios e a
presença de instituições que apoiam o mercado (ex.: exigência de cumprimento de contratos)
desempenham hoje funções mais importantes na criação da vantagem comparativa.